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Engenheira Palmira Oliveira MATERIAL - VIDRO 1-Origens A ciência não conhece ao certo a origem do vidro, mesmo sem dados precisos sobre sua fabricação parece terem sido os fenícios seus descobridores. Cerca de 5000 A.C. os egípcios já fabricavam contas inteiramente de vidro, coloridas e opacas encontradas nos túmulos dos faraós. E por volta de 1500 A.C. passaram a produzir peças ocas como vasos e copos. Porém existem indícios de uso em pontas de lanças,flechas e facas usadas na idade da pedra. A industrialização aconteceu por volta de 250 A.C.,na Síria com a descoberta do método de soprar.O impulso na indústria veio com o Império Romano,com as primeiras aparições dos vidros planos. Com a queda do Império Romano passou então a desenvolver-se no Império Bizantino(século VI - Justiniano). No século X na França aparecem os primeiros vidros cristalinos (catedral de Reims-968-988). No século XIII a XVI em Veneza ,principal centro vidreiro da Europa , apareceria os primeiros espelhos (vidro cristalino,absolutamente incolor e transparente). Contudo,no século XVII em Florença com a publicação da L’ARTE VETRARIA , de A.Neri primeira obra científica e tecnológica do vidro,que este se difundiu em todo o mundo.Outro aspecto também importante foi a descoberta de vários tipos de fornos. 2-Conceitos Os vidros são considerados líquidos super-resfriados, de estrutura amorfa (não apresentam a regularidade interna dos cristais), entretanto, apenas poucos líquidos podem ser super resfriados, formando vidro. Segundo Van Vlack “Em temperaturas elevadas, os vidros formam líquidos verdadeiros. Os átomos movem-se livremente e não há resistência para tensões de cisalhamento. Abaixo de certa temperatura denominada de transformação cessam os rearranjos atômicos e a contração que persiste é o resultado das vibrações térmicas mais fracas. Esse coeficiente mais baixo é comparável ao coeficiente de dilatação térmica dos 1

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Engenheira Palmira Oliveira

MATERIAL - VIDRO

1-Origens

A ciência não conhece ao certo a origem do vidro, mesmo sem dados precisos sobre sua fabricação parece terem sido os fenícios seus descobridores. Cerca de 5000 A.C. os egípcios já fabricavam contas inteiramente de vidro, coloridas e opacas encontradas nos túmulos dos faraós. E por volta de 1500 A.C. passaram a produzir peças ocas como vasos e copos. Porém existem indícios de uso em pontas de lanças,flechas e facas usadas na idade da pedra. A industrialização aconteceu por volta de 250 A.C.,na Síria com a descoberta do método de soprar.O impulso na indústria veio com o Império Romano,com as primeiras aparições dos vidros planos. Com a queda do Império Romano passou então a desenvolver-se no Império Bizantino(século VI - Justiniano). No século X na França aparecem os primeiros vidros cristalinos (catedral de Reims-968-988). No século XIII a XVI em Veneza ,principal centro vidreiro da Europa , apareceria os primeiros espelhos (vidro cristalino,absolutamente incolor e transparente). Contudo,no século XVII em Florença com a publicação da L’ARTE VETRARIA , de A.Neri primeira obra científica e tecnológica do vidro,que este se difundiu em todo o mundo.Outro aspecto também importante foi a descoberta de vários tipos de fornos.

2-ConceitosOs vidros são considerados líquidos super-resfriados, de estrutura amorfa (não

apresentam a regularidade interna dos cristais), entretanto, apenas poucos líquidos podem ser super resfriados, formando vidro.

Segundo Van Vlack “Em temperaturas elevadas, os vidros formam líquidos verdadeiros. Os átomos movem-se livremente e não há resistência para tensões de cisalhamento. Abaixo de certa temperatura denominada de transformação cessam os rearranjos atômicos e a contração que persiste é o resultado das vibrações térmicas mais fracas. Esse coeficiente mais baixo é comparável ao coeficiente de dilatação térmica dos cristais onde o único fator que causa contração são as vibrações térmicas”.Em outras palavras abaixo da temperatura crítica, os átomos não podem facilmente se rearranjar, as características de fluidez são perdidas, criando um sólido não cristalino, porém com resistência ao cisalhamento, o que significa não ser um líquido verdadeiro. O vidro é um material fundido e arrefecido sem cristalizar com ponto indefinido viscosidade elevada.

2.1-ViscosidadeO conhecimento da viscosidade é o complemento necessário de todo o estudo da

natureza do vidro, e de toda a definição da matéria vítrea.Segundo A.Hero “Basta seguir um vidro desde o estado de extrema fluidez que

possui a altas temperaturas: alcançando por resfriamento a temperatura de trabalho, em estado pastoso de viscosidade rapidamente crescente; logo se solidificando sem perder a mobilidade física, e mesmo depois desta temperatura, ainda é capaz de fenômenos de eletrólise e de reações químicas, prova do não desaparecimento da fluidez”. Constatando-se que essas variações ocorrem sem nenhuma reação exotérmica ou endotérmica, ou

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seja ,entre o vidro líquido,pastoso e sólido não há nenhuma diferença de constituição interna.Segundo Prof. Enio Verçosa “segundo Morey, o vidro é um líquido de tal viscosidade que pode ser considerado um sólido para fins práticos.Como já foi dito anteriormente o vidro não apresenta a curva característica das substâncias sólidas,quando submetidas a altas temperaturas ,ou seja, não há o patamar de cristalização, não há formação de cristais, nem fibras, nem grãos, etc...

3- Constituição química dos vidros

Compõem-se de três famílias para alguns autores, porém podem-se considerar seis famílias, a saber: os vitrificantes, as bases e os óxidos, os fundentes, os elementos intermediários, os elementos acessórios, os elementos parasitários.Entende-se que a ação dos constituintes sobre a natureza do vidro, é mais simples quanto mais reduzida o número de variâncias.O principal vidro é o de sílica-sódio-cálcio, em proporções que podem variar entre: SiO2

(78,4 a 69 %), NaO (19,6 a 11 %), CaO (17 a 6,1%).Porém, ainda poderá ser incluído: SiO2(55 a 99,5%), Al2O3 (0,4 a 20 %), CaO (0 a 17%), MgO (0 a 12%), Na2O (1 a 20%), B2O3 (0 a 15%), PbO (0 a 87%).

Observação:

Vidros Sodocálcico : SiO2 ( 70 – 75%) + Na2O( 12-18%) + CaO ( 5 – 14%) - Oxido de cálcio diminui a solubilidade em água; possui baixo custo , tem estabilidade química e térmica limitadas, retém os raios ultravioleta. Exemplo: janelas, lâmpadas, garrafas, louça.

Chumbo : SiO2( 3-68%) + Na2O( 5-10%) + CaO ( 0 – 6%) + PbO ( 15-40%)- baixo ponto de fusão,elevada resistividade elétrica e índice de refração. Exemplo: louça de elevada qualidade, material óptico, tubos de neon, arte.

Borosilicato: SiO2( 73-82%) + Na2O( 3-10%) + CaO ( 0 – 1%) + B2O3 ( 5-20%)-baixo coeficiente de expansão térmica e elevada resistência química. Exemplo: pirex, material de laboratório e indústria, tubagem, isolamento elétrico.

Sílica ( 96% SiO2)- altamente resistente ao choque e temperatura ( 900◦ C) , transparentes.

SiO2 elevado acima de 99% possuem os cristais de quartzos fundidos a 1750◦C ,de elevada viscosidade, de difícil homogeneização e elevada transparência ao raios, muito resistente ao choque mecânico e baixo coeficiente de expansão térmica . Exemplo: instrumento de óptica

Poderíamos dizer que um vidro só de sílica pura poderia ser o melhor,tanto como o de potássio,ou sódio, porém não haveria estabilidade química. Por esta razão incluem-se os estabilizadores. O óxido de chumbo é usado para aumentar a refração, e reduzir a dureza, pois permite melhor polimento e aumento da transparência.

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3.1-Exame dos principais constituintes

(A) Os vitrificntes- tem a propriedade de existirem em estado sólido e amorfo e serem perfeitamente homogêneos, no estado vítreo.

Compostos Matéria- prima Propriedades

Silicosos SiO2 Areias silicosas, quartzo Aumentam a resistência elástica, dureza e resistência elétrica

Bóricos B2O3 Bórax, ácido bórico Modificam a fusibilidade, aumentam ou diminuem a dilatação

Fosfóricos P2O5

Fosfato bi sódico bi cálcio e tri cálcio

Aumentam o coeficiente de dilatação nos esmaltes, e atribuem-se a eles propriedades dos vidros muito brilhantes.

(b) As bases- podem ser terrosas ou metálicas - a cal é o elemento básico do vidro.

Composto Matéria-prima Propriedades

Cal (calcário) Cal, carbonato de cal, espatrofluor

Melhora a fluidez a altas temperaturas, aumentam a resistência mecânica e elástica, e dão mais brilho (maior que a dos álcalis)

Magnésia Dolomita, carbonato de magnésia, e da cal

Aumentam a resistência, melhoram as propriedades mecânicas, diminuem o teor de sílica

Barita Carbonato de barita, sulfato de barita

Aumenta o peso específico, o índice de refração, a elasticidade e tornam os vidros mais sonoros.

Óxido de zinco Sulfato de zinco, óxido de zinco

Melhoram a fusão. o trabalho a frio ,porém só é utilizado em estado puro

(c) Os fundentes- Tem a função de combinar as bases terrosas ou alcalinas com os vitrificantes silícios e bóricos.

Compostos Matéria-prima Propriedades

Sódio, potássio

Carbonato de potássio, nitrato de potássio, sulfato de potássio, cloreto de potássio, feldspato, carbonato de sódio, sulfato de sódio, nitrato de sódio’, sulfato de sódio cristalizado

Aumenta à fusibilidade, a trabalhabilidade dos vidros, sua viscosidade abaixa o ponto de transformação

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OBS: os fundentes sódio e potássio não representam diferença de composição notáveis, podendo ser empregados indistintamente. Porém, alguns técnicos afirmam ser o potássio responsável pelos vidros com mais brilho, e outros técnicos recomendam a mistura dos dois.

(d) Óxidos indiferentes-(elementos intermediários)-atuam sobre a fusibilidade e sobre sua natureza, e por não serem ácidos ou bases, são definidos como elementos intermediários, e que normalmente estão associados às argilas.

Matéria-prima Propriedades

Óxido de ferro, óxido magnético de ferro

Atuam na fusibilidade (atuando ora como base, ora como ácido), e na cristalização. Por serem óxidos de fero em estados diferentes de oxidação ,suas propriedades são bem variadas

Alumina, feldspato, areias caolínicas

Impedem o retardo da desvitrificação, substituem a sílica em pequenas proporções, e a base alcalina (por equivalente de cal)

OBS: A alumina tem o inconveniente de aumentar a coloração do vidro. Em trabalhos realizados nos EUA em adições metódicas nos procedimentos OWENS-BONCHER, as argilas melhoraram satisfatoriamente a fluidez , e aumentaram o coeficiente de viscosidade do vidro

e) Elementos acessórios- São ditos também secundários e corretivos. Elementos de colorantes - Magnésio, óxido de níquel, óxido de cobalto, óxido de

selênio, selênio de sódio. Elementos auxiliares na fusão - Oxido de antimônio, antonominiato de potássio, sulfato

de antimônio.

(f) Elementos parasitários- estes têm a propriedade de influenciar na qualidade do trabalho, na fusibilidade. São eles: ácido sulfúrico, ácido carbônico, oxigênio, nitrogênio, flúor, ácido titânico.

4- Classificação dos vidros – de acordo com a NB 226.

4.1-Quanto ao tipo.

Vidro recozido- resfriado gradualmente não recebe nenhum tratamento químico; Vidro de segurança temperado-submetido a tratamento térmico parte-se formando

pedaços pequenos cortantes, tem alta resistência a torção, flexão, compressão e impactos.

Vidro de segurança laminado- apresenta um aumento de resistência ao choque, cargas e ao fogo.

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Vidro térmico absorvente- ao contrário dos comuns absorvem também os raios infravermelhos. Reduzem até 50% do calor,mas ficam escuros absorvendo também 30 % da luz.

Vidro composto- pré-fabricado formado por duas chapas de vidro separadas por uma camada de ar ou lâ de vidro.

4.2-Quanto à forma

Chapa plana Chapa curva Chapa perfilada Chapa ondulada

4.3- Quanto à transparência

Transparentes- transmitem a luz, permitem a visão nítida através deles Translúcidos- transmitem a luz em vários graus de difusão, não permitem visão nítida

através deles Vidro opaco- impede a passagem de luz, é um vidro comum, que teve talco adicionado a

sua composição Vidro fosco- obtido a partir do vidro comum, podendo ter sido moldado sobre areia ou

gesso grosso, friccionando-o com um pedaço de vidro ou grés, usando um óleo como lubrificante, atacando-o com ácido fluorídrico.

4.4-Quanto ao acabamento da superfície.

Vidro liso- transparente, apresentando leves distorções das imagens refratadas, normalizado pela EB 92 e EB 97.

Vidro polido- transparente, mas permitindo visão sem distorções das imagens, será tanto melhor quanto mais polido for.

Vidro impresso-(ou fantasia)- tem a superfície gravada com vários desenhos. Barra os raios ultravioletas provenientes de a luz solar. Atenuam passagem dos raios luminosos, e impedem que se determine a forma dos objetos que passam através deles

Vidro espelhado- reflete os raios luminosos totalmente, em virtude do tratamento químico sobre uma das superfícies.

Vidro gravado- por meio de tratamento químico ou mecânico apresenta ornamentos em uma ou nas duas superfícies.

Vidro esmaltado- ornamentado através da aplicação de esmalte vitrificável em uma ou nas duas superfícies.

Vidro termorrefletor- colorido e refletor recebe tratamento químico em uma das faces.

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4.5-Quanto à coloração

Vidro incolor- é translúcido Vidro colorido- provém de adição de corantes. Verde ( fe2O3 /CuO) , amarelo ( UO2) ,

azul ( CoO e CuO) , vermelho ( Au e Cu) Ex. fumê e o esverdeado filtrante.

4.6- Quanto à colocação

Em caixilhos Auto-portantes Mistas

4.7-Outras classificações

Vidro estirado- variedade de vidro impresso

Cristal- é vidro feito de sílica, óxido de potássio e óxido de chumbo, sua composição permite finíssimas espessuras, e, como é menos duro aceita polimento. Em razão disso é feito com grande cuidado, resultando espessuras uniformes, sem estrias manchas, ficando com extraordinária pureza, brilho e transparência.O último polimento é dado com cortiça. Este não é adequado a construção civil.

Cristal (float) e vidro- O vidro estirado e o cristal float mantêm a mesma composição química e resistência mecânica, porém diferem na aparência e nas propriedades óticas.

5- Produção do vidro

a) Fabricação do vidro plano: processo Fourcault , processo liddey-Owens ( empregado pela firma Providro-SP), processo Pittsburgh (empregado ela vidraçaria Santa Marina)

b) fabricação do vidro de segurança: Temperado ( processo de tratamento que consiste em aquecer o material até uma

temperatura crítica e depois resfriá-lo rapidamente. O que internamente gera um sistema de tensões que aumenta a resistência , induzindo tensões de compressão na sua superfície.

Laminado (consiste me duas lâminas de vidro fortemente interligadas , sob calor e pressão ,por uma camada de polivinil bitiral-PVB ,resina muito resistente e flexível ou outra plástica aprovada.

Aramado (consiste em passar o vidro em fusão, juntamente com uma malha metálica, através de um par de rolos, de tal modo que a malha fique posicionada aproximadamente no centro do vidro

6- Usos e técnicas construtivas

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Emprega-se o vidro na construção para diferentes usos, a saber: Envidraçamento, Paredes, coberturas, Concreto translúcido, Isolamento térmico

a) Envidraçamento:

Vidros impressos - São produzidos numa variedade de desenhos e acabamentos e podem receber tratamento especial superficial a base de ácidos e bases, jatos de areia ou esmaltes, sendo conhecidos como gravados e esmaltados. São indicados quando se deseja obter luminosidade sem comprometer a privacidade, o tipo dependerá do grau de privacidade e da difusão luminosa que o projeto especifique. Seu acabamento não deve enfraquecê-lo assim como sua espessura deve estar em função da utilização final, assim como das cargas de vento atuantes.

Tipo Espessura(mm) Desenho Acabamento Canelado 4 Canaletas verticais Brilhante Pontlhado 4/6/8/10 Pequenas reentrâncias e

saliências superficiaisTexturizado

Martelado 4 Desenhos em alto relevo de forma circular e ranhurados

Brilhante

Miniboreal 4 Superfície pontilhada TexturizadoSilésia 4 Pequenos retângulos em

alto relevoTexturizado

Jacarezinho 4 Desenhos de alto relevo circular

Brilhante

Bolinha 4 Liso Brilhante Opaco 4/6/8/10 Liso FoscoEsmaltado 4/6/8/10 Esmaltado

Descrição do acabamento

Tipo Como é produzido

Vantagens Desvantagens Aplicação

Brilhante Acabamento natural após estirado

Superfície brilhante

- Ambas as faces

Fosco Tratado com acido hidrofluorídrico

Reduz o ofuscamento passagem de luz; aumenta a difusão

Reduz a resistência do vidro a impacto e esforço mecânico

Usualmente em uma face

Fosco Jatos de areia fina e ar comprimido

Aumenta a difusão e reduz a passagem da luz

Difícil de limpar, reduz a transmissão luminosa e torna o vidro muito frágil

Usualmente em uma face

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Esmaltado Esmalte vítreo aplicado em uma das faces, posteriormente aquecido e fundido à superfície do vidro

Reduz a transmissão luminosa e proporciona difusão mais uniforme.

- Usualmente em uma face

Texturizado Superfície rugosa impressa em uma das faces

Reduz a transmissão luminosa

- Somente em uma face

Vidros de segurança- Segundo a NBR 7199 a obrigatoriedade do uso de vidros de segurança de faz nos seguintes casos: balaustradas, parapeitos e sacadas; vidraças não verticais sobre passagens; clarabóias e telhados; vitrines; vidraças que dão para o exterior, sem proteção adequada.

Portas- Nesta o vidro temperado podem substituir pelo menos com a mesma resistência, materiais como a madeira, o ferro, podendo ser transparentes ou translúcidos. Como sugestão lembra-se que as medidas deverão ser tomadas com grande precisão e cuidado, pois os vidros temperados não poderão ser cortados e talhados depois de serem submetidos ao tratamento da têmpera.

Instalações auto portantes - a montagem e fixação das chapas de vidro temperado são feitas através de ferragens, conforme serem vistas, e servem de ligação entre os vidros, ou vidros e estrutura de sustentação, sendo responsáveis pelas transmissões de esforços, fixação e funcionamento. Entre essas peças e os vidros, devem-se interpor materiais imputrescíveis, não higroscópios, e que não escoem com o tempo sob pressão. Quanto maior a área de contato melhor seu funcionamento.

(b) Vidros para parede Por seu sistema a sua transparência a luz, as obras de concreto translúcido se dilatam e contraem antes das obras de concreto armado. Por esta razão é necessário que toda a obra, que utiliza esse sistema seja independente de tudo o que pode produzir tensões prejudiciais ao vidro,seja pela variação dos limites de dilatação ,seja pela movimentação dos edifícios. Os tijolos de vidro podem ser transparentes ou translúcidos com ou sem inserção de fibra de vidro, texturizados com diversos padrões e desenhos, coloridos ou esmaltados.

c) Painéis pré-fabricadosNecessário quando fabricamos painéis de idêntica característica e dimensões destinados à mesma obra.Condições de construção- os pesos das placas devem ter no máximo 60 a 80 Kg para serem facilmente transportados; as dimensões não serem excessivas, controle rigoroso das juntas. O assentamento é feito com argamassa a base de quatro partes de cal hidratada, três partes

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de areia, e uma parte de cimento comum, com juntas de 1 cm entre elas. As peças devem ser limpas antes do assentamento e o rejuntamento feito com cimento branco. Podem-se erguer paredes de 2,50 m de altura, sem necessidades de vergalhões horizontais de sustentação.

Recomendações: Não se utiliza tijolos de vidro em locais sujeitos ao impacto.

d) Vidros para coberturaCobertas com telhas planas de vidro são substitutas dos materiais cerâmicos colocados da mesma forma que as planas correntes. Tem em média 3 kg/peça e requerem aproximadamente 13 telhas /m2. Ou podem ainda serem de telhas de vidro ondulado armado. Vidro armado com tela metálica, malha quadrada, em placas onduladas de fibrocimento com colocação igual à de outros materiais, se adaptam facilmente sem precisar de nenhum sistema especial.

Cuidado: no armazenamento e no transporte.

e) vidros para isolamento térmico Ex. lã de vidro – (é produzida fazendo-se passar o vidro fundido através de pequenos furos ou orifícios. A medida que os filetes de vidro fundido escorrem através dos orifícios, eles são atingidos por jatos de ar ou vapor a alta pressão)Como um isolante térmico é importante conhecer as variações de temperatura dos locais de aplicação, a fim de que o tipo e espessura do material empregado seja o ideal. Fibras de vidro não podem ser instaladas em locais onde a temperatura supere 260◦C.

7- O vidro e a arquitetura

De acordo com Bianca Gamarano “A arquitetura que domina nossos dias pode ser agrupada sob três etiquetas: a embalagem, a etiqueta e o leito de pro custo, a embalagem é a envolvente externa, seu objetivo é deslumbrar o observador e fazer publicidade do produto a vender.Devemos analisar que grandes áreas envidraçadas podem ser desejáveis do ponto de vista estético, porém normalmente trarão problemas de aquecimento ou refrigeração, acarretando o desconforto.

A energia total é a soma da energia solar que entra por transmissão, mais a energia cedida pelo vidro ao ambiente interior. O famoso efeito estufa nada mais é do que revestir fachadas inteiras de vidro sem a possibilidade de ventilação. A radiação solar que entra e pode tornar-se superior a externa. Para amenizarmos tais problemas foram criados vidros especiais, conhecidos como atérmicos, que possuem transmitância concentrada na faixa visível, restringindo a entrada da mesma forma que os planos correntes.

Entende-se que a ação dos constituintes sobre a natureza do vidro, é mais simples quanto mais reduzida o número de variâncias. O vidro usado inadequadamente induzirá a equipamentos de ar condicionado, consumidores de energia. Esse problema quanto à conservação da energia eclodiu na

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década de setenta, com a crise do petróleo. Apesar de sermos um país que corre em planaltos e termos grandes rios capazes de gerar energia, necessário se faz lembrar, que cada hidroelétrica implantada, requer uma catástrofe ambiental. Assim diminuindo a chamada cortina de vidro, em alguns locais, poderíamos além do conforto do ambiente, teremos uma redução no gasto de energia.Há ainda que considerarmos os vidros espectralmente seletivos que permitem a máxima iluminação e mínimo ganho de calor (laminados), com películas transparentes ou tingidas, que filtram os raios vindos da radiação invisível, infravermelha, ultravioleta. A última novidade propagada pela indústria do vidro é o vidro eletrônico, que oferece melhores condições de flutuações de calor e de luz, permitindo melhor adaptação às necessidades da iluminação e conforto térmico internos.

8- Patologias dos envidraçamentos

Os estudos da patologia procuram identificar causas, origens e natureza dos problemas nas edificações que representam a perda ou término do desempenho dos componentes, elementos ou do edifício como um todo. Assim sendo o vidro plano, que tradicionalmente é utilizado com pano de vedação das janelas (componentes), ou como fachadas-cortinas (elemento) ,devem cumprir um conjunto de requisitos e critérios funcionais.

A seguir os Fatores que provocam ou contribuem para a patologia dos vidros planos:

Aplicação indevida do tipo de vidro

Cada tipo de vidro tem características específicas, que estão ligadas aos processos de fabricação ,assim como o projeto de envidraçamento deve conter para cada tipo de vidro,o tipo de caixilharia a ser utilizada. Abaixo são apresentados os cuidados que freqüentemente não são observados: Vidro recozido transparente- colocados em locais sujeitos a solicitações mecânicas, que

podem não serem suportados pela placa de vidro; aplicados no exterior do edifício, em locais de risco; a caixilharia não pode transmitir esforços ao vidro.

Vidro recozido colorido- além dos cuidados por se tratar de um vidro comum, estes estão sujeitos a gradientes térmicos que induzem a tensões. Quanto mais escuro opaco for este vidro, maior será a parcela de radiação solar absorvida.

Vidro laminado- é um dos que requerem maior cuidado, pois tem resistência mecânica a flexão 30% inferior ao vidro recozido comum da mesma espessura. Outras particularidades é que a película de PVB é colorida e absorve grande quantidade de radiação solar. As placas de vidro estão sujeitas ao aparecimento de bolhas,quando em atmosferas com teores de umidades elevados.

Vidro temperado- apesar de poderem resistir a grandes solicitações possuem o que se chama “calcanhar de Aquiles” localizado nos vértices.

Espessuras indevidas das placas de vidro

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Condições de acabamentos dos bordos As bordas são de toda a placa de vidro as regiões mais solicitadas mecanicamente, pois se fixam ao caixilho, recebendo e transmitindo os esforços. Deve-se realizar o acabamento nas bordas.

Movimentação da estrutura- Mau dimensionamento das folgas, ou empeno nas esquadrias. (Se não houver pontos de concentração de tensões, o vidro temperado suporta deformações elevadas)

Armazenamento e estocagem

Transporte em obra

Sujeira de obra

Fixação precária das placas de vidro na caixilharia - ausência de planos; caixilhos deformáveis; calços; sistema de fixação incompatível com o tipo de vidro.

Choque térmico - condições climáticas, sombreamento de borda.

Manchas superficiais nas folhas do vidro

Ausência de manutenção

TIPOS DE VIDRO – CLASSIFICAÇÃO PRÁTICA

Vidro Anti-reflexo: Existem dois tipos de vidro anti-reflexo: o proveniente do vidro impresso, produzido nacionalmente pela União Brasileira de Vidros e pela Saint-Gobain Glass e o importado, produzido pela Cebrace ou pela empresa alemã Schott. O anti-reflexo proveniente do vidro impresso não possui o mesmo grau de transparência do vidro float comumente utilizado em vitrines.O anti-reflexo importado,por sua vez,apresenta total transparência e pode ser aplicado em quadros e também em janelas e vitrines.Dotados de uma película invisível,aplicada no processo de fabricação do vidro atenua consideravelmente os reflexos de luz natural ou artificial.

Vidro Anti-riscos: O vidro anti-riscos foi uma novidade implantada no Brasil. O produto possui um revestimento especial aplicado durante o processo de fabricação do vidro que lhe confere resistência a riscos e arranhões 10 vezes mais que os comuns.

Vidro Antivandalismo: São projetados para frustar ataques rápidos-como, por exemplo o lançamento de um tijolo,sem desprendimento de pedaços de vidro,enquanto se aguarda sua reposição.Evita-se dessa maneira o roubo,a deterioração dos objetos pelas intempéries e os fragmentos de vidros espalhados.

Vidro Aramado: O aramado foi o primeiro vidro de segurança a ser utilizado na construção civil e na decoração de ambientes. É um vidro impresso, translúcido, disponível

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em várias cores.Nele é incorporada uma rede metálica de malha quadrada.É considerado vidro de segurança,segundo as normas da Associação Brasileira de NormasTécnicas(ABNT).

Vidro Auto-limpante: Muitos projetos criativos têm limitado a utilização de vidros unicamente pela dificuldade de limpeza. Com certeza, vidro sujo desvaloriza a obra e mantê-la sempre limpa pode representar custo de manutenção extra.

Vidro Baixo-emissivo: Também conhecidos como vidros Low-E,apresentam uma metalização que permite diminuir fortemente as perdas térmicas através do vidro,principalmente Quando são incorporados em um vidro insulado (ou duplo).

Vidro Colorido: Além da aplicação artesanal de tintas especiais para vidros e do processo de serigrafia, existem três formas de produção industrial de vidro colorido: aplicação de aditivos na massa; deposição de camada refletiva; laminação de película plástica colorida.Os vidros impressos e float coloridos na massa distinguem-se dos incolores pelo fato de aditivos minerais serem incorporados em suas composições,conferindo-lhes de um lado coloração e ,de outro,proporcionando-lhes o poder de barrar um mínimo de radiação solar.São produzidos nas cores fumê(cinza),bronze,verde e azul.

Vidro Craquelado: São vidros laminados compostos por uma lâmina interna de vidro temperado com duas lâminas externas de vidros comuns (float). No processo de produção do craquelado,o vidro temperado interno é quebrado e fragmenta-se,ficando aderido à película plástica e preso às lâminas externas.

Cubas de Vidro: Cubas de vidro estão sendo bastante utilizadas na decoração de lavabos e banheiros de alto padrão. A sofisticação e o requinte de gabinetes e pias que comportam esse item valorizam os ambientes nos quais são instalados. As cubas de vidro possuem origem entre designers italianos, devido a isso, os principais maquinários para sua produção são provenientes da Itália.

Vidro Curvo: Vidros podem ser curvados com várias inclinações ou moldados de diversas formas. Embora alguns acreditem tratar-se de uma técnica de beneficiamento inovadora e ainda não testada na prática, os vidros curvos estão muito mais próximos de nossa realidade.Um exemplo de vidros curvos que fazem parte do dia-a-dia das pessoas(sem que estas se dêem conta disso)são os pára-brisas dos automóveis.

Vidro Duplo: Vidro duplo é também denominado vidro insulado ou sanduíche de vidros. Na verdade trata-se de um sistema de duplo envidraçamento que permite aliar as vantagens técnicas e estéticas de pelo menos dois tipos diferentes de vidro, com o benefício da camada interna de ar ou gás. O sistema é sensacional quando a intenção é aproveitar a luz natural,com bloqueio do calor proveniente da radiação solar.

Espelhos: Sempre foram utilizados por arquitetos e decoradores para ampliar ambientes e proporcionar maior aproveitamento da luz natural. Essas possibilidades foram ampliadas com o desenvolvimento das técnicas de espelhação, que garantiram a produção de espelhos mais resistentes e nas cores prata, verde, cinza e bronze. Recentemente, a multinacional norte-americana Guardian lançou no mercado um espelho que além de resistente a manchas é também 10 vezes mais resistente a riscos e arranhões. O produto foi idealizado para ser utilizado em tampos de mesa, aparadores,revestimento de mesas e paredes.

Vidro Float(liso ou comum): Matéria prima para a maioria dos transformados existentes no Mercado,como os temperados,laminados,refletivos e espelhos,os vidros float são assim denominados devido seu processo de produção.São também chamados de vidro comum.

Vidro Fotoenergéticos: São denominados vidros fotoenergéticos os painéis de diversos fabricantes, que captam a energia do sol e a transforma em energia elétrica. No Brasil existem poucos casos de aplicação desses vidros e somente em faculdades de arquitetura e engenharia.Entretanto,pelo apelo ecológico que propõem,podem se transformar em projetos viabilizados em um futuro muito próximo.

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Engenheira Palmira Oliveira

Vidro Fusing: Vidro fusing significa o vidro utilizado em decoração ou em peças utilitárias feitas a partir do sistema de fusão de vidros ou de cacos moídos que utiliza o mesmo nome.Nas vidraçarias,o sistema fusing permite o aproveitamento de sobras,transformando-se,em alguns casos,na atividade principal da empresa.os produtos que recebem toques artísticos deixam de ser comparados com similares do mercado e Podem proporcionar uma margem de lucro maior,principalmente se forem direcionados a um público que exige e valoriza essa personificação.

Vidro Impresso: Por vidro impresso entende-se vidro translúcido, com uma ou ambas as faces impressas com desenho ou motivos ornamentais. É o nome adotado pelos fabricantes pelo fato de um desenho ser impresso na superfície do vidro quando ainda quente.É conhecido no Brasil também,popularmente,por vidro fantasia.

Vidro Impresso Espelhado: Lançado oficialmente no Brasil em 2002, esse produto consiste em se aplicar ao vidro impresso, transparente ou colorido na massa,o benefício de espelhação.Com isso, o produto adquire refletividade difusa e diferenciada,podendo ser utilizado para revestimento,principalmente de móveis,colunas e paredes.O impresso Espelhado possui aspecto semelhante ao metal,com a vantagem de ser resistente à ferrugem e à abrasão.

Vidro Impressos para móveis: Os vidros impressos vêm ganhando importância cada vez maior no setor moveleiro, ao ponto de alguns padrões de impressão terem sido desenvolvidos pensando-se principalmente nesse mercado.

Vidro Jateado: A técnica de jatear vidros é antiga e já passou por diversas evoluções. Atualmente é feita em cabine fechada, sem contato com o artista. Não existe mais a utilização da areia,mas de pós abrasivos mais eficientes e menos tóxicos.

Vidro Laminado: O conjunto de duas ou mais chapas de vidro que tenham sido submetidas a um processo de laminação-onde são unidas por uma película plástica ou acrílica-passa a ser chamado de vidro laminado. O vidro laminado atende às exigências mais rigorosas de segurança, controle sonoro,controle de calor(quando associado a um vidro refletivo).A película plástica do laminado com polivinil Butiral (PVB)filtra até 99,6%dos raios ultravioletas(radiação abaixo de 360 nanômetros),os principais responsáveis pelo descoloramento de móveis,tecidos e objetos.

Vidro Laminado de impressos: Está acontecendo no mercado uma nova descoberta do vidro impresso. Esse vidro que era limitado a poucas aplicações na construção civil está ganhando, nos últimos anos,espaço cada vez maior na arquitetura e na decoração de ambientes.

Vidro Laminados de temperados: Com as exigências da arquitetura moderna de utilizar o vidro como elemento de estrutura, como pavimentos, pilares e vigas, o laminado de temperados está ganhando grande importância.A laminação de duas ou mais chapas de vidro temperados permite unir as qualidades desses dois tipos de vidros de segurança.

Vidro Laminados especiais: O aperfeiçoamento das técnicas de laminação permitiu que o transformador criasse inúmeros produtos utilizando os recursos, tanto da laminação com Polivinil Butiral(PVB)quanto da laminação por resina.Laminando-se o vidro jateado, com a face jateada para dentro,protegida pela película de PVB ou resina,obtém-se um jateamento menos opaco,protegido da sujeira e da gordura,que pode receber cores com a utilização de lamina colorida.Laminando-se vidros serigrafados com a textura ou imagem para dentro,obtém-se o laminado de serigrafados,que aumenta a resistência da parte impressa e ainda pode receber cores de fundo com a utilização de laminação colorida.Laminando-se duas lâminas de vidro anti-reflexo impressos obtém-se uma textura semelhante ao acidado,com a vantagem da laminação,podendo receber cores com a laminação colorida.

Vidro Lapidado ou Bisotado: Para a maioria das aplicações, os vidros float,impressos ou espelhos precisam receber tratamento de bordas para que não causem ferimentos e para que ganhem maior resistência,evitando o surgimentos de trincas. Biselado e bisote corte

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obtuso.Na verdade o efeito não é produzido através do corte,mas sim pela lapidação e polimento da superfície do vidro por meios de maquinas especiais e rebolos diamantados.

Vidro Metalizado a vácuo: O vidro refletivo metalizado a vácuo é um produto desenvolvido para ,através do controle de entrada de calor no ambiente,proporcionar maior conforto e economia ao usuário.É o vidro que possui melhor desempenho para controle do calor solar em sua forma monolítica(sem a combinação com outros vidros ou com sistemas com câmara de ar interna.

Vidro Opacado eletronicamente: Chamado de diversos nomes por variados revendedores ou fabricantes, denominamos opacados eletronicamente os vidros técnicos que perdem ou ganham opacidade imediatamente, ao simples apertar de um botão.

Vidro Pirolítico: Chamamos comumente de vidros espelhados, os refletivos pirolíticos são os Vidros para controle solar que se destacam pela resistência de sua camada metalizada e pela sua alta transmissão luminosa. No processo de metalização on-line,a deposição da camada refletiva ocorre durante a fabricação do vidro float,por pulverização de óxidos metálicos,o que garante durabilidade e homogeneidade da camada refletiva. Devido a essa resistência à abrasão, o refletivo pirolítico pode ser temperado, curvado, Laminado ou utilizado de forma monolítica, além de poder compor o duplo envidraçamento.

Vidro Resistentes a bala: Chamados também de vidros blindados ou à prova de bala,são projetados para oferecer proteção contra disparos de armas de fogo ou objetos lançados contra ele.Geralmente são compostos por várias lâminas de vidro,intercalada por camadas plásticas reforçadas.Tais camadas plásticas amortecem o impacto,absorvendo energia,enquanto o vidro oferece resistência ao projétil.

Vidro Resistente ao fogo: Os vidros resistentes ao fogo sem malha metálica são vidros laminados compostos por várias lâminas intercaladas com material químico transparente,que se funde e dilata em caso de incêndio.Essa reação se ativa quando a temperatura de uma das faces do vidro atinge 120ºC.

Vidro Serigrafado: No processo de serigrafia do vidro é feita a aplicação de uma tinta vitrificada (esmalte cerâmico)no vidro comum,incolor ou colorido na massa.Em seguida esse vidro passa por um forno de têmpera onde os pigmentos cerâmicos passam a fazer parte dele.Ao final do processo,obtém-se um vidro temperado com textura extremamente resistente,inclusive ao atrito com metais pontiagudos.

Vidro Temperado: O vidro temperado é obtido pela passagem do vidro comum por um forno de têmpera horizontal ou vertical. É considerado vidro de segurança porque evita a ocorrência de acidentes graves.Em caso de quebra,seja qual for o ambiente,o vidro se fragmenta em pequenos pedaços de bordas pouco cortantes,minimizando o risco de ferimento profundo.O vidro temperado também possui maior resistência à flexão que os vidros comuns e pode suportar diferenças de temperaturas de até200°C.

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