vigilância sanitária: proteção e defesa da saúde

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Aillyn Fernanda Bianchi Letícia Lisboa Machado Juliana Bagi Pedro Henrique Dal Bó Suellen da Silva Beraldo Universidade de Cuiabá - Medicina XXIII Saúde Coletiva II - Seminário 14 Vigilância sanitária: proteção e defesa da saúde

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Health & Medicine


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Seminário sobre Vigilância Sanitária referente à disciplina de Saúde Coletiva, Faculdade de Medicina - UNIC. (2013)

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Aillyn Fernanda Bianchi

Letícia Lisboa Machado

Juliana Bagi

Pedro Henrique Dal Bó

Suellen da Silva Beraldo

Universidade de Cuiabá - Medicina XXIII

Saúde Coletiva II - Seminário 14

Vigilância

sanitária: proteção

e defesa da saúde

Eventos gerais indicadores de

risco Consumidores e cidadãos

expostos a muitos riscos e

danos evitáveis relacionados

à praticas negligentes ou

criminosas de particulares

e à deficiência de controle

público no âmbito de atuação

da vigilância sanitária.

Exemplos: produtos

“naturais”, antidiarréicos,

analgésicos, etc.

E no Brasil?

Alimentos possuindo excesso de aditivos,

coliformes fecais, etc.

Epidemias de morte de bebes, em

maternidades.

Aparelhos utilizados nos serviços de saúde

sucateados.

Parte das frutas e verduras contaminadas

com resíduos de agrotóxicos acima dos

limites toleráveis para o organismo humano.

Instituto de Doenças Renais de Caruaru, 1997.

Tragédia devido a contaminação nos

processos de hemodiálise.

Recife, 1997. 18 mortes em hospitais da rede privada, em

decorrência de acidentes tromboembólicos devido ao

uso contaminado do Laboratório Endomed.

“Caso Schering”: mulheres vítimas de gravidez indesejada

devido ao uso de anticoncepcional de

farinha.

Venda de medicamentos

falsificados e de fábricas cm

documentação irregular e/ou ilegal.

RJ, 1996. 99 mortes a 329 idosos internados em uma

clinica contratada pelo SUS, vitimas de maus

tratos, sendo alegados que eram pacientes terminais.

Objetivos & Funções

Práticas com base no

conceito de risco como

possibilidade, perigo

potencial ou ameaça

de dano ou agravo;

A segurança sanitária

como um conceito em

formação;

Além do conceito

ampliado de risco, a

noção de qualidade em

saúde conjugada com

os conceitos de

eficácia e segurança,

constituem categorias

operacionais nas ações

de proteção da saúde

no escopo da

vigilância sanitária.

Objetivos & Funções

Conceitos vinculados

às distintas

características e

finalidades dos

diferentes serviços ou

produtos (...) que são

objetos de cuidado da

vigilância sanitária.

Qualidade e segurança

como requisitos

imprescindíveis de

todos os objetos

relacionados com a

saúde, sejam produtos

ou serviços.

A eficácia está

vinculada à finalidade

e à natureza do

produto ou serviço.

Noções de Nocividade

1. Nocividade positiva:

reporta -se à ação criminosa

que imprime à substancia

medicinal ou alimentícia,

destinada ao consumo, a

capacidade de causar prejuízo

direto à saúde.

2. Nocividade negativa:

empregada para designar a ação

que, embora não torne

imediatamente nocivo o gênero

medicinal ou alimentício,

suprime ou diminui a sua

eficácia conservadora ou

restauradora da saúde ou reduz o

seu valor nutritivo ou

terapêutico.

Serviços de Vigilância Sanitária & suas

Funções no Brasil

Normatização e controle

sanitário de bens, da

produção, armazenamento,

guarda, circulação,

transporte, comercialização e

consumo de substancias e

produtos de interesse da

saúde, suas matérias

primas, coadjuvantes de

tecnologias, processos,

equipamentos e embalagens.

Serviços de Vigilância Sanitária

& suas Funções no Brasil

Normatização e

controle sanitário de

serviços direta ou

indiretamente relacionados

com a saúde, prestados

pelo Estado e setor

privado.

Normatização e

controle sanitário de

tecnologias médicas,

sangue, tecidos e

órgãos, procedimentos

e quipamentos e

aspectos da pesquisa

em saúde.

Serviços de Vigilância Sanitária &

suas Funções no Brasil

Normatização e

controle sanitário de

portos, aeroportos e

fronteiras, contemplando

meios de transporte,

cargas e pessoas.

Normatização e

controle sanitário de

aspectos do meio

ambiente, ambiente

e processos de

trabalho, e saúde do

trabalhador.

Vigilância sanitária: Proteção e

Defesa da Saúde

Instrumentos para a Ação em

Vigilância Sanitária

1) Legislação

Sanitária:

Crimes contra a saúde

publica definidos pelo

Código Penal (...).

Também constitui crime

o exercício ilegal das

profissões de saúde, o

anúncio de curas por

meio secreto ou infalível

e a pratica do curandeirismo.

2) Fiscalização

Sanitária: Verifica o cumprimento das

normas estabelecidas para

garantir a proteção da saúde.

Verifica também os requisitos

legais e técnicos para

exercício da atividade.

A fiscalização visa identificar,

por meio da inspeção, falhas

técnicas no processo de

produção que podem alterar

as características do produto e

modificar os efeitos benéficos

esperados.

Instrumentos para a Ação em

Vigilância Sanitária

2) Fiscalização

Sanitária:

A fiscalização inclui

o produto em si, suas

matérias primas,

coadjuvantes de

tecnologias, condições

gerais de produção,

sistema de controle,

condições de conservação,

embalagens, rotulagem,etc.

Obs: Os profissionais e

autoridades de vigilância

sanitária dispõe de poder

para aplicar as medidas

necessárias, sejam

preventivas ou repressivas,

com imposição de sanções

pela inobservância das

normas de proteção à

saúde.

Instrumentos para a Ação em

Vigilância Sanitária

3) Laboratório:

A fiscalização apóia-

se no laboratório, que

verifica a conformidade

dos produtos com

padrões estabelecidos

e as características

averbadas nos respectivos

registros.

Tendo em vista sua

finalidade, os principais

tipos de análises laboratoriais

são: análises fiscais, de

controle, prévias, de

orientação e de estudo.

O laboratório central de

referencia no país é o Instituto

Nacional de Controle de

Qualidade em Saúde (INCQS) -

possui o papel de fornecer

padrões de referencia e métodos

de análise de produtos.

Instrumentos para a Ação em

Vigilância Sanitária

4) Estudos

Epidemiológicos:

Elucidam associações

entre fatores de risco

relacionados aos

elementos sob vigilância

sanitária e determinadas

doenças.

5) Monitorização:

Acompanha, avalia e

controla mediante

acompanhamento, integrando

serviços e laboratório

para identificar risco

iminente ou virtual de

agravos e para garantia

da qualidade de

produtos, serviços e

ambiente.

Instrumentos para a Ação em

Vigilância Sanitária

6) Vigilância

epidemiológica:

Permite acompanhar doenças

veiculadas por alimentos,

sangue e derivados,

intoxicações, infecções

hospitalares, efeitos adversos

de medicamentos, etc.

Marketing social, Informação

e Educação para a

Saúde.

A Fármacovigilância ou Vigilância de Reações Adversas a medicamentos é o

exemplo clássico da aplicação do conceito de vigilância sanitária.

Sistema Nacional de Vigilância

Sanitária A noção de sistema nacional de

vigilância sanitária vem sendo

referida em normas jurídicas no

Brasil desde a década de 70.

Propostas de sistemas de

vigilância epidemiológica e de

vigilância sanitária surgiram em

meados dos anos 70, como

resposta do governo militar ao

agravamento da questão social,

que se expressava de forma

dramática na situação de saúde

da população.

Sistema Nacional de Vigilância

Sanitária A Lei 6.259, de 1975,

dispôs sobre a organização

das ações de vigilância

epidemiológica e do

Programa Nacional de

Imunizações.

Em 1976, a organização

institucional das ações de

vigilância sanitária no

plano federal foi

contemplada com uma

secretaria ministerial,

unificou-se no mesmo

espaço institucional,

vários campos de práticas

relacionadas ao controle

de riscos.

Sistema de Vigilância Sanitária

Integram o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS):

a Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), o

Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde

(CONASS), o Conselho Nacional de Secretários Municipais

de Saúde (CONASEMS), os órgãos de Vigilância Sanitária

Estaduais, do Distrito Federal e dos municípios, os

Laboratórios Centrais de Saúde Pública (LACENS), o

Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde

(INQS), a Fundação Oswaldo Cruz e os Conselhos de Saúde.

A ANVISA é caracterizada como uma entidade

administrativa independente, uma autarquia especial

vinculada ao Ministério da Saúde, administrada mediante um

contrato de gestão.

Estrutura Político - Institucional

Práticas da Vigilância Sanitária

Vigilância e controle sanitário de produtos de

interesse da saúde: O controle sanitário dos produtos de interesse da saúde, não é

exclusivo da vigilância sanitária, havendo atuação dos setores da

agricultura, do meio ambiente e da Comissão Nacional de

Energia Nuclear no âmbito de suas competências.

Práticas da Vigilância Sanitária

Produtos zoossanitários,

fitossanitários e agrotóxicos:

O controle de produtos

zoosanitários e fitossanitários é

de competência do

ministério da agricultura,

os agrotóxicos Ministério

da Saúde, Agricultura e

Meio Ambiente.

Medicamentos, drogas,

insumos farmacêuticos e

correlatos: Elementos tais

como embalagem e rotulagem,

os estabelecimentos produtores

de comercialização e

armazenamento, os meios de

transporte e a propaganda estão

submetidos à vigilância

sanitária em todas as etapas,

desde a produção até o

consumo.

Práticas da Vigilância Sanitária

Alimentos, Bebidas e

Águas Minerais:

Alimentos e bebidas o

controle é partilhado

pelos setores da saúde,

agricultura e o das

águas minerais pelo

setor de saúde e das

minas e energia.

Produtos de origem

animal: Esses produtos são

de competência do

setor de agricultura da

produção à distribuição,

cabendo ao setor saúde

tão somente o controle

no comércio varejista.

Práticas da Vigilância Sanitária

Vigilância Sanitária de serviços direta ou indiretamente

relacionados com a saúde:

As ações desse setor devem proteger a saúde das pessoas

contra iatrogenias – doenças relacionadas com séricos de

saúde - que podem atingir não só usuários e trabalhadores

da saúde como os circundantes. Também devem proteger o

ambiente e a saúde humana de externalidades negativas

resultantes de processo de produção de serviços,

relacionadas aos resíduos, tais como produtos químicos,

materiais pérfuro-cortantes e outros potencialmente

infectantes e rejeitos radioativos, que necessitam de

gerenciamento e deposição adequados.

Práticas da Vigilância Sanitária

Vigilância nos portos, aeroportos, fronteiras e Relações

internacionais no âmbito da Vigilância Sanitária:

As ações da Vigilância Sanitária nos portos, aeroportos,

fronteiras e nas migrações humanas, objetivam impedir

que doenças infectocontagiosas e outros agravos se

disseminem pelo país, através das fronteiras marítimas,

fluviais, terrestres e aéreas. Também visam preservar as

condições sanitárias nos meios de transporte, constituindo-

se, portanto, função da Saúde Pública essencial à

circulação de mercadorias e pessoas. Nas migrações, a

ação de vigilância sanitária também tem por finalidade

preservar a capacidade de trabalho das pessoas que

pretendem ingressar no país.

Práticas da Vigilância Sanitária

Vigilância Sanitária do Meio Ambiente e Ambiente de Trabalho:

A questão ambiental e do ambiente de trabalho, espelha

complexidades do mundo contemporâneo, que se defrontam com a

ampliação do objeto que se tornou um problema global, requerendo

intervenção que não interponha obstáculo ao desenvolvimento

econômico e sustente a garantia de direitos e de futuras gerações.

Na realidade concreta do município, torna-se nítida a relação entre

qualidade de vida e riscos ambientais, expandindo as possibilidades

de uma atuação mais integradora da vigilância sanitária. As

experiências crescentes de acidentes no espaço público devido à

circulação de cargas com produtos perigosos e aos acidentes

químicos ampliados, vêm obrigando as instituições dos setores de

saúde, ambiente e transporte a desenvolver estratégias de ação

articulada. Serviços de vigilância sanitária de vários estados vêm

partilhando desse esforço.

Perspectivas para a Vigilância

Sanitária O debate em torno da noção de “vigilância da saúde” que se

disseminou no país, tem sido positivo para a vigilância sanitária,

observando-se um crescimento da percepção de sua importância como

uma ação de saúde mais além da fiscalização.

A Vigilância da Saúde, entendida como uma proposta de redefinição

das práticas e uma forma de pensar a saúde e a organização dos

serviços na lógica da integralidade da atenção, poderá trazer,

especialmente para os municípios, a possibilidade de recriação das

praticas sanitárias, de modo a conferir a devida importância à proteção

e à promoção da saúde.

Considerando-se que a vigilância sanitária constitui uma ação de saúde

complexa e uma área de permanentes conflitos em face da diversidade

de interesses, a multiplicidade de objetos e as incertezas da ciência,

deve-se sempre interrogar sobre quem fiscaliza os fiscais e regula os

reguladores.

Perspectivas para a Vigilância

Sanitária Com a atuação da vigilância

sanitária institucionalizada, a

questão de fazer avançar as

práticas avançar as práticas em

consonância com as

necessidades de saúde da

população implicam uma

radicalidade da ação

comunicativa acerca dessas

problemáticas, bem como a

ampliação dos espaços e

estratégias de participação

social e controle público dos

interesses da saúde

representados no campo de

atuação da vigilância sanitária.

Visita à sede principal da Vigilância

Sanitária em Cuiabá - MT

QUESTIONÁRIO

- Qual é a importância do Sistema de Vigilância Sanitária no

Estado do Mato Grosso?

- Como a Vigilância Sanitária atua em nosso Município?

- Quais são os tipos de denúncias/reclamações mais recebidas

pela Vigilância Sanitária?

- Como age a Vigilância Sanitária na saúde?

- A VS age em conjunto com quais órgãos?

- Qual é a frequência das inspeções?

- Quais são os objetivos da Vigilância Sanitária?

- Como é a forma de trabalho e a importância da Vigilância

Sanitária na proteção da saúde da população e nos serviços de

saúde?

Visita à Vigilância Sanitária – 04/06/2013

- Cuiabá/MT

Visita à Vigilância Sanitária –

04/06/2013 – Cuiabá/MT

Visita à Vigilância Sanitária –

04/06/2013 - Cuiabá/MT

Visita à Vigilância Sanitária –

04/06/2013 - Cuiabá/MT

Referências Bibliográficas

Rouquaryol, Maria Zélia; Almeida Filho, Naomar.

Epidemiologia & Doença: desenvolvimento do

trabalho. Rio de janeiro, 2003. Pg 357 - 387.

http://www.saude.mt.gov.br/covsan/pagina/333/que

m-somos