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RADIESTESIA Yvon Lavalou Tradução de IRENE CUBRIC 3a EDIÇÃO Nova ^\ era CIP-Brasil. Catalogação-na-fonte Sindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ Lavalou, Yvon L426r Radiestesia / Yvon Lavalou, tradução de Irene 3a ed. Cubric. - 3a ed. - Rio de Janeiro: Record, 1996. (Nova Era) Tradução de: La radiesthèsie ISBN 85-01-03707-9 l. Radiestesia. 2. Pêndulo. I. Titulo. CDD- 133.323 93-1246 CDU-133.531,5 Título original francês LA RADIESTHÈSIE Copyright © 1989 by Éditions du Rocher Capa: Dan Palatinik ^°^ OWKISt0- EDITORA AFILIADA Direitos exclusivos de publicação em língua portuguesa para o Brasil adquiridos pela DISTRIBUIDORA RECORD DE SERVIÇOS DE IMPRENSA S.A. Rua Argentina 171 - 20921-380 Rio de Janeiro, RJ - Tel.: 585-2000 que se reserva a propriedade literária desta tradução Impresso no Brasil ISBN 85-01-03707-9 PEDIDOS PELO REEMBOLSO POSTAL Caixa Postal 23.052 - Rio de Janeiro, RJ - 20922-970 A GUILLAUME, é claro; A ÉMILE (SHANGUY), é óbvio; e a Michel BARTHÈS, é certo, sem os quais este livro nunca teria tido a oportunidade de ser o que desejo que ele seja. E a todos aqueles deste mundo e do outro que me estimularam e ajudaram a escrever essas páginas. Meu desejo é que elas sejam úteis a quem possa lê-las. SUMÁRIO Capítulo I. Para que serve a radiestesia ........ 11 Capítulo II. Guíllaume... "Está dando certo!" .................................................. 17 Capítulo III. Como se tornar radiestesista ....... 33 Capítulo IV. O pêndulo ....................... ........ 45 Capítulo V. Como utilizar o pêndulo .............. 57 Capítulo VI. O engano ................................. 75 Capítulo VII. A radiestesia médica ................. 81 Capítulo VIII. Medir e contar com o pêndulo.... 97 Capítulo IX. A radiestesia e os jogos chamados "de azar" .............................................. 101 Capítulo X. As diversas proteções .................. Ill Capítulo XI. Defender-se da melhor forma possível ................................................. 127

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RADIESTESIA

Yvon Lavalou

Tradução deIRENE CUBRIC3a EDIÇÃONova ^\ eraCIP-Brasil. Catalogação-na-fonteSindicato Nacional dos Editores de Livros, RJLavalou, YvonL426r Radiestesia / Yvon Lavalou, tradução de Irene3a ed. Cubric. - 3a ed. - Rio de Janeiro: Record, 1996.(Nova Era)Tradução de: La radiesthèsieISBN 85-01-03707-9l. Radiestesia. 2. Pêndulo. I. Titulo.CDD- 133.32393-1246 CDU-133.531,5Título original francêsLA RADIESTHÈSIECopyright © 1989 by Éditions du RocherCapa: Dan Palatinik^°^

OWKISt0-EDITORA AFILIADADireitos exclusivos de publicação em língua portuguesa para o Brasiladquiridos pelaDISTRIBUIDORA RECORD DE SERVIÇOS DE IMPRENSA S.A.Rua Argentina 171 - 20921-380 Rio de Janeiro, RJ - Tel.: 585-2000que se reserva a propriedade literária desta traduçãoImpresso no BrasilISBN 85-01-03707-9PEDIDOS PELO REEMBOLSO POSTALCaixa Postal 23.052 - Rio de Janeiro, RJ - 20922-970A GUILLAUME, é claro;A ÉMILE (SHANGUY), é óbvio;e a Michel BARTHÈS, é certo,sem os quais este livro nuncateria tido a oportunidade de ser o que desejoque ele seja.E a todos aqueles � deste mundo e dooutro � que me estimularam e ajudaram aescrever essas páginas.Meu desejo é que elas sejam úteis aquem possa lê-las.

SUMÁRIOCapítulo I. Para que serve a radiestesia ........ 11Capítulo II. Guíllaume... "Está dandocerto!" .................................................. 17Capítulo III. Como se tornar radiestesista ....... 33Capítulo IV. O pêndulo ....................... ........ 45Capítulo V. Como utilizar o pêndulo .............. 57Capítulo VI. O engano ................................. 75Capítulo VII. A radiestesia médica ................. 81Capítulo VIII. Medir e contar com o pêndulo.... 97Capítulo IX. A radiestesia e os jogos chamados"de azar" .............................................. 101Capítulo X. As diversas proteções .................. IllCapítulo XI. Defender-se da melhor formapossível ................................................. 127

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Capítulo XII. Tratar e conservar o corpo e aalma ..................................................... 135LI

RADIESTESIAl

CAPITULO IPARA QUE SERVE A RADIESTESIAAo contrário da máquina mais aperfeiçoada, o cérebro humano tempossibilidades absolutamente ilimitadas. Por diversas razões, ape-nas uma de suas partes, bem pequena, funciona permanentemente.Na verdade, não há nenhum exagero em se afirmar que nosso cére-bro está dormindo. A maioria das células que o compõem perma-necem adormecidas e são vegetativas. No entanto, estão à esperade um estímulo para serem conectadas e assumirem uma vida ativa.Encontram-se à nossa disposição. É preciso, porém, solicitá-las, oque esquecemos de fazer na vida diária, sempre muito preocupadoscom assuntos que nem merecem ocupar tanto lugar em nosso pen-samento. É evidente que, na maior parte do tempo, administramospessimamente nosso pensamento, esbarrando em árvores que dissi-mulam uma floresta pronta a nos receber e a nos oferecer todas suasriquezas...Entre os inúmeros talentos escondidos com os quais fomos do-tados, a radiestesia encontra-se em nós, como uma semente espe-rando para ser plantada, germinar e dar o fruto para o qual foiconcebida. Nascemos radiestesistas em potencial. Podemos compa-rar esta capacidade, que possuímos, àquela que nos permite apren-der a dirigir quando quisermos. Será que há, entre nós, pessoasincapazes de manobrar um carro? Todos que têm a oportunidadede aprender a dirigir tornam-se rapidamente bons motoristas. É claroque uns são melhores do que outros, não há nada de anormal nisso.Na pior das hipóteses, as pessoas menos bem-dotadas devem repe-tir várias vezes a prova; no entanto, com tempo e paciência necessá-rios, cada um de nós é perfeitamente capaz de dirigir, e até mesmofazê-lo com perfeição. E aquele que parecia pouco dotado, mas quese viu obrigado pela profissão a enfrentar a estrada, acaba se tor-nando, na maioria dos casos, melhor motorista do que o superdo-tado, que só sai de carro para passear aos domingos.11 É exatamente o que acontece em relação à radiestesia; e acomparação não termina aí: um motorista que acabou de tirar acarteira de habilitação nunca pensaria em pegar o carro, de umdia para o outro, e sair a 250 quilómetros por hora, mesmo queo automóvel aguentasse essa velocidade. Um iniciante não deveexigir do seu pêndulo desempenhos que só podem ser assumidospor pessoas com muita prática. Os "acidentes" podem ser muitograves para que alguém perfeitamente equilibrado queira correro risco. Apesar de tudo, quantos radiestesistas amadores, e ou-tros � o que é pior ainda � profissionais, totalmente incapazesde encontrar água no mar, enganam os clientes por simples faltade modéstia... Apresentam aos pêndulos perguntas essenciais, ca-pitais para sua própria vida (e a dos outros também...), conside-rando as respostas infalíveis!Assim como a radiestesia é capaz de nos tirar da pior situação,quando utilizada com bom senso e método adequado, também opêndulo pode levar-nos a cometer atos irreparáveis quando malempregado. Antes de redigir este livro, quis verificar que a arteradiestésica era acessível a todos. Foi com esse objetivo que mul-tipliquei as experiências. Familiarizei-me com várias manifesta-ções esotéricas, a fim de iniciar à radiestesia o maior número depessoas, as quais, até então, nunca haviam tido o menor contatocom um pêndulo. De reunião em reunião, foram mais de 1.000

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neófitos iniciados, dentre os quais encontram-se hoje radiestesistasexcepcionais. Apesar de me sentir gratificado com esses resultados� que se devem à seriedade e ao trabalho desses profissionais �,fico particularmente orgulhoso com o fato de nunca ter experi-mentado qualquer fracasso. Todas as pessoas que me procuraramsabiam como utilizar um pêndulo. Oh, claro! Seria exagero daminha parte afirmar que foi suficiente meia hora para transformartodos em artistas renomados. Tinham de estudar, e muito. Noentanto, ao primeiro contato com o pêndulo, essas pessoas eramcapazes de executar com êxito exercícios relativamente complexos,dando prova de que estavam preparadas para interpretar e, maistarde, utilizar as vibrações. Há casos, inclusive, em que a eficá-cia de um bom pêndulo, adequadamente empregado, pôde ser re-velada de imediato; temos o exemplo de certa senhora, moradoranos arredores de Fréjus, que encontrou seu cachorro fujão, semligar para os olhares irónicos do marido... No momento oportuno,relatarei esse caso que não tem nada de extraordinário, embora sejamuito significativo por inúmeras razões.12 O que é a radiestesia?Se procurarmos em um dicionário clássico, ficaremos sabendoque esta palavra vem do latim radius, raio, e do grego aesthesis,sensação-faculdade ou arte de perceber radiações emitidas por dife-rentes corpos.Quanto a mim, qualificarei a radiestesia de "arte das vibra-ções", estabelecendo uma analogia com a música, habitualmentechamada de "arte dos sons". Para completar essa definição, acres-centarei que ela é "a arte de interpretar as vibrações, decodificaras energias e seus movimentos".Todo corpo, toda substância são vibrações, que diferem de acor-do com o objeto, com suas formas e a matéria que o compõe. Asvibrações do corpo humano são perfeitamente conhecidas, assim co-mo sua frequência. O físico Turenne determinou que esta frequên-cia correspondia exatamente a oito metros. Quanto ao professorHubert Rohsacher, diretor do Instituto de Psicologia da Universi-dade de Viena (Áustria), chegou à conclusão de que o conjunto donosso corpo efetua em média dez vibrações por segundo.Sentir as vibraçõesNão é preciso ser radiestesista para sentir as vibrações que ema-nam do corpo humano. A situação muda de aspecto quando se tra-ta de um objeto, seja ele qual for. Como já afirmei anteriormente,estes objetos têm vibrações próprias. Como prova disso, passo a re-latar um fato que aconteceu em maio de 1986, em Draguignan, on-de eu me encontrava com meu amigo Shanguy, a respeito de quemfarei inúmeras referências ao longo deste livro, por várias razões...Eu tinha comprado, obedecendo a todas as formalidades legais,uma máquina fotográfica numa loja situada no centro da cidade,w lecebendo do vendedor nota fiscal e certificado de garantia corre-tíssimos. Ao mostrar minha aquisição a Shanguy, ele segurou a má-quina e recuou imediatamente, afirmando-me tratar-se de um objeto'roubado. Como terei a oportunidade de relatar o fato com maioresdetalhes em outro trecho do livro, só quero mostrar o quanto eleé eloquente. A percepção extra-sensível de Shanguy tinha permitidoconstatar que aquela máquina fotográfica possuía as vibrações deum objeto roubado, apenas uma hora depois de eu tê-la adquirido...Aos que ainda duvidarem de que os objetos inanimados pos-suem alma, parece-me que essa história traz uma resposta flagrantee indiscutível.13 É óbvio que, antes de chegar a resultado tão espetacular, Shan-guy passou anos a fio com o pêndulo na mão. Se, atualmente, elese sente capaz de dispensá-lo, na maioria das circunstâncias, foi gra-

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ças a um trabalho diário que aguçou seus sentidos. Suas percepçõesjustificam-se por se tratar de uma pessoa evidentemente predispos-ta, cujas faculdades foram aumentadas por uma experiência que elesoube procurar no lugar certo. E assim, alcançou um grau bastanteelevado no campo do conhecimento. Graças a muito trabalho e exer-cícios, ele soube despertar uma parte do seu cérebro que se manti-vera vegetando até então, e enfrentar a vida com uma visão capazde protegê-lo de inúmeros problemas. No entanto, como podere-mos ver em seguida, sua função na terra vai muito além. Seu sabere suas faculdades prestam, às pessoas que o cercam e àquelas queseguem seus ensinamentos, favores incalculáveis. Quanta gente foibater à sua porta, pedindo auxílio, e hoje deve a este homem felici-dade, êxito e saúde. Embora seu elevadíssimo nível de poderes sejarealmente excepcional � é impossível negá-lo �, Shanguy detestaque falem dele como de um "dotado". Tal excesso de humildadeexplica-se pelo fato de que nosso amigo transforma, literalmente,um certo número de discípulos ignorantes no assunto em iniciadoscapazes de realizar verdadeiras façanhas. Desta forma, para ele, nãoexiste nenhum tipo de magia nessa transformação, nessa transmu-tação. Nenhum artifício, nenhum dom. Basta seguir o guia (con-tanto que este tenha talento) e estudar. Nossa vasta experiência comradiestesia nos leva a crer que Shanguy está coberto de razão. Al-guns dos meus alunos, mais estudiosos e com uma disponibilidadede tempo maior do que a minha para exercerem sua arte, frequente-mente ultrapassaram o professor. O que me causa o maior orgulho.O famoso "dom", chamado por certas pessoas de "fluido",costuma prestar péssimos serviços aos que se julgam seus beneficiá-rios. Não foi Georges Brassens quem escreveu: "Sem técnica, o domnão passa de uma sórdida mania"? Pois é exatamente essa técnicaque me proponho a divulgar e ensinar. Quando resolvi redigir estelivro, foi com um objetivo bem claro: que o pêndulo possa ajudaras pessoas a viverem! Que ele faça com que todas as ciladas arma-das pela vida no caminho de cada um de nós possam ser evitadas.E quando, por falta de atenção, cairmos numa armadilha, o pêndu-lo deve ajudar-nos a sair daquela situação.De fato, as aplicações da radiestesia são ilimitadas, e quandoas pessoas querem saber para que serve esta arte � é a perguntaque me fazem com frequência �, sinto-me bastante constrangido...Ainda não encontrei um só campo onde a radiestesia não atuassede forma útil. Por isso, prefiro responder com outra pergunta, à14qual posso trazer uma resposta: "Qual é o seu problema?" Costu-mo encontrar a solução adequada para cada caso, sejam quais fo-rem os dados fornecidos.Um dom para fazer o quê?É claro que a radiestesia permite encontrar água. As pessoasque pensam ser esta sua única função têm, a respeito das suas pró-prias faculdades, uma opinião muito limitada. Verdadeira aberturasobre o mundo visível, e sobre o outro, muito real, invisível, a arteradiestésica transforma, rápida e radicalmente, os seus adeptos, pa-ra os quais ela traz uma base ao mesmo tempo diferente e mais está-vel. Quanto mais o radiestesista avançar em sua busca, maiores serãoseus progressos na vida, que ele passará a enxergar com outros olhos.Certas evidências, que permaneciam ocultas até então, revelam-semuito claras. Mas é bom não se entusiasmar em demasia. Muitosradiestesistas deixam-se levar pelo sucesso. Em vez de fazer com queeles dominem o seu próprio destino, o pêndulo acaba criando cer-tas miragens, cuja procura pode ser vã e dispendiosa. Antes demais nada, o radiestesista deve permanecer uma pessoa equilibra-da. Se, graças às suas qualidades, ele conseguir alcançar esferas ma-ravilhosas, fronteiras de um mundo desconhecido onde poderápenetrar se souber manter-se nos limites racionais, o radiestesistadeverá ficar permanentemente atento. O pêndulo é feito para ser-vir. Não deve nunca prejudicar... nem se tornar uma dependência.

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Se insisto nisso com tamanha veemência, é porque já encontreitantos loucos utilizando-se do pêndulo sem um bom treinamento,que morro de medo com a simples ideia de que seus conselhos pos-sam trazer terríveis consequências. A radiestesia pode e deve ser uti-lizada com confiança, mas trata-se de uma arte que não aceita amenor fantasia ou improvisação. Deve ser praticada a partir de ummétodo muito seguro. Ela é, antes de mais nada, um estado de espí-rito, e, assim como existem péssimos motoristas cuja carteira de ha-bilitação devia ser cassada, há inúmeros radiestesistas que deviamser privados do pêndulo por má conduta profissional.Alguns deles, desanimados pelo grande número de fracassos emsuas experiências radiestésicas, acabaram largando o pêndulo e che-garam a experimentar um certo ódio em relação a ele. Esta não éa solução. Meu conselho é que voltem a trabalhar com o instrumen-to, trocando talvez por outro que lhes pareça mais confiável.Não pretendo ser dono da verdade. Há várias maneiras de pro-ceder em radiestesia. Se estou convicto de que a minha tem seus mé-15 ritos, é porque ela me traz � e a todos que a praticam � satisfa-ções permanentes e que podem ser verificadas; não encontrei isso� assim como nenhuma das pessoas consultadas � com qualqueroutro tipo de método.Meu método é fruto de uma pesquisa pessoal e constante e deum trabalho coletivo efetuado com radiestesistas, que me impres-sionaram com seu talento e sua competência. Multiplicamos juntosas experiências. Juntos cometemos vários erros, procurando sem-pre as causas dos nossos fracassos e, principalmente, os meios deevitá-los. Juntos aprendemos a ser modestos, o que deve ser a pri-meira qualidade do radiestesista digno desse nome. Aceitamos o de-safio de questionar nosso tipo de trabalho, começar do zero,desconfiar de tudo que nos parecia certo. Resumindo, resolvemosrecuar para podermos avançar na ponta dos pés, como se estivésse-mos pisando em ovos. Assim, à medida que progredíamos, muitolentamente, constatamos que quebrávamos cada vez menos ovos...É o que desejo a todos vocês, do fundo do coração.Apenas como lembrete, quero dizer também que, neste livro,tratei unicamente da utilização do pêndulo. Propositadamente, dei-xei de lado as varas (de aveleira ou outras), cujo uso tem-se revela-do bem mais delicado e, na minha opinião, menos prático.16CAPITULO IIGUILLAUME... "ESTÁ DANDO CERTO!"Cada um de nós nasce radiestesista em potencial: trata-se de umaevidência para todos. Porém, como todas as artes, e a radiestesiaé arte antes de ser ciência, ela possui regras. Aquele que não as res-peita encontra-se na mesma situação que um escritor que desconhe-ce a gramática e a sintaxe. Ou que um músico, compondo sinfonias(infelizmente, já são tantos!...) sem nunca ter estudado nem solfejonem harmonia. É possível imaginar um motorista dirigindo sem co-nhecer o código da estrada? Depois de assimilar as regras elementa-res que regem a arte radiestésica, convém continuar praticando umcerto número de exercícios destinados a proporcionar as melhorescondições, ou então colocar-se em situações ideais de trabalho. Nãoé vergonha repetir os exercícios todos os dias. Os melhores instru-mentistas costumam começar o dia com escalas, arpejos e estudospara "desenferrujar" os dedos. Antes de iniciar seu trabalho, Vic-tor Hugo tinha o hábito de escrever 300 versos sem parar antes detomar o café da manhã; em seguida, ao se sentir em plena forma,dirigia-se então para o gabinete de trabalho! Se as escalas são umtanto ou quanto enfadonhas para o músico, a situação é muito di-ferente para o radiestesista. Os testes indispensáveis à sua boa for-mação e ao seu preparo possuem um aspecto divertido e excitante,em nada rebarbativo, muito pelo contrário. Desde o início, eles se

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transformam num jogo apaixonante, e passam a ser uma espécie dedroga sem a qual não se pode passar. É bom repetir que certas pes-soas precisam de mais exercícios do que outras, conforme seu tem-peramento e sua aplicação. Mas o mais importante é que todo mundose encontre, no final das contas, na mesma linha de chegada!Para conseguir interpretar o mesmo trecho, alguns músicos te-rão que repeti-lo três horas por dia, durante um mês. Para outros,uma semana, com uma hora diária de trabalho, será mais do quesuficiente; no entanto, não são, necessariamente, os últimos que ofe-17 recerão a melhor interpretação daquele famoso trecho. Os mais "do-tados" têm uma certa tendência a fazer pouco caso do trabalho milvezes repetido, e, às vezes, acabam traídos pela vaidade. Antes dedesmitificar a radiestesia e explicar como alguém, que já foi bemmais incrédulo do que eu, tornou-se seu maior adepto, parece-meindispensável falar do nosso encontro.Certa noite, ao voltar de uma reportagem pelas estradas da Bre-tanha, encontrei, perto de um carro capotado, dois rapazes bastan-te machucados. Ambos estavam com o rosto ensanguentado. Aorelha direita de um deles, caída sobre o ombro, mantinha-se presaà cabeça graças a dois minúsculos nervos muito finos e frágeis. Naverdade, os dois rapazes estavam num estado lamentável e precisa-vam ser transportados com urgência para o hospital. Ofereci-me ime-diatamente para levá-los.� Hospital? Nem pensar � respondeu o que só tinha uma ore-lha, encontrando uma série de argumentos para se defender, comos quais, agora, estou de pleno acordo. Vendo a minha cara � eudevia parecer espantadíssimo �, ele me explicou que conhecia umcamponês que morava cerca de 15 quilómetros dali que costuma-va fazer milagres com seu pêndulo. Tratava-se de uma espécie deeremita, e o rapaz me implorou para que eu os levasse até lá. Acei-tei muito a contragosto, convicto da inutilidade de minha conduta.Diante do aspecto lamentável daqueles dois rapazes, que pareciamter saído de uma trincheira da guerra de 1914, diante daquela ore-lha presa apenas por um fio, minha vontade era levá-los ao hospital.Foi assim que encontrei Guiliaume. Atualmente, não tenho amenor dúvida de que esse encontro (ou reencontro, sabe-se lá?) fo-ra programado há muito tempo.� Ah! Era você! � disse ele com toda simplicidade ao rapazde orelha dilacerada. � Levantei-me ainda há pouco, quando per-cebi que alguém estava chegando, mas não sabia que era você.A profissão de jornalista ensinou-me a aceitar os fatos com natura-lidade e sem grande surpresa. No entanto, naquela época, com 25 anosa menos do que agora, confesso que não levei aquela história muito a sé-rio. Como explicar que um camponês, completamente isolado no inte-rior da Bretanha, tenha dito ao rapaz que chegou de repente à casa delepor volta das três horas da manhã: "Eu estava esperando por você"?Como Guiliaume agiu dessa maneira outras vezes, deixei de fi-car surpreso com sua faculdade de saber com antecedência que umavisita está chegando. Além do mais, ele se tornou meu amigo e atelepatia funciona maravilhosamente bem entre nós.18O dono da casa mandou que nos sentássemos nos bancos aoredor da grande mesa da fazenda e tirou do bolso um estranho ara-me todo retorcido e amarrado com um cordão à chave da casa. Emseguida, segurando a mão do rapaz que parecia mais machucado,começou a fazer girar o tal arame. Ao perceber meu olhar de espan-to, ele achou necessário explicar-me que se tratava de um pêndulo.Depois, apanhou num velho armário um imenso dicionário muitovelho que tinha a particularidade de possuir lindas ilustrações ana-tómicas muito bem-feitas e coloridas. Ele pediu o relógio do rapaze o guardou na mão esquerda. Enquanto o dedo indicador dessa mãodeslizava sobre as ilustrações de anatomia, ele fazia girar com a mão

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direita o estranho arame. Aquela cena � em todo seu contexto �parecia bastante esquisita, tendo em vista o lugar, a hora e uma es-pécie de reza, murmurada por Guiliaume, que acompanhava a ceri-mónia. Essas palavras sussurradas perturbavam o silêncio da noitee mantinham o suspense no qual se encontrava mergulhado nossoquarteto. Após alguns minutos intermináveis, o veredicto soou bru-talmente.� Você está com três costelas quebradas, mas não é grave. Noentanto, precisa falar com M. para costurar sua orelha.M. era o médico da região. Sua fama era excelente, embora al-gumas pessoas o censurassem por beber demais, o que não o impe-dia de ter sempre um diagnóstico muito seguro e correio. O segundoferido, o motorista do carro capotado, só apresentava, na opiniãode Guiliaume, alguns arranhões e contusões benignas.Se eu afirmar que, de saída, aquele pêndulo me convenceu, es-taria mentindo. Sentia-me profundamente intrigado, mas permane-cia célico. Entretanto, estava pronto a aceitar as faculdades de bruxodaquele estranho camponês bretão. Os bruxos existem nas tribos afri-canas e são capazes de realizar prodígios. Por que, então, as aldeiasda França não teriam seus gurus? Para ter certeza, levei os rapazesà casa de M., que tirou radiografias dos dois. Foi quando me con-venci plenamente. De fato, o doutor M. confirmou, com menosdetalhes, o diagnóstico de Guiliaume. E sua confirmação foi extre-mamente exata, pois ele enumerou, graças às radiografias, as coste-las quebradas do rapaz mais machucado na ordem formulada peloradiestesista. Mágico, não?Esse foi meu primeiro encontro com a radiestesia. Depois, houvevários outros casos, pois Guiliaume acabou se tornando para mimum verdadeiro amigo e um guia com quem nunca deixei de multi-plicar os contatos. Graças à sua arte de viver, ele me ensinou as vir-19 tudes do silêncio e da aparente ociosidade. Cada vez que posso, vouvisitá-lo, e cada uma dessas visitas costuma prolongar-se excessiva-mente. É inútil avisá-lo de minha chegada. Aliás, Guiliaume não teme nunca terá telefone. O que mantém o contato entre nós não trazum centavo de lucro à Companhia Telefónica. Quando resolvo visitá-lo, basta que eu pense nele durante alguns segundos e, imediatamen-te, se estiver na hora do almoço, Guiliaume põe meu prato na mesa.Na primeira vez, fiquei muito intrigado ao perceber que haviadois pratos na mesa; quando lhe perguntei se estava esperando al-guém para o almoço, deu-me uma resposta que me deixou sem graça.� Você, claro. Não me telefonou, dizendo que vinha comercomigo? Aliás, como eu já sabia que você traria uma boa garrafade vinho, não peguei nada na adega...De fato, eu parara na aldeia vizinha para comprar um litro devinho tinto que tinha deixado no carro e fui apanhá-lo imediata-mente. Guiliaume vive sozinho. Não é que não goste de mulheres,muito pelo contrário, mas ele guarda, em relação ao sexo feminino,uma velha decepção amorosa sobre a qual sei muito pouco. Assim,embora deva ter, regularmente, encontros amorosos na casa de cer-tas cortesãs, ele me explicou que fazia absoluta questão da sua soli-dão. E que estava longe o dia em que uma mulher viesse instalar-seem sua casa.� Até que muitas tentaram � contou-me ele. � Mas prefiroque cada um fique em sua casa...Egoísmo ou sabedoria? Conhecendo Guiliaume como conheçohoje, posso afirmar, sem qualquer hesitação, que se trata da segun-da opção. A sua casa é exatamente a de um solteirão, que resolveuo problema da faxina: deixou de fazê-la, ou só a faz em raras oca-siões... A sala vive em desordem permanente, o que, em minha opi-nião, não lhe dá um aspecto de sujeira. Até a poeira parece limpa...O que mais surpreende, quando se penetra em seu covil, é o lugarocupado por uma impressionante coleção de jornal Ouest-France,

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cujos números se acumulam há vários anos, num caos total, entu-lhando boa parte do cómodo. Vocês podem imaginar a cara de umacerta condessa, autêntica, a qual, seguindo minhas recomendações,saiu do seu hotel particular, em Neuilly, em seu lindo carro Bentieydirigido por um chofer de uniforme, para ir consultar meu amigo.Essa senhora sofria há anos de um eczema extremamente incómo-do, a tal ponto que ela só conseguia usar vestidos de tecido muito20leve (e olhe lá!), apesar das tentativas dos maiores especialistas domundo já consultados. Com uma única sessão de magnetismo, Guil-laume conseguiu curá-la e, pelo que pude saber, a condessa tem pas-sado muito bem. Ela venceu o temor da primeira e péssima impressãoda casa do meu amigo, e costuma visitá-lo uma vez por ano para"bater papo". Contam que o primeiro contato foi particularmenteépico: a senhora caiu desfalecida nos braços do chofer que está sem-pre a seu lado, ao ver aquele "mercado persa" de estilo bretão. Opior aconteceu (isso me foi contado pelo próprio Guiliaume) quan-do ele pediu a ela que deitasse no sofá, para poder tocar seu corpo,em alguns pontos específicos, com suas mãos gordas e cobertas decalosidades... De volta à casa de alto luxo, a condessa telefonou pa-ra me comunicar sua indignação, acusando-me por ter-lhe faltadocom o respeito (Guiliaume não, mas eu sim!...). Menos de uma se-mana mais tarde, ligou de novo, dizendo:� Não tenho mais nada! Está me ouvindo? Não tenho maisnada! Nada! Aquele eczema desapareceu por completo!Desde então, uma vez por ano, ela e o camponês radiestesistacostumam brindar com uma taça de champanha... Ele prefere vi-nho tinto, mas não se importa. É preciso observar que, frequente-mente, radiestesia e magnetismo andam juntos. Além de ser umespecialista do pêndulo, Guiliaume também é um excelente curan-deiro. Vem gente de toda parte para ser atendida por ele. "Quebra-galho" � termo usado por ele � de graça, Guiliaume é uma dessaspessoas que nasceram para ajudar o próximo, o que dá um brilhosuplementar à sua auréola. Voltaremos a falar no assunto. Quantoao seu talento com o pêndulo, prestou-me favores enormes duranteanos. Especialmente no outono de 1976.Em busca de Gauloises II e de ManurevaComo repórter do jornal Matin de Paris, eu acompanhava acorrida de barco a vela ao redor do mundo. Cerca de 20 barcos par-ticipavam daquela grande regata oceânica, de Portsmouth a Ports-mouth, passando por Cabo, Auckland e Rio de Janeiro, que eramas três escalas. Pouco depois da partida da África do Sul, o Gauloi-ses II, pilotado com galhardia por Éric Loiseau, ex-aluno de Tabarly,sofreu um acidente. Esse Gauloises //era, aliás, o antigo Pen DuickIII, com o qual o mais famoso marinheiro da França e da Bretanhajá ganhara várias provas. Com esse barco, Alain Colas fora inicia-21 do na navegação, assim como Kersauson e muitos outros. Tendopercorrido um número impressionante de milhas sobre todos os ma-res, ele sofrera um grande desgaste. Ao deixar o Cabo, perdeu oleme e teve de tomar a direção de Port Elizabeth, para conseguiroutro, fabricado às pressas na França e mandado de avião.Todos os marinheiros são um tanto ou quanto supersticiosose aquele incidente foi interpretado como um mau presságio. De fa-to, alguns dias mais tarde, quando o Gauloises //voltara a navegar,correndo atrás dos outros concorrentes muito mais adiantados doque ele, a voz de Éric Loiseau calou-se no rádio. O antigo Pen Duickficara mudo. Estávamos acostumados a ouvir o seu piloto, forne-cendo relatórios diários da vida a bordo. Graças à estação de Saint-Lys, situada na região de Landes, é possível entrar facilmente emcontato com qualquer mar do globo terrestre. Aquele silêncio eraprofundamente anormal e preocupante. As balizas Argos, que hojepermitem encontrar a posição do menor barco a vela, ainda não es-

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tavam em funcionamento. Assim, à medida que os dias passavam,começou-se a imaginar o pior. O péssimo estado da embarcação fa-zia com que se pensasse numa avaria fatal. Além do mais, para nós,habitantes do hemisfério norte, as rotas do Sul têm má fama. Nãose costuma falar do "40° dia rugidor", do "50° uivante" e do "60°vociferante"? E o fato de andar passeando por aquelas latitudes comum veleiro bastante gasto revelava uma certa temeridade, qualida-de pouco apreciada por Netuno...Oito dias depois daquele silêncio insuportável, resolvi falar comGuiiïaume, para saber a sua opinião sobre o caso. Eu sabia que,para trabalhar com o máximo de chances de êxito, um radiestesistaprecisa de "material"; por isso mesmo, peguei a estrada em direçãoà Bretanha, levando comigo uma série de fotografias, várias do Gau-loises II, de cada membro da tripulação, mapas marítimos chama-dos de "itinerários" e outro, mais detalhado, do mar da Tasmânia(ao sul da Austrália). Com o retraio do Gauloises //na mão esquer-da e o pêndulo na direita, Guiiïaume anunciou formalmente:� Não há problema nenhum. O barco está navegando normal-mente. � Em seguida, "auscultando" lentamente cada membro datripulação, afirmou com segurança: � Está tudo em ordem a bordo!Quando lhe perguntei por que estávamos sem notícias, ele res-pondeu, segurando novamente a foto do barco:� O rádio deles está enguiçado.22 Sobre a mesa entulhada com a coleção de jornais de Guiiïau-me, abri todos os mapas que trouxera e cheguei a lhe pedir para si-tuar o Gauloises II. Com o dedo indicador da mão esquerdaapontando para os mapas e segurando com força todas as fotos,ele começou a percorrer o caminho teórico que levava de Port Eli-zabeth a Auckland. O pêndulo apresentava um balanço neutro, tendosido levemente impulsionado.Enquanto seu dedo investigava o mapa, o pêndulo continuavaoscilando. Após alguns segundos, este iniciou um giro* leve no sen-tido dos ponteiros do relógio, giro que foi aumentando até chegarao desenho de um círculo cada vez mais perfeito. Em seguida, o mo-vimento circular rompeu-se de repente. Com um lápis, o camponêsfez um risco vertical no lugar exato onde a ruptura flagrante ocor-rera. Ele começou então a pesquisar ao longo daquele risco, ondefez mais um traço horizontal. Estávamos em pleno mar da Tasmâ-nia, e, de fato, levando em conta a velocidade do barco, tratava-sede uma posição muito viável. Com o mapa detalhado do Sul da Aus-trália, ele recomeçou a operação precedente e desenhou uma novacruz. O fato não me surpreendeu: as duas cruzes designavam exata-mente as mesmas coordenadas. Mais tarde, tive a oportunidade decomparar o lugar marcado no mapa com o que se encontrava nolivro de bordo do Gauloises II. Na data � e quase na hora � emque Guülaume situava a embarcação de Éric Loiseau na imensidãomarítima dos antípodas, o ponto efetuado pelo piloto confirmavaque o "camponês-radiestesista", como chamei Guiliaume em inú-meros artigos a ele dedicados, acertara em cheio. Um espanto, não?Espanto não é, na verdade, a palavra mais adequada para essecaso. De volta a Paris, redigi no jornal Lê Matin um pequeno arti-go a respeito daquela corrida de barco em redor do mundo, tam-bém chamada de Withbread, por causa do seu patrocinador.Lembro-me do final da reportagem, onde escrevia o seguinte:"Quanto ao Gauloises II, encontra-se atualmente em 'tal* lugar(seguiam-se a latitude e a longitude). Tudo vai muito bem a bordo,mas o rádio está enguiçado, o que impede Éric Loiseau de mandarnotícias."Entre os leitores do jornal, principalmente entre os amigos enas famílias dos membros da tripulação, a segurança das minhasafirmações foi recebida com muita desconfiança... Como sabia que*No texto original, encontra-se o termo giration, que provém de um velho verbo

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fran-cês, o qual desapareceu dos dicionários: girer, que significa girar. Modernamente,permaneceu em francês a palavra girouette, que se traduz em português por cata-vento. (N. da T.)23 qualquer explicação de minha parte, sobre as razões que me leva-ram a divulgar aquelas afirmações com tanta certeza, seria interpre-tada como se estivesse completamente louco, pedi à telefonista dojornal para responder, a quem quisesse falar comigo, que eu me en-contrava "a trabalho, numa reportagem".Por ocasião da primeira Rota do Rum, em 1973, o silêncio deAlain Colas tornou-se motivo de grande preocupação. Voltei à casade Guiiïaume, levando fotos do navegador e da sua embarcação Ma-nureva, e também mapas do Atlântico. Mais uma vez, o radiestesis-ta foi radical. Anunciou-me a morte de Alain, enquanto a base deLann-Bihoué continuava as buscas. O pêndulo indicava o lugar exatoonde Manureva afundara, assim como a data e a hora. Quanto aonavegador, Guiiïaume viu-o com os pulmões cheios de água, o quenos fazia supor que ele tivesse se afogado, embora fosse um dos me-lhores concorrentes da prova, talvez até o líder. Tratava-se, maisuma vez, de uma velha embarcação de Tabarly, muito gasta de tan-to navegar. Nunca desejei saber maiores detalhes sobre o desapare-cimento de Alain Colas; no entanto, certos colegas meus, quepublicaram as piores barbaridades, ficaram desacreditados para sem-pre. Pessoalmente, nunca quis escrever nada a respeito daquele de-saparecimento, desejando do fundo do coração que o radiestesistativesse cometido um engano.O acaso e o primeiro pênduloPor muito tempo, considerei Guiiïaume uma espécie de gurucom poderes excepcionais. Com o passar dos anos, à medida queeu avançava no caminho do conhecimento, ele se esforçou para mu-dar minha opinião, estimulando-me sempre a continuar progredin-do. Oh! Não falou muito. Quando entendi como funcionava opêndulo, ele não me explicou absolutamente nada. Ficava me "vi-giando", reservando-se o direito de intervir ao me ver cometer umerro. Quantas besteiras fazemos quando iniciamos a prática da ra-diestesia... Pois, um belo dia, o "acaso"... Eu tinha acabado de mon-tar um pequeno motor elétrico que utilizava numa maquete de barco.Ao desmontá-lo para trocar os fusíveis, eu devia ter cometido al-gum engano ao juntar todas as peças; de fato, um dos parafusosnão se encaixava de maneira nenhuma. Para dar um jeito, e passaro tempo, amarrei o parafuso com um pedaço de linha."Por acaso", segurando a linha entre o polegar e o indicadorda mão direita, comecei a pensar em Guiiïaume! Nem sei por quê!24 Certamente por uma associação de ideias. Eu vira no dicionário umpêndulo de madeira trabalhada, sendo segurado assim como eu es-tava fazendo com a linha do parafuso. Em pensamento, porém in-voluntariamente, transportei-me para a fazenda do camponês bretão.Fazia muito tempo que não nos víamos e eu queria saber como eleestava passando. Não tinha motivo para me preocupar com ele: éóbvio que Guiliaume tem uma saúde de ferro. Já o conheço há 25anos e nunca percebi uma única ruga em seu rosto. Aliás, nem seisua idade. Para mim, trata-se de um homem sem idade. Enquantoeu ficava olhando o tal parafuso, este começou a girar. Sem motivoaparente. Minha atenção concentrou-se nesse movimento intempes-tivo e deixei de pensar em Guiliaume; o parafuso parou de girar.Movido talvez por um reflexo inconsciente, voltei a pensar em meuamigo camponês... e o parafuso recomeçou sua dança... Verifiqueise minha mão permanecia realmente imóvel e apoiei o cotovelo namesa. O parafuso continuou girando... Naquele momento, não en-

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tendi o que estava acontecendo. No entanto, ocorria algo que ultra-passava meu entendimento. Assim que eu parava de pensar emGuiliaume, o parafuso deixava de girar. E ele recomeçava, bastan-do para isso que eu visse Guiliaume em pensamento, com sua boinainseparável...Instintivamente (sou incapaz de explicar o fato, a menos que"alguém" tenha me guiado naquele momento), comecei a me fazervárias perguntas, sobre qualquer tipo de assunto. Mal acreditei noque vi: conforme as perguntas, o parafuso girava no sentido dos pon-teiros do relógio, ou em sentido contrário... Era sexta-feira à tarde.Inúmeros parisienses deviam estar se preparando para viajar no fimde semana. Resolvi sair logo e em poucos instantes encontrava-mena estrada federal 12 (a auto-estrada ainda não existia), com a in-tenção de ter uma conversa séria com Guiliaume. Embora não le-| vasse nenhuma muda de roupa, apesar de minha excitação, fizquestão de não esquecer o pedaço de linha e o parafuso...l � Ah! Então você entendeu? � perguntou Guiliaume, quan-1 do lhe contei minhas constatações.| Tive de confessar que não tinha entendido nada e que era estel O motivo da minha ida até sua casa. E, principalmente, eu contavaj com ele para começar minha iniciação à radiestesia, pois, obviamen-te, existia um "truque" qualquer. Meu amigo reconheceu que sim,l lem que conseguisse explicá-lo. Ele me contou então seu início nes-|«aarte. Não fora com um pêndulo, mas com uma vara de aveleira.|Üm velho bruxo ensinara-lhe, quando Guiliaume não passava de um25 adolescente, a técnica para encontrar água, fazer jorrar fontes e ca-var poços. E foi um velho padre bretão, quase na mesma época,que o exercitou a utilizar o pêndulo. Seu primeiro pêndulo foi es-culpido num galho de buxo. Mais tarde, ele procurou livros sobreo assunto, tentando desmontar o mecanismo da radiestesia, pois nun-ca ficara satisfeito com as explicações encontradas.Abro aqui um parêntese. Também procurei a explicação em di-ferentes publicações. Devo ter chegado perto, mas continuo insatis-feito. Nada do que pude ler me trouxe um esclarecimento plenamenteconvincente. Não quero afirmar que a explicação que pretendo darnas páginas seguintes seja exata; no entanto, frente às aberraçõesque tive oportunidade de ler, nada do que eu disser será pior ou pre-judicial. Faço referência apenas aos livros escritos na França, porradiestesistas franceses, pois não tive o prazer de ter contato comos trabalhos publicados no exterior, a respeito dos quais ignoro ab-solutamente tudo.Voltemos ao fim de semana que passei com Guiliaume. Foi umdos mais enriquecedores de minha existência. Embora não tenha saí-do de lá como radiestesista formado, os poucos exercícios que fize-mos juntos permitiram que eu percebesse o quanto as possibilidadesdessa arte pareciam ilimitadas. Em primeiro lugar, ganhamos nascorridas de cavalo. Durante uma hora, no sábado à noite, começa-mos a estudar as chances dos 23 cavalos participantes da corrida emAuteuil. Turfista modesto, pois só joga com pouco dinheiro e suasapostas nunca são importantes, Guiliaume é, com certeza, uma daspessoas que mais oneram o orçamento dos hipódromos parisienses.Levando em conta as modestas quantias que ele investe e as outras,frequentemente bem polpudas, que consegue ganhar, é obvio que,para nosso camponês, torna-se muito mais viável apostar em cava-tí Io do que plantar batatas... A dona do bar que ele costuma freqüen-I tar, perto do hipódromo, contou-me a seguinte história a seu;| respeito. Por motivos que só se justificam pelo grande magnetismo[Ç de Guiliaume, os animais gostam muito dele. Aliás, nos arredoresda sua fazenda, o veterinário não tem muito trabalho. Os campo-neses vizinhos de Guiliaume costumam chamá-lo em primeiro lu-gar, e só recorrem ao médico (tanto para os animais quanto paraas pessoas...) quando nosso amigo afirma ser necessário.

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Naquele bar, reinava um pastor alemão de temperamento mui-to instável. Quando Guiliaume chegava, aos domingos, para apos-tar na corrida e tomar aperitivo com os amigos, o tal cachorrofazia-lhe festa, sentando-se a seu lado, sacudindo o rabo, puxandosua calça com a pata para pedir carinho. No entanto, na terça-feiraseguinte, quando o feliz ganhador ia receber o seu dinheiro, o mes-26 mo cão o recebia rosnando... Fomos receber o dinheiro ganho nacorrida, depois daquele dia em que fiquei completamente a sós comGuiliaume. O prazer que experimentei então foi intenso. Emboraa quantia fosse considerável, minha imensa alegria tinha outro mo-tivo... Tínhamos conseguido saber quais os cavalos ganhadores, nos-sas pesquisas nos provocaram uma grande excitação, diálogosanimadíssimos cada vez que analisávamos a chance de um dos ca-valos, com a ajuda de um metro de madeira, o qual, junto com odesenho da coluna vertebral humana, representa os únicos acessó-rios geralmente utilizados por Guiliaume.O que aconteceu naquela fazenda isolada em pleno campo, cer-cada de bosques, fez com que eu mergulhasse nos mistérios da ra-diestesia, a qual, até então, não passava de um mundo totalmentedesconhecido. E as descobertas que fiz deixaram-me prever um fu-turo repleto de promessas nesse campo. Tive tal convicção de ime-diato, sabendo que, para chegar ao nível do meu amigo ou quase,havia imensos progressos à minha espera.Para me mostrar o caminho certo, Guiliaume inventou mil ar-madilhas, nas quais caí ingenuamente. Enquanto fazíamos pergun-tas idênticas aos nossos pêndulos, o meu respondia frequentementede modo contrário ao de Guiliaume. Imaginei que talvez fosse por-que meu instrumento pessoal era muito improvisado. Hoje, sei queesta não era a razão principal dos meus fracassos. Os erros cometi-dos deviam-se à minha própria pessoa. Ao voltar a Paris, depoisdessa estada que desvendara para mim um mundo maravilhoso, re-solvi trabalhar com muita garra. Trabalhar meu pêndulo! Eu forafisgado, como um peixe.Como não tenho pretensão de abordar aqui as regras científi-cas que geram a radiestesia, vou tentar, apesar de tudo, encontraruma explicação para sua realidade. Os três mundos (mineral, vege-tal e animal) não passam de vibrações no imenso campo eletromag-nético onde reina o Norte. Graças ao cérebro, o corpo é ummagnífico emissor-receptor dessas vibrações. O pêndulo é a antenada qual precisamos (às vezes) para traduzir claramente as mensa-gens transmitidas permanentemente pêlos corpos de onde emanamtais vibrações.A maior parte das pessoas capta essas mensagens em seu sub-consciente, mas sente-se incapaz de decodificá-las. Certos radieste-sistas, mais bem-dotados ou melhor treinados do que outros, sãosuscetíveis de responder com eficácia a perguntas complicadas semprecisar recorrer ao pêndulo. Estes radiestesistas não terão a menorhesitação se lhes for apresentada a foto de uma pessoa falecida: vão27 entender imediatamente que essa pessoa deixou de "vibrar". Inú-meras vezes, eu mesmo fiz esse teste com profissionais que afirma-vam não precisarem de pêndulo, qualificando-o ironicamente de"prótese". O resultado, na maior parte das situações, não se reve-lou favorável. No entanto, reconheço a existência de "casos" mui-to mais ligados à vidência do que à radiestesia. Na Segunda GuerraMundial, o estado-maior das forças aliadas em Londres utilizou-sedurante três anos dos serviços de um radiestesista, que tinha comomissão encontrar os submarinos alemães espalhados na entrada daMancha e, sobretudo, no Atlântico. Esses terríveis U-BOOT pro-vocavam perdas e estragos consideráveis para os comboios que abas-teciam a Inglaterra, tanto com alimentos quanto com material de

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guerra. Esse radiestesista, de cujo nome não me lembro mais, rara-mente usava o pêndulo, exceto para completar seu trabalho e obtermaiores detalhes. Bastava-lhe passar a mão direita sobre os mapasmarítimos para começar a sentir formigamentos no local exato on-de se encontravam os submarinos à espera de uma presa. Ele conse-guiu poupar inúmeras vidas e foi um dos artesãos � dos maisimportantes � da derrota do Eixo. Deve-se a este homem a locali-zação do encouraçado Bismarck, o qual acabou sendo afundado apósuma longa batalha naval que se tornou célebre. É melhor, porém,voltarmos à realidade: aquele homem era um caso excepcional e tra-balhava em equipe.Há muitas pessoas capazes de tais façanhas, mas seria muitapresunção da nossa parte aspirar a esse tipo de êxito. Entre os ini-ciados por mim à radiestesia (mais de 1.000 pessoas), houve apenasum que me pareceu digno de tal pretensão. Ele próprio desconheciao fato, assim como a maioria de nós ignora as suas capacidades.Trata-se de Maurice, de quem falarei mais adiante.E agora vamos iniciar nosso trabalho. Vocês verão logo que elej não passa de um jogo, uma brincadeira da qual acharão muita gra-ça quando perceberem que "dá certo". Façam como eu: arranjemum pêndulo. Aconselho a não comprarem nada em loja especializa-da, vão entender por que mais tarde. Assim como eu, usem a porcade um parafuso pendurada num pedaço de linha (de preferência dealgodão, seda ou lã), ou um botão (se encontrarem um de madei-ra...) ou qualquer coisa bastante pesada e leve ao mesmo tempo pa-ra poder "girar" à vontade. O peso do objeto escolhido não deveser um obstáculo para sua movimentação. Por outro lado, ele tam-bém não pode ser muito leve para que esses movimentos não fiquemdesordenados e impossíveis de ser interpretados. Pronto?Peguem duas moedas idênticas (duas moedas de um franco, de20 centavos...) emitidas em anos diferentes. Se preferirem, podem28 substituí-las por duas cartas do mesmo baralho, uma de paus e ou-tra de copas, por exemplo.Para as moedas, vamos supor que uma seja de 1977 e a outra,de 1981. Escrevam em um pedaço de papel que ficará a seu ladoo número 1977: é a moeda que deverão procurar. Para as cartas,o procedimento é o mesmo: tentem, por exemplo, encontrar a cartade paus. Se possuírem outro baralho, peguem a carta idêntica à queestão procurando e coloquem-na virada para cima, enquanto as duasoutras deverão permanecer viradas para baixo. Essas precauções dei-xarão de ser úteis em pouco tempo, mas podem ajudar bastante osprincipiantes. De fato, constatei que estes se sentiam mais segurosem sua pesquisa quando podiam olhar para os números ou as figu-ras que desejavam encontrar.Para continuar a experiência, existem dois métodos. O primei-ro, que geralmente funciona melhor, consiste em pegar com a mãoesquerda a primeira moeda, enquanto se segura entre o polegar eo indicador da mão direita a linha do pêndulo, entre aponta do po-legar e a ponta do indicador (insisto neste detalhe). Essa maneirade aluar é válida para os destros. Os canhotos devem segurar o pên-dulo com a mão esquerda.* Coloca-se o pêndulo acima da folha depapel onde está escrito 1977 ou acima da carta de paus, e, em segui-da, levemente, impulsione-o para a frente. Espera-se... durante umtempo mais ou menos longo, que depende das suas predisposições,ou da sua disposição naquele momento.Certas pessoas, que iniciam a experiência achando que nada vaiacontecer, ou que, inconscientemente, já partiram deste princípio,deverão esperar bastante. Chegarão, no entanto, ao mesmo resulta-do: o pêndulo deve começar a girar, num sentido ou no outro. Ou,pelo menos, seu balanço inicial deve mudar de orientação. Antesde explicar a interpretação de tais variações, cada um de vocês deveconstatar que "está funcionando"!

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Se algumas pessoas tiverem dificuldades para chegar a um re-sultado, só posso recomendar que recomecem a experiência até ob-ter pleno êxito. Se o pêndulo demonstrar uma certa má vontade emreagir, se ele interromper o balanço e voltar à inércia inicial, nãose deve hesitar em lhe dar um novo impulso para a frente. Em cer-*Encontrei vários canhotos contrariados e com problemas. Ainda existem escolas ondeos canhotos são obrigados a escrever com a mão direita. O que significa ir contraa natureza. Com o tempo, essas crianças tornam-se mais ou menos ambidestras. Noentanto, não se deve pensar que tais crianças sejam realmente destras, embora te-nham aprendido a usar a mão direita. Aconselho esse tipo de pessoas a segurar opêndulo com a mão esquerda. Também pude observar melhores resultados com pes-soas utilizando a mão direita... Sendo assim...29 tos casos, já houve necessidade de impulsioná-lo cinco, seis, sete ve-zes. Muito raramente, dez vezes. Observação importante: para con-tar com maiores possibilidades de sucesso, convém ficar com os doispés no chão, em pé ou sentado.De início, não é fundamental encontrar a moeda ou a carta es-colhidas. Isso acontecerá mais tarde; porém, como em qualquer dis-ciplina, convém começar do princípio e não queimar etapas. Nestecaso, antes de continuar, basta obter uma reação do pêndulo, sejaqual for. Se não conseguirem no primeiro dia, por favor, não desa-nimem. Depois de constatar que o pêndulo se movimenta natural-mente num certo sentido (escrevo "naturalmente", pois acho que.nesse assunto, não passa pela cabeça de ninguém trapacear), é pre-ciso interpretar as informações transmitidas. Ou seja, saber de quemaneira o pêndulo nos faz entender que ele está apontando paraa moeda de 1977 ou para a carta de paus. Veremos esse assunto nopróximo capítulo.Quanto a Maurice, que mencionei há pouco, preciso contar co-mo as coisas se passaram com ele. Engenheiro eletrônico, ao mes-mo tempo curioso e estimulado por meus vários êxitos com aradiestesia (ele pediu em certas ocasiões que eu desse informaçõesem circuitos informáticos de extrema complexidade), Maurice quisque eu lhe construísse um pêndulo. Aceitei com o maior prazer, poisestava impaciente para vê-lo atuar. Ao lhe entregar "seu" pêndulo,expliquei como ele devia proceder para encontrar a moeda escolhi-da entre duas, três, cinco, dez e até mesmo 20 moedas, se quisesse.Ele voltou para casa às pressas, louco de vontade para iniciar as ex-periências como radiestesista. Pouco depois, telefonou-me.� Não estou entendendo. Consegui 25 moedas diferentes nobar. Que dificuldade! Só tinha uma de 1977. Pois acredite se qui-ser: consigo encontrá-la sem pêndulo, todas as vezes. Por mais queeu as misture, ela me parece maior que as outras... Aconteceo mesmo com qualquer outra que eu resolva procurar, de ano di-ferente...Era a primeira vez que eu me deparava com esse tipo de pro-blema. Para me certificar dos fatos, aceitei o convite que Mauriceme fez para jantar em sua casa; ele parecia tão intrigado quanto eucom sua descoberta. Apesar da distância, pois moramos em bairrosbem afastados um do outro, não demorei muito para chegar. Eulevava no bolso dois baralhos novos, com a embalagem original. En-quanto tomávamos o aperitivo, abri o primeiro maço, embaralheias cartas e pedi que ele encontrasse o ás de paus. Sem a menor hesi-30 tacão, virou uma carta... Era o ás de paus! Repetimos a experiênciadez vezes e ele só cometeu dois erros, devidos certamente a falta deconcentração: ele virou o oito de espadas em vez do oito de paus,e o sete de ouros em vez do sete de copas.

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O resultado com o monte de moedas de um franco foi aindamais convincente. Depois de esvaziar meu porta-níqueis na mesa,acrescentei quatro moedas às outras 25 que ele já possuía. Haviadiante de nós duas moedas de 1974 e três de 1977. Maurice pensouum pouco, e logo em seguida pegou as duas de 1974 e as três de1977...Quanto ao pêndulo, permanecia no bolso de Maurice, que nemtivera tempo de pegá-lo. Com o tempo, é bom saber que ele encon-trou uma utilização muito racional para o instrumento em sua pro-fissão; ele é o primeiro a reconhecer que, atualmente, não conseguiriapassar sem ele. Podem ficar tranquilos: não conheço nenhum outro"caso" como o de Maurice, que se tornou, obviamente, o rei daLoteria Esportiva. Ele possui um faro extraordinário para encon-trar os bilhetes premiados, o que lhe assegura uma boa renda todomês...31

CAPITULO IIICOMO SE TORNAR RADIESTESISTA?Deve haver várias maneiras de se tornar radiestesista, várias esco-las. Sinto-me autorizado a lhes propor a que experimentei o maiornúmero de vezes e com imenso êxito. Além do mais, todos poderãoconstatar que meu método é bastante divertido e fácil. Se observa-rem que o pêndulo insiste em não querer se manifestar, apesar devários impulsos, não o culpem e tentem esse novo teste.Coloquem o pêndulo bem acima do centro do sinal mais (+)em cima da página. Ou, se ficarem com medo de estragar a enca-dernação do livro, copiem o sinal numa folha de papel em branco,de bom tamanho, com um marcador preto. Acrescentem, como nomodelo, as inscrições sim, mais e positivo. Dêem ao pêndulo umbom impulso para a frente. Mesmo se "funcionar", principalmen-te se "não funcionar", fixem o pêndulo (mais tarde, isso deverá serevitado; explicarei por quê) e façam o seguinte:� Diga "sim"!Faço questão de repetir que, se não estiverem convencidos doresultado, devem recomeçar a experiência quantas vezes for neces-sário para dar a partida. Ao se sentirem frustrados com uma sériede fracassos num dia, deixem tudo de lado e recomecem no dia se-guinte. Garanto que vão conseguir. É exatamente como com umapartitura: algumas pessoas necessitam de oito dias para decorá-la,outras, de um mês. Não se sintam envergonhados de conversar emvoz alta com o pêndulo (sem perder a calma, apesar de tudo). Àsvezes, toma-se indispensável para uma boa concentração. Assim queobtiverem uma rotação, observem em que sentido ela se dá. No sen-tido dos ponteiros do relógio ou no sentido contrário! Isso é muitoimportante. De fato, não existem regras. Ouvi falar inúmeras vezesde um tipo de "acordo" feito entre o radiestesista e seu pêndulo.33 Certas pessoas afirmam que se escolhe o sentido de rotação; quan-do o pêndulo gira no sentido dos ponteiros, significa sim, e no sen-tido oposto, não. É verdade, mas a regra tem tantas exceções queé melhor não confiar nessa afirmação. Se existe um acordo com opêndulo, parte dele, é claro! E isso é muito importante. Posso con-tar minha experiência pessoal. Sou destro, sem grandes anormali-dades, e todos os meus pêndulos giram no sentido dos ponteiros dorelógio para dizer sim. Todos? Mentira! Já percebi, há muito tem-po, o quanto era importante construir os próprios pêndulos. Volta-rei ao assunto no próximo capítulo e aconselho as pessoas a fazeremo mesmo. Consciente da importância da Lua em nossa vida diária,observei que os pêndulos feitos por mim durante uma noite de Luanova giravam no sentido oposto ao dos outros. Entregues a outros

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radiestesistas, eles continuavam girando assim, apesar de qualquerlógica... Vocês nem podem imaginar quantas apostas ganhei comtais pêndulos...34 SIM+MAISPOSITIVO

r ^Ao conseguirem a resposta sim do pêndulo, poderão considerar-1 »se com um pé na terra prometida da radiestesia. O resto virá sem'problemas.Como seu pêndulo diz "Não"?Depois de obter a resposta positiva, podem pedir ao pêndulopara dizer não. Em outra folha de papel do mesmo tamanho quea primeira, escrevam o sinal menos (-), com as palavras negativoe não. Coloquem o pêndulo bem em cima e peçam a resposta não.A rotação vai se dar no sentido inverso. Se isso não acontecer,se o pêndulo insitir em girar no mesmo sentido, não se assustem,será preciso apenas um pequeno ajuste. Se já conseguiram o sim,não tem por que não conseguir o NÃO. Certas pessoas obtêm maisfacilmente o positivo do que o negativo. Para outras, é exata-mente o contrário. Não se preocupem: tudo acabará dando certo.Se for o caso, se continuarem sentindo dificuldades, recome-cem o primeiro teste e tentem encontrar a moeda, ou a carta, esco-lhida entre duas. Para isso, existem dois métodos: impulsionar o pên-dulo sucessivamente acima das duas moedas, ou então segurá-las,uma após a outra, na mão esquerda, e perguntar ao pêndulo:� Esta é a moeda de 1977?Em vez de:� Esta é a moeda de 1977 ou a de 1981?Como o pêndulo só pode responder sim ou não, ele seria in-1capaz de resolver o problema!36NÃOMENOSNEGATIVO

A maneira de formular a pergunta ao pêndulo é fundamental.Quando os radiestesistas iniciantes (e até mesmo os de maior experiên-cia) obtêm respostas erradas, muitas vezes formularam mal as perguntas.Uma vez dada a resposta, verifiquem-na antes de virar a moe-da. E vejam se o pêndulo mentiu. Mentiu? Não se sintam frustra-dos. É muito comum acontecer isso nas primeiras vezes. O essencialé conseguir obter uma resposta positiva e outra negativa. Logo vi-rão as respostas correias, numa percentagem cada vez maior, à me-dida que continuarem trabalhando. Trabalhando muito.Os artistas costumam contar que seu talento não se manifestasempre com a mesma intensidade. Jacques Brel confessou que, em cer-tos dias, não tinha a menor vontade de cantar. E que certas canções(especificamente Lês Flamandes) tornavam-se insuportáveis. Mas elepossuía tal disciplina, tal classe e uma presença no palco tão forte, quenada disso transparecia. Para o público, pelo menos. Cada um de nóstem dias e períodos de péssimo desempenho. Por essa razão, ninguémdeve se preocupar com o fracasso das primeiras tentativas. Com tem-po, paciência e trabalho, acaba-se superando os problemas.Seja qual for o resultado obtido até agora, aconselho a passa-rem para outro exercício que deve facilitar os trabalhos. Não faz

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mal repetir que os primeiros resultados não importam. O essencialé chegar a algum tipo de resposta, boa ou ruim. Com a experiência,vocês vão melhorar; e se seguirem meus conselhos, logo se tornarãoexcelentes radiestesistas.Um exercício simples para começarPegar uma folha de papel, de tamanho médio, e cortá-la aomeio. Em cada parte, escrever uma palavra. Qualquer uma. Porexemplo "felicidade". Escrever a palavra duas vezes com a mesmacaneta, de preferência de cor preta no papel branco. Pegar um livroe colocar entre duas páginas um dos dois pedaços de papel. Diga-mos entre as páginas 148 e 149.Escrever estes dois números em outra folha de papel. Depois,com a outra mão, a que não estiver segurando o pêndulo, pegar ooutro pedaço de papel com a palavra "felicidade". É bom "apalpá-lo" com os dedos, cuidadosamente, para se deixar penetrar pelasvibrações. Em seguida, perguntar ao pêndulo colocado em cima dosnúmeros 148 e 149:� A palavra "felicidade" encontra-se entre as páginas 148 e 149?Com um pouco de aplicação e concentração, deve-se obter uma res-posta do pêndulo. Essa resposta terá de ser positiva em curto prazo, con-38 fumando assim qual o sentido de rotação do seu pêndulo para dizer sim.Obtido esse resultado, recomeçar a experiência, colocar de no-vo o papel no livro, ao acaso, sem verificar o número das páginas.Se for necessário, fechar os olhos para não ter vontade de olhar.Agora, é preciso tentar encontrar a página certa. O método é sim-ples, mas o resultado não é tão fácil de se conseguir, pelo menos nu-ma primeira etapa. É mais importante obter um resultado do queencontrar a resposta. Não estou preocupado: vocês vão conseguir, cedoou tarde! Como a maioria dos livros tem, em geral, entre 200 e 300páginas (não é aconselhável trabalhar com um dicionário...), dividirmentalmente esse total em três centenas, escrevendo-as numa folha depapel, como mostra a ilustração a seguir. Fazer um círculo ao redorde cada centena. Trata-se do meu famoso método das "bolas", queaconselho a todos. Ele apresenta a vantagem de ajudar o radiestesistaa focalizar inconscientemente a atenção sobre o objeto da sua pesquisa. Como em todos os livros o número par encontra-se na páginado lado esquerdo e o número ímpar, na página do lado direito, émelhor fazer três bolas marcadas de l a 101, de 102 a 201 e de 202jB,301. Escrever a palavra "felicidade" numa bola, à direita da fo-lha e ligada às outras três, como está no desenho.39 A cor representa um elemento de perturbação em radiestesia;por essa razão, em todas as experiências, é preferível escrever sem-pre em papel branco com caneta preta.Em seguida, segurar com a mão livre a palavra "felicidade".Colocar o livro sob o pêndulo. Depois, com a palavra "felicidade"na mão esquerda, tocar sucessivamente cada bola com o dedo indi-cador dessa mesma mão, fazendo sempre as perguntas correspon-dentes:� A palavra "felicidade" está entre as páginas l e 101 ?� A palavra "felicidade" está entre as páginas 102 e 201?� A palavra "felicidade" está entre as páginas 202 e 301?Se o pêndulo fornecer a resposta correia, pode-se continuar oexercício; em caso contrário, é melhor recomeçar em outra ocasião.Não há pressa. Esse exercício tem várias utilidades. Em primeiro lu-gar, permite familiarizar-se com o pêndulo. Depois, ele faz com quese conheça o método das bolas, cujas vantagens são inúmeras. Fi-nalmente, trabalhando dessa maneira, aprende-se a contar com opêndulo. Trata-se de uma verdadeira ginástica com muitos benefí-cios. Embora seja uma arte, a radiestesia permite atingir uma preci-

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são científica surpreendente e alcançar resultados notáveis em todosos terrenos, quando perfeitamente dominada. Maurice, a respeitode quem falei há pouco, utiliza tanto o pêndulo quanto o computa-dor. Quanto a mim, se me emprestar por uns segundos seu talãode cheques, posso dizer rapidamente de quanto a pessoa dispõe emsua conta. Não tem nada a ver com milagre, nada mesmo! Todosos meus alunos conseguem...Voltemos então ao exercício. Obtiveram uma resposta positivana segunda centena? É preciso decompor essa centena, primeiro emduas partes: das páginas 102 a 151; depois, 152 a 201. A respostafoi positiva em relação ao segundo grupo de números? Nesse caso,é preciso decompor as centenas em dezenas. De 152 a 161, de 162a 171, de 172 a 181, de 182 a 191 e de 192 a 201. Trabalha-se exata-mente da mesma forma com uma resposta positiva em relação aoprimeiro grupo de números: de 102 a 111 etc.É preciso encontrar a dezena correia, que corresponda à quese está procurando. Depois, decompor essa dezena em unidades. Porexemplo, de 172-173 a 180-181. Continuar fazendo círculos ao re-dor dos números. Ligar SEMPRE os círculos com as respostas afir-mativas. No entanto, deve-se tomar cuidado para que as bolas nãoencostem uma na outra. Isso poderia provocar uma certa "resso-nância" entre duas bolas e um resultado errado.40 Em resumo, agindo dessa maneira, por eliminação, deve-se en-contrar rapidamente a página onde a folha de papel foi colocada.O mais importante não é conseguir de imediato um resultado per-feito. Se acontecer, ótimo: este exercício é difícil para um iniciante.O essencial é desencadear em cada pessoa uma função que, até aquelemomento, estava adormecida num canto do cérebro. Se for possí-vel refazer esse exercício regularmente, o radiestesista obterá do pên-dulo respostas cada vez mais confiáveis.Paralelamente, é bom continuar, todos os dias se possível, oexercício com as moedas (pegar cinco moedas, com uma delas emi-tida em data diferente das demais ou com as cartas. Para este últi-mo, é interessante utilizar um baralho novo, que nunca tenha sido(e nem será) usado. Assim, ele será "tocado" apenas pelo radieste-sista e não poderá ser parasitado por nenhuma vibração diferente.Entenderão mais tarde o quanto isso é importante.Para verificar em que nível a pessoa está, é bom agir da seguin-te maneira: embaralhar bem as cartas. Colocar o baralho em ummonte apenas sobre a mesa, com as figuras viradas para baixo. Pe-gar cada carta, uma após a outra. Apalpá-la cuidadosamente e fa-zer a seguinte pergunta:� Esta carta é preta?O pêndulo respondeu não? É preciso verificar. Se a carta for ver-melha, de fato, pode-se fazer um montinho num canto da mesa com to-das as cartas "boas". Se houve erro, faz-se um monte com as cartas erra-41 das. Depois de agir assim com todas elas, contabilizar o resultado eanotá-lo. Por exemplo: Quinta-feira, dia 14:18 B, 14 E (boas e erradas).É muito natural, no início, acertar, em média, apenas a meta-de. Rapidamente � se o exercício for repetido com regularidade �,os resultados correios passarão de 60% a 70%. Um belo dia, só ha-verá um erro em cada dez experiências, o que representa um exce-lente desempenho e dá ao iniciante uma boa dose de confiança.Brincar de batalha naval para treinarSe tiverem a sorte de poder brincar de batalha naval com outrapessoa, é bom fazê-lo. Trata-se de um exercício divertido. Além domais, representa uma excelente ginástica e faz com que a pessoa seacostume com a técnica da pesquisa com planos, muitas vezes indi-cada aos radiestesistas.

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Pede-se ao adversário para desenhar uma grade virgem e faz-se ou-tra para si. Num pedacinho de papel, pede-se também para ele traçaruma cruz do mesmo tamanho que as que serão utilizadas em sua pró-pria grade. É importante que tudo seja feito com a mesma caneta (sem-pre preta, como eu já disse). No início, é melhor começar com gradespequenas. Em seguida, coloque cruzes na sua própria grade e comecea pesquisa. Com a cruzinha do adversário na mão esquerda, passe odedo indicador dessa mão em cada coluna, perguntando, por exemplo:A B C D E F GZona de "ressonância" 42 � Tem uma cruz na coluna A?Repete-se a pergunta para as colunas B e C... Faz-se um círculoao redor das letras em relação às quais a resposta for positiva. Depois,repete-se a operação com as colunas numeradas. Logo, será possívellocalizar a posição das cruzes do adversário com maior precisão. Noentanto, o problema da "ressonância", de que já falei e que é muitocomum em radiestesia, poderá atrapalhar bastante. As casas vizinhasàs que estão marcadas com uma cruz podem provocar uma espéciede "eco", e uma reação positiva do pêndulo. Esse tipo de incidente di-minui à medida que a pessoa progride, desaparecendo por completocom a repetição dos exercícios. Basta trabalhar, trabalhar muito. En-tretanto, é preciso reconhecer que esse trabalho não é nada rebarbati-vo. Pessoalmente, estou acostumado a ir dormir de madrugada e jápassei horas (gastando verdadeiras fortunas!) brincando de batalhanaval durante a noite, por telefone, com alunos que se encontravama centenas de quilómetros da minha casa.Se não se encontrar um parceiro disponível, nada impede quese façam com antecedência várias grades, colocando-as em envelo-pes diferentes, podendo utilizá-las quando quiser. Para jogar, acon-selho segurar com a mão esquerda o envelope que contém a grade,"auscultando-a" e deixando o dedo indicador dessa mão deslizarsobre a grade virgem.*Para as cartas, ou as moedas, assim como para a batalha naval, ébom escolher uma hora em que a pessoa se sentir bastante descontraídapara trabalhar. Os resultados serão melhores se a cabeça não estivercheia de problemas. Se o radiestesista se sentir irritado, deve deixaro trabalho para mais tarde, evitando uma decepção. Se os resultadosnão forem muito regulares, ninguém deve se assustar, lembrando-sede que o desempenho e a performance variam todos os dias.Os videntes, magnetizadores e cartomantes, se fossem hones-tos, deveriam fechar as portas de vez em quando, "por motivo demau desempenho". Entretanto, são raras as pessoas que têm a fran-queza de confessar:� Volte amanhã. Hoje não é um bom dia para mim!Infelizmente!...^Quando a pessoa já for campeã de batalha naval, poderá complicar o jogo au-mentando a grade, fazendo navios de várias casas que serão chamados de cru-zadores, porta-a viões, submarinos etc. Com isso, os sentidos se tornarão bem maisaguçados.43

CAPITULO IVO PÊNDULOExiste uma multiplicidade de pêndulos, de formas e materiais dife-'rentes. Quero deixar bem claro que, geralmente, os pêndulos encon-

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trados à venda me decepcionaram. Depois de experimentar vários^tipos, resolvi fabricar meus pêndulos e aconselho que façam olesmo.De fato, os pêndulos que se encontram à venda são, pratica-nte todos, feitos por máquinas e não possuem personalidade. Se-a de cristal, metálicos, de madeira ou barro, permanecemïnimos e limitados, apesar da forma. O caso é diferente com oslê são fabricados a mão, artesanalmente. Testados com uma re-, graduada, estes obtêm notas de sensibilidade muito superioresi que saem da fábrica.' pêndulos do comércioA seguir, vou indicar os principais pêndulos que podem ser fa-nente adquiridos.pêndulo do abade MermetTrata-se de um dos mais conhecidos. Possui a vantagem de pó-T, em geral, receber uma testemunha.l pêndulos de cristal de vidro ou de rochaSão esféricos, tubulares ou com arestas bem marcadas. Os delartzo puro (muito caros e difíceis de serem encontrados) são muitoos em radiestesia médica, pois suas vibrações estão particularmente(acordo com as do corpo humano. Os de vidro não devem ser com-ios de modo algum.45O pêndulo de cone fictício, graduado, de madeiraSeu uso é bastante delicado; no entanto, os radiestesistas médi-cos apreciam esse tipo de pêndulo, particularmente no que diz res-peito às cores.O pêndulo com mercúrioO pêndulo de barro ou de madeira de pau-santoParticularmente útil na busca de metais, ele é muito sensível,e sua utilização, limitada. Um iniciante nunca deverá usá-lo. De fa-to, trata-se de um pêndulo mágico, com a particularidade de carre-gar o local onde ele gira do lado positivo, e descarregá-lo no casocontrário. Esse pêndulo pode ser utilizado com fotografias, mascorre-se um risco muito grande de fazer mal à pessoa que necessitade ajuda; por isso, apenas os iniciados deverão trabalhar com ele.Conta-se que os habitantes do antigo Egito utilizavam-no como ins-trumento de navegação. Funciona perfeitamente sobre a água e cos-tuma responder quando lhe pedem para indicar a direção da pirâmidede Queops.O pêndulo universal de Chaumery e de BélizalEste tipo também só deve ser utilizado por radiestesistas bem-treinados. Ele é esférico e possui um equador magnético Este-Oeste,e um meridiano elétrico Norte-Sul. Seu desempenho é excelente, mastrata-se de um aparelho delicadíssimo, extremamente útil no estudodas cores e das suas vibrações.O pêndulo de Turenne, de madeiraTrata-se de um excelente aparelho.Outros pêndulosExistem ainda outros tipos de pêndulos, de madeira ou me-tálicos, como, por exemplo, o pêndulo cilíndrico bispires, que dáexcelentes resultados. Mas há muito o que se inventar nesse cam-po. O professor Ravatin, da Universidade de Amiens, trabalha compêndulos cilíndricos de madeira sobre os quais adaptou letras he-braicas. Esses pêndulos especializados prestam excelentes servi-ços, mas só podem ser utilizados em casos específicos. A partirdesses trabalhos, baseados nas conclusões de G. J. Bardei, Chau-mery, Bélizal e Jean de La Foye, também fabriquei pêndulos he-braicos, utilizando a forma microvibratória que costumo reco-mendar. Sem revelar minhas descobertas (não se trata de guar-dar segredo, pois minha doutrina e meus hábitos de trabalho não46 são esses, mas apenas de falta de espaço), explicarei mais adiante

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como se utiliza o alfabeto hebraico na concepção de certos pên-dulos.Entre os nomes mais conhecidos em radiestesia, para citar ape-nas as pessoas que ajudam essa arte evoluir até alcançar caráter cien-tífico, além dos que já foram citados, convém não esquecer os no-mes dos Srs. Turenne, Morei, Enel, R. de Lafforest e o professorYves Roccard, que são os principais. Apesar da Igreja, que nuncaaceitou os radiestesistas que utilizam o pêndulo, algum religiososalcançaram fama excelente com suas descobertas. Ao nome do pa-dre Mermet � pesquisador de nascentes incomparável, a quem sedeve o pêndulo com seu nome �, temos que acrescentar os padresMoreux, de Valemont e Jean Jurion. Entretanto, é com tristeza queconstatamos até que ponto a França vê com maus olhos a radieste-sia e a parapsicologia, embora inúmeros pesquisadores de alto ní-vel, reconhecidos no mundo inteiro, sejam franceses. Por outro lado,novas estruturas, destinadas a fazer progredir o que chamaremosde conhecimento, surgem em toda parte, notadamente no Canadáe nos Estados Unidos, onde diversas universidades (a NASA tam-bém) recorrem regularmente a parapsicólogos de toda espécie. NoBrasil, a radiestesia é uma disciplina ensinada na escola. O Institutode Geologia de Moscou utiliza, permanentemente, equipes de geó-logos, geofísicos e fisiólogos, especializados em radiestesia. Antesde serem contratados e se tornarem funcionários, eles são testadosquanto às suas capacidades radiestésicas. Na França, a situação é| completamente diferente. Não existe nenhuma estrutura oficial li-|gada à parapsicologia. Encontram-se grupos de pesquisadores, tra-| balhando sozinhos, sem verbas ou qualquer outro tipo de ajuda. Em;Toulouse, que é a cidade onde as coisas mais "acontecem" nesse|campo, depois de Paris, existe um grupo de estudos de parapsi-|COlogia na faculdade do Mirail. Deve-se à iniciativa particular deprofessor de matemática, cujas ideias antiesotéricas e exoté-s me fazem duvidar da utilidade de tais estudos. Como meu3 tem como único objetivo trazer para a radiestesia pessoasl-intencionadas, não pretendo entrar numa polémica, a qual,rando em conta o clima atual, só provocaria resultados esté-i. Sem perder a esperança, conto com a era de Aquário, nali estamos entrando, para que, no futuro, essa situação possailuír.47 Fabricar seu próprio pênduloA respeito do pêndulo propriamente dito, aconselho, since-ramente, cada pessoa a fabricar o seu. Como o objetivo do pên-dulo é prestar serviços e não servir de enfeite, como uma jóia porexemplo, é inútil gastar dinheiro à toa com esse tipo de instru-mento.Com uma simples bola de buxoSe a pessoa não gostar desse pequeno trabalho manual que ser-ve de passatempo, pode comprar uma bolinha de peteca de buxo,no centro da qual deve atarraxar um preguinho, o mais reto possí-vel. Obtém-se assim um excelente pêndulo, cujo desempenho serátão espetacular quanto o de outros, que devem custar dez ou 20 ve-zes mais. Quanto a mim, após inúmeras experiências mais ou menos con-vincentes, acabei optando pela forma microvibratória, de cobre emadeira, ou só de cobre, quando quero utilizá-lo como pêndulo detestemunha.* Para melhorar ainda mais seu desempenho, utilizo,sempre que possível, fio de cobre onde passa uma corrente. De fa-to, observei que, com isso, sua sensibilidade aumentava.Tão importante, talvez mais até, quanto os materiais que o com-põem, a forma do pêndulo é primordial. É dela que dependem suasqualidades. Amplamente utilizado em suas pesquisas por Chaumerye Bélizal, o pêndulo microvibratório é, na verdade, um amplifica-

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dor das mais ínfimas vibrações, que ele consegue captar com facili-*Fabriquei também um pêndulo que me satisfaz inteiramente, juntando as qualida-des do cristal e as do cobre. Em um cone de cobre ao qual dou a forma microvibra-tória, introduzo uma bola de cristal de rocha de pureza excepcional. Esse pêndulotornou-se o instrumento de vários curandeiros que utilizam, em sua terapia, as qua-lidades incomparáveis do cristal de quartzo.48 dade, traduzindo-as com clareza raramente encontrada em outrosinstrumentos. Além do mais, sua sensibilidade faz com que ele dêuma resposta correia e muito rápida. Se tiverem a sorte de possuirum pêndulo desse, ou se conseguirem fabricá-lo, é bom fazer o tes-te do relógio digital. Como veremos mais adiante, usamos frequen-temente � por má informação � objetos de toda espécie, os quais,em vez de nos trazer energia, ou de serem neutros, "vampirizam"a que se encontra dentro de nós, chegando às vezes a devorá-la. Ora,como a própria vida já se encarrega de tirar todos nossos recursosnaturais, é melhor, na medida do possível, evitarmos as oportuni-dades que só agravariam os problemas.O modernismo e os progressos da ciência melhoraram bas-tante nossas condições de vida, mas a face oculta da moeda nosreserva, às vezes, péssimas surpresas. É o que acontece com o re-lógio digital. Muito preciso, ele representa uma das ilustraçõesmais flagrantes de nossa época. Seria perfeito... se não pagássemosum preço muito alto por sua pontualidade. As batidas do quar-tzo são, de fato, nocivas ao nosso organismo. Quando colocadocm cima de um relógio digital, o pêndulo microvibratório assu-me imediatamente uma rotação negativa muito elucidativa quantoà nocividade desse relógio. Além do mais, nós o usamos num lugarsensível do nosso organismo, o pulso, verdadeira encruzilhada denossas energias...Enquanto os pêndulos, de modo geral, não costumam rea-gir às más vibrações desse tipo de relógio � alguns permanecemcompletamente imóveis �, o microvibratório continua se mani-festando, até mesmo se o objeto estiver recoberto por uma folhade jornal. É bom assinalarmos, aliás, que o jornal é um dos mé-todos mais seguros de neutralizar os objetos negativos. Utilizadocm várias camadas (o que se torna fácil de determinar com umpêndulo microvibratório), ele acaba com quase todos os obstá-culos.Um pêndulo microvibratórioApesar de ter fabricado instrumentos de tamanhos diferentes,os que faço regularmente para meus amigos ou alunos têm, todosdês � exceto alguns, por motivos especiais � uma altura de trêscentímetros e meio ou de quatro centímetros e meio.Para fabricá-lo, é preciso possuir um pequeno eixo bem fi-no de madeira. Um galho bem reto apanhado no campo pode ser-vir, com a condição de ser inflexível. O ideal é encontrar um pe-queno galho de buxo. Tirar a casca e apontá-lo numa das extre-midades como se fosse um lápis, com a ponta bem fina. Cortá-lo49 com três centímetros e meio ou quatro e meio, dependendo donúmero de espirais de cobre (sete ou nove) que se pretende co-locar.Depois, pegar o fio de cobre, que deve ser grosso o bastan-te para não perder a rigidez, porém muito fino para ser molda-do sem qualquer dificuldade. De fato, sua secção só tem impor-tância relativa. Atua apenas sobre o peso do pêndulo. Alguns ra-diestesistas preferem pêndulos mais leves; outros se sentem melhorcom pêndulos relativamente pesados. Pessoalmente, isso não tem

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muita importância. Por outro lado, convém calcular o compri-mento do fio de cobre, para poder efetuar o número de espiraisdesejado. Digamos que, para um fio de quatro milímetros qua-drados de secção, será necessário um comprimento de 65 centí-metros para um pêndulo com nove espirais. Com um fio de doismilímetros e meio de secção, 50 centímetros de comprimento serãosuficientes.Quando este fio estiver encapado, é bom não esquecer dedesencapá-lo. Para a regularidade das espirais, a beleza e a harmo-nia do pêndulo, convém, desde o início, fazer com que o fio estejaperfeitamente retilíneo. Não deve haver nenhuma "saliência" emtodo o seu comprimento. Se isso acontecer, corre-se o risco de vol-tar a encontrar tal saliência durante toda a experiência; além do mais,seria um obstáculo para a perfeição do pêndulo, na hora do equi-líbrio.Quando o fio estiver pronto, pegar as duas únicas ferramentasnecessárias: uma pequena pinça de pontas arredondadas e outraachatada. Com a primeira, retorcer uma das extremidades do fiopara se obter um círculo. É importante, para o que vem depois, queesse círculo tenha um diâmetro interno de cinco a seis milímetros.Para que tal círculo seja absolutamente bem-acabado, assim que secomeça a torcer o fio para lhe dar forma, convém cortar dois outrês milímetros da extremidade para conseguir uma forma circularperfeita.O resto não apresenta a menor dificuldade, mas deve-se traba-lhar com atenção para obter um pêndulo sem defeito. Primeiramente,tomar muito cuidado com a maneira de enrolar o fio com a ajudada pinça achatada. Esse trabalho deve ser feito numa superfície li-sa. É o único modo de se conseguir um cone regular. Cada voltado fio precisa ser efetuada com minúcia e firmeza, e, no final, deve-se obter um caracol perfeito. À medida que o fio vai sendo dobra-do, cada volta deve permanecer em contato permanente com a pre-cedente, mas nenhuma pode se enroscar na outra. Contar as voltaspara poder parar quando se deseja um pêndulo de sete ou nove es-50 �ais. Após alcançar o número de espirais desejado, deixar maisiço centímetros para o laço que vai fixar a extremidade superior»eixo e o fio. O laço não pode ultrapassar esse tamanho para nãorapalhar mais tarde.Quando o caracol estiver pronto, pegar a outra extremidade compinça de pontas arredondadas. Fazer um primeiro anel e amarrarfio. Depois, fazer um outro círculo com o mesmo diâmetro do10 do de madeira. Trazer a extremidade superior do pêndulo, comdo cuidado, até o centro do caracol. Em seguida, afastar as espi-is, com a ajuda de uma faca, por exemplo. É necessário agir com^rema delicadeza para que haja sempre o mesmo espaço entre as' 'ais: esse afastamento deve ter de quatro a cinco milímetros, odá um cone da altura do eixo que se insere agora no conjunto.rtar o laço superior para manter bem firme o eixo do pêndulo,r um nó na extremidade do fio, deixando-se o tamanho que qui-entre dez e 30 centímetros.A grande maioria dos pêndulos é vendida com uma corren-2mbora esse acessório produza um efeito bastante marcante,�rrente deve ser abolida. Seja de madeira ou metálico, o pên-> precisa ser completamente isolado do operador. Isso é fun-lental. Eu mesmo já testei e mandei testar pêndulos munidosuma corrente, e os mesmos pêndulos munidos de um simples |A diferença entre eles é tão sensível que seria uma pena es- iir as qualidades de um pêndulo acrescentando uma corrente, ti ela de ouro. O fio poderia fazer girar o pêndulo em volta |Hmesmo sem qualquer coerência. Se for possível utilizar umiem torsão, é o mais aconselhável. Se não, molhar esse fio eo pêndulo dependurado por algumas horas. A torsão desa-

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;rá.Existe um problema importante que ainda não foi abordadoÍ: trata-se do sentido segundo o qual as espirais devem ser orien-IS« de baixo para cima do cone. Podemos dizer que não há umaH estrita, assim como para o número de espirais do pêndulo. Meululo particular "sobe" no sentido dos ponteiros do relógio, quan-olha para ele da ponta. Observei que essa maneira de construí-lo(roçava maior vibração comigo. Mas observei igualmente que taltoão era válido para todos os meus alunos. Por isso mesmo, ca-�|essoa deve ter a possibilidade de encontrar o pêndulo que me-H|lhe convém.lOcorre o mesmo no que diz respeito ao número de espirais. Umaantiga opõe vários radiestesistas quanto a este problema;! um grupo que se considera dono da verdade e acha que to-51 dos devem obedecer à regra. Creio que esse tipo de "guerrinha"é tão inútil quanto a discussão sobre o sexo dos anjos. Testei 18pêndulos microvibratórios fabricados ao mesmo tempo (no mes-mo dia, ou seja, no mesmo período lunar). Esses pêndulos tinhamsido "girados" ou no sentido dos ponteiros do relógio, ou no sen-tido contrário, e possuíam entre três e 11 espirais. Os testes fo-ram feitos com alunos que ainda não tinham uma vasta experiên-cia no campo da radiestesia, e também com magnetizadores quemanipulavam o pêndulo muito antes de eu nascer, assim comocom Guiliaume, a respeito de quem já falei bastante. E chega-mos à conclusão de que não existe um número ideal de espiraisnum pêndulo! Trata-se de uma constatação que se tornou óbviadepois de mandar testar todos os pêndulos, um após o outro, emedir com a régua qual o mais adequado para cada pessoa, ou se-ja, com que tipo de pêndulo a pessoa se entendia melhor. É ver-dade que o pêndulo com nove espirais é o mais aceito, porém,algumas pessoas não conseguem com ele a metade dos resulta-dos obtidos com outro modelo, em melhor harmonia com suas vi-brações.O pêndulo hebraicoAs pessoas que conhecem os trabalhos de G. J. Bardei e do pró-,fessor Ravatin, ou que leram Ondes de Vie, Ondes de Mort* (On-das de Vida, Ondas de Morte), de Jean de La Foye, já sabem queo alfabeto hebraico oferece inúmeras utilidades no campo da pes-quisa esotérica.Para falar a verdade, a energia que emana dos caracteres he-braicos é tão intensa que nos sentimos capazes de façanhas "extraor-dinárias", se conseguirmos captá-la e utilizá-la. Felizmente, oproblema é bastante complexo e não está ao alcance de qualquerpessoa. Acho que esse alfabeto, que não tem relação com o que uti-lizamos em nossa civilização, está tão bem protegido que seus se-gredos mais íntimos nunca serão revelados. Entretanto, certaspessoas, perfazendo um grupo limitadíssimo, conseguiram extraira sua "essência". Um dos maiores especialistas no assunto � cer-tamente o melhor que existe na França � é Yves-Albert Dauge, pro-fessor de civilizações antigas na Universidade de Perpignan, e autordo livro L 'Esoterismo pour quoi Faire?** (O Esoterismo Para Fa-*Robert Laffont, Editora.**Dervy Livres, Editora.52 o Quê?). Trata-se do único cientista que conheço nesse campo.)u usando propositadamente a palavra "cientista" porque tive)ortunidade de perceber até que ponto ele domina o assunto. Essastão, aliás, é extremamente árdua e faltam referências, tudo pre-[ ser redescoberto, ou antes, descoberto. A civilização hebraicaSpoca de Jesus Cristo não tem mais nada a ver com o que erapassado. Perdeu sua alma e, se ainda falta muito para ela desa-

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ecer, está sempre sofrendo ataques tão violentos que ficamos es-tados com sua sobrevivência.Como creio que é preciso procurarmos as razões do que somosÇ em nossas vidas anteriores, gostaria imensamente que Y. A.|ige me contasse o que sabe a respeito das suas últimas vidas. Pa-(Ossuir seu saber e falar tão bem a respeito da Bíblia, que lê fluen-|ente no original, em hebraico e grego, é muito provável que ele|a participado, de alguma maneira, dos acontecimentos que mar-|m nosso mundo. Certo dia, enquanto eu me dedicava a pesqui-^ sobre a energia dos caracteres hebraicos e suas possíveiscações, ouvi Dauge falando no rádio a respeito da Energia. Del maneira tão simples e lógica que resolvi contatá-lo. Interessa-^m meus trabalhos, ele me convidou a sua casa. Passamos jun-doras inesquecíveis e extremamente proveitosas para mim, e estouOde que têm de se repetir... se o tempo, que não pára, nos der^oportunidade. Todas as pessoas que participam do seu centroItudos, por toda a França, principalmente em Paris e no sul do|loire, vão entender minha linguagem.Soltarei a falar sobre esse poço de ciência, representado pelo(homem, em minha opinião, que alcançou o conhecimento uti-ào de saída a grande linha reta... O que quero dizer é que elea hesitou. Ninguém lhe ditou o seu saber, a não ser uma forçaa; ele trabalhou muito, procurou por mais de 25 anos e um dia,^mente, sentiu-se digno de seguir seu caminho e pregar sua ciên-|É o que ele faz atualmente, para felicidade de todos nós.|A respeito das letras hebraicas e dos pêndulos, não quero en-lum terreno tão complicado que poderá, em outra oportunida-er tema de uma obra mais especializada. Direi apenas que, aor Y. A. Dauge explicar a palavra amém e dar a sua tradução,l ideia de fabricar um pêndulo com essa inscrição em hebraico.em vista o modo segundo o qual o utilizo, este pêndulo é,um, o mais prestativo; só recorro a esse instrumento em últi-tância e quando não existe outro recurso. Já vão entender porIPreciso confessar que acredito em Deus. Não posso sentir-metioso desse sentimento, o que seria ridículo. Afirmo simples-ique acredito, muito obrigado, meu Deus! Além do mais, se53 já passei, como todo mundo, por momentos de dúvida que eramapenas a consequência de provas difíceis, não poderia deixar de acre-ditar em Deus. Por um lado, à medida que vou progredindo nas pes-quisas, percebo que minhas descobertas, até mesmo as maismodestas, aproximam-me cada vez mais do Criador. Por outro la-do, se eu ficasse famoso ao afirmar que o ateísmo é a solução, nãoteria mais nenhum amigo. Não conheço um único radiestesista, umúnico magnetizador, mágico, vidente etc. que não acredite em Deus.Não posso dizer que eles não existam: apenas nunca encontrei, denenhuma raça ou religião.Não pretendo dizer que tenho visões (refiro-me àquelas pessoaspara quem a Virgem se "manifesta"); proclamo apenas, em alto ebom som, que Deus existe e que eu O encontro quando preciso dE-le. Por essa razão, reconheço a realidade do outro, da besta, cujosrepresentantes especiais encontramos permanentemente. O proble-ma não é esse. A respeito da palavra amém, faço questão de trans-mitir aos meus leitores o que diz Y. A. Dauge, mostrando que seescreve f 6^ em hebraico. A tradução literal dessas três letras é aseguinte: Que deus venha em meu coração!Não tem nada a ver com o "assim seja" proclamado pêlos ecle-siásticos há séculos! Além do mais � sempre na opinião de Y. A.Dauge �, dizia-se Amém (e deve-se dizer) não apenas no fim deuma reza, como também no início. De certa forma, trata-se da cha-ve que permite abrir a porta que nos separa do Criador. Por issotive a ideia de escrever amém em hebraico sobre um dos meus pên-dulos. Como o "acaso" sabe o que faz, tive o privilégio de encon-

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trar em meu caminho o monge Herry � já falecido � a respeitode quem falarei mais adiante, ao abordar o tema dos óleos chama-dos "essenciais". O monge Herry tinha uma maneira especial de uti-lizar o pêndulo. Ao segurá-lo, recitava uma reza muito simples comas seguintes palavras:"É em nome do pai de todo amor,É em nome do filho de todo amor.É em nome do espírito de todo amorQUE ESTOU AGINDO."Fazia muito tempo que eu recitava essa mesma reza, a qual fi-zera com que evitasse as armadilhas da "trapaça", tão frequentesem radiestesia. Essa reza, associada ao uso do meu pêndulo marca-do com a inscrição íüa, nunca me decepcionou.Tendo em vista a finalidade deste livro, que é de ajudar as pes-soas que se sentem atraídas pela radiestesia, fornecendo-lhes armas54 a o adversário, aconselho o leitor a fabricar esse tipo de pên-para o qual não conheço concorrente. Levando em conta o ca-espiritual da inscrição, só se deve utilizar esse pêndulo quandoïr realmente necessidade.Mgumas pessoas utilizam uma aliança amarrada a um fio de cabelo ou a uma(orno pêndulo. Isso não deve ser feito. Por ter sido benta com um objetivotcciso, a aliança não deve ser utilizada como pêndulo em caso algum. Depen-das perguntas feitas, ela poderá responder qualquer coisa. Eu mesmo tive athidade de verificar o fato.55

CAPITULO VCOMO UTILIZAR O PÊNDULO> já vimos, a primeira coisa a fazer é determinar em que senti-t pêndulo responde positiva e negativamente. Esses dois senti-irecisam ser opostos, obrigatoriamente, e de forma muito clara.entanto, em certos casos, o pêndulo se recusa a dizer não,|ndo-se a demonstrar sua desaprovação ao se balançar de ma-| neutra. Se isso acontecer, o radiestesista terá de aceitar, pelono momento, esse tipo de resposta. Esse pequeno defeito,ide levar à maior confusão, deve desaparecer com a repetiçãoercícios. É importante efetuar diariamente, de cinco a dez mi-para quem dispuser de pouco tempo, exercícios indispensá-Para se manter a forma e progredir. É bom não esquecer quepores virtuoses começam o dia com uma série de escalas.irando os resultados obtidos com esses exercícios forem cor-f pode-se passar ao trabalho propriamente dito, começando-sear o pêndulo de maneira útil. Não se deve fazer como o jo-rtorista que sai a toda velocidade. É preciso iniciar lentamente,quando a pessoa se sente muito segura.? fato, algumas pessoas conseguem mais facilmente do que(um desempenho surpreendente; no entanto, devemos descon-nanentemente das respostas obtidas. Nunca se deve esque-;o do erro, que representa um perigo constante. A primeira) para evitá-lo é trabalhar, de posse de todos os meios e emideal.mto a mim, prefiro trabalhar de manhã, depois do banhofé. Após uma noite bem-dormida, a mente sente-se livre, ale-os ainda não teve tempo de ser agredida pelas preocupaçõesl diária. Além do mais, está "vazia", ou seja, o cansaço ain-i conseguiu poluí-la. O fato de se ter a mente vazia é impor-ra todo trabalho delicado em radiestesia. Esse é o estado)tivo.57

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Segurar o pêndulo, o de tipo vibratório, entre o indicador e o po-legar. E não desse modo. 58 De manhã, a primeira coisa que faço não é ligar o rádio para ou-s notícias, nem ler o jornal durante o café. Também não ligo aisão, como costuma acontecer cada vez mais nas casas. Com is-8 pessoas que conversavam pouco entre si, à mesa, na hora do al-o ou do jantar, por causa do noticiário na televisão, também não«crsam de manhã... Não é o meu caso. Como moro sozinho gran-arte do ano, de manhã falo comigo mesmo, com toda calma. ÉIço momento em que me encontro realmente a sós comigo e nãoE mão dessa oportunidade. Entretanto, costumo convidar Bach oufart para meu despertar, do qual trato com o maior cuidado.|Em seguida, pego uma carta de baralho em meu escritório, aoe tento determinar sua identidade. É o meu modo de treinar er a forma. Só deixo passar um único erro. Quando não descubroacarta, pego outra. Se não conseguir achar a resposta correia,o pêndulo de lado e não toco mais nele o dia inteiro. É melhorr por um dia melhor! Por isso, fico preocupado ao ver radieste-ïrofissionais utilizando o pêndulo sem parar, todos os dias úteis,|umã à noite. Não sei como fazem para não cometer erros e mere-l preços altos que costumam cobrar. Aliás, a esse respeito, já te-neu modo de pensar; de fato, em várias oportunidades pude ve-ir o quanto certos profissionais ficavam atrapalhados. Fiz issoincadeira, mas também para saber a verdade.l^ara utilizar o pêndulo com o máximo de chances de êxito, é i|)mental sentir-se perfeitamente bem, quanto ao corpo e à mente, '|8se de todas as energias. Quem pode jurar que tal situação ideal ||)ete sempre? Algumas pessoas preferem trabalhar à noite, o j! perfeitamente possível. Eu mesmo já trabalhei assim. Mas é(o estar descansado. Nesse caso, é melhor verificar os resultá-la manhã seguinte. Acontece cada surpresa...'0-sugestâo. primeira desconfiança, em relação ao pêndulo, é a auto-1o (ou sugestão). Ela representa a causa da maioria dos erros.mm. evitar sua influência. Para combatê-la, a primeira regra con-�empreque possível, em não olhar para o pêndulo. Por isso, in-1 o sistema das "bolas". De fato. coloco nelas as palavrasRantes que orientam minha pesquisa. Enquanto meu dedo in->r esquerdo fica apalpando o conteúdo da bola, para captar to-^ibrações, seguro o pêndulo com a mão direita, fora do alcanceolhar. Ao perceber que o pêndulo iniciou seu movimento de, "surpreendo" o sentido segundo o qual ele se efetua.59