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Parlamento Europeu 2014-2019 Documento de sessão A8-0150/2017 3.4.2017 RELATÓRIO sobre a quitação pela execução do orçamento geral da União Europeia para o exercício de 2015, Secção III – Comissão e agências de execução (2016/2151(DEC)) Comissão do Controlo Orçamental Relator: Joachim Zeller RR\1122340PT.docx PE593.832v02-00 PT Unida na diversidade PT

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Parlamento Europeu2014-2019

Documento de sessão

A8-0150/2017

3.4.2017

RELATÓRIOsobre a quitação pela execução do orçamento geral da União Europeia para o exercício de 2015, Secção III – Comissão e agências de execução(2016/2151(DEC))

Comissão do Controlo Orçamental

Relator: Joachim Zeller

RR\1122340PT.docx PE593.832v02-00

PT Unida na diversidade PT

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PR_DEC_Com

ÍNDICE

Página

1. PROPOSTA DE DECISÃO DO PARLAMENTO EUROPEU.......................................4

2. PROPOSTA DE DECISÃO DO PARLAMENTO EUROPEU.......................................6

3. PROPOSTA DE DECISÃO DO PARLAMENTO EUROPEU.......................................8

4. PROPOSTA DE DECISÃO DO PARLAMENTO EUROPEU.....................................10

5. PROPOSTA DE DECISÃO DO PARLAMENTO EUROPEU.....................................13

6. PROPOSTA DE DECISÃO DO PARLAMENTO EUROPEU.....................................15

7. PROPOSTA DE DECISÃO DO PARLAMENTO EUROPEU.....................................17

8. PROPOSTA DE DECISÃO DO PARLAMENTO EUROPEU.....................................19

9. PROPOSTA DE RESOLUÇÃO DO PARLAMENTO EUROPEU...............................21

PARECER DA COMISSÃO DOS ASSUNTOS EXTERNOS...............................................78

PARECER DA COMISSÃO DO DESENVOLVIMENTO.....................................................81

PARECER DA COMISSÃO DO EMPREGO E DOS ASSUNTOS SOCIAIS......................86

PARECER DA COMISSÃO DO AMBIENTE, DA SAÚDE PÚBLICA E DA SEGURANÇA ALIMENTAR...........................................................................................................................89

PARECER DA COMISSÃO DOS TRANSPORTES E DO TURISMO.................................93

PARECER DA COMISSÃO DO DESENVOLVIMENTO REGIONAL...............................97

PARECER DA COMISSÃO DA AGRICULTURA E DO DESENVOLVIMENTO RURAL.................................................................................................................................................102

PARECER DA COMISSÃO DAS PESCAS.........................................................................108

PARECER DA COMISSÃO DA CULTURA E DA EDUCAÇÃO......................................112

PARECER DA COMISSÃO DAS LIBERDADES CÍVICAS, DA JUSTIÇA E DOS ASSUNTOS INTERNOS.......................................................................................................116

PARECER DA COMISSÃO DOS DIREITOS DA MULHER E DA IGUALDADE DOS GÉNEROS..............................................................................................................................119

INFORMAÇÕES SOBRE A APROVAÇÃO NA COMISSÃO COMPETENTE QUANTO À MATÉRIA DE FUNDO.........................................................................................................122

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VOTAÇÃO NOMINAL FINAL NA COMISSÃO COMPETENTE QUANTO À MATÉRIA DE FUNDO............................................................................................................................123

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1. PROPOSTA DE DECISÃO DO PARLAMENTO EUROPEU

sobre a quitação pela execução do orçamento geral da União Europeia para o exercício de 2015, Secção III – Comissão(2016/2151(DEC))

O Parlamento Europeu,

– Tendo em conta o orçamento geral da União Europeia para o exercício de 20151,

– Atendendo às contas anuais consolidadas da União Europeia relativas ao exercício de 2015 (COM(2016)0475 – C8-0269/2016)2,

– Tendo em conta o relatório da Comissão sobre o seguimento dado à quitação relativa ao exercício de 2014 (COM(2016)0674) e os documentos de trabalho dos serviços da Comissão anexos a este relatório (SWD(2016)0338, SWD(2016)0339),

– Tendo em conta o relatório anual de 2015 da Comissão sobre a gestão e a execução do orçamento da UE (COM(2016)0446),

– Tendo em conta o relatório anual da Comissão dirigido à autoridade de quitação sobre as auditorias internas realizadas em 2015 (COM(2016)0628) e o documento de trabalho dos Serviços da Comissão anexo a este relatório (SWD(2016)0322),

– Tendo em conta o relatório anual do Tribunal de Contas sobre a execução do orçamento relativo ao exercício de 2015, acompanhado das respostas das instituições3, e os relatórios especiais do Tribunal de Contas,

– Tendo em conta a declaração4 relativa à fiabilidade das contas e à legalidade e regularidade das operações subjacentes, emitida pelo Tribunal de Contas para o exercício de 2015, nos termos do artigo 287.º do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia,

– Tendo em conta a recomendação do Conselho, de 21 de fevereiro de 2017, sobre a quitação a dar à Comissão pela execução do orçamento relativo ao exercício de 2015 (05876/2017 – C8-0037/2017),

– Tendo em conta os artigos 317.º, 318.º e 319.º do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia,

– Tendo em conta o artigo 106.º-A do Tratado que institui a Comunidade Europeia da Energia Atómica,

– Tendo em conta o Regulamento (UE, Euratom) n.º 966/2012 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 25 de outubro de 2012, relativo às disposições financeiras aplicáveis ao

1 JO L 69 de 13.3.2015.2 JO C 380 de 14.10.2016, p. 1.3 JO C 375 de 13.10.2016, p. 1.4 JO C 380 de 14.10.2016, p. 147.

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orçamento geral da União e que revoga o Regulamento (CE, Euratom) n.º 1605/20021do Conselho, nomeadamente os artigos 62.º, 164.º, 165.º e 166.º,

– Tendo em conta o artigo 93.º e o Anexo IV do seu Regimento,

– Tendo em conta o relatório da Comissão do Controlo Orçamental e os pareceres das demais comissões interessadas (A8-0150/2017),

A. Considerando que, nos termos do artigo 17.º, n.º 1, do Tratado da União Europeia, a Comissão executa o orçamento e gere os programas e que, nos termos do artigo 317.º do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia, a Comissão executa o orçamento em cooperação com os Estados-Membros, sob sua própria responsabilidade, de acordo com os princípios da boa gestão financeira;

1. Dá quitação à Comissão pela execução do orçamento geral da União Europeia para o exercício de 2015;

2. Regista as suas observações na resolução que constitui parte integrante das decisões sobre a quitação pela execução do orçamento geral da União Europeia para o exercício de 2015, Secção III – Comissão e agências de execução, bem como na sua resolução de... sobre os relatórios especiais do Tribunal de Contas no âmbito da quitação à Comissão relativa ao exercício de 20152;

3. Encarrega o seu Presidente de transmitir a presente decisão, e a resolução que dela constitui parte integrante, ao Conselho, à Comissão e ao Tribunal de Contas, bem como às instituições de controlo nacionais e regionais dos Estados-Membros, e de prover à respetiva publicação no Jornal Oficial da União Europeia (série L).

1 JO L 298 de 26.10.2012, p. 1.2 Textos aprovados desta data, P8_TA-PROV(2017)0000.

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2. PROPOSTA DE DECISÃO DO PARLAMENTO EUROPEU

sobre a quitação pela execução do orçamento da Agência de Execução relativa à Educação, ao Audiovisual e à Cultura para o exercício de 2015(2016/2151(DEC))

O Parlamento Europeu,

– Tendo em conta o orçamento geral da União Europeia para o exercício de 20151,

– Atendendo às contas anuais consolidadas da União Europeia relativas ao exercício de 2015 (COM(2016)0475 – C8-0269/2016)2,

– Atendendo às contas anuais definitivas da Agência de Execução relativa à Educação, ao Audiovisual e à Cultura para o exercício de 20153,

– Tendo em conta o relatório da Comissão sobre o seguimento dado à quitação para o exercício de 2014 (COM(2016)0674) e os documentos de trabalho dos serviços da Comissão que o acompanham (SWD(2016)0338, SWD(2016)0339),

– Tendo em conta o relatório anual da Comissão dirigido à autoridade de quitação sobre as auditorias internas realizadas em 2015 (COM(2016)0628) e o documento de trabalho dos Serviços da Comissão anexo a este relatório (SWD(2016)0322),

– Atendendo ao relatório do Tribunal de Contas sobre as contas anuais da Agência de Execução relativa à Educação, ao Audiovisual e à Cultura referentes ao exercício de 2015, acompanhado das respostas da Agência4,

– Tendo em conta a declaração5 relativa à fiabilidade das contas e à legalidade e regularidade das operações subjacentes, emitida pelo Tribunal de Contas para o exercício de 2015, nos termos do artigo 287.º do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia,

– Tendo em conta a recomendação do Conselho, de 21 de fevereiro de 2017, sobre a quitação a dar às agências de execução quanto à execução do orçamento para o exercício de 2015 (05874/2017 – C8-0038/2017),

– Tendo em conta os artigos 317.º, 318.º e 319.º do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia,

– Tendo em conta o artigo 106.º-A do Tratado que institui a Comunidade Europeia da Energia Atómica,

– Tendo em conta o Regulamento (UE, Euratom) n.º 966/2012 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 25 de outubro de 2012, relativo às disposições financeiras aplicáveis ao

1 JO L 69 de 13.3.2015.2 JO C 380 de 14.10.2016, p. 1. 3 JO C 417 de 11.11.2016, p. 2.4 JO C 449 de 1.12.2016, p. 51.5 JO C 380 de 14.10.2016, p. 147.

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orçamento geral da União e que revoga o Regulamento (CE, Euratom) n.º 1605/20021 do Conselho, nomeadamente os artigos 62.º, 164.º, 165.º e 166.º,

– Tendo em conta o Regulamento (CE) n.º 58/2003 do Conselho, de 19 de dezembro de 2002, que define o estatuto das agências de execução encarregadas de determinadas funções de gestão de programas comunitários2, nomeadamente o artigo 14.º, n.º 3,

– Tendo em conta o Regulamento (CE) n.º 1653/2004 da Comissão, de 21 de setembro de 2004, que institui o regulamento financeiro-tipo das agências de execução, em aplicação do Regulamento (CE) n.º 58/2003 do Conselho que define o estatuto das agências de execução encarregadas de determinadas funções de gestão de programas comunitários3, nomeadamente o artigo 66.º, primeiro e segundo parágrafos,

– Tendo em conta a Decisão de Execução 2013/776/UE da Comissão, de 18 de dezembro de 2013, que institui a Agência de Execução relativa à Educação, ao Audiovisual e à Cultura e que revoga a Decisão 2009/336/CE4,

– Tendo em conta o artigo 93.º e o Anexo IV do seu Regimento,

– Tendo em conta o relatório da Comissão do Controlo Orçamental e os pareceres das demais comissões interessadas (A8-0150/2017),

A. Considerando que, nos termos do artigo 17.º, n.º 1, do Tratado da União Europeia, a Comissão executa o orçamento e gere os programas e que, nos termos do artigo 317.º do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia, a Comissão executa o orçamento em cooperação com os Estados-Membros, sob sua própria responsabilidade, de acordo com os princípios da boa gestão financeira;

1. Dá quitação ao Diretor da Agência de Execução relativa à Educação, ao Audiovisual e à Cultura pela execução do orçamento da Agência para o exercício de 2015;

2. Regista as suas observações na resolução que constitui parte integrante das decisões sobre a quitação pela execução do orçamento geral da União Europeia para o exercício de 2015, Secção III – Comissão e agências de execução, bem como na resolução de... sobre os relatórios especiais do Tribunal de Contas no âmbito da quitação à Comissão relativa ao exercício de 20155;

3. Encarrega o seu Presidente de transmitir a presente decisão, a decisão sobre a quitação pela execução do orçamento geral da União Europeia para o exercício de 2015, Secção III – Comissão, e a resolução que constitui parte integrante destas decisões, ao Diretor da Agência de Execução relativa à Educação, ao Audiovisual e à Cultura, ao Conselho, à Comissão e ao Tribunal de Contas, bem como de prover à respetiva publicação no Jornal Oficial da União Europeia (série L).

1 JO L 298 de 26.10.2012, p. 1.2 JO L 11 de 16.1.2003, p. 1.3 JO L 297 de 22.9.2004, p. 6.4 JO L 343 de 19.12.2013, p. 46.5 Textos aprovados desta data, P8_TA-PROV(2017)0000.

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3. PROPOSTA DE DECISÃO DO PARLAMENTO EUROPEU

sobre a quitação pela execução do orçamento da Agência de Execução para as Pequenas e Médias Empresas para o exercício de 2015(2016/2151(DEC))

O Parlamento Europeu,

– Tendo em conta o orçamento geral da União Europeia para o exercício de 20151,

– Atendendo às contas anuais consolidadas da União Europeia relativas ao exercício de 2015 (COM(2016)0475 – C8-0269/2016)2,

– Atendendo às contas anuais definitivas da Agência de Execução para as Pequenas e Médias Empresas para o exercício de 20153,

– Tendo em conta o relatório da Comissão sobre o seguimento dado à quitação para o exercício de 2014 (COM(2016)0674) e os documentos de trabalho dos serviços da Comissão que o acompanham (SWD(2016)0338, SWD(2016)0339),

– Tendo em conta o relatório anual da Comissão dirigido à autoridade de quitação sobre as auditorias internas realizadas em 2015 (COM(2016)0628) e o documento de trabalho dos Serviços da Comissão anexo a este relatório (SWD(2016)0322),

– Atendendo ao relatório do Tribunal de Contas sobre as contas anuais da Agência de Execução para as Pequenas e Médias Empresas referentes ao exercício de 2015, acompanhado das respostas da Agência4,

– Tendo em conta a declaração5 relativa à fiabilidade das contas e à legalidade e regularidade das operações subjacentes, emitida pelo Tribunal de Contas para o exercício de 2015, nos termos do artigo 287.º do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia,

– Tendo em conta a recomendação do Conselho, de 21 de fevereiro de 2017, sobre a quitação a dar às agências de execução quanto à execução do orçamento para o exercício de 2015 (05874/2017 – C8-0038/2017),

– Tendo em conta os artigos 317.º, 318.º e 319.º do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia,

– Tendo em conta o artigo 106.º-A do Tratado que institui a Comunidade Europeia da Energia Atómica,

– Tendo em conta o Regulamento (UE, Euratom) n.º 966/2012 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 25 de outubro de 2012, relativo às disposições financeiras aplicáveis ao

1 JO L 69 de 13.3.2015.2 JO C 380 de 14.10.2016, p. 1. 3 JO C 417 de 11.11.2016, p. 10.4 JO C 449 de 1.12.2016, p. 61.5 JO C 380 de 14.10.2016, p. 147.

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orçamento geral da União e que revoga o Regulamento (CE, Euratom) n.º 1605/20021 do Conselho, nomeadamente os artigos 62.º, 164.º, 165.º e 166.º,

– Tendo em conta o Regulamento (CE) n.º 58/2003 do Conselho, de 19 de dezembro de 2002, que define o estatuto das agências de execução encarregadas de determinadas funções de gestão de programas comunitários2, nomeadamente o artigo 14.º, n.º 3,

– Tendo em conta o Regulamento (CE) n.º 1653/2004 da Comissão, de 21 de setembro de 2004, que institui o regulamento financeiro-tipo das agências de execução, em aplicação do Regulamento (CE) n.º 58/2003 do Conselho que define o estatuto das agências de execução encarregadas de determinadas funções de gestão de programas comunitários3, nomeadamente o artigo 66.º, primeiro e segundo parágrafos,

– Tendo em conta a Decisão de Execução 2013/771/UE da Comissão, de 17 de dezembro de 2013, que institui a Agência de Execução para as Pequenas e Médias Empresas e que revoga as Decisões 2004/20/CE e 2007/372/CE4,

– Tendo em conta o artigo 93.º e o Anexo IV do seu Regimento,

– Tendo em conta o relatório da Comissão do Controlo Orçamental e os pareceres das demais comissões interessadas (A8-0150/2017),

A. Considerando que, nos termos do artigo 17.º, n.º 1, do Tratado da União Europeia, a Comissão executa o orçamento e gere os programas e que, nos termos do artigo 317.º do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia, a Comissão executa o orçamento em cooperação com os Estados-Membros, sob sua própria responsabilidade, de acordo com os princípios da boa gestão financeira;

1. Concede quitação ao Diretor da Agência de Execução para as Pequenas e Médias Empresas pela execução do respetivo orçamento da Agência para o exercício 2015;

2. Regista as suas observações na resolução que constitui parte integrante das decisões sobre a quitação pela execução do orçamento geral da União Europeia para o exercício de 2015, Secção III – Comissão e agências de execução e na sua resolução de... sobre os relatórios especiais do Tribunal de Contas no âmbito da quitação à Comissão relativa ao exercício de 20155;

3. Encarrega o seu Presidente de transmitir a presente decisão, a decisão sobre a quitação pela execução do orçamento geral da União Europeia para o exercício de 2015, Secção III – Comissão, e a resolução que constitui parte integrante destas decisões, ao Diretor da Agência de Execução para as Pequenas e Médias Empresas, ao Conselho, à Comissão e ao Tribunal de Contas, bem como de prover à respetiva publicação no Jornal Oficial da União Europeia (série L).

1 JO L 298 de 26.10.2012, p. 1.2 JO L 11 de 16.1.2003, p. 1.3 JO L 297 de 22.9.2004, p. 6.4 JO L 341 de 18.12.2013, p. 73.5 Textos aprovados desta data, P8_TA-PROV(2017)0000.

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4. PROPOSTA DE DECISÃO DO PARLAMENTO EUROPEU

sobre a quitação pela execução do orçamento da Agência de Execução para os Consumidores, a Saúde e a Alimentação para o exercício de 2015(2016/2151(DEC))

O Parlamento Europeu,

– Tendo em conta o orçamento geral da União Europeia para o exercício de 20151,

– Atendendo às contas anuais consolidadas da União Europeia relativas ao exercício de 2015 (COM(2016)0475 – C8-0269/2016)2,

– Atendendo às contas anuais definitivas da Agência de Execução para os Consumidores, a Saúde e a Alimentação para o exercício de 20153,

– Tendo em conta o relatório da Comissão sobre o seguimento dado à quitação para o exercício de 2014 (COM(2016)0674) e os documentos de trabalho dos serviços da Comissão que o acompanham (SWD(2016)0338, SWD(2016)0339),

– Tendo em conta o relatório anual da Comissão dirigido à autoridade de quitação sobre as auditorias internas realizadas em 2015 (COM(2016)0628) e o documento de trabalho dos Serviços da Comissão anexo a este relatório (SWD(2016)0322),

– Atendendo ao relatório do Tribunal de Contas sobre as contas anuais da Agência de Execução para os Consumidores, a Saúde e a Alimentação referentes ao exercício de 2015, acompanhado das respostas da Agência4,

– Tendo em conta a declaração5 relativa à fiabilidade das contas e à legalidade e regularidade das operações subjacentes, emitida pelo Tribunal de Contas para o exercício de 2015, nos termos do artigo 287.º do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia,

– Tendo em conta a recomendação do Conselho, de 21 de fevereiro de 2017, sobre a quitação a dar às agências de execução quanto à execução do orçamento para o exercício de 2015(05874/2017 – C8-0038/2017),

– Tendo em conta os artigos 317.º, 318.º e 319.º do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia,

– Tendo em conta o artigo 106.º-A do Tratado que institui a Comunidade Europeia da Energia Atómica,

– Tendo em conta o Regulamento (UE, Euratom) n.º 966/2012 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 25 de outubro de 2012, relativo às disposições financeiras aplicáveis ao

1 JO L 69 de 13.3.2015.2 JO C 380 de 14.10.2016, p. 1. 3 JO C 417 de 11.11.2016, p. 2.4 JO C 449 de 1.12.2016, p. 41.5 JO C 380 de 14.10.2016, p. 147.

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orçamento geral da União e que revoga o Regulamento (CE, Euratom) n.º 1605/20021 do Conselho, nomeadamente os artigos 62.º, 164.º, 165.º e 166.º,

– Tendo em conta o Regulamento (CE) n.º 58/2003 do Conselho, de 19 de dezembro de 2002, que define o estatuto das agências de execução encarregadas de determinadas funções de gestão de programas comunitários2, nomeadamente o artigo 14.º, n.º 3,

– Tendo em conta o Regulamento (CE) n.º 1653/2004 da Comissão, de 21 de setembro de 2004, que institui o regulamento financeiro-tipo das agências de execução, em aplicação do Regulamento (CE) n.º 58/2003 do Conselho que define o estatuto das agências de execução encarregadas de determinadas funções de gestão de programas comunitários3, nomeadamente o artigo 66.º, primeiro e segundo parágrafos,

– Tendo em conta a Decisão de Execução 2013/770/UE da Comissão, de 17 de dezembro de 2013, que institui a Agência de Execução para os Consumidores, a Saúde e a Alimentação e revoga a Decisão 2004/858/CE4,

– Tendo em conta a Decisão de Execução 2014/927/UE da Comissão, de 17 de dezembro de 2014, que altera a Decisão de Execução 2013/770/UE a fim de transformar a Agência de Execução para os Consumidores, a Saúde e a Alimentação na Agência de Execução para os Consumidores, a Saúde, a Agricultura e a Alimentação5,

– Tendo em conta o artigo 93.º e o Anexo IV do seu Regimento,

– Tendo em conta o relatório da Comissão do Controlo Orçamental e os pareceres das demais comissões interessadas (A8-0150/2017),

A. Considerando que, nos termos do artigo 17.º, n.º 1, do Tratado da União Europeia, a Comissão executa o orçamento e gere os programas e que, nos termos do artigo 317.º do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia, a Comissão executa o orçamento em cooperação com os Estados-Membros, sob sua própria responsabilidade, de acordo com os princípios da boa gestão financeira;

1. Dá quitação ao Diretor da Agência de Execução para os Consumidores, a Saúde e a Alimentação pela execução do orçamento da Agência para o exercício de 2015;

2. Regista as suas observações na resolução que constitui parte integrante das decisões sobre a quitação pela execução do orçamento geral da União Europeia para o exercício de 2015, Secção III – Comissão e agências de execução, bem como na resolução, de..., sobre os relatórios especiais do Tribunal de Contas no âmbito da quitação à Comissão relativa ao exercício de 20156;

3. Encarrega o seu Presidente de transmitir a presente decisão, a decisão sobre a quitação pela execução do orçamento geral da União Europeia para o exercício de 2015, Secção III – Comissão, e a resolução que constitui parte integrante destas decisões, ao Diretor

1 JO L 298 de 26.10.2012, p. 1.2 JO L 11 de 16.1.2003, p. 1.3 JO L 297 de 22.9.2004, p. 6.4 JO L 343 de 2712.2007, p. 69.5 JO L 363 de 18.12.2014, p. 183.6 Textos aprovados desta data, P8_TA-PROV(2017)0000.

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da Agência de Execução para os Consumidores, a Saúde e a Alimentação, ao Conselho, à Comissão e ao Tribunal de Contas, bem como de prover à respetiva publicação no Jornal Oficial da União Europeia (série L).

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5. PROPOSTA DE DECISÃO DO PARLAMENTO EUROPEU

sobre a quitação pela execução do orçamento da Agência de Execução do Conselho Europeu de Investigação para o exercício de 2015(2016/2151(DEC))

O Parlamento Europeu,

– Tendo em conta o orçamento geral da União Europeia para o exercício de 20151,

– Atendendo às contas anuais consolidadas da União Europeia relativas ao exercício de 2015 (COM(2016)0475 – C8-0269/2016)2,

– Atendendo às contas anuais definitivas da Agência de Execução do Conselho Europeu de Investigação para o exercício de 20153,

– Tendo em conta o relatório da Comissão sobre o seguimento dado à quitação para o exercício de 2014 (COM(2016)0674) e os documentos de trabalho dos serviços da Comissão que o acompanham (SWD(2016)0338, SWD(2016)0339),

– Tendo em conta o relatório anual da Comissão dirigido à autoridade de quitação sobre as auditorias internas realizadas em 2015 (COM(2016)0628) e o documento de trabalho dos Serviços da Comissão anexo a este relatório (SWD(2016)0322),

– Atendendo ao relatório do Tribunal de Contas sobre as contas anuais da Agência de Execução do Conselho Europeu de Investigação referentes ao exercício de 2015, acompanhado das respostas da Agência4,

– Tendo em conta a declaração5 relativa à fiabilidade das contas e à legalidade e regularidade das operações subjacentes, emitida pelo Tribunal de Contas para o exercício de 2015, nos termos do artigo 287.º do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia,

– Tendo em conta a recomendação do Conselho, de 21 de fevereiro de 2017, sobre a quitação a dar às agências de execução quanto à execução do orçamento para o exercício de 2015 (05874/2017 – C8-0038/2017),

– Tendo em conta os artigos 317.º, 318.º e 319.º do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia,

– Tendo em conta o artigo 106.º-A do Tratado que institui a Comunidade Europeia da Energia Atómica,

– Tendo em conta o Regulamento (UE, Euratom) n.º 966/2012 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 25 de outubro de 2012, relativo às disposições financeiras aplicáveis ao

1 JO L 69 de 13.3.2015.2 JO C 380 de 14.10.2016, p. 1. 3 JO C 417 de 11.11.2016, p. 9.4 JO C 449 de 1.12.2016, p. 157.5 JO C 380 de 14.10.2016, p. 147.

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orçamento geral da União e que revoga o Regulamento (CE, Euratom) n.º 1605/20021 do Conselho, nomeadamente os artigos 62.º, 164.º, 165.º e 166.º,

– Tendo em conta o Regulamento (CE) n.º 58/2003 do Conselho, de 19 de dezembro de 2002, que define o estatuto das agências de execução encarregadas de determinadas funções de gestão de programas comunitários2, nomeadamente o artigo 14.º, n.º 3,

– Tendo em conta o Regulamento (CE) n.º 1653/2004 da Comissão, de 21 de setembro de 2004, que institui o regulamento financeiro-tipo das agências de execução, em aplicação do Regulamento (CE) n.º 58/2003 do Conselho que define o estatuto das agências de execução encarregadas de determinadas funções de gestão de programas comunitários3, nomeadamente o artigo 66.º, primeiro e segundo parágrafos,

– Tendo em conta a Decisão de Execução 2013/779/UE da Comissão, de 17 de dezembro de 2013, que cria a Agência de Execução do Conselho Europeu de Investigação e que revoga a Decisão 2008/37/CE4,

– Tendo em conta o artigo 93.º e o Anexo IV do seu Regimento,

– Tendo em conta o relatório da Comissão do Controlo Orçamental e os pareceres das demais comissões interessadas (A8-0150/2017),

A. Considerando que, nos termos do artigo 17.º, n.º 1, do Tratado da União Europeia, a Comissão executa o orçamento e gere os programas e que, nos termos do artigo 317.º do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia, a Comissão executa o orçamento em cooperação com os Estados-Membros, sob sua própria responsabilidade, de acordo com os princípios da boa gestão financeira;

1. Dá quitação ao Diretor da Agência de Execução do Conselho Europeu de Investigação pela execução do orçamento da Agência para o exercício de 2015;

2. Regista as suas observações na resolução que constitui parte integrante das decisões sobre a quitação pela execução do orçamento geral da União Europeia para o exercício de 2015, Secção III – Comissão e agências de execução, bem como na resolução, de..., sobre os relatórios especiais do Tribunal de Contas no âmbito da quitação à Comissão relativa ao exercício de 20155;

3. Encarrega o seu Presidente de transmitir a presente decisão, a decisão sobre a quitação pela execução do orçamento geral da União Europeia para o exercício de 2015, Secção III – Comissão, e a resolução que constitui parte integrante destas decisões, ao Diretor da Agência de Execução do Conselho Europeu de Investigação, ao Conselho, à Comissão e ao Tribunal de Contas, bem como de prover à respetiva publicação no Jornal Oficial da União Europeia (série L).

1 JO L 298 de 26.10.2012, p. 1.2 JO L 11 de 16.1.2003, p. 1.3 JO L 297 de 22.9.2004, p. 6.4 JO L 346 de 20.12.2013, p. 58.5 Textos aprovados desta data, P8_TA-PROV(2017)0000.

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6. PROPOSTA DE DECISÃO DO PARLAMENTO EUROPEU

sobre a quitação pela execução do orçamento da Agência de Execução para a Investigação para o exercício de 2015(2016/2151(DEC))

O Parlamento Europeu,

– Tendo em conta o orçamento geral da União Europeia para o exercício de 20151,

– Atendendo às contas anuais consolidadas da União Europeia relativas ao exercício de 2015 (COM(2016)0475 – C8-0269/2016)2,

– Atendendo às contas anuais definitivas da Agência de Execução para a Investigação para o exercício de 20153,

– Tendo em conta o relatório da Comissão sobre o seguimento dado à quitação para o exercício de 2014 (COM(2016)0674) e os documentos de trabalho dos serviços da Comissão que o acompanham (SWD(2016)0338, SWD(2016)0339),

– Tendo em conta o relatório anual da Comissão dirigido à autoridade de quitação sobre as auditorias internas realizadas em 2015 (COM(2016)0628) e o documento de trabalho dos Serviços da Comissão anexo a este relatório (SWD(2016)0322),

– Atendendo ao relatório do Tribunal de Contas sobre as contas anuais da Agência de Execução para a Investigação referentes ao exercício de 2015, acompanhado das respostas da Agência4,

– Tendo em conta a declaração5 relativa à fiabilidade das contas e à legalidade e regularidade das operações subjacentes, emitida pelo Tribunal de Contas para o exercício de 2015, nos termos do artigo 287.º do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia,

– Tendo em conta a recomendação do Conselho, de 21 de fevereiro de 2017, sobre a quitação a dar às agências de execução quanto à execução do orçamento para o exercício (05874/2017 – C8-0038/2017),

– Tendo em conta os artigos 317.º, 318.º e 319.º do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia,

– Tendo em conta o artigo 106.º-A do Tratado que institui a Comunidade Europeia da Energia Atómica,

– Tendo em conta o Regulamento (UE, Euratom) n.º 966/2012 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 25 de outubro de 2012, relativo às disposições financeiras aplicáveis ao

1 JO L 69 de 13.3.2015.2 JO C 380 de 14.10.2016, p. 1.3 JO C 417 de 11.11.2016, p. 11.4 JO C 449 de 1.12.2016, p. 230.5 JO C 380 de 14.10.2016, p. 147.

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orçamento geral da União e que revoga o Regulamento (CE, Euratom) n.º 1605/20021 do Conselho, nomeadamente os artigos 62.º, 164.º, 165.º e 166.º,

– Tendo em conta o Regulamento (CE) n.º 58/2003 do Conselho, de 19 de dezembro de 2002, que define o estatuto das agências de execução encarregadas de determinadas funções de gestão de programas comunitários2, nomeadamente o artigo 14.º, n.º 3,

– Tendo em conta o Regulamento (CE) n.º 1653/2004 da Comissão, de 21 de setembro de 2004, que institui o regulamento financeiro-tipo das agências de execução, em aplicação do Regulamento (CE) n.º 58/2003 do Conselho que define o estatuto das agências de execução encarregadas de determinadas funções de gestão de programas comunitários3, nomeadamente o artigo 66.º, primeiro e segundo parágrafos,

– Tendo em conta a Decisão de Execução 2013/778/UE da Comissão, de 13 de dezembro de 2013, que cria a Agência de Execução para a Investigação e que revoga a Decisão 2008/46/CE4,

– Tendo em conta o artigo 93.º e o Anexo IV do seu Regimento,

– Tendo em conta o relatório da Comissão do Controlo Orçamental e os pareceres das demais comissões interessadas (A8-0150/2017),

A. Considerando que, nos termos do artigo 17.º, n.º 1, do Tratado da União Europeia, a Comissão executa o orçamento e gere os programas e que, nos termos do artigo 317.º do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia, a Comissão executa o orçamento em cooperação com os Estados-Membros, sob sua própria responsabilidade, de acordo com os princípios da boa gestão financeira;

1. Dá quitação ao Diretor da Agência de Execução para a Investigação pela execução do orçamento da Agência para o exercício de 2015;

2. Regista as suas observações na resolução que constitui parte integrante das decisões sobre a quitação pela execução do orçamento geral da União Europeia para o exercício de 2015, Secção III – Comissão e agências de execução, bem como na resolução, de..., sobre os relatórios especiais do Tribunal de Contas no âmbito da quitação à Comissão relativa ao exercício de 20155.

3. Encarrega o seu Presidente de transmitir a presente decisão, a decisão sobre a quitação pela execução do orçamento geral da União Europeia para o exercício de 2015, Secção III – Comissão, e a resolução que constitui parte integrante destas decisões, ao Diretor da Agência de Execução para a Investigação, ao Conselho, à Comissão e ao Tribunal de Contas, bem como de prover à respetiva publicação no Jornal Oficial da União Europeia (série L).

1 JO L 298 de 26.10.2012, p. 1.2 JO L 11 de 16.1.2003, p. 1.3 JO L 297 de 22.9.2004, p. 6.4 JO L 346 de 20.12.2013, p. 54.5 Textos aprovados desta data, P8_TA-PROV(2017)0000.

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7. PROPOSTA DE DECISÃO DO PARLAMENTO EUROPEU

sobre a quitação pela execução do orçamento da Agência de Execução para a Inovação e as Redes para o exercício de 2015(2016/2151(DEC))

O Parlamento Europeu,

– Tendo em conta o orçamento geral da União Europeia para o exercício de 20151,

– Atendendo às contas anuais consolidadas da União Europeia relativas ao exercício de 2015 (COM(2016)0475 – C8-0269/2016)2,

– Atendendo às contas anuais definitivas da Agência de Execução para a Inovação e as Redes para o exercício de 20153,

– Tendo em conta o relatório da Comissão sobre o seguimento dado à quitação para o exercício de 2014 (COM(2016)0674) e os documentos de trabalho dos serviços da Comissão que o acompanham (SWD(2016)0338, SWD(2016)0339),

– Tendo em conta o relatório anual da Comissão dirigido à autoridade de quitação sobre as auditorias internas realizadas em 2015 (COM(2016)0628) e o documento de trabalho dos Serviços da Comissão anexo a este relatório (SWD(2016)0322),

– Atendendo ao relatório do Tribunal de Contas sobre as contas anuais da Agência de Execução para a Inovação e as Redes referentes ao exercício de 2015, acompanhado das respostas da Agência4,

– Tendo em conta a declaração5 relativa à fiabilidade das contas e à legalidade e regularidade das operações subjacentes, emitida pelo Tribunal de Contas para o exercício de 2015, nos termos do artigo 287.º do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia,

– Tendo em conta a recomendação do Conselho, de 21 de fevereiro de 2017, sobre a quitação a dar às agências de execução quanto à execução do orçamento para o exercício de 2015 (05874/2017 – C8-0038/2017),

– Tendo em conta os artigos 317.º, 318.º e 319.º do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia,

– Tendo em conta o artigo 106.º-A do Tratado que institui a Comunidade Europeia da Energia Atómica,

– Tendo em conta o Regulamento (UE, Euratom) n.º 966/2012 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 25 de outubro de 2012, relativo às disposições financeiras aplicáveis ao

1 JO L 69 de 13.3.2015.2 JO C 380 de 14.10.2016, p. 1.3 JO C 417 de 11.11.2016, p. 11.4 JO C 449 de 1.12.2016, p. 219.5 JO C 380 de 14.10.2016, p. 147.

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orçamento geral da União e que revoga o Regulamento (CE, Euratom) n.º 1605/20021 do Conselho, nomeadamente os artigos 62.º, 164.º, 165.º e 166.º,

– Tendo em conta o Regulamento (CE) n.º 58/2003 do Conselho, de 19 de dezembro de 2002, que define o estatuto das agências de execução encarregadas de determinadas funções de gestão de programas comunitários2, nomeadamente o artigo 14.º, n.º 3,

– Tendo em conta o Regulamento (CE) n.º 1653/2004 da Comissão, de 21 de setembro de 2004, que institui o regulamento financeiro-tipo das agências de execução, em aplicação do Regulamento (CE) n.º 58/2003 do Conselho que define o estatuto das agências de execução encarregadas de determinadas funções de gestão de programas comunitários3, nomeadamente o artigo 66.º, primeiro e segundo parágrafos,

– Tendo em conta a Decisão de Execução 2013/801/UE da Comissão, de 23 de dezembro de 2013, que institui a Agência de Execução para a Inovação e as Redes e revoga a Decisão 2007/60/CE, com a redação que lhe foi dada pela Decisão 2008/593/CE4,

– Tendo em conta o artigo 93.º e o Anexo IV do seu Regimento,

– Tendo em conta o relatório da Comissão do Controlo Orçamental e os pareceres das demais comissões interessadas (A8-0150/2017),

A. Considerando que, nos termos do artigo 17.º, n.º 1, do Tratado da União Europeia, a Comissão executa o orçamento e gere os programas e que, nos termos do artigo 317.º do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia, a Comissão executa o orçamento em cooperação com os Estados-Membros, sob sua própria responsabilidade, de acordo com os princípios da boa gestão financeira;

1. Dá quitação ao Diretor da Agência de Execução para a Inovação e as Redes pela execução do orçamento da Agência para o exercício de 2015;

2. Regista as suas observações na resolução que constitui parte integrante das decisões sobre a quitação pela execução do orçamento geral da União Europeia para o exercício de 2015, Secção III – Comissão e agências de execução, bem como na resolução, de ..., sobre os relatórios especiais do Tribunal de Contas no âmbito da quitação à Comissão relativa ao exercício de 20155;

3. Encarrega o seu Presidente de transmitir a presente decisão, a decisão sobre a quitação pela execução do orçamento geral da União Europeia para o exercício de 2015, Secção III – Comissão, e a resolução que constitui parte integrante destas decisões, ao Diretor da Agência de Execução para a Inovação e as Redes, ao Conselho, à Comissão e ao Tribunal de Contas, bem como de prover à respetiva publicação no Jornal Oficial da União Europeia (série L).

1 JO L 298 de 26.10.2012, p. 1.2 JO L 11 de 16.1.2003, p. 1.3 JO L 297 de 22.9.2004, p. 6.4 JO L 352 de 24.12.2013, p. 65.5 Textos aprovados desta data, P8_TA-PROV(2017)0000.

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8. PROPOSTA DE DECISÃO DO PARLAMENTO EUROPEU

sobre o encerramento das contas do orçamento geral da União Europeia relativas ao exercício de 2015, Secção III – Comissão(2016/2151(DEC))

O Parlamento Europeu,

– Tendo em conta o orçamento geral da União Europeia para o exercício de 20151,

– Atendendo às contas anuais consolidadas da União Europeia relativas ao exercício de 2015 (COM(2016)0475 – C8-0269/2016)2,

– Tendo em conta o relatório da Comissão sobre o seguimento dado à quitação para o exercício de 2014 (COM(2016)0674) e os documentos de trabalho dos serviços da Comissão que o acompanham (SWD(2016)0338, SWD(2016)0339),

– Tendo em conta o relatório anual de 2015 da Comissão sobre a gestão e a execução do orçamento da UE (COM(2016)0446),

– Tendo em conta o relatório anual da Comissão dirigido à autoridade de quitação sobre as auditorias internas realizadas em 2015 (COM(2016)0628) e o documento de trabalho dos Serviços da Comissão anexo a este relatório (SWD(2016)0322),

– Tendo em conta o relatório anual do Tribunal de Contas sobre a execução do orçamento relativo ao exercício de 2015, acompanhado das respostas das instituições3, e os relatórios especiais do Tribunal de Contas,

– Tendo em conta a declaração4 relativa à fiabilidade das contas e à legalidade e regularidade das operações subjacentes, emitida pelo Tribunal de Contas para o exercício de 2015, nos termos do artigo 287.º do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia,

– Tendo em conta a recomendação do Conselho, de 21 de fevereiro de 2017, sobre a quitação a dar à Comissão pela execução do orçamento para o exercício de 2015 (05876/2017 – C8-0038/2017),

– Tendo em conta a recomendação do Conselho, de 21 de fevereiro de 2017, sobre a quitação a dar às agências de execução quanto à execução do orçamento para o exercício de 2015 (05874/2017 – C8-0038/2017),

– Tendo em conta os artigos 317.º, 318.º e 319.º do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia,

1JO L 69 de 13.3.2015.2 JO C 380 de 14.10.2016, p. 1.3 JO C 375 de 13.10.2016, p. 1.4 JO C 380 de 14.10.2016, p. 147.

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– Tendo em conta o artigo 106.º-A do Tratado que institui a Comunidade Europeia da Energia Atómica,

– Tendo em conta o Regulamento (UE, Euratom) n.º 966/2012 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 25 de outubro de 2012, relativo às disposições financeiras aplicáveis ao orçamento geral da União e que revoga o Regulamento (CE, Euratom) n.º 1605/20021 do Conselho, nomeadamente os artigos 62.º, 164.º, 165.º e 166.º,

– Tendo em conta o Regulamento (CE) n.º 58/2003 do Conselho, de 19 de Dezembro de 2002, que define o estatuto das agências de execução encarregadas de determinadas funções de gestão de programas comunitários2, nomeadamente os n.os 2 e 3 do seu artigo 14.º,

– Tendo em conta o artigo 93.º e o Anexo IV do seu Regimento,

– Tendo em conta o relatório da Comissão do Controlo Orçamental e os pareceres das demais comissões interessadas (A8-0150/2017),

1. Aprova o encerramento das contas do orçamento geral da União Europeia relativas ao exercício de 2015;

2. Regista as suas observações na resolução que constitui parte integrante das decisões sobre a quitação pela execução do orçamento geral da União Europeia para o exercício de 2015, Secção III – Comissão e agências de execução e na sua resolução de... sobre os relatórios especiais do Tribunal de Contas no âmbito da quitação à Comissão relativa ao exercício de 20153;

3. Encarrega o seu Presidente de transmitir a presente decisão ao Conselho, à Comissão e ao Tribunal de Contas, bem como aos parlamentos nacionais e às instituições de controlo nacionais e regionais dos Estados-Membros, e de prover à respetiva publicação no Jornal Oficial da União Europeia (série L).

1 JO L 298 de 26.10.2012, p. 1.2 JO L 11 de 16.1.2003, p. 1.3 Textos aprovados desta data, P8_TA-PROV(2017)0000.

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9. PROPOSTA DE RESOLUÇÃO DO PARLAMENTO EUROPEU

que contém as observações que constituem parte integrante das decisões sobre a quitação pela execução do orçamento geral da União Europeia para o exercício de 2015, Secção III – Comissão e agências de execução(2016/2151(DEC))

O Parlamento Europeu,

– Tendo em conta a sua decisão sobre a quitação pela execução do orçamento geral da União Europeia para o exercício de 2015, Secção III - Comissão,

– Tendo em conta as suas decisões sobre a quitação pela execução dos orçamentos das agências de execução para o exercício de 2015,

– Tendo em conta os artigos 318.º e 319.º do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia1;

– Tendo em conta o Regulamento (CE, Euratom) n.º 966/2012 («Regulamento Financeiro») aplicável ao orçamento geral da União e as respetivas normas de execução,

– Tendo em conta o artigo 93.º e o Anexo IV do seu Regimento,

– Tendo em conta o relatório da Comissão do Controlo Orçamental e os pareceres das demais comissões interessadas (A8-0150/2017),

A. Considerando que a Europa está a atravessar uma crise de confiança nas suas instituições, uma situação em relação à qual cada instituição da União deve aceitar a sua própria quota de responsabilidade, e que, por isso, o Parlamento deve ser especialmente rigoroso relativamente ao controlo das contas da Comissão;

B. Considerando que as instituições da União e os Estados-Membros devem melhorar a sua política de comunicação para poderem informar adequadamente os cidadãos sobre os resultados obtidos pelo orçamento da União e o respetivo valor acrescentado;

C. Considerando que o Parlamento deve dar provas de um forte empenho na defesa das preocupações dos cidadãos da União em relação à forma como o orçamento da União é despendido e à forma como a União protege os seus interesses;

D. Considerando que as instituições da União devem trabalhar no sentido de dotarem a União de um sistema orçamental sólido e resiliente que seja portador não apenas de flexibilidade mas também de capacidade de resposta capaz de fazer face a períodos de estabilidade e a períodos turbulentos;

E. Considerando que a política de coesão proporciona um claro valor acrescentado por melhorar a qualidade de vida dos cidadãos em toda a Europa e por constituir uma política essencial de solidariedade e uma fonte crucial de investimento público;

1 JO C83, 30 de março de 2010. Luxemburgo, 2013

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F. Considerando que as instituições da União devem dispor de uma visão clara e consensual sobre as prioridades da política europeia e os bens públicos que convém financiar em primeiro lugar para responder às preocupações dos cidadãos e colmatar as lacunas existentes nas políticas da União;

G. Considerando que a despesa da União, embora limitada a 1 % do RNB da União, constitui um instrumento significativo para alcançar os objetivos políticos a nível europeu com base no valor acrescentado europeu, e representa em média 1,9% da despesa pública geral dos Estados-Membros da União;

H. Considerando que, embora as percentagens em causa no orçamento da União enquanto a) proporção do montante total das despesas dos Estados-Membros, e b) elementos não contabilizados/mal utilizados/desperdiçados desse orçamento sejam diminutas, os montantes efetivamente em causa são consideráveis e justificam, por isso, um controlo minucioso;

I. Considerando que, de acordo com o Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia (TFUE), a Comissão é a responsável final pela execução do orçamento da União Europeia, ao passo que os Estados-Membros deverão cooperar em boa-fé com a Comissão, a fim de garantir que as dotações são utilizadas em conformidade com os princípios de boa gestão financeira;

J. Considerando que, quando concede quitação à Comissão, o Parlamento verifica se os fundos foram ou não utilizados corretamente e se os objetivos políticos foram atingidos.

Orçamento, períodos de programação e prioridades políticas

1. Regista que a vigência de sete anos do Quadro Financeiro Plurianual (QFP) não está sincronizada com os mandatos de cinco anos do Parlamento e da Comissão e que esta situação também cria discrepâncias entre o orçamento do exercício e a respetiva quitação; salienta, além disso, que o ciclo de planeamento estratégico a dez anos e a Estratégia Europa 2020 também não estão alinhados pelo ciclo de sete anos para a gestão do orçamento da UE; considera que este desfasamento constitui uma das causas de uma grande insuficiência da governação política da União, uma vez que o Parlamento e a Comissão se encontram vinculados por acordos anteriores sobre objetivos políticos e questões financeiras que poderiam veicular a sensação de que as eleições europeias são irrelevantes neste contexto;

2. Regista que, em 2015, o orçamento da União tinha de apoiar a concretização dos objetivos de dois programas políticos de longo prazo diferentes:

a) a Estratégia Europa 2020, por um lado, e

b) as dez prioridades políticas estabelecidas pelo Presidente Juncker, por outro, ao mesmo tempo que responde a uma série de situações de crise: refugiados, insegurança na Europa e na vizinhança, instabilidade financeira na Grécia e o impacto económico do embargo russo às exportações, bem como o impacto prolongado da crise financeira e das suas consequências estruturais no desemprego, na pobreza e na desigualdade;

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3. Regista que as políticas da União podem ter diferentes objetivos a curto, médio e longo prazo, cuja concretização pode não ser necessariamente determinada por um único quadro financeiro plurianual; considera que deve ser gizado um novo equilíbrio entre as prioridades políticas, a execução de medidas e os quadros financeiros;

4. Lamenta que as atuais disposições orçamentais provisórias não propiciem o sistema ideal para a conversão das aspirações políticas e sociais em objetivos operacionais úteis para programas e os regimes de despesa;

5. Destaca que haverá uma oportunidade em 2020 de alinhar a estratégia a longo prazo e as decisões políticas pelo ciclo orçamental e recomenda que esta possibilidade seja utilizada;

6. Manifesta a sua preocupação pelo facto de, em 2015, a quota das despesas do orçamento da União relacionadas com as alterações climáticas ter sido de apenas 17,3 % em 2015 e de apenas 17,6 % em média no período 2014-2016, de acordo com o Tribunal de Contas Europeu («o Tribunal»)1, ao passo que o objetivo consistia em alcançar, pelo menos, 20 % durante o período financeiro; realça, por conseguinte, que, de acordo com o Tribunal, existe o grave risco de o objetivo de 20% não ser atingido sem esforços suplementares para combater as alterações climáticas;

7. Salienta, além disso, que a meta de 20 % de despesas em medidas relacionadas com o clima foi decidida antes do acordo de Paris; está convicto de que devem ser envidados mais esforços a fim de tornar o orçamento da UE mais compatível com os imperativos da luta contra as alterações climáticas; salienta, além disso, que a revisão do QFP proporciona uma excelente oportunidade para assegurar o cumprimento do objetivo de 20% de despesas em medidas relacionadas com as alterações climáticas e para proceder a um eventual aumento deste limiar, em conformidade com os compromissos internacionais da UE assumidos durante a COP 21;

8. Congratula-se com a abordagem de orçamentação baseada no desempenho lançada pela Comissão Europeia; considera que o orçamento da UE deve ser mais eficiente e mais eficaz do que nunca devido à escassez de recursos financeiros; lamenta, no entanto, que a Comissão Europeia se centre nas realizações e não nos resultados.

Medidas a tomar

9. Aprova a sugestão feita pelo Tribunal no seu «Briefing paper on the mid-term review of 28.10.2016» (documento de trabalho sobre a revisão intercalar de 28.10.2016) (pontos 39 e 40) do QFP de que é tempo de a Comissão explorar outras opções, por exemplo:

– um programa orçamental evolutivo com um horizonte de planeamento a cinco anos, cláusulas de revisão por objetivos e políticas e um programa de avaliação evolutivo;

– a definição da vigência de programas e regimes deve reger-se pelas necessidades políticas e não pela duração do período de planeamento financeiro; a exigência a impor aos Estados-Membros e à Comissão no sentido de apresentarem necessidades bem fundamentadas em termos de financiamento da União e de

1 Relatório Especial n.º 31/2016 do TCE.

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resultados a obter antes de definir a despesa;

10. Insta a Comissão a colocar na ordem de trabalhos da próxima reunião de peritos da iniciativa «Orçamento centrado nos resultados (BFOR)» as sugestões efetuadas pelo Tribunal no respetivo «Briefing paper on the mid-term review of 28. 10.2016» (documento de trabalho sobre a revisão intercalar de 28.10.2016) (pontos 39 e 40) e as recomendações do grupo de alto nível sobre os recursos próprios, a fim de preparar a próxima Conferência da UE sobre a iniciativa «Orçamento centrado nos resultados» para debater os domínios de intervenção em que o orçamento da União deve ser gasto antes de tomar uma decisão em relação ao quadro financeiro;

11. Aprova todas as recomendações formuladas pelo Tribunal no seu Relatório Especial n.º 31/2016 e, em particular, a recomendação dirigida à Comissão para que esta explore todas as potenciais oportunidades, incluindo a revisão intercalar do QFP e a revisão de algumas das bases jurídicas, a fim de garantir uma verdadeira transição para a ação a favor do clima; insta o Tribunal a elaborar um relatório de acompanhamento sobre as despesas em medidas relacionadas com o clima no orçamento da UE até ao final de 2018;

12. Insta a Comissão a utilizar de forma acrescida as possibilidades propiciadas pela reserva de desempenho no âmbito do quadro jurídico existente, de forma a criar um verdadeiro incentivo financeiro para melhorar a gestão financeira; preconiza, além disso, um reforço da reserva de desempenho enquanto instrumento mediante o desenvolvimento da componente dependente do desempenho no próximo quadro legislativo;

13. Exorta a Comissão a orientar as suas prioridades para a consecução da Estratégia Europa 2020 através da utilização dos instrumentos do Semestre Europeu;

14. Exorta a Comissão a elaborar um projeto de prioridades políticas para o período financeiro com início em 2021 e a apresentar o texto ao Parlamento numa fase inicial;

15. Lamenta que a Comissão não tenha efetuado uma revisão completa da Estratégia Europa 2020, a fim de assegurar a sua execução no âmbito da Agenda Estratégica da União Europeia em Tempos de Mudança, adotada pelo Conselho Europeu em junho de 2014, como previsto nesta agenda;

16. Apela à Comissão para que tenha em conta o acordo de Paris e aumente no mais breve trecho as despesas em medidas relacionadas com o clima no orçamento da UE de 20 % para 30 %;

17. Insta a Comissão a elaborar os próximos orçamentos da UE a fim de os tornar mais eficiente e mais eficazes e de os alinhar de forma mais adequada pelos objetivos da Estratégia UE 2020, pelos objetivos da UE em matéria de clima e pelos compromissos internacionais da UE.

Orçamentos-sombra

18. Destaca que inúmeros mecanismos financeiros de apoio às políticas da União não são diretamente financiados pelo orçamento da União nem registados no balanço da União: é o caso, designadamente, do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira, do Mecanismo

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Europeu de Estabilidade, do Mecanismo Único de Resolução, bem como do Fundo Europeu de Investimento associado ao Banco Europeu de Investimento;

19. Regista que outros mecanismos são parcialmente inscritos no balanço da União, como os mecanismos de financiamento combinado e o Fundo Europeu para Investimentos Estratégicos (FEIE);

20. Destaca o aumento da utilização de instrumentos financeiros, nomeadamente compostos por empréstimos, instrumentos de capital próprio, garantias e instrumentos de partilha de riscos em regime de gestão indireta para o período 2014-2020, salientando ainda que o grupo do Banco Europeu de Investimento (BEI) geriu quase todos os instrumentos financeiros em regime de gestão indireta; entende que não existem informações suficientes para efetuar uma avaliação dos resultados alcançados através destes instrumentos, especialmente no que diz respeito ao seu impacto social e ambiental; salienta que os instrumentos financeiros podem complementar as subvenções mas não deveriam substituí-las;

21. Lamenta o facto de o aumento da utilização destes instrumentos financeiros, bem como dos instrumentos financeiros em gestão partilhada (os instrumentos de engenharia financeira), implicar um risco acrescido de o orçamento da UE deixar de desempenhar o seu papel de instrumento credível e deixar de ser suficiente para cumprir os objetivos atuais e futuros, comportando também riscos mais elevados para a responsabilização e a coordenação das políticas e operações da União; salienta que a utilização acrescida de instrumentos financeiros deve ser precedida de uma avaliação global dos seus resultados, das suas realizações e da sua eficácia; chama a atenção para os relatórios especiais do Tribunal1, nos quais se declara que os instrumentos financeiros não funcionam como previsto e/ou estão sobredimensionados e/ou não conseguem atrair capital privado;

22. Alerta a Comissão para o facto de os instrumentos financeiros ou qualquer acordo de financiamento não estarem necessariamente vinculados às metas e aos objetivos políticos da UE e de poderem financiar projetos que não estão em conformidade com os compromissos da UE;

23. Salienta que o lançamento do FEIE afetou o atraso no lançamento do Mecanismo Interligar a Europa e que o FEIE terá também impacto na utilização efetuada de alguns outros instrumentos financeiros.

Medidas a tomar

24. Insta a Comissão a propor medidas para tornar os mecanismos de financiamento da União destinados à execução do orçamento da UE - onde se incluem atualmente diferentes instrumentos e combinações, como, por exemplo, programas, fundos estruturais e de investimento, fundos fiduciários, fundos de investimento estratégico, fundos de garantia, mecanismos, instrumentos financeiros, instrumentos de assistência macrofinanceira, etc. - mais claros, simples, coerentes e mais bem apetrechados para garantir suficiente transparência, responsabilização, desempenho e compreensão pública do modo como são financiadas as políticas da União e as vantagens que daí advêm;

1 Relatórios especiais n.º 5/2015 e n.º 19/2016 do TCE.

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lamenta que a proposta de um novo Regulamento Financeiro de setembro de 2016 não resolva estes problemas de forma adequada;

25. Solicita à Comissão que reexamine a avaliação ex ante do instrumento de dívida do Mecanismo Interligar a Europa à luz da criação do FEIE e que apresente ao Parlamento Europeu uma avaliação do impacto do FEIE noutros programas e instrumentos financeiros da União;

26. Solicita ao Tribunal que avalie a contribuição dos instrumentos financeiros e dos mecanismos de financiamento (como enumerados no ponto 13) para a Estratégia Europa 2020; insta a Comissão a promover todas as medidas necessárias para assegurar que os instrumentos financeiros e qualquer regime de financiamento sejam compatíveis com a estratégia da UE, os objetivos e os compromissos da UE;

27. Acolhe com agrado a intenção do Comissário Günther Oettinger de reagrupar a longo prazo os diversos orçamentos-sombra no orçamento da União; considera que uma tal medida permitiria reforçar consideravelmente a responsabilização democrática; expressa a firme convicção de que este problema deve ser resolvido o mais rapidamente possível, o mais tardar, até ao final do próximo período de programação financeira; exorta a Comissão a elaborar uma comunicação sobre este assunto antes de novembro de 2017;

Gestão orçamental e financeira

28. Lamenta que os atrasos na utilização dos Fundos Estruturais 2007-2013 sejam significativos; regista que, no final de 2015, ainda se encontra pendente o pagamento de 10% do total de 446,2 mil milhões de euros concedidos a todos os programas operacionais (PO) aprovados;

29. Chama a atenção para o facto de esta situação poder, de facto, constituir um desafio importante e comprometer a eficácia dos FEEI, na medida em que, em alguns Estados-Membros, a contribuição não reclamada da União, em conjunto com o cofinanciamento necessário, excede 15% do total da despesa das administrações públicas, se tivermos em conta os dois últimos quadros financeiros, 2007-2013 e 2014-2020;

30. Observa, com preocupação, que, no final de 2015, cinco Estados-Membros (República Checa, Espanha, Itália, Polónia e Roménia) e beneficiários principais representaram mais de metade das autorizações não utilizadas dos Fundos Estruturais que não deram origem a pagamentos no período de programação 2007-2013; regista que as razões para este atraso são de vária índole: falta de capacidade e de assistência administrativa, falta de recursos nacionais para cofinanciar as operações da UE, atrasos na apresentação dos programas regionais para o QFP 2014-2020, etc.;

31. Salienta que uma nova característica deste QFP é o facto de os montantes não utilizados abaixo do limite máximo dos pagamentos e do limite máximo das autorizações incrementarem automaticamente a flexibilidade nos anos subsequentes;

32. Destaca que, em 2015, o nível de autorizações foi superior ao de qualquer outro ano anterior, tendo-se mantido praticamente no limite global (97,7% do montante disponível);

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33. Salienta que, em 2015, três-quartos das despesas de funcionamento foram consagradas a regimes sujeitos às normas do QFP anterior: ou seja, subsídios aos agricultores para 2014, projetos de coesão, projetos de investigação no âmbito do sétimo programa-quadro que teve início em 2007;

34. Considera inaceitável que, até ao final de 2015, menos de 20% das autoridades nacionais responsáveis pelos Fundos Europeus Estruturais e de Investimento, com exceção do Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvimento Rural (FEADER), tenham sido designadas pelos Estados-Membros, entende que esta designação constitui uma medida necessária para que as autoridades dos Estados-Membros possam apresentar declarações de despesas à Comissão; considera que as importantes inovações introduzidas no período de 2014-2020 implicam dificuldades administrativas, não obstante os esforços de simplificação;

35. Salienta que as dificuldades na conclusão dos procedimentos de avaliação de conformidade no quadro do novo sistema de gestão e de controlo, que têm geralmente lugar no início do período de programação, são uma importante causa dos atrasos observados na absorção;

36. Constata que a recessão económica mundial, que se repercute diretamente nas medidas de restrição orçamental aplicadas nos orçamentos públicos e nas dificuldades para obter financiamento interno, constitui o principal fator para os atrasos na absorção;

37. Por conseguinte, lamenta vivamente que exista o risco de os atrasos na execução orçamental do período de programação 2014-2020 serem ainda superiores aos registados no período para 2007-2013; receia que o próximo QFP possa começar com um nível elevado e sem precedentes de «RAL» suscetível de pôr em risco a gestão do orçamento da UE nos primeiros anos; espera que a Comissão tenha daí retirado ensinamentos, de modo a evitar atrasos semelhantes no futuro;

38. Regista que, em março de 2015, a Comissão adotou um plano de pagamentos que apresenta medidas a curto prazo para reduzir o nível de faturas por liquidar, mas salienta que, embora tais medidas procurem melhorar a gestão do fluxo de caixa a curto prazo, lidar com o elevado nível de autorizações por liquidar exige uma perspetiva a longo prazo e uma avaliação minuciosa das causas profundas (dificuldades administrativas e operacionais, restrições macroeconómicas, etc.), a fim de gizar uma estratégia eficaz que permita evitar a sua ocorrência no futuro;

39. Salienta que a ativação do artigo 50.º é suscetível de criar problemas na forma como o orçamento da UE é gerido, nomeadamente no que se refere aos pagamentos; salienta a necessidade de incluir este elemento crucial no acordo transitório ou final com qualquer Estado-Membro que saia da UE.

Medidas a tomar

40. Solicita à Comissão que tome medidas para respeitar escrupulosamente as normas e os calendários relativos às autorizações por liquidar, incluindo:

1) o encerramento e a anulação dos programas do período de 2007-2013;

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2) a utilização adequada da correção líquida no domínio da coesão;

3) uma redução dos fundos detidos por fiduciários e

4) a compilação de planos de pagamentos e previsões quando as autorizações por liquidar forem significativas;

41. Solicita novamente à Comissão que estabeleça anualmente uma previsão de fluxo de caixa atualizada a longo prazo, a abarcar um horizonte temporal de sete a dez anos que cubra os limites máximos orçamentais, as necessidades de pagamentos, as limitações em termos de capacidade e potenciais anulações de modo a conseguir uma melhor correspondência entre os pagamentos necessários e os fundos disponíveis;

42. Solicita, com caráter de urgência, tendo em conta a situação difícil em que se encontram atualmente vários Estados-Membros, que a Comissão tenha em conta, na sua gestão orçamental e financeira, as limitações em termos de capacidade e as condições socioeconómicas de alguns Estados-Membros; pede à Comissão que recorra a todos os instrumentos disponíveis através da assistência técnica e do novo Programa de Apoio às Reformas Estruturais para apoiar estes Estados-Membros, a fim de evitar a subutilização de fundos e aumentar as taxas de absorção, nomeadamente no domínio dos FEEI;

43. Reitera a necessidade de simplificação e de clareza das regras e procedimentos a nível da UE e nacional a fim de facilitar o acesso aos fundos da UE para os beneficiários e garantir a boa gestão destes fundos pelos serviços administrativos; entende que a simplificação contribuirá para a rápida atribuição de fundos, maiores taxas de absorção, maior eficácia e transparência, menos erros de execução e períodos de pagamento mais curtos; considera que é necessário encontrar um equilíbrio entre simplificação e estabilidade das normas, procedimentos e controlos; observa que, em qualquer caso, a prestação de informações e orientações suficientes aos potenciais candidatos e beneficiários constitui uma condição prévia necessária a uma execução bem sucedida;

44. Exorta a Comissão a abster-se de novos cortes na assistência técnica à sua disposição e a apresentar um plano de ação para uma absorção efetiva e atempada, com especial destaque para os Estados-Membros e as regiões menos desenvolvidas e com baixas taxas de absorção.

Instrumentos de engenharia financeira

45. Lamenta que apenas 75%1 das contribuições para os instrumentos de engenharia financeira para o período de programação 2007-2013 tenham sido pagas aos beneficiários finais até ao final de 2015 em gestão partilhada (57% pagos no final de 2014 e 37% pagos no final de 2012) e que os fundos detidos em instrumentos financeiros sob gestão indireta continuem elevados (1,3 mil milhões de euros em 2015,

1 DG REGIO, Comissão Europeia, «Summary of data on the progress made in financing and implementing financial engineering instruments reported by the managing authorities in accordance with Article 67(2)(j) of Council Regulation (EC) No 1083/2006, Programme period 2007-2013, Situation as at 31 December 2015 20.09.2016, P 61» [Síntese dos progressos registados no financiamento e na execução dos instrumentos financeiros comunicados pelas autoridades de gestão, nos termos do n.º 2, alínea j), do artigo 67.º do Regulamento (CE) n.º 1083/2006 do Conselho, período de programação de 2007-2013, situação em 31 de dezembro de 2015), 20.9.2016, p. 61].

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1,3 mil milhões de euros em 2014, 1,4 mil milhões de euros em 2013);

46. Observa, com preocupação, que os montantes não utilizados dos instrumentos financeiros continuam relativamente elevados, 80% dos quais estavam concentrados em cinco Estados-Membros no final de 2014 (representando a Itália 45% do total); considera que a Comissão deve levar a cabo uma avaliação exaustiva destes instrumentos antes do final de 2018, a fim de determinar se estes devem transitar para o próximo período de programação financeira;

47. Solicita à Comissão que recupere os saldos de tesouraria não utilizados dos instrumentos financeiros em gestão partilhada e o saldo dos fundos não utilizados dos instrumentos financeiros em gestão indireta dos QFP anteriores cujos períodos de elegibilidade tenham expirado.

Declaração de fiabilidade do Tribunal

48. Acolhe com agrado o facto de o Tribunal emitir um parecer claro quanto à fiabilidade das contas para 2015, tal como tem feito desde 2007, de o Tribunal ter concluído que a receita não continha qualquer erro significativo em 2015, e regista com satisfação que as autorizações subjacentes às contas do exercício encerrado em 31 de dezembro de 2015 eram em todos os aspetos materialmente relevantes, legais e regulares;

49. Lamenta profundamente que pelo 22.º ano consecutivo os pagamentos se encontrem materialmente afetados por erro devido ao facto de os sistemas de fiscalização e controlo serem apenas parcialmente eficazes;

50. Lamenta, a despeito da melhoria observada, que os pagamentos são afetados por uma taxa de erro mais provável de 3,8%; relembra que a taxa de erro mais provável para os pagamentos no exercício de 2014 foi calculada em 4,4%, no exercício de 2013 em 4,7%, no exercício de 2012 em 4,8% e no exercício de 2011 em 3,9%;

51. Destaca que, ainda que a situação tenha melhorado nos últimos anos, a taxa de erro mais provável continua a estar significativamente acima do limiar de materialidade de 2%; salienta que, se a Comissão, as autoridades dos Estados-Membros ou os auditores independentes tivessem utilizado todas as informações de que dispunham, poderiam ter evitado ou detetado e corrigido uma parte significativa dos erros antes de os respetivos pagamentos serem efetuados; considera inaceitável que não tenham sido utilizadas todas as informações disponíveis para reduzir o nível de erro; está firmemente convicto de que os Estados-Membros têm um papel crucial a desempenhar neste contexto; apela aos Estados-Membros para que utilizem todas as informações disponíveis para evitar, detetar e corrigir eventuais erros e para que ajam em conformidade;

52. Lamenta que, devido a uma alteração do quadro jurídico da política agrícola comum em 2015, o Tribunal tenha deixado de incluir a condicionalidade nos seus testes das operações, dificultando a comparação com o exercício financeiro precedente; em 2014, tais erros contribuíram 0,6 pontos percentuais para o nível de erro global estimado para a rubrica 2, «Recursos naturais», do QFP, embora a sua contribuição anual para o nível de erro global estimado se tenha situado entre 0,1 e 0,2 pontos percentuais no período 2011-2014;

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53. Regista, com preocupação, que, se as medidas corretivas tomadas pelos Estados-Membros e pela Comissão não tivessem sido aplicadas aos pagamentos verificados pelo Tribunal, o nível de erro global estimado teria sido de 4,3% em vez de 3,8%;

54. Regista que o modo de gestão tem um impacto limitado no nível de erro na medida em que o Tribunal deteta praticamente o mesmo nível de erro estimado em gestão partilhada com os Estados-Membros (4,0%) que em relação à despesa gerida diretamente pela Comissão (3,9%);

55. Salienta que o Tribunal detetou os níveis de erro estimados mais elevados na despesa relativa ao domínio d a «Coesão económica, social e territorial» (5,2%) e da «Competitividade para o crescimento e o emprego» (4,4%), ao passo as despesas administrativas apresentaram o nível de erro estimado mais baixo (0,6%); sublinha que, em geral, os erros não constituem fraude; recomenda que o Tribunal elabore um relatório especial para examinar e comparar os domínios em causa com vista a produzir um documento conciso de «boas práticas»;

56. Regista que os diferentes perfis de risco dos sistemas de reembolsos e de direitos tiveram uma influência significativa nos níveis de erro nas diversas áreas de despesa; considera que, quando a União reembolsa custos elegíveis relativos a atividades elegíveis com base nas declarações de custos apresentadas pelos beneficiários, o nível de erro é de 5,2%, ao passo que, quando os pagamentos estão ligados ao respeito de condições e não ao reembolso dos respetivos custos, a taxa de erro é de 1,9%; recomenda que o Tribunal examine e compare os domínios em causa com vista a produzir um relatório especial sobre «boas práticas».

Relatório anual sobre a gestão e a execução: resultados da gestão e ferramentas de governação interna da Comissão

57. Regista que, em comparação com a situação em 2014, o montante em risco em termos de pagamentos, conforme determinado pela Comissão no seu relatório anual de 2015 sobre a gestão e a execução do orçamento, diminuiu cerca de 10%, o que é notável tendo em conta a redução do montante em risco comunicado no domínio da agricultura;

58. Destaca que a Comissão reconhece que a despesa é afetada por um nível de erro significativo no seu relatório anual de 2015 sobre a gestão e a execução do orçamento, COM (2016) 446, encontrando-se o montante em risco num intervalo de 3,3 a 4,5 mil milhões de euros, o que representa 2,3% e 3,1% dos pagamentos; observa que a Comissão prevê que os controlos que efetuará nos próximos anos permitirão identificar e corrigir erros num montante entre 2,1 e 2,7 mil milhões de euros;

59. Partilha a opinião do Tribunal de que a metodologia da Comissão para calcular o respetivo montante em risco de erro melhorou ao longo dos anos embora as estimativas individuais das direções-gerais do nível de despesa irregular não se baseiam numa metodologia coerente (ver nomeadamente o ponto 1.38 do relatório anual de 2015 do Tribunal); recomenda que esta prática seja regularizada e normalizada o mais rapidamente possível;

60. Regista que, apesar das melhorias, a Comissão não eliminou o risco de o impacto das ações corretivas ser exagerado;

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61. Salienta em especial o facto de, durante mais de três trimestres de 2015, as direções-gerais da Comissão basearem as respetivas estimativas do montante em risco em dados fornecidos pelas autoridades nacionais, embora se depreenda dos relatórios de atividades anuais das direções-gerais da Comissão em causa (DG AGRI e DG REGIO) que a fiabilidade dos relatórios de controlo dos Estados-Membros continue a ser um problema, apesar de os dados comunicados pelos Estados-Membros terem melhorado; considera inaceitável que os Estados-Membros não cooperarem lealmente com a Comissão Europeia em matéria de relatórios de controlo e da respetiva fiabilidade;

62. Salienta que o ónus do controlo para os utilizadores finais diminuiria se fosse aplicada uma abordagem de «auditoria única», uma vez que, nesse caso, não seria efetuada uma auditoria europeia separada mas sim uma auditoria alicerçada nas auditorias nacionais. Todavia, uma tal linha de responsabilidade só seria possível se as auditorias nacionais fossem adequadas e se a Comissão e os Estados-Membros chegassem a acordo quanto aos princípios e às interpretações; exorta a Comissão a dar provas de uma abordagem pró-ativa a este respeito através da publicação de orientações;

63. Considera que a concessão de quitação deverá depender da necessária melhoria da gestão financeira ao nível dos Estados-Membros; chama a atenção para o instrumento das declarações nacionais neste contexto, que poderia ajudar a lograr uma maior responsabilização e apropriação a nível nacional;

64. Salienta que, devido à especificidade da programação plurianual e à complexidade e à acumulação de regras regionais, nacionais e da UE aplicáveis ao processo orçamental, e uma vez que os erros podem ser corrigidos mais de 10 anos após a sua ocorrência, afigura-se artificial basear o impacto estimado de futuras correções em correções registadas nos últimos seis anos;

65. Realça, neste contexto, que se a Comissão tivesse a certeza da eficácia da sua capacidade corretiva, os diretores-gerais não deveriam emitir qualquer reserva financeira nos respetivos relatórios anuais de atividade;

66. Salienta que a Comissão comunicou1 um total de correções financeiras e de recuperações efetuadas no montante de 3,9 mil milhões de euros; observa que o Tribunal de Justiça as classificou em três categorias: 1,2 mil milhões de euros em correções e recuperações na fonte aplicadas antes de a Comissão aceitar as despesas (agricultura, coesão e gestão direta/indireta); 1,1 mil milhões de euros representam levantamentos pelos Estados-Membros aplicados após aceitação de despesas através da substituição de montantes inelegíveis por novos projetos de coesão; 1,6 mil milhões de euros em correções líquidas (agricultura e gestão direta/indireta);

67. Destaca que, quando existe um risco elevado de irregularidade, uma das melhores práticas consiste em examinar o risco e quantificar o nível e o impacto provável; lamenta que a comunicação da Comissão nesta matéria dê uma atenção significativa à «capacidade corretiva» em vez de quantificar e analisar a natureza dos erros que identifica e de levar a cabo medidas de prevenção para evitar esses erros; salienta, em especial, que as comunicações da Comissão em matéria de «Proteção do orçamento da UE» não contêm uma estimativa do nível de irregularidades presente nas declarações

1 Ver ponto 1.39 do Relatório Anual do TCE relativo a 2015.

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iniciais ou aprovadas para reembolso;

68. Partilha a opinião expressa pelo Tribunal no seu Relatório Especial n.º 27/2016 de que a distinção introduzida pela reforma Kinnock-Prodi entre «responsabilidade política dos Comissários» e responsabilidade operacional dos diretores gerais significa que nem sempre foi possível determinar claramente se a «responsabilidade política» engloba a responsabilidade pela execução dos orçamentos das direções-gerais ou se se trata de algo diferente (ver ponto 5 da síntese do Relatório Especial n.º 27/2016 do TCE);

69. Salienta que o Colégio de Comissários não assume responsabilidade pelas contas anuais ao redigir um preâmbulo ou um relatório do Presidente ou do Comissário responsável pelo orçamento, e que a Comissão não estabelece uma declaração anual sobre a governação ou sobre o controlo interno, em consonância com as melhores práticas e a prática comum dos Estados-Membros;

Medidas a tomar

70. Insta novamente a Comissão e os Estados-Membros a adotarem procedimentos sólidos para confirmar o calendário, a origem e o montante das medidas corretivas e a prestarem, na medida do possível, informações que conciliem, na medida do possível, o exercício em que os pagamentos são efetuados, o exercício em que o erro relacionado é detetado e o exercício em que as recuperações ou correções financeiras são registadas nas notas anexas às contas;

71. Insta, mais uma vez, a Comissão a emitir anualmente uma «declaração de fiabilidade» adequada com base nos relatórios anuais de atividades dos diretores-gerais e a elaborar a sua própria estimativa estatística do nível de erro; apela à Comissão para que avalie separadamente o montante de fundos da UE que prevê recuperar como correções financeiras ou recuperações relacionadas com o exercício de 2015;

72. Solicita à Comissão que efetue uma análise rigorosa dos chamados «projetos retrospetivos», ou seja, a prática de inserir no programa operacional regional projetos já lançados pelas autoridades através de outros fundos e que podem integrar ou substituir as medidas ou projetos que apresentem problemas operacionais ou violem as regras, reclamando que a referida análise inclua avaliações ex ante que permitam verificar que os projetos de substituição cumprem os objetivos almejados;

73. Insta a Comissão a aditar uma declaração anual sobre a governação e o controlo interno à ficha financeira, abarcando nomeadamente:

– uma descrição dos instrumentos de governação interna da Comissão;

– uma avaliação das atividades de risco operacional e estratégico efetuadas durante o exercício; e uma declaração de sustentabilidade orçamental a médio e longo prazo;

– e a fornecer na sua Comunicação em matéria de proteção do orçamento da UE uma estimativa do nível de irregularidades presente nas declarações iniciais ou aprovadas para reembolso;

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74. Apela aos Estados-Membros para que forneçam dados fiáveis à Comissão Europeia, especialmente no que respeita aos relatórios de controlo.

Reservas políticas

75. Subscreve as reservas emitidas pelos diretores-gerais das DG REGIO, MARE, HOME, DEVCO e AGRI nos respetivos relatórios anuais de atividades; entende que essas reservas evidenciam que os procedimentos de controlo postos em prática pela Comissão e pelos Estados-Membros não estão em condições de dar as garantias necessárias quanto à legalidade e à regularidade de todas as operações subjacentes nos domínios de intervenção correspondentes;

76. Deseja saber a razão pela qual o diretor-geral da Direção-Geral da Investigação e da Inovação continua, tal como nos anos anteriores, a emitir uma reserva horizontal que abrange todos os pagamentos e pedidos de pagamento ao abrigo do Sétimo Programa-Quadro (7.º PQ); insta a Comissão a finalmente desenvolver uma abordagem mais significativa e baseada no risco e a emitir reservas específicas quando necessário.

Obter resultados com o orçamento da União

Relatório anual sobre a gestão e a execução: avaliação do desempenho

77. Regista que o relatório anual de 2015 sobre a gestão e a execução do orçamento da UE, aprovado pela Comissão em 5.7.20161,combina dois relatórios anteriores: o relatório de avaliação elaborado em conformidade com artigo 318.º do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia e o relatório de síntese exigido pelo artigo 66.º, n.º 9, do Regulamento Financeiro;

78. Acolhe com agrado o facto de, para cada rubrica orçamental, o relatório prever informações de execução sobre o progresso dos programas do QFP 2014-2020, dados sobre os resultados dos programas do QFP 2007-2013, bem como apresentar as correlações com a Estratégia Europa 2020;

79. Lamenta que o chamado «relatório de avaliação», por um lado, confunda descrições de atividades com resultados e, por outro lado, tente avaliar o impacto de políticas e faça promessas para o futuro;

80. Salienta que os Estados-Membros não são obrigados a incluir indicadores comuns nos seus programas, com exceção da Iniciativa para o Emprego dos Jovens e do FEADER, e que da fase de controlo inicial nos Estados-Membros não fazem parte avaliações baseadas nos resultados;

81. Lamenta que, em vez de simplificar os seus instrumentos de governação interna, a Comissão tenha aditado um novo plano estratégico plurianual para cada departamento da Comissão com base em objetivos genéricos comuns que abarcam as dez prioridades políticas da Comissão Juncker e que apoiam os objetivos da Europa 2020 e as obrigações decorrentes do Tratado;

82. Reitera o seu apelo à concentração temática, como expresso no seu relatório sobre a

1 COM (2016) 446 final

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quitação pelo exercício de 2014; insta a Comissão a averiguar em que medida a concentração temática poderia contribuir para a simplificação e uma redução do ónus regulamentar e de controlo;

83. Insta a Comissão a aprovar atempadamente o seu relatório anual sobre a gestão e a execução para que o Tribunal o possa ter em consideração no respetivo relatório anual; insiste em que as informações fornecidas por este relatório sejam o mais objetivas possível e contenham uma avaliação abrangente dos resultados alcançados no ano anterior pela Comissão na prossecução das suas políticas; apela à Comissão para que reflita na necessidade de um período de programação política a longo prazo, em conformidade com a estratégia UE 2020 a dez anos;

84. Chama a atenção para a necessidade de o processo de estabelecimento dos indicadores de desempenho ser transparente e democrático, com a participação de todas as instituições, parceiros e partes interessadas na UE, para que os indicadores sejam adequados à medição da execução do orçamento da UE e respondam às expectativas dos cidadãos da UE.

Medidas a tomar

85. Exorta a Comissão a efetuar uma avaliação mais adequada, nos seus próximos relatórios de desempenho, das realizações e dos resultados de todas as políticas; exorta a Comissão a apresentar de forma clara e sintética o contributo das políticas europeias para os objetivos da UE e a avaliar o respetivo contributo para os objetivos da Estratégia Europa 2020.

Horizonte 2020

86. Lembra que o programa Horizonte 2020 é um programa ambicioso e abrangente cujo objetivo geral se baseia em três prioridades: excelência científica, liderança industrial e desafios societais;

87. Regista que a Comissão Juncker aprovou dez prioridades políticas para o período 2014-2019 que não são exatamente iguais às prioridades da Estratégia Europa 2020; tal conduz a uma situação em que o quadro jurídico e a dotação orçamental do Horizonte 2020 refletem a Estratégia Europa 2020, ao passo que a Comissão ao executar o programa Horizonte 2020 terá, desde 2014, recentrado o seu planeamento estratégico e dispositivos de gestão nas dez prioridades políticas;

88. Lamenta que a Comissão não tenha, até ao momento, identificado a relação entre os dois grupos de prioridades e apela à Comissão para que clarifique essa correlação;

89. Destaca que um fator determinante do êxito do Horizonte 2020 reside na eficácia da sinergia e complementaridade entre os programas nacionais e os programas europeus de investigação e inovação; regista que a Comissão planeia analisar o impacto e as sinergias entre o programa Horizonte 2020 e os Fundos Europeus Estruturais e de Investimento (FEEI) no âmbito da avaliação intercalar do Horizonte 2020;

90. Toma nota dos dois exemplos de complementaridade entre os programas de investigação nacionais e da UE que figuram no relatório anual 2015 do Tribunal e do

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facto de as instituições superiores de auditoria da Bulgária e de Portugal terem concluído que, embora existam alguns domínios em que os programas de investigação nacionais e da União se complementam naqueles países, observam-se algumas deficiências a nível nacional no que respeita os indicadores relacionados com o programa Horizonte 2020 nas estratégias e nos planos de ação nacionais, assinalando que foram levantadas algumas questões no que respeita à coordenação e à interação entre todos os participantes envolvidos no programa Horizonte 20201; observa, além disso, que a Bulgária foi o primeiro Estado-Membro a utilizar, numa base voluntária, o mecanismo de apoio a políticas do Programa-Quadro Horizonte 2020 e encoraja a Comissão a continuar a apoiar os Estados-Membros que devem modernizar os seus setores da investigação e da inovação;

91. Lembra que o quadro jurídico do Horizonte 2020 introduz vários elementos importantes para a gestão do desempenho, como os objetivos e os indicadores-chave de desempenho; destaca que, globalmente, os objetivos e indicadores acordados representam uma melhoria real em relação aos anteriores programas-quadro;

92. Salienta que subsistem uma série de insuficiências nos indicadores de desempenho utilizados no Horizonte 2020, como em relação

1) ao equilíbrio dos indicadores, que medem apenas os recursos ou as realizações e não os resultados e os impactos2 ,

2) à ausência de valores de referência e

3) à falta de ambição das metas.

93. Lamenta que o Tribunal tenha concluído que a Comissão não está a utilizar os seus programas de trabalho do Horizonte 2020 e os respetivos convites à apresentação de propostas para aumentar a tónica no desempenho visada (3);

94. Regista com satisfação que, no que respeita às propostas e convenções de subvenção analisadas pelo Tribunal, foi colocada ênfase suficiente no desempenho dos objetivos, quando exigido pela Comissão, e que o mesmo se aplica ao processo de avaliação destas propostas;

95. Lamenta que, nos programas de trabalho individuais que orientam o Horizonte 2020 e nos convites associados à apresentação de propostas, a utilização do conceito alargado de «impacto esperado» em vez de «resultado esperado» aumente o risco de as informações fornecidas nesta matéria serem demasiado abrangentes, pelo que a avaliação de desempenho do Horizonte 2020 será difícil de agregar4;

96. Manifesta preocupação pelo facto de a Comissão nem sempre utilizar de forma coerente conceitos-chave de desempenho (por exemplo, «realizações», «resultados» e «impacto»);

1 Ver pontos 3.22 e 3.23 do Relatório Anual do TCE.2 Ver ponto 3.29 do Relatório Anual do TCE.3 Ver ponto 3.33 a 3.38 do Relatório Anual relativo a 2015 do TCE.4 Ver ponto 3.56 do Relatório Anual do TCE relativo a 2015.

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97. Lamenta o facto de o Tribunal ter constatado que a configuração atual não permite à Comissão assegurar de forma separada o acompanhamento e a prestação de contas das despesas consagradas à da investigação e ao desenvolvimento (I&D) e à inovação no âmbito do Horizonte 2020, nem do desempenho nestes domínios; além disso, embora a contribuição do Horizonte 2020 no quadro da Europa 2020 esteja bem estabelecida no processo orçamental através das fichas de programa publicadas, é lamentável que a Comissão ainda não tenha elaborado um relatório adequado sobre a execução do Horizonte 2020 e a sua contribuição para a Europa 2020; exorta a Comissão a apresentar um relatório adequado sobre a execução do Horizonte 2020 e a sua contribuição para a Europa 2020, logo que estejam disponíveis resultados do programa;

98. Propõe que o papel dos pontos de contacto nacionais seja reforçado, a fim de prestar apoio técnico de qualidade no terreno; considera que a avaliação anual dos resultados, a realização de ações de formação e a promoção de pontos de contacto nacionais eficazes reforçará a taxa de sucesso do programa Horizonte 2020.

Medidas a tomar

99. Exorta a Comissão a apresentar, nos seus futuros relatórios de desempenho, a contribuição do Horizonte 2020 para a Estratégia Europa 2020 de uma forma clara e exaustiva.

Planos de gestão e relatórios anuais de atividades de quatro diretores-gerais responsáveis pela despesa no domínio «Recursos naturais».

100. Lamenta que, de acordo com as observações do Tribunal, muitos dos objetivos utilizados nos planos de gestão e nos relatórios anuais de atividades das DG para a agricultura e desenvolvimento rural (AGRI), para a ação climática (CLIMA), para o ambiente (ENVI) e para os assuntos marítimos e as pescas (MARE) tenham sido retirados diretamente de documentos políticos e legislativos e não contenham o nível de detalhe necessário para efeitos de gestão e controlo;

Medidas a tomar

101. Solicita à Comissão que:

– avalie o desempenho dos programas de trabalho, convertendo os objetivos de alto nível estabelecidos na legislação relativa ao Horizonte 2020 em objetivos operacionais a nível do programa de trabalho;

– esclareça ulteriormente as ligações existentes entre a estratégia Europa 2020 (2010-2020), o QFP (2014-2020) e as prioridades da Comissão (2015-2019);

– garanta em todas as suas atividades uma utilização coerente dos termos «recursos», «realizações», «resultados» e «impacto», em consonância com as Orientações sobre «Legislar Melhor»;

– tome medidas tendentes a garantir a mesma remuneração para os investigadores que fazem o mesmo trabalho no mesmo projeto;

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– elabore uma lista, por nacionalidade, de todas as empresas cotadas na bolsa de valores e/ou que apresentem lucros nas suas contas anuais e que recebam fundos do Horizonte 2020.

Receitas

102. Acolhe com agrado o facto de os dados da auditoria global do Tribunal indicarem que as receitas não se encontram afetadas por um nível significativo de erro e, nomeadamente, que os sistemas analisados são eficazes relativamente aos recursos próprios baseados no IVA e no RNB, que os sistemas analisados são globalmente eficazes em termos de recursos próprios tradicionais e que os principais controlos internos nos Estados-Membros visitados pelo Tribunal são, no entanto, parcialmente eficazes, saudando igualmente o facto de o Tribunal não ter encontrado quaisquer erros nas operações testadas;

103. Lembra que a emissão de uma reserva é um dispositivo através do qual um elemento duvidoso dos dados do RNB apresentados pelo Estado-Membro é mantido em aberto para uma eventual correção e congratula-se pelo facto de o Tribunal não ter identificado problemas significativos nas reservas levantadas examinadas em 2015;

104. Manifesta preocupação pelo facto de, apesar dos progressos realizados para melhorar a fiabilidade dos dados do RNB da Grécia, não terem sido ainda levantadas as reservas; regista que esta é a única reserva geral pendente no final de 2015, que se refere a 2008 e 2009;

105. No que respeita aos direitos aduaneiros, regista que o Tribunal concluiu que a metodologia utilizada para as inspeções efetuadas para verificar se os importadores respeitam a regulamentação em matéria de disposições pautais e importação (que incluem as auditorias a posteriori), a qualidade e os resultados que produziram variaram consoante os Estados-Membros; o Tribunal salientou, em particular, a interrupção do período de prescrição de três anos para as notificações das dívidas em França, prática que difere das dos outros Estados-Membros e conduz a um tratamento diferente dos operadores económicos no interior da União1;

106. No que respeita aos recursos próprios tradicionais, regista que no final de 2015 a Comissão tinha também uma lista de 325 pontos em aberto relativos ao não cumprimento da legislação aduaneira da União, identificados através de inspeções nos Estados-Membros;

107. Destaca que o Tribunal detetou - no que respeita a declarações de direitos aduaneiros e quotizações sobre o açúcar - insuficiências na gestão dos montantes a receber (conhecidos como "contabilidade B") nos Estados-Membros e que a Comissão identificou insuficiências semelhantes em 17 dos 22 Estados-Membros que visitou;

108. Destaca que o Tribunal constatou que existem riscos relacionados com a cobrança de dívidas aduaneiras de empresas registadas fora da UE ou de cidadãos de países terceiros e detetou vários casos em que diferentes Estados-Membros não conseguiram cobrar dívidas a cidadãos ou empresas, por exemplo, da Bielorrússia, das Ilhas Virgens Britânicas, da Rússia, da Suíça, da Turquia ou da Ucrânia;

1 Ver ponto 4.16 do Relatório Anual do TCE relativo a 2015.

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109. Salienta que o impacto das importantes revisões dos saldos do RNB poderia ser menor se a União dispusesse de uma política de revisão comum, que harmonizasse o calendário das grandes revisões;

110. Lamenta que elementos estruturais e jurídicos tenham conduzido ao incidente político ocorrido no final de outubro de 2014, na medida em que continuam em vigor as contribuições de alguns Estados-Membros.

Medidas a tomar

111. Insta a Comissão a:

– tomar as medidas necessárias para harmonizar em todos os Estados-Membros os prazos das notificações de dívida aos operadores económicos na sequência de uma auditoria a posteriori;

– assegurar que os Estados-Membros prestam declarações corretas dos direitos aduaneiros cobrados nas declarações trimestrais e a fornecer orientações sobre os elementos que devem ser registados;

– facilitar, na medida do possível, a cobrança das dívidas aduaneiras por parte dos Estados-Membros, quando os devedores não estejam sediados num Estado-Membro da União;

– melhorar os controlos dos cálculos das contribuições do Espaço Económico Europeu e da Associação Europeia de Comércio Livre, bem como do cálculo dos mecanismos de correção e

– criar os mecanismos necessários para reduzir o impacto das revisões dos métodos e das fontes apresentadas pelos Estados-Membros para o cálculo do RNB.

Seguimento da quitação à Comissão para o exercício de 20141

112. Salienta que a Comissão concordou em dar início a novas ações relativamente a 88 pedidos efetuados pelo Parlamento na sua resolução que acompanha a decisão de quitação da Comissão relativa ao exercício de 2014;

113. Regista que, de acordo com a Comissão, relativamente a 227 pedidos do Parlamento, as medidas requeridas já foram tomadas ou estão em curso e que, por motivos relacionados com o atual quadro jurídico e orçamental ou com as respetivas prerrogativas ou papel institucional, a Comissão não pode aceitar 35 pedidos do Parlamento.

114. Lamenta que as respostas da Comissão continuem a ser por vezes vagas e ambíguas;

115. Acolhe com agrado o facto de a Comissão ter dado seguimento a cinco dos seis principais compromissos;

116. Insiste, contudo, em que a Comissão instrua os seus diretores-gerais a publicar todas as recomendações específicas por país que tenham emitido no âmbito do Semestre

1 COM82016) 674 final, SWD(2016) 338 final, SWD(2016) 339

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Europeu nos respetivos relatórios anuais de atividades (sexto compromisso);

117. Apela à Comissão para que reconsidere a sua posição, nomeadamente no que respeita à fiabilidade dos dados transmitidos pelos Estados-Membros, à transparência em relação aos beneficiários finais dos fundos da União, à transparência das atividades da Comissão de Ética, à luta contra a corrupção e à reforma das estruturas administrativas das escolas europeias;

118. Condena veementemente o facto de a Comissão não considerar necessário continuar a publicar o relatório anticorrupção da UE; é de opinião que, quaisquer que sejam as intenções da Comissão em matéria de luta contra a corrupção, este cancelamento de última hora veicula um sinal errado, não apenas aos Estados-Membros, mas também aos cidadãos; reitera a sua opinião de que a corrupção continua a representar um desafio para a UE e os Estados-Membros e de que, sem medidas eficazes de combate à corrupção, o desempenho económico, o Estado de direito e a credibilidade das instituições democráticas na UE saem prejudicados;

insta a Comissão Europeia a concluir e a publicar o relatório anticorrupção de 2016, a agir com celeridade e firmeza para eliminar a corrupção nos Estados-Membros e instituições da UE, bem como a encomendar uma avaliação independente sobre as normas anticorrupção nas próprias instituições da UE.

119. Reitera de forma veemente o apelo que endereçou à Comissão para que desenvolva um sistema de indicadores rigorosos e critérios uniformes e de fácil aplicação, com base nos requisitos estabelecidos no Programa de Estocolmo, para medir o nível de corrupção nos Estados-Membros e avaliar as políticas de combate à corrupção dos Estados-Membros; insta a Comissão a criar um índice de corrupção, a fim de classificar os Estados-Membros; considera que o índice de corrupção poderia constituir uma base sólida a partir da qual a Comissão poderia estabelecer um mecanismo de controlo país por país em matéria de utilização dos recursos da UE;

Competitividade para o crescimento e o emprego

UE 2020

120. Observa que, apesar da reiterada taxa de erro e dos repetidos atrasos na sua execução e encerramento, a avaliação ex post do 7.º PQ, realizada por um grupo de peritos de alto nível86, considerou que o Sétimo Programa-Quadro foi um êxito; o grupo de alto nível sublinhou, em particular, que o 7.º PQ:

– incentivou a excelência científica a nível individual e institucional,

– promoveu uma investigação de ponta através do novo programa «IDEIAS» do 7.º PQ (Conselho Europeu de Investigação),

– mobilizou a indústria e as PME de uma forma estratégica,

– reforçou um novo modo de colaboração e um quadro de inovação aberto,

– consolidou o Espaço Europeu da Investigação catalisando uma cultura de

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cooperação e construindo amplas redes capazes de abordar os desafios temáticos,

– deu resposta a determinados desafios sociais através da investigação, da tecnologia e da inovação no quadro do programa «Cooperação» do 7.º PQ,

– incentivou a harmonização dos sistemas e das políticas nacionais de investigação e inovação,

– estimulou a mobilidade dos investigadores em toda a Europa – o programa «Pessoas» do 7.º PQ criou as condições necessárias para um mercado de trabalho aberto de investigadores,

– promoveu o investimento em infraestruturas de investigação europeias,

– atingiu uma massa crítica de investigação no panorama europeu e mundial;

121. Lamenta que a consulta das partes interessadas do setor público no âmbito da avaliação do 7.º PQ, realizada entre fevereiro e maio e de 2015, tenha identificado as seguintes insuficiências:

– elevados encargos administrativos e regras jurídicas e financeiras complexas,

– número excessivo de respostas aos convites à apresentação de propostas,

– preocupação insuficiente com o impacto social,

– âmbito demasiado limitado dos temas e dos convites à apresentação de propostas,

– insuficiente atenção à participação da indústria,

– limiar elevado para a entrada de novos participantes; taxa média de sucesso baixa em relação às propostas e aos candidatos de, respetivamente, 19 % e 22 %;

– comunicação deficiente;

122. Lamenta vivamente que o objetivo de investir 3% do produto interno bruto (PIB) dos Estados-Membros em investigação até 2020 não venha muito provavelmente a ser atingido; considera, por conseguinte, que deve ser posto termo aos cortes recorrentes no orçamento da UE em relação aos programas de investigação; exorta todos os Estados-Membros a fazerem face ao desafio; exorta igualmente a Comissão a retirar as necessárias conclusões para a próxima revisão intercalar do QFP e para o próximo QFP;

123. Acolhe com agrado o progresso realizado no cumprimento dos compromissos da União da Inovação: até meados de 2014, todos os compromissos foram alcançados ou estavam em vias de o ser;

124. Congratula-se com o facto de a percentagem de fundos do Horizonte 2020 atribuídos a pequenas e médias empresas ter aumentado de 19,4% em 2014 para 23,4% em 2015 e recomenda que esta tendência seja ativamente encorajada;

125. Considera inaceitável que a DG Investigação e Inovação não tenha dado cumprimento ao seu pedido no sentido de os diretores-gerais da Comissão publicarem todas as

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recomendações específicas por país nos respetivos relatórios anuais de atividades; observa com preocupação que apenas um número limitado de territórios estão representados nos 20 projetos mais importantes do Programa-Quadro Horizonte 2020.

Questões de caráter geral

126. Salienta que o capítulo cinco do relatório do Tribunal abarca pagamentos nos seguintes domínios: investigação (10,4 mil milhões de euros), ensino, formação, juventude e desporto (1,8 mil milhões de euros), espaço (1,4 mil milhões de euros), transportes (1,3 mil milhões de euros), outras ações e programas (1,1 mil milhões de euros, energia (0,5 mil milhões de euros) e competitividade das empresas e das pequenas e médias empresas (COSME) (0,3 mil milhões de euros); a investigação representa assim 62% da despesa;

127. Regista que a responsabilidade pela execução dos programas-quadro de investigação é partilhada entre as diferentes direções-gerais da Comissão, as agências de execução, as empresas comuns e os chamados organismos do artigo 185.º (parcerias com os Estados-Membros), o que implica uma coordenação estreita;

128. Esclarece que a auditoria do Tribunal incidiu quase exclusivamente nos pagamentos no âmbito do Sétimo Programa–Quadro de Investigação (7.º PQ);

129. Manifesta preocupação quanto ao facto de o relatório anual de atividades da DG Investigação e Inovação indicar que, no final de 2015, 1915 projetos do 7.º PQ, no montante de 1,63 mil milhões de euros, ainda não tinham sido concluídos; tal pode causar atraso na execução do Horizonte 2020.

Sistemas de gestão e de controlo (SGC)

130. Salienta que o Tribunal considera que os sistemas de supervisão e controlo no domínio da investigação e de outras políticas internas foram «parcialmente eficazes»;

131. Manifesta preocupação pelo facto de, em 2015, das 150 operações auditadas pelo Tribunal, 72 (48%) terem sido afetadas por erros; com base nos 38 erros quantificados pelo Tribunal, estima-se que o nível de erro se situe em 4,4%; além disso, em 16 casos de erros quantificáveis, a Comissão, as autoridades nacionais ou os auditores independentes dispunham de informações suficientes para prevenir ou detetar e corrigir os erros antes de aceitarem as despesas; se todas estas informações tivessem sido utilizadas para corrigir os erros, o nível de erro estimado para este capítulo teria sido inferior em 0,6 pontos percentuais;

132. Lamenta o facto de em 10 das 38 operações afetadas por erros quantificados o Tribunal ter comunicado erros superiores a 20% nos elementos examinados; estes 10 casos (9 relativos ao Sétimo Programa-Quadro de Investigação e um ao Programa Competitividade e Inovação de 2007-2013) representam 77% da taxa de erro global estimada para o domínio «Competitividade para o crescimento e o emprego» em 2015;

133. Lamenta que a maioria dos erros quantificados detetados pelo Tribunal (33 em 38) diga respeito ao reembolso de custos de pessoal inelegíveis e de custos indiretos declarados pelos beneficiários e que quase todos os erros detetados pelo Tribunal nas declarações

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de custos se tenham devido à interpretação incorreta das complexas regras de elegibilidade ou ao cálculo incorreto dos respetivos custos elegíveis por parte dos beneficiários, concluindo logicamente que estas regras devem ser simplificadas;

134. Acolhe com agrado o facto de, segundo o Tribunal, o cumprimento das regras em matéria de adjudicação de contratos ter melhorado significativamente;

135. Deseja saber por que razão o diretor-geral da DG Investigação e Inovação emitiu novamente, tal como em anos anteriores, uma reserva horizontal relativamente a todos os pedidos de pagamento ao abrigo do 7.º PQ (1,47 mil milhões de euros); considera que as reservas horizontais em geral não podem ser consideradas um instrumento de sólida gestão financeira; reconhece, todavia, que determinadas partes das despesas do 7.º PQ não foram abrangidas por uma reserva quando havia provas de que os riscos (e, por conseguinte, as taxas de erro residuais) eram significativamente mais baixos do que para todas as despesas; no âmbito da RTD, tal aplica-se às despesas de certas empresas comuns; fora da DG RTD, tal é igualmente válido para as despesas da Agência de Execução para a Investigação no âmbito do programa Marie Curie e para todas as despesas da Agência Executiva do Conselho Europeu de Investigação;

136. Manifesta a sua surpresa pelo facto de o Instituto Europeu de Inovação e Tecnologia (EIT) não ter participado em 2015 no Centro de Apoio Comum (CSC) à investigação e inovação;

137. Manifesta preocupação pelo facto de o 7.º PQ, de acordo com o Comissário, não vir a ser totalmente executado e avaliado antes de 2020, o que poderá causar atrasos nos futuros programas de seguimento; insta a Comissão a publicar o relatório de avaliação com a brevidade possível e, o mais tardar, antes de apresentar o programa de investigação para o período pós-Horizonte 2020.

Horizonte 2020

138. Regista que ao abrigo do Horizonte 2020 apenas foram efetuados adiantamento até ao final de 2015; chama a atenção da Comissão para o facto de um arranque tardio do projeto Horizonte 2020 poder implicar um atraso na execução do programa; alerta para os atrasos financeiros no final do programa;

139. Manifesta preocupação relativamente às conclusões do Tribunal de que os programas plurianuais que definem objetivos políticos como a estratégia UE 2020 ou o Horizonte 2020 avançam paralelamente e não têm qualquer correlação efetiva1;

140. Lamenta igualmente que o primeiro relatório de controlo do Horizonte 2020 forneça apenas informações incompletas sobre os efeitos de sinergia entre o programa e os fundos estruturais2; exorta a Comissão a apresentar um relatório sobre estes efeitos de sinergia, logo que estejam disponíveis resultados do programa;

141. Manifesta a sua profunda preocupação com o facto de, segundo o Tribunal3, o Horizonte 2020 não ser suficientemente orientado para o desempenho.

1 Relatório anual do Tribunal de Contas Europeu de 2015, ponto 3.19.2 Relatório anual do Tribunal de Contas Europeu de 2015, ponto 3.22.3 Relatório anual do Tribunal de Contas Europeu de 2015, secção 3.

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Medidas a tomar

142. Reitera a sua exigência, efetuada já na decisão de quitação à Comissão de 20141, de que a Comissão deve instruir todos os seus diretores-gerais a publicar todas as recomendações específicas por país que emitiram no âmbito do Semestre Europeu nos respetivos relatórios anuais de atividades;

143. Insta os Estados-Membros a efetuarem um esforço adicional com vista a cumprir o objetivo de investir 3% do PIB em investigação, na medida em que tal permitiria fomentar a excelência e a inovação; insta, por conseguinte, a Comissão a examinar a possibilidade de propor um «Pacto para a Ciência» a nível local, regional e nacional, aproveitando a dinâmica já criada pelo «Pacto de Autarcas»; insta os Estados-Membros e o Parlamento a envidarem esforços através do orçamento da União;

144. Insta a Comissão a rever o indicador essencial de desempenho «Resultados da inovação da UE», uma vez que, segundo a Comissão, a natureza composta do indicador não é adequada para estabelecer objetivos.2

145. Insta a Comissão a acompanhar em especial os 16 casos de erros quantificáveis relativamente aos quais a Comissão, as autoridades nacionais ou os auditores independentes dispunham de informações suficientes para prevenir ou detetar e corrigir os erros antes de aceitarem as despesas; exorta-a ainda a informar detalhadamente a sua comissão competente das medidas corretivas adotadas antes do final de outubro de 2017;

146. Insta a Comissão informar detalhadamente a sua comissão competente das 10 operações que representam 77% dos erros e das medidas corretivas adotadas;

147. Insta a Comissão a modernizar o seu SGC de modo a que as reservas horizontais se tornem supérfluas; solicita à Comissão que informe a sua comissão competente das medidas tomadas antes de novembro de 2017;

148. Insta a Comissão a, em conjunto com o Tribunal, clarificar as relações entre a estratégia Europa 2020 (2010-2020), o quadro financeiro plurianual (2014-2020) e as prioridades da Comissão (2015-2019) através, por exemplo, do processo de planeamento estratégico e de comunicação de informações (2016-2020); considera que uma tal medida reforçaria os mecanismos de acompanhamento e de comunicação de informações e permitira que a Comissão prestasse contas de modo eficaz sobre a contribuição do orçamento da UE para os objetivos da Europa 2020.

Diversos

149. Toma nota da atribuição exclusiva de subvenções de funcionamento ao abrigo da rubrica orçamental 04 03 01 05 «Ações de informação e formação destinadas a organizações de trabalhadores» a apenas dois institutos sindicais específicos, o Instituto Sindical Europeu e o Centro Europeu para as Questões dos Trabalhadores; recorda à Comissão que as subvenções de funcionamento e as parcerias-quadro são, por princípio,

1 P8_TA-PROV(2016)0147 de 28 de abril de 2016, ponto 82 Relatório Anual de Atividades de 2015, Direção-Geral da investigação e Inovação, Bruxelas 2016, página 11,

nota de rodapé 8

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tratadas como subvenções e, portanto, estão sujeitas a procedimentos de concurso público e de publicação; manifesta a sua preocupação geral sobre a justificação destas práticas de atribuição em razão da existência de monopólios de facto ou da competência técnica dos organismos, do seu elevado grau de especialização ou do seu poder administrativo (artigo 190.º, n.º 1, alíneas c), f), das normas de execução); observa que em especial as atribuições exclusivas e permanentes de subvenções de funcionamento a organismos com base nestes motivos podem efetivamente conduzir a tais monopólios de facto, a um elevado grau de competência, de especialização e de poder, reforçando assim a justificação para a atribuição exclusiva de subvenções de funcionamento com base no artigo 190.º das normas de execução;

150. Lembra à Comissão, a este propósito, que as exceções às regras de transparência e publicação conforme estabelecido nos artigos 125.º e seguintes do Regulamento Financeiro devem ser interpretadas e aplicadas de forma restritiva; convida o Parlamento Europeu, o Conselho e a Comissão a envidarem esforços no sentido de definir claramente o calendário e o âmbito de aplicação das derrogações aos princípios de transparência e publicação, com o objetivo claro de restringir ainda mais a sua utilização.

Medidas a tomar

151. Solicita à Comissão que aplique e interprete de forma restritiva as derrogações às regras de transparência e publicação conforme estabelecido nos artigos 125.º e seguintes do Regulamento Financeiro; solicita à Comissão que defina claramente o calendário e o âmbito de aplicação das derrogações aos princípios de transparência e publicação, com o objetivo claro de restringir ainda mais a sua utilização.

Coesão económica, social e territorial

UE 2020

152. Verifica que, nos termos da avaliação ex-post do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER)/Fundo de Coesão (FC) 2007-20131, 1 euro de investimento em política de coesão gera 2,74 euros de acréscimo ao Produto Interno Bruto (PIB) até 2023; saúda o facto de os Fundos Estruturais e o Fundo de Coesão terem sido principalmente investidos na inovação nas pequenas e médias empresas (32,3 mil milhões de euros), no apoio geral às empresas (21,4 mil milhões de euros), nas infraestruturas de investigação e desenvolvimento tecnológico (IDT) (17,5 mil milhões de euros), nos transportes (82,2 mil milhões de euros), na energia (11,8 mil milhões de euros), no ambiente (41,9 mil milhões de euros), na cultura e no turismo (12,2 mil milhões de euros) e na infraestrutura urbana e social (28,8 mil milhões de euros);

153. Congratula-se com o facto de o FEDER/FC ter conseguido, em certa medida, contrabalançar os efeitos das crises financeiras de 2007 e 2008, o que indica que, sem a intervenção dos fundos estruturais, a divergência económica e social entre regiões europeias teria aumentado ainda mais;

154. Acolhe com agrado as realizações da política de coesão, como ressalta das avaliações ex post do período de programação 2007-2013 em relação aos objetivos da estratégia UE

1 SWD(2016) 318 final

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2020:

– pelo FEDER e FC: objetivos 1 “Emprego” e 2 “R&D e inovações” - foram criados 41 600 postos de trabalho na investigação e foram apoiadas 400 000 PME; objetivo 3 “Alterações climáticas” - foram criados 3 900 MW de capacidade suplementar de produção de energias renováveis;

– pelo Fundo Social Europeu (FSE): objetivo 1 “Emprego” - pelo menos 9,4 milhões de pessoas obtiveram emprego (das quais mais de 300 000 pessoas apoiadas tornaram-se independentes); objetivo 4 “Educação” - pelo menos 8,7 milhões de pessoas obtiveram uma qualificação/certificado;

155. Regista, contudo, que só um número restrito de programas se centrou nos resultados ou no impacto medido; por conseguinte, pouco ou nada se sabe sobre a sustentabilidade dos investimentos;

156. Realça, contudo, que em 2015 só um número muito restrito de programas se centrou nos resultados ou no impacto medido; insta, por conseguinte, a Comissão a definir e a decidir a nível interinstitucional o conjunto de indicadores necessários para executar o orçamento com base em resultados; observa, no entanto, que, nesta fase, pouco ou nada se sabe sobre a sustentabilidade e o valor acrescentado europeu dos investimentos;

157. Lamenta não dispor de informações sobre as medidas que a Comissão pediu que os Estados-Membros tomassem no âmbito do Semestre Europeu; insta a Comissão a informar o Parlamento Europeu das medidas tomadas pelos Estados-Membros no contexto do Semestre Europeu;

158. Manifesta viva preocupação pelo facto de o Tribunal ter já assinalado atrasos no arranque do período de programação 2014-2020 no seu relatório anual de 2014; observa, não obstante, que, no final de 2015, tinham sido nomeadas menos de 20% das autoridades nacionais responsáveis pelos FEEI.

Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), Fundo de Coesão (FC) e Fundo Social Europeu (FSE): questões de caráter geral

159. Acolhe com agrado o facto de o Tribunal ter alinhado os capítulos no seu relatório anual pela categoria correspondente no QFP; considera, no entanto, que os fundos a título desta rubrica têm uma tal importância financeira - FEDER: 28,3 mil milhões de euros; FC:12,1 mil milhões de euros; FSE: 10,3 mil milhões de euros - que a estratégia de auditoria do Tribunal deve identificar separadamente o FEDER e o FC, por um lado, e o FSE, por outro;

160. Manifesta preocupação com o facto de os Estados-Membros, nomeadamente perto do fim de um período de programação, se centrarem na absorção de fundos disponíveis nas dotações nacionais em vez de procurarem concretizar os objetivos políticos; insta a Comissão Europeia a ajudar os Estados-Membros com um desempenho menos positivo mediante a prestação de assistência técnica, especialmente no final do período de financiamento;

161. Espera que os 16 Estados-Membros que ainda não transpuseram a diretiva relativa aos

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contratos públicos, os 19 Estados-Membros que não transpuseram a diretiva relativa à adjudicação de contratos de concessão e os 17 Estados-Membros que não transpuseram a diretiva relativa aos contratos públicos celebrados por entidades que operam nos setores da água, da energia dos transportes e dos serviços postais o façam rapidamente, em virtude de tais diretivas visarem uma maior simplificação; insta a Comissão a verificar o progresso nestes domínios;

162. Sublinha a importância da Iniciativa para o Emprego dos Jovens (IEJ): até ao final de novembro de 2015, cerca de 320 mil jovens tinham sido incluídos no quadro de ações apoiadas pela IEJ e 18 entre 22 Estados-Membros tinham lançado ações no âmbito da iniciativa; 28% do financiamento disponível da IEJ tinha sido autorizado, 20% tinham sido confiados por contrato a beneficiários e 5% tinham sido pagos a beneficiários; assinala que três Estados-Membros não tinham ainda autorizado qualquer financiamento até ao final de novembro de 2015 (Espanha, Irlanda e Reino Unido);

163. Toma nota dos resultados preliminares da execução do FSE e da IEJ em 2014-2015 e da participação de 2,7 milhões pessoas em ações do FSE e da IEJ, incluindo 1,6 milhões de desempregados e 700 000 de pessoas inativas;

164. Lamenta paralelamente que um primeiro estudo1 pareça apontar também para a falta de eficácia dos serviços prestados e para a existência de deficiências nos dados recolhidos em alguns Estados-Membros.

Sistemas de gestão e de controlo (SGC)

165. Regista que, em 2015, mais de 80% dos pagamentos foram pagamentos intermédios para PO do período de programação de 2007-2013, cujo período de elegibilidade terminou em 31 de dezembro de 2015; os pagamentos de adiantamentos a título do período de programação 2014-2020 elevaram-se a cerca de 7,8 mil milhões de euros;

166. Manifesta a sua preocupação com o facto de, em Itália, ter havido atrasos inaceitáveis nos pagamentos aos estagiários ao abrigo da Garantia para a Juventude; insta a Comissão a acompanhar a situação e a elaborar um plano de ação específico destinado aos Estados-Membros em que o problema se verifica;

167. Constata que o Tribunal analisou 223 operações (120 operações relativas ao FEDER, 52 relativas ao FC e 44 relativas ao FSE);

168. Está preocupado com o facto de o Tribunal ter quantificado o nível de erro estimado em 5,2% (2014: 5,7%); manifesta apreensão quanto ao facto de o Tribunal, à semelhança de anos anteriores, ter concluído que em «18 casos de erros quantificáveis de beneficiários, as autoridades nacionais dispunham de informações suficientes para evitar ou detetar e corrigir os erros antes da declaração das despesas à Comissão»; apela aos Estados-Membros para que utilizem todas as informações para evitar, detetar e corrigir os erros; apela à Comissão para que verifique se os Estados-Membros utilizam todas as informações para evitar, detetar ou corrigir os erros; se todas essas informações tivessem sido utilizadas, o nível de erro estimado para este capítulo teria sido inferior

1 Primeiros resultados da Iniciativa para o Emprego dos Jovens, relatório final destinado à DG Emprego, Assuntos Sociais e Inclusão da Comissão Europeia, junho de 2016

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em 2,4 pontos percentuais.2

169. Assinala que, no domínio das despesas do FEDER/FC, o Tribunal identificou que os principais riscos para a regularidade são, por um lado, a possibilidade de os beneficiários declararem despesas não elegíveis nos termos das regras nacionais de elegibilidade e/ou das menos numerosas disposições de elegibilidade constantes dos regulamentos da UE relativos aos fundos estruturais, ou, por outro lado, o incumprimento das regras da UE e/ou nacionais em matéria de concursos públicos na adjudicação de contratos; a Comissão estimou o risco de erro neste domínio de intervenção entre 3% e 5,6%;

170. Constata que, no domínio das despesas do FSE, o Tribunal constatou que os principais riscos para a regularidade estão associados à natureza intangível dos investimentos em capital humano e à participação de inúmeros parceiros, frequentemente de dimensão reduzida, na execução dos projetos. a Comissão estimou o risco de erro neste domínio de intervenção entre 3% e 3,6%;

171. Constata, com pesar, que uma das principais causas dos erros relacionados com a despesa no âmbito da coesão económica, social e territorial continua a ser o incumprimento das regras em matéria de contratos públicos; salienta que as violações graves das regras em matéria de contratos públicos incluem a adjudicação por ajuste direto de contratos, obras ou serviços complementares para a qual não é apresentada qualquer justificação, a exclusão ilegal de proponentes, conflitos de interesses e critérios de seleção discriminatórios; considera essencial uma política de total transparência no que diz respeito às informações sobre os contratantes e subcontratantes, com vista a combater os erros e abusos;

172. Sublinha que a simplificação, incluindo a opção de custos simplificados, reduz o risco de erro; aponta, porém, para o facto de as autoridades de gestão estarem apreensivas com a carga de trabalho adicional, as incertezas jurídicas e o risco de qualquer irregularidade poder ser considerada erro sistemático;

173. Acolhe com agrado o facto de os relatórios anuais de controlo dos Estados-Membros se terem tornado mais fiáveis ao longo dos anos: em apenas 14 casos (FEDER/FC) a Comissão ajustou no sentido ascendente a taxa de erro comunicada pelos Estados-Membros em mais de 2%;

174. Lamenta o facto de a DG REGIO ter sentido a necessidade de emitir 67 reservas (anteriormente 77) devido a SGC não fiáveis em 13 Estados-Membros e uma reserva relativa ao programa transfronteiriço Grécia-ARJM do instrumento de pré-adesão; dos 67 programas objeto de reserva, 22 dizem respeito à Espanha, 10 à Hungria e 7 à Grécia; entretanto, o impacto financeiro estimado destas reservas diminuiu de 234 milhões de euros em 2014 para 231 milhões de euros em 2015 em relação ao FEDER/FC;

175. Lamenta igualmente o facto de a DG EMPL emitir 23 reservas (anteriormente 36) devido a SGC não fiáveis em 11 Estados-Membros; assinala que o impacto financeiro estimado destas reservas diminuiu, em relação ao FSE, de 169,4 milhões de euros

2 Relatório Anual do Tribunal de Contas relativo ao exercício de 2015, ponto 6.36

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em 2014 para 50,3 milhões de euros em 2015;

176. Apoia a intenção da Comissão de atribuir prioridade à melhoria das avaliações de impacto dos programas da política de coesão1; questiona a Comissão sobre o modo como as conclusões serão integradas na legislação no próximo período de programação.

Instrumentos de engenharia financeira (IEF)

177. Regista que as autoridades de gestão dos Estados-Membros comunicaram a existência de um total de 1 052 IEF (incluindo 77 fundos de participação e 975 fundos específicos) a funcionar em finais de 2015: 89% dizem respeito aos IEF para as empresas, 7% a projetos de desenvolvimento urbano e 4% a fundos para a eficiência energética/as energias renováveis.

178. Está ciente de que tais IEF foram instituídos em 25 Estados-Membros (todos os Estados-Membros com exceção da Irlanda, do Luxemburgo e da Croácia) e receberam apoio financeiros de 188 OP, incluindo um programa operacional de cooperação transfronteiriça.

179. Toma conhecimento de que o valor total das contribuições dos PO pagas aos IEF ascendeu a 16,9 mil milhões de euros, incluindo 11,7 mil milhões de euros dos fundos estruturais (FEDER e FSE); reconhece ainda que os pagamentos aos beneficiários finais atingiram 12,7 mil milhões de euros até ao final de 2015, dos quais 8,6 mil milhões de euros foram dos fundos estruturais, atingindo assim uma taxa de absorção de quase 75% dos montantes dos PO pagos aos IEF;

180. Salienta que os principais beneficiários dos IEF são a Polónia, a Hungria e a França;

181. Partilha a opinião do Tribunal de que a Comissão deve assegurar que todas as despesas relativas aos instrumentos financeiros do FEDER e do FSE no período de programação de 2007-2013 sejam incluídas, com antecedência suficiente, nas declarações de encerramento, de forma a permitir que as autoridades de auditoria realizem os seus controlos; além disso, a Comissão deve incentivar todos os Estados-Membros que executaram instrumentos financeiros a realizarem auditorias específicas sobre a execução destes instrumentos tendo em vista o seu encerramento;

182. Manifesta profunda preocupação com o facto de a complexidade financeira criada por mais de mil IEF constituir uma parte importante das «galáxias de orçamentos», que tornam a responsabilização democrática impossível.

Banco Europeu de Investimento

183. Manifesta profunda preocupação com os custos e as taxas geralmente mais elevados dos fundos geridos pelo BEI/FEI que executam instrumentos financeiros sob gestão partilhada, como constado pelo Tribunal no seu Relatório Especial nº 19/2016: «Execução do orçamento da UE através de instrumentos financeiros — ensinamentos a retirar do período de programação de 2007-2013», e incentiva o Tribunal a realizar auditorias semelhantes para o período em curso;

1 Resposta à pergunta 19 nas perguntas escritas dirigidas à Comissária Creţu.

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184. Convida a Comissão a apresentar anualmente, até junho de cada ano com início em 2018, um relatório sobre a aplicação desde o início do QFP e a situação atual, incluindo os resultados alcançados, de todos os instrumentos financeiros geridos e executados pelo Grupo do BEI que operam com recursos do orçamento da UE, a fim de o utilizar no processo de quitação.

Casos específicos

185. Observa que o Organismo Europeu de Luta Antifraude (OLAF) instaurou investigações administrativas, nomeadamente uma investigação na Alemanha relacionada com o Grupo Volkswagen com base no escândalo das emissões, uma investigação em França relacionada com a Frente Nacional e a sua presidente e uma investigação sobre um projeto na República Checa conhecido por «Stork Nest» (ninho de cegonhas) com base em alegadas irregularidades; apela à Comissão para que informe a sua comissão competente imediatamente após a conclusão das investigações;

186. Manifesta profunda preocupação pelo facto de, na Hungria, o Tribunal e a DG REGION terem descoberto graves irregularidades relacionadas com a construção da linha de metro 4 em Budapeste; com base na investigação administrativa do OLAF, que se iniciou em 2012 e que apenas foi concluído recentemente tendo em conta a natureza complexa do processo, a Comissão poderá ter de recuperar 228 milhões de euros e o Banco Europeu de Investimento 55 milhões de euros; foram detetados erros de gestão ao nível do projeto; o relatório do processo OLAF recomenda igualmente acompanhamentos judiciais na Hungria e no Reino Unido; insta a Comissão a manter a sua comissão competente regularmente informada dos progressos realizados e das medidas tomadas;

187. Lamenta a aprovação por parte do Parlamento romeno de duas portarias que poderiam impedir uma luta efetiva contra a corrupção e que, além disso, podem conceder a possibilidade de indultar políticos que possam ter estado implicados em atos ilegais; estas novas medidas legislativas podem afetar muito negativamente os esforços da Comissão para proteger os interesses financeiros da União, uma vez que a Roménia é um importante destinatário de fundos estruturais; insta a Comissão a informar a sua comissão competente das medidas tomadas pela Comissão para resolver a situação antes da votação sobre a quitação relativa ao exercício de 2015.

Medidas a tomar

188. Reitera a sua exigência, efetuada já na decisão de quitação à Comissão de 20141, de que a Comissão deve instruir todos os seus diretores-gerais a publicar todas as recomendações específicas por país que emitiram no âmbito do Semestre Europeu nos respetivos relatórios anuais de atividades;

189. Solicita ao Tribunal que, na sua estratégia de auditoria, identifique separadamente o FEDER e o FC, por um lado, e o FSE, por outro, dada a respetiva importância financeira;

190. Insta a Comissão a:

1 P8_TA-PROV(2016)0147 de 28 de abril de 2016, ponto 8

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– assegurar que os sistemas de gestão e controlo em causa nos 15 Estados-Membros2, que revelaram deficiências, sejam reforçados, e a dar conta dos esforços que realizou à sua comissão competente por escrito antes de outubro de 2017;

– esclarecer a distinção entre imposto sobre o valor acrescentado recuperável e não recuperável;

– comunicar o montante anulado (país, fundo, montante) após terminar o período financeiro 2007-2003;

– em conformidade com a recomendação do Tribunal, aquando da formulação da sua proposta legislativa para o próximo período de programação, propor as atualizações necessárias da conceção e do mecanismo de execução dos FEEI, tendo igualmente em conta as sugestões do grupo de alto nível para a simplificação, a fim de reforçar o contributo da política de coesão para combater as disparidades em matéria de desigualdades entre as regiões e os Estados-Membros da UE; insta a Comissão a elaborar uma comunicação sobre este assunto numa fase inicial;

– prever indicadores mais flexíveis e mensuráveis para o próximo período de programação, uma vez que o Parlamento atribui igual importância às verificações de legalidade e regularidade, por um lado, e ao desempenho, por outro;

– prever a plena transparência e o acesso à documentação necessária para trabalhos de infraestruturas financiados pela União, com especial destaque para os dados relativos a contratantes e subcontratantes;

191. Apoio totalmente o Comissário Oettinger quando este afirma que os instrumentos financeiros e os «orçamentos-sombra» devem voltar a ser colocados a longo prazo sob a alçada do orçamento da União, uma vez que tal significaria que a Comissão seria responsável perante o Parlamento Europeu; exorta a Comissão a elaborar uma comunicação sobre este assunto antes de novembro de 2017.

Política Agrícola Comum

192. Lembra que os regimes de ajuda direta introduzidos pela reforma da PAC de 2013 apenas entraram em vigor no exercício de 2015 e que o presente relatório diz respeito à despesa do exercício orçamental de 2015, o que corresponde aos pedidos de ajuda direta apresentados em 2014, o último ano de vigência dos anteriores regimes da PAC.

Problemas de cumprimento

193. Salienta que o nível de erro estimado do Tribunal se situa em 2,9% no caso da categoria 2 do QFP, «Recursos naturais», no exercício de 2015; regista que este nível é semelhante ao observado em 2014, quando se tem em conta a alteração da abordagem do Tribunal em relação a erros de condicionalidade que já não são incluídos na taxa de erro;

2 Relatório Anual do Tribunal de Contas relativo ao exercício de 2015, ponto 6.9, nota de rodapé 8.

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194. Insta, por conseguinte, a Comissão, tendo em vista melhorar a prestação de contas e a comunicação de informações ao nível dos quadros superiores de gestão, a analisar uma aplicação mais flexível e eficiente da regra sobre a mobilidade interna de gestores nos casos em que a longa permanência no quadro se conjuga com taxas de erro elevadas reiteradamente salientadas pelo Tribunal, bem como com a manutenção de reservas sobre os resultados da gestão nos serviços em causa;

195. Salienta que, no domínio do «Mercado e ajudas diretas», o erro estimado pelo Tribunal é de 2,2%, ligeiramente acima do limiar de materialidade de 2% (o mesmo nível de 2014), ao passo que, no domínio do «Desenvolvimento rural e outras políticas», o nível de erro estimado continua elevado, em 5,3%, mas abaixo dos 6% estimados no ano passado;

196. Destaca que os erros no domínio das ajudas diretas se devem quase sempre a um número exagerado de hectares elegíveis, apesar de a fiabilidade dos dados no sistema de identificação de parcelas agrícolas ter vindo constantemente a melhorar nos últimos anos, e salienta que, no domínio do desenvolvimento rural, 50% dos erros devem-se a uma não elegibilidade do beneficiário ou do projeto, 28% a problemas de contratação pública e 8% ao incumprimento de compromissos agroambientais;

197. Lamenta profundamente que, em ambos os domínios, ajudas diretas e desenvolvimento rural, as autoridades nacionais pudessem ter reduzido o nível de erro para um nível perto ou abaixo da materialidade1, uma vez que dispunham de informação suficiente para detetarem o erro ou porque foram as próprias autoridades a causar o erro; apela aos Estados-Membros para que utilizem todas as informações disponíveis para evitar, detetar e corrigir eventuais erros e para que ajam em conformidade;

198. Acolhe com agrado o facto de a Comissão ter reduzido significativamente o número de procedimentos de conformidade abertos: (de 192 em 2014 para 34 em 2015) e de, após as alterações legislativas concebidas para simplificar o procedimento, a Comissão controlar agora o ciclo de auditoria de forma mais estreita para cumprir os prazos internos e externos.

Autoridades de gestão

199. Lamenta o facto de o Tribunal ter detetado deficiências que afetam algumas das principais funções de controlo dos organismos pagadores dos Estados-Membros e de as mesmas estarem relacionadas com:

a) no caso do FEAGA:

* o SIPA, controlos administrativos;

* a qualidade das inspeções no local;

* A falta de coerência na definição dos parâmetros para a manutenção das terras em boas condições agrícolas e ambientais (BCAA) e

1 A prevenção destes erros teria reduzido o nível de erro que estimámos em 0,9 pontos percentuais no domínio do «Mercado e ajudas diretas» e em 3,2 pontos percentuais no domínio do «Desenvolvimento rural e outras políticas».

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* os procedimentos de recuperação de pagamentos incorretos;

b) no caso do desenvolvimento rural:

* deficiências em verificações administrativas relacionadas com condições de elegibilidade, nomeadamente nas que respeitam à adjudicação de contratos públicos;

c) no caso da condicionalidade, a fiabilidade das estatísticas e amostragem de controlo.

Fiabilidade dos dados comunicados pelos Estados-Membros

200. Verifica que, em 2015, foi exigido, pela primeira vez, aos organismos de certificação que certificassem a legalidade e a regularidade da despesa; lamenta que a Comissão possa utilizar o trabalho destes organismos apenas de forma limitada devido a insuficiências significativas na metodologia e execução, tais como:

* estratégias inadequadas de auditoria;

* as amostras recolhidas são demasiado exíguas;

* competências e conhecimentos jurídicos insuficientes dos auditores dos organismos de certificação;

201. Lamenta profundamente que ainda exista um problema quanto à fiabilidade dos dados comunicados pelos Estados-Membros, tais como:

a) relativamente aos pagamentos diretos:

* a DG AGRI efetuou ajustamentos (pagamentos complementares) em 12 dos 69 organismos pagadores com uma taxa de erro acima de 2% (mas nenhuma acima de 5%), ao passo que apenas um organismo pagador emitiu inicialmente reservas relativamente na sua declaração;

* a DG AGRI emitiu reservas em relação a 10 organismos pagadores: 3 em relação a Espanha, uma em relação a França, Bulgária, Chipre, Itália (Calábria), Roménia, respetivamente, e uma em relação a Espanha e França relativamente ao POSEI (Programme d'Options Spécifiques à l'Éloignement et à l'Insularité for the ultra-peripheral regions);

b) relativamente às zonas rurais:

* a DG AGRI efetuou ajustamentos (pagamentos complementares) em 36 dos 72 organismos pagadores e em 14 casos a taxa de erro ajustada situava-se acima dos 5%;

* a DG AGRI emitiu uma reserva em relação a 24 organismos pagadores compreendendo 18 Estados-Membros: Áustria, Bélgica, Bulgária, República Checa, Dinamarca, França, Alemanha, Grécia, Hungria, Irlanda, Itália (4 organismos pagadores), Letónia, Países Baixos, Portugal, Roménia, Suécia,

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Espanha (3 organismos pagadores) e Reino Unido (2 organismos pagadores);

* além disso, a DG AGRI emitiu reservas relativamente a contratos públicos em dois Estados-Membros: Alemanha e Espanha;

202. Destaca que, para o FEAGA, as taxas de erro estabelecidas pela DG AGRI e o Tribunal de Contas divergem1, embora para o FEADER a taxa de erro ajustada de 4,99% indicada pela DG AGRI esteja, em termos gerais, em consonância com o nível de erro estimado do Tribunal.

Problemas de desempenho

203. Regista que, em 2014, o Tribunal analisou problemas relacionados com o desempenho em relação a operações selecionadas de desenvolvimento rural e manifesta preocupação pelo facto de existirem dados insuficientes de que as despesas foram razoáveis em 44% dos projetos, assinalando que existem insuficiências na orientação das medidas e na seleção dos projetos, incluindo fracas ligações aos objetivos da estratégia Europa 2020; exorta a Comissão Europeia a tomar todas as medidas possíveis para melhorar esta situação preocupante.

Indicadores de desempenho fundamentais

204. Manifesta preocupação quando à fiabilidade dos dados utilizados pela Comissão para medir o indicador de desempenho fundamental 1, como definido pela DG AGRI relativamente ao rendimento dos fatores agrícolas; considera que a tendência atual da agricultura a tempo parcial devido à baixa dos preços dos produtos de base não é tida em conta com precisão, e observa, nomeadamente, que:

a) A Comissão não consegue dar números precisos dos agricultores que abandonaram os seus trabalhos em 2015 devido às crises do leite e da carne de porco uma vez que não dispõe prontamente de dados sobre novos operadores ou sobre o número de agricultores que abandonaram o setor (perguntas escritas 1 e 3 - audição do Comissário Hogan de 29 de novembro de 2016);

b) 2013 foi o último ano em que estiveram disponíveis os números de explorações agrícolas: 10 841 000 explorações agrícolas geridas por um agricultor;

c) O número de destinatários do primeiro pilar da PAC, em 2015, é: de 7 246 694 agricultores na UE e de 127 268 beneficiários apoiados no âmbito de medidas do mercado;

d) O rendimento dos fatores agrícolas calcula-se por «unidade de trabalho-ano», que corresponde ao trabalho efetuado por uma pessoa ocupada numa exploração agrícola a tempo inteiro, à mão de obra agrícola total na UE-28, o que equivale a 9,5 milhões de unidades de trabalho-ano em 2013, dos quais 8,7 milhões (92%)

1 O relatório anual de atividades da DG AGRI indica que a taxa de erro ajustada agregada caiu de 2,61% em 2014 para 1,47% em 2015

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eram trabalhadores regulares 12;

e) O Tribunal conclui no seu Relatório Especial n.º 1/2016 que o sistema utilizado pela Comissão para medir o desempenho da PAC em relação ao rendimento dos agricultores não foi suficientemente bem concebido e que existem limitações significativas ao nível da quantidade e da qualidade dos dados estatísticos utilizados para analisar esse rendimento;

205. Receia que a Comissão não esteja em condições de fornecer dados abrangentes anuais quanto ao indicador de desempenho fundamental 1 nem, consequentemente, de controlar de forma precisa e abrangente a evolução dos rendimentos agrícolas;

206. Considera que o indicador de desempenho fundamental 4 sobre a taxa de emprego no desenvolvimento rural não é relevante, uma vez que a taxa de emprego no desenvolvimento rural não é exclusivamente influenciada pelas medidas da PAC e o objetivo de manter e criar empregos rurais é partilhado com muitos outros instrumentos, nomeadamente os FEEI;

PAC justa

207. Destaca as grandes diferenças entre os Estados-Membros relativamente ao rendimento médio por agricultores (3) e recorda que o Parlamento, no ano anterior, concluiu ser insustentável que 44,7% de todas as explorações agrícolas da União tenham um rendimento inferior a 4 000 euros por ano, que, em média, 80% dos beneficiários de apoio direto da PAC recebam cerca de 20% dos pagamentos e 79% dos beneficiários de apoio direto da PAC recebam 5 000 euros ou menos por ano4;

208. Regista que o diretor-geral da DG AGRI descreveu, numa página do respetivo relatório anual de atividades de 2015, as «Tendências na distribuição de pagamentos diretos» e destacou novamente que cabe aos Estados-Membros utilizar as opções disponibilizadas pela reforma da PAC de 2013 para redistribuir os subsídios da PAC;

209. Considera que os pagamentos diretos podem não desempenhar plenamente a sua função como mecanismo de rede de segurança para estabilizar o rendimento agrícola, nomeadamente no caso de explorações agrícolas de menor dimensão, dado que a atual distribuição de pagamentos conduz a uma situação em que 20% de todas as explorações na UE recebem 80% de todos os pagamentos diretos, o que não reflete o nível de produção e é uma herança da prática dos Estados-Membros de basear os pagamentos em critérios históricos, embora reconheça que a dimensão das explorações, grandes ou pequenas, depende de cada Estado-Membro; considera que as explorações agrícolas de maior dimensão não carecem necessariamente do mesmo nível de apoio para estabilizar

1 O trabalho a tempo inteiro deve ser considerado segundo o número mínimo de horas de trabalho mencionado nos contratos nacionais de trabalho. Se os contratos nacionais não indicam o número de horas, então considera-se 1 800 horas como sendo o número mínimo anual de horas de trabalho: o equivalente a 225 dias de trabalho de oito horas cada.

2 De acordo com o mais recente Inquérito à Estrutura das Explorações Agrícolas (Eurostat), a mudança global na mão de obra agrícola da UE-28 durante o período 2007-2013 consistiu numa queda de 2,3 milhões de unidades trabalho-ano (UTA), o equivalente a uma redução de 19,8%.

3 Ver a resposta à pergunta escrita 3 - audição do Comissário Hogan de 29 de novembro de 20164 Ponto 317 da resolução do Parlamento Europeu, de 28 de abril de 2016, que contém as observações que

constituem parte integrante da sua decisão sobre a quitação

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o rendimento agrícola que as explorações agrícolas mais pequenas em tempos de volatilidade do rendimento, uma vez que podem beneficiar de potenciais economias de escala que as tornam provavelmente mais resilientes; considera que a fixação de um limite máximo para os pagamentos diretos, como proposto inicialmente pela Comissão Europeia e apoiado pelo Parlamento Europeu, poderia gerar recursos financeiros suficientes para tornar a PAC mais justa.

Biocombustíveis

210. Salienta que, de acordo com as conclusões comunicadas pelo Tribunal no seu Relatório Especial n.º 18/2016 sobre o sistema da UE de certificação de biocombustíveis sustentáveis, este sistema não é totalmente fiável e tem sido vulnerável à fraude, uma vez que a Comissão reconheceu regimes voluntários que não possuíam um procedimento de verificação adequado para garantir que a origem dos biocombustíveis produzidos a partir de resíduos era efetivamente resíduos.

Simplificação

211. Realça que, no seu Relatório Especial n.º 25/2016, o Tribunal verificou se o SIPA permitiu aos Estados-Membros controlar eficientemente a medição e a elegibilidade das superfícies declaradas pelos agricultores e se os sistemas foram adaptados de forma a cumprir as exigências previstas na PAC 2014/ 2020, nomeadamente as relativas às obrigações de «ecologização»;

212. Manifesta preocupação relativamente às conclusões do Tribunal segundo as quais seis grandes alterações que afetam potencialmente o SIPA foram introduzidas em maio de 2015 e a complexidade das regras e dos procedimentos necessários para lidar com estas alterações agravou os encargos administrativos para os Estados-Membros.

Organismos pagador checo

213. Apela à Comissão para que agilize o procedimento de apuramento da conformidade, iniciado em 8 de janeiro de 2016, a fim de obter informações detalhadas e precisas sobre o risco de conflito de interesses relativamente ao fundo estatal de intervenção agrícola da República Checa; regista que a incapacidade para solucionar um conflito de interesses pode, em última instância, conduzir à retirada a acreditação do organismo pagador pela autoridade competente ou à imposição de correções financeiras pela Comissão e apela à Comissão para que informe o Parlamento de imediato se, no final do procedimento de apuramento da conformidade, forem comunicadas ao OLAF pela DG AGRI informações relacionadas com possíveis casos de fraude, corrupção ou qualquer atividade ilegal que afetem interesses financeiros.

Procedimento de apuramento da conformidade

214. Considera que a simplificação da PAC e a redução do ónus administrativo para os beneficiários e os organismos pagadores devem constituir prioridades para a Comissão nos próximos anos; entende que, embora a Comissão se deva esforçar para manter a tendência positiva da eficácia da sua gestão da PAC e das taxas de erro da PAC concentrando a sua atenção na manutenção da sua capacidade de correção e nas medidas corretivas tomadas pelos Estados-Membros, deve ponderar abster-se de iniciar

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ou prosseguir procedimentos de apuramento de conformidade de menor escala.

Medidas a tomar

215. Insta a Comissão:

a) a prosseguir os seus esforços para dar seguimento aos casos em que a legislação nacional não esteja em conformidade com a legislação da União, utilizando todos os meios legais à sua disposição, em especial a suspensão dos pagamentos;

b) a acompanhar anualmente os resultados da avaliação da qualidade do SIPA realizada pelos Estados-Membros e a verificar se todos os Estados-Membros com avaliações negativas tomam as medidas corretivas necessárias;

c) a reexaminar o atual quadro jurídico, a fim de simplificar e racionalizar as regras relacionadas com o SIPA para o próximo período da PAC, nomeadamente reconsiderando a necessidade do limiar de estabilidade de 2% e da regra das 100 árvores;

d) a assegurar que todos os planos de ação dos Estados-Membros destinados a dar resposta a erros no domínio do desenvolvimento rural incluam medidas eficazes em matéria de contratação pública;

e) a controlar e a apoiar ativamente os organismos de certificação na melhoria do seu trabalho e da sua metodologia em matéria de legalidade e regularidade das despesas e, em especial, na emissão de pareceres sobre a legalidade e regularidade das despesas da PAC de uma qualidade e alcance que permitam à Comissão verificar a fiabilidade dos dados de controlo de organismos pagadores ou, se for caso disso, estimar os necessários ajustes das taxas de erro dos organismos pagadores com base nesses pareceres, com vista a aplicar a abordagem de auditoria única no domínio das despesas agrícolas;

f) a atualizar o manual de auditoria da DG AGRI, incluindo procedimentos de auditoria detalhados e requisitos relativos à documentação para a verificação dos dados fornecidos pelos Estados-Membros e utilizados para o cálculo das correções financeiras;

g) a tomar as medidas necessárias para obter dos Estados-Membros dados precisos e abrangentes sobre o número de agricultores na UE e o rendimento agrícola, a fim de medir e controlar efetivamente o indicador de desempenho fundamental 1 referido no relatório anual de atividades do diretor-geral da DG AGRI relativamente ao rendimento agrícola;

h) a redefinir o indicador de desempenho fundamental 4 relacionado com o emprego nas zonas rurais para destacar o impacto específico das medidas da PAC no emprego nessas zonas;

i) a acionar debates regulares entre os Estados-Membros no Conselho relativamente à aplicação das disposições introduzidas pela reforma da PAC de 2013 para redistribuir os pagamentos diretos entre beneficiários e para comunicar na íntegra os progressos realizados nesta matéria no relatório anual de atividades da DG

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AGRI; 1

j) a avaliar no âmbito das suas reflexões sobre uma PAC simplificada e modernizada se o regime de pagamentos diretos se encontra devidamente concebido para estabilizar o rendimento agrícola de todas as explorações agrícolas ou se uma diferente conceção de política ou modelo de distribuição de pagamentos diretos poderia resultar num melhor ajustamento dos fundos públicos aos objetivos;

k) a alterar significativamente o sistema de certificação de biocombustíveis sustentáveis e, em especial, a verificar de forma efetiva se os produtores de matérias-primas de combustíveis na União cumprem os requisitos ambientais da União no domínio da agricultura, a fornecer dados suficientes da origem dos resíduos utilizados na produção de biocombustíveis e a avaliar se a governação dos regimes voluntários reduz o risco de conflitos de interesses;

l) a aumentar o limiar abaixo do qual o procedimento de apuramento da conformidade nos termos do artigo 52.º do Regulamento (UE) n.º 1306/2013 não tem de ser prosseguido de 50 000 euros para 100 000 euros2;

m) a reconsiderar a introdução de um limite máximo vinculativo para os pagamentos diretos.

Europa Global

Taxas de erro

216. Salienta que, de acordo com os resultados do Tribunal, a despesa da «Europa Global» é afetada por um nível significativo de erro com um nível de erro estimado de 2,8% (2,7% em 2014);

217. Lamenta que, ao excluir as operações de apoio orçamental e de vários doadores, a taxa de erro para as operações específicas geridas diretamente pela Comissão tenha sido quantificada em 3,8% (3,7% em 2015);

218. Regista que, se todas as informações recolhidas pela Comissão - e pelos auditores nomeados pela Comissão - tivessem sido utilizadas para corrigir erros, a taxa de erro estimada para o capítulo «Europa Global» teria sido 1,6% pontos inferior; apela à Comissão para que utilize todas as informações disponíveis para evitar, detetar e corrigir eventuais erros e para que aja em conformidade;

1 Os Estados-Membros devem reduzir as diferenças existentes entre os níveis de pagamento por hectare a beneficiários nos respetivos territórios (esta é referida como «convergência interna»). Em princípio (aplicam-se exceções), devem também reduzir em, pelo menos, 5% os pagamentos superiores a 150 000 EUR que qualquer beneficiário obtenha do regime de pagamento de base ou do regime de pagamento único por superfície. Além disso, os Estados-Membros têm a possibilidade de redistribuir até 30 % da sua dotação nacional para pagamentos diretos para os primeiros 30 hectares em cada exploração agrícola («pagamento redistributivo»), bem como de definir um limite superior absoluto para os montantes recebidos pelos beneficiários do regime de pagamento de base ou do regime de pagamento único por superfície («limite máximo»).

2 Ver artigo 35.º, n.º 1, do Regulamento de Execução (UE) n.º 908/2014 da Comissão, que estabelece as normas de execução do Regulamento (UE) n.º 1306/2013 do Parlamento Europeu e do Conselho no que diz respeito aos organismos pagadores e outros organismos, gestão financeira, apuramento das contas, controlos, garantias e transparência.

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219. Salienta que as operações de apoio orçamental examinadas pelo Tribunal estavam isentas de erros relativos à legalidade e à regularidade;

220. Salienta que o tipo de erro mais significativo, que representa 33% do nível de erro estimado, diz respeito a despesas não efetuadas: ou seja, despesas não efetuadas no momento em que a Comissão as aceitou e em que, em alguns casos, apurou;

221. Salienta que o tipo de erro mais frequente, que representa 32% do nível de erro estimado, diz respeito a despesas inelegíveis, ou seja,

a) despesas relativas a atividades não cobertas por contratos ou efetuadas fora do período de elegibilidade;

b) incumprimento da regra de origem;

c) impostos inelegíveis e custos indiretos indevidamente imputados como custos diretos.

Declaração de fiabilidade

222. Recorda que, na sua declaração de fiabilidade para o exercício de 2015, o Diretor-Geral da DG NEAR considera que, para ambos os instrumentos financeiros geridos pela DG NEAR - o Instrumento Europeu de Vizinhança (IEV) e o Instrumento de Pré-Adesão (IPA) -, a exposição financeira do montante em risco é inferior ao limiar de materialidade de 2% e que a taxa de erro média determinada para toda a DG é de 1,12%;

223. Lamenta que esta declaração não seja compatível com o trabalho de auditoria do Tribunal e regista que a DG NEAR reconhece no seu relatório que a abordagem seguida necessita de ser melhorada;

224. Regista, em especial, que a DG NEAR calculou uma taxa de erro residual (TER) para 90% da despesa, tendo obtido três taxas: uma taxa de erro residual para o IPA em regime de gestão direta, uma taxa de erro residual para o IPA em regime de gestão indireta e uma taxa de erro residual para o IEV abrangendo todas as modalidades de gestão; para os restantes 10% das despesas, a DG NEAR utilizou outras fontes de garantia;

225. Destaca que o Tribunal concluiu que o cálculo da taxa de erro residual em relação à modalidade de «gestão indireta pelos países beneficiários», que combina os resultados de amostragem não estatística efetuada pelas autoridades de auditoria com a taxa de erro residual histórica calculada pela DG NEAR, não é suficientemente representativo e não fornece informações exatas sobre o montante de pagamentos em risco; salienta que, de acordo com o Tribunal, existe um risco de o cálculo subestimar o nível de erro e poder potencialmente influenciar a fiabilidade declarada pelo diretor-geral;

226. Acolhe com agrado o facto de o diretor-geral da DG DEVCO ter posto termo à prática anterior de reserva geral relativamente à legalidade e regularidade das transações em relação a todas as operações da DG DEVCO e, no seguimento de recomendações do Parlamento, ter efetuado uma declaração de fiabilidade diferenciada em função dos

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riscos no relatório anual de atividades de 2015;

227. Regista que foi emitida uma reserva específica sobre o Mecanismo de Apoio à Paz em África devido a insuficiências de controlo detetadas pelo Serviço de Auditoria Interna da Comissão; considera que essa reserva deveria ter sido emitida mais cedo uma vez que as deficiências detetadas se verificavam desde a criação do Mecanismo em 2004; afirma que a prática de uma reserva global em relação a toda a DG DEVCO contribuiu obviamente para uma falta de transparência relativamente à gestão financeira da DG DEVCO;

228. Regista que a DG DEVCO avaliou duas áreas da despesa como sendo de risco elevado:

1) subvenções na modalidade de gestão direta;

2) gestão indireta com organizações internacionais;partilha, porém, a opinião expressa pelo Tribunal de que podia ter sido justificada uma reserva relativamente à gestão indireta com países beneficiários, em especial porque as subvenções executadas indiretamente pelos países beneficiários deveriam exigir um análise dos riscos de um nível semelhante ao das subvenções executadas diretamente;

229. Salienta que, de acordo com as conclusões do Tribunal (ver pontos 48-50 do relatório anual de 2015 do Tribunal sobre o FED), a capacidade corretiva da DG DEVCO foi sobrevalorizada por não excluir as cobranças do pré-financiamento não utilizado e de juros vencidos e as anulações das ordens de cobrança do cálculo do montante anual médio da ordem de cobrança emitida por erros e irregularidades entre 2009 e 2015.

Insuficiências nos sistemas de controlo e prevenção

230. Destaca que o Tribunal detetou insuficiências nos sistemas de controlo da Comissão uma vez que:

– a verificação das despesas realizada pelos auditores nomeados pelos beneficiários não conseguiram, em alguns casos, detetar os erros, o que levou a Comissão a aceitar custos não elegíveis;

– foram detetados atrasos na validação, na autorização e no pagamento de despesas pela Comissão;

– as regras específicas criadas pela Comissão para os instrumentos de geminação (ao abrigo da Vizinhança Europeia e do Instrumento de Parceria) relativas a montantes únicos e custos a taxa fixa foram elaboradas de tal modo que criaram o risco de o Estado-Membro parceiro da execução obter lucro.

Relatórios sobre a gestão da assistência externa

231. Lamenta, mais uma vez, que os relatórios de gestão da assistência externa apresentados pelos chefes das delegações da União não sejam anexados aos relatórios anuais de atividades da DG DEVCO e da DG NEAR, como previsto no artigo 67.º, n.º 3 do Regulamento Financeiro; lamenta que estes relatórios sejam sistematicamente

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considerados confidenciais, quando, nos termos do artigo 67.º, n.º 3, do Regulamento Financeiro, devem ser «postos à disposição do Parlamento Europeu e do Conselho, tendo devidamente em conta, se for caso disso, a sua confidencialidade»;

232. Regista que, tendo em conta que a análise dos indicadores de desempenho fundamentais tinha sido efetuada pela DG NEAR pela primeira vez, não é possível retirar qualquer conclusão em termos de «tendências» e que, em 2015, cinco indicadores de desempenho fundamentais não foram calculados para a DG NEAR;

233. Salienta que:

a) de um modo geral, o desempenho das delegações melhorou, tal como medido pelo número de índices de referência atingidos em média por delegação;

b) o valor total da carteira de projetos gerida pelas delegações diminuiu de 30 mil milhões de euros para 27,1 mil milhões de euros e que

c) a percentagem de projetos com problemas de execução diminuiu de 53,5% para 39,7%.

234. Destaca que 1) o Instrumento de Estabilidade (IE), 2) o instrumento MIDEAST e 3) o Fundo Europeu de Desenvolvimento continuam a ser os programas com níveis preocupantes de dificuldades de execução e que é inaceitável que 3 em 4 euros gastos com o Fundo Europeu de Desenvolvimento corram o risco de não alcançar os objetivos ou de sofrer atrasos;

235. Regista que foram comunicadas informações sobre 3782 projetos pelos chefes de delegação em relação a 27,41 mil milhões de autorizações e que:

a) 800 projetos (21,2%) no valor de 9,76 mil milhões de euros (35,6% de toda a carteira de projetos) estão expostos a algum tipo de risco em relação aos resultados – riscos a priori ou riscos atuais – , representando os projetos financiados pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento 72% do montante total em risco (7 mil milhões de euros);

b) 648 projetos (17,1%) no valor de 6 mil milhões de euros (22% de toda a carteira de projetos) estão em risco de atraso, representando os projetos financiados pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento dois terços de todos os projetos com atrasos;

c) 1 125 projetos (29,75%) no valor de 10,89 mil milhões de euros (39,71%) estão em risco de não alcançar os seus objetivos ou estão atrasados na sua execução, representando o Fundo Europeu de Desenvolvimento 71% dos 10,8 mil milhões de euros em risco;

236. Acolhe com agrado o facto de, pela primeira vez, a Comissão ter questionado os chefes das delegações da União sobre o risco a priori de projetos que podem constituir um primeiro passo num processo de gestão centralizada de riscos; recomenda que, com base nas informações disponíveis relativamente à difícil situação em que a delegação pode operar, a Comissão intensifique o seu diálogo com as delegações sobre como gerir este risco durante a fase de execução do projeto;

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237. Regista que as quatro delegações com pior desempenho sob a alçada da DG DEVCO são a do Iémen, a da República Centro-Africana, a do Gabão e a da Mauritânia, ao passo que as quatro delegações com pior desempenho sob a alçada da DG NEAR são a da Síria, a do Egito, a da Albânia e a do Kosovo;

238. Espera que a DG DEVCO progrida, em 2016, na concretização das prioridades que seguidamente se enunciam e que preste informações sobre as mesmas no seu relatório anual de atividades de 2016:

a) reforçar a exatidão da previsão financeira sobre decisões e contratos;

b) aumentar a percentagem de pagamentos efetuados no prazo de 30 dias;

c) aumentar a eficácia dos controlos;

d) melhorar o desempenho de todas as delegações com menos de 60% dos respetivos indicadores de desempenho fundamentais assinalados como «verdes» em 2015, em especial através da adoção de planos de ação e de sistemas de informação.

239. Espera que a DG NEAR concretize em 2016 as prioridades que seguidamente se enunciam e que preste informações sobre as mesmas no seu relatório anual de atividades de 2016:

a) introduzir os cinco indicadores de desempenho fundamentais que não constavam do relatório sobre a gestão da assistência externa no exercício de 2015;

b) melhorar as possibilidades de controlo dos indicadores de desempenho fundamentais;

Despesa da União no domínio da migração e do asilo em países abrangidos pela política de vizinhança

240. Lembra que um importante aspeto das relações externas da União é o facto de a luta contra a pobreza também ter como objetivo criar as condições para prevenir a chegada descontrolada de migrantes irregulares à Europa;

241. Subscreve as principais conclusões comunicadas pelo Tribunal no seu Relatório Especial n.º 9/2016 intitulado «Despesas relativas à dimensão externa da política de migração da UE nos países da Vizinhança Oriental e do Mediterrâneo Meridional até 2014», e destaca em especial que a fragmentação existente de instrumentos prejudica a supervisão parlamentar 1) do modo como os fundos são executados e 2) da identificação de responsabilidades e, por conseguinte, dificulta a avaliação dos montantes financeiros efetivamente gastos no apoio à ação externa em matéria de migração.

Banco Mundial

242. À luz das informações alarmantes vindas a lume na revista Politico em 2 de dezembro de 2016 no que respeita a «Conflict of interest fears over Georgieva’s World Bank dealings» (Receio de conflitos de interesse assombra as relações de Kristalina Georgieva com o Banco Mundial), lembra que o Parlamento instou a Comissão, na sua última resolução da quitação pela execução do orçamento da Comissão no exercício de

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2014, a rever o código de conduta para os comissários até ao final de 2017, definindo nomeadamente o que constitui um conflito de interesses; salienta que, sem uma definição circunstanciada do que constitui um conflito de interesses, o Parlamento não pode ajuizar devidamente de forma justa e coerente da existência de um real ou potencial conflito de interesses;

243. Considera que o novo acordo de financiamento celebrado pela Comissão com o Banco Mundial,1 que substitui uma comissão de gestão fixa por uma fórmula mais complexa e que prevê, em especial, que determinados projetos executados diretamente pelo Banco Mundial possam estar sujeitos a uma comissão de 17% sobre os custos com pessoal e consultores, pode ser prejudicial para o orçamento da União e dar lugar a pagamentos superiores ao limite máximo de 7% imposto às comissões de gestão, o que é proibido pelo artigo 124.º, n.º 4, do Regulamento Financeiro da União;

244. Destaca que a comissão de gestão paga ao Banco mundial não será utilizada para projetos de desenvolvimento e de cooperação; deseja saber por que motivo o Banco Mundial deve ser remunerado pela Comissão em relação a atividades bancárias que estão no cerne da sua missão de banqueiro.

Grupo de Gestão Internacional (IMG)

245. Saúda a Comissão pelo resultado do processo T-381/15 de 2 de fevereiro de 2017; solicita informações sobre os contratos com o IMG que ainda se encontram em fase de execução.

Medidas a tomar

246. Convida:

– a DG DEVCO e a DG NEAR a melhorarem a qualidade das verificações das despesas contratadas pelos beneficiários, nomeadamente introduzindo novas medidas, tais como a utilização de uma grelha de qualidade para verificar a qualidade do trabalho realizado pelos auditores contratados pelos beneficiários e a revisão do mandato dos auditores;

– a DG NEAR a tomar medidas para assegurar que o financiamento canalizado através de um instrumento de geminação esteja em conformidade com o princípio de inexistência de fins lucrativos e respeite o princípio da boa gestão financeira;

– a DG NEAR a rever a metodologia da TER a fim de fornecer informações exatas do ponto de vista estatístico sobre o montante em risco para os pagamentos efetuados no âmbito da gestão indireta do IPA;

– a DG DEVCO a rever a estimativa da sua futura capacidade corretiva, excluindo do cálculo as cobranças do pré-financiamento não utilizado e de juros vencidos e as anulações das ordens de cobrança previamente emitidas;

1 Decisão da Comissão de 12.4.2016, que altera a Decisão C(2014) 5434 da Comissão, que autoriza a utilização de reembolsos com base nos custos unitários para atividades executadas por uma entidade do Grupo do Banco Mundial ao abrigo do Acordo-Quadro com a União

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– a DG DEVCO e a DG NEAR a publicarem os relatórios sobre assistência externa e gestão emitidos pelos chefes das delegações da União em anexo aos respetivos relatórios anuais de atividades, conforme previsto no artigo 67.º, n.º 3, do Regulamento Financeiro, e a indicarem nos respetivos relatórios anuais de atividades as medidas adotadas para resolver a situação em delegações com problemas de execução, para reduzir os atrasos e para simplificar os programas;

– a Comissão a tornar públicas as declarações de fiabilidade dos chefes das delegações da União;

– a Comissão:

1) a esclarecer objetivos;

2) a desenvolver, alargar e melhorar o quadro de avaliação do desempenho das suas políticas de migração e asilo em países da vizinhança;

3) a concentrar os recursos financeiros disponíveis em prioridades claramente definidas e quantificadas e

4) a consolidar a ligação entre desenvolvimento e migração;

– a Comissão a incluir no código de conduta para os comissários a definição do que constitui conflito de interesses, a rever de forma aprofundada a necessidade de prever nos seus acordos de financiamento com organizações internacionais e entidades encarregadas da execução disposições relativas à remuneração de despesas com pessoal relacionadas com atividades que estão no cerne da respetiva missão e a informar cabalmente o Parlamento Europeu, até ao final de 2017, das suas reflexões nesta matéria e também do impacto da aplicação da nova política de recuperação de custos.

Migração e segurança

247. Acolhe com agrado o facto de, dada a sensibilidade política do problema, o Tribunal se ter debruçado pela primeira vez sobre a política de migração e segurança na segunda parte do capítulo 8 do seu relatório anual; regista que, com 0,8 mil milhões de euros, este domínio representa uma pequena mas crescente parte do orçamento da União;

248. Regista que o Tribunal não formulou qualquer taxa de erro relativamente a este domínio de intervenção, embora o diretor-geral da DG HOME preveja, no seu relatório anual de atividades de 2015, uma taxa de erro plurianual residual de 2,88% para as subvenções não relacionadas com investigação geridas diretamente pela DG HOME;

249. Partilha as preocupações expressas pelo Tribunal no que respeita ao facto de as auditorias no domínio da solidariedade e gestão dos fluxos migratórios efetuadas pela Comissão não abrangerem testes da eficácia dos controlos relativos à maioria dos processos fundamentais e de, por este motivo, existir um risco de a Comissão ter considerado que alguns programas anuais com sistemas de controlo ineficazes proporcionavam garantias razoáveis pelo que não serão alvo privilegiado das auditorias ex post da Comissão;

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250. Lembra que foram detetadas insuficiências pela DG HOME nos sistemas de gestão e de controlo do Fundo Europeu para os Refugiados, do Fundo de Regresso, do Fundo Europeu para a Integração de Nacionais de Países Terceiros e do Fundo para as Fronteiras Externas relativamente ao período 2007-2013 por parte da República Checa, da Alemanha, da França e da Polónia;

251. Considera que o indicador de desempenho fundamental 1 incluído no relatório anual de atividades de 2015 da DG HOME não é relevante uma vez que a taxa de regresso de migrantes em situação irregular para países terceiros não é significativamente influenciada pela gestão da DG HOME;

252. Lamenta que a Comissão considere que é difícil, se não mesmo impossível, prever uma estimativa das despesas pagas por migrante/requerente de asilo país por país, uma vez que a gestão de fluxos migratórios compreende uma ampla gama de atividades1;

253. Apela ao Tribunal para que forneça à autoridade de controlo orçamental a taxa de erro mais provável relativa à política de migração e segurança no seu relatório anual de 2016 e avalie a capacidade corretiva dos serviços da Comissão neste domínio de intervenção;

254. Manifesta a sua preocupação com os controlos efetuados aos fundos para os refugiados, que são frequentemente atribuídos aos Estados-Membros em situações de emergência de forma não compatível com as regras em vigor; considera essencial que a Comissão introduza controlos mais rigorosos, nomeadamente com vista a garantir que os direitos humanos dos refugiados e requerentes de asilo sejam respeitados.

Medidas a tomar

255. Recomenda que a DG HOME:

a) quantifique e analise cuidadosamente no seu relatório anual de atividades a natureza dos erros que identifica e forneça mais informações sobre a fiabilidade da sua «capacidade corretiva»;

b) promova a utilização de opções de custo simplificadas, a utilização de montantes fixos e «custos unitários» normalizados na gestão dos seus fundos;

c) retire cuidadosamente lições do passado no que respeita às insuficiências detetadas na gestão dos Fundos Europeus para os Refugiados, do Fundo de Regresso, do Fundo Europeu para a Integração de Nacionais de Países Terceiros e do Fundo para as Fronteiras Externas para o período 2007-2013;

d) forneça à autoridade orçamental e de controlo orçamental os dados o mais precisos possível no que respeita aos custos pagos por migrante/requerente de asilo a fim de justificar de forma fundamentada os montantes de pedidos orçamentais para programas de financiamento, reconhecendo paralelamente o valor inquantificável de toda e qualquer vida humana;

e) teste a eficácia dos sistemas de controlo interno dos Estados-Membros utilizados nos programas SOLID na maioria dos processos fundamentais: procedimento de

1 Resposta à pergunta escrita 23 - audição do Comissário AVRAMOPOULOS de 29 de novembro de 2016

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seleção e atribuição, procedimentos de adjudicação, seguimento de projetos, pagamentos e contabilidade;

f) organize e favoreça uma maior sinergia entre todos os serviços responsáveis por programas suscetíveis de influenciar os fluxos de migração.

Administração

256. Regista que um funcionário pode ser designado para um lugar de perito de alto nível ou de assistente principal, o que abre a possibilidade de ser promovido para o grau AD 14 ou AST 11, e que, após a nomeação do funcionário para um lugar de perito de alto nível, não existe a possibilidade de o voltar a colocar num lugar de administrador; lamenta a incoerência entre esta medida e as que visam reduzir as despesas administrativas ou reforçar a ligação entre o grau e a função; insta a Comissão a pôr termo a esta prática;

257. Regista com preocupação que o número médio de anos no grau antes de uma promoção diminuiu para os graus AD 11 e superiores; no que se refere ao grau AD 12, por exemplo, em 2008 um funcionário era promovido em média apenas a cada 10,3 anos, ao passo que, em 2015, era promovido a cada 3,8 anos, o que revela que as promoções nos graus salariais superiores foram aceleradas; apela à Comissão para que abrande as promoções nos graus superiores a AD 11 ou AST 9;

258. Salienta que o equilíbrio geográfico, nomeadamente a relação entre a nacionalidade do pessoal e a dimensão dos Estados-Membros, deve continuar a ser um elemento importante da gestão dos recursos humanos, em especial no que diz respeito aos Estados-Membros que aderiram à UE após 2004; congratula-se com o facto de a Comissão ter atingido uma composição mais equilibrada de funcionários dos Estados-Membros que aderiram à União Europeia antes e depois de 2004; assinala, contudo, que estes Estados-Membros ainda estão sub-representados ao nível superior de administração e nos cargos de chefia, contexto em que se aguardam ainda alguns progressos;

259. Regista com preocupação os preços excessivamente elevados cobrados por serviços médicos no Luxemburgo e as dificuldades em assegurar que os membros do Regime Comum de Seguro de Doença das instituições da UE sejam tratados em pé de igualdade com os cidadãos do Luxemburgo; insta as instituições, nomeadamente a Comissão, a exigir e a garantir que o artigo 4.º da Diretiva 2011/24/UE, ao abrigo da qual os Estados-Membros são obrigados a garantir que os prestadores de cuidados de saúde apliquem, no seu território, as mesmas taxas aos doentes de outros Estados-Membros que aplicam aos doentes nacionais, seja aplicado em todos os Estados-Membros e no Grão-Ducado do Luxemburgo, em particular; solicita, além disso, que sejam aplicadas sanções adequadas em caso de não cumprimento da presente diretiva.

OLAF

260. Constata que o Colégio de Comissários levantou a imunidade do diretor-geral do OLAF, na sequência de um pedido formulado pelas autoridades belgas, no contexto das investigações relacionadas com o «caso Dalli»; é de opinião que o diretor-geral enfrenta um triplo conflito de interesses:

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– enquanto decorria o processo de decisão sobre o levantamento da imunidade no Colégio, o diretor-geral considerou a possibilidade de abrir inquéritos do OLAF relativos a membros da Comissão;

– logo que o Colégio adotou a sua decisão de levantar a imunidade, o diretor-geral intentou uma ação judicial contra a Comissão por alegadas irregularidades na adoção da sua decisão; ao mesmo tempo, o diretor-geral continuou a representar a Comissão em questões políticas relacionadas com a sua pasta;

– após a confirmação do levantamento da sua imunidade, o Ministério Público belga deu início a um inquérito sobre o papel do diretor-geral no caso em apreço, continuando a exercer o papel de interlocutor do diretor-geral do OLAF para combater a fraude contra os interesses financeiros da UE na Bélgica;

considera que estes conflitos de interesses são suscetíveis de prejudicar tanto a reputação do OLAF como a da Comissão; insta, por conseguinte, a Comissão a colocar o diretor-geral do OLAF em situação de licença até ao final do inquérito conduzido pelas autoridades belgas e a nomear um substituto temporário;

* está chocado com as notícias que dão conta do facto de, de acordo com os cálculos do OLAF, a negligência das autoridades aduaneiras do Reino Unido ter implicado a subtração à UE de um montante no valor de 1,987 mil milhões de euros em receitas devido a direitos não cobrados em relação a mercadorias chinesas e de uma sofisticada rede de crime organizado ter reduzido em 3,2 mil milhões de euros as receitas provenientes do imposto sobre o valor acrescentado de importantes países da UE, tais como França, Alemanha, Espanha e Itália;

* solicita acesso integral ao processo e pede para ser regularmente informado.

Código de conduta

261. Manifesta a sua firme convicção de que existe uma crescente necessidade de regras éticas sólidas para a fim de cumprir o disposto nos artigos 17.º do TUE e 245.º do TFUE; reafirma que é necessário zelar em permanência pelo bom funcionamento dos códigos de conduta; sublinha que um código de conduta só é uma medida preventiva eficaz se for corretamente aplicado e se o respeito pelo mesmo for aferido de forma sistemática e não apenas em caso de incidente;

262. Regista a proposta da Comissão relativa à revisão dos códigos de conduta para os comissários; lamenta, no entanto, que a revisão se limite à prorrogação do período de incompatibilidade para três anos apenas no caso do antigo presidente da Comissão Europeia; exorta a Comissão a rever o código de conduta dos comissários até ao final de 2017, incluindo através da aplicação da recomendação do Parlamento Europeu no sentido de que o Comité de Ética ad hoc seja reformado a fim de alargar os seus poderes e incluir peritos independentes, através da definição do que constitui um «conflito de interesses», bem como da introdução de critérios de avaliação da compatibilidade da atividade profissional exercida após o mandato e da prorrogação do período de incompatibilidade para três anos para os comissários;

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263. Assinala que um passo importante no que se refere aos conflitos de interesses consiste em reforçar a transparência do Presidente da Comissão, do Comité de Ética Ad Hoc da Comissão e do Secretário-Geral aquando da análise de situações de potencial conflito; salienta que os cidadãos só podem pedir contas à Comissão se os pareceres do Comité de Ética forem publicados de forma pró-ativa;

264. Solicita que o Colégio de Comissários tome uma decisão, agora que a recomendação do Comité de Ética ad hoc no caso do antigo Presidente da Comissão foi finalizado, por forma a remeter o caso para o Tribunal de Justiça Europeu para que este emita um parecer sobre a questão.

Grupos de peritos

265. Congratula-se com a decisão da Comissão, de 30 de maio de 2016, que estabelece regras horizontais relativas à criação e ao funcionamento dos grupos de peritos da Comissão, mas lamenta que esta última não tenha organizado uma ampla consulta pública, apesar do interesse manifestado por muitas organizações não governamentais; reitera a importância de relançar formas de participação de representantes da sociedade civil e dos parceiros sociais em sectores cruciais como a transparência e o funcionamento das instituições europeias;

266. Recorda que a falta de transparência tem efeitos negativos na confiança dos cidadãos da UE nas instituições da União; entende que uma reforma eficaz do sistema de grupos de peritos da Comissão, baseada em princípios claros de transparência e numa composição equilibrada, melhorará a disponibilidade e a fiabilidade dos dados, aumentando, consequentemente, a confiança dos cidadãos na UE;

267. Considera que a Comissão deverá realizar progressos no que respeita a uma composição equilibrada dos grupos de peritos; lamenta, contudo, que ainda não tenha sido efetuada uma distinção clara entre representantes de grupos de interesses económicos e não económicos, de modo a atingir o nível máximo de transparência e equilíbrio;

268. Recorda que tanto o Parlamento como a Provedora de Justiça Europeia recomendaram à Comissão que tornasse públicas as ordens do dia, os documentos de base, as atas das reuniões e as deliberações dos grupos de peritos.

Consultores especiais

269. Insta a Comissão Europeia a publicar os nomes, a função, o grau e o contrato de trabalho (horários de trabalho, duração do contrato, local de trabalho) de todos os consultores especiais; considera que existe um risco de conflito de interesses em relação aos consultores especiais; manifesta a sua firme convicção de que os conflitos de interesse devem ser evitados, uma vez que colocariam em risco a credibilidade das instituições; insta a Comissão a publicar as declarações de interesses dos consultores especiais.

Escolas Europeias

270. Regista que as escolas são individualmente responsáveis pelas contas anuais (que constituem o «Quadro geral»); as dotações disponíveis no orçamento de 2015

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ascenderam a 288,8 milhões de euros para os quais a Comissão contribui com 168,4 milhões de euros (58%);

271. Manifesta-se chocado com o facto de, após todos estes anos de alegadas reformas, o Tribunal continuar a ser extremamente crítico da gestão financeira das escolas europeias:

“II. As escolas não elaboraram as suas contas anuais dentro do prazo legal. Foram detetados vários erros, a maioria dos quais foram corrigidos (em resultado da revisão) na versão final das contas. As mesmas constituem insuficiências sistemáticas nos procedimentos contabilísticos. (...)

IV. Os sistemas de pagamento das duas escolas selecionadas estavam afetados pelas seguintes insuficiências: inexistência de uma ligação automática entre a contabilidade e os sistemas de pagamento e inexistência de uma separação rigorosa de funções, pagamentos efetuados fora do sistema de contabilidade que não são automaticamente recusados pelo sistema e um fraco nível de controlo em geral. Estas insuficiências representam um risco significativo em termos de legalidade e regularidade de pagamentos.

V. O Tribunal encontrou também várias insuficiências significativas nos procedimentos relativos a contratos públicos, que podiam ter posto em risco os princípios da transparência e da igualdade de tratamento.

VI. Em alguns casos, o Tribunal não encontrou comprovativos das qualificações do pessoal contratado e constatou omissões nos seus ficheiros pessoais.

VII. Consequentemente, o Tribunal não conseguiu confirmar a solidez da gestão financeira»;

272. Lamenta que o Tribunal não tenha conseguido confirmar a solidez da gestão financeira»;

273. Lamenta também que a Comissão, em consonância com as conclusões do Tribunal e devido a um caso de suspeita de fraude ocorrido entre 2003 e 2012, tenha emitido novamente uma reserva de reputação relativamente a pagamentos;

274. Observa que a dimensão do orçamento consagrado ao sistema das escolas europeias é consideravelmente superior ao orçamento atribuído a todas as 32 agências (com exceção de 2 agências); considera que a responsabilização financeira do sistema das escolas europeias deve ser aumentada para um nível comparável ao das agências europeias, incluindo através de um processo de quitação específico para os 168,4 milhões de EUR colocados à sua disposição;

275. Recorda que, no seu processo de quitação à Comissão pelo exercício de 2010, o Parlamento já tinha posto em causa «as estruturas de financiamento e de tomada de decisões da Convenção relativa ao Estatuto das Escolas Europeias»; e solicitou à Comissão que «estude em conjunto com os Estados-Membros uma revisão dessa Convenção e que apresente, até 31 de dezembro de 2012, um relatório sobre os progressos efetuados»; observa que Parlamento nunca recebeu um relatório intercalar;

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276. Regista a atual crise financeira e organizativa no sistema das escolas europeias é cada vez mais premente devido aos planos de abertura de uma quinta escola em Bruxelas e às eventuais consequências da retirada de um Estado-Membro da Convenção das Escolas Europeias no futuro; interroga-se sobre se o sistema das escolas europeias, em virtude do seu modo de organização e financiamento atual, dispõe dos recursos para lidar com a expansão prevista para cinco escolas em Bruxelas; observa que tal poderá criar problemas ainda mais graves no futuro, sobrecarregando algumas secções linguísticas que, de acordo com os modelos atuais de recursos, só têm capacidade para cobrir quatro escolas de Bruxelas (no caso das secções de língua alemã) ou três (no caso das secções de língua inglesa);

277. Considera inaceitável que os representantes dos Estados-Membros continuem a conceder quitação às escolas europeias, apesar de a Comissão, que paga 58% do orçamento anual, e o Tribunal não o aconselharem;

278. Apoia inteiramente as 11 recomendações do Tribunal formuladas no seu relatório de 11 de novembro de 2015 sobre as contas anuais das Escolas Europeias relativas a 2014, as quais contemplam a contabilidade, o pessoal, o procedimento de contratação pública, as normas de controlo e as questões de pagamento;

279. Acolhe com agrado o plano de ação atualizado elaborado pela DG Recursos Humanos e Segurança com vista a resolver a reserva da Comissão e as observações do Tribunal;

280. Insta a Comissão a elaborar uma comunicação ao Parlamento e ao Conselho que reflita sobre a forma como a estrutura administrativa das escolas europeias pode ser reformada de forma ótima antes de novembro de 2017;

281. Exorta a Comissão a desempenhar plenamente o seu papel em todos os aspetos do processo de reforma, incluindo os aspetos ligados à gestão, bem como questões financeiras, organizacionais e pedagógicas; solicita à Comissão que apresente anualmente um relatório sobre a avaliação dos progressos nestes domínios destinado ao Parlamento, a fim de assegurar que as suas comissões competentes possam controlar a gestão do sistema das escolas e avaliar a utilização que o sistema faz dos recursos disponibilizados pelo orçamento da União; solicita que o comissário competente consagre toda a sua atenção a este assunto, exortando-o, mais especificamente, a participar pessoalmente nas reuniões semestrais do Conselho Superior; reitera a opinião do Parlamento de que uma «análise global» do sistema das Escolas Europeias é urgentemente necessária; solicita que o primeiro projeto da revisão em questão seja apresentado até 30 de junho de 2017.

Pareceres das comissões parlamentares

Assuntos Externos

282. Congratula-se com os progressos realizados, mas assinala que 6 das 10 missões civis no âmbito da Política Comum de Segurança e Defesa (PCSD) ainda não foram reconhecidas pela Comissão como estando conformes com o artigo 60.º do Regulamento Financeiro; insta a Comissão a intensificar os trabalhos a fim de garantir a acreditação de todas as missões civis realizadas no âmbito da PCSD, em consonância com a recomendação do Tribunal de Contas Europeu, para que lhes possam ser

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atribuídas tarefas de execução orçamental em regime de gestão indireta;

283. Congratula-se com a criação da Plataforma de Apoio a Missões, destinada a reduzir os encargos administrativos e a aumentar a eficiência das missões civis da PCSD; lamenta a sua dimensão e o seu alcance limitados, e reitera o seu apelo a que se avance no sentido de um centro de serviços partilhados, que conduziria a mais ganhos orçamentais e de eficiência através da centralização de todos os serviços de apoio às missões que não precisam de ser assegurados a nível local;

284. Reitera a sua opinião de que as regras financeiras da União requerem uma melhor adaptação às especificidades da ação externa, incluindo a gestão de crises, e salienta que a atual revisão do Regulamento Financeiro deve proporcionar uma maior flexibilidade;

285. Exprime preocupação com a falta de instrumentos de controlo diretos no que respeita à utilização da assistência macrofinanceira por parte dos países terceiros beneficiários; solicita à Comissão que estabeleça uma maior ligação entre este tipo de assistência e parâmetros mensuráveis;

286. Congratula-se igualmente com as recomendações sugeridas pelo TCE no Relatório Especial n.º 13/2016 sobre a assistência da UE no reforço da administração pública da Moldávia e no Relatório Especial n.º 32/2016 sobre a assistência da UE à Ucrânia; considera que a UE deve utilizar plenamente a alavanca da condicionalidade e assegurar um controlo adequado da execução das reformas empreendidas, a fim de contribuir positivamente para o reforço das práticas democráticas, tanto na Moldávia como na Ucrânia.

Desenvolvimento e Cooperação

287. Saúda neste contexto o Relatório Especial n.º 9/2016 do Tribunal intitulado «Despesas relativas à dimensão externa da política de migração da UE nos países da Vizinhança Oriental e do Mediterrâneo Meridional»; sublinha que o Tribunal chegou à conclusão que as despesas relativas à dimensão externa da política de migração da UE não lograram demonstrar a sua eficácia, que é impossível medir os seus resultados, que não se afigura clara a abordagem da Comissão para garantir que a migração tenha um impacto positivo no desenvolvimento, que as medidas de apoio ao regresso e à readmissão estão a surtir um impacto limitado e que o respeito pelos direitos humanos dos migrantes, que deveria guiar todas as intervenções, continua a ser teórico e raramente é assegurado na prática;

288. Saúda o Relatório Especial n.º 15/2016 do Tribunal sobre a ajuda humanitária prestada na região dos Grandes Lagos Africanos; realça que o Tribunal conclui que, em termos gerais, a Comissão geriu de forma eficaz a ajuda humanitária prestada às populações afetadas por conflitos na região dos Grandes Lagos Africanos; destaca o contraste flagrante com as despesas relativas à migração e considera que tal constitui mais uma prova de que as políticas de desenvolvimento bem planificadas surtem resultados bastante melhores do que um ativismo de curto prazo no domínio da migração;

289. Manifesta viva preocupação com a tendência notória evidenciada em propostas recentes da Comissão de ignorar disposições juridicamente vinculativas do Regulamento (UE)

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n.º 233/2014 do Parlamento Europeu e do Conselho1 no que respeita a despesas elegíveis para efeitos de Ajuda Pública ao Desenvolvimento e aos países elegíveis para financiamento a título do Instrumento de Cooperação para o Desenvolvimento; recorda que a legalidade das despesas da União é um princípio essencial da boa gestão financeira e que as considerações políticas não deveriam prevalecer sobre disposições jurídicas claramente enunciadas se a Comissão quiser manter a sua credibilidade em questões relativas ao Estado de direito; recorda à Comissão, neste contexto, o recente acórdão do Tribunal de Justiça2 sobre a cooperação com Marrocos e a questão do Sara Ocidental, no qual o Tribunal estatuiu que a União violou reiteradamente o Direito Internacional;

290. Apoia, em geral, o recurso ao apoio orçamental, embora inste a Comissão a avaliar e definir de maneira mais circunstanciada os resultados em termos de desenvolvimento a alcançar através do apoio orçamental em cada caso e, sobretudo, a melhorar os mecanismos de controlo no que respeita à conduta dos Estados beneficiários nos domínios da corrupção, do respeito pelos direitos humanos, do Estado de direito e da democracia; manifesta a sua profunda preocupação com a potencial utilização de apoios orçamentais em países que carecem de controlo democrático, quer devido à ausência de uma democracia parlamentar viável, de liberdades da sociedade civil e dos meios de comunicação social, quer devido à falta de capacidade por parte dos organismos de supervisão;

291. Insta a Comissão a integrar uma abordagem do desenvolvimento baseada em incentivos adotando o princípio «mais por mais» e tomando como exemplo a Política Europeia de Vizinhança; manifesta a sua convicção de que quanto mais e quanto mais rapidamente um país progredir nas suas reformas internas visando a criação e consolidação de instituições democráticas, a erradicação da corrupção e o respeito dos direitos humanos e do Estado de direito, tanto mais apoios deve receber da UE; salienta que com esta abordagem de «condicionalidade positiva», juntamente com uma forte tónica no financiamento de projetos de pequena escala para as comunidades rurais, se poderá lograr uma verdadeira mudança e garantir que o dinheiro dos contribuintes da UE será gasto de forma mais sustentável;

292. Lamenta o facto de o Parlamento não ter sido consultado previamente no contexto da criação do Fundo Fiduciário de Emergência da UE para África; solicita mais esforços efetivos para reforçar a transparência das decisões relativas aos projetos deste fundo fiduciário, sublinha a inexistência de um formato adequado para a consulta regular do Parlamento e lamenta que não tenha sido tomada qualquer medida a este respeito.

Emprego e Assuntos Sociais

293. Toma nota da recomendação do Tribunal no sentido de que a Comissão utilize a experiência adquirida no período de programação 2007-2013, proceda a uma análise específica das regras de elegibilidade nacionais do período de programação 2014-2020 e, com base nesta análise, forneça orientações aos Estados-Membros sobre a forma de

1 Regulamento (UE) n.º 233/2014, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 11 de março de 2014, que cria um instrumento de financiamento da cooperação para o desenvolvimento para o período 2014-2020 (JO L 77 de 15.3.2014, p. 44).

2 Acórdão do Tribunal de Justiça, de 21 de dezembro de 2016, Conselho contra Front Polisario, processo C-104/16, ECLI:EU:C:2016:973.

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simplificar e evitar regras desnecessariamente complexas ou onerosas;

294. Insta a Comissão a considerar a possibilidade de incluir os programas de financiamento da União na sua análise anual dos encargos, tal como acordado no Acordo Interinstitucional «Legislar melhor» de 13 de abril de 2016; realça que a introdução de objetivos de redução dos encargos anuais que incluam programas de financiamento da UE favoreceria o cumprimento das regras e, portanto, contribuiria para reduzir a taxa de erro;

295. Congratula-se com a maior ênfase dada aos resultados durante o período de programação 2014-2020; considera, no entanto, que um maior desenvolvimento dos indicadores de resultados e dos sistemas de controlo contribuiria para robustecer a responsabilização financeira e para aumentar a eficácia de futuros programas operacionais.

Ambiente, Saúde Pública e Segurança Alimentar

296. Congratula-se com o trabalho levado a cabo pelas cinco agências descentralizadas que se encontram no seu âmbito de competências e que exercem funções técnicas, científicas ou administrativas que ajudam as instituições da União a elaborar e a executar as políticas no domínio do ambiente e do clima, da saúde pública e da segurança alimentar, bem como com a forma como os seus orçamentos são executados;

297. Manifesta a sua satisfação quanto à taxa de execução global do orçamento operacional LIFE+, que foi de 99,95 % em 2015 para as dotações de autorização e de 98,93% para as dotações de pagamento; salienta que o LIFE + contribuiu para aumentar a sensibilização dos cidadãos e a sua participação na legislação e na aplicação da política ambiental da União, bem como para melhorar a governação neste domínio; observa que, em 2015, foram afetados 225,9 milhões de EUR para subvenções de ação, 40 milhões de EUR foram utilizados para os instrumentos financeiros geridos pelo Banco Europeu de Investimento e 59,2 milhões de EUR foram utilizados para medidas destinadas a apoiar o papel da Comissão no lançamento e acompanhamento do desenvolvimento de políticas e legislação; regista que 10,2 milhões de EUR foram utilizados para apoio administrativo ao programa LIFE e apoio à Agência de Execução para as Pequenas e Médias Empresas;

298. Regista que execução da DG CLIMA subiu para 99,9% dos 108 747 880 EUR de dotações para autorizações e 91,77% dos 47 479 530 EUR de dotações para pagamentos, e que, se a despesa administrativa não for tida em conta, a taxa de execução dos pagamentos ascende a 96,88%;

299. Incentiva a Comissão a concentrar-se nos projetos-piloto e nas ações preparatórias com verdadeiro valor acrescentado para a União no futuro; toma nota de que foram executados dez projetos-piloto e cinco ações preparatórias, num montante total de 1 400 000 EUR em dotações para autorizações e 5 599 888 EUR em dotações para pagamentos;

300. Regista que em 2015 foi concluída uma avaliação do segundo Programa de Saúde (2008-2013); congratula-se com o facto de o terceiro Programa de Saúde ter sido reforçado em 2015 para apoiar e promover o intercâmbio de informações e boas práticas

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entre os Estados-Membros que enfrentam desafios relacionados com um acolhimento excecional de migrantes, requerentes de asilo e refugiados, em especial no que se refere à elaboração pela DG SANTE de um registo de saúde pessoal para a avaliação do estado de saúde dos migrantes, com vista a ser utilizado em áreas de receção e centros de registo, e de um orçamento adicional para projetos relacionados com a saúde dos migrantes;

Transportes e Turismo

301. Regista que, em 2015, foram atribuídos 12,8 mil milhões de EUR a 263 projetos de transporte através de convenções de subvenção assinadas em 2015 no âmbito dos convites à apresentação de propostas do Mecanismo Interligar a Europa de 2014; observa ainda que o financiamento do Mecanismo Interligar a Europa gerou 28,3 mil milhões de EUR de investimentos totais, combinando uma contribuição da União com os orçamentos das regiões e dos Estados-Membros, bem como empréstimos do Banco Europeu de Investimento;

302. Observa que, no domínio da "Competitividade para o crescimento e o emprego", no qual o setor dos transportes se insere, o Tribunal apenas auditou sete operações sob a responsabilidade da DG MOVE; observa que foram detetados erros em apenas uma das operações auditadas e que esses erros dizem respeito ao incumprimento das regras em matéria de contratos públicos;

303. Salienta que o relatório de avaliação do BEI assinala desequilíbrios geográficos e concentrações sectoriais no dossiê da Secção Infraestruturas e Inovação (SII) e que o financiamento ao abrigo da SII está concentrado (63%) em três Estados-Membros; convida a Comissão a avaliar com urgência o impacto do FEIE na União no seu conjunto; lamenta que o FEIE não seja suficientemente utilizado para o financiamento de projetos inovadores de transporte relativos a todos os modos de transporte, nomeadamente para promover os meios de transporte sustentáveis e prosseguir o incentivo ao processo de digitalização, bem como a acessibilidade sem barreiras;

304. Lamenta que a Comissão (DG MOVE) ainda não tenha elaborado um documento estratégico consolidado formal para a supervisão do desenvolvimento dos corredores da rede principal das RTE-T; encoraja a Comissão a adotar esse documento estratégico relativo às atividades de supervisão e à transparência; recorda que a transparência e a consulta de todas as partes interessadas contribuem para o êxito dos projetos de transporte;

305. Salienta que, no período de 2014-2020, os projetos no domínio dos transportes serão financiados a partir de várias fontes, incluindo o Mecanismo Interligar a Europa, o FC, o FEDER e o FEIE; insta, por conseguinte, a Comissão a desenvolver sinergias que permitam que estas diferentes fontes de financiamento afetem os fundos disponíveis de forma mais eficiente, assim como a combinação destes recursos entre si; convida a Comissão a elaborar e publicar anualmente, inter alia nos seus sítios Web, listas facilmente acessíveis dos projetos no domínio dos transportes, incluindo as percentagens por modo, e do turismo que sejam cofinanciados através dos referidos fundos;

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Desenvolvimento Regional

306. Exorta a Comissão a, através do grupo de alto nível1, conceder especial atenção, no âmbito da sua auditoria aos sistemas nacionais de gestão e controlo, às regras nacionais em matéria de elegibilidade, por forma ajudar os Estados-Membros a procederem à sua simplificação; neste contexto, sublinha a importância de se aplicar o princípio da auditoria única; insta a Comissão a, através de orientações simplificadas e eficazes, clarificar a noção de IVA recuperável para evitar diferenças de interpretação do termo IVA “não recuperável” e uma utilização não otimizada dos fundos da União; exorta a Comissão, os Estados-Membros e as autoridades regionais a zelarem por que os beneficiários recebam informações coerentes sobre as condições de financiamento, em especial no que se refere à elegibilidade das despesas e aos limites máximos de reembolso;

307. Lamenta o facto de as autoridades de gestão terem apresentado um nível mais baixo de pedidos de reembolso em 2015 do que em 2014, o que deu origem a uma diminuição do nível de pedidos de pagamento por liquidar, que passou de 23,2 mil milhões de euros em 2014 para 10,8 mil milhões de euros em 2015, dos quais 2,8 mil milhões de euros continuavam por liquidar desde o final de 2014; assinala que os atrasos na execução orçamental para o período de 2014-2020 não devem ser superiores aos do período anterior e provocar uma acumulação de pedidos de pagamento pendentes no final do período de financiamento; exorta a Comissão a acompanhar de perto a situação com os Estados-Membros e a adaptar o seu plano de pagamentos em conformidade;

308. Lamenta que, em 30 de junho de 2016, nem todos os Estados-Membros tenham transposto as diretivas relativas a contratos públicos e insta a Comissão a continuar a ajudar os Estados-Membros a reforçarem as suas capacidades para transporem estas diretivas, assim como a executarem todos os seus planos de ação em matéria de condicionalidades ex ante, que constitui uma condição prévia essencial para a prevenção de irregularidades fraudulentas e não fraudulentas; insiste na importância da execução do plano de ação relativo aos contratos públicos para os FEEI para 2014-2020 tendo em vista a simplificação, a agilização e a harmonização dos procedimentos de contratação pública eletrónica;

309. Regista o facto de a taxa média de desembolso para 1025 instrumentos financeiros do FEDER e do FSE ter sido de 57 % no final de 2014, o que representa um aumento de apenas 10 % relativamente a 2013; lamenta a observação do Tribunal relativa à prorrogação do período de elegibilidade dos pagamentos aos destinatários finais no âmbito de instrumentos financeiros através de uma decisão da Comissão e não de um regulamento modificativo; manifesta preocupação caso o Tribunal considere que todos os desembolsos efetuados após 31 de dezembro de 2015 foram irregulares; observa com preocupação que uma parte significativa das dotações iniciais dos instrumentos financeiros do FEDER e do FSE durante o período de programação 2007-2013 foi despendida em custos e taxas de gestão;

310. Congratula-se com a abordagem adotada pelo Tribunal de se centrar no desempenho, e considera boa prática que as autoridades de gestão definam indicadores de resultados

1 Grupo de alto nível de peritos independentes sobre o acompanhamento da simplificação para os beneficiários dos Fundos Europeus Estruturais e de Investimento

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para medir a contribuição dos projetos para a realização dos objetivos estabelecidos para os PO, no respeito pelo critério da adicionalidade; sublinha a necessidade de intensificar a comunicação; exorta a Comissão a identificar canais de comunicação mais eficazes, com vista a aumentar a visibilidade dos investimentos que recorrem a FEEI; insta a Comissão a desenvolver um número limitado de indicadores pertinentes que possam ajudar a medir o desempenho;

311. Insta a Comissão e os Estados-Membros a aproveitarem ao máximo os instrumentos territoriais, garantindo que as estratégias integradas de desenvolvimento urbano sejam aprovadas atempadamente para financiamento, o que permitirá às cidades investir em estratégias globais e explorar sinergias entre as políticas, assim como assegurar um maior impacto a longo prazo no crescimento e no emprego.

Agricultura e Desenvolvimento Rural

312. Insta o Tribunal a continuar a apresentar avaliações separadas para o FEOGA, o FEADER e a Rubrica 2, inclusivamente para além do exercício subsequente, dado que avaliações separadas permitem uma ação orientada para melhorar taxas de erro significativamente diferentes;

313. Exorta tanto a Comissão como as autoridades dos Estados-Membros a continuarem a gerir e a reduzir a complexidade no que se refere aos pagamentos diretos, em especial no caso de existirem vários níveis envolvidos na administração do FEAGA;

314. Congratula-se com a nova geração de instrumentos financeiros adicionais e considera que estes devem ser concebidos com objetivos mais claros e com um grau adequado de controlo no final do período de execução, a fim de demonstrar o seu impacto e assegurar que não comportam uma subida da taxa de erro;

315. Insta, relativamente aos organismos pagadores nacionais nos Estados-Membros cujas expectativas ficaram aquém do previsto nos últimos três anos, a que os funcionários da UE já em serviço sejam os responsáveis por esses organismos pagadores, ao invés de funcionários nacionais do Estado-Membro em questão;

316. Chama a atenção para a natureza plurianual do sistema de gestão da política agrícola e salienta que a avaliação final das irregularidades relacionadas com a aplicação da diretiva só será possível com o encerramento do período de programação;

317. Observa que a simplificação da PAC não deve colocar em risco a produção viável de alimentos e apela à adoção de medidas para concretizar a transição para uma economia hipocarbónica nos setores agroalimentar e florestal.

Pescas

318. Considera animador ver que o seguimento dado às reservas da DG MARE formuladas no seu relatório anual de 2014, no que diz respeito ao sistema de gestão e controlo dos programas do Fundo Europeu das Pescas (2007-2013), permitiu reduzir significativamente a apenas cinco o número de PO e de Estados-Membros envolvidos;

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319. Está seguro de que o sistema de controlo interno implementado pela DG MARE proporciona garantias suficientes para gerir de forma adequada o risco relativo à legalidade e regularidade das operações;

320. Congratula-se com o facto de, nas doze operações relativas especificamente às pescas, auditadas pelo Tribunal, não ter sido identificado qualquer erro quantificável;

321. Considera, no entanto, lamentável que a grande maioria dos Estados-Membros tenha transmitido muito tardiamente os seus PO relacionados com o Fundo Europeu dos Assuntos Marítimos e das Pescas, o que causou grandes atrasos na mobilização de fundos;

322. Constata, por conseguinte, que nenhuma despesa pôde ser declarada à Comissão antes de 30 de junho de 2015 e, portanto, nenhuma despesa foi controlada até essa data; recorda que os Estados-Membros são responsáveis pela execução das dotações em gestão partilhada.

Cultura e Educação

323. Reitera que a incorporação de todos os programas de mobilidade para os jovens da UE no Erasmus+ se destina principalmente a aumentar a sua eficácia e, por conseguinte, insta a Comissão a respeitar os objetivos e as rubricas orçamentais acordadas para o programa a fim evitar que este perca a sua orientação;

324. Congratula-se com a prontidão com que tanto o Erasmus+ como a Europa Criativa deram resposta aos desafios emergentes da integração de refugiados/migrantes e da luta contra a radicalização em 2015;

325. Observa que foram disponibilizados pela primeira vez em 2015 empréstimos ao abrigo do Mecanismo de Garantia de Empréstimo a Estudantes (empréstimos para Mestrados Erasmus +), tendo o seu lançamento sido efetuado por dois bancos em Espanha e França; insiste em que, para que este mecanismo de concessão de empréstimos se torne viável, será essencial assegurar uma ampla cobertura geográfica e um acompanhamento atento das condições de empréstimo pela Comissão;

326. Recorda que 2015 foi o primeiro ano em que o programa Europa Criativa foi gerido por duas Direções-Gerais da Comissão Europeia, a DG EAC e a DG CNECT; insiste na necessidade de uma abordagem coordenada para que os problemas de organização interna não prejudiquem o funcionamento do programa ou a perceção que os cidadãos têm do mesmo.

Liberdades Cívicas, Justiça e Assuntos Internos

327. Solicita à Comissão que elabore e apresente à autoridade de quitação um historial dos casos de conflitos de interesses identificados;

328. Lamenta que os indicadores essenciais de desempenho no relatório anual de atividades da DG-HOME não abranjam o número de pessoas assistidas, reinstaladas, transferidas e repatriadas em 2015; lamenta a falta de indicadores que permitam avaliar o efeito das medidas adotadas no reforço da coordenação e da cooperação entre as autoridades

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policiais nacionais;

329. Incentiva o desenvolvimento de prioridades políticas mais claras e a longo prazo com uma tradução mais concreta em prioridades operacionais; salienta, neste contexto, a importância de uma cooperação mais estreita com outros organismos, em particular as agências;

330. Lamenta a falta de harmonização das estruturas de governação da segurança da informação da Comissão com as melhores práticas reconhecidas (segundo o relatório de auditoria do SAI).

Questões relativas ao género

331. Salienta que a igualdade dos géneros deve constituir um objetivo transversal de todos os domínios de intervenção; observa, contudo, que alguns programas não incluem ações com uma orientação específica e dotações orçamentais específicas para a consecução deste objetivo e que uma melhor recolha de dados se deve traduzir não só numa quantificação das dotações afetadas às ações que contribuem para a igualdade dos géneros, como também numa melhoria da avaliação de impacto desses fundos da União;

332. Reitera os seus apelos à Comissão no sentido de ter em consideração a orçamentação sensível ao género em todas as fases do processo orçamental, nomeadamente aquando da execução do orçamento e da avaliação da sua aplicação, incluindo o FEIE, o FSE, o FEDER e o programa Horizonte 2020 para combater a discriminação que existe nos Estados-Membros; salienta que importa incluir no planeamento, na execução e na avaliação do orçamento, em consonância com a iniciativa “Orçamento da UE orientado para os resultados” por e com a tónica no desempenho, um conjunto comum de indicadores de resultados e de impacto quantificáveis, que permitiriam uma melhor avaliação da execução do orçamento da perspetiva do género;

333. Exorta a Comissão a utilizar a análise da orçamentação em função do género tanto das novas rubricas orçamentais como das já existentes e, se possível, a proceder às mudanças políticas necessárias para garantir que indiretamente não haja uma desigualdade entre os géneros.

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2.2.2017PARECER DA COMISSÃO DOS ASSUNTOS EXTERNOS

dirigido à Comissão do Controlo Orçamental

sobre a quitação pela execução do orçamento geral da União Europeia para o exercício de 2015, Secção III - Comissão e agências de execução(2016/2151(DEC))

Relator de parecer: Zigmantas Balčytis

SUGESTÕES

A Comissão dos Assuntos Externos insta a Comissão do Controlo Orçamental, competente quanto à matéria de fundo, a incorporar as seguintes sugestões na proposta de resolução que aprovar:

1. Lamenta que, segundo as estimativas do Tribunal de Contas Europeu (TCE) que figuram no seu relatório anual, o nível de erro na categoria 4 para o exercício de 2015 não tenha diminuído em relação a 2014 e se eleve a 2,8 %; salienta, contudo, que este valor é inferior ao nível de erro identificado noutras categorias, não obstante o facto de as atividades de ajuda externa da UE terem frequentemente lugar em regiões afetadas por crises e em contextos politicamente difíceis;

2. Apoia todas as recomendações formuladas pelo TCE com base nas suas conclusões; congratula-se com o facto de a Comissão ter aplicado cabalmente 5 das 7 recomendações formuladas pelo TCE nos relatórios de 2012 e 2013, e insta a Comissão a tomar as medidas necessárias para concluir a aplicação das restantes;

3. Constata com preocupação que a qualidade das verificações de despesas efetuadas por auditores contratados pelos beneficiários continua a ser deficiente, o que, em alguns casos, pode levar a Comissão a aceitar despesas que não são elegíveis, e reconhece a necessidade de melhorar o controlo das subvenções; salienta que também foram detetados atrasos na validação, na autorização e no pagamento de despesas pela Comissão;

4. Manifesta a sua apreensão pelo facto de a auditoria do TCE ter revelado que a avaliação da DG NEAR do montante dos pagamentos em risco não é suficientemente precisa, pelo que espera que a DG NEAR proceda rapidamente a uma revisão da sua metodologia;

5. Congratula-se com os progressos realizados, mas assinala que 6 das 10 missões civis no âmbito da Política Comum de Segurança e Defesa (PCSD) ainda não foram reconhecidas pela Comissão como estando conformes com o artigo 60.º do Regulamento Financeiro; insta a Comissão a intensificar os trabalhos a fim de acreditar todas as missões civis

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realizadas no âmbito da PCSD, em consonância com a recomendação do Tribunal de Contas Europeu, para que lhes possam ser atribuídas tarefas de execução orçamental em regime de gestão indireta;

6. Congratula-se com a criação da Plataforma de Apoio a Missões, destinada a reduzir os encargos administrativos e a aumentar a eficiência das missões civis da PCSD; lamenta a sua dimensão e o seu alcance limitados, e reitera o seu apelo a que se avance no sentido de um Centro de Serviços Partilhados, que conduziria a mais ganhos orçamentais e de eficiência através da centralização de todos os serviços de apoio às missões que não precisam de ser assegurados a nível local;

7. Incentiva à realização de mais progressos na modernização do entreposto da PCSD, a fim de permitir a reutilização de equipamento que já não seja necessário e a sua reafetação entre missões com base nas necessidades reais, permitindo, assim, economias e disponibilizando mais facilmente o equipamento necessário;

8. Reitera a sua opinião de que as regras financeiras da União requerem uma melhor adaptação às especificidades da ação externa, incluindo a gestão de crises, e salienta que a atual revisão do Regulamento Financeiro deve proporcionar uma maior flexibilidade.

9. Exprime preocupação com a falta de instrumentos de controlo diretos no que respeita à utilização da assistência macrofinanceira por parte dos países terceiros beneficiários; solicita à Comissão que estabeleça uma maior ligação entre este tipo de assistência e parâmetros mensuráveis;

10. Toma nota dos relatórios especiais n.os 11/2016, 20/2016 e 21/2016 do TCE que incidem na assistência de pré-adesão à UE para o reforço da capacidade administrativa nos Balcãs Ocidentais; congratula-se com todas as recomendações do TCE e encoraja a Comissão a aplicá-las; chama especialmente a atenção para a importância de assegurar uma assistência ágil, direcionada e flexível aos países candidatos e potenciais candidatos dos Balcãs Ocidentais, bem como de utilizar plenamente os instrumentos disponíveis para estimular as reformas necessárias para a trajetória europeia destes países;

11. Congratula-se igualmente com as recomendações sugeridas pelo TCE no relatório especial n.º 13/2016 sobre a assistência da UE ao reforço da administração pública na Moldávia e no relatório especial n.º 32/2016 sobre a assistência da UE à Ucrânia; considera que a UE deve utilizar plenamente a alavanca da condicionalidade e assegurar um controlo adequado da execução das reformas empreendidas, a fim de contribuir positivamente para o reforço das práticas democráticas, tanto na Moldávia como na Ucrânia.

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RESULTADO DA VOTAÇÃO FINALNA COMISSÃO ENCARREGADA DE EMITIR PARECER

Data de aprovação 31.1.2017

Resultado da votação final +:–:0:

46111

Deputados presentes no momento da votação final

Francisco Assis, Petras Auštrevičius, Amjad Bashir, Bas Belder, Goffredo Maria Bettini, Mario Borghezio, Victor Boştinaru, Elmar Brok, Klaus Buchner, Javier Couso Permuy, Andi Cristea, Arnaud Danjean, Georgios Epitideios, Anna Elżbieta Fotyga, Eugen Freund, Michael Gahler, Sandra Kalniete, Manolis Kefalogiannis, Tunne Kelam, Afzal Khan, Janusz Korwin-Mikke, Andrey Kovatchev, Eduard Kukan, Barbara Lochbihler, Sabine Lösing, Andrejs Mamikins, Ramona Nicole Mănescu, Alex Mayer, David McAllister, Tamás Meszerics, Francisco José Millán Mon, Demetris Papadakis, Ioan Mircea Paşcu, Tonino Picula, Cristian Dan Preda, Jozo Radoš, Sofia Sakorafa, Jacek Saryusz-Wolski, Alyn Smith, Jordi Solé, Jaromír Štětina, Dubravka Šuica, László Tőkés, Ivo Vajgl, Elena Valenciano, Hilde Vautmans

Suplentes presentes no momento da votação final

Angel Dzhambazki, Mike Hookem, Othmar Karas, Antonio López-Istúriz White, Norica Nicolai, Urmas Paet, Soraya Post, György Schöpflin, Igor Šoltes, Željana Zovko

Suplentes (art. 200.º, n.º 2) presentes no momento da votação final

Raymond Finch, Jasenko Selimovic

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6.3.2017PARECER DA COMISSÃO DO DESENVOLVIMENTO

dirigido à Comissão do Controlo Orçamental

sobre a quitação pela execução do orçamento geral da União Europeia para o exercício de 2015, Secção III - Comissão e agências de execução(2016/2151(DEC))

Relator de parecer: Paul Rübig

SUGESTÕES

A Comissão do Desenvolvimento insta a Comissão do Controlo Orçamental, competente quanto à matéria de fundo, a incorporar as seguintes sugestões na proposta de resolução que aprovar:

1. Recorda que 2015 foi o ano que estava fixado para os Objetivos de Desenvolvimento do Milénio e para o compromisso coletivo da União de aumentar a ajuda pública ao desenvolvimento (APD) para 0,7 % do rendimento nacional bruto (RNB) cumulado; lamenta o facto de a APD coletiva da União ter atingido apenas 0,47 % do RNB, o que fez com que o objetivo não tivesse sido atingido, embora tenha havido um aumento significativo; observa, por outro lado, que, segundo os dados publicados pelo Comité de Ajuda ao Desenvolvimento da OCDE, a APD das instituições da União diminuiu em 2015; recorda a proposta da Comissão relativa a um novo consenso europeu em matéria de desenvolvimento que reitere claramente o compromisso coletivo da União de aumentar para 0,7% a parte do RNB consagrada à APD, bem como os objetivos específicos estabelecidos para os países menos desenvolvidos; lamenta o atraso na publicação do relatório anual da Comissão sobre a ajuda externa; insta a Comissão a acelerar a publicação do seu há muito aguardado relatório anual de 2015 sobre a responsabilização da UE em matéria de financiamento do desenvolvimento;

2. Destaca a importância primordial de uma política de desenvolvimento eficaz da União baseada em princípios de eficácia do desenvolvimento acordados a nível internacional e subscritos pela União, como a apropriação, a ajuda desvinculada, as condições mutuamente acordadas e o alinhamento com as prioridades dos países beneficiários;

3. Saúda neste contexto o Relatório Especial n.º 9/2016 do Tribunal de Contas Europeu intitulado «Despesas relativas à dimensão externa da política de migração da UE nos países da Vizinhança Oriental e do Mediterrâneo Meridional»; sublinha que o Tribunal chegou à conclusão que as despesas relativas à dimensão externa da política de migração da UE não lograram demonstrar a sua eficácia, que é impossível medir os seus resultados, que não se afigura clara a abordagem da Comissão para garantir que a

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migração tenha um impacto positivo no desenvolvimento, que as medidas de apoio ao regresso e à readmissão estão a surtir um impacto limitado e que o respeito pelos direitos humanos dos migrantes, que deveria guiar todas as intervenções, continua a ser teórico e raramente é assegurado na prática;

4. Saúda o Relatório Especial n.º 15/2016 do Tribunal de Contas Europeu sobre a ajuda humanitária prestada na região dos Grandes Lagos Africanos; realça que o Tribunal conclui que, em termos gerais, a Comissão geriu de forma eficaz a ajuda humanitária prestada às populações afetadas por conflitos na região dos Grandes Lagos Africanos; destaca o contraste flagrante com as despesas relativas à migração e considera que tal constitui mais uma prova de que as políticas de desenvolvimento bem planificadas surtem resultados bastante melhores do que um ativismo de curto prazo no domínio da migração;

5. Manifesta viva preocupação com a tendência notória evidenciada em propostas recentes da Comissão de ignorar disposições juridicamente vinculativas do Regulamento (UE) n.º 233/2014 do Parlamento Europeu e do Conselho1 no que respeita a despesas elegíveis para efeitos de APD e aos países elegíveis para financiamento a título do Instrumento de Cooperação para o Desenvolvimento; recorda que a legalidade das despesas da União é um princípio essencial da boa gestão financeira e que as considerações políticas não deveriam prevalecer sobre disposições jurídicas claramente enunciadas se a Comissão quiser manter a sua credibilidade em questões relativas ao Estado de direito; recorda à Comissão, neste contexto, o recente acórdão do Tribunal de Justiça Europeu2 sobre a cooperação com Marrocos e a questão do Sara Ocidental, no qual o Tribunal estatuiu que a União violou reiteradamente o Direito Internacional;

6. Apoia, em geral, o recurso ao apoio orçamental, embora inste a Comissão a avaliar e definir de maneira mais circunstanciada os resultados em termos de desenvolvimento a alcançar através do apoio orçamental em cada caso e, sobretudo, a melhorar os mecanismos de controlo no que respeita à conduta dos Estados beneficiários nos domínios da corrupção, do respeito pelos direitos humanos, do Estado de direito e da democracia; manifesta a sua profunda preocupação com a potencial utilização de apoios orçamentais em países que carecem de controlo democrático, quer devido à ausência de uma democracia parlamentar viável, de liberdades da sociedade civil e dos meios de comunicação social, quer devido à falta de capacidade por parte dos organismos de supervisão;

7. Insta a Comissão a integrar uma abordagem do desenvolvimento baseada em incentivos adotando o princípio «mais por mais» e tomando como exemplo a Política Europeia de Vizinhança; manifesta a sua convicção de que quanto mais e quanto mais rapidamente um país progredir nas suas reformas internas visando a criação e consolidação de instituições democráticas, a erradicação da corrupção e o respeito dos direitos humanos e do Estado de direito, tanto mais apoios deve receber da UE; salienta que com esta abordagem de «condicionalidade positiva», juntamente com uma forte tónica no financiamento de projetos de pequena escala para as comunidades rurais, se poderá

1 Regulamento (UE) n.º 233/2014, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 11 de março de 2014, que cria um instrumento de financiamento da cooperação para o desenvolvimento para o período 2014-2020 (JO L 77 de 15.3.2014, p. 44).

2 Acórdão do Tribunal de Justiça, de 21 de dezembro de 2016, Comissão contra Front Polisario, processo C-104/16, ECLI:EU:C:2016:973.

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lograr uma verdadeira mudança e garantir que o dinheiro dos contribuintes da UE será gasto de forma mais sustentável; por outro lado, condena vivamente toda e qualquer tentativa para fazer depender a ajuda do controlo de fronteiras;

8. Lamenta o facto de o Parlamento não ter sido consultado previamente no contexto da criação do Fundo Fiduciário de Emergência da UE para África, apesar de aquele gozar do direito de supervisão reforçada em relação à programação do Fundo Europeu de Desenvolvimento com base num compromisso político assumido pela Comissão; solicita mais esforços efetivos para reforçar a transparência das decisões relativas aos projetos deste fundo fiduciário, sublinha a inexistência de um formato adequado para a consulta regular do Parlamento e lamenta que não tenha sido tomada qualquer medida a este respeito.

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RESULTADO DA VOTAÇÃO FINALNA COMISSÃO ENCARREGADA DE EMITIR PARECER

Data de aprovação 28.2.2017

Resultado da votação final +:–:0:

2012

Deputados presentes no momento da votação final

Nirj Deva, Raymond Finch, Doru-Claudian Frunzulică, Enrique Guerrero Salom, Heidi Hautala, Maria Heubuch, Teresa Jiménez-Becerril Barrio, Stelios Kouloglou, Arne Lietz, Linda McAvan, Norbert Neuser, Vincent Peillon, Maurice Ponga, Cristian Dan Preda, Lola Sánchez Caldentey, Elly Schlein, Eleftherios Synadinos, Eleni Theocharous, Bogdan Brunon Wenta, Anna Záborská, Željana Zovko

Suplentes presentes no momento da votação final

Ádám Kósa, Paul Rübig

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VOTAÇÃO NOMINAL FINAL NA COMISSÃO ENCARREGADA DE EMITIR PARECER

20 +GUE/NGL Stelios Kouloglou, Lola Sánchez Caldentey

NI Eleftherios Synadinos

PPE Teresa Jiménez-Becerril Barrio, Ádám Kósa, Maurice Ponga, Cristian Dan Preda, Paul Rübig, Bogdan Brunon Wenta, Željana Zovko, Anna Záborská

S&D Doru-Claudian Frunzulică, Enrique Guerrero Salom, Arne Lietz, Linda McAvan, Norbert Neuser, Vincent Peillon, Elly Schlein

VERTS/ALE Heidi Hautala, Maria Heubuch

1 -EFDD Raymond Finch

2 0ECR Nirj Deva, Eleni Theocharous

Chave dos símbolos:+ : a favor- : contra0 : abstenção

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31.1.2017

PARECER DA COMISSÃO DO EMPREGO E DOS ASSUNTOS SOCIAIS

dirigido à Comissão do Controlo Orçamental

sobre a quitação pela execução do orçamento geral da União Europeia para o exercício de 2015, Secção III - Comissão e agências de execução(2016/2151(DEC))

Relatora de parecer: Marian Harkin

SUGESTÕES

A Comissão do Emprego e dos Assuntos Sociais insta a Comissão do Controlo Orçamental, competente quanto à matéria de fundo, a incorporar as seguintes sugestões na proposta de resolução que aprovar:

1. Regista com preocupação que o nível estimado de erro no domínio da coesão económica, social e territorial é de 5,2 %, o que representa uma pequena descida de 0,5 % em relação ao ano transato, continuando, porém, a estar muito longe da meta de 2 %;

2. Observa que as principais fontes de erro neste domínio são a inclusão de despesas inelegíveis nas declarações de custos dos beneficiários, a seleção de projetos, atividades e beneficiários inelegíveis e o incumprimento das regras relativas à contratação pública e aos auxílios estatais, o que nem sempre pode ser considerado erro administrativo; salienta a necessidade de tomar medidas imediatas para reduzir estas fontes de erro, observando que são por vezes selecionados projetos e atividades não elegíveis realizados por prestadores não elegíveis; exorta os Estados-Membros a absterem-se de tais práticas;

3. Lamenta que, à imagem do que já aconteceu em anos anteriores, os Estados-Membros tenham tido informações suficientes para prevenir e corrigir os erros antes de pedirem o reembolso e insiste com veemência em que, se os Estados-Membros, como é sua obrigação, tivessem utilizado essas informações, os erros estimados teriam sido inferiores em 2,4 %, e que, além disso, o erro ao nível dos Estados-Membros contribuiu com mais de 0,6 % para os níveis de erro; salienta que, conjugados, estes factos reduziriam o nível estimado de erro para aquém do limiar material de 2 %; sublinha a extrema importância de reforçar o apoio administrativo que a Comissão presta aos Estados-Membros;

4. Observa com preocupação que, no final de 2015, menos de 20 % das autoridades nacionais responsáveis pelos Fundos Europeus Estruturais e de Investimento («FEEI») tinham sido designadas e que, por conseguinte, existe um risco premente de os atrasos na

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execução orçamental para o período de programação de 2014-2020 serem superiores aos do período 2007-2013; salienta que este atraso constitui uma grande sobrecarga para os beneficiários e, por isso, põe em risco o financiamento estável de projetos como, por exemplo, o Fundo Social Europeu e a Iniciativa para o Emprego dos Jovens; insta a Comissão e os Estados-Membros em que se registam atrasos a tomarem de imediato todas as precauções necessárias para garantir que estes atrasos não deem origem a complicações orçamentais semelhantes às que se verificaram no final do período de programação 2007-2013;

5. Toma nota da recomendação do Tribunal no sentido de que a Comissão reexamine em profundidade a conceção e o mecanismo de execução dos FEEI no quadro da formulação da sua proposta legislativa para o período de programação 2014-2020 e tenha em conta as sugestões do grupo de alto nível sobre a simplificação;

6. Toma nota da recomendação do Tribunal no sentido de que a Comissão utilize a experiência adquirida no período de programação 2007-2013, proceda a uma análise específica das regras de elegibilidade nacionais do período de programação 2014-2020 e, com base nesta análise, forneça orientações aos Estados-Membros sobre a forma de simplificar e evitar regras desnecessariamente complexas ou onerosas;

7. Insta a Comissão a considerar a possibilidade de incluir os programas de financiamento da União na sua análise anual dos encargos, tal como acordado no Acordo Interinstitucional «Legislar melhor» de 13 de abril de 2016; realça que a introdução de objetivos de redução dos encargos anuais que incluam programas de financiamento da UE favoreceria o cumprimento das regras e, portanto, contribuiria para reduzir a taxa de erro;

8. Toma nota das conclusões do TCE1 sobre a «Garantia para a Juventude»;

9. Regista a decisão da Comissão de criar um grupo de alto nível para a simplificação, em reação aos consideráveis encargos administrativos para os beneficiários devido ao aumento dos níveis de controlo;

10. Acolhe favoravelmente a recomendação feita pelo Tribunal à Comissão no sentido de que esta clarifique os laços entre a Estratégia Europa 2020, o quadro financeiro plurianual e as prioridades da Comissão, de molde a garantir uma comunicação eficaz sobre a contribuição do orçamento da UE para a consecução dos objetivos da Estratégia Europa 2020;

11. Congratula-se com a maior ênfase dada aos resultados durante o período de programação 2014-2020; considera, no entanto, que um maior desenvolvimento dos indicadores de resultados e dos sistemas de controlo contribuiria para robustecer a responsabilização financeira e para aumentar a eficácia de futuros programas operacionais.

1 Ver igualmente o Relatório Especial do TCE nº   3/2015: Garantia para a Juventude da UE: foram tomadas as primeiras medidas, mas preveem-se riscos de execução

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RESULTADO DA VOTAÇÃO FINAL NA COMISSÃO ENCARREGADA DE EMITIR PARECER

Data de aprovação 25.1.2017

Resultado da votação final +:–:0.

4640

Deputados presentes no momento da votação final

Laura Agea, Brando Benifei, Vilija Blinkevičiūtė, Enrique Calvet Chambon, Ole Christensen, Martina Dlabajová, Lampros Fountoulis, Marian Harkin, Czesław Hoc, Agnes Jongerius, Rina Ronja Kari, Jan Keller, Agnieszka Kozłowska-Rajewicz, Jean Lambert, Jérôme Lavrilleux, Patrick Le Hyaric, Jeroen Lenaers, Verónica Lope Fontagné, Javi López, Thomas Mann, Dominique Martin, Joëlle Mélin, Elisabeth Morin-Chartier, João Pimenta Lopes, Georgi Pirinski, Terry Reintke, Sofia Ribeiro, Robert Rochefort, Claude Rolin, Anne Sander, Sven Schulze, Siôn Simon, Jutta Steinruck, Romana Tomc, Yana Toom, Ulrike Trebesius, Marita Ulvskog, Renate Weber, Jana Žitňanská

Suplentes presentes no momento da votação final

Georges Bach, Heinz K. Becker, Lynn Boylan, Dieter-Lebrecht Koch, Paloma López Bermejo, Edouard Martin, Evelyn Regner, Csaba Sógor, Helga Stevens, Flavio Zanonato

Suplentes (art. 200.º, n.º 2) presentes no momento da votação final

Marco Valli

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1.2.2017

PARECER DA COMISSÃO DO AMBIENTE, DA SAÚDE PÚBLICA E DA SEGURANÇA ALIMENTAR

dirigido à Comissão do Controlo Orçamental

sobre a quitação pela execução do orçamento geral da União Europeia para o exercício de 2015, Secção III - Comissão e agências de execução(2016/2151(DEC))

Relator de parecer: Giovanni La Via

SUGESTÕES

A Comissão do Ambiente, da Saúde Pública e da Segurança Alimentar insta a Comissão do Controlo Orçamental, competente quanto à matéria de fundo, a incorporar as seguintes sugestões na proposta de resolução que aprovar:

1. Manifesta a sua satisfação quanto à taxa de execução global pela Comissão das rubricas orçamentais relativas ao ambiente, à ação no domínio do clima, à saúde pública e à segurança alimentar em 2015;

2. Congratula-se com o trabalho levado a cabo pelas cinco agências descentralizadas que se encontram no seu âmbito de competências e que exercem funções técnicas, científicas ou administrativas que ajudam as instituições da União a elaborar e a executar as políticas no domínio do ambiente e do clima, da saúde pública e da segurança alimentar, bem como com a forma como os seus orçamentos são executados;

3. Regista, relativamente à secção «Desenvolvimento rural, pescas, ambiente e alterações climáticas» no capítulo relativo ao ambiente, uma ligeira redução da taxa de erro global no relatório do Tribunal de Contas Europeu (TCE) respeitante a 2015, com 5,3 % em comparação com 6 % no ano anterior;

Ambiente e ação climática

4. Sublinha que a DG ENV dispunha de 369 251 846 EUR de dotações para autorizações, das quais 99,83 % foram executadas; assinala que, no que respeita às dotações para pagamentos, é satisfatório que tenham sido utilizados 99,36% dos 332 260 333 EUR disponíveis; assinala ainda que a despesa administrativa do programa LIFE+ é executada ao longo de dois exercícios orçamentais (através de transições automáticas de dotações) e

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que, se esta despesa administrativa não for tida em conta, a taxa de execução dos pagamentos ascende a 99,72%;

5. Manifesta a sua satisfação quanto à taxa de execução global do orçamento operacional LIFE+, que foi de 99,95 % em 2015 para as dotações de autorização e de 98,93% para as dotações de pagamento; salienta que o LIFE + contribuiu para aumentar a sensibilização dos cidadãos e a sua participação na legislação e na aplicação da política ambiental da União, bem como para melhorar a governação neste domínio; observa que, em 2015, foram afetados 225,9 milhões de EUR para subvenções de ação, 40 milhões de EUR foram utilizados para os instrumentos financeiros geridos pelo Banco Europeu de Investimento e 59,2 milhões de EUR foram utilizados para medidas destinadas a apoiar o papel da Comissão no lançamento e acompanhamento do desenvolvimento de políticas e legislação; regista que 10,2 milhões de EUR foram utilizados para apoio administrativo ao programa LIFE e apoio à Agência de Execução para as Pequenas e Médias Empresas (EASME);

6. Regista que execução da DG CLIMA subiu para 99,9% dos 108 747 880 EUR de dotações para autorizações e 91,77% dos 47 479 530 EUR de dotações para pagamentos, e que, se a despesa administrativa não for tida em conta, a taxa de execução dos pagamentos ascende a 96,88%;

7. Realça que foi atribuído um montante de 4 400 000 EUR às contribuições para convenções, protocolos e acordos internacionais em que a União é parte signatária ou em relação aos quais a União participa nos trabalhos preparatórios; entende que é importante, neste contexto, que o papel do Parlamento Europeu seja devidamente refletido;

8. Incentiva a Comissão a concentrar-se nos projetos-piloto (PP) e nas ações preparatórias (AP) com verdadeiro valor acrescentado para a União no futuro; toma nota de que foram executados dez PP e cinco AP, num montante total de 1 400 000 EUR em dotações para autorizações e 5 599 888 EUR em dotações para pagamentos;

Saúde Pública

9. Regista que em 2015 foi concluída uma avaliação do segundo Programa de Saúde (2008-2013); congratula-se com o facto de o terceiro Programa de Saúde ter sido reforçado em 2015 para apoiar e promover o intercâmbio de informações e boas práticas entre os Estados-Membros que enfrentam desafios relacionados com um acolhimento excecional de migrantes, requerentes de asilo e refugiados, em especial no que se refere à elaboração pela DG SANTE de um registo de saúde pessoal para a avaliação do estado de saúde dos migrantes, com vista a ser utilizado em áreas de receção e centros de registo, e de um orçamento adicional para projetos relacionados com a saúde dos migrantes;

10. Assinala que o nível de execução do programa de Saúde Pública 2008-2014 é muito bom (99,7%) e que as dotações de pagamento disponíveis foram totalmente executadas;

11. Observa que a DG SANTE foi responsável, em 2015, pela execução de 237 251 659 EUR inscritos nas rubricas orçamentais da saúde pública, dos quais 97,4% foram autorizados de forma satisfatória; toma igualmente nota de que o nível de execução das dotações para pagamentos se situa nos 97,2 %; salienta, no entanto, que todas as dotações no domínio da saúde foram executadas na íntegra, com exceção das respeitantes ao Centro Europeu de

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Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC), à Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA) e à Agência Europeia de Medicamentos (EMA); sublinha, não obstante, que a subexecução dessas dotações para autorizações corresponde inteiramente ao resultado de 2014;

12 Observa que as contas das agências registaram um resultado orçamental positivo de 3 083 926 EUR (ECDC), 1 089 066 EUR (EFSA) e 1 949 934 EUR (EMA) e que este montante foi inscrito enquanto dotações de receitas afetadas em 2015 que serão executadas em 2016; regista, por conseguinte, tendo em conta este facto, que a taxa de execução ronda também os 100 % para as três agências;

13. Verifica, no que respeita às dotações para pagamentos, que, durante o procedimento de transferência global, em setembro de 2015, um montante de 8,1 milhões de euros em dotações para pagamentos foi devolvido no domínio da saúde;

Segurança alimentar, saúde e bem-estar dos animais e fitossanidade

14. Observa que, no que se refere às dotações de autorização para os alimentos para consumo humano e animal, a saúde animal, o bem-estar dos animais e a fitossanidade, durante o procedimento de transferência global, 12,9 milhões de euros foram devolvidos do orçamento relativo aos alimentos para consumo humano e animal, sendo 2,4 milhões de EUR da fitossanidade e 10,5 milhões de EUR do Fundo de Emergência; observa que as restantes dotações de autorização disponíveis foram integralmente executadas;

15. Regista que não foram aprovados novos projetos-piloto em 2015; observa que, no que se refere à AP sobre os postos de controlo do transporte de animais, foi efetuado em 2015 um pagamento do saldo no montante de 0,4 milhões de EUR;

16. Considera, com base nos dados disponíveis e no relatório de execução, que pode ser concedida quitação à Comissão pela execução das despesas nos domínios da política ambiental e climática, da saúde pública e da segurança alimentar relativas ao exercício de 2015.

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RESULTADO DA VOTAÇÃO FINAL NA COMISSÃO ENCARREGADA DE EMITIR PARECER

Data de aprovação 31.1.2017

Resultado da votação final +:–:0:

54110

Deputados presentes no momento da votação final

Marco Affronte, Pilar Ayuso, Zoltán Balczó, Simona Bonafè, Biljana Borzan, Paul Brannen, Soledad Cabezón Ruiz, Nessa Childers, Mireille D’Ornano, Miriam Dalli, Mark Demesmaeker, Ian Duncan, Stefan Eck, José Inácio Faria, Karl-Heinz Florenz, Francesc Gambús, Elisabetta Gardini, Gerben-Jan Gerbrandy, Jens Gieseke, Julie Girling, Sylvie Goddyn, Françoise Grossetête, Andrzej Grzyb, Jytte Guteland, György Hölvényi, Anneli Jäätteenmäki, Jean-François Jalkh, Benedek Jávor, Karin Kadenbach, Kateřina Konečná, Urszula Krupa, Giovanni La Via, Peter Liese, Norbert Lins, Valentinas Mazuronis, Susanne Melior, Miroslav Mikolášik, Gilles Pargneaux, Piernicola Pedicini, Pavel Poc, Julia Reid, Frédérique Ries, Daciana Octavia Sârbu, Renate Sommer, Claudiu Ciprian Tănăsescu, Ivica Tolić, Estefanía Torres Martínez, Adina-Ioana Vălean, Jadwiga Wiśniewska, Damiano Zoffoli

Suplentes presentes no momento da votação final

Clara Eugenia Aguilera García, Jørn Dohrmann, Herbert Dorfmann, Martin Häusling, Jan Huitema, Peter Jahr, Merja Kyllönen, Gesine Meissner, James Nicholson, Gabriele Preuß, Bart Staes, Tiemo Wölken

Suplentes (art. 200.º, n.º 2) presentes no momento da votação final

Dieter-Lebrecht Koch, Jiří Maštálka, Clare Moody

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1.3.2017

PARECER DA COMISSÃO DOS TRANSPORTES E DO TURISMO

dirigido à Comissão do Controlo Orçamental

sobre a quitação pela execução do orçamento geral da União Europeia para o exercício de 2015, Secção III - Comissão e agências de execução (2016/2151(DEC))

Relatora de parecer: Karima Delli

SUGESTÕES

A Comissão dos Transportes e do Turismo insta a Comissão do Controlo Orçamental, competente quanto à matéria de fundo, a incorporar as seguintes sugestões na proposta de resolução que aprovar:

1. Observa que, em 2015,

– 2 276 574 666 EUR em dotações para autorizações e 1 742 254 807 EUR em dotações para pagamentos estavam disponíveis para as políticas em matéria de transportes, incluindo o Mecanismo Interligar a Europa (MIE), a segurança nos transportes e os direitos dos passageiros, bem como as agências de transporte,

– 241 000 390 EUR em dotações para autorizações e 152 559 306 EUR em dotações para pagamentos estavam disponíveis para a investigação e a inovação no domínio dos transportes, incluindo o SESAR2 e a Empresa Comum Shift2Rail,

– 75 145 385 EUR em dotações para autorizações e para pagamentos estavam disponíveis para as despesas administrativas;

2. Lamenta que, a fim de preparar a quitação pela execução do orçamento geral da União Europeia - Comissão, vários relatórios tenham de ser explorados para se obter uma visão global da execução orçamental relativa aos transportes; lamenta, além disso, a falta de harmonização da informação financeira relativa às dotações, ou seja, se as ordens de cobrança, a participação de países terceiros, as receitas afetadas, etc. foram tidas em conta, o que dificulta muito a preparação da quitação;

3. Observa que o montante total das autorizações por liquidar no final do exercício de 2015

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era de 4 243 milhões de EUR (2 843 milhões de EUR em 2014);

4. Regista que, em 2015, foram atribuídos 12,8 mil milhões de EUR a 263 projetos de transporte através de convenções de subvenção assinadas em 2015 no âmbito dos convites à apresentação de propostas do MIE de 2014; observa ainda que o financiamento do MIE gerou 28,3 mil milhões de EUR de investimentos totais, combinando uma contribuição da União com os orçamentos das regiões e dos Estados-Membros, bem como empréstimos do Banco Europeu de Investimento (BEI);

5. Observa que, no domínio da "Competitividade para o crescimento e o emprego", no qual o setor dos transportes se insere, o Tribunal de Contas apenas auditou sete operações sob a responsabilidade da DG MOVE; observa que foram detetados erros em apenas uma das operações auditadas e que esses erros dizem respeito ao incumprimento das regras em matéria de contratos públicos;

6. Considera que, uma vez que a criação do FEIE e do Fundo de Garantia com uma taxa visada de 50% afetou a flexibilidade orçamental no QFP 2014-2020 e o orçamento previsto para o MIE foi reduzido, a proposta da Comissão de prolongar o FEIE deve assentar numa avaliação de impacto deste instrumento;

7. Salienta que o relatório de avaliação do BEI assinala desequilíbrios geográficos e concentrações sectoriais no dossiê da Secção Infraestruturas e Inovação (SII) e que o financiamento ao abrigo da SII está concentrado (63%) em três Estados-Membros; convida a Comissão a avaliar com urgência o impacto do FEIE na União no seu conjunto; lamenta que o FEIE não seja suficientemente utilizado para o financiamento de projetos inovadores de transporte relativos a todos os modos de transporte, nomeadamente para promover os meios de transporte sustentáveis e prosseguir o incentivo ao processo de digitalização, bem como a acessibilidade sem barreiras;

8. Lamenta que a Comissão (DG MOVE) ainda não tenha estabelecido um documento estratégico consolidado formal para a supervisão do desenvolvimento dos corredores da rede principal das RTE-T; encoraja a Comissão a adotar esse documento estratégico relativo às atividades de supervisão e à transparência; recorda que a transparência e a consulta de todas as partes interessadas contribuem para o êxito dos projetos de transporte;

9. Observa que a Agência de Execução para a Inovação e as Redes (INEA) ainda não formalizou uma estratégia de controlo que abranja todos os controlos a implementar nas diferentes fases do processo de gestão de subvenções; solicita, por conseguinte, à INEA que desenvolva indicadores-chave de desempenho para medir a eficácia e a eficiência dos controlos e estabelecer plenamente controlos ex ante e ex post dos pagamentos intercalares e finais;

10. Salienta que, no período de 2014-2020, os projetos no domínio dos transportes serão financiados a partir de várias fontes, incluindo o MIE, o Fundo de Coesão, o Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional e o FEIE; insta, por conseguinte, a Comissão a desenvolver sinergias que permitam que estas diferentes fontes de financiamento afetem os fundos disponíveis de forma mais eficiente, assim como a combinação destes recursos entre si; convida a Comissão a elaborar e publicar anualmente, inter alia nos seus sítios Web, listas facilmente acessíveis dos projetos no domínio dos transportes, incluindo as percentagens por modo, e do turismo que sejam cofinanciados através dos referidos

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fundos;

11. Lamenta que a empresa comum Shift2Rail ainda não tenha atingido a sua autonomia financeira; observa que, consequentemente, a gestão orçamental e financeira da empresa comum está integrada na gestão financeira da Comissão (DG MOVE); congratula-se, não obstante, com o facto de a empresa ter finalmente atingido a sua autonomia financeira em maio de 2016;

12. Observa que o orçamento anual da empresa comum S2R para 2015 era de 48,04 milhões de EUR em dotações para autorizações, dos quais 45,33 milhões de EUR para despesas operacionais e 2,71 milhões de EUR para despesas administrativas; regista que as dotações para pagamentos foram fixadas em 0,00 milhões de EUR para despesas operacionais, uma vez que não foi assinada qualquer subvenção em 2015, ao passo que as dotações de pagamento para despesas administrativas totalizaram 2,71 milhões de EUR, dos quais 1,35 milhões de EUR provenientes da contribuição da União;

13. Lamenta profundamente que as contribuições dos membros da empresa comum S2R respeitantes a 2014 ainda não tenham sido cobradas e que a contribuição de 2015 (1,35 milhões de EUR) só tenha sido parcialmente paga;

14. Congratula-se com a conclusão da estrutura de governação, a finalização da constituição da empresa comum S2R e a adoção do plano diretor estratégico, que constituíam uma condição prévia para a aprovação dos primeiros planos de trabalho anuais da empresa comum e, por conseguinte, para o lançamento dos convites à apresentação de propostas; lamenta, no entanto, que o diretor executivo não tenha sido nomeado em 2015;

15. Regista que, em dezembro de 2015, a empresa comum S2R lançou quatro convites à apresentação de propostas dotados de 170 milhões de EUR para apoiar a inovação nos caminhos-de-ferro, sendo 90 milhões de EUR provenientes da União; assinala que o montante de 90 milhões de EUR resulta da combinação das dotações de 2015 (45,33 milhões de EUR) e 2016 (45,25 milhões de EUR);

16. Entende que a Comissão deve continuar a melhorar a transparência na gestão dos fundos;

17. Lamenta que as dotações destinadas ao turismo ainda não sejam adequadas, nomeadamente para promover o desenvolvimento de projetos de turismo sustentável e acessível, e apoiar as PME e as microempresas, bem como a evolução da economia colaborativa;

18. Propõe que, relativamente aos setores para os quais a Comissão dos Transportes e do Turismo é competente, o Parlamento dê quitação à Comissão pela execução do orçamento geral da União para o exercício de 2015.

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RESULTADO DA VOTAÇÃO FINALNA COMISSÃO ENCARREGADA DE EMITIR PARECER

Data de aprovação 28.2.2017

Resultado da votação final +:–:0:

3870

Deputados presentes no momento da votação final

Daniela Aiuto, Lucy Anderson, Marie-Christine Arnautu, Georges Bach, Izaskun Bilbao Barandica, Luis de Grandes Pascual, Andor Deli, Isabella De Monte, Ismail Ertug, Jacqueline Foster, Bruno Gollnisch, Dieter-Lebrecht Koch, Merja Kyllönen, Miltiadis Kyrkos, Bogusław Liberadzki, Peter Lundgren, Marian-Jean Marinescu, Georg Mayer, Gesine Meissner, Cláudia Monteiro de Aguiar, Jens Nilsson, Markus Pieper, Salvatore Domenico Pogliese, Tomasz Piotr Poręba, Gabriele Preuß, Christine Revault D’Allonnes Bonnefoy, Dominique Riquet, Massimiliano Salini, Claudia Schmidt, Jill Seymour, Keith Taylor, Pavel Telička, István Ujhelyi, Wim van de Camp, Janusz Zemke, Roberts Zīle, Kosma Złotowski, Elżbieta Katarzyna Łukacijewska

Suplentes presentes no momento da votação final

Jakop Dalunde, Mark Demesmaeker, Markus Ferber, Karoline Graswander-Hainz, Kateřina Konečná, Franck Proust

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25.1.2017

PARECER DA COMISSÃO DO DESENVOLVIMENTO REGIONAL

dirigido à Comissão do Controlo Orçamental

sobre a quitação pela execução do orçamento geral da União Europeia para o exercício de 2015: Secção III – Comissão e agências de execução(2016/2151(DEC))

Relatora de parecer: Iskra Mihaylova

SUGESTÕES

A Comissão do Desenvolvimento Regional insta a Comissão do Controlo Orçamental, competente quanto à matéria de fundo, a incorporar as seguintes sugestões na proposta de resolução que aprovar:

1. Toma nota de que o Relatório Anual do Tribunal de Contas (doravante designado «o Tribunal») relativo a 2015 constatou que a taxa de erro estimada na política de coesão diminuiu de 5,7 % em 2013 e 5,7 % em 2014 para 5,2 % em 2015; salienta que a tendência de reduzidos níveis de erro para os dois últimos períodos de programação se deve ao reforço dos sistemas de gestão e controlo dos Estados-Membros e das medidas corretivas adotadas pela Comissão; espera que a taxa de erro estimada seja objeto de uma redução ainda maior; congratula-se com o facto de tanto os programas que visam informar e preparar os beneficiários como as medidas de simplificação terem contribuído para a redução do número de erros; insta a Comissão e os Estados-Membros a proporem medidas para que se alcance um equilíbrio entre uma maior simplificação e uma aplicação rigorosa das regras e da boa gestão financeira;

2. Observa que as principais fontes de erro são as verificadas na aplicação das regras de elegibilidade e na violação das normas relativas à adjudicação de contratos públicos e aos auxílios estatais; insta a Comissão a simplificar radicalmente a regulamentação relativa aos auxílios estatais, de molde a garantir, nomeadamente, uma melhor coordenação com a política de coesão; por conseguinte, insta a Comissão a, em tempo oportuno, fornecer informações e oferecer formação às autoridades no que respeita às regras em matéria de adjudicação de contratos públicos e auxílios estatais; recorda que a Comissão deve assegurar a coerência jurídica entre as regras sobre auxílios estatais aplicáveis aos Fundos Europeus Estruturais e de Investimento (“fundos EEI”) e as regras em matéria de contratos públicos; sublinha que, no que se refere aos erros cometidos em 2015, existe ainda uma possibilidade de correção antes do encerramento; regista com satisfação as melhorias significativas no controlo exercido pelas autoridades de auditoria

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comparativamente ao ano anterior; salienta que as despesas não elegíveis nas declarações de despesas e os projetos não elegíveis representam três quartos dos erros, ao passo que as infrações graves às regras de adjudicação de contratos públicos correspondem a um sétimo do total (metade em 2014);

3. Recorda que nem todas as irregularidades são fraudes e que é necessário estabelecer uma distinção entre irregularidades fraudulentas e não fraudulentas; salienta que as irregularidades não fraudulentas são, frequentemente, o resultado de sistemas de gestão e de controlo financeiro débeis e da falta de capacidade administrativa relacionada tanto com o desconhecimento das normas como das competências técnicas necessárias para determinados serviços ou obras;

4. Exorta a Comissão a, através do grupo de alto nível1, conceder especial atenção, no âmbito da sua auditoria aos sistemas nacionais de gestão e controlo, às regras nacionais em matéria de elegibilidade, por forma ajudar os Estados-Membros a procederem à sua simplificação; neste contexto, sublinha a importância de se aplicar o princípio da auditoria única; insta a Comissão a, através de orientações simplificadas e eficazes, clarificar a noção de IVA recuperável para evitar diferenças de interpretação do termo IVA “não recuperável” e uma utilização não otimizada dos fundos da União; exorta a Comissão, os Estados-Membros e as autoridades regionais a zelarem por que os beneficiários recebam informações coerentes sobre as condições de financiamento, em especial no que se refere à elegibilidade das despesas e aos limites máximos de reembolso;

5. Salienta os procedimentos reforçados globais no quadro regulamentar 2014-2020, em que as verificações e os controlos ao nível da gestão devem ser efetuados antes da certificação à Comissão e mostra-se confiante em que estes procedimentos reforçados resultarão em reduções duradouras na taxa de erro;

6. Congratula-se com os resultados alcançados para os fundos EEI pelo Grupo de Trabalho da Comissão para uma melhor execução dos fundos estruturais e de investimento, que permitiu reduzir congestionamentos e atrasos na afetação e utilização dos fundos estruturais para o período 2006-2013;

7. Lamenta o facto de as autoridades de gestão terem apresentado um nível mais baixo de pedidos de reembolso em 2015 do que em 2014, o que deu origem a uma diminuição do nível de pedidos de pagamento por liquidar, que passou de 23,2 mil milhões de euros em 2014 para 10,8 mil milhões de euros em 2015, dos quais 2,8 mil milhões de euros continuavam por liquidar desde o final de 2014; assinala que os atrasos na execução orçamental para o período de 2014-2020 não devem ser superiores aos do período anterior e provocar uma acumulação de créditos não pagos no final do período de financiamento; exorta a Comissão a acompanhar de perto a situação com os Estados-Membros e a adaptar o seu plano de pagamentos em conformidade;

8. Regista com preocupação o atraso no arranque do novo período de programação de 2014-2020 - (uma vez que a maioria dos pagamentos da política de coesão, em 2014, está relacionada com o período de programação anterior) e que, até ao final de 2015, tenham sido designadas menos de 20 % das autoridades nacionais responsáveis pelos fundos EEI;

1 Grupo de alto nível de peritos independentes sobre o acompanhamento da simplificação para os beneficiários dos Fundos Europeus Estruturais e de Investimento

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insta os Estados-Membros a acelerarem este processo lançando uma monitorização permanente dos progressos realizados na execução dos projetos e exorta a Comissão a prestar assistência e esclarecimentos; chama a atenção para o facto de os atrasos na designação das autoridades de gestão se traduzirem em graves disparidades na execução dos programas de financiamento;

9. Lamenta que, em 30 de junho de 2016, nem todos os Estados-Membros tenham transposto as diretivas relativas a contratos públicos e insta a Comissão a continuar a ajudar os Estados-Membros a reforçarem as suas capacidades para transporem estas diretivas, assim como a executarem todos os seus planos de ação em matéria de condicionalidades ex ante, que constitui uma condição prévia essencial para a prevenção de irregularidades fraudulentas e não fraudulentas; insiste na importância da execução do plano de ação relativo aos contratos públicos para os fundos EEI para 2014-2020 tendo em vista a simplificação, a agilização e a harmonização dos procedimentos de contratação pública eletrónica;

10. Regista o facto de a taxa média de desembolso para 1 025 instrumentos financeiros do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (“FEDER”) e do Fundo Social Europeu (“FSE”) ter sido de 57 % no final de 2014, o que representa um aumento de apenas 10 % relativamente a 2013; lamenta a observação do Tribunal relativa à prorrogação do período de elegibilidade dos pagamentos aos destinatários finais no âmbito de instrumentos financeiros através de uma decisão da Comissão e não de um regulamento modificativo; manifesta preocupação caso o Tribunal considere que todos os desembolsos efetuados após 31 de dezembro de 2015 foram irregulares; observa com preocupação que uma parte significativa das dotações iniciais dos instrumentos financeiros do FEDER e do FSE durante o período de programação 2007-2013 foi despendida em custos e taxas de gestão;

11. Convida a Comissão a reexaminar a avaliação ex ante do instrumento de dívida do Mecanismo Interligar a Europa tendo em conta a criação do Fundo Europeu para Investimentos Estratégicos (FEIE) e a avaliar pormenorizadamente o impacto do FEIE e de outros programas e instrumentos financeiros da União;

12. Toma nota da revisão do Regulamento Financeiro recentemente proposta pela Comissão e dos respetivos documentos de apoio, bem como da proposta de reapreciação do quadro financeiro plurianual, tendo em vista a simplificação dos procedimentos e o reforço da flexibilidade e das sinergias; insta a Comissão, todas as instituições e as partes interessadas envolvidas a reexaminarem o mecanismo de execução dos fundos EEI após 2020, tendo em conta as sugestões do grupo de alto nível;

13. Congratula-se com a abordagem adotada pelo Tribunal de se centrar no desempenho e considera boa prática que as autoridades de gestão definam indicadores de resultados para medir a contribuição dos projetos para a consecução dos objetivos estabelecidos para os programas operacionais em conformidade com o critério da adicionalidade; sublinha a necessidade de intensificar a comunicação; exorta a Comissão a identificar canais de comunicação mais eficazes, com vista a aumentar a visibilidade dos investimentos que recorrem a fundos EEI; insta a Comissão a desenvolver um número limitado de indicadores pertinentes que possam ajudar a medir o desempenho;

14. Insta a Comissão e os Estados-Membros a aproveitarem ao máximo os instrumentos territoriais, garantindo que as estratégias integradas de desenvolvimento urbano sejam

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aprovadas atempadamente para financiamento, o que permitirá às cidades investir em estratégias globais e explorar sinergias entre as políticas, assim como assegurar um maior impacto a longo prazo no crescimento e no emprego.

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RESULTADO DA VOTAÇÃO FINALNA COMISSÃO ENCARREGADA DE EMITIR PARECER

Data de aprovação 24.1.2017

Resultado da votação final +:–:0:

3313

Deputados presentes no momento da votação final

Pascal Arimont, Franc Bogovič, Victor Boştinaru, Andrea Cozzolino, Rosa D’Amato, Tamás Deutsch, Iratxe García Pérez, Michela Giuffrida, Ivan Jakovčić, Marc Joulaud, Constanze Krehl, Sławomir Kłosowski, Andrew Lewer, Louis-Joseph Manscour, Martina Michels, Jens Nilsson, Younous Omarjee, Konstantinos Papadakis, Mirosław Piotrowski, Stanislav Polčák, Liliana Rodrigues, Fernando Ruas, Monika Smolková, Maria Spyraki, Ruža Tomašić, Ramón Luis Valcárcel Siso, Monika Vana, Matthijs van Miltenburg, Lambert van Nistelrooij, Derek Vaughan

Suplentes presentes no momento da votação final

Petras Auštrevičius, Ivana Maletić, Dimitrios Papadimoulis, Maurice Ponga, Laurenţiu Rebega, Bronis Ropė, Iuliu Winkler

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27.1.2017

PARECER DA COMISSÃO DA AGRICULTURA E DO DESENVOLVIMENTO RURAL

dirigido à Comissão do Controlo Orçamental

sobre a quitação pela execução do orçamento geral da União Europeia para o exercício de 2015, Secção III - Comissão e agências de execução(2016/2151(DEC))

Relator de parecer: Peter Jahr

SUGESTÕES

A Comissão da Agricultura e do Desenvolvimento Rural insta a Comissão do Controlo Orçamental, competente quanto à matéria de fundo, a incorporar as seguintes sugestões na proposta de resolução que aprovar:

1. Observa que a taxa de erro fixada pelo Tribunal de Contas Europeu para «Recursos naturais» para 2015 - em 2014 essa taxa foi de 3,6% - regista uma nova descida passando a ser a taxa mais baixa de todas as políticas no âmbito da gestão partilhada; regista que a taxa de erro estimada se encontra ligeiramente acima do limiar de materialidade de 2 %; assinala que a capacidade corretiva das correções e recuperações financeiras reduz significativamente o risco remanescente para o orçamento da UE; sublinha que as irregularidades são, frequentemente, de natureza administrativa e que, por conseguinte, uma taxa de erro não deve ser interpretada como um indício de fraude, ineficácia ou desperdício;

2. Observa que a DG AGRI trabalhou intensamente em 2015 para garantir que as autoridades dos Estados-Membros tenham cada vez mais capacidade para prevenir erros nas despesas agrícolas e executar os seus programas de desenvolvimento rural; felicita a DG AGRI pelo impacto positivo patente no relatório anual do Tribunal de Contas Europeu relativo ao exercício de 2015 e considera que as suas ações devem proporcionar uma boa base para os exercícios cruciais do período de despesas 2014-2020;

3. Observa que, no âmbito da Política Agrícola Comum (PAC), existem duas políticas muito diferentes, mas complementares, com diferentes taxas de erro: para o primeiro pilar FEAGA: 2,2 % e para o segundo pilar FEADER: 5,3 %, com o reconhecimento, pelo Tribunal, da redução da taxa de erro no domínio do desenvolvimento rural ao longo do tempo; regista ainda a observação do Tribunal segundo a qual os Estados-

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Membros não tomaram suficientemente em consideração as prioridades da UE1 e considera que a diferença se explica pelo facto de os dois pilares da PAC divergirem em termos de estrutura, conceção, dimensão e objetivos; observa que o ónus burocrático relativo ao financiamento ao abrigo do segundo pilar está a fazer aumentar a taxa de erro e realça a necessidade de uma maior simplificação dos processos de financiamento ao abrigo do FEADER; congratula-se com o facto de os pagamentos diretos terem sido efetuados corretamente na grande maioria dos casos;

4. Insta o Tribunal de Contas Europeu a continuar a apresentar avaliações separadas para o FEOGA, o FEADER e a Rubrica 2, inclusivamente para além do exercício subsequente, dado que avaliações separadas permitem uma ação orientada para melhorar taxas de erro significativamente diferentes;

5. Salienta que existe uma diferença significativa nos tipos de erro, designadamente na distinção entre negligência e erro grave; verifica que a maior parte dos erros quantificáveis diz respeito a declarações incorretas sobre as superfícies elegíveis e que estas representam, no total, 0,7 % da taxa de erro estimada, ao passo que apenas existem situações esporádicas em que houve uma deficiência ou infração por parte das administrações nacionais; assinala ainda que, amiúde, não se verificou uma falha em termos de investimento, mas que houve despesas em projetos, beneficiários ou custos não elegíveis para apoio, nomeadamente devido ao facto de não terem seguido o processo de adjudicação de contratos públicos;

6. Salienta a importância de reafirmar a legitimidade da PAC como um dos principais instrumentos para iniciativas da UE que visam a preservação e a criação de postos de trabalho e a competitividade em zonas rurais; insiste em que se faça uma distinção mais clara entre os tipos de erro, na medida em que alguns erros detetados não têm qualquer incidência financeira negativa, como, por exemplo, declarações incorretas sobre as áreas declaradas devido a sobre-exploração: solicita que estes erros sejam classificados em quatro categorias: 1. Erros sem incidência financeira negativa, 2. Negligência, 3. Negligência grosseira, 4. Fraude; considera que a Comissão deve exigir que os planos de ação dos Estados-Membros incluam medidas corretivas que deem resposta às causas de erros detetadas com mais frequência, revejam a estratégia das suas auditorias de conformidade relativas ao desenvolvimento rural e garantam a correta aplicação do procedimento de garantia da legalidade e regularidade das operações; incentiva à utilização de opções de custos simplificados, tais como custos unitários normalizados em programas de desenvolvimento rural, a fim de reduzir ulteriormente a taxa de erro, diminuir o ónus administrativo e fomentar o empreendedorismo;

7. Congratula-se com a publicação do relatório de atividades da DG AGRI relativo ao ano de 2015, que ilustra claramente a contribuição da PAC para a competitividade da agricultura europeia em geral, para o setor agroalimentar e para o reforço das zonas rurais; insta, por conseguinte, a que, no futuro, a PAC seja dotada de uma base financeira sólida, de modo a poder operar no sentido da consecução dos objetivos consagrados nos Tratados contribuindo, ao mesmo tempo, para a preservação do meio ambiente e fazendo face às alterações climáticas; reconhece que, com o Relatório Anual de Atividades de 2015, os Estados-Membros dispõem de informações suficientes para detetarem e corrigirem erros antes de declararem as despesas à Comissão; congratula-se

1 Relatório Anual do TCE relativo a 2015, ponto 7.76

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com a inclusão de um conjunto mais vasto de indicadores neste Relatório Anual de Atividades para demonstrar tendências neste domínio de ação ao longo do tempo e incentiva a Comissão a prosseguir com esta prática para uma melhor informação dos colegisladores e do Tribunal sobre o desenvolvimento do setor, o seu impacto e o contexto mais alargado;

8. Salienta que a fiabilidade da taxa de erro para os pagamentos diretos da PAC e os programas de desenvolvimento rural, conforme comunicadas pelos Estados-Membros, podem ser melhoradas através de planos de ação específicos, sempre que necessário, e através da utilização, por parte dos Estados-Membros, das informações disponíveis para detetar e corrigir erros antes da declaração das despesas à Comissão, o que poderia levar a uma taxa de erro mais baixa na sequência da deteção precoce; salienta que os Estados-Membros devem transmitir os relatórios em tempo oportuno;

9. Sublinha a importância da possibilidade de pagar adiantamentos antes de 16 de outubro, e inclusivamente após 2017, sobretudo no que diz respeito a pagamentos baseados na superfície para zonas com condicionantes naturais ou outras condicionantes específicas, tendo em conta a situação económica dos agricultores e as duas derrogações ao artigo 75.º do Regulamento (UE) n.º 1306/2013 referentes aos anos de 2015 e 2016;

10. Observa que as taxas de erro detetadas pelo Tribunal, com base numa pequena amostra de pagamentos testada (180), estão agora bastante próximas das previstas pela Comissão com base na análise de milhares de verificações no local e considera que uma redução ainda mais significativa das taxas de erro só seria possível a um custo excessivo, tendo em conta as medidas já aplicadas nos últimos anos, designadamente no âmbito do Quadro Comum de Acompanhamento e Avaliação e das correções financeiras, para proteger o orçamento da UE neste domínio de ação;

11. Exorta tanto a Comissão como as autoridades dos Estados-Membros a continuarem a gerir e a reduzir a complexidade no que se refere aos pagamentos diretos, em especial no caso de existirem vários níveis envolvidos na administração do FEAGA e dos fundos para o desenvolvimento rural nos Estados-Membros;

12. Reconhece o aumento do nível de suspensão e de interrupção dos pagamentos por parte da Comissão, o que garante a aplicação sistemática de medidas corretivas aos casos em que são identificadas deficiências;

13. Toma nota do facto de que os programas de distribuição de fruta e de leite nas escolas foram reunidos num programa único e mais convivial que o anterior, o que melhora a sua aceitação e execução; insiste na necessidade de adaptar programas de pequena dimensão às especificidades locais; congratula-se, a este respeito, com a iniciativa imediata de simplificação da Comissão ao propor uma revisão com o objetivo de reduzir o ónus burocrático;

14. Sublinha que os programas de pequena dimensão suscitam menos interesse e/ou apresentam taxas de erro persistentemente elevadas devido à sua rigidez; sugere, por conseguinte, que a Comissão reexamine e simplifique esses programas para reduzir o ónus burocrático que lhes está associado, o que permitiria, por um lado, torná-los mais interessantes e, por outro, reduzir as taxas de erro;

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15. Insta a que os programas de pequena dimensão sejam transferidos para o segundo pilar da PAC;

16. Congratula-se com a nova geração de instrumentos financeiros adicionais e considera que estes devem ser concebidos com objetivos mais claros e com um grau adequado de controlo no final do período de execução, a fim de demonstrar o seu impacto e assegurar que não comportam uma subida da taxa de erro;

17. Insta, relativamente aos organismos pagadores nacionais nos Estados-Membros cujas expectativas ficaram aquém do previsto nos últimos três anos, a que os funcionários da UE já em serviço sejam os responsáveis por esses organismos pagadores, ao invés de funcionários nacionais do Estado-Membro em questão;

18. Chama a atenção para a plurianualidade do sistema de gestão da política agrícola e salienta que a avaliação final das irregularidades relacionadas com a aplicação da diretiva só será possível com o encerramento do período de programação;

19. Congratula-se com as novas regras para o período de programação 2014-2020, que incluem medidas como as designações das autoridades de auditoria e de certificação, acreditações das autoridades de auditoria, análises financeiras e o reconhecimento de contas, ajustes financeiros e correções financeiras líquidas, o controlo proporcional e requisitos ex ante, cujo objetivo consiste em continuar a reduzir os níveis de erro; congratula-se, igualmente, com a definição de “deficiência grave” e com o aumento previsto de correções por deficiências recorrentes;

20. Congratula-se com a nova abordagem da Comissão em relação à análise da taxa de erro; sublinha que o novo procedimento, se aplicou pela primeira vez em 2016 em matéria de controlos ex ante ao nível das explorações, sem prejuízo das regras nacionais específicas, tendo-se mantido, ao mesmo tempo, o método para tratar erros menores; assinala, contudo, que, devido à grande complexidade das condições, é necessário reforçar a simplificação, salvaguardando ao mesmo tempo os objetivos políticos fixados; salienta que é necessária mais proporcionalidade para o sistema de sanções, uma vez que a deteção de erros menores não deve necessariamente conduzir a uma suspensão dos pagamentos;

21. Regozija-se com a atualização do Sistema de Identificação de Parcelas Agrícolas (SIP), que permite uma delimitação mais precisa das superfícies, tendo em conta que a delimitação constitui uma importante fonte de erro; insta a Comissão e os Estados-Membros a responderem aos atrasos acumulados no registo cadastral de superfícies em alguns Estados-Membros, que é suscetível de afetar financiamentos futuros, e a garantir informações e imagens fiáveis e atualizadas no SIP para reduzir o risco de erro associado a terras elegíveis sobredeclaradas; reconhece que, com a aplicação nos Estados-Membros de um sistema de controlo que é atualizado regularmente, as taxas de erro vão diminuir a médio prazo em resultado da melhoria da fiabilidade dos dados, como confirmou o Tribunal de Contas Europeu, e que, a longo prazo, com uma melhor utilização de imagens de satélite gratuitas, se registará uma redução ulterior da taxa de erro; assinala que já estão em curso, ao nível dos Estados-Membros, esforços e iniciativas para simplificar ulteriormente a PAC, sendo, no entanto, necessário assegurar uma exatidão compatível com as medições GPS; salienta a importância de reduzir o ónus burocrático, tanto para os agricultores como para a administração, provocado pela

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dupla medição de superfícies (já) anteriormente medidas; salienta que a aplicação do Sistema Integrado de Gestão e Controlo (SIGC) para pagamentos diretos, incluindo bases de dados de explorações agrícolas e pedidos de auxílio, bem como o SIP, é eficaz na prevenção e redução dos níveis de erro; toma nota de que a Comissão está a monitorizar a utilização adequada de medidas corretivas para fazer face a algumas fragilidades, dado que a maior parte dos erros assinalados pelo Tribunal de Contas são relativamente pequenos e se encontram abaixo de 5 % por cada declaração de zona elegível;

22. Observa que a simplificação da PAC não deve colocar em risco a produção viável de alimentos e apela à adoção de medidas para concretizar a transição para uma economia hipocarbónica nos setores agroalimentar e florestal;

23. Observa que 2015 foi o primeiro ano submetido a controlo em que as medidas de ecologização eram totalmente obrigatórias, o que conduziu ao aumento previsto da taxa de erro.

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RESULTADO DA VOTAÇÃO FINALNA COMISSÃO ENCARREGADA DE EMITIR PARECER

Data de aprovação 25.1.2017

Resultado da votação final +:–:0:

4140

Deputados presentes no momento da votação final

John Stuart Agnew, Clara Eugenia Aguilera García, Eric Andrieu, Richard Ashworth, Daniel Buda, Matt Carthy, Viorica Dăncilă, Michel Dantin, Jean-Paul Denanot, Albert Deß, Diane Dodds, Jørn Dohrmann, Herbert Dorfmann, Norbert Erdős, Luke Ming Flanagan, Martin Häusling, Anja Hazekamp, Esther Herranz García, Jan Huitema, Peter Jahr, Ivan Jakovčić, Jarosław Kalinowski, Elisabeth Köstinger, Zbigniew Kuźmiuk, Philippe Loiseau, Giulia Moi, Ulrike Müller, James Nicholson, Maria Noichl, Laurenţiu Rebega, Jens Rohde, Bronis Ropė, Czesław Adam Siekierski, Tibor Szanyi, Marc Tarabella, Marco Zullo

Suplentes presentes no momento da votação final

Julie Girling, Karin Kadenbach, Norbert Lins, Florent Marcellesi, Momchil Nekov, John Procter, Vladimir Urutchev, Miguel Viegas

Suplentes (art. 200.º, n.º 2) presentes no momento da votação final

Damiano Zoffoli

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27.1.2017PARECER DA COMISSÃO DAS PESCAS

dirigido à Comissão do Controlo Orçamental

sobre a quitação pela execução do orçamento geral da União Europeia para o exercício de 2015: Comissão Europeia(2016/2151(DEC))

Relator de parecer: Alain Cadec

SUGESTÕES

A Comissão das Pescas insta a Comissão do Controlo Orçamental, competente quanto à matéria de fundo, a incorporar as seguintes sugestões na proposta de resolução que aprovar:

1. Regista a Comunicação da Comissão ao Parlamento Europeu, ao Conselho e ao Tribunal de Contas sobre as contas anuais da União Europeia relativas ao exercício de 2015; regista igualmente o Relatório Anual do Tribunal de Contas relativo ao exercício de 2015; toma conhecimento do relatório anual de atividades da DG MARE relativo a 2015;

2. Toma nota das observações do Tribunal de Contas sobre a legalidade e a regularidade das operações subjacentes às contas; observa que se mantém a tendência positiva dos últimos anos na gestão financeira, com uma margem de erro acumulado que baixou até 0,74 % em 2015; regista a opinião adversa do Tribunal de Contas sobre as dotações para pagamentos, em relação às quais a taxa de erro global foi de 3,8 %, mas inferior ao valor registado em 2014 e sem uma taxa de erro específica no tocante às pescas; solicita que as pescas sejam alvo de um tratamento contabilístico distinto e não sejam fundidas com a agricultura, a fim de garantir uma maior transparência no domínio das pescas;

3. Considera animador ver que o seguimento dado às reservas da DG MARE formuladas no seu relatório anual de 2014, no que diz respeito ao sistema de gestão e controlo dos programas do Fundo Europeu das Pescas (FEP) (2007-2013), permitiu reduzir significativamente a apenas cinco o número de programas operacionais e de Estados-Membros envolvidos;

4. Está seguro de que o sistema de controlo interno implementado pela DG MARE proporciona garantias suficientes para gerir de forma adequada o risco relativo à legalidade e regularidade das operações;

Fundo Europeu dos Assuntos Marítimos e das Pescas (FEAMP)

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5. Congratula-se com o facto de, nas doze operações relativas especificamente às pescas, auditadas pelo Tribunal, não ter sido identificado qualquer erro quantificável;

6. Considera, no entanto, lamentável que a grande maioria dos Estados-Membros tenha transmitido muito tardiamente o seu programa operacional relacionado com o FEAMP, o que causou grandes atrasos na mobilização do fundo;

7. Constata, por conseguinte, que nenhuma despesa pôde ser declarada à Comissão antes de 30 de junho de 2015 e, portanto, nenhuma despesa foi controlada até essa data; recorda que os Estados-Membros são responsáveis pela execução das dotações em gestão partilhada;

8. Considera que a Comissão deve criar um sistema homogéneo e ágil para que os Estados-Membros comuniquem dados fiáveis e melhorem os instrumentos e os canais que utilizam para transmitir informações à Comissão;

9. Convida a Comissão a prestar toda a assistência necessária aos Estados-Membros para facilitar a passagem de um modo de gestão direta para uma gestão partilhada do FEAMP, bem como a garantir uma utilização correta e completa dos recursos do FEAMP; congratula-se, por conseguinte, que este aspeto seja devidamente tomado em conta no programa de auditoria da DG MARE para 2017;

Agência de Execução para as Pequenas e Médias Empresas

10. Congratula-se com o êxito da conclusão, em 2015, da transferência das atribuições relativas ao FEAMP confiadas à Agência de Execução para as Pequenas e Médias Empresas; recorda a necessidade de assegurar um acompanhamento de qualidade por parte da Agência em relação a todos os seus beneficiários para as 19 ações do FEAMP;

Seguimento do Relatório Especial n.º 11/2015 do Tribunal de Contas Europeu (quitação 2014), intitulado «Os acordos de parceria no domínio da pesca são bem geridos pela Comissão?»

11. Congratula-se com o facto de a Comissão ter aceitado e ter tido em conta todas as recomendações do Tribunal;

12. Sublinha e partilha, porém, as preocupações que os auditores da Comissão manifestaram quanto à necessidade de assegurar uma boa relação qualidade/preço dos acordos de parceria, bem como a sua sustentabilidade económica e ambiental;

13. Sublinha que as informações fornecidas pelas avaliações ex post independentes nem sempre foram suficientemente completas, coerentes e comparáveis, o que reduziu a sua utilidade no processo decisório e nas negociações;

14. Partilha o ponto de vista da Comissão sobre a importância da proposta de Regulamento do Parlamento Europeu e do Conselho relativo à gestão sustentável das frotas de pesca externas e que revoga o Regulamento (CE) n.º 1006/2008 do Conselho (COM(2015) 636) para reforçar o controlo e a transparência das atividades da frota de pesca da União fora das águas da União;

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15. Solicita um esforço orçamental adicional no âmbito dos acordos internacionais de pesca, tendo em conta as importantes zonas pescas que continuam pendentes de novos protocolos;

Quitação

16. Propõe, com base nos dados disponíveis, que seja concedida quitação à Comissão relativamente às despesas nos domínios dos assuntos marítimos e das pescas para o exercício de 2015.

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RESULTADO DA VOTAÇÃO FINAL NA COMISSÃO ENCARREGADA DE EMITIR PARECER

Data de aprovação 26.1.2017

Resultado da votação final +:–:0:

2311

Deputados presentes no momento da votação final

Marco Affronte, Clara Eugenia Aguilera García, Renata Briano, Alain Cadec, David Coburn, Richard Corbett, Diane Dodds, Linnéa Engström, Mike Hookem, Ian Hudghton, Carlos Iturgaiz, Werner Kuhn, António Marinho e Pinto, Gabriel Mato, Liadh Ní Riada, Ulrike Rodust, Annie Schreijer-Pierik, Remo Sernagiotto, Ricardo Serrão Santos, Isabelle Thomas, Ruža Tomašić, Jarosław Wałęsa

Suplentes presentes no momento da votação final

Ian Duncan, Verónica Lope Fontagné

Suplentes (art. 200.º, n.º 2) presentes no momento da votação final

João Pimenta Lopes

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25.1.2017

PARECER DA COMISSÃO DA CULTURA E DA EDUCAÇÃO

dirigido à Comissão do Controlo Orçamental

sobre a quitação pela execução do orçamento geral da União Europeia para o exercício de 2015, Secção III - Comissão e agências de execução(2016/2151(DEC))

Relatora de parecer: Silvia Costa

SUGESTÕES

A Comissão da Cultura e da Educação insta a Comissão do Controlo Orçamental, competente quanto à matéria de fundo, a incorporar as seguintes sugestões na proposta de resolução que aprovar:

1. Sublinha o valor e a popularidade do programa Erasmus+; deplora a suspensão dos pagamentos na Grécia, em 2015, a título da componente relativa à juventude e, em particular, o seu impacto nos jovens; congratula-se com o levantamento da suspensão em abril de 2016;

2. Recorda as preocupações expressas por ONG ativas no sector da juventude relativamente à descentralização dos desembolsos de fundos para o programa Erasmus+; congratula-se com o compromisso assumido pela Comissão no sentido de encontrar uma solução para este problema; salienta que a participação das partes interessadas e dos beneficiários nas reuniões do Comité do Programa pode abrir caminho a uma solução sustentável e partilhada;

3. Reitera que a incorporação de todos os programas de mobilidade para os jovens da UE no Erasmus+ se destina principalmente a aumentar a sua eficácia e, por conseguinte, insta a Comissão a respeitar os objetivos e as rubricas orçamentais acordadas para o programa a fim evitar que este perca a sua orientação;

4. Congratula-se com a prontidão com que tanto o Erasmus+ como a Europa Criativa deram resposta aos desafios emergentes da integração de refugiados/migrantes e da luta contra a radicalização em 2015;

5. Observa que foram disponibilizados pela primeira vez em 2015 empréstimos ao abrigo do Mecanismo de Garantia de Empréstimo a Estudantes (empréstimos para Mestrados

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Erasmus +), tendo o seu lançamento sido efetuado por dois bancos em Espanha e França; insiste em que, para que este mecanismo de concessão de empréstimos se torne viável, será essencial assegurar uma ampla cobertura geográfica e um acompanhamento atento das condições de empréstimo pela Comissão;

6. Congratula-se com o aumento do financiamento do programa Erasmus+ em 2017, salienta a necessidade de aumentar o orçamento para os anos seguintes pelo menos no mesmo montante e exige que estas verbas sejam despendidas exclusivamente em rubricas já existentes do programa;

7. Recorda que 2015 foi o primeiro ano em que o programa Europa Criativa foi gerido por duas Direções-Gerais da Comissão Europeia, a DG EAC e a DG CNECT; insiste na necessidade de uma abordagem coordenada para que os problemas de organização interna não prejudiquem o funcionamento do programa ou a perceção que os cidadãos têm do mesmo;

8. Constata que o aumento dos pedidos de financiamento em 2015 a título do programa Europa para os Cidadãos e do programa Europa Criativa e, em particular, do subprograma Cultura, está em consonância com o modelo dos pedidos previstos ao longo da totalidade do ciclo de vida dos programas; salienta, contudo, que a taxa de sucesso dos projetos ainda é demasiado baixa no caso do programa Europa Criativa; afirma também que a situação do programa Europa para os Cidadãos não está a melhorar, uma vez que os cortes iniciais estão a prejudicar toda a duração do programa, num momento em que este tipo de projetos é extremamente necessário para a comunicação da UE com os seus cidadãos; insiste, por conseguinte, uma vez que esta situação está a causar frustração e deceção entre os candidatos, em que o aumento dos pedidos deferidos seja acompanhado de um reforço das dotações dos dois programas;

9. Recorda que a EACEA desempenha um papel importante na execução dos três programas; congratula-se com o maior recurso da Agência às candidaturas de projeto em linha; manifesta, contudo, a sua preocupação com o facto de os utilizadores continuarem a considerar o sistema demasiado complexo, pelo que insta a EACEA a ter em conta a experiência dos serviços nacionais para melhorar os sistemas e a comunicação com os potenciais beneficiários, bem como com os candidatos não selecionados;

10. Toma conhecimento das reservas emitidas pela EACEA relativamente aos pagamentos efetuados no período 2007-2013 a título dos programas Aprendizagem ao Longo da Vida, Cultura e Juventude; partilha o ponto de vista da Agência segundo o qual a passagem do reembolso dos custos elegíveis para o pagamento de montantes únicos ou de taxa fixa a título dos programas 2014-2020 deve implicar uma redução da taxa de erros, garantindo ao mesmo tempo que os controlos financeiros sejam proporcionais e não desincentivem os pedidos;

11. Toma nota do relatório especial n.º 16/2016 do Tribunal de Contas Europeu, intitulado «Objetivos da UE em matéria de educação: programas harmonizados, mas insuficiências na medição do desempenho” e das suas recomendações; partilha da opinião do Tribunal segundo a qual os objetivos em matéria de educação devem ser devidamente integrados nos programas operacionais (PO) e congratula-se com a melhoria da conceção de programas operacionais constatada pelo Tribunal

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relativamente ao período de programação de 2014-2020; toma nota da insistência do Tribunal em que haja sempre uma ligação clara entre a educação e a empregabilidade; reitera que, embora um aspeto central da educação seja preparar os estudantes para o mercado de trabalho, a oferta de uma educação de elevada qualidade vai muito além do simples aumento da empregabilidade e exorta o Tribunal e a Comissão a garantirem que seja conferida uma maior atenção a este aspeto;

12. Manifesta a sua preocupação com a pressão a que a capacidade das quatro Escolas Europeias de Bruxelas está permanentemente submetida, três das quais se encontravam em situação de sobrelotação nos anos letivos 2014-2015 e 2015-2016; congratula-se com a decisão do Governo belga de disponibilizar uma quinta Escola Europeia em Bruxelas a partir do ano letivo de 2019-2020; apoia a decisão do Conselho Superior de disponibilizar a estrutura Berkendael como uma extensão temporária da escola Bruxelas I;

13. Manifesta a sua grande preocupação pelo facto de as Escolas Europeias não tomarem medidas relativamente aos problemas repetidamente identificadas pelo Tribunal de Contas Europeu e pelo Parlamento Europeu nos seus relatórios de quitação; observa com apreensão que, no seu «Relatório sobre as contas anuais das Escolas Europeias relativas ao exercício de 2015», o Tribunal de Contas refere que as escolas não elaboraram as suas contas anuais dentro do prazo legal e declara que não está em condições de confirmar que a gestão financeira foi sólida; chama a atenção para a recomendação reiterada do Tribunal de Contas Europeu ao Conselho Superior das Escolas Europeias no sentido de que forneça mais orientações sobre o planeamento e a conceção dos procedimentos de adjudicação de contratos; salienta que o Conselho Superior e as Escolas Europeias devem respeitar as disposições do Regulamento Financeiro e as suas normas de execução, bem como simplificar os critérios de seleção e de adjudicação e melhorar a documentação;

14. Toma nota dos esforços envidados pelas instituições da UE para reduzir os pagamentos em atraso; salienta que é possível evitar uma acumulação recorrente de pagamentos em atraso respeitando as dotações para pagamentos, disponibilizando recursos adequados no âmbito da revisão do QFP e criando um sistema de recursos próprios para a UE.

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RESULTADO DA VOTAÇÃO FINAL NA COMISSÃO ENCARREGADA DE EMITIR PARECER

Data de aprovação 24.1.2017

Resultado da votação final +:–:0:

2114

Deputados presentes no momento da votação final

Dominique Bilde, Andrea Bocskor, Silvia Costa, Mircea Diaconu, Angel Dzhambazki, Jill Evans, María Teresa Giménez Barbat, Giorgos Grammatikakis, Petra Kammerevert, Andrew Lewer, Svetoslav Hristov Malinov, Curzio Maltese, Luigi Morgano, Momchil Nekov, John Procter, Michaela Šojdrová, Yana Toom, Helga Trüpel, Sabine Verheyen, Julie Ward, Bogdan Brunon Wenta, Theodoros Zagorakis, Bogdan Andrzej Zdrojewski, Milan Zver, Krystyna Łybacka

Suplentes presentes no momento da votação final

Therese Comodini Cachia

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15.2.2017

PARECER DA COMISSÃO DAS LIBERDADES CÍVICAS, DA JUSTIÇA E DOS ASSUNTOS INTERNOS

dirigido à Comissão do Controlo Orçamental

sobre a quitação pela execução do orçamento geral da União Europeia para o exercício de 2015, Secção III - Comissão e agências de execução(2016/2151(DEC))

Relator de parecer: Petr Ježek

SUGESTÕES

A Comissão das Liberdades Cívicas, da Justiça e dos Assuntos Internos insta a Comissão do Controlo Orçamental, competente quanto à matéria de fundo, a incorporar as seguintes sugestões na proposta de resolução que aprovar:

1. Congratula-se com a conclusão do Tribunal de Contas segundo a qual as contas consolidadas da União refletem fielmente, em todos os aspetos materialmente relevantes, a sua situação financeira em 31 de dezembro de 2015; observa que os pagamentos foram materialmente afetados por uma taxa de erro estimada de 3,8 %; congratula-se com a redução de 4,4 % em 2014; observa que grande parte da variação do nível de erro estimado provém da diferença entre pedidos e reembolsos das despesas; incentiva a simplificação futura do Regulamento Financeiro da União, a fim de permitir a obtenção da taxa de 2 %;

2. Solicita à Comissão que elabore e apresente à autoridade de quitação um historial dos casos de conflitos de interesses identificados;

3. Recorda que 2015 foi um ano extraordinariamente difícil para as políticas da União no domínio dos assuntos internos, em especial no domínio da migração, reconhece o papel central da DG-HOME na elaboração de respostas políticas e na mobilização de pessoal e de financiamento de emergência para apoiar os Estados-Membros mais afetados;

4. Lamenta que os indicadores essenciais de desempenho no relatório anual de atividades da DG-HOME não abranjam o volume de pessoas assistidas, reinstaladas, transferidas e repatriadas em 2015; lamenta a falta de indicadores que permitam avaliar o efeito das medidas adotadas no reforço da coordenação e da cooperação entre as autoridades policiais nacionais;

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5. Incentiva o desenvolvimento de prioridades políticas mais claras e a longo prazo com uma tradução mais concreta em prioridades operacionais; salienta, neste contexto, a importância de uma cooperação mais estreita com outros organismos, em particular as agências;

6. Observa com preocupação que os montantes a pagar nos próximos anos são elevados; recorda que a Comissão ainda não apresentou uma previsão de tesouraria para os próximos 7 a 10 anos, e incentiva-a a fazê-lo;

7. Lamenta a falta de harmonização das estruturas de governação da segurança da informação da Comissão com as melhores práticas reconhecidas (segundo o relatório de auditoria do SAI);

8. Partilha a apreciação do Tribunal, segundo a qual a proliferação de mecanismos financeiros que não são diretamente financiados pelo orçamento da UE nem auditados pelo Tribunal apresenta riscos tanto para a prestação de contas como para a coordenação das políticas e das operações da UE1;

9. Observa que o Relatório Especial n.º 9/2016 do Tribunal de Contas Europeu “Despesas relativas à dimensão externa da política de migração da UE nos países da Vizinhança Oriental e do Mediterrâneo Meridional até 2014” conclui que, durante a auditoria, não foi possível determinar o montante total das despesas imputadas ao orçamento da UE e também não ficou claro se as despesas foram orientadas em consonância com as prioridades geográficas e temáticas definidas; interroga-se sobre se tal continuava a ocorrer em 2015; solicita à Comissão que elabore indicadores de qualidade orientados para os resultados, que permitam avaliar a qualidade e os resultados obtidos através da utilização dos fundos despendidos nas suas políticas em matéria de migração externa2;

10. Considera que o impacto positivo dos fundos da UE para a migração assenta em processos a nível nacional e da União que visam garantir a transparência, o controlo eficaz e a responsabilização; solicita a introdução de mecanismos de acompanhamento e de avaliação in itinere, e não apenas ex post, que garantam a eficácia das despesas e a execução dos objetivos políticos; exorta a Comissão a assegurar que os indicadores de resultados e os objetivos mensuráveis baseados nas atividades desenvolvidas sejam definidos tanto a nível das políticas como a nível dos projetos; solicita que sejam definidos indicadores qualitativos e quantitativos estáveis e comparáveis; entende que o Tribunal de Contas Europeu deve controlar a utilização dos fundos ao longo de todo o ciclo de vida dos projetos e não apenas quando estes terminam;

1 Tribunal de Contas Europeu, Relatório Anual sobre a execução do orçamento relativo ao exercício de 2015, acompanhado das respostas das instituições, p. 74.2 Relatório especial nº 9/2016 do Tribunal de Contas Europeu: Despesas relativas à dimensão externa da política de migração da UE nos países da Vizinhança Oriental e do Mediterrâneo Meridional até 2014, p.7.

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RESULTADO DA VOTAÇÃO FINAL NA COMISSÃO ENCARREGADA DE EMITIR PARECER

Data de aprovação 9.2.2017

Resultado da votação final +:–:0:

4030

Deputados presentes no momento da votação final

Heinz K. Becker, Michał Boni, Caterina Chinnici, Agustín Díaz de Mera García Consuegra, Tanja Fajon, Kinga Gál, Ana Gomes, Nathalie Griesbeck, Sylvie Guillaume, Jussi Halla-aho, Monika Hohlmeier, Eva Joly, Dietmar Köster, Barbara Kudrycka, Cécile Kashetu Kyenge, Marju Lauristin, Juan Fernando López Aguilar, Monica Macovei, Roberta Metsola, Péter Niedermüller, Judith Sargentini, Birgit Sippel, Branislav Škripek, Csaba Sógor, Helga Stevens, Traian Ungureanu, Bodil Valero, Marie-Christine Vergiat, Udo Voigt, Josef Weidenholzer, Kristina Winberg, Tomáš Zdechovský

Suplentes presentes no momento da votação final

Petr Ježek, Jeroen Lenaers, Nadine Morano, Morten Helveg Petersen, Emil Radev, Barbara Spinelli, Anders Primdahl Vistisen, Axel Voss

Suplentes (art. 200.º, n.º 2) presentes no momento da votação final

Lara Comi, Josu Juaristi Abaunz, Georg Mayer

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27.1.2017

PARECER DA COMISSÃO DOS DIREITOS DA MULHER E DA IGUALDADE DOS GÉNEROS

dirigido à Comissão do Controlo Orçamental

sobre a quitação pela execução do orçamento geral da União Europeia para o exercício de 2015: Secção III – Comissão e agências de execução(2016/2151(DEC))

Relatora de parecer: Viorica Dăncilă

SUGESTÕES

A Comissão dos Direitos da Mulher e da Igualdade dos Géneros insta a Comissão do Controlo Orçamental, competente quanto à matéria de fundo, a incorporar as seguintes sugestões na proposta de resolução que aprovar:

1. Salienta que a igualdade dos géneros deve constituir um objetivo transversal de todos os domínios de intervenção; observa, contudo, que alguns programas não incluem ações com uma orientação específica e dotações orçamentais específicas para a consecução deste objetivo e que uma melhor recolha de dados se deve traduzir não só numa quantificação das dotações afetadas às ações que contribuem para a igualdade dos géneros, como também numa melhoria da avaliação de impacto desses fundos da União;

2. Recorda que, conforme referido no artigo 8.º do TFUE, a igualdade entre mulheres e homens é um dos valores em que assenta a União Europeia e que a União tem vindo a promover; considera que a igualdade dos géneros deve ser integrada em todas as políticas, pelo que deve ser tomada em consideração nos processos orçamentais;

3. Reitera os seus apelos à Comissão no sentido de ter em consideração a orçamentação sensível ao género em todas as fases do processo orçamental, nomeadamente aquando da execução do orçamento e da avaliação da sua aplicação, incluindo o FEIE, o FSE, o FEDER e o programa Horizonte 2020 para combater a discriminação que existe nos Estados-Membros; salienta que importa incluir no planeamento, na execução e na avaliação do orçamento, em consonância com a iniciativa “Orçamento da UE orientado para os resultados” por e com a tónica no desempenho, um conjunto comum de indicadores de resultados e de impacto quantificáveis, que permitiriam uma melhor avaliação da execução do orçamento da perspetiva do género;

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4. Exorta a Comissão a utilizar a análise da orçamentação em função do género tanto das novas rubricas orçamentais como das já existentes e, se possível, a proceder às mudanças políticas necessárias para garantir que indiretamente não haja uma desigualdade entre os géneros;

5. Salienta que, apesar de ter sido apensa ao QFP uma declaração conjunta sobre a integração da perspetiva de género, ainda não foi adotada qualquer medida específica; apela a um acompanhamento eficaz da implementação da declaração no âmbito do processo orçamental anual;

6. Solicita à Comissão que introduza um pilar relativo à igualdade de género na Estratégia Europa 2020 e que nele inclua objetivos específicos relacionados com o género;

7. Insta o Tribunal de Contas a avaliar a inclusão de uma análise sobre a consecução dos objetivos relacionados com o género incluídos na Estratégia UE 2020 nos relatórios anuais de avaliação da execução do orçamento da União;

8. Reitera os seus anteriores apelos à Comissão para que garanta a plena aplicação dos fundos atribuídos ao programa Direitos, Igualdade e Cidadania e solicita-lhe que tome medidas imediatas para aumentar o financiamento destinado à promoção da igualdade de género; observa que a execução integral do orçamento de 2015 é declarada em função da utilização das autorizações globais, não permitindo uma avaliação clara da utilização dos fundos; observa que a execução integral do orçamento de 2015 é declarada em função da utilização de autorizações globais, não permitindo uma avaliação clara da utilização dos fundos;

9. Exorta a Comissão Europeia, aquando da elaboração do programa de trabalho anual, a respeitar a distribuição justa e adequada do apoio financeiro entre os diferentes domínios abrangidos pelos objetivos específicos do Programa Direitos, Igualdade e Cidadania (REC), tendo em consideração o nível do financiamento já afetado ao abrigo do anterior período de programação (2007-2013); lamenta a diminuição dos fundos disponíveis para o objetivo específico Daphne; observa que as dotações orçamentais para autorizações para o programa Daphne ascenderam a 18 milhões de euros em 2013, 19,5 milhões de euros em 2012 e mais de 20 milhões de euros em 2011, ao passo que, em 2016, o programa REC previu pouco mais de 14 milhões de euros para este objetivo.

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RESULTADO DA VOTAÇÃO FINAL NA COMISSÃO ENCARREGADA DE EMITIR PARECER

Data de aprovação 25.1.2017

Resultado da votação final +:–:0:

2540

Deputados presentes no momento da votação final

Beatriz Becerra Basterrechea, Anna Maria Corazza Bildt, Viorica Dăncilă, Iratxe García Pérez, Arne Gericke, Teresa Jiménez-Becerril Barrio, Elisabeth Köstinger, Agnieszka Kozłowska-Rajewicz, Florent Marcellesi, Angelika Mlinar, Maria Noichl, Marijana Petir, Pina Picierno, João Pimenta Lopes, Terry Reintke, Liliana Rodrigues, Michaela Šojdrová, Ernest Urtasun, Ángela Vallina, Jadwiga Wiśniewska, Anna Záborská, Jana Žitňanská

Suplentes presentes no momento da votação final

Catherine Bearder, Biljana Borzan, Rosa Estaràs Ferragut, Eleonora Forenza, Mylène Troszczynski, Julie Ward

Suplentes (art. 200.º, n.º 2) presentes no momento da votação final

Sorin Moisă

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INFORMAÇÕES SOBRE A APROVAÇÃONA COMISSÃO COMPETENTE QUANTO À MATÉRIA DE FUNDO

Data de aprovação 23.3.2017

Resultado da votação final +:–:0:

2130

Deputados presentes no momento da votação final

Dennis de Jong, Tamás Deutsch, Luke Ming Flanagan, Ingeborg Gräßle, Cătălin Sorin Ivan, Jean-François Jalkh, Bogusław Liberadzki, Notis Marias, Georgi Pirinski, José Ignacio Salafranca Sánchez-Neyra, Petri Sarvamaa, Claudia Schmidt, Bart Staes, Indrek Tarand, Derek Vaughan, Tomáš Zdechovský, Joachim Zeller

Suplentes presentes no momento da votação final

Karin Kadenbach, Julia Pitera, Miroslav Poche, Inmaculada Rodríguez-Piñero Fernández

Suplentes (art. 200.º, n.º 2) presentes no momento da votação final

Clara Eugenia Aguilera García, Raymond Finch, Lieve Wierinck

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VOTAÇÃO NOMINAL FINAL NA COMISSÃO COMPETENTE QUANTO À MATÉRIA DE FUNDO

21 +ALDE Lieve Wierinck

GUE/NGL Luke Ming Flanagan, Dennis de Jong

PPE Tamás Deutsch, Ingeborg Gräßle, Julia Pitera, José Ignacio Salafranca Sánchez-Neyra, Petri Sarvamaa, Claudia Schmidt, Tomáš Zdechovský, Joachim Zeller

S&D Clara Eugenia Aguilera García, Cătălin Sorin Ivan, Karin Kadenbach, Bogusław Liberadzki, Georgi Pirinski, Miroslav Poche, Inmaculada Rodríguez-Piñero Fernández, Derek Vaughan

VERTS/ALE Bart Staes, Indrek Tarand

3 -ECR Notis Marias

EFDD Raymond Finch

ENF Jean-François Jalkh

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Legenda dos símbolos utilizados:+ : a favor- : contra0 : abstenções

RR\1122340PT.docx 123/123 PE593.832v02-00

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