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VANIA ROSANGELA MACHADO EXPANDINDO A SALA DE AULA COM TECNOLOGIA E CRIATIVIDADE UMA PROPOSTA DE PRODUÇÃO COLETIVA UNIVERSIDADE FERNANDO PESSOA

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VANIA ROSANGELA MACHADO

EXPANDINDO A SALA DE AULA COM TECNOLOGIA E

CRIATIVIDADE

UMA PROPOSTA DE PRODUÇÃO COLETIVA

UNIVERSIDADE FERNANDO PESSOA

Oporto, 2010

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EXPANDINDO A SALA DE AULA COM TECNOLOGIA E CRIATIVIDADE UMA PROPOSTA DE PRODUÇÃO COLETIVA

VANIA ROSANGELA MACHADO

EXPANDINDO A SALA DE AULA COM TECNOLOGIA E

CRIATIVIDADE

UMA PROPOSTA DE PRODUÇÃO COLETIVA

UNIVERSIDADE FERNANDO PESSOA

Oporto, 2010

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EXPANDINDO A SALA DE AULA COM TECNOLOGIA E CRIATIVIDADE UMA PROPOSTA DE PRODUÇÃO COLETIVA

AUTOR: VANIA ROSANGELA MACHADO

FIRMADO

EXPANDINDO A SALA DE AULA COM TECNOLOGIA E

CRIATIVIDADE

UMA PROPOSTA DE PRODUÇÃO COLETIVA

Trabajo presentado a la Universidad Fernando Pessoa como parte de los

requisitos para obtener el grado de Maestría en Creatividad e Innovación con la

orientación del profesor Dr. David de Prado

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EXPANDINDO A SALA DE AULA COM TECNOLOGIA E CRIATIVIDADE UMA PROPOSTA DE PRODUÇÃO COLETIVA

SUMÁRIO

MACHADO, Vania Rosangela. “Expandindo a Sala de Aula com

Tecnologia e Criatividade – uma proposta de produção coletiva” Universidade

Fernando Pessoa

Vive-se hoje a Era da Informação, a Sociedade do Conhecimento, mas

o modelo de escola que temos é organizado e estruturado de tal forma que custa a

mudar, a aceitar inovações ou boas propostas de muitos e bons pensadores da

Educação.

Este trabalho discorre rapidamente sobre a chamada Era da Informação com

salas de aula em que os alunos desde muito cedo, dominam as novas Tecnologias da

Informação e a comunicação em rede de computadores atualmente, no Brasil, as escolas

estão sendo equipadas com o necessário para que se possa pensar em avançar a partir

daí para ajudar a inovar a Educação.

Mas apenas a perícia no uso das máquinas não garante o objetivo

transformador de ultrapassagem dos muros da escola. Planejar ações que levem ao

despertar da sensibilidade criativa para detectar os momentos, os melhores pontos para

as saídas e entradas nesse muro, isso sim representará mudança de atitude e mentalidade

em profissionais que precisam estar sempre em relação dialética com a realidade se quer

ser um educador.

Aproveitar propostas de uso da rede de computadores para promover a abertura

criativa – em via dupla – da escola à sociedade do conhecimento e da comunicação é

uma perspectiva possível nestes tempos pós-modernos.

Palavras-chave:. Produção coletiva, criatividade, tecnologias,

interdisciplinaridade

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EXPANDINDO A SALA DE AULA COM TECNOLOGIA E CRIATIVIDADE UMA PROPOSTA DE PRODUÇÃO COLETIVA

ABSTRACT

Machado, Vania Rosangela. “Spanding the classroom with technology and

creativity – a proposition of collective production.”. Fernando Pessoa University

We live today in the Information Age, the Knowledge Society, but the school

model we have is organized and structured so that costs to change, to accept innovations

or good proposals from many fine thinkers of Education.

This work talks briefly about the named Information Age with classrooms

where students since very early, dominate the technologies of information and

communication network of computers. Actuality in Brazil the schools are being

equipped with the necessary to that we can think to move from there to help innovate

education.

But only expertise in the use of machines does not guarantee the transformative

goal of overtaking the school walls. Plan actions that lead to the awakening of creative

sensibility to detect the moments, the best spots for the exits and entrances in that wall,

which represents a change of attitude and mentality needed by professionals to be

always in dialectical relationship with the reality if you they want to be an educator .

Getting proposals for use of the computer network to promote the creative

openness - double track - the school for the knowledge society and communication is a

possible perspective in these times called postmodern.

Key words:. Collective production, creativity, technology, interdisciplinary

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RESUMEN Machado, Vania Rosangela. “Expandiendo el aula con Tecnología y

creatividad – una propuesta de producción colectiva ”. Universidade Fernando Pessoa

Hoy se vive la Era de la información, la Sociedad del Conocimiento, pero el

modelo de escuela que tenemos se organiza y estructura de tal forma que cuesta a

cambiar, a aceptar innovaciones o buenas propuestas de los muchos y buenos

pensadores de la Educación.

Este trabajo discurre rápidamente sobre la llamada Era de la Información, con

aulas en las que los alumnos, desde muy temprano, dominan las nuevas tecnologías de

la Información y la comunicación en red de computadoras. Actualmente en Brasil, las

escuelas se están equipando con lo necesario para que se pueda pensar en avanzar a

partir de ese punto para ayudar a innovar la Educación.

Sin embargo sólo la destreza con el uso de las máquinas no garantiza el

objetivo último transformador para sobrepasar los muros de la escuela. Planificar

acciones que lleven al despertar de la sensibilidad creativa hacia la detección de los

momentos, los mejores puntos de salidas y entradas en ese muro, ello sí representará

cambio de actitud y de mentalidad en profesionales que necesitan estar siempre en

relación dialéctica con la realidad si se quiere ser un educador.

Aprovechar las propuestas de uso de la red de computadores para promover la

apertura creativa – en dupla vía – de la escuela a la Sociedad del Conocimiento y de la

comunicación es una perspectiva posible en estos tiempos postmodernos.

Palavras-chave:. Produção coletiva, criatividade, tecnologias,

interdisciplinaridade

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DEDICATÓRIA

À vida

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AGRADECIMENTOS

À ACOJE – Associação dos Colégios Jesuítas – pela ajuda que me permitiu

fazer o curso.

Ao David de Prado Díez, pelo estímulo, e por sua grande generosidade.

Aos companheiros de curso e aos amigos que não me deixaram desistir

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ÍNDICE.............................................................................................................10

CAPÍTULO I. INTRODUÇÃO........................................................................12

NO SÉCULO DA COMPLEXIDADE E DESAFIOS......................................121.1. APRENDENDO E ENSINANDO...........................................................121.2. EXPERIÊNCIAS.......................................................................................141.3. LENDO O MUNDO.................................................................................162. A PÓS-MODERNIDADE ABERTA, CRÍTICA E COMPLEXA.......172.2. O PENSAMENTO COMPLEXO.............................................................182.3. A ERA DA INFORMAÇÃO......................................................................203. EDUCAÇÃO BANCÁRIA, DESAFIOS E MUDANÇAS.......................213.1. UM PROGRAMA DE MUDANÇA POSSÍVEL......................................223.2. EDUCAÇÃO BANCÁRIA E EDUCREA..............................................24

CAPÍTULO II. AS NOVAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E...........27

ABERTURA À EDUCAÇÃO SIGNIFICATIVA.............................................271. O PROFESSOR, O ALUNO E A TECNOLOGIA..................................272. O PAPEL DO PROFESSOR NA ERA DA INFORMÁTICA.................283. A ESCOLA INOVADORA E O CIBERESPAÇO...................................31

CAPÍTULO III PRÁTICAS PARA PRODUÇÃO COLETIVA.......................331. LINGUAGENS E PRODUÇÃO COLETIVA.........................................332. OBJETIVOS SÓCIOS-LITERÁRIOS DAS PRÁTICAS.......................433. A METODOLOGIA................................................................................432. O TORBELLINO DE IDEAS....................................................................514. SUGESTÕES DE PRÁTICAS...............................................................515. PRODUÇÕES DO GRUPO......................................................................76

CAPÍTULO V. CONCLUSÕES........................................................................83

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS..............................................................86

ANEXOS...........................................................................................................89A.1 TEXTOS USADOS NAS PRÁTICAS......................................................89EL PRINCIPITO...............................................................................................89O PEQUENO PRINCIPE E A RAPOSA..........................................................93ER......................................................................................................................96ILHA DAS FLORES.........................................................................................98REGISTRO DO JÚRI SIMULADO...............................................................103

ÍNDICE

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CAPÍTULO I. INTRODUÇÃO

NO SÉCULO DA COMPLEXIDADE E DESAFIOS

1.1. APRENDENDO E ENSINANDO

Todo pasa y todo queda,

Nunca falo da utopia como uma impossibilidade que, às vezes, pode dar certo. Menos ainda, jamais falo da utopia como refúgio dos que não atuam ou [como] inalcançável pronúncia de quem apenas devaneia. Falo da utopia, pelo contrário, como necessidade fundamental do ser humano. Faz parte de sua natureza, histórica e socialmente constituindo-se, que homens e mulheres não prescindam, em condições normais, do sonho e da utopia. FREIRE, Paulo (s/d), in FREIRE, Ana Maria (2000 p. 85)

Tudo passa e tudo fica, como no poema de Antônio Machado... Já vai tempo… Entre o

sonho e o real: fim de curso, e agora? As decisões, as opções. Universidade: Letras. Estudo à noite,

trabalho de dia. Nunca antes o tempo havia sido tão importante. Grandes adaptações: Tia Vania

não se contenta com pouco. Antes de se acostumar com um emprego, assume dois _ duas escolas,

todas as matérias. E mais o curso. Difícil começo. Só a certeza da dúvida: covarde por não haver

procurado outra atividade, profissão, ou corajosa por ter permanecido? A feliz descoberta da

Lingüística, da Literatura bem lecionada, do competente Inglês disputando com o jogo de pingue-

pongue. As batalhas a enfrentar – uma guerra: de um lado, a timidez extrema, sensibilidade à flor

da pele, falta de experiência generalizada; de outro, turmas grandes, multisseriadas, alunos difíceis,

carentes, largados. Uma coisa boa: a possibilidade de uso de desenho, pintura, enfeitando as salas;

a música, o canto, a dança – a quadrilha de São João invadindo os horários de aulas mais “nobres”.

E tome ensaio! Enquanto isso, ensaios de teatro de grupos da cidade. Um dia representou um

cachorrinho no “Rapto das Cebolinhas”. E tome ensaio...

Ensaio de professora – que no começo não se pode dizer que se dominam as ações

pedagógicas: trabalhando com alfabetização, mudando de escola, com primeira série, segunda

série, quarta, com pintura e alunos carentes, adultos carentes, a professora pulando – muitas vezes

além do poder das pernas – lições para a vida profissional. E tome cursos, cursinhos, atualizações

pedagógicas; a arte muito presente.

Vida no Chile, Castellano aprendido. Paulo Freire revisitado.

Volta. Um pouco de expressão corporal –, trabalho com alunos maiores, cada vez mais

velhos, educação artística,

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O grande marco na carreira: a descoberta do valor do trabalho coletivo. O caráter

revolucionário da educação: o saber como possibilidade de promoção humana individual e social.

Até aqui pensava em deixar a profissão, que via como temporária. Dizia: “não quero me aposentar

professora.” No entanto, a “fé” no fazer pedagógico ganha novo e definitivo impulso. Apostar nas

ações de profissional do estudo. Entender exatamente isso: o professor é um profissional que passa

a vida – ou deve passar – estudando, articulando, intermediando conhecimentos.

As propostas de estudo com a finalidade de aperfeiçoar o modo de agir em sala de aula

são bem-vindas. A participação ativa em cursos, congressos, seminários, encontros pedagógicos

torna-se um prazer antes de tornar-se obrigação.

O trabalho com textos – Língua Portuguesa e Língua Estrangeira, muito mais fácil com o

uso do computador: agilidade para a péssima datilógrafa que, finalmente pode assumir mais turmas

em vários locais de trabalho, níveis, graus. Um tempo sem fins-de-semana, sem feriado.

Computador formata com perfeição textos, testes, mas não corrige provas e redações.

Mas foi então que o trabalho – não desejado no princípio – começa a ficar cada vez mais

interessante, agradável. O estar em aula é uma experiência cada vez mais intensa, mais vital; o

palco de vedete, o circo do palhaço e, por que não acrescentar: a corda-bamba di equilibrista para

cumprir o programa, o planejamento, manter a autoridade sem autoritarismo.

Cursos muito bons aconteceram nos últimos tempos: Ciclo de Estudos – Ensino Médio,

patrocinado pelo Governo do Estado para a formação continuada dos professores; a TV na Escola e

os Desafios de Hoje, objetivando a integração de recursos audiovisuais às práticas pedagógicas,

com ênfase a produção de vídeos. Vários Encontros, seminários para atualização.

Paralelamente, estudos de Arte, cursos, cursinhos, práticas, workshops, produção de obras

originais, participação em grupos e movimentos. Exposições.

A prática artística traz a melhoria das relações pedagógicas: professor – alunos – conteúdo

– disciplina incorporadas num ensinar-aprender, e tudo num fazer-arte. Alquimia no texto, que fala,

desenha, faz música, corpo, que volta, que faz pintura, canta, grita, sonha...

Aqui a ironia: a professora relutante nunca deixou a profissão: Não queria aposentar-se

professora, já se aposentou mais de uma vez; aposentada, não deixa o ofício. Afinal, o melhor é

agora.

Vaidade, vanidad, pretensão de Vania, mostrar-se atuando, para sempre vedete no

palco-sala-de-aula. Quem sabe? Há sempre o que aprender.

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1.2. EXPERIÊNCIAS

pero lo nuestro es pasar,

pasar haciendo caminos,

caminos sobre el mar.

A geração das grandes utopias, aquela geração que pensava que podia mudar o mundo

com uma revolução; aquela geração que sonhava e acreditava nos sonhos; aquela geração que

perseguiu esses sonhos o quanto pôde, está se perguntando hoje por que motivo a escola não

mudou. Sonhava-se com uma escola transformadora, que poderia levar adiante os sonhos – que

outros insistem em chamar de utopias – como se construir utopias fosse sonhar com o impossível;

como se sonhar fosse loucura, como se este mundo não fosse louco! – pois, retomando o

pensamento: aquela geração pergunta hoje por que a escola sempre resiste às mudanças, por que

custa tanto a assimilar as inovações, por que, enfim, resiste a assumir o papel que lhe cabe de

vanguarda do conhecimento.

Essa mesma geração, já com a experiência que os embates que a própria vida lhe

proporcionaram, constata que, a escola se tornou – por força do desenvolvimento das sociedades,

impulsionadas também pela necessidade de autodeterminação – demasiadamente institucional,

demasiadamente burocrática. Enfim foi-lhe tirada a possibilidade de criar, de inventar: a

criatividade poderá iniciar um processo de liberação para fora, ao exterior, e, nesse processo de

abertura, deixar que o mundo exterior a penetre e a alimente para que ela, a escola, mude enfim.

Sendo assim, considerando que a escola que temos é organizada e estruturada de tal forma

que se fecha em si mesma, fica difícil a participação democrática; e que, nesta Era da Informação,

da Sociedade do Conhecimento, só muito lentamente adere aos movimentos sociais decorrentes da

pós-modernidade em que se vive, faz-se necessário refletir sobre a educação que a escola oferece,

fruto da história das sociedades que formaram este país – o Brasil – e a relação com o que se

definiu como Pós- Modernidade, que supõe a Sociedade do Conhecimento e a Era da Informação.

Novas relações econômicas, políticas e sociais se estão estruturando, se organizando, cada vez mais

rapidamente, porque, em lugar da antiga concepção compartimentada do conhecimento, a

interdisciplinaridade e a transdisciplinaridade, características das relações dos saberes dos

novos tempos, aproximam os saberes, que, diga-se de passagem, nunca em realidade, estiveram

separados.

O problema com a escola é que sempre se estruturou e se organizou de forma a

estanquizar o conhecimento: as salas de aula, as disciplinas, a formação dos professores sempre

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estão em acordo com o saber dividido. Constata-se aí a grande defasagem da educação que se tem

hoje em relação às exigências das sociedades modernas. E a grande questão da educação é como

colocar-se à altura das necessidades que se impõem.

Com o advento de novas formas de produção e assimilação dos saberes e com a

conseqüente mudança de atitude, lançou-se a proposta dos Parâmetros Curriculares Nacionais

(PCN), fundamentados nos novos paradigmas do conhecimento. No princípio de forma tímida,

mais recentemente mais estudados pelos profissionais da Educação, embora com grandes

dificuldades na aplicação, já que a estrutura e organização de tudo o que envolve a instituição

escola continua como antes.

Cabe ao professor a tarefa de ajudar os alunos a quebrar os bloqueios, acabar com os

medos que a educação tradicional plantou com seu autoritarismo no processo de Ensino /

Aprendizagem da redação. E se nesse processo não cabe o autoritarismo, a mediação exercida pelo

professor deve ser de co-participação.

Nos dias de hoje, o uso das Novas Tecnologias da Informação – TIC é uma realidade

presente na vida da sociedade como um todo, e a escola não pode se ausentar do processo de

formação de redes sociais para ampliar as relações estabelecidas no processo Ensino /

Aprendizagem para além da instituição física Escola.

Há alguns anos, num primeiro momento, suprindo o pouco tempo das aulas presenciais,

comunicava-me com os alunos por e-mail: enviava textos, exercícios complementares, às vezes

tirava dúvidas. Mais tarde passei a trabalhar com comunidade (Ning), em que proponho a

participação – livre – de alunos, neste caso com ensino de Língua Espanhola.

Paralelamente, nunca deixei de trabalhar com estudo e produção textual nas aulas de

Língua Portuguesa.

O curso Creatividad e Innovación mostrou-me a possibilidade de uso sistemático dos

Activadores Creativos em práticas de compreensão e principalmente de produção textual oral e

conseqüente escrita.

Venho usando essas práticas minha docência e, neste trabalho, procuro expô-las,

propondo outras mídias, outros gêneros de produção.

1.3. LENDO O MUNDO

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Nunca perseguí la gloria,

ni dejé en la memoria

de los hombres mi canción;

Ler o mundo, falar o mundo, pensar. Produzir mundos. Encontrar caminhos para novos.

Mundos!

Começa-se a ser no mundo quando se pensa, a conhecê-lo quando se começa a nomear:

sabe-se das coisas ao saber seus nomes. Começa-se a ser quem se é em contato-confronto com o

outro - coletivo. O outro mostra o que não se vê no espelho, mostra um outro, e os dois juntos não

são um mais um; são: um mais um, que é igual a um resultado novo – pura dialética.

Há muitas formas de vivenciar o pensar-ler-contar-escrever. Publicidade, humor, ensino

e tantos outros mais. Há vários modos de organização do discurso: o narrar, o descrever, o

argumentar. E pode-se fazer isso individualmente ou em grupo.

Pensar-ler-contar-escrever em cooperação é muito mais rico que agir tudo isso sozinho. O

ato de redigir cooperativo multiplica a capacidade de comunicação através da linguagem, que é

valorizada e aperfeiçoada nesse processo.

É usando de diálogo: trocando idéias, conversando, que se compartilha o conjunto de

conhecimentos, sentimentos, atitudes, afetos. A dinâmica resultante da prática coletiva produz a

valorização do trabalho em grupo, que, dialeticamente, promove novo fundamento comunicativo.

Aproveitando a oportunidade oferecida pela Tecnologia da Informação através de

Computadores (TIC), por que não usá-la na produção de trabalhos, especialmente de textos, em

modo cooperativo? Ou seja, usar as TIC como complemento e suplemento do ambiente da sala de

aula, multiplicando com criatividade as condições de produção de saberes.

Observa-se que crianças e jovens, quando usam a tecnologia na produção de

trabalhos,tendem a repetir as fórmulas já conhecidas. É necessária, portanto, a mediação de

alguém que trabalhe junto, que proponha, que problematize, que oriente, mas que também

pergunte, que também pesquise.

As Novas Tecnologias da Informação (TIC), principalmente a Comunicação Mediada por

Computador e Internet, já são de uso corrente e fazem parte do cotidiano dos alunos quando

chegam – crianças ainda – à escola;

A tecnologia da informação, com todas as aplicações, muda a forma de estar no mundo,

muda as concepções de distância de tal modo que já concretiza a profecia de McLuhan: vive-se

hoje em uma aldeia global, aberta à comunidade humana em geral, e a escola pode vislumbrar uma

possibilidade de avançar além dos seus muros.

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As propostas deste trabalho:

1- Refletir sobre as relações pedagógicas da atualidade: sociedade e instituições; comunidade,

professor – aluno; professor, aluno, programas e conteúdos, etc.

2- Propor usos pedagógicos usando tecnologias à disposição de alunos e professores;

3- Aproveitar a Tecnologia da Informação através de Computadores (TIC), para usá-la como

complemento e suplemento do ambiente da sala de aula;

4- Apresentar propostas operacionais que visem a multiplicar as condições de criatividade na

produção, em modo COOPERATIVO, de textos e outras formas de expressão usando

linguagens de diversos tipos e gêneros, em especial as artísticas.

O uso dos recursos da Informática abre a escola a inovações que podem cumprir o

ideal de Paulo Freire rumo a uma Educação Transformadora.

2. A PÓS-MODERNIDADE ABERTA, CRÍTICA E COMPLEXA

yo amo los mundos sutiles,

ingrávidos y gentiles,

como pompas de jabón.

A segunda metade do século XX trouxe mudanças e tecnologias que agitaram e

aceleraram todas as ações humanas de tal forma que os antigos fundamentos de todas as formas de

ver, de pensar, de fazer, se encontram hoje em perspectiva de mudança, em constante

reformulação e redefinição em todos os níveis: do superficial ao estrutural, das bases aos efeitos,

do micro ao macro. Novos paradigmas vão sendo elaborados para comportar toda essa realidade

mutável, complexa, abrangente. Conforme repassa Balaguer, 2003, p 35, sobre Mac Luhan :

“ (…) este estudioso dos meios de comunicação de massa, na década de sessenta, com uma capacidade visionária realmente impressionante, em sua famosa aldeia global – termo que, junto ao de ciberespaço, foi introduzindo-se na mente popular – colocava, no umbral da mudança, a imprensa de Guttenberg e o alfabeto prioritariamente como elementos

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chave para a compreensão, neste caso, do pensamento ocidental dos últimos séculos.” (grifos da autora)

Hoje já se pode dizer que vivemos em um mundo completamente globalizado, o que

significa que todos os problemas, todas as questões passam a afetar a todos, da mesma forma que

todas as propostas de solução englobam todas as sociedades e, desta forma, são sentidas por todos

de maneira geral. A noção de Estado, com a crescente e cada vez mais rápida globalização tende a

se extinguir. Nessa conjuntura, as máquinas são valorizadas e suas especificidades tomadas como

modelo para o comportamento humano: eficiência, consumo e competitividade tornam-se ideais

do trabalho humano. As soluções para as crises não são vistos como defeitos e injustiças do

sistema, mas como carência – em nível individual ou coletivo – desses fatores.

Os meios de comunicação social são os responsáveis pela divulgação dos valores

éticos e morais que se baseiam nos novos ideais – materialistas consumistas.

2.2. O PENSAMENTO COMPLEXO

Me gusta verlos pintarse

de sol y grana, volar

bajo el cielo azul, temblar

súbitamente y quebrarse...

Vivemos numa realidade multidimensional, simultaneamente econômica, psicológica, mitológica, sociológica, mas estudamos estas dimensões separadamente, e não umas em relação com as outras. O princípio de separação torna-nos talvez mais lúcidos sobre uma pequena parte separada do seu contexto, mas nos torna cegos ou míopes sobre a relação entre a parte e o seu contexto. Além disso, o método experimental, que permite tirar um “corpo” do seu meio natural e colocá-lo num meio artificial, é útil, mas tem os seus limites, pois não podemos estar separados do nosso meio ambiente; o conhecimento de nós próprios não é possível, se nos isolamos do meio em que vivemos. Não seríamos seres humanos, indivíduos humanos, se não tivéssemos crescido num ambiente cultural onde aprendemos a falar, e não seríamos seres humanos vivos se não nos alimentássemos de elementos e alimentos provenientes do meio natural. MORIN (2006 p.20)

A teoria da complexidade nasce a partir da diferença entre os pensamentos : linear e

sistêmico. Pode-se afirmar que a abordagem complexa contém o pensamento sistêmico.

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 O principal teórico da complexidade é Edgard Morin. Suas idéias de complexidade

partem da percepção de que a sociedade moderna, mais especificamente com o avanço da

tecnologia e dos sistemas de informação, tem trazido uma dinâmica crescente e exigido novas

formas de compreensão do mundo não pautada na linearidade, mas na totalidade.

Para o pensamento complexo deve-se considerar que tudo faz parte de um sistema

complexo em constante interação e nos dá a idéia do todo dinâmico.

A complexidade considera sim os sistemas, todavia..  Para Morín( 2006), a complexidade

está presente nas diversas relações sociais, bem como nas instituições e organizações, e considera

que  o todo é maior e menor ao mesmo tempo que a soma das partes, isto é, complexo.

A complexidade considera a idéia de transacionalidade, o que significa a noção de um

conjunto dinâmico com todas as suas contradições possíveis. A importância do pensamento

complexo está em não se prender a modelos para se compreender as realidades as quais estão em

constantes mudanças.

Melhor dizendo, a teoria da complexidade surge pela necessidade de uma análise que seja

capaz de alcançar as variantes do mundo atual. Na Educação, a complexidade tem sua utilidade,

não como modismo, mas como uma visão flexível para explicar, planejar, acompanhar todo o

processo de Ensino / Aprendizagem (A/E). 

O grande desenvolvimento científico-tecnológico e seus efeitos no mundo do trabalho e nas relações sociais implicam uma nova construção cultural e conseqüentes modificações nos processos laborais e educativos. (QUIRINO, 2005 p 20)

Novas relações se estabelecem com o desenvolvimento da tecnologia na sociedade e,

conseqüentemente na Educação. A escola não pode permanecer isolada enquanto os outros

setores evoluem de forma complexa.

2.3. A ERA DA INFORMAÇÃO

Nunca perseguí la gloria.

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EXPANDINDO A SALA DE AULA COM TECNOLOGIA E CRIATIVIDADE UMA PROPOSTA DE PRODUÇÃO COLETIVA

Caminante, son tus huellas

el camino y nada más;

Atualmente, a grande revolução da tecnologia acontece na área da informação e da

comunicação.

A informática surge como um instrumento poderoso para fazer diversificar rapidamente

as possibilidades de relacionamentos sociais.

A sociedade em que vivemos afasta-se radicalmente da Sociedade Industrial. O momento atual é de transição para a Sociedade do Conhecimento. Se, antes, o que gerava riqueza e poder era o domínio do capital, da terra e do trabalho, hoje a realidade é outra. (...) A constatação de que o conhecimento é hoje o principal fator de produção tem conseqüências nas atividades econômicas e nos rumos da educação do trabalhador. (QUIRINO, 2005, p 22)

Quirino afirma também que, por esse motivo, novas qualificações são exigidas dos

trabalhadores e que Carvalho (2002),

(...) estas "novas" qualificações poderiam ser compreendidas em três grandes grupos: novos conhecimentos práticos e teóricos; capacidade de abstração, decisão e comunicação e qualidades relacionadas à responsabilidade, atenção e interesse pelo trabalho. Além disso, pressupõe também uma busca permanente de pequenas inovações na maneira de produzir, que nascem do conhecimento acumulado pelos trabalhadores na própria vivência da produção. (QUIRINO.2005, p 21)

A conclusão é de que mais e mais pessoas precisam estar sempre estudando, preparando-

se para o conhecimento gerador de mais e mais conhecimento. Isso para se falar de forma muito

simplificada de uma dinâmica altamente complexa, que envolve atualmente todas as sociedades

como se fossem uma só.

A tendência deste novo modelo educacional prevê a preparação dos estudantes para

relações de trabalho participativo de transformação da informação em conhecimento, onde a

cooperação entre os indivíduos é fundamental. Nele, as tecnologias de comunicação e informação

poderão auxiliar permitindo que os educadores e educandos partilhem metas, valores e práticas

comuns.

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Mas fica a questão: que tipo de relação Ensino / Aprendizagem será capaz de cumprir as

exigências dessa nova sociedade que se forma? Qual será o futuro da escola que existe hoje? As

variações que se apresentam – cursos à distância, por exemplo já são sinais de transição.

A tendência de novos modelos educacionais prevê a preparação dos estudantes para

relações de trabalho participativo de transformação da informação em conhecimento, onde a

cooperação entre os indivíduos é fundamental.

As tecnologias de comunicação e informação poderão auxiliar, permitindo que

educadores e educandos partilhem metas, valores e práticas comuns e deixem suas marcas.

3. EDUCAÇÃO BANCÁRIA, DESAFIOS E MUDANÇAS

caminante, no hay camino,

se hace camino al andar.

Para Arnaldo Niskier, in COSTA (2001 p 24) a "Educação é o maior desafio do Brasil do

presente e do futuro, o impulso objetivo para a redenção nacional..."

Redenção porque, ao longo do tempo, tivemos muitas interrupções, bloqueios, nos projetos

educacionais instaurados, fruto mesmo da nossa história. Bello (2001 p s/n) e recorrem ao conceito

de ruptura na Educação brasileira a cada interrupção de um projeto de políticas públicas.

Os poucos períodos democráticos apertados por governos opressores, ditatoriais, como os

do período militar recente (de 1964 a 1985), foram responsáveis por medo, submissão e

finalmente acomodação por parte da comunidade escolar, em especial escolas e professores.

Foram condenadas as teorias, as práticas dos nossos grandes educadores: Paulo Freire,

obrigado a exilar-se e Anísio Teixeira, que permaneceu, vindo a morrer de forma muito suspeita.

Questionamento, iniciativa, independência eram mal vistos e punidos e, assim como em todos os

setores da vida pública, o hábito da participação coletiva ficou seriamente prejudicado.

Depois do último governo militar, constatou-se que toda uma geração deixara de vivenciar

a participação coletiva democrática em prol de objetivos comuns.

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Mas tão pouca experiência democrática deixa suas marcas – “ranço” – no dizer de muitos:

difícil livrar-se do medo de se expor, da vergonha do não saber. Porém, o mais grave, o hábito da

acomodação:

É preciso mudar, transformar e transformar-se, não é mais possível esperar-se

iniciativa “de cima”. O caminho é o caminhar sempre.

3.1. UM PROGRAMA DE MUDANÇA POSSÍVEL

caminante, no hay camino,

se hace camino al andar.

Na obra Múltiples bloqueadores, desbloqueadores y estimuladores de la

creatividad. (2009, p 7) propõe, em suas próprias palavras “o desbloquamento substantivo da

criatividade presa, amordaçada y pautada com propostas de desbloqueio do inconsciente com o

“pensamento fluido, caótico, imaginativo, sensorial y emocional, que aglutina desordenadamente

todos os ingredientes que há no universo da consciência e a inconsciência”; usando a livre

expressão na improvisação, no sonho , a fantasia na soltura dos gestos, o uso da tempestade de

idéias, a pintura surrealista, ao que se pode acrescentar o desenho livre, sem compromissos com a

parte esquerda do cérebro.

Para o desbloqueio do “semiconsciente, partir da ruptura da ordem lógica, das convenções

- acrescente-se: – estabelecer conexões com as experiências da vida pessoal, com coisas ao acaso;

liberar a mente para a entrada de lembranças de maneira fluida, “flutuante”;o desbloqueio das

normas sociais, das imposições racionalistas, pela quebra de hábitos por ações novas, não-

pensadas, inusuais, neste curso Prado, p7 de Tema 11, MBC: Múltiples bloqueadores,

desbloqueadores y estimuladores de la creatividad, afirma:

“ A desobediência democrática à imposição unilateral dos desejos, normas e formas de conduta da autoridade.”, oferecendo ideias criativas; criar uma nova ordem como alternativa à cristalização, o que força a uma consciência crítica do status quo: É preciso inclusive ultrapassar a ordem estabelecida nas leis da natureza, as estruturas solidamente assentadas na concepção da realidade do que é uma árvore ou una cadeira.”

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”Prado continua, com a proposta de "Superar o sentido da individualidade, como algo

sólido, imóvel e distanciado dos outros seres.” o que pode se considerar como de fundamental

ajuda para “salvar” este mundo dos egoísmos que levam às desigualdades e injustiças que impedem

que a maioria das mentes possa participar, com idéias, ações, enfim com aportes úteis a uma vida

mais satisfatória no planeta.

Faz-se necessário um profissional que seja agente de transformações ao mesmo tempo que

intermedeie situações de E / A para, por sua vez, formar agentes transformadores.

Faz-se necessário um profissional que seja capaz de mudar de mentalidade, de atitude. E

no Tema 8. DPD, p 6: La creatividad para el cambio radical de la educación por sus protagonistas

en las aulas, Prado considera a criatividade como fator tão poderoso que é capaz de transformar a

personalidade.

Explica que, desta forma, de uma mente apenas reprodutora e escravizada, o uso da

criatividade leva a novos processos de pensar imaginativo e fantástico (transformador), inventivo,

inovador e livre.

O exercício dessas formas criativas leva a mudança de atitudes: leva uma mente fechada,

conformista, conservadora, unilateral, ao inconformismo e superação, abertura e tolerância ao

novo. À compreensão e amor, ao ensaio e experimentação, à diversão e brincadeira – a ser feliz. De

uma forma de comunicação restrita e unidimensional, o uso da criatividade leva a uma

comunicação direta e viva do eu através da linguagem total: conexão e expressão coerente de

“ideias-sentimentos-reações:”

E importante: de seres organizados, previsíveis, convencionais, a criatividade faz seres

com novos hábitos de ação e relação, de pensamento e trabalho: “desrobotizados, imprevisíveis

divertidos e provocadores, capazes de transgressões necessárias a uma transformação. Com todas

essas possibilidades de mudança, que por sinal se combinam em rede, muda a estrutura do modo de

pensar “do eu genuíno e coerente” formando seres autênticos, únicos, atuantes, capazes de projetos

de vida.

O exercício constante das “Creativações”, da “Tempestade de Ideias” como

metodologias para abertura a vida e comportamento criativos.

Começar a viabilizar a Educação Criativa como educação transformadora conforme

a concepção de Paulo Freire, diferente da “educação bancária”, como ele mesmo denominou

a educação retrógrada

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3.2. EDUCAÇÃO BANCÁRIA E EDUCREA

Al andar se hace camino

A fim de mostrar a importância da Criatividade na Educação, eis aqui uma síntese da

oposição entre a Educação Bancária e a Educação Criativa – EDUCREA.

EDUCAÇÃO BANCÁRIA

(cf. Freire, 2007, Pedagogia do

Oprimido, p 35)

EDUCREA

(cf. Prado, 1998)

1. O professor ensina, os alunos

são ensinados.

Os alunos produzem obras surpreendentes,

por si sós, porque a Educação Criativa cultiva e aplica

as funções e características dos superdotados,

despertando a genialidade e a inteligência de todos

através da estimulação multissensorial perceptiva e

estimulativa.

2. O professor sabe tudo, os

estudantes nada sabem.

Alunos e professores trabalham juntos,

descobrem juntos porque aplicam em cada tema

linguagens e atividades múltiplas.

3. O professor pensa, e pensa

pelos estudantes.

A construção dos saberes acontece no

processo e com alunos e professor. Estimula-se o

pensar aberto e explorador, livre e fantástico,

divergente e inovador, imaginativo e fantástico,

inventivo e analógico.

4. O professor fala e os

estudantes escutam.

Os alunos produzem idéias, frases, projetos a

cada dia. Multiplicam suas idéias, ações, sem parar,

sem medo, sem crítica. Os alunos aprendem a

formular muitas perguntas para dar muitas respostas

Desenvolve-se atitude de compreensão e de

escuta.

5. O professor estabelece a

disciplina e os alunos são disciplinados.

Não se estabelece a relação escravo e

opressor, porque o livre pensar traz a liberdade,

desfaz os vínculos de opressão.

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6. O professor escolhe, impõe sua

opção, os alunos se submetem.

Tanto professor como alunos estão livres

para encontrar novos caminhos, sem finalidade

utilitária, mas buscando sempre, a transformação

permanente, usando o pensamento utópico.

7. O professor trabalha e os

alunos têm a ilusão de trabalhar graças à

ação do professor.

Há o estímulo o pensar por si e em si mesmo

para brincar com as idéias e para produzir coisas e

artefatos.

8. O professor escolhe o

conteúdo do programa e os alunos — que

não são consultados — se adaptam.

Todos têm a oportunidade de apresentar suas

idéias, opções, propostas, o que mais lhes agrada, a

partir das técnicas do pensamento criativo

transformativo e inventivo.

9. O professor confunde a

autoridade do conhecimento com sua

própria autoridade profissional, que ele

opõe à liberdade dos alunos.

A combinação das múltiplas linguagens

integradas liberam alunos e professores dos elos do

pensamento lógico-racional, e, em conseqüência, da

censura crítica, dos medos e da rejeição. Há mudança

de mentalidade, tolerância e amor; há respeito às

diferenças, ao novo, ao absurdo e ao incompreensível.

10. O professor é sujeito do

processo de formação, os alunos são

simples objetos.

A produção pedagógica é fruto de projeto

comunitário em que alunos e professores estão

igualmente comprometidos sabem que os dois

aprendem a cada momento da produção criativa.

Como conseqüência, a Educação Criativa é processo de alegria, otimismo, segurança que

leva à auto-estima, evita os preconceitos, porque investe no amor e respeito às diferenças

individuais, socioculturais; trabalha com o afeto, com a emoção com a imaginação. Como confirma

Prado:

Nesta época de crise e contrastes, de encruzilhadas e indecisões, de ambigüidades e complexidades, de mecanização rotineira e aborrecimento / tédio, de passividade e falta de iniciativa na escola, a criatividade parece imprescindível como fator intrínseco de interesse e diversão, como desencadeante natural de relações e projetos novos que

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critiquem eo combatam os hábitos e convenções sociais inúteis e geram outros novos com otimismo, alegrias e o humor. PRADO (2009 P 18)

CONCLUINDO: Pensar-ler-contar-escrever e, por que não dizer: sonhar – em

cooperação é muito mais rico do que fazer tudo isso sozinho. O ato de agir e redigir

cooperativamente multiplica a capacidade de comunicação através da linguagem, valorizada e

aperfeiçoada nesse processo.

É usando de diálogo: trocando idéias, conversando, que se compartilha o conjunto de

conhecimentos, sentimentos, atitudes, afetos. A dinâmica resultante da prática coletiva

produz a valorização do trabalho em grupo, que, dialeticamente, promove novo fundamento

comunicativo.

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CAPÍTULO II. AS NOVAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E

ABERTURA À EDUCAÇÃO SIGNIFICATIVA

1. O PROFESSOR, O ALUNO E A TECNOLOGIA

y al volver la vista atrás

se ve la senda que nunca

se ha de volver a pisar.

A tecnologia não é novidade na história da educação, mas um dos aspectos da cultura

humana. A antiga lousa, o quadro de giz, o giz, os livros, os cadernos individuais, os lápis, a

borracha já representaram grandes avanços tecnológicos cada um a seu tempo; cada um promoveu

grandes avanços ao preparar gerações para a vida em sociedade.

Ao longo de muito tempo, era a escola que apresentava o aluno à tecnologia nova,

possibilitando adaptação e participação do indivíduo à sociedade. O professor lecionava (de lectio,

ledor, o elemento ativo no processo) ao alumno (a-lumno, o não iluminado, o pólo passivo, que

necessitava do professor para iluminá-lo).

No entanto estamos vivendo em um mundo e um tempo que surpreende pela velocidade,

complexidade e quantidade. Muda o caráter das relações aluno/professor. O professor já não é

aquele que sabe tudo, e o aluno já não é o que chega na escola para aprender tudo, porque, quase

sempre, cresce usando a tecnologia da informação e tudo o que dela deriva.

Os jovens, havendo crescido diante de um computador, dominam o uso dessas novas

tecnologias melhor do que muitos professores.

Essa defasagem não seria problema se se tratasse unicamente do manejo dos aparelhos.

Como se sabe, no entanto, o alcance do uso da informática é muito mais extenso, muito mais

abrangente, porque se trata de possibilidades de comunicação e de avanços que crescem de forma

logarítmica no dizer dos especialistas. É todo um mundo que se revela ao aluno antes mesmo de

ele entrar na escola.

A Escola, ainda sob perplexidade, procura recuperar a distância que separa as

possibilidades comunicativas proporcionadas pelos avanços da Informática, das propostas que

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podem ser cumpridas por ela. Há uma dificuldade em diminuir a distância, uma vez que, aos

professores, é mais complicado acompanhar os alunos em tempo ágil.

Meira (2009)1, Citando Adams, observa que, em se tratando de novas tecnologias, “tudo o

que existe no mundo, desde que nascemos, é absolutamente normal. Entre zero e trinta anos, se

tivermos sorte, competência e sorte pode-se transformar num meio de vida e depois dos trinta, é o

fim do mundo, até que depois de vinte, trinta anos, começa a parecer normal.”

Tendo como base essa teoria, é muito mais difícil para professores aprenderem

Informática e serem capazes de desenvolver habilidades para usá-la em sala de aula com

alunos.

Cria-se aí um impasse quando a metodologia do professor em seu contato diário com os

alunos se baseia no controle para cumprir o programa. Controlar o grupo significa reprimir; e

reprimir supõe a imposição de distância entre ele e o aluno: o professor é o que sabe, o que pode

professar, enquanto o aluno é o que não sabe, o a-lumno.

O professor que se coloca nessa posição não aceita bem o fato de que o aluno domina a

Informática antes dele.

Ainda segundo MEIRA, em debate no 4º Fórum de Rio Claro:

,,,há muita coisa errada na escola e uma delas é a seguinte: Nós não estamos libertando a tecnologia de nossas grades mentais, psicológica e curriculares para ela exercer na sala de aula o papel que exerce na sociedade. MEIRA (2009)

O professor autoritário define objetivos e escolhe as tarefas, impõe definições, não

admite diálogo; é um transmissor de informações, centro das relações entre o conhecimento e o

aluno. Transmite verdades prontas, que são transmitidas de geração a geração. Verdades

hierarquizadas pelas mentes donas do saber, imposto a todos.

O professor já não é o único dono do conhecimento. É preciso olhar para a frente.

2. O PAPEL DO PROFESSOR NA ERA DA INFORMÁTICA

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Caminante no hay camino

sino estelas en la mar...

“Há uma pluralidade de relações do homem com o mundo, na medida em que responde à

ampla variedade dos seus desafios.” Paulo FREIRE

Para Freire (1996):

Ensinar exige rigorosa metódica pesquisarespeito aos saberes dos educandos criticidade estética e ética corporeificação das palavras pelo exemplo

Ensinar exige risco, aceitação do novo e rejeição a qualquerforma de discriminação Ensinar exige reflexão crítica sobre a prática exige o reconhecimento e a assunção da identidade cultural Ensinar não é transferir conhecimentoexige consciência do inacabado

Ensinar exige o reconhecimento de ser condicionado exige respeito à autonomia do ser do educando exige bom senso humildade, tolerância eLuta em defesa dos direitos dos educadores

Ensinar exige apreensão da realidade exige alegria e esperança exige a convicção de que a mudança é

Ensinar exige curiosidade é uma especificidade humana exige segurança,Competência profissional e generosidade exige comprometimento exige compreender que a educaçãoé uma forma de intervenção no mundo exige liberdade a autoridade exige tomada consciente de decisões

Ensinar exige saber escutar reconhecer que a educação é ideológica exige disponibilidade para o diálogo

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Ensinar exige querer bem aos educandos.

(FREIRE, colocação em versos livres dos subtítulos de Pedagogia da autonomia: saberes

necessários à prática educativa.1996)

De acordo com Perreneaud(2000), as dez novas competências para ensinar são:

1. Organizar e dirigir situações de aprendizagem2. Administrar a progressão das aprendizagens3. Conceber e fazer evoluir os dispositivos de diferenciação4. Envolver os alunos em suas aprendizagens e em seu trabalho5. Trabalhar em equipe6. Participar da administração da escola7. Informar e envolver os pais8. Utilizar novas tecnologias9. Enfrentar os deveres e os dilemas éticos da profissão10 Administrar sua própria formação contínua

Para Perreneaud (2000), caberia aos professores mediar a construção do processo de

conceituação a ser apropriado pelos alunos, buscando a promoção da aprendizagem e

desenvolvendo habilidades importantes para que eles participem da sociedade que muitos estão

chamando de "sociedade do conhecimento".

O importante é destacar que, se tal foi escrito em 2000, muita coisa se desenvolveu além

desse patamar – porque, em Informática, os avanços ocorrem de forma logarítmica, como já se

disse – o que exige do professor atualização contínua. Aliás, em uma sociedade em constante

mudança, essa é a necessidade com que todos os profissionais têm de lidar para se desenvolver em

seu trabalho.

“Se o professor se acha o único dono do conhecimento, não existe juízo crítico quando a autoridade é só uma. Para haver juízo crítico, há que haver diferentes fontes de verdade.” BALAGUER 2009)

Não é mais possível ao professor agir como se fosse o único sujeito do conhecimento; em

se tratando de Informática os alunos trazem saberes – competências e habilidades – além das do

professor.

Espera-se do professor:

- A habilidade de acompanhar os muitos fluxos de informação usando os meios

disponíveis, o que significa:

- Estar aberto a todas as oportunidades que surgirem para receber as informações,

aprofundar saberes;

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- Procurar o discernimento nas pesquisas da rede “viajar por diversas comunidades,

discernindo e respeitando perspectivas diferentes.” (BALAGUER 2009);

- Respeitar idéias diferentes, outros modus operandi;

- Usar softwares para fins pedagógicos.

- Estar pronto a estudar novas possibilidades no campo da informação a fim de usá-los com

a competência como são usados na sociedade.

De acordo com Balaguer (2009), um dos processos mais interessantes da tecnologia é que

nos coloca em situação de ignorância; portanto, todas as informações novas são lucro. A Escola

trabalha de forma isolada da dinâmica dos movimentos externos, ou seja, do que acontece na

sociedade em geral. E com as novas possibilidades de relacionamentos provocados pela tecnologia

de rede, surgiram novas possibilidades de trocas: de saberes, dúvidas, planos, propostas, criando

novas arquiteturas no processo de ensino-aprendizagem.

Objetivos antes defendidos individualmente e que, muito tempo depois de lançados,

poderiam receber aportes, colaboração. A possibilidade de compartilhamento de informações

torna-se um hábito na era digital.

As comunidades são realidade virtual que giram em torno de perspectivas, interesses

e abordagens comuns.

3. A ESCOLA INOVADORA E O CIBERESPAÇO

Hace algún tiempo en ese lugar

donde hoy los bosques se visten de espinos

se oyó la voz de un poeta gritar

Já a escola inovadora é aquela que valoriza professores inovadores, tem uma

administração descentralizadora; estabelece relações com outras instituições com a finalidade de

fazer crescer sua comunidade; coloca-se à disposição para experimentar idéias novas. Outras

características são apontadas por Huberman com base em Miles: estabelecimento de objetivos

claros; o cuidado na comunicação interna e externa; administração aberta, com possibilidades de

trânsito de influência entre os setores; utilização respeitosa dos recursos humanos; busca da união

da comunidade escolar; trabalho em prol da confiança entre as partes; conceber as inovações

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como processo dinâmico dialético que deve manter em situação de estudo, disposição e prontidão

a comunidade escolar e a busca da autonomia nas tomadas de decisão, no sentido de que é a

comunidade que tem de traçar seus objetivos, suas ações a partir de análises de âmbito particular e

geral – comunidade escolar e seu entorno, suas relações com o bairro, o estado, o país.

A educação baseada nos modelos tradicionais tem aulas expositivas, exigem alunos

simplesmente receptores, instituições que não admitem mudanças estruturais, na parte

pedagógica, ou na administrativa, ou até da própria divisão dos alunos por idade, em séries; em

salas de aula, tão cheias de alunos, que não permitem mais do que uma arrumação: professor à

frente do quadro, alunos em suas carteiras “assistindo à aula”.

Tal situação ainda hoje a mais comum na imensa maioria das escolas provoca o

questionamento de Léa Fagundes, debatedora, no início de seu discurso no Fórum do Instituto Rio

Claro:

Por que os espaços e tempos da escola estão organizados desta maneira? Por que nós temos na mesma sala turmas com a mesma idade e a mesma escolaridade?... Depois (sic), por que um professor, que tem cinqüenta minutos e, no máximo cem minutos(...) e, que chama de “conteúdo” os tópicos e temas do programa de ensino, que, muitas vezes são do livro didático? (sic). Por que ele tem que dar a mesma aula, com o mesmo conteúdo, da mesma maneira, a todos os alunos da mesma sala? Por que ele tem que dar (sic) a mesma aula com o mesmo conteúdo, ao mesmo tempo, da mesma maneira, a todos os alunos da mesma sala? FAGUNDES (2009)

E um pouco mais adiante continua: “..tratar todos os alunos da mesma sala como se eles

fossem uma única cabeça pensante?” , “...e que todos os alunos têm que aprender o livro didático

feito por especialista (que não tem contato com o professor)...”

Conclui-se que a distância que separa o aluno de todas as relações do processo

Ensino/Aprendizagem são cada vez maiores nesta sociedade atual. Deve-se calcular o quanto deve

ser mais produtivo o ensino baseado nas “Técnicas de ensino baseadas na exposição e na

participação”, de que nos fala Herrán em seu capítulo 14 de Metodologías docentes para

transformar la educación (pp. 251-278), citando A. Medina, M. Á. Zabalza, C. Marcelo o S. de la

Torre, já que estes entendem que “a aprendizagem compartilhada está estreitamente vinculada à

inovação”, inovação que ficaria difícil em situações de processos individualizados, como acontece

em modalidades tradicionais de sistema educacional.

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Parodiando Balaguer (2009), onde as habilidades do sujeito do novo milênio se

desenvolveriam mais? Numa sala de aula tradicional ou em atividades que envolvem um coletivo?

Ao que se poderia acrescentar a conclusão de Herrán: “uma pessoa que realize qualquer atividade

pode experimentar qualquer tipo de sensações. Tudo dependerá de sua motivação e da

circunstância.” O preparo docente, em didática, em psicologia, em técnicas de exposição, usando

e incentivando o respeito mútuo, motiva o suficiente ao comprometer-se com uma aprendizagem

significativa (“contribuir a elaborações cognoscitivas criativas (alternativas, flexíveis, inquiridoras,

críticas…”, idem Herrán).

No entanto, com todas essas precauções, as aulas expositivas têm seu lugar no mundo de

hoje, pois também as formas participativas de Ensino/Aprendizagem não negam momentos

expositivos, assim como os sujeitos comunicadores que usam da exposição pura e simples em

quase todas as oportunidades comunicativas. Também nas atividades de comunicação em rede

pelas NTI usa-se dessa modalidade.

Deve-se agir para diminuir a distância que separa o aluno de todas as relações do

processo Ensino/Aprendizagem.

CAPÍTULO III PRÁTICAS PARA PRODUÇÃO COLETIVA

1. LINGUAGENS E PRODUÇÃO COLETIVA

"Caminante no hay camino,

O ser humano começou a desenvolver sua racionalidade quando começou a falar e, quanto

mais desenvolvemos a palavra, mais facilmente compreenderemos o mundo, melhor nos

adaptaremos, mais facilmente viveremos.

Este trabalho se propõe a indicar situações que levem a experiências coletivas de

produção textual unidas a expressões em outras linguagens:

O esquema abaixo ilustra as relações entre elas.

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Figura 1

fonte:IACAT Unidade 1.1.2. p 10

Para efetuar a fase da “conversa” nada melhor do que a técnica do Torbellino de Ideas

(T.I.) para liberar as potencialidades que os participantes já trazem, principalmente a criatividade.

A seguir, os motivos da escolha do TI, parafraseando as “diversas circunstancias”

“distintas finalidades” que Prado ( 2001, p 120) apresenta”:

Para que os alunos formulem perguntas, dúvidas;

Para saber o que os alunos já sabem sobre o assunto;

Para que haja troca de informações e, em conseqüência, ganho / aporte para todos os

participantes.

Para enriquecimento do vocabulário.

Para relacionar um objeto ou tema com outros afins ou de modo que possam construir

similares e metáforas originais.

Para conseguir desenhos e expressões plásticas originais.

Para melhorar a fluência verbal e de idéias.

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Para melhorar a expressividade.

Para analisar e tratar problemas de aula,

Para fazer com que os alunos reflitam sobre sua conduta ou a conduta do grupo;

Para enfocar qualquer assunto, em qualquer área do saber;

Para criar ambiente democrático de trabalho em equipe e fazer que sejam produtivos os

momentos de participação;

Para que os alunos se respeitem, escutem e aproveitem as idéias dos outros.

Depois de momento de TI em aula, práticas de extensão do tema com atividades variadas

– diante do computador.

Outros ativadores criativos estarão ocasionalmente diluídos nos exercícios:

Interrogación divergente,

Analogia Inusual,

Metamorfósis total del objeto,

Juego lingüístico,

Desguace de frases,

Recreación de textos,

Solución creativa de problemas

Algumas das PRÁTICAS apresentadas como exemplo de ponto de partida e/ou motivo para

redações em grupo foram vivenciadas pela autora e alunos.

Porque

Os ativadores criativos se concentram na aquisição de pensamento divergente, inovador, original, constituindo a fonte primeira do pensar aberto, livre, imaginativo, plástico, fantástico, e, sobretudo, sendo a raiz estimuladora essencial de qualquer tipo de projeto ou ação, de admirável frescura e de alternativas tão provocativas e novas como definitivas, às vezes. PRADO (2004 )

O caminho das trocas comunicativas leva ao conhecimento das pessoas, troca de

afetos, experiências e informações; ao enriquecimento dos saberes.

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1.1. EXEMPLO DE CRIATIVAÇÕES DE UM TEMA

se hace camino al andar..."

Um exemplo de como as criativações podem ser utilizadas:

EXEMPLO A PARTIR DE PINTURA DE DALÍ:

TEMA: O RELÓGIO

TORBELLINO DE IDEIAS

Expressar tudo o que vem à cabeça rapidamente para que não se perca a

espontaneidade, a naturalidade, o que sai direto e natural do psiquismo.

Pintura de Dalí,

música de rock clássico, On the Clock, on the rock, whisky. Me atrasei, me adiantei… os progressos dos países do Terceiro Mundo,,, corrida contra o relógio, contrarrelógio: a bicicleta, o giro de Espanha, a pontualidade de meu filho mais novo. O tempo não passa para as freiras de meu colégio.as correntes pesadas dos terços das freiras...o tempo do prisioneiro, o condenado à morte. O tempo não passa de igual forma para todos.

INTERROGACIÓN DIVERGENTE,

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Conjunto de perguntas que foge do óbvio, da relação fácil com o tema, buscando relações mais difíceis e, por isso mesmo, capazes de desenvolver soluções inesperadas, pensamentos criativos . o relógio de Dalí permaneceu em evidência.

Que semelhanças tem o queijo com o tempo/relógio?

Como o tempo derrete?

A vida se esvai de que forma?

Daí surge uma pergunta CONVERGENTE:

Imagine o tempo recurrido del século XX no calendário de Sagan. ¿Que fração do segundo representaria? ¿E que subfração representaria sua própria existência?

ANALOGIA INUSUAL

A relação inesperada, o impensável é que vai ser idealizado:

De acordo com o cálculo de tempo de Sagan, o uso de instrumentos de pedra foi disseminado somente às 23 horas.

Poderíamos, então, fazer uma analogia: RELÓGIO e PEDRA:

RELÓGIO:

Há antigos e novos

Pelos relógios de sol. Pode-se calcular o tempo por sua variação no solo –

Marca a idade do homem na Terra

Mostra o tempo recorrido na superfície.

Há corações que funcionam como um relógio.

Etc...

PEDRA

Há também antigas e novas

Pode-se calcular o tempo por sua variação química em um solo.

Marca a idade do homem na Terra.

Mostra o quanto o tempo passou pelo estado da superfície.

Há corações de pedra.

Etc....

METAMORFOSE TOTAL DO OBJETO

A possibilidade –da mudança para o lugar do impossível a partir do possível:

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Eu adoraria:

Um relógio que marcasse somente nossos tempos felizes, nossos encontros com os outros.

Um relógio que congelasse momentos de felicidade e que ninguém cometesse maldades.

Um relógio que alertasse sempre o quão curta é a existência humana a fim de indicar que não vale a pena a cobiça e o egoísmo.

Um relógio que pudesse voltar atrás para corrigir as injustiças.

JUEGO LINGÜÍSTICO,

Reinventar a palavra, decompô-la, compô-la, fazer derivações, composições, mudanças fonéticas, gráficas, plástica, tátil

Sol Pedra

sombra

gnomon

quadrantes solares

quadrantes estelares

cuadrantes lunares.

HOROLOGION

HOROLOGIUM

Orologio

O relógio

horloge

Relógio

El reloj

El relojoler

clock

clocka

clock clock

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Outra produção surgida do jogo lingüístico:

Relógios de arena

clepsidra

Relógios de cera,

velas de duración

prevista

relógiosrelógios relógiosrelógios relojrelorelojolerolerjoler

re re re re re re re re re re

lolololololololololololololo

logio

relorelorelorelrelorelo

reloj

rolex

relógio

relógico

lógico

horologium

logium

logos

orologio

clock

oro

aro

logio

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DESGUACE DE FRASES

Reestruturar a frase, combinando-a. encontrar o oposto, o diferente, etc.

clock clock clock

faz o relógio

olho

el tiempo pasa

olho

Cuidado

re olho

O tempo passa

Repassa el tiempo

A vida passa

Passa o relógio

Repassa a vida

ida

vida passa

vida

vida prevista

olho

re olho

clock clock clock

RECREACIÓN DE TEXTOS

Tomar um texto, trocar seus elementos, buscar a originalidade.

Que tql brincar com o texto de Vinicius de Moraes e Paulo Soledade?

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O Relógio

Passa tempo, tic-tacTic-tac, passa horaChega logo, tic-tacTic-tac, vai-te emboraPassa, tempo

Bem depressa

Não atrasa

Não demoraQue já estouMuito cansadoE já perdi toda alegriaDe fazer meu tic-tac

Dia e noite

Noite e dia

Tic-tac

Tic-tac

Dia e noite

Noite e dia

REFAZENDO, INVENTANDO, RE-CRIANDO:

Não demoraQue já estouMuito cansadoTic-tac

Tic-tac

Dia e noite

Tic-tac, passa horaChega logo, tic-tacChega logo, tic-tac

Passa, tempo

Bem depressa

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Etc...

SOLUCIÓN CREATIVA DE PROBLEMAS

Incentivar a busca de soluções por caminhos novos, criativos, às vezes absurdos, mas sempre aplicáveis, em busca de soluções. No caso do relógio/tempo, como lidar com a passagem inexorável, com o envelhecimento – um problema?

Solução criativa:

Com a arte:

Curriculum Horologii Vitae:

Quanta história: quantos caminhos...

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Em que caminho se perderam aqueles olhos?

Aquela face, onde ficou?

Perderam-se caminhos!

2. OBJETIVOS SÓCIOS-LITERÁRIOS DAS PRÁTICAS

Golpe a golpe, verso a verso...

Objetivo central:

Proporcionar ao aluno condições de se descobrir sujeito em produções criativas – partindo

de Torbellino de Ideas – em grupo – para além do ambiente físico da escola.

Objetivos específicos:

As propostas devem ter o objetivo de:

oferecer ao aluno oportunidade para produção diversificada: textos escritos, arte visual:

desenho, pintura, fotos, vídeos; produção sonora: sons, músicas, relacionadas com a

realidade cultural e emocional do aluno.

ampliar o trabalho pedagógico para além do ambiente escolar, restrito, imprensado entre

horários e programas a serem cumpridos pela comunidade escolar.

Interligar temas recolhidos da prática de TI, a fim de planejar novas práticas.

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Passo a passo, golpe a golpe, com imaginação, cria-se um mundo novo.

4. A METODOLOGIA

Murió el poeta lejos del hogar.

Le cubre el polvo de un país vecino.

Al alejarse le vieron llorar.

No trabalho com idiomas – Português e Espanhol – a possibilidade do uso das multimídias

amplia situações de aprendizagem. Sendo assim, este trabalho se propõe a apresentar sugestões de

práticas coletivas que usam vários tipos de textos e as mídias de que se dispõe na Escola.

Para tanto, o Torbelino de Ideas – TI - é a técnica BÁSICA usada para no processo de

compreensão do material usado.

O TI vem sendo considerado tradicionalmente como uma técnica de dinâmica de grupos ou de ação participativa e trabalho grupal. As técnicas didáticas participativas estão orientadas à dinamização cooperativa e à intervenção variada dos membros, com base na centralização da atuação do líder, dirigente ou professor. PRADO (2001 P 21)

EM AULA: passos que incluem:

A apresentação do tema – notícia, texto escrito, texto falado, musicado, vídeo, pintura,

desenho ou qualquer fato relevante à vida social.

Dinâmicas com o TI, que podem incluir diversas categorias, dependendo do assunto e do

interesse dos alunos.

ON LINE: trabalhos coletivos com vários grupos reduzidos (se a turma é grande):

Também nessa fase há passos bem delimitados para a produção dos trabalhos, que

podem abranger as mais variadas propostas midiáticas.

Outros ativadores criativos deverão ser usados e para isso. Há um espaço aberto para

aprofundamento de uma ou outra Criativação. O professor deve ser sensível para captar as

necessidades e possibilidades o grupo de alunos a fim de aprofundar uma ou outra criativação. Daí

a necessidade de formação permanente do profissional: formação em criatividade para a

criatividade, via criatividade.

TIPOS DE PRODUÇÃO SUGERIDAS

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Trabalhando com idiomas, língua, literatura e redação – os variados níveis de linguagem –

culto, popular, vulgar, literária sempre se colocam em questão. Além disso, as funções da

linguagem e os gêneros de discurso são básicos para estudo e produção textual. Portanto,

deverão ser contemplados nas Práticas propostas:

Função emotiva (ou expressiva) centralizada no emissor, revelando sua opinião, sua emoção. Nela prevalece a 1ª pessoa do singular, interjeições e exclamações. É a linguagem das biografias, memórias, poesias líricas e cartas de amor.

Função referencial (ou denotativa) centralizada no referente, quando o emissor procura oferecer informações da realidade. Objetiva, direta, denotativa, prevalecendo a 3ª pessoa do singular. Linguagem usada nas notícias de jornal e livros científicos.

Função apelativa (ou conativa) centraliza-se no receptor; o emissor procura influenciar o comportamento do receptor. Como o emissor se dirige ao receptor, é comum o uso de tu e você, ou o nome da pessoa, além dos vocativos e imperativo. Usada nos discursos, sermões e propagandas que se dirigem diretamente ao consumidor.

Função fática centralizada no canal, tendo como objetivo prolongar ou não o contato com o receptor, ou testar a eficiência do canal. Linguagem das falas telefônicas, saudações e similares.

Função poética centralizada na mensagem, revelando recursos imaginativos criados pelo emissor. Afetiva, sugestiva, conotativa, ela é metafórica. Valorizam-se as palavras, suas combinações. É a linguagem figurada apresentada em obras literárias, letras de música, em algumas propagandas etc.

Função metalingüística centralizada no código, usando a linguagem para falar dela mesma. A poesia que fala da poesia, da sua função e do poeta, um texto que comenta outro texto. Principalmente os dicionários são repositórios de metalinguagem.

Em uma mesma produção, podem aparecer várias funções da linguagem. O importante é saber qual a função predominante no texto, para então defini-lo.

PRINCIPAIS GÊNEROS DO DISCURSO

Situações sociais de uso

TIPOS DE TEXTO

Capacidades de linguagem

dominantes

Gêneros orais e escritos

Cultura literária ficcional

Narrar

Conto maravilhoso, fábula, lenda narrativa de

aventura, narrativa de ficção científica, narrativa de

enigma, narrativa mítica, biografia romanceada, romance,

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Contar um história ficcional

coerente

romance histórico novela fantástica, conto, crônica

literária, adivinha, etc.

Documento e memorização

das ações humanas

Relatar

Contar fatos reais ou

experiências vividas, situando-as no

tempo e no espaço

Relato de experiência vivida, relato de viagem,

diário íntimo, testemunho, caso, autobiografia, curriculum

vitae, notícia, reportagem, crônica social, crônica

esportiva, relato histórico, ensaio ou perfil biográfico,

biografia, etc.

Discussão de problemas

sociais controversos

Argumentar

expressar opinião, utilizando

argumentos para defender

Textos de opinião, diálogo argumentativo, carta

do leitor, carta de reclamação, carta de solicitação, carta

de solicitação, debate deliberativo, debate regrado,

assembléia, discurso de defesa(advocacia), discurso de

acusação (advocacia), resenha crítica, artigos de opinião

ou assinados, editorial, ensaio, etc.

Transmissão e construção de

saberes

Expor

Apresentar diferentes formas

do conhecimento.

Texto expositivo (em livro didático), exposição

oral, seminário, conferência, comunicação oral, palestra,

entrevista especializada, verbete, artigo enciclopédico,

tomada de notas, resumo de textos expositivos e

explicativos, resenha, relatório científico, relatório oral de

experiência, etc.

Instruções e prescrições

Instruir

Orientar comportamentos

Instruções de montagem, receita, regulamento,

regras de jogo, instrução de uso, comandos diversos,

textos prescritos, etc.

CEREJA, William Roberto. Interpretação de textos ( 2009. p 29)

Os sentidos devem ser solicitados no processo, como nos afirmam na Palabra

Sorprendida:

Los sentidos, la percepción de todo lo que nos rodea y nuestros sentimientos son los instrumentos con los que contamos para trabajar las descripciones. Prestemos atención a nuestras percepciones y así no convertiremos en buenos observadores. Pero antes, veamos cómo ha trabajado con los sentidos distintos escritores y cómo, a través de Torbellino de Ideas nosotros también seremos capaces de poner a funcionar todos nuestros recursos. CAZÓN y VÁSQUEZ (2001, p 22)

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E no quadro que vem em seguida nos apresentam sugestões de desenvolvimento de

atividades fundamentadas em elementos lingüísticos que remetem a valores Sensoriais: Cor,

cheiro, sabor, gosto tato, consistência

Além disso, são sugeridos aqui, aos alunos, trabalhos com as denominadas sete artes: a

Música, a Dança, a Pintura, a Escultura, a Literatura, o Teatro e o Cinema, em algum nível

específico. Porque:

Precisamos de um novo tipo de coragem, que não se expresse em desmandos de violência e que não dependa de afirmar o poder egocêntrico sobre as outras pessoas. Sugiro uma nova forma de coragem corporal: o uso do corpo, não pêra o desenvolvimento exagerado de músculos, mas o cultivo da sensibilidade. Isso significaria desenvolver a capacidade de ouvir com o corpo. Seria, como diz Nietzsche, um aprendizado para pensar com o corpo. Seria a valorização do corpo como um meio de criar empatia com outras pessoas, a expressão do eu como um objeto de arte e uma fonte de prazer. MAY (1982, p 12-13)

No processo em que o professor é o intermediário – pesquisador, programador, co-

participante esclarecedor, facilitador, incentivador,avaliador conforme Prado (2001 p 91- 98), - a

sensibilização artística que deve ser despertada, também e principalmente o professor deve contar

com a “coragem de criar” de que nos fala May, para o “cultivo da sensibilidade. Isso significaria

desenvolver a capacidade de ouvir com o corpo.” (...) Seria a valorização do corpo como um meio

de criar empatia com outras pessoas, a expressão do eu como um objeto de arte e uma fonte de

prazer. MAY (1982, p 12-13)”

A coragem para matar o velho professor parado no tempo, atado às velhas práticas de

controle, de rigidez, dão oportunidade ao nascimento do sujeito educador, que, junto aos

alunos cria oportuniza novas práticas.

CAPÍTULO IV. PROPOSTAS PRÁTICAS

1. PROGRAMAÇÃO

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"Caminante no hay camino,

se hace camino al andar [caminar]..."

E, para melhor e acompanhar e avaliar o desenvolvimento do trabalho coletivo, são aqui

sugeridas fichas de planejamento.

IMPORTANTE: Para evitar o tédio, ou ao exagero de estímulos de alguma mídia

específica, devem-se alternar as categorias: depois de um filme, um poema musicado; após este,

uma notícia de jornal, por exemplo.

O uso das novas Tecnologias da Informação e da Comunicação –TIC – possibilitam a

comunicação interativa que multiplicam formas de integração às quais se podem juntar

informações já presentes na rede. Muitas dessas informações noticiam acontecimentos em tempo

real – ou quase.

1ª- HAITI ali meio-ambiente, relações, humanas etnias e nacionalidades;

2ª- SUDOR Y LÁTIGO etnias e nacionalidades, relações humanas, relações

interpessoais;

3ª- SINAL FECHADO relações interpessoais, urbanismo, valores humanos;

4ª- O PEQUENO PRÍNCIPE valores humanos, diferenças, ética;

5ª- SALA DE URGENCIA ética, doença saúde;

6ª- O PULSO saúde, saúde física, saúde moral, direitos humanos;

7ª- ILHA DAS FLORES direitos humanos, saúde, meio-ambiente, trabalho e consumo,

saneamento, alimentação;

8ª- MANIOP a mandioca, alimentação, trabalho e consumo, pluralidade cultural;

9ª- HAITI aqui pluralidade cultural, relações humanas, ética, cidadania;

10ª- VOTO O VOTO F cidadania democracia, ética

IMPORTANTE: PARA FACILITAR A LEITURA, OPTOU-SE PELO USO DA

COR PARA SEPARAR AS FICHAS.

A escolha do tipo de relação estabelece uma DINÂMICA.

A relação de uma para a outra foi estabelecida pelo TEMA, isto é, um dos temas de uma

prática torna-se o tema-gerador da prática seguinte, e assim sucessivamente.

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Há um sem-fim de relacionamentos, de ordenações possíveis: um desenho de fractais

ilustraria bem essas relações que mais se explicam num pensamento complexo.

Pelo esquema abaixo pode-se antever um pouco das possibilidades:

Figura 2

PRADO (2001 p 158)

El enfoque globalizador e interdisciplinar de la docencia significa una perspectiva totalizadora de la realidad –cosas, temas, lecciones, conceptos, problemas-. Es decir, tratar de verla, analizarla, desarrollarla en su globalidad, desde todos los ángulos o puntos de vista. PRADO (2001, P 155)

Além disso, há propostas e resultados diferenciadas de acordo com o tema. Pode-se

observar, por exemplo, que o tema Ilha das Flores, apesar de ter como fonte um curta-metragem de

apenas treze minutos, suscita muitas reflexões e debates devido às várias leituras possíveis, em

especial o jogo lingüístico que pode ser aprofundado.

É bom lembrar que

O mesmo impulso que estimula poetas, dramaturgos e artistas, também nos move a brincar com as palavras, colocando ordem em um conjunto que nos é dado ou tratando de encontrar um novo sentido (ou sem sentido), seja por entretenimento ou por puro prazer. MOTOS, (2005, p 7)

http://www.depijama.com/2008/11/

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Figura 3

Um dos temas de uma prática torna-se tema-gerador da seguinte, que

vai gerar outros temas, dentre os quais sairá novo tema-gerador; e assim

sucessivamente.

No desenvolvimento de uma prática surgem inúmeras possibilidades para

a escolha de uma outra: um assunto, uma lembrança, um fato, um detalhe, etc.

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2. O TORBELLINO DE IDEAS

Golpe a golpe, verso a verso...

O curso Creatividad e Innovación trouxe conhecimento de saberes vitais para a

convivência em sala de aula. O Torbellino de Ideas (TI) mostra-se fundamental para o

desenvolvimento de todo o processo educativo: desde o planejamento até a conclusão, seguindo-se

da avaliação de todo o processo. Seja do ponto de vista geral – escola e de seu Plano Político

Pedagógico, ao particular – professor e disciplina, professor e aluno; aluno e conteúdos a assimilar,

para colocar-se um exemplo, o TI mostra-se capaz de impulsionar um processo e resolver

dificuldades no percurso.

No caso presente, as turmas com as que foram vivenciadas as práticas são compostas de

poucos alunos, mas não poucos problemas:

Grupos diferenciados por:

local de origem,

situação sócio-cultural e econômica;

nível intelectual;

o que faz com que no princípio do ano respondessem diferentemente ao contato com o

conteúdo do programa.

Apesar de todos já terem o nível médio de ensino, há desníveis, por conta das diferenças

na formação: existem especificidades que podem, embora nem sempre, determinar maiores ou

menores dificuldades: escola urbana ou rural, privada ou pública, grande ou pequena; ensino

regular ou supletivo.

A carga horária de três aulas semanais permitiram experiências com algumas das práticas.

Algumas redações resultantes encontram-se em ANEXO.

O TI funciona durante todo o processo de E/A.

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5. SUGESTÕES DE PRÁTICAS

Cuando el jilguero no puede cantar.

Cuando el poeta es un peregrino,

cuando de nada nos sirve rezar.

"Caminante no hay camino,

se hace camino al andar..."

Pode-se partir de qualquer situação: uma ilustração, uma história em quadrinhos, uma música, um

filme, uma notícia - uma tragédia.

Foi o caso do terremoto no Haití, que se transformou, em meio à perplexidade diante de

notícias, fotos e vídeos veiculados na mídia, em tema de conversas, comentários sobre os reveses

do meio-ambiente e relações com o humano, estendendo-se a história, etnias e nacionalidades.

1ª- A perplexidade diante da tragédia gerada por condições naturais gera discussões sobre

ETNIAS E NACIONALIDADES:

HAITÍ

ENSINO FUNDAMENTAL / ENSINO MÉDIODISCIPLINAS : Língua Portuguesa, Língua Espanhola, Ciências,

Biologia, História, GeografiaCRIATIVAÇÕES: .............

Notícias variadas sobre a tragédia do Haiti

TEMA: meio-ambiente, relações, humanas etnias e nacionalidades

I- EM AULA:1º passo: TI:

1- de recordações (cenas): eu impressiono com... ;2- de sentimentos: o que me emociona ...

II- ON LINE: grupos de 5 ou 6 alunos

Para a atividade, todos os alunos são chamados a redigir TODAS as partes dos textos,

que passarão, como no jogo “Escravos de Jó”, para que cada aluno redija um parágrafo de

todos.Dessa forma, todos os seis textos terão a marca de todos. A ordem de movimentação será

feita de acordo com decisão pré-estabelecida.

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NARRAÇÃO:

1- Redigir um parágrafo de introdução sobre a tragédia do Haiti. Passar o texto adiante de acordo com o combinado.

2- Pegar o texto que chega e, após lê-lo, redigir um parágrafo de desenvolvimento. Os textos “rodam”.

III- A última rodada é a da conclusão. Encerra-se o texto.

DISSERTAÇÃO:

1- Redigir um parágrafo de introdução sobre o valor da solidariedade. Enviar o texto ao colega seguinte.

2- Redigir os parágrafos de desenvolvimento, que vão sendo encaminhados– um a 0um.

Finalmente o parágrafo de conclusão.

Cabe ao professor monitorar a seqüência dos participantes.

TRABALHO EM VÍDEO

EM ESPANHOL:

Montar uma apresentação dos fatos ocorridos, capturando da Internet textos e fotos.

AVALIAÇÃO:

1- Em sala de aula: TI de pontos positivos e negativos da atividade.

2- Tratando-se de valores humanos, o que se pode acrescentar com essa atividade?

3- O que seria importante acrescentar?

4- O que faria se estivesse no Haiti?

As conclusões serão postadas em texto ON LINE.

Fez-se um paralelo inevitável da história do Haiti com a do Brasil: colônia, república,

dependência. A escravidão que ainda deixa marcas fortes.

2ª- Daí a escolha do tema seguinte: o poema de Nicolás Guillén: relações históricas de

etnias e nacionalidades afetando RELAÇÕES INTERPESSOAIS;

:

SUDOR Y LÁTIGO

ENSINO FUNDAMENTAL / ENSINO MÉDIODISCIPLINAS : Língua Portuguesa, Língua Espanhola, Ciências,

Biologia, Literatura, Geografia, HistóriaCRIATIVAÇÕES: .............

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Sudor y látigo.

"Látigo,

sudor y látigo.

El sol despertó temprano

y encontró al negro descalzo,

desnudo el cuerpo llagado,

sobre el campo.

Látigo,

sudor y látigo.

El viento pasó gritando:

-¡Qué flor negra en cada mano!

La sangre le dijo: ¡vamos!

Él dijo a la sangre: ¡vamos!

Partió en su sangre, descalzo.

El cañaveral, temblando,

le abrió paso.

Después, el cielo callado,

y bajo el cielo, el esclavo

tinto en la sangre del amo.

Látigo,

sudor y látigo,

tinto en la sangre del amo;

látigo,

sudor y látigo,

tinto en la sangre del amo,

tinto en la sangre del amo".

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EXPANDINDO A SALA DE AULA COM TECNOLOGIA E CRIATIVIDADE UMA PROPOSTA DE PRODUÇÃO COLETIVA

Nicolás Guillén (Cuba, 1902-1989)

Disponível em: http://lacomunidad.elpais.com/las2001noches/2009/4/17/-sudor-y-latigo-nicolas-guillen-2001-noches-46

Também se encontra em Las grandes elegias y otros poemas, por Nicolás Guillén Ángel, I. Augier, 1984, p. 110.

TEMA: etnias e nacionalidades, relações humanas, relações interpessoais;

IV- EM AULA:1º passo: apresentar o texto2º passo: TI:

3- de recordações: eu me lembro de... ;4- de rimas: verbos em gerúndio; outras rimas5- a relação: chicote e látigo – a força significativa da palavra – muito mais do que a palavra

portuguesa.

V- ON LINE: 5 ou 6 alunos

1º passo: de que me lembro: palavras que possam exprimir sentimentos relacionados com a escravidão no Brasil. Todos escrevem rapidamente.

2º passo: Os alunos escolherão as palavras mais contundentes.

3º passo: Redação- de POEMA com palavras escolhidas. Todos participam.

AVALIAÇÃO:

5- Em sala de aula: TI de pontos positivos e negativos da atividade.

6- Tratando-se de valores humanos, o que se pode acrescentar com essa atividade?

7- O que seria importante acrescentar?

As conclusões serão postadas em texto ON LINE.

3ª- Aprofundando o TI em nível de globalização lingüístico, podemos trabalhar a função

fática: da linguagem, quando poderíamos usar a letra/música de Paulinho da Viola. Diante de um

sinal de trânsito, duas pessoas que não se viam há muito tempo, encontram-se brevemente e talvez

se vejam no futuro

Trata-se de obra atemporal, composta artisticamente como representação de relações

interpessoais como ponto de partida para ampliar-se a VALORES HUMANOS:

SINAL FECHADO

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EXPANDINDO A SALA DE AULA COM TECNOLOGIA E CRIATIVIDADE UMA PROPOSTA DE PRODUÇÃO COLETIVA

NÍVEL DE ENSINO: ENSINO FUNDAMENTAL / ENSINO MÉDIODISCIPLINAS : Língua Portuguesa, Literatura, Educação Artística,

História, GeografiaCRIATIVAÇÕES: .............

Sinal Fechado

(Paulinho da Viola)

– Olá! Como vai?– Eu vou indo. E você, tudo bem?– Tudo bem! Eu vou indo, correndo pegar meu lugar no futuro... Evocê?– Tudo bem! Eu vou indo, em busca de um sono tranqüilo...Quem sabe?– Quanto tempo!– Pois é, quanto tempo!– Me perdoe a pressa - é a alma dos nossos negócios!– Qual, não tem de quê! Eu também só ando a cem!– Quando é que você telefona? Precisamos nos ver por aí!– Pra semana, prometo, talvez nos vejamos...Quem sabe?– Quanto tempo!– Pois é...quanto tempo!– Tanta coisa que eu tinha a dizer, mas eu sumi na poeira dasruas...– Eu também tenho algo a dizer, mas me foge à lembrança!– Por favor, telefone - Eu preciso beber alguma coisa,rapidamente...– Pra semana...– O sinal...– Eu procuro você...– Vai abrir, vai abrir...– Eu prometo, não esqueço, não esqueço...– Por favor, não esqueça, não esqueça...– Adeus!– Adeus!– Adeus!

http://www.letras.com.br/chico-buarque/sinal-fechado

Disponível cantada por Caetano Veloso, em: http://www.youtube.com/watch?

v=IEUPH1A7YkM

TEMA: relações interpessoais, urbanismo, valores humanos

VI- EM AULA:

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1º passo: 2º passo:TI: de imaginação: como “vejo” a cena, as pessoas... de sentimentos: o que a melodia me faz sentir. 2º passo: TI: dos termos: sinal aberto, sinal fechado, encontro, desencontro.

3º passo: jogo dramático 1: 1- em pequenos grupos – 2 ou 3 alunos – farão de conta que são pessoas que acabam se

encontrando no sinal fechado e então estabelecem uma comunicação de função fática, como as que tantas vezes ocorrem em um sinal de trânsito. Contam-se os minutos e avisa-se: abriu o sinal ou fechou o sinal.

2- Trabalho com o significado figurado da expressão SINAL FECHADO, que, em Português, pode significar impedimento voluntário da comunicação, em geral resultado de mau-humor por algum motivo explicável. “O sinal fechou, vamos esperar que o humor volte para falar com ela.”

Apresenta-se, como exemplo, a letra de música seguinte:

Sinal Fechado(Mala 100 Alça)

Veio a Mente você chegou pra mim e falouQue não dava mais, que ja tinha em mente outro rapaz

Então eu desesperado bem, ali choreiE jurei jamais amar alguém outra vez

Agora você voltou, me pedindo pra ficarSó meu bem que acabou, volte pro seu lugar

Que aqui não dá mais pra ficar

Procure o seu lugarO sinal fechou pode pararNão quero mais te amar

Que aqui não dá mais pra ficarProcure o seu lugar

O sinal fechou pode pararQue em meu coração

É fim da linha pra você, pode pararMinha mente você chegou pra mim e falou

Que não dava mais, que ja tinha em mente outro rapazEntão eu desesperado bem ali choreiE jurei jamais amar alguém outra vez

Agora você voltou, me pedindo pra ficarSó meu bem que acabou, volte pro seu lugar

Que aqui não dá mais pra ficarProcure o seu lugar

O sinal fechou pode pararNão quero mais te amar

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Que aqui não dá mais pra ficarProcure o seu lugar

O sinal fechou pode pararQue em meu coração

É fim da linha pra você

Que aqui não dá mais pra ficarProcure o seu lugar

O sinal fechou pode pararNão quero mais te amar

Que aqui não dá mais pra ficarProcure o seu lugar

O sinal fechou pode pararQue em meu coração

É fim da linha pra você, pode parar

Disponível em http://letras.terra.com.br/mala-100-alca/1031381/

Jogo dramático 2: pequenos grupos conversam e, a um aviso de “sinal fechado”, muda o “astral” – o humor – de um dos personagens, o que deverá mudar o rumo da conversa e alguém terá que explicar porque “fechou o sinal”.

VII- ON LINE:

Propostas para trabalhos em grupo:

1- PESQUISA: linguagem figurada, conotação e denotação. Função poética da linguagem.

2- Redigir uma pequena narração em que o primeiro texto se inclua com coerência .

3- Redigir uma pequena narração em que o segundo texto se inclua de forma coerente.

4- Redigir um texto usando a função de linguagem fática para ser cantado em rito de RAP em aula.

5- Redigir uma dissertação que fale sobre a correria dos tempos atuais.

VIII- EM AULA:

Apresentação da produção – cantada em ritmo de RAP

AVALIAÇÃO:

Responder às questões:

TI para começar:

Que texto mais me agradou e porque?

O que aprendi com eles? (TI)

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Como foi meu processo de produção: texto e música?

Que outras atividades podem estar relacionadas com esta?

O que quero e/ou posso fazer para aprofundar meus conhecimentos a partir do que experimentei?

4ª- Fica claro o contraste em valores humanos nas duas composições. Por esse motivo,

muito conveniente a escolha seguinte: A obra de Saint-Exupéry, usada em três versões disponíveis

em aulas de Português, Espanhol e Redação.

A ÉTICA das relações com o diferente pode (e deve) ser muito bem aprofundada.

O PEQUENO PRÍNCIPE E A RAPOSA – O FILME

O PEQUENO PRÍNCIPE E A RAPOSA – O TEXTO ESCRITO

EL PRINCIPITO Y EL ZORRO – O TEXTO ESCRITO

ENSINO FUNDAMENTAL, ENSINO MÉDIO,

DISCIPLINAS: Língua Portuguesa, Geografia, história

CRIATIVAÇÕES: .............

Ficha TécnicaO PEQUENO PRÍNCIPE E A RAPOSA – O FILME

Título original: The Little Prince Gêneros: Musical Tempo: 88min Ano: 1974 Direção: Stanley Donen Roteiro: Alan Jay Lerner Antoine de Saint-Exupéry* Elenco: Richard Kiley (Piloto)

Steven Warner (Pequeno Principe)Bob Fosse (Cobra)Gene Wilder (Raposa)Joss Ackland (Rei)Donna McKechnie (Rosa)

Victor Spinetti (Historiador)

O PEQUENO PRÍNCIPE E A RAPOSA – O TEXTO ESCRITO

Projeto Democratização da Leitura: www.portaldetonando.com.br

EL PRINCIPITO Y EL ZORRO – EL TEXTO ESCRITO

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“La Biblioteca de El Trauko”

http://www.fortunecity.es/poetas/relatos/166/

http://go.to/trauko

[email protected]

Chile - noviembre 2000 Trata-se da história de um piloto perdido e de um menino de um planeta distante. Juntos,

compartilham diversas experiências, como aprender com uma raposa, observar a dança de uma

serpente, cuidar de uma única rosa do planeta. Baseado no romance de Antoine de Saint-

Exupéry.

TEMA: valores humanos, diferenças, ética

IX- EM AULA:

1º passo: Informar sobre a obra de Saint-Exupéry, O Pequeno príncipe e sobre o texto

selecionado.

2º passo: Apresentar o filme, usando o recurso de texto e legenda em Língua

Espanhola.

2º passo: TI:

1- O que as imagens evocam?

O que o Principezinho queria?

2- Palavras que são lembradas a partir de “amizade”

3- Opiniões a respeito da amizade

Da dinâmica anterior, anotar palavras e frases que definam amizade.

3º passo: foram usados dois textos: um em Português e outro em Espanhol, com

finalidade de estudo de texto – vocabulário, gramática, fonética, no caso do Espanhol; e de

gramática – especificamente sintaxe no caso do outro texto, para comparar os dois idiomas.

4º passo: análise das ilustrações do autor.

5º passo: Se eu fosse o ilustrador, como ilustraria o encontro Principezinho + Raposa?

Vamos tentar? Com tinta, grafite, colagem (em papel, pano, plástico...)

Qual seria a cor da amizade?

Existe uma mudança fundamental na raposa: ANTES e DEPOIS de haver conhecido o

principezinho. Como mostrar isso usando somente cores?

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Como demonstrar a mudança, usando somente grafite?

Como represento isso dançando; com mímica...?

X- ON LINE:

Propostas:

1- PESQUISA: o autor, sua vida e suas obras.

2- DISSERTAÇÃO:diferença entre cativar e domesticar, vocábulos usados na versão em vídeo da obra O Pequeno Príncipe.

3- CRÔNICA: Amizade é isso...

4- RECEITA de amizade

AVALIAÇÃO:

8- Em sala de aula: TI de pontos positivos e negativos da atividade.

9- Tratando-se de valores humanos, o que se pode acrescentar com essa atividade?

10- O que seria importante acrescentar?

11- As conclusões serão postadas em texto ON LINE.

Assistindo ao filme na aula de Espanhol.

5ª- Da ética nas relações com a SAÚDE:

ER

SALA DE URGENCIA / PLANTÃO MÉDICO

ENSINO FUNDAMENTAL, ENSINO MÉDIO,

DISCIPLINAS: Língua Portuguesa, Língua Espanhola, Ciências, Biologia

CRIATIVAÇÕES: .............

Ficha Técnica

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Projeto Democratização da Leitura: www.portaldetonando.com.br

ER (conhecido no Brasil como Plantão Médico, em Portugal como Serviço de

Urgência) e na versão espanhola é Sala de Urgencia, é um premiado seriado de televisão

norteamericano criado pelo escritor e ex-médicoMichael Crischton. É produzida pela Constant c

Productions e pela Amblin Entertainment em associação com a Warner Bros. Television

Production, Inc. A série mostra o cotidiano dos médicos e enfermeiras que trabalham numa sala

de emergência de um fictício hospital de Chicago, Illinois. Através das câmeras angustiantes que

filmam toda correria do dia-a-dia hospitalar, podemos acompanhar a pressão e a adrenalina

presentes na sala de plantão, palco de situações adversas e um recorte do mundo real que pouco

conhecemos. Plantão Médico é considerada uma das melhores séries já produzidas, com recordes

de audiência exorbitante, aclamados prêmios e inúmeras indicações.

TEMA: ética, doença saúde;

I- EM AULA:

1º passo: 2º passo: Apresentar o filme.

No caso particular da autora, foi apresentado em Espanhol para

aprofundamento do vocabulário e contato maior com a fonética do idioma.

2º passo: TI:

1- Palavras que são lembradas a partir de “acolhimento”

2- Opiniões a respeito da ética e moral.

3- Sentimentos que tiveram diante da morte do adolescente. O mesmo diante do problema de consciência do atirador (Ivan), que pergunta ao médico:

_¿Cómo está el muchacho?

_Está en cirugía.

_¿Y se va a poner bien?

_No, Ivan, creo que no.

_Yo estaba asustado… Quiero quedarme aquí a ver qué pasa, ¿Sí?

El médico sale y, manos a la cabeza, el señor llora:

_!Por Dios Santo!

anotar palavras e frases que definam amizade

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4- O que as imagens evocam. Usar perguntas: em tal ou qual situação, o que faria se...? / O que faria quando...? / Se eu fosse...? / como por exemplo, em...

Você participaria da aposta no nível de álcool do alcoólatra?

Se você estivesse na situação da doutora, como agiria com aquela irmã desequilibrada?

II- ON LINE:

Propostas:

1- Redigir, em forma de peça de teatro, pequeno texto, à escolha de cada grupo, evidenciando:

a) O dia em que Kanesha se intoxicou em casa.

b) A chegada do alcoólatra em sua casa, já limpo e barbeado.

c) O dia seguinte na vida de Ivan, o que atirou no adolescente que lhe perseguia.

d) O que fez o entregador de pizza depois que saiu do hospital.

e) Como foi a estada da irmã da Doutora no apartamento.

III- EM AULA:

Apresentação da peça de cada grupo.

AVALIAÇÃO:

12- Em sala de aula: TI de pontos agradáveis e desagradáveis da atividade.

13- O que se aprendeu com essa atividade?

14- Onde posso usar o que se aprendeu?

15- O que seria importante acrescentar?

As conclusões serão postadas em texto ON LINE.

5ª- A ética da saúde e a SAÚDE indvidual e social:

O PULSO

ENSINO FUNDAMENTAL / ENSINO MÉDIODISCIPLINAS : Língua Portuguesa, Língua Espanhola, Ciências,

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EXPANDINDO A SALA DE AULA COM TECNOLOGIA E CRIATIVIDADE UMA PROPOSTA DE PRODUÇÃO COLETIVA

Biologia, LiteraturaCRIATIVAÇÕES: .............

O PULSOArnaldo Antunes

O pulso ainda pulsaO pulso ainda pulsa...

Peste bubônicaCâncer, pneumonia

Raiva, rubéolaTuberculose e anemiaRancor, cisticircoseCaxumba, difteria

Encefalite, faringiteGripe e leucemia...

E o pulso ainda pulsaE o pulso ainda pulsa

Hepatite, escarlatinaEstupidez, paralisia

Toxoplasmose, sarampoEsquizofrenia

Úlcera, tromboseCoqueluche, hipocondria

Sífilis, ciúmesAsma, cleptomania...

E o corpo ainda é poucoE o corpo ainda é pouco

Assim...Reumatismo, raquitismoCistite, disritmia

Hérnia, pediculoseTétano, hipocrisia

Brucelose, febre tifóideArteriosclerose, miopiaCatapora, culpa, cárieCâimba, lepra, afasia...

O pulso ainda pulsaE o corpo ainda é pouco

Ainda pulsaAinda é pouco

Assim...Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=0vEnizUyQxE&feature=relatedPoema de Arnaldo Antunes da banda TITÃS, disponível em CD e DVD, trabalha com

nomes de doenças, importante notar a presença, entre elas de raiva, rancor, ciúmes, hipocrisia, culpa...

TEMA: saúde, saúde física, saúde moral, direitos humanos

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IV- EM AULA:1º passo: apresentar o vídeo-clipe da música2º passo: TI:

6- de recordações: eu me lembro de... ;7- de rimas: palavras que terminam ite, ose, mania, ismo;8- palavras terminadas em fobia.

V- ON LINE: 5 ou 6 alunos

1º passo: decompor as palavras (morfemas): bubônica, pneumonia, rubéola, Tuberculose e anemia, cisticircose, difteria, encefalite,

faringite, leucemia,Hepatite, escarlatina, paralisia, Toxoplasmose, Esquizofrenia, trombose, hipocondria, cleptomania, Reumatismo, raquitismo,Cistite, disritmia, pediculose, Tétano, hipocrisia Brucelose, Arteriosclerose, miopia, afasia

2º passo: raiva, rancor, ciúmes, hipocrisia, culpa. Os alunos serão solicitados a

explicar o porquê dessas palavras incluídas.

3º passo: Redação de POEMA com palavras terminadas em ISMO(S).

AVALIAÇÃO:

1- Em sala de aula: TI de pontos altos da atividade.

2- O que se pode acrescentar a essa atividade?

3- Onde poderia aproveitá-la?

As conclusões serão postadas em texto ON LINE

7ª- De saúde a DIREITOS HUMANOS:

ILHA DAS FLORES

ENSINO FUNDAMENTAL, ENSINO MÉDIO

DISCIPLINAS: Língua Portuguesa, Geografia, História, Filosofia

CRIATIVAÇÕES: .............

Ficha Técnica Ilha das Flores

País/Ano de produção:- Brasil, 1989Duração/Gênero:- 13 min., documentárioDisponível em vídeo (na fita "Curta com os Gaúchos")Direção de Jorge FurtadoRoteiro de Jorge Furtado*

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Elenco:- Ciça Reckziegel, Gozei Kitajima, Takehijo Suzuki. Narração de Paulo José.

Disponível em:

http://www.planetaeducacao.com.br/portal/artigo.asp?artigo=59

http://www.youtube.com/watch?v=KAzhAXjUG28

*TEXTO EM ANEXO deste trabalho

O autor mostra o resultado de como um tipo de economia resulta em relações sociais

injustas. Jorge Furtado usa um tratamento didático, beirando o científico, mas tão ágil e criativo,

que se transforma em uma obra de arte; tanto, que é premiadíssimo e, em 1995, foi eleito pela

crítica européia como um dos 100 mais importantes curtas-metragens do século.

Extremamente atraente, presta-se como poucos a apresentação em aula por seu tempo

de 13 minutos.

TEMA(S): direitos humanos, saúde, meio-ambiente, trabalho e consumo, ,

saneamento, alimentação

VI- EM AULA:

1º passo: Apresentar o filme.

2º passo: TI:

1) de palavras soltas

2) de opiniões

3) de sentimentos

3º passo:

Fazer um levantamento das palavras que mais se repetem. Chamar a atenção para a

profusão e a rapidez das informações: os tomates do Sr. Suzuki, o perfume de dona Anete, o

surgimento do dinheiro e as peculiaridades dos seres humanos, o polegar opositor e o tele-

encéfalo altamente desenvolvido... um jogo de palavras em que a repetição é o forte.

4º passo: Apresentar novamente o filme, chamando a atenção para a rapidez

das informações, das seqüências das cenas.

Propor aos alunos atenção às imagens. Como será que foram feitas?

(Note-se que, apesar de usar muitas fotos, o autor consegue agilidade. A

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ironia pode ser explorada durante sessão de ID)

Apresentar o texto escrito (em anexo) para que os alunos o leiam em voz

alta.

5º passo: prática escrita

Organizar em duas colunas OS NOMES À ESQUERDA:

japonês – seres

humanos - judeus

GERAL PARTICULAR

Seres humanos -

mamíferos – bípedes

Baleia – seres

humanos – mamíferos -

porco

Tomates - coisas

vivas – baleias – galinhas –

porco

Propor recordar as características:

Seres humanos

Japonês

Judeus

Jesus Cristo

Senhor Toshiro

Dona Anete

Propor recordar as funções:

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do polegar opositor -

do telencéfalo altamente desenvolvido

Propor recordar definições de:

família:

tomate:

perfumes:

lixo:

terreno

lucro

liberdade

6 º passo: COM TODA A TURMA:

PROPOSTA: fazer um grande esquema com as informações do texto: do geral e o do

particular, das características, das funções, das definições

Muito melhor se for feito no chão da sala, usando papéis coloridos – cada cor como

código.

Um exemplo de como começar:

Etc., etc, etc...

VII- ON LINE: 5 ou 6 alunos por equipe. O grupo deve escolher um colega monitor, que deve se responsabilizar pela organização – sempre com a concordância do grupo.

1º passo: pesquisar: o destino do lixo da cidade em que fica a escola.

2º passo: usar mapas do(s) município(s) para traçar os caminhos. Todos os alunos do

grupo participam.

3º passo: montar um vídeo, usando de recursos plásticos a escolha dos componentes do

grupo.

C

OISA

M

AMÍFERO

P

ORCO

S

ER

J

APONÊS

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4º passo: redigir coletivamente um texto criativo sobre o vídeo coletivo, com um título

que seja fruto da escolha de todos.

OUTRAS POSSIBILIDADES ON LINE:

Redação em conjunto: Se esse lixo fosse meu...

Montar um painel de fotos: O caminho do meu lixo

Entrevistar autoridades responsáveis pela coleta do lixo. Neste caso, faz-se necessário, em aula, organizar as perguntas a serem feitas, após dinâmica de TI e ID.

Responder às questões para avaliação das atividades..

6º passo: apresentação dos trabalhos: em sala e...

OS TRABALHOS PRODUZIDOS SERÃO POSTADOS EM COMUNIDADE

ABERTA PELA TURMA.

7º passo: AVALIAÇÃO PRESENCIAL E EM CONJUNTO (seguindo a proposta

“Avaliando a participação”)

Sugestões para iniciar sessão de ID:

O que é um polegar?

Se só tivéssemos polegares...

O que aconteceria se não tivéssemos o polegar opositor?

O computador de um homem sem mão, como seria?

Vamos tentar sem usar o polegar:

abotoar a blusa.

Pegar um copo.

Usar a caneta,.

Tocar violão.

Levantamento das VANTAGENS

do uso do polegar,

do telencéfalo desenvolvido.

Se tivéssemos dois dedos como pinças?

Como agiríamos se fôssemos como um golfinho: sem braços?

Vamos continuar com nosso trabalho em sala de aula sem usar os

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polegares.

Durante o exercício de TI, os alunos começaram a falar sobre os problemas sociais que

geram situações como as apresentadas no curta-metragem apresentado.

Por quê?

Quando?

Como?

NO ANEXO 3 (A.3.) HÁ UM MODELO DE AVALIAÇÃO COM O TEMA ILHA

DAS FLORES

Vale lembrar aqui a TIPOLOGÍA DE LOS JUEGOS DE LENGUAJE apresentada por Motos (2005, p 18): CLASSE, FUNDAMENTO LINGÜÍSTICO, JOGOS E OUTRAS MANIFESTAÇÕES LITERÁRIAS – com a qual se beneficiariam muito alunos e professores experimentando cada jogo. Alegre ensino, alegre aprendizagem. Como deveria ser a vida.

8ª- De Direitos Humanos a ALIMENTAÇÃO:

MANIOP

ENSINO FUNDAMENTAL / ENSINO MÉDIODISCIPLINAS : Língua Portuguesa, Língua Espanhola, Ciências,

Biologia, História, GeografiaCRIATIVAÇÕES: .............

O filme, que aborda a “História da mandioca”, inicia-se pelo cultivo indígena, passa pela apropriação desta cultura pelos colonizadores portugueses e demonstra os traços desta cultura nos caboclos, como ela pode ser “estocada” na terra. O filme também relata o sistema biológico da planta, da fotossíntese ao acúmulo de amido nas raízes. Apesar de cultivada em quase todo o país, o filme destaca sua adequação ao semi-árido. Aborda sua produção e consumo no Nordeste, bem como o misticismo em torno do tubérculo, como se desenvolve como cultura de subsistência e sua importância para a segurança alimentar. Descreve o processo de produção da farinha tanto artesanal quanto industrial. Aponta as dificuldades contemporâneas para os pequenos produtores, a necessidade do acesso a informação e tecnologia para inserção no mercado, bem como pontua algumas das possibilidades do futuro da mandioca a partir do aproveitamento da parte aérea da planta1.

TEMA: a mandioca, alimentação, trabalho e consumo, pluralidade cultural

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VIII- EM AULA:1º passo: Apresentar o documentário da TV ESCOLA2: MANIOP DISPONÍVEL EM: http://tvescola.mec.gov.br (ao vivo, 24 horas)

2º PASSO: TI:4- O que me vem à cabeça quando falo de:

a. índiosb. portuguesesc. caboclos

5- O que sentimentos tenho quando falo de:a. índiosb. portuguesesc. caboclos

6- O que me emociona...

II- ON LINE: grupos de 5 ou 6 alunos

1º grupo – ESQUEMA: fotossíntese da mandioca

2º grupo – MAPA: produção da mandioca no Brasil

3º grupo – TABELA: processos de produção da farinha no Brasil

4 grupo – LISTAGEM: dificuldades / necessidades / possibilidades

dos pequenos produtores

5º grupo – PESQUISA: origem da palavra mandioca. Lendas que a explicam.

Outros nomes que tem a planta.

6º grupo – COMIC: uma lenda da mandioca

IV- EM AULA:

AS ATIVIDADES PROPOSTAS PODEM SER EXPOSTAS E APRESENTADAS

ORGANIZADAMENTE.

A TV Escola divulga documentários de qualidade que podem – e devem ser usados em Sala de Aula.

Entre os inúmeros apresentados, aqui está um exemplo de como se pode incluí-los como tema:

vida de índio: antes dos europeus; depois ...

A QUESTÃO DOS ANTIGOS MAPAS DO BRASIL CERTAMENTE ENTRARÁ EM

PAUTA EM ALGUM MOMENTO DAS TROCAS DE IDEIAS E PESQUISAS

A maioria das escolas conta com um acervo de mapas antigos que pode ser comparado

com atuais. Também a web conta con muitas fontes de pesquisa dentre as quais, especificamente 2 http://tvescola.mec.gov.br

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do Brasil, temos a www.ne.org.br. que deverá ser sugerido para consultas no decorrer da atividade.

AVALIAÇÃO:

Responder às questões:

TI para começar:

O que mais me agradou na atividade e por quê?

O que aprendi? (TI)

Análise do meu processo de produção.

Outras atividades que podem estar relacionadas com esta.

O que quero e/ou posso fazer para aprofundar meus conhecimentos a partir do que experimentei?

.Um dos alunos trouxe à sala a música (e letra) “Haiti”, de Caetano Veloso e Gilbert Gil:

Pode-se partir dela para outra prática.

9ª- De alimentação a PLURALIDADE CULTURAL:

HAITI AQUI

ENSINO FUNDAMENTAL / ENSINO MÉDIODISCIPLINAS : Língua Portuguesa, História, Biologia, Literatura,

Geografia, ArtesCRIATIVAÇÕES: .............

HaitiComposição: Caetano Veloso e Gilberto Gil

Quando você for convidado pra subir no adroDa fundação casa de Jorge AmadoPra ver do alto a fila de soldados, quase todos pretosDando porrada na nuca de malandros pretosDe ladrões mulatos e outros quase brancosTratados como pretosSó pra mostrar aos outros quase pretos(E são quase todos pretos)E aos quase brancos pobres como pretosComo é que pretos, pobres e mulatosE quase brancos quase pretos de tão pobres são tratadosE não importa se os olhos do mundo inteiroPossam estar por um momento voltados para o largoOnde os escravos eram castigados

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E hoje um batuque um batuqueCom a pureza de meninos uniformizados de escola secundáriaEm dia de paradaE a grandeza épica de um povo em formaçãoNos atrai, nos deslumbra e estimulaNão importa nada:Nem o traço do sobradoNem a lente do Fantástico,Nem o disco de Paul SimonNinguém, ninguém é cidadãoSe você for a festa do pelô, e se você não forPense no Haiti, reze pelo HaitiO Haiti é aquiO Haiti não é aquiE na TV se você vir um deputado em pânico mal dissimuladoDiante de qualquer, mas qualquer mesmo, qualquer, qualquerPlano de educação que pareça fácilQue pareça fácil e rápidoE vá representar uma ameaça de democratizaçãoDo ensino do primeiro grauE se esse mesmo deputado defender a adoção da pena capitalE o venerável cardeal disser que vê tanto espírito no fetoE nenhum no marginalE se, ao furar o sinal, o velho sinal vermelho habitualNotar um homem mijando na esquina da rua sobre um sacoBrilhante de lixo do LeblonE quando ouvir o silêncio sorridente de São PauloDiante da chacina111 presos indefesos, mas presos são quase todos pretosOu quase pretos, ou quase brancos quase pretos de tão pobresE pobres são como podres e todos sabem como se tratam os pretosE quando você for dar uma volta no CaribeE quando for trepar sem camisinhaE apresentar sua participação inteligente no bloqueio a CubaPense no Haiti, reze pelo HaitiO Haiti é aquiO Haiti não é aqui

Disponível em: http://letras.terra.com.br/caetano-veloso/44730/:

Poema, de CD Tropicália 2, 1993Música: Gilberto GilLetra: Caetano VelosoFala de pesada realidade do nosso país. Mas fala também de realidade que nos atrai, nos

deslumbra e estimula

TEMA: pluralidade cultural, relações humanas, ética, cidadania

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I- EM AULA:1º passo: apresentar o texto2º passo: TI:

7- de emoções: o que me afeta emocionalmente... ;8- de coisas boas9- a relação: chicote e látigo – a força significativa da palavra – muito mais do que a

palavra portuguesa.

II- EM AULA: Musicar o poema e cantá-lo.

NOTA: AS ATIVIDADES PODEM SER DISTRIBUÍDAS PELOS GRUPOS, ISTO É, NEM TODOS PRECISAM FAZER TODAS.

AVALIAÇÃO: 1- Em sala de aula: TI de pontos positivos e negativos da atividade.

2- Análise dos processos de produção dos grupos

10ª- De pluralidade cultural a CIDADANIA:

A conjuntura social e política vivida pela comunidade escolar também pode transformar-

se em tema, como o período atual do Brasil: da campanha para a eleição de candidatos a cargos na

Câmara Estadual, Câmara Federal, Senado e Presidência da República.

Foi uma experiência da autora com uma turma de alunos:

Em uma das trocas de idéias ocorridas em aula, surgiram opiniões polarizadas sobre o

voto democrático: o voto deve ser facultativo ou deve permanecer obrigatório neste país?

Aproveitando aulas de redação, em que já é costume a sessão introdutória de Tempestade

de Ideias – Torbellino de Ideas – o assunto foi rapidamente enfocado.

A unidade de ensino desenvolvida no momento objetivava a prática da dissertação de

vários tipos; um deles o que usa argumentação e contra-argumentação como base para a redação

do texto. Nada mais oportuno, portanto, aproveitar-se o tema para redação.

No entanto, os alunos sugeriram, antes, que se fizesse um JÚRI SIMULADO: Através de

sorteio, dividiram-se em dois grupos para a defesa de cada argumento. Isso, além de um juiz,

também sorteado entre eles.

Como resultado, a ficha do planejamento dessa atividade ficou assim:

VOTO OBRIGATÓRIO OU VOTO FACULTATIVO?

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NÍVEL DE ENSINO: ENSINO FUNDAMENTAL / ENSINO MÉDIODISCIPLINAS : Língua Portuguesa, Ciências Políticas, Biologia,

Literatura, HistóriaCRIATIVAÇÕES: .............

Textos argumentativos sobre as duas opiniões:

1- O voto deve ser obrigatório.2- O voto deve ser facultativo.

Disponíveis na web, como, por exemplo, em http://www.webartigos.com(Voto Obrigatório e Voto Facultativo publicado 26/02/2010 por Guilherme Hidekazo C.

Oliveira Sousa)Os próprios alunos serão solicitados para a pesquisa.

TEMA: relações políticas, cidadania, ética

I- EM AULA:1º passo: lembrar que o assunto já havia sido mencionado. Propor o tema.

2º passo: TI:3- de palavras: p. e.: obrigação, liberdade, eleição, etc.4- de sentimentos: o que sinto diante de fatos como: campanha eleitoral, debates, propaganda

política...

5- JÚRI SIMULADO: os alunos, por sorteio, dividem-se em dois grupos para a defesa de cada argumento. Também sorteia-se um juiz para mediar o debate.

(Quase sempre, depois da prática de um Júri simulado, os alunos, de forma natural, avaliam a

atividade, as participações, pontos positivos, negativos.

Aqui a avaliação refere-se a toda a atividade.)

6- O debate será gravado e/ou filmado, para fundamentação teórica para a produção escrita final.

II- ON LINE:

PROPOSTA DE REDAÇÃO:

Com os argumentos do debate redigir uma DISSERTAÇÃO usando a técnica de

argumentação e contra-argumentação.

III- AVALIAÇÃO:

7- Em sala de aula: TI de pontos positivos e negativos da atividade.

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8- Os pontos serão listados em relatório ON LINE.

O registro escrito do Júri Simulado se encontra no ANEXO I.

Percebe-se que é possível estender-se indefinidamente com um tema gerando o seguinte.

6. PRODUÇÕES DO GRUPO

Golpe a golpe, verso a verso.

Devido a um ano letivo encurtado devido a atividades específicas do Seminário – onde

houve a oportunidade de prática, nem todas os temas foram abordados em aula Aqui se encontram

somente algumas redações escritas pelo grupo. As composições aqui colocadas não sofreram

correção, a fim de que ficassem como no original, feito muito rapidamente, obedecendo a

dinâmica combinada entre alunos e professora.

HAITI

No início de 2010, o Haiti, um país pobre da América Central foi sacudido por um

terrível terremoto. As cidades ficaram totalmente destruídas e com muitas vítimas.

Os haitianos que já sofriam com a desolada pobreza, vêem-se em meio a uma calamidade

maior: vendo que suas casas e famílias serem destruídas.

Os governos, sem saberem o que fazer, recorreram a outros países pedindo ajuda em

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alimentação, etc.. com a graça de Deus, muitos países caridosamente ajudaram as pessoas

desabrigadas e feridas com medicamentos.

Mas ainda é necessário muito trabalho, visto que o povo quer reconstruir suas vidas,

histórias e esperança em um país mais pacífico, o Haiti conta com a ajuda do mundo e

principalmente do seu povo, nessa união que transformará sua realidade.

_______________________________________________________

No início do ano, o Haiti sofreu uma grande tragédia ambiental, física e moral. Um

grande terremoto devastou grande parte do país e deixou sua população entregue ao caos. Muitos

países das Américas e de outros continentes enviaram voluntários com remédios e outros bens de

consumo, como a água potável que estava escura.

Em meio a esta grande tragédia encontram-se exemplos de entrega e serviço como a

Doutora Zilda Arns, que encontrou a morte em missão de ajuda.

Apesar de tudo o que aconteceu, o povo tem fé e uma esperança que não se abala, uma

força que só pode estar vindo de Deus, um povo guerreiro que, mesmo com todas essas coisas não

desiste de “correr atrás”, de ajudar as pessoas.

Porém é necessária muita ajuda para aquela região para que eles possam conseguir

reconstruir aquele país devastado por tanta destruição.

...............................................................................................................................................

No início deste ano, um terrível episódio na vida dos haitianos: um terrível terremoto que

atormentou a vida de crianças naquela região. Houve muita fome e caos em todo o território.

O cenário era de estrema pobreza e abandono, apesar do povo haitiano já sofrer, desde o

início de sua história vários casos como esse que acabamos de testemunhar. É um país que tinha a

sua estrutura socioeconômica abalada e que agora, com esse terrível terremoto, deixara uma

multidão de feridos e mortos. O Haiti se encontra bem no meio do encontro de duas placas

tectônicas, o que lhe deixa mais vulnerável.

Na verdade em meio ao desastre encontra-se a esperança de um povo que se une, se

ajuda, forma-se também um grande povo que se ajuda mutuamente, toda a humanidade ajudou

aquela sociedade a ser reconstruída e forma uma vida melhor a seus habitantes carentes e agora

desabrigados por fenômenos naturais.

_______________________________________________________

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SOLIDARIEDADE

Como é valioso esse bem, a solidariedade; ajudar o irmão que sofre, muitas vezes é mais

satisfatório do que ser ajudado. Porém nos encontramos em uma sociedade individualista, onde a

ajuda ao próximo se encontra em baixa. As pessoas pensam muito em si mesmas e esquecem-se

do próximo.

Esse ego é motivo de uma “moda”, se assim podemos dizer que está em alta em nossa

sociedade. Mesmo diante do egocentrismo presente nos sociedades nunca se poderá generalizar

este aspecto no meio social, pois isto sufocaria os grupos humanos que atuam de forma eficaz nas

frentes de ajuda humanitária.

Enfrentando barreiras e ultrapassando forças sem medir esforços para levar o alimento, a

água e assistência médica a povos sofridos e carentes.

Desta forma observa -se que, mesmo em meio a uma sociedade egoísta, brota uma

esperança de solidariedade, que está se alastrando por todo o mundo.

___________________________________________________________

No mundo em que vivemos, estamos imersos em uma sociedade capitalista-

individualista, o que me interessa é o meu bem-estar e minha satisfação.

Mas não é assim que temos que ser, temos que ajudar nosso irmão, pois um dia

poderemos necessitar de sua ajuda e então podemos encontrá-los também de braços abertos.

Todavia esse pensamento seria um grande ideal a ser seguido, mas não é dessa forma que

pensam as pessoas do ao nosso redor. Pois às vezes vemos pessoas que se põem na frente das

outras, suas idéias têm que presidir todos os contextos e isso é um ponto muito forte. Isto é sinal

de que se permite sufocar o espírito solidário e se adote uma posição individualista. Mas é sempre

preciso ter em mente que a interdependência entre os homens é e sempre será constante no meio

humano, e que, se, em vez de adotarmos uma posição otimista, ficarmos generalizando, nunca se

chegará ao ideal.

Ideal esse que nos leva a pensar ou refletir sobre nossas ações e pensamentos na

sociedade em que vivemos.

_____________________________________________________________________

A solidariedade é um sentimento que impulsiona e sensibiliza o homem diante das

carências e necessidades do próximo. Em tempos difíceis como em algumas guerras ou em

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desastres ambientais, é possível comprovar a solidariedade.

De países em desenvolvimento ou mesmo países não tão desenvolvidos, enviar a

sociedades devastadas por guerras ou fenômenos naturais, alimentos é um dos exemplos de ajuda.

Mas, ao que parece, a sociedade atual só se sensibiliza diante de grandes tragédias,

esquecem-se do pobre que mora ao lado, do menor abandonado, dos doentes e famintos que,

muitas vezes estão em nossa frente, na rua; e viramos o rosto, sem dar o mínimo de atenção.

Desprezam, ignoram, rejeitam essas são as atitudes que ainda permanece acontecendo e

precisa mudar.

Todavia, seja o meio-ambiente ou o mais pequenino que esteja ao nosso lado, devemos

fazer por onde, para ajudá-lo a crescer e a viver melhor, pois a solidariedade é fundamental para

um viver melhor.

Um país que sofre com a pobreza inicia o ano de 2010, com um grande desastre que

abalou uma estrutura social, já abalada, comoveu todo o resto do mundo, mobilizando os

habitantes do mundo com a generosidade, caridade, que nem sempre é praticada pelos povos da

atualidade, em espírito de união: mãos unidas para ajudar um povo que, além da pobreza, agora

sofre com desastres naturais.

Muitos países se mobilizaram para ajudar aquelas pessoas que sofriam, ou de fome ou de

feridas pelo desastre ocorrido.

Mas o povo foi à luta: mesmo com tristeza, o espírito de sobrevivência e de querer

reconstruir suas vidas permaneceu esperançoso.

Podemos constatar que o próprio povo haitiano arregaçou as mangas para salvar os seus.

Assim, diante do ocorrido, vemos que os tempos posteriores ao terremoto serão de muito

trabalho, visto que todo o país foi devastado.

ILHA DAS FLORES

A Ilha das Flores não lá o que diz o seu nome, pois de flores não tem nada.

Nessa ilha encontramos um criador de porcos que vivem do consumo do lixo que se

encontra na ilha junto com outras pessoas que vivem à margem da sociedade e que buscam sua

sobrevivência na das flores.

Como nós sabemos, o homem tem que lutar para a sua sobrevivência, mas ao passar do

tempo e neste mundo moderno, basta ele trabalhar para poder comprar o seu alimento. Na Ilha das

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Flores, existem homens que buscam seu alimento disputando com os porcos. Com isso eles i em

num mundo “modernizado”m mas têm que lutar por sua sobrevivência.

Nisso temos a certeza daquele velho ditado: “Pode pular que a vida não são flores.”, mas

na Ilha das Flores, onde não tem flores, encontramos muitas flores da vida, que não é fácil.

._______________________________________________________________________

RECEITA DE AMIZADE

Para uma verdadeira amizade, é necessário:

Muita sinceridade;

Uma porção de felicidade;

Saber dizer NÂO em determinados momentos;

Uma dose caprichada de carinho.

Quando tudo estiver bem agitado, é só acrescentar paciência e deixar descansar.

Após descansar, acrescente uma grande quantidade de caridade e ponha na forma. Então é

só esperar ficar pronta; mas pode demorar – ou não – vai depender do tempo dedicado por você.

Estando a amizade pronta, pode durar eternamente se você cuidar com compromisso e

responsabilidade.

___________________________________________________________

RECEITA

Para se conquistar um bom amigo e ter êxito na relação de amizade, faz-se necessário um

esforço mútuo, abnegação, caridade e paciência, além de sinceridade. Também implica dedicar

tempo, muito tempo para tal atividade, cultivar um amigo

Para se escolher um amigo, observe aquelas pessoas que se aproximam de você com boas

intenções e atenções, que manifestam carinho e que seu coração confirme os laços de amizade

com esta pessoa; este último fator é o mais importante.

Tendo escolhido o indivíduo, o processo permanece constante e cauteloso. Uma

verdadeira amizade é como o ouro, provada no fogo; ela tem que passar no crivo do cotidiano.

Faz-se mister suportar divergência de pensamento, respeitar o espaço do outro, já que

amizade não é contrato de posse, é liberdade, um verdadeiro amigo alegrad-se com a alegria do

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outro, e se este está triste busca levar um raio de felicidade. Ser amigo é cuidar, é zelar, ser amigo é

ser irmão.

Desta forma, com o passar dos anos terás um verdadeiro amigo, que estará sempre

disposto a te ouvir, a te dar alegria ao coração, a te levantar. Terás um confiável confessor.

Contudo, cada amigo exige uma receita nova, própria, mas nunca isenta de carinho e

sinceridade; esta nova receita revelar-se-á ao longo do processo. A melhor indicação: Seja amigo!

Um dos alunos, fazendo relação de aula de gramática – verbo, termos da oração, durante a

discussão, teve a idéia de trabalhar o vocabulários da aula com o tema amizade:

Verbo amigo

Como conhecemos um verdadeiro amigo?

Amigo é aquele que está sempre presente, aquele que te conhece e que te entende.

Amigo é aquele em quem pode confiar, aquele que tira as suas dúvidas e que te levará sempre ára o

caminho correto.

Amigo é aquele que te apresenta pessoas ou sujeitos, aquele que, no momento de solidão, nunca te

deixa sozinho, pois nestes momentos, traz consigo complementos ou adjuntos para sua felicidade e

que tudo sabe do amigo.

Então, podemos concluir que o verbo é um verdadeiro amigo “da oração”, porque se tivesse de ser

nosso amigo, todos os nossos segredos seriam revelados, pois o que se pergunta-se ao verbo e ele

nos responde:

VOTO OBRIGATÓRIO / VOTO FACULTATIVO

Enquanto no Brasil ainda estivemos obrigados ao voto, continuaremos longe de uma verdadeira

democracia, apesar de não só o nosso país viver em uma pseudo-democracia.

Deste modo, devemos ressaltar que, antes de implementarmos o voto facultativo, dever-se-ia

investir pesado em políticas e educação social para não cairmos em um sistema com viés elitista.

Convém analisarmos os argumentos dos que apóiam a obrigatoriedade do voto par podermos nos

situar, afirmam eles que exercemos a democracia dão escolhermos livremente os candidatos em

quem votamos ou não. No caso de anular ou votar em branco e assim estaríamos exercendo nossa

cidadania no ato de votar e cumprindo também nosso dever político-social e até mesmo judiciário.

Ou dizem ainda que escolhemos os nossos legisladores pomos desta forma a nossa confiança para

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eles assim nos representam então, é de nossa decisão que o voto seja obrigatório, pois eles nos

representam.

Em contrapartida, ao pensarmos assim resumiremos a democracia ao ato político do voto, ou a um

simples comparecimento a zona eleitoral onde iríamos somente “marcar o ponto”, afetando assim a

política social do pais, pois continuaria o voto de conveniência, ou até por troca de favores,

levando assim à banalização da importância verdadeira e até mesmo social do voto, colocando no

poder constituintes que aprovam ementas na nossa constituição conforme seus interesses e não os

nossos.

CAPÍTULO V. CONCLUSÕES

A Pós-modernidade, com a Era da Informação, trouxe em todo o planeta, a possibilidade

de comunicação instantânea, em tempo real, e novos paradigmas surgidos do relacionamento dos

conhecimentos das culturas envolvidas passam a reger as relações sociais.

Mas, de modo geral, a escola existente hoje, mostra-se insuficiente, mesmo às

experiências que o aluno já traz quando ingressa, ainda muito novo, nas primeiras séries.

Os saberes possíveis e disponíveis à sociedade já não se encontram todos na escola e esta

passa a ser um entrave ao seu desenvolvimento.

Por motivos vários – econômicos, sociais, culturais, torna-se muito difícil mudar a

estrutura da instituição. É necessário encontrar alternativas a fim de cumprir seu papel

-“Aprendizagem sem muros” - conforme proposta do Fórum de Rio Claro..

A Educação cumprirá muito melhor seu papel se:

As instituições educacionais se responsabilizarem pela formação dos professores;

Os professores usarem a formação recebida em prol da melhoria do ensino;

Se os alunos forem vistos como pólo mais importante do processo E/A.

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Conforme o exposto, o Torbellino de Ideas na Educação é um recurso estratégico no

desenvolvimento do processo Ensino / Aprendizagem.

Será muito conveniente fazer um acompanhamento durante um tempo maior a fim de

verificar os resultados, certamente usando o Torbellino de Ideas como instrumento de pesquisa.

Faz-se necessário um profissional que seja agente de transformações ao mesmo tempo que

intermedeie situações de Ensino / Aprendizagem para, por sua vez, formar agentes

transformadores.

. E Prado, no PRADO, no Tema 8. DPD: La creatividad para o cambio radical da

educação por seus protagonistas nas aulas, considera que o uso da criatividade leva a uma

comunicação direta e viva do eu através da linguagem total: conexão e expressão coerente de

“ideas-sentimentos-reações:” E importante: de seres organizados, previsíveis, convencionais, a

criatividade faz seres com novos hábitos de ação e relação, de pensamento e trabalho:

“desrobotizados, imprevisíveis divertidos e provocadores, capazes de transgressões necessárias

a uma transformação. Com todas essas possibilidades de mudança, que por sinal se combinam em

rede, muda a estrutura do modo de pensar “do eu genuíno y congruente” formando seres

autênticos, únicos, atuantes, capazes de projetos de vida.

Uma dessas idéias foi exposta neste trabalho: com criatividade, o professor analisa a

conjuntura, planeja suas aulas, incorpora elementos interdisciplinares que o próprio pensar criativo

concretiza. Compartilha o saber, ensina e aprende a todo instante.

Por último, este trabalho não tem um término definido, por sua própria natureza pode

continuar indefinidamente.

Na Era da Informação, a rede de comunicação informática torna possível essa proposta, se

os setores responsáveis pela educação investirem maiores esforços para aproveitar a capacidade

dos alunos em lidar com o sistema. Não se trata de perícia em trabalhar com as máquinas, com os

aparelhos, mas algo que vai muito além: a sensibilidade de captar os movimentos da rede de

comunicação por computadores e a criatividade para tirar o melhor proveito disso; para, em todos

os casos, aprender a ensinar e ensinar a aprender.

UMA AVALIAÇÃO

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Por ser educadora profissional e artista amadora, antevi os lucros que o curso Creatividad

e Innovación poderiam aportar à minha vida, pois precisamos de criatividade pelo simples fato de

sermos humanos.

Avalio que ganhei muito com as práticas propostas no curso e penso que pessoas que se

proponham a uma tal programação criativa estarão sempre crescendo, aperfeiçoando-se, mudando

suas vidas e da sociedade em que vivem. Vejo muito claramente a necessidade de cada vez mais

pessoas se entusiasmarem por tornarem criativas suas ações a partir de suas mentes. E então, como

naquele lago, aquela pedrinha que cai na água e provoca uma ondinha leve...

Procurei, neste trabalho, produzir oportunidades de ampliar o ambiente da sala de aula

usando uma programação de práticas sócio-literárias que, partindo de produções veiculadas pelos

meios de comunicação social, por fontes literárias, ou por outros eventos de interesse dos alunos,

oportunizar atividades em aula, começando com um Torbellino de Ideas e daí a atividades com

outras Creativaciones. A tais dinâmicas se seguiriam outras on line como proposta de extensão do

ambiente da escola.

Tive como base um grupo pequeno de alunos de um seminário aos quais leciono Língua

Portuguesa e Língua Espanhola.

Trabalhamos com alguns dos temas, não com todos, pois:

O grupo não dispõe de tempo suficiente para as atividades online;

Alguns não dispõem de computadores portáteis e nem sempre os da Instituição

estão conectados.

O número de aulas ficou diminuído devido a eventos extraordinários próprios do

calendário da Instituição.

Por esses motivos, a produção coletiva ficou menor do que o esperado.

No entanto considero muito satisfatório:

Com o Torbellino de Ideas:

O interesse dos alunos,

A atenção e concentração que promove;

O interesse manifestado pelos alunos pelas atividades de Indagação Divergente;

As subseqüentes reflexões,

Com o relacionamento entre os membros da turma:

Mais oportunidade de ajuda, de conhecimento mútuo, de troca de experiências, de

saberes;

Com o trabalho em si:

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Mais animação;

Maior agilidade de pensamento, de redação,

Maior capacidade de solucionar problemas (SCP) – gerais ou específicos da

atividade.

Com os conteúdos envolvidos:

Mais possibilidades de relações inter e transdisciplinares;

Mais facilidade para o aluno compreender e fazer essas relações.

Por isso penso que o aprofundamento de temas dessa forma pode ser muito proveitoso

para o processo Ensino/Aprendizagem, e, ainda mais, quando se pode ampliar o processo com

atividades planejadas para serem desenvolvidas à distância.

Acredito que a escola e os professores, bem preparados para a aplicação de técnicas

criativas melhor atingirão seus objetivos pedagógicos.

Penso também que devo continuar usando o Torbellino de Ideas, e as outras

creativaciones no aprofundamento de temas das aulas.

E a possibilidade crescente de acesso à rede de computadores trará, certamente,

possibilidade de cumprir-se mais completamente a programação estabelecida.

ANÁLISIS Y REFLEXIÓN METACOGNITIVA EXPLICATIVA

HERMENÉUTICA

Em 1991/1992, fiz um curso de pós-graduação lato sensu – Planejamento Educacional, no

final do qual apresentei uma monografia sobre os motivos da resistência dos professores a

inovações em educação.

Hoje, quando dispomos já de tantas novas tecnologias nas escolas, meu primeiro projeto

era aprofundar a investigação na mesma linha, fazendo o levantamento dos bloqueadores que

fazem com que professores deixem de usar os meios de que dispõem para continuar a trabalhar

com meios mais antigos.

Devido a problemas pessoais familiares inesperados, pensei até em desistir, cheguei a

enviar uma mensagem a IACAT nesse sentido e só mais tarde pude retomar, mas tive que diminuir

o ritmo, pensar em tema mais acessível naquele momento.

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Após assistir a palestras do Quarto Forum do Instituto Rio Claro, comecei a desenvolver, na minha prática educacional, propostas que usem as novas tecnologias à disposição de professores e alunos, da forma mais simples, sem complicações

Como já evidenciei, procurei, neste trabalho, produzir oportunidades de ampliar o

ambiente da sala de aula usando uma programação de práticas sócio-literárias que, partindo de

produções veiculadas pelos meios de comunicação social, por fontes literárias, ou por outros

eventos de interesse dos alunos, oportunizar atividades em aula, começando com um Torbellino de

Ideas e daí a atividades com outras Creativaciones. A tais dinâmicas se seguiriam outras on line

como proposta de extensão do ambiente da escola.

1. PROCESO DE DESARROLLO.

EXPLICACIÓN HERMENÉUTICA.

¿Por qué? ¿Cómo? ¿Para qué

Ganhei muito com as práticas propostas no curso e penso que pessoas que se

proponham a uma tal programação criativa estarão sempre crescendo, aperfeiçoando-

se, mudando suas vidas e da sociedade em que vivem.

No princípio, enviei um texto muito denso; penso que exagerei na teoria, creio

que me perdi um pouco.

Numa segunda versão, procurei cortar tudo o que julgava demasiado – capítulos

inteiros – sem pena.

Aprofundei a parte prática procurando ressaltar a importância das Creativaciones,

em especial do Torbellino de Ideas no desenvolvimento do projeto.

Procurei, neste trabalho, produzir oportunidades de ampliar o ambiente da sala

de aula usando uma programação de práticas sócio-literárias que, partindo de

produções veiculadas pelos meios de comunicação social, por fontes literárias, ou por

outros eventos de interesse dos alunos, oportunizar atividades em aula, começando

com um Torbellino de Ideas e daí a atividades com outras Creativaciones. A tais

dinâmicas se seguiriam outras on line como proposta de extensão do ambiente da

escola.

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As aulas se tornarão mais dinâmicas com a co-participação da comunidade

escolar em rede. Além disso a aquisição e as trocas de conhecimento, se farão

continuamente e sempre de modo novo.

Vejo muito claramente a necessidade de cada vez mais pessoas se

entusiasmarem por tornarem criativas suas ações a partir de suas mentes.

Foi assim pensando que desenvolvi esta proposta pedagógica.

As possibilidades de multiplicação de temas, impulsionarão alunos e

professores ao trabalho de novos temas, em processo dialético muito benéfico, porque

trará novo “ar”, longe da apatia, do conformismo.

2. APLICACIONES Y PRODUCTOS DERIVADOS

Explicación hermenéutica. ¿Por qué? ¿Cómo? ¿Para qué

Também pode ser aplicado em atualização de professores, partindo de estudo

de capítulos de obra de conteúdo pedagógico.

Por exemplo, se fôssemos estudar, no colégio em que lecionamos, Educação e

Mudança, de Paulo Freire:

Como costuma acontecer nesses casos, os professores se reuniriam em grupos

de estudo, planejamento e desenvolvimento das atividades relacionadas com os

capítulos.

E participariam no Torbellino de ideas

Durante o ano, cada grupo colocaria on line atividades escolhidas em

comunidade que se abrisse às opiniões, idéias, projetos.

Desta forma, a parte que fala sobre O Compromisso do Profissional com a

Sociedade,

1- poderia iniciar-se com a colocação do capítulo em página de comunidade aberta aos professores;

2- em seguida, com apresentação, durante o ano do vídeoA missão Educativa em Rede – do Padre João Batista Libânio, vídeo apresentado em cinco partes.

Tal vídeo encontra-se disponível na web1 e pode gerar discussões muito

profícuas.

1 http://www.jblibanio.com.br/modules/mastop_publish/?tac=58

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Outros grupos se incumbiriam dos outros capítulos:

A Educação e o Processo de Mudança Social, o Papel do Trabalhador Social

no Processo de Mudança e Alfabetização de Adultos e conscientização.

Notícias veiculadas pelos meios de comunicação, teatro, palestras gravadas,

filmadas, desenho animado, histórias em quadrinhos, músicas, tudo isso pode ser usado

para apresentar, para ilustrar, para produção final de projeto.

Importante frisar que em todas as fases cabe o uso das Creativaciones.

Acredito que a escola e os professores, bem preparados para a aplicação de

técnicas criativas, melhor atingirão seus objetivos pedagógicos

Como instrumentos motivacionais poderiam ser aplicadas em todos os campos

profissionais desde que feitas as devidas adaptações,

Exemplo, o uso do vídeo fundamentado em parte do filme O Gladiador para

incentivar à luta, ao trabalho à superação, à ação diante das mudanças.

http://www.youtube.com/watch?v=QZidrf1nfDs

Sempre o uso das Creativaciones aprofundará e ampliará a capacidade de que

os objetivos sejam atingidos.

Manuais com a metodologia – o “passo-a-passo” das práticas seriam úteis ao

desenvolvimento de projetos pedagógicos.

Produções decorrentes – fotos, revistas, vídeos - poderiam ser comercializados.

peças de teatro produzidas por um coletivo podem ser encenadas.

3. SATISFACCIÓN Y DIFICULTAD DEL TRABAJO

EXPLICACIÓN HERMENÉUTICA.

¿Por qué? ¿Cómo? ¿Para qué

Estou satisfeita com os resultados conseguidos, embora não tenha tido a

oportunidade de experimentar todas as práticas em tempo, conforme expliquei na

conclusão.

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O trabalho com grupos muito pequenos atrapalhou os resultados; o tempo

para as atividades online mostrou-se insuficiente

Alguns alunos não dispõem de computadores portáteis, e nem sempre os da

Instituição estão conectados.

O número de aulas em 2010 ficou diminuído devido a eventos extraordinários

próprios do calendário da Instituição.

3. MOTIVACIÓN PERSONAL Y PROFESIONAL DE LA EXPERIENCIA

EXPLICACIÓN HERMENÉUTICA.

¿Por qué? ¿Cómo? ¿Para qué

O máximo, porque me coloca em contato permanente com o mundo, com as

pessoas; atualizando-me permanentemente.

O máximo, porque pode fazer com que meu trabalho ganhe dinamismo,

desperte respeito e interesse por parte dos aluno no momento em que sua participação

séria, consciente, leve a uma transformação de atitude na relação aluno/professor.

O máximo, porque igualmente me mantém ativa, buscando sempre o novo, e

no novo o bom.

O máximo, porque abre para além o pouco que hoje em dia representa o

tempo que têm alunos e professores para aprender/ensinar.

4. MEJORA CREATIVA DEL TRABAJO

EXPLICACIÓN HERMENÉUTICA.

¿Por qué? ¿Cómo? ¿Para qué

Esta tese de certa forma se inspira em curso de extensão à distância que fiz em

2004, promovido pelo MEC em parceria com a UFRJ.

Curso composto de 3(três) módulos, com propostas de atividades para um

coletivo de seis pessoas em cada núcleo.

TV na Escola e os Desafios de Hoje

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MÓDULO 1- Tecnologias e Educação:

Desafios e a TV Escola, MÓDULO 2 - Usos da

Televisão e do Vídeo na Escola, MÓDULO 3-

Experimentação: Planejando, Produzindo,

Analisando

Havia um sistema de tutoria que coordenava, distribuía tarefas, orientava e

avaliava. Também para cada atividade apontava um monitor.

Diferente das atividades deste trabalho , tratava-se de um curso totalmente a

distância.

Um tema – em vermelho- gera discussões, aprofundamentos variados com possibilidades de saídas a outros temas-geradores.,

A imagem abaixo pode representar essas relações.

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O poema de João Cabral de Melo Neto expressa essa passagem de um

elemento a outro para formar um todo mais forte, variado, rico:

1Um galo sozinho não tece uma manhã: ele precisará sempre de outros galos. De um que apanhe esse grito que ele e o lance a outro; de um outro galo que apanhe o grito de um galo antes e o lance a outro; e de outros galos que com muitos outros galos se cruzem os fios de sol de seus gritos de galo, para que a manhã, desde uma teia tênue,

92

Assim como a letra da música de Chico Buarque de Holanda:

Carlos amava Dora que amava Lia que amava Léa que amava PauloQue amava Juca que amava Dora que amavaCarlos que amava DoraQue amava Rita que amava Dito que amava Rita que amava Dito que amava Rita que amavaCarlos amava Dora que amava Pedro que amava tanto que amavaa filha que amava Carlos que amava Dora que amava toda a quadrilha

que brinca com o poema Quadrilha de Carlos Drummond de Andrade:

Carlos amava Dora que amava Lia que amava Léa que amava PauloQue amava Juca que amava Dora que amavaCarlos que amava DoraQue amava Rita que amava Dito que amava Rita que amava Dito que amava Rita que amavaCarlos amava Dora que amava Pedro que amava tanto que amavaa filha que amava Carlos que amava Dora que amava toda a quadrilha

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se vá tecendo, entre todos os galos.

2E se encorpando em tela, entre todos, se erguendo tenda, onde entrem todos, se entretendendo para todos, no toldo (a manhã) que plana livre de armação. A manhã, toldo de um tecido tão aéreo que, tecido, se eleva por si: luz balão.

(A Educação pela Pedra)

O número de práticas – dez – foi demais para serem concretizadas em um só

ano letivo.

Melhor planejá-las em menor número – cinco - para que sejam aproveitadas

da melhor maneira, estendidas se necessário.

5. CALIFICACIÓN GLOBAL DE LA I+D

EXPLICACIÓN HERMENÉUTICA.

¿Por qué? ¿Cómo? ¿Para qué

Da ….razones, tantas como nota.

Como tive dificuldades com a teoria, não sei se fundamentei bem a

conveniência das Creativaciones, creio que mereço 8 (oito)

Pelo enorme esforço, pelas dificuldades inesperadas que superei para

continuar, certamente mereço um 10 (dez)

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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GADOTTI,Moacir.O projeto político- pedagógico da escola na perspectiva de uma educação para a cidadania http://200.133.17.5/recife/Projeto_Politico_Ped_Gadotti.pdf

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MORIN, Edgar. Introdução ao pensamento complexo tradução Eliane Lisboa.Porto Alegre: Sulina, 2006

MOTOS, TERUEL,Tomás.Juegos creativos de lenguaje. -- Santiago de Compostela : IACAT Instituto Avanzado de Creatividad Total, 2005

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________ Díez, David - enseña -aprende a sercreativo. La creatividad motor esencial de la renovación de la educación.

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ANEXOS

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A.1 TEXTOS USADOS NAS PRÁTICAS

EL PRINCIPITO

Entonces apareció el zorro:

-¡Buenos días! -dijo el zorro.

-¡Buenos días! -respondió cortésmente el principito que se volvió pero no vio nada.

-Estoy aquí, bajo el manzano -dijo la voz.

-¿Quién eres tú? -preguntó el principito-. ¡Qué bonito eres!

-Soy un zorro -dijo el zorro.

-Ven a jugar conmigo -le propuso el principito-, ¡estoy tan triste!

-No puedo jugar contigo -dijo el zorro-, no estoy domesticado.

-¡Ah, perdón! -dijo el principito.

Pero después de una breve reflexión, añadió:

-¿Qué significa "domesticar"?

-Tú no eres de aquí -dijo el zorro- ¿qué buscas?

-Busco a los hombres -le respondió el principito-. ¿Qué significa "domesticar"?

-Los hombres -dijo el zorro- tienen escopetas y cazan. ¡Es muy molesto! Pero

también crían gallinas. Es lo único que les interesa. ¿Tú buscas gallinas?

-No -dijo el principito-. Busco amigos. ¿Qué significa "domesticar"? -volvió a

preguntar el principito.

-Es una cosa ya olvidada -dijo el zorro-, significa "crear vínculos... "

-¿Crear vínculos?

-Efectivamente, verás -dijo el zorro-. Tú no eres para mí todavía más que un

muchachito igual a otros cien mil muchachitos y no te necesito para nada.

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Tampoco tú tienes necesidad de mí y no soy para ti más que un zorro entre otros cien mil

zorros semejantes. Pero si tú me domesticas, entonces tendremos necesidad el uno del otro. Tú

serás para mí único en el mundo, yo seré para ti único en el mundo...

-Comienzo a comprender -dijo el principito-. Hay una flor... creo que ella me ha

domesticado...

-Es posible -concedió el zorro-, en la Tierra se ven todo tipo de cosas.

-¡Oh, no es en la Tierra! -exclamó el principito.

El zorro pareció intrigado:

-¿En otro planeta?

-Sí.

-¿Hay cazadores en ese planeta?

-No.

-¡Qué interesante! ¿Y gallinas?

-No.

-Nada es perfecto -suspiró el zorro.

Y después volviendo a su idea:

-Mi vida es muy monótona. Cazo gallinas y los hombres me cazan a mí. Todas las gallinas

se parecen y todos los hombres son iguales; por consiguiente me aburro un poco. Si tú me

domesticas, mi vida estará llena de sol. Conoceré el rumor de unos pasos diferentes a todos los

demás. Los otros pasos me hacen esconder bajo la tierra; los tuyos me llamarán fuera de la

madriguera como una música. Y además, ¡mira! ¿Ves allá abajo los campos de trigo? Yo no como

pan y por lo tanto el trigo es para mí algo inútil. Los campos de trigo no me recuerdan nada y eso

me pone triste. ¡Pero tú tienes los cabellos dorados y será algo maravilloso cuando me

domestiques! El trigo, que es dorado también, será un recuerdo de ti. Y amaré el ruido del viento

en el trigo.

El zorro se calló y miró un buen rato al principito:

-Por favor... domestícame -le dijo.

-Bien quisiera -le respondió el principito pero no tengo mucho tiempo. He de

buscar amigos y conocer muchas cosas.

-Sólo se conocen bien las cosas que se domestican -dijo el zorro-. Los hombres ya no

fienen tiempo de conocer nada. Lo compran todo hecho en las tiendas. Y como no hay tiendas

donde vendan amigos, Ios hombres no tienen ya amigos. ¡Si quieres un amigo, domestícame!

-¿Qué debo hacer? -preguntó el príncipito.

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-Debes tener mucha paciencia -respondió el zorro-. Te sentarás al principio un

poco lejos de mí, así, en el suelo; yo te miraré con el rabillo del ojo y tú no me

dirás nada. El lenguaje es fuente de malos entendidos. Pero cada día podrás

sentarte un poco más cerca...

El principito volvió al día siguiente.

-Hubiera sido mejor -dijo el zorro- que vinieras a la misma hora. Si vienes, por

ejempló, a las cuatro de la tarde; desde las tres yo empezaría a ser dichoso.

Cuanto más avance la hora, más feliz me sentiré. A las cuatro me sentiré agitado e

inquieto, descubriré así lo que vale la feliçidad. Pero si tú vienes a cualquier hora, nunca sabré

cuándo preparar mi corazón... Los ritos son necesarios.

-¿Qué es un rito? -inquirió el principito.

-Es también algo demasiado olvidado -dijo el zorro-. Es lo que hace que un día no se

parezca a otro día y que una hora sea diferente a otra. Entre los cazadores, por ejemplo, hay un rito.

Los jueves bailan con las muchachas del pueblo. Los jueves entonces son días maravillosos en los

que puedo ir de paseo hasta la viña. Si los cazadores no bailaran en día fijo, todos los días se

parecerían y yo no tendría vacaciones.

De esta manera el principito domesticó al zorro. Y cuando se fue acercando eI día de la

partida:

-¡Ah! -dijo el zorro-, lloraré.

-Tuya es la culpa -le dijo el principito-, yo no quería hacerte daño, pero tú has

querido que te domestique...

-Ciertamente -dijo el zorro.

- Y vas a llorar!, -dijo él principito.

-¡Seguro!

-No ganas nada.

-Gano -dijo el zorro- he ganado a causa del color del trigo. Y luego añadió:

-Vete a ver las rosas; comprenderás que la tuya es única en el mundo. Volverás a decirme

adiós y yo te regalaré un secreto.

El principito se fue a ver las rosas a las que dijo:

-No son nada, ni en nada se parecen a mi rosa. Nadie las ha domesticado ni

ustedes han domesticado a nadie. Son como el zorro era antes, que en nada se diferenciaba

de otros cien mil zorros. Pero yo le hice mi amigo y ahora es único en el mundo.

Las rosas se sentían molestas oyendo al principito, que continuó diciéndoles:

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-Son muy bellas, pero están vacías y nadie daría la vida por ustedes. Cualquiera

que las vea podrá creer indudablemente que mí rosa es igual que cualquiera de

ustedes. Pero ella se sabe más importante que todas, porque yo la he regado,

porque ha sido a ella a la que abrigué con el fanal, porque yo le maté los gusanos (salvo

dos o tres que se hicieron mariposas) y es a ella a la que yo he oído quejarse, alabarse y algunas

veces hasta callarse. Porque es mi rosa, en fin.

Y volvió con el zorro.

-Adiós -le dijo.

-Adiós -dijo el zorro-. He aquí mi secreto, que no puede ser más simple : sólo con el

corazón se puede ver bien; lo esencial es invisible para los ojos.

-Lo esencial es invisible para los ojos -repitió el principito para acordarse.

-Lo que hace más importante a tu rosa, es el tiempo que tú has perdido con ella.

-Es el tiempo que yo he perdido con ella... -repitió el principito para recordarlo.

-Los hombres han olvidado esta verdad -dijo el zorro-, pero tú no debes olvidarla.

Eres responsable para siempre de lo que has domesticado. Tú eres responsable de tu rosa...

-Yo soy responsable de mi rosa... -repitió el principito a fin de recordarlo

ANTOINE DE SAINT-EXUPÉRY. EL PRINCIPITO

O PEQUENO PRINCIPE E A RAPOSA O Pequeno Príncipe e a Raposa

E foi então que apareceu a raposa:

- Bom dia, disse a raposa.

- Bom dia, respondeu polidamente o principezinho, que se voltou, mas não viu nada.

- Eu estou aqui, disse a voz, debaixo da macieira...

- Quem és tu? Perguntou o principezinho. Tu és bem bonita...

- Sou uma raposa, disse a raposa.

- Vem brincar comigo, propôs o principezinho. Estou tão triste...

- Eu não posso brincar contigo, disse a raposa. Não me cativaram ainda.

- Ah! Desculpa, disse o principezinho.

- Após uma reflexão, acrescentou:

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- Que quer dizer “cativar”?

- É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Tu não és ainda para mim senão um garoto

inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens

necessidade de mim. Não passo a teus olhos d uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se

tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei

para ti única no mundo...

...Mas a raposa voltou a sua idéia.

- Minha vida é monótona. Eu caço as galinhas e os homens me caçam. Todas as galinhas se

parecem e todos os homens se parecem também. E por isso eu me aborreço um pouco. Mas se tu

me cativas, minha vida será como cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será

diferente dos outros. Os outros me fazem entrar debaixo da terra. O teu me chamará para fora da

toca, como se fosse música. E depois, olha! Vês, lá longe, os campos de trigo? Eu não como pão.

O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas

tu tens cabelos cor de ouro. Então será maravilhoso quando tiveres me cativado. O trigo, que é

dourado fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo...

E a raposa calou-se e considerou por muito tempo o príncipe:

- Por favor... cativa-me! Disse ela.

- Bem quisera, disse o principezinho, mas não tenho muito tempo. Tenho amigos a descobrir e

muitas coisas a conhecer.

- A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa. Os homens não têm tempo de

conhecer coisa alguma. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de

amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me!

- Que é preciso fazer? Perguntou o principezinho.

- É preciso ser paciente, respondeu a raposa. Tu te sentarás primeiro um pouco longe de mim,

assim na relva. Eu te olharei com o canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é uma fonte de

mau-entendidos. Mas, a cada dia, te sentarás mais perto...

No dia seguinte o principezinho voltou.

- Teria sido melhor voltares à mesma hora, disse a raposa. Se tu vens, por exemplo, às quatro da

tarde, desde as três eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for chegando, mais eu sentirei

feliz. Às quatro horas, então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade! Mas se

tu vens a qualquer momento, nunca saberei a hora de preparar o coração...É preciso ritos...

... Assim o principezinho cativou a raposa. Mas, quando chegou a hora da partida, a raposa disse:

- Ah! Eu vou chorar.

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- A culpa é tua, disse o principezinho, eu não queria te fazer mal; mas tu quiseste que eu te

cativasse...

- Quis, disse a raposa.

- Mas tu vais chorar! Disse o principezinho.

- Vou, disse a raposa.

- Então, não sais lucrando nada!

- Eu lucro, disse a raposa, por causa da cor do trigo.

Depois ela acrescentou:

- Vai rever as rosas. Tu compreenderás que a tua é única no mundo. Tu voltarás para me dizer

adeus, e eu te farei presente de um segredo.

Foi o principezinho rever as rosas:

- Vós não sois absolutamente iguais a minha rosa, vós não sois nada ainda. Ninguém ainda vos

cativou, nem cativaste a ninguém. Sois como era minha raposa. Era uma igual a cem mil outras.

Mas eu fiz dela um amigo. Agora ela é única no mundo.

E as rosas estavam desapontadas.

- Sois belas, mas vazias, disse ele ainda. Não se pode morrer por vós. Minha rosa, sem dúvida um

transeunte qualquer pensaria que se parece convosco. Ela sozinha é porém mais importante que

vós todas, pois foi a ela que eu reguei. Foi a ela que pus sob uma redoma. Foi a ela que eu abriguei

com o paravento. Foi dela que eu matei as larvas ( exceto duas ou três borboletas). Foi a ela que eu

escutei queixar-se ou gabar-se, ou mesmo calar-se algumas vezes. É a minha rosa.

E voltou, então, à raposa:

- Adeus, disse ele...

- Adeus, disse a raposa. Eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O

essencial é invisível para os olhos.

- O essencial é invisível para os olhos, repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.

-Foi o tempo que perdeste com a tua rosa que fez tua rosa tão importante.

-Foi o tempo que perdi com a minha rosa... repetiu o principezinho a fim de se lembrar.

- Os homens esqueceram essa verdade, disse a raposa. Mas tu não deve esquecer. Tu te tornas

eternamente responsável por aquilo que cativas. Tu és responsável pela rosa...

- eu sou responsável pela minha rosa... repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.

Sinto-me responsável por todos aqueles que eu cativei, ou que me cativaram. Isso é fácil? Não.

Por vezes deixo de cuidar bem de cada um, com carinho e atenção que merecem. Mas cada amigo

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é para mim algo inestimável. É a grande oportunidade de aprender e de crescer como pessoa.Há

pessoas que são um equívoco, que talvez eu não soubesse cativar, ou que talvez eu reconhecesse

nelas as minhas fraquezas e defeitos, e sendo assim eu descartei, deixei de lado de uma vez.

Outras o tempo e espaço separaram, mas são como o trigo para mim, uma simples recordação me

remete aos bons momentos juntos.Eu amo todos que me cercam. Gostaria que todos soubessem,

caso eu não tenha dito. As palavras, às vezes ficam travadas em nossa garganta, simplesmente não

saem. Mas quando me encontrar, saiba que é com um grande abraço que retribuirei tua amizade.

Assistindo ao filme em aula de Espanhol.

ER

Cuestiones relacionadas al episodio ER 5 PRIMERA TEMPORADA RESPONDE, EN PORTUGUÉS O EN ESPAÑOL:

1- ¿Por qué no se necesitó hacerle cirugía al repartidor de pizza?

2- ¿A qué apuestan los doctores delante del drogadicto?

3- ¿Qué problemas tiene la hermana de la doctora?

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4- ¿De qué sufría Kanesha, la chiquilla?

¿Por qué no la quería liberar el doctor Doug Ross?

¿Por qué no le informó de pronto al Doctor la verdad el padre de Kanesha?

5- En el cuarto de Kanesha, la escena muestra, además de la chica enferma, al Doctor Ross y al Doctor Greene que entra con la hijita. Observa que los argumentos de la niña son fundamentales para la liberación de Kanesha hacia su hogar:

Comienza el Dr. Greene:_Sigue pensando en ingresarla?

_Hum… _¿Por cuánto? _No sé. _Hoy podría irse a su casa. _No, no puede. _Papi, podría vivir contigo. _Papi, puede vivir contigo. _Kanesha tiene su familia, Rachel. _Pero no tiene mamá. _No, no tiene. _Y tú vas a estar sólo cuando nos vayamos a Milluke. _Milluawke… _Es feo no tener mamá. _Sí, es cierto. Hay muchas familias así. _Unas tienen sólo mamá, otras sólo papá. _Pero todo sale bien. _Doug, te necesitan: dolor de vientre. _Rachel, ¿te quedarías aquí hasta que yo vuelva? No quiero que despierte sola. _¿Papá?... Rachel pidiéndole permiso al padre. _Bueno. Concuerda Dr. Greene.

Marca en el texto lo que le puede haber sensibilizado al Dr. Ross a favor del padre de Kanesha.

6- La Doctora Chloe conversa con el psicólogo:

_Te presento como a mi novio. _!Lo que soy! _Es mi hermana… _No es una buena idea. _¿Por qué? _ ¿Qué tal si me pregunta qué hago; le miento? _!Pues sí! _¿Y qué tal si le pregunto algo que no te guste? _¿Cómo qué? _No sé. _Como si tu Tío Beto la violó de niña.

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_¡No tenemos un Tío Beto! _Perdóneme, pero no me parece una buena idea. _Y no voy a dejar que me convenzas. _Entonces, ¿no la vas a ayudar? _No, no puedo. _Bueno, lo haré sola.

¿Qué teme el psicólogo?

Al fin, ¿se propuso a ayudar o no a la chica el novio psicólogo de la Doctora? ¿Qué hecho definió su decisión final?

Del trecho del recuadro, “explica” la acentuación de los vocablos tildados, poniéndolos correctamente en el recuadro:DIFERENCIAL AGUDAS EN

VOCALPRONOMBRES INTERROGATIVOS

HIATOS I / U

a) ¿Porque se le acentúa a la palabra sólo y no a la femenina sola?

b) Entresaca del texto verbos en:

PRESENTE PASADO FUTURO

7- Una escena con el viejo Ivan:

_¿Cómo está el muchacho? _Está en cirugía. _¿Y se va a poner bien? _No, Ivan, creo que no. _Yo estaba asustado… Quiero quedarme aquí a ver qué pasa, ¿Sí? El médico sale y, manos a la cabeza, el señor llora: _!Por Dios Santo!

¿Cómo se le salió la cirugía al joven?

Hablando con el Doctor Benson, ¿De qué le culpa a Ivan el detective?

8- Llevándose en cuenta el proceso la estructura y el proceso de formación de palabras en Español, explica el significado de las palabras:

cianótica taquicardia difunto cardiólogo hipertensión quirófano cirugía neumotórax bilateral ventrículo toracotomía pericardio pos reducción taquiarritmia peritoneal pronosticar asístole

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ILHA DAS FLORES

ILHA DAS FLORES

AS IMAGENS

O filme inicia com três frases que surgem na tela;

. Este não é um filme de ficção

. Esta não é a sua vida

. Deus não existe

As frases desaparecem em fade e surge um globo girando, como o início de Casablanca. Aproximação do globo com fusões sucessivas até um mapa onde se lê "Belém Novo" ou "Porto Alegre". Fusão para uma plantação de tomates em Belém Novo. Cam na mão avança em direção a um japonês que está de pé, no meio da plantação. A partir daí, a câmera mostra exatamente o que o texto diz, da forma mais didática, óbvia e objetiva possível. Quando o texto fala em números eles são mostrados num quadro negro ou emgráficos.

O TEXTO

Estamos em Belém Novo, município de Porto Alegre, Estado do Rio Grande do Sul, no extremo sul do Brasil, mais precisamente na latidude 30 graus, 2 minutos e 15 segundos Sul e longitude 51 graus, 13 minutos e 13 segundos Oeste. Caminhamos neste momento numa plantação de tomates e podemos ver a frente, em pé, um ser humano, no caso, um japonês.

Os japoneses se distinguem dos demais seres humanos pelo formato dos olhos, por seus cabelos lisos e por seus nomes característicos. O japonês em questão chama-se Toshiro.

Os seres humanos são animais mamíferos, bípedes, que se distinguem dos outros mamíferos, como a baleia, ou bípedes, como a galinha principalmente por duas características: o telencéfalo altamente desenvolvido e o polegar opositor. O telencéfaloaltamente desenvolvido permite aos seres humanos armazenar informações, relacioná las, processá-las e entendê-las. O polegar opositor permite aos seres humanos o movimento de pinça dos dedos o que, por sua vez, permite a manipulação de precisão.

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O telencéfalo altamente desenvolvido somado a capacidade de fazer o movimento de pinça com os dedos deu ao ser humano a possibilidade de realizar um sem número de melhoramentos em seu planeta, entre eles, plantar tomates.

O tomate, ao contrário da baleia, da galinha, dos japoneses e dos demais seres humanos, é um vegetal. Fruto do tomateiro, o tomate passou a ser cultivado pelas suas qualidades alimentícias a partir de 1800. O planeta Terra produz cerca de 28 bilhões de toneladas de tomates por ano.

O senhor Toshiro, apesar de trabalhar cerca de 12 horas por dia, é responsável por uma parte muito pequena desta produção. A utilidade principal do tomate é a alimentação dos seres humanos. O senhor Toshiro é um japonês e, portanto, um ser humano. Noentanto, o senhor Toshiro não planta os tomates com o intuito de comê-los. Quase todos os tomates produzidos pelo senhor Thoshiro são entregues a um supermercado em troca de dinheiro.

O dinheiro foi criado provavelmente por iniciativa de Giges, rei da Lídia, grande reino da Ásia Menor, no século VII Antes de Cristo. Cristo era um judeu.

Os judeus possuem o telencéfalo altamente desenvolvido e o polegar opositor. São, portanto, seres humanos.

Até a criação do dinheiro, o sistema econômico vigente era o de troca direta. A dificuldade de se avaliar a quantidade de tomates equivalentes a uma galinha e os problemas de uma troca direta de galinhas por baleias foram os motivadores principais da criação do dinheiro. A partir do século III A.C. qualquer ação ou objeto produzido pelos seres humanos, frutos da conjugação de esforços do telencéfalo altamente desenvolvido com o polegar opositor, assim como todas as coisas vivas ou não vivas sobre e sob a terra, tomates, galinhas e baleias, podem ser trocadas por dinheiro.

Para facilitar a troca de tomates por dinheiro, os seres humanos criaram os supermercados.

Dona Anete é um bípede, mamífero, possui o telencéfalo altamente desenvolvido e o polegar opositor. é, portanto, um ser humano. Não sabemos se ela é judia, mas temos quase certeza que ela não é japonesa. Ela veio a este supermercado para, entre outras coisas, trocar seu dinheiro por tomates. Dona Anete obteve seu dinheiro em troca do trabalho que realiza. Ela utiliza seu telencéfalo altamente desenvolvido e seu polegar opositor para trocar perfumes por dinheiro.

Perfumes são líquidos normalmente extraídos das flores que dão aos seres humanos um cheiro mais agradável que o natural. Dona Anete não extrai o perfume das flores. Ela troca, com uma fábrica, uma quantidade determinada de dinheiro por perfumes.Feito isso, dona Anete caminha de casa em casa trocando os perfumes por uma quantidade um pouco maior de dinheiro. A diferença entre estas duas quantidades chama-se lucro. O lucro de Dona Anete é pequeno se comparado ao lucro da fábrica, mas é o suficiente para ser trocado por 1 k de tomate e 2 k de carne, no caso, de porco.

O porco é um mamífero, como os seres humanos e as baleias, porém quadrúpede. Serve de alimento aos japoneses e aos demais seres humanos, com exceção dos judeus.

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Os alimentos que Dona Anete trocou pelo dinheiro que trocou por perfumes extraídos das flores, serão totalmente consumidos por sua família num período de sete dias. Um dia é o intervalo de tempo que o planeta terra leva para girar completamente sobre oseu próprio eixo. Meio dia é a hora do almoço. A família é a comunidade formada por um homem e uma mulher, unidos por laço matrimonial, e pelos filhos nascidos deste casamento.

Alguns tomates que o senhor Toshiro trocou por dinheiro com o supermercado e que foram trocados novamente pelo dinheiro que dona Anete obteve como lucro na troca dos perfumes extraídos das flores foram transformados em molho para a carne de porco. Um destes tomates, que segundo o julgamento altamente subjetivo dedona Anete, não tinha condições de virar molho, foi colocado no lixo.

Lixo é tudo aquilo que é produzido pelos seres humanos, numa conjugação de esforços do telencéfalo altamente desenvolvido com o polegar opositor, e que, segundo o julgamento de um determinado ser humano, num momento determinado, não tem condições de virar molho. Uma cidade como Porto Alegre, habitada por mais de ummilhão de seres humanos, produz cerca de 500 toneladas de lixo por dia.

O lixo atrai todos os tipos de germes e bactérias que, por sua vez, causam doenças. As doenças prejudicam seriamente o bom funcionamento dos seres humanos. Além disso, o lixo tem aspecto e aroma extremamente desagradáveis. Por tudo isso, ele é levado nasua totalidade para um único lugar, bem longe, onde possa, livremente, sujar, cheirar mal e atrair doenças.

O lixo é levado para estes lugares por caminhões. Os caminhões são veículos de carga providos de rodas. Quando da realização deste documentário, em 1989, os caminhões eram dirigidos por seres humanos.

Em Porto Alegre, um dos lugares escolhido para que o lixo cheire mal e atraia doenças foi a Ilha das Flores.

Ilha é uma porção de terra cercada de água por todos os lados. A água é uma substância inodora, insípida e incolor formada, teoricamente, por duas moléculas de hidrogênio e uma molécula de oxigênio. Flores são os órgãos de reprodução das plantas, geralmente odoríferas e de cores vivas. De flores odoríferas são extraídos perfumes, como os que do Anete trocou pelo dinheiro que trocou por tomates.

Há poucas flores na Ilha das Flores. Há, no entanto, muito lixo e, no meio dele, o tomate que dona Anete julgou inadequado para o molho da carne de porco. Há também muitos porcos na ilha.

O tomate que dona Anete julgou inadequado para o porco que iria servir de alimento para sua família pode vir a ser um excelente alimento para o porco e sua família, no julgamento do porco. Cabe lembrar que dona Anete tem o telencéfalo altamente desenvolvido enquanto o porco não tem nem mesmo um polegar, que dirá opositor.

O porco tem, no entanto, um dono. O dono do porco é um ser humano, com telencéfalo altamente desenvolvido, polegar opositor e dinheiro. O dono do porco trocou uma pequena parte

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do seu dinheiro por um terreno na Ilha das Flores, tornando-se assim,dono do terreno. Terreno é uma porção de terra que tem um dono e uma cerca. Este terreno, onde o lixo é depositado, foi cercado para que os porcos não pudessem sair e para que outros seres humanos não pudessem entrar, o que faria do dono do porco umex-dono de porco.

Os empregados do dono do porco separam no lixo aquilo que é de origem orgânica daquilo que não é de origem orgânica. De origem orgânica é tudo aquilo que um dia esteve vivo, na forma animal ou vegetal. Tomates, galinhas, porcos, flores e papel são de origem orgânica.

O papel é um material produzido a partir da celulose. São necessários 300 quilos de madeira para produzir 60 quilos de celulose. A madeira é o material do qual são compostas as árvores. As árvores são seres vivos. O papel é industrializadoprincipalmente na forma de folhas, que servem para escrever ou embrulhar. Este papel, por exemplo, foi utilizado para elaboração de uma prova de História da Escola de Segundo Grau Nossa Senhora das Dores e aplicado à aluna Ana Luiza Nunes, um ser humano.

Uma prova de História é um teste da capacidade do telencéfalo de um ser humano de recordar dados referentes ao estudo da História, por exemplo: quem foi Mem de Sá? Quais eram as capitanias hereditárias? A História é a narração metódica dos fatosocorridos na vida dos seres humanos. Recordar é viver.

Os materiais de origem orgânica, como os tomates e as provas de história, são dados aos porcos como alimento. Durante este processo, algumas mulheres e crianças esperam no lado de fora da cerca na Ilha das Flores. Aquilo que os porcos julgarem inadequados para a sua alimentação, será utilizado na alimentação destas mulheres e crianças.

Estas mulheres e crianças são seres humanos, com telencéfalo altamente desenvolvido, polegar opositor e nenhum dinheiro. Elas não têm dono e, o que é pior, são muitas. Por serem muitas, elas são organizadas pelos empregados do dono do porco em grupos dedez e têm a permissão de passar para o lado de dentro da cerca. Do lado de dentro da cerca elas podem pegar para si todos os alimentos que os empregados do dono do porco julgaram inadequados para o porco.

Os empregados do dono do porco estipularam que cada grupo de dez seres humanos tem cinco minutos para permanecer do lado de dentro da cerca recolhendo materiais de origem orgânica, como restos de galinha, tomates e provas de história. Cinco minutos são 300 segundos. Desde 1958, o segundo foi definido como sendo o equivalente 9 bilhões, 192 milhões, 631 mil 770 mais ou menos 20 ciclos de radiação de um átomo de césio quando não perturbado por campos exteriores. O césio é um material não orgânico encontrado no lixo em Goiânia.

O procedimento dos seres humanos que recolhem materiais orgânicos no lado de dentro da cerca da Ilha das Flores é semelhante apenas em objetivo ao procedimento de Dona Anete no supermercado. No supermercado Dona Anete troca o dinheiro que trocou por perfumes extraídos das flores pelo material orgânico; na Ilha das Flores os seres humanos não têm dinheiro algum; no supermercado dona Anete tem o tempo que julgar necessário para apanhar materiais orgânicos mas não há provas de história disponíveis.

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(A partir deste momento a câmera se fixa exclusivamente nas mulheres e crianças no meio do lixo)

O que coloca os seres humanos da Ilha das Flores numa posição posterior aos porcos na prioridade de escolha de materiais orgânicos é o fato de não terem dinheiro nem dono. Os humanos se diferenciam dos outros animais pelo telencéfalo altamente desenvolvido, pelo polegar opositor e por serem livres. Livre é o estado daquele que tem liberdade. Liberdade é uma palavra que o sonho humano alimenta, que não há ninguém que explique e ninguém que não entenda.

FIM

*******************************************************************

(c) Jorge Furtado, 1988-1989Casa de Cinema de Porto Alegrehttp://www.casacinepoa.com.br

REGISTRO DO JÚRI SIMULADO

O debate do JÚRI SIMULADO, documentado quase na íntegra – foi o seguinte:

O VOTO DEVE SER

OBRIGATÓRIO

O VOTO DEVE SER

FACULTATIVO

“Se ‘abríssemos’[ao direito do

voto facultativo], não cairíamos no mesmo

caso dos Estados Unidos, em que as

pessoas tornam-se indiferentes, distantes

status quo [do processo]?”

“Não seria um erro “deixar de

lado” o que o próprio povo escolheu – o

voto obrigatório?”

“O artigo 60, parágrafo 4 da

Constituição Federal diz que a

obrigatoriedade não é pétrea.”

“É uma questão de cidadania,

‘abertura’ à decisão: votar ou não votar.”

“Pessoas coagidas acabam

votando por revolta, votam por ironia,

não-seriedade; anulam.”

“Já no [sistema de] voto

facultativo, as pessoas votariam ‘em quem

quisessem’. “

“Com o voto facultativo, o povo

esvaziaria as urnas, o que ‘impediria’ a

“Segundo Voltaire, existem três

alicerces [da democracia]: liberdade,

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democracia, porque não votariam nas

pessoas que o representariam.”

“O Brasil viveu ditadura. Hoje –

na democracia – o povo tem também o

direito de não votar – paga multa.

“O povo se deixa levar por caixas

d’água e meia dúzia de tijolos e, muitas

vezes até se esquece do candidato em

quem votou.”

igualdade e fraternidade. Se vivemos em

liberdade, se somos livres, para viver, o

voto facultativo seria o ideal; o voto

facultativo seria questão de liberdade.”

“Obrigar nem sempre é condição

para votar bem, mas no [sistema do] voto

obrigatório, a pessoa é induzida.”

“A pessoa teria que exercer a

democracia e a liberdade. Não poderíamos

educar para o voto facultativo; e, com o

voto obrigatório precisaríamos educar.”

“[Na verdade,] Nós

precisaríamos educar, não só para o voto

obrigatório como para o voto facultativo.”

Passou-se, em seguida, a um tempo dedicado a perguntas e respostas de parte a parte:

VOTO OBRIGATÓRIO VOTO FACULTATIVO

“O que o povo ganharia com o

voto obrigatório?”

“Para vocês, qual é o conceito de

democracia?”

“É uma opção porque

escolhemos em quem votar.”

“O Luís1 disse que o povo

ganhava caixas d’água, tijolos. Ganha

para votar e vota errado?”

“Não são os tijolos, a liberação

da maconha...”

Os eleitos vão estar

obedecendo ...[interrompido]

1 Aluno do grupo oposto

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“...até ao Catecismo, leis divinas

e laicas pensam no bem comum.”

“Se o voto é facultativo, não

haveria o esvaziamento?”

“A pessoa teria o direito de ser

livre – poderia ficar em sua casa – ‘vou

votar consciente.’; ‘não vou votar mas não

poderei cobrar.’. “

[Isso] “...educaria o povo para a

não cobrança, já que não votou.”

“A sua resposta não satisfaz. Por

estarem desacreditadas, não deixariam de

escolher algum bom candidato para deixar

que outros elegessem o seu

representante?”

“Melhor: Pessoas sem

capacidade, mas escolhidas pelo povo,

através do voto obrigatório, aprendem a

votar. Às vezes [escolhas] absurdas, mas

aprendem a votar.”

As ponderações finais:

VOTO OBRIGATÓRIO VOTO FACULTATIVO

“ o voto obrigatório é a melhor

opção , porque apesar de pessoas sem

capacidade serem escolhidas pelo voto, às

vezes de forma absurda, mas o povo

aprende a votar.”

“O povo brasileiro está tão

indignado que votou em Clodovil,

[estilista famoso, apresentador de TV e

Tiririca [palhaço profissional, simplório

como pessoa, desprovido de projetos

políticos].

“Escolhem pessoas sem

capacidade; o povo acaba colocando no

poder gente sem capacidade.”

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O JUIZ fez perguntas e, para concluir, uma avaliação:

JUIZ: “Os dois grupos usaram os termos ‘liberdade’ e ‘consciência’, portanto

qual é o ‘conceito’ desses dois termos , do ponto de vista de voto?

VOTO OBRIGATÓRIO VOTO FACULTATIVO

“Consciência: O povo precisa

ser conscientizado. A pessoa, tendo

liberdade, pode ir às urnas; não pode

cobrar o que não exerceu.”

“Liberdade: direito de escolha

livre para votar em quem quer votar, com

projeto de conscientização em grande

massa – não só nas escolas.”

“Deve haver projeto de

conscientização nas escolas para

[formar] futuros cidadãos.

“Onde há liberdade quando há

obrigatoriedade?”

JUIZ: Como seria o voto facultativo? e houve contradição na fala do [grupo]

Voto Obrigatório: L. defendeu o Voto Facultativo.

Outra coisa: citar artigo da Constituição Federal de forma vaga, como fez o

colega Miro, tira o crédito da argumentação.

A questão da fala do [grupo] Voto Facultativo é que fica faltando uma

operacionalização para agora. Para agora, o Brasil não tem condição [de assumir o

Voto Facultativo], mas no futuro sim.”

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O debate em aula de Redação.

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