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METODOLOGIA DEGERENCIAMENTO
DE PROCESSOSDO DATASUS
MGP
MINISTÉRIO DA SAÚDE
SECRETARIA EXECUTIVA – SE
DEPARTAMENTO DE INFORMÁTICA DO SUS - DATASUS
COORDENAÇÃO GERAL DE GESTÃO DE PROJETOS
Versão 1.0 |
Brasília, abril de 2016
2016 Ministério da Saúde
Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra,
desde que citada a fonte e que não seja para venda ou qualquer fim comercial.
Ministro de Estado da Saúde:
Ricardo José Magalhães Barros
Secretario Executivo:
Antônio Carlos Figueiredo Nardi
Diretor do Departamento de Informática do SUS - DATASUS:
Marcelo Narvaes Fiadeiro
Coordenador Geral de Gestão de Projetos:
Paulo César Kluge
Substituto do Coordenador de Gestão de Portfólio de Projetos:
Frank James Pires
Equipe Técnica:
Fábio Moreth Mariano, Alexandre Ferreira Ponte, Frank James Pires, Eduar-
do Mariath Varela da Costa, Cinthia Vedana Tofanello, Ricardo de An-
drade Aragão, Mario Henrique Nascimento Marino da Silva, Christia-
ne da Cunha Gonçalves, Elsa Pilonieta e Gláucio Menezes Silva.
Organização e Elaboração:
Fábio Moreth Mariano
Alexandre Ferreira Ponte
Frank James Pires
Consultoria Memora Processos Inovadores
Revisão, Projeto Gráfico e Capa:
Núcleo de Comunicação DATASUS
Impresso no Brasil / Printed in Brazil
Ficha Catalográfica
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria Executiva. Departamento de Informática do SUS.
Produtos e Serviços: metodologia de gerenciamento de processos do Depar-
tamento de Informática do SUS / Ministério da Saúde, Secretaria Executiva,
Departamento de Informática do SUS. – Brasília: Editora do Ministério da Saúde,
2016.
HISTÓRICO DA REVISÃO
Data Versão Descrição Autores
01/04/2016 1.0
Elaboração do
documento
Christiane Gonçalves,
Gláucio Menezes, Mário
Silva e Elsa Pilonieta
25/07/2016 2.0 Revisão da Metodo-
logia e Ortográfica
Fabio Moreth Mariano e
Paulo César Kluge
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 11
1.1 APRESENTAÇÃO 11
1.2 PÚBLICO 11
1.3 CONCEITOS BÁSICOS DE GERENCIAMENTO DE PROCESSOS 111.3.1 O que é Gerenciamento de Processos? 11
1.3.2 O que é um Processo 11
1.3.3 Ciclo de Gestão de Processos 12
1.3.4 Categorias de Processos 12
1.3.5 Hierarquia de Processos 13
1.3.6 Papéis e Responsabilidades 14
1.4 ESCRITÓRIO DE PROCESSOS 16
2 METODOLOGIA DE GERENCIAMENTO DE PROCESSOS 19
2.1 CICLO DE DESDOBRAMENTO ESTRATÉGICO 242.1.1 Fase 1 - Mapeamento da Cadeia de Valor Atual 24
2.1.2 Fase 2 - Alinhamento Estratégico 28
2.1.3 Fase 3 - Desenho da Cadeia de Valor Futura 29
2.2 CICLO DE TRANSFORMAÇÃO DO PROCESSO 302.2.1 Fase 1 - Gerenciamento de Iniciativas de Processos 30
2.2.2 Fase 2 - Planejamento 31
2.2.3 Fase 3 - Modelagem 31
2.2.4 Fase 4 - Análise e Diagnóstico 33
2.2.5 Fase 5 - Redesenho 34
2.3 CICLO DE MANUTENÇÃO DO PROCESSO 362.3.1 Fase 1 - Implementação 36
2.3.2 Fase 2 - Monitoramento 38
2.3.3 Fase 3 - Refinamento 39
3 FERRAMENTA DE SUPORTE À GESTÃO DE PROCESSOS – BIZAGI 41
4 MODELAGEM DE PROCESSOS 43
4.1 MODELAGEM DE PROCESSOS DE NEGÓCIO - NOTAÇÃO BPMN 43
4.2 NÍVEIS DE MODELAGEM DE PROCESSOS DE NEGÓCIO 43
4.3 DIAGRAMA BPMN 44
4.4 ORGANIZAÇÃO E NOMENCLATURA DA ESTRUTURA DE GRUPOS 464.4.1 Padrão de nomenclatura dos modelos 48
4.4.2 Nomenclatura da Cadeia de Valor e Processo 48
4.4.3 Nomenclatura de Atividades 48
4.4.4 Objetivo do Macroprocesso e Processo 48
4.5 OBJETOS 48
4.6 ATRIBUTOS 544.6.1 Evento 54
4.6.2 Atividade 54
4.6.3 Gateways 55
4.6.4 Anotação de Texto 55
4.6.5 Objeto de Dados 55
4.6.6 Padrão de Cabeçalho 55
4.6.7 Padrão de Rodapé 56
4.6.8 Padrão de Conexões nos Diagramas BPMN 56
4.6.9 Regra de Utilização dos Gateways 57
4.6.10 Regra de Utilização do Gateway Exclusivo (OU)
57
4.6.11 Regra de Utilização do Gateway Paralelo (E) 59
4.6.12 Regra de Utilização do Gateway Inclusivo (E/OU) 59
5 GLOSSÁRIO 61
6 ANEXO I 63
7 ANEXO II 65
ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 1: Papéis e Responsabilidades 15
Tabela 2: Descrição das Fases 21
Tabela 3: Tipos de Modelagem 44
Tabela 4: Configurações do Modelo 45
Tabela 5: Descrição dos Grupos 46
Tabela 6: Estrutura de Grupos no Repositório de Processos Datasus 47
Tabela 7: Níveis Apresentados no Repositório de Processos Datasus 48
Tabela 8: Grupos do Repositório de Processos datasus 48
Tabela 9: Grupos do Repositório de Processos datasus 48
Tabela 10: Objetos “Subprocesso” 50
Tabela 11: Objetos “Dados 50
Tabela 12: Objetos “Eventos” 51
Tabela 13: Objetos “Gateway” 53
Tabela 14: Objetos “Conexão” 53
Tabela 15: Atributos “Atividade” 54
Tabela 16: Atributos “Tarefa” 54
Tabela 17: Atributos “Gateway” 55
Tabela 18: Atributos “Anotação de Texto” 55
Tabela 19: Atributos “Objeto de Dados” 55
Tabela 20: Anexo I – Lista de Artefatos 63
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1: Ciclo de Gestão de Processos do Datasus 20
Figura 2: Exemplo de 1º Nível da Cadeia de Valor Agregado do Datasus 26
Figura 3: Exemplo de 2º Nível da Cadeia de Valor Agregado do Datasus 26
Figura 4: Exemplo de 3º Nível da Cadeia de Valor Agregado do Datasus 27
Figura 5: Estruturação Numérica do 1°, 2° E 3° Níveis da Cadeia de Valor 27
Figura 6: Níveis de Modelagem de Processos de Negócio 44
Figura 7: Diagrama Bpmn 45
Figura 8: Estrutura de Grupos no Repositório de Processos Datasus 46
Figura 9: Estrutura de Grupos no Repositório de Processos Datasus 47
Figura 10: Estrutura dos Níveis de Grupos no Repositório de Processos
do Datasus 47
Figura 11: Cabeçalho para Diagramas Bpmn 56
Figura 12: Rodapé Para Diagramas Bpmn 56
Figura 13: Padrão de Conexões de Entrada e Saída no Diagrama Bpmn 56
Figura 14: Padrão de Conexões de Entrada e Saída – “Gateways” 57
Figura 15: Exemplos de Gateway Exclusivo (Ou) – Uso em Divergência
(Modelo 1) 58
Figura 16: Exemplos de Gateway Exclusivo (Ou) – Uso em Convergência 59
Figura 17: Exemplos de Gateway Paralelo (E) – Uso em Divergência 59
Figura 18: Exemplos de Gateway Paralelo (E) – Uso em Convergência 60
Figura 19: Exemplo de Gateway Inclusivo (E/Ou) 60
Figura 20: Exemplo de Layout de Reunião Jad 66
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1 INTRODUÇÃO
1.1 APRESENTAÇÃO
O presente documento tem como objetivo apresentar a Metodologia de Gerencia-
mento de Processos do Departamento de Informático do SUS – DATASUS.
A Metodologia de Gerenciamento de Processos tem por intuito a orientação e
disseminação do conhecimento sobre a Gestão de Processos no Departamento,
apresentando os principais conceitos norteadores da matéria, descrevendo as eta-
pas, atividades e produtos gerados pela metodologia utilizada pelo Escritório de
Processos e aprimorando os conhecimentos necessários à modelagem de proces-
sos com a utilização da notação padrão de desenho Business Process Modeling
Notation (BPMN) definida pelo DATASUS.
As orientações constantes nesta metodologia têm o objetivo de dar suporte, orien-
tar e padronizar as iniciativas de Modelagem de Processos dentro do DATASUS
assim como fomentar a transformação organizacional através da otimização dos
procedimentos e métodos utilizados pelas diversas áreas do Departamento.
1.2 PÚBLICO
A MGProc foi formulada para atender às pessoas que atuam tanto na transforma-
ção quanto no gerenciamento de processos do DATASUS, podendo ser utilizada
por outras áreas do Ministério da Saúde envolvidas na gestão de processos ou que
desejem conhecer e/ou melhorar suas competências nesta área.
A Metodologia de Gerenciamento de Processos serve como marco para que os
arquitetos, gestores e consultores de processos possam executar as atividades de
mapeamento, redesenho, implantação, monitoramento, aprimoramento e gestão
de processos.
1.3 CONCEITOS BÁSICOS DE GERENCIAMENTO DE PROCESSOS
1.3.1 O que é Gerenciamento de Processos?
É uma abordagem disciplinar para identificar, desenhar, executar, documentar, medir,
monitorar, controlar e melhorar processos de negócio, automatizados ou não para al-
cançar resultados consistentes alinhados com os objetivos estratégicos da organização.
1.3.2 O que é um Processo
No BPM CBOK®, processo é definido como um conjunto definido de atividades ou
comportamentos executados por humanos ou máquinas para alcançar um ou mais
resultados.
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Um Processo pode ser descrito, também, como qualquer atividade que recebe
uma entrada (input), agrega-lhe valor e gera uma saída (output) para um cliente
interno ou externo, fazendo uso dos recursos da organização para gerar resulta-
dos concretos (RUMMLER, 1994), Gonçalves (2000), trouxe o conceito de que um
processo integra pessoas, ferramentas e métodos para executar uma sequência de
passos com o objetivo definido de transformar determinadas entradas em deter-
minadas saídas.
A partir dos conceitos acima, pode-se entender que um processo organizacional
tem as seguintes características:
• Ter claras as fronteiras (início e fim) e seu objetivo;
• Ter claro aquilo que é transformado na sua execução;
• Definir como ou quando (circunstância) uma atividade ocorre;
• Ter um resultado específico;
• Conhecer os recursos previstos para a execução da atividade;
• Ter gerenciabilidade, ou seja, responsável definido e problemas conhecidos e
acompanhados;
• Ter efetividade quanto às relações com usuários e fornecedores e seus requi-
sitos são claramente definidos;
• Ter transferibilidade e rastreabilidade, ou seja, ser devidamente documentado;
• Ser mensurável, possuindo pontos de controle e medidas de eficácia/eficiên-
cia;
• Ter alterabilidade, por meio de mecanismos de feedback para melhoria; e
• Permitir o acompanhamento ao longo da execução.
1.3.3 Ciclo de Gestão de Processos
Segundo o Guia BPM CBOK (Corpo Comum de Conhecimentos sobre BPM), a prá-
tica de gerenciamento de processos de negócio pode ser caracterizada como um
ciclo de vida contínuo (processo) de atividades integradas. Este ciclo pode ser su-
marizado por meio do seguinte conjunto gradual e interativo de atividades:
• Planejamento;
• Análise;
• Desenho e Modelagem;
• Implementação;
• Monitoramento; e
• Refinamento
1.3.4 Categorias de Processos
Os macroprocessos e processos subjacentes do DATASUS podem ser classifica-
dos nas seguintes categorias:
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• Macroprocessos Gerenciais: correspondem aos macroprocessos e processos
que zelam pela estratégia e pela gestão do departamento. Ou seja, têm como fina-
lidade fornecer as diretrizes organizacionais, promover a estruturação, avaliação e
melhoria do funcionamento do departamento e de seus processos;
• Macroprocessos Finalísticos: correspondem aos macroprocessos e processos
que são a razão da existência da organização. Estão correlacionados à missão e à
visão, e agregam valor diretamente aos cidadãos/usuários/clientes;
• Macroprocessos de Sustentação: correspondem aos macroprocessos e proces-
sos responsáveis por prover as condições operacionais necessárias à execução
dos processos finalísticos e estratégicos do DATASUS. Orientam o seu olhar para
o ambiente interno da organização fornecendo os subsídios para a execução de
todos os demais processos.
1.3.5 Hierarquia de Processos
1.3.5.1 Cadeia de Valor
Modelo que representa a visão sistêmica dos macroprocessos organizacionais, de
forma a se obter uma macrovisão do encadeamento destes processos e atividades.
Ou seja, é utilizada para uma representação do relacionamento lógico dos proces-
sos de trabalho, permitindo uma visualização do fluxo de informações, produtos e
atividades que transitam entre vários processos da organização.
A partir do desenho e da análise da Cadeia de Valor, é possível:
• Identificar a importância relativa entre os processos da empresa;
• Avaliar a valor agregado aos clientes da organização;
• Identificar interfaces para a integração entre os processos;
• Fornecer suporte para a definição organizacional;
• Estruturar os indicadores de desempenho;
• Priorizar projetos de melhoria e desta forma direcionar investimentos.
1.3.5.2 Macroprocesso
Conjunto de processos executados de forma ordenada, em uma ou mais unidades,
por meio dos quais a organização cumpre a sua missão, implementa suas estraté-
gias, gerando valor ao seu usuário final.
1.3.5.3 Processo
Conjunto definido de atividades ou comportamentos executados por humanos ou
máquinas para alcançar um ou mais resultados.
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1.3.5.4 Atividade
São operações ou conjuntos de operações de média complexidade, que ocorrem
dentro de um processo ou subprocesso, geralmente desempenhadas por uma uni-
dade organizacional determinada e destinada a produzir um resultado específico.
Ou seja, as atividades correspondem a: “o quê” é feito e “como” é feito durante o
processo.
1.3.6 Papéis e Responsabilidades
Com relação ao pessoal envolvido, o Escritório de Processos é composto pelos
perfis:
• Diretoria do DATASUS: Responsável por conduzir a elaboração e execução
dos planos estratégicos e operacionais do DATASUS, visando a assegurar o seu
desenvolvimento, crescimento e continuidade de seus serviços.
• Coordenadores do DATASUS: Responsável por planejar, coordenar, orientar,
executar e avaliar o desenvolvimento dos serviços do DATASUS.
• Analista de Processos do Escritório de Processos: responsável pela execução
das atividades de melhoria de processos, de suporte técnico e metodológico,
pelo apoio às atividades de gerenciamento do gestor do Escritório e pela manu-
tenção dos materiais de capacitação e divulgação.
• Consultor do Processo: forte colaborador com iniciativas estratégicas ligadas
à estrutura do Escritório de Processos. É o responsável pelo desenvolvimento e
acompanhamento e execução das rotinas do escritório, bem como pela dissemi-
nação das boas práticas de processos.
Com relação às áreas usuárias da gestão de processos deverão dispor dos seguin-
tes perfis:
• Gestor do Processo: é o colaborador responsável pela correta execução e pe-
los resultados do processo organizacional. Deve avaliar, controlar e medir o pro-
cesso. O gestor do processo deve participar, ainda, na concepção das melhorias
e na mobilização da equipe para as ações de melhoria continua de processos
em geral.
• Arquiteto de Processos: é o colaborador responsável por desenvolver um mo-
delo de arquitetura corporativa de processos, implementar e manter um repo-
sitório de processos de negócio, metodologia, modelos de referência e padrões
relativos a processos.
• Executor do Processo: é o colaborador envolvido na execução, de fato, das
atividades do processo. Participa das ações de melhoria de processos fornecen-
do informações, validando e propondo sugestões para a evolução dos proces-
sos organizacionais em que está envolvido.
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1.3.6.1 Descrição dos Papéis e Responsabilidades
Papéis Responsabilidades
Analista do Processo
• Identificar oportunidades de melhoria de processos;
• Realizar as atividades de correção semântica e metodológica
nos modelos;
• Realizar o planejamento, junto ao gestor do processo, da iniciativa
de gestão de processos;
• Mapear situação atual da iniciativa de gestão de processos;
• Analisar e diagnosticar processos organizacionais e elaborar
relatório de diagnóstico sobre o processo;
• Elaborar proposta de melhoria de processos por meio do rede-
senho do processo;
• Elaborar o plano de implantação do processo redesenhado;
• Contribuir nas ações de implantação das melhorias nos processos.
Consultor de Processo
• Apoiar o Gestor na identificação de iniciativas estratégicas rela-
cionadas à gestão de processo;
• Fornecer informações ao Gestor sobre a evolução das iniciativas
de gestão de processo;
• Apoiar ações de divulgação de metodologia e resultados do
Escritório de Processo;
• Executar as atividades previstas no catálogo de serviços relacio-
nados à gestão de processo;
• Atender às demandas técnicas sobre metodologia e padrões do
Escritório de Processos;
• Realizar avaliação semântica e metodológica nos modelos de
processos;
• Manter atualizados os instrumentos, a metodologia e o padrão
de gestão de processo do Escritório de Processos.
Gestor do Processo
• Apoiar no levantamento das informações a respeito dos proces-
sos executados;
• Implementar os processos redesenhando e melhorias propostas;
• Gerir e acompanhar o processo de negócio;
• Monitorar e medir o processo.
Arquiteto de Processos
• Desenvolver a arquitetura de processos;
• Avaliar impactos decorrentes da necessidade de exclusão, alte-
ração ou inclusão de processos de arquitetura;
• Prover alinhamento entre arquitetura de processos e outros ativos
organizacionais (estrutura organizacional, arquitetura de sistemas,
arquitetura de dados);
• Manter o repositório de processos da organização;
• Desenvolver e manter metodologias e padrões associados a
processos.
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Executor do Processo
• Executar o processo de negócio;
• Fornecer informações operacionais sobre o processo de negó-
cio;
• Identificar oportunidades de melhoria de processo;
• Contribuir com informações e participação nas iniciativas de
gestão por processo;
• Contribuir nas atividades de melhoria de processos: mapea-
mento, redesenho e plano de implantação;
• Executar as atividades previstas para o processo com eficiência
e eficácia;
• Identificar e reportar, ao Gestor do Processo, falhas e proble-
mas na execução do processo; e
• Revisar e validar o resultado do mapeamento e redesenho dos
processos.
Tabela 1: Papéis e Responsabilidades
1.4 ESCRITÓRIO DE PROCESSOS
O Escritório de Processos é um importante mecanismo de gestão organizacional
adotado por entidades públicas e privadas com o objetivo de contribuir para o
aumento da efetividade das organizações por meio da melhoria contínua de pro-
cessos de trabalho.
A proposta de criação de Escritório de Processos dentro da atual Coordenação
Geral de Gestão de Projetos (CGGP) surge a partir da necessidade do Departa-
mento de Informática do SUS - DATASUS, de adotar um modelo de gestão mais
ágil e eficiente, sustentado nos princípios de transparência, controle, cumprimento
de normas e monitoramento, por meio de três áreas de atuação gerencial: estraté-
gia, processos e projetos.
Esta iniciativa estratégica, de estruturação do Escritório de Processos, faz parte
das ações voltadas para:
• Cumprimento dos objetivos estratégicos do Ministério de Saúde – Objetivo
Estratégico 10 do Planejamento Estratégico do Ministério da Saúde 2011-2015 –
Qualificar instrumentos de execução direta, gerando ganhos de produtividade e
eficiência para o SUS e do Plano Diretor de Tecnologia da Informação (PDTI) do
DATASUS – 2014-2015.
• Propiciar o ambiente e ferramentas necessárias dentro do DATASUS para
atender as recomendações do Tribunal de Contas da União através do Acordão
757/2011 – Tribunal de Contas da União (TCU) – Plenário (peça 319) e do Acor-
dão 1760/2015.
• Orientações do Ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG),
promovidas no seu Programa Nacional de Gestão Pública e Desburocratização
(Gespública), instituído pelo Decreto nº 5.378 de 23 de fevereiro de 2005, no
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qual estabelece iniciativas que promovem a gestão pública de excelência, vi-
sando contribuir para a qualidade dos serviços públicos prestados ao cidadão e
para aumento da competitividade das instituições públicas e do país.
A proposta de estruturação do Escritório de Processo dentro da CGGP visa inte-
grar práticas, modelos e ferramentas de processos para elevar a maturidade do
DATASUS, com o intuito de atender aos princípios da Administração Pública: efi-
ciência, celeridade, perfeição técnica, economicidade, transparência e padrões de
qualidade do modelo operacional.
As responsabilidades do Escritório de Processos do DATASUS estarão centradas
em quatro grandes atribuições, que são:
• Motivar a gestão de processos do DATASUS;
• Promover a cultura de gestão de processos e de melhoria contínua no DATA-
SUS;
• Manter atualizadas e disponíveis as rotinas operacionais dos processos do DA-
TASUS;
• Prover a governança das ações de gestão de processos no DATASUS.
É importante ressaltar que o Escritório de Processos não interfere na autonomia
das coordenações do DATASUS, que são as efetivas gestoras de seus processos.
Seu papel restringe-se ao apoio e à promoção da sinergia e do alinhamento entre
as diversas iniciativas de gestão de processos no âmbito do Departamento. Há que
se ressaltar que o gestor do processo é o responsável pelo resultado do processo,
que deverá ser medido por meio de indicadores de desempenho.
O Escritório de Processos deverá estimular a cultura de melhoria e inovação na
organização. Neste sentido, otimizações de processos devem ser continuamente
identificadas e aplicadas de forma alinhada às diretrizes estratégicas estabelecidas
pela alta administração.
Os tipos de estruturas de escritório de processos podem variar conforme o nível de
maturidade de cada órgão. Os tipos de escritórios de processos são:
• Executivo: o escritório de processos é o responsável pela elaboração e con-
dução dos projetos de melhoria de processos nas áreas, disseminação e trans-
ferência de conhecimentos referentes às práticas de gestão de processos. Por
isso, no início da atuação do Escritório de Processos é previsto seu maior en-
volvimento nas ações de melhoria de processos nas áreas, assessorando-as na
implementação das iniciativas;
• Consultivo: o escritório de processos realiza um papel orientador, prestando
auxílio e consultoria às atividades dos gestores de processos. As áreas de ne-
gócios possuem profissionais com perfil já consolidado na disciplina de gestão
de processos, devidamente capacitados pelo Escritório de Processos, que rea-
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lizam as atividades de mapeamento, redesenho dos processos e manutenção
do repositório. Neste caso, cabe ao escritório normatizar, capacitar, sensibilizar,
coordenar as iniciativas e dar suporte técnico da ferramenta de processos.
Com base na análise da organização como um todo e nas condições do Escritório
de Processos no DATASUS, ficou definido que, inicialmente, o Escritório adotará o
modelo Executivo, com o objetivo de definir e estabelecer os padrões de modela-
gem, execução e monitoramento junto as áreas do DATASUS, tendo como visão
de futuro alcançar o modelo Consultivo, cuja transferência de conhecimento e a
consequente descentralização das responsabilidades da gestão de processos para
as áreas de negócio deverão ser realizadas de forma gradativa, respeitando a ma-
turidade e o tempo de adaptação de cada área.
No âmbito do DATASUS a estrutura do escritório de processos é representada
pela Coordenação de Gestão de Portfólio de Projetos (CGPP). No que tange ao
Escritório de Processos a CGPP apresenta as seguintes atribuições:
I. Disseminar e divulgar os conceitos e práticas da Gestão de Processos, criando
a cultura, integração e institucionalização das boas práticas de gestão no DA-
TASUS;
II. Fomentar, integrar e dar suporte às iniciativas de mapeamento de processos
das áreas do DATASUS, estimulando a adoção da metodologia estabelecida
pelo Departamento, gerando um repositório único de fluxogramas;
III. Estabelecer e manter padrões, procedimentos, normas, ferramentas, artefa-
tos e metodologias necessárias à gestão de processos de negócio no DATA-
SUS, zelando pelo seu cumprimento de acordo com definições estratégicas da
Alta Administração e maturidade organizacional do Departamento em Gestão
de Processos;
IV. Gerenciar atividades do ciclo de mapeamento de processos;
V. Manter sistemas de gestão de processos do Núcleo de Gestão Estratégica,
gerenciando o repositório de fluxogramas e mantendo os registros da docu-
mentação de processos de trabalho disponíveis e atualizados;
VI. Realizar verificação técnica dos documentos constantes no repositório de
processos de acordo com a metodologia de gestão de processos;
VII. Promover o monitoramento e a avaliação de desempenho dos processos
organizacionais, de forma contínua, mediante a construção e revisão de indica-
dores de desempenho;
VIII. Publicar e divulgar as ações e resultados das iniciativas de melhoria de pro-
cessos;
IX. Apoiar na elaboração, atualização e divulgação de instrumentos normativos
relativos a processos de trabalho do DATASUS.
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2 METODOLOGIA DE GERENCIAMENTO DE PROCESSOS
A Metodologia de Gerenciamento de Processos do DATASUS prevê, em seu ciclo
contínuo de gestão de processos, 11 (onze) fases integradas que ocorrerão durante
cada etapa definida a seguir:
• Desdobramento Estratégico:Mapeamento da Cadeia de Valor Atual;
Alinhamento Estratégico;
Desenho da Cadeia de Valor Futura.
• Ciclo de Transformação do Processo:Gerenciamento de Iniciativas de Processos;
Planejamento;
Modelagem
Análise e Diagnóstico;
Redesenho.
• Ciclo de Manutenção do Processo:Implementação;
Monitoramento;
Refinamento.
Importante ressaltar que as demandas de transformação organizacional podem ser
para execução do ciclo completo da gestão do processo ou de uma fase especí-
fica, não havendo comprometimento das informações ou perda de qualidade nos
resultados esperados.
A figura a seguir representa o ciclo contínuo de gestão de processos do DATASUS:
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Figura 1: Ciclo de Gestão de Processos do DATASUS
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Etapa do Ciclo Fases do Ciclo Descrição
Desdobramento Estratégico
Mapeamento da Cadeia de Valor Atual
Durante esta fase são levan-
tados os processos e macro-
processos executados pela
organização ou área (depen-
dendo do nível de detalha-
mento da cadeia) a fim de
realizar a modelagem e cria-
ção do diagrama da Cadeia
de Valor Agregado. São iden-
tificadas as integrações entre
os processos e classificados
de acordo à sua importância e
valor agregado à organização
ou área.
Alinhamento Estratégico
Esta fase consiste na realiza-
ção do entendimento do pla-
no estratégico organizacional
e seus impactos (atuais e fu-
turos), por meio de reuniões
com os gestores da organiza-
ção, com objetivo de alinhar a
Cadeia de Valor ao plano es-
tratégico da organização ou
da área.
Desenho da Cadeia de Valor Futura
Nesta fase acontece a cons-
trução da Cadeia de Valor fu-
tura, com base na coleta de
informações que subsidiam
o entendimento dos proces-
sos e iterações, bem como o
alinhamento com o plano es-
tratégico da organização e as
expetativas da Alta Direção.
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Ciclo de Transformação
do Processo
Gerenciamento de Iniciativas de Processos
É nessa fase que as iniciativas
de processos das áreas do
DATASUS são recebidas pelo
Escritório de Processos, ava-
liadas, classificadas, prioriza-
das e acompanhadas na sua
execução de forma a ter uma
visão gerencial das atividades
de mapeamento, redesenho,
implantação e/ou monitora-
mento de processos do De-
partamento.
Planejamento
Nesta fase é elaborado o Pla-
no de Trabalho para executar
a iniciativa de processo espe-
cificando os elementos essen-
ciais para a realização efetiva
das atividades.
Modelagem
Essa fase consiste no levanta-
mento e criação de represen-
tações gráficas dos processos
de negócio existentes (AS IS).
Coletam-se informações ne-
cessárias para execução das
próximas fases.
Análise e Diagnóstico
É nessa fase que o modelo de
situação atual (AS IS), junto
aos dados coletados são ana-
lisados para criar ideias sobre
como transformar a operação,
visando eliminar problemas e
aproveitar oportunidades do
processo existente.
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Redesenho
Está fase consiste no redese-
nho do processo, ou seja, na
criação e compreensão dos
processos atuais, e utilização
dos elementos identificados
no diagnóstico, para propor
uma visão melhorada (TO BE)
do processo, na qual diminuía
os pontos de baixa produtivi-
dade e aproveite as melhores
práticas já utilizadas.
Implementação
Nesta fase elabora-se o plano
de ação que apresenta uma
série de tarefas necessárias
para colocar em prática os
procedimentos e fluxos de
trabalho redesenhados. Tam-
bém inclui a normatização do
processo e capacitação dos
envolvidos.
Monitoramento
Essa fase engloba o trabalho
continuo de coleta e mensu-
ração de indicadores de de-
sempenho de processos, a fim
de avaliar o grau de eficiência,
eficácia e efetividade das me-
didas adotadas no processo
redesenhado.
Refinamento
Essa fase é responsável pela
transformação dos processos,
implementando o resultado
da análise de desempenho,
por meio da melhoria contínua
do processo e fomentando as
mudanças organizacionais ne-
cessárias para a absorção dos
fluxos de trabalho propostos.
Tabela 2: Descrição das Fases
2.1 CICLO DE DESDOBRAMENTO ESTRATÉGICO
No ciclo de desdobramento estratégico é onde ocorre o mapeamento da cadeia
de valor, o alinhamento estratégico e o desenho da cadeia de valor futura. A cadeia
de valor dos processos é revisada a cada iniciativa de transformação organizacio-
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nal, seja para confirmação da situação atual ou para direcionar o mapeamento dos
processos futuros na metodologia.
2.1.1 Fase 1 - Mapeamento da Cadeia de Valor Atual
O mapeamento da Cadeia de Valor é o ponto de partida para a implementação da
Gestão por Processos, o início de uma ação sistêmica associada à melhoria contí-
nua da organização e orientada a resultados.
Entende-se por Cadeia de Valor Agregado a reunião de processos executados por
toda a instituição (ou área específica) para projetar, produzir, entregar e sustentar
seus produtos e/ou serviços refletindo sua história, sua estratégia e a forma como
é implementada. Assim sendo, entende-se, ainda, que Cadeia de Valor Agregado
constitui também um inventário de macroprocessos organizacionais.
A Cadeia de Valor Agregado proporciona uma visão macro da interligação e/ou
encadeamento dos macroprocessos e processos subjacentes seguindo a sequên-
cia de execução. A descrição para os níveis menores é representada por meio de
diagramas de Fluxo de Atividades.
O modelo da Cadeia de Valor Agregado adotado para o DATASUS agrupa os ma-
croprocessos e processos subjacentes nas seguintes categorias:
• Macroprocessos Estratégicos: correspondem aos macroprocessos e proces-
sos que zelam pela estratégia e pela gestão do departamento. Ou seja, têm
como finalidade fornecer as diretrizes organizacionais, promover a estruturação,
avaliação e melhoria do funcionamento do departamento e de seus processos;
• Macroprocessos Finalísticos: correspondem aos macroprocessos e processos
que são a razão da existência da organização. Estão correlacionados à missão e
à visão, e agregam valor diretamente aos cidadãos/usuários/clientes;
• Macroprocessos de Suporte: correspondem aos macroprocessos e processos
responsáveis por prover as condições operacionais necessárias à execução dos
processos finalísticos e estratégicos do DATASUS. Orientam o seu olhar para o
ambiente interno da organização fornecendo os subsídios para a execução de
todos os demais processos.
Nota: A gestão de processos é dinâmica e por isso entende-se que no decorrer dos
trabalhos de melhoria continua dos processos, a Cadeia de Valor Agregado poderá
sofrer alterações para representar de forma mais fiel a realidade da organização.
O mapeamento da Cadeia de Valor pode ser realizado em diversos níveis de de-
talhamento conforme o escopo definido na iniciativa de transformação organiza-
cional. Ela pode abranger a organização como um todo, nesse caso é mapeada a
Cadeia de Valor de primeiro nível ou uma área ou macroprocesso específico, prio-
rizado pela Gestão das Iniciativas de Transformação Organizacional.
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Na Metodologia de Gerenciamento de Processos do DATASUS adota-se o mapea-
mento e redesenho da Cadeia de Valor como ponto de partida para as iniciativas
de processos, a fim de identificar onde o processo encontra-se inserido, quais ou-
tros processos são interligados e/ou impactados pelo processo a ser analisado,
assim como para ter uma visão macro do conjunto de atividades, informações e
interações que devem ser previstas para sua transformação.
Para mapear a Cadeia de Valor Agregado as seguintes atividades são executadas:
• Entendimento da estrutura organizacional da instituição ou da área envolvida;
• Identificação das principais atividades executadas atualmente pela (s) área.
Esta atividade é realizada, por meio de entrevistas com os gestores das áreas
e executores dos processos;
• Alinhamento com o regimento interno da instituição ou da área envolvida;
• Agrupamento das atividades em processos através da análise do seu objetivo
e resultado alcançado;
• Agrupamento dos processos em macroprocessos;
• Sequenciamento e encadeamento lógico dos processos identificados;
• Classificação dos macroprocessos em estratégicos, finalísticos e de sustenta-
ção;
• Representação gráfica dos macroprocessos na Cadeia de Valor Agregado.
O principal artefato utilizado nesta fase é o questionário para realização das en-
trevistas de levantamento de informação, o qual é customizado conforme o nível
gerencial do interlocutor. Sendo assim existem três modelos principais:
•Questionário para levantamento de informações da Alta Direção
•Questionário para levantamento de informações do nível gerencial
•Questionário para levantamento de informações do nível operacional.
Para elaboração da Cadeia de Valor é utilizado o artefato “Construção da Cadeia
de Valor”, através do qual será gerado o produto “Mapa da Cadeia de Valor Atual”.
2.1.1.1 1º Nível da Cadeia de Valor Agregado
O 1º nível da Cadeia de Valor Agregado representa o mapa estratégico da organi-
zação, relacionando seus principais processos e etapas na agregação de valor de
produtos e serviços aos seus clientes/sociedade. Um exemplo desta representação
é apresentado na figura a seguir:
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Figura 2: Exemplo de 1º nível da Cadeia de Valor Agregado do DATASUS
2.1.1.2 2º Nível da Cadeia de Valor Agregado
A figura a seguir apresenta um exemplo de macroprocessos identificados no 2º
nível da Cadeia de Valor Agregado do DATASUS:
Figura 3: Exemplo de 2º nível da Cadeia de Valor Agregado do DATASUS
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2.1.1.3 3º Nível da Cadeia de Valor Agregado
Este nível corresponde ao processo de trabalho no qual é elaborado o Diagrama
de Processo. A figura a seguir apresenta um exemplo do processo identificado no
3º nível da Cadeia de Valor Agregado do DATASUS e a sua representação gráfica:
Figura 4: Exemplo de 3º nível da Cadeia de Valor Agregado do DATASUS
2.1.1.4 Estruturação numérica do 1°, 2° e 3° níveis da Cadeia de Valor
Identificação Nomenclatura
Cadeia de Valor Agregado - 1º nível
A nomenclatura do 1º nível da Cadeia de Va-
lor Agregado segue o seguinte padrão:
<regra de numeração> <nome do macroprocesso>
Ex.: 1. Processos Estratégicos
A nomenclatura do macroprocesso deve
ser preenchida com substantivo(s) que indi-
que(m) claramente qual é o seu objetivo.
Cadeia de Valor Agregado - 2º nível
A nomenclatura do 2º nível da Cadeia de Va-
lor Agregado segue o seguinte padrão:
<regra de numeração> <nome do macroprocesso>
Ex.: 101. Gerir Escritório de Processos
A nomenclatura do macroprocesso deve
ser preenchida com substantivo(s) que indi-
que(m) claramente qual é o seu objetivo.
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Cadeia de Valor Agregado - 3º nível
A nomenclatura do 2º nível da Cadeia de Va-
lor Agregado segue o seguinte padrão:
<regra de numeração> <nome do macroprocesso>
Ex.: 101.101 Realizar entendimen-
to da Estratégia Organizacional
A nomenclatura do macroprocesso deve
ser preenchida com substantivo(s) que indi-
que(m) claramente qual é o seu objetivo.
Figura 5: Estruturação numérica do 1°, 2° e 3° níveis da Cadeia de Valor
2.1.2 Fase 2 - Alinhamento Estratégico
É nesta fase que a equipe de processos garantirá o sincronismo organizacional,
que se caracteriza pelo alinhamento dos processos aos objetivos estratégicos da
organização ou da área, bem como identifica e prioriza seus processos críticos.
A partir deste alinhamento é possível identificar quais processos agregam valor
ao cliente e à organização no alcance dos seus objetivos estratégicos assim como
quais deverão ser rearranjados para otimizar os resultados em prol do Departa-
mento ou área objeto da iniciativa de transformação organizacional.
Dentre os elementos utilizados para a fase de alinhamento estratégico, destaca-
se a Cadeia de Valor, definida como o levantamento de toda a ação ou processo
necessário para gerar ou entregar produtos ou serviços, permitindo uma melhor
visualização do valor ou benefícios agregados nos processos e sendo utilizada am-
plamente na definição dos resultados e impactos das organizações.
A partir da Cadeia de Valor, composta pelos macroprocessos da organização, é
possível desdobrar seu funcionamento em processos e subprocessos, em uma ar-
quitetura que possibilita o alinhamento entre a estratégia, e as atividades efetiva-
mente realizadas.
A Cadeia de Valor na fase de alinhamento estratégico contribui, de forma clara,
para que os conjuntos de atividades realizados para a geração de valor, possibilite
a percepção de gargalos e desperdícios, bem como a eliminação ou redução de
atividades e processos que não agregam valor.
A análise da Cadeia de Valor subsidia a fase de alinhamento estratégico das orga-
nizações, pois favorece a compreensão e atuação sobre a estrutura organizacional,
econômica, financeira e operacional das suas principais atividades e processos.
O resultado do alinhamento estratégico auxiliou no sentido de sincronizar as ativi-
dades para criar sinergia e alcançar resultados expressivos.
O alinhamento estratégico da Cadeia de Valor é obtido através da execução das
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seguintes atividades: Entendimento dos objetivos estratégicos da instituição, da
área ou dos processos envolvidos;
• Avaliação do grau de valor e representatividade do macroprocesso ou proces-
so no alcance dos objetivos estratégicos;
• Criticidade do processo para obtenção dos resultados esperados pelo DATA-
SUS ou área envolvida;
• Classificação do processo considerando se está ou não alinhado estrategica-
mente com o DATASUS e se agrega valor ao cliente/usuário/sociedade.
Como resultado dessa fase é gerado o “Relatório de Alinhamento da Cadeia de Va-
lor com os Objetivos Estratégicos”. Este relatório serve de insumo para o desenho
da Cadeia de Valor Futura.
2.1.3 Fase 3 - Desenho da Cadeia de Valor Futura
Consiste na revisão da estrutura de macroprocessos e/ou processos atuais, por
meio da criação do diagrama da Cadeia de Valor Futura, alinhados à estratégia
organizacional.
Na fase de Desenho da Cadeia de Valor futura são executadas as seguintes ativida-
des, por meio de reuniões e entrevistas com os envolvidos no processo:
•Direcionamento estratégico para reformulação da Cadeia de Valor Futura;
oEste direcionamento deve ser coletado junto à Alta Direção e ao gestor do
processo envolvido.
•Identificação dos valores e produtos gerados pelos macroprocessos envolvi-
dos;
•Identificação de novos processos, necessários para a obtenção dos resultados
propostos;
•Eliminação dos processos que não agregam valor;
•Rearranjo dos macroprocessos e/ou processos organizacionais para agrega-
ção de valor ao cliente/usuário final;
•Proposição da cadeia de valor futura;
•Apresentação da proposição da cadeia de valor futura;
•Validação em conjunto com o gestor da proposição da cadeia de valor;
•Refinamento da cadeia de valor futura.
Como resultado dessa fase é gerado o “Mapa da Cadeia de Valor Futura”. A partir
da Cadeia de Valor Futura é possível identificar e priorizar os processos que serão
redesenhados.
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2.2 CICLO DE TRANSFORMAÇÃO DO PROCESSO
2.2.1 Fase 1 - Gerenciamento de Iniciativas de Processos
Nesta fase é onde se gerenciam todas as iniciativas de processos do DATASUS,
que serão executadas pelo Escritório de Processos ou pelos arquitetos de proces-
sos das Coordenações do Departamento. A partir desse gerenciamento é que se
determinam quais são os processos que serão transformados e qual será a equipe
responsável pela execução desta tarefa.
De forma continua, o Escritório de Processos analisa as demandas de transforma-
ção organizacional existentes, encaminhadas por outras áreas, pelos arquitetos de
processos ou identificadas pelo próprio escritório, a fim de:
• Identificar iniciativas similares, interdependentes ou complementares;
• Avaliar impactos em processos já mapeados ou em fase de redesenho;
• Analisar a capacidade das equipes para atender as demandas de processos;
• Unificar esforços, agrupar (se for necessário) e direcionar a execução das de-
mandas de processos;
• Priorizar as demandas de processos;
• Definir e reavaliar prazos de execução;
• Distribuir as demandas entre a equipe de processos, e,
• Acompanhar as iniciativas de transformação organizacional de forma estrutu-
rada e organizada.
• Consideram-se elementos para priorização dos processos:
• Relevância do processo/subprocesso para o cumprimento dos resultados/me-
tas institucionais;
• Importância da contribuição da melhoria proposta para os resultados dos pro-
cessos;
• Factibilidade de sua implementação;
• Grau de complexidade da implantação;
Uma vez aprovado o atendimento da demanda, o Escritório de Processos avalia a
iniciativa que está sendo solicitada em função do inventário de processos atual a
fim de:
•Verificar ou encaixar o processo na Cadeia de Valor Atual e Futura, identificando
o macroprocesso ao qual pertence;
•Categorizar o processo;
•Propor a nomenclatura e numeração do processo;
•Atualizar o inventário de processos e status de mapeamento.
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Finalizada esta fase, iniciam-se as atividades de transformação do processo, pela
equipe responsável.
2.2.2 Fase 2 - Planejamento
Essa fase compreende as ações para o planejamento do atendimento à demanda
de transformação organizacional. Nessa fase estão relacionadas às atividades para
definição de escopo, cronograma e alocação de recursos das demandas prioriza-
das.
Na fase de planejamento são executadas as seguintes atividades:
• Identificação dos envolvidos – Stakeholders ou partes interessadas do proces-
so;
• Realização de reunião de alinhamento de expetativas junto às partes interes-
sadas.
• Nesta reunião será feita a sensibilização em gestão de processos, para obter o
nivelamento conceitual dos envolvidos.
• Entendimento dos objetivos da iniciativa de transformação organizacional;
•Premissas e restrições para execução da demanda de transformação organiza-
cional;
• Identificação do número de processos envolvidos nesta iniciativa;
• Identificação das áreas envolvidas no processo;
• Identificação de recursos necessários para execução da demanda de transfor-
mação organizacional;
• Estimativa de prazo para execução da demanda de transformação organiza-
cional;
• Elaboração do cronograma das atividades para execução da demanda de
transformação organizacional.
Como resultado dessa fase é elaborado o “Plano de Trabalho” da iniciativa de trans-
formação o qual deverá conter informações de escopo, quantidade de processos,
áreas envolvidas, prazo e cronograma de execução das atividades com seus res-
pectivos responsáveis.
2.2.3 Fase 3 - Modelagem
A fase de modelagem de processos consiste no levantamento e entendimento dos
processos organizacionais existentes na instituição, baseada na legislação vigente,
na estrutura funcional do Departamento e considerando a sua missão, visão, obje-
tivos e metas, ou seja, seu planejamento. Compreende, ainda, o levantamento e o
registro da situação atual dos processos organizacionais, descrevendo fluxos, insu-
mos e demais informações necessárias ao entendimento uniforme dos processos
por todos os envolvidos.
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Nesta fase é realizada a coleta de informações sobre a execução das atividades
do processo e os elementos que as influenciam, o que possibilitará conhecer a
realidade da área, bem como desenvolver um plano de análise que contempla as
informações relevantes para realizar a melhoria de seus processos.
O propósito da modelagem é criar uma representação do processo de maneira
completa e precisa sobre o seu funcionamento. Por esse motivo, o nível de detalha-
mento e o tipo específico de modelo têm como base o que é esperado da iniciativa
de modelagem.
No decorrer do trabalho de modelagem observou-se a necessidade não apenas
de conhecer os macroprocessos, mas também entender e analisar possíveis inter-
faces e relação entre eles, envolvendo todas as atividades necessárias para que o
DATASUS, a partir das informações, recursos e demais entradas que recebe, gerar
produtos e serviços com valor agregado e aderentes às necessidades aos quais ele
descreve. Por isso, a necessidade de uma descrição ampla e detalhada dos pro-
cessos desdobrados da Cadeia de Valor para possibilitar o entendimento e análise
antes mesmo de sua operacionalização.
As atividades realizadas nessa fase são as seguintes:
• Reunião com os envolvidos para entendimento do processo;
Levantamento do objetivo do processo;
Levantamento dos insumos;
Levantamento das atividades;
Levantamento das saídas e produtos gerados;
Levantamento do fluxo de informações;
Levantamento das interfaces;
Levantamento dos sistemas;
Levantamento de indicadores de desempenho;
Levantamento das principais legislações e normas vigentes;
Levantamento de dados estatísticos do processo;
Levantamento de prazos de execução das atividades;
Identificação dos responsáveis na execução das atividades;
Descrição das atividades em padrões de trabalho, manuais, instruções e pro-
cedimentos, quando necessários;
Coleta de exemplos de produtos gerados.
• Modelagem do processo (AS IS);
• Descrição das atividades;
• Reunião de validação do processo modelado;
• Elaboração do Relatório de Modelagem do Processo.
No fluxo deverão constar as seguintes informações: numeração do fluxo; nome
do processo; objetivo do processo; atividades (fluxo); áreas responsáveis; ligações
das atividades com documentos ou fluxo de informação (entrada ou saída); pro-
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dutos gerados; interface com outros processos; legislação e políticas e regras que
devem ser consideradas durante sua execução.
O mapeamento e qualquer atualização do processo poderá ser feito pelo arquiteto
da área e aprovada pelos participantes do processo. Contudo, se essa ação envol-
ver outras áreas do DATASUS, o Escritório de Processos, deverá ser comunicado
para, então, providenciar a realização de reuniões de validação.
A metodologia que se refere ao mapeamento da situação atual define que para
garantir uma representação fiel do processo é necessária a participação de todos
os seus envolvidos diretamente, ou seja, executores, fornecedores de insumos e
clientes dos produtos gerados. A técnica a ser utilizada e que facilita o desenvol-
vimento dos trabalhos é a realização de reuniões tipo JAD (Joint Application De-
sign), descrita no Anexo II.
As regras para desenho e modelagem dos processos deverão seguir os padrões de
modelagem descritos no item 4. Modelagem de Processos.
Como resultado dessa fase são gerados os seguintes produtos: Diagrama do Pro-
cesso Atual (AS IS) e Detalhamento do Processo (AS IS).
2.2.4 Fase 4 - Análise e Diagnóstico
A fase de análise e diagnóstico proporciona uma compreensão das atividades do
processo e os resultados, dessas atividades e dos processos, em relação à sua ca-
pacidade de atender as metas pretendidas. Analisa também as restrições e ruptu-
ras que interferem no desempenho do processo assim como permite identificar as
práticas positivas que podem ser mantidas na execução do processo.
Essa fase é essencial para avaliar como os processos de negócio estão operando,
quais resultados estão gerando e que valor estão agregando ao DATASUS. O prin-
cipal benefício de analisar e diagnosticar a situação atual (AS IS) é o entendimento
comum de como o trabalho é feito e o que deverá ser melhorado através da repre-
sentação do processo futuro (TO BE).
Para identificação dos problemas as seguintes atividades serão executadas:
• Identificação de pontos de alerta – os pontos de alerta podem indicar deficiên-
cias na execução ou nas regras do processo atual, assim como podem auxiliar
no direcionamento das ações para a melhoria nos processos. No levantamento
dos pontos de alerta é avaliado qual o impacto dos problemas no processo em
questão, e são propostas soluções corretivas.
Os pontos de alerta correspondem a problemas e oportunidades para otimizar o
desempenho e melhorar a qualidade dos produtos do processo. Nesta atividade de
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identificação é importante avaliar:
Interface entre os processos, insumos e produtos (comunicação, fluxo de in-
formação);
Sombreamento/superposição;
Simplificação de etapas e métodos;
Condicionantes legais, políticos e institucionais; e
Necessidades de adequação de alocação de recursos e pessoas (sistemas
informatizados e outros recursos).
• Categorização dos pontos de alerta – a categorização ajuda a identificar as
diretrizes para o redesenho, oferecendo visão global dos problemas encontra-
dos no processo;
• Priorização dos pontos de alerta – o objetivo da modelagem é atingir melho-
rias concretas na execução do processo. Por meio dessa etapa, serão definidas
melhorias prioritárias para o redesenho e para o plano de implantação. A priori-
zação dos pontos de alerta e soluções propostas é realizada por meio da Matriz
GUT. Uma vez levantadas as causas e problemas do processo, os participan-
tes são convidados a identificarem o grau de Gravidade, Urgência e Tendência
(GUT) de cada ponto de alerta. Este grau pode ser: 1, 3 e 5, sendo 1 o menos
relevante e 5 o de maior relevância. A multiplicação das 3 variáveis resulta na
prioridade do ponto de alerta. Exemplo: Gravidade 3, Urgência 5 e Tendência 1,
resultará em uma prioridade de 15 pontos. A prioridade pode variar de 1 a 125
pontos, sendo 125 a pontuação máxima. O resultado da multiplicação encontra-
se na coluna “Total (G x U x T)”;
• Elaboração do diagnóstico – A partir da construção da Cadeia de Valor Agre-
gado do AS IS, do levantamento do processo atual, da análise das informações
coletadas, da consolidação, classificação e priorização dos pontos de alerta, é
possível identificar os aspectos críticos mais relevantes relacionados à situação
atual da iniciativa e dos processos analisados.
As considerações a serem realizadas estarão focadas na análise das categorias de
problema com maior percentual de incidência, assim como os pontos de alerta
assinalados como prioritários na matriz GUT, a ser elaborada e entregue como ar-
tefato dessa fase.
Os resultados obtidos na análise e diagnóstico do processo serão consolidados no
artefato “Pontos de Alerta” e “Detalhamento de Soluções Proposta”. Esses artefa-
tos deverão subsidiar o redesenho do processo.
2.2.5 Fase 5 - Redesenho
A fase de redesenho consiste em desenhar uma situação futura ideal (TO BE) a
partir do Diagnóstico consolidado, de forma a corrigir, melhorar ou inovar o pro-
cesso, para aperfeiçoar a eficiência, a eficácia e a adaptabilidade da situação atual
existente.
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Nesta fase definem-se formalmente os objetivos, produtos e resultados esperados
do processo, reorganizam-se as atividades e redistribuem-se entre as áreas res-
ponsáveis assim como estabelecem-se regras necessárias para produzir o resulta-
do desejado.
Antes de iniciar a fase de redesenho do processo é importante identificar a qual
macroprocesso ele pertence, quais são as inter-relações com outros processos e
se haverá alterações na Cadeia de Valor Futura do macroprocesso identificado.
Adicionalmente, uma reunião com o gestor do processo é essencial para levantar
os direcionamentos e resultados esperados do processo que será remodelado, de
forma a alinhar as atividades previstas para atender esta expectativa.
Para execução dessa fase as seguintes atividades são realizadas:
•Análise do processo AS IS;
•Análise de legislações, regulamentação, normas e portarias vigentes referentes
ao processo modelado ou que possam impactar o processo;
•Análise do direcionamento dado pelo gestor do processo (resultados espera-
dos);
•Alinhamento com o Plano Estratégico do DATASUS;
•Análise dos pontos de melhoria e melhores práticas;
•Identificação de gargalos e pontos de retenção do processo, reprocesso, ativi-
dades repetidas, atividades que não agregam valor, burocratização e loops de
execução;
•Proposição do processo (TO BE);
•Definição dos indicadores de desempenho e metas a serem atingidas;
•Reunião de validação do processo (TO BE) com as áreas envolvidas;
•Ajustes serão realizados, caso seja necessário;
•Identificação de premissas e condicionantes para implementação do processo;
•Elaboração do Relatório de Redesenho.
A fase do redesenho implica, também, a realização de reuniões JAD, que deverão
contar com a presença de todos os executores do processo e dos arquitetos de
processos das Coordenações do DATASUS. Nos casos em que mais de uma área
for envolvida, o Escritório de Processos deverá ser comunicado para que participe
dessas reuniões e o inventário de processos seja atualizado.
No fluxo deverão constar as seguintes informações: numeração do fluxo; nome
do processo; objetivo do processo; atividades (fluxo); áreas responsáveis; ligações
das atividades com documentos ou fluxo de informação (entrada ou saída); pro-
dutos gerados; interface com outros processos; legislação e políticas e regras que
devem ser consideradas durante sua execução.
Os redesenhos construídos deverão ser validados por todos os participantes da
reunião e, assim como no mapeamento da situação atual, as atualizações aprova-
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das deverão ser informadas ao Escritório de Processos, que providenciará a atua-
lização do banco de dados corporativo.
As regras para desenho e modelagem dos processos deverão seguir os padrões de
modelagem descritos no item 4. Modelagem de Processos.
Como resultado dessa fase são gerados os seguintes produtos: “Diagrama do Pro-
cesso Futuro (TO BE) ” e “Detalhamento do Processo (TO BE) ”.
A fim de possibilitar o monitoramento, deverão ser estabelecidos indicadores de
desempenho para cada processo redesenhado. Após o redesenho e a validação,
inicia-se a fase de implantação de melhoria dos processos.
2.3 CICLO DE MANUTENÇÃO DO PROCESSO
2.3.1 Fase 1 - Implementação
Esta fase tem o objetivo implantar o processo redesenhado e aprovado através da
sua efetiva execução pelos responsáveis. Durante essa fase assume-se que as fases
de análise, modelagem e desenho criaram e aprovaram um conjunto completo de
especificações, então, somente pequenos ajustes devem ocorrer durante a imple-
mentação.
A implementação de processos deve ser vista como um movimento estratégico e
contar com o envolvimento e comprometimento dos diversos níveis da organiza-
ção, desde a alta administração até as equipes funcionais.
Para a implantação dos processos redesenhados, é importante considerar alguns
fatores críticos de sucesso:
• Patrocínio da Alta Administração e do gestor do processo;
• As premissas e condicionantes identificados para implantação do processo fo-
ram observadas e atendidas, tais como: alterações legais, alocação de pessoas,
disponibilidade de recursos materiais e infraestrutura, desenvolvimento de siste-
mas informatizados e outros que possam influenciar o processo.
• O processo possui indicadores de desempenho mensuráveis que permitiram
avaliar o sucesso da sua implementação;
• O relacionamento entre os processos deve ser observado na fase de redesenho
e implantação, pois a cadeia de valor e os fluxos de processos trazem as inter-
faces de entrada e saída de cada diagrama. Para o sucesso da implantação, os
processos escolhidos para esta iniciativa deverão ter suas interfaces analisadas,
de forma a garantir que as mudanças tenham um impacto desejado/esperado. A
implantação de processos sem análise das interfaces ou do impacto necessárias
poderão trazer prejuízo no desempenho ou mesmo inviabilizar sua execução;
• A participação dos executores de todas as áreas envolvidas, clientes e forne-
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cedores do processo.
O primeiro passo para a implementação do processo consiste na elaboração do
Plano de Implementação. Elabora-se um cronograma para implantação das so-
luções identificadas, assim como para detalhamento do processo em termos de
regras e políticas de negócio, manuais operacionais e criação de instrumentos de
apoio à execução das atividades. Além disso, deve-se utilizar a ferramenta 5W1H,
para definir, para cada etapa, quem será o responsável pelo seu cumprimento
(Who), onde será realizada (When), em que data (Where), o que deverá ser feito
(What) e como deverá ser feito (How) e porque deverá ser feito (Why).
Neste plano são revalidadas e atualizadas as premissas e condicionantes necessá-
rias para a implementação do processo. Uma vez as áreas participantes concor-
dam na execução do plano de trabalho as seguintes ações deverão ser executadas:
• Identificar os riscos e problemas potenciais que podem ocorrer com a solução
a ser implantada, já que esses constituem causas frequentes de insucesso na
implantação de um novo processo ou de uma modificação em um processo já
existente;
• Formalizar o processo através de normativa interna encaminhada a todas as
coordenações do DATASUS e áreas do Ministério da Saúde impactadas;
• Normatizar o processo, através da definição das normas, descrição da rotina
passo a passo e elaboração dos fluxos e demais documentos de apoio, os quais
propiciarão a operacionalidade do processo;
• Disseminar informações, comunicando a todos os envolvidos sobre o novo
processo. Muitos problemas podem ocorrer durante a implantação, por falta ou
por falha de comunicação. Ao disseminar informações, deve-se utilizar uma lin-
guagem acessível e de fácil compreensão, evitando termos técnicos complexos
ou que possam trazer dupla interpretação. As informações podem ser divul-
gadas através da intranet, jornal, mural, e-mails, entre outros.
• Capacitar e treinar os envolvido no novo processo, com base no levantamen-
to da necessidade de treinamento identificada na avaliação dos processos. O
processo redesenhado só deve ser colocado em pleno funcionamento quando
os seus executores estiverem seguros de seus conhecimentos sobre suas ativi-
dades.
•Executar as atividades previstas no processo de acordo ao que foi planejado. O
processo de implantação deve ser acompanhado e soluções devem ser busca-
das para corrigir possíveis desvios.
Durante a implantação do processo, o Escritório de Processos, acompanhará a
evolução do Plano de Trabalho junto ao arquiteto e gestor do processo, a fim de
orientar e fornecer apoio metodológico durante sua execução. Por isto é importan-
te que qualquer iniciativa neste sentido seja informada ao Escritório de Processos.
Como resultado dessa fase são gerados os seguintes produtos: “Plano de Imple-
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mentação” e “Registro de Acompanhamento da Implementação do Processo”.
Executadas as ações planejadas, segue-se para a fase de monitoramento e refina-
mento do processo. Para tanto, é necessário o estabelecimento de indicadores na
fase do redesenho para um melhor controle do processo, de forma a avaliar se os
objetivos estão sendo alcançados e permitindo comparar os resultados obtidos
com as metas estabelecidas.
2.3.2 Fase 2 - Monitoramento
Esta fase tem como finalidade realizar a contínua medição e monitoramento dos
processos de negócio, fornecendo informações-chave para os gestores de proces-
sos de negócio ajustarem recursos a fim de atingir os objetivos dos processos.
A fase de monitoramento é responsável pela aferição e validação do processo,
através da coleta dos indicadores de desempenho assim como através da medi-
ção do ciclo processual, como forma de garantir que o mesmo está representado
conforme sua realidade, atinge os resultados esperados, encontra-se dentro dos
parâmetros de eficiência, eficácia e efetividade planejados, bem como pelo estudo
de diversos cenários, possibilitando a análise de mudanças no processo.
É nesta fase de monitoramento onde se definem e mensuração os pontos de con-
trole para a coleta de dados e/ou indicadores que permitem avaliar o desempenho
dos processos.
As seguintes atividades são executadas nessa fase:
• Acompanhar o resultado das ações implementadas;
• Definição dos pontos de controle do processo;
• Coleta e mensuração dos indicadores de desempenho nos pontos de aferição
definidos;
• Aderência do processo quanto à compatibilidade do mapeamento com a for-
ma de sua implementação;
• Avaliação de resultados dos indicadores de desempenho:
Comparar os resultados com a situação anterior;
Comparar os resultados com a situação desejada (meta);
Avaliar ganhos alcançados;
Identificar oportunidades de melhoria;
Detectar e corrigir problemas na sua origem;
Definir ações para prevenir erros
• Análise das justificativas ou argumentos apresentados para os resultados afe-
ridos;
• Elaboração do diagnóstico da situação atual dos processos, com os pontos
fortes e as oportunidades de melhoria, com o objetivo de promover as ações de
correção ou inovação.
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Dessa forma, a etapa de implementação avalia o desempenho do processo através de
métricas relacionadas às metas e ao valor para a organização, podendo resultar em
melhoria nos processos propostos.
O processo deverá ser monitorado de forma contínua, pelo gestor do processo, para
facilitar a tomada de ação preventiva de erros ou problemas que poderão ocorrer
futuramente.
Como resultado dessa fase são gerados os produtos: “Análise de Desempenho do In-
dicador” e “Relatório de Desempenho do Processo ”.
Periodicamente o Escritório de Processos poderá solicitar o resultado dos indicadores
de desempenho a fim de apoiar na análise e identificação de melhorias do processo.
2.3.3 Fase 3 - Refinamento
A etapa de refinamento do processo é responsável pela transformação dos pro-
cessos, implementando o resultado da análise de desempenho. Ela ainda trata de-
safios associados à gestão de mudanças na organização à melhoria contínua e à
otimização de processo.
Nesta fase, as oportunidades de melhoria e alterações do processo identificadas
durante a implementação são operacionalizadas e atualizadas nos diagramas e do-
cumentação do processo. Grandes alterações, que impactem consideravelmente o
processo ou outros processos de outras áreas do DATASUS, deverão ser comuni-
cadas ao Escritório de Processos e deverão iniciar um novo ciclo de transformação
do processo.
Portanto, o refinamento de processos tem como objetivo principal, melhorar os
processos de negócio de ponta a ponta dentro da organização, trazendo como
benefícios a redução dos custos e tempo do ciclo (ao eliminar atividades improdu-
tivas), e a melhoria da qualidade (ao reduzir a fragmentação do trabalho) estabe-
lecendo a todos, clara responsabilidade pelos processos.
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3 FERRAMENTA DE SUPORTE À GESTÃO DE
PROCESSOS – BIZAGI
A ferramenta de modelagem de processos utilizada pelo Escritório de Processos
do DATASUS é o Bizagi Modeler. Esse software é gratuito, desenvolvido pela em-
presa BIZAGI, para modelagem descritiva, analítica e de execução, de processos de
negócio utilizando a notação BPMN em consonância com toda a disciplina de BPM.
Além de permitir a modelagem dos fluxos de trabalho, suporta a elaboração de
uma documentação bastante rica em relação ao processo e permite a publicação
de toda esta documentação em alguns formatos diferentes de arquivo, inclusive no
formato Web, visando dar maior publicidade às atividades praticadas pelas organi-
zações que prezam pela gestão do conhecimento, bem como as organizações pú-
blicas que, além disso, têm que prezar pela transparência dos serviços prestados.
Por fim, o Bizagi Modeler permite a simulação dos fluxos de trabalhos a fim de faci-
litar a análise de melhorias tanto em relação ao tempo quanto em relação ao custo
das atividades desenvolvidas.
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4 MODELAGEM DE PROCESSOS
Neste item são abordados os modelos e a simbologia definida para representação
dos processos de trabalho do DATASUS, conforme definição e metodologia do
Escritório de Processos Organizacionais do DATASUS. Para tal, existem algumas
definições, a saber:
•Para cada diagrama relacionado neste item estão descritos sua conceituação, re-
presentação, leiaute, modelo, objetos, atributos e conexões.
•Apenas os modelos, objetos e atributos relacionados neste documento devem
ser utilizados/preenchidos, mesmo que outros diferentes dos aqui mencionados
estejam disponíveis na ferramenta de gestão de processos, objetivando manter a
padronização.
•Cada objeto na ferramenta de gestão de processos pode conectar-se com outros
objetos representando o relacionamento entre eles. Esse relacionamento é depen-
dente dos objetos, bem como o modelo onde estes objetos estão inseridos. Desta
forma, para cada diagrama são descritos os relacionamentos (conexões) estabele-
cidos para estes objetos.
•Todo objeto e modelo na ferramenta de gestão de processos têm uma lista de
atributos associados a eles. Para cada modelo e objeto relacionado, são descritos
o nome, a forma de preenchimento do atributo e a obrigatoriedade.
4.1 MODELAGEM DE PROCESSOS DE NEGÓCIO - NOTAÇÃO BPMN
Um dos principais objetivos do uso do BPMN é criar um mecanismo simples e com-
preensível para a criação de modelos de processos de negócios, que ao mesmo
tempo seja capaz de lidar com a complexidade inerente aos processos de negó-
cios. Com isso é possível definir alguns conjuntos de notação para que o responsá-
vel pela modelagem dos processos possa facilmente reconhecer os tipos básicos
de elementos e compreender o diagrama, de acordo com o nível de modelagem a
ser adotado.
4.2 NÍVEIS DE MODELAGEM DE PROCESSOS DE NEGÓCIO
Existem três níveis de modelagem de processos: descritiva, analítica e executável,
a saber:
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Figura 6: Níveis de modelagem de processos de negócio
Nível Tipo de Mo-delagem
Descrição
1Modelagem Descritiva
A modelagem em primeiro nível é ideal para re-
presentação e descrição de processos para os
profissionais envolvidos com a camada de ne-
gócio da organização. Busca representar o fluxo
do processo de forma simples, utilizando apenas
um conjunto pequeno de elementos da notação e
simplificando seu entendimento.
2Modelagem
Analítica
A modelagem em segundo nível possui mais deta-
lhes, sendo vital descrever o que acontece e sob
que condições se o processo acontece.
3Modelagem Executável
A modelagem no terceiro nível inicia com os ele-
mentos do segundo nível, onde se adiciona os
detalhes internos aos elementos de notação. É a
transformação do modelo representativo para um
modelo executável, contemplando a execução do
modelo de forma sistêmica.
Tabela 3: Tipos de Modelagem
4.3 DIAGRAMA BPMN
É o modelo que representa a visão detalhada do subprocesso/processo em uma
sequência lógica, demonstrando, ainda, a integração com os demais processos da
Cadeia de Valor Agregado. Essa visão detalhada em atividades, para cada proces-
so descrito em nível superior, propicia uma relação/dependência logica entre os
processos, mostrando como ocorre a integração entre eles. A leitura cronológica
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acontece na mesma lógica da escrita ocidental, ou seja, da esquerda para a direita,
conforme demonstrado na figura a seguir:
Figura 7: Diagrama BPMN
Objeto Configuração
Atividades, subprocesso, repositório de
dados, objetos de dados, Gateway, ano-
tação de texto e eventos.
Fonte: SEGOE UI, tamanho 9
Cadeia de Valor
Processo Estratégico: Cores (247,151,28)
Processo Finalístico: Cores (98,116,220)
Processo Suporte: Cores (0,176,80)
Piscina e raiaSEGOE UI, tamanho 10, negrito e maiús-
culo.
Atividades e subprocesso Tamanho (Largura 130px x Altura 90px)
Objeto de dados Tamanho (Largura 30px e Altura 50px)
Eventos Tamanho (Largura 30px e Altura 50px)
Repositório de dados Tamanho (Largura 50px e Altura 50px)
Gateway Tamanho (Largura 40px e Altura 40px)
Subprocesso Texto centralizado no interior da caixa
Subprocesso Não mapeado: sublinhado no texto
Siglas, normas/leis, for-
mulários e sistemas.Fonte: SEGOE UI, tamanho 10
Tabela 4: Configurações do Modelo
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4.4 ORGANIZAÇÃO E NOMENCLATURA DA ESTRUTURA DE GRUPOS
O padrão na nomenclatura e organização da estrutura de grupos do repositório
de processos do DATASUS é fundamental para manutenção da organização, re-
cuperação e consistência nos fluxos de processos mapeados pelo Departamento.
Para isto, neste item são definidos os grupos a serem utilizados no repositório, bem
como a nomenclatura a ser adotada e a hierarquia entre esses grupos.
No tocante à nomenclatura e organização do conteúdo é possível observar que
o armazenado no repositório de processos e padrão de nomenclatura, depende
do DATASUS assumir os seus objetivos e escopo definido. Sendo este repositó-
rio considerado um arquivo digital dos processos do DATASUS executados pelas
equipes do DATASUS.
O acesso ao conteúdo disposto no repositório do DATASUS pode ser viabiliza-
do aos servidores e colaboradores do DATASUS. O conteúdo de processos pode,
também, ser suscetível as barreiras de acessos, por não estarem em conformidade
com os princípios de governança para disponibilidade, bem como manutenção dos
arquivos.
A estruturação dos grupos no diretório da CGGP é representada a seguir:
Figura 8: Estrutura de grupos no repositório de processos DATASUS
Na tabela a seguir existe a descrição de cada Grupo:
Grupo Descrição
Cadeia de Valor
Grupo onde estão armazenadas a Ca-
deia de Valor principal do DATASUS e
as Cadeias de Valor de Negócios das di-
versas áreas do DATASUS.
Processos Atuais (AS IS)Grupo onde estão armazenados os pro-
cessos atuais do DATASUS.
Processos Futuros (TO BE)Grupo onde estão armazenados os pro-
cessos futuros do DATASUS.
Tabela 5: Descrição dos Grupos
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Os grupos Processos Atuais (AS IS) e Processos Futuros (TO BE) estão distribuí-
dos nas categorias de Macroprocessos Estratégicos, Macroprocessos Finalísticos e
Macroprocessos de Sustentação, apresentados na figura a seguir:
Figura 9: Estrutura de grupos no repositório de processos DATASUS
A tabela a seguir descreve os grupos constantes da estrutura do repositório de
processos atuais (AS IS) e futuro (TO BE):
Código Categoria Descrição
1Macroprocessos
EstratégicosCategoria para agrupamento dos processos
de Planejamento Estratégico do DATASUS.
2Macroproces-
sos Finalísticos
Categoria para agrupamento dos processos
de Negócio, que constituem o “core” ou fina-
lidade de atuação do DATASUS.
3Macroproces-
sos de Suporte
Categoria para agrupamento dos processos
de suporte, que sustentam a execução dos
processos finalísticos do DATASUS.
Tabela 6: Estrutura de grupos no repositório de processos DATASUS
Os grupos de Processos Atuais – AS IS e Processos Futuros – TO BE” estão distri-
buídos em três níveis de processos.
Figura 10: Estrutura dos níveis de grupos no repositório de processos do DATASUS
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A tabela a seguir descreve os níveis dentro de cada Grupo:
Grupo Descriçnao
Processo Nível 1Grupo onde estão representados os diagramas macropro-
cessos / processos.
Processo Nível 2Grupo onde estão representados os diagramas de proces-
sos do segundo nível de detalhamento do macroprocesso.
Processo Nível 3Grupo onde estão representados os diagramas de proces-
sos do terceiro nível de detalhamento.
Tabela 7: Níveis apresentados no repositório de processos DATASUS
A regra de numeração que representa a classificação se caracteriza por uma estrutu-
ra de 6 (seis) dígitos representados pela sequência XXX.YYY e organizada conforme
descrito na tabela a seguir:
X XX Y YY
Categoria Processo Nível 1 Processo Nível 2 Processo Nível 3
Tabela 8: Grupos do repositório de processos DATASUS
Na tabela a seguir se exemplifica a construção da estrutura de nomenclatura dos
processos:
Grupo Descrição
Grupo principalGrupo onde estão relacionados os processos AS IS, TO
BE.
X. Categoria do Processo
Grupo do processo: Estratégicos, finalísticos ou Susten-
tação.
XXX. Nome do Pro-cesso 1º Nível
Agrupa a grupo do processo com o os processos organi-
zados no 1º nível.
XXX.Y – Nome do Processo 2º nível
Grupo onde estão organizados os processos de 2º nível.
XXX.YYY – Nome do Processo 3º nível
Grupo onde estão organizados os processos de 3º nível.
Tabela 9: Grupos do repositório de processos DATASUS
4.4.1 Padrão de nomenclatura dos modelos
Objetivando manter a organização e a consistência da base de dados, é necessário que além
do posicionamento dos modelos em suas respectivas pastas, conforme definição apresen-
tada no capítulo anterior, os modelos criados sigam um padrão de nomenclatura uniforme.
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4.4.2 Nomenclatura da Cadeia de Valor e Processo
O nome da Cadeia de Valor e Processo é um dos atributos de identificação mais im-
portantes, já que permitirá obter um entendimento macro, de forma rápida, da função
principal da Cadeia de Valor e Processo. Para isto, os nomes deverão seguir as regras
descritas abaixo:
• Ser curto;
• Dar uma visão macro da função principal do processo;
• Iniciar com palavras em infinitivo, ex. Gerir Contratos.
4.4.3 Nomenclatura de Atividades
O nome da atividade permitirá obter um entendimento de ações desmembradas para
execução do processo. Para isto, o nome deverá seguir as regras descritas abaixo:
•Ser claro e objetivo;
•Iniciar com palavras em infinitivo, ex. Atualizar planilha de controle.
4.4.4 Objetivo do Macroprocesso e Processo
O objetivo do processo deverá conter uma descrição macro da finalidade do proces-
so e a sua abrangência em termos gerais, para dar uma ideia do escopo e limites das
atividades executada.
Ex.: Planejar, elaborar, acompanhar e monitorar o Plano Diretor de Tecnologia da In-
formação do DATASUS, com a finalidade de definir as diretrizes estratégicas do De-
partamento e gerir o seu desempenho estratégico em alinhamento com o PE – Plano
Estratégico do Ministério da Saúde.
4.5 OBJETOS
A tabela a seguir relaciona objetos definidos para a representação de um diagrama:
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Nome Objeto Descrição
Subprocesso
Estado Contraído
Representa um processo
que faz conexão com ou-
tro processo, recebendo
insumo e gerando produto
para o mesmo processo.
Deve ter a característica
ser reutilizável em mais de
um processo.
Tipos de subprocesso:
Estado Contraído
Representa uma subpar-
tição de um processo em
processos menos comple-
xos com o objetivo de de-
talhar e facilitar o entendi-
mento de um processo.
Estado Expandido
Estado Expandido
Forma de apresentação do
subprocesso com a apre-
sentação visual das ativi-
dades que o compõe.
Tabela 10: Objetos “Subprocesso”
Nome Objeto Descrição
Dados Objeto de Dados
Representa as informa-
ções ou produtos gerados
ou consumidos pela ativi-
dade.
Base de Dados
Sistema ou local de arma-
zenamento de dados.
Tabela 11: Objetos “Dados”
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Nome Objeto Descrição
Evento Inicial
O evento inicial indica quando um processo co-
meça. O processo pode ser iniciado/disparado
por vários motivos, como tempo, ou alguma si-
tuação consequência de ações externas.
Evento Inter-mediário
O evento intermediário pode ser disparado por
vários motivos. Esses disparadores são represen-
tados graficamente por meio do atributo “Nome”
posicionado abaixo do símbolo. Deve ser utiliza-
do para representar resultados de ações (ativi-
dade) ou ocorrências resultantes delas.
Eventos
Indica onde o processo será finalizado. Deve ser
representado o resultado, sendo representado
por meio do atributo “Nome”, posicionado abai-
xo do símbolo.
Evento Inicial de Cronômetro
O processo é iniciado por uma condição de tem-
po, sendo representado por meio do atributo
“Nome”, posicionado abaixo do símbolo.
Evento Inter-mediário de
Link (entrada)
A atividade deve aguardar até que a condição
de tempo ocorra para continuar, sendo repre-
sentada por meio do atributo “Nome”, posicio-
nado abaixo do símbolo.
Evento Inter-mediário de Link (saída)
O evento intermediário de link é um mecanismo
para conectar duas seções de um processo. Ele
pode ser usado para criar situações cíclicas ou
para evitar longas linhas de fluxo de sequência.
Para cada evento intermediário de link de entra-
da obrigatoriamente deverá existir pelo menos
um evento intermediário de link de saída. Todo
evento de link de entrada deverá receber pelo
menos um fluxo de entrada.
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Eventos
Evento Inicial de Mensagem
Evento de mensagem é utilizado para envio ou
recebimento de mensagem. Se o evento é de en-
trada, o fluxo deve aguardar até a mensagem ser
recebida.
Evento
Intermediário de Mensagem
Evento Final
de Mensagem
Evento Inicial Condicional
Evento Condicional é utilizado para iniciar um
processo quando uma condição de negócio ver-
dadeira for cumprida.
Evento
Inicial de Sinal
Evento inicial de Sinal é utilizado quando houver
uma comunicação, seja entre os níveis do pro-
cesso, pools ou entre diagramas.
Evento Final de Sinal
Mostra que quando chegar no fim, um sinal de
comunicação será enviado a um ou mais proces-
sos e/ou eventos.
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Eventos
Evento Ini-cial Múltiplo
Quando existem várias maneiras de disparar um
processo. Mas apesar de haver múltiplas manei-
ras, somente uma maneira inicia o processo.
Evento Final
Indica onde o processo será finalizado em todas
as instâncias quando a verificação for realizada.
Deve ser representado o resultado, sendo repre-
sentado por meio do atributo “Nome”, posicio-
nando abaixo do símbolo.
Tabela 12: Objetos “Eventos”
Nome Objeto Descrição
Gateway paralelo (E)
Conector que representa
a função matemática E,
onde todas as alternati-
vas são executadas obri-
gatoriamente.
Gateway exclusivo (OU)
Conector que representa
a função matemática OU,
onde apenas uma das al-
ternativas é executada.
Gateway de in-clusão (E/OU)
Conector que representa
a função matemática E/
OU, onde ao menos uma
das alternativas é execu-
tada.
Tabela 13: Objetos “Gateway”
Nome Objeto Descrição
Fluxo de sequência
É usado para mostrar a
ordem (sequência) com
que as atividades serão
executadas em um pro-
cesso.
Fluxo de mensagem
É usado para mostrar o
fluxo das mensagens en-
tre dois participantes di-
ferentes.
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Associação
É usado para associar da-
dos, texto e outros artefa-
tos com os objetos de flu-
xo. Aas associações são
usadas para mostrar as
entradas e as saídas das
atividades.
Tabela 14: Objetos “Conexão“
4.6 ATRIBUTOS
4.6.1 Evento
Nome Descrição Preenchimen-to Obrigatório
Nome Identificação do evento seja ele inicial
final ou intermediário, que deverá estar
localizado abaixo do objeto.
Sim
Tabela 15: Atributos “Atividades”
4.6.2 Atividade
Nome Descrição Preenchimen-to Obrigatório
Nome Identificação da atividade. Sim
Código de pro-
cessamento
Numeração a ser atribuída dentro do ob-
jeto tipo “tarefa” para identificar seu en-
cadeamento dentro do diagrama.
Sim
Descrição/
Definição
Descrição sobre como a atividade repre-
sentada deve ser realizada.
No Redesenho
do Processo
Tabela 16: Atributos “Tarefa”
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4.6.3 Gateways
Nome Descrição Objeto Preenchimento Obrigatório
Nome
Identificação ou pergunta
que distingue os possíveis
caminhos na sequência do
fluxo.
Gateway
ExclusivoSim
Gateway
InclusivoNão
Gateway
ParaleloNão
Expressão
de condição
Condição do fluxo que de-
terminará o caminho a ser
seguido pelo processo.
Gateway
ExclusivoSim
Gateway
InclusivoSim
Gateway
ParaleloNão
Tabela 17: Atributos “Gateway”
4.6.4 Anotação de Texto
Nome Descrição Preenchimen-to Obrigatório
Nome
Eventuais observações realizadas no flu-
xograma.
Obs.: Utilizar a “anotação de texto” co-
medidamente para evitar poluir o dia-
grama.
Não
Tabela 18: Atributos “Anotação de Texto”
4.6.5 Objeto de Dados
Nome Descrição Preenchimen-to Obrigatório
Nome Descrição da informação ou produto ge-
rado ou consumido pela atividade.
Obs.: Utilizar o “objeto de dados” come-
didamente para evitar poluir o diagrama.
Sim
Tabela 19: Atributos “Objeto de dados”
4.6.6 Padrão de Cabeçalho
Nos diagramas BPMN deverão ser utilizados cabeçalhos para identificação do dia-
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grama do processo, conforme demonstrado a seguir:
Figura 11: Cabeçalho para diagramas BPMN
4.6.7 Padrão de Rodapé
Nos diagramas BPMN deverão ser utilizados rodapé para identificação do diagra-
ma do processo, conforme demonstrado a seguir:
Figura 12: Rodapé para diagramas BPMN
4.6.8 Padrão de Conexões nos Diagramas BPMN
As conexões de entrada e saída do objeto devem ser feitas de acordo com o esta-
belecido nas representações a seguir:
Figura 13: Padrão de conexões de entrada e saída no diagrama BPMN
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Para os objetos do tipo Gateway as conexões de entrada devem ser feitas
pelo lado esquerdo do objeto e a partir das suas extremidades superior, in-
ferior e/ou central, e as conexões de saída pelo lado direito do objeto e a par-
tir das suas extremidades superior e inferior, conforme representado a seguir:
Figura 14: Padrão de conexões de entrada e saída – “Gateways”
4.6.9 Regra de Utilização dos Gateways
Os Gateways são elementos que controlam como os fluxos do processo “diver-
gem” ou “convergem” representando pontos de controle para os caminhos dentro
do processo.
Desvios, uniões, bifurcação e as combinações no processo são modelados com o
Gateway, que representa uma questão definida num conjunto de respostas alter-
nativas, o qual afeta uma das portas (pontas) do Gateway.
4.6.10 Regra de Utilização do Gateway Exclusivo (OU)
• Uso em divergência
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Figura 15: Exemplos de Gateway exclusivo (OU) – uso em divergência (modelo 1)
Nos exemplos citados anteriormente, as condições para as alternativas devem ser
avaliadas na ordem especificada. A primeira das alternativas que for avaliada como
verdadeira irá determinar o fluxo que será seguido. O comportamento do Gateway
é exclusivo, porque somente um caminho pode ser escolhido.
O padrão de modelagem do DATASUS considerará uma forma de utilização de
Gateways:
•Realização de testes mais complexos, no qual o fluxo é direcionado com base em
uma condição/informação a ser validada. Para identificar que caminho o Gateway
deve seguir, a informação já deve ter sido obtida na atividade anterior, conforme
demonstrado na figura 11.
• Uso em convergência
O Gateway também pode ser utilizado para convergir um ponto do processo, em
que significa que devem ser concluídas todas as tarefas anteriores para que o pro-
cesso seja continuado.
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Figura 16: Exemplos de Gateway exclusivo (OU) – uso em convergência
4.6.11 Regra de Utilização do Gateway Paralelo (E)
O Gateway paralelo representa a divisão de um fluxo em dois ou mais que serão
executados paralelamente. Todos os caminhos que saem deste Gateway são exe-
cutados, conforme ilustrado nas figuras a seguir:
• Uso em divergência
Nesta situação, não há processo de desvio, todos os caminhos são seguidos para-
lelamente:
Figura 17: Exemplos de Gateway paralelo (E) – uso em divergência
• Uso em convergência
Nesta situação, os caminhos paralelos necessitam ser sincronizado antes de o pro-
cesso continuar:
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Figura 18: Exemplos de Gateway paralelo (E) – uso em convergência
4.6.12 Regra de Utilização do Gateway Inclusivo (E/OU)
Os Gateways inclusivos levam a várias opções de saída, criando vários caminhos
(ramificações) alternativos baseados sobre as condições destes fluxos de sequên-
cia, ou seja, uma ou mais das saídas do fluxo de sequência pode ser seguida, com
a obrigatoriedade de pelo menos uma das possibilidades, conforme ilustrado na
figura a seguir:
Figura 19: Exemplo de Gateway inclusivo (E/OU)
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5 GLOSSÁRIO
• Atributos – são informações textuais adicionais sobre modelos e objetos do re-
positório de processos. Podem ser utilizados para complementar e enriquecer a
representação dos processos.
• BPM - Business Process Management – Gerenciamento de Processos de Negócio
– é uma abordagem metodológica para identificar, desenhar, executar, documen-
tar, medir, monitorar e controlar processos, automatizados ou não, para alcançar
resultados consistentes e alinhados com os objetivos estratégicos. Permite a me-
lhoria tanto das atividades de uma determinada área, entre áreas ou entre organi-
zações.
• BPMN – Business Process Modeling Notation – linguagem gráfica padronizada
para registro dos processos de trabalho em uma organização. Traduzido para o
português é Notação de Modelagem de Processos de Negócio.
• BPMS – Business Process Management Software – categoria de softwares volta-
dos para o atendimento completo e integrado do Ciclo da Gestão de Processos.
• Cadeia de Valor Agregado ou VAC – Value Added Chain Diagram – descreve os
elementos de negócio da organização divididos em cenários e processos. É utiliza-
da para uma representação da visão estratégica dos processos.
• Conexões – representam a ligação entre dois objetos e carregam informação
textual e do tipo de ligação representada.
• Diagrama – representação gráfica que permite a visualização simplificada de uma
determinada realidade, promovendo, dessa forma, sua melhor compreensão. Os
diagramas se estruturam com símbolos relacionados a diversos atributos que se-
rão apresentados neste documento.
• EPC – Event-driven Process Chain – (em português - Cadeia de Processos Contro-
lados pelo Evento) – o método EPC descreve eventos desencadeantes ou resultan-
tes de uma etapa do processo chamada de “função”. Assim, o fluxo é normalmente
evento-função-evento. Os objetos deste método serão utilizados para representar
os símbolos da cadeia de valor agregado e dos indicadores de desempenho.
• Macroprocesso – grandes conjuntos de atividades pelos quais a organização
exerce a sua missão, gerando valor. Refletem as funções da organização, às quais
devem manter correspondência com os objetivos das unidades organizacionais.
• Mapeamento – consiste no levantamento das atividades e representação por
meio de diagramas do processo como ele é executado (atual). É entendido como a
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identificação dos fluxos de trabalho com início, meio e fim bem determinados, com
insumos e produtos/serviços claramente definidos e com atividades que seguem
a lógica sequencial, promovendo uma visão integrada e encadeada do trabalho.
• Modelagem de processos de negócio – conjunto de atividades necessárias para
a criação de representações de processos existentes, ou que ainda estão em pla-
nejamento ou sendo projetadas. Uma característica bastante marcante sobre a
modelagem de processos de negócio, conforme a própria definição do tipo de
processo denota, é que esse tipo de modelagem deve contemplar e cobrir os pro-
cessos de forma completa, ou, ponta a ponta. Esta abrangência da modelagem é
prevista para todos os tipos de processos, englobando os gerenciais, finalísticos e
gestão interna.
• Modelo – representação mais abrangente dos processos, podendo conter re-
presentações gráficas, informações negociais, operacionais, específicas, técnicas,
dentre outras.
• Negócio (definição de contexto) – o termo “negócio”, conforme utilizado no
BPM CBOK, refere-se a pessoas que interagem para executar um conjunto de ati-
vidades de entrega de valor para os clientes e gerar retorno às partes interessadas.
Negócio abrange todos os tipos de organizações com ou sem fins lucrativos, pú-
blicas ou privadas, de qualquer porte e segmento de negócio.
• Objetos – são os símbolos/elementos utilizados na representação de um diagra-
ma na ferramenta de gestão de processos. Sua disponibilidade depende do diagra-
ma a ser elaborado.
• Padronização – é a condição para garantir o controle, bem como para manter
seu domínio tecnológico, de forma a certificar que a execução das tarefas esteja de
acordo com o que foi definido.
• Semântica – trata-se dos símbolos utilizados, a conexão entre esses símbolos, o
preenchimento de atributos dos símbolos e o modelo estabelecido no padrão de
modelagem.
• Template – instrumento utilizado para aplicar um padrão visual dos objetos (ta-
manho, fonte, cor, visualização de atributos) na ferramenta de gestão de proces-
sos.
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6 ANEXO I
Fase Instrumento Formato
- • Formulário de Solicita-
ção do Processos
Word
Mapeamento da Ca-deia de Valor Atual
• Construção da Cadeia
de Valor Atual;
• Mapa da Cadeia de Va-
lor Atual;
Excel
Ferramenta BPM
Alinhamento Estratégico • Relatório de Alinhamen-
to da Cadeia de Valor com
os Objetivos Estratégicos;
Word
Desenho da Cadeia de Valor Futura
• Construção da Cadeia
de Valor Futura;
• Mapa da Cadeia de Va-
lor Futura;
Excel
Ferramenta BPM
Planejamento • Plano de Trabalho Excel
Modelagem • Diagrama do Processo
Atual (AS IS)
• Detalhamento do Pro-
cesso; Atual (AS IS)
Análise e Diagnóstico • Pontos de Alerta;
• Detalhamento de Solu-
ções Propostas.
Excel
Redesenho • Diagrama do Processo
Futuro (TO BE)
• Detalhamento do Pro-
cesso; Futuro (TO BE)
Excel
Ferramenta BPM
Implementação • Plano de Implementa-
ção do Processo
• Registro de Acompa-
nhamento da Implemen-
tação do Processo
Excel
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Monitoramento • Análise de Desempenho
do Indicador
• Relatório de Desempe-
nho do Processo
Excel
- • Termo de Aceite do
Produto
Word
Tabela 20: Anexo I – Lista de Artefatos
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7 ANEXO II
Reuniões JAD (Joint Application Design)
Como forma de se garantir um fiel retrato do processo e um consenso sobre a rea-
lidade representada e sobre o levantamento das informações, tanto para a situa-
ção atual, como para a situação futura, sessões de trabalho deverão ser realizadas
com a participação dos diretamente envolvidos com cada processo: seu executor,
os fornecedores de insumos e os clientes dos produtos gerados no mesmo, através
do uso da técnica JAD (Joint Application Design).
Portanto, o trabalho de mapeamento dos processos atuais e de redesenho do DA-
TASUS deve ser desenvolvido utilizando-se a metodologia JAD, que consiste em
reuniões onde pessoas envolvidas direta ou indiretamente no processo - fornece-
dores, que fornecem insumos para a execução do processo, executantes, que exe-
cutam as atividades do processo e clientes, que recebem o produto do processo
- possam discutir as atividades de acordo com as diferentes visões, chegando a um
consenso sobre a execução do processo e gerando uma visão homogênea entre
as partes.
A técnica JAD para documentação dos processos permite:
•Adotar o método para decisões que exigem envolvimento interdepartamental;
•Possibilitar aos participantes a visão do todo;
•Reduzir o tempo de levantamento de pré-requisitos, evitando-se validações
futuras, que tradicionalmente ocorrem nos levantamentos convencionais;
•Reduzir o tempo de tomada de decisões; e
•Aproveitar a sinergia do grupo reunido – evitar perda de detalhe ou informação.
As informações são fornecidas, questionadas e, após o consenso, documentadas
no ato, e os resultados são apresentados de forma imediata, permitindo o entendi-
mento uniforme a todos os participantes.
Assim, participam da reunião JAD: Executor, Fornecedor, Cliente, Operador de
Software e um Coordenador.
Ao final de cada reunião de mapeamento devem ser identificados, pelos parti-
cipantes, os problemas ocorridos nos processos. Esse levantamento possibilita a
análise, o diagnóstico e as propostas de melhoria nos processos atuais, a fim de
facilitar o redesenho dos processos.
A figura a seguir demonstra como deve ser o layout de uma reunião JAD:
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Figura 20: Exemplo de layout de reunião JAD
Biblioteca Virtual em
Saúde do Ministério da Saúde
www.saude.gov.br/bvs