xxviii congresso de secretários municipais de saúde do ... · a cada 5 segundos 1 pessoa se torna...
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Necessidades das diferentes populações e possibilidades de respostas na
construção da Rede de Cuidados da Pessoa com Deficiência: Deficiência
Visual
Márcia Regina Kretzer
Universidade do Sul de Santa Catarina
XXVIII Congresso de Secretários Municipais de Saúde do Estado
de São Paulo
Curso: Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência
180 milhões de pessoas com algum grau de deficiência
visual.
40 a 45 milhões de cegos.
135 milhões de pessoas com deficiência visual
severa.
Previsão: dobrar o nº de pessoas até o ano 2020.
Para cada pessoa cega há uma média de 3,7
pessoas com baixa visão
DEFICIÊNCIA VISUAL- CENÁRIO MUNDIAL
Organização Mundial de Saúde - 2005
A cada 5 segundos 1 pessoa se torna cega no
mundo;
80% da cegueira é prevenivel
90% dos casos de cegueira ocorrem nos países
em desenvolvimento e subdesenvolvidos.
DEFICIÊNCIA VISUAL- CENÁRIO MUNDIAL
Organização Mundial de Saúde - 2005
Brasil e
São Paulo
População residente
Total Pelo menos
uma das
deficiências
investigadas
Visual
Não
consegue
de modo
algum
Grande
dificulda
de
Alguma
dificuldade
BRASIL
190.755.799
45.623.910
528.624
6.056.684
29.206.180
SÃO
PAULO
41.262.199
9.349.553
151.842
1.057.824
6.139.861
População residente, por Deficiência Visual
Censo IBGE 2010
Fonte: IBGE. Censo 2010
DEFICIÊNCIA VISUAL- CENÁRIO NACIONAL
DEFICIÊNCIA VISUAL:
CEGUEIRA: quando o valor da acuidade visual é igual ou
menor que 0,05 no melhor olho, com a melhor correção
óptica; ou o campo visual menor do que 10º
BAIXA VISÃO: quando o valor da acuidade visual corrigida
no melhor olho é menor do que 0,3 e maior ou igual a 0,05
ou seu campo visual é menor do que 20º no melhor olho
com a melhor correção óptica.
Portaria Nº 3.128, de 24 de dezembro de 2008 – Redes Estaduais de
Atenção Pessoa com Deficiência Visual
DEFICIÊNCIA VISUAL – Definição
Características da perda visual
• FUNÇÕES VISUAIS AFETADAS
• ACUIDADE VISUAL:
• o poder de acomodação,
• percepção de contraste
• adaptação ao escuro
• noção de profundidade
• a descriminação de cor
• RESTRIÇÃO DE CAMPO VISUAL
CATARATA SENIL:
É a opacificação do cristalino que acarreta uma redução da acuidade
visual
(principal causa de baixa visão ou cegueira reversível no mundo)
.
RETINOPATIA DIABÉTICA
É uma das complicações do diabetes mellitus, estando relacionada a
fatores de risco tais como, associação com outras doenças sistêmicas,
uso de insulina, variações bruscas de glicemia, tempo da doença
(80% DIA há mais de 25 anos)
GLAUCOMA:
É uma neuropatia óptica que ocasiona danos ao nervo óptico e ao
campo visual estando associada a um aumento da pressão intra-
ocular, se não tratada leva à cegueira irreversível.
RETINOSE PIGMENTAR
Doença degenerativa de caráter hereditário que leva a baixa visão
profunda e cegueira, pela diminuição do campo visual periférico e
da acuidade visual, ocasionando uma visão tubular.
DMRI - DEGENERAÇÃO MACULAR RELACIONADA À IDADE
Processo degenerativo que afeta a mácula com redução da visão
central que se desenvolve após os 50 anos de idade.
PERDA VISUAL IMPÕE LIMITAÇÕES QUANTO À:
VARIEDADE DE EXPERIÊNCIAS NO COTIDIANO
COMUNICAÇÃO
PARTICIPAÇÃO ATIVA
CARACTERÍSTICAS DA PERDA VISUAL
Conduz a uma baixa qualidade de vida por efeito
interativo de outras perdas:
NECESSIDADES AFETADAS
Perda da autonomia: mobilidade, atividades do cotidiano
Perda das referências sociais
Isolamento e falta de suporte social
Processos depressivos
Interrupção dos projetos de vida
O QUE A PESSOA COM DEFICIÊNCIA VISUAL
QUER?
NECESSIDADES AFETADAS
EIXOS DA ATENÇÃO À SAUDE DA PESSOA COM
DEFICIÊNCIA VISUAL
POSSIBILIDADES DE RESPOSTAS DA
REDE DE ATENÇÃO
Atendimento oftalmológico especializado:
Terapêutica medicamentosa ou cirúrgica,
Avaliação especializada para a reabilitação/habilitação
visual.
Desenvolvimento funcional da visão: adaptação de
auxílios ópticos e não ópticos para baixa visão; adaptação
de próteses.
EIXOS DA ATENÇÃO À SAUDE DA PESSOA COM
DEFICIÊNCIA VISUAL
POSSIBILIDADES DE RESPOSTAS DA
REDE DE ATENÇÃO
Reabilitação/habilitação com objetivo de possibilitar:
Desenvolvimento global na infância
Autonomia e independência do indivíduo.
Programas de prevenção e detecção precoce da
deficiência visual.
Promoção da inclusão na família e nos espaços
sociais
AÇÕES NA ATENÇÃO BÁSICA
POSSIBILIDADES DE RESPOSTAS DA
REDE DE ATENÇÃO
Prevenção das deficiências
A Agência Internacional para Prevenção da Cegueira (IAPB) e a
OMS tem um programa denominado Visão 2020 cuja missão é a
eliminação da cegueira evitável até o ano 2020.
Algumas ações:
Aconselhamento genético em caso de casamento
consanguineo.
Prevenção de acidentes com produtos químicos, e objetos
pontiagudos- no lar, escola e trabalho
Imunizações
AÇÕES NA ATENÇÃO BÁSICA
POSSIBILIDADES DE RESPOSTAS DA
REDE DE ATENÇÃO
Promoção da identificação precoce da DV
Pré-natal
Detecção precoce doenças como rubéola, sífilis e
toxoplasmose
Identificação de riscos e acompanhamento
Atenção à infância
Realizar o teste do reflexo vermelho no recém
nascido (teste dos olhinhos)
Identificação de riscos e acompanhamento
AÇÕES NA ATENÇÃO BÁSICA
POSSIBILIDADES DE RESPOSTAS DA
REDE DE ATENÇÃO
Promoção da identificação precoce da DV
Vigilância às doenças crônico degenerativas
Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus
Detecção precoce (HIPERDIA/ fundo de olho)
Atenção à saúde do idoso
AÇÕES NA ATENÇÃO BÁSICA
POSSIBILIDADES DE RESPOSTAS DA
REDE DE ATENÇÃO
Acompanhamento de recém-nascidos de alto risco
Retinopatia da Prematuridade (prioridade para controle da
cegueira na América Latina, Europa Oriental e áreas da Ásia)
Identificação de riscos e vulnerabilidades
Acolhimento com classificação de risco e vulnerabilidades
das pessoas com deficiências
Priorização do acesso à atenção
Projeto Terapêutico Singular- longitudinalidade do cuidado
AÇÕES NA ATENÇÃO BÁSICA
POSSIBILIDADES DE RESPOSTAS DA
REDE DE ATENÇÃO
Acompanhamento e cuidado à saúde na atenção
domiciliar
Autonomia nas atividades do cotidiano: mobilidade,
atividades da vida diária e atividades instrumentais da
vida diária
Apoio e orientação às famílias e acompanhantes
Compreender a família como cliente e sua dinâmica
relacional
AÇÕES NA ATENÇÃO BÁSICA
POSSIBILIDADES DE RESPOSTAS DA
REDE DE ATENÇÃO
Promoção da inclusão e qualidade de vida das
pessoas Creche/ Escola
Trabalho
Espaços sociais da comunidade
Programa Saúde na Escola Ações de prevenção das deficiências
Apoio e orientação aos professores, familiares e educandos
DESAFIOS PARA ATENÇÃO INTEGRAL
POSSIBILIDADES DE RESPOSTAS DA
REDE DE ATENÇÃO
Articulação INTRASETORIAL- demais componentes da
rede de saúde
Crise de competência dos serviços
Articulação INTERSETORIAL- educação e assistência
social
Garantia do ACESSO:
Serviços e ações
Concessão de recursos ópticos e não ópticos
DESAFIOS PARA ATENÇÃO INTEGRAL
POSSIBILIDADES DE RESPOSTAS DA
REDE DE ATENÇÃO
Promoção da ACESSIBILIDADE
Arquitetônica e ambiental
Informação e comunicação
Sistema Braille
Livros acessíveis
Softwares acessíveis
Ajudas Técnicas
Portaria Nº 5.296, de 2 de dezembro de 2004- Promoção da
acessibilidade das pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida
DOCUMENTOS NORTEADORES
Política Nacional para Integração da Pessoa Portadora de
Deficiência. 1999
Política Nacional de Saúde da Pessoa Portadora de
Deficiência. 2002
Política Nacional de Educação Especial na Perspectivada da
Educação Inclusiva. 2008
Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade
e Saúde- CIF. OMS, 2001
Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência.
ONU, 2006 (ratificado Brasil em 2008)
DOCUMENTOS NORTEADORES
Decreto nº 5.296, de 2 de dezembro de 2004- promoção da
acessibilidade das pessoas com deficiência ou mobilidade
reduzida
Portaria Nº 3.128, de 24 de dezembro de 2008 – Redes
Estaduais de Atenção Pessoa com Deficiência Visual
Portaria Nº 793, de 24 de abril de 2012- Institui a Rede de
Cuidados à Pessoa com Deficiência no âmbito do SUS