vou plantar
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Vou plantar uma árvore:seráo meu gesto de esperança.
Copa grande, sombra amiga: galhos fortes, crianças no balanço;e muitos frutos carnudos, passarinhos em revoada.
Mas o mais importantede tudo: terá de crescer devagar, muito devagar.Tão devagar que à sua sombra eu nunca me assentarei.
Mas o mais importantede tudo: terá de crescer devagar, muito devagar.Tão devagar que à sua sombra eu nunca me assentarei.
Me rirei dos homens de guerra correndo, despidos, suas fardas, botas e espadas uma imensa fogueira...
Imaginarei que os leões aprenderão com os cordeiros o gosto bom do capim.
E os grandes pararão o seu trabalho para fazer lugar para o brinquedo das crianças...
Escolhi este gesto porque as árvores são coisas mansas e tranqüilas.
Diferentes dos dentes dos homens de guerra e dos números dos homens de lucro, as árvores celebram a vida e se oferecem com o promessas, numa liturgia de paz. Com elas se inicia um
futuro. Mas a guerra e o lucro engordam com as carnes dos sacrificados gritos ferozes numa liturgia de fim de mundo.
Plantarei minha árvore.Cantarei minha esperança.
Pensarei que o primeiro a plantar uma árvore à cuja sombra nunca se
assentaria foi o primeiro a pronunciar o nome do Messias.
Algum dia o poder será dado à ternura.
Venha,
plante
uma
árvore
comigo...
Formatação: Mima Badam
Desconheço o autor
Música: A time for us - Execução: Peter Nero
(Repasse com os devidos créditos)