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OMS

XVI MIRIN

GUIA DE ESTUDOS

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GUIA DE ESTUDOS

XVI MIRIN

FERNANDA RANGEL

RENATA FREIRE

GABRIEL LENGRUBER

LUÍS FELLIPE FREITAS

OS IMPACTOS SOBRE O ALCOOLISMO NA SAÚDE PÚBLICA

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE

RIO DE JANEIRO

2019

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1 Sumário

1 Sumário ................................................................................................................... 2

2 Carta aos delegados ............................................................................................. 5

3 A Organização Mundial da Saúde ....................................................................... 6

3.1 Origem .............................................................................................................. 6

3.2 Políticas públicas voltadas ao consumo de álcool .................................... 7

3.2.1 Taxação das bebidas alcoólicas: quanto maior o preço, menor o consumo

8

3.2.2 Regulação da disponibilidade física do álcool: diminuição do acesso à

bebida....................................................................................................................... 9

3.2.3 Modificação do contexto de consumo de bebidas alcoólicas .................... 10

3.2.4 Medidas de combate ao beber e dirigir ...................................................... 10

3.2.5 Regulação das promoções de bebidas alcoólicas ..................................... 11

3.2.6 Elaboração de estratégias de educação e persuasão referentes ao álcool

13

3.2.7 Disponibilidade de tratamento aos problemas relacionados ao uso de álcool

13

3.3 Contexto atual ............................................................................................... 14

3.4 Considerações finais: a OMS frente ao combate ao alcoolismo ........... 15

4 O que é alcoolismo?............................................................................................ 15

4.1 Definição e diagnóstico ............................................................................... 15

4.2 Principais características ............................................................................ 15

4.3 Tratamento ..................................................................................................... 16

5 Incidência.............................................................................................................. 18

6 Os impactos do alcoolismo na saúde pública ................................................. 20

7 Políticas Externas ................................................................................................ 21

7.1 África do Sul .................................................................................................. 21

7.2 Líbia ................................................................................................................ 21

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7.3 Irã .................................................................................................................... 22

7.4 Índia ................................................................................................................ 22

7.5 Argentina ........................................................................................................ 23

7.6 Brasil ............................................................................................................... 23

7.7 Bolívia ............................................................................................................. 24

7.8 Estados Unidos da América ........................................................................ 24

7.9 Canadá............................................................................................................ 25

7.10 Uruguai........................................................................................................ 25

7.11 Espanha ...................................................................................................... 26

7.12 Rússia ......................................................................................................... 26

7.13 Colômbia ..................................................................................................... 26

7.14 Chile ............................................................................................................ 27

7.15 Islândia ........................................................................................................ 27

7.16 França ......................................................................................................... 27

7.17 China ........................................................................................................... 28

7.18 Reino Unido ................................................................................................ 29

7.19 Japão ........................................................................................................... 29

7.20 Alemanha .................................................................................................... 30

7.21 Kuwait ......................................................................................................... 30

7.22 Coreia do Sul .............................................................................................. 30

7.23 Mauritânia ................................................................................................... 31

7.24 Egito ............................................................................................................ 31

7.25 Grécia .......................................................................................................... 32

7.26 Indonésia .................................................................................................... 32

7.27 Suécia.......................................................................................................... 32

7.28 Itália ............................................................................................................. 33

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7.29 Mali .............................................................................................................. 33

7.30 Síria ............................................................................................................. 33

7.31 México ......................................................................................................... 34

8 Bibliografia ........................................................................................................... 34

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2 Carta aos delegados

Caros delegados(as),

Primeiramente, todos nos gostariamos de agradecer por terem escolhido nosso comite,

que foi planejado com muito cuidado e esforco. Como diretores da Organizacao Mundial de

Saude (OMS) do XVI MIRIN, prezamos pelo melhor convivio possivel dentro e fora das

simulacoes, esperando que as discussoes sejam produtivas e realmente levadas para suas vidas.

Durante a semana, desejamos comprometimento durante as sessoes e buscaremos nao os

sobrecarregar. Ja nos momentos em que nao sera exigida essa seriedade, tentaremos desfrutar

de um clima mais divertido e relaxado.

O debate deste ano gira em torno do tema do alcoolismo e suas consequências. Fazemos

aqui uma breve relação do assunto com a Psicologia. O diálogo desta com a saúde se faz

presente direta e indiretamente e a todo momento, seja na área empresarial, de saúde mental,

hospitalar, esportiva, clínica, social, laboratorial ou institucional. Todo ser humano deve ter sua

saúde preservada, e é papel do psicólogo promovê-la, já que se entende saúde "não como

ausência de doença, mas como bem-estar mental, físico e social" (OMS, 1948, n.p.).

Lembramos, tambem, que alguns dos objetivos principais do MIRIN envolvem do seu

desenvolvimento e participacao no comite, melhorarando suas habilidades de argumentacao e

oratoria. Portanto, nao se sintam intimidados na hora de falar - afinal, mesmo errando

conseguimos aprender e evoluir. Alem de ajudar com as questoes do tema, estaremos

disponiveis para tirar quaisquer duvidas, antes e durante o evento. Por fim, agradecemos

novamente a confianca e os desejamos boa sorte!

Estamos ansiosos para essa edicao do MIRIN! Ate dia 22 de julho!

Cordialmente,

Fernanda Rangel

Gabriel Lengruber

Luís Fellipe Freitas

Renata Freire

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3 A Organização Mundial da Saúde

3.1 Origem

Inserida na Liga das Nações, a Organização Mundial da Saúde (OMS) foi criada em

1920 com o objetivo de organizar formas de combater e lidar com doenças, crises e problemas

sanitários. Desde sua criação, a organização promoveu diversas campanhas de prevenção de

doenças como a febre amarela, malária e hanseníase, além de auxiliar a União Soviética a

impedir epidemias de tifo. Ela se dividia em três órgãos: o Gabinete de Saúde, com membros

permanentes da Liga (Estados Unidos e Reino Unido, por exemplo); o Conselho Geral, cujos

membros eram médicos referenciados por todo o mundo; e o Comitê de Saúde, responsável por

promover pesquisas e acompanhar a atuação dos Estados Membros na promoção de uma saúde

de qualidade.

Por conta da Segunda Guerra Mundial e todas suas consequências, a Organização

Mundial da Saúde perdeu sua capacidade de promover ações, só voltando a ter papel ativo em

1945, com a sua reformulação na Organização das Nações Unidas. Inicialmente, a ONU não

possuía interesse em manter tal órgão, visto que seu objetivo principal era a promocao da “paz

e seguranca internacional”1, mas, graças à atuação dos governos brasileiro e chinês e ao apoio

dos Estados-Membros, a saúde conseguiu ser inserida como dever na Carta da ONU, e a

Organização foi refundada no ano seguinte. A partir da aprovação pelas Nações, um comitê de

especialistas em medicina foi convocado para prescrever uma constituição que definisse o

formato da nova instituição em julho de 1946.

Nesse sentido, a Constituição da Organização Mundial da Saúde2 define que a tarefa

desta organização será "estudar, compreender e promover a saúde e qualidade de vida aos

indivíduos presentes em todos os Estados-Membros das Nações Unidas, por meio da

cooperação e pesquisa". O documento também defende que todos os Estados-Membros

possuem o direito de fazer parte do comitê, e que novas agências seriam criadas para substituir

1 Carta das Nações Unidas, 1945. Disponível em: <https://nacoesunidas.org/wp-content/uploads/2017/11/A-Carta-das-Na%C3%A7%C3%B5es-Unidas.pdf>. Acesso em: 08 maio 2019.

2 Constituição da Organização Mundial da Saúde, 1946. Disponível em: <http://www.direitoshumanos.usp.br/index.php/OMS-Organiza%C3%A7%C3%A3o-Mundial-da-Sa%C3%BAde/constituicao-da-organizacao-mundial-da-saude-omswho.html>. Acesso em: 08 maio 2019.

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o papel daquelas criadas no período da Liga das Nações: a Assembleia de Saúde Mundial,

reunindo todos os membros da organização uma vez por ano e formulando suas propostas,

geralmente em caráter recomendatório, com voto por maioria; o Conselho Executivo, composto

por 32 cadeiras divididas geograficamente entre os Estados com 3 anos de mandato; e o

Secretariado, de caráter administrativo e técnico, trabalhando na aplicação das políticas

sugeridas pela Assembleia e o Conselho. Além dessas três principais agências, a Organização

Mundial da Saúde possui escritórios ao redor do mundo para analisar a situação de cada região.

3.2 Políticas públicas voltadas ao consumo de álcool

Uma amplitude de revisões sistemáticas, pesquisas desenvolvidas pela comunidade

científica e amplos estudos em diversos países aponta para uma mesma conclusão: onde há

consumo de álcool é onde se encontram os problemas. Em locais onde a bebida alcoólica é

proibida, como a Índia, Bangladesh, Emirados Árabes e alguns estados dos Estados Unidos,

por exemplo, os prejuízos são mínimos comparado aos países onde o produto é permitido. Nos

países onde o álcool é uma droga legal, o consumo pela população é diretamente proporcional

à mortalidade e à morbidade.

Conforme colocado por Monteiro (2016), "não há país no mundo onde o resultado total

do álcool na saúde seja positivo". O sofisma da famosa frase de que o vinho faz bem para o

coração, por exemplo, contribui na fábula de que o álcool tem benefícios – mas, na verdade,

isto tem relevância mínima para a Saúde Pública, enquanto que tais efeitos “positivos” sao

amplamente promovidos na mídia e pela indústria de álcool, que visam puramente o lucro.

Fato é que onde houver menor disponibilidade de álcool para consumo, a ocorrência de

prejuízos e piores consequências será menor. Isto não quer dizer que seja politicamente possível

ou desejável proibir o consumo de bebidas alcoólicas, mas sim que se faz necessário controlá-

lo. Seguindo esta lógica, as providências mais custo-efetivas são as implementadas mediante

políticas públicas e regulação governamental, restringindo a disponibilidade econômica, física

e social de bebidas alcoólicas.

A Organização Mundial de Saúde sugere que algumas medidas de saúde pública sejam

implementadas a fim de dar combate aos danos causados pelo álcool. Diversos países adotaram

alguma ou mais em seus territórios a fim de combater a mortalidade causada diretamente pelo

consumo de bebidas alcoólicas.

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Tres intervencoes foram designadas “best buys” para reduzir o uso nocivo do alcool, no

sentido de que eles são encontrados com alta eficácia, viáveis para implementar e terem baixos

custos de implementação: regulamentando disponibilidade comercial e pública; restringir ou

proibir publicidade e promoções de bebidas alcoólicas; e usando políticas de preços, como

aumento de impostos de consumo sobre bebidas alcoólicas.

Para as últimas atualizações das análises da WHO-CHOICE, a nova ferramenta de

modelagem OneHealth tem sido usada para estimar efeitos da intervenção em nível

populacional sobre a saúde. A OneHealth é uma ferramenta de software desenvolvida por

especialistas em custeio internacional da OMS e outras agências das Nações Unidas para

fortalecer a análise do sistema de saúde, bem como os cenários de custeio e financiamento a

nível nacional. Usando esta ferramenta e os dados demográficos e epidemiológicos nela

contidos, os efeitos de nível populacional de intervenções específicas foram avaliados sobre um

periodo de 100 anos em relacao a um cenario de “nao-intervencao” (CHISHOLM 2018).

3.2.1 Taxação das bebidas alcoólicas: quanto maior o preço, menor o consumo

O preço das bebidas alcoólicas influencia no consumo dessa substância. Nessa lógica,

quanto menor o preço, maior o consumo de álcool e quanto maior o preço, menor o consumo.

De acordo com Chisholm, et al. (2018), a disponibilidade de bebidas perigosas e prejudiciais

varia de acordo com os impostos cobrados sobre elas, com o consumo (legal ou ilegal), e com

a elasticidade da demanda. O estudo foi feito 16 grandes países abrangendo países de baixa,

média e alta renda em todo o mundo – média alta e alta renda países: China, Alemanha, Japão,

México, Federação Russa, África do Sul, Tailândia, Turquia, Estados Unidos da América;

países de renda baixa e média baixa: Etiópia, Guatemala, Índia, Nigéria, Filipinas, Ucrânia,

Vietnã.

No entanto, segundo a pesquisa, a política de preços, como aumento de impostos sobre

bebidas alcoólicas, está entre as três intervenções mais eficazes para reduzir o uso nocivo do

álcool, pois torna os custos de produção maiores - estes que são transmitidos aos consumidores,

com maiores preços por produtos, o que acaba por desincentivá-los à compra, reduzindo a

quantidade consumida. Junto à essa estão as medidas de regulamentação da disponibilidade

comercial e pública e a restrição ou proibição de publicidade e promoções de bebidas alcoólicas,

que trataremos a seguir.

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3.2.2 Regulação da disponibilidade física do álcool: diminuição do acesso à bebida

A maioria dos países apresenta leis restringindo tanto quem pode consumir quanto quem

pode vender álcool, isto é, regulamenta-se a idade mínima para compra e/ou consumo. Estudos

mostram que quanto menor o acesso às bebidas alcoólicas, menor será o consumo e os

problemas relacionados ao seu uso.

Conforme colocado no estudo de Chisholm, et al. (2018), por exemplo, as medidas de

regulamentação da disponibilidade comercial e pública estão dentro das três mais efetivas

contra o uso abusivo de bebidas alcóolicas. Segundo a pesquisa, o impacto da ação foi de 1,8%-

2,1% e 4% de redução da prevalência, nas populações masculina e feminina, respectivamente,

dos 16 países3 que foram objeto de estudo.

Uma tabela do Centro de Informações sobre Saúde e Álcool dispõe a idade de venda e

de compra de álcool em diferentes países da América e da Europa.

PAÍS IDADE MÍNIMA PARA

CONSUMO

IDADE MÍNIMA PARA

COMPRA

Argentina 18 anos -

Brasil 18 anos -

Bolívia 18 anos -

Colômbia 18 anos -

México 18 anos 18 anos

Uruguai - 18 anos

3 China, Ethiopia, Germany, Guatemala, India, Japan, Mexico, Nigeria, Philippines, Russian Federation, South Africa, Thailand, Turkey, United States of America, Ukraine, Vietnam.

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Estados Unidos 21 anos* 21 anos*

Espanha 16/18 anos** 16/18 anos**

Fonte: CISA (2017)

* Em 19 Estados da Federação o consumo de álcool por menores de 21 anos de idade não é

especificamente ilegal, além disso, exceções são feitas em alguns estados para o uso com fins

religiosos; acompanhado dos pais, cônjuge ou guardião legal; fins médicos; em clubes noturnos

ou estabelecimentos.

** Há uma variância por região: algumas comunidades autônomas, como Castela e Leon,

estabelecem o limite mínimo para venda e consumo de álcool a partir de 16 anos. No entanto,

em termos oficiais, na Espanha a idade mínima é de 18 anos para o consumo e a venda de

bebidas alcoólicas.

3.2.3 Modificação do contexto de consumo de bebidas alcoólicas

Há intervenções que buscam atuar na mudança de contexto dos locais onde as bebidas

alcoólicas são servidas. Elas incluem a co-responsabilização e a conscientização dos

estabelecimentos que vendem álcool e do staff que serve (barman e garçons) a substância de

maneira abusiva. A venda responsável das bebidas inclui mudança de atitudes e de

comportamento dos estabelecimentos e no treinamento da equipe de funcionários visando a

prevenção ao uso abusivo de álcool. A venda responsável de bebidas é uma medida que pode

ajudar no combate ao uso excessivo de álcool e na minimização dos prejuízos e más

consequências decorrentes desse uso.

3.2.4 Medidas de combate ao beber e dirigir

As leis relativas ao combate do ato de beber e dirigir penalizam os infratores respaldadas

pela ideia de que condenações irão precaver o indivíduo de fazer o uso associado de álcool e

direção. Há, contudo, poucas evidências na literatura que apoiem às leis (CISA, 2017). No

entanto, a exceção a esta regra é, apenas, a suspensão do direito de dirigir – visto que se observa

notoriamente que os infratores mudam suas atitudes sob as ameaças de terem suas licenças de

condução confiscadas.

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Uma outra estratégia de combate ao ato de beber e dirigir é o aumento na visibilidade

de medidas de avaliação do consumo de álcool, tais como a presença constante e inesperada de

bafômetros pelas ruas e avenidas. O estabelecimento de operações no tráfego da Guarda

Municipal pelo Brasil todo, por exemplo, tem sido uma medida eficaz no combate aos

condutores embriagados - que, desde sua implementação, em 2008, tem ano após ano salvado

mais vidas (MONTEIRO, 2016).

A Lei Seca brasileira tem tolerância zero para concentração de álcool no sangue de

qualquer motorista. Isto significa que ela está entre as mais rígidas no mundo, junto de países

como Hungria, Romênia, Eslováquia, República Tcheca, Marrocos, Paraguai e Uruguai. Essa

regra é mais exigente que a recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) de limites

menores que 0,5 g/L no sangue para motoristas em geral e abaixo de 0,2 g/L para jovens

condutores até 21 anos (GLOBO, 2018).

3.2.5 Regulação das promoções de bebidas alcoólicas

A indústria do álcool tem influência global no consumo de bebidas alcoólicas. Seu

marketing ajuda a construir a identidade de muitas sociedades, acompanhando seus princípios

ideológicos e culturais – no Brasil, por exemplo, a cerveja é muito associada ao momento de

lazer futebolístico e, portanto, é extremamente consumida nos momentos de jogos. Isso também

ocorre em países europeus, embora as bebidas variem: o vinho é muito comum e,

consequentemente, costuma ser a primeira escolha das pessoas por ser uma boa opção para o

frio – que está presente na maior parte do ano.

As marcas de bebidas alcoólicas são propagandeadas por meio da televisão, rádio,

internet e demais meios de comunicação e, muitas vezes, estes meios incentivam os menores

de idade a consumir álcool antes da idade legalmente permitida. Por conta disso, a restrição

dessas propagandas se tornou uma medida bastante discutida em diversos países. A regulação

das propagandas de bebidas alcoólicas, via de regra, costuma ser feita utilizando tanto

mecanismo governamentais (como a proibição da exibição de propagandas a partir de um certo

horário) quanto a auto-regulamentação da indústria. Além disso, quanto maior o

comprometimento da sociedade como um todo e das indústrias da propaganda e de álcool para

solucionar o problema, maiores são as chances de se exercer um controle mais efetivo sobre

essas propagandas.

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Na seguinte tabela encontra-se disposto o status atual das propagandas de bebidas

alcoólicas em alguns países da América e da Europa:

PAÍS STATUS

Brasil A Lei n° 9.294, de 15 de julho de 1996, dispõe sobre a restrição às propaganda

de bebidas alcoólicas. De acordo com a lei, fica vedada a veiculação, nas

emissoras de rádio e televisão, da propaganda de bebidas com teor alcoólico

acima de 13o Gal-Lussac (GL) durante o período compreendido entre as seis e

as vinte e uma horas, além de proibir a associação desses produtos ao esporte,

à condução de veículos, ao desempenho saudável de qualquer atividade e a

imagens ou idéias de maior êxito ou de sexualidade das pessoas. Ademais, há

para todas as bebidas com teor alcoólico a autorregulamentação publicitária.

Argentina A Ley Nacional de Lucha contra el Alcoholismo, em vigor desde 1997, dedica

um dos seus 23 artigos ao controle da publicidade do álcool. O dispositivo

proíbe que a propaganda seja dirigida a menores ou os mostre bebendo, sugira

que o consumo de bebidas melhora o rendimento físico e intelectual das pessoas

e utilize o consumo de álcool como estimulante da sexualidade ou da violência.

É obrigatória a inscrição, na propaganda, de frases recomendando moderação

no consumo e advertindo sobre a proibição da venda a menores de 18 anos.

Adicionalmente, há um código de autorregulamentação.

Chile O país tem uma nova lei, em vigor desde janeiro de 2004, que regula o comércio

de bebidas alcoólicas, fixando inclusive limites de horário para o

funcionamento dos bares e lojas nas diversas comunidades. Em relação à

propaganda, a lei proíbe somente a indução ao consumo por menores, sem

outras restrições de conteúdo ou de associação com o esporte. Adicionalmente,

há um código de autorregulamentação.

EUA Na esfera federal, a publicidade de bebidas é regulada pelo Federal Alcohol

Administration Act. A lei proíbe a associação com atividades esportivas, bem

como a utilização de atletas famosos consumindo álcool. Também são vedados:

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o direcionamento a menores; a associação com maturidade; o uso da graduação

alcoólica elevada como um atrativo; e a sugestão de que a bebida tem

propriedades terapêuticas ou melhora o desempenho físico. Existem, ainda, leis

estaduais e três códigos de autorregulamentação, um para cada ramo da

indústria do álcool (cervejas, vinhos e destilados).

Espanha A partir de 1990, por força de lei, as bebidas com graduação alcoólica superior

a 20º GL não podem ser anunciadas na televisão. Adicionalmente, há um código

de autorregulamentação e o TWF (Television Without Frontiers Directive,

Diretrizes da Televisão Sem Fronteiras) que foi implementado em 1994. O art.

15 da TWF determina que a propaganda de álcool não deve ser especificamente

direcionada para menores, associar o consumo de álcool à condução de veículos

nem criar a impressão de que o álcool melhora a performance física ou contribui

para o sucesso social ou sexual. A publicidade não deve estimular o consumo

excessivo ou menosprezar a abstinência e a moderação, e tampouco pode

sugerir que a alta concentração alcoólica seja uma característica positiva de uma

marca ou bebida. Ademais, leis regionais fazem restrições suplementares.

Fonte: CISA (2017)

3.2.6 Elaboração de estratégias de educação e persuasão referentes ao álcool

A elaboração de estratégias preventivas e de educação em escolas têm se mostrado

eficiente na mudança de atitudes e na disseminação de informações sobre o uso de álcool -

medidas como a melhora da autoestima dos estudantes e o incentivo de práticas esportivas são

exemplos dessas estratégias. Entretanto, em geral, o padrão de consumo ainda não se alterou,

indicando uma alteração ainda pequena nos números de alcoolismo. Nota-se, portanto, a

necessidade da criação de outras estratégias adicionais para que este índice caia ainda mais.

3.2.7 Disponibilidade de tratamento aos problemas relacionados ao uso de álcool

O tratamento dos problemas relacionados ao uso de álcool, além de sua importância na

diminuição do sofrimento e da dor de pacientes e familiares, é também uma forma de prevenção

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ao consumo recorrente de álcool. Os estudos apontam mais de 40 modalidades de tratamento

desses problemas avaliadas por ensaios clínicos randomizados. Essas modalidades vão desde

grupos de ajuda mútua até internação e atendimento ambulatorial. Além disso, a associação de

medicação com psicoterapia tem se mostrado a melhor opção terapêutica para os problemas

dessa natureza.

3.3 Contexto atual

O álcool é responsável por 3 milhões de mortes por ano e uma em cada vinte mortes

está relacionada ao consumo de bebidas alcoólicas. Dentre jovens de 20 a 29 anos, a taxa chega

a 13,5%, e os homens correspondem a três quartos dos óbitos registrados (OMS, 2018).

O apontamento da Organização Mundial da Saúde afirma que as bebidas alcoólicas são

responsáveis por mais mortes do que aquelas causadas por doenças agressivas, como AIDS e

tuberculose e mortes advindas da violência combinadas. Doenças infecciosas, cardiovasculares,

diabetes, acidentes de trânsito, lesões, entre outras: pelo menos 5,3% das mortes em todo mundo

são relacionadas ao álcool a cada ano, segundo a organização. Em geral, mais de 200 doenças

estão ligadas ao consumo de álcool.

Segundo a Organização, dentre as 3 milhões de mortes atribuíveis ao álcool, 28% estão

relacionadas a acidentes de trânsito, violência, suicídios e outros atos violentos; 21%, a

distúrbios digestivos; e 19% a doenças cardiovasculares. As restantes estão atribuídas a doenças

infecciosas, cânceres, transtornos mentais e outros problemas de saúde.

O apontamento também estimou que 2,3 bilhões de pessoas no mundo consomem

bebidas alcoólicas. O álcool é consumido por mais da metade da população nas Américas,

Europa e no Pacífico Ocidental. Os europeus tem o maior consumo per capita do mundo,

embora esse consumo tenha diminuído em mais de 10% desde o ano de 2010. A OMS também

prevê um aumento no consumo global de álcool nos próximos 10 anos, particularmente no

sudeste da Ásia, no Pacífico Ocidental e nas Américas.

A OMS coloca, tambem, que tem havido “algumas tendencias globais positivas”, se

referindo à redução, desde 2010, do consumo episódico e do número de mortes relacionadas ao

álcool. No entanto, especialistas no assunto voltam a apontar que o peso global das doenças e

danos causados pelo consumo nocivo do álcool é inaceitável, particularmente na região da

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Américas e da Europa - que, apesar de ter diminuído seu consumo total, ainda tem o maior

consumo per capita do mundo.

3.4 Considerações finais: a OMS frente ao combate ao alcoolismo

Desde sua criação, a Organização Mundial de Saúde tem possuído caráter essencial para

as Nações Unidas, inserindo-se em pautas de extrema relevância e valorizando demandas

mundiais nesta área. A Organização é protagonista na promoção de práticas salutares,

desenvolvendo estudos e conscientizando a população por meio da disseminação de informação

e da criação de programas e campanhas. Faz-se evidente, a vista disso, que o órgão abre espaço

perfeito para que os países presentes no comitê discutam caminhos possíveis e unam-se em

combate ao alcoolismo.

4 O que é alcoolismo?

4.1 Definição e diagnóstico

O álcool é um depressor do Sistema Nervoso Central e também a substância mais

presente nos Transtornos Relacionados a Substâncias. O alcoolismo, denominado Transtorno

por Uso de Álcool (CID-10; DSM-IV), é caracterizado, portanto, pelo consumo frequente de

álcool em maiores quantidades ou por período mais longo que o pretendido. Além disso,

caracteriza-se pelo fato de que mesmo havendo esforço para parar de beber, a pessoa encontra

fissuras, querendo usar o álcool (perda de controle) e, muitas vezes, obtendo baixo desempenho

no trabalho, na escola, em casa e outros ambientes, e, ainda, acaba por abandonar atividades

sociais, profissionais e/ou recreacionais por conta do álcool (prejuízo social). Na grande maioria

dos casos, o uso de álcool ocorre mesmo quando há perigo físico e quando o indivíduo tem

consciência de que pode ter problemas psicológicos, sociais, profissionais ou de outra ordem.

Para confirmar o quadro, deve-se ter a presença de dois ou mais destes sintomas, estes devendo

persistir por 1 ano.

4.2 Principais características

A intoxicação por álcool envolve ingestão recente da substância e pode gerar sintomas

como alterações comportamentais ou psicológicas - por exemplo, comportamento sexual

agressivo ou inadequado, humor instável e julgamento prejudicado - desenvolvidas durante ou

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logo após a ingestão de álcool. Ainda, alguns sintomas também são a fala arrastada, a

incoordenação, a instabilidade no andar, o comprometimento da atenção ou da memória, o

estupor ou até mesmo o coma.

Já a abstinência acontece quando os níveis das substâncias vão diminuindo no

corpo e se dá uma busca pela substância para evitar esse efeito. Pode causar hiperatividade

autonômica - suor, coração acelerado, mãos tremendo –, alterações de sono, náusea, vômito,

agitação psicomotora, alucinações visuais, táteis ou auditivas (delirium tremens – dura de 3 a

10 dias e tem alucinose, dificuldades de memória, linguagem e função executiva, alteração da

atenção e da consciência, ideias deliroides persecutórias), ansiedade e até mesmo convulsões.

O uso compulsivo do álcool está, geralmente, relacionado a um ato de aliviar a dor e/ou

sofrimento. Além disso, pessoas que se sentem muito inibidas socialmente, como algumas que

têm fobia social, também costumam buscar saída no álcool. Por isso, o alcoolismo se configura

como um transtorno psicológico que precisa de tratamento multiprofissional. Seu diagnóstico

pode ser obtido por meio de exames de sangue e questionários.

Este transtorno associa-se, também, com comportamentos de alto risco, incluindo sexo

inseguro, Doenças Sexualmente Transmissíveis e o uso de outras substâncias psicoativas,

podendo, sobretudo, ser gatilho para o desenvolvimento de quadros secundários, como o

Transtorno do Stress Pós-Traumático (TEPT). É importante ressaltar também que os problemas

relacionados ao álcool não só afetam o consumidor individual, mas também toda a comunidade

a sua volta - mesmo pessoas que não bebem, incluindo familiares e vítimas de violências e

acidentes associados ao uso de bebidas alcoólicas. O uso prejudicial do álcool está relacionado

a mais de 60 tipos de doenças, incluindo desordens mentais, suicídios, câncer, cirrose, danos

intencionais e não intencionais (acidentes por beber e dirigir), comportamento agressivo,

perturbações familiares, acidentes no trabalho e produtividade industrial reduzida (DUALIBI e

LARANJEIRA, 2007), além de ser responsável por cerca de 3 milhões de mortes por ano,

segundo dados da própria OMS.

4.3 Tratamento

A forma de tratamento do alcoolismo pode variar, dependendo de alguns fatores como

o tempo que o indivíduo se configura como dependente, se há outras drogas envolvidas, sua

determinação e resistência com o tratamento, dentre diversos outros aspectos. No entanto, o uso

de medicamentos é um dos métodos mais utilizados para controle em pacientes dependentes.

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Conforme explicado por G. A. Reis, et al. (2014, p. 6) em seu artigo sobre alcoolismo e

seus tratamentos:

A farmacoterapia é um método utilizado tendo como principais objetivos tratar

pacientes alcoólatras de forma que se reintegrem à sua vida social, sendo um meio no qual vai

depender da autoestima e dedicação pessoal. Trata-se a SAA - Síndrome de Abstinência

Alcoólica - por meio de medicamentos que podem ser associados a grupos de apoio chamado

de Alcoólicos Anônimos.

Entre os medicamentos mais utilizados para tratamento do alcoolismo destacam-se o

Dissulfiram, o Acamprosato e a Naltrexona (VARELLA; JARDIM, 2009).

No tratamento farmacológico, durante a dispensação medicamentosa, podem ocorrer

alguns riscos quando associado o medicamento com o álcool. Estes devem ser informados, e

deve-se aconselhar o seu uso correto para poder obter um bom resultado. É importante, também,

orientar a família dos riscos durante o tratamento, pois, devido a SAA, o indivíduo pode ter

recaídas - e é fundamental a compreensão da família para ajudá-lo na superação. Ainda, diversas

formas de terapia em grupo e/ou psicoterapia são recomendadas e podem ser usadas para lidar

com os aspectos psicológicos que são relacionados aos problemas do alcoolismo, assim como

proporcionar a aquisição de habilidades de prevenção às recaídas como assertividade e técnicas

de relaxamento mais saudáveis.

É importante ressaltar que, durante o processo terapêutico, é comum que outros

transtornos - como fobia social, depressão maior, transtorno bipolar, hiperatividade, transtorno

de personalidade limítrofe, transtorno de ansiedade generalizada, anorexia nervosa ou demais

transtornos de humor, ansiedade ou alimentar – sejam identificados como a causa do

alcoolismo. Entretanto, o oposto também se verifica, muitas doenças fisiológicas surgindo por

conta do uso abusivo de álcool, diversos transtornos sendo recorrentes deste uso.

O aconselhamento ou as reuniões em grupo através de ajuda mútua são os meios mais

comuns de ajudar os usuários a manter a sobriedade. Muitas organizações já foram formadas

para proporcionar esse serviço, sendo a mais conhecida delas os Alcoólicos Anônimos. Estes

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grupos costumam atuar com base no Programa de 12 passos4, criado nos Estados Unidos em

1935 por Bill W. e Dr. Bob S., inicialmente para o tratamento do alcoolismo e, mais tarde,

estendido para praticamente todos os tipos de dependência química e compulsões.

5 Incidência

A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou em 21 de setembro o Relatório

Global sobre Álcool e Saúde 20185, que traz informações sobre o consumo de álcool no mundo

e avalia os avanços realizados desde a publicação da Estratégia Global para Redução do Uso

Nocivo de Álcool, em 2010.

Globalmente, estima-se que 44,5% da população a partir dos 15 anos de idade nunca

consumiu bebida alcoólica e aproximadamente 43% da população faz uso do álcool - a medida

leva em consideração se houve consumo nos últimos 12 meses. A média de consumo per capita

mundial foi de 6,4 L de álcool puro.

No Brasil, há a estimativa de que 21,4% da população nunca ingeriu bebidas alcoólicas

e por volta de 40% consumiram nos últimos 12 meses. Os homens representam a maioria dentre

os brasileiros que beberam neste período, constituindo 54%, enquanto se estima que 27,3% das

mulheres façam uso de bebidas.

O consumo estimado no ano de 2016 foi de 7,8 L de álcool puro per capita, enquanto

em 2010 o consumo de álcool ingerido pelos brasileiros era de aproximadamente 8,8 L de álcool

puro per capita. Sendo assim, esses dados sugerem uma redução no consumo de álcool pela

população. Estima-se que homens consumam 13,4 L por ano e mulheres 2,4 L por ano. É válido

destacar que o consumo está abaixo da média na região das Américas, avaliado em 8 L de álcool

puro per capita; porém maior do que a média mundial, 6,4 L.

4 Disponível em: <https://www.aa.org.br/index.php/sobre-o-a-a/categorias/principios-de-a-a/47-os-doze-passos>. Acesso em: 05 maio 2019.

5 Disponível em: <https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/274603/9789241565639-eng.pdf?ua=1>. Acesso em: 03 maio 2019.

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As bebidas destiladas equivalem ao tipo de bebida mais consumido no mundo, cerca de

44,8%, seguido da cerveja com seus 34,3% e do vinho, que representa 11,7%. Na Região das

Américas a cerveja está no topo das bebidas mais consumidas, representando 53,8%, seguido

dos 31,7% de destilados e do vinho aos 13,5%. Quando se fala do consumo dos brasileiros, a

sequência é idêntica, porém com divergências percentuais: 62% cerveja, 34% destilados e 3%

vinho.

Os índices variam muito no Brasil devido às diversas regiões e principalmente pelo

histórico cultural de cada uma, mas os estudos indicam que a média nacional está em torno de

3 a 6% da população - sendo cerca de 5 vezes mais comum na população masculina. Tanto nas

cidades de Salvador quanto em Ribeirão Preto, a média foi de 6,2%, sendo de 11% entre os

homens e de 1,5% entre as mulheres. A proporção de indivíduos maiores de 13 anos que

consomem álcool no Brasil está em torno de 52%, o que é muito inferior ao relatado em diversos

outros países: 90% nos Estados Unidos, 87% na Austrália, 83% no Canadá e 75% no Equador.

A relação dos brasileiros é semelhante aos índices colombianos e mexicanos, em torno dos

51%. O nível de alcoolismo é muito menor que a média americana (10-12%) e europeia (5 a

20%)6. Em geral, a maior proporção de consumidores de bebidas alcoólicas e de alcoolistas é

entre homens de 30 e 49 anos7.

Para a OMS, a prevenção e a redução do uso nocivo do álcool devem ser tratadas como

prioridade e a Organização enfatiza a necessidade de os países concentrarem mais esforços nas

áreas-alvo recomendadas na Estratégia Global para Redução do Uso Nocivo de Álcool8, para

que seja possível alcançar a meta previamente estipulada de redução relativa de 10% no

consumo nocivo mundial em 2025. É preciso ter em mente, ainda, que as políticas contra o

alcoolismo implementadas em um país, concernentes ao controle e à regulamentação do álcool,

irão auxiliar na redução do nível de vulnerabilidade e malefícios ao uso do álcool se eficazes.

Os problemas que envolvem o álcool, por sua vez, acabam trazendo outras questões

sociais. Nesse contexto, as diferenças de gêneros acabam se tornando uma pauta a ser tocada.

6 Disponível em: <https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17606817?dopt=Abstract>. Acesso em: 03 maio 2019.

7 Disponível em: <https://www.scielosp.org/pdf/rsp/v27n1/04.pdf>. Acesso em: 03 maio 2019.

8 Disponível em: <https://www.who.int/substance_abuse/safer/en/>. Acesso em: 03 maio 2019.

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Diferente dos homens, existem certas situações alarmantes para as mulheres no que diz respeito

ao álcool, pois além do vício ou dependência, o grande consumo de bebida alcoólica em

determinadas quantidades pode favorecer a doenças como câncer de mama e dificuldades na

gravidez e no pós-parto. Além disso, existem também grandes chances de serem abusadas,

violentadas ou terem relações sexuais sem o uso de preservativo por aqueles que tenham feito

o consumo excessivo de álcool.

É evidente também que ocorre um preconceito contra as mulheres que bebem ou

possuem algum tipo de problema relacionado ao álcool. Este fato acaba influenciando à procura

de ajuda especializada e/ou de serviço público de saúde, uma vez que, por conta tal preconceito,

a maioria das mulheres deixa de buscar por apoio. À vista disso, fica evidente que o consumo

de álcool é visto de maneiras diferentes de acordo com quem o faz.

6 Os impactos do alcoolismo na saúde pública

O alcoolismo é um objeto de estudo que merece extrema atenção. Além de ser

demasiadamente perigoso para os familiares e para os próprios dependentes – que tanto em

abstinência como em estado de intoxicação enfrentam sintomas muito dolorosos –, é também

um problema de saúde pública. Um dado que corrobora esta preocupação é a sua posição em

terceiro lugar entre os transtornos mentais que mais afastam as pessoas do trabalho, perdendo

apenas para transtornos de humor, como depressão, e de neurose, como síndrome do pânico.

Diante disso, são implementadas políticas sobre o álcool, que constituem-se como

esforços ou decisões tomadas pelo governo ou ONGs que possuem o objetivo de diminuir ou

prevenir problemas relacionados à substância, isto é, são aquelas políticas que interligam a

substância com saúde, segurança e bem-estar social (DUALIBI e LARANJEIRA, 2007). Diante

do quadro cada vez mais acentuado de alcoolismo no Brasil, por exemplo, o Governo Federal

começou a investir em políticas públicas para combatê-lo através de mudanças de

comportamento por parte da população e de contextos de consumo prejudiciais aplicáveis em

diferentes comunidades. Pode-se dizer que essas políticas se dividem em duas categorias: as

regulatórias, que objetivam influenciar comportamentos e decisões individuais – como leis que

regulam taxação e preço das bebidas, limitam o horário de funcionamento de bares, estabelecem

uma idade mínima para a compra de bebida alcoólica e proibição (total ou parcial) de

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propagandas – e as alocativas, que visam atingir a população em massa, financiando campanhas

educativas e promovendo redes de tratamento aos dependentes de álcool (Idem, 2007).

A prevenção e a redução dos danos do alcoolismo, dessa forma, passaram a ser

considerada uma prioridade e cada vez mais ações regionais e nacionais começam a ser

desenvolvidas. O assunto tornou-se progressivamente mais discutido, o que ajudou a destruir,

aos poucos, a estigmatização do problema e as vítimas do alcoolismo a serem cada vez mais

ouvidas e tratadas. Implantou-se, em alguns países, como já comentado, a tolerância zero de

álcool na direção, o que diminuiu significativamente o número de acidentes de trânsito, bem

como a limitação de propagandas de bebidas alcoólicas. Estas ações funcionam até hoje em

prol da conscientização das pessoas e devem continuar a ser estimuladas. É imprescindível que

se fale sobre este tema e que instituições de ensino, sobretudo, incentivem debates entre o

público em geral.

7 Políticas Externas

7.1 África do Sul

O consumo de bebida alcoólica na África veio crescendo em grandes ritmos no passar

dos anos por conta de fazer parte de uma ‘’nova’’ forma de expandir sua economia atraves da

industrialização deste produto. Entretanto tal condição é preocupante e prejudicial à população,

pois o dano causado à saúde por este consumo é evidente e se torna pior pelo fato de que o

governo Sul Africano possui um sistema de saúde pública pouco desenvolvido.

Portanto para a África do Sul, se coloca em uma situação na qual a indústria do álcool

é positiva para com a economia do país, entretanto simboliza um risco ao país por não conseguir

ter esse controle dentro da população pela falta de políticas públicas e também pelo sistema de

saúde pública.

7.2 Líbia

Na Líbia, a compra e venda de álcool é estritamente proibido, entretanto, ocorre um

grande contrabando de bebidas alcoólicas dentro do mercado negro no país. Fato este que,

infelizmente além de abrir portas para a ilegalidade, também afeta aqueles que procuram essa

mercadoria, pois por muitas de suas vezes pode ter um grande risco de ela estar adulterada.

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Nesse contexto, a maioria da população do país se encontra longe do álcool, entretanto,

leis extremamente restritivas abriram portas para o mercado negro e o consumo ilegal ao país,

que traz consigo diversos problemas para com a segurança do país e daqueles que usufruem

ilegalmente a mercadoria.

7.3 Irã

No Irã desde sua Revolução em 1979 proibiram o consumo do álcool, entretanto, ocorre

de forma abundante a comercialização ilegal de bebidas alcoólicas, que açoitam de uma maneira

muito abrangente o povo iraniano. Existe um número muito grande de ocorrências de

dependentes do álcool, as quais os seus envolvidos eram extremamente punidos, entretanto, a

partir de 2015, o Governo abandonou a ideia de não recorrer ao assunto e deixou de tratar o

alcoolismo como um problema apenas internacional ao se comprometer em implantar políticas

públicas para a causa.

Assim como diversas clínicas privadas e instituições públicas abriram setores de ajuda

e alas especiais para quem necessita de ajuda por conta do álcool, o Governo permitiu e

incentivou a criação diversas clínicas de reabilitação e também a criação de propagandas e

notícias abordando o tema e orientando a população.

Entretanto, mesmo que o Irã tenha implementado políticas públicas e esteja fornecendo

meios de combater os danos à saúde causado pelo álcool, existe ainda, a grande problemática

que são os mercados ilegais que faturam milhões através do contrabando de bebidas alcoólicas,

que em sua maioria são alteradas, o que pode ser ainda mais danoso aos seus consumidores. Tal

situação faz com que o problema do álcool seja um problema de segurança e saúde.

7.4 Índia

Diversos estados da Índia possuem leis que proíbem o consumo de bebidas alcoólicas,

entretanto essa proibição juntamente com a falta de fiscalização necessária faz com que o

contrabando e adulteração desse produto se torne um prejudicial à saúde da população. A Índia

ocupa o terceiro lugar no que diz respeito ao mercado de destilados, favorecendo a esses estados

que proíbem o consumo, terem fácil acesso ao produto e contrabandeá-lo.

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7.5 Argentina

Um dos maiores problemas da Argentina é o uso episódico do álcool, o qual vem

aumentando nos últimos anos no país. Isto ocorre quando se consome muito álcool em um

tempo muito curto de tempo. Tais ocorrências aumentaram principalmente na faixa etária das

pessoas entre 15 a 30 anos, o que está inteiramente ligado com a mortalidade dos jovens, os

quais estão fazendo o uso do álcool em potencial cada vez mais cedo. Os altos índices de cirrose

e o grande número de acidentes de trânsito são fatores que aumentam a taxa de mortalidade da

população.

Uma das políticas que o governo já impôs contra essa problemática é a Lei Nacional de

Luta contra o Alcoolismo, em vigor desde 1997, dedica um dos seus 23 artigos ao controle da

publicidade do álcool. Dentre esses artigos fica explícito a proibição de propaganda dirigida a

menores ou os mostre bebendo, sugira que o consumo de bebidas melhora o rendimento físico

e intelectual das pessoas, ou que utilize o consumo de álcool como estimulante da sexualidade

ou da violência.

7.6 Brasil

O Consumo de álcool no brasil vem aumentando nos últimos anos, e infelizmente com

esse aumento, os índices de homicídios, violência e acidentes de trânsito estão subindo em

grande escala. Uma das políticas públicas em prática, no Brasil, para reduzir os danos e

conscientizar a população sobre o álcool, além de campanhas informativas, é a proibição de sua

venda para menores de 18 anos. Uma outra estratégia do governo foi a promulgação da Lei

seca, a qual proíbe a condução de veículos sob os efeitos de substâncias alcoólicas. Mesmo

havendo multa e perda de pontos na Carteira Nacional de Habilitação os índices de acidentes

no trânsito continuam crescendo.

Mesmo que o governo realize diversas campanhas contra o consumo de bebidas

alcoólicas e seus malefícios, a indústria desses produtos realiza diversas mídias e propagandas

exaltando a felicidade das pessoas ao estarem consumindo tais produtos, dificultando a

efetividade dessas campanhas, que acaba criando um impasse entre a indústria desse produto e

a saúde e segurança pública.

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7.7 Bolívia

Na Bolívia, um dos maiores malefícios do álcool está presente em seu uso sob o volante

e nos acidentes envolvendo jovens entre dezesseis-vinte anos de idade. A problemática é gerada

pelo fato da incidência de acidentes de trânsito sob os efeitos do álcool, os quais causam graves

incidentes em 38,7% das vezes, mas piora quando se trata na madrugada, pois esse número sobe

para 59,6%. Outro aspecto é os acidentes de forma geral que acontecem à jovens que consomem

bebida alcoólica, pois além de ser uma faixa etária muito nova, esses casos ocorrem

principalmente com estudantes, transformando-se em um dado muito alarmante.

Existem, entretanto, algumas políticas públicas que tentam evitar esses números de

incidentes; proibição de beber em público: a legislação boliviana estabelece que o consumo de

bebidas alcoólicas está proibido entre 3:00 horas e 9:00 horas da manhã, em estabelecimentos

de acesso público ou até mesmo em clubes privados. O Governo também proíbe o consumo de

bebidas alcoólicas em vias públicas, dentro de veículos públicos ou privados, em prédios

públicos e em instituições de ensino públicas ou privadas.

7.8 Estados Unidos da América

No último ano, os Estados Unidos tiveram um aumento de 49% de alcoólatras, fato este

implica que 12,9% da população geral do país foi afetada. Atualmente, cerca de 29,6 milhões

de americanos estão colocando sua saúde em risco devido aos hábitos de consumo. Embora o

número de jovens que utilizam bebidas alcoólicas diminuiu nos últimos anos, o número de

adultos está crescendo cada vez mais. Tal aumento foi especialmente grande entre idosos,

minorias e pessoas com níveis mais baixos de escolaridade e renda. Pode-se dizer que

aproximadamente um em cada oito americanos sofrem com problemas envolvendo álcool.

Tudo isto é fruto de uma maior facilidade de acesso às bebidas alcoólicas em restaurantes e

varejistas e o impacto causado pela redução dos impostos sobre o álcool.

O governo atribui algumas medidas para conter esse uso excessivo de álcool, como; a

idade mínima para beber é de 21 anos, é proibido o consumo em locais públicos como parques,

praias e praças ao menos que o produto seja envolvido em um saco que cubra por completo a

embalagem, a maioria de bares e locais de festas só permitem a entrada acima de 21 anos e é

proibido dirigir sob os efeitos de álcool.

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Entretanto, nos Estados Unidos, existe uma cultura de usufruir do álcool, o que implica

diretamente na questão de liberdade individual do sujeito ao que tange às medidas públicas

tomadas pelo governo, o que abre espaço para a violência ligada ao contrabando.

7.9 Canadá

A venda de álcool canadense e relativamente restrita, quase não há pessoas bebendo nas

ruas ou em estabelecimentos A maioria dos lugares que vendem tais produtos, são controladas

pelo governo, ou é necessária uma espécie de uma licença específica para que possa comprar

em estabelecimentos comerciais. As bebidas alcoólicas não estão presentes em comerciais na

TV, revistas ou jornais, apesar de serem permitidas (sobretudo em estabelecimentos) sob

algumas condições: devem sempre aparecer acompanhadas de comida, não devem mostrar

menores nem estar associada à direção, a comportamentos considerados ilícitos ou ser retratada

em que o álcool está associado a imagens de sucesso social, e seja central para a diversão ou

aceitação social. Para os que forem pegos sob efeitos de álcool sob o volante, pagam uma multa

e perder a carteira de habilitação.

O Canadá, em anos anteriores, ultrapassou a média mundial de consumo, entretanto,

atualmente, o governo com todas essas iniciativas tenta diminuir os incidentes envolvendo o

álcool.

7.10 Uruguai

O Uruguai nos últimos anos teve um grande aumento no número de vítimas mortas em

acidentes de trânsito. De acordo com o próprio governo, em sua grande maioria, tais acidentes

são causados por motoristas embriagados. A partir disto, o governo entrou em uma política de

“zero” alcool, substituindo a Lei Seca do pais. Essa mudanca implica na diminuicao do

percentual de gramas de álcool por litro no sangue dos motoristas para zero. Além disto, uma

outra atitude do governo tendo em vista o consumo dos jovens, proíbe a venda de bebida

alcoólica em todos os estabelecimentos entre meia noite até às seis da manhã.

Com essas iniciativas, o governo aponta que houve um relativo progresso ao que tange

o assunto, pois ocorreu uma redução nas consultas hospitalares que envolvem o álcool como

agravante de vítimas.

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7.11 Espanha

Na Espanha a taxa de desemprego nos últimos anos fez com que tivesse um aumento do

consumo de álcool pela população. Além disso esse consumo acarreta em outros problemas de

saúde como a depressão, ansiedade e problemas sexuais. Um dos maiores problemas atualmente

no país é o uso de álcool por jovens que nos últimos anos tem aumentado o número de afetados

por esses problemas de saúde. Em contrapartida o governo visando essa problemática proibiu

a venda de álcool para os menores de dezoito anos e a venda depois da meia noite e também

proibiu o consumo de álcool nas ruas. Tais proibições acarretam em multa para aqueles que

forem pegos infringindo-as.

A lei, no entanto, permite o consumo de álcool na parte externa dos bares ou em feiras.

Cada município pode estipular regras diferentes. A lei proíbe também a venda de bebidas

alcoólicas nas estações de serviço.

7.12 Rússia

A Rússia é um dos países com o maior consumo de álcool, ultrapassando dos quinze

litros por pessoa ao ano. Uma das principais bebidas consumidas é a vodca, o que infelizmente

traz graves consequências à saúde pública do país. Além de problemas sérios de saúde como

depressão e o aumento da violência, por parte principalmente dos homens, o consumo

extrapolado do álcool influencia diretamente na perspectiva de vida no país. Dentre os homens,

a expectativa de vida já chegou aos cinquenta e cinco anos por conta do uso de álcool.

A maior problemática do país em si é a sua própria cultura, a qual prevê a ideia de

utilizar em grandes quantidades o álcool, se trata de algo difundido na sociedade. Mas

infelizmente esse tipo de conduta por conta da cultura do país é extremamente prejudicial à

saúde pública.

Mesmo que em governos anteriores o Governo trabalhou meios para diminuir o

consumo de destilados no país, continua sendo uma problemática de grande risco por conta

dessa cultura do “alcool” disseminada entre a populacao.

7.13 Colômbia

Um dos maiores problemas do país em relação ao consumo é a falta de políticas públicas

contra o álcool. O Governo, na verdade, acaba influenciando a população na questão do uso de

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bebidas alcoólicas pois acredita que tal consumo, não tem nada a ser um problema caso ele não

afete o desenvolvimento e sua produtividade. Isso válido para estudantes e trabalhadores.

Essa situação atípica pelo governo pode ser um gatilho para o aumento de incidentes de

risco no dia a dia da população e de problemas de saúde envolvendo o uso contínuo e não

controlado de álcool.

Uma das poucas formas de o Governo controlar o consumo ou assegurar a segurança

pública é o alto valor das multas para aqueles que forem pegos dirigindo automóvel sob efeito

de álcool.

7.14 Chile

No Chile graças a Lei Seca no país é proibido beber nas ruas, praças, parques e locais

públicos de todo o país. Para aqueles que infringem essa norma, além de multa pode ser preso,

além disso essa norma é tratada de maneira rígida no país. Uma outra forma de controlar o

consumo é a proibição rigorosa do Governo de dirigir sob os efeitos de bebida alcoólica, que

vai desde multa a perda de habilitação como punição.

Mesmo que existem leis rigorosas sob o uso de álcool, infelizmente no país o valor do

álcool é extremamente baixo, o que de uma forma ou de outra acaba sendo um meio e uma

forma extra de a população ter um fácil acesso a bebidas alcoólicas.

7.15 Islândia

A Islândia é o país europeu com o maior número de adolescentes saudáveis de toda

Europa. Graças a projetos do Governo contra o uso de substâncias entre os jovens

fundamentado através de pesquisas de campo, o país busca pela cultura e pelo esporte melhorar

a qualidade de vida da população, principalmente a dos jovens.

É evidente que o modelo de conduta islandês é invejável e que deveria ser um exemplo

a ser seguido para o combate do alcoolismo.

7.16 França

Os gastos com propaganda de bebidas alcoólicas chegam a ser 100 vezes maiores do

que os gastos públicos em medidas preventivas ao alcoolismo (RFI, 2018).

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Os franceses têm o hábito de tomar vinho em todas as refeições. Contudo, o aumento

do consumo de bebidas alcoólicas vem causando crescente preocupação para o governo francês,

que recentemente lançou uma campanha, através do Ministério da Saúde para a redução da

ingestão de bebidas entre os adultos.

Segundo dados da Santé Publique France, um quarto dos maiores de idade em França

consome alcool em excesso. A bebida “aumenta o risco de cancro, hipertensao, hemorragias

cerebrais e doencas cardiovasculares”, afirma Viet Nguyen-Thanh, o líder da Santé Publique

France9. O alcoolismo, aliás, é a causa de morte de 41 mil franceses todos os anos.

Há uma crescente preocupação sobre o aumento do alcoolismo entre as mulheres,

principalmente as que ocupam as classes mais altas a partir dos 27 anos. As mulheres, segundo

pesquisas, são mais vulneráveis aos efeitos do álcool do que homens, sendo um dos efeitos mais

preocupantes, o aumento do risco do câncer de mama.

7.17 China

Na China, é praxe beber durante relações sociais, nos vínculos corporativos e nos

encontros para selar acordos. No entanto, essa prática cultural vem se tornando um problema

alarmante. O consumo de bebidas entre os jovens vem se tornando cada vez mais preocupante

(IPS, 2010).

O consumo de álcool aumentou conforme o desenvolvimento econômico e o surgimento

da classe média no país. Segundo Hao Wei, do Instituto de Saúde Mental da Universidade

Centro-Sul, o governo fez leis para tentar solucionar o problema, mas não há ainda programas

nacionais de prevenção.

O país não tem restrições para a compra/venda de bebidas alcoólicas, mas há taxação

sobre esse tipo de bebida e tolerância baixíssima em relação aos níveis de álcool permitido aos

condutores enquanto dirigem.

9 Santé Publique France: A Agencia Nacional de Saude Publica (“Public Health France”), organismo administrativo público francê, sob a supervisão do Ministro da Saúde .

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7.18 Reino Unido

Culturalmente, os britânicos bebem durante o intervalo de almoço do trabalho. Em

alguns ramos profissionais, isso é considerado como parte essencial do ofício e das relações

profissionais. Nos últimos anos, no entanto, esse costume vem se reduzindo, seja por ação das

empresas, seja pela conscientização da população.

A disseminação de campanhas como a Dry January10, campanha que “desafia” os

britânicos a passarem o mês de janeiro sem ingerir álcool depois dos excessos praticados nas

festas de fim de ano, e da própria conscientização dos cidadãos acerca dos efeitos maléficos das

bebidas está contribuindo para a redução do consumo no país. O aumento da compra de bebidas

não alcoólicas também é um indício relevante nessa diminuição.

O nível de disfunção causado pelo uso de álcool chega a 13% entre homens e 4,7% entre

mulheres, superior aos 8,8% da Europa. Contudo, a dependência da substância de homens

(2,2%) e mulheres (0,7%) é inferior à média europeia de 3,7%, segundo o relatório da OMS de

2018.

7.19 Japão

O alcoolismo é um grande problema de saúde pública no Japão. Em 2014, o número de

pessoas que recebia tratamento superou a barreira de um milhão. Houve um aumento

significativo no consumo de álcool, sobretudo entre as mulheres, decorrente de campanhas

específicas para o público feminino e o grande stress do trabalho (IPC, 2014).

Segundo dados do relatório da OMS de 2018, as mortes atribuídas ao álcool, em 2016

superaram as 30.000 pessoas. Ainda, 3,4% da população apresentou desordens em função do

uso dessa substância, média inferior à da região do oeste do pacífico, 4,7%. Se considerar

apenas o consumo entre os homens, essa estatística é superior (5,4%).

O governo revisou em 2014 a política pública para tratar dos problemas do alcoolismo,

na qual ficou definido que os rótulos devem conter avisos sobre os possíveis problemas de

saúde, a tolerância para a porcentagem de álcool no sangue enquanto dirige passou muito

10 Disponível em: <https://alcoholchange.org.uk/get-involved/campaigns/dry-january/about-dry-january/what-is-dry-january>. Acesso em: 18 maio 2019.

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restrita e a idade mínima legal para consumo tornou-se 20 anos, relativamente alta em relação

à média mundial. No entanto, essas medidas parecem não ser suficientes para solucionar essa

problemática no país.

7.20 Alemanha

Os alemães são, culturalmente, grandes consumidores de bebidas alcoólicas, sobretudo

cerveja. Em 2016, o consumo per capita de bebidas alcoólicas chegou a 11,3 litros, o que

significa uma leve redução dos 11,6 litros verificados na pesquisa de 2010, segundo o relatório

de 2018 da Organização Mundial da Saúde.

Ainda de acordo com a OMS, o governo vem tomando uma série de medidas para tentar

diminuir o abuso dessa substância, que, segundo pesquisas, estava servindo de gatilho para o

aumento da violência entre os jovens. Diversos municípios, então, passaram, a partir de 2008,

a limitar os horários de venda desse tipo de bebida e vem colhendo bons resultados.

Os homens alemães ultrapassam a média europeia de problemas relacionados ao uso do

álcool, com 9,8%, mas a média nacional ainda é inferior aos 8,8% da Europa. Apesar da pouca

tolerância de álcool para a condução de veículos, a regulação de propagandas e o suporte para

a ação da comunidade, o governo não possui um plano de ação institucional contra o

alcoolismo, fato que ajuda a manter um número elevado de pessoas com dependência da

substância e a Alemanha como um dos maiores consumidores mundiais (OMS, 2018).

7.21 Kuwait

O Kuwait proibiu o consumo de bebidas alcoólicas em 1964, após uma onda de mortes

em acidentes de trânsito com motoristas embriagados. A proibição serve para todas as religiões.

Até mesmo a produção artesanal ou compra para consumo próprio são atividades ilícitas e

podem levar à prisão.

Por esse motivo o consumo nacional é praticamente nulo, e a população que se declara

abstinente ao uso é cerca de 99,4%, conforme dados do relatório de 2018 da OMS.

7.22 Coreia do Sul

A Coreia do Sul é um dos maiores consumidores de bebidas alcoólicas do mundo.

Segundo a OMS, em 2016, o consumo per capita entre os consumidores foi de 16 litros (21,7L

para homens e 7,6L para mulheres).

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Em relação a saúde pública, o abuso de álcool configura uma problema alarmante, o

relatório aponta que 3,9% da população possui alguma disfunção derivada do consumo de

álcool, enquanto 7,7% possui dependência. Em ambos os casos essas estatísticas estão muito

acima da média da região oeste do pacífico (4,7% e 2,3%, respectivamente).

Os homens são o grupo mais afetado pelos problemas relacionados ao uso, sendo 21,2%

afetados por alguma desordem relacionada ao álcool, de acordo com o relatório.

Apesar de todos os dados, o país não possui nenhum programa de combate ao uso

excessivo da substância (OMS, 2018).

7.23 Mauritânia

O consumo de álcool é proibido no país, pois a maior parte da população professa a fé

islâmica (cerca de 99%), isto é, grande parte das populações respeitam a tradicional abstinência

ao álcool dos costumes islâmicos (ANTHONY, 2009). Contudo, a venda em bares e hotéis é

permitida (UOL, 2015).

Por esse motivo o consumo nacional é praticamente nulo, uma média anual de menos

de 0,1 per capita (TERRA, 2016), e a população abstinente do uso é de cerca de 99,1%, segundo

dados do relatório de 2018 da OMS.

7.24 Egito

O país africano é um dos menores consumidores de bebidas alcoólicas do mundo. Isso

porque há leis severas de taxação e proibição do consumo em lugares públicos ou lojas, com

exceção de hotéis e locais aprovados pelo Ministério do Turismo. Contudo, a licença para

vender bebidas alcoólicas no país tem se tornado cada vez mais difícil de ser obtida.

Mesmo com tais restrições, há relatos de que o consumo em locais frequentados por

turistas não enfrenta toda a severidade da lei, diferentemente dos locais mais pobres do país.

Em meio a aparente dualidade de posições, o plano do governo para restringir o uso

parece surtir efeito, visto que o consumo per capita é de apenas 0,4L por ano e os abstinentes

97,2% da população, conforme o relatório de 2018 da OMS.

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7.25 Grécia

O consumo per capita de álcool foi, em 2016, de 10,4L, igual ao levantamento de 2010.

No entanto, essa estatística passou a ser superior à média europeia de 9,8L por pessoa. Cerca

de 6,1% dos gregos possuem alguma sequela em razão do uso dessa substância, enquanto 2,7%

apresentam dependência (OMS, 2018).

Estes números são menores do que a média europeia, mas os homens são uma parcela

preocupante dessa estatística, visto que quase 10% desse grupo apresenta algum problema de

saúde.

Apesar da exigência de avisos quanto aos eventuais problemas de saúde nos rótulos das

embalagens e as limitações de patrocínio para empresas do ramo, o governo não dispõe de um

programa nacional de prevenção ou de restrições mais severas quanta à venda ou consumo de

álcool no país, segundo o relatório.

7.26 Indonésia

A Indonésia possui um dos menores índices de consumo de bebidas alcoólicas do

mundo, seja por possuir a maior parte da população como adepta ao islamismo, seja por

restrições governamentais. As autoridades controlam rigidamente o consumo no país, sendo

permitido entrar no país com apenas 1L de bebida alcoólica por viajante.

O consumo per capita no país é inferior a 1L e menos de 1,5% da população apresenta

dependência ou algum problema decorrente do uso de substância alcoólica.

Além das restrições de uso e venda, o governo limita o patrocínio e as propagandas de

marcas de bebidas no país.

7.27 Suécia

A Suécia tem, desde 1850, o controle sobre a venda de bebidas alcoólicas no país. Após

o fim do racionamento desse tipo de bebida com o final da Primeira Guerra Mundial, o governo

sueco estabeleceu uma loja estatal, que passou a ser a única loja legalizada para a venda de

álcool, a Systembolaget, além de aumentar a taxação (EURODICAS, 2019).

Apesar de tantas restrições, 5,1% da população apresenta dependência e 11% possui

algum problema derivado do consumo de álcool. Ambas as taxas são superiores às médias

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europeias. O governo regula desde propagandas até os rótulos das embalagens, que precisam

ter alertas sobre os efeitos para a saúde da população, mas ainda não há um plano nacional de

ação efetivo.

7.28 Itália

Apesar de sua grande fama por serem grandes produtores de vinhos, os italianos não

integram a lista de maiores consumidores de álcool do mundo. Houve um pequeno aumento no

consumo per capita de 2010 para 2016, de 7L para 7,5L, no entanto, o alcoolismo parece não

ser um problema no país, conforme relatório de 2018 da OMS.

O governo possui um plano efetivo de regulamentação de compra e venda de bebidas,

restrições de patrocínio de marcas da indústria de bebidas e de propagandas, além de uma série

de taxações. Por esse motivo os alcoólatras configuram menos de 1% da população do país, e

apenas 1,3% possui algum tipo de desordem decorrente do consumo de álcool, médias muito

abaixo das europeia e mundial (OMS, 2018).

7.29 Mali

País de maioria muçulmana, o Mali possui uma taxa reduzida de consumo de álcool.

Cerca de 78% da população se declara como abstinente ao uso dessa substância. Apesar da

ausência de um programa governamental que restrinja o consumo ou a venda de álcool no país,

o consumo per capita é de apenas 1,3L ao ano, 0,7% da população é alcoólatra e 0,8% possui

algum problema derivado da ingestão de bebidas alcoólicas.

Com a crescente recuperação econômica de alguns países africanos, no entanto, como

África do Sul e Angola, há também o aumento do consumo e a consequente preocupação com

a proporção que isso irá tomar, visto que os sistemas de saúde em muitos dos países africanos

não estão preparados para lidar com os problemas causados pelo alcoolismo (AFRICA 21

OLINE, 2016).

7.30 Síria

A Síria não é uma grande consumidora de bebidas alcoólicas. Levando dados da OMS

de 2018 em consideração, 98% da população não ingere álcool. O consumo per capita em 2016

foi de 0,3L, o que indica uma redução de 0,6L em relação à pesquisa de 2010 e que está abaixo

da média da região do leste do mediterrâneo.

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Estes números baixos se devem à grande restrição do governo de Bashar al-Assad em

relação às bebidas alcoólicas, seja na compra e venda, seja na propaganda e até de patrocínios

de marcas ligadas à indústria de bebidas no país (OMS, 2018).

7.31 México

O México teve um aumento nas taxas de consumo de aproximadamente 7%, entretanto,

por mais que seja um número relativamente pequeno em comparação a outros países existe uma

problemática envolvendo o foco desse consumo. No país aqueles que possuem problemas com

o álcool são majoritariamente do sexo masculino, mas isto não retira as mulheres que também

possui esses problemas, mas são a parte da população que menos procura ajuda em relação a

isto. Tudo isso se dá pela falta de espaços especializados para fornecer o tratamento mais

adequado de acordo com a quantidade de álcool ingerida, e pela distinção de gênero.

Além disso, no país teve um grande aumento no que diz respeito ao consumo precoce

de bebida alcoólica, em sua maioria por jovens com idade escolar, de 12 a 16 anos. O álcool e

sua propaganda acabam atraindo esse público jovem pois está sempre ligado a diversão.

Ademais esse consumo tão cedo pela população acarreta em problemas sexuais, acidentes e

diminui a expectativa de vida.

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