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VISUAL DE MERCHANDISING COMO DIFERENCIAL COMPETITIVO NA
INDÚSTRIA DA COSMETOLOGIA
Marize Lindaura Feltz 1 - Acadêmica do Curso de Cosmetologia e Estética da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, Balneário Camboriú, Santa Catarina. Nádia Rosangela Bacca 2 - Acadêmica do Curso de Cosmetologia e Estética da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, Balneário Camboriú, Santa Catarina. Juliana Cristina Gallas3 – Orientadora, Professora do Curso de Cosmetologia e Estética da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, Balneário Camboriú, Santa Catarina. Contatos [email protected] [email protected] [email protected]
Resumo Na tentativa de estabelecer um vínculo com o consumidor as empresas de cosmetologia e estética apostam em ações que criem relações emocionais e sensoriais com o intuito principal de criar uma experiência memorável de consumo. A partir deste contexto este trabalho tem por objetivo destacar a importância da imagem visual nos pontos de venda da indústria da cosmetologia. Para tanto analisou-se a aplicação de Visual de Merchandising, na aplicação em empresas do ramo de beleza e estética por meio do método qualitativo exploratório. Assim, pesquisou-se o conceito de produto cosmético, marketing, merchandising e design com autores que referenciam o tema. Com a pesquisa entende-se a aplicação destas ações em diferentes formatos e utilizando as diversas ferramentas de comunicação. Este conceito deixou de ser visto como supérfluo para ser reconhecido como parte integrante do plano das organizações de estética e beleza. Mesmo sendo um conceito novo no Brasil, muitas empresas estão seguindo os padrões estrangeiros e realizando ações de planejamento para a sua marca. Hoje percebe-se uma maior valorização do conceito visual por parte dos consumidores o que possibilita as corporações a investir mais nos planos de ação de marketing que envolvem a apresentação visual das empresas de cosmetologia.
Palavras chaves: Produto Cosmético, marketing, merchandising e design.
1 INTRODUÇÃO
Estar belo nunca esteve tão na moda quanto atualmente. Cada vez mais
preocupados com a estética e a perfeição, o público que aderiu aos produtos e
serviços de beleza, cresce com o suporte de gerenciamento e das estratégias
de Marketing. Neste contexto faz-se necessário que o consumidor interaja com
o produto para sentir-se participante de um espaço voltado para suas
aspirações e necessidades.
Aos poucos, indústrias e fabricantes tentam construir a imagem de
marca de seus produtos/serviços, totalmente cientes da importância dessa
identidade, para fidelizar seu consumidor.
Essa realidade esta exigindo a evolução das ferramentas de
merchandising utilizadas nessa comunicação, pensando cada vez mais em
como atrair e seduzir o cliente. Este contexto se confirma com definição de
Kotler (2000) de o marketing possibilita despertar o desejo pela compra,
destacando que os aspectos relacionados a apresentação visual da marca e a
exposição correta do protudos influenciam positivamente na escolha na hora da
compra.
O comportamento de compra vem mudando a cada dia, pois o nível de
acesso a informações está cada vez mais interativa, devido à facilidade dos
meios de comunicação, o consumidor pode ter o conhecimento necessário
para decidir qual o produto que possui melhor qualidade ou efeito estético
(BLECHER, 2003).
Para tanto este trabalho tem como objetivo destacar a importância da
imagem visual nos pontos de venda.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
A preocupação com a beleza nos dias atuais vem aumentando
constantemente, advinda da Medicina Estética que vem evoluindo de maneira
rápida e contínua nos últimos anos, juntamente com a indústria da beleza que
faz grandes investimentos em busca de técnicas cada dia mais avançadas,
possibilitando às pessoas atenuar sensivelmente os sinais do tempo.
CHAVES (2010) concorda que a conscientização quanto aos cuidados
com a pele tem impulsionado o setor. 'Anos atrás, as mulheres chegavam a
uma certa idade e procuravam um médico para fazer o tratamento da pele.
Hoje, as jovens já estão preocupadas em se cuidar e em manter a pele jovem’.
O crescimento da indústria de cosméticos tem estimulado a expansão dos
negócios de novas empresas do setor. Aos poucos, elas estão começando a
fazer concorrência às marcas tradicionais.
POPCORN (1994) ressalta que o estado de espírito dos consumidores
de hoje, possibilita a busca por novas tendências e serviços que atenda suas
necessidades, seus medos trazendo benefícios, na melhora da auto-estima.
Estes consumidores são responsáveis pelo grande aumento e procura dos
serviços de beleza e estética. Que por sua vez, atinge diversas faixas etárias,
sexos, raças. Público este se torna cada vez mais exigente e informado, devido
à globalização do mercado, e pela facilidade e variedade de comunicação,
internet, TV, revistas.
O Conceito de Cosmético
A beleza e higiene se confundem nos cosméticos. São diversas as
categorias nas quais se podem classificá-los. Em um clássico da história do
cosmético, BUTLER (1993:639-692) afirma que a palavra cosmético advém de
três termos do grego: Kosm tikos que significa ter o poder de decorar, Kosmein
adornar e Kosmos harmonia. Em sua obra Butler (1993) associa a história do
cosmético à história da humanidade, realizando uma pesquisa histórica dos
diversos tipos de uso nas civilizações antigas, expondo que só posteriormente
o cosmético foi associado à medicina e à farmácia. De acordo com GARCIA e
FURTADO (2002), a indústria de cosméticos é um segmento da indústria
química, cujas atividades se vinculam com a manipulação de fórmulas
destinadas à elaboração de produtos de aplicação no corpo humano, para
limpeza, embelezamento, ou para alterar sua aparência sem afetar sua
estrutura ou funções.
Nesse sentido, a noção de cosméticos vincula-se com produtos
destinados, essencialmente, à melhoria da aparência do consumidor. Assim, de
modo geral, o setor de cosméticos deve ser definido segundo o objetivo da
utilização de seus principais produtos.
Nesta mesma linha a ANVISA (2000) em sua Resolução 79 define
cosméticos, produtos de higiene e perfumes como: preparações constituídas
por substâncias naturais ou sintéticas, de uso externo nas diversas partes do
corpo humano, pele, sistema capilar, unhas, lábios, órgãos genitais externos,
dentes e membranas mucosas da cavidade oral, com o objetivo exclusivo e
principal de limpá-los, perfumá-los, alterar sua aparência e ou corrigir odores
corporais e ou protegê-los ou mantê-los em bom estado.
Ainda para a ANVISA (2000) esta definição inclui entre os produtos
cosméticos: cremes para pele, loções, talcos e sprays, perfumes, batons,
esmaltes de unha, maquiagem facial e para os olhos, tinturas para cabelos,
líquidos para permanente, desodorantes, produtos infantis, óleos e espumas de
banho, soluções para higiene bucal e qualquer material usado como
componente de produtos cosméticos. Prevê ainda a classificação dos produtos
em quatro categorias de uso:
• Produtos de higiene: sabonetes, produtos para a higiene dos cabelos,
produtos para a higiene bucal, desodorantes e produtos para barbear e
pósbarba;
• Cosméticos: produtos para os lábios, produtos para áreas dos olhos,
antisolares, produtos para bronzear, produtos para tingimento dos cabelos,
produtos para clarear os cabelos e os pêlos do corpo, produtos para ondular
e alisar os cabelos, neutralizantes capilares, produtos de higiene bucal,
talcos e outros pós-corporais, cremes de beleza, máscaras faciais, loções
de beleza, óleos, produtos para maquilagem facial, produtos para cuidados
dos cabelos e do couro cabeludo, depilatórios, produtos para unhas e
cutículas e repelentes;
• Perfumes: produtos para banho e imersão, lenços perfumados, extratos,
águas perfumadas, colônias e loções e perfumes;
• Produtos de uso infantil: óleos, loções, produtos para a higiene dos
cabelos, produtos para a higiene bucal, sabonetes, lenços umedecidos,
talcos, protetores solares e colônias.
Como essa definição de indústria de cosméticos passou a ser utilizada
pelos diversos agentes envolvidos com o setor no Brasil e, também converge
com as definições adotadas em todo o mundo, por exemplo, na classificação
dos produtos comercializáveis internacionalmente segundo Garcia e Furtado
(2002), para fins deste trabalho será considerada como definição de cosmético
todas estas categorias apresentadas no item acima.
O Setor de Cosmético no Brasil
Tradicionalmente dominada por países desenvolvidos, a Indústria de
Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos está crescendo rapidamente no
Brasil. Existem no Brasil 1.367 empresas formalizadas no mercado, conforme
dados da ANVISA (2006). Em 2005, 109 novas fábricas foram criadas,
significando acréscimo de 8,7% ao número de empresas do setor no País.
Apenas 11,7% delas são consideradas de grande porte e apresentam
faturamento líquido de impostos acima de R$ 100 milhões, correspondendo a
72,4% das vendas do setor. O restante, ou 88,3% das empresas da indústria
da beleza, são micro, pequenas e médias, e estão presentes em praticamente
todos os estados.
De acordo com a ABIHPEC (2006), os números traduzem a força do
setor. No período de 2000 a 2004, o crescimento médio deflacionado foi de
8,2%. Enquanto o PIB amargava o crescimento de apenas 2,6 %, a indústria de
cosmético em geral apresentava o índice de 2,4%. Já o crescimento em
dólares em 2004 e 2005 foi influenciado pela apreciação do real, na média do
ano, em relação ao dólar de 3,9% em 2004 e 17,7% em 2005.
Vários fatores têm contribuído para este excelente crescimento do setor
segundo a ABIHPEC (2006), mas a maior participação da mulher no mercado
de trabalho é o fator preponderante para a alavancagem do setor, pois o uso
de produtos de beleza é geralmente necessário à manutenção da boa
aparência no ambiente empresarial.
Reafirmando o peso e importância da vaidade do povo brasileiro,
segundo a ABIHPEC (2006) o nosso mercado ocupa o sexto lugar no ranking
de faturamento da indústria mundial de cosméticos, sendo responsável por
4,2% do que é consumido globalmente. Em primeiro lugar, estão os Estados
Unidos (19,8%), seguidos pelo Japão (13,3%), pela França (6,1%), pela
Alemanha (5,4%) e pelo Reino Unido (5%).
Dentro do segmento de cosmético, de acordo com a ABIHPEC (2006),
as categorias que mais contribuíram para com o crescimento do setor foram:
cuidados com cabelos, representando 25% do faturamento e cuidados com a
pele com 9%, conforme Gráfico 1 a seguir:
Gráfico 1
Fonte: ABIHPEC (2006)
Os canais de distribuição utilizados por essa cadeia produtiva são
apontados como os grandes responsáveis por sua vocação social. .Essa é uma
indústria que se diferencia das outras atividades industriais. Usamos diversos
canais para distribuir nossos produtos, gerando trabalho e renda para muitas
famílias. Só na venda direta, trabalha um exército formado por 1,6 milhão de
pessoas, afirma João Carlos Basílio, presidente da ABIHPEC (ABIHPEC,2006).
Os cosméticos chegam ao mercado por meio da distribuição tradicional
(atacado e lojas de varejo), de venda direta (evolução do conceito de vendas
domiciliares) e de franquia (lojas especializadas e personalizadas). No
levantamento do exercício de 2005, de acordo com a ABIHPEC (2006), a
venda direta neste setor apesar de representar somente 5,8% do volume total
de toneladas vendidas, compõe 26,4% do valor total em vendas, conforme
Gráfico 2 e Gráfico 3 a seguir:
Gráfico 2
Fonte: ABIHPEC (2006)
Gráfico 3
Fonte: ABIHPEC (2006)
Marketing e Merchandising
O ser humano possui necessidades e desejos infinitos que se
contrapõem a suas possibilidades finitas e limitadas de satisfazê-los. Nesse
processo de escolha, o homem tende a maximizar o consumo, isto é, se houver
um limite para seus desejos, procurará escolher dentro de suas possibilidades
o que lhe dê o máximo de satisfação.
Então, na integração de esforços de marketing, é preponderante estar
sempre um passo à frente, visando a um trabalho de longo alcance, analisando
e agindo, considerando todas as possibilidades do mercado.
O consumidor precisa interagir com o produto para sentir-se participante
de um espaço voltado para suas aspirações e necessidades.
Conforme STRUNK (2003) numa economia de mercado altamente
competitiva, a concorrência entre as marcas resulta em um fator de evolução
tecnológica de produtos e serviços. No qual, ambos devem se adaptar
constantemente às novas necessidades de seus públicos decorrentes das
mudanças sociais. Em nosso dia-a- dia, temos inúmeros contatos com as
marcas. Esses contatos podem ser conscientes ou inconscientes, racionais ou
emocionais, mais quase sempre têm conosco uma interface visual. Assim, é
fundamental para o sucesso das marcas apresentarem identidades visuais
consistentes, que propiciem seu efeito acumulativo.
Os elementos institucionais de uma marca podem ser, eventualmente,
aplicados a embalagens, que estão cada vez mais sofisticadas. As várias
inovações que permite um grande aperfeiçoamento, seja na função de
proteger, facilitar o uso, a conservação depois de parcialmente consumida e a
reciclagem após o descarte, tudo isso sem abrir mão de uma carga de
sedução.
Aos poucos, indústrias e fabricantes tentam construir a imagem de
marca de seus produtos/serviços, totalmente cientes da importância dessa
identidade, para fidelizar seu consumidor. Essa realidade esta exigindo a
evolução das ferramentas de merchandising utilizadas nessa comunicação,
pensando cada vez mais em como atrair e seduzir o consumidor (STRUNCK,
2003).
Entende-se como marketing o processo de planejamento, execução,
preço, comunicação e distribuição de idéias, bens e serviços, de modo a criar
trocas (comércio) que satisfaçam aos objetivos individuais e organizacionais
(GIGLIO, 2002). A ação de marketing é mais ou menos ampla, conforme o
enfoque da empresa.
SCHIFFMAN (2000) define visual merchandising como “toda
comunicação com o consumidor, por meio de símbolos, exposições e efeitos
especiais, no interior das lojas ou das vitrines, para informar e sugerir ao
consumidor a compra de um ou mais itens”. As técnicas de visual
merchandising trabalham com o layout e a disposição dos produtos na loja e na
vitrine. Assim, ações como colocar os produtos de frente para o consumidor,
expor produtos em vários níveis que valoriza a produção e mostra a variedade.
O visual merchandising é entendido como a técnica empregada para
otimizar a comunicação da empresa com o cliente por meio do estudo e
aplicação do melhor fluxo de operação e disposição de produtos, re-arranjo de
layout e estabelecimento de canais de comunicação visual e imediatos com o
cliente de modo a causar um impacto visual imediato e de estímulo de vendas.
Diante deste contexto o design de produto possibilita adaptar o próprio
às necessidades físicas e psíquicas dos usuários e grupos de usuários
(BERND LÖBACH, 2001; BONSIEPE, 1992).
Sendo assim o design é a tentativa de conjugar a satisfação do cliente
com o lucro da empresa, combinando de maneira inovadora os cinco principais
componentes do design: performance, qualidade, durabilidade, aparência e
custo. O domínio do design não se limita aos produtos, mas inclui também
sistemas que determinam a identidade pública da empresa (design gráfico,
embalagens, publicidade, arquitetura, decoração de interiores das fábricas e
dos pontos de vendas) (KOTLER, 1989).
O design é uma atividade especializada de caráter técnico-científico,
criativo e artístico, com vistas à concepção e desenvolvimento de projetos de
objetos e mensagens visuais que equacionem sistematicamente dados
ergonômicos, tecnológicos, econômicos, sociais, culturais e estéticos, que
atendam concretamente às necessidades humanas (Projeto de Lei nº 1.965, de
1996, que visa regulamentar a profissão no Brasil).
Sendo uma atividade criativa cujo propósito é estabelecer as qualidades
multifacetadas de objetos, processos, serviços e seus sistemas de ciclos de
vida. Assim, design é o fator central da humanização inovadora das tecnologias
e o fator crucial das trocas econômicas e culturais. (...) Design trata de
produtos, serviços e sistemas concebidos através de ferramentas,
organizações e da lógica introduzidas pela industrialização – não somente
quando são produzidos em série (ICSID, 2000).
O planejamento e estratégia são necessários para se desenvolver um
projeto que possa chamar a atenção do consumidor motivando e influenciando
nas decisões de compra. A proposta do visual merchandising é relativamente
nova no Brasil. Grandes marcas já se utilizam dessa ferramenta, mas ainda é
pequena a fatia do comércio que encara essa ferramenta como um
investimento e não como despesa.
3 METODOLOGIA
Considerando que este trabalho tem como objetivo destacar a imagem
visual dos pontos de venda da indústria da cosmetologia, é possível defini-lo
como um estudo teórico e qualitativo do tipo exploratório, visto que, o mesmo
está baseado em dados de livros, revistas e artigos. De acordo com Denzin e
LINCOLN (2006), as pesquisas qualitativas envolvem o estudo do uso e a
coleta de vários materiais baseados na experiência pessoal, história de vida,
entrevista, artefatos, textos e produções culturais, textos observacionais,
históricos, interativos e visuais. Com o intuito de explorar e aumentar o
entendimento do tema proposto, já que se trata de um tema novo, realizou-se a
leitura de artigos acadêmicos, material bibliográfico, estudos de caso e internet.
Afirma ainda que, boa parte dos estudos exploratórios pode ser definida como
pesquisas bibliográficas. As pesquisas de caráter exploratório têm como
objetivo principal o aprimoramento de idéias ou a descoberta de intuições, por
isso procura-se construir hipóteses, familiarizar o problema ou torná-lo mais
claro.
Na maioria dos casos as pesquisas exploratórias envolvem
levantamento bibliográfico, entrevistas com profissionais da área e análise das
informações coletadas que estimulem a compreensão. (GIL, 1988).
HUNT (1983) discorre sobre a Lógica da Descoberta, constituída pelo
conjunto de regras e procedimentos utilizados para descobrir hipóteses, leis e
teorias; e a Lógica da Justificativa, como o conjunto de regras e procedimentos
que delineiam o critério para aceitar ou rejeitar conhecimento, ou seja,
hipóteses, leis e teorias. Nenhum método, esteja ele contido no contexto da
descoberta ou da justificativa, pode ser considerado o melhor para todos os
pesquisadores (ZALTMAN, LEMASTERS e HEFFRING,1982).
É possível identificar duas abordagens alternativas para a descoberta do
conhecimento científico: a abordagem dedutiva que inicia com um conjunto de
conceitos e preposições; e a abordagem indutiva que destaca a acumulação
formal ou informal de dados que podem conduzir a uma .tentative theory.
(ZALTMAN, LEMASTERS e HEFFRING,1982).
Considerando o contexto da descoberta, é possível afirmar que este
trabalho seguirá a abordagem indutiva das possibilidades de observação,
registro de dados e classificação, características durante a fase exploratória da
pesquisa.
4 ANÁLISE DOS DADOS
Como este trabalho teve por objetivo destacar a importância da imagem
visual nos pontos de venda é relevante destacar a apresentação de produtos,
serviço recepção e visualização, conhecendo o perfil de interação dos produtos
com seus consumidores no mercado de atuação, neste estudo em específico
na área de beleza e estética. Com isso pode-se observar que a percepção do
consumidor em relação á qualidade no serviço tem uma influência muito forte
no aspecto visual.
Segundo KOTLER (1980) As pessoas satisfazem as suas necessidades
e desejos com produtos, abrangendo também os serviços, atividades,
benefícios e satisfação que são oferecidos sob a forma de venda, no qual o
ponto de venda estabelece o primeiro contato com o cliente.
A vitrine é a principal área de exposição dos produtos da loja, passando
informações de maneira muito rápida e direta. Representa o estilo, a proposta e
o perfil do ponto-de-venda para o cliente.
Toda vitrine deve ser cuidadosamente produzida, isto é, os produtos
devem ser expostos com planejamento e não simplesmente colocados ou
“jogados” de qualquer forma. A criatividade é um dos principais requisitos na
organização e arrumação de produtos, e em sua decoração.
Segundo ARAUJO (2010), como todo comerciante quer vender, o
trabalho do designer de vitrine é um mercado em franca expansão. É um
trabalho que requer conhecimento técnico de cores, iluminação, marketing e a
necessidade de um estudo do público alvo, ao qual se destina o produto de
venda.
Os produtos são agrupados formando o conjunto, deverão estar
divididos em várias categorias como para jovens, homens, mulheres e
crianças. Também são usados vários elementos que podem ajudar o cenário
da vitrine como prateleiras, mesas, recipientes de vidro, acrílicos etc. Produtos
atrativos deverão ter um lugar de destaque na loja.
Que uma loja majestosa chama a atenção dos clientes, todo mundo
sabe. Mas muita gente ainda tem dúvida sobre o que fazer para transformar
seu ponto-de-venda “nesse” lugar mais atraente. Os proprietários devem
“incorporar” como verdade absoluta o fato de que o visual da loja ajuda nas
vendas.
Material para PDV
Nem sempre ter um grande mix de produtos é sinônimo de sucesso. Em
síntese, o local deve ter um layout organizado, espaço suficiente para o cliente
ir e vir e um visual clean. Para isso, é necessário pensar nos móveis, na
exposição dos itens e na iluminação. Outro artifício para deixar o ambiente
mais bonito e chamativo é a utilização de vidros, acrílicos, LEDs e pastilha de
vidro na decoração.
Segundo GATTAI (2010), o Visual Merchandising cria impulso de
compra para o cliente por meio de alguns instrumentos como design,
instalações, layout, produto, iluminação, vitrinas e sinalização.
Comunicação Visual
Os produtos estão dispostos nas prateleiras por categoria, cores em
espaços iguais.
O preço deverá estar em todos os produtos e bem visível. Podendo também
usar cada estação do ano como um cenário para dar mais vida às vitrines e
aquecer as vendas. Muitas pessoas consomem produtos se identificam muito
com a vitrina é atraído por ela.
Iluminação
Segundo arquiteta BIGONI (2010), um projeto de iluminação leva em
conta que 80% da percepção de mundo do ser humano se dá pela visão,
tornando a iluminação uma aliada extremamente importante na hora das
vendas e é por isto que vem sendo largamente utilizada pelos empresários.
Atualmente, no Brasil podem ser encontrados todos os produtos e
ferramentas necessárias para o desenvolvimento de projetos de iluminação
inovadores e também todas as tecnologias em lâmpadas, equipamentos e
luminárias, o que favorece proporcionar concepções de iluminação mais
eficientes, funcionais e artísticas.
Em um bom sistema de iluminação, sempre coloca-se como prioridade a
orientação técnica, que sem dúvida é fundamental para qualquer projeto de
iluminação para lojas e cada vez mais trata a iluminação comercial como uma
poderosa ferramenta de marketing.
Em geral, recomenda-se que a quantidade de luz na vitrine seja maior
do que a luz externa.
Cada tipo de vitrine requer uma iluminação, que leve em conta a
mercadoria comercializada e o perfil do público-alvo. A iluminação é o
instrumento que oferece a ambientação da loja. Divulga a área promocional e
complementa a valorização do produto.
Ela contribui para tornar a loja confortável, convidativa e agradável.
O projeto de iluminação define o tipo e a quantidade de luminárias necessárias
para o local. Geralmente, as cores, os acabamentos e os materiais utilizados
nos revestimentos são considerados itens exclusivos do design e que, se bem
iluminados, proporcionam a uniformidade desejável na loja.
Texturas e Cores
Dependendo da estação ou festividades, e indicado o planejamento da
apresentação da vitrine sendo que, os recursos utilizados vão desde
florescimento de várias espécies de plantas, cores, iluminação, acessórios e
produtos.
As cores têm a peculiaridade de interferir no humor ou na emoção das
pessoas, desanimar ou inspirar uma compra ou ativar um estado emocional (é
a chamada psicodinâmica das cores). Muitas despertam impulsos de compra
sem que o cliente sequer se dê conta disso. Na verdade, não existe uma regra
ou receita para o uso de cores que não seja o bom senso. Mas uma boa dica é
evitar trabalhar mais de três ou quatro cores diferentes, para não causar
poluição visual.
Segundo SILVEIRA (2010), o importante também é harmonizar as cores
dos produtos com as do ambiente é preciso que tenha muita sensibilidade.
Recomenda-se evitar muito brilho (afinal, quem tem que brilhar na vitrina é o
produto). Vitrine não é o estoque. Por isso, nada de aproveitar cada milímetro
do espaço para colocar produtos. Dez em dez especialistas dizem que o
excesso de produtos é o erro mais comum na vitrina. Produtos em demasia só
criam poluição visual. E a percepção visual fica prejudicada quando muitos
elementos se misturam.
Percepção dos Sentidos
Na percepção dos sentidos humanos, pode-se dizer que aprendemos:
• 12% pela audição
• 1% pelo tato
• 1,5% pelo paladar
• 3% pelo olfato
• 82,5% pela visão
Neste trabalho serão destacados alguns modelos de vitrine que poderão
servir como base para os trabalhos nesta área no mercado de beleza,
conforme apêndice 1.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Considerando que o objetivo deste trabalho foi destacar a importância da
imagem visual nos pontos de venda em estética e beleza, foi possível
identificar que os consumidores trazem, a cada compra, sua lista de
expectativas, hiperconsumismo, inovações. Esperam muito além de padrões
básicos de qualidade, mas “o melhor do melhor”. Para estar à altura dessa
expectativa altiva, a criatividade dos lançamentos e posicionamentos não vêem
limites.
Os aspectos que envolvem visual e merchandising são extremamente
relevantes para aumento e divulgação do ponto de venda das empresas seja
ela de produtos ou serviços. Todavia a que se destacar que independente do
tipo de comércio, o cuidado com a beleza do ambiente é fundamental para o
mercado atual, visto que os consumidores tornam-se exigentes à medida que o
comércio propicia diferenciais, o que hoje é muito comum.
As ações de marketing e merchandising, quando estrategicamente
planejadas, de forma a envolver o consumidor-alvo com a marca, serviço ou
produto, é uma alternativa importante, fundamental e indispensável nos dias de
hoje, para chamar a atenção e criar associações fundamentais na comunicação
de uma organização, de uma marca ou de um produto.
Em especifico na área de beleza e estética cabe destacar o mercado
que envolve esta atividade, direcionado especificamente para beleza, o
compromete ainda mais as empresas em manter um visual adequado para
determinada atividade.
Esse envolvimento vai aguçar os sentidos do público-alvo por meio da
visualização do local, através do cheiro, som, imagens, cores e criar uma
relação com a marca e, ainda, gerar uma afinidade positiva e próxima com o
consumidor.
Estas ações podem ser aplicadas por qualquer ferramenta de marketing
e merchandising, de forma criativa, estreitando os laços entre empresa da
cosmetologia e cliente. As corporações deste ramo passam a vender mais,
fazendo valer a experiência da compra, conservando um intenso elo com o
consumidor, gerando uma enorme ligação entre marca e usuário. Sendo assim,
este novo conceito ajuda as empresas e organizações da cosmetologia a
entregarem aos seus consumidores, mensagens e componentes adequados
atingindo assim, seu maior objetivo: aproximar a marca do seu público-alvo.
REFERÊNCIAS
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APÊNDICE 1
Figura: Condomínio fechado sp salão de beleza
Fonte: http://www.zap.com.br/revista/imoveis/tag/morador-carioca/
Figura: Fachada do salão de Perfil em São Paulo
Fonte: www2. uol.com. br/cabelos/artigos/img/persil2.jp
Figura:Vitrine Chanel Shopping Praia Bella Porto Alegre
Fonte:http:www.sortimentos.net/wp-content/uploads/2009/11/porto-alegre-shopping-centers-praia-de-belas-shopping-loja-del-mondo-credito-ricardo-junior.jpg Figura: Vitrine para feiras e eventos da Natura
Fonte: http://vitrinerg.blogspot.com/2008/09/vitrines-para-feiras-e-eventos.html
Figura: Vult Cosmética Beauty Fair 2009
Fonte:
http://www.vult.com.br/paginas/eventos/Beauty_2009/ampliadas/35. html
Figura: Antídoto Cosmético
Fonte: http://www.sortimentos.com/sp/sao-paulo-agenda-antidoto-cosmeticos-bairro-cambuci.htm Figura: Perfumes Importados
Fonte: http://muhpe.files.wordpress.com/2008/01/co11vitrine-
classificacao.jpg
Figura: VitaA BeautyFair2009
Fonte: http://modalaemcasa.files.wordpress.com/2010/03/harrods-5.jpg
Figura: Salão de Beleza - Fachada
Fonte: http://www.flickr.com/photos/verenacascaes/2277267008/
Figura: Salão de beleza condomínio Barra da Tijuca RJ
Fonte:
http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://pt.terrafin.net/imagens/
Fotografias
Figura: Salão dentro de condomínio Lopes Royal Empreendimentos –
Imóveis em
Brasília.
Fonte: www.royal.com.br/ www.portalclickcasa.com/.../0529122943. jpg