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ANNO f. MÇv •/<!* siiiAwo. * »iá afUixaB© &&i.í i®<*& **• # ¦ 4m&* -»•¦- »»•' . ¦ ««¦¦.*»'M%t»».í**»«««*1 - "¦»«t**»M»»*-V».ÉHII> I I IWÉ ii IWn i !—»«'¦¦* fitüià tiiiii$i. ésíééIIéíí i iiiiiii y k láJÉs--- ? >x ; A redacção toma a responsabilidade dos seus art.- gos; todos os mais para serem publicados de- verão vir competentemente legalizados. Annuncios a 80 réis por linha, com abatimento para os que forem repelidos por mais de uma vez. Numero avulso -120 róis. j ; ses c assignatuiia paua a cidade, r Proprietário—Aiexas&aSr*» I^rasacnsco j «Mulopericutosamlibertatem Por anno. . . . 8$000l©erbciott Werrfieixtt.Iquam quiclum servitium:» , Por semestre. . . 4 <v65>OOü M-~i^v^>g_,^^=-\ Por trimestre'. . . 2$ 000) Publica-se as Quartas-feiras e sabbados de cada se-l Antes os espinhos da liberdade.; r.vuA fóka./mana; e subscreve-se no escriptorio da Typ. da Liher- jqueas flores da escravidão. Por anno. . . \ * Q;$> 0001 dade, rua Formosa.Tiiaducçaõ. x A LIBERDADE. Fortaleza, 4 de junho. As insidias e maquinações que os ini- rniíiüs da paz interna e externa de seu paiz não cessão de urdir para apresen- tarem o governo e as câmaras eni com- ^'pleta desharmonia, são tão destituídas dt3 fundamento qirmto é o justo equi- librio e bôa-intelligéncia com que traba- Ihão os altos poderes politicos. Os homens-dos extremos não sa- bem a que recorrer: ao estudo reflexi- \o do governo denominão indicizão e marasmo as providencias por mais ajustadas com as razões de estado que as dictarão, classificão de subversivas da ordem—e ao mais elevado pen^a- mento dc paz e de ordem denominão medo ou falta de consciência de seus actos. x*x' x *x Mas todo aquelle que reflectir no-mo- do e maneira' porque os agentes do povo se hão conduzido na empinada tarefa da publica gestão, terão cunhe- rido quanto terreno a prudência e a justiça hão conseguido, nos poucos dias da as- cen< ão da nova politica. No exterior o credito, .a paz e boas relações; no interno o progresso e a ordem regular de todas as estações éramos do publico serviço, são a p,n> va inconcussa da boa administração do paiz. Para isso não é preciso compulsar os factos ; basta olhar-se para a pl?y- sionomia de todos os negócios— basta", sa- ber-se que o pavilhão brasileiro recebe á cada dia as mais sinceras homenagens de todas as nações amigas. Que importa, pois, que um punhado de dyscolos sem respeito á si nem a ver- dade dos factos se comprometia deste modo perante o paiz, que tem conscien- cia de seus incrementos moraes e ma- teriaes? E' preciso não descer á raiz das in- formações para crer na superficialidade de factos, meramente inventados por espirUõs de acanhada esphera, c do mais rcvòftanied espolio Por mais que os inimigos da aetua- lidado se esforcem para elevar a seduc- ção á arte, faltando os princípios ne- cessa rios a illuzão, não poderá produ- zir senão efleitos ópticos, e dc uma luz vacillante, que não pôde manter-se por muitos momentos. Pintar, pois, dentro é fora do impe- rio o paiz em combuslão—negar aquillo que e.stá na consciência publica, sem fa- et os especificados para merecer aquelle grau de confiança e credebilidade que seria para desejar; é a tarefa de nm grego Sinon e de outros, que pelo sen- timento da vingança rão duvidão sa- crificar os mais sagrados objectos de seu amor e veneração. As câmaras, quaesquer que sejão as idéas que as emballão, jamais sedescar- rearão da justa senda do devore da jus- tiça: o governo por seu turno corres- pondera coma mesma franquezae leal- dade, como até aqui tem procedido. E assim, sejão quaes forem as vistas das suppostasa^tms', emquanto os chamados estadistas da reserva assim pensão eas- sim precedem; reformas importantissi- mas sedêsperam nesta sgeção, que, á pas- sarem, ter'io os amigos da actualidade justificado o seu proceder, apoiando um governo, de cujas intenções não é dado duvidar senão depois de uma longa serie de factos. Aguardamos, portanto; o desfeche do grande drama político que se ensaia, para julgarmos das cousas pelos dados <]ue otempo nos houver de ministrar. MÕSAICOT Vapor «lo sebS—QOyapock; que suecedeu nesta viagem ao Tocantins, trouxe-nos a grata noticia de achar-se. restabelecido de sua saúde o senador por esta provincia Francisco de Paula Pes- soa. x. A' par desta, outras novas de não- me- nos importância para'os'amigos dady- nastia reinante nos trouxe, que vem a ser .--achar-se a sereníssima princeza D. IVcrdeira :pTesunx't);va do tbrouo contractada para cazar com o filho se- gundo do rei da Bélgica ; e a.segun- da princesa com ura príncipe allemão,. da casa Saxe-Coburgo-Golha, que teia dado fundadores para todas as monar- chias do mundo. D'j Diário Official consta que as ço- marcas de Santarém, na provincia do Pará,'e a do ipú nesta, fforão designa- das para nellas terem exercicio os jui- zes de direito ''Francisco de Farias Le-, mos, e Francisco Urbano da Silva Ri-* beiro ; aquelle na primeira, e este na, segunda: Que o engenheiro Dr. José Eduardo Barbosa fora exonerado das' obras'pu- blicas desta provincia ; sendo substitui-1 do pel) engenheiro civil Dr. Zozimo Fidelis Barroso; e posto a disposição da presidência o engenheiro Dr. Josá Pompêo Cavalcante de Albuquerque, que se achava á serviço na provincia do, Piauhy:.;- Que o ministro da justiça ainda não havia qualificado a nova comarca do Cascavel por falta das precisas infor- mações; afiançando em publico, que emquanto houvessem juizes avulsos^, não nomearia novos.||fi; ^•werxa.—¦ Consta-nos que os ca-" pitães Leonel Alves de Carvalho e Jos£ de Carvalho Figueira, que se dizem fo- ragidos da Telha, vierão pedir provi- dencius para segurança de seus direitos»' civis e politicos, altamente ameaçados por motivos politicos ou eleitoraes: Que a presidência, ouvindo-os com aquella attenção e urbanidade que a ca- racterisa, resolvera proceder na mais- escrupulosa indagação, afim de fazer respeitar o direito do cidadão em toda. sua plenitude. Folgamos de praser, sempre que uma authoridade se faz respeitar respeitando, a lei; pelo que cada vez mais nos coi> vencemos das nobres e cívicas virtudes do digno administrador, a quem a Crua, confiara os destinos Io povo cearense. §>aSwao—O írniliro americano, que Contem deixou as nossas praias;,;pru\ou relações de síía na- d estado das boas LtüL cão "co:.n este jjnp.criov;- cbem atfsirii - ; GIVEL

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  • ANNO f.

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    siiiAwo. * »iá afUixaB© &&i.í i®vencemos das nobres e cívicas virtudesdo digno administrador, a quem a Crua,confiara os destinos Io povo cearense.

    §>aSwao—O írniliro americano, queContem deixou as nossas praias;,;pru\ou

    relações de síía na-d estado das boasLtüL cão

    "co:.n este jjnp.criov;- cbem atfsirii- ;

    GIVEL

  • •£•A. rjIRKftDADE.

    _- -"" - 3g j.' -

    mais subido grau de considerarão, quetrihuta ao pavilhão brasileiro.

    AO fçair a nossa bandeira deu unia sal-va dc 21 tiros] de peça, que pela no-v idade sorprehendeu a todos. Entretan-to, para prova do desarranjo dos nqs-sos negócios bellicos, tão alta conside-ração ia deixando de ser correspondi-da por falta de saceos para os tiros.

    Até quando o pobre Ceará ha de serpatrimônio de quanto analphabeto hapor esse mundo para vir fazer a sua es-tréa nesta provincial

    O Sr. major Padilha acha-se em umestado de tão completa nuilidade, quan-to é o desarranjo que se nota nos ne-.gocios á seu cuidado ; ciando depois deavô o surdo para namorar a cocos ba-.bões, corno se chamão no sul as Maça-hibeiras..

    Persistência.— O Brazil, oualguém por elle, tendo-se negado a umafiga ofiensiva e deffensiva com a Ame-rica do Norte, insiste em não querer ac-ceder ao convite cresta para um con-gresso de todos os estados d'America.

    Não sabemos onde esteja o desar oudesconveniencia deacceitar-se qualquerdas duas exigências ; porquanto aindanas velhas cortes da Europa se obser-va a maior fraternidade entre as c'rôase as republicas: haja vista a Àllem.a-nha.

    •Estamos, que, o Brazil tivesse adheri-

    do a liga com a America do Norte; nemesta teria passado pelo cataclisma maishorrível que se tem visto entre um po-vo de irmãos; e nem o Brazil pelas de-cepções e.máós tratos porque ha passa-do , quer das republiquetas suas visi-nhas, e quer do insolente Leopardo^que tantos ultrajes nos tem inftingido.as _

    A PEDIDO,Não sei que tãograndes faltas tenha

    commettido o amigo Sr. Capitão JoséNunes para com Deos, pelas quaes me-reça um castigo tão severo, como o dolutar com doudos.

    •;Por oceasião de suecumbir nos h.cs-pitaes de S. Caza um pobre pai de fa-milia, que ali estava em tratamento, fezentrega ao meu amigo de seu filho louco,C pediu-lhe nos seus últimos momentos,que velasse sobre querido—Burbure-ma— assim se chama este infeliz.

    O meo amigo tem até hoje, cumpridoa promessa que fez—isto não obstante otrabalho e encommodos que tem tido. I

    Quando porém se julgava com algumdescanço, eis que surge um outro loucoainda mais furioso 1 I! 1.!

    O I.° pela sua condicção pouco favo-ravel, pôde o meo amigo, a força demuito trabalho refreal-o. O 2.' po-rém é impossível poder domal-o, vistoser para isso mister o emprego de meiosfortes, incompatíveis de serem pelo meoamigo applicados a um sacerdote, pelorespeito e veneração que sempre tríbu-toua essa nobre classe, cujo sacerdóciodevia por sem duvida de ser ropresen-tado por anjos e por homens e por issose disporá entregal-oa discripção; paraque encontrando alguém cjue tenha me-

    nos escrúpulos do que elle, se encarre-gue de í-eu ensino.

    Esse sacerdote dequem fallo, éo in-comparável Padre Guerra, hoje consti-tuido collaboradordo jornal Pedro II!!!

    Quem diria, que o Órgão do partidoConservador, admiltisse em suas co-luuuias insultos e calumnias dc um lou-co ? 1 11 1 Oh! misérias das misérias !! I

    Sei que nenhuma vantagem se tira emestabellecer-se uma discussão, cu mes-mo dar-se uma simples resposta aos es-criptos dessa classe de infelizes;mascomono a.rl.°hiserto no bem conceituado G)r-gão do partido conservador, que vémassignado pelo Sr. Padre Guerra, conte-nha alguma cousa que mereça explica-ção; eu tomo a mim dal-a, visto que omeu amigo por pedidos deixou deo fa-zer — não só para conhecimento do pu-blico, como para que, quando Deos per-miltir ao S. Padre Gurra, alguns mo-mentos lúcidos posia elle cor ar; se dissofôr susceptível.

    Na i* parte de seu libeilo, diz S. R.,cum referencia ao meu amigo, quequando se compara com certo* ihtli-viduos, reputa-se alguma cousa, e atése suprõe em posição elevada.

    Nisto tem S. R. razão — é mania detidos os loucos se julgarem em posi-ção muito elevada, quer em honrarias,quer ern dinheiro, e ate em instrucçao—para o que haja vista o General Tito,que não só se persuade exercer seine-Ihante posto., como que é milionário.

    Na 2a parte diz ainda S. R., que omeu amigo insultou, injuriou, e cobriode lama a um indivíduo, e que poucodepois votou nelle para deputado pro-vincial.

    O meu amigo tem consciência de seusactos, e crf_o que não se arrepende cíoque praticou, e nem está na disposiçãode dar satisfação ao Sr. padre Guerra,é a outros que o mede pela mesma bi-tola.

    Diz finalmente S. R. no seu libeilo,que o meu amigo o [óde insultar, quejamais descerá a medir-se cem elle, quebanio de seu coração os sentimentos dedignidade.

    Tudos que conhecem o capitão, J< séNunes, lhe fazenj a devida justiça—elle não se alimenta cem intuitos e ea-lumnias como o Sr. padre Guerra—elle tem a precisa dignidade, a qual sófalta ao homem que sendo constante-mente ludibriado pelo partido conser-vador, como foi S. S., e se ve em to-dos os jornaes d'essè partido, e comespecialidade o Furão, se ha hoje cons-tituido um vil instrumente (tosse mesmopartido è um aduiador sem limites da-quelles mesmos de quem tanto depri-mia, chegando sua. baixeza e falia depudor ao ponto de, com o seu hálitotalar, em pleno dia, e em uma da» ruasmais publicas d'esla cidade, andar aga-chado puxando üm carrinho com a jo-ven—Miguelina—e roncando para imi-tar o monótono cântico dos carros ar-rastados á bois II!

    Oh I vergonha para quem a tem IPôde o Sr. padre Guerra insultar aseu bel-prazer ao meu amigo, que lheasseguro, que elle não se rebaixará aoponto de responder-lhe—pôde unir-secora esses miseráveis da sua laia. t pas-

    ior-lhe outras guias ainda mais irifa-mantos—pôde mesmo esgç tar o seu dic-cionnriq de -ribeira- certo de que, omeu amigo, como verdadeiro christãotudo lhe perdoa, e implora a Deus quelhe r-stilua o juízo, isto é, se S. R.KU oteve.

    Fortaleza, 5 de junho de -ISU.M. N. I.,Secretario.*.

    IM»

    Attendão!! !A *t|ue ponto de desmora-lisaçao c corrupç&o tens

    chegado a imprensa ves*--MeBha ena nossa provün-cia?-

    A. cc (.'on&tStwiçtío i> furtacartas do ®r. capittlo An-tonio Theodorico éaspuhil-ca; es-sa nosso anaig© fa__nina resenha tio e,_rpceta-culo de domingo pas-sado,dando alpn„ — elogios a&£$* heroina da ordein dodia , _>. Infante, e mandaeni carta fechada? e sub_ •criptada ao redactor do —aPedro II:»—estestMn inataceresnonia inostra ao «emÇ^alter ego padre Paz asavessas, aabi&hcteirox* quetransmitte ao seu lidus —Achates Xico • I„ as-sim é guardada a inviola-biiidade Jdo segredo da int-

    99

    ^¦-.-_ A

    As sterlinas.

    «¦

    TRANSCRIPGOES.A capitania do porto desta prêvincia s

    o Sr. capitão d$ fragata Hodrigo JoséFtreira.

    O funecionario publico inepto é umpeso que carrega o estado.

    Se elle é prevaricador e de máos ins-tinetos, é ainda um flagello para a so-ciedade que o encerra, em quanto sedistribue tolerância. Mas se o funciona-rio é zeloso no cumprimento de seus de-veres, se é probo e activo, isto é umavirtude que engrandece a nação, dá-lheforça e vida, e torna saliente a utilli-dade do cargo que exerce o funcciona-rio que assim procede.

    Nestas ultimas condições está o dignocapitão de fragata, Rodrigo José Fer-reira.

    Este distineto funecionario, tendo di-rígido a capitania do porto desta pro-vincia desde -1855 até .858, tornou-setào importante aquella repartição queelle e seus empregados ©ecuparão um lu-gar muito necessário na classe dos func-cionarios públicos da provincia.

    A marinha mercante, a população dolittoral, os estaleiros de construcção na-vai e a navegação em geral em toda pro-vincia, submettidosa um regimen serio,,á uma punição justa e inevitável, mar-chavão com tanta ordem e re_ularid«,

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    que o chofc que tudo isto dirigia fez-secercar de um prestigio tal, que a politicaentão dominante, receiando a luta nocampo eleitoral, estabelicida pela repulsade uma porção de homens, aos quaesninguém ousava impor, pelo amor ede-dicacãoque tinhão asou chefe, fel-ore-tirar de entre nós, com a importante com-missão de montar a capitania do' portona provincia do Ceará.

    Era então um governo injusto e into-lerante, querendo anniquilar a infiuen-cia do cidadão, mas o mérito do func-cionario obstando a violência do noder.

    Transferido para o Ceará o Sr. Rodri-go José Ferreira, senlio-se logo em todaa provincia a faltado funccioiiario pro-bo, intelligente, dedicado ao serviço pu-blico, c, sobretudo, regido no compri-mento de seus deveres.

    E a capitania do porto, sob a admi-nistração de alguns de seus suecessoreslonge deprehenchcr o fim de sua impor-tarife instituição, tornou-se uma repar-tição sem vida, uma entidade inactiva,e até mostrou-se interessada em abusosque devia reprimir; porque infelizmenteentre nós ainda sç conferem cargos porcommodo individual, enão pela necèssi-dade do bom desempenho do serviço doestado:

    E'assim que a navegarão fluvial naslagoas e rios «Ia provinna que era frrtncae sem impecilhodo ordem alinima, diíl-cultou-se por um extraordinário nume-ro de armadilhas, conhecidas pelo no-me de caiçaras c curraes, apontndc tor-mirem sobre modo arriscados de noiteas viagens nas lagoas.

    E então a capitania do porto, cercadadc toda a força e meios necessários, pa raextirpam mal, que traz como promptasconseqüências as coroas e baixios, comoo gigante que de alfange armado temeu avíbora que dormitava, mas porque o a'\-gante precisava da víbora para um fimque a priori não era fácil conhecer.

    Hoje, porém, que o governo collocoude novo na direcção da capitania do por-tó desta provincia o digno funecionario,de cujo nome venerando nos temos oceu-p a d o, j á v i m o s q u e a i n d a i n t e r essa d o s n a-que!Ia especulação que entre nós ficaram,suspiram pelo apparecimento dos abusosem que tanto se alimentaram, asociéde-de se regosija, vendo um funecionariopobre, encanecido no serviço de seu paiz;sem mais do que um mesquinho obu-lõ que recebe a titulo cie soldo, arranca-doe separado do eremio de sua carafamilia, .esposa e filhos, sacrificar com e-nergia esses interesses torpes, para pôrem acção o domínio cia lei, e o desem-pe 11ho ücl de seu ca rgo.

    E deste esforço vai nascendo o bempublico, que se manifesta pela limpezadas lagoas, o'desapparecimento desse o-bstaculo que seoppunhaá franqueza danavegação, nasce ainda a ordem e res-peito no subordinado que se ye o supe-rior desempenhar seu dever com honraesemsophisma, nasce, finalmente, a con-fiança do cidadão na lei e na autoridade.

    Se o governo lançasse mão para ascommissões mais importantes do minis-terio da marinha de officiaes superiorescomo o Sr. Rodrigo, somos levado acrer que não estaríamos hoje privadosdos melhore? navios de nossa armada,

    os quaes selem perdido, quasi semprepela incúria decomniandanles que nãotem outro mérito, mais do que um pa-rentesco de ministro, ou o patronato,muitas vezes condicional, de algum gran-de do estado.

    O Sr. Rodrigo José Ferreira, lendo hapouco, feito prender e multado a todosos donos de caiçaras que se encontravamnas lagoas deste município,acaba agora dechecar das Alagoas, em cujo littoral pro-cedeu a minuciosos exames, e onde cor-rigiu immensos abusos que, por alli, setem dado em violação do regulamentode 10 de maio de 1840.

    Proceda assim o distineto funeciona-rio, que nunca esqueceremos seu nome,amenos nas columnas deste jornal.

    ( Do Jornal de Maceió)

    lo de «laneiro H «Se saBebioele 18SS.

    Teve hoje lugar o encerramento daprimeira srssão, e abertura dá segun-da da presente legislatura. Nova fal-In do fhrqrio, nova resposta, novos re-Intorios. novos orçamentos, nova lei de,fixação do forças, novas discussões inu-teis, novos palliativos. Não posso com-binar com estas solemnidades do sys-tema representativo, que tem a proprie-dade de ser o mais moroso, e dispen-dioso. Tudo isso estavn feito; por tan-to para que renovar? Ua alguma cou-sa mais a dizer ? Uns additamentos aorelatório explicavam as alterações. Oorçamento feito hontem pôde, com pe-quenas alterações, servir para amanhã

    Tudo o mais é perda de tempo, des-perdicio inútil.

    S. M. fechou, e abriu as sessões comtoda as demnidade, ea realesa apresen-tou-se perante a nação com todos osseus emblemas, séquito, e ostentação.

    Parece-metudo aquillo um pouco fos-sil, e anachronico ; -mas eu não. passode um bisonho selvagem lá do norte,ondcpesses ouropeis, e tradiccionae-s.u-sanças, não teem o apreço, que sabe dar-lhe a corte.

    Fareee-me, salvando o respeito de-vido, tudo aquillo uma phantasmagoriapueril, que somente pôde entreter osolhos.'

    Passemos adiante. À tribuna dedica-da ao bello sexo no senado estava or-nada de bellas flores, que quiseram ten-tar aclimatações na Syberia. ínfelizmen-te a oceasião não era própria de derre-'ter-se o gelo, que encarapuça os velhi-nhos pelos raios, que se despediam dosardentes olhos. Em outra qualquer oc-casião talvez que o degelo tivesse lu-gar, e um caudaloso ri.) de eloqüênciacorresse pelo campo de SanfAnna, chris-mado em Acclamação.

    S. M. annunciou em sua falia, qu®tratava do casamento das augustas prin-cezas : e ainda não sabemos quaes se-rão os seus regios consr>rtes. Parece,que o negocio está muito adiantado, poisa não ser assim, não teria sido decla-rado official mente.

    Breve será do domínio publico.

    maus/Em mummmsmàBÊÊÊÊÊmÊÊSsapÊammm

    Também declarou, que as nossas re-»lações com a Grã-Bretanha estão soba mediação de S. M. o rei de PortugaL

    Disse, que a missão especial ao esta-*,do oriental do Cruguay tem por firo;obter satisfação devida ás nossas recla-mações, e providencias efllcazes para si»realisarem as garantias dos habitantesde seu território. Kecomniendou a re-.forma da lei de T> de dezembro, acom-«panhada do melhoramento da sorte dir.magistratura; a reforma dn.-.lei hypò-<thecaria ; melhora da legislação eleito-*ral; organisação conveniente da admi-nistração das províncias, t municípios*Também uma lei de promoção para m.marinha ; um bom systema de recru<lamento ; e um código militar.

    Finalmente, nos melhoramentos ma—terjaes, o prolongamento da estrada d^ferro Pedro 11.

    Achei mais amenidade n'essa falia, da-que nas ultimas do encerramento, prin-*eipalm.nte na qué precedeu á disso-*lução. > •

    S. M. pondo-se á frente das refor-mas, que o paiz reclama, adquire no^vos titulo» á estima., e amor dos brasi-,#lei ros.

    Mas os publicistas dessa provincia, que?nos illumiríarn uo Jornal da Parahybn„já -disseram, cum o desplante costumeisro, que nada mais havia á inventar, e.descobrir, que tudo estava feito, e que?,devíamos esperar o mais do acaso, tçdas forças novas, que fosse adquerin-*do, não sei quem.. a a .a

    A coroa pensa de outra forma j mas*elles de ha muito, que não. concordai!.*com ella.

    Deve receber e publicar a falia dorthrono, pelo que nada mais adiantareia respeito.

    Outra matéria. Não encontrando em.que matar o tempo, tenho tomado: apenitencia de ler os annuncios dos jor-*naes desta corte, onde se encontra ma**:teria para cem volumes de legitimaibornardices. Não vá agora comprome-c;tter-me com seus collegas, dispensa-»dores dà opinião publica/

    Tome nota, e guarde segredo.Não quero failar-lhe'., nos pomposos*

    annuncios litterarios de « obras bemsacabadas », « gênios precoces», « ta-«;lentos brilhantes», que pertencem ac*gênero dos. da « salsaparrilha der Bris*-tol » e « pilulas vegetaes», nem mesmosnos de Cupido, com que sem cerimo-inia, cada um vae mandando dizer te-*legraphicamente o que quer á alguenvSmenos aos conciliatórios, em que se?lamentam crueldades e ingratidões, re—firo^me a estes, e quejândos: •¦"•« Bmaviuva, ainda bem conservada, e que tem;com que passar folgadamente, quer achar,um marido moço , robusto, que seja,gentil, embora não possua nada (de di*-»nheiro). Quem se jnlgsr em eircums-ptancias, mande seu retrato, com as in-dicações ao escriptorio deste jornal comias iniciaes taes ao subscripto da carta, &c__

    E quantas propostas, e amostras nao*receberia a viuvinhasaúdusee de seu fi-nado marido, que sabe Deus o que lhecustou para deixal-a conservada ê foi-,gada ?

    « ü.rri rapar, solteiro, que tem poucaserviço necessita de uma creada mooay

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    A LIBERDAE.9SS

    que seja vistosa (isto é que não use

    E assim sem mais, nem menos, es-tam os escriptorios dos jornc.es da cortefeitos bazares, bancas dc leiloieircs,correios de Citherca ou cousa umpeu-quito peior, e o publico illustrando-sccom estas, e outras bcllezas.

    Aqui mais ao fim da surtida paginaé um humanitário, que descobre o re-médio do mal das vinhas, a maneirada reproducção das vaccas, a miracu-losa bisnaga para as cazeiras; ou ou-tro que descobre um novo systema ver-minoso de moléstias, as quaes, todas esem excepção, cura com a herva deSanta Maria, sem esquecer os tuber-culos pulmonares, essa providencia damedecina nesta corte; ou outro que in-ventou maquinas, systemas, ou cousi-tas interessantes á humanidade, comoconservar os grãos alimentícios semruínas por um anno, querendo por issoum privilegio, e um prêmio.

    Mais além é outro encorporandouma sociedade de capitães indefinidospara tirar pintos sem gallinhas, matarpulgas sem pós, ou fiar lã de ka-gado. g

    Do outro lado, em letras de garra-fão, está um inventor, profundo nachiruica, illustrado na botânica, conde-eorado com todas as medalhas do mun-do, que faz encabellar os calvos, e nas-cer pelio mesmo nas unhas, como noscarangueijos.

    Ainda além é um medico operador,que arrancou tantas libras de carne docorpo do próximo, que fica assim di-minuido no peso do corpo, e da algi-beira.

    Este corla pernas, braços, orelhas aqualquer, que não carecer de taes trás-tes; aqueile arranca dentes sem dôr,para aqueile outro pôr dentadura sempiedade.

    E dous terçoSj quando não mais, seconsome n'esse jogo de desparates, queas vezes me matam o tempo, e provocamhomericas risadas.

    Se ponho estes de parle, e vou á Sema-na illustrada, Bazar Volante, e Pátrio-ta Burlesco, então rio-me, as vezes doespirito, e outras vezes da falta. Quantoa estes, porém, é mister maior cautellaporque pelo menos, tiraram-me a ten-tação de tirar o retrato, para que nãopilhem algum exemplar para ornar suagaleria. .-,

    Se tiverem alguma vez de levar-me aexposição, ha deserde costas,como fazemquando não possuem a verônica do ex-posto.

    Ha uma espécie de rivalidade entreaquelles tres órgãos da salyra carica-turista, que os obriga a expremer de-masiadamente o espírito para obteremmatéria.

    Se largo todos os jornaes, e vou poressas ruas; vejo que esta cidade è umurimenso jornal, cheio de annuncios.Nas taboletas, nas paredes, nas porta-das, nos batentes, nas calçadas] nós-oitões: sâo annuncios- mais 'áimuncioSi •rniutos annuncios. As paredes dos mu-ras ésíatàliücraiméííüe cheias,,

    Aqui ò uma fabrica de café cem leite,ali uma padaria econômica, acolá umaçougue philautropo ; mais além umpintor synipathico; adiante um artistapopular; de um lado a fama da America,cm frigir sardinhas; do outro é um ba-zar de figado assado; um pouco adianteo hotel das quatro nações, que alimen-ta quatro in mens, um pouquito adianteo botei Brazil, onde nào se falia portu-guez, e come-se a ai.tropophago' Final-mente ó o boulevard Carceller, quenãoé boulevard, e sim uma mulher viuvaque não tem geito de Bi ulevard.

    Seria mister uma missiva cem (spal-mes cúbicos da cidade de S. Sebastiãopara dizer tudo quanto ha nesse gosto..s Tudo isso traduz-sc, «este mundo édas imposturas; e quem mais sabe iin-pôr, mais auianta, e engerda. »

    Agora estamos na epocha dos dramas!e quanto mais imeresimeis, e contrariesás antigas regras dramáticas, melhor.

    As Mil euma noites representadas emoutras tantas com o luxo oriental, emlata e papelão; as viagens de Guliver,principa,nie..te ao paiz dts cavallos ra-cionaes deviam fazer furor. Eu querover se lanço as bases d'este ultimodra-ma, com um maquiuismo de arromba.D. João de Marai a, ou os ovos de ouronào hão de fazer tanto furor; e pretendoser coroado em scena, para gloria d'es-sa terrinha, e honra do século das luzes;mas ha de ser com uma coroa de luz e-ieetrica, c< mo ultimamente se inventoupara adorno das cabeças femininas.

    Tome nota e caie-se.•( Do Publicador.)

    a ni i aiiieA FAMÍLIA E A CIVILISAÇÃO

    roaJoaquim Guemes da Silva e Mello.

    { Continuação do n.c 85.)

    « A sciencia sacerdotal entre os pa-gãos, diz o insigne Lacordaire, estavaclausurada em seu templo onde apenasera permittido o ingresso á alguns es-trangeiros vindo de longe para interroga-los. O ensino dtsphilosophos limitava-seao circulo dos seus dicipulos: e era asombra dos pórticos ou dos jardins que cl-les, rodeado das honras d-amisade e dashonras da palavra, lh-o^transmitiam. Je-sus Christo procedeu de modo mui di-verso; aos depositários de seu verboencarnado, á seus apóstolos não disse:esperai que venham pedir-vos a verdadenão lhes disse: Hide passear pelos jar-dins e a sombra dos pórticos « plátanos;mas sim:—hi.dey ensenai a todas as na-ções. Não vos assustem nem as diffii-culdades das línguas, nem a difierençados costumes, nem o poder dos princi-pes; não interrogueis o curso dos rios,nem a direcção das montanhas, hidesempre caminho direito; hide como vaio raio d-aquelle que, vos envia, comofoi a palavra, que chamou o cahos ávida, e como vão as águas e os anjos. »Bi.de confiados na força de vossa mis-são, sem lemer as contrarie:!ados domundo, porque o fulgor da verdade

    vencerá as trevas da terra e a vossa vi-cloria será cxplendida,—d portai inferinon prevalebunt. Estai certos de que oreinado do erro concluiu sua tarefa, jo-gou sua última carta c perdeu a partida.Era essa paiavra de vida que nos clavauma «humanidade rehabilitada, vivifica-tia pela fé, guiada pela caridade e es-clarecida pelo espirito de Deus; » eraa palavra de regeneração annunciadapelos prophetas na serie dos tempos ecumprida em sua plenitude ; se nãoíô-ra a sua apparição o mundo teria sue-cumbido sob u peso immenso de suacorrupção.

    No estado cie abjecta degradação 'aque haviesido reduzida a especiehuma-na só um adjulorio sobrenatural, umsoecorro vindo do céu, um milagrepodia fazer com que o carro da cor-rupeão detivesse sua velocidade; só aacção potente do catlmlismo consegui-ria baixar as ondas impetuosas desseterrivel dilúvio, só elle appagaria asia\as do grande Vesuvio, que ameaça-vam submergir a terra. A acção devo-radôra do polytheismo de mãos dadascom o mais desenfreado sensualismo ti-nha derrocado todos os fundumentosda familia e deitado por terra todos oselementos capazes de manter uma so-oiedade; a ignorância, u barbaridade ea miséria, com todo o lugubre cortejode suas funestas conseqüências, haviamanniquilado os povos e perdido a huma-nidade. Quando o christianismo, comopor encanto, echoou nos confins d'Asiaá voz grandiloca e altisonante do Filhode Maria, póde-se dizer que o homemnão era mais homem, ha\ia se collo-cado em uma escalia abaixo da do bru-to. Sim; o bruto ao menes acariciavaa companheira e alimentava ós filhos,mas o homem vendia sm esposa e ma-tava seus filhos: já não lhe podia ca-ber o magestoso titulo de

    '-príncipe da

    creaçao.O analisado Taparelli proclamou umaverdade evidentemente reconhecida pe-Ia razão e altamente attestada pela his-toria quando disse que «a civilisaçãoi.e uma sociedade recua sob a iníluen-

    cia do individualismo, é estacionaria soba influencia de uma authoridade mor-ta, e é progressiva sob a acção de umaauthoridade viva.» Na verdade são es-tas as tres bitolas mais infalliveis pa-ra examinar-se o grán de aperfeiçoa-mento de um povo ; e o que dá-secom um povo não se desmente na hu-manidade. Vamos ver como por estestres meios o calholicismo rehabilitou asociedade e deu uma verdadeira civili-sação ao mundo ; vamos ver come ei-le venceu o individualismo antigo ecol-locou a humanidade sob a influenciade uma força activa, de uma authori-dade viva.

    (Continua.)

    -Ceará:— Typographia da Liberdade.-Impresso por Francisco do Moura,

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