vera cruz - uma viagem de volta ao passado
DESCRIPTION
A HISTORIA DE UMA EMPRESA NÃO É FEITA SÓ EM SALAS DE CARPETE E AR CONDICIONADOTRANSCRIPT
A HISTORIA DE UMA EMPRESA NÃO É FEITA SÓ EM SALAS
DE CARPETE E AR CONDICIONADO.
A História se faz diariamente. O pioneirismo e a coragem de empreender demonstra
coragem e persistência de um empresário bem sucedido. Muitas potências mundiais
existiram, tiveram o seu período áureo, e não existem mais. Más deixaram um legado,
uma História que têm influenciado á humanidade . E hoje tiramos muito proveito
quando estudamos a Historia destas potencias mundiais. A Viação Vera Cruz Ltda, não
existe mais. Más ela deixou um legado uma História não só para os empresários atuais,
más para toda a população de Belo Horizonte. O pioneirismo e a preocupação com os
passageiros sempre foi à preocupação desta empresa. Durante mais de 50 anos prestou
bons serviços á população. Venho neste livro contar um pouco da História desta
empresa, que sempre primou em oferecer um serviço diferenciado. Vamos fazer uma
viagem no túnel do tempo, através de vários anos de pesquisa, depoimentos, fatos e
fotos. É uma maneira de recordar uma das mais tradicionais empresas de transporte
coletivo de Belo Horizonte. Antes de contar a Historia da Viação Vera Cruz Ltda,
vamos contar um pouco da Historia do transporte coletivo de Belo Horizonte.
A HISTORIA DO TRANSPORTE COLETIVO DE BELO HORIZONTE
Na década de 20, a cidade crescia e, por volta de 1924 e 1930, foram aprovados 93
bairros e vilas. No setor de transportes, houve um crescimento e remodelação no serviço
dos bondes. Em 1923, era instalado o serviço de auto-ônibus, que em pouco tempo
contava com 6 linhas. O serviço de transporte coletivo começou em funcionar em 14 de
Setembro de 1902, quando entrou em vigor o primeiro horário de bondes. Eles faziam
22 viagens por dia. Em Minas Gerais, o que dificultava o inicio e a evolução do
transportes coletivos no inicio século XX, é a inexistência de rodovias. Planificadas
com Washington Luiz, Belo Horizonte, ao ser inaugurada em 12 de Dezembro de 1897,
já estão funcionando o ramal ferroviário que faz a ligação com a Central do Brasil com
General Carneiro, município de Sabará, inaugurada com 4 meses de antecedência.
Adepto da política de Washington Luiz, o Governador de Minas, João Pinheiro prioriza
o transporte rodoviário. Em 1907, Minas é a primeira cidade do Brasil á construir
estradas com maquinas adequadas. Ele também é entusiasta do automobilismo,
realizando a primeira viagem de automóvel em Minas, na Rodovia que construíra
ligando Caeté a Sabará. Praticamente a primeira rodovia construída em Minas. Más em
1910, quando Rui Barbosa, em sua campanha de candidato á presidência da República,
chega de trem á Estação Central, foi conduzido num carro puxado á cavalo até o
GRANDE HOTEL. Em 1925, o Governador de Minas, Melo Viana, adverte que a
construção e o uso das rodovias é o problema mais urgente para o desenvolvimento
econômico do estado. E modifica as regras do jogo. Em 31 de Dezembro de 1949, o
serviço de bondes passa da COMPANHIA FORÇA E LUZ DE MINAS GERAIS, para
o DBO- Departamento DE BONDES E ÔNIBUS DA PREFEITURA, que decide adotar
o trolebús. E há razões suficientes face da grande diversificação dos meios de
transportes. Em 1/07/1950, Belo Horizonte tem 352. 274 habitantes contra 13. 973 em
1900 (aumento de 2. 521%).
Em 1955, contam com 90 linhas de ônibus urbanos, com uma frota de 465 ônibus e 50
trolibus (ônibus elétrico). Na área urbana, 3, 6 milhões são transportados pelos ônibus
elétricos, enquanto 70. 500 usam os ônibus e lotações. DELANE DA COSTA
RIBEIRO, diretor do DBO, em MAIO DE 1963, inicia a extinção do serviço de
BONDES por considerá-lo superado e deficitário. Com 22 empregados para cada bonde
em tráfego, a despesa carro/quilômetro é de CR$ 138, 37 para cada bonde. Para os
trólebus á despesa é de CR$ 51, 43 apenas. Más a experiência com os trólebus não deu
muito certo. Na administração de PIERUCCETTI, os trólebus são vendidos para
Recife/PE, assim como as redes e subestação. Para substitui-los á Prefeitura compra
cerca de 60 ônibus Mercedes-Benz, modelo 0-321, transferindo-os para empresas
particulares.
No final de 1975, Belo Horizonte conta com 92 empresas particulares, com uma frota de
1. 425 ônibus. 138 Linhas de ônibus. Idade média da frota é de 5, 1 ano. A frota média
por linha é de 10, 3 veiculo por linha. Era realizada 400. 000 viagens diárias,
transportando UM MILHÃO de passageiros/dia.
Após a extinção do DBO, o órgão gestor dos transportes urbanos passou a ser SMTC-
Superintendência Municipal de Transportes Coletivos. Funcionou até 1981. A grande
revolução no transporte coletivo de Belo Horizonte ocorreu em 1982 com a criação da
METROBEL. Onde todo o sistema de transporte coletivo de Belo Horizonte foi
reestruturado. Antes as linhas de ônibus partiam dos bairros e iam até o centro. Os
principais pontos era Avenida dos Andradas, Avenida Afonso Pena, Avenida Olegário
Maciel, Avenida Paraná, Avenida Santos Dumont, Rua Guarani. A METROBEL
implantou o PROBUS, onde implantou linhas bairro/bairro, circulares, expressas e smi-
expressa.
Na década de 90, foi criada a BHTRANS, EMPRESA DE TRANSPORTE E
TRÂNSITO DE BELO HORIZONTE. Onde ela continuou aprimorando o sistema já
implantado. A BHTRANS ganhou vários prêmios da ANTP (Associação Nacional Dos
Transportes PÚBLICOS).
JARDINEIRA MODELO FARGO. 1952 FUNDADORES
CRONOLOGIA DOS PRINCIPAIS ACONTECIMENTOS QUE
NARRAM A HISTÖRIA DOS TRANSPORTES URBANOS DE
BELO HORIZONTE.
1902. Dia 14 de Setembro, entrou em vigor o funcionamento do sistema de BONDES,
faziam 22 viagens por dia.
1907. Primeira rodovia do Brasil, construída com máquinas adequadas. Rodovia ligando
Caeté-Sabará.
1923. Inaugurado o sistema de auto-ônibus. Tinha seis linhas.
1949. O serviço de bondes passa da Companhia FORÇA E LUZ para o DBO.
1950. A Prefeitura decide adotar o troleíbus. Chegou a ter 50 carros.
1952. Entra em operação a primeira jardineira da Viação Vera Cruz.
1955. Fundação oficial da Viação Vera Cruz Ltda.
1955. Belo Horizonte têm 90 linhas de transportes coletivos com 465 ônibus. 20 linhas
de bondes com 87 veículos.
1963. Extinção do sistema de bondes.
1964-1969. . Neste período o sistema de troleibus é descontinuado, os troleibus são
vendidos para Recife/PE. A Prefeitura compra ônibus Mercedes-Benz 0-321.
1975. Belo Horizonte conta com 92 empresas particulares, com 1.425 ônibus, com 138
linhas.
1981. Fim da SMTC.
1982. Criação da METROBEL.
1990-2011. BHTRANS.
PRIMEIRO ONIBUS DIESEL DA EMPRESA 1956
MERCEDES BENZ L-312
FUNDAÇÃO DO BAIRRO VERA CRUZ.
Belo Horizonte crescimento foi acelerado. A ocupação se deu bem
diferente do previsto e se deu, inicialmente, nos bairros Funcionários, Santa
Efigênia pela instalação do quartel. Na Floresta como extensão da Estação
Ferroviária, no Barro Prêto destinado a habitações de operários. No oeste
da cidade, foi feita através do núcleo agrícola de CARLOS-PRATES,
povoado oficialmente por colonos estrangeiros, confundindo-se á Vila
Operária do Barro Prêto. A especulação imobiliária tomou vulto, os lotes
nas áreas urbanas se tornaram muito elevado o que provocou a expulsão da
população para a região suburbana. O que levou a modificar a planta da
cidade. Com o aumento da população, veio problema da habitação. Em
1952 o IAPI constrói o bairro chamado PARQUE JARDIM, o que veio
mais tarde a ser chamado VERA CRUZ. O bairro foi muito em construído
pelos padrões da época. Curiosamente, os primeiros moradores
trabalhavam na FABRICA DE BISCOITOS AYMORÉ. Nesta época não
havia nenhuma opção de transporte para o centro da cidade. A única opção
era ir a pé até o Bairro Santa Tereza e de lá pegar o bonde para o centro da
cidade e terminar o trajeto á pé.
Neste cenário entra a História da Viação Vera Cruz Ltda, que passou a
fazer a linha do Bairro Vera Cruz até o centro da cidade. No começo
apenas dois horários diários, depois foi se consolidando e tornando uma das
pioneiras no transporte coletivo de Belo Horizonte. Vamos a partir de agora
narrar a História desta empresa.
CARROCERIA PILARES. LINHA 50-VERA CRUZ
INICIO DIFICIL.
Filhos de uma família numerosa de nove filhos, JOSÉ ILDEU E OSWALDO deixaram a
pequena cidade de ITAIGARA, MG no final da década de 1940 para tentar a vida na
capital. Em 1947, trabalharam como caixeiros, entregando compras de armazém a
domicilio. BELO HORIZONTE ainda muito pacata, as compras eram levadas nas costas,
sem nem mesmo o auxilio de um carro de mão; más isso não esmoreceu os irmãos. Em
1948, começaram a trabalhar por conta própria na feira livre de Belo Horizonte.
O irmão mais velho da família, GERALDO MAGELA, emprestou a eles 10 CONTOS
DE REIS para iniciar o negócio. Naquele momento, começava a despertar o espírito
empreendedor dos dois irmãos. Durante quase cinco anos, cumpriram um ritual diário
de sair da cama ás duas horas da manhã para chegar ao local da feira e montar a barraca.
Como não existia supermercado na cidade a cada dia a feira era instalada em um bairro
de Belo Horizonte. Conhecidos como SECOS E MOLHADOS, a feira comercializava
basicamente mantimentos da cesta básica, como arroz, feijão, farináceos, latarias dentre
outros.
Eles só deixaram de trabalhar nas feiras livres, quando a PREFEITURA de BH montou
os primeiros entrepostos na capital. Tratavam-se de mercearias completas, com os mais
diversos gêneros alimentícios, instaladas em pontos estratégicos da cidade. Portanto,
feira livre deixou de ser um bom negócio e os dois irmãos foram aventurar em outro
ramo, o do transporte coletivo. Tudo indica talento para o setor, por dirigir á Viação
Vera Cruz Ltda por mais de 50 anos.
A HISTÓRIA DA VIAÇÃO VERA CRUZ LTDA.
Fundada oficialmente em 18 de Agosto de 1955, a Viação Vera Cruz foi um modelo do
reflexo do esforço e a dedicação dos seus fundadores, José Hildeu Lara e Oswaldo Lara.
A empresa foi um orgulho para a família LARA que iniciaram o empreendimento com
uma JARDINEIRA FARGO, 1952, movida a gasolina, que tinha capacidade para
NOVE PASSAGEIROS.
O carro fazia o itinerário, bairro Santa Efigênia/CENTRO de Belo Horizonte, más já
explorava a região do bairro VERA CRUZ, que na época não dispunha de nenhuma
linha para servir a população local. Duas viagens no dia, uma pela manhã e outra á
tarde, eram suficientes para atender a demanda. Ainda em 1955, os irmãos juntaram
alguma economia e compraram mais duas jardineiras, uma delas movida a diesel, a
primeira com este tipo de combustível a circular na capital mineira. Um dos veículos
tinha capacidade para 12 passageiros o outro para 20.
Neste mesmo ano, eles conseguiram licença junto ao DBO-Departamento de Bondes e
Ônibus, órgão que na época fazia o papel do BHTRANS, para explorar a região do Vera
Cruz. Venderão a concessão do Santa Efigênia, onde em 1952, começaram a ensaiar
seus primeiros passos de empresários do transporte coletivo. Más a garagem
permaneceu inicialmente naquele bairro, na esquina da Rua Niquelina e João Ribeiro.
Com o crescimento da frota foi inaugurada uma segunda garagem na Rua Niquelina,
quase esquina com á Rua Santa Luzia, no mesmo bairro. A ampliação da frota exigiu
também mais de m condutor, época em que foi contratado o primeiro motorista da
empresa, José Leonel, conhecido como José Grande. Até então, tudo era feito pelos
próprios irmãos, desde a cobrança das passagens até a direção e a manutenção do
veiculo.
Muitos dos antigos passageiros recordam com muito carinho, de uma das primeiras
jardineiras chamada de “fubica”. De vez em quando ela estava subindo a Rua Leopoldo
Gomes, ela começava a fumaçar, e teve vezes que teve principio de incêndio, todos
desciam e arrumava água para apagar o fogo. Era tempos difíceis, más fazia parte de um
inicio marcante na Historia dos transportes coletivos de Belo Horizonte.
Ao longo de todos estes anos, a Viação Vera Cruz consolidava-se. Em 1999, sua frota
era composta de 99 veículos, que faziam 7 linhas na região leste de Belo Horizonte, e
uma no centro da cidade. De uma viagem a empresa saltou para fazer 1. 100,
transportando 60. 000 passageiros /dia. O quadro do pessoal nesta época foi de 500
colaboradores. A garagem apertada na Santa Efigênia deu lugar á outra mais ampla no
Bairro Vera Cruz, ocupando uma área de 12 mil metros quadrados. Más tudo isto foi
conseguido com muito trabalho e a perseverança dos irmãos Lara. Esta garagem foi
inaugurada em 1981. Durante a fase de sua expansão, a Vera Cruz comprou algumas
empresas e linhas. No final dos anos 60, adquiriu a Viação Taquaril Ltda, que fazia a
linha 35-Saudade. Nos inícios dos anos 70, adquiriu a Viação Pompéia Ltda, que fazia a
linha 37-Pompéia. Em 1979 adquiriu á Viação Kik Ltda, que fazia a linha 7-Prado-
Turfa. Esta linha juntou-se com a linha 128-Santa Efigênia, dando origem á primeira
linha bairro á bairro de Belo Horizonte, a linha 7-Santa Efigênia-Prado, Via Hospitais.
Com as mudanças esta linha tornou-se a linha SC 03-A e SC-03-B. Em 1980, comprou
a Viação Santa Maria Ltda, que fazia a linha 137-Circular 1 e Circular 2, que com as
mudanças ficou sendo as linhas SC-04-A e SC-04-B.
PONTO FINAL DA EMPRESA NA AVENIDA DOS ANDRADAS.
AS PRINCIPAIS LINHAS DA EMPRESA.
Antes do funcionamento do PROBUS, implantado pela METROBEL estas eram as
linhas da Viação Vera Cruz Ltda.
LINHA. Bairro.
7 Santa Efigênia/Prado via Hospitais.
35 Saudade
35R Baleia
35R Taquaril.
37 Pompéia.
50 Vera Cruz.
68 Alto Vera Cruz.
128 Santa Efigênia (que depois fundiu com a linha 7 Prado Turfa dando origem á
linha:Santa Efigênia/Prado via Hospitais.
137 Circular 1 e 2.
CAIO BELA VISTA VIAÇÃO SANTA MARIA LTDA QUE FOI
VENDIDA PARA A VERA CRUZ. LINHA 137 CIRCULAR 1, 2
A EXPANSÃO DA VERA CRUZ.
A cidade de Belo Horizonte, exigiu a criação de novas linhas, remanejamento de
algumas. O aumento da frota devido o aumento da população. Nesta época a empresa
contava basicamente com 4 linhas de ônibus. 35-Saudade;37-Pompéia;50-Vera
Cruz;68-Alto Vera Cruz;128-Santa Efigênia (circular).
O bairro Flamengo, que depois passou a chamar Alto Vera Cruz, teve uma explosão
populacional que levou o aumento da linha 68, que rodava com 15 ônibus, era a linha de
maior movimento da empresa. Neste mesmo período a linha 50-Vera Cruz, não teve um
aumento na demanda de passageiros, que levou a empresa a pensar na ideia de fundir as
duas linhas, isto foi em 1975. Inicialmente dias de semana, após as 20;00 hs, Sábado a
partir das 14:00 hs, e Domingo o dia inteiro, horários de menor movimento, isto não deu
certo. A população não aceitou. Neste ano, a empresa comprou 2 ônibus novos para a
linha 50. 5005, Veneza, 5007, Caio-Gabriela.
A linha 35 era a linha que na década de 70 possuía o maior número de veículos, pois
além da linha 35-Saudade, tinha 2 Ramais, Baleia eTaquaril, lembrando que o Ramal
Taquaril, fazia ponto final, na Rua Padre Café, o restante do Bairro ficava situada a
Fazenda Vista Alegre, depois que foi loteada, permitiu a expansão do bairro.
Em 1981 foi à inauguração da nova garagem, situada á Rua Astolfo Dutra, no local era
uma chácara, o zelador dela chamava Sr. Tiché.
Em 1979, a Vera Cruz teve um grande crescimento. A linha 128 Santa Efigênia,
apelidada de piorra, devido sua característica circular, era composta de ônibus
Mercedes-Benz 0-321, só tinha um 0-362, que era o carro 12806. Devido o crescimento
da cidade, esta linha juntou-se com á linha 7 Prado-Turfa, da Viação KIK Ltda, está
linha 7 tinha veículos muito velhos e mal conservados, várias vezes esta empresa foi
multada pela SMTC. A Vera Cruz comprou esta linha e transformou na Linha 7-Santa
Efigênia/Prado via Hospitais, era a melhor linha da empresa e a que tinha o maior
número de ônibus eram 20 ônibus nesta linha. A Linha 7, foi à primeira Linha
Bairro/Bairro de Belo Horizonte, que com as mudanças do PROBUS, ficou linha SC-
03-A e SC-03-B.
O Sucesso da linha 7 foi tão grande que afetou os passageiros da linha 137 Circular,
neste mesmo ano a Viação Vera Cruz comprou a Linha 137 Circular da Viação Circular
Ltda, que com as mudanças transformou essa linha em SC-04-A e SC-04-B.
Antes destas mudanças a frota da empresa era de 70 veículos. Todos os chassis
Mercedes-Benz. As carrocerias variaram neste período.
Década de 1950. 40 % Cermava. 40% Pilar. 20% Outras.
Década de 1960. 40% Vieira;40%Nicola;9%Mercedes-0-321;1%Pilar.
Década de 1970 . 40%Vieira;40%Nicola;20% Veneza.
Década de 1975-1979. 10%Vieira;40%Nicola;40%Veneza;10%CAIO.
Década de 1980. 70%Caio;30%Veneza.
Década de 1990. 60%0-371 & 0-400;40% Busscar;10 %Marcopolo.
1995. Compra os modelos Mercedes-Benz 0-400.
Década de 2000. 50% Mercedes 0-400;40%Marcopolo, 10%Busccar.
OBS: A porcentagem pode variar em um período ou outro devido á renovação da frota.
Neste período com aquisição de outras empresas, mesmo a compra de alguns veículos
novos circularam na empresa outras carrocerias como: Grassi
Presidente;Striulli;Carbrasa, Ciferal-Leme, Ciferal-Fênix, Thanco.
CARROCERIA VIEIRA
PERIODO DE AJUSTES NA VERA CRUZ.
Em 1983, o sistema de transportes coletivos de Belo Horizonte passou por uma total
reestruturação. Os passageiros passou a ter a opção de deslocar de um ponto da cidade e
deslocar para outro ponto no mesmo veiculo, sem ter a necessidade de descer no centro
e pegar outro ônibus para o seu destino final. Os ônibus da Viação Vera Cruz, fazia o
ponto final na Avenida dos Andradas ao lado do Parque Municipal.
Com a implantação do PROBUS, ela teve que vender algumas linhas e outras ficar
como sociedade. A Linha 50 Vera Cruz, tornou-se a ser a linha 7901 , ficou com a
Viação Nova Suíça Ltda. A linha 68 Alto Vera Cruz, tornou-se linha 4701, Alto Vera
Cruz/Padre Eustáquio, ficou com a Viação Carneirinho Ltda. A linha 37 Pompéia,
tornou-se 1702, Pompéia/Nova Suíça, ficou com á Viação Nova Suíça Ltda. A linha 35
Saudade tornou-se á linha 2701, Saudade/Santa Cruz. A linha 35 R –Baleia, tornou-se á
linha 1701, Baleia/Nova Granada ficou com a Viação Nova Suíça Ltda. A linha 35 R-
Taquaril tornou-se a linha 7902 Taquaril/Santa Maria, ficou a Viação Nova Suissa Ltda.
Nesta mudança a Vera Cruz ficou com apenas 4 linhas. A linha 7 Santa Efigênia/Prado-
via Hospitais tornou-se a linha SC-03-A e SC-03-B. A linha 137 tornou-se a linha SC-
04-A e SC-04-B.
As outras linhas foram vendidas ou no regime de sociedade.
Entre 1994 e 1995, a Vera Cruz comprou a parte da Viação Carneirinho Ltda, ficando
com o controle da linha 4701.
Neste período as linhas da empresa eram as linhas:
SC-03-A
SC-03-B
SC-04-A
SC-04-B
4701
7701.
CARROCERIA CERMAVA
PERIÓDO DE NOVA EXPANSÃO DA VERA CRUZ.
Já na gestão da BHTRANS á Viação Vera Cruz teve um período de
crescimento muito grande. A empresa sempre primou para oferecer o
melhor para os passageiros. Em 1955, foi à primeira empresa de Belo
Horizonte á comprar ônibus movido á diesel. Em 1987 foi á primeira
empresa de Belo Horizonte á comprar os mais modernos ônibus urbano
produzido no Brasil, o Mercedes-Benz 0-371 PADRON. Em 1995 ela
comprou uma nova frota de Mercedes-Benz 0-400.
Neste período á Viação Vera Cruz, que tinha o número no BHTANS de
081, tinha á concessão das seguintes linhas:
901. Circular Leste.
7701. Alto Vera Cruz.
9030. Castanheiras/Centro.
9201. Baleia/Nova Granada.
9250. Caetano Furquim/Nova Cintra, Via Savassi.
9407. Alto Vera Cruz/Dom Bosco.
9412. Conj. Taquaril/Padre Eustáquio.
SC-03-A.
SA01. Metro-Central/Praça da Liberdade/Hospitais.
Neste período ás Linhas SC-04-A, Santa Casa/Savassi/Rodoviária passou
para a Viação Santa Tereza Ltda. A SC-03-B-Hospital Felício Rocho-
Hospital Militar, passou para Auto Viação Santo Agostinho Ltda e a 4701-
B, Novo Dom Bosco/Alto Vera Cruz, Via Padre Eustáquio, ficou com a
Viação Lux Ltda
CARROCEIA VIEIRA. LINHA 50 VERA CRUZ 50R1. RUA
CARAVELAS. VERA CRUZ
NOVA FROTA DA VERA CRUZ, 1963. CARROCERIA CERMAVA.
PERIÓDO MAIS DIFICÍL
Com o falecimento do Ilmo. Sr. Oswaldo Lara, a Viação Vera Cruz passou
a ter dificuldades administrativas, muitas linhas foram vendidas, a 9250
passou para a Via Bh, como também a 9412. A SC-03-A, passou para a
Viação Globo Ltda, 9407 para a Viação Urca Ltda. 901 para a Viação
Sagrada Família Ltda. Durante todo a história da empresa foi o período
mais turbulento. A empresa ficou apenas com duas linhas. 104 e 105
ligando a Estação Central/Lourdes e Estação Central/Hospitais. Por último
quando foi decretada a falência, estas duas linhas foram vendidas para a
Viação Globo Ltda.
Assim encerrou a História de uma das mais tradicionais empresas de
transporte coletivo de Belo Horizonte. Encerrou suas atividades mais
deixou um exemplo para os atuais empresários, sempre primar por um
serviço de qualidade. E ter uma aproximação com os usuários. Esta
empresa escreveu sua História, com muita luta e determinação.
.
CARROCERIA CIRB. LINHA 37 POMPEÉIA
CARROCERIA CIRB
A LUTA DE UM PIONEIRO NÃO PARA.
Com o fim da Viação Vera Cruz Ltda, o Ilmo. Sr. Ildeu Lara entrou no setor de
transportes escolares. Fundou a Transportes Haal . Com uma frota na época de 16
ônibus, e uma experiência de mais de 50 anos no ramo de transportes coletivos, esta
nova empresa prima pela segurança das crianças e jovens transportados diariamente em
seus veículos. Isto é uma prova viva da paixão deste empresário pelo ramo dos
transportes. Vera Cruz UMA VIAGEM DE VOLTA AO PASSADO, foi um trabalho
de vários anos. Apesar dos desafios de juntar e organizar todos os dados, espero que
tenha atingindo o objetivo de relembrar a História de uma das mais tradicionais
empresas de transporte coletivo de Belo Horizonte. Com as palavras do Ilmo. Sr. Hildeo
Lara que em uma carta fez o seguinte comentário: “Muitas vezes a rotina do dia a dia
não nos da à oportunidade de relembrarmos aquela época. Contudo nos remetemos
ao passado quando encontramos com algum companheiro daquelas épocas”. Sem
dúvida a jornada da Vera Cruz foi vitoriosa. E que os ideais de um grande pioneiro não
pode parar. Sucessos.
CARROCERIA NICOLA
Viação Vera Cruz Ltda – Uma viagem de volta ao passado.
INDICE.
Página. Tema.
1 A História do transporte coletivo de Belo Horizonte.
4 Cronologia dos principais acontecimentos que narram a História dos transportes
coletivos de Belo Horizonte.
5 Fundação do Bairro Vera Cruz.
6 Inicio Difícil.
7 A Historia da Viação Vera Cruz Ltda.
9 As principais linhas da empresa.
10 A expansão da Vera Cruz.
12 O período de ajustes na Vera Cruz.
14 Novo período de expansão da Vera Cruz.
16 Período de nova expansão
18 O período mais difícil.
19 A luta de um pioneiro não para.
20 A História da empresa contada em fotos