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ESCOLA DA MAGISTRATURA DOTRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO
DireçãoDesembargador Federal Luiz Carlos de Castro Lugon
Conselho
Desembargador Federal Paulo Afonso Brum VazDesembargador Federal Antônio Albino Ramos de Oliveira
Coordenador Científico do Módulo de Direito TributárioJuiz Federal Leandro Paulsen
AssessoriaIsabel Cristina Lima Selau
__________________________________________
CADERNO DE DIREITO TRIBUTÁRIO - 2006
Organização – Divisão de EnsinoMaria Luiza Bernardi Fiori Schilling
Revisão – Divisão de PublicaçõesLeonardo Schneider Maria Aparecida Corrêa de Barros BertholdMaria de Fátima de Goes Lanziotti
Capa e Editoração – Divisão de Editoração e Artes Alberto Pietro Bigatti Artur Felipe Temes
Marcos André Rossi VictorazziRodrigo Meine
ApoioSeção de Reprografia e Encadernação
Contatos:E-mail: [email protected] Assessoria: (51) 3213-3040Divisão de Ensino: (51) 3213-3041Divisão de Publicações: (51) 3213-3043
Divisão de Editoração e Artes: (51) 3213-3046www.trf4.gov.br/emagis
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Apresentação
O Currículo Permanente criado pela Escola da Magistratura do Tribunal
Regional Federal da 4ª Região - EMAGIS - é um curso realizado em encontros mensais,
voltado ao aperfeiçoamento dos juízes federais e juízes federais substitutos da 4ª Região,
que atende ao disposto na Emenda Constitucional nº 45/2004. Tem por objetivo, entre
outros, propiciar aos magistrados, além de uma atualização nas matérias enfocadas,
melhor instrumentalidade para condução e solução das questões referentes aos casos
concretos de sua jurisdição.
O Caderno do Currículo Permanente é fruto de um trabalho conjunto desta
Escola e dos ministrantes do curso, a fim de subsidiar as aulas e atender às necessidades
dos participantes.
O material conta com o registro de notáveis contribuições, tais como artigos,
jurisprudência selecionada e estudos de ilustres doutrinadores brasileiros e estrangeiros
compilados pela EMAGIS e destina-se aos magistrados da 4ª Região, bem como a
pesquisadores e público interessado em geral.
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ÍNDICE
“IMPORTAÇÃO, DESPACHO ADUANEIRO, AUTORIDADE COATORA E INCIDÊNCIAS”
Ministrantes:
Caio Roberto Souto de Moura
Jorge Dabdab Waquil
Marcel Citro de Azevedo
Ficha Técnica..................................................................................................................................... 02
Apresentação..................................................................................................................................... 03
Texto 1: “Importação, despacho aduaneiro, autoridade coatora e incidências”
Autor: Caio Roberto Souto de Moura
Introdução.......................................................................................................................................... 091. Imposto de Importação................................................................................................................... 10 1.1 Legislação de regência............................................................................................................. 10 1.2 Hipótese de incidência do Imposto de Importação................................................................... 11 1.3 Casos de não-incidência do Imposto de Importação ............................................................... 12 1.4 Aspecto temporal da hipótese de incidência do Imposto de Importação ................................. 12 1.5 Sujeito passivo do Imposto de Importação - contribuintes e responsáveis............................... 13 1.5.1 Contribuinte..................................................................................................................... 13 1.5.2 Responsável tributário.................................................................................................... 14 1.5.3 Responsável solidário..................................................................................................... 14 1.6 Base de cálculo do Imposto de Importação.............................................................................. 15
1.6.1 Base de cálculo............................................................................................................... 15 1.6.2 Alíquotas do Imposto de Importação............................................................................... 16 1.6.3 Taxa de câmbio............................................................................................................... 17 1.7 Isenções e reduções do Imposto de Importação...................................................................... 17 1.7.1 Regras gerais.................................................................................................................. 17 1.7.2 Tipos de isenção ou redução do Imposto de Importação............................................... 18 1.7.2.1 Isenções ou reduções vinculadas à qualidade do importador........................... 18 1.7.2.2 Isenção ou redução vinculada à destinação dos bens...................................... 18 1.7.2.3 Isenções e reduções diversas............................................................................ 18
2. Imposto sobre Produtos Industrializados....................................................................................... 192.1 Legislação de regência............................................................................................................ 192.2 Hipótese de incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados na Importação............... 19
2.3 Sujeito passivo. Substituto tributário e responsabilidade solidária.......................................... 202.4 Base de cálculo do Imposto sobre Produtos Industrializados na Importação......................... 202.5 Alíquotas.................................................................................................................................. 212.6 Pagamento............................................................................................................................... 21
3. PIS/PASEP-Importação e COFINS-Importação............................................................................ 213.1 Previsão normativa.................................................................................................................. 213.2 Hipótese de incidência............................................................................................................. 223.3 Sujeito passivo......................................................................................................................... 233.4 Responsabilidade solidária...................................................................................................... 233.5 Base de cálculo........................................................................................................................ 243.6 Alíquotas.................................................................................................................................. 243.7 Isenções................................................................................................................................... 24
3.8 Prazo de recolhimento............................................................................................................. 253.9 Não-cumulatividade................................................................................................................. 25
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Texto 2: “Tópicos Adicionais sobre Importação” Autor: Marcel Citro de Azevedo
RECINTOS ALFANDEGADOS E REGIMES ADUANEIROS ESPECIAIS....................................... 27Regimes Aduaneiros Especiais...................................................................................................... 30
1 - Normas gerais............................................................................................................................... 30
2 - Trânsito Aduaneiro........................................................................................................................ 322.1 – Conceito e Modalidades...................................................................................................... 322.2 - Procedimentos e normas..................................................................................................... 34
2.2.1 - Concessão e aplicação............................................................................................ 342.2.2 - Conferência para trânsito e cautelas fiscais............................................................ 35
3 - Admissão Temporária................................................................................................................... 363.1 - Conceito............................................................................................................................... 363.2 - Admissão Temporária com Suspensão Total dos Tributos................................................. 363.3 - Admissão Temporária para utilização econômica............................................................... 37
3.3.1 - Bens a que se aplica................................................................................................ 37
3.3.2 - Cálculo e pagamento dos tributos proporcionais..................................................... 383.4 - Procedimentos e prazos...................................................................................................... 38
3.4.1 - Procedimentos simplificados.................................................................................... 393.4.2 – Prazos..................................................................................................................... 403.4.3 – Prorrogação............................................................................................................. 42
3.5 - Termo de Responsabilidade................................................................................................ 423.5.1 – Formalização........................................................................................................... 433.5.2 - Exigência do crédito constituído.............................................................................. 43
3.6 - Garantia............................................................................................................................... 443.7 - Extinção da aplicação do regime......................................................................................... 45
4 - Admissão Temporária para Aperfeiçoamento Ativo...................................................................... 474.1 – Conceito.............................................................................................................................. 47
4.2 – Aplicação do regime............................................................................................................ 47
5 - Exportação Temporária................................................................................................................. 485.1 – Conceito.............................................................................................................................. 485.2 - Bens a que se aplica o regime............................................................................................. 485.3 - Aplicação do regime............................................................................................................. 495.4 - Extinção da aplicação do regime......................................................................................... 50
6 - Exportação Temporária para Aperfeiçoamento Passivo............................................................... 516.1 – Conceito.............................................................................................................................. 516.2 - Aplicação do regime............................................................................................................. 516.3 - Extinção da aplicação do regime......................................................................................... 52
7 - Entreposto Aduaneiro................................................................................................................... 537.1 - Locais de operação do regime............................................................................................. 547.2 - Bens admitidos..................................................................................................................... 547.3 - Entreposto Aduaneiro na Importação.................................................................................. 55
7.3.1 – Beneficiários............................................................................................................ 557.3.2 - Aplicação do regime................................................................................................. 567.3.3 - Prazo de Vigência.................................................................................................... 567.3.4 - Extinção da aplicação do regime............................................................................. 56
7.4 - Entreposto Aduaneiro na Exportação.................................................................................. 577.4.1 – Beneficiários............................................................................................................ 587.4.2 - Aplicação do regime................................................................................................. 587.4.3 - Prazo de Vigência.................................................................................................... 597.4.4 - Extinção da aplicação do regime............................................................................. 59
8 - Loja Franca................................................................................................................................... 60
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8.1 – Conceito.............................................................................................................................. 608.2 - Aplicação do regime............................................................................................................. 60
9 - Depósito Especial......................................................................................................................... 619.1 – Conceito.............................................................................................................................. 619.2 - Aplicação do regime............................................................................................................. 62
10 - Depósito Afiançado – DAF.......................................................................................................... 6410.1 – Conceito............................................................................................................................ 6410.2 - Aplicação do regime........................................................................................................... 64
11 - Depósito Alfandegado Certificado – DAC................................................................................... 6611.1 – Conceito............................................................................................................................ 6611.2 - Aplicação do regime........................................................................................................... 66
12 - Depósito Franco.......................................................................................................................... 68
13 – Drawback................................................................................................................................... 6913.1 – Conceito e modalidades.................................................................................................. 69
13.2 - Aplicação do regime......................................................................................................... 70
14 – RECOF....................................................................................................................................... 7114.1 – Conceito.......................................................................................................................... 7114.2 - Habilitação para operar o regime..................................................................................... 7214.3 - Aplicação do regime......................................................................................................... 7314.4 - Extinção da aplicação do regime..................................................................................... 74
15 – REPETRO.................................................................................................................................. 7415.1 – Conceito.......................................................................................................................... 7415.2 – Aplicação do regime........................................................................................................ 76
PERDIMENTO DE VEÍCULOS: ÔNIBUS SOB REGIME DE FRETAMENTO.................................. 77
AUTORIDADE COATORA E MATÉRIA ADUANEIRA..................................................................... 91
Texto 3: “Despacho Aduaneiro” Autor: Jorge Dabdab Waquil
Introdução.......................................................................................................................................... 971. Despacho de Importação............................................................................................................... 991.1. Sistema Administrativo das Importações.................................................................................... 1001.2. Despacho de Importação............................................................................................................ 101
1.2.1 Documentos de instrução do Despacho de Importação.................................................... 1021.2.1.1 Conhecimento de Carga................................................................................................. 1021.2.1.2 Fatura Comercial............................................................................................................ 102
1.2.1.3 Comprovante de pagamento dos tributos (DARF)......................................................... 1031.2.1.4 Romaneio de Carga (Packing List)................................................................................ 1031.2.1.5 Outros documentos de instrução do despacho.............................................................. 1031.2.2 Fluxo do Despacho Aduaneiro de Importação.................................................................. 1041.2.2.1 Registro da Declaração.................................................................................................. 1041.2.2.2 Seleção para Conferência Aduaneira............................................................................. 1051.2.2.3 Distribuição..................................................................................................................... 1061.2.2.4 Conferência Aduaneira................................................................................................... 1061.2.2.5 Desembaraço Aduaneiro................................................................................................ 1091.2.2.6 Entrega da mercadoria................................................................................................... 1101.2.3 Procedimentos Especiais de Controle Aduaneiro............................................................. 1111.2.4 Retificação de declaração................................................................................................. 1111.2.5 Revisão Aduaneira............................................................................................................ 112
Fluxo do Despacho de Importação no SISCOMEX -......................................................................... 114
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Anexos: Anexo I – Despacho Aduaneiro: Extrato do MANTRA..................................................................... 116 Anexo II – Despacho Aduaneiro: Fichas da Declaração de Importação........................................... 118 Anexo III – Despacho Aduaneiro ....................................................................................................... 123 MANTRA.......................................................................................................................... 123
SISCOMEX – Importação................................................................................................. 126 Histórico da Carga............................................................................................................ 130 Anexo IV – Slides da Apresentação................................................................................................... 131
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IMPORTAÇÃO, DESPACHO ADUANEIRO, AUTORIDADE COATORA E
INCIDÊNCIAS
Autor: Juiz Federal Caio Roberto Souto de Moura
Apresentação:
Juiz Federal Caio Roberto Souto de Moura,
Juiz Federal Substituto Marcel Citro de Azevedo eDr. Jorge Dabdab Waquil
INTRODUÇÃO
O despacho aduaneiro, como procedimento administrativo destinado a
condicionar a atividade de importação e exportação de bens, faz incidir sobre a
movimentação física de produtos uma série de controles, destinados a aferir a
regularidade do ingresso ou remessa dos bens do território nacional. Tal poder de
polícia administrativo, cabe lembrar, não se restringe ao aspecto meramente fiscal –
regularidade do pagamento dos tributos incidentes, mas faz aplicar também outros
mecanismos de intervenção estatal na esfera privada, relacionados aos aspectos
sanitários, de saúde pública, ambientais, de proteção à economia e produção
nacionais, de proteção à moralidade e costumes nacionais etc.
Assim, muito embora a regulamentação do despacho aduaneiro seja
realizada principalmente no âmbito da Secretaria da Receita Federal, o
procedimento prevê a intervenção de outros órgãos administrativos não relacionados
à administração tributária, quando houver exigência legal.
No aspecto fiscal, há diversos tributos incidindo sobre a importação e a
exportação de mercadorias ou serviços, como Imposto de Importação, Imposto de
Exportação, Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI, Contribuições
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PIS/PASEP, COFINS, ICMS, Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico –
CIDE-Combustíveis e a Taxa SISCOMEX.
Trataremos dos tributos mais importantes, incidentes na importação debens, salientando seus aspectos principais, de forma sintética.
1. IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO
1.1 LEGISLAÇÃO DE REGÊNCIA
A Constituição Federal, artigo 153, inciso I, prevê o Imposto deImportação, incidindo sobre a importação de produto estrangeiro, outorgando a
competência legislativa para sua instituição para a União Federal.
O Imposto de Importação não se submete ao princípio geral da
anterioridade de exercício (Constituição Federal, artigo 150, III, ‘b’, e § 1º), podendo
ser exigido no mesmo exercício em que instituído ou majorado. Também não se
submete ao princípio da anterioridade nonagesimal mínima (Constituição Federal,
artigo 150, III, ‘c’ e § 1º), podendo ser exigido antes do prazo de noventa dias de sua
instituição.
A princípio da estrita legalidade tributária é abrandado, com relação ao
Imposto de Importação (Constituição Federal, artigo 153, § 1º), autorizando-se o
Poder Executivo, mediante decreto, a alterar alíquotas, observados os limites legais.
O tratamento constitucional excepcional dado ao Imposto de
Importação se deve à sua extrafiscalidade, não se limitando a carrear recursos aos
cofres públicos, mas também a regular a economia e tutelar outros valores, como a
saúde e segurança públicas, higidez ambiental e valores morais.
O CTN, artigos 19 a 22, legisla sobre a hipótese de incidência, base de
cálculo e sujeito passivo, na forma do disposto no artigo 146, III, ‘a’, da Constituição
Federal.
O Decreto-Lei no 37/66 é quem institui o Imposto de Importação,
enquanto o Regulamento Aduaneiro (Decreto 4.543/02), em seus artigos 69 a 211,
detalha os comandos legais, para sua efetiva aplicação.
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1.2 HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA DO IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO
A hipótese de incidência do Imposto de Importação é a entrada deproduto estrangeiro ou assimilado em território nacional, como consta no artigo 19
do CTN:
CTN, art. 19. O imposto, de competência da União, sobre a importação
de produtos estrangeiros tem como fato gerador a entrada destes no território
nacional.
O Decreto-Lei nº 37/66, por sua vez, fala em mercadoria estrangeira, e
não em produto estrangeiro:DL 37/66, art.1º. O Imposto sobre a Importação incide sobre mercadoria
estrangeira e tem como fato gerador sua entrada no Território Nacional.
Já o Regulamento Aduaneiro, artigo 72, fala na entrada de mercadoria
estrangeira em território aduaneiro:
RA, art. 72. O fato gerador do imposto de importação é a entrada de
mercadoria estrangeira no território aduaneiro
Como a norma que efetivamente institui o tributo é o Decreto-Lei 37/66,
e tendo em vista que os conceitos nela contidos não desbordam dos limites da
Constituição Federal e do CTN, tem-se que o Imposto de Importação incide sobre a
mercadoria estrangeira, conceito que difere do de produto estrangeiro.
Compreende-se por mercadoria estrangeira também a mercadoria
nacional ou nacionalizada que tiver sido exportada, e retorne posteriormente
(Decreto-Lei 37/66, artigo 1º, § 1º).
A falta de mercadoria estrangeira também pode materializar a hipótese
de incidência do Imposto de Importação. Considera-se entrada no território
aduaneiro a mercadoria que conste como tendo sido importada e cujo extravio
venha a ser apurado pela administração aduaneira (Decreto-Lei no 37, de 1966, art.
1o, § 2o).
A legislação prevê a possibilidade de “quebra” na entrada das
mercadorias a granel, estabelecendo percentuais admissíveis para que não se
considere ocorrida a hipótese de incidência (Decreto-Lei 37/66, artigo 1º, § 3º),
estabelecendo-se o percentual de 1% (Regulamento Aduaneiro, artigo 72, § 2º, II).
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1.3 CASOS DE NÃO-INCIDÊNCIA DO IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO
Constitui caso de não-incidência do Imposto de Importação a entradade mercadoria avariada, que não se preste ao fim para o qual foi importada, e seja
destruída sob controle aduaneiro (DL 37/66, 1º, § 4º, I).
Também a entrada de mercadoria entrada por erro, e redestinada, não
configura a hipótese de incidência do Imposto de Importação, desde que
devidamente documentada (Regulamento Aduaneiro, artigo 71, I).
É preciso que haja erro inequívoco ou comprovado. Erro inequívoco é o
que demonstre a destinação incorreta da mercadoria. Também pode serconsiderado o erro quanto à própria mercadoria, verificando-se a entrada de bem
diverso daquele que foi efetivamente contratado (Regulamento Aduaneiro, 71, § 1º,
II).
A alienação, em leilão, de mercadoria que for objeto de perdimento, não
constitui hipótese de incidência do Imposto de Importação (DL 37/66, artigo 1º, § 4,
III).
A entrada de mercadoria que vier para reposição de outra defeituosa
também não constitui a hipótese de incidência do Imposto de Importação. O defeito
deve ter sido constatado após o desembaraço aduaneiro (Regulamento Aduaneiro,
artigo 71, inciso II).
A devolução de mercadorias importadas, antes do registro da
Declaração de Importação – DI, não constitui hipótese de incidência do Imposto de
Importação (Regulamento Aduaneiro, artigo 71, IV). Nesse caso, a mercadoria deve
ser devolvida em um prazo máximo fixado pela autoridade aduaneira.
1.4 ASPECTO TEMPORAL DA HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA DO IMPOSTO DE
IMPORTAÇÃO
O aspecto temporal é o momento em que se considera ocorrida a
hipótese de incidência do tributo, a partir de determinados eventos arbitrariamente
definidos na legislação.
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Como regra geral, considera-se ocorrida a hipótese de incidência do
Imposto de Importação na data do registro da Declaração de Importação – DI
(Decreto-Lei 37/66, artigo 23 e Regulamento Aduaneiro, artigo 73, I). A regratemporal é compatível com a previsão legal da hipótese de incidência prevista no
CTN, artigo 19, conforme já reconhecido na Súmula n° 4, do TFR:
“É compatível com o art. 19 do Código Tributário nacional a disposição do artigo 23
do Decreto-Lei nº 37, de 18.11.1966.”
Há outros casos particulares, previstos na legislação (artigo 73 do
Regulamento Aduaneiro), como a admissão temporária de mercadoria, além das
hipóteses em que não ocorre o despacho aduaneiro, como no caso do abandono damercadoria ou mesmo de apreensão de mercadoria objeto de contrabando ou
descaminho.
1.5 SUJEITO PASSIVO DO IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO – CONTRIBUINTES E
RESPONSÁVEIS
1.5.1 Contribuinte
O sujeito passivo do Imposto de Importação está previsto no CTN,
artigo 22, como sendo o importador ou equiparado legal, e o arrematante de
produtos apreendidos ou abandonados. Trata-se da categoria de contribuintes,
posto que relacionados diretamente à hipótese de incidência (CTN, artigo 121,
parágrafo único, inciso I).
O artigo 31, inciso I, do Decreto-Lei 37/66 considera como importador
qualquer pessoa que promova a entrada de mercadoria estrangeira. Não se limita o
contribuinte, portanto, a qualquer categoria profissional específica, abrangendo
também pessoas físicas ou jurídicas com qualquer destinação.
Também se consideram contribuintes o destinatário de remessa postal
e o adquirente de mercadoria importada entrepostada, isto é, depositada em recinto
alfandegário de uso público e com suspensão do pagamento de impostos (Decreto-
Lei 37/66, artigo 31).
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1.5.2 Responsável tributário
Como responsável tributário, qualifica-se a pessoa que, sem ser
contribuinte, tem a obrigação tributária decorrente de expressa previsão legal (CTN,artigo 121, II).
São responsáveis tributários pelo pagamento do Imposto de Importação
o transportador ou o depositário de mercadoria importada (Decreto-Lei 37/66, artigo
32). A responsabilidade do transportador limita-se ao transporte da mercadoria
procedente do exterior, antes do seu desembaraço, ou ainda sob controle aduaneiro,
inclusive no percurso interno no país. Quanto ao depositário, o depósito deve
revestir-se da condição de custódia de mercadoria sob controle aduaneiro.
1.5.3 Responsável solidário
O responsável solidário não é o obrigado principal da relação jurídica
tributária, não se caracterizando contribuinte ou responsável tributário, mas pode ser
chamado a responder solidariamente com o devedor principal. A responsabilidade
solidária não comporta benefício de ordem.
São considerados responsáveis solidários pelo pagamento do Imposto
de Importação (Decreto-Lei 37/66, artigo 32, parágrafo único):
a) Adquirente ou cessionário de mercadoria beneficiada com redução
ou isenção do Imposto de Importação, no caso de descumpridas as condições do
benefício fiscal.
b) Representante nacional do transportador estrangeiro.
c) Adquirente de mercadoria importada por sua conta e ordem, através
de pessoa jurídica importadora. Há o objetivo de evitar evasão fiscal através da
criação de pessoa jurídica de fachada.
d) O responsável pelo transporte multimodal – expedidor, operador ou
qualquer subcontratado. (Lei no 9.611/98, art. 28 e Regulamento Aduaneiro, artigo
105, IV).
e) O financiador da importação, no caso de operação realizada com
recursos de terceiros. Neste caso, o terceiro prestador dos recursos responde
solidariamente com o sujeito passivo (Lei no 10.637, de 2002, art. 27, e Regulamento
Aduaneiro, artigo 105, § 2º).
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1.6 BASE DE CÁLCULO DO IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO
1.6.1 Base de cálculoA base de cálculo do tributo é o valor sobre o qual deve incidir a
alíquota fixada na legislação. No caso do Imposto de Importação, o valor a ser
exigido decorre da aplicação da alíquota específica ou da alíquota ad valorem, como
dispõe o artigo 20 do CTN.
Na hipótese da aplicação da alíquota específica, a legislação atribui um
montante em dinheiro por unidade ou quantidade do produto importado, por
exemplo, R$ 1,00 a cada quilograma da mercadoria. A base de cálculo, nesse caso,será a unidade de medida adotada.
No caso mais comum, de aplicação da alíquota ad valorem (CTN, artigo
20, inciso II), prevê a legislação um percentual a ser aplicada a uma base de cálculo
expressa em valores monetários.
Esta base de cálculo é definida pelo CTN, artigo 20, como sendo o
preço normal do produto para entrega no local de entrada no País.
O Decreto-Lei 37/66, artigo 2º, define a base de cálculo do Imposto de
Importação como sendo “o valor aduaneiro apurado segundo as normas do art. 7º do
Acordo Geral sobre Tarifas Aduaneiras e Comércio – GATT”.
Assim, a base de cálculo do Imposto de Importação será o valor
aduaneiro, definido nas normas do artigo VII do Acordo Geral sobre Tarifas e
Comércio - GATT 1994 (Acordo de Valoração Aduaneira, artigo 1º, aprovado pelo
Decreto Legislativo no 30, de 15 de dezembro de 1994, e promulgado pelo Decreto
no 1.355, de 30 de dezembro de 1994).
Integram o valor aduaneiro, assim, o custo de transporte, de carga,
descarga e manuseio, o custo de seguro durante transporte e manuseio, até ponto
alfandegado de entrada no território nacional, considerado o ponto de cumprimento
das formalidades do despacho de importação (Regulamento Aduaneiro, artigos 77, I
a III).
Não integram o valor aduaneiro os encargos de construção, montagem,
instalação ou assistência técnica, executados após a importação, de transporte e
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seguro a partir do ponto de entrada e os juros de financiamento da importação
(Regulamento Aduaneiro, artigos 79 e 80).
Para tanto, tais encargos devem estar destacados na documentaçãocomprobatória da transação, e, quanto aos juros, deve haver contrato de
financiamento escrito e a comprovação de que o preço declarado é o corrente para a
mercadoria, e que a taxa de juros seja a usual no negócio e no país concedente. O
objetivo de tais exigências é evitar deduções artificiais, diminuindo a base de cálculo
do Imposto de Importação.
A autoridade aduaneira tem a faculdade de arbitrar o valor aduaneiro,
isto é, a base de cálculo do Imposto de Importação, sempre que os dadosinformados pelo importador não sejam seguros. Assim, sempre que houver
inveracidade ou inexatidão dos documentos, ou estes não se apresentarem em
ordem e boa conservação, fica autorizado o arbitramento do valor aduaneiro
(Regulamento Aduaneiro, artigos 82 e 85). Também se autoriza o arbitramento
quando for impossível apuração do preço efetivamente praticado, pela constatação
de fraude, sonegação ou conluio (Regulamento Aduaneiro, artigo 84).
1.6.2 Alíquotas do Imposto de Importação
As alíquotas do Imposto de Importação pode ser fixadas mediante
decreto do Poder Executivo, conforme o artigo 153, § 1º. Seus valores são
seletivamente determinados conforme a essencialidade do produto e o interesse
nacional em sua importação.
A Lei nº 8.085/90 autorizou o Presidente da República a outorgar a
competência para a fixação das alíquotas pela Câmara de Comércio Exterior.
As alíquotas do Imposto de Importação são as fixadas na TEC – Tarifa
Externa Comum, adotada pelos participantes do MERCOSUL, por exigência do
Tratado de Assunção, a partir de 1995. A TEC adota a classificação de mercadorias
prevista na Nomenclatura Comum do MERCOSUL (NCM). A TEC foi implantada no
Brasil pelo Decreto 1.343, de 23/12/94.
A fixação da alíquota deve ser feita na data da ocorrência do fato
gerador da importação (Regulamento Aduaneiro, artigo 94), verificando-se o
posicionamento da mercadoria segundo sua classificação na NCM.
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1.6.3 Taxa de câmbio
Como os valores das importações geralmente vêm fixados em moeda
estrangeira, é necessária a conversão para a moeda nacional para o conhecimentoda base de cálculo do Imposto de Importação.
Assim, a conversão deve ser feita na data da ocorrência do fato gerador
(Decreto-Lei 37/66, artigo 24), que geralmente corresponde à data do registro da
Declaração de Importação. A taxa de câmbio deve ser fixada periodicamente pelo
Ministério da Fazenda (Lei 8.981/95, art. 106)
1.7 ISENÇÕES E REDUÇÕES DO IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO
1.7.1 Regras gerais
As isenções e reduções do Imposto de Importação deverão estar
previstas em lei ou tratado internacional, sendo que a Lei nº 8.032/90, em seu artigo
6º, garante que o tratamento de desoneração de bens previsto em tratado
internacional será observado internamente.
A Lei nº 8.032/90 revogou as isenções anteriores do Imposto de
Importação, regendo, quase com exclusividade, os novos casos de isenções.
Como regra geral, observadas as exceções previstas em lei, a isenção
ou a redução do imposto somente beneficiará mercadoria sem similar nacional e
transportada em navio de bandeira brasileira (Decreto-Lei no 37, de 1966, art. 17, e
Decreto-Lei no 666, de 2 de julho de 1969, art. 2o).
A fruição do benefício fica condicionada à comprovação da quitação de
outros tributos e contribuições federais (Lei no 9.069/95, art. 60).
O reconhecimento de isenções ou reduções no Imposto de Importação
será efetivado caso a caso pela autoridade aduaneira, com base em requerimento
do interessado, que poderá ser feito na própria declaração de importação
(Regulamento Aduaneiro, artigo 120).
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1.7.2 Tipos de isenção ou redução do Imposto de Importação
1.7.2.1 Isenções ou reduções vinculadas à qualidade do importador
Como regra geral, a isenção vinculada à qualidade subjetiva doimportador implica o prévio pagamento do Imposto de Importação, no caso da
transferência ou cessão de uso dos bens a quem não for contemplado pelo benefício
(Decreto-Lei no 37, de 1966, art. 11).
A obrigação de recolhimento do Imposto de Importação não se aplica
quando o destinatário também for contemplado pelo benefício, mediante prévia
decisão aduaneira, ou quando a transferência se der após cinco anos da outorga da
isenção ou redução.
1.7.2.2 Isenção ou redução vinculada à destinação dos bens
A isenção ou redução vinculada à destinação dos bens é benefício
fiscal condicionado à posterior comprovação do efetivo emprego nas finalidades
legais (Decreto-Lei 37/66, artigo 12).
Caso não comprovada a destinação, incide o Imposto de Importação a
partir do registro da Declaração de Importação (Regulamento Aduaneiro, artigo 133).
Desde que mantida a destinação, pode haver a transferência desonerada do bem
antes do prazo de cinco anos, mediante prévia decisão da autoridade aduaneira
(Regulamento Aduaneiro, artigo 134).
1.7.2.3 Isenções e reduções diversas
Os diferentes casos de isenções e reduções do Imposto de Importação
estão tratados basicamente na Lei nº 8.032/90, havendo, no entanto, diversas
previsões esparsas em outras leis e em tratados internacionais, como as Leis nº
8.218/91, 8.383/91, 8.402/92, 8.691/94, etc. O Regulamento Aduaneiro traz um
elenco dos benefícios fiscais relativos ao Imposto de Importação, em seus artigos
135 e 136.
Os principais casos de isenção ou redução de Imposto de Importação
dizem respeito às importações por órgãos públicos, partidos políticos, organismos
internacionais e instituições científicas e tecnológicas. É de se destacar a imunidade
do papel destinado à impressão de livros, jornais e periódicos, a isenção da
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bagagem de viajantes procedentes do exterior e os bens adquiridos em loja franca
no País.
As isenções e reduções, de modo geral, vêm acompanhadas dediversas condições para a sua fruição, em termos de destinação e de valor máximo
admitido. Assim, por exemplo, no caso da bagagem de viajante, os bens, novos ou
usados, devem destinar-se ao uso e consumo pessoal, não se admitindo a
possibilidade de destinação comercial. Ademais, não podem exceder o valor máximo
de U$ 500,00, quando trazidos por via aérea ou marítima, ou de U$ 300,00, quando
por via terrestre.
2. IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS
2.1 LEGISLAÇÃO DE REGÊNCIA
O Imposto sobre Produtos Industrializados está previsto nos artigo 153,
IV, da Constituição Federal e nos artigos 46 a 51 do CTN. Instituído pela Lei nº
4.502/64, não está sujeito ao princípio da anterioridade de exercício, podendo ser
exigido ou majorado no mesmo exercício da vigência da lei que o instituiu ou
aumentou (Constituição Federal, 150, § 1º).
Também não está sujeito ao princípio da legalidade estrita quanto à
fixação de alíquotas, podendo as mesmas ser alteradas por ato do Poder Executivo
(Constituição Federal, artigo 153, § 1º). O tributo possui forte vocação extrafiscal,
sendo importante instrumento de política econômica. A imunidade na exportação de
produtos industrializados está prevista na Constituição Federal, artigo 153, § 3º,
inciso III.
2.2 HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA DO IMPOSTO SOBRE PRODUTOS
INDUSTRIALIZADOS NA IMPORTAÇÃO
O Imposto sobre Produtos Industrializados, na operação de
importação, incide sobre produtos industrializados de procedência estrangeira, com
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o objetivo de dispensar-lhes o mesmo tratamento tributário que ao produto
industrializado nacional.
Considera-se ocorrida a hipótese de incidência no desembaraçoaduaneiro de produto industrializado estrangeiro (Lei nº 4502/64, artigo 2º, I). Para
efeito de tributação pelo Imposto sobre Produtos Industrializados, considera-se
estrangeira a mercadoria nacional que retornar ao país (Regulamento Aduaneiro,
artigo 70 e RIPI, artigo 37), exceto em alguns casos especificados na legislação,
como o de retorno por fatores alheios à vontade do exportador.
2.3 SUJEITO PASSIVO. SUBSTITUTO TRIBUTÁRIO E RESPONSABILIDADESOLIDÁRIA
Como sujeito passivo, obriga-se ao pagamento do Imposto sobre
Produtos Industrializados incidente na importação o importador ou o arrematante de
produtos de origem estrangeira (Lei 4.502/64, artigo 35, inciso I, alínea “b”).
Na qualidade de substituto tributário, responde pelo Imposto sobre
Produtos Industrializados, na importação, o transportador ou o detentor de
mercadoria destinada à venda ou industrialização, desacompanhada de nota fiscal
(Lei 4.502/64, artigo 35, inciso II).
Ainda, responde solidariamente pelo Imposto sobre Produtos
Industrializados, na importação, o adquirente de mercadoria importada beneficiada
com isenção ou redução do imposto no caso de benefício fiscal condicionado,
quando descumpridas as exigências legais (Lei 4.502/64, artigo 35, inciso II).
2.4 BASE DE CÁLCULO DO IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS
NA IMPORTAÇÃO
A base de cálculo do Imposto sobre Produtos Industrializados incidente
na importação de mercadorias estrangeiras é a mesma do Imposto de Importação –
o valor aduaneiro, com alguns acréscimos. Somam-se, ainda, o valor do próprio
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Imposto de Importação e os encargos cambiais efetivamente pagos pelo importador
ou dele exigíveis (Lei no 4.502/64, art. 14, inciso I, alínea "b”).
2.5 ALÍQUOTAS
O imposto será calculado mediante aplicação das alíquotas,
constantes da TIPI (aprovada pelo Decreto 4.542/2002), sobre o valor tributável dos
produtos (Lei nº 4.502, de 1964, art. 13). Classificam-se as mercadorias pela NCM –
Nomenclatura Comum do MERCOSUL, indicando-se as alíquotas, sendo que, para
alguns produtos, o IPI é indicado em valor monetário (bebidas).
2.6 PAGAMENTO
Tratando-se de tributo sujeito a lançamento por homologação, o sujeito
passivo se antecipa e recolhe o IPI devido na importação. A quitação é feita antes da
ocorrência do fato gerador, que é o desembaraço aduaneiro. Assim, já no registro da
Declaração de Importação no SISCOMEX, será apresentado o valor devido de IPI,
que deverá ser recolhido, por débito em conta-corrente (DARF eletrônico), antes da
saída do produto da aduana (RIPI, artigos 123, I e 200, I)
3. PIS/PASEP-IMPORTAÇÃO E COFINS-IMPORTAÇÃO
3.1 PREVISÃO NORMATIVA
A incidência das contribuições ao PIS/PASEP e da COFINS na
importação de mercadorias foi prevista no artigo 195, inciso IV, da Constituição
Federal, na redação da EC 42/2003. O artigo 149, § 2º, inciso II, da Constituição
Federal, também na redação da EC 42/2003, já permitira a instituição de
contribuições sociais sobre a importação de bens e serviços estrangeiros.
Autorizou-se, assim, a cobrança de contribuições sociais do importador ou
equiparado legal.
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As contribuições foram instituídas pela Lei nº 10.865/2004, que
assegurou a anterioridade nonagesimal para a cobrança dos tributos (Constituição
Federal, artigo 195, § 6º).Muito embora se tratem de contribuições sociais, o PIS/PASEP-
Importação e a COFINS-Importação são administrados pela Secretaria da Receita
Federal (Lei nº 10.865/2004, artigo 20).
3.2 HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA
O fato gerador da contribuição ao PIS/PASEP-Importação e COFINS-Importação é a entrada de bens estrangeiros no território nacional, ou o pagamento
por serviço prestado por domiciliado no exterior (Lei nº 10.865/04, artigo 3º).
As contribuições incidem, assim, também pela importação de serviços,
além da importação de bens estrangeiros. Os serviços são os provenientes do
exterior, prestados por pessoa física ou pessoa jurídica residente ou domiciliada no
exterior, desde que executados no País, ou executados no exterior, cujo resultado
se verifique no País (Lei nº 10.865/04, artigo 1º, § 1º).
Quanto aos bens, consideram-se estrangeiros os produtos nacionais
ou nacionalizados que retornem ao País, salvo se devolvidos ou retornados por
circunstâncias alheias à vontade do exportador, como guerras, mudança na
sistemática de importação do País importador, defeitos técnicos, etc. (Lei nº
10.865/04, artigo 1º, § 2º).
A contribuição ao PIS/PASEP-Importação e a COFINS-Importação não
incidem sobre bens chegados por equívoco e redestinados, bens destinados à
reposição de outros defeituosos, bens objeto de perdimento, bens devolvidos antes
do registro da Declaração de Importação, bens importados pelas entidades
beneficentes de assistência social e bens avariados e destruídos sob controle
aduaneiro (Lei nº 10.865/04, artigo 2º).
Também não incidem as contribuições sobre o valor dos serviços de
transporte internacional e de outros serviços já integrantes do valor aduaneiro que
serviu de base de cálculo ao PIS/PASEP-Importação e COFINS- Importação (Lei nº
10.865/04, artigo 2º, X). Este dispositivo serve para evitar a dupla tributação sobre
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os mesmos valores já integrantes da base de cálculo. Tais verbas, além de
comporem a base de cálculo das contribuições, originam-se da prestação de
serviços e, por isso, poderiam constituir nova hipótese de incidência do PIS/PASEP-Importação e da COFINS-Importação.
Considera-se ocorrida a hipótese de incidência na data do registro da
Declaração de Importação, no caso da importação de bens, ou na data do crédito ou
pagamento, no caso de importação de serviço do exterior (Lei nº 10.865/04, artigo
4º).
3.3 SUJEITO PASSIVO
São contribuintes o importador, assim considerada a pessoa física ou
jurídica que promova a entrada de bens estrangeiros no território nacional, e a
pessoa física ou jurídica contratante de serviços de residente ou domiciliado no
exterior (Lei nº 10.865/04, artigo 5º). Também é contribuinte o beneficiário do
serviço, na hipótese em que o contratante também seja residente ou domiciliado no
exterior.
3.4 RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA
Prevê a legislação a responsabilidade solidária do adquirente de bens
estrangeiros, no caso de importação realizada por sua conta e ordem, por intermédio
de pessoa jurídica importadora.
Também se aplica a solidariedade ao transportador, quando
transportar bens procedentes do exterior ou sob controle aduaneiro, ao
representante nacional do transportador estrangeiro, ao depositário incumbido da
custódia de bem sob controle aduaneiro.
O expedidor, o operador de transporte multimodal ou qualquer
subcontratado para a realização do transporte multimodal fica, do mesmo modo,
vinculado solidariamente ao pagamento dos tributos (Lei nº 10.865/04, artigo 6º).
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3.5 BASE DE CÁLCULO
A base de cálculo será o valor aduaneiro, que serviria de base para ocálculo do imposto de importação, acrescido do valor do ICMS, incidente no
desembaraço aduaneiro, e do valor das próprias contribuições PIS/PASEP-
Importação e COFINS-Importação (Lei nº 10.865/04, artigo 7º).
No caso da importação de serviços, a base de cálculo será o valor
pago, antes da retenção do imposto de renda, acrescido do Imposto sobre Serviços
de qualquer Natureza-ISS e do valor das próprias contribuições PIS/PASEP e
COFINS-Importação.Discute-se a constitucionalidade da base de cálculo assim fixada, uma
vez que a EC 42/03 apenas permitiu a imposição tributária incidente sobre o valor
aduaneiro, e o mesmo é conceito definido normativamente, à luz de tratados
internacionais.
Nesse sentido, o artigo 149, § 2º, inciso III, alínea “a”, da Constituição
Federal, determina que as contribuições sociais, no caso de incidirem sobre a
importação, terão por base de cálculo o valor aduaneiro, sem qualquer menção a
outras parcelas adicionais.
3.6 ALÍQUOTAS
Quanto às alíquotas, dispõe o artigo 8º da Lei nº 10.865/04, que estas
serão fixadas em 1,65 % para o PIS/PASEP-Importação, e em 7,6 % para a
COFINS-Importação.
O mesmo artigo 8º da Lei nº 10.865/04 prevê, em seus parágrafos,
diversas outras alíquotas para produtos e serviços específicos.
3.7 ISENÇÕES
Há isenção subjetiva beneficiando as pessoas jurídicas de direito
público interno (União, Estados, Municípios, Distrito Federal), missões diplomáticas e
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corpos consulares permanentes, organismos internacionais permanentes, e de seus
respectivos integrantes (Lei nº 10.865/04, artigo 9º, inciso I).
O artigo 9º, inciso II, da Lei nº 10.865/04, prevê algumas modalidadesde isenções objetivas, sendo as principais similares aos casos de isenção do
Imposto de Importação, como as bagagens, bens adquiridos em loja franca, objetos
de arte doados a entidades de utilidade pública, etc.
A isenção vinculada à qualidade subjetiva do importador implica o
prévio pagamento das contribuições, no caso da transferência ou cessão de uso dos
bens a quem não for contemplado pelo benefício (Lei nº 10.865/04, artigo 10º).
A obrigação de recolhimento do PIS/PASEP-Importação e da COFINS-Importação não se aplica quando o destinatário também for contemplado pelo
benefício, mediante prévia decisão aduaneira, ou quando a transferência se der
após três anos da outorga da isenção ou redução.
A isenção das contribuições, quando vinculada à destinação dos bens,
ficará condicionada à comprovação posterior do seu efetivo emprego nas finalidades
que motivaram a concessão. Mantidas tais finalidades, poderão os bens ser
transferidos, mediante prévia autorização administrativa (Lei nº 10.865/04, artigo 12).
3.8 PRAZO DE RECOLHIMENTO
O prazo de recolhimento do PIS/PASEP-Importação e da COFINS-
Importação é a data do registro da Declaração de Importação, no caso de
importação de bens, ou do pagamento do serviço prestado, na forma do artigo 13 da
Lei nº 10.865/04.
3.9 NÃO-CUMULATIVIDADE
Previu-se a possibilidade da incidência não-cumulativa do PIS/PASEP-
Importação e da COFINS-Importação, na forma da lei ordinária (Constituição
Federal, artigo 195, § 12).
A Lei nº 10.865/04, em seus artigos 16 a 18, determina a técnica da
não-cumulatividade a ser utilizada, e os casos de sua admissão. Assim, os valores
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recolhidos nas importações poderão ser utilizados como abatimento dos débitos
fiscais, por pessoas jurídicas cujas operações estejam sujeitas à incidência do
PIS/PASEP e da COFINS, desde que as importações geradoras de crédito serefiram a bens destinados à revenda ou a serviços que se constituam em insumos
para a prestação, produção ou revenda de novos bens ou serviços.
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TÓPICOS ADICIONAIS SOBRE IMPORTAÇÃO
Autor: Juiz Federal Substituto Marcel Citro de Azevedo
RECINTOS ALFANDEGADOS E REGIMES ADUANEIROS ESPECIAIS
A globalização da economia implicou na necessidade crescente de
elaboração de normas e regimes que, ao mesmo tempo em que facilitassem o
tráfego de bens pelos territórios nacionais, não descurassem o necessário zelo que
o Estado deve manter no que concerne ao comércio exterior. Atualmente, objetiva-
se controlar não somente as relações de cunho tributário, mas também outras áreas
de interesse do Estado, como saúde, meio ambiente, segurança pública e
propriedade industrial.
Dentro deste contexto, o poder atribuído pelo ordenamento jurídico à
Alfândega é exercitado em território delimitado por lei, previsto nos artigos 2º e 3º
do Decreto 4543/2002:
Art. 2o O território aduaneiro compreende todo o território nacional.
Art. 3o A jurisdição dos serviços aduaneiros estende-se por todo o território aduaneiro e
abrange:I - a zona primária, constituída pelas seguintes áreas demarcadas pela autoridade aduaneira
local:
a) a área terrestre ou aquática, contínua ou descontínua, nos portos alfandegados;
b) a área terrestre, nos aeroportos alfandegados; e
c) a área terrestre que compreende os pontos de fronteira alfandegados; e
II - a zona secundária, que compreende a parte restante do território aduaneiro, nela incluídas as
águas territoriais e o espaço aéreo.
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Também as aduanas estão vivenciado um processo de interiorização, como o
que ocorre com a Justiça Federal. Os usuários da estrutura administrativa
interveniente no comércio exterior necessitam de aduanas próximas aos seusdomicílios, de forma que os serviços prestados tradicionalmente em portos,
aeroportos e fronteiras terrestres estão passando, gradativamente, para unidades
localizadas no interior do país. Daí a necessidade de alfandegar determinados locais
estrategicamente situados, para que neles se dê a fiscalização aduaneira.
Art. 9º Os recintos alfandegados serão assim declarados pela autoridade aduaneira
competente, na zona primária ou na zona secundária, a fim de que neles possa ocorrer, sob controle
aduaneiro, movimentação, armazenagem e despacho aduaneiro de:
I - mercadorias procedentes do exterior, ou a ele destinadas, inclusive sob regime aduaneiro
especial;
II - bagagem de viajantes procedentes do exterior, ou a ele destinados; e
III - remessas postais internacionais.
(...)
§ 3o Nas hipóteses dos incisos I e II, os bens importados poderão permanecer armazenados em
recinto alfandegado de zona secundária pelo prazo de setenta e cinco dias, contado da data de
entrada no recinto, exceto se forem submetidos a regime aduaneiro especial, caso em que ficarãosujeitos ao prazo de vigência do regime.
Assim, os recintos alfandegados são locais onde é realizado o controle
administrativo fiscal de cargas e mercadorias, em zona primária ou secundária,
mediante prévio alfandegamento, nos termos do art. 13 do regulamento:
Art. 13. O alfandegamento de portos, aeroportos e pontos de fronteira somente poderá ser
efetivado:
I - depois de atendidas as condições de instalação dos órgãos de fiscalização aduaneira e de
infra-estrutura indispensável à segurança fiscal; II - se houver disponibilidade de recursos humanos e materiais; e
III - se o interessado assumir a condição de fiel depositário da mercadoria sob sua guarda.
§ 1o O disposto no caput aplica-se, no que couber, ao alfandegamento de recintos de zona
primária e de zona secundária.
§ 2o Em se tratando de permissão ou concessão de serviços públicos, o alfandegamento poderá
ser efetivado somente após a conclusão do devido procedimento licitatório pelo órgão competente, e
o cumprimento das condições fixadas em contrato.
§ 3o O alfandegamento poderá abranger a totalidade ou parte da área dos portos e dos
aeroportos.
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§ 4o Poderão, ainda, ser alfandegados silos ou tanques, para armazenamento de produtos a
granel, localizados em áreas contíguas a porto organizado ou instalações portuárias, ligados a estes
por tubulações, esteiras rolantes ou similares, instaladas em caráter permanente.
§ 5o O alfandegamento de que trata o § 4o é subordinado à comprovação do direito de
construção e de uso das tubulações, esteiras rolantes ou similares, e ao cumprimento do disposto no
caput .
§ 6o O alfandegamento será cancelado, a qualquer tempo, se:
I - o local for desabilitado ao tráfego internacional;
II - a empresa interessada deixar de atender ao disposto no § 5o; ou
III - a empresa interessada deixar de atender aos termos, limites e condições estabelecidos em
ato normativo.
Quanto aos portos secos, constituem-se na nova designação dada às antigasestações aduaneiras de fronteira e estações aduaneiras do interior. São locais que
recebem mercadorias importadas ou destinadas à exportação, e nos quais são
executadas operações de movimentação, armazenagem e despacho aduaneiro de
mercadorias e de bagagem, sob controle aduaneiro, nos termos do artigo 11 do
Regulamento Aduaneiro (RA), com a redação dada pelo Decreto nº 4.765, de
24.6.2003.
O tratamento aplicável às mercadorias submetidas ao controle administrativode comércio exterior constitui o regime aduaneiro, podendo-se afirmar que existem
basicamente três regimes aduaneiros no Brasil:
Regime Aduaneiro Comum, ou geral;
Regimes Aduaneiros Especiais; e
Regimes Aduaneiros Aplicados em Áreas Especiais.
O Regime Aduaneiro Comum, como a própria denominação indica, é aplicado
às importações e exportações efetuadas em caráter definitivo, sendo objeto de
análise em item específico.
Os regimes aduaneiros especiais e aplicados em áreas especiais constituem
exceções às regras gerais estabelecidas no regime aduaneiro comum de
importação/exportação. Veicularam, como regra geral, incentivos ao
desenvolvimento econômico, por meio de benefícios fiscais aliados a facilitações
procedimentais, permitindo a realização de operações de importação/exportação
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sem a exigência imediata dos tributos incidentes. Especificamente quanto aos
Regimes Aduaneiros Aplicados em Áreas Especiais, pode-se afirmar que procuram
incentivar o desenvolvimento regional, buscando minimizar os desequilíbrioseconômicos, em atendimento ao disposto no artigo 170, VII da Constituição.
Passo a analisar pormenorizadamente cada um dos regimes, valendo-me
para tanto do material didático utilizado pela ESAF ( Escola Superior de
Administração Fazendária) em seus curso de formação de auditores fiscais.
REGIMES ADUANEIROS ESPECIAIS:
1. NORMAS GERAIS
As disposições comuns aplicadas a todos os regimes aduaneiros especiais
estão estabelecidas nos artigos 262 a 266 do RA.
Como diferenciais, os regimes aduaneiros especiais apresentam três
características fundamentais:
suspensão da exigibilidade tributária;
prazo e condições para permanência da mercadoria no regime; e
constituição das obrigações fiscais suspensas em termo de
responsabilidade.
Em regra, o prazo de suspensão do pagamento das obrigações fiscais pela
aplicação dos regimes aduaneiros especiais, na importação, é de até um ano,
prorrogável, a juízo da autoridade aduaneira, por período não superior, no total, acinco anos. Excepcionalmente, esse prazo pode ser, em casos devidamente
justificados, prorrogado por período superior a cinco anos. Quando o regime for
aplicado a mercadoria vinculada a contrato de prestação de serviço por prazo certo,
de relevante interesse nacional, o prazo de suspensão é o previsto no contrato,
prorrogável na mesma medida deste (RA, artigo 262).
As obrigações fiscais suspensas são constituídas em termo de
responsabilidade firmado pelo beneficiário do regime (RA, artigo 264). A legislaçãovigente também permite a exigência de garantia real ou pessoal do crédito tributário
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constituído, a ser prestada sob a forma de depósito em dinheiro, fiança idônea ou
seguro aduaneiro em favor da União (RA, artigo 675).
No caso de descumprimento dos requisitos e condições estabelecidos paraaplicação do regime, o beneficiário fica sujeito ao pagamento dos impostos
incidentes, com acréscimo de juros de mora e de multa, de mora ou de ofício,
calculados a partir da data do registro da declaração de admissão no regime ou do
registro de exportação, sem prejuízo da aplicação de penalidades específicas (RA,
artigo 266).
A utilização dos benefícios estabelecidos depende de solicitação, por parte
do interessado, e de concessão, pela autoridade aduaneira, dos regimes aduaneiroscorrespondentes. Para alguns regimes, a concessão está condicionada à habilitação
prévia do interessado na SRF, após a verificação do atendimento das condições
legais e regulamentares. A apresentação da referida solicitação e a concessão do
regime geralmente são feitas mediante registro e desembaraço de declaração de
importação/exportação específica no Siscomex. Em alguns casos, podem ocorrer
mediante a utilização de procedimentos simplificados ou de forma automática.
Atualmente, o RA estabelece os seguintes regimes aduaneiros especiais:
1. Trânsito aduaneiro;
2. Admissão temporária;
3. Admissão temporária para aperfeiçoamento ativo;
4. Drawback;
5. Entreposto aduaneiro;
6. Entreposto industrial sob controle aduaneiro informatizado - Recof;
7. Importação de insumos destinados à industrialização por encomenda
dos produtos classificados nas posições 8701 a 8705 da TIPI - Recom;
8. Exportação temporária;
9. Exportação temporária para aperfeiçoamento passivo;
10. Exportação e importação de bens destinados às atividades de pesquisa
e de lavra das jazidas de petróleo e de gás natural - Repetro;
11. Importação de petróleo bruto e seus derivados - Repex;
12. Loja franca;
13. Depósito especial;
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momento em que a unidade de destino certifica a chegada da mercadoria (RA, artigo
268).
São modalidades do regime de trânsito aduaneiro (RA, artigo 270): o transporte de mercadoria procedente do exterior, do ponto de
descarga no território aduaneiro até o ponto onde deva ocorrer outro
despacho;
o transporte de mercadoria nacional ou nacionalizada, verificada ou
despachada para exportação, do local de origem ao local de destino,
para embarque ou para armazenamento em área alfandegada para
posterior embarque; o transporte de mercadoria estrangeira despachada para reexportação,
do local de origem ao local de destino, para embarque ou
armazenamento em área alfandegada para posterior embarque;
o transporte de mercadoria estrangeira de um recinto alfandegado
situado na zona secundária a outro;
a passagem, pelo território aduaneiro, de mercadoria procedente do
exterior e a ele destinada (trânsito de passagem)3;
o transporte, pelo território aduaneiro, de mercadoria procedente do
exterior, conduzida em veículo em viagem internacional até o ponto em
que se verificar a descarga; e
o transporte, pelo território aduaneiro, de mercadoria estrangeira,
nacional ou nacionalizada, verificada ou despachada para reexportação
ou para exportação e conduzida em veículo com destino ao exterior.
A remoção de mercadorias de uma área ou recinto para outro, situado na
mesma zona primária, independe de despacho para trânsito, sem prejuízo de
controles especiais determinados pela SRF (RA, artigo 277, § 2o).
2 Entende-se por unidade de origem e unidade de destino aquelas que têm jurisdição sobre os locais de origem ede destino, onde se processam, respectivamente, o despacho para o trânsito aduaneiro e a conclusão da operaçãode trânsito aduaneiro (RA, artigo 269).3 Inclui-se na modalidade de trânsito de passagem, devendo ser objeto de procedimento simplificado, otransporte de materiais de uso, reposição, conserto, manutenção e reparo destinados a embarcações, aeronaves e
outros veículos, estrangeiros, estacionados ou de passagem pelo território aduaneiro, de bagagem acompanhadade viajante em trânsito e de partes, peças e componentes necessários aos serviços de manutenção e reparo deembarcações em viagem internacional (RA, artigo 271).
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Para determinados bens, regularmente declarados e mantidos a bordo,
como pertences pessoais da tripulação e bagagem de passageiros em trânsito, nos
veículos em viagem internacional, e mercadorias conduzidas por embarcação ouaeronave em viagem internacional, com escala intermediária no território aduaneiro,
o trânsito aduaneiro independe de qualquer procedimento administrativo (RA, artigo
272).
2.2 PROCEDIMENTOS E NORMAS
Os procedimentos básicos para operacionalização do regime de trânsitoaduaneiro na importação estão disciplinados na IN SRF no 248, de 25 de novembro
de 2002, alterada pelas Instruções Normativas SRF no 262, de 20 de dezembro de
2002, no 295, de 4 de fevereiro de 2003, no 337, de 27 de junho de 2003, e no 339,
de 8 de julho de 2003, e na exportação, na IN SRF no 28, de 27 de abril de 1994
(artigos 32 a 34, o primeiro com nova redação dada ao caput pela IN SRF no 510, de
14 de fevereiro de 2005). Ambos serão aqui estudados sob o aspecto teórico, sendo
a declaração para despacho no regime e a utilização do sistema informatizado
específico (Siscomex Trânsito ou Siscomex Exportação) abordadas em disciplinas
específicas (Controle de Carga e Despacho Aduaneiro).
2.2.1 Concessão e aplicação
A concessão e a aplicação do regime de trânsito aduaneiro serão
requeridas à autoridade aduaneira competente da unidade de origem (RA, artigo
277).
Ao conceder o regime, a autoridade aduaneira sob cuja jurisdição se
encontrar a mercadoria a ser transportada (RA, artigo 281):
estabelecerá a rota a ser cumprida (mesmo havendo rota legal
preestabelecida, pode ser aceita rota alternativa proposta por
beneficiário);
fixará os prazos para execução da operação e para comprovação da
chegada da mercadoria ao destino; e
adotará as cautelas que julgar necessárias à segurança fiscal.
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A aplicação do regime ficará condicionada à liberação por outros órgãos da
Administração Pública, quando se tratar de mercadoria relacionada em ato
normativo específico que a sujeite a controle prévio à concessão do trânsito (RA,artigo 280).
2.2.2 Conferência para trânsito e cautelas fiscais
A conferência para trânsito tem por finalidade identificar o beneficiário,
verificar a mercadoria e a correção das informações relativas a sua natureza e
quantificação, e confirmar a liberação por outros órgãos da Administração Pública,
quando se tratar de mercadoria sujeita a controle (RA, artigo 283).Sempre que julgar conveniente, a fiscalização pode determinar a abertura
dos volumes ou recipientes, para a verificação das mercadorias4. Sendo constatada
avaria ou extravio, pode ser realizado procedimento de vistoria aduaneira.
Ultimada a conferência, poderão ser adotadas cautelas fiscais, aplicáveis
isolada ou cumulativamente, visando a impedir a violação dos volumes, recipientes
e, se for o caso, do veículo transportador. Caso não haja risco de violação, o AFRF
responsável pelo despacho aduaneiro para trânsito poderá dispensar a aplicação de
dispositivos de segurança (Decreto-lei no 37, de 1966, artigo 74, § 2o, e RA, artigo
285).
As cautelas fiscais compreendem a aplicação de dispositivos de
segurança5, como lacração, sinetagem, cintagem e marcação, e a determinação de
acompanhamento fiscal, em casos especiais. Os dispositivos de segurança somente
podem ser rompidos ou suprimidos na presença da fiscalização, salvo disposição
normativa em contrário (RA, artigo 285).
4 A Instrução Normativa SRF no 205, de 25 de setembro de 2002, dispõe sobre a verificação de bens submetidosao regime de trânsito aduaneiro ou destinados à exportação, e nas operações de repressão ao contrabando oudescaminho.5 Destacam-se, na legislação aduaneira, os seguintes dispositivos de segurança:- lacração: a aplicação, em ponto determinado do volume, recipiente ou veículo, de selo ou qualquer dispositivoque impeça o acesso ao conteúdo ou ao interior, sem violação que deixe indícios visíveis e indisfarçáveis;- sinetagem: gravação em dispositivo de lacração, por meio de instrumento dotado de estampa ou sineteapropriado, de símbolo, número, código ou marca identificadora da repartição ou do funcionário que efetivou alacração;
- cintagem: a aplicação de cintas ou amarras que impeçam a abertura dos volumes; e- marcação: a aplicação de etiquetas, rótulos ou outras marcas que identifiquem claramente os volumes,recipientes ou mercadorias, de modo a facilitar o seu controle físico.
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O despacho para trânsito completa-se com o desembaraço aduaneiro,
após a adoção, se for o caso, das cautelas fiscais (RA, artigo 286).
3 ADMISSÃO TEMPORÁRIA
O regime aduaneiro especial de admissão temporária está regulamentado
pelos artigos 306 a 331 do RA, com base nos artigos 75 a 77 do Decreto-lei no 37,
de 1966, e encontra-se disciplinado na IN SRF no 285, de 2003, alterada pelas
Instruções Normativas SRF no 317, de 4 de abril de 2003, no 357, de 2 de setembro
de 2003, no
470, de 12 de novembro de 2004, e no
550, de 16 de junho de 2005.
3.1 CONCEITO
O regime aduaneiro especial de admissão temporária é o que permite a
importação de bens que devam permanecer no País durante prazo fixado, com
suspensão total do pagamento de tributos, ou com suspensão parcial, no caso de
utilização econômica (Decreto-lei no 37, de 1966, artigo 75, e Lei no 9.430, de 1996,
artigo 79, e RA, artigo 306).
A entrada no território aduaneiro de bens objeto de arrendamento
mercantil, contratado com entidades arrendadoras domiciliadas no exterior, não se
confunde com o regime de admissão temporária, e sujeita-se às normas gerais que
regem o regime comum de importação (Lei no 6.099, de 12 de setembro de 1974,
artigo 17, com a redação dada pela Lei no 7.132, de 26 de outubro de 1983, artigo
1o, inciso III, e RA, artigo 331).
A aplicação do regime de admissão temporária pode ser feita em duas
modalidades: com suspensão total ou com pagamento proporcional dos tributos, no
caso de utilização econômica.
3.2 ADMISSÃO TEMPORÁRIA COM SUSPENSÃO TOTAL DOS TRIBUTOS
O regime aduaneiro especial de admissão temporária com suspensão total
do pagamento de tributos permite a importação de bens que devam permanecer no
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País durante prazo fixado (Decreto-lei no 37, de 1966, artigo 75). O Secretário da
Receita Federal, por meio da IN no 285, de 2003, dispôs que o regime se aplica, com
suspensão total dos tributos, a bens destinados a atividades como feiras,exposições, congressos e outros eventos científicos ou técnicos, feiras e
exposições, comerciais ou industriais, espetáculos, exposições e outros eventos
artísticos ou culturais, e competições ou exibições esportivas. O regime se aplica
também à admissão temporária de bens de uso do imigrante, enquanto não obtido o
visto permanente; de bens de uso de viajante não-residente, desde que integrantes
de sua bagagem; de veículo de viajante não-residente; e de bens a serem
submetidos a ensaios, testes de funcionamento ou de resistência, conserto, reparoou restauração (IN SRF no 285, de 2003, artigo 4o).
3.3 ADMISSÃO TEMPORÁRIA PARA UTILIZAÇÃO ECONÔMICA
Os bens admitidos temporariamente para utilização econômica ficam
sujeitos ao pagamento dos impostos de importação e sobre produtos
industrializados, proporcionalmente ao seu tempo de permanência no território
aduaneiro (Lei no 9.430, de 1996, artigo 79, e RA, artigo 324).
3.3.1 Bens a que se aplica
Poderão ser submetidos ao regime de admissão temporária, com
pagamento dos impostos de importação e sobre produtos industrializados, e da
contribuição para o PIS/Pasep-Importação e da Cofins-Importação,
proporcionalmente ao tempo de permanência no País, os bens destinados à
prestação de serviços ou à produção de outros bens, incluídos aqueles destinados a
servir de modelo industrial, sob a forma de moldes, matrizes, ou chapas e as
ferramentas industriais (IN SRF no 285, de 2003, artigo 6o, e Lei no 10.865, de 2004,
artigo 14).
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3.3.2 Cálculo e pagamento dos tributos proporcionais
No cálculo do montante dos tributos devidos, a proporcionalidade é obtida
pelo percentual representativo do tempo de permanência do bem no País em
relação ao seu tempo de vida útil, determinado nos termos da legislação do imposto
sobre a renda e proventos de qualquer natureza (RA, artigo 324, e Lei n o 10.865, de
2004, artigo 14). A apuração dos valores a serem pagos, mediante a aplicação de
uma fórmula, bem como a forma de pagamento, foram estabelecidas pelos artigos
6o
, §§ 4o
a 7o
, e 13 da IN SRF no
285, de 2003.Os tributos devidos serão pagos pelo importador por ocasião do registro da
respectiva declaração de admissão, mediante débito automático em conta-corrente,
nos termos do artigo 11 da IN SRF no 206, de 2002. Os tributos pagos não serão
restituídos e nem poderão ser compensados em virtude da extinção da aplicação do
regime antes de completado o prazo da concessão inicial ou da prorrogação (IN
SRF no 285, de 2003, artigo 13, e Lei no 10.865, de 2004, artigo 14).
O pagamento da diferença entre o total dos tributos federais que incidiriam
no regime comum de importação e os valores proporcionalmente recolhidos em
virtude da aplicação do regime aduaneiro fica suspenso, devendo ser o crédito
tributário correspondente à diferença apontada constituído em termo de
responsabilidade (RA, artigo 324, e Lei no 10.865, de 2004, artigo 14).
No caso de extinção da aplicação do regime mediante despacho dos bens
para consumo, os tributos incidentes na importação serão calculados com base na
legislação vigente à data em que a aplicação do regime for extinta e cobrados
proporcionalmente ao prazo restante de vida útil do bem, mediante a aplicação da
fórmula prevista no § 4o do artigo 6o da IN SRF no 285, de 2003.
3.4 PROCEDIMENTOS E PRAZOS
Para a concessão do regime, a autoridade aduaneira deverá observar o
cumprimento cumulativo das seguintes condições (RA, artigo 310):
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importação em caráter temporário, comprovada esta condição por
qualquer meio julgado idôneo;
importação sem cobertura cambial; adequação dos bens à finalidade para a qual foram importados;
constituição das obrigações fiscais em termo de responsabilidade; e
identificação dos bens.
A identificação dos bens é realizada antes do desembaraço aduaneiro,
mediante anotação de marcas de fábricas, números e outras indicações gravadas ou
impressas nos bens, retirada de amostras, anexação de plantas, desenhos
fotográficos e literatura técnica ou solicitação de laudos e pareceres técnicos.O regime de admissão temporária é concedido a pedido do interessado,
pessoa física ou jurídica, que promova a importação do bem (IN SRF n o 285, de
2003, artigo 9o). A solicitação de concessão do regime deve ser instruída com a
seguinte documentação:
termo de responsabilidade; e
cópia do contrato de arrendamento operacional, de aluguel, de
empréstimo ou de prestação de serviços, conforme o caso, nas
hipóteses de bens vinculados a essas operações, inclusive aqueles
sujeitos ao pagamento proporcional de tributos.
Quando se tratar de bens cuja importação esteja sujeita à prévia
manifestação de outros órgãos da Administração Pública, a concessão do regime
dependerá da satisfação desse requisito (RA, artigo 311).
A concessão do regime poderá ser condicionada à obtenção de licença de
importação. A licença de importação exigida para a concessão do regime não
prevalecerá para efeito de nacionalização e despacho para consumo dos bens (RA,
artigo 311).
3.4.1 Procedimentos simplificados
No caso de admissão de veículos utilizados exclusivamente no transporte
internacional de carga ou passageiro, que ingressem no País exercendo esta
atividade, de veículos de viajante estrangeiro não-residente, exclusivamente em
tráfego fronteiriço (observado o disposto na IN SRF no 69, de 5 de setembro de
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1991), de unidades de carga estrangeiras, seus equipamentos e acessórios,
inclusive para utilização no transporte doméstico, e de embarcações estrangeiras,
em viagem de cruzeiro pela costa brasileira, com escala em portos nacionais, ou emnavegação de cabotagem, dentre outros, a concessão e aplicação do regime de
admissão temporária se darão de forma automática (IN SRF no 285, de 2003, artigo
5o).
Os veículos comunitários do Mercosul, de propriedade das pessoas físicas
residentes ou de pessoas jurídicas com sede social em um Estado-Parte (veículos
particulares ou de aluguel), quando estiverem sendo utilizados em viagens de
turismo, poderão circular livremente em qualquer um dos demais Estados-Partes,obedecidas as condições estabelecidas na Resolução GMC no 35, de 2002,
incorporada a nosso ordenamento jurídico pelo Decreto no 5.637, de 2005, que
revoga, em tudo o que lhe seja contrário, o artigo 309 do RA (baseado em
Resolução GMC anterior, de no 131, de 1994), e a Portaria MF no 16, de 11 de
janeiro de 1995.
3.4.2 Prazos
A aplicação do regime de admissão temporária fica condicionada à
utilização dos bens dentro do prazo fixado e exclusivamente nos fins previstos
(Decreto-lei no 37, de 1966, artigo 75, § 1o, II, e RA, artigo 315).
No ato da concessão, a autoridade aduaneira fixará o prazo de vigência do
regime, que será contado do desembaraço aduaneiro. Entende-se por vigência do
regime o período compreendido entre a data do desembaraço aduaneiro e o termo
final do prazo fixado pela autoridade aduaneira para permanência da mercadoria no
País, considerado, inclusive, o prazo de prorrogação, quando for o caso. Na fixação
do prazo ter-se-á em conta o provável período de permanência dos bens, no País,
indicado pelo beneficiário.
O prazo de permanência será fixado (RA, artigo 326, IN SRF no 285, de
2003, artigo 10, alterado pelas IN SRF no 317, de 2003, e no 470, de 2004):
a) pelo prazo contratado:
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de arrendamento operacional, de aluguel, de empréstimo ou de
prestação de serviços, prorrogável na mesma medida deste, na
hipótese de importação para utilização econômica; para a prestação de serviços de beneficiamento, montagem,
renovação, recondicionamento, acondicionamento ou
reacondicionamento; ou
para ensaios ou testes relacionados ao desenvolvimento de
protótipos, até o limite de cinco anos;
b) pelo tempo de permanência regular no País da pessoa não-residente,
no caso de bens destinados: ao uso profissional ou doméstico, excluídos os veículos
automotores, trazidos por estrangeiro que venha ao País para
exercer atividade profissional ou para estudos, com visto
temporário ou oficial;
ao uso do imigrante, enquanto não obtido o visto permanente; ou
ao uso de viajante não-residente, desde que integrantes de sua
bagagem; e
c) em até três meses, nos demais casos, prorrogável, uma única vez, por
igual período.
A regra geral que estabelece o prazo de permanência não se aplica a:
a) veículo pertencente a turista estrangeiro, cujo prazo de permanência
no regime será o mesmo concedido para a permanência, no País,
de seu proprietário;
b) bens cuja admissão no regime ocorra de forma automática, que
seguem regras próprias estabelecidas na IN SRF no 285, de 2003; e
c) veículo de brasileiro radicado no exterior que ingresse no País em
caráter temporário, cujo prazo de permanência no regime será de
até noventa dias.
No caso referido na letra “a”, os prazos serão prorrogados na mesma
medida em que o estrangeiro obtiver a prorrogação de sua permanência no País.
No caso referido na letra “c”, o prazo estende-se à bagagem e a
ferramentas, máquinas, aparelhos e instrumentos necessários ao exercício da
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