vão

323

Upload: catarina-morais

Post on 26-Mar-2016

219 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

a compilation of three decades of project

TRANSCRIPT

Page 1: Vão
Page 2: Vão
Page 3: Vão

YOU ANK

TH

Dedica-se este livro a todos os colaboradores

que formaram a equipa da VÃO Arquitectos

e contribuíram para a sua valorização com

criatividade, rigor e dedicação. Bem como a

todos os clientes, quer públicos, quer priva-

dos, que acreditaram em nós e proporcio-

naram consolidar toda uma obra que é a

temática deste livro.

Dedica-se este livro a todos os colaboradores

que formaram a equipa da VÃO arquitectos

e contribuíram para a sua valorização com

criatividade rigor e dedicação. Bem como to-

dos os clientes, quer públicos, quer privados,

que acreditaram em nós e proporcionaram

consolidar toda uma obra que é a temática

deste livro.

DOGA

OBRI

Page 4: Vão
Page 5: Vão

INDICE

.Depois do Moderno Antes do Primitivo

.After Modern Before Primitive

.O Plano como Projecto

.The Plan as The Project

.O Projecto e o Plano

.The Project and the Plan

.Do Projecto à Obra

.From Project to Construction

.Concursos

.Competitions

.Nota Curricular

.Curricular Note

.A Equipa

.The Team

.Publicações

.Publications

.Agradecimentos

.Aknowledgements

006

012

020

090

200

220

250

270

280

INDEX

Page 6: Vão

Nota Introdutória:

O nome “Vão”, além de pertencer ao domínio técnico da Arquitectura e da construção, surgiu de uma célebre frase proferida nos

anos sessenta por Keil do Amaral, acerca da qualidade do trabalho produzido nos ateliers: os melhores teriam a dimensão de um

vão de escada – pequenos e de carácter artesanal e cultural. O método de trabalho, no projecto de Arquitectura, teve por base

o exercício do desenho como instrumento privilegiado da praxis projectual.

O processo criativo abrangia os grandes sistemas compositivos: a geometria, a sombra e a luz, os cheios e os vazios. No exercí-

cio do projecto usavam-se todas as escalas, desde os estudos urbanos ao desenho de detalhe. O desenho urbano, tendo como

referencial a ideia de cidade, fazia a charneira entre a Arquitectura e o Planeamento, num processo que passava pela reinterpre-

tação dos códigos da estrutura preexistente. Nos anos 80, a produção de trabalho centrava-se na área do Planeamento Urbano,

enquanto nos anos 90 a Arquitectura, numa prática associada ao binómio inovação/controlo de custos, adquiria progressivamente

um maior protagonismo, tendo como cliente principal o sector público. Na última década, o projecto de Arquitectura e o cliente

privado assumiram um papel dominante.

E o que procuramos hoje?

O método de trabalho alterou-se. Privilegia-se hoje a criação de simulacros, maquetas reais ou virtuais que nos permitem o fazer

como ensaios de obra. O objectivo é questionar – o “quê” e “como” – compreendendo e confrontando as condicionantes do

projecto. Enquanto se faz, altera-se, acrescenta-se, rectifica-se, descobre-se. Usando uma expressão de Yurgen Partenheimer,

descobre-se a fazer ou artifex faber. Por outro lado, estamos convictos de que a inovação implica também observar o que é

antigo, anterior, e reflectir sobre essa evolução ou, se quisermos, implica o reconhecimento de referências. Os templos gregos,

depois de uma apropriação inicial, foram abandonados pelos romanos que deles retiraram a sua aprendizagem. Antes que os

arquitectos de Constantino usassem, por todo o Império, a planta tipo basilical nas novas igrejas, esta foi aplicada nos modelos

civis existentes para garantir as mesmas funções. Os arquitectos de Justiniano, beneficiando das múltiplas experiências de cons-

truções com a planta centralizada, levantaram Hagia Sofia. Constituem estes alguns (em muitos) exemplos que nos revelam que o

entendimento do anterior como referência é uma metodologia cíclica e histórica. No nosso posicionamento actual, a prática de/do

projecto é suportada pelo cruzamento de referências históricas e vernáculas mas, igualmente, contemporâneas e por uma meto-

dologia de experimentação. Observar, compreender, experimentar, alterar, acrescentar, corrigir, repetir ั fazer de novo ั porque

enquanto se faz, descobre-se. A arquitectura é uma arte feliz e, no entanto, sempre insatisfatória.

Este livro surge da vontade de celebrar um trajecto de três décadas. A quem foi conhecendo e reconhecendo o nosso trabalho,

agradecemos.

ANTES DO PRIMITIVO DEPOIS DO MODERNO

Page 7: Vão

Introductory Note:

The name “Vão”, in addition to being part of the technical lexical of architecture and construction, appeared from a famous sen-

tence in the sixties by Keil do Amaral, about the quality of the work produced in ateliers: the best would have the dimension of a

staircase spandrel – small with an artisanal and cultural character. The working method, in the project of architecture, had as the

base, the exercise of drawing as the privileged instrument of the project praxis.

The creative process covered the major compositional systems: geometry, shadow and light, full and empty. The project covered

all scales, from the urban studies to detailed drawing. The Urban design, having as referential the idea of the city was the turning

point between Architecture and Master Planning, in a process that went through the reinterpretation of the codes of the preexisting

structure. In the 80’s, the work focus was in Urban Planning, while in the 90’s, Architecture, in a practice associated with innovation/

cost control, progressively acquired a greater role, the clients being mainly the public sector. In the last decade, the Architectural

project and the private client assumed a dominant role.

And what do we seek today?

The work method changed. We privilege today the creation of simulations, real or virtual models that allow testing. The aim is to

question – the “what” and “how” – understanding and confronting the constraints of the project. While doing it, changing,

adding up, rectifying, discovering. Using an expression by Yurgen Partenheimer, we discover by doing or artifex faber. On the other

hand, we are convinced that innovation also implies the recognition of the old, ancient, and reflect on its evolution; or, if you will,

it implies the recognition of the references. The Greek temples, after an initial appropriation, were abandoned by the Romans, but

only after they learnt and withdrew their own conclusions.. Before, Constantino’s architects would use it throughout the Empire,

the basilica-type plan in the new churches, this was applied to the existent civilian models in place to ensure the same functions.

The architects of Justinian, benefiting from the experiences in buildings with a centralized plan, erected Hagia Sofia. These are

some of many examples that show that the understanding of the previous reference is a cyclical and historical methodology. In our

current position, the practice of the project is supported by cross-referencing historical and vernacular but, also the contemporary

and by experimentation methodology. To observe, understand, experiment, modify, add, correct, repeat, do again, because while

doing it, results in new discoveries. Architecture is a happy art but nonetheless, always unsatisfactory.

This book arises from the desire to celebrate a journey of three decades. We are grateful to those who know and recognize our

work.

BEFORE PRIMITIVE AFTER MODERN

12_13

Page 8: Vão

COMO PROJECTO

AS PROJECT

O PLANO

THE PLAN

19901980

Page 9: Vão

O primeiro período, referente aos anos oitenta e denominado “O Plano como

Projecto”, correspondeu ao início do posicionamento no mercado de tra-

balho. Nesta década, o estatuto profissional do arquitecto era diminuto no

sul do país e os “ateliers” repousavam nas famílias tradicionais de alguns

arquitectos, sendo a oferta de trabalho escassa e centrada no mercado de

planeamento local pós 25 de Abril.

A produção do gabinete direccionou-se para as Autarquias, como foi disso

exemplo a Câmara Municipal de Aljezur. Na produção de Planos, a lingua-

gem do Desenho era associada ao pragmatismo do Planeamento dando-se,

no período pós 25 de Abril, os primeiros passos com instrumentos urbanísti-

cos que ajudavam o poder local nas tomadas de decisão acerca do Planea-

mento Urbanístico.

O posicionamento do quadro referencial da Arquitectura teve como modelo

cultural e ideológico personagens como V. Gregotti, A. Rossi, G.C. Argan e

G. Grassi, que estiveram patentes na formação académica da equipa da Vão

da ESBAL, no final dos anos setenta.

De Gregotti (no Território da Arquitectura) absorvemos a legitimidade da

intervenção formal dos arquitectos nas/em grandes escalas, entendendo a

Paisagem como um sistema formal e ambiental preexistente no qual se deve

intervir, tendo como exemplo o Plano Litoral do Concelho de Aljezur e, pos-

teriormente, o seu Plano Director Municipal.

The first period, referring to the eighties and called “The Plan as Project”,

corresponded to the beginning and positioning in the marketplace. During

this decade, the professional status of the architect was low in the south of

the country, and the “Ateliers” were composed by traditional families of Archi-

tects, where the opportunities were scarce and focused on the local planning

market of post April 25.

The production was directed to the Local Administrations, the Municipality of

Aljezur being an example. In the plan production, the design language was

associated with the pragmatism of Planning, and these were the first steps

taken post April 25th, with urban instruments that helped the local administra-

tion in making decisions about Urban Planning.

The positioning of the Architecture reference framework, had as its cultural

and ideological model people such as V. Gregotti, A. Rossi, G. C. Argan, G.

Grassi, which were part of the academic development of the ‘Vão’ team from

ESBAL, in the late seventies.

From Gregotti (in Territory of Architecture) absorbed the legitimacy of the

formal intervention of architects in large scales, understanding the landscape

as a formal system and environmental legacy in which to intervene, taking

the example of the Coastal Plan of the Municipality of Aljezur and then their

Municipal Master Plan.

12_13

Page 10: Vão

Estrutura Rural da zona do RogilRural structure of Rogil

Foz de OdeceixeOdeceixe river mouth

Arrifana - Pedra da AgulhaArrifana - needle stone

Page 11: Vão

From Aldo Rossi (in Architecture of the City) absorbed “the ideology”, the

“discourse of urban facts” and the essential importance of decoding the

pre-existing structure, as well as the value of the “primary elements” in the

construction of the proposal. These elements, combined with the reading of

Giulo Carlo Argan (whether in relation to either the Building Typology or the

City History) and Giorgio Grassi (In the Rural and Urban Architecture), were

fundamentals of the Master Plan of Aljezur and the Detailed Urban Plan of

Igreja a Nova, where the growth of the city was structured according to the

typological framework.

The “Plans” corresponded to instruments resulting from the simultaneous in-

vestigation within the urban framework and the territory of Architecture, using

the design to register in different scales, the physical expression of urban and

rural territory.

The zoning of large scales resulted, first of all, from the so-called bio-physical

aspects: the agricultural and ecological reserves took their first steps, the ped-

ology was assumed as a preexisting structure and the socio-economic sys-

tems appetencies were absorbed into the discourse space-formal planning.

Because the physical medium represented, with some accuracy, the relation-

ship that man establishes with it, the council of Aljezur was an immense study

laboratory of the referred materials, and earned itself the rank of protected

landscape and, later on, of Natural Park.

With a specific “topology”, marked by water streams that furrow the maritime

platform interrupted by “gaps”, the territory is subject to the impermeability

of the shale and the large surface erosion, resulting in a landscape of steep

cliffs, that frame small beaches of peculiar soaking soil, and water lines that

result in high sloped valleys subject to erosion.

The water streams of Seixe, Aljezur and Carrapateira are visually striking,

in the same way the fault system parallel to the shoreline, where there are

Cropped land, with the paradigmatic example the Rogil area.

De Aldo Rossi (na Arquitectura da Cidade) absorvemos “a ideologia”, o “dis-

curso dos factos urbanos” e a incontornável importância da descodificação

da estrutura preexistente, assim como o valor dos “elementos primários” na

construção da proposta. Estes elementos, associados à leitura de Giulo Carlo

Argan (quer no que se refere à Tipologia Edificatória quer à História da Ci-

dade) e de Georgio Grassi (No Rural e Urbano na Arquitectura), constituíram

o Plano Geral de Aljezur e o Plano de Pormenor da Igreja a Nova, onde o

crescimento da cidade foi estruturado em função do quadro tipológico.

Os “planos” corresponderam a instrumentos resultantes da investigação si-

multânea no quadro urbanístico e no território da Arquitectura, recorrendo

ao Desenho para o registo, em diferentes escalas, da expressão física do

território urbano e rural.

O zonamento das grandes escalas resultava, antes de mais, dos então

denominados aspectos biofísicos: as reservas agrícola e ecológica davam

ainda os primeiros passos, a pedologia assumia-se como uma preexistência

estrutural e as apetências dos sistemas sócio-económicos eram absorvidas

no discurso espacio-formal do território.

Porque o suporte físico traduzia, ainda com alguma fidelidade, as relações

que o homem estabelece com o meio, o território do Concelho de Aljezur

consistiu num imenso laboratório das matérias-estudo referidas, tendo-lhe

valido a classificação de Paisagem Protegida e, posteriormente, Parque

Natural.

Com uma “topologia” específica, marcada pelas ribeiras que sulcam a plata-

forma marítima interrompida por “falhas”, o território é submetido à imper-

meabilidade do xisto e à grande erosão superficial, evidenciando-se uma

paisagem de arribas abruptas, onde se enquadram pequenas praias de solos

peculiares, facilmente empapáveis, e linhas de água que dão origem a vales

encaixados de elevada inclinação e erosão.

São visualmente marcantes as ribeiras de Seixe, Aljezur e Carrapateira, as-

sim como o sistema de falhas paralelas à linha da costa, onde surgem terras

agricultadas, tendo como exemplo paradigmático a zona do Rogil.

12_13

Page 12: Vão

General Municipal Plan analysis Rogil geomorphologyc and hypsometric unit

Análise Plano Director Municipal unidade geoformológica e hipsométrica Rogil

Plano Director Municipal avaliação das pretensões urbano-turísticas

General Municipal Plan avaluation of urban turistic areas

Plano Litoral de Aljezuraptidão de solos/ uso e ocupação predominante

Coastline of Aljezurprevailing using land

General Municipal PlanVale da Telha and Espartal urban rehabilitation

Plano Director Municipalnúcleu de reconversão urbanística Vale da Telha e Espartal

Page 13: Vão

A tectónica, aliada à geomorfologia na interface mar-terra, é formalmente

desenhada pela ordem de três vales e pautada por uma sucessão de acon-

tecimentos ao longo do território, onde a pureza das arribas assume a glória

da ligação mar-terra-céu.

A geografia, a benignidade do clima e a riqueza do solo e subsolo convidaram

a uma ocupação muito antiga, que data do paleolítico. A antiga estrada ro-

mana, aliada à navegabilidade das ribeiras, permitiu uma fixação de que são

testemunho os dois principais núcleos urbanos: Aljezur e Odeceixe.

Foi neste contexto relacional homem/território que as “permanências” (no

suporte físico) se assumiram para lá das marcas do passado, constituindo os

“elementos primários” do “sistema portante” propositivo nos diferentes planos

municipais elaborados e, mais tarde, no Plano especial de ordenamento do

território - “Plano do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina”. Este plano teve

como objectivo o quadro de Conservação da Natureza e a preservação dos

Biótopos, culminando numa vasta equipa que incluía entidades como a Fac-

uldade de Ciências de Lisboa, o Instituto Superior de Agronomia e o Instituto

Hidrográfico Nacional, entre outros.

Paralelamente, ensaiavam-se as primeiras obras como o Lar e Centro de Dia

do Cadaval, a Caixa de Crédito Agrícola de Odeceixe e, ao nível do desenho

urbano, o concurso para o Plano de Reordenamento da Marginal de Quarteira

(promovido pelo Fundo de Turismo e pela Câmara Municipal de Loulé).

The tectonic plate, allied to the geomorphology of sea-land interface, is for-

mally drawn by the succession of three valleys and events throughout the

territory where the purity of the cliffs glorify the connection sea-land-sky.

The geography, the good climate and soil and subsoil fertility, invited an

ancient occupation, dating the Paleolithic period. The ancient Roman road,

together with the navigability of the water streams, permitted settlements of

which the two main urban centers, Aljezur and Odeceixe, are evidence.

It was in this relational context man/territory that the “settlements” (physical

evidence) is taken beyond the marks of the past, constituting the “primary ele-

ments” of the “bearing system” proposed in the different elaborated municipal

plans and, later on, in the Special Territory Plan – ‘Plan of the Southwest

Alentejo and Costa Vicentina’. This plan aimed to create a framework for

Nature Conservation and preservation of biotopes, culminating in a wide team

that included entities such as the Faculty of Sciences of Lisbon, the Institute

of Agronomy and the National Hydrographic Institute, among others.

In addition, the first works were executed, these being the Nursing Home

and Daycare Center of Cadaval, the Caixa de Credito Agricola of Odeceixe,

and at the level of urban design, the competition for the Reorganization Plan

of the Coastline Road of Quarteira (promoted by the Tourism Fund and the

Municipality of Loulé), ranked 1st place.

12_13

Page 14: Vão

PLANO DE PORMENOR

DETAILED URBAN PLAN

OF IGREJA A NOVA

IGREJA A NOVA

O Plano de Pormenor de Igreja a Nova resultou da proposta de expansão

da Vila de Aljezur pelo Plano Geral de Urbanização de Aljezur. Assentando

na reinterpretação da História Urbana (em particular no momento em que se

instituiu a nova vila), o núcleo urbano foi organizado em função da Igreja e

instituiu-se (a prática de) um traçado de carácter regulador.

O traçado regulador foi retomado em termos propositivos, organizando todo o

crescimento urbano. Estudou-se a tipologia edificatória a partir da implemen-

tação de modelos habitacionais que seriam desenvolvidos numa lógica de

privado/público, dando resposta à preocupação que o Município tinha com a

fixação populacional, antevendo já a possível localização da Escola

Secundária.

O pouco crescimento urbano previsto permitiu definir com clareza a fronteira

rural-urbano, assim como tirar partido da lógica de ruralidade numa óptica

aproximada ao jardim urbano, como é o exemplo do tratamento então pro-

posto para as margens da ribeira.

A habitação surgiu como um factor determinante na produção da escala ur-

bana, instituindo uma morfologia indissociável do quadro edificatório, cuja

proposição resultou da análise de um conjunto de pretensões a nível do edifi-

cado para a zona, ensaiando-se a tríade: tipologia, tipo e modelo.

The Detailed Plan of Igreja a Nova resulted from the proposal to expand the

Aljezur village, under the Master Urban Plan of Aljezur, based on the reinter-

pretation of the Urban History (particularly when the new village was created),

where the urban core is organized in function of the Church and a regulating

layout was instituted.

The regulatory layout was purposely adopted, to organize all urban growth.

The building typology was studied from the implementation of housing models

that would be developed in a private/public logic, answering the Municipality’s

concern, that being, the population retention, foreseeing the possible high

school location.

The little urban growth foreseen allowed a clear definition of the rural-urban

boundary as well as to take advantage of the logic of the rural perspective to

the urban garden, as is the example proposed for the water stream banks.

The housing emerged as a key factor in the production of the urban scale,

establishing a morphology inseparable from the building framework, proposi-

tion resulting from the analysis of a set of claims of the building standard for

the area, attempting the trilogy: typology, type and model.

Page 15: Vão
Page 16: Vão
Page 17: Vão

12_13

Page 18: Vão
Page 19: Vão

12_13

Programa

Localização

Data do Projecto

Data de Construção

Cliente

Program

Location

Project Date

Construction Date

Client

Plano de Pormenor

Aljezur

1982

1984

Câmara Municipal de Aljezur

Page 20: Vão

PLANO GERAL

GENERAL URBAN PLAN

OF ALJEZUR

URBANIZACAO DE ALJEZUR

A ausência de uniformação sobre o Concelho implicou um estudo mais alar-

gado, nos aspectos biofísicos, sócio-económicos e urbanísticos, que se repor-

tou à História Urbana para compreender a relação rural-urbano.

As fortes condicionantes geomorfológicas da Vila de Aljezur, aliadas à es-

pecificidade da sua estrutura urbana e à marcação de vales dantes navegá-

veis, condicionaram a ocupação da encosta entre dois elementos primários: o

Castelo e a Igreja. As habitações, de um a dois pisos, maioritariamente com

uma água com telha de aba e canudo, conferiam uniformidade visual, tendo

sido este elemento um dos principais objectivos do Plano.

O Plano passou por um levantamento exaustivo das tipologias habitacionais

dominantes, permitindo caracterizar os modelos tipológicos de matriz popular

que estiveram na casa/na origem do quadro habitacional preexistente. Os

principais objectivos foram requalificar os aspectos públicos reinterpretando

a sua estrutura, equacionar diferentes escalas materiais e acções pontuais

de pequenas intervenções de renovação, propor – através de regulamento –

acções de controlo da imagem do casario (nomeadamente no controlo dos

planos marginais). Paralelamente, foi proposta uma rede de equipamentos

que assegurava a vitalidade desta estrutura urbana, cuja tendência era de

depressão populacional.

A Igreja a Nova corresponderia ao crescimento urbano de Aljezur existindo, na

altura, promoção municipal de lotes para convidar à fixação da população.

The absence of uniformity of the County involved a more extensive study, in

the biophysical, socio-economic and urban development fields, which is repor-

ted to the Urban History in order to understand the rural-urban relationship.

The strong geomorphological constrains of the Aljezur Village, allied with the

specificity of its urban structure and the valleys that were once navigable, con-

ditioned the occupation of the slopes between the two primary elements: the

Castle and the Church. The dwellings of one to two floors, mostly with single

roofs covered with Portuguese type tiles, creating a visual uniformity, was the

main objective of the Plan.

The Plan went through an exhaustive survey of the dominant housing typolo-

gies, allowing the characterization of typological matrix models that were popu-

lar in the existing housing framework. The main objectives were to reclassify

the public aspects reinterpreting its structure, reflecting the different material

scales and specific measures of minor renovation interventions, proposing -

through regulation – actions to monitor the image of the housing (namely the

control of marginal plans). In addition, an equipment network was proposed

that ensured the vitality of this urban structure, the trend, being at the time a

depressed population.

The Igreja a Nova would suit the urban growth of Aljezur. At the time, a

municipal promotion of land plots sales was in place as an incentive for the

permanence of the population.

Page 21: Vão

12_13

Fotografia de arquivo

Page 22: Vão
Page 23: Vão

Programa

Localização

Data do Projecto

Data de Construção

Cliente

Program

Location

Project Date

Construction Date

Client

Plano Geral de Urbanização

Aljezur

1983

1983

Câmara Municipal de Aljezur

12_13

Page 24: Vão

PLANO LITORAL

COASTLINE PLAN

OF ALJEZUR

DE ALJEZUR

Embora sem figura jurídica, o Plano Litoral de Aljezur representou um dos

primeiros estudos especiais de ordenamento a ser elaborado. A temática

abarcava, simultaneamente, questões ambientais e de ordenamento do ter-

ritório, tendo este instrumento estado na base da delimitação da Área de

Paisagem Protegida do Sudoeste Alentejano e da Costa Vicentina.

Além de articular diferentes valências ao nível de indicadores urbanísticos, o

estudo propunha quadros valorativos que equacionavam diversas ocupações

e usos do solo, premiando as pretensões que contribuíam para a conservação

da natureza e oferecendo um zonamento multifuncional do território (em al-

ternativa ao processo tradicional: o zonamento monofuncional), fomentando a

iniciativa privada a contribuir para a economia da conservação da natureza.

Neste âmbito, além dos indicadores (com índices numéricos variáveis) em

que diferiam os diferentes usos e ocupações, recorreu-se a estudos de caso

nos quais eram simulados sectores do território e desenhados os diferentes

cenários de uso e ocupação possíveis. Assim, visualizavam-se as apetên-

cias, vocações e condicionantes, tendo por base a expressão desenhada do

suporte físico preexistente.

Este plano usou um tratamento continuado entre as áreas rurais e urbanas.

Um dos exemplos paradigmáticos foi o Rogil, cujo cadastro interceptava a es-

trada Nacional surgindo, assim, um pequeno núcleo dependente da estrutura

agrícola, o que se reflectiu no quadro normativo deste plano que equacionava,

de forma quase idêntica, as áreas rurais e urbanas.

Although without a legal identity, the Coastline Plan of Aljezur represented one

of the first special planning studies to be prepared. The theme encompassed

both environmental and land management, and was used as the basis of the

delimitation of the Protected Landscape Area of the Southwest of Alentejo and

the Vicentina Coastline.

In addition to articulate different valencies at the level of the urban indicators,

the study proposed values that equated diverse soil use and occupations,

rewarding the pretentions that contributed to the nature conservation and offer-

ing a multi-zoning division of the area (in alternative to the traditional process:

mono functional zoning), encouraging the private sector to contribute to the

economy of nature conservation.

In this context, besides the indicators (variables with numeric indices) that

differed in the various uses and occupations, case studies were simulated

in which sectors of the area were designed for various purpose scenarios of

possible occupation. Thus, the appetencies, vocations and constrains were

visualized, having as basis the designed expression of the preexisting physi-

cal legacy.

The plan was a continuous treatment between rural and urban areas. One

of the paradigmatic examples was Rogil, whose registration intercepted the

National road, dependent on its agricultural structure, which reflected in the

framework of this plan, and that pondered, in almost identical terms, the rural

and urban areas.

Page 25: Vão

12_13

Fotografia de arquivoArchive photo

Page 26: Vão

Desenho sobre um ensaio de afectação de usos e ocupação do território mediante uma lógica de valorização de este.

Urban design sketches of diferent scenarios of optimization.

Page 27: Vão

12_13

Ensaio de desenho sobre a afectação de usos e ocupação da unidade de gestão do Rogil.

Urban design sketches of the rural environment project of Rogil.

Page 28: Vão
Page 29: Vão

12_13

Page 30: Vão

Fotografia de arquivoArchive photo

Page 31: Vão

Programa

Localização

Data do Projecto

Data de Construção

Cliente

Program

Localization

Project Date

Construction Date

Client

Plano estratégico

Aljezur

1985

1987

Câmara Municipal de Aljezur

12_13

Page 32: Vão

PLANO DIRECTOR

GENERAL MUNICIPAL PLAN

OF ALJEZUR

MUNICIPAL DE ALJEZUR

O Plano Director Municipal de Aljezur foi realizado num período cuja finaliza-

ção se articulava com os pressupostos do Plano para a área Protegida do

Sudoeste Alentejano e da Costa Vicentina.

O desafio pressupunha a manutenção regulamentada das principais activi-

dades primárias produtivas do concelho (a caça, a pesca e alguma agri-

cultura), aliada aos pressupostos da conservação da natureza e evitando o

fraccionamento entre litoral/interior e planalto/serra.

Posteriormente, o regulamento foi calibrado numa matriz multifuncional que

permitia um conjunto de acções do homem, tendo sido baseado num no-

tável estudo realizado para avifauna a partir das análises do Prof. Dr. Jorge

Palmeirim, da Faculdade de Ciências de Lisboa.

O P.D.M. tinha uma base prospectiva que permitia a evolução do concelho

rural, com uma rede de pequenas unidades turísticas relacionadas com as po-

tencialidades do novo turismo ecológico, e sempre associado às actividades

de conservação de natureza, em alternativa às grandes ocupações urbano-

turísticas que, muitas vezes, deixavam cicatrizes no território.

A fragilidade de alguns núcleos urbanos de grande qualidade (como é o

exemplo da Bordeira) foi objecto de um quadro normativo específico, apre-

sentando traços do primitivo aglomerado medieval. O seu valor arquitectónico

residia na simplicidade do vocabulário dos planos marginais e na continui-

dade das cerceas(confirmar palavra) dos edifícios, cuja leitura se traduz numa

grande unidade geomorfológica a que o zonamento não foi alheio.

Estas premissas assentavam num potencial conjunto de protocolos a imple-

mentar com o Poder Central, aliando o turismo às Ciências da Natureza e à

formação profissional. O concelho de Aljezur detinha a centralidade adequada

no conjunto da zona protegida, à qual o restante concelho – e, em especial,

a Serra – não deviam ser alheios.

The General Municipal Plan of Aljezur was conducted over a period whose

completion was linked with the assumptions of the Plan for the Protected Area

of the Southwest Alentejo and Costa Vicentina.

The challenge implied the regulated maintenance of the main primary pro-

ductive activities of the county (hunting, fishing and some agriculture), allied

with the assumptions of nature conservation and avoiding the fragmentation

between the coast/inland and plateau/ mountain.

Subsequently, the regulation was calibrated in a multifunctional matrix that al-

lowed a set of man’s interventions, based on the analysis from a remarkable

bird study of Prof. Dr. Jorge Palmeirim, from the Lisbon Faculty of Sciences.

The Plan had a prospective basis which enabled the development of the rural

county, with a network of small tourist units related to the potential of the new

eco-tourism and always associated with the activities of Nature Conservation,

an alternative to big urban-tourist occupations that often left scars in the

territory.

The fragility of some high quality urban nuclei (Bordeira is an example) was

subjected to a specific legal framework, showing traces of the primitive medi-

eval settlement. Its architectural value lay in the simplicity of the vocabulary of

marginal plans and the continuity of the height of the buildings, which reflected

a great geomorphologic unit to which the zoning was not foreign.

These assumptions were based on a potential set of protocols to be imple-

mented with the Central Government, combining tourism with natural sciences

and professional training. The municipality of Aljezur held the appropriate cen-

trality of the protected area, to which the rest of the county - and in particular

the mountains - should not be alienated.

Page 33: Vão

Fotografia de arquivoArchive photo

Page 34: Vão
Page 35: Vão

Programa

Localização

Data do Projecto

Data de Construção

Cliente

Program

Location

Project Date

Construction Date

Client

Plano Director Municipal

Aljezur

1987

1992

Câmara Municipal de Aljezur

12_13

Page 36: Vão

Ao abordar a leitura, ou que seja apenas a consulta, deste livro, que expectativas poderemos ter e qual a probabilidade

de as ver satisfeitas? Será apenas mais uma daquelas fáceis recolhas de trabalhos, que alguns ateliers se comprazem

em fazer hoje em dia, onde a qualidade da ilustração tende a esconder uma (até) natural inconsistência do conteúdo que

reproduzem? Belíssimos “coffee table books” sem maiores preocupações ou, por vezes, com mais pretensões... Desiluda-

se quem quiser ter aqui uma mera experiência estética ou cinco minutos de gratificação intelectual com base em texto tão

jocoso quanto, na melhor das hipóteses, inteligente e superficial. Estamos perante coisa de maior folego.

A edição, em formato de livro, dos resultados de 30 anos de actividade profissional da Vão, desde sempre animada pelo

Arquitecto João Sousa Morais, confronta-nos com um conteúdo talvez até denso demais e impele-nos a uma reflexão

sobre a natureza e as formas de intervenção no território que é tudo menos superficial. Num país onde, a propósito de

ordenamento, de urbanismo e de desenho urbano, se pensa pouco e se escreve ainda menos, saúda-se este gesto de

(se)expor, com seriedade e auto-questionamento, as premissas, o método, os resultados... Sobretudo por sabermos que,

neste campo que é o nosso, os que nele militam raramente estão à vontade a falar com os colegas sobre o conteúdo do

seu trabalho, seja por natural “vergonha” ou real modestia, seja por não gostarem de revelar as suas falhas, terem medo

de assumir os seus erros ou de revelar os seus segredos. Despir-se em público, como aqui faz a Vão, é um exercício por

demais salutar, ainda que inusitado.

Organisado cronológicamente o livro apresenta sistematicamente e por décadas, os trabalhos mais importantes da em-

presa, cobrindo os campos do ordenamento territorial, do planeamento urbanístico, do desenho urbano e da arquitectura.

Vários são os traços transversais que unem e fundamentam esta prática. Destacaremos apenas alguns:

- uma cuidadosa e desenvolvida análise prévia que permite e constroi um entendimento aprofundado do território (ou da

envolvente no caso da arquitectura) a intervencionar, sempre solidamente ancorada numa atitude que busca a fundamen-

tação científica desse entendimento, sem no entanto perder uma dimensão poética, crucial para a compreensão do dito

território;

- o rigor presente na abordagem aos trabalhos, a qualquer escala. Esse rigor manifesta-se, entre outros modos, na con-

stante referenciação teórica como crivo dos momentos criativos. O diálogo entre teoria e prática é aqui uma constante

visível, ainda que, pela sua própria natureza (afinal o livro também é uma “apresentação” de resultados...) a prática seja a

linha condutora e a que aparece mais na leitura, mas podemos perguntar-nos se essa não é uma característica intrinseca

do nosso trabalho...? A dialética entre a mão e o pensamento não se resolverá, inevitávelmente, através da mão? Haverá

outra forma de resolução?;

- a sistemática tentativa de compreender a natureza, e as pre-existências, como construção humana, tanto na vertente

“verde”/natural (passe o pleonasmo) como na edificada, para isso recorrendo a todo o instrumental científico em cada época

acessível; sobre essa compreensão repousa a maior riqueza do gesto criativo subsequente (e por vezes coincidente).

Pedro GeorgeProfessor da Faculdade de Arquitecturada Universidade Técnica de Lisboa

Page 37: Vão

When reading this book, if only to check references, what are the expectations and how likely are they to be met? Is this just

another one of those paper collections, that some ateliers are pleased to make today, where the quality of the illustration

tends to hide a natural inconsistency of the content reproduced? Beautiful “coffee table books” without concerns or, some-

times, with more claims ... A disappointment to those who want to have here a purely aesthetic experience or five minutes

of intellectual gratification based on text as playful as, at best, smart and superficial. We face something of more depth.

The publication, in book form, that results from 30 years of Vão’s activity, always animated by the architect João Sousa

Morais, confronts us with a content perhaps too dense, and prompts us to reflect on the nature and the forms of intervention

in the territory that is anything but superficial. In a country where, with regard to planning, town planning and urban design,

little thought is given and much less writing done, this gesture of exposure is welcome, and the earnest self-questioning of

assumptions, methodology, results ... Especially because we know that in this field that is ours, the ‘players’ are rarely com-

fortable talking with colleagues about the content of their work, whether by natural “shyness” or real modesty, or because

they do not like to reveal their failures, they are afraid to recognize their mistakes or reveal their secrets. Undress in public,

and it is what Vão does, is a healthy exercise, even though unprecedented.

The book is chronologically and systematically organized presenting by decades, the most important works of the company,

covering the fields of planning, urban planning, urban design and architecture. There are several cross-cutting features that

unite and support this, and only a few will be highlighted:

- A careful and preceding developed analysis which allows and builds a deeper understanding of the territory (or the sur-

rounding in the case of architecture) to be intervened, always firmly anchored in an attitude that seeks scientific basis of this

understanding, without losing a poetic dimension, crucial for the understanding of very same territory;

- The accuracy in this approach to work at any scale. This rigor is manifested, among other methods, the constant referral

to theoretical scrutiny of creative moments. The dialogue between theory and practice is a constant visible here, though, by

its nature (after all the book is also a “presentation” of results ...) the practice is a conducting line which is the most evident

in the reading, but we ask ourselves if this is not an intrinsic feature of our work ...? The dialectic between the hand and the

thought will not be resolved, inevitably, by the hand? Is there another solution?;

- A systematic attempt to understand nature and the pre-existing conditions, such as the human construct, both in the

“green” / natural (will forgive the repetition) as well as in building, so to maximize the full scientific instruments available in

each moment; in this understanding lies the greatest wealth of subsequent creative gesture (and sometimes coincident).

Pedro GeorgeProfessor da Faculdade de Arquitectura

da Universidade Técnica de Lisboa

Page 38: Vão

Uma palavra especial para um sector específico da produção aqui apresentada: o desenho urbano, que desde sempre foi

a “menina dos olhos” do protagonista principal do grupo que anima a Vão. Não obstante a sua formação como arquitecto

(adiante se compreenderá o “não obstante”) a forma como o desenho urbano é praticado por João S.Morais e a sua equipa

revela que conseguiram transcender as limitações que muitas vezes assolam o arquitecto vulgar. Está patente, no que nos

mostram, que é prática considerar como objecto (de preocupação, de composição no seu sentido mais lato) o conjunto

edificado/não edificado (vulgo “cheio” e “vazio”), de que são exemplo o Plano de Pormenor de Igreja a Nova de 1981-1983

e Plano de Reordenamento da Marginal de Quarteira de 1985, ao invés de se preocupar exclusivamente com o edificado e

deixando o não edificado como sobra. Fazer esta “agulha” mental, basilar e simples, é muitas vezes difícil para o arquitecto

básico, viciado que está em considerar o edifício como o seu objecto exclusivo, deixando às traças o espaço público, pois

é disso que se trata. Nos trabalhos de desenho urbano da Vão encontramos o exemplo do que aqui está dito e a ilustração

rigorosa da forma correcta de pensar e criar neste campo.

Uma última palavra para destacar o valor didático deste livro. Somos ambos, há já muitos anos, docentes na Faculdade de

Arquitectura da UTL, onde amiúde temos que recorrer à literatura estrangeira para substanciar as aulas que damos. Com

dificuldade encontramos textos portugueses para recomendar aos alunos. Essa dificuldade é agora menor.

Page 39: Vão

A special word for the production sector presented here: the urban design, which has always been “the apple of the eye

“of the main protagonist of the group that encourages Vão. Despite his training as an architect (later to include the “not-

withstanding”) how urban design is practiced by João S. Morais and his team, shows that they managed to transcend the

limitations that often plague the common architect. It is clear, in what is shown, that is practice to consider as objective (of

concern, of composition in its broadest sense) all built / unbuilt (aka “full” and “empty”), as exemplified by the Detailed Plan

of Igreja a Nova of 1981-1983 and the Reorganization Plan of the Marginal Road of Quarteira 1985, instead of focusing

exclusively on the built and leaving the unbuilt as a surplus. Doing this simple and basic thought process is often difficult for

the ordinary architect, who is addicted to regard the building as its exclusive purpose, disregarding the surrounding public

space, this is what it is about. In Vão’s works of urban design, it is found an example of what is said here, and a rigorous

illustration of the correct way to think and create in this field.

One last word to highlight the educational value of this book. For many years we both lecture in the Faculty of Architecture

of UTL, and often have to resort to foreign literature to substantiate what is taught. It is difficult to recommend students

Portuguese texts. This difficulty is smaller now!

Page 40: Vão

E O PLANO

AND THE PLAN

O PROJECTO

THE PROJECT

1990 2000

Page 41: Vão

“O Projecto e o Plano” – fase referente aos anos noventa – correspondeu a

uma década na qual se verificou, em Portugal, o período de lançamento da

primeira geração de Planos Directores Municipais e, até, de Planos Especi-

ais de Ordenamento Intermunicipais exigindo, por isso, um quadro disciplinar

específico para ambas as abordagens. Este período centrou-se, sobretudo,

em dois territórios: na Batalha e na Região Oeste (em particular Óbidos).

O primeiro caso teve como alavanca o Plano de Salvaguarda do Mosteiro de

Santa Maria da Vitória, cuja relação com a Vila foi sempre objecto de conflito.

Esta tensão centrou-se na renovação do tecido urbano resultante de duas

épocas do final dos anos sessenta com a célula A, que fez substituir todo

o edificado preexistente e alterou a estrutura urbana, e o Plano da Célula

B (inicialmente do Arqt. Viana de Lima), que comportava uma extensão da

vila que o então IPPC discordava, estando parcialmente infra-estruturada e

construída. Por outro lado, a variante à Estrada Nacional 1 não se efectuava,

permanecendo este um dos principais problemas de impacto negativo adja-

cente ao Mosteiro.

Foram colocados três cenários possíveis: o primeiro previa a demolição do

edificado construído na célula B, com alteração da EN 1; o cenário inter-

médio assumia as infra-estruturas preexistentes e redesenhava a proposta

urbana; o último cenário assumia a proposta urbana com a continuidade

do existente e já projectado, limitando a intervenção a pequenas situações

pontuais.

“The Project and the Plan” – nineties period- corresponded to a decade in

which there was, in Portugal, the launch of the first generation of Municipal

Master Plans, and even of Special Inter-Municipal Plans, therefore, requiring

a specific disciplinary framework for both approaches. This period focused

mainly on two territories: Batalha and the West Region (particularly Óbidos).

The first case was leveraged on the Plan for the Protection of the Monastery

of Santa Maria da Vitoria, whose relationship with the Village was always a

subject of conflict. This tension focused on the urban regeneration as a result

of two plans from the late sixties, with cell A, which replaced all the existing

buildings and altered the urban structure, and Plan Cell B (designed by Arch.

Viana de Lima ), which contained an extension of the village with which the

IPCC disagreed, being partially infra-structured and built. Moreover, the vari-

ant to the National Road 1 did not occur, this being a major problem with a

negative impact adjacent to the monastery.

Three possible scenarios were considered: the first foresaw the demolition of

the built area in cell B, with the alteration of the NR 1; the middle scenario

a compromise between the existing infrastructures and the redesign of an

urban proposal; the last scenario assumed the urban proposal with the con-

tinuity of the existing and already planned proposal, limiting the intervention

to specific situations.

12_13

Page 42: Vão

The intermediate scenario prevailed, basing its methodology in the assumption

of three structural principles: the Lena River, the monastery and the former

Lower Street, with four levels of intervention: Construction, Renovation, Con-

servation and Restoration. Although the management of the plan was done

by others, its implementation resulted in a discourse of public spaces whose

composition was based on a geometric support and a set of relationships that

generated a permanent visual connection with the Monastery of Santa Maria

da Vitória. The second case centered in the articulation of the Municipal Plans

of Óbidos, Lourinhã, Bombarral and Caldas da Rainha, representing a com-

plex period of self determination of each individual municipality.

Depending on their location in the West and particularly the presence of the

Lagoon and the relationship with the coastline, Óbidos was the subject of

special attention. This led to a series of special studies, having the central

government as the client, as was the case of the Lagoon of Óbidos and S.

Martinho do Porto, and afterwards the Mafra-Nazaré Coastline Plan.

Simultaneously, it was a period in which the promotion of public buildings

and competitions was special, creating the opportunity for Vão to rehearse its

architectural language.

The typologies of public buildings were very diverse, ranging from offices to

elderly daycare and nursing centers, professional training centers and also,

the rehabilitation of the Castelo de Linhares, that being the first challenge in

terms of intervention over national heritage monuments. At the same time, the

international competition of P.E.R. Picheleira, in Lisbon, that being a complex

challenge of conception-construction, in which the construction costs were on

the threshold of the impossible.

This phase corresponded to the crossing from the urban project, to the Archi-

tecture guided by the rationality, starting at the architectural language, through

the construction solutions right up to the choice of materials.

On the other hand, a large number of public buildings were built, accompanied

by a proliferation of builders with inadequate qualifications, and new chal-

lenges in terms of cost control, demanding a great level of accuracy in the

transition from the project to the construction and its control.

Prevaleceu o cenário intermédio, assentando a metodologia na assumpção

de três valores estruturantes: o Rio Lena, o Mosteiro e a antiga Rua de Baixo,

com quatro níveis de intervenção: Edificação, Renovação, Conservação e

Restauro. Embora a gestão do plano nos tenha sido alheia, da sua implemen-

tação resultou um discurso dos espaços públicos cuja composição teve por

base o suporte geométrico e o conjunto de relações que geraram uma ligação

visual permanente com o Mosteiro de Santa Maria da Vitória.

O segundo caso centrou-se na articulação dos Planos Municipais de Óbidos,

Lourinhã, Bombarral e Caldas da Rainha, correspondendo a um período com-

plexo de auto determinação de cada uma das autarquias.

Em função do seu posicionamento na Região Oeste e, particularmente, pela

presença da Lagoa e pela relação com o litoral, Óbidos foi alvo de uma

atenção especial. Daí resultou um conjunto de estudos de carácter especial,

tendo como cliente o governo central, como foi o caso do Plano da Lagoa de

Óbidos e de S. Martinho do Porto e, posteriormente, o Plano de Ordenamento

da Orla Costeira Mafra-Nazaré.

Paralelamente, foi uma época em que a promoção de equipamentos e con-

cursos se afigurou especial, possibilitando o ensaio da linguagem do Atelier

ao nível da Arquitectura.

Foram diversas as tipologias de equipamentos que percorreram a área de

administrativos e centros de terceira idade, centros de formação profissional

e, ainda, a reabilitação do Castelo de Linhares, que constituiu o primeiro

desafio no quadro da intervenção patrimonial. Data desta época o concurso

internacional do P.E.R. da Picheleira, em Lisboa, um desafio complexo de

concepção-construção, em que os custos de obra se situavam no limiar do

impossível.

Esta fase correspondeu à passagem/instauração do projecto urbano, à Ar-

quitectura pautada pela racionalidade desde a linguagem arquitectónica, às

soluções construtivas e à paleta de materiais.

Por outro lado, começou a existir oferta de rede de equipamentos, o que

constituiu um incontornável desafio ao nível do controlo de custos, acom-

panhada de uma proliferação de construtores sem qualificação adequada,

exigindo grande rigor no modo de transmissão do projecto à obra e no pos-

terior controlo.

Page 43: Vão

This context lead to the need to specialize the team, dividing it into two work-

ing groups: Planning and Architecture. Although they were interactive, they

intercepted in the Small Scale Urban Plan.

It is in this scope that the works of Philippe Panerai (later published in a book

called Urban Analysis) became crucial, an example being the Safeguard Plan

of Batalha, whose preparation included the evaluation of the entire surround-

ing buildings, as well as the design typology of the public spaces.

At the building level, implicit in the Town Hall, the reflections of Peter Eise-

man on the deconstruction and sublime sense of the paradigm, as well as the

texts of Juhani Pallasmaa on “The Geometry of the senses”, become implicit

references.

It is also in this period that ‘Vão’ acquires autonomy in its Architectural lan-

guage through the permanent application in construction works.

12_13

Este contexto conduziu à necessidade de especialização, na equipa, de dois

grupos de trabalho: em Planeamento e em Arquitectura. Embora inter-actu-

antes, a sua acção intercepcionava-se no Plano de Pormenor Urbano.

É neste âmbito que os trabalhos de Philippe Panerai (posteriormente editados

numa obra denominada Análise Urbana) se tornaram determinantes, sendo

disso exemplo o Plano de Salvaguarda da Batalha, cuja elaboração passou

pela avaliação de todo o quadro edificado, bem como pelo desenho da tipo-

logia dos espaços públicos.

Ao nível do edificado, constituem referências implícitas as reflexões de Peter

Eiseman sobre a desconstrução e o sentido sublime do paradigma, assim

como os textos de Juhani Pallasmaa sobre A Geometria dos Sentidos, sub-

jacente nos Paços do Concelho

É também nesta época que a Vão vai adquirindo a sua autonomia na lingua-

gem da Arquitectura, através do permanente ensaio em obra.

Page 44: Vão

Situado no Parque Industrial de Coimbrões, na periferia da cidade de Viseu, o

Centro de Formação Profissional resultou de um processo programático que

correspondeu a um primeiro ciclo de “Centros” promovido pelo Instituto de

Emprego e Formação Profissional.

O Parque Industrial tinha como objectivo a dinamização da Cidade/Região,

disponibilizando no mercado lotes infra-estruturados para a indústria, equipa-

mentos e serviços regulados fisicamente como um processo de loteamento,

que se consubstanciava num esquema viário que suportava todo o parcela-

mento do terreno do Parque. A sua organização espacial e formal resultou

de um cruzamento de factores determinantes, dos quais se destaca a geo-

morfologia do território de intervenção. Dos elementos primários da estrutura

consta um eixo longitudinal, decorrente de três elementos: em primeiro lugar,

do enfinamento paisagístico (transposição do Vale); em segundo lugar, da

memória do caminho Romano situado a Norte; e, por último, do principal

acesso ao lote. Esta direcção consubstancia-se numa Rua interior que orga-

niza e regula o traçado do edifício através de três eixos transversais que, em

termos programático/funcionais, correspondem à zona Administrativa, Ped-

agógica e Oficinal. A zona oficinal decorre de exigências funcionais especí-

ficas, consolidando um “espaço industrial” que se contrapõe ao formalismo

gestual dos “espaços de serviços” que assinalam a entrada. O desafio da

arquitectura deste “Centro” residiu na resolução das tensões individualizadas

pelas diferentes espacialidades em presença, cuja resolução é visível na ex-

perimentação dos códigos espacio-formais edificados, com a dupla função de

individualizar a identidade espacial das “partes” do edificado e dos códigos de

linguagem arquitectónica dos diferentes “tipos construtivos estruturais”, como

é disso exemplo paradigmático a nave industrial da zona oficinal.

Situated in the Industrial Park of Coimbrões on the outskirts of the city of

Viseu, the Professional Training Center was the result of a programmatic pro-

cess that corresponded to the first cycle of “Centers” organized by the Institute

of Employment and Professional Training.

The Industrial Park aimed at boosting the city/region by providing infra-struc-

tured plots for industry, equipment and services regulated as an industrial real

estate development, consisting of a road network supporting the entire strip

of the Park land. Its spatial and formal organization resulted from matching

determinant factors, among which the geomorphology of the territory. Of the

primary elements of the structure, the longitudinal axis is composed by three

elements: firstly, the landscape (valley transposition); secondly, the memory of

the Roman road situated to the north; and finally the main access to the plot.

This direction is recreated in a interior street that organizes and regulates the

building design through three perpendicular axis, that correspond, in terms of

program/function, to the administrative, pedagogical and workshop areas.

The workshop area responds to specific practical requirements, consolidating

an “industrial space” that contrasts with the formalism of “service spaces” that

mark the entrance. The challenge of this “Center” resided in the resolution of

the tensions between the various individual existing spaces, being visible in

the experimentation with the building spacial-formal codes, with the double

function of individualizing the spacial identity of the “parts” of the building

and the architectural language codes of the different “construction structural

types”, for example, the industrial hangar of the workshop area.

CENTRO DE FORMACAO

PROFESSIONAL TRAINING

CENTER OF VISEU

PROFISSIONAL DE VISEU

Page 45: Vão
Page 46: Vão
Page 47: Vão
Page 48: Vão
Page 49: Vão

12_13

Page 50: Vão
Page 51: Vão

12_13

Programa

Localização

Data do Projecto

Data de Construção

Área

Cliente

Fotografia

Program

Location

Project Date

Constrution Date

Area

Client

Photography

Equipamento, Centro de Formação Profissional

Viseu

1990

1991

7 000m2

Instituto de Emprego e Formação Profissional

Nelson Candeias

Page 52: Vão

O projecto integrou-se numa área adjacente ao Mosteiro de Santa Maria da

Vitória, na Batalha. Assumiu-se como um equipamento de carácter público,

numa frente urbana dominantemente marcada pela presença e monumentali-

dade do Mosteiro. Todavia, as relações que se procuraram estabelecer ora

com o novo arruamento ora com os espaços livres que o separavam da linha

de edificação são, agora, parte das novas condicionantes formais. O edifício

desenvolve-se ao longo do arruamento e assume-se como uma grande janela

horizontal sobre a qual assenta um corpo elevado, que regista um pequeno

movimento, enquanto na orientação para os espaços públicos exteriores de-

sce por uma escada, o que enfatiza esta relação. O sentido de elevação em

altura é sugerido pelo volume da caixa do elevador e todos os volumes que

se denotam correspondem a uma utilização específica.

The project is part of an area adjacent to the monastery of Santa Maria da

Vitória in Batalha. The building assumes its public nature, a predominantly

urban front marked by the presence and grandeur of the monastery. However,

the relationships that sought to establish with the new street and with the

empty spaces that separate the building line, are now part of the new formal

constraints. The building along the street assumes itself as a large horizontal

window on which rests a large body, with a slight displacement, while targeting

the exterior public spaces there is a stairway, which emphasizes this relation-

ship. The vertical direction is suggested by the volume of the lift shaft and all

volumes seen denote a specific use.

PACOS DO CONCELHO DA BATALHA

CITY HALL OF BATALHA

AUDITORIUM/LIBRARY

AUDITORIO/BIBLIOTECA

Page 53: Vão

12_13

Page 54: Vão
Page 55: Vão

12_13

Page 56: Vão
Page 57: Vão

12_13

Page 58: Vão
Page 59: Vão
Page 60: Vão
Page 61: Vão

Programa

Localização

Data do Projecto

Data de Construção

Área

Cliente

Fotografia

Program

Location

Project Date

Constrution Date

Area

Client

Photography

Equipamento, Paços do Concelho, Auditório Biblioteca

Batalha

1991

1991

900 m2

Câmara Municipal da Batalha

PDB

Page 62: Vão

O Posto de Turismo é um pequeno equipamento de apoio a uma das activi-

dades dominantes na Vila, sendo a sua proximidade do Mosteiro um factor

determinante. Procurou-se uma relação formal que pudesse invocar o próprio

conceito de “oficina” pelo seu “quase encostar”, ao mesmo tempo que se

pretendeu um gesto de afastamento por não pertencer ao grande Monumento.

Do ponto de vista formal, consiste numa secção de cilindro colocado num

plano inclinado.

Este pequeno equipamento constituiu um marco na acção de renovação ur-

bana na envolvente próxima do Mosteiro traduzida, até então, por demolições

e por um casario sem qualidade que estimulava o comércio desregrado, su-

focando o monumento. O Posto de turismo pretendeu, assim, assinalar essa

conquista de espaço. O calcário amarelo de Negrais evoca a materialidade do

monumento, enquanto a superfície empenada tem como suporte a geometria

das capelas imperfeitas.

The Tourism Office is a small building that gives support to one of the village’s

main activities, being its proximity to the monastery a determinant factor. It

was used a formal relationship that would invoke the concept of “workshop” for

it is “almost touching”, and simultaneously intended to be a gesture of removal

since it does not belong to the great monument. From the formal viewpoint, it

is a cylindrical section placed on slope.

This small building is a milestone of urban renewal in the immediate surround-

ings of the Monastery translated, up to then, with demolitions and housing

without quality, stimulating unruly trade that stifled the monument. The tourism

office would thus mark the conquest of space. The yellow limestone of Negrais

evokes the materiality of the monument, while the warped surface is supported

by the imperfect geometry of the chapels.

POSTO DE TURISMO

TOURISM OFFICE

OF BATALHA

DA BATALHA

Page 63: Vão

12_13

Page 64: Vão
Page 65: Vão
Page 66: Vão
Page 67: Vão

Programa

Localização

Data do Projecto

Data de Construção

Área

Cliente

Program

Location

Project Date

Constrution Date

Area

Client

Posto de Turismo

Batalha

1991

1991

70 m2

Câmara Municipal da Batalha

Page 68: Vão

A proposta de valorização do Castelo de Linhares teve como objectivo dotar

o espaço intramuros de infra-estruturas que permitissem a interpretação e o

usufruto do lugar reunindo-se, assim, as características necessárias para o

desenvolvimento do turismo “cultural”. O projecto previu a realização do antigo

Castelo e, consequentemente, a proposta introduziu novos materiais para os

novos usos resultando, por vezes, num contraste explícito entre a pedra e o

metal ou entre a madeira e as lajetas de betão. Manteve-se, no entanto, a

identidade dos materiais e toda a construção conserva ainda o conceito sub-

jacente de máquina defensiva.

A intervenção assentou numa lógica de sobreposição de materialidades em

que o castelo, enquanto portador de um discurso histórico, necessitava de ser

revisitado. Foi este o papel do arquitecto: evidenciar e organizar a (re)leitura

da arquitectura em presença.

O projecto teve como elemento estruturante a realização de um percurso que

flutua sobre o peso do granito, em que o (re)desenho estimula o imaginário

do visitante a uma viagem ao passado.

The recovery proposal for Castelo de Linhares aimed to provide the walled

space with infrastructures that would allow the interpretation and enjoyment

of the place, these, being, the necessary features for the development of

“cultural” tourism. The project included the reconstruction of the Old Castle, in-

troducing new materials for the new uses, resulting in a clear contrast between

the stone and metal or between the wood and concrete tiles. Nonetheless, the

material’s identity and the construction as a whole, still holds the underlying

concept of a defensive machine.

The intervention was based on an overlaying logic of materials in the castle,

while holding its historic appearance, needed to be revisited. This was the

role of the architect: show and organize the (re)reading of the architecture

involved.

The project was structured around the completion of a course that floats on

the weight of the granite, where the (re)design stimulates the imagination of

the visitor on a journey to the past.

RESTAURO E VALORIZACAO

RESTORATION AND RECOVERY

CASTLE OF LINHARES

CASTELO DE LINHARES

Page 69: Vão
Page 70: Vão
Page 71: Vão

12_13

Page 72: Vão
Page 73: Vão

12_13

Page 74: Vão
Page 75: Vão

Programa

Localização

Data do Projecto

Data de Construção

Cliente

Program

Location

Project Date

Constrution Date

Client

Restauro e Valorização do Castelo de Linhares

Linhares da Beira

1992

1992

Parque Nacional da Serra da Estrela

12_13

Page 76: Vão

A organização espacial dos dois grandes volumes resultou da interpretação

do tecido urbano inexistente, ou seja, os volumes assumiam-se como planos

marginais dos arruamentos preexistentes transformando-os em ruas. A volu-

metria do edifício e a sua distribuição espacial privilegiou a organização dife-

renciada dos espaços, obtendo-se relações fluídas entre o interior e o exterior,

na tentativa de criar, através dos percursos, a existência de momentos de

encontro e de estar que se tornassem naturais para os residentes do lar.

O principal desafio deste projecto residiu não só na instituição de linguagens

arquitectónicas diferenciadas para os vários volumes (que correspondem a

diferentes usos e ocupações) mas, sobretudo, no relacionamento entre estes,

proporcionando um conjunto de diversidades espaciais que se sucedem, num

percurso que relaciona os diferentes usos e ocupações do sistema edificado.

The spatial organization of two large volumes resulted from the interpretation

of the non-existent urban tissue, in other words, the volumes assumed as mar-

ginal plans of the existing paths, turning them into streets. The shape of the

building and its spatial distribution favored the organization of different spaces,

resulting in smooth relations between the inside and outside, in an attempt to

create, through the pathways, gathering moments that would become natural

to the residents of the nursing home.

The main challenge of this project was not only the establishment of different

architectural styles for the various volumes (corresponding to different uses

and occupations), but especially in the relationship between them, providing a

set of spatial diversity that take place in a way that relates the different uses

and occupations of the system built.

CENTRO DE BEM ESTAR SOCIAL

SOCIAL WELLNESS CENTER

OF QUELUZ - SENIOR CARE CENTER

DE QUELUZ - LAR DE IDOSOS

Page 77: Vão
Page 78: Vão
Page 79: Vão

12_13

Page 80: Vão
Page 81: Vão

12_13

Page 82: Vão
Page 83: Vão

Programa

Localização

Data do Projecto

Data de Construção

Cliente

Program

Location

Project Date

Constrution Date

Client

Centro de Dia e Lar da 3ª Idade

Queluz

1993

2001

Centro de Bem Estar Social de Queluz

12_13

Page 84: Vão

These two studies resulted from a common source, though the latter corre-

sponds only to the elaboration of the first phase. The General Municipal Plan

(at the county level) equated three levels of use and occupation for the terri-

tory. The first level focuses on urban tourism, having as fundamental element

the pre-existing rural structure, where the “primary elements” correspond to a

potential process of transformation of the territory. The second is the study of

the Lagoon - part of the region - as a biotope. The third corresponds to the

geomorphological approach to the coastline, later absorbed by the Special

Plan of Mafra/Nazareth Coastline.

The proposed zoning for the county of Óbidos implied an array of scales: the

place, the county and the region. The scale of the place, the example is the

Urban Plan of the village, which equated the historic core and its surround-

ings. Óbidos was, thus, seen as a major architectural factory, where the ur-

ban design assumed the role of the intervention scale, redesigning the public

structure in the whole urban-rural, by solving the extensions “within walls” with

the historical center.

The landscape, understood as the formal pre-existence, had as structuring

elements the Castle tower and the Queen’s field, as well as the large fields of

the present rural structure.

The plan reflected the preparation of the route that connects the various urban

and rural realities, having the Gates as the physical expression.

Estes dois estudos resultaram de um percurso comum, correspondendo o

último apenas à elaboração de uma primeira fase. O P.D.M. (a nível do con-

celho) equacionou três níveis de usos e ocupações no território. O primeiro

incidiu sobre a vertente urbano-turística, tendo como elenco a estrutura rural

pré-existente, cujos “elementos primários” correspondiam a um processo po-

tencial de transformação do território. O segundo compreendeu o estudo da

lagoa – parte integrante da região – enquanto biótopo. Ao terceiro correspon-

deu a abordagem geo-morfológica da frente de mar, mais tarde absorvida

pelo plano especial de ornamento da orla costeira Mafra/Nazaré.

O zonamento proposto para o concelho de Óbitos teve implícita uma matriz

de escalas: do lugar, do concelho e da região. Da escala do lugar é exemplo

o plano de urbanização da vila, que equacionou o núcleo histórico e a sua

envolvente. Óbidos foi, deste modo, entendida como uma grande manufactura

de arquitectura, onde o desenho urbano se assumiu como escala de interven-

ção, redesenhando a estrutura pública no todo urbano-rural, resolvendo-se as

extensões “entre muros” com o centro histórico.

A paisagem, entendida como pré-existência formal, teve como elementos es-

truturantes a torre do Castelo e a Várzea da Rainha, assim como os elemen-

tos fundiários da estrutura rural em presença.

O plano correspondeu à elaboração do percurso que interliga as diferentes

realidades urbano-rurais, tendo como expressão física as Portas.

PLANO DIRECTOR MUNICIPAL

GENERAL MUNICIPAL PLAN

AND URBAN PLAN OF OBIDOS

E PLANO DE URBANIZACAO DE OBIDOS

Page 85: Vão
Page 86: Vão
Page 87: Vão

12_13

Page 88: Vão
Page 89: Vão

Programa

Localização

Data do Projecto

Data de Construção

Cliente

Program

Location

Project Date

Constrution Date

Client

Plano Director Municipal e Plano de Urbanização

Óbidos

1994

1994

Câmara Municipal de Óbidos

12_13

Page 90: Vão

The PER Program was the result of an International Competition for the Con-

ception/Construction of urban (re)lodging in degraded areas, that assumed

the total renovation of an area occupied with precarious buildings – slums

occupied by society outcasts – projecting the construction of 270 dwellings, at

the cost of 275 Euros/m2.

The challenge was the reinterpretation of the city’s urban speech, mainly for

the public spaces and the underlying morphological elements, in other words,

the evolution of the block.

The “layout” of this urban Project resulted from the relationship of the primary

elements with the landscape and the river view, having as components the

street, the square and the belvedere.

The urban morphology, guided by a clean architectural language, went from

the logic of continuity punctuated by a tower, the only structure higher than 6

floors, and operating formally as a reference of the built urban environment.

In the year prior to construction, the Project was on display at the Biennale of

Rome as example of urban reconversion in the city of Lisbon.

O Programa PER resultou de um Concurso Internacional de Concepção /

Construção de realojamento urbano em zonas degradadas que pressupunha

a renovação total da área ocupada por edificações precárias – barracas de

uma população marginal – tendo como horizonte a edificação de 270 fogos,

com custos que se situavam nos 275 Euros/m2.

O desafio passou pela reinterpretação do discurso urbano da cidade, sobretu-

do a nível dos espaços públicos e dos dispositivos morfológicos subjacentes,

ou seja, a evolução do quarteirão.

O “traçado”deste projecto urbano resultou da relação dos elementos primários

com a paisagem e a vista para o Rio, tendo como componentes a rua, as

praças e o miradouro.

A morfologia urbana, pautada por uma linguagem arquitectónica muito

depurada, passou por uma lógica de continuidade marcada pela torre, único

edifício com uma cércea que rompe os 6 pisos do conjunto e que funciona,

formalmente, como referência do sistema urbano edificado.

No ano anterior à sua materialização, o projecto esteve exposto na Bienal de

Roma como exemplo de reconversão urbana na cidade de Lisboa.

PROGRAMA PER

PER PROGRAM

PICHELEIRA

PICHELEIRA

Page 91: Vão
Page 92: Vão
Page 93: Vão

12_13

Page 94: Vão
Page 95: Vão

12_13

Page 96: Vão
Page 97: Vão

Programa

Localização

Data do Projecto

Data de Construção

Área

Cliente

Program

Location

Project Date

Constrution Date

Area

Client

Programa PER - Picheleira

Lisboa

1995

1995

22 000 m2

Câmara Municipal de Lisboa

12_13

Page 98: Vão

Destinado aos serviços administrativos e directores dos Hospitais Civis de

Lisboa, este projecto decorreu da necessidade de clarificar a identidade do

edificado original face às modificações de que fora alvo para, só então, ser

proposta a sua ampliação. A natureza monumental do pórtico adjacente exigiu

que a proposta tivesse um cuidado especial com a sua integração para que,

em seguida, se pudesse desenhar a ampliação, enfatizando a delicada rela-

ção entre os elementos de carácter cénico e barroco da entrada do Hospital.

Mais do que a sua reabilitação, a extensão do Chalet pretendeu assumir-se

como um valor formal contemporâneo através da delimitação da porta do

Martin Moniz e da instituição de um diálogo intemporal com o pórtico agora

recuperado. “A nova janela” corresponde à grande superfície transparente

que, inequivocamente, relaciona o interior/exterior e vice-versa, assegurando

uma relação visual pouco habitual nos edifícios hospitalares.

Destined to the administrative and management services of the Lisbon’s Civil

Hospitals, this project arose from the need to clarify the identity of the origi-

nal building and its recent modifications, before proposing its expansion. The

monumental nature of the adjacent portico demanded that the proposal would

have special attention with its integration, before designing the expansion, em-

phasizing the delicate relationship between the elements of nature and scenic

entrance to the baroque Hospital.

Beyond its rehabilitation, the Chalet’s extension intended to assume a formal

contemporary value through the delimitation of the Martin Moniz gate and

the institution, in a timeless dialogue with the now restored portico. “The new

window” corresponds to a Great transparent surface that relates unequivocally

the interior/exterior and vice-versa, ensuring an unusual visual relationship in

hospital buildings.

CHALET DOS PESSEGOS

CHALET DOS PESSEGOS

Page 99: Vão
Page 100: Vão
Page 101: Vão

12_13

Page 102: Vão
Page 103: Vão

Programa

Localização

Data do Projecto

Data de Construção

Área

Cliente

Fotografia

Program

Location

Project Date

Constrution Date

Area

Client

Photography

Gabinete para o Director dos Hospitais Civis,

Atendimento Publico, Arquivo

Lisboa

1996

1999

800 m2

Hospital de S. José

Fernanda Carvalho

12_13

Page 104: Vão

A década de 90 do século XX, em Portugal, correspondeu a uma maturação da consciência da Pós-Modernidade. Foi

na década anterior que o impacto internacional dessa consciência entre os arquitectos portugueses se fez sentir, em boa

parte porque os anos 70 foram profundamente caracterizados pelo impacto do 25 de Abril, quer imediatamente antes, quer

imediatamente depois, entre a irremediável decadência da ditadura, apesar do episódio Marcelo Caetano, e o nascimento

algo conturbado da democracia representativa. Se o facto mais significativo desses tempos, em Arquitectura, foi o conjunto

das operações SAAL, tradução bem clara do empenhamento político de muitos arquitectos a partir da sua implementação

por Nuno Portas então Secretário de Estado da Habitação, mas também relacionado com uma articulação urbana e cultural

derivada da versão portuguesa da Revisão Crítica do Movimento Moderno, era clara a sua estrutural continuidade com o

“projecto moderno” tal como o apelidou Habermas, acreditando que a Arquitectura contribui para a melhoria das condições

de vida do ser humano, desde que projectada com saber, competência e seriedade num contexto de progresso.

Os anos 80 assistiram, por exemplo, à exposição Depois do Modernismo (1983), cuja secção de Arquitectura foi organizada

sob a égide da aceitação de um mundo complexo e contraditório (Venturi não estava longe!), de uma nova integração da

Arquitectura nas Artes e da exaltação do arquitecto-autor como aquele que mais genuinamente representaria os caminhos

disciplinares. Um conjunto de conferências, promovido por Tomás Taveira, trazendo a Lisboa alguns dos mais conhecidos

nomes relacionados com as posições então associadas com a Pós-Modernidade, coincidindo com aquela exposição,

consagrou a capital como o epicentro da abertura a toda uma movimentação internacional de que alguns arquitectos da

chamada Escola do Porto tentaram afastar-se, desde logo recusando o convite para a exposição de 1983, centrando-se

na condição portuguesa e assim considerando o país fora dos granes fluxos de modernidade do século XX, negando a

relevância da Pós-Modernidade por cá. Entretanto a fama internacional de Álvaro Sisa já tinha começado, nomeadamente

com um número a ele consagrado pela revista francesa L’Architecture d’Aujourd’hui que já tinha dedicado um número intei-

ramente a Portugal em 1976 onde o SAAL e Siza estiveram em destaque. Entretanto Kanneth Frampton tinha publicado a

sua história da Arquitectura do século XX, Modern Architecture – a critical history, em sucessivas edições a partir de 1980,

onde defendia existir então uma posição de resistência ao ocaso do Movimento Moderno, mas desta vez disseminado por

vários centros, partindo das condições locais, portanto anti-globalização, e que apelidava de Regionalismo Crítico, onde

incluía a Escola do Porto, mas que podemos aí reconhecer sobretudo uma continuidade da Revisão Crítica do Movimento

Moderno que afinal influenciou muitos daqueles que, década de 50 em Portugal, perceberam que a lição de Alvar Aalto,

entre outros, poderia ser continuada com êxito por cá. Curiosamente vários autores internacionais radicam a Pós-Moderni-

dade em Arquitectura, na Europa, precisamente nos desenvolvimentos inscritos nessa adaptação do Movimento Moderno

às realidades entendidas como bem diferentes da idealização da sociedade industrializada dos anos 20.

Assim esses anos 80 foram os do IBA em Berlim (Siza participou) ou da primeira Bienal de Arquitectura em Veneza com a

sua Strada Novissima (1980), enquanto a década de 90 abriu com os grandes projectos para Paris e com a consagração

dos arquitectos-artistas valorizando sobretudo a forma como Frank Gehry ou Zaha Hadid, mas também com um Norman

Michel ToussaintProfessor da Faculdade de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa

Page 105: Vão

12_13

The 90´s decade of the XX century, in Portugal, corresponded to the maturity of the Post-Modern conscience. It was in the

previous decade that the international impact of that conscience was felt among the Portuguese architects, mainly because

a good part of the 70’s was profoundly characterized by the April’s 25 impact, both immediately before as immediately after,

between the dictature unfixable decadence, despite Marcelo Caetano, and the somewhat troubled birth of an representa-

tive democracy. The most significant fact in those times, in Architecture, was the group of SAAL’s operations, translating

the clear political commitment of many architects from its implementation by the then Habitation Secretary of State Nuno

Portas, but also related with the urban and cultural articulation derived from the Portuguese Critical Review of the Modern

Movement, it was clear its structural continuity with the “modern project” as Habermas called it, believing that Architecture

contributes to the improvement of human living conditions, if projected with Knowledge, competence and seriousness in a

context of progress.

The 80’s had, for example, the exposition Depois do Modernismo (1983), whose section on Architecture was organized

under the accepting aegis of complex and contradictory work (Venturi wasn’t far!), from a new integration of Architecture

into Arts and the exalting of the architect-author as the one that would genuinely represent the disciplinary paths. A set of

conferences, promoted by Tomás Taveira, bringing to Lisbon some of the most known names connected to the positions

associated with Post-Modernity, coinciding with the exposition, consecrated the capital has epicenter of an opening to an all

international movement that same architects from the called School of Porto breached away, refusing the invitation to the

1983 exposition, centering in the portuguese condition and thus considering the country outside the international movement,

denying the Post-Modern here. Meanwhile the international fame of Álvaro Sisa had already began, highlighting the number

to him consecrated in the magazine L’Architecture d’Aujourd’hui that had already dedicated an all number to Portugal in

1976 where SAAL and Siza were the main highlight. Meanwhile Kanneth Frampton had published his XX century Architec-

tural history, Modern Architecture – a critical history, in successive editions from 1980, where he defended the existence

of a resistance to the Modern Movement decadence, but this time disseminated by several centers, growing from the local

conditions, so anti-globalization, and named as critical Regionalism, where the School of Porto was included, but where

we can mainly recognize a continuity from the Critical Revision of the Modern Movement that influenced many of the ones

that, 50’decade in Portugal, understood that the lesson of Alvar Aalto, among others, could be continuated with success in

here. Curiously several international authors root the Post-Modern architecture in Europe précising in the developments of

that adaptation of the Modern movement in the realities understood as different from the idealization of the industrialized

society of the 20’s.

Thus these 80’s where the one’s of IBA in Berlim (Siza participated) or the first architecture Biennal in Veneza whit its Stra-

da Novissima (1980), while the 90’s decade opened with the Great Paris projects and the consecration of the architect-artist

highlighting in particular how Frank Gehry or Zaha Hadid, but also Norman Foster technologically much more refined or the

two very different airport complexes, the one in Sevilha by Rafael Moneo, pointing towards a local rooting, and the Kansai in

Michel ToussaintProfessor da Faculdade de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa

Page 106: Vão

Foster tecnologicamente muito mais refinado ou os dois complexos de aerogares bem diferentes, o de Sevilha com projecto

de Rafael Moneo, apontando para um enraizamento local, e o de Kansai no Japão com projecto de Renzo Piano, edifício

gigante com cerca de um quilómetro, uma cobertura ondulante e um sistema estrutural que se adapta ao assentamento

das terras da ilha artificial onde foi construído. Desses anos também ficavam as dicotomias entre as atitudes anti-industriais

de alguns europeus e o decorativismo historicista americano ou a recuperação dos espaços públicos tradicionais da cidade

europeia, bem como os quarteirões como básica matriz urbana, ou os grandes conjuntos urbanos com edifícios assinados

por arquitectos estrelas.

Em Portugal aprofunda-se a pertença internacional, até pelos efeitos da integração na União Europeia nos finais de 80,

e constata-se o aumento espectacular dos arquitectos que se tornam numa profissão muito jovem aberta ao exterior que

beneficia das ajudas europeias e do crédito à habitação, que resulta no aumento da construção e numa certa euforia

trazida pelo crescimento económico desses tempos. As autarquias desenvolvem planos de ordenamento e urbanização

e constroem equipamentos e bairros sociais. Mas tal não traz qualquer esperança num mundo novo, apenas a ideia da

possibilidade de aproximação aos níveis de bem-estar da então EU a doze. Os arquitectos portugueses não seguiram

a frenética exploração formal que os novos instrumentos de trabalho baseados na informática permitiram e de que o

Guggenheim de Bilbau foi o paradigma. Antes pelo contrário, se a Pós Modernidade trouxe uma abertura à invenção for-

mal, as características do país, ou a atenção a elas, aconselharam um caminho de maior equilíbrio vitruviano, apesar das

dificuldades do construir bem, do caos urbano e da ocupação do território que marcou crescentemente toda a segunda

metade do século XX, em particular a concentração na faixa litoral entre Setúbal e Braga e no Algarve junto ao oceano,

bem como da dificuldade em implementar modelos de qualidade por parte do Estado Central e das Autarquias. Disto tudo

não se pode esquecer a experiência do novo bairro de Lisboa que nasceu a partir da EXPO 98 que demonstrou a todos

as vantagens em planear e projectar em coordenação e com profissionais responsáveis. Desta experiência derivou o Pro-

grama Polis que entrou pelo século XXI adentro e cujos resultados, mau grado muitos exageros, representou um primeiro

passo em reparar algumas das muitas malfeitorias das décadas anteriores. Os anos 90 também assistiram ao alargamento

do reconhecimento internacional e nacional dos arquitectos portugueses já não apenas centrado em Siza ou na Escola do

Porto, mas um pouco por todo o país.

E então como se podem ver os esforços do atelier Vão por essa década de 90, a última de um século que é ainda a nossa

principal referência? Tal inicia-se com várias intervenções em torno do convento da Batalha, monumento maior da história

nacional e obra arquitectónica de patrocínio real entre o fim da Idade Média e abertura ao período seguinte. À sua sombra

foi crescendo uma povoação que se tornou turística com o século XX, mas sendo, mesmo tempo, sede de concelho. Esta

dupla condição está espelhada no posto de Turismo e nos Paços do Concelho, o primeiro é um pequeno edifício paralel-

epipédico amplamente envidraçado “atravessado” por uma parede curva revestida a pedra e implantado no espaço de

afastamento ao convento de acordo com os princípios novecentistas de isolar os monumentos dos edifícios mais correntes

da cidade e contra o qual Camillo Sitte se colocou há cerca de cem anos. Os Paços do Concelho situam-se nos limites

desse mesmo espaço de afastamento, mas também fazem frente para uma praça envolvida por edifícios de habitação e

comércio atrás de pórtico, o que levou a organizar o todo em dois corpos com orientações diferentes, preparando também

o projecto para acolher duas fases de construção onde uma longa escada ordenaria o desenvolvimento da segunda des-

sas fases. Em ambos os edifícios percebe-se uma estratégia de resposta às múltiplas diversidades das envolvências e dos

Page 107: Vão

Japan by Renzo Piano, big building of about one kilometer, with an undulating roof and a structural system that adapts to the

land settlement of the artificial islands where it was built. Those were also the years of the opposing anti-industrial attitude of

some Europeans and the historical decoration of the Americans or the traditional public spaces recuperation in the European

city, as well as the Basic urban matrix blocks, or the big urban areas with buildings signed by star architects.

In Portugal deepens the international membership, even by the effects of the European Union integration in the late 80’s,

with an Great increase in the number of architects that make it an young profession opened to the exterior and beneficiating

from the European helps and the housing credits that result in the construction increasement and an euphoria brought by

the economic growth of those times. The municipalities develop territory and urbanization plans and built public buildings

and social housing. But that brings no hope in a new world, just the idea of possibility of closeness to the wellness levels

of the then EU at twelve. The Portuguese architects didn’t follow the frenetic formal exploration that the new working in-

struments based on informatics allowed and of whish the Bilbau’s Guggenheim was the paradigm. On the contrary, if the

Post-Modernity brought an opening to the formal invention, the country’s characteristics, or the attention to them, advised

to a path of bigger vitruvian equilibrium, despite the difficulties to well construct, the urban chaos and the territory occupa-

tion that marked progressively all of the second half of the XX’s, in particular the coastline between Setúbal and Braga and

the Algarve by the ocean, as well as the difficulty to implement quality models by the Central Government and the Mayors.

From all of this we cannot forget the experience of the new neighborhood in Lisbon that was born from the EXPO 98 that

demonstrated to all the advantages in planning and projecting with coordination and with responsible professionals. From

this experience derived the Polis Program that entered the XXI century and with results, that even with great outbursts,

represented a first step to repair some of the many misdoings of the previous decades. The 90’s also saw the enlarging of

the national and international recognition of the Portuguese architects not just centered in Siza or the School of Porto, but

throughout the country.

And so as we can see the efforts of Vão’s atelier during the 90’s decade, the last of a century that is still our reference.

This starts with several interventions around the Batalha convent, higher monument of the national history and architectural

work of royal sponsorship between the Middle Age and the next period opening. At its shadow a village grew that became

touristic with the XX century, but, at the same time, municipality. This double condition mirrors in the Tourism Office and the

Mayor’s Building, the first is a small rectangular building widely in glass “crossed” by a curved stoned wall and implanted

in the withdrawal space around the convent according to the principles from the nine hundreds that isolate the monuments

from the buildings and against what Camillo Sitte said about hundred years ago. The Mayor Building is in the limit of the

withdrawal space, but are also front to a square surrounded by housing and commerce buildings behind the portico, what

led to the organization of the all in two body’s with different orientations, preparing as well the project to be constructed in

two phases were a long staircase would separate the development of the two phases. In both buildings we realize a strategy

of response to the multiple diversities in the surroundings and the programmed spaces that translate in a variety of forms,

space articulations, construction systems and finishing materials, as well as a will to signalize specifically each part, that are

inspired in the path’s opened by Robert Venturi in its celebrated book Complexity and Contradition in Architecture.

In the Professional Formation Center of Viseu, responding volumetrically the different functional areas, organized along a

long corridor/path illuminated from above and detached by its bigger height, presents a certain formal uniformity based on

simple geometry bodies and some porticos allowing a protected transition between the interior and exterior, while the main

12_13

Page 108: Vão

espaços programados que se traduz na variedade de formas, articulações espaciais, sistemas construtivos e materiais de

acabamento, bem como uma vontade em significar especificamente cada uma das partes, o que se inscreve nos caminhos

abertos por Robert Venturi no seu célebre livro Complexity and Contradition in Architecture.

Já o Centro de Formação Profissional de Viseu, respondendo volumetricamente às diferentes zonas funcionais, organiza-

das ao longo de um longo corredor/percurso iluminado zenitalmente e destacado pela sua maior altura, apresenta uma

certa uniformidade formal baseada em corpos de geometrias simples e alguns pórticos permitindo uma transição protegida

entre o interior e o exterior, enquanto a entrada principal é marcada por uma cobertura acima das outras e em ligeira

chapa sobre estrutura metálica, oferecendo também uma protecção suplementar a quem entra. Perante um programa com

evidentes limitações orçamentais, os arquitectos usaram elementos de valor comunicativo comum para significar um edifício

central num parque industrial. Heinrich Klotz, que foi director do Museu Alemão de Arquitectura nos anos 80, num artigo

publicado em 1984 com o título Postmodern Architecture, defendeu que a arquitectura pós-moderna trouxe para primeiro

plano o significado das formas arquitectónicas, para além da existência factual dos edifícios. Para este centro, o Vão parece

ter ido ao encontro da opinião de Klotz.

Muito diferente das obras atrás apontadas, o restauro e valorização do Castelo de Linhares corresponde à intervenção num

complexo militar medieval do qual resta parte das muralhas e torres, entre elas a de menagem, tudo construído em evidente

granito aparelhado no topo de uma escarpa que domina um vasto território. Da intervenção dos arquitectos percebe-se

a vontade em direccionar e tornar mais segura a visita, integrando percursos revestidos a lajetas em betão e guardas e

escadas metálicas em contraste com o solo pedregoso e a alvenaria de pedra e nada mais. Assim o Castelo de Linhares

continuou como uma impressionante ruína visualmente não amenizada pela procura de conforto e segurança, ou desafiada

pela vontade estética da criação plástica, ao contrário de muitos casos semelhantes mais recentes.

Tendo como centro a vila de Óbidos envolvida por muralha medieval, foco de grande interesse por parte dos turistas

internos e externos, os Planos Municipal e de Urbanização não deixam de colocar a relação entre um legado histórico e

o presente tal como em Linhares. Mas, neste caso, a escala é muito maior e não se limita ao monumento, nem mesmo à

vila antiga, mas a um espaço muito mais vasto onde a ocupação recente demonstra, mais uma vez, a tendência caótica

governada pelos interesses mais imediatos que caracterizou Portugal na segunda metade do século XX. Como elemento

ordenador foi assim proposto um percurso envolvendo a vila e apoiado em pontos singulares a serem tratados ao nível do

projecto de modo a iniciarem um processo de reconversão da paisagem, um pouco como foi o modelo do IBA Berlim, não

evidentemente numa tão grande cidade, mas apostando em intervenções concretas de modo a ultrapassar a abstracção do

“clássico” plano de ordenamento que muitas vezes se fica por vagas propostas de actuação incapazes de ter efeito sobre

a realidade até porque implicam longos procedimentos posteriores.

Continuando neste caminho temporal através da década de 90, o conjunto habitacional para o PER (Plano Especial de

Realojamento) colocou desafios que contrastam com os anteriores na medida em que esta acção governamental apoiada

por Bruxelas colocou na mão das empresas construtoras a execução de habitações para acabar com as barracas num

processo que privilegiou os números e não a adequação social. Portanto o programa optou por concursos concepção/

construção concentrando, por vezes, populações carenciadas em grandes conjuntos isolados o que não é o caso deste

Page 109: Vão

entrance is marked by a overlapping roof in a light metallic structured plate, offering an extra protection to who enters. Before

a program with clear budget limitations, the architects used elements of common communication value to create a central

building in the industrial park. Heinrich Klotz that was the director of the German Museum of Architecture in the 80’s, in an

article published in 1984 with the title Postmodern Architecture, defended that the post-modern architecture brought into first

plan the significance of the architectural form, beyond the simple existence of the buildings. For this center, Vão seems to

have reached into Klotz opinion.

Much different from the previous mentioned works, the restoration and valorization of the Linhares Castle corresponds to

the intervention in a medieval military complex from which the walls and towers are left, among them the main tower, all

constructed in prepared granite at the top of a hill that dominates the territory. Of the architects intervention we understand

the will to orientate and make secure the visit, integrating paths covered with concrete tiles and handrails and metallic stairs

in contrast with the rocky soil and stoned walls and nothing more. So the Linhares castle continues an impressive ruin not

threatened by the search for comfort and safety, or challenged by the esthetical will of plastic creation, contrary to many

similar recent cases.

Having as center the village of Óbidos surrounded by medieval walls, focus of great internal and external touristic interest,

the Municipal and Urban Plans still place a relation between the historical legacy and the present just like in Linhares. But,

in this case, the scale is much larger and doesn’t limit to the monument, not even the village, but to a vast space where

the recent occupation shows, once more, the chaotic tendency governed by the most immediate interests that character-

ized the second half of the XX century. A path was proposed as organizing element involving the village and supported in

particular points to be treated at the project level to initiated a process of landscape reconversion, a little like the model for

the IBA Berlin, evidently not in such a big city, but betting in specific interventions in order to overcome the abstraction from

the “classic” plan that many times is a vague group of actuation proposals incapable of effect over the reality even because

they imply long posterior proceedings.

Continuing this time path trough te 90’s decade, the housing set for PER (Relocation Special Plan) placed new challenges

that contrast with the previous in the measure that this government action supported by Brussels placed in the construction

companies the execution of housing to stop the slums in a process that privileged the numbers and not the social adequacy.

So the program opts for conception/construction competitions concentrating, sometimes, poor populations in big isolated

sets, which is not the case of Picheleira in Lisbon. The architects distributed the 270 apartments by “straight” buildings in

a small sloped plot of trapezoid plan and orthogonal regularity, with the exception of a small tower that marks the venture.

The street was used as secure value, opening the set of buildings to the urban surroundings. It is thus present the will to

follow the consolidated and dense city model that in the seventies was called European and opposed the modern, of single

released buildings in a flowing space, which the CIAM of 1933 called functional.

Two Works define the final 90’s, one is the recuperation and extension of an existing building by the entrance of S. José

Hospital in Lisbon, just by the monumental arch that marks the entrance to the ancient Santo Antão college and the other

an Social Center in Queluz. In the first Vão bets on the expression of contemporary with the extension right after the arch

at the entrance, defined by the curved wall that limits it, establishing a clear relation with the adjacent exterior space. The

12_13

Page 110: Vão

na Picheleira em Lisboa. Os arquitectos distribuíram os 270 fogos por edifícios “barra” num terreno um pouco inclinado

de planta trapezoidal e em regularidade ortogonal, com excepção de uma pequena torre que assinala o empreendimento.

Usaram a rua como um valor seguro, abrindo o conjunto à envolvente urbana. Está pois presente a vontade em seguir o

modelo da cidade consolidada e densa que, na década de 70, se chamou de europeia e se opôs à moderna, a dos edifícios

soltos no espaço fluido, a que o CIAM de 1933 apelidou de funcional.

Finalmente duas obras pontuam os últimos anos 90, uma é a recuperação e ampliação de um edifício existente junto à

entrada do Hospital de S. José em Lisboa, mesmo junto ao arco monumental que assinala a entrada no antigo colégio

de Santo Antão e a outra um Centro Social em Queluz. Na primeira o Vão apostou na expressão da contemporaneidade

na ampliação que se situa logo após o arco para quem entra, definida pela parede curva que a delimita, estabelecendo

uma clara relação com o espaço exterior adjacente. O antigo e o novo estão bem visíveis quer esteticamente, quer es-

pacialmente. Na segunda, o edifício organiza-se em torno de um pátio, cujos volumes envolventes reforçam os planos

delimitadores das ruas do tecido urbano onde se inscreve. Há, deste modo, uma continuidade ao longo da década entre

a “complexidade e contradição” derivada da condição dos tempos, da atenção aos sítios, pré-existências e programas

e da exuberância formal da primeira pós-modernidade que se percebe logo nas obras da Batalha. Mas há também um

forte investimento na urbanidade sobretudo a partir da valorização do modelo da cidade densa que define claramente os

espaços públicos exteriores. Tais linhas de continuidade foram-se afinando ao longo destes dez anos, sedimentando-se

com a experiência.

Page 111: Vão

ancient and the new are well distinguished both esthetical and spatially. In the second, the building organizes around a

courtyard, whose surrounding volumes enhance the limiting planes of the urban structure where it is inscribed. There is,

this way, a continuity throughout the decade between “complexity and contradiction” derived from the time’s condition, the

attention to the place, pre-existences and programs and formal exuberance from the first post-modern that’s understood

in the Batalha’s Works. But there’s also a strong investment in the urban especially through the valorization of the dense

city’s model that clearly defines the exterior public spaces. Those lines of continuity are refined throughout these ten years

of sedimentation through experience.

12_13

Page 112: Vão

A OBRA

TO CONSTRUCTION

DO PROJECTO

FROM PROJECT

20102000

Page 113: Vão

Na Vão – Arquitectos Associados, a primeira década do novo século foi

marcada por um novo quadro de produção estratégica, direccionado para a

complexidade e especificidade dos projectos a desenvolver, que necessita-

vam de abordagens diferenciadas em relação à década anterior. O espaço

habitacional pressupunha uma maior fruição entre os vários espaços de ha-

bitar, melhores parâmetros de conforto e energia, adequados às novas solici-

tações. Também o diálogo da imensa teia de apreciações do projecto teve,

como epicentro, um quadro complexo de requisitos nem sempre estáveis.

Esta fase correspondeu a encomendas de privados desenvolvendo-se em

paralelo, nos últimos dois anos, concursos internacionais direccionados para

a pesquisa de novas soluções.

O primeiro caso a apresentar – exemplo paradigmático dos elementos acima

mencionados – consiste num conjunto de projectos de grande complexi-

dade, baseados em processos de reabilitação urbana na cidade de Lisboa,

que envolveu situações de renovação, conservação e restauro dentro de

parâmetros muito “restritos”, obrigando ao estudo e implementação de meto-

dologias especificas. Este cenário pressupôs a análise e interpretação de

edifícios antigos – a maioria dos quais com estatuto patrimonial – desde

a(s) sua(a) estrutura(s), passando pelo vocabulário arquitectónico, até aos

sistemas decorativos.

O (re)desenho propositivo passa pela vocação dos vários espaços do edi-

ficado, admitindo e recriando novos usos e ocupações. Constituem disso

exemplo o Palácio Silva Amado, o Palácio Almada Carvalhais e a Rua do

Comércio nº 40 a 64, na Baixa Pombalina, para habitação.

At Vão, the first decade of the century was marked by a new strategic pro-

duction framework, directed to the complexity and nature of the projects to

be developed, that required different approaches from the previous decade.

The residential space assumed a greater enjoyment among the various living

spaces, better comfort and energy parameters suited to the new demands.

Also the dialogue of the vast web of assessments of the project had, in its

epicenter, a set of complex requisites that are not always stable. This phase

corresponded to private sector work orders, and, in the last two years, simul-

taneously with international tenders targeted to search new solutions.

The first case to be presented - a paradigmatic example of the above men-

tioned elements - is a set of projects of great complexity, based on processes

of urban rehabilitation in the city of Lisbon that involved renovation, conserva-

tion and restoration within very strict parameters, resulting in specific studies

and implementation methodologies. This scenario assumed the analysis

and interpretation of ancient buildings - most of which with a heritage status

- from its/their structure(s) passing through the architectural vocabulary, up

to the decorative systems.

The proposition (re)design goes through the vocation of the various spa-

ces of the building, allowing the recreation for new usages and purposes.

Examples of the above, are the Palace Silva Amado, the Palace Almada

Carvalhais at Baixa Pombalina, and Rua do Comercio No. 40 to 64, for

residential purposes.

12_13

Page 114: Vão

O segundo conjunto de projectos na cidade de Lisboa contou com a realiza-

ção do Hotel da Rua Castilho e com a transformação do antigo edifício da

EDP, na Rua da Artilharia 1, em Hotel.

O terceiro conjunto de projectos correspondeu a uma intervenção alargada

em Loulé, Vale de Rãs, a partir de um projecto de loteamento, que adquiriu

uma dinâmica própria na passagem de “rures” a “urbes”. Este processo pas-

sou por duas etapas distintas: a primeira, de habitação ao abrigo do estatuto

fiscal cooperativo de habitações colectivas e, a segunda, de habitações unifa-

miliares, consistindo num laboratório habitacional a vários níveis em sistema

de venda livre, que permitiu realizar uma extensão da cidade que, em pouco

tempo, adquiriu uma dinâmica própria.

O diálogo constante com a cooperativa detentora dos projectos – Nova Terra

– permitiu interpretar o quadro de exigências funcionais, apresentando-se

situações não convencionais que tiveram êxito como, por exemplo, dar habi-

tações unifamiliares com piscina e cozinha no segundo piso, o que vai ser

implementado a curto prazo. O discurso urbano de Vale de Rãs aparece

controlado, ensaiando-se mais uma vez a cor.

A utilização da cor na Arquitectura surgiu, justamente, numa época e num

contexto complexo. O Loteamento da Jardoeira, na Batalha (para o promotor

J. Marcelino e Filhos), consistiu num desafio complexo dado a sua localiza-

ção resultar de uma zona rural urbanizada. Por esse motivo, neste projecto

a cor assumiu duas componentes essenciais: a cor como impressão e como

expressão.

A(s) cor(es) de um território, de um conjunto de matrizes que interagem com

os diferentes componentes espaciais preexistentes cuja leitura não é ime-

diata, resultam de dois aspectos fundamentais: os explícitos e os implíci-

tos. Os primeiros estão relacionados com a desmontagem do universo físico

preexistente: com a paisagem (rural ou urbana); os segundos resultam do

imaginário da ideia, associado à transformação do território. A arquitectura é

consequentemente colorida, porque a cor resulta da impressão da luz.

O fenómeno da habitação colectiva é sempre sensível nestas áreas. Acrescida

a proximidade do Mosteiro, a complexidade e a responsabilidade aumentam:

a paleta de cores usada no edifício confere-lhe uma identidade específica,

explicitada nas varandas como espaço de contemplação do Mosteiro, e na

relação deste com o projecto.

The second set of projects in Lisbon, were the Hotel in Rua Castilho and the

conversion of a former EDP office building in Rua da Artilharia 1 into a Hotel.

The third set of projects accounted for an extended intervention in Loulé, Vale

de Rãs, from a proposed subdivision development, which acquired a momen-

tum of its own, changing the land status from rural to urban. This process

went through two distinct stages: the first, housing under the tax status of

cooperative apartment buildings, and the second, single housing, sold in the

open market, permitting the expansion of the city, and within a short space of

time, acquired its own dynamics.

The constant dialogue with the cooperative owners – Nova Terra – allowed

the interpretation of the functional demands, presenting unconventional suc-

cessful solutions, for example, creating single housing with swimming pool and

kitchen on the second floor, to be built shortly. The urban speech of Vale de

Rãs appears controlled, rehearsing once again the color.

The use of color in architecture emerged precisely at a time and in a complex

context. The development of Jardoeira, in Batalha (for the promoter J. Mar-

celino e Filhos), consisted of a complex challenge given its location resulting

from an urbanized rural area. For this reason, the project took two essential

color components: impression and expression.

The color(s) of a territory, is(are) a set of matrices that interact with the differ-

ent pre-existing spatial components and its understanding is not immediate,

and result from two fundamental aspects: the explicit and the implicit. The first

is related to the dismantling of the existing physical universe: the landscape

(rural or urban); the second results from the imaginary idea, associated with

the transformation of the territory. Architecture is therefore colorful, because

color is a product of the light perception.

In these areas the collective housing phenomenon of is always sensitive. Add-

ing the proximity to the Monastery, the complexity and responsibility increase:

the color palette used in the building gives it a specific identity, explicit in the

balconies as spaces of the monastery contemplation, and the relation of the

latter with the project.

Page 115: Vão

12_13

É ainda na Batalha que volta a surgir um conjunto de novas obras, como o

pequeno projecto de balneários, traduzindo um outro olhar sobre o Mosteiro e

sobre a Arquitectura pública e do espaço cénico.

Ao nível do Desenho Urbano, esta época é marcada pelo projecto de espa-

ços públicos do Montijo e por concursos internacionais: o Parque Mayer, a

Praça para Fez, em Marrocos, e o projecto de um resort turístico na Ilha de

Santiago, em Cabo Verde.

Estes casos trouxeram a oportunidade de ensaiar o (re)desenho urbano dos

espaços públicos da cidade, entendida como território privilegiado da Arqui-

tectura. Em todos eles, o discurso dos factos urbanos no tempo continuou a

ser determinante nas opções explicitadas em termos da linguagem proposta,

quer ao nível compositivo quer ao nível da estrutura e da forma urbana.

O desenho continua a ser o motor da imagem. A construção geométrica da ci-

dade tem ainda como referência a configuração espacial do “régio”. A geome-

tria da cidade continua arraigada na morfologia natural e nas necessidades

fundamentais da convivência social, como referiu G. C. Argan (em História da

Arte como História da Cidade), “(…) passa-se do carácter genérico do ambi-

ente à especificidade formal da cidade, através da identificação racional das

funções elementares de subdividir, fechar, cobrir, comunicar (…)”.

It is also in Batalha that a number of building works turn up, such as the small

changing rooms project, reflecting a different view of the monastery, public

architecture and scenic space.

In terms of urban design, this period is marked by the project’s public spaces of

Montijo and the International Tenders: Parque Mayer, Square in Fez, Morocco,

and the tourist resort project in the Ilha de Santiago, Cape Verde.

These cases were an opportunity to test the (re)design of city urban public

spaces, a privileged territory of Architecture. In all of them, the discourse of ur-

ban time facts remained determinant in the options of the proposed language,

both in terms of composition and in terms of structure and urban form.

Drawing remains the engine of the image. The geometric construction of the

city still has as reference the “royal” spatial configuration. The geometry of the

city remains rooted in the natural rock and the basic needs of social harmony,

as referred by G. C. Argan (in Art History as City History) “(...) going from the

general environment characteristics to the formal specifics of the city, through

the rational identification of the elementary functions of subdivision, closing,

covering, communicate (...)”.

Page 116: Vão

O Pavilhão Multiusos é um equipamento capaz de garantir actividades munici-

pais e culturais diversificadas e complementares da actividade turística, como

feiras, mercados e exposições.

O Pavilhão Multiusos é composto por dois volumes em plano, sendo o longitu-

dinal maior e o de menor dimensão transversal. Ambos se relacionam com o

exterior, sendo o maior complementado por uma cobertura metálica elevada,

que cobre o espaço adjacente ao corpo longitudinal.

A implantação do novo equipamento foi condicionada pelo Plano Director

Municipal e por elementos determinantes, como o rio Lena e a proximidade do

Mosteiro de Santa Maria da Vitória. Procurou estruturar as recentes áreas de

ocupação e iniciar um processo de requalificação da área adjacente, a Norte

do Mosteiro. Os espaços complementares exteriores garantem a ligação do

edificado com a área envolvente.

As funções e os usos a que se destina o novo equipamento centram-se na

necessidade de complementar as actividades do recinto exterior adjacente,

onde dominam as feiras e os mercados.

O projecto constituiu-se como uma área fixa de apoio permanente à actividade

exterior garantindo, por si só, algumas actividades próprias. Estas actividades

desenvolvem-se num open-space no interior do edifício, ao mesmo tempo

que o seu prolongamento para o exterior pode ser garantido por meio das

aberturas francas do alçado nascente. No espaço destinado aos elementos

fixos localizados no corpo transversal, consideram-se pequenas cabinas para

expositores permanentes, assim como lojas e um gabinete de apoio.

The Multiuse Arena is a public building capable of diverse cultural activities

complementary to tourism, such as fairs, markets and exhibitions.

The Multiuse Arena consists of two volumes, being the largest longitudinal and

the transverse smaller. Both relate to the exterior, the biggest being comple-

mented by a high metal roof, covering the adjacent area to the longitudinal

body.

The deployment of the new building was conditioned by the Municipal Master

Plan and determining factors, such as the Lena River and the proximity of the

Monastery of Santa Maria da Vitória. Tried to structure the recent occupied

areas and initiate a requalification process of the adjacent area north of the

Monastery. The additional outdoor spaces provide an interface of the building

with the surrounding area.

The functions and the uses of this new building focus on the need to comple-

ment the activities of the adjacent outdoor enclosure, where fairs and markets

predominate.

The project is a permanent structure to support external activities, and some

of its own. These activities develop in an open-space inside the building, while

its extension to the outside is secured by openings in the east front. In the

transverse volume, small permanent exhibition booths, shops and support

office may be found.

PAVILHAO MULTIUSOS

MULTIUSE ARENA

OF BATALHA

DA BATALHA

Page 117: Vão
Page 118: Vão
Page 119: Vão

12_13

Page 120: Vão
Page 121: Vão
Page 122: Vão
Page 123: Vão

12_13

Page 124: Vão
Page 125: Vão

12_13

Page 126: Vão
Page 127: Vão

Programa

Localização

Data do Projecto

Data de Construção

Área

Cliente

Colaboradores

Fotografia

Program

Location

Project Date

Constrution Date

Area

Client

Photography

Equipamento: Pavilhão Multiusos

Batalha

1999

2001

950 m2

Câmara Municipal da Batalha

Fernanda Carvalho

12_13

Page 128: Vão

O Centro Paroquial consistiu na ampliação de um edifício projectado e con-

struído pela Vão no inicio dos anos noventa. Esta intervenção implicou a

reinterpretação, com o distanciamento temporal, do edificado em presença

e materializou o acréscimo do programa pretendido: actividades de tempos

livres na nova adjacência ao volume existente.

Esta intervenção correspondeu a um contínuo edificado de piso térreo, onde

foi utilizada a cor individualizando cada sala e marcando, assim, a relação

com o exterior através de um cromatismo diferenciado.

The Paroquial Center is the extension of a building projected and constructed

by Vão in the early nineties. This intervention implied the reinterpretation,

with a temporal distance, of the building, and materialized the program exten-

sion intended: spare time activities in the extension adjacent to the existing

volume.

This intervention corresponded to building an extension of the ground floor,

were color was used, to distinguish each room, and accentuate its relation with

the exterior through a differentiated chromatic.

CENTRO PAROQUIAL

PAROQUIAL CENTER

OF VALE FIGUEIRA

DE VALE FIGUEIRA

Page 129: Vão
Page 130: Vão
Page 131: Vão

12_13

Page 132: Vão
Page 133: Vão

12_13

Page 134: Vão
Page 135: Vão

Programa

Localização

Área

Data do Projecto

Data de Construção

Cliente

Program

Location

Area

Project Date

Constrution Date

Client

Ampliação do Centro Paroquial -Creche e ATL

Vale Figueira, Almada

820 m2

2002

2008/2009

Centro Paroquial e Social de Vale Figueira

12_13

Page 136: Vão

Promovido por um promotor local, este projecto consistiu no desafio de artifi-

cializar um troço do mundo rural, mediante a instrumentalização do PDM de

zona urbanizável, que tinha como objectivo lançar no mercado 40 fogos em

habitação colectiva e unifamiliar.

Tratando-se da Vila da Batalha, o Mosteiro de Santa Maria da Vitória corre-

spondeu ao genius loci do lugar, mantendo uma relação visual privilegiada na

organização da estrutura do fogo. As varandas assumiram-se como a exten-

são do interior, explicitando a vontade dos utentes de contemplar o mosteiro

enquanto elemento primário da paisagem.

A individualidade explícita da atitude cromática das varandas simboliza as di-

versas imagens do mosteiro, patentes nos diferentes utentes dos edifícios. Ao

capeamento contrapõe-se a pedra da empena cega, que se ergue na encosta

reflectindo o valor do sentido pétreo na arte de construir.

O desenho urbano proposto traduz a vontade de “ancorar” na rua, entendida

como miradouro do lugar numa lógica urbano-rural que sobranceia a estrada

e, simultaneamente, se distancia desta.

“Os arquitectos desenvolveram as habitações de acordo com o tipo consa-

grado pelo RGEU e pelo mercado – sala mais quartos -, aproveitando a or-

ganização interior geral ou particular para resolver as fachadas em diferentes

superfícies e diferentes revestimentos, acabamentos ou cores, em opções

expressivas que apostam na diversidade, salientando-se o intenso uso da cor

na zona das varandas, contrariando algumas tendências contemporâneas de

maior austeridade.” Michel Toussant, in Arquitectura e Vida, Janeiro 2005.

Sponsored by a local promoter, this project’s challenge was to simulate the

‘rural world’, through the manipulation of the General Master Plan-building

zone, which aimed to develop 40 residential dwellings both in collective build-

ings and individual houses.

In the case of the Batalha Village, the Monastery of Santa Maria da Vitoria cor-

responds to the place’s genius loci, maintaining a privileged visual relationship

in the organization structure of the dwelling. The balconies assumed to be the

extension of the interior, highlighting the owners’ willingness to consider the

monastery as a primary landscape element.

The explicit individuality of the chromatic attitude of the balconies symbolizes

diverse images from the monastery, patent in the owners of the buildings. The

capping opposes the blind stonewall, which stands on the slope reflecting the

value of ‘stone’ in the art of building.

The proposed urban design reflects the intention of “anchor” on the street,

understood as a lookout post in a logic of urban-rural, overlooking the road

and simultaneously distancing itself from it.

The architects developed the housing according to the type embodied in

RGEU and the market - living and sleeping rooms – to take advantage of

the interior space organization generally or particularly to resolve the facades

in different surfaces and coatings, finishes or colors, betting on expressive

diversity options, stressing the intense use of color in the area of balconies,

contrary to contemporary trends of greater austerity. “Michel Toussaint, in

Architecture, January 2005.

LOTEAMENTO E EDIFICACOES

JARDOEIRA DEVELOPMENT

LAND PLOTS AND BUILDINGS

JARDOEIRA/BATALHA

Page 137: Vão
Page 138: Vão

Planta ImplantaçãoPlanta Implantação

Page 139: Vão

12_13

Page 140: Vão
Page 141: Vão

12_13

Page 142: Vão
Page 143: Vão

12_13

Page 144: Vão
Page 145: Vão

Programa

Localização

Data do Projecto

Data de Construção

Área

Cliente

Fotografia

Program

Location

Project Date

Constrution Date

Area

Client

Photography

Loteamento e construção de Edifícios multifamiliares e unifamiliares

Jardoeira, Batalha

2000/2004

2004/2007

8 240m2

J. Marcelino Imobiliária, Lda.

Fernanda Carvalho e PDB

12_13

Page 146: Vão

A fase inicial de intervenção correspondeu à adequação do projecto apro-

vado – que mantinha a fachada do edifício preexistente – ao novo programa

hoteleiro e à autorização de renovação do edificado preexistente, permitindo

um novo projecto.

Este projecto traduz a austeridade da fachada preexistente, obrigando tam-

bém a uma grande racionalização na organização dos espaços, passando-se

de 4 para 5 estrelas numa unidade que dispõe de 110 quartos, sala para

congressos e SPA.

O alçado tardoz foi desenhado em uníssono com os espaços exteriores, tra-

duzindo um ambiente próprio e instituindo uma relação interior-exterior nos

espaços públicos desta unidade hoteleira.

The initial phase of the intervention was to adapt the approved project - which

maintained the facade of the existing building – to a new project and authoriz-

ing its modernization, in other words allowing a new project.

This project reflects the austerity of the existing façade, forcing the streamlin-

ing of space organization, upgrading the unit with 110 rooms, conference room

and spa, from 4 to 5 stars.

The facade was designed in unison with the surroundings, reflecting a unique

environment and at the same time establishing a relationship between street

and the common areas of the hotel.

HOTEL EUROSTARS - HOTEL DAS LETRAS

EUROSTARS HOTEL - HOTEL DAS LETRAS

Page 147: Vão
Page 148: Vão
Page 149: Vão
Page 150: Vão
Page 151: Vão

12_13

Page 152: Vão
Page 153: Vão

12_13

Page 154: Vão
Page 155: Vão

Programa

Localização

Data do Projecto

Data de Construção

Área

Cliente

Fotografia

Program

Location

Project Date

Constrution Date

Area

Client

Photography

Hotel de cinco estrelas

Rua Castilho 6 a 12, Lisboa

2005

2008

8 461m2

Teltilho – Sociedade Hoteleira da Rua Castilho, S.A..

PDB

12_13

Page 156: Vão

Vale de Rãs correspondeu a uma operação urbanística de loteamento urbano, re-

alizada para uma cooperativa de habitação tradicional de grande dimensão do Bar-

lavento Algarvio, que se traduziu numa extensão superior a 150.000m2.

O Desenho Urbano resultou de um “compromisso” entre o Município e o Promotor,

tendo sido definidos os parâmetros das vias infraestruturantes na base do Planea-

mento Urbanístico Municipal, ou seja, o traçado viário definiu o posicionamento da

tipologia edificatória.

Este Projecto Urbano (compreendendo uma extensão da cidade de Loulé) traduziu-se

na implementação de um conjunto de tipologias edificatórias que vão da habitação

unifamiliar à colectiva, propondo diferentes ambientes urbanos.

O projecto de habitação unifamiliar esgotou a procura, resultando daí um novo produ-

to imobiliário, que obrigou o promotor a repensar o valor da Arquitectura proposta e,

nomeadamente, o público a quem se dirigia.

Vale de Rãs is a development in a plot of 150 000m2 of land undertaken by a large

Western Algarvian housing cooperative.

The Urban Design resulted from the “compromise” between the Cityhall and the Pro-

moter which defined the road network system in synchrony with the Municipal Master

Plan, which in turn determined the location of the buildings.

This Urban Project (including an extension of the city of Loulé) resulted in the imple-

mentation of a set of building typologies ranging from collective to single housing,

creating different urban environments.

The single housing units sold out, resulting in a new real estate product, which forced

the developer to rethink the value of the proposed architecture and in particular the

market target.

LOTEAMENTO

URBAN PLAN

VALE DE RAS - LOULE

VALE DE RAS - LOULE

Page 157: Vão
Page 158: Vão
Page 159: Vão

12_13

Page 160: Vão
Page 161: Vão

12_13

Page 162: Vão
Page 163: Vão

12_13

Page 164: Vão
Page 165: Vão
Page 166: Vão
Page 167: Vão

12_13

Page 168: Vão
Page 169: Vão
Page 170: Vão
Page 171: Vão

Programa

Localização

Data do Projecto

Data de Construção

Área

Cliente

Fotografia

Program

Localization

Project Date

Constrution Date

Area

Client

Photography

Loteamento e construção de Edifícios

multifamiliares e unifamiliares

Vale de Rãs, Loulé

2005

2009

67 844m2

Nova Terra-Cooperativa de Habitação e Construção

Económica de Loulé CRL

Fernando Guerra

FG+SG Fotografia

12_13

Page 172: Vão

HABITACOES UNIFAMILIARES

FAMILY HOUSING

VALE DE RAS

VALE DE RAS

Os projectos evidenciam uma espacialidade acentuada por uma geometria

de grande simplicidade. A lógica de distribuição dos volumes permite uma

orientação dos mesmos nos diversos quadrantes do espaço, realçando a sua

presença na paisagem envolvente.

O tratamento cromático das superfícies permite igualmente uma fácil inter-

pretação dos volumes do edifício na sua implantação. Os acabamentos de

fachada são os tradicionais, prevalecendo a cor branca, associada a cor inten-

sas, realçando desta forma uma noção de conjunto construído.

O recurso a uma Arquitectura bioclimática, possibilita através de um rigoroso

desenho de exterior, a introdução de terraços e palas de ensombramento, o

que se traduz num correcto controlo do ambiente interno, reduzindo deste

modo as necessidades de introdução de estratégias activas de arrefecimento

ou aquecimento do interior.

Com base neste principio, os espaços de estar apresentam-se como áreas

abertas para o exterior e os espaços de maior privacidade apresentam-se

como espaços de controlada permeabilidade visual.

Ao nivel de desenho exterior, prevalece um tratamento simples e cuidado,

através da utilização de espécies arbóreas características da região do Al-

garve.

Os projectos correspondem ao desenvolvimento de uma moradia em dois

pisos e cave destinada ao estacionamento e no seu todo, podem ser entendi-

dos como um modelo adaptado ao lugar e que se desenvolve tirando partido

do clima e paisagem local.

Os projectos evidênciam uma espacialidade acentuada por uma geometria

de grande simplicidade. A lógica de distribuição dos volumes permite uma

orientação dos mesmos nos diversos quadrantes do espaço, realçando a sua

presença na paisagem envolvente.

O tratamento cromático das superfícies permite igualmente uma fácil inter-

pretação dos volumes do edifício na sua implantação. Os acabamentos de

fachada são os tradicionais, prevalecendo a cor branca, associada a cor inten-

sas, realçando desta forma uma noção de conjunto construído.

O recurso a uma Arquitectura bioclimática, possibilita através de um rigoroso

desenho de exterior, a introdução de terraços e palas de ensombramento, o

que se traduz num correcto controlo do ambiente interno, reduzindo deste

modo as necessidades de introdução de estratégias activas de arrefecimento

ou arquecimento do interior.

Com base neste principio, os espaços de estar apresentam-se como áreas

abertas para o exterior e os espaços de maior privacidade apresentam-se

como espaços de controlada permeabilidade visual.

Ao nivel de desenho exterior, prevalece um tratamento simples e cuidado,

através da utilização de espécies arbóreas características da região do Al-

garve.

Os projectos correspondem ao desenvolvimento de uma moradia em dois

pisos e cave destinada ao estacionamento e no seu todo, podem ser entendi-

dos como um modelo adaptado ao lugar e que se desenvolve tirando partido

do clima e paisagem local.

Page 173: Vão
Page 174: Vão
Page 175: Vão

12_13

Page 176: Vão
Page 177: Vão

12_13

Programa

Localização

Data do Projecto

Data de Construção

Área

Cliente

Program

Localization

Project Date

Constrution Date

Area

Client

Habitação Unifamiliar

Vale de Rãs, Loulé

2005

2009

6 280m2

Nova Terra-Cooperativa de

Habitação e Construção

Económica de Loulé CRL

Page 178: Vão

A acção da Vão correspondeu à intervenção num edifício pós-pombalino, cujos

parâmetros correspondiam a dois factores fundamentais: primeiro, a reabilitação do

edifício reutilizando os materiais preexistentes perante um “novo quadro do habitar” e

a realização de uma extensão ao nível da cobertura; segundo, a ampliação - traduz-

indo-se numa nova linguagem contemporânea.

Os custos foram controlados e o produto final funciona como habitação de aluguer,

suportada por uma base de hotelaria, correspondendo a uma extensão turística cuja

proximidade do plano da água do Tejo é determinante.

A (re)invenção teve por base uma lógica de (re)interpretação da tipologia edificatória,

onde se conferiu usos e ocupações de hoje, sem nunca perder a temporalidade do

edificado quer na sua estrutura quer na linguagem arquitectónica.

Vão’s work was to intervene in a post-pombalino building, whose standards had two

key factors: firstly, the rehabilitation of the building reusing the existing materials tak-

ing into account a “new residential framework” and the creation of a roof extension;

secondly, the overall expansion - which meant a new contemporary language.

Costs were controlled and the final product resulted in rental housing, supported by a

hotel base, corresponding to a tourist extension whose proximity to the Tagus water

level is crucial.

The (re) invention was based on a logic of (re) interpretation of the building typology,

which accounts for use and occupation of today, without losing the temporality of the

building both in its structure and architectural language.

BUILDING

AVENIDA 24 DE JULHO

AVENIDA 24 DE JULHO

EDIFICIO

Page 179: Vão
Page 180: Vão
Page 181: Vão

12_13

Page 182: Vão
Page 183: Vão

12_13

Page 184: Vão
Page 185: Vão
Page 186: Vão
Page 187: Vão

12_13

Page 188: Vão
Page 189: Vão
Page 190: Vão
Page 191: Vão

Programa

Localização

Data do Projecto

Data de Construção

Área

Cliente

Fotografia

Program

Location

Project Date

Constrution Date

Area

Client

Photography

Reabilitação para habitação e escritórios

Avenida 24 de Julho, Santos, Lisboa

2006

2008

3 130m2

Imoplaza

Fernando Guerra

FG+SG Fotografia

12_13

Page 192: Vão

O objecto de intervenção da Vão foi um edifício, anterior propriedade de

uma instituição bancária, que apresentava problemas estruturais causados

por anteriores intervenções, multiplicando-se num complexo emaranhado de

estruturas.

O edifício foi adquirido pelo nosso cliente com o objectivo de alienar pequenas

fracções para venda ou aluguer de escritórios, tendo por base a localização e

o “novo valor da imagem” do edificado.

O projecto não só reabilitou o imóvel no exterior – através de redesenhos de

vãos com o material preexistente, o alumínio natural –, como também criou

um espaço cénico no interior – através dos espaços de circulação da nova

imagem – onde o manuseamento da luz, em paralelo com os novos materi-

ais, foi determinante para assegurar a continuidade espacio-formal das novas

imagens de circulação.

Tratou-se, essencialmente, da criação de novas ambiências com infra-es-

truturas contemporâneas, que conferiam uma nova espacialidade ao uso e

ocupação do edificado.

The subject of Vão’s intervention, was a building previously owned by a bank,

with a web of complex structural problems caused by previous interventions.

The building was acquired by our client in order to sell or rent small office

spaces, due to its prime location and pretended new image.

The project not only rehabilitated the exterior of the building - by redesigning

the openings with the existing material, natural aluminum, - but also created a

scenic interior area - through the new image of its common areas - where the

light together with the new materials were vital to ensure the continuity of the

new image of the common areas.

Essentially, the creation of a new atmosphere with contemporary infrastruc-

tures, resulted in a new spatiality to the usage and occupancy of the

building.

EDIFICIO

BUILDING

AVENIDA DUQUE DE LOULE

AVENIDA DUQUE DE LOULE

Page 193: Vão
Page 194: Vão
Page 195: Vão

12_13

Page 196: Vão
Page 197: Vão

12_13

Page 198: Vão
Page 199: Vão

12_13

Page 200: Vão
Page 201: Vão

12_13

Page 202: Vão
Page 203: Vão

Programa

Localização

Data do Projecto

Data de Construção

Cliente

Fotografia

Program

Location

Project Date

Constrution Date

Client

Photography

Remodelação de Edifício de Escritórios

Avenida Duque de Loulé, Lisboa

2006

2008

Inogi

Fernando Guerra

FG+SG Fotografia

12_13

Page 204: Vão

Trata-se de um projecto de valorização do espaço envolvente ao edifício da

Câmara Municipal do Montijo.

Esta Praça, ou Largo do Município, apresenta uma geometria irregular, irregu-

laridade esta que é ainda acentuada pela invulgar apresentação do edifício

do Município, cuja frente se dirige, não para a Praça, mas para o início da rua

de chegada, através do Porto, ao Montijo.

A proposta consiste em regularizar o traçado existente, conferir-lhe as car-

acterísticas de um terreiro, e pontuá-lo apenas com arborização pontual que

se torne visível para quem chega pelo Rio. Mantém-se a circulação viária,

embora reduzida, e de muito baixa velocidade. Em contraponto com o edifício

da Câmara Municipal, um plano de água, assumindo uma geometria simples

e reforçando os objectivos do conjunto.

Trata-se de um projecto de valorização do espaço envolvente ao edifício da

Câmara Municipal do Montijo.

Esta Praça, ou Largo do Município, apresenta uma geometria irregular, irregu-

laridade esta que é ainda acentuada pela invulgar apresentação do edifício

do Município, cuja frente se dirige, não para a Praça, mas para o início da rua

de chegada, através do Porto, ao Montijo.

A proposta consiste em regularizar o traçado existente, conferir-lhe as car-

acterísticas de um terreiro, e pontuá-lo apenas com arborização pontual que

se torne visível para quem chega pelo Rio. Mantém-se a circulação viária,

embora reduzida, e de muito baixa velocidade. Em contraponto com o edifício

da Câmara Municipal, um plano de água, assumindo uma geometria simples

e reforçando os objectivos do conjunto.

PRACA GOMES FREIRE

GOMES FREIRE SQUARE

Page 205: Vão
Page 206: Vão
Page 207: Vão

12_13

Page 208: Vão
Page 209: Vão

Programa

Localização

Área

Data do Projecto

Data de Construção

Cliente

Program

Localization

Area

Date of Project

Date of Constrution

Client

Requalificação de espaço público

da Praça Gomes Freire de Andrade

Montijo

18 750m2

2006

2008

Câmara Municipal do Montijo

12_13

Page 210: Vão

A intervenção diz respeito a um complexo edificado pertencente à Electri-

cidade de Portugal, SA (EDP) composto por duas partes que estão ligadas

a um edifício de escritórios desta empresa pública e uma zona residencial

posteriormente também transformada em escritórios.

Adquirido o edifício pelos promotores, o desafio residiu em transformar estes

edifícios num hotel de 4 estrelas, alterando por conseguinte a organização

espacial preexistente, e a própria imagem dos planos marginais, conferindo

um novo sentido ao edifício, agora hoteleiro, dando resposta aos novos usos,

e, dotando-o de um novo significado urbano-arquitectónico.

The intervention relates to a building complex previously owned by the Ener-

gies of Portugal (EDP) consisting of two parts that connect an office building

and a residential building which later was converted into offices.The developers acquired the building, and the challenge was to transform these two

buildings into a 4-star hotel and therefore alter the spatial organization of the pre-

existing space, and the very image of the marginal plans, giving a new meaning to

the building, now a hotel, responding to new uses, and giving it a new urban and

architectural significance.

EDIFICIO

BUILDING

ARTILHARIA 1

ARTILHARIA 1

Page 211: Vão
Page 212: Vão
Page 213: Vão

12_13

Page 214: Vão
Page 215: Vão

12_13

Programa

Localização

Área

Data do Projecto

Data de Construção

Cliente

Program

Localization

Area

Date of Project

Date of Constrution

Client

Hotel de quatro estrelas

R. Artilharia 1 - Lisboa

5127m2

2008

2010

JDRU, Lda.

12_13

Page 216: Vão

Este projecto compreendeu um conjunto turístico composto por um Hotel de

4 estrelas, um casino, apartamentos, moradias em banda e bungalows, numa

área de cerca de 14 hectares no Tarrafal.

A austeridade do clima e da paisagem, assim como a precariedade da envol-

vente urbano-rural, exigiram um carácter disciplinador e, simultaneamente, de

continuidade (ou integração) na interpretação do espírito do lugar.

Do carácter disciplinar resultou a composição proposta ao nível do Desenho

Urbano, tendo como referência os valores tradicionais da cidade: a rua, a

praça e o largo.

Da integração derivou a escolha da reutilização da pedra local como revesti-

mento de grande parte do edificado, permitindo a existência de uma continui-

dade entre os pavimentos exteriores – também estes pensados na mesma

lógica – e o plano vertical das fachadas das edificações.

A relação terra-mar foi desenhada como uma continuidade visual, garantindo

sempre uma sequência visual com o plano de água, quer na escala do ter-

ritório envolvente quer no local, acompanhado pelo ensombramento dos per-

cursos.

This project comprised a whole tourist complex consisting of a 4-star hotel,

a casino, apartments, townhouses and bungalows in an area of about 14

hectares in Tarrafal.

The austerity of the climate and landscape, as well as the precariousness of

the urban-rural environment, required a disciplinary approach and, simultane-

ously, the continuity (or integration) of the interpretation of the spirit of place.

From the disciplinary approach resulted the proposed urban design composi-

tion, the reference being the traditional values of the city: the street, the square

and the plaza.

The Integration led to the re-use of local stone coating of most buildings, al-

lowing the continuity between the external pavements- these also thought in

the same logic - and the vertical facades of the buildings.

The relationship land-sea was designed as a visual continuity, thereby ensu-

ring a visual response to the water level, both on the surroundings and on the

spot, accompanied by the contrast of the pathways.

RABO DE COCO RESORT

RABO DE COCO RESORT

Page 217: Vão
Page 218: Vão

Casino

SPA

Desportos Naúticos

Restaurante

Piscinas Naturais

Watersports

Restaurant

Ocean Pools

Page 219: Vão

Apartamentos

Moradias

Hotel****

Bungallows

Apartments

VIillas

Page 220: Vão
Page 221: Vão

12_13

Page 222: Vão
Page 223: Vão

12_13

Page 224: Vão
Page 225: Vão

Programa

Localização

Data do Projecto

Área

Cliente

Program

Location

Project Date

Area

Client

Conjunto Turístico no Tarrafal

Ilha de Santiago, Cabo Verde

2008

38 350m2

Plenty Home, Lda

12_13

Page 226: Vão

O edifício, de baixa altura, desenvolve-se em forma de L. Tendo de supe-

rar um grande diferencial de cotas entre os seus extremos, obtivemos uma

solução formal que nos parecia ser decorrente desse “desnivelar”, ao mesmo

tempo que nos permitia introduzir uma suavidade de planos capaz de garantir

que o objecto final se apresentasse simples, embora dinâmico, e articulado

com o – já existente – grande edifício do Hospital Garcia de Orta.

Os materiais dominantes são os tradicionais, mas assumem-se novos revesti-

mentos em planos de superfície em destaque, nomeadamente, as chapas tipo

“glasal” ou o zinco. A extensa cobertura é constituída por painéis sandwich

com chapa nervurada. As caixilharias são em alumínio anodizado polido e os

interiores revelam uma dominância cromática suavizada pelas cores em tons

de cinza nas paredes, pavimentos e alguns acessórios.

Ao nível do interior, nos corredores de circulação a iluminação artificial, pelo

ritmo que assegura, assume um papel determinante. Os corredores periféri-

cos, de uso mais restrito, beneficiam de iluminação natural e permitem a con-

templação do exterior, por um breve caminhar, durante as horas de trabalho.

The low height building, is designed in L shape. Overcomes the great height

difference of its extremes, and a formal solution resulting from such “uneve-

ness” was reached , simultaneously allowing the introduction of a smoothness

of levels capable of ensuring the appearance of a simple object, yet dynamic,

and linked to the - already existing - great building of the Hospital

Garcia de Orta.

The dominant materials are the traditional, but on different areas undertake

new coatings, in particular, the plates type ‘glasal’ or zinc. The extensive co-

verage consists of sandwiched panels with ribbed plate. The window frames

are of polished anodized aluminum and the interiors reveal a dominant softe-

ned color in shades of gray walls, floors and some accessories.

At the interior level, in the corridor, the artificial light ensures a rhythm, taking

a leading role. The peripheral corridors, of more restrict use, benefit from the

natural light and allow the contemplation of the exterior, during work hours.

HOSPITAL GARCIA DE ORTA

GARCIA DE ORTA HOSPITALCHILDREN DEVELOPMENT CENTER AND PSYCHIATRIC SERVICE

CENTRO DE DESENVOLVIMENTO DA CRIANCA E SERVICO DE PSIQUIATRIA

Page 227: Vão
Page 228: Vão
Page 229: Vão

12_13

Page 230: Vão

Tubo em alumínio anodizado polido com 50 mmCamada de Terra Vegetal

Betão de limpeza

Sapata de fundação embetão armado

Solo regularizado

Solo regularizado

Rodapé em mosaico hidráulico

Geodreno a 350mm

Manta geotêxtil

Enrroncamento com 300mm

Tubo em alumínio anodizado polido com 30 mmBase de apoio de guarda em pó galvanizadoCapeamento em zinco

Ventilação de tubo de esgotoRufo em zinco - Titânio tipo VM ZINC ref. 0.65 esp.Membrana betuminosaSuporte metálico da cobertura

Camada de regularização com min. 2cm e 1% inclin.Laje aligeirada tipo “fungiforme” com 70cmX30cmTijolo de forra com 4cmBloco de betão celular, 0.70X0.70X0.30m

Rodapé em mosaico hidráulico

Alvenaria de Tijolo 30X20X15

Terra compactada

Solo regularizado - areia de assentamento

Laje em B.A.Barreira de VaporCamada de Forma

Alvenaria de Tijolo 30X20X11

Tubo de purgaRemate em meia cana no material do pav. até 100mm

Revestimento exterior em chapas de zinco quinadasEstrutura de B.A.

Tecto falso em placas de gesso cartonadas tipo Knauf D112 com placa standard 12.5mm

Pavimento em vinículo, tipo Safeguard da Armstrong-DLW, ref. 31400 (cinzento claro)

Mosaico hidráulico tipo Marmocim da Cimenteira do Louro S.A., 410X410X18mm, polido, cor cinza claro

Cobertura em revest. perfilado em chapa com isola-mento térmico, tipo “C5-1000” de Alaço, esp. 30mm

Reboco estanhado com pintura a tinta plástica parainteriores tipo Dyrumaster, Refª Prod.: 5720/ITC nº465 acabamento mate (cor Branca)Mosaico hidráulico tipo Marmocim

da Cimenteira do Louro S.A., 410X410X18mm, polido, cor cinza claro

Page 231: Vão

12_13

Page 232: Vão

Laje aligurada tipo “fungiforme” com 70cmX30cm Bloco de betão celular, 0.70X0.70X0.30mm

Membrana betuminosa

Tubo ladrão

Laje aligeirada tipo “fungiforme” com 70cmX30cmIsolamento térmico poliestireno extrudido, 30mmImpermealização com tela

Caixa de Estore térmica tipo “Beck e Heun” da Inácio Bento

Caixa técnica

Pedra de Vidraço, amaciadaAlvenaria de tijolo 30X20X11Estrutura de B.A.Tubo de punga

Canto de protecção da parede com estrutura em alumínio e revestimento em PVC, tipo “SM-20”, 76mm de Acrolyn, na cor do respectivo Roda-macas

Caixilharia fixa e de correr em perfis de alumínio anodizadopolido à cor natural, tipo “CX” da Arkial

Tecto falso em painéis metálicos, sistema clip-in, com placas de 300mm de largura, com sistema de suspensão oculto

Roda-macas com revestimentos em PVC, tipo Acrovyn, Modelo TP-200, na cor azul (111 wedgewood blue)

Mobiliário metálico hospital, tipo “José Marques da Silva”

Rodapé em mosaico hidráulico, cor cinza escuro

Junta de dilatação tipo “ti-lack-micro ref. M75-035” da vexcolt 75X3mm

Painéis de aço galvanizado, sistema clip-in com estrutura oculta tipo Chicago Mettalic da Lledó,

1200X300mm ( ver plantas de tectos)

Painéis de aço galvanizado, sistema clip-in com estrutura oculta tipo Chicago Mettalic da Lledó,

1200X300mm ( ver plantas de tectos)Tecto falso em placas de gesso cartonado tipo

Kanuf D112, placa standard/ 12.5mm

Roda-macas com estrutura em alumínio e revestimento em PVC, tipo Acrovyn, Série

“HCR-64”, na cor cinza ( 136 pearl grey)

Grelha de ventilação corta-fogo, com lâminas paralelas oblíquas intumescendentes de “Palusol” revestidas por material sintético rígido e dispostos

em favo, cor branca, tipo “Tria”

Caixilharia em alumínio anodizado polido à cor natural e vidro, tipo Bw da Arkial

Mosaico hidráulico, cor cinza claro, até 100mm de altura

Junta de dilatação tipo “ti-lack-micro ref. M75-035” da vexcolt 75X3mm

Rodapé em mosaico hidráulico com 410X100X18mm (cinzento escuro)

Porta tipo Maxbela em aglomerado de madeira, classe M1, revestido a temolaminado cinza claro, RAL7035

Reboco estanhado com pintura a tinta plástica para interiores tipo Dyrumaster, acabamento mate, cor Branca

Rodapé em vinílico a meia cana até 100mm de altura, como o pavimento

Azulejo tipo Pavigrés, Série Arte Nova, 15X15cm, cor Baviera

Tubo em alumínio anodizado polido com 50 mm

Capeamento em zinco

Cobertura em revestimento perfilado em chapa com isolamento térmico tipo “C5-100” da Alaço, esp. 30mm

Page 233: Vão

12_13

Page 234: Vão
Page 235: Vão

Programa

Localização

Data do Projecto

Data de Construção

Área

Cliente

Program

Location

Project Date

Constrution Date

Area

Client

Equipamento: Centro de Desenvolvimento

de Criança e Serviço de Psiquiatria

Avenida Torrado da Silva, Almada

2001/2003

2005/2006

3 392m2

Hospital Garcia de Orta

12_13

Page 236: Vão

O edifício proposto é composto por uma geometria simples, constituída por

vários volumes, bem definidos e orientados em vários quadrantes do espaço,

aos quais se faz corresponder um tratamento cromático que permite uma fácil

interpretação dos volumes.

Ao nível dos acabamentos de superfície é também perceptível a espaciali-

dade volumétrica do edifício na sua implantação.

O edifício unifamiliar está desenhado por forma a oferecer aos seus resi-

dentes uma fruição diversificada através do recurso a terraços descobertos,

a palas de protecção solar em espaços de máxima exposição, a zonas de

maior ou menor privacidade em continuidade com os espaços envolventes e

também a fruição de espaços de controlada permeabilidade visual.

As áreas sociais localizam-se num piso superior, estabelecendo uma relação

directa com a área de piscina e igualmente forte relação com o exterior – área

tardoz do lote. Os espaços de dormir, localizam-se ao nível do piso térreo,

potênciando também um contacto directo com a área de jardim envolvente

à habitação.

Com pressupostos de uma geometria simples, a estrutura surge como uma

grande caixa pontualmente rasgada nos seus planos, para produção e

definição de espaços no seu inteiror.

A luz, e a forma como esta se comporta ao longo do dia teve também um

peso fundamental, na criação das fenestrações.

A estrutura da piscina foi cuidadosamente integrada na grande caixa, por

forma a não desfigurar o conceito fundamental, enquanto que o interior da

casa vive em diálogo permanente com o grande espelho de água.

O edifício proposto é composto por uma geometria simples, constituída por

vários volumes, bem definidos e orientados em vários quadrantes do espaço,

aos quais se faz corresponder um tratamento cromático que permite uma fácil

interpretação dos volumes.

Ao nível dos acabamentos de superfície é também perceptível a espaciali-

dade volumétrica do edifício na sua implantação.

O edifício unifamiliar está desenhado por forma a oferecer aos seus resi-

dentes uma fruição diversificada através do recurso a terraços descobertos,

a palas de protecção solar em espaços de máxima exposição, a zonas de

maior ou menor privacidade em continuidade com os espaços envolventes e

também a fruição de espaços de controlada permeabilidade visual.

As áreas sociais localizam-se num piso superior, estabelecendo uma relação

directa com a área de piscina e igualmente forte relação com o exterior – área

tardoz do lote. Os espaços de dormir, localizam-se ao nível do piso térreo,

potênciando também um contacto directo com a área de jardim envolvente

à habitação.

Com pressupostos de uma geometria simples, a estrutura surge como uma

grande caixa pontualmente rasgada nos seus planos, para produção e

definição de espaços no seu inteiror.

A luz, e a forma como esta se comporta ao longo do dia teve também um

peso fundamental, na criação das fenestrações.

A estrutura da piscina foi cuidadosamente integrada na grande caixa, por

forma a não desfigurar o conceito fundamental, enquanto que o interior da

casa vive em diálogo permanente com o grande espelho de água.

MORADIA UNIFAMILIAR

FAMILY HOUSE

VALE DE RAS

VALE DE RAS

Page 237: Vão
Page 238: Vão
Page 239: Vão
Page 240: Vão
Page 241: Vão
Page 242: Vão
Page 243: Vão

12_13

Programa

Localização

Data do Projecto

Área

Cliente

Program

Location

Project Date

Area

Client

Habitação Unifamiliar

Urbanização Vale de Rãs - Loulé

2009

144m2

Uchalgar

Page 244: Vão

CONCURSOS

Um concurso é sempre um processo de investigação e de experimentação. No limite, é um projecto que

se assume com um grau de risco que o aproxima do conceito do jogo.

Pressupõe uma interpretação mais ampla dos programas e um reconhecimento mais abrangente das

condicionantes e, de que se espera, novas e possíveis formulações, quer de natureza plástica, quer de

natureza funcional, quer de vivência espacial, eventualmente levadas ao extremo.

Por isso temos participado em concursos que nos exigem um intenso estudo, de novos programas, de

novos contextos, de novos conceitos, de novas materialidades, em territórios que nos podem ser total-

mente desconhecidos.

O objectivo é que resulte um novo contributo e que a arquitectura se autonomize, se concretize com

novas propostas, propostas estas que poderão ser posteriormente retomadas, noutros contextos. Isto é,

se por um lado o concurso é a oportunidade do gabinete investigar, quase laboratorialmente, no contexto

específico de um determinado caso, por outro lado, o que dessa investigação resultar poderá constituir-se

como matéria de referência, para os trabalhos de futuro.

Um concurso, é um projecto, em que a utopia tem um papel a desempenhar.

Page 245: Vão

COMPETITIONS

A competition is always a process of research and experimentation. Ultimately, it is the project that as-

sumes the degree of risk that approaches the concept of the game.

It requires a broader interpretation of the programs and broader recognition of the constraints, and what is

expected of the new potential formulations, being design, functional or spatial in nature, eventually taken

to the extreme.

That is why the chosen tenders require intense study, new programs, new contexts, new concepts, new

materials pallet, in areas that may be totally unknown.

The aim is that, the result may be a new and empowering contribution to architecture, creating space for

new proposals to take place, and that these, may, subsequently be taken up in other contexts.

If on one hand the tender is an opportunity for atelier to research, almost like a laboratory, in the specific

case and context, and on the other hand, the research result may become a matter of reference for future

work .

A tender is a project in that utopia plays a role.

Page 246: Vão

A presente proposta assentou na criação de um único volume simples, com

dimensões que permitiram incluir as valências desportivas designadas no

Caderno de Encargos, com destaque para a área de prática desportiva e

para o Ginásio.

Virado a Oeste, surge uma frente em que os vãos se assumem quase como

frestas, casuisticamente distribuídos, conferindo ao alçado uma dinâmica

própria, em paralelo com a via de circulação que margina o local de

implantação.

Virado a Norte, uma franca abertura para as áreas urbanas adjacentes as-

sume-se como um vão de chegada, permitindo o acesso, o estar e o circu-

lar. Aqui, através da transparência possível, o espectáculo da ginástica e da

manutenção torna-se amplamente visível constituindo, por si só, um convite

à participação.

This proposal was based on the creation of a single simple volume, with

dimensions that permitted the practice of the sports designated in the tender

documents, with emphasis on the sports arena and the gymnasium.

Facing west, there is one front where the spans take the role of cracks,

arbitrarily distributed, giving the elevation of the building its own dynamics,

alongside the running track that skirts the location.

Facing north, a free opening to the adjacent urban areas plays the role of a

span, allowing the access and circulation. Here, through possible transpar-

ency, the gymnastics spectacle and exercise becomes widely visible and it

constitutes in itself an invitation to participate.

PAVILHAO DESPORTIVO

SPORTS PAVILION

CASTANHEIRA DO RIBATEJO

CASTANHEIRA DO RIBATEJO

Page 247: Vão
Page 248: Vão
Page 249: Vão

12_13

Programa

Localização

Data do Projecto

Área

Cliente

Program

Location

Project Date

Area

Client

Equipamento, Pavilhão Gimnodesportivo

Castanheira do Ribatejo, Vila Franca de Xira

2003

3 500m2

Câmara Municipal de Vila Franca de Xira

Page 250: Vão

MUSEU NACIONAL ESTONIA

ESTONIA NATIONAL MUSEUM

Este projecto consistiu na realização de um monumento correspondente ao

Museu Nacional da Estónia, localizado às portas da capital. A proposta apre-

sentada resultou de uma atitude racionalista e poética, materializada em dois

grandes volumes paralelos que “quase” se juntam.

Esta “tensão” de afastamento corresponde ao sentido da linha, enquanto ele-

mento estruturante, ao manuseamento da luz nórdica exterior e às aberturas

especiais de vãos, que conduzem os acontecimentos do percurso expositivo.

A presença do lago e a envolvente plana traduzem a vontade de erguer dois

paralelepípedos que, metaforicamente, deslizam na superfície gelada do In-

verno, numa atitude que se pretendeu idílica.

This project consisted of an appropriate monument for the National Museum

of Estonia, located on the border of the capital. The proposal resulted from

a rational and poetic attitude, embodied in two large parallel volumes that

“almost” join each other.

This “tension” of spacing corresponds to the direction of the line, a structur-

ing element, handling the exterior Nordic light and special openings in spans,

leading to the events of the exhibition route.

The presence of the lake and the flat surrounding translate the intention of

raising two parallelepipeds that metaphorically slip into the icy surface of win-

ter, in an idyllic intended attitude.

Page 251: Vão
Page 252: Vão
Page 253: Vão

12_13

Page 254: Vão
Page 255: Vão

12_13

Programa

Localização

Data do Projecto

Área

Cliente

Program

Location

Project Date

Area

Client

Equipamento, Museu Nacional

Tartu, Estónia

2005

28 800m2

Museu Nacional da Estónia, Ministério da

Cultura da República da Estónia e Associa-

ção dos Arquitectos da Estónia

Page 256: Vão

Este projecto partiu de um desafio: o prolongamento da Praça, obrigando a

um desnivelamento da avenida Hassan II. O resultado foi a integração da

Praça no percurso da avenida, deixando esta de ser um elemento urbano

marginal e assumindo-se como um componente de referência compacto, em

dois níveis – inferior e superior –, integrado no percurso principal.

Em complemento, houve um aproveitamento térmico do interior da terra,

permitindo que as temperaturas mais baixas fossem transferidas para uma

unidade de apoio a toda a Praça. Aberturas de comunicação inferior/supe-

rior complementavam a proposta e conferiam à intervenção uma unidade

funcional, que incluía o pavimento da Praça, o desnivelamento da avenida e

o estacionamento no piso enterrado. O todo projectual correspondeu a uma

melhoria das condições térmicas, através de sistema de arrefecimento natural

do ar ambiente.

Do ponto de vista funcional, a uma unidade integrada fez-se corresponder

uma unidade formal, que valorizava a circulação pedonal e o factor ambiental,

através do aproveitamento natural das qualidades da Terra.

This project was a challenge: the extension of the square, forcing the unlevel-

ling of Hassan II Avenue. The result was the integration of the square and the

avenue, forsaking the marginal urban element status, and taking on a refer-

ence role of a compact component at two levels - upper and lower - integrated

into the main avenue.

In addition, there was a thermal exploitation of the earth’s underground, allow-

ing the lowest temperatures to be transferred to a support unit of the whole

square. Lower / upper communication openings complemented the proposal

and gave the intervention a functional unit, which included the paving of the

square, the unevenness of the avenue and underground parking. The whole

project corresponded to an improvement in thermal conditions, by natural

cooling air system.

From the practical point of view, an integrated unit matched a formal unit,

which added value to the pedestrian circulation and environmental factor, by

taking advantage of the natural qualities of the earth.

INTERVENCAO NA PRACA FLORENCA

INTERVENTION AT FLORENCA SQUARE

FEZ - MARROCOS

FEZ - MARROCOS

Page 257: Vão
Page 258: Vão
Page 259: Vão

12_13

Page 260: Vão
Page 261: Vão

12_13

Programa

Localização

Data do Projecto

Área

Cliente

Program

Location

Project Date

Area

Client

Requalificação da Praça de Florença

Praça de Florença em Fez, Marrocos

2008

13 800m2

Câmara Municipal de Florença (Itália) e

Câmara Municipal de Fez (Marrocos)

Page 262: Vão

REABILITACAO DO CAPITOLIO

CAPITOLIO REHABILITATION

A intervenção resultou da interpretação do projecto original do Arquitecto

Cristino da Silva e não do edificado existente, isto é, o café-concerto poste-

riormente transformado em teatro.

A proposta incidiu na linguagem arquitectónica e nos seus elementos estrutu-

rantes, abrindo os espaços interiores para a Praça, através do (re)desenho de

vãos laterais e do consequente prolongamento do espaço cénico exterior.

O projecto correspondeu à intersecção dinâmica de uma caixa que dá res-

posta às exigências programáticas do novo teatro. Enfatizaram-se os grandes

janelões e a marcação vertical da entrada, de acordo com o projecto

do autor.

A intercepção destas duas estruturas conferiu ao edifício novos significados,

identificando os “diferentes tempos de construção” e fazendo uso do projecto

de Cristino da Silva, na sua essência.

The intervention resulted in the interpretation of the original design of architect

Cristino da Silva and not the existing building, that is, the coffee-house-music-

hall later became a theater.

The proposal covered the architectural language and its structural elements,

opening the interior spaces to the Square, through the (re) design of side bays

and the consequent prolongation of exterior space.

The project reflected the dynamic intersection of a box that meets the pro-

grammatic requirements of the new theater. Highlighted the large windows and

marked the vertical entrance, according to the draft of the author.

The intersection of these two structures gave the building new meanings,

identifying the “different times of building’’ and using the plan of Cristino da

Silva, in essence.

Page 263: Vão
Page 264: Vão
Page 265: Vão
Page 266: Vão
Page 267: Vão

Programa

Localização

Data do Projecto

Área

Cliente

Program

Location

Project Date

Area

Client

Reabilitação do edifício do Capitólio

Parque Mayer, Lisboa

2008

4 100m2

Page 268: Vão

Este “projecto urbano” pretendeu conseguir um relacionamento óptimo dos

espaços em questão com a estrutura urbana envolvente, eliminando o estatu-

to de ilha urbana até então assegurado pelo sistema de percursos, ancorado

em portas urbanas.

O Jardim Botânico é, simultaneamente, um local protegido e uma paisagem

lúdica que acompanha um dos percursos estruturantes entre a Rua Castilho

e a Rua da Alegria, tendo a mesma cota topográfica.

O Parque Mayer é reinventado através da praça do Capitólio, que organiza

e estrutura o espaço através de um quarteirão aberto, assegurando o con-

junto de usos pretendidos (hotelaria, serviços e restauração). Estes aspectos

foram sustentados por um estudo económico que definiu os investimentos

públicos e privados e as parcerias necessárias para garantir a implementação

do projecto.

Na área de intervenção convivem várias valências culturais que importava

repor e potenciar, numa dinâmica de flexibilidade e de sustentabilidade.

Sendo que um concurso é sempre uma oportunidade para estudar e experi-

mentar novas ideias, a nossa proposta resultou do conhecimento aprofundado

do espaço envolvente e dos espaços complementares do Capitólio. Como

corolário do processo de investigação, a proposta surgiu de forma quebrada e

deformada, tendencialmente quadrangular, revelando uma possível referência

histórica. Apercebemo-nos que é do entendimento das condicionantes do pro-

jecto e das suas relações que surge, naturalmente, a forma.

This “urban project” intended to optimize the relationship of the spaces under

scrutiny with the surrounding urban structure, eliminating the current status of

urban island, so far assured by means of pathways, anchored in the urban

gateways.

The Botanical Garden is both a protected and recreational landscape that

leads along one of the structural pathways between Rua Castilho and Rua da

Alegria, having the same topographical elevation.

The Mayer Park is reinvented through the Capitólio square, which organizes

and structures the space through an open block, assuring the full range of its

intended purposes. Such as Hotels, Restaurants and other Services. These

aspects have been bolstered by an economic study that defines the public

and private investments and partnerships to ensure the implementation of

the project.

In the intervention area co-exist several different cultural valences that were

important to restore and enhance, in a flexible and sustainable dynamics.

Since a tender is always an opportunity to study and experiment with new

ideas, the proposal resulted from a deep knowledge of the surrounding space

and the complementary spaces of Capitólio. As a corollary of the research

process, the proposal came from a broken and deformed form, underlying

square, revealing a possible historical reference. Once the project constraints

and its relationships are perceived, the form emerges naturally.

PARQUE MAYER, JARDIM BOTANICO

PARQUE MAYER, BOTANICAL GARDEN

AND POLYTECHNIC SCHOOL BUILDINGS

E EDIFICIOS DA POLITECNICA

Page 269: Vão
Page 270: Vão
Page 271: Vão
Page 272: Vão
Page 273: Vão
Page 274: Vão
Page 275: Vão
Page 276: Vão
Page 277: Vão
Page 278: Vão
Page 279: Vão
Page 280: Vão
Page 281: Vão

Programa

Localização

Data do Projecto

Área

Cliente

Program

Location

Project Date

Area

Client

Reabilitação do Parque Mayer e zona envolvente

Parque Mayer, Lisboa

2008

135 000m2

Câmara Municipal de Lisboa

Page 282: Vão

Esta cidade do norte de Inglaterra promoveu um concurso para realizar um

centro de arte, com um programa de alguma complexidade. A atitude pro-

jectual resultou da leitura do desenho urbano da cidade, onde o rio tem um

papel estruturante.

A volumetria proposta, acentuada por uma grande transparência, vira-se para

o rio num contínuo virtual que dá continuidade ao parecer marginal. A inclina-

ção e direccionamento da cobertura marcam essa intenção.

Mais uma vez, o manuseamento da luz interior constituiu uma prioridade nos

percursos de exposição que valem por si.

This city in the north of England promoted a competition to build an art center

with a somehow complex program. The projects attitude resulted from the

reading of the city’s urban design where the river has a structuring role.

The proposed volume is enhanced by a great transparency turns to the river

in a virtual continuous that gives continuity to the margins. The slope and roof

direction mark that intention.

Once more, the interior light handling is a priority in the exposition paths that

is worth on its own.

MUSEU E CENTRO DE ARTE CONTEMPORANEA

MUSEUM AND CONTEMPORARY ART CENTER

NORTHWICH - ENGLAND

NORTHWICH - INGLATERRA

Page 283: Vão
Page 284: Vão
Page 285: Vão

12_13

Page 286: Vão
Page 287: Vão

12_13

Programa

Localização

Data do Projecto

Área

Cliente

Program

Location

Project Date

Area

Client

Equipamento, Centro Cultural

Northwich, Inglaterra

2009

3 350m2

RIBA - Royal Institute of British Architects

Page 288: Vão

CRONOLOGY WORK AND PROJECT

CRONOLOGIA OBRA E PROJECTO

P.G.U. de Aljezur e Igreja NovaC.M. de AljezurP.P.U. de Igreja NovaC.M. de Aljezur

Edifícios de Apartamentos (Férias) SoltroiaCoop. CondóminosEdifício de Habitação BifamiliarManuel S. DuarteHabitação Unifamiliar – Costa da CaparicaRoberto A. Rego SantosEdifícios de Habitação + Armazém – SeixalSociedade Const. Faustino E HelderAmpliação de Habitação (Geminada)- Costa da CaparicaErnesto Castelo Branco

Centro de Dia e Lar de 3ª Idade – CadavalMisericórdia do Cadaval

Parque Campismo – Guarda Fiscal Fonte da TelhaJ.T. Ferreira -Parque Campismo – Parque VerdeCom. Geral Guarda Fiscal

Loteamento Habitações UnifamiliaresVictor Mendes e outroLoteamento Habitações Unifamiliares em Banda – Amora – SeixalOrlando P. dos Santos

Edifício Habitação Colectiva - Alterações – Mem Martins – AlgueirãoJaime Carvalhão

Renovação e Restauro de Lar, Av. António Paiva nº21, Ponte da Bica, - Caneças – Séc. XX, Estado NovoHospital Garcia Orta

Ampliação do Parque de Campismo de Quarteira em colaboração com o Arq.º Bernardo Dupias Alves e Carlos MacelOrbitur

Loteamento Habitações Unifamiliares (Geminadas)C. M. de Alfândega da FéLoteamento Urbano Pequena IndústriaC. M. de Alfândega da FéLoteamento Urbano Habitação Unifamiliar em BandaC. M. de Alfândega da FéLoteamento Urbano Pequena Indústria + HabitaçãoC. M. de Alfândega da FéLoteamento Urbano Habitação Mista + ComércioC. M. de Alfândega da Fé

Agro-Turismo - Olival do Mourão – TorrãoGIIP

Edifício Habitação UnifamiliarMário Fernandes AlvesEdifício Habitação + ComércioJosé Rodrigues DiasEdifício Habitação Unifamiliar – AzeitãoManuel Joaquim Candeias

Armazém Geral - Centro Social do Pisão- CascaisMisericórdia de CascaisUnidade Integrada de Equipamento Centro de Dia, Creche e ATLParóquia da Imaculada Conceição da Charneca da Caparica

Jardim com Pequeno Parque Desportivo– AljezurC. M. Aljezur

Plano de Reordenamento da Marginal de QuarteiraF. Turismo C. M. de Loulé

Ampliação de Habitação – SesimbraNuno Fachada

Parque de Campismo – Sesimbra - MecoCampimeco, SARL

1981 1982 1983 1984

Page 289: Vão

12_13

Loteamento Urbano (Plano de Estrutura) – Melides – GrandolaMarcelino Mota e outros

Edifício de Habitação + Cave – LisboaFernando André e outroReconversão de habitação Unifamiliar - SintraPedro Franco e outrosEdifícios de Habitação + Comércio - FundãoVictor Mendes

Centro Formação Profissional de ViseuSecretaria Estado Emprego e Formação ProfissionalCentro Comercial e Abastecedor – BatalhaC.M. da Batalha

Ampliação de Parque de Campismo SeixalParque Verde, SARLEdifícios de Apartamentos Turísticos Soltroia F. R. Grade

Plano Litoral de Aljezur (Costa Vicentina)S.E.A. - SNPRCN

Remodelação e Ampliação da Loja Óptica LisboaT. P. Garcez Remodelação e Ampliação de Habitação – Belém – LisboaAntónio Ávila de Melo

Centro de Dia e Lar de Idosos – Angola – Estudo PrévioReilima, Lda.

Centro de Acção e Reflexão Cultural - CarcavelosIgreja EvangélicaLoja Tipo (Concurso)TAP Air PortugalRemodelação de Centro de Apoio LaboralCRSS de LisboaRemodelação de Restaurante – “Atrium” – Costa da CaparicaTavares Mourato e outroUnidade Industrial de Armazenamento Alto da Guerra – SetúbalNovoliva

Ordenamento Frete Edificada Quarteirão da Vila da BatalhaC. M. da BatalhaP.G.U. de OdeceixeC.M. de AljezurP.P. Ordenamento da Praia de FaroSNPRCNP.D.M. AljezurC.M. de Aljezur

Urbanização D. Fernando – Aldeamento Turístico – LagoaDavid Warren

Remodelação e Ampliação de Habitação Costa da CaparicaTavares Mourato Edifício de Habitação UnifamiliarJ. Vieira Gonçalves

Hospital de Dia e Quimioterapia – LisboaHospital de Sta. MariaServiços Administrativos de H.S.M.– LisboaHospital de Sta. MariaConsulta de Cirurgia H.S.M. -Remodelação - LisboaHospital de Sta. MariaConsulta de Apoios de Quimioterapia e Otorrino H.S.M. – LisboaHospital de Sta. MariaZonas de Atendimento Público e Apoios CRSS de LisboaSO, Recobro e Unidade de Cirurgia Ambulatória - ORL RemodelaçãoHospital de Sta. MariaHabitação Unifamiliar – Vila Franca de XiraVictor Levezinho

Loteamento Urbano Porches e Lagoa – Estudo PrévioDavid WarrenLoteamento Urbano Fontainhas do Mar – GrandolaAbílio CardosoLoteamento Urbano Igreja Nova – AljezurJ. M. AndréLoteamento Urbano Quinta dos Pilotos – Vila Nova da Caparica – AlmadaCom. ProprietáriosLoteamento Urbano Penedo Ruivo – Vila do BispoM. Faria BastosLoteamento Urbano – Sesmarias – LagoaSr. Hafidh

Fiscalização da Obra- – Varandas de Cen-teanes – CarvoeiroDavid WarrenRemodelação e Ampliação de Edifícios- Rua do SalitreSalitre Inv. Imobiliários

Igreja Evangélica Acção Social Algés- OeirasIgreja EvangélicaRemodelação Escola Especial (Instituto Adolfo Coelho) – Largo da Luz 1 – LisboaCRSS Lisboa

Agro -Turismo - Caeiros AljezurJ.M. André

1985 1986 1987 1988

Page 290: Vão

P. Salvaguarda da Zona Envolvente ao MosteiroC. M. da BatalhaEst. Recuperação e Ordenamento da Lagoa de Óbidos, Concha de S. Martinho do Porto e Orla Litoral IntermédiaCCRLVT/DGRN

Concurso para o Novo Edifício da C.M. Sintra (2º lugar)C.M. SintraCentro de Interpretação e Reabilitação Nave – Serra da EstrelaP.N. Serra da Estrela

Remodelação de EscritórioPetrogalAgência Bancária (Odeceixe)C.C.A.M. de Aljezur Estação de ServiçoIdetex

Centro de Interpretação e Reabilitação Nave – Serra da EstrelaP.N. Serra da Estrela

Plano de Ordenamento da Área de Paisagem Protegida do Sudoeste Alente-jano e Costa VicentinaSNPRCNP.D.M. de Caldas da RainhaC.M. Caldas da RainhaP.D.M. do BombarralC.M. do BombarralP.D.M. de ÓbidosC.M. de ÓbidosEstudos Sumários e Programa Preliminar- P.D.M. da NazaréC.M. da Nazaré

Colaboração com o Arq. José Callado no Loteamento Urbano – SeixalSobelvi/ Arq. José CalladoColaboração com o Arq. Chuva Gomes no Loteamento Urbano da Quinta da fonte da Prata – MoitaGrupo Mello/ Arq. Chuva Gomes

Habitação Unifamiliar - Tróia - Grândola LuwishHabitações Unifamiliares em Banda 1 - Tróia - GrandôlaGIIPHabitações Unifamiliares em Banda 2 - Tróia - GrândolaSr. Vicente + Mário SantosHabitação Unifamiliar – Tróia - GrândolaCarlos Mota SoaresHabitação Unifamiliar 3 – Tróia - GrândolaRestécnicaEdifício de Habitação - Rua Direita 9 - LisboaÁlvaro Santos

Estudo de Volumes – Campo Grande - LisboaAcomave

Valorização da Cerca do Castelo de Óbidos (Concurso)C.M. Óbidos/IPPC

Estação de Serviço – Quimigal - BarreiroIdetexUnidade Industrial – Carnaxide - OeirasAntónio Gomes Vieira e Filhos, Lda.Edifícios de Escritórios – Av. Visconde Valmor - LisboaAcomaveRemodelação de Escritório – Av. Fontes Pereira de Melo - LisboaPetrogal

Apartamentos Turísticos - Tróia – GrândolaEng.António Gomes Reabilitação e Renovação do Edificio para Turismo Rural - Quinta Silveiras - LeiriaFamília Zuquete Unidade Hoteleira - Qta. da Cerca – BatalhaAntónio Gomes Vieira e Filhos, Lda.

P.P.U. e Reconversão do Núcleo Habitacional da Fonte da TelhaSNPRCNP.P. da Célula BC.M. da BatalhaP.D.M. da LourinhãC.M. da LourinhãReordenamento da EN 120 e Largo do MercadoC.M. da LourinhãInfra-estruturas Viárias – Fonte da TelhaSNPRCN

Análise e Apreciação de Propostas – Lotea-mento – Caramujeira - LagoaFamília Peres Gomes

Edifícios de Habitação + Comércio - Célula B, BatalhaC. M. da Batalha Habitação Unifamiliar – Vila Franca de XiraVictor Levezinho

Centro de Interpretação - Gâmbia - SetúbalReserva Natural Estuário SadoPaços de Concelho - Célula B - BatalhaC.M. Batalha Posto Turismo - Célula – BatalhaC.M. BatalhaCentro Formação Profissional ViseuInst. Emprego e Formação ProfissionalPiscinas e Apoios – Praia da Areia BrancaC.M. Lourinhã

1989 1990 1991

Page 291: Vão

12_13

Plano de Ordenamento Paisagístico – MonsantoMinistério da JustiçaParque Urbano de Alvalade (concurso)C.M. de Lisboa

Loteamento Industrial – Vila Franca de XiraN.P.N., SA

Edifício de Habitação e Comércio – Batalha Louro BeloEdifícios de Habitação Unifamiliar – T3 e T4 tipo - Torres VedrasComp. Agrícola Sanguinhal

Renovação e Restauro de Lar, Av. António Paiva nº21, Ponte da Bica, - Caneças – Séc. XX, Estado NovoIrmãs Missionárias de Nossa Senhora de Fátima

Ampliação e Remodelação do Serv. de Anatomia Patológica - Secção e Medicina Legal - HGO Hospital Garcia Orta

Restauro de Valorização de Castelo - LinharesParque Natural da Serra da Estrela

-Remodelação Interiores - Escritório- Lisboa Miguel Faria Bastos -Renovação e Restauro de Lar, Av. António Paiva nº21, Ponte da Bica, - Caneças – Séc. XX, Estado NovoIrmãs Missionárias de Nossa Srª de Fátima

P.P. Adjacente à Zona DesportivaC.M. do BombarralP.G.U. de ÓbidosC.M. de ÓbidosP.P.U. Casais de PedrógãoC.M. de ÓbidosP.P.U. S. MartinhoC.M. de Alcobaça

Agro-Turismo - Olival do Mourão - TorrãoGIIP

Armazém Geral - Centro Social do Pisão- CascaisMisericórdia de Cascais

Valorização Paisagística Zona ao Mosteiro da BatalhaIPPARP.U. Turisel / CasalitoC.M. de ÓbidosPlano Estratégico Intervenção - Palácio das Necessidades - LisboaMin. Negócios Estrangeiros

Habitação Unifamiliar - Vale Engenho- LagoaAna Aleixo

Remodelação do Serviço de Sangue e Bar de Consultas Externas - HGOHospital Garcia OrtaRemodelação e Ampliação Serviço de Urgência Geral - HGOHospital Garcia Orta

Remodelação e Beneficiação Colónia de Férias da Praia Azul - Torres VedrasCRSSLVTAmpliação e Remodelação do Cinema S. Jorge - Lisboa (Património) – Séc. XXCIC

Residencial Inês de Castro – AlcobaçaResidencial Inês de Castro,Lda.

Ampliação e Remodelação do Cinema S. Jorge - Lisboa (Património) – Séc. XXCIC

P.E.V. do BombarralC.M. do BombarralP.U. da Cidade de AbrantesC.M. de Abrantes

Integração Paisagística do Edificado da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo – BatalhaArquiprojecta

Alteração Edifício Habitação + Comércio- BatalhaJorge ReisAmpliação e Remodelação de Habitação Unifamiliar - Restelo – LisboaCarmelita Castro e Família Complexo Habitacional – Picheleira, LisboaPrograma P.E.R.Engil

Lar e Centro de Dia para 3ª Idade - Queluz CBESQRemodelação do Lar e Centro de Dia, na Rua Professor Sousa Câmara nº196 Campolide- Lisboa – Séc. XXAssociação Infanta D. Mafalda

Remodelação do r/c e cave – LisboaCRSSLVT

Apartamentos Turísticos - Aroeira (Con-curso Limitado)Silaroeira

Remodelação do Lar e Centro de Dia, na Rua Professor Sousa Câmara nº196 Cam-polide- Lisboa – Séc. XIXAssociação Infanta D. Mafalda

1992 1993 1994 1995

Page 292: Vão

Plano de Ordenamento da Orla - Costeira Alcobaça – SintraI.N.A.G.Plano de Ordenamento da Orla Costeira – Alcobaça – SintraI.N.A.G.

Plano de Pormenor da Mundet – MontijoSIPSAPlano de Pormenor da Zona industrial a Nascente da Área Urbana do MontijoSIPSAPlano de Reabilitação do Parque Mayer, LisboaINOGI (Grupo Amorim)

Remodelação do Bar - H.S.J. – LisboaHospital S. José Remodelação Chalé dos Pêssegos – HSJHospital S. José

Quartel da GNR - Torrão - Alcácer do SALGEPI/MAI Quartel da GNR - Viseu GEPI/MAI

P.U. da LourinhãC.M. da LourinhãPlano de Ordenamento da Zona de Catembe (600.000 hectares) – MoçambiqueFERCONSULT

Reabilitação Largo Chafariz de Dentro, conjunto L - Alfama, Lisboa – Séc. XVIIIE.B.H.A.L.

Remodelação do Serviço Imunohemoterapia e Bar - HGO – AlmadaHospital Garcia OrtaRemodelação Serv. Cirurgia 3.1 - H.S.J.- LisboaHospital S. José

Conjunto Habitacional de 263 Fogos – Praia da Baracoa – Havana – CubaGrupo Amorim

Loteamento da Jardoeira – BatalhaSr. José MarcelinoLoteamento 1 e 2 – antiga Zona Industrial- MontijoEngiarte, S.A.

Alteração Edifício Habitação + Comércio – Lotes 6, 7, 10 - BatalhaJosé Marcelino

Pavilhão Multiusos – BatalhaC.M. Batalha

Elaboração do Projecto das Instalações do Serviço Local do CacémCRSSLVT

1996 199919981997

Page 293: Vão

12_1312_13

Valorização do Largo 14 de Agosto – BatalhaC.M. Batalha

Loteamento Urbano na Zona Expansão Industrial – Alto das Gaeiras - ÓbidosSocoliro Construções, S.A.Loteamento Urbano de Cesar – Oliveira de AzeméisProfº Aires de SousaLoteamento em Vale de Rãs – LouléMCH, Prom. Habit. Coop

Edifício Multifamiliar – Foz do ArelhoJosé Marcelino, José Monteiro

Pavilhão Gimnodesportivo - BatalhaC. M. da BatalhaProjecto Reutilização do Palácio dos Marqueses de Ponte de Lima - Mafra – Séc. XIXC.M. Mafra

Edifício de Escritório - Carnaxide - OeirasInvestorémEmpreendimento Lúdico - Comercial Casal da Amieira – BatalhaProgressivo, SAEdifício de Escritórios na Av. Fernando Conselheiro de Sousa - Amoreiras - LisboaS. João Bosco, S.A.

Projecto Reutilização do Palácio dos Mar-queses de Ponte de Lima – Mafra C.M. Mafra

Elaboração do Projecto de Estruturação dos Espaços Públicos – Montijo (Concurso).C. M. Montijo

Estudo Urbano do Parque Mayer – LisboaGrupo Amorim

Projecto de Alterações de Arq. Edifício Hab.+ Com. - Eduardo JordãoJosé Marcelino

Projecto do Novo Edifício de Urgência Geral, das Novas Consultas Externas e Parque de Estacionamento – AlmadaHospital Garcia de OrtaEdifício do Centro de Desenvolvimento da Criança e Serviço de Psiquiatria – AlmadaHospital Garcia de Orta

Piscina Coberta de S. Mamede - Proj. para Instalação do Tanque de Aprendizagem de Natação. C. M. da BatalhaMuseu Rural de Canha – Montijo – Estudo PrévioC.M. Montijo

Ampliação do Centro Paroquial de Vale Figueira – AlmadaCentro Paroquial Vale Figueira

Edifício de Habitação – Rua da Fonte nº 9 Carnide - Estudo PrévioSr. Josué Esperto

Remodelação de Conjunto Habitacional – Santarém – Estudo Prévio – Séc. XIXRosa Tomás, S.A.

Estudo Prévio para o Centro de Dia da 3ª Idade – LisboaHospital da Ordem Terceira

Estudo Prévio para a Casa de GoaCasa de Goa

Gimnodesportivo V.F. Xira - Concurso (3º lugar)C.M. Vila Franca de Xira

Reabilitação e Ampliação Teatro Rosa Damasceno – Santarém – Estudo Prévio– Séc. XX, 1938Rosa Tomás, S.A.

Projecto do Palácio de S. Bento – Rua de S. Bento, LisboaIncenso, Lda.

2000 2001 2002 2003

Page 294: Vão

Plano de Pormenor da zona Desportiva – Bombarral.C. M. Bombarral

Loteamento Urbano de Industria - PenafielDr. Manuel Castelo Branco

Projecto para Alteração e recuperação de Edifício de habitação e serviços – Av. 24 de Julho – LisboaImoplazaMoradia Unifamiliar – Aveiras AzambujaAntónio José Clemente

Conjunto Habitacional na Rua dePedrouços, 111 a 123Profelix

Elaboração do Projecto para um Hotel de 5 estrelas na Rua Castilho, 6 a 12, LisboaTeltilho

Remodelação do Palácio Silva Amado (Imóvel classificado em 1996)Euroimobiliária Afer

Projecto para uma moradia em Lazareto, São Vicente, Cabo VerdeJoaquim MonteiroProjecto para Alteração e recuperação de Edifício de habitação na Rua Francisco Manuel Melo, 23/ R. da Artilharia 1, LisboaTeltilho

Remodelação do Edifício na Av. Duque d’Loulé, 123 – Campo Grande, LisboaINOGI - Grupo Amorim

Remodelação do Edifício sito na Rua da Arriaga, nº 10, LisboaGiriniRemodelação do Edifício sito na Av. da Liberdade, nº 236, LisboaMaria Amélia Guedes Maria Madalena SousaRemodelação do Edifício sito na Rua Rosa Araújo, nº 16, LisboaEuroimobiliáriaRemodelação do Edifício sito na Calçada das Necesidades, nº 44, LisboaParticularRemodelação do Edifício sito no Largo Trindade Coelho, 18 a 23/ Travessa da Queimada, 2 a 16, LisboaPUTT, S.A.Remodelação do Edifício sito na Rua do Comércio 52 a 40 e Rua da Prata 28, LisboaRiera Construccions

Edifício de Habitação Multifamiliar, na Rua Vitor Bastos, nº 52ª e B, Campolide, LisboaJosé Marcelino

Elaboração do Projecto para um Hotel de 4 estrelas na Rua da Artilharia 1, LisboaTeltilho

2004 2005 20072006

Page 295: Vão

12_1312_1312_13

Plano e Projecto para o Empreendimento Rabo de Côco Resort, Vila do Tarrafal, Ilha de Santiago, Cabo VerdePlenty Home, Lda.

Elaboração do Projecto para um Hotel nos Restauradores, n.º 13, LisboaLeirimundo, S.A

2008

Page 296: Vão

João Gabriel Viana de Sousa Morais nasceu em Lisboa em 1955. É Arquitecto pelo D.A.-E.S.B.A.L., em 1979;

Pós-graduado em Planeamento Urbanístico pela ESBAL, em 1983; Doutor em Arquitectura pela F.A.-U.T.L., em 1993;

e Agregado em Arquitectura pela U.B.I., em 2007.

Actualmente é Professor Associado da F.A.-U.T.L.

Tem desenvolvido a sua Investigação Académica nas áreas do Projecto, Desenho e Projecto Urbano, História Urbana

particularmente em África, tendo publicado inúmeros artigos em Periódicos Nacionais e Internacionais, destacando-se

a publicação na Revista de Pós-Graduação em Arquitectura e Urbanismo da FAUUSP, n.º 19: “A intemporalidade do

Manual do Vogal sem Mestre”, de Junho de 2006. É ainda autor dos seguintes livros:

João Gabriel Viana de Sousa Morais was born in Lisbon, in 1955. Graduated from D.A.-E.S.B.A.L. in 1979;

Post-Graduate in Urban Planning from ESBAL, in 1983; Phd in Architecture from F.A.-U.T.L., in 1993; and Post Doctor

from U.B.I. in 2007.

He is an associate Professor at F.A.-U.T.L.

Has developed his Academic Research in the areas of Project, Design and Urban Project, Urban History, with incidence

in Africa, having published numerous articles in National and International Jornals, highlighting the publication in the

Post-Graduate Magazine of Urbanism and Architecture of FAUUSP, nº19: ‘The timelessness of the Manual of the Board

Member without a Master’, in June 2006. And is also the author of the following books:

NOTA CURRICULAR

CURRICULAR NOTE

-O Território do Projecto, registos conceptuais em Arquitectura

Centro Editorial da Faculdade de Arquitectura – UTL Lisboa 2009

-“ Metodologia do Projecto em Arquitectura, Organização Espacial na Costa Vicentina”,

Editorial Estampa, Lisboa 2005.

-“Maputo, Património da Estrutura e Forma Urbana, Topologia do Lugar”,

Livros Horizonte, Lisboa 1995.

-Com F. Roseta, “Os Planos da Avenida da Liberdade e seu Prolongamento”,

Livros Horizonte, Lisboa 2006.

-“(Re)Construção de uma disciplina em Arquitectura”, Livros Horizonte, Lisboa 2007.

Page 297: Vão

João Pedro Rosado, nasceu em Redondo em 1951. É Arquitecto, pela Escola Superior de Belas Artes de Lisboa da

Universidade Técnica de Lisboa. Actualmente é doutorando em História de Arte pela Faculdade de Ciências Sociais e

Humanas –Universidade Nova de Lisboa.

Desenvolve a profissão liberal na “Vão Arquitectos Associados, Lda.”, desde a sua fundação. Desde 1996 é sócio-

gerente da “Vão Arquitectos Associados, Lda.”, onde desenvolve a área de investigação em Projecto.

Em Arquitectura tem uma vasta obra em Habitação, Equipamentos e em particular em intervenções com valor Patri-

monial.

É Professor Titular no Ensino Secundário.

Participação em diversas exposições de Artes Plásticas Colectivas entre as quais a 1ª Bienal de Arte e Arquitectura em

Sintra, subjugada ao tema “Intervenções Urbanas”.

É autor de diversas publicações, destacando-se as seguintes:

João Pedro Rosado, was born in 1951 in Redondo. He’s graduated from Escola Superior de Belas Artes de Lisboa da

Universidade Técnica de Lisboa, in Archicture. Presently finishing his PHD, in ‘Art History’, from the Universidade Nova

de Lisboa, Faculty of Human and Social Sciences

Practices architecture in ‘Vão Architects Associated Ltd’ since its foundation. And is one of the managing partners since

1996, responsible for Project Research Area.

In Architecture has a vast amount of Works in Residential, Public and, in particular interventions in Heritage Listed

Buildings.

Is a High School Teacher.

A participant in Collective Art exhibitions, including the 1st Art and Architecture Biannual in Sintra, subdued the theme

“Urban Interventions”

And author of several publications, emphasizing the following:

12_1312_1312_13

“Hermes e o frigorífico”, editora & Etc., 1982.

“Tabula Rasa”, editora & Etc., 1997.

Page 298: Vão

A atuação profissional na “Vão Arquitectos Associados, Lda.”, de João Sousa Morais, e João Pedro Rosado, sócios-

gerentes, exibe projectos diversificados quanto à escala, programa, técnicas empregadas e opções estéticas. Diversos são

também os lugares que mereceram suas propostas, como a Batalha, Loulé e Lisboa em Portugal, Ilha de Santiago em

Cabo Verde e Fez no Marrocos. Intensa atividade que fertiliza um longo trajeto acadêmico não apenas no âmbito arquit-

etônico, mas também no da contextualização urbana.

O diapasão de seus trabalhos compreende a casa, o conjunto residencial permanente ou sazonal, bem como equipamentos

coletivos para a instrução, saúde e cultura. Denota sempre ampla visão do todo e inserção cuidadosa na vizinhança urbana

ou rural. O Pavilhão Multiuso da Batalha nunca deixa esquecer a vetusta presença do grande mosteiro, nem o loteamento

de Vale de Rãs ignora consubstanciar uma fímbria entre o campo e Loulé.

Tal diversidade advém dos programas enfrentados, porém a moradia isolada não perde o diálogo com a verticalizada, se

for o caso modula todo um vasto empreendimento. Nas obras mais complexas, o partido claro orienta a distribuição dos

ambientes, a circulação por vezes desafiadora e não somente considera como realça os arredores.

Nítidas escolhas definem os sistemas e os materiais construtivos utilizados, mormente quando mais de um participa da

mesma obra. Alvenaria, concreto armado, tramas metálicas se casam então com lógica acessível a qualquer usuário para

conduzí-lo e surpreendê-lo no que importa ao projeto: a fruição de uma orla marítima, de um logradouro público, do marco

que é a Batalha.

Frequente, a valorização das superfícies horizontais e verticais reforça a concisão das plantas mais difíceis e a empatia

com as redondezas. Andares e paredes, auxiliados pelos panos de vidro e pelo judicioso emprego da cor, contrastam e

conferem leveza além de unidade aos volumes.

Tais características discretas nunca afrontam as mais distintas localidades e contextos. Para ilustrar, as recentes remodela-

ção do edifício lisboeta Duque de Loulé, reabilitação na Santos alfacinha e o complexo turístico caboverdiano. A valorização

de seus planos internos e externos se dá igualmente com o que lá estava e com o que lhe foi aposto, entre o recuperado

e o acrescido, no objeto e no sítio de intervenção.

Este exercício profissional dos arquitectos com seus colegas de escritório vem demarcando um percurso próprio e uma

linguagem peculiar, constituindo referência para as escolas de nosso campo. É sumo de um projetar sempre atencioso em

qualquer oportunidade e forte insumo, ao lado do contributo teórico.

Murillo MarxProfessor Titular da Faculdade de Arquitectura da Universidade de São Paulo

Page 299: Vão

The professional performance of “Vão Arquitectos Associados, Lda”, whose managing partners, João Sousa Morais and

João Pedro Rosado, displays diversified projects in terms of scale, program, technical and aesthetic approaches employed.

Several are also the places that deserved their proposals, such as Batalha, Loulé and Lisbon in Portugal, Santiago Island

in Cape Verde and Fez in Morocco. It is this intense activity that fertilizes a long academic journey not only in architecture,

but also in the urban context.

The pitch of their work includes residential developments that are either permanent or seasonal, as well as public buildings

for education, health and culture. It always denotes a broad overview of its careful insertion with its urban or rural surround-

ings. The Multi-Purpose Pavilion of Batalha never permits to forget the venerable presence of the large monastery, and

neither does Vale de Rãs ignore the fringe that blends the rural fields with the city of Loulé.

Such diversity results from the programs encountered, still the isolated house does not lose the dialogue with the apartment

building, if anything it further modulates the whole development. In the more complex works, they take advantage of the

distribution of spaces and creation of environments, sometimes with challenging circulation obstacles, that not only consider

but simultaneously enhance the surroundings.

Clear choices define the systems and construction materials used, especially when more than one party is involved in the

work. Masonry, concrete, metal frames mingle with logic accessible to any user leading and surprising one on what matters

to the project: the enjoyment of a coastline, a public street, and landmark that is the Batalha.

Frequently the valorization of the horizontal and vertical surfaces enhances the conciseness of the more difficult plans and

the empathy with the surroundings. Floors and walls, aided by glass panes and the judicious use of color, contrast and

bestow lightness as well as unity to the volumes.

Such discrete features never challenge the most distinctive places and contexts. To illustrate, the recent refurbishment of

the building in Duque de Loulé Ave, the rehabilitation in 24 Julho Ave and Cape Verdean Tourist Resort. The value added

of the internal and external plans, happen both with what was previously there and what was added, between the recovered

and the augmented, the objective and the intervention site.

This professional practice of the architects and their office colleagues is leaving a distinctive track record with a unique

language, and becoming a reference for the schools in our field. It is the result of an always attentive design accompanied

with a strong theoretical contribution.

Murillo MarxProfessor Titular da Faculdade de Arquitectura da Universidade de São Paulo

Page 300: Vão

A EQUIPA

A génese da Vão emergiu do percurso de formação académica em parceria com José Luís Loureiro. Em Março de

1982 surgiu o escritório do 4º andar da Rua Júlio César Machado, juntando-se à equipa João Pedro Rosado que,

em 1998, veio a tornar-se sócio da Vão com a saída de José Luís Loureiro.

A formação das equipas de trabalho baseava-se na selecção de alunos da então ESBAL e posterior FA–UTL,

resultante da actividade docente dos fundadores da Vão na Escola de Lisboa.

Fizeram parte da equipa (permanente) fundadora da Vão os seguintes Arquitectos: Carlos Penin Loureiro, com o

incontornável talento do Desenho;Ana Sofia Machado, Ricardo Moura e Sérgio Cerveira com a intuição de interpre-

tar programas e desenvolvê-los; Pedro Franco e Pedro Quintas, exercitando o projecto de execução; Luís Sanchez

Carvalho, assinalando a passagem da Arquitectura para o Plano e evidenciando o seu pragmatismo sem esquecer

o sentido criativo, passando o testemunho à segunda geração; e, por fim, Nuno Raposo que, sem o sentido das

horas, nunca perdeu o sentido do rigor e inovação nos Planos.

Nesta segunda geração destacam-se Vera Alves Pereira, pelo rigor na gestão do projecto de Arquitectura, fun-

cionando de charneira para a terceira geração; Maria João Matos e Pedro Duarte Bento, que instituiu o 3D com

pesquisa de imagens e que é, nesta publicação, o responsável pela imagem.

Nos últimos anos, a dupla Sara Abegão e Paulo Iria tem assegurado a consistência do projecto de Arquitectura e,

em particular, a materialização do mesmo.

Page 301: Vão

THE TEAM

Vão was created in partnership with José Luís Loureiro in March 1982, at Rua Julio César Machado nº 4, resulting

from their academic background. João Pedro Rosado joined the team at the time and became partner in 1998 when

José Luís Loureiro left Vão.

The recruiting was based on the selection of students from ESBAL, later FA-UTL, arising from the academic activi-

ties of the founders of Vão.

The following architects were permanent members of Vão’s founding team: Carlos Penim Loureiro, outstanding

designer; Ana Sofia Machado, Ricardo Moura and Sérgio Cerveira with the intuition to interpret and develop pro-

grams; Pedro Franco and Pedro Quintas, delivering the projects; Luís Sanchez Carvalho, making the bridge from

Architecture to the Planning, true to his pragmatism without forgetting the creative sense, and passing the testimony

to the following generation; and last but not least, Nuno Carvalho, who without sense of punctuality, never lost his

sense of rigor and innovation in Planning.

In this second generation, standout Vera Alves Pereira, for her rigor in Architecture Project Management, serving as

an example for the third generation; Maria João Matos and Pedro Duarte Bento, who installed the 3D with image

search, and that is responsible for the same in this publication. In the last few years, Sara Abegão and Paulo Iria

have secured the consistency of the Architectural Project, and in particular, its delivery.

12_1312_1312_13

Page 302: Vão
Page 303: Vão

PUBLICATIONS

PUBLICACOES

• Projecto da Unidade de Psiquiatria e Pediatria para o Hospital Garcia de Orta com o Arq.

João Pedro Rosado, in Revista Arquitectura e Vida, N.º 77. Dezembro 2006.

• Loteamento e Edificações da Jardoeira na Batalha, com o Arq. João Pedro Rosado, in

Revista Arquitectura e Vida nº 56. Janeiro 2005.

• Projecto do Pavilhão Multiusos da Câmara Municipal da Batalha, com o Arq. João Pedro

Rosado, in Revista Arquitectura e Vida. Março 2002.

• Projecto dos Paços do Concelho da Batalha, com o Arq. João Pedro Rosado, in Associação

Técnica da Indústria do Cimento, nº 2. Novembro de 2001.

• Projecto do Centro de Formação Profissional de Viseu, com o Arq. João Pedro Rosado, in

Revista Architécti, n.º 36. Dezembro 1995.

• Plano de Urbanização de Óbidos, com o Arq. João Pedro Rosado, in Revista Architécti, n.º

30. Agosto / Setembro / Outubro 1995.

• Habitação Unifamiliar, Lote 327, Soltroia, Grândola, com o Arq. José Luís Loureiro in Re-

vista Architécti n.º 29. Junho / Julho / Agosto 1995.

• Valorização Paisagística da Zona Envolvente do Mosteiro de Santa Maria da Vitória, na

Batalha, com o Arq. João Pedro Rosado, in Revista Arquitectos n.º 147. Maio 1995.

• Habitação Unifamiliar, Lote 371, Tróia, com o Arqº José Luís Loureiro, in Revista Arquitectos

n.º 141. Novembro 1994.

Page 304: Vão

AGRADECIMENTOS

AKNOWLEDGEMENTS

Prof. Murillo Marx

Prof. Michael Toussant

Prof. Pedro George

Arqtª. Pilar Costas

Arqtº. Luís Shanchez Carvalho

Engª. Fernanda Guapo

Com o apoio de:with the support of:

_Caixa Geral de Despósitos - Faculdade de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa

_Câmara Municipal de Aljezur

_Câmara Municipal da Batalha

_J. Marcelino Imobiliárias lda.

_Nova Terra-Cooperativa de Habitação e Construção Económica de Loulé CRL

_Girini - Imobiliária, Consultadoria e Hotelaria, S.A.

_SDG - SGPS, S.A.

Page 305: Vão
Page 306: Vão

p01

Page 307: Vão

p01 p02

Page 308: Vão

p03

Page 309: Vão

p03 p04

Page 310: Vão

p05

Page 311: Vão

p05 p06

Page 312: Vão

p07

Page 313: Vão

p07 p08

Page 314: Vão

p09

Page 315: Vão

p09 p10

Page 316: Vão

p11

Page 317: Vão

p11 p12

Page 318: Vão

p13

Page 319: Vão

p13 p14

Page 320: Vão

p00

p01

p02

p03

p04

p05

p06

p07

p08

p09

p10

p11

p12

p13

p14

Estudos para o concurso público do Parque Mayer

Edifício Avenida Infante Santo

Edifício Avenida Infante Santo

Edifício Avenida Infante Santo

Remodelação de Conjunto Habitacional, Santarém

Habitação Unifamiliar Calçada Marquês de Abrantes

Habitação Unifamiliar Calçada Marquês de Abrantes

Pavilhão Gimnodesportivo, Vila Franca de Xira

Edifício multifamiliar, Vale de Rãs, Loulé

Habitação Unifamiliar Calçada Marquês de Abrantes

Concurso do Museo e Centro de Arte Contemporânea em Northwich (Inglaterra)

Remodelação de Conjunto Habitacional, Santarém

Remodelação de Conjunto Habitacional, Santarém

Page 321: Vão

Ficha Técnica

Arranjo Gráfico

Catarina Sousa Morais

Pedro Duarte Bento

Page 322: Vão

A presente publicação assinala a produção do atelier Vão Arquitectos As-

sociados no período correspondente entre 1981 e 2009. Nos domínios do

Planeamento Urbanístico, Desenho Urbano e Arquitectura.

As principais obras, projectos e planos seleccionados, correspondem a tra-

balhos de referencia destas três décadas em que a conceptualização do pro-

jecto tem sido uma constante, ou melhor a “cultura do projecto” com carácter

autónomo da arquitectura.

A última década privilegia a arte de edificar, ou seja, a arquitectura como

consequência da pratica projectual.

Mais do que um atelier, a VÃO tornou-se numa escola de pratica profissional

no vasto território da arquitectura onde a investigação tem sido uma cons-

tante, sobretudo quando nos tempos de hoje a imagem parece prevalecer

sobre a obra, ou seja, a Arquitectura.

This publication presents the atelier Vão work production between 1981 and

2009, in the fields of Urban Planning, Urban Design and Architecture.

The works, projects and plans selected correspond to reference works from

the past three decades, were the project’s concept has been constant, al-

lowing even to speak of a “project culture” with the autonomous character of

architecture.

The last decade favors the construction art, this is, the Architecture as con-

sequence of the Project practice.

More than atelier, Vão became a school of professional practice in the vast

architecture territory, where the investigation has been a constant, specially

when in our days, the image outstands the work.

Page 323: Vão