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o tempo - p. 22 - 07.10.2011

CoNt... o tempo - p. 22 - 07.10.2011

eStADo De mINAS - 1ª p. e p. 21 e 22 - 07.10.2011

o tempo - p. 24 - 07.10.2011

eStADo De mINAS - p. 21 e 22 - 07.10.2011

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eStADo De mINAS - p. 23 - 07.10.2011

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HoJe em DIA - p. 22 - 07.10.2011

o globo - p. 3 - 07.10.2011

A defesa de G. E. L., investigado pelo Ministério Público do Esta-do de Minas Gerais (MP-MG) por suposta participação num esquema de produção, tráfico e comércio ilícito de carvão vegetal, impetrou Habeas Corpus (HC 110573) no Supremo Tribunal Federal contra sua prisão pre-ventiva, decretada pela juíza de Direito da Comarca de Monte Azul (MG) e mantida, sucessivamente, pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais e pelo Superior Tribunal de Justiça. O relator do HC é o ministro Gilmar Mendes.

Segundo o MP mineiro, G. E. L. integra um grupo que “domina os setores de produção de ferro gusa e carvão vegetal em vários estados da Federação”, com base em Minas Gerais, “principal polo da indústria side-rúrgica e de carvoejamento”. Com a participação de funcionários públi-cos, o grupo é suspeito de praticar crimes contra o meio ambiente, contra a ordem tributária, contra o patrimônio (estelionato e receptação), contra a fé pública (falsificação de documentos) e contra a vida (homicídio).

A defesa alega que a investigação que deu origem à prisão preven-

tiva “é ilegal desde o nascedouro”, devido a seu desmembramento e dis-tribuição em diferentes comarcas. Com isso, a prisão teria sido decretada por juízo incompetente e desfundamentada, sem prova da existência de crimes e indícios suficientes de autoria.

Segundo os advogados do investigado, o próprio MP identifica G. E. L. como “laranja”, cujo único envolvimento seria o fato de seu nome constar no contrato social das empresas utilizadas pelos demais investiga-dos para a alegada pratica de crimes. “Evidentemente o papel de ‘laranja’ exclui, por definição, a possibilidade de participação intencional e cons-ciente nas ações pelos supostos membros do alegado esquema”.

Sustentam ainda que as medidas cautelares de intervenção judicial nas empresas investigadas, com bloqueio dos ativos financeiros, apreen-são e sequestros de bens, tornam impossível o funcionamento da suposta organização, e, desta forma, o “laranja” não ofereceria risco à ordem pú-blica ou econômica que justificasse sua prisão.

CF/AD

Supremo trIbuNAl FeDerAl - DF - CoNAmp - 07.10.2011

Investigado por desmatamento em MG pede habeas corpus

CoNt... o globo - p. 3 - 07.10.2011

CoNt... o globo - p. 3 - 07.10.2011

eStADo De mINAS p. 20 - 07.10.2011Água tem, mas falta gestão

Estudo feito em 10 bacias hidrográficas do mundo indica que uso adequado do líquido pode garantir o abastecimento durante todo o século e dobrar a produção de alimentos no planeta

Thais de LunaBrasília A escassez de água é apontada como

uma das principais causas para a ocorrência de conflitos no mundo nos próximos anos, principalmente por forçar a emigração de milhares de pessoas das áreas que sofrem com o problema. Um estudo publicado na mais recente edição da revista International water, no entanto, aponta que as reservas disponíveis, se bem gerenciadas, podem suprir as necessidades de consumo, de for-necimento de energia, das indústrias e do meio ambiente durante todo o século 21. E mais: que a água disponível pode ajudar a dobrar a produção de alimentos de maneira sustentável nas próximas décadas.

A análise, apresentada recentemente no 16º Congresso Mundial da Água, reali-zado no Recife, tem como foco a condição dos sistemas hídricos e alimentares em 10 bacias ao redor do planeta, incluindo a do São Francisco, e sua relação com o cresci-mento populacional no mundo – estima-se que, em 2050, o planeta terá 9 bilhões de habitantes. Tais bacias (veja quadro) esten-dem-se por 13,5 milhões de quilômetros quadrados e são usadas para suprir as ne-cessidades de aproximadamente 1,5 bilhão de indivíduos, dos quais 470 milhões estão entre os mais pobres do mundo.

Segundo os pesquisadores, o líquido está, de fato, acabando em alguns rios im-portantes como o Amarelo, na China, e o Indo, que cruza China, Índia e Paquistão. Mas, de acordo com o líder do estudo, o doutor em filosofia de ciências do solo pela Universidade de Cambridge Simon Cook, o problema é principalmente gerencial. “As fontes de água em bacias que abastecem o setor industrial estão sob estresse intenso devido ao mau uso por parte da população. As pessoas utilizam a água além do nível sustentável, e é aí que está o problema”, descreve, em entrevista ao Estado de Mi-nas. O especialista destaca ser crucial a im-plementação de políticas eficazes na gestão desses recursos. “O papel de políticos e de instituições voltadas para o meio ambiente é crucial para o desenvolvimento sustentá-vel do ecossistema nessas regiões ligadas aos rios.”

Ainda de acordo com o estudo – ela-borado pelo Grupo Consultivo de Pesquisa Agrícola Internacional, patrocinado pela Organização das Nações Unidas para Agri-cultura e Alimentação (FAO) –, uma das formas de aumentar a produção de alimen-

tos é investir mais em sistemas agrícolas que usam a água da chuva para irrigação.

“Encontramos terras aráveis na Ásia e na América Latina em que a produção es-tava pelo menos 10% abaixo do potencial. Isso representa uma grande oportunidade para aperfeiçoar sistemas de captação e uso da chuva e nos leva a acreditar que esse é o fator que ampliará a capacidade de produ-zir alimento”, explica o líder da pesquisa.

Cook, porém, diz não ser possível afirmar em quantos anos a produção de ali-mentos no mundo poderia ser dobrada com as medidas sugeridas no relatório. “O que posso dizer é que existe essa capacidade caso os governos invistam o suficiente na agricultura, ao contrário do que tem ocorri-do nas últimas décadas.”

Brasil Especificamente sobre o Rio São Francisco, o grupo de pesquisadores descobriu que a bacia é uma das mais de-senvolvidas economicamente entre as es-tudadas, embora existam pessoas vivendo em condição de pobreza nas áreas ao redor do rio. “Mudanças rápidas estão ocorren-do na paisagem agrícola do rio, que têm implicações na pobreza rural e urbana”, observa o britânico. Essas mudanças são a convivência de dois tipos de agricultura em áreas próximas: a agricultura familiar, conduzida por pequenos produtores, e a co-mercial, feita por latifundiários e empresas. Simon Cook comenta que, felizmente, esse desenvolvimento ocorre em limites consi-derados seguros, necessários para suprir as demandas populacionais sem destruir o meio ambiente.

O pesquisador espera que os resulta-dos do estudo possam ser usados para aju-dar a guiar futuras políticas de conservação das bacias. “Além disso, queremos auxiliar a comunidade global na área de pesquisas, uma vez que ela se prepara para enfrentar as maiores demandas das economias dos países desenvolvidos e em desenvolvimen-to”, completa. Cook acredita que a maior dificuldade da análise foi compreender a natureza multidisciplinar do problema da água no mundo, envolvendo questões hi-drológicas, agrícolas e sociais. “Mas é aqui que se baseia a força da nossa pesquisa, pois todos os aspectos da interação entre os rios e a população devem ser entendidos para tomar as decisões corretas em relação a sistemas tão complexos.”DIStrIbuIção

De acordo com o coordenador do Nú-cleo de Estudos Ambientais da Universida-

de de Brasília (UnB), Gustavo Souto Maior Salgado, os resultados da pesquisa estão corretos. “Água nós temos, o que falta é gerenciá-la corretamente”, diz.

O professor de geoquímica analítica e geoquímica ambiental da UnB Geraldo Resende Boaventura, por sua vez, embora concorde com o artigo, acredita que faltou abordar os aspectos relacionados com a dis-tribuição da água. No Brasil, por exemplo, há grandes volumes de água na Amazônia, região com baixa densidade demográfica. “Nesse caso, o grande volume de recursos hídricos disponíveis não tem grande valor para outras regiões”, comenta. O professor afirma ainda que a água é um recurso finito quimicamente e renovável apenas dentro do ciclo hidrológico. Desse modo, todas as vezes que o ser humano interfere nes-se ciclo, seja na transferência de água en-tre bacias e alteração de qualidade, podem ocorrer problemas no futuro.

transposição do

Rio São FranciscoA bacia do Rio São Francisco, que tem

634 mil quilômetros quadrados de área, ocupa 7,5% do território brasileiro. Durante o man-dato do presidente Luiz Inácio Lula da Sil-va, o governo federal implantou o Projeto de Integração do Rio São Francisco com Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional, com o objetivo de assegurar a oferta de água na Região Nordeste. O empreendimento, muito polêmico e que motivou recursos contrários no Supremo Tribunal Federal (STF), é coor-denado pelo Ministério da Integração Nacio-nal e visa ao abastecimento de 12 milhões de moradores de 390 municípios do Agreste, do Sertão e dos estados do Ceará, da Paraíba, de Pernambuco e do Rio Grande do Norte. Esti-ma-se que o projeto, cujas obras começaram em 2007 com a construção de 750 quilôme-tros de canais de concreto que alterarão o cur-so do rio, seja concluído em 2025. De acordo com o ministério, a transposição deve custar cerca de R$ 8 bilhões, orçamento que inclui obras a serem feitas e o lançamento de pro-gramas que estimulem a população a usar os recursos hídricos de maneira eficiente e sus-tentável. O ministro da Intregração Nacional, Fernando Bezerra, afirmou recentemente que as obras de transposição do Eixo Leste, que captará água da barragem de Itaparica, em Pernambuco, devem ser concluídas até o fim de 2014. Por sua vez, as obras do Eixo Norte – que vai captar água do São Francisco pró-ximo à Cabrobó (PE) – devem chegar ao fim em janeiro de 2015.