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LIZ (LAR IRMÃ ZARABATANA) APOSTILA CONCEITOS BÁSICOS CAPÍTULO III Preparação do Ambiente

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LIZ (LAR IRMÃ ZARABATANA)

APOSTILA CONCEITOS BÁSICOS

CAPÍTULO III

Preparação do Ambiente

Versão 1.4 – 01/08/2017

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LIZ - LAR IRMÃ ZARABATANAApostila dos conceitos básicos do espiritismo

ÍNDICE

3. PREPARAÇÃO DO AMBIENTE..........................................................................................3

3.1. AFINIDADE, HARMONIA, SINTONIA, VIBRAÇÃO E CONCENTRAÇÃO..............................................................................................33.1.1. Afinidade........................................................................................................................................................3

3.1.2. Harmonia........................................................................................................................................................3

3.1.3. Sintonia...........................................................................................................................................................3

3.1.4. Vibração.........................................................................................................................................................4

3.1.5. Concentração..................................................................................................................................................5

3.2. CORRENTE MEDIÚNICA.....................................................................................................................................................93.3. CONDIÇÃO MORAL DO MÉDIUM........................................................................................................................................11

3.3.1. Influência moral dos médiuns nas comunicações dos espíritos.....................................................................12

3.4. CUIDADOS COM A ALIMENTAÇÃO DO MÉDIUM....................................................................................................................143.5. PREPARO (MENTAL E EMOCIONAL, ASSIDUIDADE) DO MÉDIUM...............................................................................................163.6. MEDIUNIDADE COM JESUS...............................................................................................................................................193.7. DISCIPLINA, RESPONSABILIDADE E ASSIDUIDADE....................................................................................................................243.8. ILUMINAÇÃO DO AMBIENTE..............................................................................................................................................27

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3. Preparação do ambiente3.1. Afinidade, Harmonia, Sintonia, vibração e concentração.

3.1.1. Afinidade

A afinidade consiste na semelhança, identidade ou conformidade de gostos, interesses, sentimentos, propósitos, pontos de vista.

Afinidade é “uma faixa de união” em que nos integramos uns com os outros.

Em tudo, vemos integração, afinidade, sintonia... E de uma coisa não tenhamos dúvida: através do pensamento, comungamos uns com os outros, em plena vida universal.

Entre determinado Espírito e um médium pode haver afinidade fluídica e não existir afinidade moral, tanto quanto pode existir afinidade moral e não haver afinidade fluídica. Esta, a afinidade fluídica, depende da constituição do organismo espiritual do médium e do Espírito. A afinidade moral é a consequência do adiantamento espiritual alcançado por um e outro.

Existem na prática mediúnica algumas dificuldades que devemos, na medida do possível, procurar sanar, ou ao menos minimizar. Destacamos, dentre elas, a falta de estudo, a deficiência de iluminação moral, a escassez de perseverança, a ausência de assiduidade, a impaciência etc. Essas deficiências podem gerar dificuldade na harmonização das vibrações e dos pensamentos.

É justamente na combinação das forças psíquicas e dos pensamentos entre os médiuns e os experimentadores, de um lado, e entre estes e os Espíritos, de outro, que reside inteiramente à lei das manifestações.

3.1.2. Harmonia

A harmonia é indispensável a uma boa reunião mediúnica

As condições de experimentação são favoráveis quando o médium e os assistentes constituem um grupo harmônico. Outros fatores que favorecem também o bom êxito das reuniões mediúnicas são o silêncio e o recolhimento. Se, contudo, houver desarmonia ou desentendimento na equipe, haverá inequívocas dificuldades na realização de um bom intercâmbio mediúnico.

Muitas vezes, a ausência de método, a falta de continuidade e a inexistência de uma direção segura nas experiências mediúnicas podem tornar estéreis a boa-vontade dos médiuns e as aspirações, ainda que legítimas, dos experimentadores.

Ciente de que as comunicações mediúnicas não podem deixar de ser rigorosamente analisadas, o médium deve aceitar agradecido, e até mesmo solicitar, o exame crítico das comunicações de que for o intermediário.

Um trabalho mediúnico produtivo deve, pois, primar pelo estudo, pelo esforço de melhoria moral, pela perseverança, pela humildade, pela assiduidade, pela disciplina por parte dos integrantes da equipe, e ser exercido em um ambiente de silêncio, prece, recolhimento e seriedade, com vistas ao bem-estar e à melhoria espiritual do próximo.

Fonte de consulta: http://www.oconsolador.com.br/ano2/99/esde.html

http://www.aluzdoespiritismo.com.br/teste/artigos/ler.php?texto=110

3.1.3. Sintonia

Tecnicamente falando, é o nome que se dá ao processo de ajuste de dois ou mais elementos a uma única faixa de frequência ou mesmo a uma frequência específica.

O exemplo prático elementar é digitar no rádio (sintonizar) a frequência correspondente a uma determinada rádio. Estaremos, com isso, colocando o receptor na mesma faixa de

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frequência da emissora da rádio desejada, permitindo ao aparelho receber os dados daquela emissora.

Por sua vez, a sintonia se estabelece em virtude da atração e/ou da simpatia que passa a vigorar entre as partes que mantêm afinidade (nem sempre que há atração há simpatia). E pelos mecanismos da lei de afinidade, a sintonia constitui lei inderrogável.

Sintonizar é estar na mesma frequência mental-emocional de outrem, podendo captar e emitir pensamentos simultaneamente. Dessa forma, sintonizar com os espíritos é colocar-se predisponente ao contato psíquico com eles de forma consciente ou inconsciente.

Cada indivíduo assimila as forças superiores ou inferiores com as quais se identifica. Por isso mesmo, Jesus recomendou a vigilância e a oração como antídotos contra as sugestões “desequilibrantes”, oriundas tantos dos encarnados como dos desencarnados.

Para a sintonia com os espíritos superiores, devemos desfocar o pensamento e o sentimento daquilo que esteja nos incomodando ou deixando-nos desassossegados, de modo a captar outras ideias disponíveis à nossa consciência.

Daí a importância de aprendermos a disciplinar os pensamentos, exercitando a higiene mental através de reflexões superiores e da oração, pois são estas que nos permitem a mudança/elevação de nosso estado íntimo.

Todavia, cultivar bons pensamentos e sentimentos durante a oração não é simplesmente construir boas ideias no momento em que se queira conectar com os espíritos desencarnados voltados ao bem, mas, também estabelecer um estilo de vida pessoal que favoreça naturalmente o surgimento de ambos.

Assim, aquele que é ético e trabalha-se continuamente no exercício de sua amorosidade, obviamente que tem por testemunha os espíritos do amor e da paz, e que o auxiliam em sua trajetória evolutiva, pois, se é verdade que cada um somente pode dar conforme o que tem, torna-se obvio que cada um recebe de acordo com aquilo que dá.

“Os Espíritos se afeiçoam de preferência a certas pessoas?”(L.E. questão 484).

Resposta: Os bons Espíritos simpatizam com os homens de bem, ou suscetíveis de se melhorarem; os Espíritos inferiores com os homens viciosos ou que possam vir a sê-los. Daí sua afeição, por causa da semelhança das sensações.

3.1.4. Vibração

Vibração é um processo mental de irradiação fluídica, ou seja: é a emissão de energias através da força do nosso pensamento direcionadas a algum objetivo específico.

Cientificamente, a definição de vibração se assemelha a definição de frequência. Da Wikipédia temos que vibração é o movimento de um ponto oscilando em torno de um ponto de referência. O número de vezes que ocorre o movimento completo em determinado tempo é chamado de frequência.

O melhor exemplo e o mais comum é o fenômeno que se produz quando jogamos uma pedra na água, gerando uma perturbação. A propagação desta perturbação forma ondas, normalmente concêntricas, que se espalham pela superfície da água até dissipar energia e não ser mais percebida.

Outra analogia, utilizando o conceito das ondas, podemos verificar nas telecomunicações que as ondas se propagam, transportando informações. Neste caso, podemos dizer que existe a parte mecânica do processo, que é a compressão em cadeia das moléculas do ar transportando o som, e que também existe o componente identificador da mensagem transmitida, que carrega o sentimento do emissor, que se revela no mérito das palavras proferidas. Por isso usam-se expressões como “vibrando de alegria” e “vibrações positivas”.

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Esta mensagem, esta “vibração identificada”, é inerente a todos os seres, animados e inanimados, e obedece ao padrão do meio onde existem. A explicação encontrada no livro Estudando a Mediunidade, de Martins Peralva, no capítulo IV (Vibrações Compensadas) é bastante ilustrativa e deixa claro que sintonia, ressonância e vibrações compensadas são processos naturais como ocorre o sentimento de afinidade entre pessoas de mesmo nível intelectual e vibracional; porque árvores de uma mesma espécie se desenvolvem melhor quando plantadas em grupo; enfim, porque os “semelhantes se atraem”: porque, além de vibrarem na mesma faixa de frequência, têm também um mesmo padrão na mensagem que emitem, têm as mesmas ideias, necessidades, desejos, etc.

Fonte de Consulta: http://www.mundoespirita.net/frequecircncia-e-vibraccedilatildeo.html

3.1.5. Concentração

Concentração é a capacidade de focar-se num alvo e mantê-la pelo tempo que desejar. Isso não é uma tarefa fácil, pois em nosso dia-a-dia nos envolvemos em processos emocionais e em incessantes devaneios, perdendo completamente a percepção do que está à nossa volta, e só notamos nossa situação indesejável quando tentamos fazer alguma atividade que exige tranquilidade.

Quando nos concentramos, a velocidade interna diminui, a quantidade dos pensamentos diminui e o cérebro trabalha em faixas de frequência mais lentas, aumentando a nossa percepção sobre tudo o que está a nossa volta. Neste estado aumentamos o nosso espaço interno, passamos a ter clareza de pensamento e novas percepções. Relaxamos a nossa mente e o nosso corpo, equilibramos a nossa respiração, melhoramos a oxigenação e reduzimos a frequência cardíaca.

A concentração nos proporciona saúde energética, que é fundamental se desejamos ter experiências espirituais avançadas, inclusive de projeção astral. A nossa energia é mais bem aproveitada, pois os pensamentos mal direcionados são eliminados, amplificamos a capacidade de percepção interna e externa, nosso espaço emocional aumenta e ainda podemos eliminar os indesejáveis processos instintivos. Nossa consciência passa a trabalhar com os chacras superiores, permitindo-nos realizar e compreender coisas que, de outra maneira, nunca conseguiríamos. Vivenciamos o momento presente, a capacidade de aceitação aumenta e conseguimos progresso no processo evolutivo.

A produtividade e qualidade de uma reunião mediúnica dependerão da harmonização dos seus integrantes. Observemos, nesse sentido, a importância da concentração, para que não haja uma queda vibratória, dificultando assim o trabalho a ser realizado e evitarmos a perda das características da reunião que lhes são próprias de funcionar como um todo harmônico, em que as pessoas vibram em uníssono, em torno de um mesmo propósito.

Em se tratando de prática de reunião mediúnica: “concentrar” significa:

Reunir num “centro”.

Fazer convergir ou tornar mais denso, mais ativo qualquer ato.

Reunir “as forças num ponto determinado, aplicar a atenção em algum assunto: meditar profundamente”.

Nesse sentido, a concentração corresponde à “união de forças” e constitui meio eficaz para se abrirem as “portas / canais” que facultam o trânsito dos desencarnados, no incessante intercâmbio mediúnico, sendo elemento fundamental à manifestação e atendimento de Espíritos necessitados de auxílio.

Ao ser solicitada concentração dos cooperadores, é pedido a eles que as suas mentes sincronizem no dínamo gerador de forças, que é a Divindade, a fim de serem catalisadas as energias mantenedoras do ministério mediúnico: (LIZ: “- Vamos elevar nosso pensamento ao Mestre Jesus...”)

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Assim, a concentração individual é de alta relevância, porque a mente que sintoniza com as ideias superiores vibra em frequências elevadas, possibilitando, com isso, que a média - resultante das fixações mentais dos membros que constituem o esforço da sessão mediúnica - ofereça os recursos para as realizações programadas. (Livro Intercâmbio Mediúnico, Espírito Cleofas, médium Divaldo Franco, p. 61-62)

Todos os que se iniciam nos exercícios de concentração ou de meditação percebem o quanto é difícil controlar os pensamentos e como, com frequência, ocorre o assalto de pensamentos intrusos, inconvenientes e inoportunos.

A concentração mediúnica só é possível quando o médium aprende a controlar suas emanações mentais e a administrar as suas emoções, a partir do momento em que entra em sintonia com entidades espirituais.

Cada médium poderá contribuir mantendo-se concentrado e sintonizado com as vibrações elevadas e com o objetivo da reunião, não dispersando e nem estabelecendo pensamentos diferentes daqueles indicados pelas entidades espirituais, assim como trabalhar envolvido ao espírito de equipe, eliminando os comentários e as conversas e paralelas, pessoais, baseadas em fatores emocionais e não na orientação segura dos responsáveis pela reunião.

Segundo Léon Denis, a concentração consiste em insular-se uma pessoa em certas horas do dia ou da noite, suspendendo a atividade dos sentidos externos: afastando de si as imagens e ruídos da vida externa, o que é possível fazer mesmo nas condições sociais mais humildes, no meio das ocupações mais vulgares. Nesse caso, é necessário “concentrar-se e, na calma e recolhimento do pensamento, fazer um esforço mental para ver e ler no grande livro misterioso o que há em nós, apartando, nesses momentos, de nosso espírito tudo o que é passageiro, terrestre, variável”.

Ainda, de acordo com Léon Denis, as preocupações de ordem material criam correntes vibratórias horizontais, as quais se transformam em obstáculos às radiações etéreas, e restringem nossas percepções.

A meditação, a contemplação e o esforço constante para o bem e o belo formam, ao contrário, correntes ascensionais, que estabelecem a relação com os planos superiores e facilitam a penetração em nós dos eflúvios divinos.

Por meio da repetição e do prolongamento desse exercício, o ser interno acha-se pouco a pouco iluminado, fecundado, regenerado. Ainda que seja essa obra de preparação longa e difícil, reclamando às vezes mais de uma existência, segundo o pensador francês, nunca é cedo demais para empreendê-la, não tardando seus bons efeitos a se fazerem sentir.

Ampliando nosso conhecimento sobre o mecanismo da concentração, encontramos nas palavras do espírito Cléofas esclarecimentos significativos. Segundo o autor espiritual, ao ser solicitada concentração dos cooperadores, é pedida a eles que as suas mentes sincronizem no dínamo gerador de forças, que é a Divindade, a fim de serem catalisadas as energias mantenedoras do ministério mediúnico. Assim, a concentração individual é de alta relevância, porque a mente que sintoniza com as ideias superiores vibra em frequências elevadas, possibilitando, com isso, que a média - resultante das fixações mentais dos membros que constituem o esforço da sessão mediúnica - ofereça os recursos para as realizações programadas.

No livro Os Mensageiros, André Luiz afirma que “boa concentração exige vida reta”, o que só é factível, tendo em vista a implementação da reforma íntima com base na congregação permanente das lições evangélicas recebidas.

Sendo assim, a boa formação moral dos médiuns e a vivência reta propiciam uma boa concentração e, consequentemente, uma melhor produtividade do grupo.

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Fatores que ajudam a concentração Diminuir a luminosidade do ambiente, favorecendo a introspecção e a concentração;

Mentalizar na imagem de Jesus ou no mar ou ainda em cor azul.

Fatores perturbadores a concentração Os retardatários da reunião mediúnica podem interferir na concentração dos

participantes.

Não se justifica retardar o começo da reunião para aguardar a chegada de alguém atrasado, visto que a equipe espiritual já está presente e não se atrasa. Partindo do princípio que a atuação da equipe dos encarnados necessita ser feita em conjunto, os retardatários não devem ser aceitos porque, além de não terem participado da preparação inicial, ainda poderão interferir na concentração dos demais, com ruídos e movimentação.

Ruídos e sons em tom elevado ou que provoquem qualquer tipo de perturbação;

Toques físicos;

Iluminação forte ou muito fraca;

Envolvimento espiritual negativo.

Quanto aos fatores inerentes à própria pessoa, podem ser: Tensões e dores físicas;

Cansaço gerando a necessidade de repouso;

Falta de conhecimentos de como se concentrar;

Indisciplina interior fazendo com que o indivíduo se ocupe de vários interesses ao mesmo tempo;

Perturbações afetivo-emocionais em virtude de problemas pessoais;

Sentimento de tédio durante a prática da concentração, o que propicia o desinteresse no praticante.

Em se baseando nos exemplos citados, podemos afirmar que a disciplina mental é a chave de uma boa concentração.

Entretanto, se nesse momento de recolhimento e silêncio, ocorrerem pensamentos intrusos, como a pessoa deve proceder? Ela não deve lutar contra a própria mente com sentimentos de culpa ou de punição. O mais adequado é aceitar tranquilamente o fato e estabelecer o “hábito do retorno”, ou seja, voltar a ocupar-se com os objetivos da concentração.

Será que a concentração cansa? Não! Se conduzida de maneira correta, ela propicia um efetivo bem-estar. Pessoas que tentam se concentrar, por exemplo, franzindo a testa e fechando os olhos com força, dificilmente conseguirão direcionar, com sucesso, sua atenção para os fins propostos.

Portanto, torna-se fundamental o conhecimento das etapas que envolvem uma boa concentração. De maneira geral, ela é alcançada através dos estágios básicos:

Relaxamento.

Relaxar, segundo o léxico, diz respeito a “afrouxar ou diminuir a força ou tensão de músculos, nervos, etc.”

O relaxamento trata, portanto, de um afrouxamento das tensões físicas, mentais e emocionais de um indivíduo, favorecendo-lhe o equilíbrio e a quietude interior. E para obtermos esse estado de tranquilidade integral, algumas das técnicas a serem

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empregadas para o abrandamento:

Corpo físico

Tomar na cadeira uma posição cômoda e solta, e concentrar-se nas partes do corpo, autos sugerindo-se a descontração sequenciada de cada uma delas. Convém começar numa extremidade, por exemplo, a cabeça e ir com essa intenção até os pés. Ao final, perceber o organismo totalmente relaxado.

Emoções

Nessa fase, busca-se o controle e o equilíbrio das emoções. Uma técnica a ser utilizada é a prática da respiração profunda, lenta e compassada.

A pessoa se concentra no processo de entrada e saída do ar, imaginando que quando inspira, o ar está lhe trazendo novas forças para a recuperação de sua harmonia íntima, e, quando expira, esse mesmo ar está eliminando suas perturbações psíquicas.

Mente

O que se pretende aqui é o afastamento dos habituais pensamentos e preocupações do indivíduo, com o consequente desligamento de seus conteúdos psicológicos.

Como técnica a ser desenvolvida, ele fixa a sua atenção numa imagem, numa ideia, num sentimento ou na própria respiração, buscando a calma e a mansuetude mental.

Quando o relaxamento alcança esses três níveis (o corporal, o emocional e o mental), ela encontra-se apta para adentrar no segundo estágio da concentração, que é a abstração, ou seja, o alheamento do espírito. E um dos significados da palavra alhear-se é “afastar-se, apartar-se”.

Nessa situação, então, de afrouxamento físico, emocional e intelectual, a pessoa se afasta e se desliga dos estímulos externos e internos, voltando sua atenção para interesses mais subjetivos. Mas o interessante é que alhear-se também significa: “enlevar-se, extasiar-se”.

É nesse ponto que o terceiro estágio da concentração, a elevação (ou o engrandecimento espiritual), se torna passível de bom êxito.

Em mediunidade, para que a ascensão íntima ocorra, a sintonia, nos níveis mental e espiritual, exerce um papel preponderante. E se mediunidade é sintonia, podemos afirmar que o melhor médium será sempre aquele que, entre outras aptidões, sustentar sua concentração firmemente direcionada para os objetivos do trabalho, alimentando o mais profundo desejo de auxiliar os Espíritos no que for necessário.

O Espírito Odilon Fernandes enfatiza: Todo médium precisa reconhecer que a sintonia mediúnica é esforço do dia a dia. O transe não acontece sem uma prévia sintonia com os quais se deseja estabelecer contato. Nem mesmo a obsessão se instala de uma hora para outra. Tudo exige um preparo que anteceda este ou aquele acontecimento.

O médium que não entende que desenvolvimento mediúnico é trabalho perseverante, através de todas as suas atitudes cotidianas, não se desenvolverá a contento, estando longe de ser o cooperador consciente e responsável que os Espíritos procuram.

Não há como o médium deixar de ser médium, para levar uma vida paralela, ou seja, não há como o médium se interessar pela mediunidade apenas no momento do transe, olvidando a maior parte do tempo os seus compromissos com o Mundo Espiritual.

Desenvolvimento mediúnico, em essência, é adestramento mental. O medianeiro que interrompe com frequência dos seus contatos com os espíritos, deles isolando-se

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voluntariamente em suas ocupações imediatistas, terá dificuldades imensas para restabelecer no contato.

Mediunidade requisita treino, demorados exercícios, disciplina psíquica, espaço mental cedido aos espíritos, discernimento na captação dos pensamentos, união de propósitos...

(...) Em grande parte dos medianeiros, a mediunidade não deslancha porque se julgam dispensados de se cultivarem mediunicamente; acreditam equivocadamente que os Espíritos haverão de realizar todo o trabalho (...). Ora, nenhum médium pode ser tão passivo assim, ao ponto de acreditar que os desencarnados farão tudo por ele.

A mediunidade depende do médium, como o fruto depende da árvore que o produz. Se a qualidade do fruto está relacionada à natureza da árvore, a mediunidade, em sua capacidade de produção, se vincula ao empenho do medianeiro.

Não é fácil superar a barreira das dimensões diferentes; se o médium não se predispuser a subir, os espíritos não terão como descer. O ideal é que ambos, médium e espírito, se encontrem no meio do caminho. Todavia, quanto mais se elevar em termos de sintonia, mais o medianeiro se aproximará da fonte em seu nascedouro, usufruindo da linfa cristalina antes que, no percurso que efetue, ela se conspurque.

Em qualquer tipo de mediunidade, a questão da sintonia é fundamental.

O medianeiro de bons princípios, interessado na vivência do Evangelho, naturalmente atrairá a presença dos Bons Espíritos e fará jus a um redobrado esforço da Espiritualidade que, neste caso (quando o médium não consegue uma boa sintonia), poderá inclusive, lhe suprir as deficiências no transe. A um bom médium, a Espiritualidade Superior sempre preferirá um médium bom. Em termos de mediunidade, nem sempre o melhor instrumento é o mais bem aparelhado.

Portanto, a sintonia mediúnica que estamos enfatizando deve, igualmente, ser procurada nas tarefas do bem. Se, para a sintonia com os espíritos infelizes, basta ao médium uma boa condição mediúnica, para a sintonia com os Espíritos Superiores a natureza de seus sentimentos é fator preponderante, porquanto, em essência, o que se busca é a sublimação do intercâmbio.

Fonte de consulta:

Livro: Intercâmbio Mediúnico, Espírito Cleofas, médium Divaldo Franco, p. 61-62

Mediunidade – Estudo e prática Programa II da FEB

http://www.mundoespirita.net/frequecircncia-e-vibraccedilatildeo.html

http://www.aluzdoespiritismo.com.br/teste/artigos/ler.php?texto=110

3.2. Corrente Mediúnica

É o conjunto de forças magnéticas que se forma, em dado local, quando indivíduos de pensamentos e objetivo semelhantes se reúnem e vibram em comum. Quando um conjunto de médiuns, tal quais os elos de uma corrente de metal, se interligam e se complementam.

Quando ocorre a concentração mediúnica, automaticamente se forma uma corrente mental, entre o médium e o Espírito comunicante, denominada corrente mediúnica. É através da corrente mental que “ouvimos” os pensamentos dos Espíritos. É por ela que eles se aproximam e fazem as ligações necessárias para que ocorra o intercâmbio mediúnico.

A Doutrina Espírita nos esclarece que não basta a ocorrência de reuniões mediúnicas, nem Espíritos que se comuniquem com os encarnados. É fundamental que os trabalhos mediúnicos sejam pautados em clima de equilíbrio, sobretudo quando o comunicante não revela a harmonia desejada. A seriedade e a produtividade de uma reunião estão relacionadas com uma série de fatores, que podem ou não favorecer o intercâmbio mediúnico.

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As sessões espirituais são compostas por duas correntes, que trabalham em harmonia, buscando os mesmos objetivos.

À corrente que se estabelece num ritual no plano material, corresponde outra formada pelas entidades e, dessa união gera-se uma forte corrente espiritual, de onde todos podem beneficiar.

ANDRÉ LUIZ fala sobre a corrente no livro “missionários da luz” cap. 1, o psicógrafo.A corrente mediúnica é formada pela participação consciente dos membros da reunião, pois cada pessoa cria, ao seu redor, campos mentais eletromagnéticos favoráveis à atuação das entidades espirituais, que ao juntar-se com outras mentes que estão na mesma sintonia, forma uma corrente magnética/mediúnica.

O produto dessa corrente é ofertado às entidades espirituais benfeitoras para utilização nos atendimentos, na revitalização dos próprios médiuns e na manutenção de campos de proteção individuais e coletivos.

Na corrente, cria-se o contato entre as auras, unem-se os fluídos, harmonizam-se as vibrações individuais, os elos mentais ligam-se entre si e forma-se uma estrutura espiritual da qual cada pessoa é uma parte, uma parte viva, vibrante, operante.

Aura: É o halo luminoso (Psicosfera), dinâmico e multicolorido que envolve e interpenetra o corpo físico, refletindo, energeticamente, o mundo íntimo da consciência encarnada, seus pensamentos, sentimentos e experiências (http://andreluizpf.com.br/aura/).

Durante as reuniões mediúnicas, principalmente de atendimento espiritual a casos de obsessão, as entidades espirituais, juntamente com os médiuns, erguem uma barreira energética vibratória, para proteção, evitando a entrada de entidades indesejáveis. Apesar disso, algumas vezes, espíritos em desacordo com o objetivo da reunião conseguem penetrar. Isso acontece porque os campos de força (campos destinados à proteção) que isolam os trabalhos espirituais encontram seu combustível no próprio ambiente da reunião, nos médiuns e em suas características psicológicas.

Quando um integrante da corrente não está devidamente sintonizado com os objetivos da reunião, agindo isoladamente e estabelecendo alvos mentais diferentes daqueles programados para o bom andamento da reunião mediúnica, a corrente de pensamento se torna oscilante, podendo dessa forma, colocar em risco todo o atendimento que se pretende realizar, ou mesmo ser envolvido por fatores emocionais que o levem a se distrair dos objetivos traçados pela equipe espiritual.

Quando um ou mais integrantes estiverem dispersos ou desconectados com o objetivo da reunião ou desqualificados psíquica e emocionalmente para a atividade, as barreiras vibratórias de proteção da corrente serão menos eficazes, o que significa também, que nossos irmãos espirituais terão mais trabalho para manter a ordem, sustentação e proteção da corrente durante a reunião.

Algumas vezes espíritos benfeitores e guardiões deixam que ocorra invasão na corrente, que poderão até prejudicar os trabalhos da reunião, mas que servirá de fator educativo para que os membros da corrente estejam mais atentos e concentrados durante cada reunião espiritual.

Cada médium poderá contribuir mantendo-se concentrado e sintonizado com as vibrações elevadas e com o objetivo da reunião, não dispersando e nem estabelecendo pensamentos diferentes daqueles indicados pelas entidades espirituais, assim como trabalhar envolvido ao espírito de equipe, eliminando os comentários e as conversas e paralelas, pessoais, baseadas em fatores emocionais e não na orientação segura dos responsáveis pela reunião.

Cada médium deve entender que de maneira geral é deles que as entidades retiram os elementos-força, o combustível, os recursos psíquicos e ectoplasmáticos para a formação e vitalização da proteção individual e coletiva de uma reunião mediúnica.

Ectoplasma: O ectoplasma é substância amorfa, vaporosa, com tendência a solidificação pela evolução do fenômeno, tomando forma por influencia de um campo-organizador

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específico. Facilmente fotografado; de cor branco acinzentado; vai desde a névoa transparente à forma tangível; de aspecto semelhante aos tecidos vivos oferecendo sensação de viscosidade e frieza (http://www.espirito.org.br/portal/artigos/diversos/mediunidade/ectoplasma.html).

No livro Nos Domínios da Mediunidade, André Luiz descreve o ectoplasma como “uma pasta flexível, à maneira de uma geléia viscosa e semi-líquida”. Prossegue explicando que “está situado entre a matéria densa e a matéria perispirítica, assim como um produto de emanações da alma pelo filtro do corpo, e é recurso peculiar não somente ao homem, mas a todas as formas da Natureza”. (http://magnetizador.blogspot.com.br/2009/02/fluidos-ectoplasma.html)

Nesse contexto, cada membro funciona como emissores de forças nervosas e psíquicas, como transformadores e geradores vivos. Depende de cada elo da corrente a eficácia da proteção do ambiente espiritual onde trabalham.

Fonte de consulta: Apostila da FEB Mediunidade Estudo e Prática

3.3. Condição moral do médium

''Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que faz para dominar suas más inclinações'', afirmou Allan Kardec, o codificador do Espiritismo, elegendo a reforma moral como a bandeira dos seus seguidores. Isso fez com que a Doutrina Espírita se convertesse numa verdadeira oficina de aperfeiçoamento moral dos seres humanos.

A reforma íntima é um processo que se realiza lentamente pela aquisição de recursos espirituais, através da prática do amor fraterno, da prece, da meditação, da realização de boas obras.

Em geral, surge lentamente por um despertar de consciência da pessoa, que vai alargando o campo de entendimento do seu universo espiritual.

''Se o médium, quanto à execução é apenas um instrumento, no tocante à moral exerce grande influência nas comunicações. Porque o Espírito comunicante se identifica com o Espírito do médium, e para essa identificação é necessário haver simpatia entre eles, e se assim podemos dizer, afinidade.

A alma exerce sobre o Espírito comunicante uma espécie de atração ou de repulsão, segundo o grau de semelhança ou dessemelhança entre eles. Ora, os bons tem afinidade com os bons e os maus com os maus, de onde se segue que as qualidades morais do médium têm influência capital sobre a natureza dos Espíritos que se comunicam por seu intermédio.

“As qualidades que atraem os bons Espíritos são: a bondade, a benevolência, a simplicidade de coração, o amor ao próximo e o desprendimento das coisas materiais. Os defeitos que os afastam são: o orgulho, o egoísmo, a inveja, o ciúme, o ódio, a sensualidade e todas as paixões pelas quais o homem se apega à matéria'' - (L.M., cap. XX, item 227).

'' Todas as imperfeições morais são portas abertas aos Espíritos maus, mas a que eles exploram com mais habilidade é o orgulho, porque é essa que menos a gente se confessa a si mesmo. O orgulho tem posto a perder numerosos médiuns, dotados das mais belas faculdades, que, sem ele, seriam instrumentos excelentes e muito úteis. Tornando-se presa de Espíritos mentirosos, suas faculdades foram primeiramente pervertidas, depois aniquiladas, e diversos se viram humilhados pelas mais amargas decepções'' (L.M., cap. XX, item 228).

''Necessário lembrar ainda que o orgulho é quase sempre excitado no médium pelos que dele se servem. Possuem-se faculdades um pouco além do comum, é procurado e elogiado, julgando-se indispensável e logo afetando ares de importância e desdém, quando presta o seu concurso. Já tivemos que lamentar várias vezes, os elogios feitos a alguns médiuns, com a intenção de encorajá-los'' - (L.M., cap. XX, item 228).

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Qualidade dos bons médiuns''O que mais importa considerar é a natureza dos Espíritos que assistem o médium habitualmente, e para tanto o que mais nos deve interessar não são os nomes, mas a linguagem.

Jamais o médium deve esquecer-se de que a simpatia entre os Espíritos bons estará na razão dos esforços feitos para afastar os maus. Convicto de que sua faculdade é um dom que lhe foi concedido para o bem, não se prevalecerá dela de maneira alguma, nem se atribuirá mérito por possuí-la. Recebe como uma graça as boas comunicações, devendo esforçar-se por merecê-las através de sua bondade, de sua benevolência e da sua modéstia'' - (L.M., cap. XX, item 229).

Allan Kardec nos deixou preciosas e seguras instruções em O Livro dos Médiuns. Trata da questão com a clareza que lhe é peculiar e faz sérias advertências em seus escritos, na revista Espírita, sobre o assunto. No que concerne às avaliações das mensagens, diz o Codificador que nem sempre as boas intenções e a própria moralidade do médium bastam para evitar a intromissão dos Espíritos levianos, mentirosos e pseudo-sábios nas comunicações.

É necessário pesar tudo quanto dizem os Espíritos, passando-os pelo crivo da lógica e do bom senso, se não quisermos ser vítimas de Espíritos levianos, diz ele. A seguir, veremos as advertências do espírito Erasto a respeito das avaliações das mensagens mediúnicas.

"Mais vale rejeitar dez verdades, do que admitir uma única mentira, uma única teoria falsa". ''Deve-se eliminar sem piedade toda palavra ou frase equívocas, conservando no ditado somente o que a lógica aprova ou o que a Doutrina já ensinou''.

''Eis porque é necessário que os dirigentes de grupos sejam dotados de tato apurado e de rara sagacidade, para discernir as comunicações autênticas e ao mesmo tempo não ferir os que se deixam iludir''.

''Se, portanto, um médium, seja qual for, por sua conduta ou seus costumes, por seu orgulho, por sua falta de amor e de caridade, der um motivo legítimo de suspeição, rejeitai as vossas comunicações, porque há uma serpente oculta na relva''.

''Na dúvida abstém-te, diz um dos vossos antigos provérbios. Não admitais, pois, o que não for para vós de evidência inegável. Ao aparecer uma nova opinião, por menos que vos pareça duvidosa, passai-a pelo crivo da razão e da lógica. O que a razão e o bom-senso reprovam, rejeitai corajosamente''- (Erasto, questão 230).

Conclusão - Convém estudarmos com cautela redobrada qual tem sido nossa postura diante da mediunidade. A situação de heterogeneidade em que se encontram as práticas mediúnicas no país inteiro nos dá mostra da imensa responsabilidade que temos diante do quadro que aí está. A mediunidade para bem produzir no campo da edificação do Ser carece de médiuns dotados de boas faculdades, mas, sobretudo de bons valores morais que possibilitem o acesso dos bons Espíritos e menor possibilidade de ser enganado pelos maus. A primeira condição para se obter a boa vontade dos bons Espíritos é a que decorre da humildade, do devotamento e da abnegação, afirmou Allan Kardec.

Se o lado moral do médium tem grande influência na natureza das comunicações, faz-se mister a busca da melhoria íntima, através do exame cuidadoso de si mesmo, esforçando-se para dominar as más tendências, enfim, trabalhando pelo auto melhoramento de uma forma global. Dessa forma, pode-se dar sentido útil à mediunidade, contribuindo efetivamente e de maneira produtiva para a divulgação de uma Doutrina séria, isenta de fantasias e mitos, e que leva muitos a mudarem os rumos de suas vidas quando em contato com seus ensinamentos.

Fonte de consulta: http://www.espirito.org.br/portal/artigos/gebm/a-influencia-moral.html

3.3.1. Influência moral dos médiuns nas comunicações dos espíritos

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O desenvolvimento da faculdade mediúnica não guarda relação com a moralidade do médium. A faculdade, em si, [...] independe do moral. O mesmo, porém, não se dá com seu uso, que poder ser bom, ou mau, conforme as qualidades do médium.

A mediunidade é um dom que Deus nos concedeu como auxílio ao nosso progresso espiritual. Se há pessoas indignas que a possuem, é que disso precisam mais do que as outras, para se melhorarem.

Os médiuns que fazem uso inadequado das suas faculdades responderão por isto. Serão punidos duplamente, porque têm um meio a mais de se esclarecerem e o não aproveitam. Aquele que vê claro e tropeça é mais censurável do que o cego que cai no fosso.

Apesar de determinado médium não possuir, ainda, moral elevada, não significa que ele esteja impedido de transmitir mensagem de um Espírito Superior. Isto pode acontecer em, pelo menos, três situações:

a) Inexistência de um medianeiro que ofereça melhores condições para a transmissão da mensagem;

b) O Espírito comunicante pode ter a intenção de levar o médium a refletir sobre sua conduta moral e empenhar-se na corrigenda;

c) Necessidade do grupo no qual o médium atua.

No entanto, causam estranheza, não poucas vezes, as comunicações mediúnicas procedentes dos Espíritos nobres através de pessoas insensatas ou portadoras de conduta irregular. [...]

Todavia, com objetivos elevados, as entidades superiores, por falta às vezes de médiuns que sintonizem com os seus relevantes propósitos, utilizam-se daqueles que encontram, com dupla finalidade: adverti-los através de orientações seguras e auxiliar as pessoas confiantes ou necessitadas que lhes buscam o socorro.

Não se melhorando tais médiuns, mais agravam o seu estado espiritual, pois que não se podem justificar posteriormente [...], sob a primária alegação de que ignoravam a gravidade dos deveres de que se encontravam investidos.

Ademais, a mediunidade é neutra em si mesma, qual telefone que pode ser utilizado por pessoas boas ou más, de conduta elevada como reprochável, ricas ou necessitadas [...].

Malbaratar o precioso talento da mediunidade, deixando-a enxovalhar-se sob o uso com finalidades pueris e frívolas, indignas e vulgares, acarreta penosas aflições que impõem renascimentos dolorosos [...].

A incorreta utilização dos recursos mediúnicos entorpece os centros de registro [canais mediúnicos ou centros de força] e termina, quase sempre, por desarmonizar o psiquismo e a emoção, levando a patologias muito complexas.

Médiuns ciumentos, imorais, simoníacos (quem faz tráfico de coisas santas), exibicionistas, mentirosos e portadores de outras imperfeições morais pululam em toda parte, descuidados e levianos, acreditando-se ignorados pelas leis soberanas e supondo-se detentores de forças próprias, podendo-as utilizar a bel-prazer sem qualquer responsabilidade nem consequência moral.

Mesmo estes, vez que outra, são visitados pelos mentores espirituais compadecidos, que deles se acercam para auxiliá-los, intentando despertá-los para os deveres e os compromissos que lhes dizem respeito.

Se o médium, do ponto de vista da execução, não passa de um instrumento, exerce, todavia, influência muito grande, sob o aspecto moral. Pois que, para se comunicar, o Espírito

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desencarnado se identifica com o Espírito do médium, esta identificação não se pode verificar, senão havendo, entre um e outro, simpatia e, se assim é lícito dizer-se, afinidade.

Ora, os bons têm afinidade com os bons e os maus com os maus, donde se segue que as qualidades morais do médium exercem influência capital sobre a natureza dos Espíritos que por ele se comunicam.

Se o médium é vicioso, em torno dele se vêm grupar os Espíritos inferiores, sempre prontos a tomar o lugar aos bons Espíritos evocados.

As qualidades que, de preferência, atraem os bons Espíritos são: A bondade a benevolência, a simplicidade do coração, o amor ao próximo, o desprendimento das coisas materiais.

Os defeitos que os afastam são: o orgulho, o egoísmo, a inveja, o ciúme, o ódio, a cupidez, a sensualidade e todas as paixões que escravizam o homem à matéria.

Todas as imperfeições morais são outras tantas portas abertas ao acesso dos maus Espíritos. A que, porém, eles exploram com mais habilidade é o orgulho, porque é a que a criatura menos confessa a si mesma.

O orgulho tem perdido muitos médiuns dotados das mais belas faculdades e que, se não fora essa imperfeição, teriam podido tornar-se instrumentos notáveis e muito úteis, ao passo que, presas de Espíritos mentirosos, suas faculdades, depois de se haverem pervertido, aniquilaram-se e mais de um se viu humilhado por amaríssimas (amargas) decepções.

O orgulho, nos médiuns, traduz-se por sinais inequívocos, a cujo respeito tanto mais necessário é se insista quanto constitui uma das causas mais fortes de suspeição, no tocante à veracidade de suas comunicações.

Começa por uma confiança cega nessas mesmas comunicações e na infalibilidade do Espírito que lhes dá. Daí certo desdém por tudo o que não venha deles: é que julgam ter o privilégio da verdade.

O prestígio dos grandes nomes, com que se adornam os Espíritos tidos por seus protetores, os deslumbra e, como neles o amor próprio sofreria se houvessem de confessar que são ludibriados, repelem todo e qualquer conselho; evitam-nos mesmo afastando-se de seus amigos e de quem quer que lhes possa abrir os olhos.

Se condescendem em escutá-los, nenhum apreço lhes dão às opiniões, porquanto duvidar do Espírito que os assiste fora quase uma profanação. Aborrecem-se com a menor contradita, com uma simples observação crítica e vão às vezes ao ponto de tomar ódio às próprias pessoas que lhes têm prestado serviço. [...]

Devemos também convir em que, muitas vezes, o orgulho é despertado no médium pelos que o cercam. Se ele tem faculdades um pouco transcendentes, é procurado e gabado e entra a julgar-se indispensável. Logo toma ares de importância e desdém, quando presta a alguém o seu concurso.

Os médiuns levianos e pouco sérios atraem, pois, Espíritos da mesma natureza; por isso é que suas comunicações se mostram cheias de banalidades, frivolidades, ideias truncadas e, não raro, muito heterodoxas, espiritamente falando. Certamente, podem eles dizer, e às vezes dizem coisas aproveitáveis [...].

Espíritos hipócritas insinuam, com habilidade e preconcebida perfídia, fatos de pura invencionice, asserções mentirosas, a fim de iludir a boa-fé dos que lhes dispensam atenção.

Há ainda os médiuns que se ligam a Espíritos cínicos, cujas comunicações são de natureza obscena.

Fonte de consulta: Mediunidade, Estudo e Prática – FEB

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3.4. Cuidados com a Alimentação do Médium.

A questão da alimentação do médium, especialmente nos dias e nas horas que antecedem a prática mediúnica, tem sido regularmente referida pelos amigos espirituais.

A alimentação, nas horas que precedem a sessão mediúnica, deve ser leve. A digestão laboriosa consome grande parcela de energia e impede a função mais clara e mais ampla do pensamento, que exige leveza para exprimir-se.

Os alimentos interferem diretamente sobre a qualidade das energias que trazemos em nosso corpo/espírito. Sendo a mediunidade uma faculdade energética impressa em nosso perispírito, e sendo esta transferida para o corpo físico, é natural que o organismo do médium seja ainda mais sensível às energias dos alimentos.

Considerando ainda que o períspirito é um dos principais elementos de contato do espírito comunicante com o médium, é natural que qualquer elemento que interfira na sua vibração, tornando-a, por exemplo, mais lenta e mais densa, interferirá diretamente também na sua sensibilidade, dificultando a percepção e a sintonia do médium com as entidades espirituais, especialmente as mais elevadas, cujo padrão vibratório é mais intenso e sutil.

É por este motivo que o médium deve ter atenção especial à sua alimentação, evitando, especialmente nos dias de trabalho mediúnico, tudo aquilo que exija esforço do organismo para ser digerido e também aquilo que, com o tempo, ele perceba que não lhe faz bem ou prejudica o seu trabalho de intercâmbio energético.

Alguns alimentos, cuja experiência de vários médiuns indica como prejudiciais à sensibilidade mediúnica, por terem características energéticas mais densas ou excitantes e o ideal seria a abstenção total de seu uso no dia da reunião. Podemos mencionar: as carnes vermelhas, os grãos mais gordurosos (amendoim, amêndoas, nozes, etc.), café, chocolate, temperos excitantes, alguns chás (por serem estimulantes ou excitantes), e os doces (em excesso) que devem ser evitados, pelo menos nas 24hs que antecedem o trabalho mediúnico. Esses alimentos exigem que seu organismo gaste muita energia e despenderá muito tempo para fazê-lo.

O consumo de bebida alcoólica e o fumo são completamente impróprios ao componente da equipe, sobretudo no dia da sessão mediúnica. O ideal seria a abstenção total de seu uso no dia da reunião, uma vez que deixam verdadeiras toxinas e envenenam o organismo, dificultando também o trabalho mediúnico (não confundir com o fumo utilizado para trabalhos espirituais, pelas entidades quando incorporadas) além de gerarem odores desagradáveis aos demais médiuns e aos assistidos pela casa espírita, gerando questionamentos pela postura do médium.

Um organismo físico ocupado por uma atividade que demande energia, seja na forma de um exercício físico ou de um processo digestivo complexo, será como um canal obstruído por onde apenas um filete de fluido conseguirá passar. E isso se dará tanto no passe, cuja uma das funções é retirar os pesados fluidos dos assistidos que entopem os chacras ou centros de força, como nas demais atividades mediúnicas.

Ora, quando exercemos a prática mediúnica, via de regra, uma quantidade de energia é demandada do nosso organismo. Mesmo sabendo que energia de boa qualidade nos é cedida pelos bons espíritos nas atividades nobres, esse intercâmbio de energia pressupõe, para seu melhor desempenho, um organismo desimpedido de outros processos que demandem energia, como é o caso do processo digestivo pesado.

Assim sendo, quem é médium e trabalha como tal em benefício de seus semelhantes, deve cuidar de sua alimentação o dia todo, transformando a alimentação em hábito saudável, reduzindo ao máximo o consumo de carnes gordurosas e frituras, eliminando de sua dieta os temperos fortes e as bebidas alcoólicas, reduzindo o consumo de doces, bebendo sucos ao invés de refrigerantes, em suma, abandonando os excessos alimentares de qualquer natureza.

É preciso entender que os instrutores espirituais que orientam os aprendizes da mediunidade não

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exigem, nem interferem no sistema alimentar de ninguém e apenas aconselham como medida salutar e benéfica à evolução e ao aperfeiçoamento dos trabalhos mediúnicos, o preparo físico e moral.

O preparo físico, em que se inclui a abstenção de todo e qualquer desregramento e excesso, também reivindica a alimentação leve e de fácil digestão, pelo menos no dia marcado para as tarefas mediúnicas.

O preparo moral corre por conta da oração e da vigilância. Deve-se priorizar a alimentação fluídica do espírito, através de emanações afetivas e da prece, e o cuidado adicional com a alimentação potencializa ainda mais a capacidade do médium em colaborar com o trabalho.

“Permitido é ao homem alimentar-se de tudo o que lhe não prejudique a saúde”.  (extraída da resposta à questão 722 do Livro dos Espíritos).Os animais, nossos irmãos inferiores, encontram-se num estado inicial do seu nível de evolução espiritual.

Têm consciência total do que se passa à sua volta. Todos os sentimentos, desde o nascimento até seu desencarne, ficam registados nos seus perispíritos, e, toda a angústia e dor pela sua morte (na maior parte das vezes, feita com crueldade), e todos os sofrimentos infligidos ao longo das suas breves vidas, desde as más condições de higiene, aos maus tratos, até á privação de liberdade, ficam como que impressos na sua carne, na forma de fluidos ruins. São esses fluidos negativos, que o médium vai ingerir, no momento em que come a carne dos animais, em especial os de carne vermelha.

Será meritório abster-se o homem da alimentação animal, ou de outra qualquer, por expiação? (Livro dos Espíritos, questão 724)“Sim, se praticar essa privação em benefício dos outros. Aos olhos de Deus, porém, só há mortificação, havendo privação séria e útil. Por isso é que qualificamos de hipócritas os que apenas aparentemente se privam de alguma coisa.”

3.5. Preparo (mental e emocional, assiduidade) do Médium.

Na preparação para a reunião é preciso ter sempre em conta que "a mente permanece na base de todos os fenômenos mediúnicos" ("Nos Domínios da Mediunidade", capítulo 1).

Segundo Allan Kardec ("O L.M.", cap. XXIX, item 330), "toda pessoa que entra em uma reunião leva consigo Espíritos que lhe são simpáticos. Segundo seu número e sua natureza, estes acólitos (coroinhas da igreja católica) podem exercer sobre a assembleia e sobre as comunicações uma influência boa ou má. Uma reunião perfeita seria aquela cujos membros, todos animados de igual amor ao bem, trouxessem consigo apenas bons Espíritos".

A preparação para a reunião é, pois, indispensável e deve começar desde cedo, cultivando-se atitude mental digna desde o momento do despertar, seja orando ou acolhendo ideias de natureza superior e evitando, deliberadamente, rusgas e discussões ao longo do dia.

Após o trabalho profissional ou doméstico de cada dia, um momento de repouso físico e mental, nos instantes que precedem a sessão, será muito útil. Repouso do corpo e da mente, Ideações edificantes, Aspirações superiores, Abstenção de pensamentos impróprios, Distância de preocupações inferiores. Essa preparação pode incluir leitura moralizadora e salutar, seguida de prece e meditação no próprio lar, antes de o integrante da sessão mediúnica dirigir-se ao Centro espírita.

O estudo metódico do Livro dos Médiuns e das obras respeitáveis que tratem da mediunidade fará parte, não necessariamente no dia da sessão, da preparação do tarefeiro da atividade mediúnica. O estudo da Doutrina Espírita, bem como os estudos em geral, são providências que todos devemos acolher, porque o progresso depende também da construção das asas do conhecimento.

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O integrante de uma equipe mediúnica deve, pelo menos uma vez por semana, realizar o culto do Evangelho em sua própria casa. Como já assinalado por tantos autores espirituais, o culto evangélico no lar "equivale à lâmpada acesa para todos os imperativos do apoio e do esclarecimento espiritual" e a ele acorrem, além "dos companheiros desencarnados que estacionam no lar ou nas adjacências dele", os "irmãos já desenfaixados da veste física, principalmente os que remanescem das tarefas de enfermagem espiritual no grupo, que recolhem amparo e ensinamento, consolação e alívio, da conversação espírita e da prece em casa" ("Desobsessão", cap. 70).

A preparação para a atividade mediúnica não pode, também, ignorar a importância da assistência aos necessitados. Entidades sofredoras ou transviadas acompanham os componentes do grupo examinando-lhes os exemplos. A assistência aos necessitados, através do pão, do agasalho, do auxílio financeiro, do medicamento, do passe ou do ensinamento, em favor dos que atravessam provações mais difíceis que as nossas, não é somente um dever, mas também valioso curso de experiências e lições educativas para nós e para os outros. Os irmãos em revolta ou desespero não se transformam simplesmente à força de nossas palavras, mas, sobretudo, "ao toque moral de nossas ações, quando as nossas ações se patenteiam de acordo com os nossos ensinamentos".

Aparecem no cotidiano dificuldades e percalços que não podem constituir impedimento a que o integrante da equipe compareça à reunião mediúnica. André Luiz (Espírito) os enumera: a chuva, a visita inesperada de alguém que chega ao nosso lar sem aviso, ligeiros contratempos momentos antes do intercâmbio mediúnico, dificuldades de trânsito, festas de natureza familiar, comemorações de aniversário e eventos semelhantes que podem ser postergados sem prejuízo para as pessoas. Cabe, pois, ao componente da equipe superá-los.

André Luiz só ressalva, como impedimentos naturais: viagens inesperadas que não possam ser adiadas, moléstia grave em casa, enfermidade epidêmica, qual a gripe, no próprio participante, e os cuidados decorrentes da gravidez, bem como os relativos aos períodos menstruais. Surgindo o impedimento, é importante que a pessoa se comunique, a tempo, com o dirigente da reunião, para assegurar-se a harmonia do conjunto.

Na chegada dos companheiros ao recinto da reunião, a posição deve ser respeitosa, sem vozerio, tumulto, gritos ou gargalhadas. Devemos lembrar que nos aproximamos de enfermos reunidos, como acontece no ambiente de um hospital. A conversação antes da reunião, se ocorrer, deve buscar a edificação comum, a pacificação do recinto, evitando-se temas contrários à dignidade da tarefa prestes a iniciar, anedotas jocosas, críticas, queixas, considerações injuriosas a quem quer que seja, azedumes, apontamentos irônicos e os comentários escandalosos.

A pontualidade, assim como a assiduidade, é sempre um dever, mas na desobsessão, diz-nos André Luiz, "assume caráter solene". Devemos procurar remover, durante a semana, os empecilhos suscetíveis de ocorrer no dia e na hora prefixados para a reunião mediúnica. O mesmo autor lembra que o fracasso, na maioria das vezes, "é o produto infeliz dos retardatários e dos ausentes". A hora de início das tarefas deve ser observada com austeridade, entendido que o momento de encerramento é variável conforme as circunstâncias da reunião. A porta de entrada deve ser fechada 15 minutos antes do horário da prece inicial, tempo esse que será empregado na leitura preparatória.

Uma reunião de desobsessão assemelha-se muito a uma enfermaria, com recursos trazidos da Espiritualidade para tratamento das entidades conturbadas e infelizes que ali comparecem. Nesse sentido, não se compreende que a sessão seja aberta a curiosos. André Luiz comenta: "Coloquemo-nos no lugar dos desencarnados em desequilíbrio e entenderemos, de pronto, a importunidade da presença de qualquer pessoa estranha a obra assistencial dessa natureza".

Os integrantes de qualquer equipe de desobsessão, como deve acontecer com qualquer espírita, devem cumprir sempre suas obrigações de família e profissão, abstendo-se de qualquer atitude que possa induzi-los a cair em profissionalismo religioso. O médium deve, segundo Kardec, dar à

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causa espírita o tempo de seu lazer, mas não transformar sua faculdade em profissão nem daí tirar os recursos necessários à sua subsistência.

Cuidados depois das reuniõesA conversação depois da reunião deve cultivar bondade e otimismo, não devendo descambar para qualquer expressão negativa, como reprovações, críticas, motejos, sarcasmos dirigidos a médiuns ou desencarnados. Os comentários desairosos, que destacam as deficiências e as falhas, constituem prejuízo na obra do progresso e na consolidação do bem.

O estudo construtivo das comunicações recebidas na reunião é sugerido por André Luiz e diversos autores. Diz André Luiz: "É interessante que dirigente, assessores, médiuns psicofônicos e integrantes da equipe, finda a reunião, analisem, sempre que possível, as comunicações havidas, indicando-se para exame proveitoso os pontos vulneráveis dessa ou daquela transmissão".

Nesse exame, as observações devem ser fraternas e desapaixonadas e visarão alertar os médiuns quanto a senões que precisem evitar e os doutrinadores quanto às atitudes ou palavras inconvenientes que não devem repetir. Essa avaliação fará com que o grupo cresça em responsabilidade, conscientes todos de que não pode haver lugar para melindres e suscetibilidades numa equipe séria e sincera.

A saída dos companheiros observará a mesma discrição verificada na sua chegada ao recinto, evitando-se gritos, gargalhadas, referências maliciosas e anedotas picantes. Lembremos que muitas vezes estamos sendo seguidos e observados por enfermos desencarnados que, pouco antes, nos ouviram com interesse as exortações e conselhos.

De volta ao lar, todos da equipe devem manter silêncio sobre os fenômenos e as revelações havidas na reunião mediúnica.

Fonte de consulta: www.oconsolador.com.br/linkfixo/estudosespiritas

Essa questão relativa à participação dos humanos na operação de socorro aos desencarnados em desequilíbrio e aflição também foi questionada por André Luiz, no início de suas atividades no mundo espiritual, naquele seu estágio de aprendizado. Em resposta à pergunta que formulou sobre o assunto, assim respondeu Aniceto, seu instrutor espiritual, no livro Os Mensageiros:

"O serviço de socorro é mais eficiente ao contato das forças magnéticas dos encarnados (...) eles consolam-se com o auxílio dos Benfeitores, mas o calor humano está cheio de um magnetismo de teor mais significativo, para eles. Por isto, o trabalho de cooperação em casas dessa espécie (refere-se à casa espírita) oferece proporções que você, por agora, não conseguiria imaginar".

A reunião mediúnica não é um trabalho unilateralPelo exposto no item precedente, podemos compreender que uma reunião mediúnica não é um trabalho unilateral, ao contrário, significa a participação conjugada dos encarnados é dos Benfeitores espirituais.

O rendimento da reunião, portanto, depende do trabalho, tanto de um como do outro. Não podemos jogar toda a responsabilidade apenas para a equipe espiritual, mas, sobretudo, para o labor de nossos companheiros encarnados.

Infelizmente, ainda se observa nas atividades espíritas os reflexos dos condicionamentos herdados das religiões tradicionais onde estagiamos nesta ou em outras encarnações, à espera que tudo seja executado e providenciado pelos "guias", assim como fazem os católicos, que esperam tudo dos seus santos.

Na realidade, segundo informações dos Espíritos, nas atividades espirituais, entram em jogo três tipos de energias: a dos Benfeitores espirituais, a do elemento encarnado (os participantes da reunião) e aquelas tomadas da natureza.

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Para o bom desempenho da reunião, não há problemas quanto às energias da equipe espiritual (fluidos superiores e sutis) e da Natureza, por serem apenas energéticos, (neutros de propriedade malsãs). A 2ª energia, isto é, dos encarnados, é que tem sido responsável, muitas vezes, por resultados medíocres ou limitados ocorridos nas reuniões.

Ora, são muitas as obras que nos informam que a equipe espiritual recolhe as energias mentais e vitais dos humanos, casando-as com os fluidos da Espiritualidade, formando precioso armazém de benefícios para os infelizes necessitados.

Também com raios e energias emitidas pelos participantes da reunião, os Benfeitores formam certas imagens ou quadros fluídicos.

No capítulo I, do livro Missionários da Luz, o autor espiritual descreve um quadro interessante. Agrupados ao redor da mesa, os participantes se concentravam elevadamente, com pureza de sentimentos. Cada criatura encarnada emitia raios luminosos que se misturavam, constituindo uma corrente de força em círculo, a uma distancia aproximada de 60 cm acima de suas cabeças.

A essas energias dos encarnados, misturavam-se os fluidos vigorosos da equipe espiritual, formando precioso armazém de benefícios para os infelizes que seriam atendidos.

De momento a momento, aquela corrente de força, qual fonte miraculosa, despejava suas energias, beneficiando todos os presentes.

Mais adiante, no capítulo 17,da mesma obra, André Luiz registra que: “os trabalhadores do plano espiritual recolhiam dos encarnados presentes, não só forças mentais oriundas de sua concentração, bem como as energias vitais que fluíam de seus organismos.

Com esse material, eles adensavam o períspirito dos Benfeitores para que se tornassem visíveis aos infelizes ali presentes. Também era usado para formar provisoriamente certas imagens ou quadros indispensáveis ao reavivamento da emotividade e da confiança nas almas infelizes.

Certos aparelhos fluídicos utilizados pelos trabalhadores da Espiritualidade, como o condensador ectoplásmico concentram em si raios de força projetados pelos componentes da reunião. Por isso, o mentor Aulus nos esclarece, no livro Nos Domínios da Mediunidade, capítulo 7, que a equipe espiritual planeja a obra, depois de examinar a psicosfera da equipe dos trabalhadores encarnados, analisando as radiações que os seus componentes projetam. Isso quer dizer que quanto mais sadias forem as radiações mentais e vitais dos componentes da atividade mediúnica, mais amplos serão os recursos para que a reunião apresente melhores resultados.

Em alguns casos, mesmo já estando planejado o trabalho, o comparecimento do tarefeiro em condições fluídicas comprometidas, obrigam os Benfeitores espirituais a fazerem modificações no planejamento previamente elaborado.

Apenas para ilustrar um caso deveras impressionante, reportamo-nos ao relato de André Luiz, no capítulo I, sua obra “Missionários da Luz”. Na programação original, constavam 6 (seis) Entidades selecionadas e prováveis para se comunicarem nos trabalhos mediúnicos da noite, mas apenas compareceu um médium em condições de atender.

Por isso, Alexandre, o dirigente espiritual da reunião, esclareceu a André Luiz que nem todos conseguem o intuito a mesma hora. "Alguns são obrigados a esperar semanas, meses, anos..." Acrescentou, a seguir, que, devido à displicência dos médiuns, o trabalho seria restrito... "O grupo de aprendizes e obreiros terrestres somente receberá o que se relaciona com o interesse coletivo".

Pelo exposto, podemos entender que o tarefeiro de atividade mediúnica deve comparecer à reunião, mental e fluidicamente preparado, em situação de externar energias em condições adequadas, colaborando dignamente com os Benfeitores espirituais, ou seja, ser uma solução e não um problema. Daí podermos assegurar que há um trabalho muito importante antes da atividade mediúnica propriamente dita

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Fonte de consulta: www.irmarosa.org.br/files/28_UMEN_ReuniaoMediunica.pdf

3.6. Mediunidade com Jesus

Em quaisquer setores de atividade humana, é natural cultivemos, nas reentrâncias do coração, o anseio de melhoria e aperfeiçoamento.

A Humanidade, procurando destruir os grilhões que ainda a vinculam à Era da Matéria, na qual predominam os sentimentos inferiorizados, apresenta dolorosos sintomas de decomposição, à maneira de um corpo que se esvai, lentamente, a fim de, pelo mistério do renascimento, dar vida a outro ser mais perfeito e formoso.

O médium, como criatura que realiza, também, de modo penoso, a sua marcha redentora, aspirando a melhorar-se e atingir a vanguarda ascensional, ressente-Se, naturalmente, no exercício de sua faculdade, seja ela qual for, deste estado de coisas, revelador da ausência do Evangelho no coração humano.

Os problemas materiais, os instintos ainda falando, bem alto, na intimidade do próprio coração, a inclinação ao personalismo e à vaidade, à prepotência e ao amor próprio, enfim, a condição ainda deficitária de sua individualidade espiritual, concorre para que o “Mais Alto” encontre, nesta altura dos tempos, forte obstáculo à livre, plena e espontânea manifestação.

Justo e mesmo necessário será, portanto, que o médium guarde, igualmente, no coração, o desejo de, pelo estudo e pelo trabalho, pelo amor e pela meditação, sobrepor-se ao meio ambiente e escalar, com firmeza e decisão, os degraus da evolução consciente e definitiva, convertendo-se, assim, com redução do tempo, em espiritualizado instrumento das vozes do Senhor.

Esclarecem os instrutores espirituais que é “a mente a base de todos os fenômenos mediúnicos”.

Assimilando, a natureza dos nossos pensamentos, o tipo das nossas aspirações e o nosso sistema de vida, a se expressarem através de atos e palavras, pensamentos e atitudes, determinarão, sem dúvida, a qualidade dos Espíritos que, pela lei das afinidades, serão compelidos a sintonizarem conosco nas tarefas cotidianas e, especialmente, nas práticas mediúnicas.

Não podemos por enquanto, é verdade, desejar uma comunidade realmente cristã, onde todos se entendam e pensem no bem, pelo bem vivam e pelo bem realizem.

Seria, extemporaneamente, a Era do Espírito, realização que pertencerá aos milênios futuros, quando tivermos a presença do Cristo de Deus no próprio coração, convertido em Templo Divino, em condições, por conseguinte, de repetirmos, leal e sinceramente, com o grande bandeirante do Evangelho: “Já não sou eu quem vive, mas Cristo que vive em mim.”.

Todavia, se é impossível, por agora, a cristianização coletiva da Humanidade do nosso pequenino orbe, Jesus continua falando ao nosso coração, em silêncio, desde o suave episódio da Manjedoura, quando acendeu, nas palhas do estábulo de Belém, a luz da humana redenção.

Cada um de nós terá de construir a própria edificação.

Esta transição inevitável, da Era da Matéria para a Era do Espírito, pode começar a ser efetivada, humildemente, silenciosamente, perseverantemente, no mundo interior de cada criatura.

Comecemos, desde já, o processo de autotransformação. Este processo de renovação se verificará, indubitavelmente, na base da troca ou substituição de sentimentos.

Modifiquemos os hábitos, aprimoremos os sentimentos, melhoremos o vocabulário, purifiquemos os olhos, exerçamos a fraternidade, amemos e sirvamos, estudemos e aprendamos incessantemente.

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Temos que deixar os milenários hábitos que nos cristalizaram os corações como abandonamos a roupa velha ou o calçado imprestável, que não mais satisfazem os imperativos da decência e da higiene.

Vamos sair de uma para outra fase da evolução planetária, impondo-se, portanto, a renovação dos sentimentos. Numa figura mais simples: a substituição do que é ruim, pelo que é bom, do que é negativo, pelo que é positivo, do que degrada, pelo que diviniza.

Antigamente, em época mais recuada, homens e grupos se caracterizavam, total e expressamente, pela ignorância de assuntos espirituais e materiais, pela opressão (material e espiritual) uns sobre os outros, o mais forte sobre o mais fraco e, finalmente, pela absoluta predominância dos instintos.

Oprimia-se moral, econômica e espiritualmente. Sacrificava-se, inclusive, o irmão, em nome do Divino Poder.

O primado da Matéria abrangia todas as formas de vida.

Na fase de transição em que vivemos, tendemos, sem dúvida, para a espiritualização.

Substituiremos as velhas fórmulas da ignorância, da opressão política ou religiosa, moral ou econômica, pelas elevadas noções de fraternidade do Cristianismo.

Os instintos inferiorizados cederão lugar, vencidos e humilhados, aos eternos valores do Espírito Imortal.

Como decorrência natural de tais substituições, a mediunidade igualmente sublimar-se-á.

Elevar-se-ão as práticas mediúnicas, porque Espíritos Sublimados sintonizarão com os medianeiros, em definitivo e maravilhoso Pentecostes de Amor e Sabedoria, exaltando a Paz e a Luz.

Quando o conhecimento dos problemas humanos, em seu duplo aspecto (material e espiritual), tornar-se uma realidade em nosso coração, a fenomenologia mediúnica se enriquecerá de novas e incomparáveis expressões de nobreza.

Quando a Fraternidade que ajuda e socorre, que perdoa e consola, substituir a Opressão, que sufoca e constrange, os médiuns serão, na paisagem terrestre legítimos transformadores de luz espiritual.

O homem será irmão de seu irmão, sua vida será sublime apostolado de ternura e cooperação e o seu verbo a mais encantadora e harmoniosa sinfonia.

Quando nos moralizarmos e nos tornarmos realmente altruístas (solidários), superando a animalidade primitivista e a ambição desmedida, nos converteremos em pontes luminosas, através das quais o Céu se ligará a Terra.

Se desejarmos sublimar as nossas faculdades mediúnicas, temos que nos educar, transformando o coração em Altar de Fraternidade, onde se abriguem todos os necessitados do caminho.

A Era da Matéria exige-nos conquistas exteriores, ganhos fáceis, prazeres e futilidades, considerações e honrarias. É o imediatismo, convocando-nos à preguiça e à estagnação, ao abismo e ao sofrimento.

A Era do Espírito pede-nos a conquista de nós mesmos, luta incessante, trabalho e responsabilidades. É o futuro, acenando-nos com as suas mãos de luz para a realização de nossos alevantados destinos.

O médium que, intrinsecamente, vive os fatores negativos da Era da Matéria, é operário negligente, cuja ferramenta se enferrujará, será destruída pelas traças ou roubada pelos ladrões, consoante a advertência do Evangelho. Será, apenas, simples produtor de fenômeno.

O médium, entretanto, que vigia a própria vida, disciplina as emoções, cultiva as virtudes cristãs e

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oferece ao Senhor, multiplicados, os talentos que por empréstimo lhe foram confiados, estará, no silêncio de suas dores e de seus sacrifícios, preparando o seu caminho de elevação para o Céu. Estará, sem dúvida, exercendo a “mediunidade com Jesus”...http://www.cavile.com.br/wp-content/uploads/2015/02/Estudando-a-Mediunidade-Martins-Peralva.pdf

Para Reflexão: O que é mediunidade?

É uma faculdade psíquica como um instrumento de reajuste, facilitando o intercâmbio entre o mundo físico e o espiritual. Quando trabalhada com equilíbrio apressa nossa evolução.

O médium é um ser privilegiado?

Não, todas as pessoas são médiuns, mas a mediunidade de tarefa é uma oportunidade de evoluirmos, pois somos espíritos renitentes no erro.

O que é mediunidade com Jesus?

É o serviço aos semelhantes em equilíbrio com Leis de Deus;

É a Divina inspiração do Cristo dinamizada para nos reerguermos da condição de inferioridade como espíritos devedores que somos;

É o respeito aos semelhantes renovando-nos constantemente através do Evangelho.

Quando somos médiuns?

Em todos os momentos da nossa vida. A ação é livre, mas existe a reação. Portanto, para exercer a mediunidade com Jesus é necessário vigilância dos pensamentos, palavras e ações.

Quais os empecilhos para exercermos a mediunidade com Jesus?

Vaidade, Egoísmo, Melindre, Ganância, Vícios e Imoralidades.

Quais as características principais de um médium evangelizado?

Equilíbrio, Conduta moral, Concentração, Responsabilidade, Disciplina, Humildade, Ética, Oração, Vigilância, Amor, prática da caridade.

Na prática da mediunidade o que é, segundo o Espiritismo, o mais importante?

É o trabalho na caridade, pois através dele conquistamos mérito capaz de diminuir os débitos que trazemos de outras existências.

Segundo Divaldo Franco em seu livro “Em Nome do Amor”, a caridade não é somente o trabalho no Centro Espírita, na visita aos enfermos e necessitados, mas também a educação no trabalho diário e no lar, pois lá é onde encontramos as maiores oportunidades de regastes.

Quais condutas são necessárias para o médium trabalhar com equilíbrio?

Alimentação regrada; Evitar álcool e fumo; Oração; Conduta Moral; Vestimenta; adequada; Higiene; Reforma Íntima.

SER MÉDIUM COM JESUS É DOAR DE SÍ MESMO EM NOME DO MESTRE. Antes de cogitarmos se somos amados, busquemos amar conforme Jesus nos ensinou.

“Amai-vos uns aos outros, tal qual EU vos amei”.

“O milagre não é fazermos o trabalho de caridade, mas sermos felizes fazendo-o”.

“Se você julga as pessoas, não tem tempo de amá-las.”

“Nesta vida não podemos realizar grandes coisas. Podemos apenas fazer pequenas coisas

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com um grande amor.” Madre Tereza de Calcutá

“Mediunidade com Jesus é, acima de tudo, serviço aos semelhantes. ”(Batuíra, Mais Luz, 6.ed., p. 54).

“A mediunidade com Jesus liberta, edifica e promove moralmente o homem.” (Manoel P.de Miranda, Seara do Bem, 1. ed., p. 56).“

“Mediunidade com Jesus é a porta de intercâmbio com o mundo espiritual, trazendo à Humanidade sofredora a chuva de bênçãos que os benfeitores proporcionam aos seus tutelados.” (Bezerra de Menezes, Garimpeiros no Além, 2. ed., p. 116).

Fonte de consulta: http://www.oam.org.br/arquivos/cursos/2015-1s-modulo-1-terca/Modulo1-Aula09-Mediunidade-com-Jesus.pdf

Resumindo:

O que é mediunidade com Jesus? É colocar em prática a lei de amor. É vivência da caridade. É serviço aos semelhantes. É aprender a servir

Rende culto ao dever: Não há fé construtiva onde falta respeito ao cumprimento das próprias obrigações.

Trabalha espontaneamente: A mediunidade é um arado divino que o óxido da preguiça enferruja e destrói.

Igualdade perante deus: Não te creias maior ou menor. Como as árvores frutíferas, espalhadas no solo, cada talento mediúnico tem a sua utilidade e a sua expressão.

Não esperes recompensas no mundo: As dádivas do Senhor, como sejam os fulgores das estrelas e a carícia da fonte, o lume da prece e a benção da coragem, não têm preço na Terra.

Não centralizes a ação: Todos os companheiros são chamados a cooperar, no conjunto das boas obras, a fim de que se elejam á posição de escolhidos para tarefas mais altas.

Mateus, cap. 18, versículo 20 “Pois onde dois ou três reunidos em meu nome, ali estou eu no meio deles”.

Não te encarceres na dúvida: Todo bem, muito antes de externar-se por intermédio desse ou daquele intérprete da verdade, procede, originariamente de Deus.

Marcos, cap. 4, versículo 40 “Por que tendes medo?! Ainda não tendes fé?”

Estuda sempre: A luz do conhecimento armar-te-á o espírito contra as armadilhas da ignorância.

Lucas, cap. 8, versículo 10 “A vós foi dado conhecer os mistérios do Reino de Deus; aos outros, porém, em parábolas, a fim de que, vejam sem ver e ouçam sem entender”.

Combate às imperfeições - não te irrites: Cultiva a caridade e a brandura, a compreensão e a tolerância, porque os mensageiros do amor encontram dificuldade enorme para se exprimirem com segurança através de um coração conservado em vinagre.

Mateus, cap. 5, versículo 3 “Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o Reino dos céus”.

Perdoar as ofensas - Desculpa incessantemente: O ácido da crítica não te piora a realidade, a praga do elogio não te altera o modo justo de ser, e, ainda mesmo que te categorizem a conta de mistificador ou embusteiro, esquece a ofensa com que te espanquem o rosto, e, guardando o

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tesouro da consciência limpa, segue adiante, na certeza de que cada criatura percebe a vida do ponto de vista em que se coloca.

Mateus, cap. 18, versículo 21-22 “Senhor, até quantas vezes pecará meu irmão contra mim, e eu lhe perdoarei? Até sete? Jesus lhe disse: Não te digo que até sete, mas até setenta vezes sete”.

Coragem moral - Não temas perseguidores: Lembra-te da humildade do Cristo e recorda que, ainda Ele, anjo em forma de homem, estava cercado de adversários gratuitos e de verdugos cruéis, quando escreveu na cruz, com suor e lágrimas, o divino poema da eterna ressurreição.

Mateus, cap.14, versículo 27 “Tende confiança, sou eu, não tenhais medo”.

Fonte de consulta: http://www.ocentroespirita.com/centroespirita/download/mediunidade-aula3.pdf

Site para consulta e detalhamento: http://www.oconsolador.com.br/20/esde.html

Vídeos com aulas sobre mediunidade com jesus:

http://espiritizar.org/videoaulasinterna/17/a-pratica-da-mediunidade-com-jesus

3.7. Disciplina, responsabilidade e assiduidade.

Grupo Mediúnico:Entendemos por grupo mediúnico a associação de pessoas que têm conhecimento da Doutrina Espírita e que pretendem dedicar-se ao estudo da fenomenologia medianímica e, simultaneamente, praticar a excelente lição do próprio Espiritismo, que é a caridade. (Diretrizes de Segurança, cap. II, pergunta 30).

Sendo a reunião um ser coletivo, como afirma Kardec, entende-se que os membros da equipe têm responsabilidades e funções gerais e específicas, das quais todos precisam estar cientes para garantirem o êxito da tarefa.

Equipe EspiritualEsta equipe, formada por grande número de trabalhadores, submete-se à direção de um Mentor ou Instrutor Espiritual, o qual responde por todas as atividades programadas pelos dois grupos (encarnados e desencarnados), sendo que o programa estabelecido pela equipe do plano físico depende, para sua execução, da aquiescência e da permissão do Mentor espiritual. (Obsessão / Desobsessão, cap. 4, terceira parte).

A responsabilidade básica pelos trabalhos mediúnicos é do Plano Espiritual e por isso o verdadeiro esquema a ser seguido aí se delineia.

Não há educação mediúnica sem crescimento moral, conquista que atrairá os Bons Espíritos, fortalecerá os laços com o Anjo Guardião enquanto reforça o nível energético do períspirito e melhora a organização mental de tal modo que o banco de dados das ideias arquivadas esteja prontamente disponível (Vivência Mediúnica, Projeto Manoel Philomeno de Miranda).

Atribuições dos integrantes: Conduta moral e sadia: é imprescindível que as emanações psíquicas equilibradas,

elevadas, possam constituir plasma de sustentação daqueles que, em intercâmbio, necessitam dos valiosos recursos de vitalização para o êxito do tentame;

Conhecimento doutrinário;

Equilíbrio interior dos médiuns e doutrinadores;

Confiança, disposição física e moral;

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Médiuns capacitados e disciplinados;

Pontualidade e perseverança;

Manoel Philomeno de Miranda – Grilhões Partidos

Os Espíritos desarmonizadores sabem tirar partido de tais situações, pois é a sua especialidade. Muitos deles não têm feito outra coisa, infelizmente para eles próprios, ao longo dos séculos, senão isto: atirar as criaturas umas contra as outras, dividindo para conquistar [...] Hermínio de Miranda – Diálogo com as sombras, cap. II, item 1.

Observar “rigorosamente o horário das sessões, com atenção e assiduidade, [...] “– Conduta Espírita, cap. 3

Sigilo em relação ao conteúdo da comunicação mediúnica,

Auto aperfeiçoamento e nas ações de melhoria do semelhante

Cultivar a fé e amor em Deus, em Jesus e nos seus mensageiros

Seguir as orientações de organização e funcionamento da reunião mediúnica, definidas pela Doutrina Espírita;

Respeitar o momento do diálogo com os Espíritos, auxiliando mentalmente com os recursos do bom pensamento, da prece, da emoção equilibrada e da doação fluídica.

Oração, a sós, ou em reuniões familiares de estudo do Evangelho, como recursos de assistência dos benfeitores espirituais, fora da reunião mediúnica.

Fonte de consulta: http://pt.slideshare.net/jesussalveoshumildes/ofrme-atual/6

No dicionário da língua portuguesa a expressão “livre-arbítrio” é definida como a capacidade individual de autodeterminação, isto é, de decidir por si próprio. Desse conceito decorre a “responsabilidade”, que nada mais é do que a obrigação de responder pelos próprios atos. Essas afirmações nos chamam a atenção, já que podemos reconhecer o cristão pelas suas obras, assim como identificamos uma árvore pela qualidade dos frutos que dá.

http://www.espiritismoparatodos.com/2008/01/livre-arbtrio-e-responsabilidade.html

Recapitulamos aqui as noções de responsabilidade que devem nortear o médium para o bom exercício de suas faculdades psíquicas. Em nossos estudos, até aqui, temos analisado a importância de aspectos como o estudo, a meditação, o compromisso e a vivência evangélica, como fatores decorrentes da conscientização de nosso papel de instrumentos da Espiritualidade.

Tudo isso nos remete à necessidade de se estabelecer uma disciplina no sentido de fortalecermos a responsabilidade frente aos serviços mediúnicos que abraçamos sobretudo em nossas atividades rotineiras fora da Casa Espírita.

Como sabemos, somos médiuns 24 horas ao dia e, como tal, é imperioso desenvolvermos e acalentarmos princípios éticos que nos vão conduzir à prática da mediunidade com Jesus.

Não basta apenas sermos capazes de produzir fenômenos – é preciso ser cada vez melhores instrumentos a serviço dos Espíritos Superiores. No prefácio do livro “Nos domínios da mediunidade”, o guia espiritual Emmanuel fala sobre a necessidade de asilarmos o Cristo no coração e na consciência, sob pena de ficarmos desorientados ao toque dos fenômenos. Segundo ele, “sem noção de responsabilidade, sem devoção à prática do bem, sem amor ao estudo e sem esforço perseverante em nosso próprio “burilamento” moral, é impraticável a peregrinação libertadora para os Cimos da Vida”. Se nossa real intenção é a de sermos bons médiuns, importa entendermos com clareza as noções de responsabilidade e disciplina.

Longe de divisar, para o medianeiro, falsas ideias de missões de avultada transcendência –

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somos, ainda, médiuns de prova, certo? A responsabilidade de que falamos deve fazer reconhecermo-nos humildes portadores de tarefas comuns, conquanto graves e importantes como as de qualquer outra pessoa. Isto é o que nos diz André Luiz, em “Conduta espírita”, acrescentando que “o seareiro do Cristo é sempre servo, e servo do amor”.

Nesse aspecto, é de grande relevância a necessidade de auto evangelização: sem a vivência evangélica, aprendendo e praticando as lições de doação abnegada deixadas por Jesus, nossa atuação medianímica será como a de uma máquina que ao primeiro sinal de esgotamento será substituída.

Tratamos como seres tão carentes como nós mesmos – na verdade, somos até mais necessitados, uma vez que os Espíritos sofredores que ajudamos a atender vêm nos auxiliar em nosso trabalho de aperfeiçoamento, a dizer-nos com seus exemplos que é preciso transformarmo-nos para melhor.

Temos, pois, necessidades a considerar e a primeira delas, conforme Emmanuel, em “O Consolador”, é a de evangelizarmo-nos a nós mesmos antes de nos entregarmos às grandes tarefas doutrinárias, quais as reuniões mediúnicas. Porque de outro modo, pondera o nobre Espírito, poderemos nos esbarrar sempre com o fantasma do personalismo, em detrimento de nossa missão.

No capítulo XVI de “O livro dos médiuns”, Allan Kardec, devidamente assessorado pelos Espíritos Superiores, tece considerações acerca dos bons médiuns, classificando-os como sérios, modestos, devotados e seguros. Assim como podemos encontrar todas essas características em um só medianeiro, é possível também só observarmos algumas delas, em se tratando daqueles militantes nas hostes espíritas.

O Codificador, porém, traça aqueles caracteres hierarquicamente, ponto o aspecto da seriedade no início da escala. Para Kardec, os médiuns sérios, pois, são “os que não se servem de sua faculdade senão para o bem e para as coisas verdadeiramente úteis; creem profana-la fazendo-a servir à satisfação de curiosos e de indiferentes, ou para futilidades”.

Entendemos que alguém nessas condições estará apto à modéstia, à devoção à causa abraçada e principalmente à segurança no exercício de suas faculdades medianímicas. De modo que “além da facilidade de execução”, pondera o Codificador, “merecem plena confiança, por seu próprio caráter, a natureza elevada dos Espíritos que os assistem, e que são menos expostos a serem enganados”.

Assim, convém estarmos atentos ao trabalho disciplinado e responsável, conscientes de que, como nos alertam os Emissários do Cristo em O Livro dos Espíritos, “não fazer o bem já é fazer o mal”.

Fonte de consulta: http://almaespirita.blogspot.com.br/2013/03/disciplina-e-responsabilidade-na.html

Todo trabalho mediúnico deve ser pautado pela disciplina dos trabalhadores com relação à assiduidade e ao comprometimento com a tarefa abraçada. Quais seriam os melhores procedimentos a serem adotados no caso de trabalhadores que faltam com alguma frequência?

Todo trabalho da casa espírita deveria ser pautado em normas que norteassem uma disciplina, o que facilitaria sobremaneira a tarefa de todos os integrantes da equipe

Entretanto, existe no movimento uma estranha aversão à disciplina devido à mentalidade de que no centro espírita tudo pode ser feito por todo mundo, bastando para isso que tenham boa vontade, mesmo que não se tenha preparo ou maturidade para a tarefa.

Dizem que fazer o contrário é falta de caridade. Este procedimento tem trazido imensos prejuízos para o crescimento das casas espíritas como um todo.

A tarefa mediúnica deve mais que qualquer outra, obedecer a critérios de admissão que são os

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mecanismos de segurança de que fala Allan Kardec, em o Livro dos Médiuns, capítulo XXIX, quando trata das questões das reuniões e sociedades.

Trabalhadores que faltam a um trabalho dessa natureza devem ser avaliados para analisar as razões pelas quais estão faltando.

Caso sejam problemas temporários, que possam ser resolvidos em breve tempo deve ser afastado da atividade até que se organize de forma a cumprir com dedicação e afinco sua responsabilidade e quando resolverem, poderão retornar para suas atividades.

Se forem razões que não atendam a uma justificativa aceitável, ou seja, cada dia é por um motivo, sem uma razão específica, demonstra que esse trabalhador ainda não compreendeu a gravidade da tarefa com a qual se comprometeu. Geralmente são pessoas que acham estar fazendo uma grande caridade e que a casa espírita necessita dela, quando é o contrário e devem ser afastadas da atividade de intercâmbio espiritual, pois causam mais prejuízos para o equilíbrio vibratório das reuniões que qualquer outra coisa.

http://geal-ba.blogspot.com.br/2007/06/desenvolvimento-medinico-fonte.html

3.8. Iluminação do ambiente

Passes não devem ser realmente dados sob sol forte ou iluminação forte. A ciência já comprovou a ação da iluminação sob a glândula pineal, no sentido de reduzir a sua atividade. Sendo a glândula pineal uma parte importante do processo mediúnico então é de boa lógica realizar trabalhos mediúnicos em situações favoráveis.

A luz vermelha atua como principio homeopático na recomendação de André Luiz e representa o veneno que cura em doses homeopáticas ao induzir a chamada "reação homeopática" e que parece um aumento da disfunção, mas que é na verdade uma reação de cura. Assim, a luz vermelha em trabalhos de desobsessão, de intensidade fraca, faz com que os pacientes espirituais se sintam mais "a vontade" e se mostrem como são - o que permite sua doutrinação. Ensina-nos Kardec que o mais difícil é o dialogo com entidades que dissimulam suas intenções. A luz vermelha fraca torna mais difícil a dissimulação para aqueles que vibram em seu potencial.

Em trabalhos de cura, recomenda André Luiz à luz azul e em trabalhos de estudo ou de refazimento a luz verde clara.

http://www.espirito.org.br/portal/artigos/geae/luz-vermelha-2.html

Na obra "Diálogo com as sombras", no citado capítulo I, Hermínio Miranda faz algumas recomendações que devem ser observadas na constituição de um grupo mediúnico. Na parte referente ao local onde serão realizadas as reuniões, o autor recomenda que seja mantida "uma pequena luz indireta, preferentemente de cor, pois a luz branca é prejudicial a certos fenômenos mediúnicos", sugerindo luz de cor vermelha. Tal recomendação, no entanto, não diz respeito à interferência da luminosidade na manifestação dos espíritos, pois esta pode se dar tanto durante o dia como à noite, uma vez que os espíritos podem se manifestar a qualquer hora.

Os Espíritos irão utilizar o ectoplasma para a realização de fenômenos. Trata-se de uma substância que todos possuem e que o médium tem a condição de liberar em maior quantidade. Ela detém o poder de atuar tanto no campo material como no âmbito espiritual. O ectoplasma é muito sensível à luz e para ser manipulado necessita da escuridão.

Todavia, a recomendação tem procedência, pois a produção de determinados fenômenos, como fundamentado pelo autor, pode ser prejudicada pela incidência de luz branca, seja ela natural ou artificial. Assim ocorre, por exemplo, nos fenômenos em que se faz necessária a produção de ectoplasma, indispensável nas sessões de cura e nas de materialização. O ectoplasma, substância composta de fluidos trazidos do mundo espiritual, fluido animalizado (humano) e fluidos retirados de outros seres, como os animais e as plantas, é sensível à ação da luz branca. O próprio médium, como esclarece Hernani Guimarães Andrade, no livro "Espírito, perispírito e alma", durante a produção do ectoplasma, também se torna sensível à ação da luz.

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LIZ - LAR IRMÃ ZARABATANAApostila dos conceitos básicos do espiritismo

Os fluidos doados pelo médium para a composição do ectoplasma a ele retornam após a produção do fenômeno mediúnico. Sob o efeito da luz, esses fluidos podem sofrer algum tipo de ação que os faça retornar impuros, contaminados ou deteriorados, com elementos que podem causar danos à saúde física do médium.

Além disso, como dissemos, o próprio médium torna-se sensível à ação da luz, o que pode dificultar ou até mesmo impedir a recomposição fluídica de seu organismo físico.

No livro "Materializações luminosas", de Dante Labate, encontramos a narrativa de um episódio presenciado pelo autor, no qual, durante o processo de doação de ectoplasma para uma materialização, a porta do recinto onde o médium se encontrava foi aberta, provocando a penetração de luz artificial proveniente de um poste da rua. A consequência foi grave, causando dores ao médium, além de dificultar a rematerialização de suas pernas, desmaterializada para a doação de energia necessária à composição do ectoplasma.

Também nas reuniões de desobsessão é neste sentido a recomendação de André Luiz, no livro "Desobsessão", psicografado por Francisco Xavier e Waldo Vieira, em que o autor explica: "Contudo, antes da prece inicial, o dirigente da reunião graduará a luz no recinto, fixando-a em uma ou duas lâmpadas, preferivelmente vermelhas, de capacidade fraca, de vez que a projeção de raios demasiado intensos sobre o conjunto prejudica a formação de medidas socorristas, mentalizadas e dirigidas pelos instrutores espirituais, diretamente responsáveis pelo serviço assistencial em andamento, com apoio nos recursos medianímicos da equipe".

http://www.cvdee.org.br/duv_resptexto.asp?cat=05&id=563

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