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Vittório e a sua luta contra a Cinomose Por: Juliana S. Telles Escrevo este livro para ajudar de alguma forma, àquelas pessoas que tem um animalzinho, sofrendo dessa maldita doença, que é a cinomose. Espero poder lhes ajudar, com algumas dicas que aprendi ao longo do tratamento da Eudora e também do Vittório. Não sou expert no assunto, nem veterinária. Mas acredito que possa dar uma força, uma sugestão, uma dica, uma mão para àqueles que precisam de socorro, de uma luz no fim do túnel. As vezes você fica perdido sem saber para onde ir, sem saber o que fazer, o que dar e o que não dar, ao animal. Neste livro você poderá obter algumas informações básicas, que aprendi da pior forma e hoje posso repassar. Embora neste livro tenha o relato dos medicamentos que eu dei para meus cães, antes eles passaram por consulta médica. Não dêem em hipótese alguma, nenhum medicamento aos seus animais doentes, sem saber exatamente o que eles têm. Pois muitas doenças tem sintomas parecidos e a medicação ou dose errada pode comprometer a saúde do animal, o sucesso do tratamento ou causar- lhes a morte. Cuidado, medicamento não é feijão.

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Page 1: Vittório e a Sua Luta Contra a Cinomose

Vittório – e a sua luta contra a Cinomose

Por: Juliana S. Telles

Escrevo este livro para ajudar de alguma forma, àquelas pessoas que tem um animalzinho, sofrendo dessa maldita doença, que é a cinomose. Espero poder lhes ajudar, com algumas dicas que aprendi ao longo do tratamento da Eudora e também do Vittório. Não sou expert no assunto, nem veterinária. Mas acredito que possa dar uma força, uma sugestão, uma dica, uma mão para àqueles que precisam de socorro, de uma luz no fim do túnel. As vezes você fica perdido sem saber para onde ir, sem saber o que fazer, o que dar e o que não dar, ao animal. Neste livro você poderá obter algumas informações básicas, que aprendi da pior forma e hoje posso repassar. Embora neste livro tenha o relato dos medicamentos que eu dei para meus cães, antes eles passaram por consulta médica. Não dêem em hipótese alguma, nenhum medicamento aos seus animais doentes, sem saber exatamente o que eles têm. Pois muitas doenças tem sintomas parecidos e a medicação ou dose errada pode comprometer a saúde do animal, o sucesso do tratamento ou causar-lhes a morte. Cuidado, medicamento não é feijão.

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O que é a Cinomose?

Quais os principais sintomas?

E como é Transmitida? Tem cura??

A cinomose se trata de uma doença que acomete cães mais jovens em seu primeiro ano de vida, pode também infectar animais mais velhos que por alguma razão não tenham sido imunizados anteriormente com vacinas próprias, ou que por alguma doença seu sistema imunológico se encontra debilitado. A cinomose pode atingir vários órgãos, é sistêmica, podendo atuar em todo o organismo, é altamente contagiosa. É uma doença causada por um vírus que sobrevive por muito tempo em ambiente seco e frio. Porém é um vírus muito sensível ao calor, luz solar e desinfetantes comuns, dura em média três meses no ambiente após a retirada do portador. O vilão da cinomose é um vírus transmitido pelo ar ou por meio secreções de outro animal infectado. Como ele adora ambientes frios, costuma atacar no inverno. Uma vez instalado, o vírus fica no organismo do bichinho, bem quieto, de cinco a sete dias, à espreita do momento certo para entrar em ação. E aí, implacável, provoca danos gastrointestinais, respiratórios e neurológicos. Os alvos preferidos desse inimigo são o estômago, o intestino, as vias respiratórias, os olhos, o cérebro e a pele. Também é importante ressaltar que a cinomose, acomete principalmente cães mais jovens, no entanto, também pode contagiar animais mais velhos, no caso de não terem sido imunizados corretamente, ou mesmo em casos de uma deficiência do sistema imunológico do cachorro. O problema é que esta é uma doença muito grave, que acomete principalmente os cachorros e na maioria dos casos não tem cura. - Os cães inalam o vírus através de outros cães contaminados. O animal pode cheirar as fezes de um cão doente, pode ser infectado em uma clínica veterinária ou até mesmo em um pet shop, onde há uma circulação muito grande de bichos. É uma transmissão muito parecida com a gripe.

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Sintomas da cinomose

Os sintomas da cinomose em cães ocorrem por causa do vírus da cinomose canina (CDV). Este vírus não é apenas contagioso, mas é também uma condição multi-sistémica viral. Geralmente é incurável (embora possa ser prevenido por meio de vacinas),que pode afetar o sistema nervoso central, o urogenital, respiratório, e / ou o sistema gastrointestinal. Muitas vezes, é fatal. Deste modo, a gravidade da condição poderá ser compreendida. Quase todos os sinais clínicos da cinomose se dão devido às infecções bacterianas secundárias e a taxa de mortalidade pode variar de 0 a 100%, também dependendo muito da resistência e idade do animal, alertou o profissional. “O vírus da cinomose pode afetar qualquer região do Sistema Nervoso Central e os sinais neurológicos podem ocorrer durante, após ou na ausência de sinais multissistêmicos”, assegurou. "Tosse, diarréia, febre, falta de apetite e secreção amarelada nos olhos e no nariz são os sinais mais comuns" “Os sintomas principais variam entre mal-estar, anorexia, depressão, febre de 39,5 a 41ºc, secreção amarelada nos olhos e no nariz, pneumonia, tosse, vômito, diarréia, falta de apetite , cegueira, ataques convulsivos, alteração comportamentais, incoordenação dos movimentos e tremores musculares”. Em relação aos estágios da doença, geralmente observam-se sinais sistêmicos e dependendo do animal, os sinais nervosos progressivos também, mas não necessariamente nesta ordem. “O vírus tem particular afinidade por tecidos linfóide e epitelial (tratos respiratório, gastrintestinal, urinário e pele) e pelo sistema nervoso central. A cinomose não oferece risco aos humanos.

Tratamento

O pior é que não há um medicamento específico para combater o microorganismo. "O tratamento é à base de antibióticos para evitar outras infecções oportunistas, colírios, antiinflamatórios, vitaminas e anticonvulsivos, mas ele apenas aplaca os sintomas, evita suas conseqüências e melhora a resistência do animal" Nunca devemos dar remédios corticóides pois eles debilitam ainda mais o sistema imunológico. A vacina para prevenir as doenças neste caso é fundamental. Porém um animal já infectado não pode ser imunizado. Precisa primeiro ser tratado adequadamente.

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A história

Sempre tive cães em minha casa e nunca me neguei a ajudar esses pobres animais em dificuldades que chegavam à minha porta de uma maneira ou de outra. Dia 4 de abril de 2015, próximo de umas 21 horas da noite, como sempre, estava trabalhando online quando ouvi chamarem meu nome na frente de casa. Fui verificar, e um de meus vizinhos falou que ele estava voltando pra casa e ao passar por uma rua, avistou uma sacola plástica no chão se movendo e um animal gritando lá dentro, ele imediatamente desamarrou a sacola e notou dentro desta, um filhote de cachorro Border Colie mais ou menos com uns 3 a 4 meses de vida com uma corda amarrada ao pescoço, morrendo sufocado. Ele veio correndo me avisar e perguntou se eu poderia cuidar do animal. Como eu poderia dizer que não?? Você responderia não, depois de ouvir um relato desses?? Bem.. ele trouxe o cachorro e assim que o vi, descobri imediatamente o motivo de terem querido matá-lo asfixiado, embora isso não seja desculpa. Ele tinha sinais de estar com cinomose (só faltava o diagnóstico). Uma doença viral que atinge diretamente o sistema imunológico e causa além da paralisia das patas muitas outras complicações. É um tratamento longo, caro, sofrido e difícil. Geralmente leva de 3 à 9 meses de tratamento contínuo com vários tipos de remédios. No começo, como tinham diversos outros cães aqui em casa, achei melhor não recolhê-lo de imediato. Preparei para ele uma cama improvisada na frente de casa, embaixo de uma árvore com papelão e jornal, deixei água e comida e voltei pra dentro. Mas ele chorava muito, meus outros cães ouviam e latiam junto. E ali ele ficou uns 50 minutos. Dentro de casa, corri para a caixa de remédios para ver se ainda tinha os remédios da Eudora e se ainda estavam dentro do prazo de validade, pois a minha cachorrinha Eudora, também havia morrido dessa doença maldita e eu teria algo para começar o tratamento dele, enquanto não amanhecia para que eu pudesse levá-lo ao veterinário, para confirmar ou não, as minhas suspeitas. Ganhei a Eudora de um menino na rua, que disse que não a queria mais e por esse motivo à daria para qualquer pessoa que cuidasse bem. Me deu à entender que estava até vacinada. Mas oito meses depois, descobri que não era verdade. Descobri da pior forma. Minha cachorrinha pegou cinomose e foi uma luta que não consegui vencer. De resto, somente sobrou o vídeo dela para matar a saudade, de quando ainda era uma bebê.

https://www.youtube.com/watch?v=c8n_lxHsT3Q

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Depois de passados uns 15 minutos voltei na rua e vi que ele havia se arrastado para longe dos jornais. Então peguei ele no colo e coloquei ele de volta no papelão na frente de casa e voltei para dentro. Peguei uma cama enorme que estava sobrando da minha cachorra Marie, afinal ela tem várias, coloquei um cobertor. Coloquei os remédios em meu quarto e a cama dela ao lado da minha e fui novamente na rua, verificar como ele estava. Notei que outra vez, lá estava ele, fora da caminha improvisada que eu havia feito, se arrastando para o meio da rua. Levei ele de volta para a caminha embaixo da árvore e voltei para dentro. Ele não parava de chorar, imaginei que estivesse com dor, e talvez com um pouco de frio. Terminei de arrumar as coisas em meu quarto e corri para fora. Peguei o no colo e trouxe-o para dentro de casa, dentro do meu quarto, para a caminha que havia preparado.

Foi nessa hora que pude notar que além de tremer as patas traseiras e só mexer normalmente as dianteiras, ele estava com um caroço enorme entre o peito e o ombro esquerdo. A impressão que me deu, é que o haviam espancado pois aquele caroço, nem de longe era da doença. Dei uma dose de buscopan (único remédio que eu dei sem consulta médica), pois achei que ele pudesse estar com dor e febre, o deitei na caminha tapado com o cobertor. Ele parou de chorar daquele jeito estridente e se aquietou. O problema é que aonde eu ia, lá ia ele se arrastando atrás, então eu voltava e pegava-o no colo, fazia carinho, conversava com ele e levava de volta para o quarto, para a caminha dele. Como a Marie fica dentro de casa, tive que cuidar muito para ela não se aproximar. Afinal, com um animal com uma doença contagiosa dessas, dentro de casa, todo o cuidado é pouco. Aproveitei o resto da noite para ler várias matérias em blogs e sites de veterinária sobre essa doença. E descobri que ela tem vários estágios, inclusive o estágio neurológico onde o animalzinho tem tiques nervosos

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nas patas, na cabeça.. enfim. Os estágios não são sistemáticos, cada cão apresenta ou não os sintomas na ordem. Alguns tem apenas uns, outros tem vários e alguns tem todos.. Tem cães que quando conseguem se salvar ficam lesionados mancando, arrastando ou puxando uma patinha. Ele só teve tiques nas patas e depois evoluiu para o pescoço, onde ele puxava também. Naquela primeira noite, aprendi muito sobre a doença e também sobre a raça Border Colie, onde um filhote custa em torno de R$ 700 a R$ 2.000 mil reais. Os donos certamente pagaram caro e como o custo foi alto para adquirir o animal, não verificaram se ele havia sido vacinado, confiaram no vendedor e não se precaveram buscando assim, imunizá-lo contra essa e outras doenças. Ele era muito lindo, gordinho, olhos bem escuros e o nariz rosinha de um lado. Meu lindo cachorrinho sem nome. Fiquei um tempão cuidando dele, conversando, fazendo carinho, olhando cada detalhe da carinha dele, do focinho, das orelhas.. Ele era muito fofo. Apeguei-me fácil e como sempre, sofri horrores. Passei muitas noites mal dormidas, ao lado dele. Teve noite que precisei colocar em minha cama para que ele pudesse se acalmar, pois conforme a doença avançava, ele sofria e chorava. Juntei dinheiro e corri pro veterinário com o cachorro.. Lá o veterinário fez os exames e constatou que ele estava com cinomose mesmo e que seria difícil salvá-lo. Peguei as receitas novas e eu fui pra farmácia e pet shop e comprei os remédios para a primeira semana. Um dos remédios mais importantes para a doença é sem dúvida o Promun Dog, vitamina para o sistema imunológico. Seguido de:

Monovin A (vitamina), Doxiciclina (antibiótico para ajudar no problema da anemia), Amoxilina com ácido clavulanico (antibiótico), Agrovet 5.000 (antibiótico) Buscopan (para a dor e febre), Citoneurin 5.000 (vitamina B12), Ibatrim (antibiótico para problemas estomacais e digestivos), Cino Globulin (soro contra o vírus da cinomose), Glicopan Gold (vitamina), Tobramicina (colírio para os olhos), Nutrisana (vitamina A e D3) Stugeron (para artereosclerose, ulceras e impedir os tiques da cabeça), pomada Nebacetin (para a ferida) que se formou ao estourar aquele caroço de pus que ele tinha no meio do peito, Rifamicina cicatrizante, Omeoprazol (para o estômago) Luftal ou chá de camomila morninho (para cólicas) Água oxigenada, Álcool anti-séptico (para o curativo), Algodão e bandagens.. Hipoglós (para as escarras e assaduras)

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Ração Ossobuco (para reforçar o sistema imunológico), Soro caseiro (no lugar da água), Quiabo batido (vitamina B12 natural) Mamadeiras (uma para água e outra para a comida) Fraldas descartáveis, Jornais

Comprei os remédios aos poucos, pois não pude comprar tudo no mesmo dia e como ele passou por dois veterinários, os remédios que um e outro receitaram dependeram da evolução da doença. Comecei o tratamento sem demora com as vitaminas, o antibiótico e o soro caseiro. Alguns remédios eu tinha em casa, então não precisei comprar. Comecei a fazer papinhas para ele batidinhas no liquidificador, com ração, quiabo, ovo cru, farinha láctea, cenoura, beterraba, banana.. E guardava em potes, na geladeira, para ir dando para ele ao longo do dia. Mornava no microondas, colocava na mamadeira e dava pra ele. Mornava também o soro caseiro. Pois conforme o tempo foi passando ele começou a sentir muita cólica causada por problemas intestinais, onde o veterinário entrou com o Ibatrim e Luftal (ou chá de camomila). (Como ele já estava tomando muito remédio, optei pelo chazinho de camomila, morninho). Essa dica do chá, recebi de alguém no Facebook. Sempre que recebia alguma dica de remédio natural ou não, falava sobre isso com o veterinário e se ele me indicasse comprava e dava pro Vittório. No segundo dia ele ainda se arrastava pela casa, tinha forças nas patas dianteiras e ia atrás de mim. Quando eu via, o pegava no colo e saía com ele pela casa. Nos apegamos muito, um ao outro. Parecia que ele sempre houvera sido meu. Sonhei acordada com a cura dele diversas vezes, mesmo sabendo que isso seria muito difícil. Pesquisando no Facebook, descobri um grupo de ajuda para quem tem cães com essa doença e deixo abaixo o link, e para quem quiser participar e ajudar com conselhos, força ou fazendo doações de remédios. Isso é muito importante também, pois os remédios são caros e o tratamento é longo e difícil. Alguns animais ficam em cadeira de rodas, outros através da acupuntura, fisioterapia e também da cirurgia com células tronco, voltam a andar.

https://www.facebook.com/groups/lutacinomose/?fref=ts

Essa é uma doença que dá muita febre, muita sede e faz o animal perder peso mesmo comendo de tudo, o tempo todo. Por isso é sempre bom dar bastante soro caseiro e comida de 2 em 2 horas. O bom é ter um termômetro para medir a febre do animal. Uma doença que costuma vir junto com a cinomose além da anemia é a doença do carrapato, por isso é recomendado por veterinários, o uso de Doxiciclina antibiótico. Já no terceiro dia, comecei a pensar em um nome para ele. Um amigo e eu pensamos em vários nomes diferentes. Até que no meio da noite, me veio à idéia

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de chamá-lo de Vittório. Um nome forte, bonito e que ao mesmo tempo me dava esperanças de vê-lo completamente curado. Eu não tinha dúvidas em meu coração de que meu novo cachorro, seria curado daquela doença. Ele comia bem, tomava muito soro e era o único cachorro que eu tive, que mastigava e comia os remédios. Enquanto os outros cães que tive, faziam fiasco para tomar uma vitamina líquida com gosto de morango, o pobre coitado, acho que lá na sua cabecinha, sabia que aqueles remédios poderiam curá-lo. E sempre abria a boquinha espontaneamente para mastigar os comprimidos, as vitaminas e etc. Uma luta injusta tivemos que travar pela recuperação dele, para que pudesse viver. Neste vídeo logo em seguida que ele veio para a nossa casa, ele ainda se mexia, levantava a cabeça e o corpo e se arrastava pela casa.

https://www.youtube.com/watch?v=cCOxN83xnC0

A doença o debilitava muito e em questão de dias ele já não andava mais nem se arrastando. Foi muito difícil para ele e também para mim, notar que aquele animalzinho, filhote ainda, estava com as patas durinhas e sem movimento. Só mexia automaticamente, por causa dos tiques causados pela doença. Ele ficou puxando as perninhas e um bracinho e algum tempo depois o pescoço. Mas conforme o tempo passava, aquele cachorro gordinho foi perdendo peso à olhos vistos e também perdendo os movimentos. Eu fazia o que podia, alimentava, dava os remédios, trocava as fraldas e os jornais, passava pomada. No princípio, ele se arrastava pelo quarto, mordia os fios do computador, da TV. Era louco por fios. Não podia ver um fio, que saía mastigando tudo. Brincava, latia.. Mesmo com alguns problemas da doença ele queria brincar, morder meus dedos, meu nariz.. Ele era muito brincalhão. Coisas de filhote. Quando estava com dor, ele se arrastava para debaixo da cama e ficava chorando, então eu pegava ele no colo, fazia carinho, conversava com ele e o medicava. Quando as dores aliviavam, ele dormia. Muitas vezes ele deitava no piso frio pois a noite era muito quente e ele ficava com calor de dormir na caminha, acabava de língua de fora. Sempre que eu o via deitado no piso, erguia-o e colocava-o de volta ou na caminha, ou no jornal ou em cima da cama. Tirei várias fotos dele na cama e também no chão.

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Se ele chorasse muito á noite ele dormia comigo, em minha cama. Dava pena ver ele sofrendo tanto. As dores da doença e também daquela ferida aberta no peito. Aquilo não cicatrizava nunca. Eu limpava todos os dias, passava pomada e fazia curativos.. Até que foi indo e a aquele machucado parecia querer sarar. Criou uma casca ali durante algum tempo. Então me animei e achei que estava seco por dentro também. Mas um dia fui pegá-lo para dar mamadeira e esbarrei na casquinha e notei que saiu muito pus dali de dentro. Então troquei a fralda dele, dei mamadeira e fui ver aquele machucado bem de perto. Molhei bem a casquinha com água oxigenada e depois que ela ficou bem molinha comecei a abrir a casca e descobri que não estava curado. Aquele buraco no peito estava maior, mais fundo e completamente infeccionado.

Hoje eu sei, que a ferida só curaria depois que ele estivesse curado da cinomose, pois aquela ferida dependia da imunidade dele estar bem, para ela poder cicatrizar. Mas isso nunca aconteceu. Não importava o que eu usava ali, eu limpava todos os dias de manhã e á noite e estava sempre infeccionado e doía muito. Mesmo com os remédios para a infecção que ele tomava, nada adiantava.

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Era desesperador ver que aquele animalzinho estava sofrendo cada vez mais e tomando remédios e mais remédios um atrás do outro, com intervalos de poucas horas. Remédios duas ou três vezes ao dia e parecia que nada adiantava. Eu chorava orando, eu pedia, eu implorava à Deus por um milagre. Queria que o Vittório ficasse curado do dia pra noite, ou que os remédios fizessem o efeito esperado em menos tempo. Quando me sentia desesperançada, triste e desanimada pedia socorro no grupo do Facebook. Muitas e muitas vezes fui socorrida, animada e me deram conselhos, dicas, passaram dietas e cuidados de todos os tipos. O coitado tomava tanto remédio, que até o cheiro natural dele, mudou. Coitadinho, cheirava a remédios. Eu não podia dar banhos, por causa da baixa imunidade, ele também não podia pegar frio. Me indicaram fazer bastante massagem nas perninhas e na coluna vertebral dele, para estimular os nervos, para facilitar a voltar a andar. Tinham pessoas que faziam acupuntura em seus cães, outros faziam fisioterapia naqueles que já estavam se curando da doença. Como o meu ainda estava na fase inicial, eu fazia apenas massagem. Quando o outono começou a esfriar de fato, eu não o levei mais para a rua para pegar sol. Nos dias mais quentes, sempre às dez horas da manhã eu o levava para o lado da casa e o deitava em cima de uma almofada fofinha para que ele pegasse um pouco de sol. E à tardinha fazia exatamente a mesma coisa, com ele. Eu o levava para a frente da casa e o deitava na almofada. Ele adorava. Ele ficava ali levantando a cabeça e arregalando os olhos para ver o dia, as árvores, as borboletas, os pássaros nas árvores, os gatos. Fazia bem para ele, estar ali vendo a natureza, se aquecendo no sol. Nos dias frios de outono ele não pode mais ir pra rua, não podia pegar frio, então eu o pegava no colo e o levava até a janela para ele ver a natureza e o dia através do vidro fechado. Fiz isso algumas vezes, para que ele se distraísse um pouco. Afinal, eu trabalhava e nas primeiras semanas quando ele ainda se arrastava pelo quarto eu ia ao trabalho a tarde. Porém, quando ele começou a ficar mais debilitado e magrinho, troquei meu horário de trabalho e fiquei mais em casa com ele, para poder melhor atendê-lo. Afinal, ele precisava de uma mãe naquela hora. Alguém que estivesse ali mais tempo para limpar, alimentar, mimar e cuidar. Os dias foram passando lentamente, eu sofria ao ter que dar remédios injetáveis 3x ao dia. Coitado! No começo ele reclamava dos remédios injetáveis, mas nunca me mordeu. Apenas resmungava que estava sentindo dor. E alguns remédios infelizmente não tem a versão em comprimidos, então tinha que ser injetável mesmo. Mas sempre busquei as versões em drágeas, comprimidos ou liquidos para então buscar pelos injetáveis, caso não tivesse outra opção. Infelizmente, alguns remédios eu não encontrei aqui, no RS. A Ribavirina conhecida também como: Rebentol ou Virazole. O ETNA e o DMSol que ninguém

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nas farmácias ou agropecuárias sabiam o que era, nem pra quê servia. Todos me olhavam com cara de interrogação na hora que eu pedia os medicamentos. Parece que somente os veterinários de SP conheciam, pois aqui quando citei esses medicamentos para os médicos eles não disseram nada, nem prescreveram para ele tomar. Ia pagar pela receita, se eu achasse os tais remédios. Tentei encontrar em vão, a casca da Endiroba que também ajuda no tratamento da cinomose e o chá de cipó mil homens. Ambos, sem sucesso. Ninguém conhecia, nem sabiam o que era. Nunca pude dar pra ele pois não encontrei em nenhum lugar. Então apenas mediquei ele com aquilo que tinha nas receitas médicas. Ele tomou muito soro globulin, agrovet 5.000.. Cada veterinário receitou pra ele, aquilo que conhecia, com base naquilo que já havia sido receitado antes. Gastei o que não tinha. Fiz tudo que pude. Ele não passou necessidade. Tinha tudo o que pude fazer e disponibilizar para o seu tratamento. Na ultima consulta, vinte dias depois, o primeiro veterinário o desenganou dizendo que ele nunca iria andar, que não adiantava fazer nada. Ele passou apenas os medicamentos de sempre, atualizando as receitas e nem no soro que eu achava importante, ele não quis colocar, pois disse que se ele estava bebendo água não seria necessário colocá-lo no soro. Passei na farmácia e na agropecuária e renovei os medicamentos dele. Mesmo achando que ele estava magrinho e necessitando de soro na veia, ninguém achou que isso seria importante. Não vou dizer que essa atitude me deixou feliz. Pois eu desejava um atendimento melhor, ele merecia isso. Em casa ele já não levantava mais o corpo com facilidade, ele levantava somente a cabeça. Quando eu chegava do trabalho, ele erguia a cabeça e tentava me olhar nos olhos, eu o pegava no colo e fazia festa pra ele, todos os dias. Então decidi que era hora de passar mais tempo com ele. Mudei meus horários, me ajustei para viver para ele. Cuidava de cada detalhe. Levantava as 7hs para dar os primeiros remédios e a primeira mamadeira do dia. Trocava suas fraldinhas, os jornais, as cobertas e colocava por cima, a manta dele. Virava ele de lado a cada troca de fralda, passava pomada. Limpava a ferida aberta do peito, colocava remédios e o deitava novamente. Ele começou a criar pequenas escarras, que eu precisei medicar com pomada Nebacetin pois o Hipoglós não foi suficiente, afinal o seu uso era apenas para impedir que ele ficasse assado. Não adiantou muito, é claro. Afinal seus rins funcionavam bem e ele estava sempre molhando as fraldas. Fora isso, ele se alimentava muito bem, comia todas as papinhas que eu fazia, tomava água e dormia bem á noite. Ele estava tão medicado que eu comecei a perceber que parecia que ele não sentia tanto, as injeções que tomava diariamente. Antes, no começo, ele sentia muito, chorava e resmungava. Mas depois de vinte e tantos dias, ele parecia que estava dormente ou estava ficando mais doente e não sentia tanto as dores das picadas. Até hoje não tenho certeza.

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Comecei a perceber que ele ia ficando magro, fraco, não importava o que eu dava de comida. Várias vezes pedi receitas de comidas online e as meninas do grupo do Facebook, me ajudaram muito. Receitaram de tudo: frango cozido desfiadinho ou batido no liquidificador, cenoura, beterraba, e batata cozida. Fígado mal passado para ajudar com a anemia. Yogurte natural ou danoninho entre as refeições, ou antes, dos remédios para não dar problemas no estômago. Pois os remédios são muito fortes e sempre têm efeitos colaterais. Então isto ajuda a amenizar os efeitos, pois não é bom medicar os animais com o estômago vazio. Um dia à tarde e desse dia eu lembro bem, estava com o Vittório em meu colo dando á ele pão molhadinho no leite, nem deveria ter dado isso, afinal não tem nenhum nutriente. Porém achei que devia dar uma coisinha diferente para ele comer. Nunca esqueço o susto que eu levei. O cachorro comia tudo muito bem, até que se engasgou e ficou ali tentando puxar o ar.. Eu quase enlouqueci, nem lembro onde coloquei o potinho com o pão. Virei-o de costas para mim e comecei a dar tapinhas nas costas dele, até que ele desengasgou. Meu Deus, nunca passei um susto tão grande na vida. Relatei isso no grupo do Facebook e as meninas e uma veterinária que estava por lá seguidamente, me disseram que infelizmente tem que se tomar cuidado, pois essa doença tem muitas facetas e uma delas é debilitar o sistema digestivo, podendo causar possíveis engasgos. Daquele dia em diante, tudo que eu ia dar de comida, não importava o que fosse, passava antes pelo liquidificador. E enquanto não estivesse bem moído eu não dava para ele comer. As mamadeiras me ajudaram muito. Pois isso facilitava a alimentação e a água. Não tinha nada que ele não gostasse. Eu comprava patezinhos de cachorro, salsicha, aqueles petiscos de cães, um pouco de ração e batia tudo com ovo e 4 a 5 quiabos no liquidificador, mornava no microondas e dava pra ele. Várias vezes ao dia, ele tomava a sua super mamadeira. Mesmo assim, ele não engordou nem 1 kg a mais. O que mais me preocupava no Vittório além da doença em si, era aquela ferida aberta no peito. Quando conversei com os veterinários eles me disseram que aquilo não era da cinomose e que possivelmente ele tivesse sido espancado. Ou talvez tivessem jogado a sacola com ele dentro, no chão com força, não sei.. São teorias. Pois a verdade dos fatos, nunca saberemos. Aquilo causou um hematoma que logo inchou e se transformou num enorme caroço, (do tamanho de um punho fechado) e dolorida. Lembro que no primeiro dia eu não sabia direito o que era e fui passar uma pomada. Talvez na tentativa de acalmar a dor que possivelmente ele estivesse sentindo e ele choramingou. Então eu percebi que estava doendo bastante. Sorte que com a ajuda dos antibióticos, aquilo estourou pra fora e pude limpar.

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Quem tem um cachorro com cinomose, sabe que alguns remédios funcionam bem e outros nem tanto. Há dias em que parece que o animal está com todo o gás e vai se recuperar, porém em outros, parece que ele definha e você acha que aquele será o último dia de vida dele. Então você chora, se desespera e reza para que seja apenas mais uma etapa. Você tenta de tudo e o melhor que podem as suas posses. Mas as vezes nada disso parece funcionar. Você olha pro nada, na esperança de se agarrar à alguma coisa, mas não há nada lá. Só o vazio.

Mais 20 dias se passaram e fui ao encontro de outro veterinário. Queria que ele tivesse um outro diagnóstico diferente. Eu achava que o Vittório poderia ficar curado. Eu acredito que fui atrás de algo que eu sabia que não seria possível, porém eu queria tentar de novo, mais uma vez. Marquei consulta e pedi que se fosse possível, colocassem ele no soro, pois eu achava que como ele estava muito magrinho e desidratado essa era a melhor opção. Mas no dia da consulta à tarde, o médico ficou muito assustado com a aparência magrinha e desnutrida do cachorro. Embora ele se alimentasse bem, estava couro e osso. O médico foi bem sincero e disse que não havia a mínima chance, pois Border Colie, ele nunca tinha visto se salvar nenhum. Eu fiquei arrasada. Pagar uma consulta pra ouvir isso, melhor seria, ter ficado em casa dormindo. O médico não fez nada. Pois não tinha mais o que fazer. O Vittório estava com os olhos no fundo, magrinho e tremelico da maldita doença. Puxava bastante o pescoço. Ele estava na fase neurológica e essa é uma fase muito difícil. Ele nunca ficou agressivo, como alguns cães ficam. Mas já estava com remela amarela e fedorenta nos olhos e fazendo uso da medicação Tobramicina. Alguns ficam cegos, com essa doença. Ele não ficou. Outros, perdem o apetite. Graças a Deus ele se alimentava sempre, muito bem. Porém na última semana a infecção tomou conta e ele começou a ficar mais caidinho. Comia os remédios mas as mamadeiras ficavam pela metade. A preocupação com ele crescia, por isso levei ele na consulta com o veterinário.

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Quando voltei pra casa, continuei dando os remédios, cuidando como sempre, mas ele não estava mais como sempre. A doença estava ganhando a batalha. A imunidade estava muito baixa e a infecção tomou conta do corpo dele. Na última mamadeira ele se queixou de dor ao engolir e não quis mais nada. Eu chorava abraçada nele. Eu chorava orando. Eu não podia fazer mais nada. Ele estava mais uma vez, desenganado. Dia 3 de junho levantei cedo, no horário de sempre. Peguei a mamadeira com água e coloquei-o no colo. Queria tentar dar um pouco de água antes da mamadeira, pois imaginei que ele pudesse estar com sede. Foi quando notei que ele estava morrendo. Tentava puxar o ar, mas não tinha ar.. Larguei tudo e o abracei. Sentei na cama, com ele em meu colo, abraçado em mim. Eu não parava de chorar, não queria que ele fosse embora. Não queria deixar ele partir pra sempre. Eu havia me apegado. Ele era o meu coleguinha de quarto à dois meses. E agora ele estava ali, morrendo, dando seus últimos suspiros e eu dizia que o amava muito. Que ele era o meu filhinho amado, que jamais eu iria esquecê-lo. Pedi pra ele não ir, pra não me deixar. Então percebi seus olhinhos mudando, sua boca parando de mexer e ele se indo. Eu chorava, chorava e chorava com ele em meu colo. Fiquei uns longos minutos ali, abraçada com ele, não querendo acreditar que aquela vidinha frágil, tinha se ido pra sempre. Lutamos uma batalha terrível. Fomos fortes até a morte. Mas a doença foi mais forte e levou meu cachorro para sempre.

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Dedicatórias e recados finais

Eu não sei quem lerá este livro, mas gostaria de dizer aos primeiros donos do Vittório, essas palavras: "Eu não sei quem são vocês, nem porque ou como o Vittório chegou às suas mãos, mas eu acredito que ele foi muito amado aqui. Bem mais do que quando vocês o tinham. Porque eu jamais, jamais abandonaria um animal por motivo nenhum nesse mundo. Porque para mim, ficar doente é uma coisa que acomete a todo e qualquer ser humano ou animal e isto não é motivo suficiente para colocá-lo numa sacola, para que morra sufocado, só porque vocês não querem cuidar, nem gastar. Espero sinceramente que um dia vocês se arrependam do mal que tentaram fazer. Porque Deus foi maior na sua justiça e deu à ele uma segunda chance. Chance de ser amado de verdade, ser cuidado com carinho e tratado dignamente. Não é porque ele pode vir à morrer, que a gente simplesmente atira fora como se fosse lixo. Se ponham no lugar dele e pensem por um segundo: “Gostariam de ficar doentes e seus parentes os jogarem fora, dentro de um saco fechado para morrer? Sem nem ao menos tentarem lhes salvar a vida ou amenizar a dor???” Que isso, fique na consciência de vocês.

Estas palavras dedico ao Vittório

Filho, mamãe sempre irá te guardar dentro do coração. Sinto muitas saudades suas. Sua morte ainda dói demais. Choro todas as vezes que lembro do seu olhar

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procurando o meu, das vezes em que virava a cabecinha e arregalava os olhos para me ver entrar no quarto. Do jeito que se arrastava atrás de mim, todo feliz. Vittório, como eu sinto a sua falta. E se um dia Deus permitir, quero abraçar você de novo. Quero brincar contigo nos verdes campos dos novos céus e nova terra que o Senhor Jesus, prometeu que há de fazer. Durma e descanse por enquanto. Pois no dia da volta de Jesus, o primeiro amigo que quero ver na frente ao ressuscitar, é você, com seu nariz de bolinha rosinha. Te amo pra sempre.

Á todos os demais, um abraço

Dedico este livro, a todos os seres humanos de verdade, àqueles que dedicam suas vidas á cuidarem dos animais que muitas vezes, vem parar em suas mãos de muitas formas diferentes. E também àqueles que hoje, estão lendo esta breve história, para aprenderem mais sobre a doença, sobre o tratamento e querem ter uma luz para se guiarem. Aprendi muito com a doença e com o Vittório e espero ter passado pelo menos um pouco de informação ou esperança com estas palavras. Espero que tenhas encontrado aqui, aquilo que veio buscar. Não deixem de lutar, são poucos os animais que se salvam dessa doença, mas não desistam. Quem sabe o seu animalzinho, aquele á quem você se dedica é justamente esse, que irá se salvar. Caso isso não ocorra, não desanime. Chore, ponha para fora a sua dor. Mas não esqueça do mais importante: Você fez o melhor que podia. Você é um vencedor, pois lutou lado a lado com seu amigão de quatro patas e isso somente os heróis conseguem fazer. Você foi um herói. Parabéns por sua persistência e sua fé. Saiba que você é muito especial, pois soube fazer a diferença nesse mundo. E são muito poucos, àqueles que sabem fazer isso. Para os amigos, para os curiosos e as demais pessoas que um dia lerão estas palavras, à você o meu muito obrigada. Não esqueçam nunca de vacinar os animais de estimação, para evitar toda esta dor e sofrimento, á você e ao seu animalzinho. A vacina é mais barata que todos esses remédios juntos, citados aí em cima. E para àqueles que perderam um filho peludo com esta doença terrível, não sofram sozinhos. Mais adiante no futuro, adotem um animal de rua, ou do abrigo da prefeitura ou de algum CCZ da vida. Pois aqueles animais merecem uma segunda chance e um dono maravilhoso que eu sei que você é. Um beijo. Sucesso e tudo de bom é o que lhes desejo do fundo do coração. Que Deus os abençoe sempre.

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Um apelo à consciência:

E para àqueles que querem um animalzinho para companhia, eu peço encarecidamente: Por favor, não comprem animais de raça nem em feiras, nem em pets, lojas, sites e etc. Por favor, ADOTEM! Adotem um animal carente de amor, de carinho.. Façam por ele um gesto de solidariedade. E ele lhes dará toda a felicidade e companhia que vocês desejam. Para cada animal que você compra, morrem vários nos cczs da vida. Não sejam coerentes com a morte desses animais. Nem sustentem feitores de animais de raça. Os animais não são bem cuidados por eles, são uma minoria, aqueles que de fato cuidam bem. A maioria que vende animais, só se importa com o dinheiro. Não contribuam com a venda de animais. Dêem aos animais de rua, uma segunda chance. Eles também merecem. Olhem essa carinha..

Se quiserem falar comigo, deixo abaixo meu endereço de e-mail:

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E se quiserem conhecer meu blog, o endereço é:

http://juliana-editions.blogspot.com.br/

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Principais fontes de inspiração e pesquisa para o livro: Fonte: CachorroGato @ http://www.cachorrogato.com.br/cachorros/cinomose/ - See more at: http://caes.topartigos.com/os-sintomas-da-cinomose-em-caes. http://www.blogdocachorro.com.br/cinomose/ http://entretenimento.r7.com/bichos/noticias/saiba-como-prevenir-e-tratar-a-cinomose-20100422.html http://acritica.uol.com.br/vida/Cinomose_0_919708068.html http://mdemulher.abril.com.br/familia/saude/cinomose-como-evitar-esta-doenca-do-inverno

http://acritica.uol.com.br/vida/Cinomose_0_919708068.html

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