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MANUAL PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS, CONVÊNIOS E CONTRATOS COM FUNDAÇÃO DE APOIO UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E COORDENAÇÃO GERAL MANUAL PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS, CONVÊNIOS E CONTRATOS COM A FUNDAÇÃO DE APOIO NATAL/RN 1

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MANUAL PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS, CONVÊNIOS E CONTRATOS COM FUNDAÇÃO DE APOIO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E COORDENAÇÃO GERAL

MANUAL PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS,

CONVÊNIOS E CONTRATOS COM A

FUNDAÇÃO DE APOIO

NATAL/RN

2013

1

MANUAL PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS, CONVÊNIOS E CONTRATOS COM FUNDAÇÃO DE APOIO

RELAÇÃO DOS DIRIGENTES

REITORA

Ângela Maria Paiva Cruz

VICE-REITORA

Maria de Fátima Freire de Melo Ximenes

PRÓ-REITOR DE PLANEJAMENTO E COORDENAÇÃO GERAL

João Emanuel Evangelista de Oliveira

PRÓ-REITOR ADJUNTO DE PLANEJAMENTO E COORDENAÇÃO GERAL

Jorge Dantas de Melo

COORDENADORA DE CONVÊNIOS E CONTRATOS ACADÊMICOS

Ana Carolina Freire Oliveira Aragão

ASSESSORA TÉCNICA – PROJETOS

Zânia Maria Rios Aguiar Vieira

2

MANUAL PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS, CONVÊNIOS E CONTRATOS COM FUNDAÇÃO DE APOIO

Elaboração

Pró-Reitoria de Planejamento e Coordenação Geral

Coordenação

João Emanuel Evangelista de Oliveira

Organização e redação

Zânia Maria Rios Aguiar Vieira

Pesquisa

Dory Edson Salomão da Silva Almeida

Zânia Maria Rios Aguiar Vieira

Colaboração

Dory Edson Salomão da Silva Almeida – Anexo 9.1

Domício Rosendo da Silva Filho – Anexo 9.2

Técnicos:

Edilma Freire da Costa Bandeira

Fátima Pereira Gouvinhas

Fernanda Barreto de Almeida Rocha

Fernanda Rafaelle Benevides de Sousa

Hugo Leonardo Marinho Freire

José dos Santos Cunha

Raiane Mousinho Fernandes Borges Palhano Galvão

Rodrigo Raniere Xavier Cabral

3

MANUAL PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS, CONVÊNIOS E CONTRATOS COM FUNDAÇÃO DE APOIO

Divisão de Serviços Técnicos

Catalogação da Publicação na Fonte. UFRN / Biblioteca Central Zila Mamede

Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Pró-Reitoria de

Planejamento e Coordenação Geral.

Manual para elaboração de projetos, convênios e contratos com a

Fundação de Apoio / Pró-Reitoria de Planejamento e Coordenação

Geral. – Natal, RN, 2013

76 p.

1. Projetos. 2. Convênios. 3. Contratos. I. Título.

RN/UF/BCZM CDU 001.8

4

MANUAL PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS, CONVÊNIOS E CONTRATOS COM FUNDAÇÃO DE APOIO

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO 6

1 ORIENTAÇÕES PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS 7

2 CONDIÇÕES PARA A APRESENTAÇÃO DO PROJETO PARA

EFEITO DE TERMO DE COOPERAÇÃO 11

3 CONCEITOS E DEFINIÇÕES RELACIONADOS A CONVÊNIOS 22

4 ORIENTAÇÕES PARA A EXECUÇÃO DO CONVÊNIO 28

4.1 Termo Aditivo 29

4.2 Prestação de Contas 30

5 FONTES DE FINANCIAMENTO 34

6 CONTRATOS COM FUNDAÇÃO A DE APOIO 44

7 PERGUNTAS FREQUENTES 51

8 REFERÊNCIAS 55

9 ANEXOS 57

9.1 Passo-a-passo para cadastro de Projetos no SIPAC

via SIGAA 57

9.2 Passo-a-passo de acordo com a Resolução nº028/2011-

CONSAD 69

5

MANUAL PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS, CONVÊNIOS E CONTRATOS COM FUNDAÇÃO DE APOIO

APRESENTAÇÃO

O objetivo do Manual para Elaboração de Projetos, Convênios e Contratos com

a Fundação de Apoio é disponibilizar à comunidade universitária, informações sobre os

procedimentos para elaboração de projetos acadêmicos em geral e administrativos,

instruções para se firmar convênios e contratos com Fundação Norte Riograndense de

Pesquisa e Cultura (FUNPEC).

Este Manual inclui um guia de importantes fontes de financiamento com o nome

do Órgão, as áreas de incentivo e o endereço eletrônico; perguntas frequentes e

respostas sobre a temática do documento, além de todas as instruções de preenchimento

de Formulários utilizados na apresentação de propostas de projetos para financiamento.

As informações técnicas, os procedimentos, os prazos e as formas de

apresentação de Projetos, Convênios e Contratos têm como base as legislações e normas

vigentes, que são referenciadas no texto do Manual e identificadas através de endereço

eletrônico, para que o leitor possa consultar, via internet.

Espera-se que este Manual atenda as expectativas da comunidade acadêmica e

administrativa da UFRN e seja um meio para difundir as informações necessárias

relativas aos procedimentos e às ações relacionados a Projetos, Convênios e Contratos a

com Fundação de Apoio. Com isso, acredita-se que sejam ampliados o número de

projetos de pesquisa, de extensão, de ensino de graduação e pós-graduação, de inovação

tecnológica e desenvolvimento institucional e, consequentemente, o número de

Convênios e cooperações congêneres com Órgãos de fomento e Contratos com a

FUNPEC.

Prof. Dr. João Emanuel Evangelista de Oliveira Pró-Reitor de Planejamento e Coordenação Geral

1 ORIENTAÇÕES PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS

6

MANUAL PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS, CONVÊNIOS E CONTRATOS COM FUNDAÇÃO DE APOIO

Projeto é um empreendimento que tem objetivos bem definidos em função

de um problema, oportunidade ou interesse de uma pessoa ou organização,

cujo desenvolvimento se dá em prazos e com recursos definidos.

No âmbito da Universidade Federal do Rio Grande do Norte os projetos

acadêmicos podem ser de Ensino-Extensão, Pesquisa, Extensão, Prestação de

Serviço e Desenvolvimento Institucional (Resolução n0 028/2011, do Conselho

de Administração (CONSAD))

(http://www.sigrh.ufrn.br/sigrh/public/colegiados/filtro_busca.jsf;jsessionid=5AC51519BCF09A

65F84BAE3204044E82.sistemas1i2).

No Art. 1o da Resolução nº028/2011-CONSAD são especificados os

projetos, segundo as atividades desenvolvidas no âmbito da UFRN:

“I - Projeto de Ensino – quando envolver atividades não continuadas de

ensino, para atendimento a demandas da comunidade e de órgãos ou

empresas públicas e privadas, os quais serão responsáveis pelo custeio total

ou parcial das atividades;

II - Projeto de Pesquisa e de Desenvolvimento Científico e Tecnológico –

quando representarem estudos, atividades de pesquisa científica e de inovação

tecnológica propostos por pesquisadores da Universidade, com participação de

docentes e/ou servidores técnicos e/ou alunos em trabalhos acadêmicos

associados, por sua iniciativa ou atendendo a convites ou a editais públicos,

com custeio total ou parcial das atividades por agentes externos;

III – Projetos de Extensão – quando houver propostas de atuação na realidade

social, de natureza acadêmica, com caráter educativo, social, artístico, cultural,

científico ou tecnológico, e que cumpram os preceitos da indissociabilidade

entre ensino, pesquisa e extensão, desenvolvidas de forma sistematizada e

limitadas no tempo, nos moldes do art. 5o e 6o, da Resolução no 053/2008-

CONSEPE, de 15 de abril de 2008, com participação de docentes e/ou

servidores técnicos e/ou alunos, por sua iniciativa ou atendendo a convites ou a

editais públicos, com custeio total ou parcial das atividades por agentes

7

MANUAL PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS, CONVÊNIOS E CONTRATOS COM FUNDAÇÃO DE APOIO

externos, podendo ser enquadradas as ações de extensão representadas por

programas, cursos, eventos, produtos e prestação de serviços;

IV - Projeto de Desenvolvimento Institucional – quando envolver programas,

projetos, atividades e operações especiais, inclusive de natureza

infraestrutural, material e laboratorial, que levem à melhoria mensurável das

condições da UFRN, para cumprimento eficiente e eficaz de sua missão,

conforme descrita no Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), de acordo

com o art. 1o, § 1o, da Lei no 8.958, de 20 de dezembro de 1994.

§ 1o Para fins do art. 6o, § 8o, do Decreto no 7.423/2010, o projeto

institucional de prestação de serviços, para ser enquadrado como extensão,

deverá justificar os ganhos acadêmicos para a UFRN, terá a participação de

estudantes com o objetivo de contribuir para a sua formação, com base na

experiência e na vivência prática das questões próprias do meio profissional,

bem como demonstrará o desenvolvimento de novas abordagens na produção

do conhecimento.”

O enquadramento de cada projeto nos tipos e modalidades pertinentes

será de responsabilidade do coordenador, que atesta, através do sistema

informacional e de gestão da UFRN. Em seguida, o projeto é homologado

pelas Pró-Reitorias competentes, com base em Resoluções e/ou Portarias

específicas. Caberá à UFRN a responsabilidade acadêmica dos projetos e,

quando necessário, a cessão de suas instalações e equipamentos.

No Art. 2o da Resolução nº028/2011-CONSAD, os projetos acadêmicos

tratados no Art. 1o são classificados segundo as fontes de recursos para o

financiamento das ações, nos seguintes tipos:

8

MANUAL PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS, CONVÊNIOS E CONTRATOS COM FUNDAÇÃO DE APOIO

“I - Tipo A – quando ensejar atividades de apoio administrativo, para

arrecadação pela fundação de apoio, de recursos vinculados a projetos

acadêmicos com recolhimento diário à Conta Única do Tesouro Nacional,

segundo o entendimento trazido pelo item 9.2.40 do Acórdão n.º 2.731/2008,

do Plenário do Tribunal de Contas da União - TCU;

II - Tipo B – quando envolver repasses de recursos financeiros pela UFRN

à fundação de apoio para a realização de atividades acadêmicas e gestão

administrativa e financeira de projetos acadêmicos, na forma do art. 1 o

da Lei no 8.958/94;

III - Tipo C – quando houver a celebração de instrumentos jurídicos entre

a fundação de apoio e a UFRN, para atender às demandas da fundação

em decorrência da captação direta de recursos por esta organização

junto a empresas públicas ou privadas, visando a realização de atividades

conjuntas de pesquisa científica e tecnológica e desenvolvimento de

tecnologia, produto ou processo, em concordância com o art. 9º da Lei

no 10.793, de 2 de dezembro de 2004;

IV - Tipo D – q u ando envolver a captação de recursos por meio de editais

públicos ou chamadas públicas com instrumentos jurídicos celebrados entre

fundação de apoio e as agências financeiras oficiais de fomento, com a

finalidade de dar apoio à UFRN, nos moldes do art. 1o -A da Lei no 8.958/94 e

art. 3o -A da Lei no 10.973/2004.”

No anexo da Portaria nº028/2011-CONSAD estão detalhadas as

orientações sobre despesas operacionais previstas, as bolsas e pro labore, da

participação da unidade executora, do Centro Acadêmico e dos respectivos

fundos acadêmicos, dentre outros.

No âmbito da inovação tecnológica, a Resolução nº149/2008 do Conselho

de Ensino, Pesquisa e Extensão (CONSEPE) dispõe sobre os direitos de

propriedade intelectual http://www.sigrh.ufrn.br/sigrh/public/colegiados/filtro_busca.jsf

e prevê em seu Art. 12, que a UFRN poderá prestar serviços a órgãos públicos

e entes privados compatíveis com atividades voltadas à inovação e à pesquisa

científica e tecnológica no ambiente produtivo, mediante termo contratual

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MANUAL PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS, CONVÊNIOS E CONTRATOS COM FUNDAÇÃO DE APOIO

próprio, ouvido o Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT) / Comissão de

Inovação e Empreendedorismo e nos termos de Resolução do CONSEPE.

§ 1o O servidor ou aluno da UFRN envolvido na prestação de serviço

prevista no caput deste Artigo poderá receber retribuição pecuniária,

diretamente da UFRN ou de instituição de apoio com que tenha

firmado acordo, sempre sob a forma de adicional ou bolsa variável e

desde que custeada exclusivamente com recursos arrecadados no

âmbito da atividade contratada.

Art. 13 O servidor ou aluno da UFRN envolvido na execução das

atividades oriundas de acordos de parceria para realização de

pesquisa científica e tecnológica e desenvolvimento de tecnologia,

produto ou processo, com órgãos públicos e entes privados, poderá

receber bolsa de estímulo à inovação diretamente de instituição de

apoio ou agência de fomento.

Com exceção dos Projetos de Desenvolvimento Institucional que são

cadastrados no Sistema Integrado de Patrimônio, Administração e Contratos

(SIPAC), os projetos das demais modalidades são cadastrados no Sistema

Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas (SIGAA), com vinculação ou

não a Editais ou em associação às ações de Ensino, Pesquisa, Extensão,

Desenvolvimento Institucional e Inovação Tecnológica ou isoladamente,

quando existe fonte de financiamento externa.

Os projetos de inovação tecnológica têm como fundamento legal a Lei nº

10.973/2004 (https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2004/Lei/L10.973.htm),

que estabelece medidas de incentivo à inovação e à pesquisa científica e

tecnológica no ambiente produtivo, com vistas à capacitação e ao alcance da

autonomia tecnológica e ao desenvolvimento industrial do País.

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MANUAL PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS, CONVÊNIOS E CONTRATOS COM FUNDAÇÃO DE APOIO

2 CONDIÇÕES PARA A APRESENTAÇÃO DO PROJETO PARA EFEITO DE TERMO DE COOPERAÇÃO

Termo de Cooperação é o instrumento por meio do qual é ajustada a

transferência de crédito de órgão ou entidade da Administração Pública Federal

para outro órgão federal da mesma natureza ou autarquia, fundação pública ou

empresa estatal dependente. Os Termos de cooperação ainda estão por ser

regulamentados, na forma do art. 89 da Portaria Interministerial nº 507/2011,

entretanto, no que couber, aplica-se a normatização relativa a Convênios.

Os Termos de Cooperação não são registrados no SICONV, sítio

eletrônico específico para o gerenciamento dos atos de celebração, alteração,

liberação de recursos, acompanhamento e fiscalização da execução e a

prestação de contas dos convênios.

No caso de projetos para fins de Termos de Cooperação, o proponente,

no caso a Universidade, formaliza sua proposta por meio de correspondência

encaminhada ao Dirigente maior do Órgão Concedente, firmada pelo dirigente

máximo da Instituição e apresentar, em papel timbrado, um PROJETO

atendendo ao seguinte roteiro:

Identificação

Nome do projeto;

Instituição proponente;

CNPJ da Instituição proponente;

Responsável pela instituição proponente (nome, endereço, telefone, fax,

e-mail);

Responsável pelo projeto (nome, endereço, telefone, fax, e-mail).

A descrição do projeto, através de um Plano de Trabalho, onde devem

constar o objetivo, justificativa, método, cronograma de execução/metas/fases,

plano de aplicação e cronograma de desembolso.

Objetivos

Descrever o que se espera obter com a execução do projeto. Os

objetivos devem ser coerentes entre si, estar relacionados com a estrutura do

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MANUAL PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS, CONVÊNIOS E CONTRATOS COM FUNDAÇÃO DE APOIO

projeto e vinculados às justificativas. O objetivo geral deve expressar o que se

quer alcançar em curto e médio prazo, mesmo que ultrapasse o tempo de

duração do projeto. Os objetivos específicos, ao contrário, devem se realizar

até o final do projeto e estão relacionados às suas atividades e ações,

traduzidas em metas quantificadas, produtos e resultados esperados. E,

obrigatoriamente, coerentes com a justificativa do projeto.

Justificativa

Descrever, de forma clara, por que executar o projeto?

Os argumentos devem ser ordenados na seguinte sequência:

a. Diagnóstico de situação – identificar o(s) problemas(s) que o projeto se

propõe a solucionar ou reduzir; descrever a situação atual, apresentando

dados numéricos que a caracterizem.

b. Explanar a situação esperada ao término do projeto.

c. Descrever sucintamente, o trabalho que se propõe implementar,

destacando as principais realizações previstas e a estratégia a ser

adotada para alcançá-las; esclarecer quem são os beneficiários dos

resultados do projeto e de que forma os resultados se reverterão em

benefícios para o público-meta; relacionar as medidas previstas para

ampliar a disseminação dos resultados.

d. Descrever as condições existentes na Instituição no tocante a

infraestrutura, financeira e recursos humanos, que possibilitem a

implementação do projeto.

Cronograma de execução metas/fase

Nesse tópico, o objeto do convênio deve ser desdobrado em realizações

físicas, de acordo com unidades de medida preestabelecidas. Deverá ser

indicado o conjunto de elementos que compõem o objeto. Indicar cada uma

das ações em que se divide uma meta e o prazo previsto para a

implementação de cada meta, etapa ou fase com suas respectivas datas.

Indicar a unidade de medida que melhor caracteriza o produto de cada meta,

etapa ou fase. Por exemplo: Exemplo: obra (m2), seminário (eventos),

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MANUAL PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS, CONVÊNIOS E CONTRATOS COM FUNDAÇÃO DE APOIO

publicação (exemplares). Todas as metas devem ser valoradas na moeda

REAL.

As metas podem ser confundidas com os objetivos específicos. São os

resultados parciais a serem atingidos e devem ser bastante concretos,

expressando quantidades e qualidades dos objetivos, ou seja, quanto será

feito.

De acordo com a Portaria Interministerial nº507/2011

(https://www.convenios.gov.br/portal/arquivos/Portaria_Interministerial_n_507_24_Novembro_2011.pdf),

meta é a parcela quantificável do objeto descrita no plano de Trabalho.

OBSERVAÇÕES IMPORTANTES

Quando da elaboração do projeto, é importante observar o caso de

contratação de consultores, assessores, conferencistas, instrutores,

pesquisadores convidados e outros. Nessa situação os currículos devem ser

anexados ao processo. Entretanto, deve ser evitada contratação de pessoal,

pois configura falta de estrutura da proponente para realizar o objeto, exceto

quando forem para a execução de serviços específicos especializados;

Havendo a necessidade de contratação de pessoal, que não deve ser

“administrativo”, “contábil”, “financeiro” ou de “gerência”, nem poderá integrar o

quadro de pessoal da convenente, deve ser levado em conta o valor do

serviço, incluindo os encargos (que não sejam de obrigação da convenente-

contratante) – Acórdão nº 2.814/2006-TCU-1ª Câmara.

No caso de eventos como cursos, seminários, visitas técnicas,

encontros, palestras, conferências, etc., deve-se mencionar se os conteúdos

programáticos estão claros e compatíveis com a(s) meta(s). Verificar se não

está sendo cobrada inscrição dos participantes, tendo em vista que é vedada a

transferência de recursos para realização de objetos cujos custos já estariam

sendo cobertos por outras fontes (Acórdão nº 1.287/2005-TCU-1º Câmara). O

período de realização do evento deve coincidir com o prazo de vigência do

instrumento e não pode caracterizar ressarcimento de despesas.

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MANUAL PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS, CONVÊNIOS E CONTRATOS COM FUNDAÇÃO DE APOIO

No caso de realização de obra(s), anexar o projeto básico, nos termos

da Lei nº 8.666/93, contendo os elementos discriminados no inciso IX do art. 6º,

inclusive os referentes à implementação das medidas sugeridas nos estudos

ambientais eventualmente exigidos, complementado com a planta da

localização e situação da obra - Plantas gerais indicando as áreas e as

dependências a serem construídas e os necessários detalhes - plantas de

projetos complementares - assinados pelo Arquiteto ou Engenheiro

Responsável, com a identificação de seu registro junto ao Conselho Regional

de Engenharia e Arquitetura (CREA) da respectiva Unidade da Federação.

Ainda com relação a obras, deve ser apresentada a Planilha Detalhada

de Custos, contendo os preços de materiais e serviços, caracterizando os

equipamentos básicos e materiais a serem empregados. Essa planilha deve

ser compatível com a justificativa, quanto aos valores apresentados e

comprovantes de que os custos levantados são aqueles praticados pela

Prefeitura ou Unidade da Federação ou na localidade em outros tipos de obra;

devidamente assinado pelo Arquiteto ou Engenheiro Responsável, com a

identificação de seu registro junto ao CREA, não podendo ser superiores à

mediana daqueles constantes do Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e

Índices da Construção Civil (SINAPI), mantido pela Caixa Econômica Federal.

Também se faz necessário o Memorial Descritivo da obra com a

fundamentação do projeto e a descrição da localização do terreno;

características geomorfológicas do sítio; justificativa quanto à alternativa

construtiva adotada; descrição do projeto e sobre as instalações do

empreendimento; e a descrição dos serviços por etapas, conforme o

detalhamento da Planilha Detalhada de Custos, bem como comprovação de

propriedade do imóvel.

No âmbito da UFRN, a Resolução nº116//2011-CONSEPE (http://www.sigrh.ufrn.br/sigrh/public/colegiados/filtro_busca.jsf;jsessionid=DC36400933FA9D9A1EDCB514DE3044D9.sistemas1bi2 ) define o conceito de Laboratório de Pesquisa e em seu Art. 4º regulamenta a estrutura do laboratório, que poderá ser composta de ambientes como:

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MANUAL PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS, CONVÊNIOS E CONTRATOS COM FUNDAÇÃO DE APOIO

“I - salas de aula, de discussões, de seminários, de circuito fechado de televisão (CFTV), de reprografia e apoio, de vídeo-conferência e de multimídia;

II -centro de processamento de dados;

II -auditórios;

III -bibliotecas;

IV- ambientes de convivência;

V -copa/cozinha;

VI -banheiros e vestiários;

VII -almoxarifado;

VIII - gabinetes individuais para pesquisadores;

IX -sala de exposições;

X -administração;

XI - aparelhamento necessário à execução do objeto de estudo;

XII - ambientes adequados para o armazenamento e/ou tratamento de resíduos;

XIII - ambientes adequados à guarde de animais não-humanos (biotérios);

XIV - unidades demonstrativas.”

Em Convênios, geralmente não são permitidas despesas com:

pagamento de pessoal (vedação do inciso X do art. 167 da Constituição);

despesas operativas do convenente (água, luz, telefone, aluguel, condomínio,

etc); jantares, almoços, festividades, comemorações e coffee break (podem ser

vedadas ao concedente); ações que não cabem ao concedente realizar

originalmente; despesas que requeiram legislação específica, como bolsas;

gastos que busquem “fugir” da legislação trabalhista, como é o caso de

estagiários; alimentação; pedágios; estacionamentos e outras (Acórdãos nºs

404/2002-TCU-Plenário e 1.429/2004-TCU-Plenário).

Além das despesas mencionadas, não são condizentes com a natureza

dos convênios despesas com: manutenção de veículos e

equipamentos do convenente, tributos, obrigações trabalhistas e

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MANUAL PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS, CONVÊNIOS E CONTRATOS COM FUNDAÇÃO DE APOIO

previdenciárias de responsabilidade de contratantes de serviços de

terceiros, pessoal administrativo, remuneração de coordenadores ou

gerentes para os projetos apresentados, assessorias financeira, contábil,

jurídica e digitação, tendo em vista que caracterizam falta de capacidade da

convenente, ou “renúncia de receita” sem autorização legal, ou mesmo taxa de

administração indireta.

Plano de Aplicação

Registrar o valor, em unidades monetárias, para cada elemento de

despesa. No caso de transferência, indicar o valor a ser aplicado pelo

órgão/entidade federal. Na contrapartida, indicar o valor que será aplicado

pelo beneficiário. Indicar o somatório dos valores atribuídos a cada elemento

de despesa.

A respeito da contrapartida, a grande dificuldade se refere à

comprovação da efetiva aplicação desse tipo de contrapartida. Há inexistência,

na maioria das vezes, de documentos que possam provar essa aplicação.

Sobre o assunto, o TCU determinou a órgão federal que “exigisse a

comprovação da contrapartida e, quando a mesma fosse oferecida na forma de

bens, pessoal e outras despesas de custeio da convenente, exigisse a

especificação de como serão utilizados em benefício do convênio" (item 9.3.13

do Acórdão nº 936/2007-TCU-Plenário).

Elementos de Despesa

A despesa é classificada em:

a) DESPESAS CORRENTES

Despesas de Custeio

Transferências Correntes

b) DESPESAS DE CAPITAL

Investimentos

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MANUAL PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS, CONVÊNIOS E CONTRATOS COM FUNDAÇÃO DE APOIO

Inversões

Transferências de Capital

Para classificar uma despesa quanto à sua Natureza devem ser

identificados: a Categoria Econômica e o Grupo de Despesa a que pertence; a

forma de sua realização ou a Modalidade de Aplicação dos recursos a ela

consignados, isto é, se a despesa vai ser realizada diretamente pela Unidade

Orçamentária de cuja programação faz parte, ou indiretamente, mediante

transferência da ação a outro organismo ou entidade integrante ou não do

Orçamento; e, finalmente, o seu objeto de gasto ou Elemento de Despesa.

Para melhor entender a formação do código do elemento de despesa,

apresentamos o exemplo que se segue Elemento de Despesa (Material de

Consumo–Material de

Expediente)........................................................................3.3.90.30.02

1º Dígito - indica a Categoria Econômica da Despesa;

2º Dígito - indica o Grupo de Despesa;

3º e 4º Dígitos - indicam a Modalidade de Aplicação;

5º e 6º Dígitos - indicam o Elemento de Despesa (Objeto de Gasto);

7º e 8º Dígitos - indicam a Execução Financeira da Despesa.

14 - DIÁRIAS - PESSOAL CIVIL

Cobertura de despesas de alimentação, pousada, e locomoção urbana,

com servidores público estatutário ou celetista, inclusive os contratados em

caráter temporário, os servidores de outros níveis de governo à disposição do

Estado, dos Secretários de Estado e dos ocupantes de cargo em comissão,

que se deslocarem de sua sede em objeto de serviço, em caráter eventual ou

transitório. Quando a despesa for realizada na forma de ressarcimento ou

através de cartão corporativo deverão ser apresentados os respectivos

comprovantes. Incluem-se a ajuda de custo para viagem e ajuda de custo por

remoção.

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MANUAL PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS, CONVÊNIOS E CONTRATOS COM FUNDAÇÃO DE APOIO

18 - AUXÍLIO FINANCEIRO A ESTUDANTES

Ajuda financeira concedida pelo Estado a estudantes comprovadamente

carentes, e concessão de auxílio para o desenvolvimento de estudos e

pesquisas de natureza científica, realizados por pessoas físicas na condição

de estudante, observado o disposto no art. 26 da Lei complementar n.º 101/

2000.

30 - MATERIAL DE CONSUMO

Despesas com Combustíveis e Lubrificantes Automotivos; Combustíveis

e Lubrificantes de Aviação; Gás engarrafado; Outros Combustíveis e

Lubrificantes; Material biológico, Farmacológico e Laboratorial; Animais para

estudo, corte ou abate; Alimentos para animais; Material de coudelaria ou de

uso zootécnico; sementes ou mudas de plantas; gêneros de alimentação;

material de construção para reparos em imóveis; material de manobra e

patrulhamento; material de proteção, segurança, socorro e sobrevivência;

material de expediente; material de cama e mesa, copa e cozinha, e produtos

de higienização; material gráfico e de processamento de dados; aquisição de

disquetes; material para esportes e diversões; material para fotografia e

filmagem; material para instalação elétrica e eletrônica; material para

manutenção, reposição e aplicação; material odontológico, hospitalar e

ambulatorial; material químico; material para telecomunicações; vestiário,

uniformes, fardamento, tecidos e aviamentos, material de acondicionamento e

embalagem; suprimento de proteção ao vôo; suprimento de aviação;

sobressalentes de máquinas e motores de navios e esquadra; explosivos e

munições; bandeiras, flâmulas e insígnias e outros materiais de uso não

duradouro.

33 - PASSAGENS E DESPESAS COM LOCOMOÇÃO

Despesas com aquisição de passagens (aéreas, terrestres, fluviais ou

marítimas), taxas de embarque, seguros, fretamento; pedágios; locação ou uso

de veículos para transporte de pessoas e suas respectivas bagagens em

decorrência de mudanças de domicílio no interesse da administração.

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MANUAL PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS, CONVÊNIOS E CONTRATOS COM FUNDAÇÃO DE APOIO

36 - OUTROS SERVIÇOS DE TERCEIROS - PESSOA FÍSICA

Despesas decorrentes de serviços prestados por pessoa física, pagos

diretamente a esta e não enquadrados nos elementos de despesa específicos,

tais como: remuneração de serviços de natureza eventual, prestado por pessoa

física sem vínculo empregatício; Jetons, Estagiários, Monitores diretamente

contratados; Bolsa de iniciação ao trabalho; Diárias a colaboradores eventuais;

Locação de imóveis; Serviços Técnicos Profissionais; Salário de internos nas

penitenciárias; Serviço de Manutenção e Conservação de bens imóveis;

Obrigações Patronais sobre serviços de pessoa física; e outras despesas

pagas diretamente à pessoa física. Incluem-se neste elemento de despesa os

valores pagos a membros de Conselhos Mistos, de representantes do Setor

Público e Privado, pelo efetivo exercício de seus mandatos.

39 - OUTROS SERVIÇOS DE TERCEIROS - PESSOA JURÍDICA

Despesas com prestação de serviços por pessoas jurídicas para órgãos

públicos, tais como: Assinaturas de Jornais e Periódicos; Tarifas de Energia

Elétrica, Gás, Água e Esgoto; Serviços de Processamento de Dados; Serviços

de Comunicações (Telefone, Telex, Correios, etc.); Fretes e Carretos; Locação

de Imóveis (inclusive despesas de condomínio e tributos a conta do locatário,

quando previstos no contrato de locação); Locação de equipamentos e

materiais permanentes; Conservação e adaptação de bens imóveis; Seguros

em geral (exceto os decorrentes de obrigação patronal); Serviços de Asseio e

higiene; Serviços de divulgação, impressão, encadernação e emolduramento;

Serviços funerários; Despesas com congressos, Simpósios, Conferências ou

exposições; Vale transporte; Vale Refeição; Auxílio creche (exclusive a

indenização a servidor); Software; Habilitação de telefonia fixa e móvel celular;

e outros congêneres.

51 - OBRAS E INSTALAÇÕES

Despesas com estudos e projetos; inicio, prosseguimento e conclusão

de obras; pagamento de pessoal temporário não pertencente ao quadro da

entidade e necessário à realização das mesmas; pagamento de obras

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MANUAL PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS, CONVÊNIOS E CONTRATOS COM FUNDAÇÃO DE APOIO

contratadas; instalações que sejam incorporáveis ou inerentes ao imóvel, tais

como: elevadores, aparelhagem para ar condicionado central, etc.

52 - EQUIPAMENTOS E MATERIAL PERMANENTE

Despesas com aquisição de Aeronaves; aparelhos de medição;

aparelhos e equipamentos de comunicação; aparelhos, equipamentos e

utensílios médicos, odontológicos, laboratorial e hospitalar; aparelhos e

equipamentos para esporte e diversões; aparelhos e utensílios domésticos;

armamentos; coleções e materiais bibliográficos; embarcações, equipamentos

de manobra e patrulhamento; equipamentos de proteção, segurança, socorro e

sobrevivência; instrumentos musicais e artísticos; máquinas, aparelhos e

equipamentos de uso industrial; máquinas, aparelhos e equipamentos gráficos

e equipamentos diversos; máquinas, aparelhos e utensílios de escritório;

máquinas, ferramentas e utensílios de oficina; máquinas, tratores e

equipamentos agrícolas, rodoviários e de movimentação de carga; mobiliário

em geral; obras de arte e peças para museu; semoventes; veículos ferroviários;

veículos rodoviários e demais veículos; outros materiais permanentes.

Cronograma de Desembolso

Indicar o número de ordem da meta (1, 2, 3 e assim por diante). Indicar o

valor mensal a ser transferido pelo órgão financiador. Indicar o valor mensal do

desembolso efetuado pelo beneficiário a título de contrapartida.

Detalhamento dos custos

Os custos devem ser detalhados por itens de despesa, conforme a

estratégia de ação previamente indicada, apresentando os valores unitários e o

total previsto, a meta física a ser alcançada e os valores financeiros

correspondentes. Os dados devem ser agrupados para demonstrar o apoio

financeiro pretendido e aquilo que será oferecido como contrapartida,

totalizando, assim, o orçamento global do projeto. Em se tratando de entidades

privadas o valor da contrapartida decorrerá de negociação entre as partes, não

podendo ser inferior ao mínimo estabelecido na Lei de Diretrizes

Orçamentárias (LDO) para Estados, Distrito Federal e Municípios.

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MANUAL PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS, CONVÊNIOS E CONTRATOS COM FUNDAÇÃO DE APOIO

Memória de cálculo

Apresentar memória de cálculo de todos os valores apresentados, com

indicação dos parâmetros de custos utilizados bem como a fonte de referência

dos mesmos.

Método/estratégia de ação

Explicar, de forma sucinta, como o projeto será desenvolvido (ações,

atividades previstas, meios de realização), detalhar como as diferentes etapas

serão implementadas e qual a inter-relação entre elas, indicando os

mecanismos de acompanhamento e avaliação do projeto a serem usados pelo

solicitante, bem como identificar as parcerias envolvidas no projeto.

Contrapartida oferecida

Indicar os recursos financeiros oferecidos a título de contrapartida para o

desenvolvimento do projeto, estimando, financeiramente, quando se tratar de

recursos humanos ou físicos (equipamentos e instalações). Em caso de

eventos que tenham taxa de inscrição, a receita prevista deve estar inserida no

Plano de Trabalho. Essa receita deve ser gasta, exclusivamente, com o objeto

da Cooperação.

Prazo de execução

A duração deve ser detalhada, preferencialmente em unidades como

dias ou meses, fixando as datas estimadas para início e término das várias

fases em que se desmembrará o projeto.

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MANUAL PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS, CONVÊNIOS E CONTRATOS COM FUNDAÇÃO DE APOIO

3 CONCEITOS E DEFINIÇÕES RELACIONADOS A CONVÊNIOS

De acordo com o Decreto nº6.170/2007, as entidades privadas sem fins

lucrativos que pretendam celebrar convênio ou contrato de repasse com órgãos

e entidades da administração pública federal deverão realizar cadastro prévio

no Sistema de Gestão de Convênios e Contratos de Repasse - SICONV,

conforme normas do órgão central do sistema

(

https://www.convenios.gov.br/portal/manuais/Manual_Convenente_Credenciam

ento_Proponente_vs11_07112011.pdf).

• A descentralização de recursos federais ocorre quando o Governo

Federal, por meio de seus órgãos ou entidades, visando à melhor gestão de

seus programas de governo, transfere recursos alocados a programas de

trabalho aprovados na Lei Orçamentária para entidades públicas ou privadas

situadas proximamente às populações assistidas ou atendidas pelo programa,

como, por exemplo, secretarias estaduais, prefeituras, instituições privadas,

etc, com o propósito de realizar ações públicas de interesse comum

(http://portal.mj.gov.br/sedh/ct/manual_de_convenios.pdf).

De acordo com a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), os recursos da

União podem ser descentralizados por meio de celebração de convênio ou

outros instrumentos congêneres, a órgãos e/ou entidades da administração

pública direta ou indireta dos governos estaduais, municipais ou do Distrito

Federal, e as entidades privadas (atuando no polo convenente).

A Portaria Interministerial nº507/2011 regula os convênios, os contratos

de repasse e os termos de cooperação celebrados pelos órgãos e entidades da

Administração Pública Federal com órgãos ou entidades públicas ou privadas

sem fins lucrativos para a execução de programas, projetos e atividades de

interesse recíproco, que envolvam a transferência de recursos financeiros

oriundos do Orçamento Fiscal e da Seguridade Social da União. De acordo que

essa Portaria:

Convênio acordo ou ajuste que discipline a transferência de recursos

financeiros de dotações consignadas nos Orçamentos Fiscal e da Seguridade

Social da União e tenha como partícipe, de um lado, órgão ou entidade da

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MANUAL PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS, CONVÊNIOS E CONTRATOS COM FUNDAÇÃO DE APOIO

administração pública federal, direta ou indireta, e, de outro lado, órgão ou

entidade da administração pública estadual, do Distrito Federal ou municipal,

direta ou indireta, consórcios públicos, ou ainda, entidades privadas sem fins

lucrativos, visando à execução de programa de governo, envolvendo a

realização de projeto, atividade, serviço, aquisição de bens ou evento de

interesse recíproco, em regime de mútua cooperação (Portaria Interministerial

nº507/2011).

Contrapartida é a parcela de recursos financeiros próprios do

convenente, que será aplicada na execução do objeto do convênio, podendo

ser atendida por meio de recursos financeiros, de bens ou de serviços,

desde que economicamente mensuráveis. Deve ser estabelecida de modo

compatível com a capacidade financeira do órgão beneficiado, e de acordo

com os percentuais fixados na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para o

exercício. Quando se trata de entidades privadas, o valor da contrapartida

decorrerá de negociação entre as partes, mas não pode ser inferior ao mínimo

estabelecido na LDO para Estados, Distrito Federal e municípios.

Projeto básico é conjunto de elementos necessários e suficientes, com

nível de precisão adequado, para caracterizar a obra ou serviço, ou complexo

de obras ou serviços, elaborado com base nas indicações dos estudos técnicos

preliminares, que assegurem a viabilidade técnica e o adequado tratamento do

impacto ambiental do empreendimento, e que possibilite a avaliação do custo

da obra ou serviço de engenharia e a definição dos métodos e do prazo de

execução (Portaria Interministerial nº507/2011).

Proponente é o órgão ou entidade pública ou privada sem fins

lucrativos credenciada que manifeste, por meio de proposta de trabalho,

interesse em firmar instrumento regulado por esta Portaria(Portaria

Interministerial nº507/2011).

Termo aditivo é o instrumento que tenha por objetivo a modificação

do convênio já celebrado, vedada a alteração do objeto aprovado(Portaria

Interministerial nº507/2011).

Termo de cooperação instrumento por meio do qual é ajustada a

transferência de crédito de órgão ou entidade da Administração Pública Federal

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MANUAL PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS, CONVÊNIOS E CONTRATOS COM FUNDAÇÃO DE APOIO

para outro órgão federal da mesma natureza ou autarquia, fundação pública ou

empresa estatal dependente (Portaria Interministerial nº507/2011). Com base

no Decreto nº 6.619/2008(http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/fraWeb?

OpenFrameSet&Frame=frmWeb2&Src=%2Flegisla%2Flegislacao.nsf%2FViw_Identificacao

%2FDEC%25206.619-2008%3FOpenDocument%26AutoFramed), em seu Art. 1º, inciso

III, termo de cooperação é o instrumento por meio do qual é ajustada a

transferência de crédito de órgão da administração pública federal direta,

autarquia, fundação pública, ou empresa estatal dependente, para outro órgão

ou entidade federal da mesma natureza. A UFRN, na condição de autarquia,

adota esse Instrumento.

Termo de parceria é o instrumento jurídico previsto na Lei 9.790/1999

(http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9790.htm), para transferência de

recursos para organizações sociais de interesse público (Portaria

Interministerial nº507/2011).

Termo de referência é o documento apresentado quando o objeto do

convênio, contrato de repasse ou termo de cooperação envolver aquisição de

bens ou prestação de serviços, que deverá conter elementos capazes de

propiciar a avaliação do custo pela Administração, diante de orçamento

detalhado, considerando os preços praticados no mercado da região onde será

executado o objeto, a definição dos métodos e o prazo de execução do objeto

(Portaria Interministerial nº507/2011).

Cláusulas obrigatórias em Convênios

De acordo com a Portaria Interministerial nº507/2011, há obrigatoriedade

das seguintes cláusulas, no Instrumento de Convênios:

I - o objeto e seus elementos característicos, em consonância com o Plano de

Trabalho, que integrará o termo celebrado independentemente de transcrição;

II - as obrigações de cada um dos partícipes;

III - a contrapartida, quando couber, e a forma de sua aferição quando atendida

por meio de bens e serviços;

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MANUAL PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS, CONVÊNIOS E CONTRATOS COM FUNDAÇÃO DE APOIO

IV - as obrigações do interveniente, quando houver;

V - a vigência, fixada de acordo com o prazo previsto para a consecução do

objeto e em função das metas estabelecidas;

VI - a obrigação de o concedente prorrogar "de ofício" a vigência do

instrumento antes do seu término, quando der causa a atraso na liberação dos

recursos, limitada a prorrogação ao exato período do atraso verificado;

VII - a prerrogativa do órgão ou entidade transferidor dos recursos financeiros

assumir ou transferir a responsabilidade pela execução do objeto, no caso de

paralisação ou da ocorrência de fato relevante, de modo a evitar sua

descontinuidade;

VIII - a classificação orçamentária da despesa, mencionando se o número e

data da Nota de Empenho ou Nota de Movimentação de Crédito e declaração

de que, em termos aditivos, indicar-se-ão os créditos e empenhos para sua

cobertura, de cada parcela da despesa a ser transferida em exercício futuro;

IX - o cronograma de desembolso conforme o Plano de Trabalho, incluindo os

recursos da contrapartida pactuada, quando houver;

X - a obrigatoriedade de o convenente ou contratado incluir regularmente no

SICONV as informações e os documentos exigidos na Portaria, mantendo-o

atualizado;

XI - a obrigatoriedade de restituição de recursos, nos casos previstos na

referida Portaria;

XII - no caso de órgão ou entidade pública, a informação de que os recursos

para atender às despesas em exercícios futuros, no caso de investimento,

estão consignados no plano plurianual ou em prévia lei que os autorize;

XIII - a obrigação do convenente de manter e movimentar os recursos na conta

bancária específica do convênio ou contrato de repasse em instituição

financeira controlada pela União, quando não integrante da conta única do

Governo Federal;

XIV - a definição, se for o caso, do direito de propriedade dos bens

remanescentes na data da conclusão ou extinção do instrumento, que, em

razão deste, tenham sido adquiridos, produzidos, transformados ou

construídos, respeitado o disposto na legislação pertinente;

XV - a forma pela qual a execução física do objeto será acompanhada pelo

concedente, inclusive com a indicação dos recursos humanos e tecnológicos

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MANUAL PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS, CONVÊNIOS E CONTRATOS COM FUNDAÇÃO DE APOIO

que serão empregados na atividade ou, se for o caso, a indicação da

participação de órgãos ou entidades previstos no § 2° do art. 67 da Portaria

Interministerial nº507/2011;

XVI - o livre acesso dos servidores dos órgãos ou entidades públicas

concedentes e os do controle interno do Poder Executivo Federal, bem como

do Tribunal de Contas da União aos processos, documentos, informações

referentes aos instrumentos de transferências regulamentados por esta

Portaria, bem como aos locais de execução do objeto;

XVII - a faculdade dos partícipes rescindirem o instrumento, a qualquer tempo;

XVIII - a previsão de extinção obrigatória do instrumento em caso de o Projeto

Básico referente a obras e serviços de engenharia, não ter sido aprovado ou

apresentado no prazo estabelecido, quando for o caso;

XIX - a indicação do foro para dirimir as dúvidas decorrentes da execução dos

convênios, contratos ou instrumentos congêneres, estabelecendo a

obrigatoriedade da prévia tentativa de solução administrativa com a

participação da Advocacia-Geral da União, em caso de os partícipes serem da

esfera federal, administração direta ou indireta, nos termos do art. 11 da

Medida Provisória nº 2.180-35, de 24 de agosto de 2001;

XX - a obrigação de o convenente ou o contratado inserir cláusula nos

Instrumentos celebrados para execução do convênio ou contrato de repasse

que permitam o livre acesso dos servidores dos órgãos ou entidades públicas

concedentes, bem como dos órgãos de controle, aos documentos e registros

contábeis das empresas contratadas, na forma do art. 56 desta Portaria;

XXI - a sujeição do convênio ou contrato de repasse e sua execução às normas

do Decreto nº 6.170, de 25 de julho de 2007, bem como do Decreto nº 93.872,

de 23 de dezembro de 1986, e a esta Portaria (507/2011);

XXII - a previsão de, na ocorrência de cancelamento de Restos a Pagar, que o

quantitativo possa ser reduzido até a etapa que apresente funcionalidade;

XXIII - a forma de liberação dos recursos ou desbloqueio, quando se tratar de

contrato de repasse;

XXIV - a obrigação de prestar contas dos recursos recebidos no SICONV;

XXV - o bloqueio de recursos na conta corrente vinculada, quando se tratar de

contrato de repasse;

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MANUAL PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS, CONVÊNIOS E CONTRATOS COM FUNDAÇÃO DE APOIO

XXVI - a responsabilidade solidária dos entes consorciados, nos instrumentos

que envolvam consórcio público; e

XXVII - o prazo para apresentação da prestação de contas. (Portaria

Interministerial nº 507/2011).

Convênios de Estágios

No âmbito da UFRN, a modalidade de Convênio de Estágio tem como

base a Lei nº11.788/2008

(http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11788.htm), com vistas à

preparação do estudante que esteja frequentando o ensino regular em

instituições de educação superior, de educação profissional, de ensino médio,

da educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade

profissional da educação de jovens e adultos.

O Art. 67 da Resolução nº227/2009-CONSEPE prevê que o estágio pode

ser realizado na própria UFRN, na comunidade em geral ou junto a pessoas

jurídicas de direito público ou privado, sob a responsabilidade e coordenação

da UFRN.

O § 1º da Resolução determina que para os estágios desenvolvidos junto

a pessoas jurídicas de direito público e privado, faz-se necessária a

formalização de convênio, a ser firmado diretamente com a UFRN ou com

agentes de integração com ela conveniados

(http://www.sigaa.ufrn.br/sigaa/downloads/regulamento_dos_cursos_de_graduacao.pdf).

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MANUAL PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS, CONVÊNIOS E CONTRATOS COM FUNDAÇÃO DE APOIO

4 ORIENTAÇÕES PARA A EXECUÇÃO DO CONVÊNIO

Durante a execução do Convênio, algumas orientações devem ser

seguidas, tais como:

Observar a finalidade original do convênio;

Cumprir as etapas ou fases programadas no tempo previsto e evitar

atraso não justificado;

O convênio deverá ser executado em estrita observância às cláusulas

avençadas e às normas pertinentes (Art. 52, da Portaria Interministerial

nº507/2011);

Quando da conclusão, denúncia, rescisão ou extinção do convênio, os

saldos financeiros remanescentes, inclusive os provenientes das

receitas obtidas das aplicações financeiras realizadas, serão devolvidos

à entidade ou órgão repassador dos recursos, no prazo improrrogável de

trinta dias do evento, sob pena da imediata instauração de tomada de

contas especial do responsável, providenciada pela autoridade

competente do órgão ou entidade titular dos recursos( § 1º, Art. 80, da

Portaria Interministerial nº507/2011);

Não utilizar recurso em desacordo com o Plano de Trabalho, sob pena

de rescisão do convênio e de instauração de Tomada de Contas

Especial, conforme disposto no art. 82 da Portaria Interministerial

nº507/2011;

Não realizar despesas fora do período de vigência do Convênio,

atentando para o fato de que o prazo para a Prestação de Contas é de

até 60 dias após a vigência ou conclusão do objeto, conforme disposto

no inciso I, Art. 72 e inciso V do art. 39 da Portaria Interministerial

nº507/2011;

Apresentar a prestação de contas parcial, quando se tratar de convênio

com repasse em mais de duas parcelas, conforme Acórdão do TCU -

Plenário nº1.036/2008;

Os recursos devem ser depositados na conta bancária específica do

convênio e somente poderão ser utilizados para pagamento de

despesas constantes do Plano de Trabalho ou para aplicação no

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MANUAL PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS, CONVÊNIOS E CONTRATOS COM FUNDAÇÃO DE APOIO

mercado financeiro, nas hipóteses previstas em lei ou na Portaria da

Portaria Interministerial nº507/2011, Art. 64);

Nas Notas Fiscais, Recibos ou Faturas devem ser originais, emitidos em

nome do convenente ou do executor e devem conter a quitação

expressa dada pelo fornecedor do produto e/ou serviço, bem como

identificada com o número e o título do Convênio no ato de sua emissão;

O convenente, ainda que entidade privada, está sujeito, quando da

execução de despesas com recursos transferidos mediante

convênio, às disposições da Lei 8.666/93

(http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8666cons.htm), especialmente

em relação a licitação e contrato, admitida a modalidade de

licitação através de Pregão presencial ou eletrônico, prevista na Lei

nº10.520/2002, (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2002/L10520.htm),

nos casos em que couber.

4. 1 Termo Aditivo

Instrumento que tem por objetivo alterar dispositivos do Convênio, já

firmado, permitindo ao executor, ajustar sua proposta às condições do

momento, quando estas se apresentam diferentes das inicialmente pactuadas.

Nesse caso, o convenente deverá apresentar a proposta justificada de

repactuação, acompanhada do plano de trabalho aprovado com a nova data

de término da vigência. Em se tratando de Aditivo para prorrogação de

vigência, de interesse do convenente, a proposta de aditamento deve ser

submetida à anuência do concedente ou contratante, antes do término da

vigência ou do prazo estabelecido no Termo de Convênio.

De acordo com a Resolução nº028/2011-CONSAD, os eventuais

pedidos de aditamento de instrumentos jurídicos firmados para dar execução

ao projeto acadêmico, devem ser encaminhados, com justificativa, pelo menos

60 (sessenta) dias antes do término de sua vigência ( Art. 9º, Inciso II).

A alteração prevista do Termo Aditivo não pode modificar o objeto do

convênio (art. 1º, inciso XXIII, Portaria Interministerial nº507/2011) e as

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MANUAL PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS, CONVÊNIOS E CONTRATOS COM FUNDAÇÃO DE APOIO

alterações no plano de trabalho são procedimentos excepcionais, que só

devem ocorrer em casos estritamente necessários, como por exemplo:

prorrogação da vigência, remanejamento de recursos, alteração de metas,

dentre outros. Qualquer aditamento deve ser publicado no Diário Oficial da

União.

4.2 Prestação de Contas

O dever de prestar contas é constitucional. A Constituição Federal/1988

(http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constitui%C3%A7ao.htm), por meio de parágrafo

único do art. 70, o Decreto-Lei nº 200/1967

(http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del0200.htm) e a Portaria

Interministerial nº 507/2011 dentre outras normas, menciona que prestará

contas qualquer pessoa física ou jurídica (todo órgão ou entidade, de caráter

público ou privado), que receber recursos públicos, inclusive de origem externa,

do total dos recursos recebidos. A prestação de contas se dará no prazo

acertado, quando serão apresentados todos os documentos comprovantes do

alcance do objetivo e metas pactuadas.

Vale ressaltar que a responsabilidade pela comprovação da boa e

regular aplicação dos recursos recebidos não pode ser transferida à pessoa

jurídica. De acordo com o item 23 do Acórdão nº 1403/2006- TCU - 1º Câmara,

(...) a responsabilidade pela devolução dos recursos ou pela

prestação de contas não é da pessoa jurídica, mas sim da pessoa

física, que, na qualidade de representante legal daquela, celebrou o

convênio ou geriu recursos públicos de qualquer outra origem. Isso é

assim porque a obrigação constitucional e legal de prestar contas é

de natureza pessoal, admitindo-se a responsabilidade da pessoa

jurídica somente quando esta, comprovadamente, for beneficiada

pelos recursos eventualmente mal aplicados por seus gestores, o

que ocorre comumente quando o dinheiro público federal repassado

mediante convênios ou instrumentos congêneres é desviado de sua

finalidade principal e aplicado em outra, beneficiando, indevidamente,

a pessoa jurídica, pública ou privada.

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MANUAL PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS, CONVÊNIOS E CONTRATOS COM FUNDAÇÃO DE APOIO

Convém destacar a disposição do parágrafo 4º, Art. 72 da Portaria

Interministerial nº507/2011, que determina ser de responsabilidade do Prefeito

e do Governador sucessor, prestar contas dos recursos provenientes de

convênios firmados pelos seus antecessores.

A prestação de contas será avaliada pelo órgão concedente e será

composta de documentos e informações apresentados pelo convenente ou

contratado. Segundo o artigo 74 da Portaria Interministerial n° 507/2011, os

documentos e informações são os seguintes:

I - Relatório de Cumprimento do Objeto;

II - Notas e comprovantes fiscais, quanto aos seguintes aspectos: data

do documento, compatibilidade entre o emissor e os pagamentos

registrados no SICONV, valor, aposição de dados do convenente,

programa e número do convênio;

III - Relatório de prestação de contas aprovado e registrado no SICONV

pelo convenente; IV - declaração de realização dos objetivos a que se propunha o

instrumento;

V - relação de bens adquiridos, produzidos ou construídos, quando for

o caso;

VI - a relação de treinados ou capacitados, quando for o caso;

VII - a relação dos serviços prestados, quando for o caso;

VIII - comprovante de recolhimento do saldo de recursos, quando

houver; e

IX - termo de compromisso por meio do qual o convenente será obrigado

a manter os documentos relacionados ao convênio, nos termos do § 3º

do art. 3º desta Portaria, seja, por 10 anos.

Vale ressaltar que, por força de decisão liminar do Juiz da 17ª Vara

Federal – seção judiciária do Distrito Federal, a guarda dos documentos

relativos à prestação de contas de convênios e contratos de repasse é de 20

(vinte) anos. Enquanto vigorar a ordem judicial o prazo de 10 (dez) anos fixado

na Portaria Interministerial nº127/2008 e mantido na Portaria Interministerial

nº507/2011, será ampliado.

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MANUAL PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS, CONVÊNIOS E CONTRATOS COM FUNDAÇÃO DE APOIO

As despesas efetuadas com os recursos do convênio ou contrato de

repasse serão comprovadas mediante documentos fiscais originais - vide

alínea “c”, § 2.°, art. 36 do Decreto nº 93.872/1986

(http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto/D93872.htm)- ou equivalentes,

devendo as faturas, recibos, notas fiscais e quaisquer outros documentos

comprobatórios serem emitidos em nome do convenente ou do executor,

devidamente identificados com a referência, por escrito, ao título e número do

respectivo convênio ou contrato de repasse.

Todo e qualquer documento comprobatório da despesa deverá conter a devida

autorização de pagamento do Ordenador de Despesas do órgão ou entidade

convenente.

Nos documentos comprobatórios de despesa deverá constar a

declaração de que os serviços foram prestados ou de ter sido entregue o bem

ou material adquirido.

Todas as Notas Fiscais, Recibos ou Faturas serão originais e emitidos

em nome do convenente ou do executor e deverão conter a quitação expressa

dada pelo fornecedor do produto e/ou serviço e identificada com o número e o

título do convênio no ato de sua emissão.

No caso de obras e/ou de serviços de engenharia é de responsabilidade

da instituição convenente, no caso a UFRN, a fiscalização de acordo com a Lei

nº8.666/93 e normas vigentes.

A movimentação de recursos do Convênio será registrada na

contabilidade da UFRN, evidenciando os valores repassados, as

disponibilidades (conta-movimento + aplicações financeiras) e os valores

aplicados (gastos) em custeio e aquisição de bens e/ou obras. Os saldos das

contas contábeis deverão estar compatíveis com os saldos das Prestações de

Contas.

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MANUAL PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS, CONVÊNIOS E CONTRATOS COM FUNDAÇÃO DE APOIO

Os documentos e os registros contábeis respectivos, referentes ao

objeto contratado, serão mantidos em ordem e será permitido o acesso para os

servidores dos órgãos e entidades públicas concedentes e dos órgãos de

controle interno e externo, no exercício do acompanhamento e fiscalização que

lhes são inerentes. Nesse sentido, os processos, documentos ou informações

referentes à execução de convênio ou contrato de repasse não poderão ser

sonegados aos servidores dos órgãos e entidades públicas concedentes ou

contratantes e dos órgãos de controle interno e externo do Poder Executivo

Federal, sob risco de responsabilização administrativa, civil e penal.

Quando a prestação de contas não for apresentada no prazo

estabelecido no convênio ou contrato de repasse, o Concedente ou o

Contratante estabelecerá o prazo máximo de quarenta e cinco dias para sua

apresentação ou recolhimento dos recursos, incluídos os rendimentos da

aplicação no mercado financeiro, atualizados monetariamente e acrescidos de

juros de mora, na forma da lei.

Se, após esse prazo, não for feita a apresentação da prestação de

contas, nem recolhidos os recursos do convênio, o concedente registrará a inadimplência. A omissão do dever de prestar contas, no devido tempo, ao

ente concedente, contitui-se descumprimento de cláusula pactuada, afronta ao

princípio constitucional do dever de prestar contas e configura crime de

responsabilidade e ato de improbidade administrativa, estando os responsáveis

sujeitos às sanções regulamentadas pelos citados dispositivos legais.

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5 FONTES DE FINANCIAMENTO

Órgão/Entidade Áreas de Incentivo Endereço EletrônicoA Associação Alberto Santos Dumont para Apoio à Pesquisa (AASDAP)

Biotecnologia; Neurociências; Educação

científica.

http://natalneuroscience.com/associacao/index.asp

Agência de Fomento do RN (AGN)

Pecuária (caprinovinocultura) e outros;

Agricultura Irrigada e de Sequeiro;

Aquicultura; Difusão de

Tecnologia; Agroindústria,

Indústria, Setor Mineral, Comércio e Serviços, Turismo e Comércio Exterior.

http://www.agnrn.com.br/linhasoperacionais.asp

Agência nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP)

Pesquisa e desenvolvimento tecnológico;

Capacitação de Recursos Humanos;

http://www.anp.gov.br

Banco do Nordeste do Brasil (BNB)

empreendimentos produtivos de todos os portes nos mais diversos setores.

http://www.bnb.gov.br

Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID)

Energia; Agropecuária; Educação e Cultura; Saúde e nutrição; Assistência Social; Habitação; Saneamento; Indústria; Mineração; Transportes; Comunicações; Desenvolvimento

urbano e regional; Meio ambiente; Recursos naturais.

http://new.paho.org/bra/index.php?option=com_content&task=view&id=884&Itemid=671

Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES)

Petróleo e Gás; Logística ; Telecomunicações; Desenvolvimento social

e urbano;

http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/bndes/bndes_pt/

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Meio ambiente; Inovação;

Banco Santander Educação; Desenvolvimento

comunitário; Cultura.

http://www.santander.com.br/portal/rs/script/ResponsabilidadeSocial.do

Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)

Educação; Pesquisa; Inovação de processos

e produtos.

http://www.capes.gov.br/editais/abertoshttp://www.capes.gov.br/servicos/sala-de-imprensa/36-noticias/2352-chamada-publica-mecmdicmct

Centro de Gestão e Estudos Estratégicos

Formulação e implementação de políticas de CT&I.

http://www.cgee.org.br/linhas/estudos.php

Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)

Bolsas de Estudo; Desenvolvimento

Científico.

http://www.cnpq.br/web/guest/bolsas-e-auxilios;jsessionid=FFF81041BF0AA9241E9B79324EDA5310

Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN)

Centrais Nucleares; Ciclo do combustível; Instalações de P&D; Aplicações nucleares no

meio ambiente; Aplicações nucleares na

área médica; Aplicações nucleares na

indústria, agricultura e alimentos;

Materiais, processos físicos, químicos e tecnologia de suporte.

http://www.cnen.gov.br/pesquisa/pesquisa.asp

Companhia Hidrelétrica do São Francisco (CHESF)

Controle, Supervisão e Proteção (CP);

Eficiência Energética (EE);

Finanças (FI); Fontes Alternativas de

Energia (FA); Gestão Estratégica

(GE); Inserção Regional e

Social (IR); Meio Ambiente (MA);

http://www.chesf.gov.br/portal/page/portal/chesf_portal/paginas/ped

35

MANUAL PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS, CONVÊNIOS E CONTRATOS COM FUNDAÇÃO DE APOIO

Produção de Energia (PE);

Recursos Humanos (RH);

Sistemas de Informação (SI);

Telecomunicações (TL); Transmissão, Linhas e

Subestações (TT).

Fundação Coordenação de Projetos, Pesquisas e Estudos Tecnológicos (COPPETEC)

Pesquisa e desenvolvimento de processos e produtos;

Estudos e prospecção tecnológica.

http://www.coppetec.coppe.ufrj.br/site/areadeprojetos.php

Centrais Elétricas Brasileira S.A. (Eletrobrás)

Geração de emprego e renda;

Educação e qualificação profissional para jovens e adultos;

Cultura Atendimento às

comunidades atingidas por empreendimentos das empresas do Sistema Eletrobrás.

Os temas transversais desenvolvidos com o apoio da Eletrobras são:

Gênero; Igualdade racial; Comunidades

tradicionais e rurais; Direitos Humanos e

combate à discriminação;

Garantia dos Direitos da Criança e do Adolescente;

Agricultura familiar; Promoção da cidadania; Educação ambiental.

http://www.eletrobras.com/elb/data/Pages/LUMIS0A5F2D34PTBRIE.htm

Embaixada do Japão

Intercâmbio Artístico e Cultura;

http://www.br.emb-japan.go.jp/

36

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Ensino da Língua Japonesa no Exterior;

Estudos japoneses no exterior e intercâmbio intelectual.

fundjapao.html

Embaixada do Reino Unido

Ciência e Inovação; Direitos humanos; Clima e biodiversidade; Educação (Bolsa de

estudos); Crescimento global

(economia, mudanças climáticas e energia);

Saúde comunitária; Desenvolvimento

sustentável; Questões indígenas.

http://ukinbrazil.fco.gov.uk/pt/working-with-brazil/

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária ( EMBRAPA)

Avaliação, manejo e recuperação de recursos naturais;

Recursos genéticos; Biotecnologia; Sistemas de produção

de grão; Sistemas de produção

de frutas e hortaliças; Sistemas de produção

animal; Sistemas de produção

de matérias-primas; Sistemas de produção

florestal e agroflorestal; Sistemas de produção

da agricultura familiar; Cadeia produtiva; Qualidade ambiental; Automação

agropecuária; Desenvolvimento rural e

regional; Administração e

desenvolvimento institucional;

http://www.embrapa.br

Empresa de Pesquisa Agropecuária do RN (EMPARN)

Agroenergia; Aquicultura; Biotecnologia; Fruticultura; Meteorologia; Produção animal; Produção vegetal.

http://www.emparn.rn.gov.br

37

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Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP)

Interação de IES com setor P&G e biocombustíveis;

Pesquisa, desenvolvimento e inovação em P&G;

Implantação de infraestrutura de pesquisa;

Prospecção científica; Pesquisa,

desenvolvimento e inovação de mini veículos aéreos não tripulados;

Tecnologia assistida; Nanotecnologia; Saneamento ambiental

e de habitação; Biotecnologia; Desenvolvimento social; Transporte aquaviário e

construção naval; produção de obras

audiovisuais cinematográficas e televisivas.

http://www.finep.gov.br/

Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE/RN)

Extrativismo Mineral. www. rn . sebrae .com.br

Fundação Araucária

Iniciação Científica; Organização de

Eventos de Extensão e Difusão Acadêmica;

Organização de Eventos Técnico-Científicos;

Participação em Eventos;

Pesquisador Visitante Implementação de

Infra-Estrutura de Pesquisa;

Participação em Eventos.

http://www.fundacaoaraucaria.org.br/projetos/projetos.htm

Fundação Banco do Brasil

Educação; Cadeias Produtivas; Desenvolvimento Local;

http://www.fbb.org.br/portal/pages/publico/index.jsp

38

MANUAL PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS, CONVÊNIOS E CONTRATOS COM FUNDAÇÃO DE APOIO

Tecnologia Social.

Fundação Bradesco Educação.

http://www.fb.org.br/Institucional/ProjetosEducacionais/

Fundação de Apoio à Pesquisa do RN (FAPERN)

Projetos estruturantes; Divulgação científica.

http://www.fapern.rn.gov.br

Fundação O Boticário Meio Ambiente.

http://internet.boticario.com.br/portal/site/fundacao/menuitem.896304fe48fb150de4e25afce2008a0c?epi_menuGrafico=Apoio_Projetos&epi_iten=Editais+Semestrais&item_Menu=1

Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação(FNDE)/MEC

Merenda Escolar; Transporte Escolar; Saúde do Escolar; Manutenção do Ensino.

http://www.fnde.gov.br

Fundo Nacional de Saúde (FNS)

Fortalecimento, expansão e qualificação das ações básicas de saúde;

Fortalecimento da atenção especializada;

Fortalecimento da regionalização e das redes de atenção à saúde;

Fortalecimento da rede de urgência e emergência;

Fortalecimento da logística das redes assistenciais e hospitalares;

Promoção da capacitação e qualificação da gestão em saúde;

Fortalecimento do controle social;

Fortalecimento da política de gestão de tecnologia em saúde;

Compatibilização da

http://www.fns.saude.gov.br

39

MANUAL PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS, CONVÊNIOS E CONTRATOS COM FUNDAÇÃO DE APOIO

aplicação de recursos financeiros da saúde.

Furnas Centrais Elétricas

Meio ambiente; Finanças; Engenharia de

Materiais; Sistemas elétricos.

http://www.furnas.com.br/CPPPP9.asp

Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA)

Desenvolvimento sustentável;

Viabilidade econômica e justiça social nos assentamentos;

Recuperação e consolidação dos projetos de reforma agrária.

http://www.incra.gov.br/index.php/acesso-a-informacao/acoes-e-programas

Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA)

Ações Estratégicas; Capacitação; Aquacultura; Biologia aquática; Botânica; Recursos hídricos; Ecologia; Entomologia; Produtos florestais; Produtos naturais; Sivicultura tropical; Tecnologia de

alimentos.

http://www.inpa.gov.br/coorden/coorden.php

Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)

Ciências Espaciais e atmosféricas;

Previsão de Tempo e Estudos Climáticos;

Engenharia e Tecnologia Espacial;

Observação da Terra; Rastreio e Controle de

Satélites; Laboratório de

Integração e Testes; Laboratórios

Associados;

http://www.inpe.br/institucional/pesq_desenvolvimento.php

Instituto Nacional de Tecnologia (INT)

Nanotecnologia; Materiais; Avaliação e design de

produtos; Ergonomia; Prototipagem; Corrosão; Combustíveis.

http://www.int.gov.br/programas-e-projetos/programas-e-projetos-3

40

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Instituto Unibanco Educação.http://www.unibanco.com.br/int/env/exp/index.asp

Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT)

Consolidação Institucional do Sistema Nacional de C,T&I;

Formação de Recursos Humanos para C,T&I;

Infraestrutura e Fomento da Pesquisa Científica e Tecnológica;

Apoio à Inovação Tecnológica nas Empresas;

Tecnologia para a Inovação nas Empresas;

Incentivo à Criação e à Consolidação de Empresas Intensivas em Tecnologia;

Áreas Portadoras de Futuro: Biotecnologia e Nanotecnologia;

Tecnologias da Informação e Comunicação;

Insumos para a Saúde; Bicombustíveis; Energia Elétrica,

Hidrogênio e Energias Renováveis;

Petróleo, Gás e Carvão Mineral;

Agronegócio; Biodiversidade e

Recursos Naturais; Amazônia e Semiárido; Meteorologia e

Mudanças Climáticas; Programa Espacial; Programa Nuclear; Defesa Nacional e

Segurança Pública; Popularização de C,T&I

e Melhoria do Ensino; Tecnologias para o

Desenvolvimento Social.

http://www.mct.gov.br

41

MANUAL PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS, CONVÊNIOS E CONTRATOS COM FUNDAÇÃO DE APOIO

Ministério da Cultura (MINC)

Restauração e reforma do patrimônio cultural;

Apoio/patrocínio a eventos culturais

http://www.cultura.gov.br/site/categoria/editais-ministerio-da-cultura/

Ministério do Meio Ambiente (MMA)

Recursos hídricos; Ambiente urbano; Extrativismo e

desenvolvimento rural sustentável;

Biodiversidade e florestas;

Mudanças climáticas e qualidade ambiental;

Cidadania ambiental.

http://www.mma.gov.br/

Organização Panamericana da Saúde (OPAS)

Desenvolvimento Integral da Representação;

Sistemas de Saúde; Prevenção e Controle

de Doenças e Desenvolvimento Sustentável;

Saúde Familiar, Segurança Alimentar e Nutrição.

http://new.paho.org/bra/index.php?option=com_content&task=view&id=884&Itemid=671

Petrobrás Distribuidora ( BR Distribuidora)

Cultura; Meio ambiente; Social.

http://www.br.com.br

Petrobrás Transportes (Transpetro)

Qualidade de vida; Inclusão social; Geração de empregos; Meio ambiente.

http://www.transpetro.com.br

Petróleo Brasileiro S.A. ( Petrobras)

Pesquisa e tecnologia; Meio ambiente; Cidadania; Cultura; Esporte.

http://www.petrobras.com.br/pt/meio-ambiente-e-sociedade/selecoes-publicas/

Rede de Pesquisa de Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia do Estado de Goiás (REPPITEC)

Proteção da propriedade intelectual;

Inovação; Tecnologia Industrial

básica.

http://www.reppittec.org.br/home/index.asp

Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP)

Inovação Tecnológica em informática (redes de computadores).

http://www.rnp.br/editais/

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MANUAL PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS, CONVÊNIOS E CONTRATOS COM FUNDAÇÃO DE APOIO

Rede Unitrabalho

Economia solidária; Emprego e relações de

trabalho; Saúde do trabalhador; Educação e trabalho.

http://www.unitrabalho.org.br/paginas/programas.html

Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (SEDEC)

Arranjo produtivo local – Apicultura;

Arranjo produtivo local – caprinocultura;

Arranjo produtivo local – Cerâmica;

Arranjo produtivo local – Tecelagem;

Arranjo produtivo local – Bordados;

Arranjo produtivo local – Laticínios;

Arranjo produtivo local – Mineral.

http://www.sedec.rn.gov.br/downloads_ppt.asp

Secretaria de Planejamento e Finanças do RN (SEPLAN)

Desenvolvimento Sustentável;

Desenvolvimento solidário;

Modernização administrativa.

http://www.seplan.rn.gov.br/fun-projetos.asp

Companhia de Recursos Minerais (CPRM) - Serviço Geológico do Brasil

Levantamentos Geológicos;

Levantamentos Geofísicos;

Levantamento de informações para Gestão Territorial;

Levantamentos Hidrogeológicos;

Levantamento da Geodiversidade;

Gestão da Informação Geológica;

Levantamento Geoquímico.

http://www.cprm.gov.br/

6 CONTRATOS COM A FUNDAÇÃO DE APOIO

A finalidade original das Fundações de Apoio às Instituições Federais de

Ensino é alcançar o desenvolvimento e o bem-estar social, através da

produção, disseminação e aplicação de conhecimentos gerados pela ciência,

tecnologia e educação, bem como atuar como intermediária entre a

43

MANUAL PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS, CONVÊNIOS E CONTRATOS COM FUNDAÇÃO DE APOIO

universidade e o meio externo, no desenvolvimento de projetos de pesquisa,

ensino e extensão, por meio da captação e geração de recursos

extraorçamentários oriundos das agências de fomento nacionais e

internacionais.

As justificativas das IFES para a contratação das Fundações de Apoio

são a manutenção da autonomia concedida pela Constituição de 1988 e

agilidade na realização de despesas, contornando restrições orçamentárias,

financeiras e de recursos humanos.

Esse relacionamento é regulamentado pelo Decreto nº7.423/2010 e, no

âmbito da UFRN, os procedimentos administrativos e financeiros são

regulamentados pela Resolução nº 028/2011-CONSAD.

Nos projetos contratados com a Fundação de Apoio, as despesas

podem incluir vencimentos e vantagens para contratação de pessoal,

obrigações patronais, diárias de pessoal civil, outras despesas variáveis com

pessoal civil, como é caso de ajuda de custos, auxílio financeiro a estudantes,

auxílio financeiro a pesquisadores, juros e encargos sobre a dívida por

contrato, material de consumo, campanhas educativas, passagens e despesas

com locomoção, outras despesas decorrentes de contratos de terceirização,

serviços de consultoria, outros serviços de terceiros pessoa física, locação de

mão-de-obra, outros serviços de terceiros pessoa jurídica, contribuições ,

subvenções sociais, auxílio alimentação, obrigações tributárias contributivas,

outros auxílios financeiros a pessoas físicas (bolsas), auxílio transporte, obras

e instalações referentes a laboratórios, conforme a Lei nº12.349/2010,

equipamento e material permanente, Indenização pela Execução de Trabalho

de Campo e transferências correntes.

O Tribunal de Contas da União (TCU) faz algumas considerações sobre

o relacionamento entre as IFES e as Fundações de Apoio, que merecem

destaque:

Com relação às contratações com dispensa de licitação:

o inciso XIII do art. 24 da Lei nº 8.666/93 somente autoriza a

dispensa de licitação quando o objeto pretendido for

44

MANUAL PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS, CONVÊNIOS E CONTRATOS COM FUNDAÇÃO DE APOIO

correlacionado com as atividades de pesquisa, ensino ou

desenvolvimento institucional desenvolvidas pela instituição que

se pretenda contratar, ou seja, apenas quando,

comprovadamente, houver nexo entre esse dispositivo, a

natureza da instituição contratada e o objeto contratual (Decisão

nº 252/1999 - Plenário).

A abrangência da expressão “desenvolvimento institucional”:

os contratos para execução de projeto de desenvolvimento

institucional devem ter produto que resulte em efetivo

desenvolvimento institucional, caracterizado pela melhoria

mensurável da eficácia e eficiência no desempenho da instituição

beneficiada (Decisão nº 655/2002 - Plenário).

manutenção e desenvolvimento institucional não devem ser

confundidos e, portanto, não cabe a contratação para atividades

de manutenção da instituição, a exemplo de serviços de limpeza,

vigilância e predial (Decisão nº 655/2002 -Plenário)

A vinculação do contrato ao projeto:

o contrato deve estar diretamente vinculado a projeto a ser

cumprido em prazo determinado e que resulte produto bem

definido, não cabendo a contratação de atividades continuadas

nem de objeto genérico, desvinculado de projeto específico.

A taxa de administração:

a taxa de administração é proibida em convênios; no caso de

contratos, a remuneração da Fundação de Apoio deve ter

previsão contratual e ser fixada com base em critérios

claramente definidos e nos seus custos operacionais (Decisão

do TCU nº. 706/1994 – Plenário).

pagamentos antecipados em contratos devem ser excepcionais,

justificados e com garantias.

45

MANUAL PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS, CONVÊNIOS E CONTRATOS COM FUNDAÇÃO DE APOIO

vedada a celebração de convênio entre as IFES e Fundações

de Apoio com o objetivo de gerenciamento de recursos públicos.

As restrições à subcontratação:

não deve ser dispensada a licitação com fundamento no art. 24,

inciso XIII, da Lei nº 8.666/93, quando comprovado que a

instituição de que trata o referido dispositivo não tem condições

de desempenhar as atribuições para a qual foi contratada, uma

vez que nesse caso é inadmissível a subcontratação (Decisão nº

138/1998 - Plenário).

Deliberações do Tribunal de Contas da União

O Tribunal de Contas da União determinou/recomendou a adoção pelo

poder executivo federal, pelas instituições e ministérios envolvidos de

medidas indutoras de controle e transparência na execução de projetos

realizados por intermédio de Fundações de Apoio, em especial aquelas que

possibilitem o autocontrole desses projetos pela própria comunidade

acadêmica.

As principais propostas adotadas pelo Plenário podem ser assim agrupadas:

1) Propostas de caráter regulador – foram determinadas às IFES e, no

que couber, às Fundações de Apoio, a implantação de rotinas e

procedimentos destinados a regular o relacionamento das IFES com suas

fundações, a formalização de contratos e convênios e a disciplina para a

participação de servidores públicos nos projetos, com destaque para a

definição do teto máximo para valores de bolsas e da carga horária

máxima semanal de participação de servidores em projetos das fundações

de apoio. Nesse grupo também se inserem as propostas de determinação

e recomendação dirigidas aos ministérios da Educação, Ciência e

Tecnologia e Planejamento, Orçamento e Gestão para que revejam pontos

da regulamentação da Lei n.º 8.958/1994

(http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8958.htm ), e da Lei nº 12.349/2010

46

MANUAL PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS, CONVÊNIOS E CONTRATOS COM FUNDAÇÃO DE APOIO

(http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12349.htm#art3), em

especial o controverso conceito de “desenvolvimento institucional” presente

no Decreto n.º7.423/2010 (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-

2010/2010/Decreto/D7423.htm#art16) e para que adotem medidas

destinadas a viabilizar a execução orçamentária regular dos recursos

públicos destinados às IFES.

2) Propostas com foco em transparência – são sugeridas, dentre

outras, determinações às IFES e, no que couber, às Fundações de Apoio, para

que adotem medidas destinadas a dar ampla publicidade, à comunidade

acadêmica e à sociedade, dos fatos concernentes ao seu relacionamento

com Fundações de Apoio .

Com estas medidas, as IFES terão que disponibilizar na Internet dados

sobre seu relacionamento com Fundações de Apoio, como a relação de

projetos desenvolvidos e em andamento com objetos, metas e indicadores,

as regras aplicáveis às bolsas com a divulgação de beneficiários e

valores recebidos, montantes financeiros gerenciados em parceria, dentre

outros. O objetivo fundamental é induzir o autocontrole do uso dos recursos

pela própria comunidade acadêmica.

3) Propostas com foco em controles internos, cujo objetivo principal é

induzir o aprimoramento de controles dos ajustes regidos pela Lei n.º

8.958/1994. O propósito é a vedação da constituição de fundos de apoio

institucional (recursos públicos da IFES captados em projetos e mantidos em

contas privadas das fundações de apoio). Nesse grupo destacam-se as

determinações destinadas a :

a. impedir a concessão de bolsas para servidores (técnicos e

professores) quando caracterizada a contraprestação de serviços;

b. restringir as contratações de fundações de apoio sob a chancela do

conceito de “desenvolvimento institucional”;

c. impedir a contratação de parentes de servidores das IFES em

projetos com as fundações;

d. ao aperfeiçoamento e à obrigatoriedade de prestações de contas

dos contratos e convênios;

47

MANUAL PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS, CONVÊNIOS E CONTRATOS COM FUNDAÇÃO DE APOIO

e. exigir a adoção de contas bancárias e contábeis específicas para cada

projeto contratado/conveniado com fundações de apoio;

f. estabelecer a obrigatoriedade da aplicação da Lei de Licitações

(8.666/1993) pelas fundações de apoio, quando na gerência de

recursos públicos; e

g. restringir as possibilidades de transferência para a fundação de apoio

de serviços geradores de receitas, estabelecendo que, nos casos

aceitáveis, os recursos recebidos devem ser recolhidos diariamente à

Conta Única do Tesouro Nacional.

4) Propostas referentes à contratação de pessoal para as IFES por

intermédio de Fundação de Apoio – O TCU determinou que as IFES

atentem, com rigor, para as disposições firmadas no Acórdão 1.530/2006 do

Plenário.

5) Concessão de bolsas nas IFES, segundo o Acórdão nº 2.731/2008 – TCU – Plenário.

publicidade de todos os projetos, planos de trabalho e seleções para

concessão de bolsas (inclusive seus resultados e valores), por todos os

meios disponíveis, especialmente o Boletim Interno e o portal da IFES,

para que a comunidade acadêmica tome conhecimento dessas atividades

e os interessados em participar delas, possam se habilitar em

observância ao disposto no art. 37, caput, da Constituição Federal,

respeitadas eventuais exigências específicas acordadas com

financiadores externos por meio de instrumentos formalizadores;

teto máximo de valores de bolsas de ensino, pesquisa e extensão para

servidores envolvidos em projetos, referenciados a valores de bolsas

pagas por instituições oficiais de fomento a essas áreas;

teto máximo recebível por servidor, em bolsas desses tipos,

preferencialmente referenciado em percentual relativo à sua remuneração

regular e correspondente ao total de bolsas recebido pelo servidor;

previsão de critérios para participação de professor em atividades

relacionadas a projetos de ensino, pesquisa ou extensão que acarretem

48

MANUAL PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS, CONVÊNIOS E CONTRATOS COM FUNDAÇÃO DE APOIO

pagamentos de bolsas, inclusive no que se refere à colaboração

esporádica, remunerada ou não, prevista no Decreto 94.664/1987;

não permitam pagamento de bolsas para servidores da IFES ligados à

área do projeto, de forma concomitante com a subcontratação irregular de

pessoas físicas e jurídicas que executem efetivamente o objeto do

contrato;

não permitam o pagamento de quaisquer tipos de bolsas a servidores,

por parte de fundações de apoio, que caracterizem contraprestação de

serviços, como participação, nos projetos, de servidores da área-meio da

universidade para desenvolver atividades de sua atribuição regular,

mesmo que fora de seu horário de trabalho; participação de professores

da IFES em cursos de pós-graduação não-gratuitos; e a participação de

servidores em atividades de desenvolvimento, instalação ou manutenção

de produtos ou serviços de apoio a áreas de infraestrutura operacional da

IFES, devendo tais atividades serem remuneradas, com a devida

tributação, pela contratação de pessoas físicas ou jurídicas por parte das

fundações de apoio ou, quando permitidos, pagamentos de servidores por

meio de instrumentos aplicados para a prestação de serviços

extraordinários;

não permitam o pagamento de quaisquer bolsas a servidores que tenham

como finalidade o pagamento de valores a título de funções

comissionadas sem previsão de pagamento regular ou, ainda, a

remuneração de servidores da IFES como diretores ou membros de

conselhos das fundações ( Acórdão nº 2.731/2008 - TCU – Plenário).

não paguem a seus professores e servidores técnico-administrativos a

Gratificação de Cursos e Concursos, instituída pela Lei nº11.314/2006

(https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11314.htm), de forma

concomitante com remuneração por bolsas ou por serviços

extraordinários;

apliquem todas as possibilidades oferecidas pela Gratificação de Cursos

e Concursos instituída pela Lei nº11.314/2006 e regulamentada pelo

Decreto 6.114/2007, em especial quanto à substituição de pagamentos

por bolsas a servidores quando da realização de cursos nas vertentes de

ensino e extensão, internos e externos, inclusive pós-graduação lato

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MANUAL PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS, CONVÊNIOS E CONTRATOS COM FUNDAÇÃO DE APOIO

sensu, bem como de concursos, incluindo vestibulares e concursos

públicos de provas e títulos para seleção de servidores.

7 PERGUNTAS FREQUENTES

1. A partir de quando as despesas podem ser efetuadas?

A partir da publicação do convênio no DOU e o decorrente depósito do

valor pactuado, na conta corrente do Convênio.

2. É possível reformular o plano de trabalho durante a execução do convênio?

Sim, desde que o objeto seja mantido e a solicitação do proponente

(contendo justificativa e novo detalhamento das despesas as serem alteradas,

50

MANUAL PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS, CONVÊNIOS E CONTRATOS COM FUNDAÇÃO DE APOIO

bem como o Plano de Trabalho reformulado) seja aprovada previamente pela

concedente que, para isso, poderá solicitar uma prestação de contas parcial.

3. Como aplicar os recursos do convênio?

De acordo com a Portaria Interministerial nº507/2011, Art. 54, enquanto

os recursos não forem empregados na sua finalidade, serão obrigatoriamente

aplicados:

I - em caderneta de poupança de instituição financeira pública federal, se a

previsão de seu uso for igual ou superior a um mês; e

II - em fundo de aplicação financeira de curto prazo, ou operação de mercado

aberto lastreada em título da dívida pública, quando sua utilização estiver

prevista para prazos menores;

4. É possível realizar despesas em finalidade diversa da estabelecida, mesmo

em caso de emergência?

É vedado utilizar, ainda que em caráter emergencial, os recursos para

finalidade diversa da estabelecida no instrumento, ressalvado o custeio da

implementação das medidas de preservação ambiental inerentes às obras

constantes do Plano de Trabalho (Art. 52, inciso IV da Portaria Interministerial

nº507/2012).

5. É possível realizar despesas dentro do mesmo elemento, mas diferente das

previstas no Convênio?

Qualquer alteração na aplicação dos recursos, mesmo sendo da mesma

natureza do elemento de despesa, deve ser precedida de consulta ao

concedente.

6. Quando o concedente atrasar o repasse dos recursos e atrapalhar o

cronograma de atividades previsto no projeto, é possível estender a vigência

do convênio?

Conforme estabelece o Art. 43 da Portaria Interministerial nº507/2011, a

concedente, neste caso deve prorrogar “de ofício” a vigência do convênio,

51

MANUAL PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS, CONVÊNIOS E CONTRATOS COM FUNDAÇÃO DE APOIO

antes do seu término, limitada à prorrogação ao exato período do atraso

verificado.

7. No caso de obras, há necessidade de apresentar o projeto básico?

O Projeto Básico será exigido no caso de obras e serviços de

engenharia e o Termo de Referência, no caso de aquisição de bens e serviços

comuns. Um ou outro deve ser apresentado antes da liberação da primeira

parcela dos recursos, sendo facultado ao concedente ou contratante exigi-lo

antes da celebração do instrumento. O projeto básico ou o termo de referência

poderá ser dispensado no caso de padronização do objeto, a critério da

autoridade competente do órgão ou entidade concedente, em despacho

fundamentado. (ENAP, 2012).

8. Pode pagar despesas com taxas bancárias com recursos do convênio, como

por exemplo, IOF, Tarifa de devolução de cheques, tarifa de cheques,

manutenção da conta, tarifa sobre saldo devedor, débitos de juros, etc?

É vedado realizar despesas com taxas bancárias, multas, juros ou

correção monetária, inclusive referentes a pagamentos ou recolhimentos fora

dos prazos, exceto, no que se refere às multas, se decorrentes de atraso na

transferência de recursos pelo concedente, e desde que os prazos para

pagamento e os percentuais sejam os mesmos aplicados no mercado (Art. 52

da Portaria Interministerial nº507/2011).

9. Há necessidade de Parecer Jurídico sobre as Minutas de Convênios?

Sim. A celebração do convênio será precedida de análise e

manifestação conclusiva pelos setores técnico e jurídico do órgão ou da

entidade concedente, segundo suas respectivas competências, quanto ao

atendimento das exigências formais, legais e constantes na Portaria

Interministerial nº507/2011, Art. 44.

10. Quais condições são proibidas ao se firmar Convênios?

52

MANUAL PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS, CONVÊNIOS E CONTRATOS COM FUNDAÇÃO DE APOIO

De acordo com o Art. 52 da Portaria Interministerial nº507/2012 são

vedadas as seguintes ações:

realizar despesas a título de taxa de administração, de gerência ou

similar;

pagar, a qualquer título, servidor ou empregado público, integrante de

quadro de pessoal de órgão ou entidade pública da administração direta

ou indireta, por serviços de consultoria ou assistência técnica, salvo nas

hipóteses previstas em leis específicas e na Lei de Diretrizes

Orçamentárias;

alterar o objeto do convênio ou contrato de repasse, exceto no caso de

ampliação da execução do objeto pactuado ou para redução ou

exclusão de meta, sem prejuízo da funcionalidade do objeto contratado;

utilizar, ainda que em caráter emergencial, os recursos para finalidade

diversa da estabelecida no instrumento, ressalvado o custeio da

implementação das medidas de preservação ambiental inerentes às

obras constantes do Plano de Trabalho;

realizar despesa em data anterior à vigência do instrumento;

efetuar pagamento em data posterior à vigência do instrumento, salvo se

expressamente autorizada pela autoridade competente do concedente e

desde que o fato gerador da despesa tenha ocorrido durante a vigência

do instrumento pactuado;

realizar despesas com taxas bancárias, multas, juros ou correção

monetária, inclusive referentes a pagamentos ou recolhimentos fora dos

prazos, exceto, no que se refere às multas, se decorrentes de atraso na

transferência de recursos pelo concedente, e desde que os prazos para

pagamento e os percentuais sejam os mesmos aplicados no mercado;

VIII - transferir recursos para clubes, associações de servidores ou

quaisquer entidades congêneres, exceto para creches e escolas para o

atendimento pré-escolar; e

realizar despesas com publicidade, salvo a de caráter educativo,

informativo ou de orientação social, da qual não constem nomes,

símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal e desde que

previstas no Plano de Trabalho.

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Os convênios celebrados com entidades privadas sem fins lucrativos,

poderão acolher despesas administrativas até o limite de 15% (quinze por

cento) do valor do objeto, desde que expressamente autorizadas e

demonstradas no respectivo instrumento e no plano de trabalho.

8 REFERÊNCIAS

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado, 1988.

BRASIL. Escola Nacional de Administração Pública (ENAP). Material Didático do Curso Gestão de Convênio e Contratos de Repasse para Convenentes, 2012.

BRASIL. Presidência da República. Secretaria Especial dos Direitos Humanos. Manual de Convênios, 2005.

BRASIL. Decreto-Lei nº 200/1967.

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MANUAL PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS, CONVÊNIOS E CONTRATOS COM FUNDAÇÃO DE APOIO

BRASIL. Decreto nº 6.114/2007.

BRASIL. Decreto nº 94.664/1987.

BRASIL. Decreto nº 6.619/2008.

BRASIL. Decreto n.º7.423/2010.

BRASIL. Decreto nº 93.872/1986.

BRASIL. Lei nº 8.666/1993.

BRASIL. Lei nº 8.958/1994.

BRASIL. Lei nº10.520/2002.

BRASIL. Lei nº 10.973/2004.

BRASIL. Lei nº 11.314/2006.

BRASIL. Lei nº 11.788/2008.

BRASIL. Lei Complementar n.º 101, 2000.

BRASIL. Lei nº 12.349/2010.

BRASIL. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Portal dos Convênios-SICONV. Manual do Usuário. Verão 11, 2011.

BRASIL. Secretaria do Tesouro Nacional Instrução Normativa nº03/2003.

BRASIL. Tribunal de Contas da União. Acórdão nº 2.731/2008 – Plenário.BRASIL.Tribunal de Contas da União. Acórdão nº 1.530/2006- Plenário.

BRASIL.Tribunal de Contas da União. Acórdão nº1.036/2008 - Plenário;

BRASIL. Tribunal de Contas da União. Acórdão nº 2.814/2006-1ª Câmara.

BRASIL. Tribunal de Contas da União. Acórdão nº 404/2002-Plenário.

BRASIL. Tribunal de Contas da União. Acórdão nº 1.429/2004-Plenário.

BRASIL. Tribunal de Contas da União. Acórdão nº 1.287/2005-1º Câmara.

BRASIL. Tribunal de Contas da União. Acórdão nº 2.814/2006-1ª Câmara.

BRASIL. Tribunal de Contas da União. Acórdão nº 1.403 - 1º Câmara.

BRASIL. Tribunal de Contas da União. Acórdão nº 936/2007--Plenário.

BRASIL. Tribunal de Contas da União. Decisão nº 138/1998 – Plenário.

BRASIL. Tribunal de Contas da União. Decisão nº 655/2002 – Plenário.

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BRASIL. Tribunal de Contas da União. Decisão nº 252/1999 – Plenário.

BRASIL. Tribunal de Contas da União. Decisão nº 200-Plenário.

BRASIL. Tribunal de Contas da União. Decisão nº 138/1998 – Plenário.

BRASIL. Tribunal de Contas da União. Instrução Normativa nº 35/2000.

CRUZ, Ismar Barbosa. A Atuação do Tribunal de Contas da União e as Fundações de Apoio. As Fundações de Apoio às IFES: Situação Atual e Perspectivas. Brasília, 2004.

Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Conselho de Administração. Resolução nº028/2008.

Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão. Resolução no 053/2008.

Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão. Resolução nº178/1992.

Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão. Resolução nº149/2008.

Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Conselho de ensino, Pesquisa e Extensão. Resolução nº227/2009.

Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão. Resolução nº116/2011.

9 ANEXOS

9.1 Passo-a-passo para cadastro de Projetos no SIPAC via SIGAA

Tela 1

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Tela 2

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Tela 3

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Tela 4

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Tela 5

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Tela 7

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Tela 9

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Tela 10

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Tela 11

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9. 2 Passo-a-passo de acordo com a Resolução nº028/2011-CONSAD

Procedimentos operacionais, orçamentários e financeiros de projetos acadêmicos de ensino, pesquisa, extensão e desenvolvimento institucional, científico e tecnológico, desenvolvidos no âmbito da UFRN com a colaboração da Fundação de Apoio e que demandem recursos financeiros, conforme estabelece a Resolução Nº 028/2011 (CONSAD), de 14 de junho de 2011.

1- Compete ao Professor definir e classificar os projetos acadêmicos segundo a sua natureza:

Ensino; Pesquisa e Desenvolvimento Científico e tecnológico; Extensão; Desenvolvimento Institucional.

2- Classificação das fontes de recursos para o financiamento das ações quando:A – ensejar atividades de apoio administrativo para arrecadação pela Fundação de apoio, de recursos vinculados a projetos acadêmicos com recolhimento diário à Conta Única do Tesouro Nacional;B – envolver repasses de recursos financeiros pela UFRN à Fundação de apoio para a realização de atividades acadêmicas e gestão administrativa e financeira de projetos acadêmicos;C – houver celebração de instrumentos jurídicos entre a Fundação de apoio e a UFRN, para atender às demandas de captação direta de recursos por esta organização junto às empresas públicas ou privadas, visando à realização de atividades conjuntas de pesquisa científica e tecnológica e desenvolvimento de tecnologia, produto ou processo;D – envolver a captação de recursos por meio de editais públicos ou chamadas públicas com instrumentos jurídicos celebrados entre a Fundação de apoio e as agências financeiras oficiais de fomento, com a finalidade de dar apoio à UFRN.

3- Aprovação dos projetos pelo plenário do Departamento ou Unidade Acadêmica Especializada em que o coordenador do projeto se encontra lotado ou em ad referendum, submetido à apreciação na primeira reunião departamental subsequente.

4- Com a certificação de aprovação dos Projetos pelo Departamento, proceder ao seu cadastramento no SIGAA da UFRN.

5- Envio dos Projetos aprovados à Pró-Reitoria Acadêmica diretamente ligada a sua natureza (PROEX, PROPESQ, PPG, PROGRAD) para emissão de parecer, homologação da classificação quanto a sua natureza acadêmica, registro e encaminhamento à PROPLAN para elaboração de termo de contratação específico.

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6- Concluída a tramitação junto à PROPLAN, proceder ao encaminhamento do processo para parecer jurídico a ser emitido pela Procuradoria Jurídica da UFRN.

7- No caso de Projeto de natureza de Desenvolvimento Institucional, a sua tramitação inicia-se na Pró-Reitoria acadêmica sob sua coordenação e em seguida será encaminhado à PROPLAN para que seja dado prosseguimento ao feito e confirmada a sua adequação ao Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) da Universidade.

8- Os projetos acadêmicos devem ser constituídos de definição de objetivos, justificativa, metodologia, metas quantificadas, benefícios para a academia, relação da equipe de trabalho, identificação do número de matrícula, carga horária, resultados esperados e planilha orçamentária com previsão de custos operacionais do projeto, bem como a remuneração da UFRN, conforme Manual de Orientação à Elaboração de Projetos;

9- Dispositivos a serem observados:

- requisição e acompanhamento das despesas e atividades programadas no projeto acadêmico;- encaminhamento com devidas justificativas, os eventuais pedidos de aditamento de instrumentos jurídicos firmados para execução do projeto acadêmico 60 dias antes do término de sua vigência perante os órgãos de controle, pelo descumprimento dos prazos;- apresentação de Relatório de cumprimento do objeto do projeto acadêmico, 30 dias após o seu término.

10- A inobservância dos prazos e obrigações implicará em aplicação de penalidades que impedem a coordenação de outros projetos.

11- Garantia da figura de um fiscalizador do projeto com definição de suas atribuições.

12- Fiscalização dos projetos acadêmicos Tipo B, função a ser desempenhada por servidor público, indicado pela Administração Central para exercer as atribuições de acordo com os objetivos acadêmicos previstos no projeto.

13- Ao final da execução de cada projeto acadêmico, o Departamento ou Unidade Acadêmica Especializada que aprovou o projeto deverá indicar servidor público efetivo da UFRN para exercer atividade de Avaliador.

14- O avaliador deverá produzir parecer final de avaliação do projeto acadêmico a ser submetido ao Plenário do Departamento ou Unidade

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Acadêmica Especializada que aprovou o projeto, cujo teor deverá ser anexado ao processo administrativo correspondente.

Observação

O parecer de avaliação deverá atestar:

- o alcance de todas as metas quantitativas e qualitativas constantes no projeto acadêmico e/ou Plano de Trabalho;

- o tombamento tempestivo dos bens adquiridos por meio do projeto acadêmico;

- o cumprimento do objetivo acadêmico proposto quando da apresentação do projeto acadêmico;

- o cumprimento das atribuições do fiscalizador e do coordenador.

15- O período de execução dos projetos acadêmicos obedecerá ao cronograma de execução das atividades e coincidirá com a vigência do instrumento jurídico específico a ser celebrado entre a UFRN e a Fundação de apoio.

16- A execução do projeto Tipo B poderá ser alterada segundo apresentação de um novo cronograma de atividades devidamente justificado mediante pedido formal do coordenador à Fundação de apoio e a UFRN submeterá a aprovação da concedente, até 90 dias antes do término da vigência do instrumento contratual específico.

17- Composição dos gastos para a realização dos projetos acadêmicos:

I- aquisição de equipamentos e materiais permanentes nacionais e importados;

II- obras e instalações;

III- despesas de custeio das atividades programadas;

IV- pagamento de pró-labore;

V- concessão de bolsas;

VI- impostos e contribuições patronais;

VII- remuneração da Universidade, conforme o Capítulo VI da Resolução Nº 028;

VIII- despesas de gerenciamento do projeto.

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18- Todo projeto elaborado deverá conter plano financeiro de aplicação com a estimativa das receitas e a fixação das despesas, de acordo com sua natureza e especificidade.

19- A gestão dos gastos previstos será de responsabilidade do coordenador do projeto e do ordenador de despesas, que assinarão as requisições e os empenhos, em consonância com o plano de aplicação.

20- Os projetos gerenciados pela Fundação de apoio deverão ter um instrumento jurídico específico, contemplando direitos e deveres das partes envolvidas, devendo atender as disposições I, II, III, IV, V VI e VII, desdobradas no art. 21 da Resolução 028/2011.

21- O Plano de trabalho dos projetos e o plano de aplicação dos recursos, mediante justificativa formal podem ser alterados por meio de:

- solicitação formal do coordenador do projeto, que encaminhará à Coordenação de Convênios da Pró-Reitoria de Planejamento e Coordenação Geral, quando se tratar de projetos Tipo B;

- solicitação formal do coordenador do projeto diretamente à Fundação de apoio, no caso de projeto Tipo C;

- na hipótese do projeto Tipo D, o coordenador fará solicitação formal com anuência da fundação de apoio ao órgão financiador.

Nos casos de projetos acadêmicos Tipo B, cujos recursos são provenientes de instrumentos jurídicos celebrados entre a UFRN e outros órgãos, as alterações somente poderão ser realizadas após a autorização do órgão concedente, solicitada pelo Gabinete do Reitor.

22- A remuneração financeira da UFRN terá como base de cálculo a somatória dos gastos operacionais previstos no art. 18, I A III da Resolução em referência, observando as participações estabelecidas na Tabela I, anexa e será distribuída entre a Unidade Executora, o Centro Acadêmico ou a Unidade Acadêmica Especializada e os Fundos Acadêmicos de Ensino, Pesquisa ou de Extensão.

23- Nos casos de projetos de pesquisa provenientes de órgãos de fomento e projetos de desenvolvimento institucional, científico e tecnológico, a remuneração da Universidade será estabelecida no instrumento contratual, podendo consistir em aquisição de equipamentos, obras de infraestrutura, resultados alcançados ou recursos financeiros.

24- O ressarcimento da Fundação de apoio será calculado com base nas suas despesas de gerenciamento, as quais serão definidas por critérios objetivos segundo a complexidade de cada projeto, e aprovados pelo Conselho

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Deliberativo da Fundação, vedada a antecipação de pagamento nos casos de projetos Tipo B.

25- É permitida a participação de servidores docentes e técnicos administrativos na execução dos projetos acadêmicos da área de sua especialidade contratados pela Fundação de apoio, sem prejuízo de suas atribuições funcionais.

26- A participação dos servidores docentes e técnicos administrativos nos projetos acadêmicos de que trata a art. 26 da Resolução 028, conforme dispõe o art. 7º, § 1º, do Decreto Nº 7.423/2010, deverá observar o seguinte procedimento de autorização:

I – a participação dos membros da equipe do projeto acadêmico deverá ser autorizada pelo respectivo Chefe do Departamento, Diretor da Unidade Acadêmica Especializada ou dirigente de órgão administrativo;

II- confirmação da autorização pelo Reitor mediante a celebração de instrumento jurídico específico com a Fundação de apoio;

III- no caso do servidor docente, a informação sobre a carga horária prevista para a execução do projeto acadêmico deve constar no Plano Individual de Trabalho Docente (PID), nos termos da Resolução Nº 250/2009 – CONCEPE, de 29 de dezembro de 2009;

IV- no caso de servidores técnicos administrativos, a carga horária dedicada aos projetos acadêmicos de ensino, pesquisa, extensão e desenvolvimento institucional, científico e tecnológico, não deverá exceder a 10 (dez) horas semanais, previsto no art. 7º da Resolução Nº 53/2008 – CONSEPE, de 15 de abril de 2008.

27- Os projetos de que trata a Resolução 028 poderão prever a concessão de bolsas de ensino, bolsa de pesquisa, bolsa de extensão e bolsa de estímulo à inovação, pela Fundação de apoio, desde que indicada à fonte de recursos, obtida no âmbito da atividade realizada.

28- A Fundação de apoio somente poderá conceder bolsas de ensino e extensão aos servidores ativos ocupantes de cargo público de provimento efetivo da UFRN, devidamente autorizados em projeto acadêmicos, a teor do art. 4º, § 1º e art. 4-B, ambos da Lei Nº 8.958/94.

29- A Fundação de apoio poderá conceder bolsas de pesquisa e de estímulo à inovação, nos seguintes casos:

I- a servidores ativos da UFRN, desde que autorizados em projetos acadêmicos, nos termos do art. 4º, Lei Nº 10.973/2004;

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II- a servidores militares ou empregados públicos de outras Instituições Científicas e Tecnológicas (ICTs) que participarem de projeto de pesquisa desenvolvido pela UFRN em parceria com instituições públicas e privadas, ou em parceria direta com a fundação de apoio, como estímulo à inovação, consoante o art. 1º, § 9º, da Lei Nº 10.973/2004;

III- a estudantes de graduação e pós-graduação lato sensu e stricto sensu da UFRN que participem de projetos relacionados à sua formação profissional, conforme o art. 4º-B, da Lei Nº 8.958/94;

IV- a pessoas físicas que, não enquadradas nos incisos I a III, sejam autorizadas pela Pró-Reitoria de Pesquisa, que avaliará sua habilitação profissional e sua inserção no processo científico, mensuradas pelo desenvolvimento de pesquisas devidamente comprovadas.

30- As bolsas de ensino, pesquisa, extensão e estímulo à inovação somente poderão ser pagas se os projetos acadêmicos respectivos identificarem os beneficiários, valores, quantidade e periodicidade.

31- Somente as bolsas de estímulo à inovação, na forma do artigo 9º da Lei Nº 10.973/2004, e as bolsas de pesquisa com fundamento no art. 4º, § 1º, da Lei Nº 8.958/94, são isentas do imposto de renda, desde que sejam caracterizadas como doação e que os resultados das atividades realizadas não representem vantagem para o doador, nem importem contraprestação de serviços, conforme o disposto no art. 26 da Lei Nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995.

32- Os projetos acadêmicos poderão prever o pagamento de pró-labore, devida aos colaboradores não integrantes dos quadros da UFRN como remuneração de serviços de terceiros, com incidência dos tributos pertinentes, tendo como referência os valores previstos na Tabela VI, anexada a Resolução 028, podendo também ser adotadas as tabelas oficiais do órgão financiador.

33- Os estudantes de graduação e pós-graduação lato sensu e stricto sensu da UFRN poderão participar de projetos de ensino, pesquisa e extensão e de desenvolvimento institucional, científico e tecnológico em atividades compatíveis com a sua área de formação, desde que os projetos contribuam para o processo de ensino-aprendizagem e a inserção dos estudantes no processo científico, observadas as normas específicas.

34- A participação de estudantes poderá ser remunerada mediante a concessão de bolsas de monitoria ou de incentivo à docência, pesquisa, extensão e inovação tecnológica em valor mensais estabelecidos na Tabela V, podendo também ser adotadas as tabelas oficiais do órgão financiador.

35- A participação de estudantes do ensino técnico profissionalizante, da graduação e da pós-graduação lato sensu e stricto sensu em projetos institucionais de prestação de serviços, quando tal prestação for admitida como

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modalidade de extensão deverá observar a Lei Nº 11.788, de 25 de setembro de 2008, conforme preceitua o art. 6º, § 8º, do Decreto nº 7.423/2010.

36- Para a realização de suas atividades operacionais e administrativas, a Fundação de apoio utilizará preferencialmente, estudantes da UFRN, como forma de contribuir para a sua formação profissional, concedendo-lhes bolsa de estágio com base na Lei Nº 11.788/2008.

37- A participação de estudantes em projetos acadêmicos efetivar-se-á mediante a celebração de termo de compromisso, da contratação de seguro contra acidentes pessoais e a observância das normas de segurança estabelecidas na Resolução Nº 162/2010 – CONSEPE, de 13 de julho de 2010.

38- A Fundação de apoio poderá obter contribuição de pessoas físicas não integrantes do quadro da UFRN e profissionalmente habilitadas para colaborarem na execução de projetos acadêmicos, mediante remuneração, observadas as restrições da legislação vigente.

39- A Fundação de apoio poderá contratar consultoria de pessoas físicas ou jurídicas para realizar atividades em projetos acadêmicos, mediante a celebração de instrumento jurídico em que se estabeleçam os deveres e obrigações de ambas às partes, observada a legislação aplicável à contratação.

40- Os projetos devem ser realizados por no mínimo 2/3 (dois terços) de pessoas vinculadas à Universidade, incluindo servidores docentes e técnico-administrativos, estudantes regulares, pesquisadores de pós-doutorado e bolsistas com vínculo formal a programas de pesquisa da Universidade, nos moldes do art. 6º, § 3º, do Decreto Nº 7.423/2010.

41- Na aquisição de bens e serviços necessários à realização das atividades dos projetos acadêmicos Tipos B e D, a Fundação de apoio deverá observar o que determina a Lei Nº 8.666, de 21 de junho de 1993.

42- A Fundação de apoio deverá, na execução dos instrumentos jurídicos, observar as normas aprovadas pelos órgãos colegiados superiores competentes.

43- A Fundação de apoio deverá enviar prestação de contas físico- financeira parcial e final dos projetos Tipo B à UFRN, conforme estabelecido no instrumento jurídico de contratação.

44- A prestação de contas dos projetos Tipo A consiste de relatório circunstanciado da arrecadação das receitas e comprovantes de recolhimento à Conta Única do Tesouro Nacional.

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45- A prestação de contas dos projetos Tipo D será encaminhada pela fundação de apoio ao órgão financiador segundo as exigências estabelecidas no instrumento jurídico.

46- O Reitor nomeará Comissão de Avaliação do Desempenho da Fundação de apoio que definirá os indicadores e parâmetros de avaliação de desempenho, coleta de dados no âmbito de outras Fundações de apoio para fins comparativos, emissão de relatório de avaliação e desenvolvimento de estudos para construção de novos critérios de avaliação.

O CONSAD deverá aprovar o relatório da avaliação de desempenho da Fundação de apoio.

47- Aplicam-se as disposições do capítulo II da Resolução 028, no que couber às ações autofinanciadas, bem como aos Projetos Acadêmicos submetidos a editais públicos ou chamadas públicas com gestão administrativa e financeira sob a responsabilidade da UFRN.

48- A execução orçamentária e financeira dos Projetos Tipo C e Tipo D obedecerão às normas estatuídas pelo órgão financiador e, na ausência destas, por normas estabelecidas pela Fundação de apoio.

49- A titularidade da propriedade intelectual obtida com a realização dos projetos acadêmicos, bem como a participação nos resultados da exploração das criações resultantes de parcerias, será regida por instrumento jurídico específico, segundo as regras constantes na Lei Nº 10.793/2004, e normas complementares.

50- Os projetos acadêmicos que ainda não tenham sido aprovados pelas instâncias competentes devem enquadrar-se ao que determina a Resolução 028/2011, a partir da data de sua publicação.

51- As tabelas de bolsas de ensino, pesquisa, extensão e estímulo a inovação, poderão ter seus valores limites revisados anualmente pelo Conselho de Administração ( CONSAD).

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