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PROJETO PRODER N.º 18614 - PROSPEÇÃO, CONSERVAÇÃO, CARATERIZAÇÃO E MULTIPLICAÇÃO DE VARIEDADES
REGIONAIS DE POMÓIDEAS, PRUNÓIDEAS E CASTANHEIRO
COLEÇÃO DE VARIEDADES REGIONAIS DE MACIEIRAS
Polo de Atividades do INIAV, I.P Estrada de Leiria 2460-059 Alcobaça
Tel.: 262 590 680 E-mail: [email protected]
Dezembro de 2014
N.º de plantas / variedade 4
Porta-enxerto M7
Altura do ponto de enxertia ± 15 cm
Compasso 4,5 m X 1,5 m
Solo Textura média, estrutura franco argilosa, pH 7 (alcalino), baixo teor de matéria orgânica
Sistema de rega Gota a gota
Forma de condução Eixo central revestido
Localização Campo Experimental do Olival Fechado do Polo do INIAV em Alcobaça
Orientação das linhas Norte - Sul
Manutenção Realizada segundo as normas da Produção Integrada em vigor
Quadro 2 - Caraterização da coleção As variedades regionais representam a riqueza da biodiversidade que a região mediterrânica oferece.
A diversidade das variedades regionais de maçãs cara-terizadas por uma enorme riqueza de diferentes sabo-res e aromas, permite oferecer experiências diferen-ciadoras ao consumidor. As especificidades das dife-rentes regiões permitem obter frutos de qualidade
exclusiva.
Atividades a desenvolver no Polo:
Visitas à coleção, com marcação prévia: - Floração - Maturação - Prova de frutos
Figura 4 - Frutos da variedade ‘Pêro limão ou Verdeal’
A manutenção da coleção permite preservar os recursos genéticos e estudar a adaptação das variedades às condi-ções edafoclimáticas locais, permitindo o desenvolvimento de novas variedades.
As alterações climáticas, as exigências ambientais e de mer-cado obrigam à procura de variedades adaptadas e ao desenvolvimento de tecnologias de produção adequadas. Neste contexto as variedades regionais constituem o mate-
rial genético de base.
Figura 3 - Maçã da variedade ‘Pêro da Malveira’
Se conhece variedades regionais, contacte-nos!
Ajude-nos a preservar o património genético e a
desenvolver a agricultura portuguesa de forma sustentável e inovadora!
Não se sabe ao certo o número de variedades de macieiras regionais portuguesas, estima-se que devem ser centenas espalhadas por hortas, quintais, bordaduras ou parcelas abandonadas. Algumas já desapareceram e muitas correm o risco de desaparecer devido à diminuição substancial da sua produção. A maioria destas variedades são desconhecidas do consumidor, pois apenas uma pequena parte se encontra à venda nos locais habituais. Em 1922, J. Vieira Natividade fez referência a 33 variedades de macieiras nacionais, ou assim consideradas, cultivadas na região de Alcobaça.
Na ex-Estação Nacional de Fruticultura Vieira Natividade, atual Polo de Atividades do Instituto Nacional de Investiga-ção Agrária e Veterinária em Alcobaça, tem sido desenvolvi-do, ao longo dos anos, um trabalho de prospeção e de reco-lha de material vegetal de vários pontos do país, com a cola-boração dos técnicos das Direções Regionais de Agricultura e Pescas. Foi assim constituída uma coleção de macieiras, com o objetivo de preservar a diversidade genética das varieda-des regionais.
No âmbito do projeto PRODER N.º 18614, renovou-se e ampliou-se a coleção de macieiras, que contava com 20 pro-veniências e atualmente tem 46 variedades regionais, ou tidas como tal.
VARIEDADE ÉPOCA DE FLORAÇÃO
ÉPOCA DE MATURAÇÃO
‘Bravo de Esmolfe‘ * Início maio Início outubro
‘Bravo do Vimeiro‘ ? ?
‘Camoesa de Coura‘ Meados abril Início setembro
‘Camoesa de Quina‘ Início maio Início outubro
‘Camoesa Rosa do Menezes‘ Início maio Meados agosto
‘Camoesa Rosa‘ * Início maio Meados agosto
‘Camoesa Sta. Maria Émeres‘ Fim abril Início setembro
‘Carneira‘ * Fim abril Meados set.
‘Casa Nova de Alcobaça‘ * Início maio Início outubro
‘Casa Nova do Estrangeiro‘ Meados abril Meados set.
‘Casa Nova Prof. Natividade‘ Início maio Início outubro
‘Durázio‘ ? ?
‘Espelho ou de Embarque ou Jasmim‘ *
Fim abril Meados agosto
‘Focinho de Burro‘ ? ?
‘Gigante do Douro‘ ? ?
‘Gronho‘ * ? ?
‘Isopos‘ Meados abril Início setembro
‘Leirioa‘ * Final abril Inicio agosto
‘Maçã de Seda‘ Final abril Final julho
‘Malápio‘ Meados maio Final outubro
‘Malápio da Ponte‘ ? ?
‘Nova de Alcobaça‘ Início maio Final setembro
‘Pardo Lindo‘ * Meados abril Meados set.
‘Pêro Amoreira‘ ? ?
‘Pêro Burro‘ * Meados abril Meados set.
‘Pêro Camões‘ Final abril Final agosto
‘Pêro Coimbra‘ * Final abril Final agosto
‘Pêro da Malveira‘ Meados abril Meados agosto
‘Pêro de Borbela ou Vermelhi-nha‘ Final abril Final setembro
VARIEDADE ÉPOCA DE FLORAÇÃO
ÉPOCA DE MATURAÇÃO
‘Pêro de Coura‘ ? ?
‘Pêro Limão ou Verdeal ou Limoneira‘ Meados abril Início outubro
‘Pêro Pam‘ ? ?
‘Pêro Sousa‘ * Meados abril Meados set.
‘Pêro Vindimo‘ ? ?
‘Pipo de Basto‘ ? ?
‘Piparote‘ ? ?
‘Porta da Loja‘ Final abril Final outubro
‘Quimera‘ Final abril Meados set.
‘Repinau‘ Final abril Meados set.
‘Riscadinha de Palmela ou Cunha‘ Meados abril Início agosto
‘Santiago‘ ? ?
‘Sem nome‘ ? ?
‘S. João Parda ou das Malhas‘ ? ?
‘Três ao Prato IFEC‘ ? ?
‘Tromba de Boi‘ ? ?
‘Vermelhinha de Monchi-que‘ Final abril Início setembro
Quadro 1 - Época de floração e de maturação do material vegetal das macieiras em coleção
Quadro 1 - Época de floração e de maturação do material vegetal das macieiras em coleção (continuação)
Figura 2 - Maçã da variedade ‘Espelho‘
Com o objetivo de divulgar as macieiras em coleção, apre-sentamos no Quadro 1 a época de floração e de maturação. Devido à introdução recente de algum material, ainda não dispomos de dados de algumas delas.
Figura 1 - Coleção de material vegetal de macieiras, implantada no âmbito do Projeto PRODER N.º 18614
? - Material vegetal em observação; * - Variedade referenciada por Natividade, J. V., 1922, A Região de Alcobaça - Algumas notas para o estudo da sua agricultura popula-ção e vida rural, Trabalho de final de curso.