você no vestibular

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VOCÊ NO VESTIBULAR 3 EDITORIAL Pronto para a batalha? Índice V estibular não é brincadeira. Gera tanto estresse, e o es- forço é tamanho, que até podemos compará-lo a uma guerra. São obstáculos a superar, adversários que querem vencê-lo, e suas armas são a inteligência, a sabedoria e os livros. O treinamento é árduo, sacrifícios devem ser feitos. Na hora do con- fronto, tudo depende de você, e trata-se de uma luta solitária. Vale pensar na família, nos amigos e no que mais o deixar tranqüilo. Calma, calma. O vestibular, apesar do clima de batalha, não o é, verdadeiramente. Nele, se você não conseguir vencer, não deve se sentir derrotado. Deve se lembrar de que existem muitas outras chances, e saber que não vencer é um aprendizado que fará com que você se torne mais forte para enfrentar os próximos combates. Para superar esse desafio, arme-se da melhor forma possí- vel com o maior número de notícias, atualidades, livros, cultura e informações que conseguir. Esta revista também deve ser usada por você como uma arma importante. Com um arsenal comple- to desses, não há como não vencer. Boa sorte! Pronto para a batalha? O cursinho é necessário? Concentre-se, menino! Diferencie-se, vá além nos estudos Não tenho dinheiro! Que tipo de faculdade vou cursar? Quando crescer, quero ser... Vai ser o quê? É agora! Escrevendo bonito 3 4 5 6 7 8 10 12 13 14 Diretor editorial: Alessio Fon Melozo Coordenador editorial: Hudson de Almeida Coordenador multimídia: Tiago Reis REDAçãO Editor-chefe: Heinar Maracy Editor: Sérgio Miranda Reportagem: Stella Dauer, Fábio Zemann (estagiário) Editor de arte: Luciano Hagge Arte: Rubens Ishara (estagiário) Revisão e checagem: Sirlene Farias MULTIMÍDIA Coordenador: Tiago Reis Edição de vídeo: Maikon Bomfim Estagiário: Thiago Hata PUBLICIDADE Cassetari Assessoria em Comunicação ATENDIMENTO AO LEITOR – SUPORTE Horário de atendimento: das 9 às 18h e-mail: [email protected], [email protected] tel.: (11) 3217-2626 EDIçõES ANTERIORES Atendimento a jornaleiros: (11) 3217-2606 Canais de vendas: (11) 3217-2600 e-mail: [email protected] fax: (11) 3648-9090 Site: www.lojadigerati.com.br CONTATO Redação: R. Haddock Lobo, 347, 12º andar São Paulo – SP, CEP 01414-001 tel.: (11) 3217-2600, fax: (11) 3217-2617 Publicidade: (11) 3217-2719 e-mail: [email protected] Representante comercial nos EUA: USA-Multimedia tel.: +1-407-903-50000, Ramal: 222 e-mail: [email protected] Marketing: (11) 3217-2600 e-mail: [email protected] Circulação: (11) 3217-2654 e-mail: [email protected] VOCÊ NO VESTIBULAR é uma publicação da Editora Digerati. Distribuidor exclusivo para todo o Brasil: Fernando Chinaglia Distribuidora S.A. Tel.: (21) 3879-7766. Impressão: Anhanguera LTDA DIGERATI É UMA EDITORA DO GRUPO DOMO Presidente: Alessandro Gerardi Conselho editorial: Alessandro Gerardi, Luís Afonso G. Neira, Alessio Fon Melozo, William Nakamura

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Revista Você no Vestibular, escrita inteiramente por mim.

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Page 1: Você no Vestibular

VOCÊ NO VESTIBULAR 3

E d I T O R I A L

Pronto para a batalha?

Índice

V estibular não é brincadeira. Gera tanto estresse, e o es-forço é tamanho, que até podemos compará-lo a uma guerra. São obstáculos a superar, adversários que querem

vencê-lo, e suas armas são a inteligência, a sabedoria e os livros. O treinamento é árduo, sacrifícios devem ser feitos. Na hora do con-fronto, tudo depende de você, e trata-se de uma luta solitária. Vale pensar na família, nos amigos e no que mais o deixar tranqüilo.

Calma, calma. O vestibular, apesar do clima de batalha, não o é, verdadeiramente. Nele, se você não conseguir vencer, não deve se sentir derrotado. Deve se lembrar de que existem muitas outras chances, e saber que não vencer é um aprendizado que fará com que você se torne mais forte para enfrentar os próximos combates.

Para superar esse desafio, arme-se da melhor forma possí-vel com o maior número de notícias, atualidades, livros, cultura e informações que conseguir. Esta revista também deve ser usada por você como uma arma importante. Com um arsenal comple-to desses, não há como não vencer.

Boa sorte!

Pronto para a batalha?O cursinho é necessário?Concentre-se, menino!Diferencie-se, vá além nos estudosNão tenho dinheiro!Que tipo de faculdade vou cursar?Quando crescer, quero ser...Vai ser o quê?É agora!Escrevendo bonito

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10121314

Diretor editorial: Alessio Fon MelozoCoordenador editorial: Hudson de AlmeidaCoordenador multimídia: Tiago Reis

REDAçãOEditor-chefe: Heinar MaracyEditor: Sérgio MirandaReportagem: Stella Dauer, Fábio Zemann (estagiário)Editor de arte: Luciano HaggeArte: Rubens Ishara (estagiário)Revisão e checagem: Sirlene Farias

MULTIMÍDIACoordenador: Tiago ReisEdição de vídeo: Maikon BomfimEstagiário: Thiago Hata

PUBLICIDADECassetari Assessoria em Comunicação

ATENDIMENTO AO LEITOR – SUPORTEHorário de atendimento: das 9 às 18he-mail: [email protected], [email protected].: (11) 3217-2626

EDIçõES ANTERIORESAtendimento a jornaleiros: (11) 3217-2606Canais de vendas: (11) 3217-2600e-mail: [email protected]: (11) 3648-9090Site: www.lojadigerati.com.br

CONTATORedação: R. Haddock Lobo, 347, 12º andarSão Paulo – SP, CEP 01414-001 tel.: (11) 3217-2600, fax: (11) 3217-2617 Publicidade: (11) 3217-2719 e-mail: [email protected] Representante comercial nos EUA: USA-Multimediatel.: +1-407-903-50000, Ramal: 222e-mail: [email protected]: (11) 3217-2600e-mail: [email protected]ção: (11) 3217-2654e-mail: [email protected]

VOCÊ NO VESTIBULARé uma publicação da Editora Digerati. Distribuidor exclusivo para todo o Brasil: Fernando Chinaglia Distribuidora S.A. Tel.: (21) 3879-7766.Impressão: Anhanguera LTDA

DIGERATI É UMA EDITORA DO GRUPO DOMO

Presidente: Alessandro GerardiConselho editorial: Alessandro Gerardi, Luís Afonso G. Neira, Alessio Fon Melozo, William Nakamura

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C hegou a hora de se preparar para o vestibular, e um dos métodos mais indicados é fazer um curso preparatório para esse tipo de prova. Mas o que é isso?

O curso preparatório ao vestibular, popularmente conheci-do como cursinho, é onde os estudantes prestes a se submeter a algum vestibular costumam relembrar os conceitos e teorias ensi-nados durante todo seu período escolar.

Alguns estudantes fazem o cursinho juntamente com o fi-nal do terceiro ano do Ensino Médio. Outros esperam esse último ano terminar para, no ano seguinte, fazer o cursinho.

A escolha depende muito do nível de preparação e exi-gência do estudante. Muitos consideram perda de tempo fazer o cursinho junto ao terceiro ano, pois em algumas escolas o conte-údo é praticamente o mesmo. Outros, por acharem que o último ano letivo ministrado pela escola em que estuda (a maior parte, públicas) não prepara o aluno para o vestibular, optam por fazer o cursinho ao mesmo tempo, como um adendo aos estudos par-ticulares e da escola.

Em alguns casos, o cursinho pode se mostrar muito diferen-te do terceiro ano do Ensino Médio, já que todo o seu conteúdo e o tratamento que os professores dão aos alunos é mais voltado ao exame do que qualquer outra coisa. Normalmente, os profes-sores de cursinho são mais dinâmicos e descontraídos e ensinam truques e macetes importantes para a realização dos grandes ves-tibulares do Brasil.

Para facilitar a escolha, os cursinhos têm diversos tipos de duração, que se adéquam ao nível de exigência e disposição de tempo do vestibulando. São eles:

Extensivo: 1 ano (janeiro a dezembro) 9Semi 1: 4 meses (março a junho) 9Turmas de maio: 6 meses (maio a dezembro) 9Semi 2: 4 meses (agosto a dezembro) 9Intensivão: 2 meses (outubro a dezembro) 9Revisão 1: 1 mês (novembro) 9Revisão 2: 1 mês (dezembro) 9

Populares versus ParticularesPara quem estuda em escola pública (ou até mesmo para quem já paga uma escola particular), arcar com as despesas de um curso preparatório ao vestibular pode ser bem complicado. Os grandes e famosos cursinhos têm mensalidades salgadas, que acabam pe-sando demais no bolso do estudante.

Hoje em dia, muitas pessoas estão a par desse problema e se unem em instituições que oferecem ensino de qualidade a preços populares e acessíveis. Só perdem para os particulares, em alguns casos, em matéria de estrutura ou de material didático. Em São Paulo, eles já são muitos, e o número de aprovados por meio de seus cursos é enorme. Mas nunca é demais frisar que, na verda-de, o que mais pesa na hora dos estudos é o quanto o vestibulan-do se prepara, se esforça ou está interessado em aprender.

Um exemplo de instituição que deu certo, por exemplo, é o Instituto Henfil (www.institutohenfil.org), que possui oito unidades em toda Grande São Paulo. Com mensalidades entre R$ 60 e R$ 180 (Semi e Extensivo, respectivamente, aulas só aos sábados e curso de ENEM interativo), com ou sem material didá-tico, a instituição ainda apresenta plantões de dúvidas e outras atividades, como exibições de filmes e excursões. O Cursinho Instituto (www.instituto.org.br) oferece mensalidades de R$ 50 ou, dependendo da região, gratuito. Já o Cursinho da Poli (www.cursinhodapoli.org.br) é um dos mais famosos e reconhecidos e oferece uma estrutura de qualidade exemplar em três unidades na cidade de São Paulo, com mensalidades que variam entre R$ 120 e R$ 270 reais, incluindo simulados e orientação profissio-nal.

Se você está interessado em todos os tipos de cursinhos, po-pulares ou particulares, em São Paulo ou em outros estados, a UOL tem um link bastante útil: http://vestibular.uol.com.br/cursinhos.

Provas específicasAlgumas Universidades e Faculdades costumam aplicar provas específicas para a área em que você está interessado. A USP tem esse tipo de prova para os cursos de Arquitetura e Artes Plásticas, por exemplo. Essa prova acontece antes da segunda fase e é eli-minatória. Os temas geralmente são artes, conceitos básicos de arquitetura e outros assuntos relacionados, que geralmente não são incluídos na grade do Ensino Médio. Ao se candidatar a um vestibular, procure informar-se a respeito das provas específicas. Muitas instituições que ministram os cursos pré-vestibular costu-mam ter, separadamente, aulas especiais para quem deseja tentar essas profissões. v

O cursinhoé necessário?

C U R S I N H O

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S

e você vai prestar vestibular, um dos itens mais importantes é a concentração. Não adianta nada estudar horas segui-das durante o dia se a televisão fica ligada em seu seriado

preferido, ou se você atende o celular a cada meia hora. Se você realmente quer passar no exame, precisa se adaptar, pelo menos por um tempo, a uma rotina diferente. Alguns detalhes pequenos, outros grandes, podem significar o ano seguinte em uma Univer-sidade, ou fazendo cursinho. Veja, a seguir, algumas dicas que pre-paramos para ajudá-lo.

Prepare um canto só para você e de preferência só para a 9hora dos estudos. Procure um lugar calmo, que fique dis-tante das atividades de sua casa. Pode ser em alguma área do quintal, ou até da garagem. Deixe o ambiente confor-tável colocando uma cadeira macia, uma boa luminária e talvez um aparelho de som. Mas não deixe confortável de-mais, com pufes, almofadas e luz baixa, ou você vai dormir em vez de estudar!Converse com os familiares que vivem com você. Avise que 9está entrando no período pré-vestibular, e que ele exige muita concentração. Peça para que respeitem os horários em que você estuda, para não o chamarem a todo instante e não colocarem o som da TV muito alto.Elabore uma rotina. Estabeleça os horários nos quais você 9vai se dedicar aos estudos, todos os dias. Não adianta pegar no caderno durante cinco minutos, depois ir ver televisão, durante mais 15 minutos e ir tomar banho. Procure estudar em blocos razoavelmente grandes, como duas horas. Esse horário deve ser seguido todos os dias. Não adianta estudar oito horas em um dia e uma no outro. Saiba, antecipada-mente, quanto tempo disponível para os estudos você terá na semana e programa-se para ter o melhor aproveitamen-to possível desse tempo.Não estude como um louco por 12 horas seguidas. Dessa 9

forma, seu cérebro ficará saturado e não absorverá nem metade das informações que acabou de ler. Como disse-mos, estabeleça uma rotina e estude, no máximo, até oito horas por dia, com intervalos entre esse período.Tenha foco. Se você parou para estudar, não faça nada além 9disso. Algumas pessoas gostam de estudar com música alta, mas cantar a letra fará com que você absorva menos conteúdo. Também não fique vendo televisão ou folhean-do revistas. Concentre-se no que está fazendo e o aprovei-tamento de tempo será muito maior.Infelizmente (ou felizmente, quem sabe?), nesse período 9você terá de fazer alguns sacrifícios. Abra mão de algumas baladas que você costuma fazer toda terça, quinta, sexta, sábado e domingo com seus amigos. Para reter um maior número de informações, você precisa estar descansado e bem-disposto. Ressacas no dia seguinte não vão ajudar nisso. Depois que você já tiver sido convocado para sua fa-culdade escolhida, comemore muito. Mas antes, faça esse esforço para ser recompensado mais tarde.E por falar em descanso, não deixe de fazer o seu! Apesar 9de ser uma rotina mais dura, e de você ter de abdicar de algumas coisas, não deixe de passar bons momentos com os amigos ou com sua família. E não se esqueça de fazer alguns intervalos de dez ou 15 minutos entre os blocos di-ários de estudo.Cuide de sua saúde. Com ela debilitada, fica impossível es- 9tudar. Atente para sua postura na cadeira ao estudar, para não ficar com dores depois. Beba muita água durante os estudos e não se esqueça de levantar de vez em quando para se espreguiçar ou fazer algum tipo de exercício. Fique de olho também na alimentação, que deve ser balancea-da, sem excessos. Não coma porcarias (salgadinhos, pipoca etc.), mas faça várias refeições por dia (mais ou menos de quatro em quatro horas). v

Concentre-se!

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N ão pense que apenas a escola, o cursinho e os livros obri-gatórios vão garantir seu sucesso no vestibular. Tanto a Internet como as livrarias estão repletas de livros, dicas,

informações adicionais etc., que lhe darão aquela força antes das provas, e até depois delas. Veja, a seguir, indicações de sites e livros especiais para o vestibular.

Alguns exames costumam ministrar provas com língua estrangeira diferente do inglês. Isso varia de vestibular para ves-tibular, mas se você vai prestar um em que haverá questões em espanhol, como são poucas as escolas do Ensino Médio que têm essa língua em sua grade de ensino (o mais normal, se existir, é o inglês), a dica é adquirir o livro Espanhol no Vestibular, do autor Marcos Antônio Alexandre, que está repleto de questões resolvi-das do exame de 2007 da UFMG, que pede conhecimentos em nesse idioma em sua prova.

Para quem é desorganizado e não consegue manter a concentração por mais de cinco minutos, ou simplesmente é es-tressado, há alguns livros que podem dar uma mão, como Vesti-bular 100%: Método de Estudo, de Fábio Ribeiro Mendes, ou Como Estudar para o Vestibular, de Oswaldo K. Fujiy. Como eles, o livro Vestibular Sem Sofrimento, de Geraldo Silvestre, dá dicas de como se concentrar e superar o estresse desse período, além de ensinar que o vestibular é muito mais do que uma prova, mas que seu resultado é conseqüência de uma série de fatores.

Para os familiares viverem em paz com o nervoso vestibu-lando, recomendamos o divertido Vestibular – Evitando o Stress Familiar, de Susana Espíndola, que teve dois filhos que passaram por isso. Para ler mais seriamente sobre o tema, Vestibular Não é o Bicho, de Gustavo Berg Ioschpe, também oferece dicas sobre a relação do vestibulando com a família e os amigos.

E se você está com medo da redação, cobrada por pratica-mente todos os vestibulares, e que pode ser um fator de eliminação, o Manual de Sobrevivência na Redação: Como escrever Legal em Con-cursos e Vestibulares, de Juarez Nogueira, ensina passo-a-passo como elaborar um texto claro, com linguagem simples e objetiva. Os livros Redação e Língua Portuguesa para o Sucesso no Vestibular, de Álvaro

Ricardo de Mello Gouveia Veiga, e Redação – Para os Vestibulares Atu-ais, de Marize Medeiros Borges também falam sobre o assunto.

Nenhum desses livros sai por mais de R$ 30. Dessa forma, vale a pena fazer sua seleção e investir em outras leituras além das obrigatórias do vestibular.

E se você gosta de navegar pela Web, e sabe que a quan-tidade de material interessante espalhada por aí é enorme, não deixe de conferir os sites a seguir, que podem ser de grande valia para sua preparação.

www.mundovestibular.com.br – Um site cheio de utilida-des, com simulados, arquivos de provas de inúmeras Faculdades e Universidades (ITA, Mackenzie, Fatec, FGV, UFLA, entre outras), notícias do ENEM, orientação vocacional e notas constantes a res-peito do mundo do vestibular.

www.supervestibular.com – Nesta página, além dos gaba-ritos das provas de vários anos, um fórum de estudantes permite que você troque idéias e tire dúvidas com quem está no mesmo barco que você. Além disso, são publicadas inúmeras matérias com dicas para estudar, fatos da História e outros destaques.

www.universia.com.br – Este já é famoso entre os estu-dantes. Completo e abrangente, além de informar vestibulandos sobre tudo o que ele precisa saber para se preparar para o vesti-bular, é também um portal para os universitários, contando, in-clusive, com oportunidades de emprego e instruções para quem deseja fazer intercâmbio no exterior.

www.uol.com.br/vestibular – Um site muito funcional, que reúne uma enorme quantidade de informações. Além de notícias atuais sobre vestibulares em todo o país, conta com banco de re-dações, biblioteca com dicionários e algumas obras obrigatórias nas provas, informações sobre muitas Faculdades e até as listas de aprovados em diversos exames.

http://guiadoestudante.abril.com.br – Como a revista de nome homônimo, este site se concentra em falar a respeito das profissões existentes no Brasil. Disponibiliza entrevistas com pro-fissionais nas áreas abordadas, além de possuir um fórum e área de atualidades. v

Diferencie-se,vá além nos estudos

D I C a S D e L I V R O S e S I t e S

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M

uitas pessoas se esforçam e, finalmente, conseguem entrar na tão sonhada universidade. Porém, logo des-cobrem que o sonho vai custar um certo dinheiro. Já no

começo, são taxas de matrícula, apostilas, transporte, alimentação etc. O estudante percebe que é necessário bem mais que seus esforços nos estudos para conseguir um diploma.

ENEM e ProUniO ProUni (http://prouni-inscricao.mec.gov.br/prouni/) é a melhor escolha para os alunos que realmente não têm (e nem terão) condições de pagar a faculdade. Para concorrer a uma bolsa do ProUni, o estudante deve ter feito todo o segundo grau na rede pública, comprovar renda familiar por pessoa menor que um salá-rio mínimo e meio (para bolsas integrais) ou maior que um salário mínimo e meio e menor que três salários mínimos no total (para bolsas parciais), além de ter alcançado a pontuação mínima exi-gida no exame do ENEM. A classificação na pré-seleção, realizada pelo MEC, será dada por meio da média entre os resultados da prova de conhecimentos e de redação do candidato no ENEM, em um processo seletivo eficaz, confiável e transparente. Assim, os estudantes com as melhores médias em cada curso são pré-selecionados dentro do número de bolsas disponíveis (que, infe-lizmente, costuma ser pequeno).

Crédito estudantilExistem outras instituições espalhadas pelo Brasil que oferecem crédito ao estudante que deseja cursar uma faculdade particular, mas não tem como arcar com seus custos. A APLUB (www.funda-plub.com.br), por exemplo, atua no Rio Grande do Sul desde 1972, e foi uma das primeiras instituições a oferecer o serviço. Mais de 30 Universidades (entre as quais PUC-RS, INICAP e UCS, além de inúmeras outras por todo o Brasil) mantêm convênios com a APLUB. Cada instituição possui critérios próprios para a seleção de candidatos, e o número de créditos a ser concedido é variável de acordo com a quantidade de vagas destinadas ao programa de crédito educativo.

Outro exemplo é o Instituto Educar (www.institutoeducar.com.br), que não cobra juros sobre seus serviços. Nele, o estudante possui o mesmo período que utilizou os serviços na universidade para pagar o empréstimo. Será necessário apenas o pagamento

de uma taxa administrativa semestral que deve corresponder a 8% do valor emprestado pelo instituo. O processo de seleção é feito pelo próprio Educar. É necessário um fiador.

BolsaFique atento à sua faculdade, pois muitas instituições possuem concursos de bolsas, dos mais variados tipos. O mais comum de-les é o Bolsa Carência, no qual a universidade compromete-se a amortizar uma porcentagem (a combinar) da mensalidade, após comprovação da situação financeira. Algumas faculdades tam-bém oferecem bolsas de prestações de serviço, como monitoria e assistência, bastando ao candidato, para isso, passar no teste de seleção feito pela empresa. O valor do desconto varia de acordo com a universidade, tipo de serviço prestado e qualificação do aluno. Tirar boas notas ou ser um bom atleta também podem ser motivos para um patrocínio.

E se você é um ótimo aluno, gosta de estudar e pesquisar, a Bolsa de Iniciação Científica também pode ser uma boa idéia. Algumas faculdades têm convênios com institutos de pesquisa, que oferecem bolsas para estudantes interessados em ceder uma parte de seu tempo em favor de estudos paralelos. Para isso, o aluno deve desenvolver uma proposta de projeto de acordo com um dos temas oferecidos pela universidade.

FIESO FIES (www3.caixa.gov.br/fies) é um programa do Ministério da Educação muito parecido com os créditos estudantis oferecidos por instituições particulares, como as vistas anteriormente, e fi-nancia até 70% do valor da semestralidade, sem fiador. No ProUni, o Estado responsabiliza-se pelo custo da Faculdade. Já no FIES, o aluno paga, porém em parcelas (por meio de financiamento), o valor do curso. O processo seletivo escolhe os alunos por meio das notas e de acordo com sua situação financeira. Durante o pe-ríodo de estudos, o estudante pagará, a cada três meses, parcelas de juros limitadas ao valor máximo de R$ 50,00. Nos 12 primeiros meses após a conclusão do curso, o estudante pagará prestações mensais em valor equivalente à parcela que não era financiada pelo FIES no último semestre em que ele utilizou o financiamento. O saldo devedor restante será parcelado em até uma vez e meia o período de utilização do financiamento. v

Não tenho dinheiro!

C U S t O S

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t I p O S D e f a C U L D a D e

A o pegar seu manual do vestibulando, muitos nomes sal-tam aos olhos: graduação, licenciatura, bacharelado... O que cada um deles significa? De que forma serão impor-

tantes para mim? Como vão alterar meu futuro? Veja, a seguir, o que significam essas palavras, e como serão importantes na hora da escolha do seu curso.

GraduaçãoÉ o primeiro título universitário recebido no Ensino Superior. A graduação é, portanto, o primeiro curso a ser freqüentado por al-guém que procura formação universitária. Pode ser dividida em bacharelado, diploma profissional, licenciatura e tecnólogo.

Bacharel: 9 é um grau acadêmico superior. O diploma de bacharel é obtido normalmente em cursos superiores de quatro anos, com exceção do bacharelado em Direito (e em Ciência da Computação, dependendo da universida-de), que requer cinco anos de estudos. O grau de bacharel diferencia-se dos diplomas profissionais de graduação que são exigidos para o exercício de certas profissões regula-mentadas pelo Estado.

Diploma profissional: 9 é necessário, no Brasil, para o exer-cício de algumas profissões regulamentadas pelo Esta-do, como Arquitetura, Engenharia, Farmácia, Medicina, Odontologia e Veterinária. Os cursos ditos profissionais distinguem-se dos cursos de bacharelado por serem mais longos (duração normal de cinco anos ou, no caso de Me-dicina, seis anos). Portadores de diplomas profissionais não recebem o grau de bacharel, mas sim títulos profissionais específicos, por exemplo, Engenheiro, Médico, Cirurgião Dentista, Psicólogo etc.Licenciatura: 9 seu titular pode ser professor em escolas de Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamen-tal, se sua formação for Pedagogia, ou nas séries finais do Ensino Fundamental e no Ensino Médio, se sua licenciatura for em áreas específicas do conhecimento (licenciatura em Física, em Matemática, em Geografia etc.). Apenas os cursos ligados a alguma área tradicional do conhecimento (como o curso de Letras, que habilita seu diplomado a ser profes-sor de um idioma) ou a atividades artísticas (Educação Ar-tística, por exemplo, curso que licencia seus diplomados a serem professores de artes em geral) permitem a obtenção de tal diploma.Tecnólogo: 9 é o profissional formado em um curso superior de tecnologia. Pretende formar profissionais para atender campos específicos do mercado de trabalho. Seu formato, portanto, é mais compacto, com duração média menor do que a dos cursos de graduação tradicionais, geralmente em períodos de dois anos. Sendo um profissional de nível su-perior, o tecnólogo pode dar continuidade a seus estudos cursando a pós-graduação Stricto Sensu e Lato Sensu.

Pós-graduaçãoÉ destinada aos indivíduos que possuem diploma universitário (em bacharelado ou licenciatura) ou do Ensino Tecnológico de Terceiro Grau, os tecnólogos. Pode ser dividida em Lato Sensu e Stricto Sensu.

Lato Sensu: 9 considerado um curso de especialização, é mais direcionado à atuação profissional e à atualização dos bacharéis. Tem carga horária mínima de 360 horas e se en-contram nesta categoria os cursos de especialização e de aperfeiçoamento, assim como os cursos conhecidos como MBA (Master in Business Administration, ou Mestre em Admi-nistração de Empresas).

Que tipo de faculdade vou cursar?

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Especialização: 9 curso de pós-graduação que pode ter du-ração de um ou dois anos. Ela dá oportunidade ao gradua-do de se especializar em determinada área, esteja ela ligada diretamente à primeira graduação ou não. Em alguns países, os créditos dos certificados Lato Sensu podem contar como o primeiro ano de um mestrado na mesma área. Em Medi-cina, a pós-graduação é também denominada Residência Médica e confere ao profissional o título de Especialista em uma das diferentes áreas da Medicina.Stricto Sensu: 9 dá ao estudante os títulos de mestre e dou-tor em determinado campo do conhecimento. Diz respeito a temas mais específicos que o Lato Sensu. São cursos vol-tados às formações científica e acadêmica, e também liga-dos à pesquisa. Para fazer um doutorado, que tem duração média de quatro anos, é preciso realizar um mestrado, cuja duração é de dois a dois anos e meio.Mestrado: 9 tem como objetivo, além de possibilitar uma formação mais profunda, preparar professores para lecionar em nível superior e promover atividades de pesquisa. Seu passo seguinte será o doutorado, no qual capacitar-se-á como pesquisador, assim como as especializações, o pós-doutorado e/ou a livre-docência. O aluno propõe um pro-jeto de pesquisa a ser aceito em determinado programa de seu interesse. Com a orientação de um doutor na área esco-lhida, e durante certo período (de dois a dois anos e meio), o estudante realiza pesquisas que deverão resultar em uma dissertação sobre o assunto escolhido, com metodologia adequada ao desenvolvimento do trabalho. Além das dis-ciplinas, o final do processo é marcado por uma avaliação em que o candidato ao título de mestre deverá apresentar seu trabalho a uma banca examinadora, em geral de três professores, que o julgará medindo se o aluno adquiriu ca-pacidade de desenvolver um trabalho autônomo, seguin-do as regras da pesquisa, e se desenvolveu um trabalho de destaque no campo escolhido.Doutorado: 9 é um grau acadêmico concedido por uma Ins-tituição de Ensino Superior Universitário que tem o propó-sito de certificar a capacidade do candidato em desenvol-ver investigação em determinado campo da ciência. Nesse grau acadêmico, espera-se que o aluno adquira capacidade de trabalho independente e criativo. Essa capacidade deve ser demonstrada pela criação de novos conhecimentos, e será validada por publicações em veículos científicos re-nomados, ou pela obtenção de patentes. É essencial para a seleção ao doutorado a demonstração de qualidades e experiência em pesquisa. O doutorado obtém-se com a de-fesa de uma tese, que deve ser um trabalho original. No Bra-sil, somente têm validade nacional os doutorados obtidos em cursos recomendados pela Capes. É equivalente ao PhD (Philosophiæ Doctor) das Universidades estrangeiras.

Livre-docência: 9 é um título concedido por uma instituição de Ensino Superior, mediante concurso público aberto, ape-nas para doutores, e que atesta qualidade superior na docên-cia e na pesquisa. Dependendo da área, uma prova prática pode ser exigida. O concurso de livre-docência é aberto por edital e o candidato inscrito deverá, além de submeter-se a uma prova escrita e a uma prova didática, desenvolver uma tese monográfica ou cumulativa sobre um tema acadêmico e defendê-la perante a banca examinadora.Pós-doutorado: 9 para quem já terminou o doutorado e quer continuar se aprimorando como pesquisador, existe a opção de fazer um pós-doutorado, uma especialização ou estágio em uma universidade, que lhe dará nível de exce-lência em determinada área do conhecimento. v

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10 VOCÊ NO VESTIBULAR

D esde criança, você sonha em ser astronauta ou jogador de futebol. Mas vai crescendo e percebe que existem pouquíssimos astronautas brasileiros, e que ser jogador

de futebol nem sempre dá dinheiro. Hey, não dissemos para de-sistir de seus sonhos! Apenas sabemos que, conforme crescemos, nossas preferências se modificam, e é normal que a maioria de nós mude de idéia. Muitas pessoas experimentam até encontrar o que querem. Com isso, mudam de idéia até o último instante, antes da prova do vestibular. Ou então, saem da faculdade que cursavam, na metade. Tem gente que resolve ser outra coisa mes-mo depois de estar no mercado de trabalho por incontáveis anos em determinada profissão.

Atualmente, é normal encontrar pessoas formadas em uma profissão, mas que atuam em outra. Foi-se o tempo em que, ao escolher uma carreira, era necessário levá-la até o final da vida. Se você ainda não sabe com o que deseja trabalhar, em que vai colo-car mais de 50% de sua vida, não tem problema! Antes de prestar vestibular, procure ler bastante a respeito de todas as profissões. Às vezes, existe algo sobre uma área que você não conhecia, e isso pode influenciar bastante em sua opinião. Estude a respeito do mercado de trabalho, se a remuneração é boa, se há possibilidade de crescimento, e se a profissão escolhida condiz com a época. Cada vez mais pessoas buscam o ingresso em uma faculdade. Por isso, os vestibulares das instituições consagradas estão cada vez mais concorridos. Em algumas profissões populares, o próprio mercado de trabalho está saturado, com dificuldades para absor-ver novos trabalhadores. Mas, será mesmo verdade?

Por imaturidade, desconhecimento, inexperiência e falta de apoio, o jovem brasileiro tem sérias dificuldade na escolha de sua carreira. A influência da família e dos amigos, aliada a falta de in-

formações são os fatores que mais pesam na tomada de decisão por parte do vestibulando. Mais de 70% dos jovens optam por carreiras tradicionais, já saturadas no mercado.

É sempre importante a presença de um advogado em ques-tões judiciais. Em vitórias, entendimentos e acordos, o advogado pode ser uma peça-chave. Porém, atualmente, dois terços dos ad-vogados formados desistem da profissão porque não conseguem passar no exame da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), que é muito rígido. Além disso, muitas universidades, hoje, oferecem o curso de Direito, mas a grade de aulas não é suficientemente boa para que os estudantes preparem-se para o exame. É bom ficar de olho em atestados do MEC para certificar-se de que você não entrou em uma furada.

Em algumas profissões, o mercado está, sim, saturado. Mas a criatividade do profissional e sua capacidade de reinventar o que faz podem ser garantia de diferenciação e sucesso. Duas tradicionais carreiras em que esse método pode ser aplicado são as famosas Publicidade e Administração. O Brasil e o mundo têm agências de Publicidade aos montes. O problema é que poucas fi-cam com mais de 70% do trabalho, enquanto o resto batalha para conseguir alguma coisa. Dessa forma, o profissional deve sempre inovar. Estar atento às novas tendências, fazer cursos extras e pro-curar novos caminhos pouco explorados são itens que podem levar a horizontes menos difíceis. Não tenha preconceito, tente coisas que ninguém pensou ainda. Os primeiros publicitários que apostaram na Internet como mercado de vendas, quando ela ain-da era praticamente um embrião, hoje, destacam-se no mercado e são vistos como especialistas da área.

Da mesma forma, o profissional formado em Administração que procura novos espaços de estudo e de atuação também se

Quando crescer, quero ser...

p R O f I S S õ e S

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diferencia, e pode até arrebanhar um salário maior do que imagi-nava. Mesclar áreas de interesse é algo que vem dando certo, e essa profissão pode ser inserida em praticamente qualquer outro contexto. O administrador pode sair do seu conhecido nicho, as empresas, e migrar para outros setores, como Gastronomia, Infor-mática e até Medicina, por exemplo. O que vale é estar sempre an-tenado para enxergar as oportunidades que ninguém vê. E, claro, ser competente no que é formado e ter persistência para acreditar que a aposta dará certo.

Carência profissionalExistem, ainda, profissões que são tradicionais e famosas, cujo mercado está muito carente de pessoas especializadas e com-petentes. É o caso da Engenharia, da Medicina e da Pedagogia, por exemplo. O Brasil precisa quadruplicar o número de doutores na área de Engenharia, nos próximos seis anos, para expandir o desempenho industrial e empresarial. Há enorme demanda de pessoal qualificado nas áreas de energia, petróleo e gás, minas e metalurgia, automação industrial, bens de capital e muitas outras. Entretanto, na hora de escolher a profissão, o jovem universitário prefere as áreas mais criativas e menos árduas. Além disso, aqui, vale o que foi dito sobre Direito: é necessário verificar se o curso que você vai fazer é bom, se realmente o formará para ser um profissional competente, pois, apesar de carente, o mercado em questão não aceita qualquer um, sendo esse, inclusive, um dos motivos por tanta procura.

Em Medicina e Pedagogia, a história é outra. São muitos os médicos formados, preparados e competentes. O problema, nes-se caso, é o próprio mercado, que não oferece condições suficien-tes para que o profissional trabalhe. As condições de trabalho são

ruins e o salário não condiz com a expectativa. Por isso, o trabalha-dor procura emprego e não encontra, o mercado fica carente de doutores e não consegue preencher as vagas. Prontos-socorros e escolas do Governo freqüentemente têm problemas com a falta de profissionais qualificados, e não por eles não existirem, mas pelo empregador não ser capaz de oferecer qualidade, conforto e remuneração suficientes para que os profissionais sintam-se in-teressados pela vaga.

De olho no futuroAlgo em que o futuro profissional deve ficar de olho são as áreas que prometem tornar-se cada vez mais requisitadas pelo mun-do contemporâneo. Setores como o de Informática, Saúde, Meio Ambiente, Turismo, Lazer e Entretenimento, Biotecnologia e Ter-ceiro Setor estão entre os que prometem grandes crescimentos nos próximos anos, gerando muitos empregos e novas áreas de estudo e especialização. Vale a pena ficar sempre atento às novi-dades, e conferir quais as oportunidades que surgem nesses seto-res. Áreas que não parecem promissoras, ou pouco condizentes com o mercado atual, quando administradas de forma correta, suprirão carências de mercados que ainda vão aparecer. Também é interessante, como dissemos acima, misturar essas áreas com o que você já faz, criando uma demanda que ninguém sabia ser ne-cessária. Exemplos disso podem ser as carreiras de Coordenador de Atividades de Lazer e Entretenimento, Designer e Planejador de Games, Especialista na Preservação do Meio Ambiente, Espe-cialista em Ensino a Distância e Administrador de Comunidades Virtuais. As pessoas que já trabalham nessas profissões vêem seus currículos mais valorizados, e seu trabalho cada vez mais reconhe-cido e requisitado. v

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C a R R e I R a S D I f e R e N t e S

A pós tratarmos das profissões que já estão mais do que saturadas, e das outras, já tradicionais, nas quais faltam pessoas formadas, falaremos sobre carreiras pouco co-

nhecidas. São profissões cujo recém-formado já sai da faculdade com emprego garantido e, em muitos casos, com boa remunera-ção. Mas que profissões são essas, procuradas por poucos?

Já pensou em ganhar dinheiro com peixes? Não estamos falando que você vai sair por aí pescando com uma rede. Estamos falando da engenharia voltada ao cultivo, à captura e à industriali-zação de peixes e frutos do mar. O Engenheiro de Pesca estuda e aplica métodos e tecnologias para localizar, capturar, beneficiar e conservar peixes, crustáceos e frutos do mar. O salário-base dessa profissão é de R$ 1.200. E o que você acha de trabalhar na Petro-bras? Não, não é para extrair petróleo, mas para atuar avaliando as propriedades físicas da Terra, investigando seu interior em todas as suas estruturas. Basicamente, procurar os locais em que exista petróleo, recebendo consideravelmente bem por isso, já que o salário inicial é de R$ 1.500. O geofísico também pode trabalhar com ambientalismo em empresas, um assunto pouco conhecido, mas muito procurado.

A área de biológicas também esconde tesouros no mapa. O musicoterapeuta, por exemplo, pesquisa a relação do homem com os sons para criar métodos terapêuticos que visem a restabe-lecer os equilíbrios físico, psicológico e social do indivíduo. Utiliza instrumentos musicais, canto e ruídos para tratar de portadores de distúrbios da fala e da audição ou de deficiências mentais. Não é preciso ter formação musical para ser musicoterapeuta. O valor da hora/consulta pode variar entre R$ 15 e R$ 100. E você já ima-ginou, algum dia, que trabalhar com plantas medicinais, como os índios, fosse um curso de Bacharelado? Pois a Naturologia atua com esses e outros materiais, para auxiliar na prevenção e no tra-

tamento de doenças ou distúrbios físicos ou na melhoria da quali-dade de vida do homem. Em seu currículo se encontram terapias naturais, essências de flores, cores e luzes, massagens, alimenta-ção saudável e atividades físicas. Quase 150 terapias alternativas são listadas pela ONU, o que revela o crescente reconhecimen-to e respeito pelo trabalho desse profissional. Seu salário-base é de R$ 1 mil.

Para pensar em outras profissões inusitadas, basta olhar o mundo à sua volta e ver que a tecnologia e o mercado virtual estão cada vez mais se expandindo. Nessas áreas, o que vale é experimen-tar. Que tal ser ator ou escritor virtual? Esse profissional atua apenas em peças publicitárias ou em novelas e curtas que podem ser vei-culadas exclusivamente na Internet (quantas vezes por mês você ouve falar sobre pessoas que ficaram famosas no YouTube?).

O lazer também está em alta, e não será difícil ver empresas que procuram Consultores de Lazer para organizar eventos e ou-tros acontecimentos, ou até mesmo garantir que os funcionários dessa mesma empresa estejam sempre envolvidos em atividades que melhorem seu desempenho no trabalho. Outras profissões li-gadas à Biologia, por exemplo, também podem parecer estranhas, mas há quem as procure. Já ouviu falar em Técnico em Criogenia? Sim, é aquela história de congelar coisas para mantê-las vivas por mais tempo. O que poderia parecer uma bobagem sem tamanho há alguns anos, hoje é realidade, e, por mais estranho que pareça, existem pessoas que procuram profissionais capacitados com es-ses conhecimentos.

Portanto, pesquise a respeito de tudo o que você gosta, pois por mais incomum que possa parecer, pode existir alguém que queira o que você tem a oferecer. E se você ainda não sabe o que deseja fazer, informe-se sobre essas diferentes áreas, para não cair em profissões cujo mercado está saturado. v

Vai ser o quê?

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D I C a S p a R a a p R O V a

É agora!

É hora de fazer a prova que vai decidir se ano que vem você cumprimentará, novamente, os professores do cursinho, ou se fará novos amigos em uma próxima fase de sua vida.

Como se preparar o máximo possível para o temido vestibular?

Contagem regressivaUm dia antes, procure ir até o local onde realizará a prova, 9para não correr o risco de se perder depois. Ainda assim, no dia do teste, saia de casa com antecedência, pois costu-mam acontecer engarrafamentos em áreas próximas a ves-tibulares. Se quiser, também pode dar uma última olhada em suas anotações, mas não se ponha a estudar!De manhã, tome um bom café-da-manhã, converse normal- 9mente com seus familiares e amigos. Procure acalmar-se, pra-ticando algum exercício leve, como uma caminhada.Leve um lanche. Muitos locais de prova contam com a 9presença de instituições que distribuem brindes, inclusive alimentícios, mas não custa nada se prevenir e levar uma pequena sacola com coisas de sua casa. Dê preferência ao suco, em vez do refrigerante. É bom ter, também, uma gar-rafa de água fresca. Leve frutas (não se esqueça do guarda-napo, para não sujar sua prova), barras de cereais ou alguma bolacha. Chocolate também pode ajudar nessas horas. Não leve salgadinhos e outros alimentos cujas embalagens fa-çam muito barulho, para não desconcentrar todos os pre-sentes na sala, inclusive você.Não se esqueça dos materiais básicos para fazer a prova. 9Dois lápis apontados, duas canetas, borracha e régua de-vem bastar. Lembre-se de levar um agasalho, além de car-tões de inscrição e seus documentos. Sua bolsa ou mochila ficará inacessível durante a prova, então, procure retirar dela tudo o que acha que utilizará, como documentos e alimen-tos. Desligue o celular, tire o boné e certifique-se de que é permitido usar relógio de pulso (caso use esses objetos, claro).Deixe em casa calculadora, PDA, agenda eletrônica, réguas- 9calculadoras ou qualquer outro dispositivo parecido, pois isso poderá ser encrenca para você. Nos vestibulares mais

famosos e concorridos, o monitoramento dos candidatos é acirrado, e qualquer mal-entendido pode significar a anula-ção do exame. Tenha bom senso na hora de escolher o que levar para a realização da prova.

Na hora da provaAo receber autorização para fazer a prova, procure dar uma 9boa passada de olhos sobre todas as folhas. Isso serve para você se acalmar e perceber que está no controle da situ-ação. Leia o tema da redação e vá raciocinando sobre ele enquanto responde as questões.Se encontrar uma, duas, três questões que acha que não 9consegue responder, não se desespere. Passe para a próxima pergunta e vá respondendo o que você sabe. Deixe para pas-sar novamente por essas questões depois, quando souber melhor o tempo que ainda tem. E se ainda estiverem muito difíceis, vá fazer a redação, voltando, em seguida, a elas.Não se preocupe demais com o tempo, e não fique bito- 9lado ao ver outras pessoas entregarem a prova e deixarem a sala, pensando que não dará tempo de fazer tudo. Con-centre-se mais em responder as questões que em pensar quanto tempo de prova ainda resta. De qualquer forma, vale ter uma pequena noção de tempo, dessa forma, terá seu espaço reservado para a redação. O ideal é que você resolva pouco mais de 50% das questões na metade do tempo do exame.Evite pensar que todas as questões contêm “pegadinhas”. 9Algumas delas são realmente fáceis. Confie no que você es-tudou e responda confiantemente.Ao responder questões dissertativas e escrever a redação, 9atente para a ortografia, a gramática e a caligrafia. Não adianta responder certo se ninguém conseguir ler o que você escreveu. Além disso, evite “enrolar” para deixar o texto maior, pois você pode perder nota por causa disso. Os textos concisos e coerentes costumam receber as maiores notas.Entregue a prova e o gabarito o mais limpo possível. Gaba- 9ritos rasurados e cheios de riscos podem ser desconsidera-dos na hora da conferência. v

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R e D a ç ã O

A redação é uma das partes que o vestibulando mais se es-quece. Deixa por último e, quando nota isso, tem de fazer na pressa porque não sobrou tempo. Como evitar esse

problema e garantir uma redação legal, que renda uma boa nota?

Leia a proposta da redação logo no início do tempo para 9a realização da prova. Assim, você poderá ir pensando no assunto e será mais difícil se esquecer dela;Pense direito sobre o tema, e não siga o que você acha 9que a maioria vai gostar. Se não possuir argumentos sufi-cientes para convencer o leitor sobre o que estiver falan-do, pode deixá-lo confuso e inseguro e, assim, você não conseguirá uma boa redação, independentemente de ter defendido o melhor tema. Da mesma forma, partir para o assunto menos popular e menos bem-visto apenas para chamar a atenção também não é indicado, a não ser que você tenha argumentos suficientes para defender o que afirma. Mexer com assuntos delicados, como racismo, exploração, preferência sexual ou política, sempre pede ponderação. Você não sabe a opinião do examinador a respeito do assunto, então tome cuidado com o tipo e o peso do argumento que vai utilizar;Procure reservar ao menos uma hora e meia do tempo 9total de realização da prova para fazer a redação;Muita atenção ao capricho. Se você é do tipo que costu- 9ma errar muito na hora de escrever, ou se achar que vai fazer isso por causa do nervosismo, utilize os espaços em branco na parte impressa da prova, que são deixados para esse fim. Caso erre na versão final, apenas passe um tra-ço por cima. Não rasure, coloque parênteses ou rabisque. Cuide, também, para não amassar ou sujar a folha. Atente para sua letra, pois garranchos podem anular o texto;Não fuja do assunto. Mesmo se a redação estiver mais 9que bela, ao desviar-se do tema, ela será anulada;A dissertação é dirigida a um interlocutor genérico. A car- 9ta argumentativa pressupõe um interlocutor específico para quem a argumentação deverá estar orientada;No texto, existe a necessidade de caracterizar e desen- 9volver os seguintes elementos: narrador, personagem, enredo, cenário e tempo;

Procure não utilizar frases feitas e chavões, ou trocadi- 9lhos. E também não use o título como se fosse a primeira frase da redação;Não use gírias, palavras de baixo calão ou expressões re- 9gionalistas que não serão entendidas pelo examinador. Preze pelas palavras corretas;O conteúdo do texto é o que primeiro desperta o interes- 9se do leitor. Mas não é só isso. A linguagem e a estrutura organizada das idéias em períodos e parágrafos também têm um peso considerável.

A dissertaçãoA maior parte das redações pedidas são dissertações, então, fique de olho nisso. Algumas chegam a solicitar cartas ou prosa, mas os vestibulares mais famosos sempre pedem a dissertação. Por isso, lembre-se das regras básicas que esse tipo de texto exige:

No geral, a estrutura de uma dissertação é um parágrafo 9que apresenta o assunto e o tema dos quais você pretende discorrer, dois ou três com seus argumentos sobre isso e um parágrafo de finalização e conclusão. Não faça seu tex-to com muito mais que 20 linhas, e evite que um parágrafo ultrapasse quatro linhas, ou fique com menos que duas;Dissertações são escritas sempre em terceira pessoa. 9Procure ser impessoal, não utilize expressões como “eu acho”, “eu penso” ou “quem sabe”, que mostram dúvidas em seus argumentos;Saiba defender sua posição. Não seja radical e sustente 9os fatos com racionalidade, de forma clara e concisa. Ten-te não confundir o leitor, não dê informações falsas, fale apenas o que tem certeza de que é verdadeiro;Os critérios de avaliação mais abrangentes referem-se ao 9desenvolvimento do tema, à observância da apresentação e da estrutura textual e ao domínio da expressão escrita. v

Escrevendo bonito

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