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Revista Voz da Igreja - Agosto 2015

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Page 2: Vozdaigreja agosto2015

Agenda Mensal dos Bispos

Ago

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.... . 15151515 15

A revista Voz da Igreja é uma publicação da Arquidiocese de Curitiba sob a orientação da Assessoria de ComunicaçãoCONSELHO EDITORIAL - Arcebispo da Arquidiocese de Curitiba Dom José Antônio Peruzzo | Bispos da Arquidi-ocese de Curitiba: Dom Rafael Biernaski e Dom José Mário Angonese . Chanceler: Élio José Dall'Agnol |Ecônomo da Mitra: Pe. José Aparecido Pinto. | Coordenador da Ação Evangelizadora: Pe. Alexsander CordeiroLopes | Coordenador geral do clero: Pe. Marcos Honório da Silva | Assessora de Comunicação: StephanyBravos | Jornalista responsável: Stephany Bravos | Revisão: Stephany Bravos - Ana Paula Mira |Colabora-ção voluntária: 12 Comissões Pastorais| Apoio: Centro Pastoral Projeto gráfico e diagramação: Editora Exceuni- Aldemir Batista - [email protected] - (41) 3657-2864. Impressão: ATP Gráfica & Editora - Tiragem: 10 mil exemplares.

Expediente

Arquidiocese de Curitiba | Agosto 20152

01 - Missa de Instituição de Ministérios, noSantuário Nossa Senhora do PerpétuoSocorro

02 - Missa na Paróquia Senhor Bom Jesus, em Balsa Nova- Missa de abertura do mês vocacional, no Santuário Nossa

Senhora de Guadalupe03 - Formação Bíblica para a RCC04 - Reunião do Setor Pinhais, na Paróquia Nossa Senhora Apa-

recida- Expediente na Cúria- Visita ao Seminário Propedêutico

05 - Reunião do Conselho Diretor da PPI- Visita no Seminário São José

06 - Reunião do Setor Cabral, na Paróquia Santo Agostinho- Visita ao Seminário Bom Pastor

07 - Reunião da Comissão Episcopal de Pastoral do RegionalSul II

- Missa do recebimento do Pálio, na Catedral08 - Missa na Paróquia Senhor Bom Jesus, no Portão09 - Missa na Paróquia Senhor Bom Jesus, em Colombo

- Missa na Paróquia São Pedro e São Paulo10 - Missa na Paróquia Bom Jesus, no Portão- Dia de São Lou-

renço24 a 26- Reunião do Conselho Permanente, em Brasília - DF27 - Reunião do Setor Orleans, na Paróquia São Grato

- Instituição dos Ministérios de Leitorato e Acolhitato, local adefinir

- Expediente na Cúria- Missa de Despedida de Dom Rafael, na Catedral

28 - Reunião do Setor Cajuru, na Paróquia Nossa Senhora doRosário de Belém

- Reunião dos Formadores, no Seminário Rainha dos Após-tolos

- Visita no Seminário Rainha dos Apóstolos29 - Posse de Dom Rafael Biernaski, em Blumenau- SC

- Missa na Paróquia Bom Pastor30 - Missa na Paróquia Santa Cândida

- Missa no Paróquia Divino Espírito Santo

02 - Crisma na Paróquia Nossa Senhora deNazaré

04 - Reunião do Setor Pinhais, Paróquia Nos-sa Senhora Aparecida

- Missa de Aniversário da PM, na Paróquia Nossa Senhora daCabeça

05 - Expediente na Cúria- Reunião da Equipe Missionário da Arquidiocese

06 - Reunião do Setor Cabral, na Paróquia Santo Agostinho, re-tirar as demais atividades deste dia

- Reunião do Conselho Arquidiocesano de Pastoral- Missa na Paróquia Senhor Bom Jesus, em Colombo

07 - Missa do recebimento do Pálio de Dom Peruzzo, na Cate-dral

- Missa no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida -( Aparecida- SP)

08 - Missa na Paróquia Nossa Senhora do Amparo, em Rio Brancodo Sul

09 - Missa na Paróquia São José Operário, em Pinhais10 - Missa na Paróquia Bom Jesus, no Portão - Dia de São Lourenço14 - Investidura dos MESCES do setor Mercês, na Paróquia São

Francisco de Paula15 - Missa no Carmelo

- Crisma na Paróquia Santa Teresinha de Lisieux16 - Crisma na Paróquia São Judas Tadeu

- Atividade Missionário na Paróquia São Pedro Apóstolo, noXaxim

18 - Reunião do Conselho dos Diáconos, no Seminário BomPastor

19 - Conselho Setorial de Pastoral, na Paróquia Nossa Senhorada Conceição em Almirante Tamandaré

20 - Expediente na Cúria- Missa na Paróquia Santo Agostinho

22 - Missa de Despedida da Imagem de Nossa Senhora Apare-cida do Setor Colombo, no Ginásio de Esportes São Gabriel

- Crisma na Paróquia Santa Teresinha de Lisieux23 - Missa na Comunidade São Sebastião, da Paróquia São João

Batista em Almirante Tamandaré- Assembleia do Geral do Apostolado da Oração da Região

Episcopal Norte, na Capela Imaculado Coração de Maria,em Colombo

26 - Expediente na Cúria27 - Reunião do Setor Orleans, no Paróquia São Grato

- Missa de Despedida de Dom Rafael, na Catedral- Missa de Aniversário do Hospital Cajuru- Investidura dos MESCES do setor Cajuru, na Paróquia Nos-

sa Senhora Aparecida, no Uberaba28 - Reunião do Setor Cajuru, na Paróquia Nossa Senhora do

Rosário de Belém- Reunião do Formadores, no Seminário Rainha dos Apóstolos

29 - Missa de Posse de Dom Rafael, em Blumenau - SC- Crisma na Paróquia Santa Teresinha de Lisieux

30 - Missa na Comunidade Nossa Senhora da Penha, da Paró-quia Santa Cândida

- Missa de Posse no Santuário Cristo Rei e São Judas Tadeu- Evento do Dia do Catequista no Setor Pinheirinho, na Paró-

quia São Pedro

Precisamos “ser missão”, e não apenas fazer missões. A Igreja nãoé mera executadora de tarefas, planejamentos, documentos... Mas émistério de salvação, que se dá pelo encontro com a pessoa de JesusCristo e seu Evangelho que liberta! É por este motivo que “somosmissão”! E como missionários, provocamos o encontro com o Senhorpor meio do nosso encontro com os que ainda não o conhecem. Asmissões não são optativas! Ninguém pode dizer que não vai “ser mis-são” porque isto feriria gravemente o mandato de Jesus Cristo, queincumbiu sua Igreja de ir a todos!

Nesta edição de nossa Revista Voz da Igreja, a missionariedadetransparece em cada página! Ressaltamos de modo todo especial amissão de Dom José Peruzzo, que recebe dia 07 de agosto o Pálio, umparamento que é sinal de um ministério missionário: o de Metropoli-ta, ou Arcebispo! Os arcebispos carregam em seus ombros a tarefa deserem elo de comunhão para além de suas dioceses – no território desuas províncias eclesiásticas – um grupo de dioceses mais próximas. AProvíncia Eclesiástica de Curitiba corresponde à Arquidiocese de Curi-tiba e dioceses de São José dos Pinhais, Guarapuava, Ponta Grossa,Paranaguá e União da Vitória. Para estas Igrejas Particulares, indepen-dentes em seu governo pastoral, Dom José Antônio Peruzzo será sinalmissionário de comunhão e fidelidade a Deus, sua Palavra e sua Igrejaespalhada pelo mundo.

Nossa opção em “ser missão” também transparece em um beloartigo escrito por João Guilherme, do Setor Juventude, e que é teste-munha de um fato ainda mais belo, inusitado e emocionante: doisadolescentes que decidiram livremente realizar encontros missionári-os com pessoas no centro de Curitiba – provas de que não se precisamuito para fazer missão, e ao mesmo tempo se precisa bastante.

Merece destaque o testemunho especial do Seminarista Tiago, queestá em missão em São Félix do Araguaia, no MT! A Comissão Bíblico-Catequética também reflete sobre a iniciação à vida cristã e o espíritomissionário! Neste mês também se inicia a peregrinação da réplica daImagem de N. Sra. Aparecida, vinda direto do Santuário Nacional, emcomemoração aos 300 anos da devoção. Ao redor desta peça, a IgrejaMissionária de Curitiba se pergunta: “Onde a Mãe Aparecida quer apa-recer?”

Destacamos ainda o artigo da Pastoral da Educação, que enfatiza adimensão do serviço; diversas reflexões sobre o mês vocacional; asoficinas da PASCOM e a continuidade sobre as reflexões da Campanhada Fraternidade 2015. Os jovens celebram em agosto a Semana doEstudante, pela Cultura da Paz, e apresentam reflexão sobre o tema.Diversos outros artigos nos fazem provocações reflexivas e encontroscom Jesus Cristo!

Merece destaque especial e nosso carinho o envio missionário dofilho de nossa terra, Dom Rafael Biernaski, para Blumenau, no finaldeste mês! Seja ele sinal do Ressuscitado, que ao cumprir o planodivino de salvação do Pai, confia a nós, sua Igreja, a sua missão salva-dora!

Sejamos, pois, missão!

Somos missãoSomos missãoSomos missãoSomos missãoSomos missão

Ação Evangelizadora PADRE ALEXSANDERCORDEIRO LOPES

Coordenador da AçãoEvangelizadora

Rua Jaime Reis, 369 - São Francisco80510-010 - Curitiba (PR)

Responsável: Stephany Bravos

Fones / Fax: (41) 2105-6343 ou (41) 8700-4752E-mail: [email protected]

Site: www.arquidiocesedecuritiba.org.brApoio e Colaboração: Fone: (41) 2105-6342

Responsável: Aline TozoE-mail: [email protected]

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO

Dom José Antônio PeruzzoArcebispo da Arquidiocese

de Curitiba

Dom José Mário AngoneseBispo Auxiliar da Arquidiocese de Curitiba

Região Episcopal Norte

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Arcebispo de Curitiba

DOM JOSÉ ANTÔNIOPERUZZO

Arquidiocese de Curitiba | Agosto 2015 3

Sentir pesarSentir pesarSentir pesarSentir pesarSentir pesarou amar o sofredor?ou amar o sofredor?ou amar o sofredor?ou amar o sofredor?ou amar o sofredor?

Voz do PastorA temática da dor e do sofrimento é uma das mais recorrentes na história do pensamento,

da arte e dos questionamentos humanos. Assim como o amor, também a dor encontra pro-fundas e criativas expressões no frasário sapiencial popular, nos provérbios, nas canções, nosromances, nas páginas de filosofia... A causa, a fonte, o sentido, até o poder libertador dosofrimento apresentam-se vigorosos nos parágrafos escritos com sabedoria e profundidade.Mas, por outro lado, não passam desapercebidas as revoltas, as angústias e inquietações, oscansaços. Até chegamos a reconhecer que a dor é um dos mistérios da vida. Porém, os interro-gativos permanecem.

O sofrimento nos coloca ante a crueza da finitude. Mas também nos recorda a infinitu-de, quase como uma saudade do que nunca tivemos. É assim que se pode entender oevangelista Marcos no Evangelho (Mc 6, 30-34). Jesus se retirara com os discípulospara um lugar deserto. Buscavam descanso. Precisavam disso. Foram de barco.Mas, ao desembarcar, “Jesus viu uma grande multidão e encheu-se de compai-xão por eles, porque eram como ovelhas que não têm pastor. E começou aensinar-lhes muitas coisas”.

O que significa sentir compaixão? Havia sofrimento, desorientação, indi-ferença (sem pastor). Não parece que se limitou a sentimentos pesarosos,como se apenas tivesse pena daquela gente muito carente e sem rumo. Omero sentimento, ainda que nobre, é sempre fugaz. Parece-se com algoque passa sem nada inspirar. Não move e nem comove. Seria uma comise-ração refinada, mas sem efeitos, sem aproximação, sem solidariedade,sem vigor interpelativo.

A experiência bíblica de compaixão é mais que uma elevada afeiçãohumana. No Antigo Testamento, era uma das mais pronunciadas carac-terísticas de Deus. Suas compaixões desdobravam-se em respostas deaproximação reconciliadora ou libertadora. No caso de Jesus, suas ati-tudes compadecidas davam a conhecer as inclinações de Deus em favordaquela gente. Se as multidões eram como “ovelhas sem pastor”, aimagem está a referir indiferença e frieza ante sua situação. Osgestos do Senhor compassivo recordava-lhes que, embora emquadros difíceis, ainda assim eram preciosos ao olhos do Pai.

Até vale um olhar para a origem etimológica. E aqui émuito pouco o apelo ao vocábulo latinocom/passio (“padecer com”). É preciso um novo passo. Para“compaixão” é preciso ir até o grego antigo. Lá a com-paixão está ligada às disposições maternas de con-servar a vida. Naquela língua os termos “compaixão”e “útero” são equivalentes. Assim como o ventrematerno acolhe a vida, envolve-a, protege-a e a faznascer, algo semelhante fez o Senhor ao aproximar-se daquelas “ovelhas sem pastor”: suscitou-lhes aesperança com expressões de amor fraterno. Foiuma aproximação generativa, isto é, gerou algo.

Quem olha para as manchetes, as escolhas ecomportamentos atuais talvez se deixe conven-cer de que a compaixão está a perder credenci-ais no elenco das qualidades humanas. Afinal,produtividade, eficiência, competitividade afigu-ram-se “pobres” de atitudes compassivas. En-tretanto, tendo chegado a Curitiba há poucosmeses, sem negar as durezas da grande metró-pole, devo dizer, gratificado, que encontro mui-tos testemunhos de compaixão solidária. E per-cebi que a graça faz um bem imenso não apenasaos beneficiários. Parece que faz um bem maioraos compassivos.

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Arquidiocese de Curitiba | Agosto 20154

Arcebispo Emérito de Curitiba

X CONAMIX CONAMIX CONAMIX CONAMIX CONAMI

DOM PEDRO ANTÔNIOMARCHETTI FEDALTO

Palavra de Dom

PedroO que é o CONAMI? É o décimo Congres-

so Nacional do Movimento de Irmãos, emCuritiba, na Pontifícia Universidade Católicado Paraná (PUC – PR), de 21 a 23 de agostopróximo.

O que é o Movimento de Irmãos?É o Movimento fundado em Curitiba, em

junho de 1970, pelo Monsenhor BernardoJosé Krasinski, pároco de Nossa Senhora deGuadalupe.

Monsenhor Bernardo José, depois deinaugurar a ampla e artística igreja de NossaSenhora de Guadalupe, depois de 14 anosde um trabalho incansável e de ver pronta acasa de Nossa Senhora do Mossunguê, apóssete anos de construção também por ele,pôs-se em oração fervorosa ao Espírito San-to e Nossa Senhora de Guadalupe para sa-ber como usar essas duas obras para a evan-gelização.

Teve uma inspiração divina: a fundaçãodo Movimento de Irmãos.

Ao fundá-lo, disse ele: “Gostaria de veruma comunidade simples, igual, sem títulos,que vivesse o primeiro mandamento: amara Deus de todo o coração e próximo como asi mesmo, como a comunidade de Jerusalém,para que todos que os vissem pudessem di-zer: vede, como eles se amam. Gostaria quetodos imitassem as virtudes de Maria”.

O Movimento de Irmãos logo se expan-diu na Arquidiocese de Curitiba, graças aocarisma de seu Fundador, vendo-o instala-do em 63 paróquias, ainda vivo, morto a 6de março de 1975.

Hoje, no Paraná, está em São José dos Pi-nhais e Paranaguá.

Em Santa Catarina, expandiu-se pelo Pe.Zezinho (Pe. José Cipriano), que veio partici-par de um encontro. Trouxe depois casais.Atualmente, encontra-se muito forte em Flo-rianópolis, Tubarão, Criciúma, Blumenau eRio do Sul.

Foi fundado para a maior comunhão docasal, o fortalecimento da família em nívelparoquial, em sintonia com a pastoral da Di-ocese e da Igreja, despertando nos casais aretribuição devida a Deus por todos os donsrecebidos, por meio da convivência familiarno lar e na paróquia.

Os encontros em âmbito diocesano comsua dinâmica própria nas paroquiais visam àevangelização para transformar oscasais em verdadeiros líderes naevangelização familiar e paroqui-al. Sem a realização de encontrosfrequentes de casais, o MI perdeforça e seus propósitos. O Movi-mento Familiar tem sua essênciana paróquia.

O Movimento de Irmãos é uminstrumento válido de evangeliza-ção nas paróquias, onde o páro-

co e os membros do Movimen-

to agem em harmonia, de acordo com o Hinodo Sínodo da Arquidiocese de Curitiba: “É tem-po de ser Igreja, Caminhar juntos e Participar”.Sendo o Movimento paroquial, depende do páro-co instalá-lo ou, quando existe, terminá-lo.

O CONAMIO Congresso Nacional do Movimento de

Irmãos realiza-se a cada três anos com a par-ticipação de todas as representações das Dio-ceses do Paraná e Santa Catarina.

Este é o primeiro CONAMI a ter a partici-pação de todos os membros das 170 paróqui-as das oito dioceses.

O Tema é “Comunidade Viva” com a confe-rência de Dom Jacinto Inácio Flach, Bispo deCriciúma, e o lema é “Um só é vosso mestre,todos vós sois irmãos” (Mt. 23, 8-10), com aconferência de Dom Rafael Biernaski, BispoAuxiliar de Curitiba, no dia 22 de agosto.

Todos os membros foram informados emsuas paróquias e convidados a estudar o Ca-risma do Movimento para que o Congressodefina diretrizes para os três anos até 2018,quando será realizado o XI CONAMI.

Para facilitar o estudo do Carisma, foi apro-vado o Estatuto Nacional. As diretrizes serãopara todos os membros, evidentemente res-peitado o plano diocesano de pastoral, queatinge as paróquias. O importante nesse Con-gresso é a participação proporcional, de acor-do com o número das paróquias de cada Dio-cese. Inscreveram-se de todas as dioceses 2000membros, maior número até hoje.

Estou muito confiante neste X CONAMI. Fo-ram elevadas preces ao Espírito Santo, peloêxito para maior evangelização dos casais emsuas famílias e paróquias. A direção do Movi-mento é a seguinte:

Coordenador Nacional José Luiz e Maria daGraça Gusso da Costa.

Dirigente Espiritual Dom Pedro AntônioMarchetti Fedalto, Arcebispo Emérito de Cu-ritiba.

Coordenador Arquidiocesano de CuritibaJoão Francisco Milan e Eliani Marcia Hinte-mann.

Coordenador Geral do X CONAMI Celso eTereza Almeida.

Coordenador Executivo Geral do X CONA-MI Carlos Montovani Witkowski e Cleonice Te-rezinha Witkoswski.

S H A L O M!

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Arquidiocese de Curitiba | Agosto 2015 5

Educação RITA KLEINKE

Servimos para servir?Servimos para servir?Servimos para servir?Servimos para servir?Servimos para servir?Uma Educação engajada ao apelo do ServiçoUma Educação engajada ao apelo do ServiçoUma Educação engajada ao apelo do ServiçoUma Educação engajada ao apelo do ServiçoUma Educação engajada ao apelo do Serviço

“Eu vim para servir” (cf. Mc 10, 45) nos ensina aquilo que resume a identidade do cristão: amar servindoamar servindoamar servindoamar servindoamar servindo. (Papa Francisco)

PASTORAL DA EDUCAÇÃO:Coordenador: Marilena Arns de Oliveira./ email: [email protected]

Nos dias atuais, proliferam-se pala-vras e atitudes vazias e mesquinhas.Termos como AMAR, EDUCAR e SERVIRcertamente já não nos tocam na suaprofundidade e essência. No entanto,tempos desafiadores devem sempre nosinspirar à transformação. O verbo (amar/ educar / servir) é ação, é dinamismo.

Permanece o questionamento apre-sentado “Servimos para servir?”. E ain-da outros mais: será que temos a habi-lidade de servir?; será que sabemos eentendemos o que é colocar-se a servi-ço de algo ou alguém?; por que servir?Todos podemos ser bons servidores!Aprender a servir é resultado de exercí-cios diários e de pequenas atitudes. Oúnico requisito é que sempre deverá sermotivado por uma atitude desinteres-sada e sem o intuito de obter nenhu-ma vantagem ou retorno pessoal. Ser-vir é essencialmente doar-se numa ati-tude de despojamento de si mesmo, éesvaziar-se, para plenificar e satisfazera necessidade de um próximo, de umacausa ou em prol de um bem maior ecomum.

Para ser servo, é preciso estar mui-to bem resolvido consigo mesmo. Oservidor não pode estar à espera donotório reconhecimento, do brilhodos holofotes e dos sons de efusi-vos aplausos pelo seu gesto. Serviré atitude de doação. Servir é realizaro simples, é gesto singelo, é silencioso,é o não visto. É acima de tudo contatopessoal: afeto, aperto de mão, abraço,lágrima e sorriso. Servir é dispor-se acompartilhar integralmente da realidade eda vida do outro.

Quando nos colocamos na posiçãode servo, potencializamos nossa dimen-são humana de “ser solidário”.

“Um ser solidário”. Assim tambémpoderá ser definido o ser humano. Asolidariedade é um componente exis-tencial intrínseco à nossa espécie e,quando ignorada, nos desumanizamos,nos tornamos menos pessoa. É em re-lações solidárias que o ser humano sereconhece como tal, se humaniza e se

plenifica. É preciso sair de si, dar-se aooutro, abrir-se ao semelhante para, apartir daí, conhecer um pouco maisquem somos e qual é o sentido danossa vida no mundo. (FUNDAMEN-TOS PARA UMA PASTORAL DA EDU-CAÇÃO. Moacir José Vitti; Mario An-tonio Betiato. Revista Pistis Prax.,Teol. Pastor., Curitiba, v. 1, n. 1, jan./jun.2009, p. 17).

Este ano, inspirados no Evangelhoque diz “O Filho do Homem não veiopara ser servido, mas para servir e dara sua vida em resgate por muitos” (Mc10,45), a Conferência Nacional dos Bis-pos do Brasil propõe como tema de suahabitual Campanha da Fraternidade“Igreja e Sociedade”. Certamente é umaconvocação e apelo assumido por todaa Igreja e que ainda irá nos provocarcom persistência.

Não com pouca frequência nos de-paramos com a inabilidade que temosde nos colocar a serviço, de ver o outroem sua necessidade e, sobretudo, de li-dar com nossa tendência de julgar nos-sas necessidades superiores às de tan-tos outros. Quem sabe tenhamos che-gado a essa prática por um vício de que-rer estar nos melhores lugares, buscaras melhores sensações e desfrutar o pra-zer de ser servido.Porém, a propostacristã de serviço fogetotalmente dessa reali-dade. Para os cristãos,servir é sinal deamor, de obe-diência a umaproposta quenos antecede eque marca a possi-bilidade de continui-dade de uma comu-nidade, onde é neces-sário conviver solidaria-mente para prosperar. Oserviço aqui é uma dá-diva; é requisito bá-sico para a práticado Evangelho.

Mas em que escola se aprende a ser-vir?

Alguns indicativos da Pastoral daEducação nos auxiliam na descobertados melhores caminhos para a constru-ção de seres humanos plenos. Vamosentendendo que “educação” extrapolaos muros da escola, que não podemosnos limitar ao ensino das diversas ciên-cias, mas que temos de educar para avida. Educar deve ser busca contínua de“construir um ser humano fraterno, livre,justo, consciente, comprometido e éti-co” (CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BIS-POS DO BRASIL. Pastoral da educação:identidade e diretrizes. Curitiba: Con-selho Episcopal do Regional Sul II, 2007.p. 17). Os processos e experiências edu-cativas têm de levar-nos a todos, edu-candos e educadores, ao aprimoramen-to e harmonização das potencialidadeshumanas. Seres humanos integrados,plenos e comprometidos com a vida.

Uma Educação sensível ao outro,pronta e disponível à missão, nada maisé do que a tarefa diária de fazer do mun-do um lugar de iguais oportunidades, umacasa habitável e feliz para TODOS.

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Arquidiocese de Curitiba | Agosto 20156

Animação Bíblico-Catequética PE. LUCIANO TOKARSKICoordenador da Pastoral Catequética

A iniciação à vida cristãA iniciação à vida cristãA iniciação à vida cristãA iniciação à vida cristãA iniciação à vida cristãe o Espírito Missionárioe o Espírito Missionárioe o Espírito Missionárioe o Espírito Missionárioe o Espírito Missionário

O estado permanente de missão no ministério de catequista“O Espírito do Senhor está sobre

mim, porque me conferiu a unção: aanunciar a Boa Nova aos pobresme enviou” (Lc 4,18). Essas pa-lavras do profeta Isaías são apli-cadas ao ministério de Jesus deNazaré. Jesus é origem e razãoda ação evangelizadora da Igre-ja. “O próprio Jesus, Evangelhode Deus, foi o primeiro e o mai-or evangelizador” (EM 7). Daação evangelizadora de Jesusbrota a ação de saída dos doze eda Igreja. “É a Igreja toda que re-cebe a missão de evangelizar” (EM15). Sendo assim, a evangelizaçãoé tarefa irrenunciável da Igreja.

Da ação inspiradora de Jesusnasce nosso compromisso mis-sionário. Nossa vocação batismalé assumir o mandato missioná-rio do Senhor: “ide e fazei discí-pulos” (Mt 28,19). Ele nos “en-via a pregar o Evangelho em todos ostempos e lugares, para que a fé n’Elese estenda a todos os cantos da ter-ra” (EG 19).

De fato, o catequista é um vocaci-onado de Jesus Cristo em nome daIgreja, e é chamado a viver a sua vo-cação missionária; a significar, culti-var e alimentar a Boa Nova em suavida. O catequista sem vida espiritualé propagandista de conteúdos e mis-sionário vazio. O catequista missioná-rio transmite a alegria do Evangelho,celebra as maravilhas de Deus e pro-paga a unidade de vida comunitária.

O catequista missionário não é umexecutador de tarefas catequéticas,mas um mistagogo dos olhares ternosde Deus sobre a humanidade. O mi-nistério de catequista é tão importan-te que implica uma proposta de esva-ziamento de si, de saída e de despren-dimento. A catequese será mais mis-sionária, quanto mais missionário ocatequista exercer seu ministério.

Destacamos algumas atitudes missio-nárias que o catequista pode exercer:

Na arquidiocese, ressaltamos a mis-sionariedade catecumenal da iniciaçãoà vida cristã. Cada elemento do itine-rário catequético é perpassado pelo es-pírito missionário: no desejo de acolhi-da, diálogo, de ir ao encontro das fa-

mílias, da catequese em torno da Pala-vra de Deus, de celebrar temas especí-

ficos do temário catequético, defestejar as entregas de símbolosmissionários, de cuidar da prepa-ração próxima com sabor espiri-tual, de adesão à vida comunitá-ria e da presença e envolvimen-to dos pais ou responsáveis coma catequese das crianças e ado-lescentes.

Não deixemos passar desper-cebidos os elementos querigmá-ticos e centrais da iniciação àvida cristã. Em unidade, avance-mos de uma catequese centradano conteúdo e no sacramentopara um estado querigmático, ce-lebrativo, orante e missionário deIgreja e de iniciação à vida cris-tã. Uma atitude missionária nospede mudança de paradigmas...

Que o Espírito Santo, que é oalento do Pai e do Filho, que é soprode vida, sopro criador, sopro santifica-dor, que renova todas as coisas, con-duza-nos a um estado permanente demissão em todas as comunidades denossa Igreja Particular.

Aprofundar a vida espiritual ao redor da Palavra;

Cultivar o ministério catequético com o estu-do, a oração, a reflexão e a criatividade pas-toral;

Cuidar, conhecer, animar, acolher, de modopersonalizado, os catequizandos;

Visitar e conhecer as famílias dos catequizandos;

Aproximar-se e cuidar, de modo diferenciado,de catequizandos que ainda não têm fé sóli-da e não cultivaram encontro com o Cristo;

Convidar e acompanhar os pais ou responsá-veis na catequese familiar;

Envolver os pais ou responsáveis nas celebra-ções catequéticas e demais atividades;

Ser sinal de unidade e comunhão no grupode catequistas em sua comunidade e em suaarquidiocese.

Querido(a) Catequista,Você revela, carinhosamente, o brilho dos olhos de

Deus em nossa Arquidiocese. Por usas mãos muitosencontram afago e ternura; por sua voz, ressoa-se oEvangelho de Deus, pelos seus passos caminha-se pelaestrada da fé e do amor e seu testemunho desperta oencantamento pela alegria da missão e o seguimento aJesus Cristo.

Linda é sua missão. Misericordiosa é sua ação. Verdadeiro é seu cora-ção. Unidade é sua motivação. Empenhe-se em lutar, não desista de amar.Você é o mensageiro da paz que conduz crianças, jovens, adultos e famíliasao colo e à vida com Deus.

Nossa Igreja Particular agradece, celebra, louva e reza por todos os cate-quistas de todas as nossas comunidades. Feliz és tu catequista porque en-contraste, diante de Deus, graça e paz.

Uma bênção especial e renovadora para cada catequista!

CACACACACATEQUISTTEQUISTTEQUISTTEQUISTTEQUISTAS: CONSTRUTORES DE UM MUNDO DE PAS: CONSTRUTORES DE UM MUNDO DE PAS: CONSTRUTORES DE UM MUNDO DE PAS: CONSTRUTORES DE UM MUNDO DE PAS: CONSTRUTORES DE UM MUNDO DE PAZAZAZAZAZ,,,,,FRAFRAFRAFRAFRATERNIDTERNIDTERNIDTERNIDTERNIDADEADEADEADEADE, RESPEITO AO OUTRO E AMOR FRA, RESPEITO AO OUTRO E AMOR FRA, RESPEITO AO OUTRO E AMOR FRA, RESPEITO AO OUTRO E AMOR FRA, RESPEITO AO OUTRO E AMOR FRATERNO!TERNO!TERNO!TERNO!TERNO!

Page 7: Vozdaigreja agosto2015

Arquidiocese de Curitiba | Agosto 2015 7

COMISSÃO DA ANIMAÇÃO BÍBLICO-CATEQUÉTICA: Coordenador: Pe. Luciano Tokarski./ E-mail:

[email protected]/ Fone: (41) 2105-6318/ Assessoria: Regina Fátima Menon.

Encontro com CatequistasEncontro com CatequistasEncontro com CatequistasEncontro com CatequistasEncontro com Catequistaspor Região Episcopalpor Região Episcopalpor Região Episcopalpor Região Episcopalpor Região Episcopal

Uma excelente experiência de unidade eclesial!

REGIÃO EPISCOPREGIÃO EPISCOPREGIÃO EPISCOPREGIÃO EPISCOPREGIÃO EPISCOPAL CENTRO OESTEAL CENTRO OESTEAL CENTRO OESTEAL CENTRO OESTEAL CENTRO OESTE(Setores Campo Largo, Centro, Mercês, Orleans e Santa Felicidade)

Aproximadamente 600 catequistas!

Na primeira reunião com as coordenações setori-ais de catequese, a Coordenação Arquidiocesana, noinício deste ano, lançou um desafio: que os setorespastorais pudessem se organizar por região episco-pal, a fim de promover um Encontro com Catequistas

de crianças/adolescentes, com o objetivo de fortale-cer os setores, criar unidade, promover partilhas, re-zar, cantar, refletir e formar-se.

O que vimos e ouvimos acontecer nas três regiõesepiscopais, com certeza, alegrou o coração de todos!

REGIÃO EPISCOPREGIÃO EPISCOPREGIÃO EPISCOPREGIÃO EPISCOPREGIÃO EPISCOPAL NORTEAL NORTEAL NORTEAL NORTEAL NORTE(Setores Almirante Tamandaré, Cabral, Cajuru, Colombo e Pinhais)

Aproximadamente 1300 catequistas!

REGIÃO EPISCOPREGIÃO EPISCOPREGIÃO EPISCOPREGIÃO EPISCOPREGIÃO EPISCOPAL SULAL SULAL SULAL SULAL SUL(Setores Boqueirão, Capão Raso, Pinheirinho, Portão e Rebouças)

Aproximadamente 1200 catequistas!

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Arquidiocese de Curitiba | Agosto 20158

Especial

No último dia 29 de junho,nosso arcebispometropolitano Dom JoséAntônio Peruzzo,juntamente com outros 46arcebispos, nomeadosdesde a celebração do anoanterior, receberam dasmãos do Papa Francisco opálio. Mas que simbolismocarrega essa insígnia? E oque significa essa entrega?

“O Pálio simboliza o Bom P“O Pálio simboliza o Bom P“O Pálio simboliza o Bom P“O Pálio simboliza o Bom P“O Pálio simboliza o Bom Pastorastorastorastorastorque leva a ovelha nos ombros.”que leva a ovelha nos ombros.”que leva a ovelha nos ombros.”que leva a ovelha nos ombros.”que leva a ovelha nos ombros.”

(Papa Francisco)

Foto: Pe. Fabiano Dias Pinto

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Arquidiocese de Curitiba | Agosto 2015 9

PE. MAURÍCIO GOMES DOS ANJOS *

* Reitor do Seminário Propedêutico São João Maria Vianney, Coordenador da Comissão de Liturgia e Colaborador na Paróquia São Francisco de Assis

O pálio é uma faixa de lã branca, deaproximadamente 5 cm de largura, comseis cruzes pretas de seda, uma em cadaextremidade e quatro na curvatura, e édecorado na frente e atrás com três pi-nos feitos de ouro e joias. É impostosobre a casula, nos ombros, deixandoduas faixas pendentes, uma sobre opeito e a outra sobre as costas, de for-ma que, visto de frente ou de trás, oparamento lembra a letra “Y”. É utiliza-do pelos arcebispos, nas celebraçõesmais solenes, dentro dos limites da suaprovíncia eclesiástica.

Originalmente, era usado exclusiva-mente pelo Papa, mas depois estendeu-se também aos arcebispos, que assu-mem uma arquidiocese, significando opastoreio dentro da sua província ecle-siástica e comunhão pastoral tanto comos bispos da Província quanto com oPapa. No caso da Arquidiocese de Curi-tiba, a província eclesiástica compreen-de as seguintes dioceses: Ponta Grossa,Guarapuava, Paranaguá, União da Vi-tória e São José dos Pinhais.

O pálio é confeccionado por monjas

beneditinas do Mosteiro de Santa Cecí-lia, em Roma, com lã de dois carneirosque são abençoados pelo Papa no dia21 de janeiro, memória de Santa Inês.Essa lã de carneiros representa a ove-lha perdida, ou a ovelha doente, que opastor põe nos ombros e conduz paraum redil fecundo.

Todos os pálios novos são abençoa-dos pelo Papa e guardados numa arcade prata, junto ao túmulo de São Pe-dro até a sua entrega aos arcebisposna Solenidade de São Pedro e São Pau-lo.

O Papa Francisco retomou neste anoo sentido ritual e pastoral da entregado pálio, entregando-os aos arcebispose delegando os Núncios apostólicos (re-presentantes do Papa) dos respectivospaíses onde foram nomeados os arce-bispos, para que façam a imposição dopálio.

Assim, em nossa Arquidiocese deCuritiba, teremos a presença do Nún-cio Apostólico Dom Giovanni d’Aniello,no dia 07 de agosto, às 19 horas, naCatedral Basílica Nossa Senhora da Luz

dos Pinhais, que colocará nos ombrosdo nosso arcebispo o pálio, dizendo asseguintes palavras: “Para a glória doDeus todo-poderoso e o louvor da bemaventurada sempre Virgem Maria e dossantos apóstolos Pedro e Paulo, emnome do Romano Pontífice, o PapaFrancisco e da Santa Igreja Romana,nós te entregamos o pálio, que esteveguardado junto ao túmulo de São Pe-dro. Ele te é entregue para ornamentoda Sé episcopal de Curitiba a ti confia-da, em sinal do poder de metropolita,para que o uses nos limites da tua pro-víncia eclesiástica. Que este pálio sirvapara ti como símbolo de unidade e con-vite à fortaleza, para que, no dia davinda e da revelação do grande Deus epríncipe dos pastores, Jesus Cristo, pos-sas receber, com as ovelhas a ti confia-das, a estola da imortalidade e da gló-ria eterna. Em nome do Pai e do Filhoe do Espírito Santo. Amém!”.

Estejamos unidos ao nosso arcebis-po, com preces e orações nesta impor-tante missão que lhe foi confiada pelaIgreja.

Significado da entrega e uso do PálioSignificado da entrega e uso do PálioSignificado da entrega e uso do PálioSignificado da entrega e uso do PálioSignificado da entrega e uso do Pálio

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Arquidiocese de Curitiba | Agosto 201510

Mensagem

Nossa gratidão a Nossa gratidão a Nossa gratidão a Nossa gratidão a Nossa gratidão a Dom RafaelDom RafaelDom RafaelDom RafaelDom RafaelDurante os cinco anos que esteve como bispo auxiliar e administrador de nossa

Arquidiocese, Deus preparou o seu coração para que realizasse com dedicação,

responsabilidade e empenho o seu serviço.

Sempre acolhedor em todos os momentos das suas atividades pastorais.

Como pastor, sempre zeloso em poder responder os desafios de uma metrópole.

Atencioso para com a unidade do Clero, trazendo toda sua experiência do sacerdócio ao

episcopado.

Dom Rafael, continue sempre com este coração de portas abertas ao revelar a

misericórdia infinita de um Deus que é Pai. Em todos os momentos em nossos trabalhos,

sentimos esse coração grande. Que possa, em sua nova missão, levar e transmitir com

serenidade de um homem de Deus a Alegria do Evangelho.

Somos sempre gratos pelo seu pastoreio em nossa Arquidiocese.

A Diocese de Blumenau recebe um grande presente!

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Arquidiocese de Curitiba | Agosto 2015 11

JuventudeJOÃO GUILHERME DE MELLO SIMÃO

Secretário do Setor Juventude - Arquidiocese de Curitiba

SEMANA DO ESTUDANTE 2015SEMANA DO ESTUDANTE 2015SEMANA DO ESTUDANTE 2015SEMANA DO ESTUDANTE 2015SEMANA DO ESTUDANTE 2015VVVVVocê conhece a ocê conhece a ocê conhece a ocê conhece a ocê conhece a semana do estudante?semana do estudante?semana do estudante?semana do estudante?semana do estudante?

A semana do estudante é umprojeto que foi iniciado pelas Pas-torais da Juventude do Brasil, e quehoje também faz parte dos eventosanuais do setor juventude. A Pasto-ral Juvenil no Brasil traz todos osanos a reflexão sobre a educação, oagente e ação transformadora quea educação pode trazer. É um mo-mento de refletir e sobretudo AGIRpara criarmos uma cultura de edu-cação transformadora.

Este ano a Semana do Estudan-te traz a reflexão “Juventude, esco-la e sociedade: uma ciranda de vida”e o lema “Democratização da infor-mação em defesa da cultura de paz”.A atividade ocorre entre 9 e 15 deagosto. Iluminada pela passagem deGênesis 4, 9: “Onde está o teu ir-mão?”, a Semana se propõe a deba-ter, nos grupos de base das escolase paróquias do país, a cultura de morteque é promovida por uma mídia imparcial,que criminaliza e marginaliza a juventude,tanto na sociedade em geral como den-tro das escolas.

Formada por uma pauta com váriosassuntos polêmicos sobre a vida da ju-ventude, e ainda mais do jovem estu-dante no Brasil, a Semana do Estudan-te vem falar sobre a necessidade dedemocratizar os espaços de decisão eas esferas para que cada vez mais a par-ticipação popular aconteça. Hoje emdia, justamente pela falta de espaçopara a população nas decisões impor-tantes de sua vida, essas mesmas deci-sões acontecem longe da realidade e davida da sociedade. O sistema vigenteapenas serve a um esquema político jámontado e a um sistema econômico quejá tem seus objetivos, e estes não con-templam a vida e a justiça. Além disso,a participação popular se reduz apenasao voto, à democracia representativa.Isso, além de pouco, no atual cenáriopolítico do Brasil, se torna perigoso.

Além de tudo, a semana vem discu-tir a democratização da INFORMAÇÃO.Hoje, por falta de conhecimento e comoutros objetivos, a mídia trata por cru-cificar e criminalizar o jovem. Não háespaço para expressão e não há inte-

resse em informar a vida e um projetode melhor sociedade. Toda informaçãoé sensacionalista e já visa a um interesse.

Diante disso, qual o nosso papel? ODeus da vida vem nos perguntar: “Ondeestá o teu irmão?” Ge 4,9. Qual nossa

SETOR JUVENTUDE:[email protected] / (41) 2105-6364 / 2105-

6368 / Assessor Eclesiástico: Pe. Waldir Zanon Junior.

responsabilidade sobre a vida de nos-sos irmãos que morrem sem espaçopara atuar e decidir? E morrem mais ain-da sem espaço para se expressar e re-verter a imagem que se lhes impõe? Aúltima bala é a da mídia.

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Arquidiocese de Curitiba | Agosto 201512

PascomANTONIO KAYSER

Coordenador da Pastoral da Comunicação da Arquidiocese de Curitiba

Inscrições abertasInscrições abertasInscrições abertasInscrições abertasInscrições abertas para as atividadespara as atividadespara as atividadespara as atividadespara as atividadesformativas da Pformativas da Pformativas da Pformativas da Pformativas da Pascom para agosto e outubroascom para agosto e outubroascom para agosto e outubroascom para agosto e outubroascom para agosto e outubro

PASTORAL DA COMUNICAÇÃO:

Coordenador: Antonio Kayser/ E-mail: [email protected]/ (41) 9999-0121

PainelTema: Em diálogo com as famíli-as no contexto do Sínodo e a fa-mília como ambiente do encon-troAssessoria: Pe. Gilberto Bordini,doutor em teologia moral pelaPontifícia Universidade de SantaCruz de Roma, atualmente é pro-fessor no Studium Teologicum deCuritibaAfonso Carlos Schiontek e JaneteMaria Miotto Schiontek, casal re-ferencial da Família da Arquidio-cese de Curitiba.Data: 08 de agosto (sábado)Horário: das 9h às 12hLocal: Auditório Paulinas LivrariaGratuito

Outubro

1º Mutirão Regional de Comuni-cação Data: 23 a 25Local: Guarapuava/PR

OficinaTema:Gestão e Organização de EventosAssessoria: Fabiana Kadota Perei-ra - Graduada em Educação Físi-ca, especialista em recreação e la-zer e Ecoturismo. Atualmente, édocente dos cursos de pedagogiae publicidade e propaganda daFAE, nas disciplinas de Gestão deEventos e Empreendedorismo.

Objetivo: Apresentar a importância na organização de even-tos e capacitar, preparar o agente de comunicação para pla-nejar, desenvolver, executar e controlar a realização de even-tos e seu impacto no meio católico.Data: 17/10 (sábado)Horário: 8h30 às 17hLocal: FAE – Centro Universitário - Rua 24 de maio, 135 - Cen-tro (sala a definir)Taxa: R$ 20,00 (levar lanche para partilhar)

Com o objetivo de qualificaros agentes da Pastoral da Comu-nicação que atuam nas comuni-dades, nas pastorais e nos mei-os de comunicação, a PASCOM daArquidiocese de Curitiba, emparceria com a FAE Centro Uni-versitário e o apoio da Paulinas,nos seus 100 anos de fundação,organizou atividades formativas.

Nessa programação, vocêterá a oportunidade de conhe-cer e participar de cursos teóri-co-práticos. Todos esses eventosvisam favorecer uma maior ca-pacitação de cada agente, alémde proporcionar maior integra-ção da PASCOM com as demaispastorais, em vista do anúnciodo Evangelho na cultura da co-municação hoje.

CONFIRA A PROGRAMAÇÃODOS PRÓXIMOS CURSOS

Agosto

OficinaTema:Produção e Edição de vídeosAssessoria: Glauber Gorski, pu-blicitário, cineasta. Supervisor daTalento FAE Produtora Audiovi-sual.Objetivo: O curso visa capacitaros participantes a entender eplanejar a produção de vídeos eedição de peças audiovisuaispara a comunicação das ativida-des paroquiais e de movimentos cristãos. Serão abordadosformatos de roteiros, gêneros, técnicas de gravação e princí-pios de montagem e edição. Datas: 01/08 (parte teórica)15/08 (parte prática)Horário: 8h às 12hLocal: FAE – Centro Universitário - Rua 24 de maio, 135 - Cen-tro (Laboratórios 03 e 05 – 7º Andar)Taxa: R$ 20,00 (e levar lanche para partilhar)

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PE. REGIS SOCZEK BANDIL

Arquidiocese de Curitiba | Agosto 2015 13

SAV

Agosto, mês das Agosto, mês das Agosto, mês das Agosto, mês das Agosto, mês das vocaçõesvocaçõesvocaçõesvocaçõesvocações

SERVIÇO DO SERVIÇO DE ANIMAÇÃO VOCACIONAL, MINISTÉRIOS E VIDA CONSAGRADA:Coordenador: Pe. Regis Soczek Bandil. / E-mail: [email protected] / (41) 3373-8927

A Igreja do Brasil estabelece omês de agosto como um mês de es-pecial reflexão sobre a necessidadede rezarmos e trabalharmos pelasvocações, por isso, em cada um dosdomingos, uma vocação recebe des-taque nas Celebrações Eucarísticas,de nossas comunidades:- Primeiro domingo:

Vocação Sacerdotal, Dia do Padre;- Segundo domingo:

Vocação Familiar, Dia dos Pais;- Terceiro domingo:

Vocação à Vida Consagrada, Diado (a) Religioso (a);

- Quarto domingo:Vocação Laical, Dia do Leigo;

- Quinto domingo:Dia do Catequista.No entanto, trabalhar pelas vo-

cações apenas em agosto e acredi-tar que tudo está bem nesse senti-do empobrecem a caminhada daIgreja, que busca seguir a orientaçãodo Mestre: “Ide, pois, fazei discípu-los entre todas as nações” (Mt28,19).

Todas as comunidades precisamsentir-se responsáveis e ser presen-ça ativa, no despertar, acompanhar,discernir e cultivar as vocações, so-bretudo, na vida das crianças, ado-lescentes e jovens. Isso se concreti-za por meio de uma cultura vocacio-nal que valorize os diferentes minis-térios e carismas de nossa Igreja eajude as pessoas a encontrarem umcaminho vocacional que as faça felize as ajude a consolidar o anúncio doReino de Deus. Animar as vocaçõesdeve ser um trabalho contínuo e per-

severante. Usemos a criatividade ea alegria para demonstrar a belezados diversos caminhos vocacionaisaos que fazem parte de nossa vida emissão.

Nesse contexto vocacional, é im-portante lembrar duas expressõesque o Papa Francisco nos convidavivenciar: a missionariedade e a mi-sericórdia.

A vocação e a missão caminhamjuntas. Jesus chamava os apóstolospelo nome, depois constituía comu-nidade com eles e os enviava emmissão, dois a dois. Com isso, a se-mente do Reino de Deus ganhavanovos protagonistas e seguidores. Amissão exige compromisso, disponi-bilidade e confiança naquele que noschamou, o próprio Cristo. Não so-mos apenas um grupo de amigos ouconhecidos, mas discípulos missio-nários que anunciam o Dom do Pai,revelado no Filho a todos, a partirdo nosso testemunho. Precisamosser uma Igreja com identidade mis-sionária, longe de ser uma Igreja aco-modada e fechada em seus medose pequenez.

“Com efeito, se a Igreja é, por suanatureza, missionária (Conc. Ecum.Vat. II, Decr. Ad gentes, 2), a vocaçãocristã só pode nascer dentro dumaexperiência de missão. Assim, ouvire seguir a voz de Cristo, Bom Pastor,deixando-se atrair e conduzir por Elee consagrando-Lhe a própria vida;significa permitir que o Espírito San-to nos introduza neste dinamismo mis-sionário, suscitando em nós o desejoe a coragem jubilosa, de oferecer a

nossa vida e gastá-la pela causa doReino de Deus.” (Papa Francisco porocasião da Mensagem do 52º DiaMundial de Oração pelas Vocações,Abril de 2015)

A vocação é o caminho para a ex-pansão do mistério da misericórdia.Diante de um contexto mundial, dis-tante de Deus e que sofre com a fal-ta de ternura e esperança, o ser hu-mano que se encontrou com Deus eresponde a uma vocação de manei-ra profunda torna a sua vida um es-pelho de bondade, de amor e de se-renidade. Com isso, o mistério damisericórdia supera o pecado e con-firma um Deus que não impõe limi-tes ao amor e ao perdão.

“Confiaremos a vida da Igreja, ahumanidade inteira e o universo imen-so à Realeza de Cristo, para que der-rame a sua misericórdia, como o or-valho da manhã, para a construçãoduma história fecunda, com o com-promisso de todos, no futuro próximo.Quanto desejo que os anos futurossejam permeados de misericórdiapara ir ao encontro de todas as pes-soas, levando-lhes a bondade e a ter-nura de Deus! A todos, crentes e afas-tados, possa chegar o bálsamo da mi-sericórdia como sinal do Reino deDeus já presente no meio de nós.”(Papa Francisco, Bula de Proclama-ção do Jubileu Extraordinário da Mi-sericórdia, Abril de 2015)

Enfim, que o mês de agosto ani-me nossa Arquidiocese a ser missio-nária, vocacional e servidora. Cristoconta com o meu e com o seu SIM!

“Segue-me”! (Mt 9,9)

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Arquidiocese de Curitiba | Agosto 201514

Dimensão Missionária TIAGO FELIPE POLONHA

VVVVVocação ocação ocação ocação ocação MissionáriaMissionáriaMissionáriaMissionáriaMissionária

COMISSÃO DIMENSÃO MISSIONÁRIA: [email protected] / (41) 2105-6375Ir. Patrícia / (41) 2105-6376 - Jeferson

“O importante é fazer a vontade deDeus: talvez eu tivesse outros planospara mim. Mas foi Deus quem pensounisso. Eu sinto que Deus me pede algomais, algo maior. Eu não sei. Estou in-teressada só em fazer a vontade deDeus, a fazê-la bem, no momento pre-sente, a fazê-la como Ele quer” (BeataChiara Luce Badano).

Acredito que essa frase é um gran-de resumo do meu chamado missioná-rio. Quando entrei no seminário em2007, não tinha certeza do que queriae do que estava fazendo. De repente,certo dia, em 2006, falei para meu pá-roco, Pe. Lineu Prado, que gostaria deconhecer o seminário. Talvez esse eraum projeto de um jovem que estava ter-minando o ensino médio e queria deci-dir o que fazer da vida e arriscou a vidano seminário.

O meu primeiro contato com a mis-são foi em 2010, quando estava termi-nando a faculdade de Filosofia. Surgiu,naquela época, a oportunidade de par-ticipar do 1º Congresso Missionário Na-cional de Seminaristas em Brasília. Eufui, não com o objetivo de estudar amissão, mas como uma oportunidadede passeio. Só que lá, Deus me tocoude tal maneira que nunca mais minhavida foi a mesma. Lá encontrei o objeti-vo de estar no seminário e o objetivode ser um cristão verdadeiro.

No ano de 2014, estando no meuúltimo ano de seminário, disse a D. Mo-acyr Vitti que gostaria, antes de assu-mir o sacerdócio, de fazer uma experi-ência de ao menos um ano na nossaigreja-irmã, a Prelazia de São Félix doAraguaia, MT. Fiquei muito feliz quan-do D. Moacyr aceitou de bom grado essemeu pedido. Infelizmente, dois dias de-pois, ele nos deixou, partindo para aeternidade.

Como diz a Beata Chiara Luce, “masfoi Deus quem pensou em tudo”, e D.Rafael Biernaski, administrador dioce-sano, deu continuidade ao projeto queiniciamos com D. Moacyr. Assim, no dia3 de março de 2015, parti de nossa ar-quidiocese rumo à Prelazia, sem saber

o que aqui me aguardava. Foi um saltono escuro, confiando na providência deDeus.

Cheguei à Prelazia no dia 4 de ma-drugada, na cidade de Ribeirão Casca-lheira, e, à tarde, fui conduzido para aminha paróquia, no município de Que-rência. Quando cheguei aqui, a únicacoisa que sabia era o nome dos freisfranciscanos com os quais moraria. Masvim com o coração aberto para todasas experiências que Deus me proporci-onaria.

As primeiras semanas foram difíceis.Estar num lugar totalmente diferente,sem a segurança dos familiares e ami-gos conhecidos. Mas foi um tempo gos-toso, quando conheci a cidade, as co-munidades, as pastorais e as aldeias. Aotodo, o regional de Querência possuiquatro comunidades na cidade, quatronos assentamentos, três em fazendas,além do atendimento da Pastoral da Cri-ança em duas tribos indígenas.

É uma realidade diferente e desafi-adora. A comunidade mais distante damatriz fica a mais de 110 km, em estra-da de chão. É uma realidade difícil atéde imaginar. Mas tudo é muito recom-pensador. Temos desafios grandes aqui,como o que enfrentei na Semana San-ta. Pela primeira vez, celebrei um Trí-duo Pascal, acompanhado de uma irmã,nos assentamentos. Passamos a sema-na inteira lá fazendo visitas e organi-zando a liturgia. Estávamos na casa sem

telefone, internet ou televisão. Mesmoassim, foi uma semana maravilhosa, emque a gente pôde conviver com pesso-as sedentas por uma palavra e pela pre-sença da Igreja. Lá tive a graça de des-cobrir famílias maravilhosas e acolhe-doras.

Daí surge a pergunta: e a saudade?Tenho muita saudade de casa, da mi-nha família, dos amigos e da Arquidio-cese em geral. Mas amo muito meu tra-balho aqui e amo as pessoas que co-nheci e que Deus me confiou. Li em umartigo uns dias atrás que às vezes é pre-ciso deixar mil pedras preciosas parareceber mil tesouros. É assim que mesinto. Não deixo de amar e estar em co-munhão com minha igreja de Curitiba,mas foi para cá que Deus me chamou.

Não sei até quando Deus vai mequerer aqui. Espero em breve poder vi-sitar minha terra. Enquanto isso, con-tinuo aqui lutando com meu povo,fazendo a vontade de Deus, enfren-tando os desafios que a vida nos im-põe e, acima de tudo, sendo feliz se-guindo essa vocação missionária. Nãome arrependo de estar aqui e convi-do a todos que sentem no coraçãoessa vontade de ser missionário anão perder a oportunidade. Com todaa certeza, vale muito a pena se lançarnas mãos de Deus. A todos, peço suasorações par que eu possa continuar sen-do fiel a esse chamado e deixo o meuabraço fraterno.

Com D. Adriano Ciocca Vasino,bispo da Prelazia e D. PedroCasaldáliga, bispo emérito.Meus exemplos de santidade. Na Aldeia indígena Paróquia São João Batista,

em Ribeirão Cascalheira

O primeiro batizadoTrabalho da Pastoral da Criança na aldeiaCom Frei Arcides (pároco), na aldeia

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Marina Aparecido (16 anos) e Hiago Cavalli (14anos) são provas de que não se precisa muito parafazer missão e ao mesmo tempo, se precisa.

Menina de cabelos curtos, Marina nos contou oque eles desejavam.

Os dois jovens não pensaram duas vezes no con-vite do Ide e lançaram-se além de seus grupos deoração jovem para uma experiência missionária.Num destes dias, os dois jovens chegaram na Cú-ria, em nossa Diocese, dizendo que queriam sairem missão pelo centro da cidade, e o que nos che-gou ao coração e nos emocionou, foram as pala-vras de Marina: “Nós não sabemos fazer missão,mas nós queremos e viemos aqui. Alguém podenos acompanhar?”.

Quando chegaram ti-nham um carrinho, des-tes de ir à feira, repletode alimentos prepara-dos com carinho e a bí-blia na mão. O detalheao dizer que Marina éuma menina de cabeloscurtos é que, não tendorecursos para compraros alimentos, e sem re-correr a ninguém, Mari-na decidiu cortar os cabe-los longos que tinha, vendê-los e dali tirar o dinheiropara desenvolver a ação com seu primo Hiago.

Hiago, um garoto simples, mas muito piedoso,nos contou que a ideia era sair mesmo do grupo eir ao encontro dos moradores de ruas, dar algo efalar de Deus. Mas eles não sabiam como faze-lo ena sua simplicidade ele nos disse: “Viemos falar como bispo, como é que poderíamos fazer missão”.

Os dois vieram, conversaram conosco, recebe-ram a bênção e foram acompanhados por JoãoGuilherme, secretário de Setor Juventude, ao cen-tro da cidade para estar com os moradores de rua.E que experiência forte e emocionante. Deus esta-va ali e foi o Espírito mesmo quem conduziu. Omedo? Passou! A falta de experiência? Pouco im-portou, pois houve o acompanhamento. Os recur-sos? Não foi preciso muito para acontecer o reinode Deus, mas existia amor, fé e muita vontade.Como dissemos: são provas de que não se precisamuito para fazer missão e ao mesmo tempo se pre-cisa bastante.

“Nós nãosabemosfazer missão,mas nósqueremos eviemos aqui.Alguém podenosacompanhar?”.

Arquidiocese de Curitiba | Agosto 2015 15

Arquidiocese em Missão JOÃO GUILHERME DE MELLO SIMÃOSecretário do Setor Juventude - Arquidiocese de Curitiba

Marina e Hiago e aMarina e Hiago e aMarina e Hiago e aMarina e Hiago e aMarina e Hiago e a coragem da missãocoragem da missãocoragem da missãocoragem da missãocoragem da missão

Page 16: Vozdaigreja agosto2015

O assunto é...

Arquidiocese de Curitiba | Agosto 201516

Igreja em Renovação:Igreja em Renovação:Igreja em Renovação:Igreja em Renovação:Igreja em Renovação: Novos Novos Novos Novos NovosA grande marca do cristianismo

é a capacidade de se renovar e tal-vez a sua maior característica seja acapacidade de resistir. Jesus mesmocarrega desde o útero de Nossa Se-nhora, sua mãe e nossa mãe, a re-sistência como forma de profecia.Aprendeu com José e com Maria anão se cansar. E isso cria a necessi-dade de se renovar, atualizando-sea cada momento e em cada cultura,reinventando-se todos os dias paranão perder a identidade. Jesus comomestre, profeta e pedagogo, soubereinterpretar o Antigo Testamento,com novos métodos, novas lingua-gens e novas atitudes. “Tudo tem asua hora, cada empreendimento temo seu tempo debaixo do céu2”. Essetempo é um tempo de renova-ção para toda a Igreja.Como seguidora

de Jesus, a Igreja sabe que precisatambém mudar todo dia para conti-nuar a mesma, como dizia o profetacearense Dom Hélder Câmara. AIgreja é seguidora de um Deus-Ho-mem andarilho, “Ele não se cansanem se afadiga, e sua inteligência éinsondável3”.

A Igreja em renovação, impulsio-nada pela força do Evangelho, saipara anunciar, para testemunhar,para dialogar e para servir. Para isso,sabe que precisará de novas lingua-gens, novos métodos e novas ati-tudes. Mas o que significaisso? Significa, antesde tudo, fa-z e r

uso de uma teologia libertadora eque nos faça solidários e misericor-diosos com os que sofrem. É urgen-te a superação dessa prática que nosdeixa próximos de Faraó e de Hero-des, defendendo a pena de morte ea redução da maioridade penal, pois“essa perversão consiste em colocarna boca de Jesus a teologia das pes-soas que condenaram e mataram Je-sus4”. Assim sendo, vejamos algo so-bre as três exigências que nos farãomais cristãos/ãs a serviço do reino

de justiça e de liberdade:a) o mundo, as pesso-

as, as formas de relaçãoe a comunicação en-

tre elas mudarammuito, sobretudo,

no último meio sé-culo. Os méto-

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Page 17: Vozdaigreja agosto2015

Arquidiocese de Curitiba | Agosto 2015 17

JOÃO SANTIAGO. TEÓLOGO, POETA E MILITANTE Coordenador da Campanha da Fraternidade na Arquidiocese de Curitiba

Métodos, Novas Linguagens e Novas AtitudesMétodos, Novas Linguagens e Novas AtitudesMétodos, Novas Linguagens e Novas AtitudesMétodos, Novas Linguagens e Novas AtitudesMétodos, Novas Linguagens e Novas Atitudes11111

gelizar precisam acompanhar essasmudanças para que a evangelizaçãonão se limite à reprodução e à repe-tição de ideias caducas, moralistas epreconceituosas. Esses métodos de-vem partir mais da escuta e da per-gunta do que dos sermões clericali-zados e das respostas prontas mui-tas vezes dadas às perguntas quenão nos foram feitas. Para tanto, éurgente o estudo sistemático e dis-ciplinado da Palavra de Deus, é pre-ciso sair da zona de conforto de umareligião intimista, alienada politica-mente e fundamentalista teologica-mente. Afinal, “a tarefa dos exege-tas e teólogos é ajudar a amadurecero juízo da Igreja5”. É urgente, porexemplo, assumirmos a LeituraOrante de Bíblia.

b) as novas linguagens, por suavez, nascem da consciência e da prá-tica de novos métodos; da nossaconsciência de inacabamento e danecessidade de uma comunicaçãoque não se limite a fazer comunica-dos. A igreja não é e não pode serequivalente ao reino, como frequen-temente parece ser apresentada. Ossacramentos não são nem de longeo fim da evangelização, pois “a Eu-caristia, embora constitua a plenitu-de da vida sacramental, não é um prê-mio para os perfeitos, mas um remé-dio generoso e um alimento para osfracos6”. A catequese continua pre-parando mais católicos para receberos sacramentos e menos cristãos-ci-dadãos conscientes das exigênciasdo batismo;

c) as novas atitudes completama trilogia profética de uma igreja quese sabe portadora de uma missãoímpar: ser “sal e luz para um mun-do7” tantas vezes sem sabor e quevive nas trevas da indiferença e doconsumismo. Essa igreja que é o

povo de Deus na terra, “a Família deDeus no mundo8”, é formada pelaimensa maioria de leigas e leigos enão pode continuar clericalizada, àsvezes seguindo mais o seu padre ouo seu movimento do que a Jesus. “AIgreja, feita na sua maioria de leigos,ainda não vive essa realidade devidoao clericalismo que persiste e tambémdevido à falta de consciência do pró-prio laicato9”. Os leigos precisamacordar para a realidade, assumir oseu espaço na igreja e na sociedadee libertar-se da cômoda situação deajudante do padre. A leitura e o es-tudo, por exemplo, são novas e im-portantes atitudes.

A igreja em transformação é con-dição irrenunciável para se chegar auma igreja transformadora, que sejasinal de mudança na sociedade, quebusque nas culturas e nas outras ci-ências as razões para essa transfor-mação. “O que não é, porém, possí-vel é sequer pensar em transformaro mundo sem sonho, sem utopia ousem projeto10”. As Pastorais Sociaisprecisam assumir essa missão e esselugar de educadoras-educandas naigreja, que, por sua vez, “é convoca-da a superar uma pastoral de meraconservação ou manutenção11”. Éexatamente essa superação que faráda igreja uma escola de profecia e,assim, capaz de encantar e reencan-tar, de seduzir-se e de seduzir. Umaigreja menos julgadora e mais amo-rosa, que busca o conhecimento,mas persegue a sabedoria: “Se con-segues fazer um bom julgamento deti, és um verdadeiro sábio12”. A supe-ração do clericalismo, do improvisoe até de certo desleixo com a cate-quese, com a liturgia e com a forma-ção de lideranças críticas e amoro-sas, por exemplo, nos ajudará a che-gar à maturidade espiritual e políti-ca e consequentemente ao engaja-

- BÍBLIA Sagrada, Nova Bíblia Pastoral. SãoPaulo: Paulus, 2013.

- Carta Encíclica DEUS CARITA EST – Deusé Amor. Do Sumo Pontífice Bento XVI. SãoPaulo: Paulus, 2006;

- CNBB. Conferência Nacional dos Bisposdo Brasil. Cristãos Leigos e Leigas na Igre-ja e na Sociedade. Estudos da CNBB, Do-cumento 107. Brasília-DF: Edições CNBB,1ª ed, 2014;

- CNBB. Conferência Nacional dos Bisposdo Brasil. Diretrizes Gerais da Ação Evan-gelizadora da Igreja no Brasil – Documen-to 102 - 2015-2019. Brasília-DF: ediçõesCNBB, 2015.

- Constituição Dogmática sobre a revela-ção divina DEI VERBUM - DV. São Paulo:Paulus, 4ª ed. 1998;

- DIETRICH, Luiz José. Violências em nomede Deus – Monoteísmo, Diversidade e Di-reitos Humanos. São Leopoldo-RS: CEBI,2013;

- Exortação Apostólica do Sumo PontíficeFrancisco, EVANGELII GAUDIUM EG – AAlegria do Evangelho – sobre o anúnciodo Evangelho no mundo atual. Rio de Ja-neiro-RJ: Loyola, 2ª ed. 2014;

- FREIRE, Paulo. Pedagogia da Indignação– Cartas pedagógicas e outros escritos.São Paulo: UNESP, 7 ª reimpressão, 2000;

- SAINT-EXUPÉRY. Antoine de. O PequenoPríncipe. Rio de Janeiro-RJ: AGIR, 2006;

(FOOTNOTES)1 Textos para reflexão: Isaías 40,

12-31; Eclesiastes 3, 1-152 Eclesiastes 3, 1-8.3 Isaías, 40,284 DIETRICH, 2013, p.29.5 DEI VERBUM, nº 12.6 EVANGELII GAUDIUM nª 47.7 Mateus 5, 13-14.8 Deus Caritas Est, nº 25.9 CNBB, Documento 107, nº 12.10 FREIRE, 2000, p. 53.11 CNBB, 2015-2019, Doc. 102, nº

3012 SAINT-EXUPÉRI, 2006, p.41.13 Marcos 15,34; Salmo 21,2.

mento na luta social com aqueles/as crucificados/as que gritam a todahora “Meu Deus, meus Deus, porque me abandonaste13?”. É dessegrito que nascem a resistência e arenovação.

BIBLIOGRAFIA CITBIBLIOGRAFIA CITBIBLIOGRAFIA CITBIBLIOGRAFIA CITBIBLIOGRAFIA CITADADADADADAAAAA

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Arquidiocese de Curitiba | Agosto 201518

Comunicação

Onde a Onde a Onde a Onde a Onde a Mãe AparecidaMãe AparecidaMãe AparecidaMãe AparecidaMãe AparecidaA aparição da imagem de Nossa Senhora da Concei-

ção Aparecida, nas águas do rio Paraíba do Sul, comple-

tará 300 anos, em 2017. Em comemora-

ção à data, o Santuário Nacional de Apa-

recida promove o “Jubileu de bênçãos”.

Para preparar o tricentenário haverá in-

tensa programação, com peregrinações

ao Santuário de Nossa Senhora Apareci-

da e visitas da imagem (Fac-símile) de

Nossa Senhora às (arqui) dioceses do

Brasil. A Arquidiocese de Curitiba, com

satisfação, participará desse evento, re-

cebendo a visita da imagem Peregrina e

Missionária de 07 de agosto a 22 de no-

vembro de 2015.

Lembro-me do tempo de criança como era aguarda-

da a visita da mãe (para os netos da avó). Como fazia

bem essa visita à nossa família. Criávamos uma expec-

tativa, preparávamos a casa, cada membro da família,

conforme a idade, desenvolvia alguma

atividade. Quando, até que enfim, era

chagado o dia, havia uma festa na acolhi-

da e logo íamos mostrando a casa, as no-

vidades, falando dos sonhos, dos traba-

lhos, dos estudos da meninada, das ale-

grias e dificuldades.

A Mãe Aparecida, há quase 300 anos,

está visitando famílias e comunidades

para fortalecer os filhos e filhas na fé e

no discipulado a Jesus. Quando prepará-

vamos sua visita à Arquidiocese de Curi-

tiba nos perguntávamos: onde a MãeAparecida quer aparecer? Por certo, nos templos ela já

está presente, representada com suas imagens nos di-

... onde a MãeAparecida queraparecer? Por certo,nos templos ela jáestá presente,representada comsuas imagens nosdiversos títulos.Olhando na história,há 300 anos, no Valedo Paraíba, elaapareceu para os queclamavam por ajuda

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Arquidiocese de Curitiba | Agosto 2015 19

quer aparecer?quer aparecer?quer aparecer?quer aparecer?quer aparecer?

DOM JOSÉ MÁRIO SCALON ANGONESEBispo Auxiliar de Curitiba

versos títulos. Olhando na história, há 300 anos,

no Vale do Paraíba, ela apareceu para os que

clamavam por ajuda, os últimos, os desespe-

rançados. Nossa Senhora apareceu donde su-

biam aos céus gritos de socorro? Concluímos

que a Mãe Aparecida quer aparecer nesses lu-

gares. Entendemos, como Arquidiocese de Curiti-

ba, que a Mãe Aparecida veio do céu para trazer

conforto, esperança e manifestar o amor de Deus pelo

povo brasileiro. Por isso, com a imagem da Mãe Maria, a Se-

nhora Aparecida, vamos visitar escolas, fábricas, casas de re-

cuperação de dependentes químicos, hospitais, locais em-

pobrecidos, paradas de ônibus, instituições públicas. Ire-

mos aonde as portas se abrirem e gritos por socorro subi-

rem aos céus.

Nós teremos satisfação em mostrar a Mãe Apareci-

da, todo o trabalho missionário que já está em execu-

ção em nossa Arquidiocese. Queremos lhe mostrar

o quanto e como muitas pessoas, comunidades e

paróquias já aderiram ao projeto das Missões Po-

pulares e Permanentes. Queremos lhe falar das

paróquias, do projeto “Comunidade de Comu-

nidades, a nova Paróquia”. Falar da cateque-

se, das famílias, das vocações, das pastorais

e dos movimentos. Vamos, carinhosamen-

te, lhe recomendar os novos missionári-

os, os que estão se esforçando por se-

rem “Igreja em saída”. E, com muita ale-

gria, falar dos que já são missionários

e que vivem em atitude missionária

seu dia a dia na família, no traba-

lho, nas comunidades. Por esses

e por todos, a Nossa Senhora da

Conceição Aparecida, que nos

vem visitar, vamos pedir a sua

ajuda e sua intercessão.

Nossa Senhora da Con-

ceição Aparecida! Visitai-

nos e rogai por nós.

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Arquidiocese de Curitiba | Agosto 201520

Reflexão

FFFFFamília, lugar da amília, lugar da amília, lugar da amília, lugar da amília, lugar da presença de Deuspresença de Deuspresença de Deuspresença de Deuspresença de Deus

*PADRE REGINALDO MANZOTTI

*Padre Reginaldo Manzotti é coordenador da Associação Evangelizar é Preciso – Obraconsiderada benfeitora nacional que objetiva a evangelização pelos meios de comuni-cação – e pároco reitor do Santuário Nossa Senhora de Guadalupe, em Curitiba (PR).Apresenta diariamente programas de rádio e TV que são retransmitidos e exibidos emparceria com milhares de emissoras no país e algumas no exterior. Site:www.padrereginaldomanzotti.org.br. Facebook: www.facebook.com/padrereginaldo-manzotti. Twitter: @padremanzotti | Instagram: @padremanzotti

Anualmente, no mês de agosto, mês vocacional, aigreja propõe a Semana Nacional de Oração pela Famí-lia, cujo tema neste ano é “O amor é nossa missão: afamília plenamente viva”.

Essa semana de oração traz um grande apelo paraque a família se volte ao essencial. São João Paulo II ex-pressou isso muito bem com a frase “Família, volta a sero que tu és.” Mas o que é a família? É lugar de amor, écheiro de saudade, é cheiro de comida caseira. Eu acre-dito que um pai e uma mãe que conseguirem marcarum filho, a casa com boas lembranças, já marcaram po-sitivamente.

Família, volta ser o que tu és, um lugar da presençade Deus. E aqui eu chamo a atenção sobre a forma quequeremos que Deus se mostre como Deus. Na Bíblia,encontramos a forma que Deus se mostrou a São Josépor meio do Anjo enquanto estava dormindo, porqueele estava em profunda sintonia com Deus (cf. Mt 1,20s;2,13.20). O que nos falta é procurar Deus onde Ele está.O profeta Elias nos mostra que Deus não está no trovão,no muito barulho. Não está no fogo com muita ardên-cia. Deus não está no tumulto, Deus está na brisa suave(cf. IRs 19,11-12). Deus está, muitas vezes esempre, no silêncio de uma consciênciaem paz de quem busca a Deus de um paie uma mãe que pedem discernimento,

no silêncio de uma família que dá as mãos e reza, nacumplicidade de um marido e mulher, porque Deus ra-ramente vai falar quando há muito barulho. Mas nãoestou falando de um barulho externo, estou falando deum barulho interior; esse barulho ensurdece quando nãoaquietamos a alma e serenamos os sentimentos parafazer a experiência do Deus que se revela, e revela o quebuscamos e o que somos.

Família, volta a ser o que tu és, lugar de comunhão. Afamília nasce do amor e só tem sentido no amor, pois vemde Deus. O criador quis que o homem tivesse a mulher comocompanheira e participasse da obra da criação.

A família é a primeira escola a nos ensinar a ser co-munhão de amor, na qual pessoas devem educar e seeducar, pois formam uma comunidade de pessoas quevivem em comunhão. É na família que se aprende a vi-ver a generosidade, a unidade, a solidariedade, a parti-lha, a fé, e crescer a consciência de serem administrado-res dos próprios bens e dos bens comuns e da natureza.

O que sustenta essa missão de ser comunhão é oamor, que deveria ser incondicional, como nos ensinaSão Paulo. Um amor que é paciente, bondoso, que nãotem inveja, não é orgulhoso. Não é arrogante nem es-candaloso, não busca os seus próprios interesses, nãose irrita, não guarda rancor. Não se alegra com a injusti-ça, mas se rejubila com a verdade. Tudo desculpa, tudocrê, tudo espera, tudo suporta (ICor 13,4-7).

É no ambiente familiar que fazemos nossas primei-ras experiências de vida, aprendemos a falar, a andar, a

sorrir, a compartilhar as pequenas conquistas comaqueles que nos cercam.

Não existem pessoas perfeitas, existem pesso-as frágeis, limitadas. Valorizemos nossas famíliascom seus defeitos e qualidades, suas alegrias esofrimentos, erros e acertos, conquistas e con-flitos.

Acreditemos no amor que restaura e re-constrói, e deixemo-nos contagiar por esse

amor de Deus, que tudo pode.

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Arquidiocese de Curitiba | Agosto 2015

PPPPParóquia Senhor Bomaróquia Senhor Bomaróquia Senhor Bomaróquia Senhor Bomaróquia Senhor BomJesus – ColomboJesus – ColomboJesus – ColomboJesus – ColomboJesus – Colombo

Paróquia emdestaque

21

A comunidade Senhor Bom Jesus localiza-se no bairro SãoGabriel, que em seu início era conhecido como Ressaca, eteve início com a construção de uma igreja em 1900. DonaLeopoldina de Camargo doou o terreno e, posteriormente aesta doação de terra, houve outras, tornando-se o que é hoje.

A comissão de frente à construção foi Dr. Francisco de Ca-margo e seu irmão Severo de Camargo. E em 1901 foi conclu-

ída a obra. Dr. Francisco, católico, praticante, mandou viremda Europa as imagens do Senhor Bom Jesus e Nossa Senhoradas Neves, os quais ficaram sendo os padroeiros dessa comu-nidade.

Em 31 de dezembro de 1901, foi celebrada a primeira missa emlouvor aos seus padroeiros. Depois, buscando no calendário a datafestiva de nossos padroeiros, passou essas festividades para o dia06 de agosto, que é dia do Senhor Bom Jesus de Iguape. Dr.Francisco ofereceu também, a essa igreja, galhetas, patena,abório e a campainha, trazidos da Europa.

O nome bairro São Gabriel conta o seguinte: Ressacafoi o seu primeiro nome; e o padre Alberto, do Cabral,

teria ido até Colombo para fazer uma visita ao Vi-gário, e perguntou ao sacristão ‘onde está o vi-

gário? Está na Ressaca! Como? Ele bebe? Não,é que aqui temos um lugarejo, cujo nome é

Ressaca!’Novamente, em novo encontro, os dois

padres conversaram sobre o assunto e to-maram a decisão de montar uma comis-são de habitantes, em que foi solicitadaa mudança de nome.

Em 04 de junho de 1931, durante aadministração do prefeito João Benja-mim Costacurta, deu-se a mudança ofi-cial do nome Ressaca para São Gabriel.E em 03 de abril de 1935 foi preparadauma grande festa para a chegada daimagem de São Gabriel. Nessa época, acomunidade pertencia à Paróquia deSanta Cândida, dirigida pela Congrega-ção Vicentina. Passado algum tempo, aCongregação dos Padres Passionistaspassou a atender a Capela Senhor Bom

Jesus e Nossa Senhora das Neves. Hoje,é a Paróquia Senhor Bom Jesus.

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Arquidiocese de Curitiba | Agosto 201522

Dízimo

Mensagem da Equipe Arquidiocesana do DízimoMensagem da Equipe Arquidiocesana do DízimoMensagem da Equipe Arquidiocesana do DízimoMensagem da Equipe Arquidiocesana do DízimoMensagem da Equipe Arquidiocesana do DízimoAGOSTO: MÊS VOCACIONALAGOSTO: MÊS VOCACIONALAGOSTO: MÊS VOCACIONALAGOSTO: MÊS VOCACIONALAGOSTO: MÊS VOCACIONAL

CLOVIS VENÂNCIOMembro da Pastoral Arquidiocesana do Dízimo

I – Subsídios Doutrinários:Sugerimos aos nossos prezados leitores o exame de

alguns textos bíblicos, especialmente, os breves versícu-

los do Evangelho segundo São João e da Carta de São

Paulo aos Efésios a seguir discriminados, os quais, junta-

mente com as reflexões e sugestões litúrgicas contidas

no opúsculo “Deus Conosco” (edição de julho a dezem-

bro de 2015), serviram de fundamentação para essa nos-

sa mensagem:

Jo 6, 24-35; 60-69 e Ef 4, 1-7; 11-16

II – Considerações Práticas para a Vivência Diária:Pelo batismo, todos nós somos chamados a anunciar

e testemunhar a “Palavra de Deus” que é a realização de

Sua vontade entre nós, suas criaturas. Nos trechos refe-

renciados do Evangelho segundo São João, vemos como

Jesus insiste sobre a necessidade de enxergarmos o sen-

tido mais profundo da PARTILHA, que transforma o co-

ração e rompe com todo o egoísmo humano.

Com efeito, o maior projeto de Jesus é a vivência do

amor na realidade da vida e a plena e fraterna doação

aos demais, por isso sua palavra nos convoca (vocação)

a vencermos o egoísmo individualista que exclui e des-

trói o espírito comunitário.

Assim, a fé que professamos exige postura firme e

decidida, tendo em mente, inclusive, que praticar a fé

não é apenas participar de ritos e celebrações litúrgicas,

mas comprometer-se nas atividades da Igreja e na vida

comunitária.

Portanto, conforme ensina São Paulo, cabe também

aos cristãos leigos, presentes nas diversas dimensões da

sociedade, testemunhar a paz e a justiça, fazendo um

mundo novo surgir pela prática da caridade. Dessa for-

ma, olhando nossos procedimentos, sobretudo no que

diz respeito ao DÍZIMO E ÀS OFERTAS como expressões

concretas de partilha, avaliemos se não estamos sendo

incoerentes na vivência da fé.

Será que não estamos sendo mesquinhos ao definir-

mos nossas decisões de participar da comunidade ecle-

sial e, inclusive, ao estabelecermos o valor de nossa con-

tribuição financeira mensal?

Comissão da Dimensão Econômi-ca e Dízimo. Coordenador da

Comissão: João Coraiola Filho.Coordenador da Pastoral do

Dízimo: William Michon.

Page 23: Vozdaigreja agosto2015

Painel do Leitor

FFFFFundo Diocesano de Solidariedade undo Diocesano de Solidariedade undo Diocesano de Solidariedade undo Diocesano de Solidariedade undo Diocesano de Solidariedade financia 32 projetosfinancia 32 projetosfinancia 32 projetosfinancia 32 projetosfinancia 32 projetosA Arquidiocese de Curitiba,

através do FDS – Fundo Diocesa-no de Solidariedade, realizou nodia 14 de julho, a assinatura doscontratos dos 32 projetos con-templados, em correspondênciaaos objetivos da Campanha daFraternidade 2015 – FRATERNI-DADE: IGREJA E SOCIEDADE, to-talizando R$ 168.680,00.

Arquidiocese de Curitiba | Agosto 2015 23

9º Muticom9º Muticom9º Muticom9º Muticom9º Muticom - Mutirão Brasileiro - Mutirão Brasileiro - Mutirão Brasileiro - Mutirão Brasileiro - Mutirão Brasileirode Comunicação recebede Comunicação recebede Comunicação recebede Comunicação recebede Comunicação recebe

mais de 500 participantesmais de 500 participantesmais de 500 participantesmais de 500 participantesmais de 500 participantes

Fotos: Stephany Bravos

Com o tema Ética nas Comunica-ções, o 9º Muticom – Mutirão Brasilei-ro de Comunicação, foi realizado emVitória (ES), no dia 15 passado e reuniumais de 500 participantes. Entre os pa-lestrantes estavam: Pe. Gildásio Men-des, Dom Gebhard Fürst, Elizabeth Bar-ros, Dom Leomar Brustolin, Elson Faxi-na, Caco Barcellos, Dom Darci Nicioli,entre outros. Dom Darci que é presiden-te da Comissão Episcopal Pastoral paraa Comunicação da Conferência Nacio-nal dos Bispos do Brasil (CNBB), lançouoficialmente o Conexão Pascom, um

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os

programa de relacionamento pastoral.De acordo com a organização, a inten-ção é montar um cadastro nacionaldos agentes da Pascom de todas asdioceses do Brasil. O Conexão Pascomserá uma newsletter que levará infor-mações que nos estão reservados nacaminhada da Igreja. Foi lançado tam-bém, na mesma ocasião, o curso deEAD sobre o Diretório de Comunica-ção da Igreja no Brasil, que conta com9 módulos, produzido pela Ir. Élide ePe. Clóvis, ambos da Comissão da Co-municação da CNBB.

Cardeal Dom Odilo celebra Cardeal Dom Odilo celebra Cardeal Dom Odilo celebra Cardeal Dom Odilo celebra Cardeal Dom Odilo celebra FFFFFesta de Nossaesta de Nossaesta de Nossaesta de Nossaesta de NossaSenhora do CarmoSenhora do CarmoSenhora do CarmoSenhora do CarmoSenhora do Carmo em Campo Largo em Campo Largo em Campo Largo em Campo Largo em Campo Largo

A comunidade da Colônia Antô-nio Rebouças, em Campo Largo, ce-lebrou a festa de sua padroeira,Nossa Senhora do Carmo, no últi-mo dia 19.

Na homilia, o Cardeal Dom Odi-lo Pedro Scherer, lembrou do papelmissionário de Maria, relacionandocom o pedido da Igreja do estadopermanente de missão.

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Senhores Párocos e Atendentes,Informamos que foi editado o Anu-

ário 62 da Arquidiocese de Curitiba, cor-respondendo aos anos 2013-2014. Nor-malmente editamos o Anuário de qua-tro em quatro anos, o n. 62 tem umapeculiaridade, com a morte, repentina,de Dom Moacyr José Vitti e a Adminis-tração Arquidiocesana de Dom RafaelBiernaski, preferimos encerrar um perí-odo de governo e iniciar o governo deDom José Antônio Peruzzo (2015).

Como fizemos em anos anterio-res deixamos de imprimir o Anuário,graficamente, por motivo de altoscustos, mas encontra-se disponívelno Portal da Arquidiocese. Os inte-ressados poderão acessar no site: http://arquidiocesedecuritiba.org.br/downlo-ads/anuario-62-da-arquidiocese-de-cu-ritiba-anos-2013-2014/

O Anuário nos ajuda a manter vivaa história de nossa Arquidiocese. Bomproveito. Abraços.

Côn. Élio José Dall´Agnol Vigário Geral

Anuário 62Anuário 62Anuário 62Anuário 62Anuário 62da Arquidioceseda Arquidioceseda Arquidioceseda Arquidioceseda Arquidiocese

de Curitibade Curitibade Curitibade Curitibade Curitiba

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