viva melhor com a medicina natural luiz carlos costa

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Viva Melhor! Com a Medicina NaturalLuiz Carlos Costa

Outubro - 2000 Viva Melhor! Com a Medicina Natural

ndice Geral:

Captulo 1 - Manchetes jornalsticas 3 Captulo 2 - Minhas primeiras experincias 7 Captulo 3 - O corpo humano 11 Captulo 4 - Trofoterapia 32 Captulo 5 - Fitoterapia 92 Captulo 6 - Hidroterapia 107 Captulo 7 - Geoterapia 133 Captulo 8 - Alimentos integrais 146 Captulo 9 - Programas trofoterpicos e fitoterpicos 158 Captulo 10 - Tratamentos naturais simplificados 197 Captulo 11 - Receitas culinrias saudveis 258 Captulo 12 - Conservas naturais 340 Captulo 13 - Principais produtos das abelhas 357 Captulo 14 - Assuntos complementares 374 Captulo 15 - Depoimentos importantes 440 PREFCIO Quando pensamos em viver bem e desfrutar o melhor desta vida, logo imaginamos que viver melhor simplesmente ter uma boa profisso, uma boa casa, o carro do ano, estar rodeado de bons amigos... Isto est de acordo com os conceitos neomodernistas que aprendemos no lar, nas escolas e na sociedade em geral. claro que todas estas necessidades so importantes na vida de cada indivduo. No entanto, que reao natural normalmente temos quando percebemos que nos falta a esquecida sade, e comeamos a treinar para a maratona do bem- estar fsico, s vezes at internacional? Esquecemos boa parte daquilo que temos e somos. Os valores so substitudos, ou melhor, recolocados em suas

funes originais, e a busca desesperada para conseguir pelo menos "um grama" de sade a mais passa a ser sentida por todos os amigos e familiares. E quanto custa "um grama" de sade? Muitas vezes tardiamente, milhes de pessoas tentam responder esta pergunta, aps terem perdido muitos "gramas" em orgias e vcios, hbitos de higiene imprprios, excesso de trabalho etc. Passaram a vida conhecendo diariamente o preo do dlar, do grama do ouro e de outras aplicaes no mercado financeiro. O que deveriam ter aprendido em "tempo de paz", tero de aprender em "tempo de guerra". Ser que este no o meu exemplo, prezado leitor? Ou ser que este o seu exemplo? No importa. Diz um provrbio popular: "No devemos chorar pelo leite derramado." Porm, preciso conhecer mtodos mais seguros para se evitar que outros "pacotes de leite" se percam. VIVA MELHOR! COM A MEDICINA NATURAL, o que propomos a todos os queridos leitores. Um pedido especial: sempre que iniciamos uma nova atividade de trabalho, encontramos muitas novidades em nosso dia-a-dia. Nesta primeira experincia literria cremos que a situao no ser diferente, pois medida que avanamos nos degraus da escada do saber, mais devemos procurar os tesouros escondidos na mente dos nossos semelhantes. Portanto, pedimos a voc, querido leitor, que ao perceber qualquer imperfeio lingstica, tcnica ou grfica, se digne preencher o formulrio de "Sugestes e Crticas Construtivas", contido em cada livro impresso. Tais opinies podero ser enviadas Redao da Editora. Fazendo assim, voc estar ajudando especialmente os leitores das futuras edies. Agradecemos antecipadamente sua valiosa colaborao. Uma boa leitura a todos! Luiz Carlos Costa

1 - MANCHETES JORNALSTICAS HORTALIAS FRUTAS E PLANTAS: 01. "Voltando ao tempo dos remdios dos nossos avs". Dirio de Pernambuco, 20/07/1990. 02. "Frutas, vegetais e gros, a dieta recomendada para 93". O Est. de S. Paulo, 27/12/1993. 03. "Frutas e verduras reduzem hipertenso em idosos". Folha de S. Paulo, 03/12/1993. 04. "A dieta de frutas a mais recomendvel para desintoxicao". ltima Hora (jornal paraguaio), 20/01/1993. 05. "Vitamina em drgea no substitui frutas e verduras". O Est. de S. Paulo, 31/03/1993. ALIMENTOS INTEGRAIS:

01. "Iogurte & Cia - Os superdigestivos". Revista Sade!, 05/1988. 02. "Leite materno pode evitar infeco de ouvido em beb". O Est. de S. Paulo, 04/07/1993. INCENTIVOS: 01. "OMS [Organizao Mundial da Sade] incentiva amamentao". Dirio de Pernambuco, 08/03/1992. 02. "Controle na alimentao permite vida mais longa". Folha de S. Paulo, 15/06/1992. 03. "USP cria ambulatrio para distrbio alimentar". O Est. de S. Paulo, 19/07/1992. 04. "Coma certo, viva mais tempo". Selees,10/1993. 05. "Cientista sugere mais pesquisas de ervas medicinais". O Globo, 26/01/1986. ALERTAS: 01. "Controle da comida insuficiente - Fiscais do governo so poucos e o pas no tem laboratrios independentes avanados". O Est. de S. Paulo, 24/05/1992. 02. "Margarina e sabo, mesma matria-prima". Jornal do Comrcio, 20/11/1988. 03. "Objetos estranhos em alimentos lideram queixas". O Est. de S. Paulo, 03/04/1995. 04. "Leite de vaca vinculado a um dos diabetes". Folha de S. Paulo, 06/12/1992. 05. "As perigosas tentaes infantis - Hambrguer, pizza e refrigerantes". A Gazeta (ES), 29/03/1994. 06. "Infeco alimentar deve crescer, alerta estudo". O Est. de S. Paulo, 08/04/1995. 07. "Plula anticoncepcional aumenta risco de cncer". O Est. de S. Paulo, 22/10/1993. ATUALIDADES: 01. "TV pode trazer problemas neurolgicos - Para cientista, ver televiso... pode aumentar as chances de desenvolver mal [grifo nosso] de Alzeheimer". O Est. de S. Paulo, 01/01/1994. 02. "Nuvem txica deixa mais de mil doentes nos EUA". O Est. de S. Paulo, 28/07/1993. 03. "Estudo associa TV violncia". O Est. de S. Paulo, 10/07/1993. MEDICAMENTOS: 01. "Inspeo reprova 39 laboratrios - S 6 empresas vistoriadas pela

Vigilncia Sanitria em SP foram aprovadas". O Est. de S. Paulo, 27/01/1995. 02. "Mdicos alertam para uso de antibiticos". O Est. de S. Paulo, 24/09/1995. DROGAS: "Produo de drogas explode em todo o planeta". O Est de S. Paulo, 24/10/1993. PERIGOS GERAIS: 01. "O risco dos cosmticos - Produtos de beleza podem provocar reaes alrgicas que enfeiam a pele". Jornal do Brasil, 26/12/1993. 02. "Estudo mostra que brasileiro come muito sal". Folha de S. Paulo, 1991. 03. "Governo analisa uso teraputico da maconha". O Est. de S. Paulo, 20/07/1995. 04. "Garganta de cantor de rock sofre mais". O Est. de S. Paulo, 24/09/1995. 05. "Obesos tm risco maior de catarata". O Est. de S. Paulo, 24/09/1995.

2 - MINHAS PRIMEIRAS EXPERINCIAS Eis um resumo de como chegamos at aqui: Uma das grandes felicidades que tenho em minha vida a de ter nascido em um lar vegetariano. Contava ainda com a idade de 2 anos quando meus pais aboliram completamente os alimentos crneos de nosso lar, exceo feita aos ovos e leite, e passaram a cultivar hbitos alimentares mais sadios, dando oportunidade sua prole de desenvolver-se mais sbia e vigorosamente. Porm, ao atingir a idade juvenil, a influncia de amigos foi alterando os "velhos" e conceituados costumes, e um cabedal extenso de produtos artificiais, inclusive bebidas alcolicas, foi introduzido em meu cotidiano. Enquanto o tempo continuou em seu movimento, os primeiros sintomas de doenas que sem misericrdia iriam alojar-se em meu ser, apareceram para promover o desconforto e o funesto medo da morte. Foi ento que em Sua bondade Deus nos colocou em contato com pessoas naturistas, e de uma entidade filantrpica denominada Hospital Naturista "Osis Paranaense", em Almirante Tamandar, PR. Todos se empenharam em reeducar-me com o nobre propsito d recuperao de minha sade, devolvendo-me a alegria de viver que por algumas vezes havia perdido, em virtude do aparecimento das enfermidades. Mas os fatos no pararam por a. Segundo a Escritura Sagrada,

"aquele que vem, diga venha". Foi o que aconteceu comigo quando sentia necessidade de contar a muitas outras pessoas o quanto importante a cincia do comer e do beber, cujo nome aprenderia meses mais tarde e, se Deus permitir, para jamais esquec- lo: TROFOTERAPIA. Foi assim que se iniciaram as primeiras experincias que serviriam de profundos alicerces para o trabalho que estamos desenvolvendo desde 1984. No entanto, outro dilema apareceu em minha vida: como contar s pessoas sobre os miraculosos efeitos da Medicina Natural no organismo humano, se sou um simples professor e no um mdico? Este era um pensamento que freqentemente pairava em minha mente e deixava-me preocupado. Talvez no ntimo imaginasse que os nicos entendidos de sade so os profissionais da rea. Alguns anos mais tarde ouvi uma frase bem adequada a este pensamento, proferida por um amigo naturista, que muito me estimulou a estudar mais a respeito da necessidade de entender mais daquilo que comemos do que de nossas prprias doenas e remdios qumicos. No entremos no mrito da questo para saber quem tem ou no razo. Todas as terapias tm suas virtudes; continuemos o assunto. Um dia, relembrando os primeiros contatos de amizade com o mdico cristo, dr. Luiz Ignatov (Uruguai), senti a necessidade de estudar com mais dedicao duas matrias importantssimas para todo estudante: Anatomia e Fisiologia do corpo humano, especialmente dos rgos relacionados aos sistemas descritos no captulo 3 deste manual, e de conhecer com profundidade as causas do sofrimento fsico da humanidade. Nesta ocasio ampliei minha biblioteca com livros sobre Medicina Natural e tratados mdicos, a fim de desenvolver um trabalho que oferecesse o mnimo de credibilidade tcnica. Pensamos em no trazer oprbrio aos demais colegas que to altruisticamente vinham determinando conceitos decisivos a respeito desta cincia to profunda, capaz de oferecer e promover adequadamente a sade. Vencemos as primeiras batalhas. Hoje, aps alguns anos de pesquisas tericas como professor de Naturologia de um centro naturista; e prticas como ex-diretor de um ambulatrio naturalista no Nordeste brasileiro, o que temos a oferecer aos simpatizantes da vida natural este reduzido compndio que abre perante os leitores algumas pginas da Natureza.

3 - O CORPO HUMANO Apesar de o objetivo central deste receiturio didtico estar baseado no ensino das principais formas teraputicas da Medicina Natural e das precisas avaliaes cientficas oferecidas pelo Naturismo, enfocaremos como tema introdutrio algumas informaes bsicas a respeito da mquina mais completa e complexa do globo terrestre - o corpo humano. Procuraremos tecer comentrios especiais sobre os aparelhos digestivo, urinrio, respiratrio e o sistema

epitelial. Dentro dos conceitos naturistas estes so os sistemas mais atuantes nos grandes embates realizados entre a sade e a enfermidade. Segundo vrios especialistas e nossa prpria experincia pessoal, os rgos da digesto possuem aproximadamente 50% de importncia na recuperao orgnica de qualquer enfermo; e isto independente da localizao e dos prdromos (sintomas iniciais) relacionados a cada enfermidade. Outrossim, necessrio salientar que a importncia destes rgos mencionados parcialmente a seguir, deve-se primeiramente sua capacidade de assimilao e excreo de resduos alimentares ou no, quer sejam vitamnicos, proticos, mineralizantes, hdricos, de oxigenao etc. Observe atentamente este captulo e procure estudar as definies e figuras, relacionando-as sempre com o seu conhecimento sobre anatomia e fisiologia do organismo humano. Se for necessrio, recapitule as informaes dadas. A. APARELHO DIGESTIVO Quando o "cronmetro biolgico" existente no crebro indica o horrio necessrio para uma refeio - desjejum, almoo ou jantar - a vontade de todo ser vivente dotado de instinto regular de comer, tratando-se especialmente do Homo sapiens - o homem. No entanto, quando ingerimos as substncias alimentares exigidas pelas funes psicossomticas do organismo, elas devem ser particularizadas a ponto de ser transformadas em energia vital para todos os rgos e clulas, formando assim o complexo bioqumico da digesto. Esta funo especfica do aparelho digestivo. A seguir voc encontrar a representao bsica dos detalhes desse sistema importantssimo manuteno da vida. Observe cada item mostrado na figura 3.1. As funes bsicas de suas partes anatmicas so as seguintes: 1. Cavidade bucal - Superfcie oca entre os maxilares, semelhante a um copo de liquidificador. o local onde se encontram a lngua, os dentes, as gengivas, e onde desembocam os lquidos digestivos produzidos pelas glndulas salivares. As primeiras fases mecnicas e qumicas do metabolismo digestivo so realizadas nesta cavidade. 2. Lngua - rgo muscular situado no interior da cavidade bucal que, por possuir diversos msculos de contrao voluntria, tem a funo idntica de uma p na movimentao do alimento para a faringe e o esfago. 3. Faringe - Assemelhando-se a um funil, um tubo msculo- membranoso, situado atrs do nariz, da boca e da laringe, cuja extenso varia por um lado at o crnio e por outro at encontrar-se com o esfago. Comunica-se com o ouvido atravs de um canal denominado trompa de Eustquio. 4. Esfago - Canal semelhante a uma tubulao de gua no qual o alimento projeta-se partindo da faringe at alcanar o estmago. Mede

aproximadamente 22 cm. 5. Crdia - Abertura similar a uma vlvula, existente no trmino do esfago e incio do estmago. Iniciada a digesto gstrica, ela se fecha auxiliando o funcionamento fsico e qumico do estmago. No considerada um rgo individual, mas apenas uma parte do estmago. 6. Estmago - rgo em formato de bolsa situado do lado esquerdo do abdmen. Suas paredes possuem quatro tnicas, a saber: mucosa, submucosa, muscular e serosa. Dentro do estmago existem diversos orifcios atravs dos quais um grande nmero de nfimas glndulas liberam secrees a serem utilizadas nos processos digestivos. H duas espcies bsicas: glndulas de muco, que preparam a mucina (lquido lubrificante das paredes gstricas), e as glndulas de pepsina, produtoras do muco gstrico, cuja funo principal metabolizar alguns tipos de alimentos - protenas e lactose. So trs os princpios ativos encontrados no suco gstrico: a pepsina, o lab-fermento e o cido clordrico. 7. Piloro - Passagem circular do estmago ao duodeno contendo um anel muscular que a mantm sempre fechada, abrindo-se somente quando os alimentos metabolizados no estmago so enviados ao intestino delgado. 8. Intestino delgado - dividido em trs partes: duodeno, jejuno e leo. a. Duodeno - Primeira poro do intestino delgado, que se inicia no piloro e mede de 20 a 25 cm de comprimento. Est relacionado ao fgado e pncreas atravs dos canais denominados coldoco e pancretico respectivamente. a parte mais fixa do intestino. b. Jejuno - Compreende a poro intermediria do intestino delgado, e estende- se do duodeno ao leo. c. leo - Corresponde poro final do intestino delgado, estendendo-se at o intestino grosso. Na estrutura interna do intestino delgado so encontradas pequenas glndulas que fabricam um liquido chamado suco entrico. Alm destas glndulas entricas, nota-se tambm a presena de vilosidades e microvilosidades, cuja funo a de absorver os nutrientes digeridos no intestino e lan-los na corrente sangunea. O suco entrico composto de erepsina, que desdobra ou digere as protenas; de maltase, que desdobra a maltose; de sacarose, que desdobra a sacarose; e de lactose, que desdobra a lactose. 9. Ceco - Grande bolsa de fundo cego situada no trmino do intestino delgado e no incio do intestino grosso. 10. Apndice - Pequena projeo do intestino, existente abaixo do ceco, ligada ao intestino grosso na parte inferior do clon ascendente, cuja finalidade no organismo semelhante de um dreno de instalaes hidrulicas, ou seja, apenas reter sujeiras e restos alimentares. Qualquer inflamao nesse rgo recebe o nome de apendicite. 11. Clon ascendente - Poro do intestino grosso que comea no ceco e termina no ngulo heptico. 12. Clon transverso - Parte do intestino grosso entre o ngulo

heptico e o ngulo esplnico. 13. Clon descendente - Poro do intestino grosso que se inicia no ngulo esplnico e limita-se ao clon sigmide. 14. Clon sigmide - Parte final do intestino grosso, onde se inicia o reto. 15. Reto - Seco inferior do intestino grosso, que tem seu incio na regio denominada flexura sigmide, e se estende at o orifcio anal. Recebe este nome por tratar-se de um canal retilneo. 16. Bao - rgo abdominal localizado imediatamente abaixo do diafragma, do lado esquerdo. o maior rgo linftico do organismo e funciona tambm como um acumulador de energia para o corpo humano. 17. Pncreas - Glndula alongada de secreo externa e interna, localizada na parte superior e posterior do abdmen, tendo em mdia de 15 a 20 cm de comprimento. Seu lado direito (cabea) est conectado ao duodeno; seu lado esquerdo (cauda) localiza-se bem prximo ao bao. Produz um lquido lmpido e incolor chamado suco pancretico, que lanado no duodeno atravs dos canais pancreticos, a fim de serem aproveitados os elementos nutricionais das protenas, gorduras e carboidratos. 18. Vescula biliar - Pequena bexiga msculo-membranosa semelhante a uma pra, situada na parte inferior do fgado, no lobo direito. Tem como funes o acmulo, a mucificao e a excreo da bile. 19. Fgado - a maior glndula do organismo, pesando em mdia 1750 g em adultos. Segrega a bile, cujo armazenamento feito na vescula biliar. Segundo a necessidade, o fgado fornece esta substncia de cor amarelo- esverdeado (pela presena de bilirrubina e a biliverdina), que usada para dissolver as gorduras ingeridas como alimento. Fisiologia da Digesto Mencionamos anteriormente que na cavidade bucal ocorre a primeira parte do processo digestivo no organismo, que somente termina com a eliminao total dos resduos alimentares na forma de fezes ou excrees intestinais. Todavia, no podemos deixar de abordar que o crebro o primeiro veculo de informaes digestivas, pois antes mesmo de um alimento ser ingerido, ou atravs de um simples olhar, diversos atos mecnicos e qumicos so constitudos. Isso possibilita a formao do fenmeno conhecido popularmente por "gua na boca". Comea nesta fase o trabalho dos rgos digestivos. Quando o alimento levado boca, vrios outros desses atos mecnicos ocorrem desde a cavidade bucal, passando pelo esfago, estmago e chegando aos intestinos. Esses fenmenos recebem os seguintes nomes: preenso, mastigao, deglutio e movimentos de contraes musculares em ondas, tambm chamados peristaltismo. Esses movimentos peristlticos, que de todos os atos mecnicos so os mais importantes, atuam no alimento desde o esfago at a sua sada em forma de excrees fecais. Consistem em estreitamentos e encurtamentos

dos canais do tubo digestivo, que impelem as substncias alimentares a cada rgo subseqente. No podemos deixar de enfocar dentro destes aspectos o valor da mastigao. O professor A. Balbach define este ato mecnico, que depende da vontade humana, da seguinte maneira: "Um alimento, quando bem mastigado, fornece ao organismo duas vezes mais elementos nutritivos do que quando mal mastigado. Assim, se mastigamos bem, podemos saciar a fome com a metade dos alimentos necessrios do que quando mastigamos mal." - A Flora Nacional na Medicina Domstica, vol. 1, pg. 110. A fim de que o alimento seja transformado em partculas, e posteriormente em energia vital para o organismo, ocorrem nele mutaes qumicas conhecidas como atos qumicos da digesto. Associam-se mutuamente neste objetivo: - Saliva - Portadora da ptialina e formada pelas glndulas partidas, sublinguais e submandibulares. - Suco gstrico - Distribudo pelas glndulas ppticas, contendo as enzimas da pepsina, lab-fermento e cido clordrico. - Suco entrico - Produzido pelas glndulas entricas com as suas respectivas enzimas: erepsina, maltase, sucrase e lactose. - Suco pancretico e bile - Formados no pncreas e no fgado respectivamente. Possuem as seguintes enzimas: esteapsina, tripsina e amilopsina. (Observao: o suco biliar no possui fermentos.) Os grupos de alimentos dissolvidos so levados a todas as partes do organismo atravs da corrente sangunea, sendo usados para incontveis funes orgnicas, o que resulta em vitalidade e proteo contra um cabedal elevado de doenas, parasitrias ou no, que tanto assolam a humanidade. cabvel e oportuno afirmar que o processo digestivo constitui-se parte importantssima do bem-estar fsico e mental do homem. Observe o quadro 3.1. Estude-o atentamente. rgos - Glndula(s) - Sucos Digestivos - Principais Fermentos Alimentos Digeridos - Produtos Desdobrados 1. Boca - salivares - saliva - ptialina - amido - dextrina + acar 2. Estmago - ppticas - suco gstrico - pepsina lab-fermento c. Clordrico - protena leite - aminocidos (coagulao) 3. Intestino - entricas - suco entrico - erepsina maltase sacarose lactose - protena maltose sacarose lactose - aminocidos dextrose dextrose + levulose dextrose + galactose pncreas - suco pancretico - esteapsina tripsina amilopsina - gordura protena amido - glicer. + c. gordur. Aminocidos dextrose + levulose fgado - bile - gordura - (emulsiona) B. APARELHO URINRIO Dentro do conjunto de terapias naturais o aparelho urinrio recebe destaque importante, tanto para a manuteno da sade como para a recuperao geral dos rgos enfermos, se bem que em propores

menores do que as do aparelho digestivo. Por tratar-se tambm de um sistema com funes de produo, filtrao e excreo de substncias qumicas e alimentares, possui caractersticas essenciais ao bom funcionamento dos mecanismos de defesa da maquinaria humana. Basicamente o aparelho urinrio subdividido em rins, ureteres, bexiga e uretra. No homem h mais um rgo que complementa de maneira indireta o trabalho desse aparelho - a prstata. Relacionaremos algumas anomalias do aparelho urinrio: - Anria - Falta de secreo da urina - Polaciria - Mico anormal freqente - Hematria - Presena de sangue na urina - Piria - Presena de pus na urina As funes bsicas de cada rgo so as seguintes: 1. Rins - rgos glandulares do sistema urinrio que, por possurem atividades de filtrao e de excreo de resduos, elaboram urina. Qualquer insuficincia destas duas glndulas "gmeas", em expelir toxinas, conhecida como uremia. 2. Ureteres - Dois canais longos e estreitos existentes nas sadas dos rins, usados para o transporte de urina bexiga. Sua inflamao recebe o nome de uretrite. 3. Bexiga - rgo oco com as caractersticas anatmicas da vescula biliar, cuja funo de reservar urina. Recebe o nome de cistite qualquer inflamao deste rgo. 4. Uretra - Orifcio condutor da urina. Sai do colo da bexiga at o ponto no qual essa substncia eliminada pelo meato uretral externo. No homem mede de 22 a 25 cm de comprimento, e na mulher cerca de 4 cm. formado por trs segmentos: prosttico (onde se localiza a prstata), membranoso e esponjoso. 5. Prstata - rgo formado por tecidos glandulares e musculares, exclusivo do sistema urinrio masculino, situado no incio da uretra. Funciona como uma vlvula para no permitir a entrada de espermatozides na urina (espermatria), e, no caso da ejaculao, impede a mistura de urina junto aos espermatozides. C. APARELHO RESPIRATRIO Para introduo do estudo bsico relacionado ao aparelho respiratrio, novamente citaremos algumas palavras do professor A. Balbach, vinculadas importncia do ar para a vida humana e animal: "A sade depende da respirao. Privado de ar, o pulmo como uma pessoa faminta que no tem o que comer. A morte sobrevm dentro de dias se o estmago no recebe alimento, e dentro de pouqussimos minutos se o pulmo no recebe ar puro. "O ar atmosfrico uma mistura gasosa que contm 78% de nitrognio, 21% de oxignio e 1% de outros gases, como o argnio, o gs carbnico, o nenio, o hlio, o criptnio e o xennio. O azoto, como seu prprio nome indica, no toma parte nos fenmenos respiratrios. O

oxignio, todavia, indispensvel vida do homem, dos animais e das plantas." - A Flora Nacional na Medicina Domstica, vol. 1, pg. 125. Perguntamos: se o ar to importante vida humana, como enfocou o renomado escritor, qual a importncia que devemos dar ao aparelho respiratrio na profilaxia e eliminao de doenas? Sem dvida alguma a mais conscienciosa possvel, pois do bom funcionamento deste aparelho depende a recuperao e a preveno de inmeras doenas, muitas delas ligadas ao aparelho digestivo. A seguir dedicaremos algumas consideraes parciais sobre o sistema respiratrio. 1. Fossas nasais - Aberturas situadas no centro da face, cujas funes so de aquecer e umedecer o ar inspirado, e ainda purific-lo de mltiplas impurezas. So semelhantes a um sistema de filtrao pneumtico usado em equipamentos de ar comprimido. 2. Traquia - Tubo formado por membranas e cartilagens, que se estende da extremidade inferior da laringe at os dois grandes brnquios, pertencentes tambm ao aparelho respiratrio. 3. Brnquios - So considerados os ramos primrios da traquia. Encontram-se com os pulmes atravs dos bronquolos, ramificando-se no interior dos mesmos. Servem de aerodutos para o ar inspirado. 4. Bronquolos - Ramificaes menores dos brnquios, podendo atingir em mdia 1 mm de dimetro. 5. Pulmes - So os rgos mais importantes do aparelho respiratrio, nos quais o sangue venoso oxigenado pelo ar inspirado. a usina aerbica que fornece oxignio para todas as clulas do organismo. Esto localizados na cavidade torcica, sendo revestidos externamente por uma membrana serosa identificada como pleura. D. SISTEMA EPITELIAL A superfcie do corpo est envolvida por um rgo extremamente complexo denominado pele. Seu peso corresponde a aproximadamente 16% do peso corporal, e sua superfcie cutnea, flexvel e contnua, mede cerca de 1,5 a 2 m2, no adulto: Constitui-se basicamente de epiderme (a parte superficial), derme (camada cutnea) e hipoderme (regio subcutnea). A colorao da pele depende de trs fatores fundamentais: 1. A colorao prpria da epiderme, que varia de acordo com a sua espessura. 2. Do grau de irrigao sangunea. 3. De alguns pigmentos primrios, entre os quais a melanina, a hemoglobina e o caroteno. Graas ao trabalho variado de cada parte do organismo, encontramos em toda a extenso deste sistema diversos tipos de tecidos com suas inmeras estruturas. Elas contribuem para o bem-estar fsico dos indivduos, ajudando-os a desenvolver todas as funes pr-determinadas pelos mecanismos genticos. Na seqncia detalharemos as principais funes da pele:

Proteo - Semelhante ao invlucro de uma fruta, a pele possui a finalidade de proteger os rgos internos contra as impurezas externas, mantendo- os com sade. Alm disso, por possuir componentes protetores, como por exemplo o colgeno, garante a resistncia e flexibilidade no caso de traumatismo. Equilbrio trmico - Para promover o equilbrio trmico do corpo contamos no sistema epitelial com a atuao das glndulas sudorparas, tambm denominadas, de acordo com suas funes, de crinas, apcrinas e sebceas. As primeiras so mais especficas no trabalho de regulao trmica; enquanto as segundas, juntamente com o suor, possuem ao bactericida. Quando as glndulas sudorparas no desempenham bem suas tarefas, aparecem no corpo fenmenos denominados caumestesia (calor excessivo) e isquidrose (ausncia de suor). Nutrio - Pode parecer estranho ao leitor a afirmao de que a pele atua como via nutricional dos demais rgos, pois quando pensamos em nutrio, logo nos vem mente o uso oral dos alimentos com seus complexos vitamnicos. Porm, diversas experincias mdicas comprovaram a ao da pele como rgo de assimilao. A primeira experincia de que se tem registro na Bblia foi a de Isaas com o rei Ezequias (600 a.C.), quando o profeta orientou o monarca a colocar em sua ferida uma poro de pasta de figos, aplicando o que hoje chamado tecnicamente de cataplasma. Centenas de anos mais tarde, vrios pesquisadores descobriram dois fatores essenciais para a concretizao desse relato histrico: a funo do fruto como cicatrizante e alguns mecanismos neurolgicos existentes no corpo humano, atuantes nesse tipo de tratamento dermatolgico. A Naturoterapia ou Medicina Alternativa (cincia que estuda a cura das doenas utilizando-se ao mximo dos recursos oferecidos pela Natureza, tanto no organismo do homem como em seu ambiente), j realizou vrias experincias farmacolgicas naturais atravs desta ao da pele. Uma das que podemos antecipar, haja vista que vamos abordar mais detalhadamente este assunto no prximo captulo, a de uma senhora que nos procurou com um edema no brao direito, de origem renal. Depois de 28 anos tinha limitao total dos movimentos nesse brao, possivelmente atrofiado. Aps cinco dias aplicando cataplasmas de abbora crua ralada (2 vezes ao dia, 2 horas cada), simplesmente apareceram alguns movimentos cadenciados e um amolecimento visvel do edema. Este processo, segundo a cincia dermatolgica, pode ser chamado absoro epitelial. Outras informaes prticas forneceremos no captulo citado. Eliminao de toxinas - Quando surpreendidas por dermatoses, as pessoas preocupam-se muito com os incmodos produzidos. Isto aceitvel e natural; contudo, muitos no sabem que as diversas enfermidades epiteliais indicam deficincias orgnicas, quer vitamnicas, proticas ou de outra origem. Sem esses fenmenos de efeitos desintoxicantes, o comprometimento interno seria bem maior. Um dos exemplos mais conhecidos a deficincia da vitamina B5 (niacina),

que d origem pelagra, doena caracterizada pela formao de eritemas e queimao da pele do pescoo, punho, braos, pernas etc. A eliminao de toxinas atravs da pele pode ser percebida tambm quando um enfermo submete-se a tratamentos naturopticos de desintoxicao. Ocorrem ento mudanas epiteliais, decorrentes da limpeza dos rgos digestivos, urinrios e respiratrios. Entretanto, vale a pena salientar que no necessrio que em todos os casos de desintoxicao surjam tais alteraes superficiais. Na verdade, existem outros rgos que juntamente com a pele funcionam como promotores da higiene orgnica, conforme mencionamos anteriormente. O processo da eliminao de toxinas pelas camadas epiteliais est relacionado tambm eliminao de gua, no perceptvel a olho nu, denominado perspiratio insensibilis. Ou seja, um microprocesso respiratrio existente na pele, insensvel a todos, mas que muito nos ajuda na limpeza, excreo e nutrio epitelial. Embelezamento - Alm das funes citadas, a pele tem tambm a finalidade de embelezar o corpo humano, dando-lhe finssimo acabamento em todas as partes, desde as mais speras at as mais sensveis. tida como o revestimento do homem. 4 - TROFOTERAPIA Dentre todas as necessidades fisiolgicas do ser humano, no h nenhuma outra que fornea tanto prazer e mantenha o corpo em condies to favorveis de trabalho como a boa alimentao. Nada pode substituir o desejo de receber dos alimentos algo que possa superar a sensao da fome. Isso no acontece por acaso. Ser que existem outras motivaes que possam ser consideradas mais importantes na relao das necessidades bsicas do homem? bvio que no. Mas o ser humano, pelo fato de no compreender corretamente as leis naturais da Nutrio qualidade, quantidade, harmonia e adequao - estabeleceu infinitas divises e vrias pseudoconcluses no quadro alimentar da mais completa e complexa cincia teraputica - a TROFOTERAPIA. A. LEIS DA NUTRIO Para que o leitor compreenda de modo mais amplo as leis supracitadas, teceremos alguns comentrios objetivos sobre estas regras, cuja finalidade ajud-lo a entender como indispensvel o respeito para com as leis alimentares. 1. Qualidade Com a estrutura capitalista existente atualmente no mundo, comprar alimentos mais baratos est sendo o objetivo de muitos. Mas preciso esclarecer que no devemos trocar a qualidade pelo preo. Quando usamos alimentos em condies imprprias ou mal preparados, aparecem

em nosso aparelho digestivo resduos txicos provenientes de fermentaes e putrefaes, que empobrecem o sangue e promovem doenas e febres intestinais. Conseqentemente, d-se a formao de um ambiente propcio ao desenvolvimento de grupos parasitrios ou "microinquilinos" - comumente conhecidos pela sociedade moderna como Giardia lamblia, Entamoeba histolitica, Ascaris lumbricoides, Enterobius vermiculares etc. O intuito econmico de trocar a qualidade de um alimento por seu preo , sem dvida alguma, um dos meios mais eficazes de se enriquecer a indstria farmacutica. 2. Quantidade Diversos socilogos so categricos em afirmar que o homem moderno um gluto. Nada temos a dizer contra esta definio, pois podemos comprov-la a qualquer momento de nossa vida. Para isso basta visitarmos um restaurante ou uma lanchonete na hora do "rush alimentar", e testemunharemos esta verdade incontestvel. Ao comermos demais, ou seja, ao ultrapassarmos o limite individual de necessidades nutricionais, sobrecarregamos nossos rgos digestivos e produzimos neles um aumento de circulao sangunea. Isso os debilita, inutilizando-os para as relevantes funes digestivas a que foram pr-determinados. Embotamos tambm nosso crebro - centro informtico de todas as funes orgnicas - e o fgado, que, em conjunto com as demais glndulas, o principal responsvel pela produo laboratorial do organismo. "Muitos vivem para comer e no comem para viver", o dito popular. Alm disso, outro aspecto nutricional pode ser considerado: ainda que comamos pouco de um determinado alimento de nossa preferncia, mas o comemos todos os dias, estamos transgredindo esta lei da mesma maneira que as pessoas acostumadas a comer quantidades exageradas de alimentos a transgridem. Por exemplo: se ingerimos arroz com feijo todos os dias, durante certo perodo, sua absoro pelo organismo no ser to eficiente, devido a fenmenos metablicos resultantes da falta de variao alimentar. Nota: no confundir o perodo de tempo acima estabelecido com aqueles que so planejados nos programas dietoterpicos naturistas. No segundo caso, apesar de haver em alguns horrios prazos que variam de 10 a 20 dias de um mesmo alimento, os naturlogos mais experientes preocupam-se com a rotatividade alimentar em outros programas dietticos. Isso evita perdas nutricionais decorrentes dessa transgresso. 3. Harmonia Esta terceira lei da Nutrio tambm chamada compatibilidade alimentar. essencialmente importante boa sade, pois vrios so os alimentos que no combinam entre si quando ingeridos em uma mesma

refeio. Tais misturas produzem dispepsias gstricas, reaes fermentativas e desarranjos intestinais. Por exemplo: ao misturarmos em uma refeio frutas com hortalias, associam-se em nosso aparelho digestivo enzimas e cidos incompatveis, que impedem a digesto e a absoro dos nutrientes contidos nesses alimentos, dificultando todo o processo de assimilao. Deste modo, afirmamos terminantemente: frutas no combinam, ou melhor, no se harmonizam com hortalias. As excees e demais combinaes podero ser estudadas ainda neste captulo, no tpico intitulado Compatibilidade Alimentar Bsica. 4. Adequao Esta norma diettica refere-se ao uso dos alimentos de acordo com a regio produtora e o perodo da safra. Ou melhor, necessrio que se conhea o mnimo das caractersticas tcnicas relacionadas ao solo que os produziu, bem como as condies climticas de produo. As atividades mentais e fsicas dos indivduos tambm devem ser consideradas. Por exemplo: muito comum no Brasil comermos alimentos oleaginosos - nozes, castanhas, amndoas etc - em pocas quentes do ano, apenas porque encontramos na televiso filmes e documentrios mostrando os europeus utilizando-se desses frutos em pleno rigor do inverno. Isto falta de adequao alimentar. E, muitas vezes, no nos contentamos somente em transgredir esta lei nutricional, mas ainda exageramos na quantidade, e a segunda norma tambm violada. Outro fator interligado adequao o uso indiscriminado de alimentos, mesmo saudveis, sem considerao para com os tipos de atividades profissionais desenvolvidas pelos indivduos. As substncias alimentares podem e devem adaptar-se s necessidades orgnicas de cada um. A todas as concluses aqui mencionadas d-se o nome de Adequao. O que trofoterapia? H centenas de anos um homem chamado Hipcrates, que mais tarde recebeu o ttulo honorfico de "pai da Medicina", disse uma frase to profunda em sabedoria que nem ele mesmo conseguiu compreender toda a extenso de suas palavras: "Que o teu alimento seja o teu remdio, e o teu remdio seja o teu alimento." Ficava fundamentada, atravs deste conselho didtico, a mais importante cincia teraputica conhecida em todos os tempos. A palavra Trofoterapia formada etimologicamente pela unio do prefixo grego TROFO, que significa alimentao ou nutrio; e do sufixo latino TERAPIA, que significa tratamento. Fica ento definido o termo: tratamentos pela alimentao. No entanto, muito mais que a justaposio de dois termos lingsticos o que ela consegue realizar no combate s enfermidades, quando o seu leme sabiamente dirigido e os seus conceitos bsicos

so plenamente respeitados. A trofoterapia visa estudar e proporcionar ao homem recursos naturais contra as doenas, transmissveis ou no, que nos dias atuais aterrorizam nosso planeta. Em termos mais amplos, podemos afirmar que no caso de uma bronquite (inflamao dos brnquios), deve-se utilizar o abacaxi (Ananas sativus), que possui uma enzima proteoltica chamada bromelina, com ao expectorante e analptica (tnica muscular); ou a cebola (Allium cepa), que por possuir alicina e cido sulfuroso de alho, atua eficazmente na Medicina Natural como bactericida e antiinflamatria. No caso de uma gastrite ou lcera gstrica pode-se utilizar a batata-inglesa (Solanum tuberosum) crua ou cozida (nunca frita), que, por conter solanina, agente ativo das solanceas, usada para inibir a ao dos cidos digestivos no estmago, evitando assim irritao da mucosa. Para os diversos tipos de enfermidades existe um quadro infinito de alimentos capazes de, se usados adequadamente e dentro de um padro tcnico satisfatrio, prevenir e curar as doenas que de maneira impiedosa destroem a felicidade humana. Em sntese, Trofoterapia a cincia diettica que, utilizando-se de alimentos simples e naturais, regula as funes orgnicas de um indivduo e normaliza o funcionamento dos seus rgos enfermos, sem produzir os efeitos colaterais negativos que comumente conhecemos em muitas tcnicas teraputicas. No esqueamos, todavia, que para alcanarmos os mais surpreendentes resultados preciso que a usemos sabiamente. B. VALORES TROFOTERPICOS DOS ALIMENTOS Estamos abordando neste captulo que a Trofoterapia indicada para substituir inmeros medicamentos farmacuticos e outras formas "milagrosas" inventadas pelo homem. Contudo, a fim de que esta substituio acontea harmonicamente, necessrio que os valores trofoterpicos de cada alimento sejam considerados em funo das suas virtuosas substncias trofoterpicas, ou de seus princpios ativos mais comuns (estudados no tpico seguinte). Sua composio qumica vitaminas, protenas, gorduras, sais minerais etc - tambm importante. Os principais valores trofoterpicos com os seus respectivos alimentos so: - Abstergentes - Vegetais usados para limpar ferimentos: limo, cebola, agrio, banana, figo, mamo etc. - Adstringentes - Usados para contrair tecidos: agrio, chicria, ma, rom, jaca etc. - Alcalinizantes - Possuem a propriedade de reduzir a acidez sangunea: cebola, pepino, tomate, melancia, melo, laranja, pra etc. - Analpticos - Restauram as foras (tnicos): cenoura, abbora, couve, abacaxi, ma, mel, soja etc.

- Andinos - Mitigam e aliviam dores: batata-inglesa, tomate, carambola, laranja etc. - Antianmicos - Combatem ou evitam a anemia: abacaxi, banana, uva, beterraba, melado, lvedo de cerveja etc. - Antiartrticos - Usados contra a artrite: azeitona, coco, morango, espinafre, cebola, pepino, batata-inglesa etc. - Anticancergenos - Previnem ou curam o cncer: uva, pssego, tomate, repolho, agrio, mamo, maxixe etc. - Anticatrticos - Combatem a diarria: abbora, alcachofra, goiaba, manga, ma etc. - Anticlorticos - Tm aplicao contra a clorose (tipo de anemia relacionada com peculiaridade mulher, que imprime pele uma colorao amarelo- esverdeada): beterraba, noz, uva, cenoura etc. - Antidiabticos - Usam-se contra os diabetes: alface, agrio, cebola, ma, mamo, pssego etc. - Antiemticos - Combatem o vmito: aspargo, jenipapo, cidra, limo etc. - Antifebris - Usados contra a febre: laranja, limo, melancia etc. - Antifisticos - Eliminam gases: cenoura, abacate, melancia etc. - Antiflogsticos - Combatem inflamaes: abbora, repolho, banana, melo, limo, figo etc. - Antigripais - Combatem a gripe: laranja, limo; cebola, alho, acerola, goiaba etc. - Anti-helmnticos - Expulsam vermes intestinais: coco, couve, cenoura, sementes de mamo, de melo e de abbora etc. - Antilticos - Evitam ou dissolvem clculos (pedras): tangerina, ma, melancia etc. - Antiobsicos - Eliminam gorduras desnecessrias: abacaxi, limo, laranja, melancia etc. - Antipirticos - Usados contra queimaduras: abbora, mel, batatainglesa, banana (casca ou folhas) etc. - Anti-rismicos - Combatem as rugas: pepino, alho, feijo-branco, manga, coco etc. - Bquicos - Usados contra a tosse: jaca, ma, manga, mel etc. - Cardiotnicos - Tonificam o corao: figo-da-ndia, alface, agrio, beterraba, cebola, mel, ma, aspargo etc. - Colagogos - Usados para produzir fluxo biliar: acelga, berinjela, agrio, melo, mamo etc. - Diaforticos - Estimulam a sudorese: salsa, cebola, figo maracuj (ch quente das folhas de ambas as frutas) etc. - Emenagogos - Promovem a regularizao do fluxo menstrual: melo, cenoura, couve, salsa etc. - Estpticos - Usados contra as hemorragias: cebola, banana manga etc. C. SUBSTNCIAS TROFOTERPICAS (PRINCIPAIS) classificado como substncia trofoterpica todo e qualquer agente

qumico alimentar com propriedades de revitalizar as funes bioqumicas e biomecnicas do corpo humano. A seguir relacionaremos uma lista de alimentos com suas respectivas substncias trofoterpicas. Antes, porm, informamos que as frutas, verduras e cereais possuem outros princpios ativos no mencionados, que possibilitam sua aplicao teraputica para incontveis aplicaes trofoterpicas. Frutas Abacate - Abacatina: substncia oleosa com propriedades nutritivas e hidratantes da pele. Usada tambm contra artrite e gota. Abacaxi - Bromelina: enzima proteoltica, ou seja, que auxilia na hidrlise das protenas. usada como expectorante e analptica. eficaz contra bronquite, artrite e obesidade. gua-de-coco - Rica em sdio, cloro e potssio, minerais essenciais vitalizao da pele e ao bom funcionamento intestinal e heptico. Suas propriedades medicamentosas bsicas relacionam-se ao aumento da colicistocinina, hormnio produzido na mucosa intestinal, auxiliador dos movimentos vesiculares. Amndoas - Amandina: protena reconstituinte dos tecidos com grande aplicao no combate s anemias. Seu leo usado como emoliente tpico. Amendoim - Araquina: principal substncia dos cidos graxos do amendoim. Cura algumas sndromes ocasionadas pela carncia desses cidos no organismo. Azeitona - Olena: principal componente do leo de oliva, que aplicado contra as dores reumticas, otites, lceras estomacais e na tuberculose. Banana - 1. Potssio: alm de outras funes, esse mineral tem ao diurtica. importante nos casos de presso baixa. 2. Serotonina: calmamente e induz ao sono. Atua no crebro auxiliando na produo de endorfinas, os chamados "hormnios da alergia". Caju - Cardol: leo contido na casca do caju com propriedades altamente corrosivas; anti-sptico e vermfugo. Atua no combate lepra, ao eczema e psorase. Caqui - cido urnico: presente nas pectinas dessa fruta na proporo de 75%. Esta substncia suaviza as irritaes das mucosas digestivas e refresca a pele. Coco - Potssio: mineral de suma importncia para o sistema muscular, especialmente aos msculos cardacos. diurtico e encontra-se tambm em abundncia na banana. Figo - Fissina: enzima proteoltica (que auxilia na diviso molecular das protenas), cuja funo semelhante da bromelina contida no abacaxi e a da papana no mamo. Tem aplicao prtica contra lombrigas e oxiros. Goiaba - 1. cido pantotnico: faz parte do complexo vitamnico B,

grupo de nutrientes que atuam na pele, nervos e olhos. 2. Colina: atua como protetora do fgado, impedindo o acmulo de gorduras nessa glndula; seus efeitos so conhecidos como lipotrpicos. Jaca - Jacalina: em estudos realizados na universidade francesa de Montpellier, pesquisadores descobriram que esta substncia tem capacidade de bloquear a ao avassaladora do HIV, vrus causador da Aids. Sua funo a de atuar nos linfcitos, aumentando as atividades dessas clulas. Laranja - 1. cido ascrbico (vitamina C): nutriente vitamnico com ao hematopoitica, ou seja, necessrio formao do sangue. 2. Hesperidina: pigmento avermelhado e rugoso. 3. Limoneno: encontra-se no leo essencial contido na casca. Em associao, esses agentes trofoterpicos chamados bioflavonides so antiinflamatrios das articulaes e reconstrutores dos vasos sangneos causadores de varizes. Limo - Rutina (vitamina P): indicada contra varizes. 2. Espiridina: combinada com a vitamina C, essa substncia atua favoravelmente nos vasos capilares. Por esta razo, o limo tambm indicado contra os cnceres de pele. O azedo caracterstico do fruto proveniente da azardacina, muito til contra os insetos e o mau cheiro caracterstico das axilas. 3. Limoneno: responsvel pelo aumento da produo de enzimas do corpo, capaz de combater com mais eficincia as clulas cancergenas. Ma - 1. cido mlico: substncia fundamental tonicidade cardaca. 2. Pectinas: possuem propriedades medicinais antidiarrias. Mamo - Papana: enzima proteoltica antidispptica, ou seja, age contra a m digesto das protenas. possuidora de alto valor biolgico, sendo usada tambm contra processos inflamatrios internos e externos. Manga - 1. Carboidratos: so os produtores de energia para o corpo humano. Sua ao organolptica altamente destacvel. 2. Terebintina: componente do leo essencial da mangueira, sendo til no combate s doenas pulmonares e erupes da pele. Maracuj - Passiflorina: imprescindvel contra doenas do sistema nervoso. Melancia - Cucurbitina: usada como hipotensora, tem tambm efeitos magnficos contra doenas renais e febre intestinal. Melo - Celulose: indicada contra priso de ventre devido ao seu alto teor de matrias fibrosas. Morango - 1. Salicilatos: so usados como bactericidas e analgsicos. Eis a razo se usar o morango contra dores artrticas, como comprovou por diversas vezes o cientista Lineu, que sofria dessa enfermidade. 2. cido elrgico: apesar da pequena proporo encontrada nessa fruta, este cido tem aplicao eficaz contra alguns tipos de cncer. Pra - cido clorognico: considerado pelos pesquisadores como um antioxidante de primeira linha, ou seja, impede o desenvolvimento das clulas cancergenas.

Uva - 1. Glicose: alm de possuir elevado valor energtico, tem propriedades diurticas recomendveis aos que sofrem de presso alta e obesidade. 2. cido elrgico: retira do organismo todas as impurezas celulares causadoras de cncer. Hortalias Abbora - Globulina: substncia protica usada como corticide natural, atuante na cicatrizao epitelial e na flexibilidade e movimentao musculares. Alcachofra - 1. Inulina: polissacardeo de alto valor energtico e com propriedades diurticas. 2. Cinarina: responsvel pelo alto poder de digestibilidade encontrado na hortalia. Ajuda na eliminao de toxinas quer por via intestinal ou renal. Agrio - 1. Isoticianato de alilo: leo essencial responsvel pelo cheiro caracterstico do vegetal. estimulante da produo de bile e suco gstrico. 2. Mirosina: enzima que, atuando junto com outras substncias, produz o gosto amargo medicinal. 3. Sulfato cido de potssio: atua como diurtico e anti- sptico. A associao destas substncias confere ao agrio o benemrito ttulo de expectorante. Alface - Lactucina: atua de maneira hipntica contra enfermidades nervosas. um calmante de primeira ordem. Alho - Alicina: princpio antibacteriano sulfuroso indicado no combate s doenas crnicas infecciosas. Sua ao antitumoral tambm comprovada. Aspargo - Asparagina: catalisada pelo fgado atravs da enzima asparaginase, possui ao antileucmica e atua tambm como desodorante renal. Batata-Inglesa - Solanina: enzima inibidora dos cidos estomacais. Esta substncia confere batata-inglesa princpios antiulcerativos e analgsicos. Beterraba - cido glutrico: composto de um aminocido chamado lisina. importante na formao de anticorpos e na recuperao de doenas infecciosas. Brcolis - 1. Ditioltionas: so protetoras das clulas. Sua caracterstica principal a de aumentar a quantidade de enzimas junto a esses pequenos "tijolos" formadores do corpo. 2. Sulforafenos: so, juntamente com as ditioltionas, defensores das clulas que ocorrem no estmago, intestinos e mamas (inclusive os diferentes tipos de cncer). Cebola - 1. cido sulfuroso de alilo: presente tambm no alho, esse cido um poderoso bactericida e anti-sptico. o principal responsvel por um dos valores trofoterpicos mais conhecidos da cebola: antibitico natural. 2. Glucoquinina: tida como insulina vegetal; portanto, em suco com outras hortalias ou ao natural, controla os diabetes. Cenoura - cido nuclico: atua na sntese ou hidrlise das protenas.

Permite um melhor aproveitamento dos aminocidos. Couve - Iodo: mineral necessrio ao bom funcionamento da tireide e, por conseqncia, imprescindvel inteligncia. Dente-de-Leo - Taraxina: alm de contribuir para a limpeza do sangue, esse princpio ativo contribui tambm para que o referido vegetal seja laxante, diurtico, estomquico, expectorante e colagogo (estimulante da vescula). Maxixe - Zinco: mineral usado contra a anemia e os processos anaplsticos das clulas (formao do cncer). Pimento - Capsaicina: componente picante do pimento, com ao revulsiva quando aplicado topicamente. Internamente atua como tnico muscular e carminativo na eliminao de gases. Rabanete - 1. Rafanina: substncia encontrada no leo essencial desta hortalia, cujas propriedades bacteriostticas so freqentemente observadas pelos estudiosos da Natureza. 2. Senevol: essncia sulfurada responsvel pelo gosto picante do rabanete, muito til nos desarranjos digestivos. Repolho - Fenol: substncia produtora do cheiro caracterstico encontrado no repolho. Possui qualidades desinfetantes e anestsicas. Repolho-Roxo - Antocianina: glicosdeo de grande importncia teraputica. responsvel pela colorao roxa. Rcula - 1. Mirosina: auxilia na digesto gstrica e intestinal. 2. Essncia sulfurada e nitrogenada: age contra as doenas das vias respiratrias. Por isso, quando tomado em horrios adequados (com o estmago vazio), o suco dessa hortalia atua contra a bronquite e a asma. Salsa - 1. Apiol: leo voltil extrado das sementes, dotado de propriedades cicatrizantes. Atua nas enfermidades hepticas. 2. Apiina: usada em pequenas doses til contra ausncia de menstruao (amenorria). 3. Miristicina: encontrada no leo essencial e, de acordo com pesquisas norte- americanas, um poderoso agente anticancergeno. Tomate - cido oxlico: contrariando algumas teorias defendidas no passado, este cido, por ser reagente, usado na Medicina Natural contra distrbios renais, entre eles o nefrtico. Quanto ao seu uso em associao com limo ou vinagre, alguns cuidados devem ser tomados. Explicaremos este assunto no tpico "Compatibilidade Alimentar Bsica". Pode ser usado tambm como andino (que alivia dores), no caso de picadas de insetos e animais venenosos. Alimentos Integrais Aveia - Betaglucan: componente importante contra o excesso de colesterol produzido pelo fgado. timo para o corao em doses moderadas. Estas concluses foram obtidas atravs de pesquisas realizadas na Universidade de Ulm, na Alemanha. Cevada - cido saliclico: encontrado tambm em outros vegetais,

especialmente no morango, possui efeitos analgsicos. til contra dores provenientes da bursite, artrite e gota. Germe de Trigo - Tocoferol (vitamina E): nutriente necessrio reproduo animal. Possui tambm propriedades antiulcerativas. Girassol - Heliantina: encontrada nas flores e no caule, til para combater as febres intermitentes, especialmente as produzidas pela malria. Encontra-se na semente o cido graxo linolico, que pode ser usado contra distrbios nervosos, mesmo nos casos de esclerose mltipla. Lecitina de Soja - 1. Colina: fortalecedora do fgado at mesmo contra cirrose heptica. Age tambm contra afeces da pele. 2. Inositol e fsforo: responsveis pelo melhor aproveitamento das vitaminas A, D e E. 3. Serina: aminocido encontrado em muitos tipos de protena. Lvedo de Cerveja - cido flico: substncia essencial ao crescimento fsico dos indivduos, extrada da fermentao dos alimentos utilizados na produo de cerveja, atravs de um microorganismo chamado Lactobacillus casei, que pertencente ao grupo dos bacilos no patognicos ao homem. Seu uso indicado nos casos de anemia megaloblstica. Encontra-se em abundncia nos vegetais de folhas verdes. Mel - Inibina: substncia antibitica usada no combate formao de processos bacilmicos (presena de bacilos no sangue) produtores das doenas como o tifo, difteria, lepra, tuberculose etc. Melado - 1. Colina: remove os depsitos de gordura centralizados no fgado, conseqentemente reduzindo o excesso de colesterol. 2. Ferro: mineral de suma importncia no combate anemia. Milho - Zena: protena de ao energtica. Prpolis - Galangina: princpio ativo tambm encontrado nas plantas zingiberceas (cana-do-brejo, cana-de-macaco, galanga etc.), com propriedades emolientes e antiinflamatrias. um dos melhores antibiticos encontrados na Natureza. Soja - Glicinina: protena de alto valor biolgico com propriedades teraputicas contra esgotamento nervoso, desnutrio e enfermidades diabticas (neste ltimo caso quando usada com moderao). Possui todos os aminocidos essenciais vida humana. Trigo - Gliadina e glutenina: substncias proticas de qualidades energticas, indicadas nos casos de diarria crnica, de acordo com os estudos feitos por Dick, Weijers e Van Kamer - pesquisadores holandeses. D. COMPATIBILIDADE ALIMENTAR BSICA Por serem dotados de componentes qumicos orgnicos, os alimentos produzem entre si combinaes reagentes ou no, conforme mencionamos na 3 lei da Nutrio - a Harmonia. So combinaes reagentes aquelas provocadas por alimentos cujas composies qumicas, quando associadas a outras, promovem putrefaes

gstricas e intestinais, fermentaes alimentares, febres digestivas, flatulncias. Tais misturas permitem a entrada de incontveis parasitas no organismo. A esses fenmenos d-se o nome de INCOMPATIBILIDADE ALIMENTAR. Por outro lado, so combinaes no reagentes as associaes de alimentos que no promovem os distrbios supracitados, permitindo boa digesto e melhor aproveitamento dos alimentos. A esses fenmenos d-se o nome de COMPATIBILIDADE ALIMENTAR. Existem entre as sociedades modernas o hbito de se misturar muitos alimentos numa mesma refeio. Para que o seu conhecimento nutricional seja ampliado, observe com ateno o quadro 4.1, relacionando-o sua dieta cotidiana. Classificao alimentar bsica: 1. Frutas cidas: abacaxi, caju, tangerina ou mexerica, jabuticaba, laranja, limo, rom, nspera, ameixa, cidra, lima, marmelo, acerola etc. 2. Frutas semi-cidas: caqui, ma, maracuj, manga, goiaba, pra, pssego, uva, morango, carambola etc. 3. Frutas doces: banana, figo, mamo, tmara, cana-de-acar etc. 4. Frutas oleaginosas: abacate, amndoa, castanhas, coco, nozes, azeitona, avel etc. 5. Frutas hdricas: melancia e melo. 6. Hortalias em geral: alface; couve, beterraba, cenoura, repolho, pepino, agrio, escarola, berinjela etc. 7. Feculentos: aipim (mandioca), batatas, taioba, inhame, mandioquinha etc. 8. Leguminosas: ervilha, lentilha, amendoim, feijo, soja, gro-debico, tremoo etc. 9. Cereais: arroz, aveia, trigo, centeio, cevada, milho, sorgo etc. Quadro de compatibilidade alimentar cl = Combinao livre cp = Combinao passvel (observar a 2 lei nutricional) ci = Combinao indesejvel 1 = Frutas cidas 2 = Frutas semicidas 3 = Frutas doces 4 = Frutas oleaginosas 5 = Frutas hdricas 6 = Hortalias em geral 7 = Feculentos 8 = Leguminosas 9 = Cereais

1 + 1 = cl 1 + 2 = cp 1 + 3 = ci 1 + 4 = ci 1 + 5 = ci 1 + 6 = ci 1 + 7 = ci 1 + 8 = ci 1 + 9 = ci 2 + 1 = cp 2 + 2 = cl 2 + 3 = cp 2 + 4 = ci 2 + 5 = ci 2 + 6 = ci 2 + 7 = ci 2 + 8 = ci 2 + 9 = cp 3 + 1 = ci 3 + 2 = cp 3 + 3 = cl 3 + 4 = ci 3 + 5 = ci 3 + 6 = ci 3 + 7 = ci 3 + 8 = ci 3 + 9 = cl 4 + 1 = ci 4 + 2 = ci 4 + 3 = ci 4 + 4 = cl 4 + 5 = ci 4 + 6 = cl 4 + 7 = cl 4 + 8 = cl 4 + 9 = cl 5 + 1 = ci 5 + 2 = ci 5 + 3 = ci 5 + 4 = ci 5 + 5 = cl 5 + 6 = ci 5 + 7 = ci 5 + 8 = ci 5 + 9 = ci 6 + 1 = ci

6 + 2 = ci 6 + 3 = ci 6 + 4 = cl 6 + 5 = ci 6 + 6 = cl 6 + 7 = cl 6 + 8 = cl 6 + 9 = cl 7 + 1 = ci 7 + 2 = ci 7 + 3 = ci 7 + 4 = cl 7 + 5 = ci 7 + 6 = cl 7 + 7 = cl 7 + 8 = ci 7 + 9 = ci 8 + 1 = ci 8 + 2 = ci 8 + 3 = ci 8 + 4 = cl 8 + 5 = ci 8 + 6 = cl 8 + 7 = ci 8 + 8 = cl 8 + 9 = cp 9 + 1 = ci 9 + 2 = cp 9 + 3 = cp 9 + 4 = cl 9 + 5 = ci 9 + 6 = cl 9 + 7 = ci 9 + 8 = cp 9 + 9 = cl Consideraes gerais sobre compatibilidade - Frutas no combinam com hortalias, exceto as frutas oleaginosas. - Alimentos doces no combinam com alimentos salgados. - Tomate no combina com limo devido s reaes entre os cidos que compem esses alimentos. - Pepino no combina com sal de cozinha. O efeito deste mineral na hortalia de ao desidratante. - Leite no combina com acar. Com mel passvel. - O limo, apesar de ser classificado como fruta cida, pode ser agregado s saladas, devido ao seu baixo teor de carboidratos

(acares). Exceto quando houver tomate. - Caf, chocolate, frituras em geral, carnes (vermelhas ou brancas), os pescados e o vinagre so alimentos que provocam perturbaes orgnicas mesmo sem associarem-se com outros. Economizando na compra Para economizar na compra de frutas, hortalias, leguminosas e feculentos, e aproveitar ao mximo os recursos medicinais dos alimentos, veja os meses de produo de cada espcie vegetal. Quem compra na poca certa ganha no preo e na quantidade de vitaminas e demais nutrientes. Mesmo a quantidade de agrotxico diminuda no perodo de maior colheita. Acompanhe nos quadros 4.2 e 4.3 os perodos ideais para aquisio dos principais agentes teraputicos que a Natureza lhe oferece. Obs.: O Quadro 4.2 deste livro no foi possvel transcrever para o braille. Obs.: O Quadro 4.3 deste livro no foi possvel transcrever para o braille. E. ORIENTAES TROFOTERPICAS SIMPLIFICADAS Frutas Abacate (Persea gratissima) 1. Caspa e queda de cabelo - Fazer frices com a polpa no couro cabeludo durante 20 minutos por dia. O ch das folhas ou do caroo tambm pode ser usado. 2. Desarranjos menstruais - Toma-se o ch das folhas ou dos brotos 2 vezes ao dia. Abacaxi (Ananas sativus) 1. Bronquite - Tomar 2 colheres das de sopa do xarope de abacaxi. Modo de preparar: cortar em pedaos pequenos a polpa de 1 abacaxi, descascado ou no (se voc preferir a segunda opo, lave o abacaxi passando uma escova limpa sem sabo antes de cort-lo em pedaos). Junte aos pedaos da fruta de 1 a 2 copos de mel ou melado, levando a mistura ao fogo num tempo mdio de 30 a 40 minutos. A fim de se evitar que a mistura entorne, coloque no fundo da panela um prato ou pires, de acordo com o dimetro necessrio. 2. Afeces da garganta - Fazer gargarejos com suco 2 vezes ao dia. 3. Anemia - Fazer desjejuns com abacaxi, dia sim, dia no. Comer vontade num tempo mximo de 15 dias. Banana (Musa paradisiaca) 1. Pneumonia e tuberculose - Assar de 2 a 3 bananas com mel, servi- las ao enfermo em jejum. No misturar com outros alimentos. 2. Queimadura - Aplicar a parte interna da casca no local afetado, por

um tempo mnimo de 2 horas por dia. Ma (Pyrus malus) 1. Conjuntivite - Fazer cataplasma de 2 horas, sobre as plpebras, da polpa ralada. 2. Palpitaes do corao - Aplicar as mesmas cataplasmas na regio cardaca. 3. Diarria - Comer de 2 a 3 mas no desjejum, e tomar o ch da casca nos intervalos das refeies. Melancia (Cucurbita Citrullus) 1. Febre - Tomar 1 copo do suco a cada 3 horas. Aplicar fatias da fruta abaixo da regio umbilical (de 2 a 3 vezes ao dia). Suspender outros alimentos. 2. Vermes intestinais - Tomar pela manh, em jejum, 1 xcara do suco das sementes liquidificadas. Melo (Cucumis melo) 1. Enfermidades do aparelho genital feminino - Fazer desjejuns com a polpa ou o suco, num tempo mximo de 10 dias. 2. Solitria - Tomar pela manh, em jejum, 1 xcara do suco das sementes liquidificadas. Pra (pyrus communis) 1. Presso alta - Usar de 2 a 3 pras no desjejum, evitando usar outros alimentos. 2. Inflamao dos rins e da bexiga - Tomar 2 xcaras do ch das folhas durante os intervalos das refeies. Uva (Vitis vinifera) 1. Falta de apetite - Tomar 2 xcaras do suco puro no mnimo 3 horas aps o desjejum e 3 horas aps o almoo. 2. Gases intestinais - Fazer desjejuns dia sim, dia no, com a polpa da fruta ( vontade). 3. Doenas do fgado - Seguir a orientao anterior (n 2). Hortalias Abbora (Cucurbita pepo) 1. Hemorridas - Aplicar cataplasmas da hortalia ralada no local (de 2 a 3 horas). 2. Artrite e gota - Tomar 1 xcara do suco da abbora crua 1 hora antes do almoo. 3. Raquitismo - Usar sementes descascadas e ligeiramente assadas nas refeies de meio-dia. Alcachofra (Cynara scolymus) 1. Sfilis - Comer no almoo alcachofra com alho, cebola e limo, durante um tempo mximo de 10 dias. 2. Tosse - Tomar o caldo da alcachofra cozida (levemente aquecido). 3. Obesidade - Incluir a hortalia nas refeies de meio-dia. Alface (Lactuta sativa) 1. Espermatorria - Tomar 1 xcara do suco liquidificador 30 minutos

antes de deitar. 2. Insnia - Seguir a orientao anterior. 3. Diabetes - Incluir as folhas na alimentao e tomar 1 hora antes do almoo 1 xcara do suco da hortalia liquidificada. Batata-Inglesa (Solanum tuberosum) 1. lcera gstrica - Tomar 1 xcara do suco da batata crua, 1 hora antes do almoo. 2. Reumatismo - Seguir a orientao anterior, e colocar no local rodelas cruas por um perodo de 2 horas/dia. 3. Dor de cabea - Colocar rodelas cruas na regio frontal por 1 hora. Berinjela (Solanum melongena) 1. Excesso de colesterol - Tomar 1 xcara do suco, 1 hora antes do almoo. 2. Furnculos e abscessos - Fazer diariamente no local um cataplasma da polpa ou das folhas. 3. Verrugas - Friccionar a verruga vrias vezes ao dia com um algodo embebido no suco. Cenoura (Daucus carota) 1. Vermes - Tomar em jejum 1 xcara do suco, de preferncia centrifugado. 2. Conjuntivite - Pingar o suco 2 vezes ao dia. Pingar todos os dias nos olhos, noite, algumas gotas do suco de cenoura. Evitar essa prtica nos casos de muita sensibilidade ocular, como avermelhamento acentuado e irritao. 3. Priso de ventre - Comer 1 cenoura diariamente no almoo durante 15 a 20 dias. Couve (Brassica oleracea) 1. Alcoolismo - Tomar 2 vezes ao dia 1 xcara do suco do talo. 2. Clicas menstruais - Tomar 1 xcara do suco 1 hora antes do almoo. 3. Inflamao dos rins - Aplicar no local cataplasmas das folhas aquecidas, por no mnimo 20 minutos/dia. Pepino (Cucumis sativus) 1. Sardas e manchas na pele - Colocar diariamente no local rodelas da hortalia. 2. Presso alta ou baixa - Tomar 1 hora antes do almoo 1 xcara do suco. 3. Inflamao da garganta - Cortar a hortalia em pedaos pequenos e com a ajuda de um pano ou faixa, envolv-la no local. F. NUTRIENTES Vitaminas Dentre todos os nutrientes orgnicos, so as vitaminas, indubitavelmente, as mais importantes para desenvolver, preservar, vitalizar e transformar os outros nutrientes energticos e protetores em fora motriz para o corpo humano. A palavra vitaminas originou-se

etimologicamente da lngua inglesa, e o seu significado no idioma portugus pode ser aminas da vida. So subdivididas em vrios grupos representados pelas letras do alfabeto, a saber: A (Caroteno ou Retinol) - Vitamina principal do globo ocular e do sistema epitelial (pele e mucosas). Sua falta provoca distrbios relacionados acomodao visual, percepo de cores, maturao e metabolismo das clulas da pele etc. Caractersticas: lipossolvel e termoestvel. Fontes: brcolis, abbora, abacate, broto de alfafa, acelga, espinafre, cenoura, escarola, salsa, caju-vermelho, mamo, manga, pssego, caju, melo etc. Grupo B B1 (Tiamina ou vitamina "F") - Funciona como estimulante do apetite, atua no desenvolvimento fsico e proporciona equilbrio ao sistema nervoso. Na ausncia desta vitamina ocorre no organismo perda de memria, fraqueza muscular, perda do apetite e outros sintomas. Caractersticas: hidrossolvel e termolbil. Fontes: arroz integral, aveia, trigo integral, lvedo de cerveja, amendoim, castanha-do-Par, tamarindo etc. B2 (Riboflavina ou vitamina "G") - essencial pele, olhos e clulas nervosas e cerebrais. Sua deficincia provoca leses na lngua, lbios e face, alm de manifestaes oculares do tipo catarata e inflamaes esclerocorneanas. Segundo vrios especialistas, o glaucoma tambm virtualmente acelerado por sua ausncia no corpo humano. Caractersticas: hidrossolvel e termoestvel. Fontes: brcolis, espinafre, feijo-branco, lvedo de cerveja, soja, abacate, amendoim, castanhas, nozes etc. B5 (Niacina ou vitamina "PP") - Suas funes esto relacionadas, assim como as outras vitaminas de seu grupo, pele e ao sistema nervoso. Todavia, atua tambm no aparelho digestivo de modo relevante. Sua deficincia ocasiona manchas na pele e a pelagra - doena caracterizada por 3 D: Dermatite, Diarria e Demncia. Caractersticas: hidrossolvel e termolbil. Fontes: lvedo de cerveja, pimento, trigo integral, amendoim, frutapo (farinha), castanha-do-Par etc. B6 (Piridoxina) - essencial aos nervos e pele. Aplica-se de maneira satisfatria no combate aos vmitos e nuseas, comuns durante o perodo de gravidez. Caractersticas: hidrossolvel. Fontes: lvedo de cerveja, farelo de trigo, leite, melado etc. B12 (Cobalamina) - Vitamina antianmica por excelncia. de grande

importncia na recuperao das leses neurolgicas causadas pela anemia perniciosa. Atua tambm no metabolismo das protenas, promovendo acentuada melhora na utilizao de seus aminocidos. Fontes: cereais integrais, leite, lvedo de cerveja, batatas, vegetais verdes em geral etc. C (cido ascrbico) - P branco ou parcialmente amarelado cuja falta provoca escorbuto - doena caracterizada por fraqueza extrema, amolecimento e sangramento das gengivas, depresso mental e anemia. Fortalece os capilares sanguneos e considerada de suma importncia nos tratamentos antialrgicos. Caractersticas: hidrossolvel, termossolvel e oxidvel. Fontes: alface, pimento, limo, rcula, alho, cebola, repolho, salsa, couve- flor, espinafre, abacaxi, agrio, tomate, kiwi, acerola, caju-amarelo, goiaba, laranja etc. D (Calciferol) - um grupo de vitaminas - D1, D2 e D3 indispensveis ao equilbrio clcio-fosfrico do organismo. Atua tambm consideravelmente nos tecidos duros - dentes e ossos. Sua ausncia no corpo humano provoca raquitismo, cries dentrias; osteomalacia (amolecimento dos ossos) e osteoporose (diminuio da densidade e espessura dos ossos). sempre encontrada sob a forma de pr-vitamina D. Caractersticas: lipossolvel e termoestvel. Fontes: gema de ovo, leite, "sol" etc. E (Tocoferol) - Desempenha papel importante na reproduo animal, evitando esterilidade e abortos espontneos. Atua tambm no metabolismo muscular. Caractersticas: lipossolvel e termoestvel. Fontes: alface, abacate, nozes, derivados da soja, banana, couve, germe de trigo, leo de germe de trigo, leo de amendoim etc. H (Biotina) - Juntamente com as vitaminas B2 e P, proporciona sade pele. Seu uso imprescindvel contra furunculose, eczema, seborria do couro cabeludo (caspa) e incoordenao motora. Certa ocasio, quatro voluntrios americanos foram submetidos durante nove semanas a uma dieta pobre em biotina, e o resultado final foi desagradvel: fraqueza, sonolncia e dores musculares. Caractersticas: hidrossolvel e termoestvel. Fontes: arroz integral, banana, leite, lvedo de cerveja etc. K (Naftoquinona) - Possui dupla funo no sistema circulatrio: assegura, atravs do aumento de protrombina, a coagulabilidade sangunea e protege os vasos sanguneos de distrbios gerais. a vitamina anti-hemorrgica por excelncia. Caractersticas: lipossolvel e termoestvel.

Fontes: cebola, cenoura, couve, espinafre, repolho, soja, algas, iogurte etc. P (Acido ctrico ou Citrina) - Substncia cristalina que combate a fragilidade dos vasos sanguneos e da pele. Quando em molstias onde os capilares tornam-se permeveis, como no caso do escorbuto, combate esta permeabilidade. Eis uma das razes que quase a identifica com a vitamina C. Caracterstica: hidrossolvel. Fontes: limo e frutas ctricas em geral. Sais Minerais Conforme podemos observar pelo estudo anterior, as vitaminas exercem influncias marcantes para o bom funcionamento dos rgos e do sangue. Este assunto deve ser avaliado detalhadamente por todos os que desejam conhecer e desfrutar dos slidos benefcios da Medicina Natural no combate s enfermidades. No entanto, o que podemos dizer dos sais minerais em relao sade? Quais as funes desempenhadas por eles no tocante manuteno da vida? Teceremos em seguida alguns comentrios sobre os micronutrientes que so chamados materiais plsticos e reguladores - os sais minerais. No corpo humano os minerais exercem cerca de 4% da influncia nutricional sobre toda matria orgnica. Deste percentual, 1,5% ocupado pelo clcio (Ca), 1% pelo fsforo (P), cabendo o percentual restante aos outros minerais: sdio (Na), potssio (K), cloro (Cl), mangans (Mn), ferro (Fe), iodo (I), bromo (Br), enxofre (S), cobre (Cu), zinco (Zn), alumnio (Al), silcio (Si), flor (F) etc. Apesar destes elementos corresponderem a um valor consideravelmente nfimo em nossa composio qumica, sua ausncia ou diminuio no organismo pode demonstrar quo valiosos so na preveno e terapia das enfermidades, bem como na assimilao das vitaminas pelos rgos vitais da vida humana: crebro, corao, fgado, estmago, intestinos, rins etc. Clcio - Pode-se afirmar que o clcio o principal agente qumico mineral aproveitado na composio do corpo humano. Possui as funes bsicas de atuar na formao da estrutura ssea e dentria, contribuir com a vitamina K na coagulao sangunea, estabelecer o equilbrio com o fsforo, influenciar na ao do lab-fermento, coordenar as aes do sdio e potssio na contrao muscular cardaca, e outras funes orgnicas. Fontes: alface, aveia, salsa, salso, beterraba, batata-doce, cebola, couve, espinafre, laranja, milho etc. Fsforo - O segundo mineral de maior importncia no organismo, em termos percentuais, o fsforo (aproximadamente 1%). um componente

fundamental das clulas nervosas e cerebrais, pois mantm o equilbrio cido-bsico do sangue, protege toda a musculatura, estabelece o equilbrio com o clcio e auxilia na absoro de glicose e vitamina B2. importante na glicognese heptica e sangunea. Fontes: lvedo de cerveja, castanha-de-caju, amndoas, aveia, abacaxi, abbora etc. Potssio - A proporo de potssio encontrada no corpo humano da ordem de 0,4% em indivduo cujo peso seja em mdia 70 kg. Estudos nutricionais sobre este nutriente revelaram que ele intervm no metabolismo protico, regula o equilbrio hdrico do corpo e auxilia na manuteno da funo cido- bsica. A falta de potssio no organismo resulta no aparecimento dos seguintes sintomas: atrofias musculares, cibras, hidropisia, insnia, cefalalgia, disfunes hepticas, edemas de tornozelos (inchaos), olhos encovados (fundos) e vermelhos. Fontes: abacaxi, banana, laranja, tomate, gua-de-coco, pepino, aveia, couve, germe de trigo, arroz integral, cevada, castanhas etc. Ferro - Mineral responsvel pela formao dos eritrcitos (glbulos vermelhos) do sangue. Juntamente com a vitamina B 12 combate a anemia, evita a palidez, e identificado tambm como o responsvel pelo transporte de oxignio para os tecidos. Fontes: beterraba, abacate, lentilha, gro-de-bico, feijo, melado, espinafre, cebola, repolho, ervilha etc. Iodo - Concentra-se especialmente na tireide. Sua necessidade diria avaliada em 1 micrograma por quilo de peso corporal quantidade suficiente para prevenir o bcio ou papeira. Controla o peso normal de cada indivduo, atua nas atividades nervosas, evita a queda de cabelos e o desenvolvimento anormal das atividades sexuais e da inteligncia. Fontes: cebola, sal de cozinha (marinho), aveia, couve, repolho, espinafre, alho etc. Mangans - Atua no pncreas, rins, glndulas supra-renais e fgado. Suas funes principais so: auxiliar no crescimento, influenciar na reproduo e prevenir anomalias sseas como no caso de raquitismo ou osteodistrofia (nanismo). Atua no metabolismo dos hidratos de carbono, do clcio, do fsforo e da vitamina B 1. A deficincia de mangans concorre para o aparecimento dos seguintes distrbios: desmaios, perda de memria, olhos inchados e vermelhos, hipersensibilidade mamilar e respirao difcil. Fontes: chicria, couve-flor, ma, espinafre, uva, pepino etc. Flor - O dicionrio mdico define este mineral com as seguintes palavras: "Elemento qumico gasoso pertencente ao grupo dos halognios (cloro, bromo e iodo). Alguns de seus sais, os fluoretos, tm sido

empregados na gota e no reumatismo. Os fluoretos podem prevenir a crie dentria, mas em quantidade excessiva na gua potvel podem provocar manchas no esmalte dentrio." A falta de flor produz ainda fome exagerada, cibras nas pernas e litase. Fontes: agrio, couve-flor, ma, beterraba, feijo, brcolis, trigo, cebola etc. Protenas So substncias orgnicas aminadas de elevado peso molecular, compostas de carbono, oxignio e nitrognio (azoto) e, muitas vezes, de fsforo e enxofre. Podem ser de origem vegetal ou animal. Atuam de modo importante no organismo, auxiliando na formao dos msculos, pele, unhas, cabelos, cartilagens, parte do sangue e ossos. O aproveitamento das protenas efetuado graas a algumas transformaes que nelas ocorrem sob a ao das enzimas proteolticas: Hidrlise (digesto) das protenas: Protenas - proteoses e peptonas - polipeptdeos: tetrapeptdeos dipeptdeos - monopeptdeos ou aminocidos Os valores nutritivos das protenas variam de acordo com a proporo de aminocidos contidos nelas, especialmente quando tais aminocidos so os chamados essenciais (no fabricados pelo organismo humano): arginina, fenilalanina, histidina, isoleucina leucina, metionina, triptofano, valina e usina. So protenas completas por possurem os aminocidos mencionados, as do leite (lactalbumina e casena), ovo (ovalbumina e ovovitelina), soja (glicinina) e castanha-do-par (excelsina). So protenas incompletas: a glutenina do trigo, a zena do milho e a faseolina do feijo. No somente a quantidade de aminocidos essenciais de uma protena importante para o seu valor nutritivo e biolgico, mas seu coeficiente de digestibilidade tambm o . Ele calculado pelo percentual de nitrognio retido na dieta, bem como pelo percentual eliminado atravs das fezes. Para metabolizar as protenas dos alimentos o corpo humano possui alguns fermentos que atuam no estmago e intestino, a saber: - Estmago: pepsina, gastrecsina e renina (este ltimo responsvel pela coagulao lctica). - Intestino: tripsina e as peptidases. As protenas possuem diversas funes profilticas e corretivas sade, entre as quais destacamos: 1. So construtoras e reparadoras dos tecidos. 2. Contribuem para a formao de anticorpos. 3. Protegem as clulas do fgado atravs de dois aminocidos (metionina e cistina).

4. Conduzem boa parte do clcio contido no sangue. 5. Servem para a realizao do fenmeno heptico denominado neoglicognese, que a transformao das protenas em reservas de glicose. 6. Controlam o equilbrio hdrico do corpo. Acares (carboidratos) So nutrientes orgnicos tambm chamados de glicdeos ou carboidratos, pertencentes classe dos compostos representados pelos hidratos de carbono. Seus componentes principais so o carbono, hidrognio e oxignio. importante salientar que os monossacardeos e os dissacardeos dissolvem- se em gua; os polissacardeos so insolveis em gua. Observe o quadro 4.4 para saber a classificao dos acares. Alm de os acares possurem valor energtico vital, pois so imprescindveis na produo de calor e fora para o organismo, ainda possuem outras importantes funes mantenedoras da vida: Proteo antitxica - Ao se combinarem com substncias txicas adquirem propriedades incuas (formam substncias que no produzem danos ao organismo). Funo anticetognica - Na decomposio das gorduras freqentemente aparecem os cidos graxos cetognicos, formadores dos corpos cetnicos. Estes, quando no destrudos, proporcionam cetose ou acidose no organismo. Sendo assim, os hidratos de carbono limitam a hiperdecomposio dos referidos cidos no fgado. Eis a razo fundamental de nos casos de diabetes, vmitos, diarrias profusas e inanio, onde por inmeras situaes os carboidratos so mal utilizados pelo corpo, haver tendncia acidose. Ao poupadora da protena - Quando ingerimos quantidades equilibradas de hidratos de carbono, ocorre um processo metablico que pode ser denominado desassimilao das protenas, diminuindo, portanto, a necessidade dessas substncias em nossa alimentao. Isto permite o uso de carboidratos na construo e reparao dos tecidos celulares. Uma cota mnima de protenas pode ser aceitvel ao organismo quando h propores adequadas desses acares. Monossacardeos (1 molcula) Glicose - Acar da uva Manose - Acar de vegetais Frutose - Acar das frutas Galactose - Acar do leite materno Dissacardeos (2 molculas) Sacarose - Acar da cana e da beterraba Lactose - Acar do leite Maltose - Acar do malte

Polissacardeos (polimolecular) Amido - Acar dos cereais Dextrina - Acar dos amidos (quando ocorre hidrlise incompleta) Celulose - Acar dos vegetais, incluindo algas e resinas Inulina - Acar da alcachofra e plantas diversas Gorduras (lipdeos) So chamadas lipdeos todas as substncias que possuem as propriedades de insolubilidade em gua, solubilidade em solventes de gordura ou solventes oleosos. Sua composio ternria: carbono, hidrognio e oxignio. Assim como os hidratos de carbono (acares), elas so fontes concentradas de energia motora para o organismo. Agem tambm como veculos das vitaminas lipossolveis (solveis em leo ou gorduras): A, D, E e K. Dentre todas as gorduras existentes na Natureza as mais saudveis so aquelas encontradas em estado emulsificado. Em outras palavras, aquelas cujas partculas podem ficar subdivididas e suspensas num lquido ou slido, tais como as encontradas nas nozes, azeitonas, castanhas, amendoim, abacate, leite e alguns de seus derivados. Essas gorduras em estado de emulso possuem teores elevadssimos de digestibilidade em relao s outras encontradas em estado livre, como por exemplo na manteiga e margarina. O incio do metabolismo das gorduras feito no estmago, com exceo daquelas que so emulsificadas, ou seja, digeridas somente nos intestinos. A enzima atuante na digesto gstrica dos lipdeos recebe o nome de lipase gstrica, enquanto que nos intestinos as enzima atuantes so a lipase pancretica, lipases intestinais e enterogstricas. As finalidades bsicas das gorduras no corpo humano so: 1. Determinar o percentual de energia que vai para os tecidos e em combinao com a glicose, favorecer a combusto interna. 2. Formar os tecidos adiposos dos rgos, em forma de reserva. 3. Colaborar com o fgado na formao dos fosfolipdeos. 4. Permanecer no sistema circulatrio na forma de colesterol. Em todas as dietas normais e teraputicas deve-se considerar a quantidade necessria de gorduras requeridas pelo organismo, pois o exagero ou a falta delas produz diversas anomalias. Segundo o professor Josu de Castro, a quantidade de lipdeos no deve ultrapassar 15% dos nutrientes contidos em todos os costumes alimentares brasileiros. Este percentual o limite mximo permitido (com certa tolerncia) para cobrir todas as nossas necessidades fsicas de nutrientes gordurosos. A cincia que estuda as causas e conseqncias das doenas nutricionais - Trofoterapia - descreve os seguintes malefcios de uma dieta excessiva em gorduras:

a. Se houver falta de carboidratos para queimar o excedente da gorduras, aparecem substncias prejudiciais ao funcionamentos dos rgos. b. Provoca diarrias por sobrecarga de trabalho. c. Produz gorduras desnecessrias (obesidade). Conseqentemente, sobrecarrega os rins, fgado, intestinos, corao e demais partes do corpo humano. d. Contribui formao de urlitos e da colelitase (clculos no rins e vescula respectivamente). e. Favorece o aumento do nvel de colesterol no sistema circulatrio, aparecendo assim a arteriosclerose, que definida como sendo qualquer alterao proliferativa e degenerativa das artrias. Pode ser na forma de endurecimento, perda da elasticidade, espessamento das paredes e, em alguns casos, deposio de clcio. Em suma, evitar o uso de alimentos fritos em gorduras, tais, como pastis, bolinhos, ovos, batatas, entre outros, uma boa opo para quem deseja conservar a sade. MANCHETES JORNALSTICAS 1. "Limo s no faz milagres". Revista A Cura pela Natureza, pg. 7, editora Nova Cultural. 2. "A cura pela uva. Faa em casa e cure-se". Vida Integral, 02/1992. 3. "Laranja previne cncer, diz estudo". O Est. de S. Paulo, 15/01/1995. 4. "Remdio extrado da jaca bloqueia o vrus da Aids". Folha de S. Paulo, 04/07/1993. 5. "Toranja, rica em vitamina C, alternativa para o litoral". Folha de S. Paulo, 28/12/1992. 6. "Abacate e amndoas" podem reduzir o colesterol no sangue". O Est. de S. Paulo; 11/07/1991. 7. "Enzima do mamo cura hrnia". Folha de S. Paulo, 11/09/1985. 8. "Achado no brcolis composto que evita cncer". O Est. de S. Paulo, 12/04/1994. 9. "Cebola e ma evitam enfarto". Dirio Popular, 27/10/1993. 10. Aids - "Alho, papel fundamental". Dirio de Pernambuco, 11/06/1989. 11. "Espinafre d proteo contra arteriosclerose". Folha de S. Paulo, 02/02/1995. 12. "Ingleses usam cebola para ensinar tcnicas de biotecnologia a escolas". Folha de S. Paulo 21/06/1992. 13. "Salsa boa para tempero e o corpo". O Dia, 10/02/1985. 14. "Gro-de-bico - pique de campeo". Revista Sade! 05/1988. 15. "China descobre que soja, alm de alimentar, cura doenas e faz viver mais". Jornal do Brasil, 11/03/1984. 16. "Mel. O doce milagre das abelhas". Vida Integral. 2/1992. 17. "Aumenta taxa de colesterol entre populao jovem". O Est. de S.

Paulo, 01/05/1994. 18. "Margarina pode elevar taxa de colesterol - Pesquisa nos EUA diz que processo de fabricao de margarinas e bolachas cria cidos graxos que prejudicam o corao". O Est. de S. Paulo, 08/10/1992. 19. "Margarina mata 30 mil por ano". Dirio Popular. 17/05/1994. 20. "Consumo de margarina dobra risco de enfarto". Folha de S. Paulo, 22/03/1993.

5 - FITOTERAPIA Uma das primeiras experincias descritas, que comprova o valor real da Fitoterapia, foi realizada pelo patriarca Moiss aproximadamente no ano 1.500 a.C. Certa vez, jornadeando no deserto com o povo de Israel, chegou a um lugar chamado Mora, onde havia fontes de guas amargas e insalubres. O higienista, considerado mundialmente em nossos dias como o "pai da Higiene", lanou mo de um xilema, ou seja, um pequeno lenho ou galho de rvore e o arremessou s guas, tornando-as doces. Desde esse tempo, milhares de estudiosos da Natureza tm conhecido com profundidade os valores teraputicos das plantas, tornando assim reconhecidamente notria a cincia fitoterpica. A. COMO UTILIZAR AS PLANTAS So vrias as maneiras de se utilizar as plantas: Tisana - Coloca-se gua em um recipiente levando-o ao fogo. Ao ferver a gua, acrescenta-se a erva deixando ferver por mais 5 minutos. Em seguida, o fogo desligado e o ch deixado em repouso com a proteo de uma tampa, at esfriar. Est pronta a tisana. Infuso - Consiste em despejar gua fervendo sobre a erva posta em uma vasilha, que dever ser tampada logo aps. O infuso deve ser deixado em repouso durante uns 10 minutos. Decoco - Este mtodo um dos mais usados no Brasil. Coloca-se a erva juntamente com a gua em uma vasilha, deixando ambas ferverem por um tempo que varie de 15 a 30 minutos. Desliga-se o fogo e est pronta a decoco. Macerao - Pe-se de molho a erva em gua fria durante 10 a 24 horas, segundo o tempo que se deseja. Pode-se auxiliar a retirada das essncias atravs de frico da erva escolhida. Esta a maneira que oferece mais vantagens, pois conserva mais as vitaminas e os sais minerais existentes nas plantas; porm, a mais demorada. Alcoolatura - Usada topicamente, consiste em colocar a planta escolhida numa garrafa contendo lcool de modo que fique totalmente imersa. Mantm-se desta forma por 2 ou 3 dias antes de sua utilizao. Costuma-se usar arnica, arruda, caroo de abacate etc. Importante: pode-se colocar em todos os tipos de chs uma qualidade ou mais de ervas. Todos os processos devem ser coados com uma peneira

fina. Alm dessas formas, e possvel preparar as ervas de acordo com a necessidade, valendo-se dos seguintes mtodos: Sucos - Hortel, confrei, mentruz (mastruo) etc. Saladas - Beldroega, tanchagem, dente-de-leo, hortel etc. Sopas - Idem. Xaropes - Jambo (flores), caruru, capim-gordura etc. Compressas (quentes e frias) - Folha de mangueira, folha de abacateiro, sabugueiro, samambaia etc. Banhos - Camomila, eucalipto, samambaia, folha abacateiro, aroeira etc. Cataplasmas - Confrei, semente de girassol, urtiga; jaborandi (folhas indicadas para o couro cabeludo) etc. Gargarejos - Tanchagem, jequitib, guiaco etc. Inalaes - Eucalipto, sabugueiro, gengibre etc. Lavagens (intestinais e vaginais) - Camomila, aroeira, quixaba, ervacidreira etc. Ungentos - Babosa, mil-em-rama (mil-folhas), jatob (resina) etc. Azeites - Gergelim, copaba, eucalipto, graviola (folhas e frutos verdes) etc. Higiene bucal - Juazeiro (ju), prpolis, limo etc. Garrafadas - Todas as ervas atxicas podem ser utilizadas. B. VALORES FITOTERPICOS As ervas podem ser (funes principais): Calmantes - Passiflora, capim-santo, erva-cidreira, folha de laranjeira, folha de maracuj, artemsia etc. Depurativas do sangue - Salsaparrilha, chapu-de-couro, confrei, sete- sangrias, urtiga-vermelha, tanchagem sassafrs etc. Diurticas - Quebra-pedra, cavalinha, alcauz, cana-do-brejo, folha de abacateiro, carqueja, capim-santo, folha de caramboleira, folha de mangueira etc. Emenagogas - Jequitib, aroeira, quixaba, losna, melo-de-socaetano, salsa etc. Estomquicas - Espinheira-santa, rubim, alfavaca, folha de oliveira, artemsia, bardana, folha de tamarineiro etc. Expectorantes - Sabugueiro, folha de mangueira, eucalipto, fumria, copaba, guaco etc. Hepticas - Boldo, losna, carqueja, pariparoba, pico, fedegoso, dente-de- leo etc. Intestinais - Camomila, alecrim, alfavaca, poejo, urtiga-branca etc. Vermfugas - Mentruz ou mastruo, hortel (mida), erva-de-bicho, camomila, artemsia, carqueja etc. C. PRINCIPAIS SUBSTNCIAS FITOQUMICAS

Accia ou angico-branco (Piptadenia colubrina) - cido arbico Polissacardeo usado nas afeces das vias respiratrias. Faz parte da sua composio o clcio, o magnsio e o potssio. Alcauz (Glycyrrhiza americana) - cido glicirrzico Glicosdeo cristalino usado no tratamento das glndulas suprarenais. Possui efeitos diurticos. Arnica (Arnica montana) - arnicina Substncia revulsiva (que produz inflamaes locais no organismo a fim de descongestionar ou desinflamar outra j existente). usada contra entorses, contuses e ferimentos leves. Aroeira (Schinus terebinthifolius) - monoterpenos Hidrocarbonetos usados contra as afeces das vias respiratrias, disenterias e irritaes da pele. So aproveitados contra as inflamaes vaginais atravs de banhos hidroterpicos (ver modo de fazer no tpico Banho Genital ou Semicpio, no captulo 6). Arruda (Ruta graveolens) - metil-heptilcetona e metilnonilcetona Apesar de ser usada misticamente por algumas seitas de origem africana, suas propriedades teraputicas apresentam resultados reais. Estas substncias so calmantes, aliviam as dores de cabea e auxiliam as mulheres nos desarranjos menstruais. Em conjunto com outra substncia, a undecanona, combate piolhos e sarnas. Artemsia (Artemisia vutgaris) - santonina utilizada no combate aos vermes, especialmente Ascaris lumbricoides. Suas doses devem ser ministradas com parcimnia pois em grandes quantidades ela predispe o organismo formao de toxinas. Possui notveis efeitos calmantes para o sistema nervoso. Babosa (Aloe vera) - alona e aloe emodina Compostos ativos com propriedades aperientes e purgativas. Graas a estas substncias, o suco da planta pode ser usado para amaciar e rejuvenescer o cabelo, regenerar tecidos danificados e eliminar piolhos. Camomila (Anthemis nobilis) - camomilina e azuleno Camomilina: principal componente da camomila, cuja ao pode ser aplicada na formao dentria e na proteo das gengivas. Sendo assim, indicada aos recm- nascidos. Atua tambm no aparelho digestivo e no sistema nervoso. Azuleno: substncia encontrada na flor, cujos efeitos medicamentosos so antiinflamatrios e bacteriostticos, no caso de conjuntivite. Pode ainda ser usada contra coceiras.

Carqueja (Baccharis trimera) - lactona sesquiterpnica Favorece os processos digestivos em geral, especialmente os que acontecem no fgado, por atuar no sistema glandular ou endcrino. Possui tambm a funo de regular o peso corporal. Combate vermes e reumatismo. Cscara-sagrada (Rhammus purshiana) - antraquinona Atua decisivamente contra priso de ventre crnica. Confrei (Siymphytium officinale) - alantona Substncia com propriedade depurativa e cicatrizante. Tem sido usada com excelentes resultados contra o cncer e as doenas da circulao sangunea, em doses meticulosamente controladas. Copaibeiro (Copaifera officinalis) - leo de copaba Resina oleosa que aplicada em forma de cataplasma nos rgos das vias respiratrias, atuando como expectorante, e por via oral no tratamento das lceras e feridas do estmago, na sfilis e na blenorragia (gonorria). Cravo-da-ndia (Caryophyllus aromaticus - leo de cravo leo voltil que contm eugenol. usado externamente como anestsico dentrio e germicida. Seu uso oral requer extremo cuidado, haja vista que ele pode provocar efeitos colaterais. Crcuma (Curcuma zedoaria) - cineol e bassorina Cineol: leo essencial responsvel pelo odor canforado na planta. Bassorina: responsvel pelas propriedades estomacais, diurticas e carminativas (contra gases). Erva-cidreira (Melissa officinalis) - leo de citronela leo voltil verde-amarelo de odor agradvel promovido por uma substncia chamada geraniol. aplicado como repelente de insetos, vermfugo e no combate s afeces gastro-intestinais. Erva-doce (Pimpinella anisum; Anisum officinalis; Carum anisum) fenchona e anetol So leos essenciais contidos tambm no funcho. Fenchona: aplicada contra espasmos, bactrias em geral e gases. Anetol: tem a funo de corrigir os distrbios hormonais, quer masculinos ou femininos. Eucalipto (Eucalyptus globulus) - eucaliptol Principal constituinte dos leos presentes no eucalipto. empregado contra bronquite, resfriados, malria, vermes e doenas respiratrias em geral.

Fedegoso (Cassia hirsuta) - glicosdeos antraquinnicos Possuem comprovados efeitos laxativos. Podem ser usado mesmo contra priso de ventre crnica. Folha de abacateiro (Persea gratssima; Laurus persea) - perseitol Princpio ativo encontrado nas folhas mais velhas, com caractersticas diurticas e vesiculares (ajuda na produo de bile). Folhas de batata-doce (Ipomea batatas) - mucilagem Associada a outro princpio ativo leitoso, este compost