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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃOUNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA DOS ALIMENTOSCURSO DE QUÍMICA DE ALIMENTOS
CONTROLE DE QUALIDADE EM RAÇÕES E EM SUAS MATÉRIAS-PRIMAS
Relatório final de estágio apresentado à Universidade Federal de Pelotas, sob a orientação da Prof.a Angelita Machado Leitão, como parte das exigências da disciplina de Estágio Supervisionado, do Curso de Química de Alimentos, para obtenção do título de Bacharel em Química de Alimentos.
Jaqueline da Silva Rodrigues
Pelotas, dezembro de 2007.
ALUNO
Nome: Jaqueline da Silva Rodrigues
E-mail: [email protected]
CONCEDENTE Razão social: Sadia S.A.
Unidade da empresa: Sadia S.A. – Unidade Concórdia.
Setor de realização do estágio: Laboratório Central de Nutrição Animal.
Endereço: Rua Senador Attílio Fontana, 86; CEP 89700-000; Concórdia – SC.
Fone: (49) 34443456
Web-site: www.sadia.com.br
Supervisor do estágio: Joice Bastos – Bacharel em Química de Alimentos.
ESTÁGIOÁrea de atuação: Laboratório Central de Nutrição Animal da Sadia S.A. – Unidade
Concórdia.
Período do Termo de Compromisso: 03 de setembro de 2007 a 21 de novembro de
2007.
Período coberto pelo relatório: 450 horas de estágio curricular.
Número de horas do relatório: 450 horas.
Orientador: Professora Angelita Machado Leitão.
Relatório apresentado no 8° semestre do Curso de Bacharelado em Química de
Alimentos referente ao 2° semestre letivo de 2007.
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Resumo
RODRIGUES, Jaqueline da Silva. Controle de Qualidade em Rações e em suas Matérias-Primas. 2007. 33f. Relatório final de estágio. Curso Bacharelado em Química de Alimentos. Universidade Federal de Pelotas, Pelotas.
O relatório apresentado na disciplina de Estágio Supervisionado do Curso de Bacharelado em Química de Alimentos da Universidade Federal de Pelotas descreve as atividades realizadas pela acadêmica Jaqueline da Silva Rodrigues durante a realização do estágio curricular correspondente ao 8° semestre do curso, o qual foi realizado no Laboratório Central de Nutrição Animal da Sadia S.A. Unidade de Concórdia – SC, no período de 03 de setembro a 21 de novembro de 2007, totalizando 450 horas. O objetivo deste é descrever as atividades realizadas no laboratório central de nutrição animal. Dentre as atividades destacam-se o recebimento das rações e de suas matérias-primas, a identificação das mesmas, o preparo das amostras para as análises, o armazenamento e as análises físico-químicas realizadas. Além das rações para aves e para suínos, o laboratório recebe diariamente amostras das matérias-primas utilizadas nas rações, tais como farinha de penas, farinha de vísceras, farelo de soja, farelo de trigo, milho, glúten, calcário, fosfato, sal, óleos e graxas. As análises freqüentemente realizadas no laboratório são: determinação de índice de peróxido, determinação de cloretos solúveis, atividade ureática, determinação de cinzas, determinação de umidade e voláteis, determinação de minerais e metais pesados por espectrometria de emissão atômica com fonte de plasma indutivamente acoplado (ICP/AES), teor protéico, teor de fibras, extrato etéreo, cálcio por oxidimetria e acidez (em ácido oléico e em mg de NaOH). Os farelos de soja da segregação são analisados em espectrofotômetro de infravermelho próximo (NIRS). Paralelamente às atividades realizadas no laboratório, teve-se a oportunidade de participar de diálogos de segurança e de reuniões onde o objetivo principal era discutir os resultados das auditorias internas do Programa 5S realizadas semanalmente. Participou-se também de visita à fábrica de farinha de vísceras e de penas. Dessa forma, o estágio realizado no Laboratório Central de Nutrição Animal foi extremamente importante para a vida profissional, pois, além de permitir que fossem colocados em prática muitos conhecimentos teóricos adquiridos ao longo do Curso de Bacharelado em Química de Alimentos, possibilitou a aquisição de novos conhecimentos.
Palavras–chave: Alimentação Animal. Ingredientes. Análises Físico-Químicas.
Sadia.
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Lista de figuras
Figura 1 Organograma da Empresa Sadia S.A.........................................................7
3
Sumário
Resumo................................................................................................................ 2
Lista de figuras .................................................................................................... 3
1 Introdução......................................................................................................... 6
1.1 Caracterização da empresa........................................................................... 6
1.1.1 Caracterização da Sadia Unidade de Concórdia........................................ 8
1.1.2 Caracterização do Laboratório Central de Nutrição Animal........................ 8
2 Objetivos........................................................................................................... 10
2.1 Objetivo Geral................................................................................................ 10
2.2 Objetivos Específicos..................................................................................... 10
3 Atividades Desenvolvidas................................................................................. 11
3.1 Preparação das Amostras.............................................................................. 12
3.2 Principais ingredientes utilizados na rações.................................................. 12
3.2.1 Milho............................................................................................................ 12
3.2.2 Soja............................................................................................................. 13
3.2.3 Trigo............................................................................................................ 15
3.2.4 Farinha de penas e de vísceras.................................................................. 15
3.2.5 Minerais.......................................................................................................
3.2.6 Óleos e gorduras.........................................................................................
16
17
3.3 Análises Físico-Químicas...............................................................................
3.3.1Determinação do Índice de Peróxido...........................................................
18
18
3.3.2 Determinação da Atividade Ureática........................................................... 19
3.3.3 Determinação de Cloretos Solúveis............................................................ 21
3.3.4 Determinação de Cálcio por Oxidimetria.................................................... 22
3.3.5 Determinação de Cádmio e Chumbo por Espectrometria de Emissão
Atômica com Fonte de Plasma Indutivamente Acoplado (ICP/AES)................... 24
4
4 Atividades Extras.............................................................................................. 29
4.1 Programa 5S.................................................................................................. 29
5 Sugestões......................................................................................................... 31
6 Conclusão......................................................................................................... 32
Referências.......................................................................................................... 33
5
1 Introdução
1.1Caracterização da empresa
A empresa Sadia foi fundada em 1944, na cidade de Concórdia (SC), por
Attílio Francisco Xavier Fontana. A produção começou em um pequeno moinho de
trigo e em um abatedouro frigorífico de suínos, onde se fabricava farinha, farelo de
trigo, banha, toucinho, lingüiça e salame (MANUAL DE INTEGRAÇÃO, 2007).
Hoje, a Sadia é uma das maiores empresas de alimentos da América Latina e
emprega cerca de 49 mil funcionários, distribuídos entre 13 unidades industriais,
conforme indicado na Figura 1, 17 filiais de vendas, 8 centros de distribuição e 11
escritórios no exterior. Por meio de seu Sistema de Fomento Agropecuário, mantém
parceria com cerca de 10000 granjas integradas de aves e de suínos
(INFORMATIVO SADIA, 2007). Comercializa mais de 680 produtos em todo o Brasil
no segmento agroindustrial e na produção de alimentos industrializados congelados
e resfriados, além de cortes de carnes bovina, suína, de frango e de peru, massas,
doces e margarinas. A empresa lança, em média, 60 novos produtos por ano
(MANUAL DE INTEGRAÇÃO, 2007).
Por quatro vezes consecutivas (2001, 2003, 2004 e 2005) a Sadia foi eleita a
marca mais valiosa do setor de alimentos brasileiro, em pesquisa divulgada pela
Interbrand – consultoria inglesa conhecida pela tradicional lista das 100 marcas mais
valiosas do mundo (INFORMATIVO SADIA, 2007).
A Sadia figura, há dois anos, entre os dez maiores exportadores do país,
comercializando cerca de 1000 produtos para mais de 100 países em todo o mundo
(MANUAL DE INTEGRAÇÃO, 2007).
Sua visão é “ser a empresa de alimentos mais competitiva do setor no mundo
em soluções de agregação de valor”, e sua missão é “alimentar consumidores e
clientes com soluções diferenciadas” (MANUAL DE INTEGRAÇÃO, 2007).
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Figura 1 – Organograma da Empresa Sadia S.A.Fonte: SIEGERT, 2005.
1.1.1 Caracterização da Sadia Unidade de Concórdia
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Conselho Administrativo
Faxinal dos Guedes (SC)
Parque Fabril Agropecuárias
Unidades
Francisco Beltrão (PR)
Duque de Caxias (RJ)
Campo Verde (MT)
Três Passos (RS)
Campo Verde (MT)
Chapecó (SC)
Várzea Grande (MT)
Dois Vizinhos (PR)
Paranaguá (PR)
Industrializados
Fábrica de Suínos
Fábrica de Aves
Brasília (DF)
Uberlândia (MG)
Laboratório de Rações
Toledo (PR)
Fábrica de Rações
Concórdia (SC)
Ponta Grossa (PR)
Embutidos
A unidade de Concórdia, em Santa Catarina, emprega aproximadamente
6200 funcionários, e está dividida em departamentos como embutidos,
industrializados, abate de suínos e de aves, subprodutos de origem animal (farinha
de pena e de vísceras) e fábrica de rações.
A fábrica de rações recebe diariamente matérias-primas de origem animal,
vegetal e mineral, destacando-se os farelos de soja, farinha de vísceras e de penas,
milho, trigo, graxas, óleos, calcários, fosfatos, glúten, sal e outros. As de origem
mineral e vegetal são adquiridas de terceiros, seguindo os padrões de qualidade da
empresa. Já as matérias-primas de origem animal, como farinha de penas e de
vísceras, são adquiridas a partir dos resíduos gerados pelos frigoríficos de aves e de
suínos da própria empresa, e são transportadas para a fábrica de rações onde são
utilizadas como ingredientes nas formulações das rações.
As rações são produzidas de acordo com as necessidades específicas de
cada animal, segundo o tipo e a fase de crescimento do mesmo.
A produção da fábrica visa atender as necessidades dos criadores que
trabalham no sistema integrado com criação de aves e de suínos.
A unidade de Concórdia participa da Copa da Excelência, que é uma
competição interna, entre os departamentos, onde são realizadas auditorias
semanais de 5S para garantir que tudo esteja conforme. O objetivo dessa copa é
preparar a unidade para uma competição maior, que é o Prêmio da Excelência, o
qual é disputado por todas as unidades.
1.1.2 Caracterização do Laboratório Central de Nutrição Animal
No laboratório central de nutrição animal são realizadas diariamente análises
físico-químicas nas rações produzidas na própria unidade e nas rações produzidas
em outras unidades, bem como nos ingredientes utilizados na preparação das
mesmas.
Chegam diariamente ao laboratório mais de 100 amostras de diferentes
formulações de rações e de matérias-primas utilizadas nas mesmas, como farelos
de soja, milho, trigo, óleos, graxas, glúten, sal, sulfato de cobre, calcários, fosfatos e
farinhas de penas e de vísceras. As análises realizadas diariamente são:
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determinação de índice de peróxido, determinação de cloretos solúveis, atividade
ureática, determinação de cinzas, determinação de umidade e voláteis,
determinação de minerais em espectrômetro de emissão atômica com fonte de
plasma indutivamente acoplado, teor protéico, teor de fibras, extrato etéreo, cálcio
oxidimétrico e acidez (em ácido oléico e em mg de NaOH).
As amostras da segregação, como são denominados os farelos de soja, são
analisadas em espectrofotômetro de infravermelho próximo (NIRS), onde se
estimam os teores de proteína, de umidade, de fibras, de extrato etéreo e de cinzas.
Dependendo dos resultados obtidos, o caminhão é autorizado a descarregar ou não.
O laboratório funciona das 06h00min às 23h00min para garantir o fluxo das
análises, e é constituído das seguintes salas: recebimento e preparação das
amostras; salão central, o qual possui bancadas, capelas e armários; uma sala
quente, onde estão localizadas as estufas e as muflas; análise instrumental I e II;
sala de pesagem, com balanças de precisão de 0,0001g; célula de análise química;
lavagem de materiais e sala de reuniões.
A equipe é composta por: 7 analistas (3 Técnicos Químicos, 1 Técnico em
Alimentos, 1 Químico Industrial de Alimentos e 2 Químicos de Alimentos) e por 2
Técnicos de Apoio.
Cada analista é responsável por determinado número de análises, e os
mesmos são responsáveis por digitar os resultados encontrados no “lead-time”, o
qual é uma planilha de controle onde são armazenados todos os dados referentes
às amostras. Ao digitar os resultados, o analista deve verificá-los para ver se estão
de acordo com o esperado, e então enviá-los às fábricas de rações em, no máximo,
5 dias úteis.
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2 Objetivos
2.1 Objetivo Geral
O objetivo geral do estágio foi acompanhar a rotina do Laboratório Central de
Nutrição Animal da Sadia S.A. (Unidade Concórdia) e realizar análises físico-
químicas em rações, para aves e para suínos, e em ingredientes utilizados na
preparação das mesmas.
2.2 Objetivos Específicos
Vivenciar a rotina de um laboratório de controle de qualidade de rações e de
seus ingredientes; acompanhar o recebimento, a preparação e o armazenamento
das amostras; acompanhar todas as análises físico-químicas realizadas nas rações
e nos ingredientes; realizar análises físico-químicas de índice de peróxido, atividade
ureática, determinação de cloretos e determinação de cálcio oxidimétrico;
acompanhar a determinação de minerais através de ICP (Inductively Coupled
Plasma).
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3 Atividades desenvolvidas
Antes de começar as atividades propriamente ditas no laboratório, foi
necessário passar pela integração, a qual consiste em 3 dias de palestras de
diversos assuntos, que servem para deixar os novos funcionários cientes das
atividades da empresa. Os temas das palestras foram: boas práticas de fabricação,
segurança, ginástica laboral, sistema de inspeção federal, trabalho em equipe,
gestão ambiental, ética e políticas de qualidade e sustentabilidade.
Durante o estágio, acompanhou-se as análises físico-químicas realizadas no
laboratório, tais como: acidez em ácido oléico e em mg de NaOH, determinação de
cinzas, determinação de umidade e voláteis, teor protéico em equipamento LECO
FP 2000, determinação de cloreto de colina, extrato etéreo, teor de fibras e análises
em espectrofotômetro de infravermelho próximo (NIRS), todas elas realizadas
segundo normas da A.O.A.C. dos anos 1995 e 2000.
Executou-se as análises de determinação de cloretos solúveis, índice de
peróxido, determinação de cálcio oxidimétrico, atividade ureática e acompanhou-se
a determinação de minerais e de metais pesados por espectrometria de emissão
atômica (ICP/AES).
Neste período, participava-se também da organização do laboratório
colocando-se em prática os princípios do Programa 5S, o qual tem como objetivo
transformar o ambiente de trabalho e a atitude das pessoas, melhorando a qualidade
de vida dos funcionários, diminuindo desperdícios, reduzindo custos e aumentando a
produtividade da empresa.
Participou-se também das reuniões do Programa 5S e do Círculo de
Qualidade Sadia, as quais são realizadas às quartas-feiras durante o tempo
necessário para resolver problemas relacionados ao laboratório. Nessas reuniões
também são discutidos os resultados das auditorias semanais de 5S e da Copa da
Excelência.
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3.1 Preparação das amostras
As amostras de rações e de ingredientes, ao chegarem ao laboratório, são
cadastradas no Sistema Optimal Lab, onde recebem um número de cadastro
composto por ano/mês/dia/ordem seqüencial, o qual serve para proporcionar a
rastreabilidade das amostras.
Os óleos, as graxas e as farinhas de penas e de vísceras são armazenados
sob refrigeração. Das outras amostras retira-se uma certa quantidade (em torno de
100 mL) e coloca-se em pote com tampa rosqueável, sendo que o restante é
armazenado em saco plástico devidamente etiquetado com o número de cadastro
da amostra para ser mantido em retenção. Os ingredientes são armazenados por 30
dias e as rações por 90 dias para que possa ser feita uma outra amostragem caso
seja necessário.
As amostras de rações, milho, glúten e farelos (de soja e de trigo) são moídas
em moinho com refrigeração, com rotação em torno de 3600 rpm até a obtenção de
um pó fino. As rações passam integralmente em peneira de 1mm (16 mesh), e os
ingredientes (milho, glúten, farelo de soja e farelo de trigo) passam em peneira de
0,5mm; após, são homogeneizadas e acondicionadas em pote plástico com tampa
rosqueável, o mesmo utilizado anteriormente, o qual deve conter o número de
registro da amostra. Essas amostras são mantidas no laboratório por 30 dias, tempo
suficiente para que as análises sejam realizadas e repetidas caso seja necessário.
Após o processo de amostragem, as amostras ficam disponíveis aos
laboratoristas para serem realizadas as análises de rotina.
3.2 Principais ingredientes utilizados nas rações
3.2.1 Milho
O milho é um dos mais importantes cereais produzidos no mundo, onde o
Brasil ocupa o terceiro lugar no “ranking” mundial. Como alimento, o milho é a
principal fonte de energia e uma importante fonte de aminoácidos na alimentação de
aves e de suínos (BUTOLO, 2002). A importância do milho se dá não só pelo
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volume que é produzido, mas também por ser uma ótima fonte de energia, já que
possui aproximadamente 3440 Cal Kg-1 de energia metabolizável (ENGLERT, 1998).
A composição química do milho varia de acordo com o tipo de semente, tipo
de solo, qualidade do fertilizante e condições climáticas. Em relação à proteína, 73%
do total é encontrado no endosperma e 24% no embrião, sendo que no endosperma,
a principal proteína é a zeína, a qual é baixa em aminoácidos essenciais,
principalmente lisina e triptofano, o que torna a proteína total do milho deficiente
nesses aminoácidos para aves e suínos. O triptofano é o precursor da niacina, logo,
seu nível também será baixo, o que poderá levar à deficiência dessa vitamina no
animal quando o milho for o principal componente da dieta (BUTOLO, 2002).
O milho contém 7 a 10% de proteína, mas esta é deficiente em seis dos dez
aminoácidos essenciais para os animais em crescimento. É deficiente em dez
elementos minerais essenciais, especialmente em cálcio, e também é inadequado
em oito das dez vitaminas. Portanto, deve ser suplementado com uma proteína que
corrija as deficiências de aminoácidos essenciais e com minerais e vitaminas para
que os animais tenham um bom desenvolvimento (NICOLAIEWSKY e PRATES,
1995).
Os lipídios do milho estão representados pelos ácidos graxos: palmítico
(12%), esteárico (2%), oléico (27%), linoléico (55%) e linolênico (0,8%), sendo que o
ácido linoléico é de extrema importância na alimentação de aves e de suínos
(BUTOLO, 2002).
Outro fator a ser observado no milho é o teor de umidade, o qual não deve
ultrapassar os 14% para evitar o processo de fermentação. O milho fermentado
jamais deve ser fornecido às aves, pois além de ter perdido seu valor nutritivo, é
tóxico (ENGLERT, 1998).
3.2.2 Soja
A soja é uma das mais importantes culturas agrícolas mundiais, sendo sua
produção destinada para a obtenção de óleo e farelo.
O Brasil ocupa o 3° lugar como país produtor de soja, superado pela China e
Estados Unidos. O grão de soja tem aproximadamente 18% de óleo, o qual é
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extraído por prensagem seguida do uso de solventes na quase totalidade das
indústrias (ENGLERT, 1998).
O subproduto restante é o que se chama de farelo de soja e que, considerando
todos os fatores em conjunto, apresenta a melhor qualidade de proteína vegetal para
aves e suínos (ENGLERT, 1998). Apesar de ser deficiente em metionina, o farelo de
soja é balanceado nos outros aminoácidos (NICOLAIEWSKY e PRATES, 1995).
A soja no estado natural, sem processamento, possui fatores biológicos que
inibem o crescimento, reduzem a digestibilidade da proteína, causam hipertrofia
pancreática, estimulam a hiper e hipo secreção de enzimas pancreáticas e reduzem
a disponibilidade de aminoácidos, vitaminas e minerais (BUTOLO, 2002).
Os principais fatores antinutricionais que devem ser levados em consideração
são:
a- Inibidores de tripsina e quimiotripsina: inibem a digestão protéica;
b- Lectinas, que têm como principal modo de ação combinar-se com as células da
parede intestinal e com isso causam interferência não específica na absorção de
nutrientes;
c- Fatores alérgicos (Glicinina e ß-Conglicinina): reduzem a absorção de nutrientes e
causam efeitos deletérios sobre as microvilosidades do intestino delgado;
d- Lipase e lipoxigenase: promovem a oxidação e rancificação da gordura da soja
(BELLAVER e SNIZEK JUNIOR, 1999).
Existem também os polissacarídeos não-amídicos solúveis (PNAS), que
causam diminuição no desempenho dos animais. O termo PNAS cobre uma grande
extensão de moléculas de polissacarídeos com exceção do amido. A classificação
dos PNAS recai em 3 grandes grupos: celulose, polímeros não celulósicos
(pentosanos, arabinoxylanos, xylanos, -glucanos) e polissacarídeos pécticos
(glicomananos, galactomananos, arabinanos, xiloglucanos e galactanos), entre
outras moléculas (BELLAVER e SNIZEK JUNIOR, 1999).
A inativação dos fatores antinutritivos ocorre sempre por aquecimento do
grão. Se o aquecimento for insuficiente, a inativação é incompleta, causando
problemas de qualidade. Se o aquecimento for excessivo, parte do valor nutricional
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da proteína da soja é perdida, causando queda de produção e canibalismo em aves
(BUTOLO, 2002).
3.2.3 Trigo
Em muitos países, o trigo tem sido utilizado como uma das principais fontes de
energia para aves. No Brasil, o trigo integral somente é utilizado na alimentação
animal quando, por ocasião da colheita, condições climáticas desfavoráveis
tornaram o produto desqualificado para a produção de farinha em função de seu
baixo peso específico (baixo rendimento na moagem) (BUTOLO, 2002).
O farelo de trigo possui alto teor de fósforo e 15 a 16% de proteína bruta.
Devido ao seu alto teor de fibras e ao seu baixo valor energético, ele é bastante
utilizado em animais com restrição alimentar (ENGLERT, 1998).
3.2.4 Farinha de Penas e de Vísceras
As farinhas de penas são produtos resultantes da cocção sob pressão de
penas não decompostas obtidas no abate de aves. É permitida a presença de
carcaça e de sangue desde que a sua inclusão não altere significativamente a
composição química média estipulada das farinhas. As penas constituem-se em
importante ingrediente e possuem queratina como a principal fonte protéica. As
queratinas são ricas em aminoácidos sulfurados, particularmente a cistina, com
valores de 4,5 a 5,5%, podendo atingir níveis de até 60% de digestibilidade
(BUTOLO, 2002).
A farinha de vísceras é o produto obtido da cocção principalmente do
aparelho digestivo das aves, das vísceras comestíveis condenadas de aves abatidas
e vísceras não comestíveis, sendo ausente de penas, entretanto é permitida a
inclusão de cabeças e pés, desde que não altere a composição química média do
produto. Não é permitida a presença de casca de ovo nas farinhas de vísceras
(BUTOLO, 2002).
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3.2.5 Minerais
Na nutrição animal os minerais desempenham um importante papel, não só
como responsável pela formação dos ossos do esqueleto, como também
participando ativamente de uma série de reações químicas nos processos
fisiológicos e metabólicos de uma maneira geral. Os minerais estão disponíveis
quimicamente nas formas de carbonatos, cloretos, óxidos, sulfatos, nitratos, iodetos
e iodatos (BUTOLO, 2002).
O mineral encontrado em maior abundância no organismo animal é o cálcio, o
qual exerce funções plásticas e reguladoras. Os alimentos de origem vegetal,
normalmente milho e soja, constituem a base da alimentação de aves e possuem
teores de cálcio em níveis insuficientes para suprir as exigências nutricionais. Desta
forma, há necessidade de fazer uma suplementação de cálcio na dieta para atender
estas exigências, ressaltando que a origem da fonte de cálcio pode afetar sua
utilização. O cálcio ocorre abundantemente na natureza e as fontes minerais mais
utilizadas são calcários, carbonatos e fosfatos (MUNIZ et al., 2007).
O fósforo é o segundo mineral, em quantidade, encontrado no organismo
animal, onde participa de processos biológicos, bioquímicos e fisiológicos. As
principais fontes de fósforo utilizadas em rações são: fosfato bicálcico, fosfato
monocálcico e fosfato monoamônio (BUTOLO, 2002).
Dentre os diversos minerais responsáveis pelo desempenho fisiológico dos
animais, destaca-se o sódio, combinado com o cloro e com o potássio, o qual é
responsável pelo equilíbrio da pressão osmótica, além de ser responsável pela
hidratação dos tecidos e pela absorção de algumas vitaminas hidrossolúveis. O cloro
participa como ativador ou cofator de vários sistemas enzimáticos, além de atuar no
balanço ácido base, no transporte de O2 e CO2, na transmissão dos impulsos
nervosos para as fibras musculares e na própria contratibilidade muscular. A
deficiência de NaCl causa apatia, apetite depravado (ingestão de terra e madeira),
pelagem áspera, queda de produção, baixa fertilidade e morte após determinado
período. Já o excesso de sal causa decréscimo na taxa de ganho de peso, aumento
da mortalidade, diarréia, nervosismo, alteração degenerativa dos rins, pulmões,
fígado, pâncreas, coração, sistema nervoso central, baço e trato gastrintestinal
(BUTOLO, 2002).
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O milho e outros cereais são pobres em ferro, zinco, cobre e manganês;
também podem ser pobres em iodo e selênio se os cereais forem produzidos em
solos pobres nestes elementos. Por este motivo, é comum suplementar as rações
com estes microelementos tanto sob a forma de um “premix” de microminerais como
pelo emprego de um sal micromineralizado (NICOLAIEWSKY e PRATES, 1995).
3.2.6 Óleos e gorduras
O emprego de óleos e gorduras concentrou-se inicialmente em rações
destinadas às aves de corte e como substitutos de leite em bezerros precocemente
desmamados. Atualmente são utilizados rotineiramente na alimentação de aves,
suínos, bovinos, leitões desmamados precocemente, cordeiros, cães, gatos e
peixes, com a finalidade de aumentar a concentração de energia das rações,
promover efeitos extra-calóricos, melhorando a digestão e a absorção de
constituintes não lipídicos e aumentando o tempo de retenção dos alimentos, além
de serem fontes de ácidos graxos para obtenção de produtos com perfil nutricional
diferenciado (BUTOLO, 2002).
A adição de 1% de óleo tem sido prática rotineira na produção de rações, pois
proporciona melhor palatabilidade, eliminação do pó, protege contra a segregação
de ingredientes na mistura, auxilia na formatação dos produtos e nos níveis mínimos
do ácido graxo essencial (ácido linoléico) (BUTOLO, 2002).
Tanto os óleos como as gorduras devem receber, após processamento,
antioxidantes para proteção contra a rancidez oxidativa, que se ocorrer causará um
decréscimo no valor energético do ingrediente, alterando as características
sensoriais, cor e textura, além de causar destruição de outros nutrientes solúveis em
gorduras, como as vitaminas, tanto na ração como no organismo animal. A oxidação
é um processo de degradação que ocorre nas duplas ligações da estrutura do
glicerídeo e, quanto mais poliinsaturado for o lipídeo, maior será a chance de
rancidez (BUTOLO, 2002).
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3.3 Análises físico-químicas
3.3.1 Determinação do índice de peróxido
A análise de índice de peróxido mede o valor da oxidação ocorrida no óleo ou
gordura. Essa oxidação tem um impacto negativo na ingestão da ração e no
desempenho do animal. Se um óleo ou gordura foi suficientemente afetado pelo
calor, oxigênio e metais catalíticos como latão, cobre, ferro, zinco e outros, o nível de
peróxido eleva-se até que atinja um ponto de equilíbrio, onde logo após se converte
em produtos secundários de oxidação. A partir daí, o nível de peróxido cai e sobe o
nível de compostos secundários e terciários, ou seja, aldeídos e cetonas, os quais
são responsáveis pelo aparecimento de odor de ranço na gordura, o qual pode ser
detectado quando o nível de peróxido ultrapassa os 20 meq Kg-1 (miliequivalente por
quilograma) (BUTOLO, 2002).
Este método baseia-se na ação fortemente oxidante dos peróxidos orgânicos
formados no início da rancificação, os quais atuam sobre o iodeto de potássio,
liberando iodo, o qual será titulado com tiossulfato de sódio (0,01 mol L -1), em
presença de amido (1%) como indicador. É a medida do conteúdo de oxigênio
reativo em termos de miliequivalentes de oxigênio por 1000 gramas de gordura. O
método determina, em moles por 1000 gramas de amostra, todas as substâncias
que oxidam o iodeto de potássio. Estas substâncias são consideradas como sendo
peróxidos ou produtos similares provenientes da oxidação de gorduras (MORETTO
e FETT, 1998).
Se a amostra for óleo ou gordura, pesa-se diretamente, em frasco
erlenmeyer, 5 g da amostra. Caso a amostra seja farinha, de penas ou de vísceras,
é necessário extrair a gordura, à frio, com o auxílio de uma solução de éter etílico:
éter de petróleo 1:1, onde adiciona-se 200 mL dessa solução para cada 100 g de
farinha, misturando bem e deixando-se em repouso por alguns minutos. Filtra-se
essa solução em papel filtro qualitativo e coloca-se a mesma em banho-maria para
evaporar o solvente, tendo sempre o cuidado com a temperatura do banho, a qual
não deve ultrapassar 55°C para evitar a oxidação da gordura.
Ao erlenmeyer contendo 5 mL de óleo ou de gordura, adiciona-se 30 mL da
solução solvente ácido acético: clorofórmio 3:2, agitando por rotação até a
18
dissolução. Adiciona-se, com pipeta graduada, 0,5 mL de solução saturada de iodeto
de potássio e deixa-se em repouso por 1 minuto ao abrigo da luz. Adiciona-se 30 mL
de água destilada, agita-se e coloca-se 1 mL de solução de amido a 1%. Titula-se
com solução de tiossulfato de sódio 0,01 mol L -1 até o completo desaparecimento da
coloração azul. Deve-se fazer uma prova em branco dos reagentes (A.O.A.C.,
1995).
O índice de peróxido é calculado através da seguinte fórmula:
Índice de Peróxido meq 1000g-1 de gordura = (V1-V2) x M x F x 1000
P onde:
V1 = volume de tiossulfato de sódio 0,01 mol L-1 gasto na titulação da amostra;
V2 = volume de tiossulfato de sódio 0,01 mol L-1 gasto na titulação do branco;
M = molaridade da solução de tiossulfato de sódio;
F = fator de correção da solução de tiossulfato de sódio;
P = peso do óleo ou da gordura em gramas;
1000 = conversão para miliequivalente.
Na Sadia, o índice de peróxido máximo permitido para óleos, gorduras e
farinhas de vísceras e de penas são, respectivamente, 10, 5 e 10 meq 1000g-1.
A titulação da prova em branco não pode gastar mais que 0,5 mL de solução
de tiossulfato de sódio 0,01 mol L-1. Ocorrendo isso, deve-se descartar os reagentes.
Os valores obtidos devem ser considerados com cuidado, pelo fato de que os
peróxidos formados durante o processo de rancidez são produtos de transição, e se
o estado de rancidez estiver muito avançado, é possível que não se detecte a
presença de peróxidos, o que pode conduzir a resultados errôneos. Este
procedimento analítico permite avaliar estados de rancidez incipientes e
medianamente avançados (BUTOLO, 2002).
3.3.2 Determinação da atividade ureática
A determinação da atividade ureática tem como objetivo determinar a
destruição dos fatores antinutricionais presentes no grão de soja. Sua metodologia
19
consiste em determinar a redução na atividade da enzima urease, presente no grão
de soja, a qual é destruída pelo calor. Existe uma correlação direta entre os fatores
antinutricionais e a urease; ambos são termolábeis, destruídos pelo calor. Portanto
com a inativação da enzima urease, teoricamente, os fatores antinutricionais
estariam destruídos. De uma maneira geral essa análise determina se o farelo de
soja recebeu processamento térmico suficiente para inativar os fatores
antinutricionais presentes no grão de soja.
A análise de atividade ureática é um indicativo do processamento térmico
adequado ou inadequado do farelo de soja. Como resultado dessa análise, pode-se
observar que atividade ureática com valor de pH variando de 0,01 até no máximo de
0,15, indica que o farelo passou por um adequado processamento térmico
objetivando a destruição dos fatores antinutricionais (FARELO DE SOJA:
PROCESSAMENTO E QUALIDADE, 2007).
A determinação da atividade ureática em grãos de soja baseia-se na variação
de pH que ocorre em função da amônia que é liberada pela ação enzimática da
urease, conforme descrito abaixo (A.O.A.C., 2000).
Uréia + H2O + urease = CO2 + NH3
Pesa-se duas porções de exatamente 0,2g de amostra e transfere-se
quantitativamente para dois tubos de ensaio (A e B). Adiciona-se volumetricamente
10mL de solução tampão de fosfato pH 7,00 ao tubo A. Agita-se levemente, sem
inverter, tampa-se e coloca-se em banho-maria termostatizado a 30°C. Deve-se
agitar levemente a cada 5 minutos, até completar 30 minutos. Após transcorrido
esse tempo, retira-se o tubo do banho e mede-se o pH do líquido sobrenadante em
potenciômetro previamente calibrado. Esta será a prova em branco.
Ao tubo B, adiciona-se volumetricamente 10mL de solução tamponada de
uréia pH 7 e procede-se da mesma forma como foi feito no tubo A, anotando o pH
da solução sobrenadante resultante. A diferença de pH entre as duas soluções é o
índice de atividade ureática (A.O.A.C., 1995).
A atividade ureática é calculada da seguinte forma:
Atividade ureática = pH da amostra B – pH da amostra A
20
A variação ideal de pH que a Sadia adota é entre 0,05 e 0,20. Se a atividade
ureática estiver entre esses valores, é indicativo de que o processamento térmico
para a inativação dos fatores antinutricionais foi eficiente.
Os valores de pH das soluções A e B, o tempo e a temperatura da prova
devem ser observados rigorosamente, pois são críticos na precisão da análise.
3.3.3 Determinação dos cloretos solúveis
O cloro é o principal ânion e mais abundante nos fluidos extracelulares, onde
auxilia na manutenção da homeostase eletroquímica. É encontrado nas células e faz
parte da secreção gástrica, onde o ácido clorídrico é importante para a digestão das
proteínas, além de ser essencial para a ativação da amilase pancreática (BUTOLO,
2002). A maioria dos produtos de origem vegetal possui relativamente pequenas
quantidades de cloreto de sódio, devendo o mesmo ser adicionado às rações para
manter o balanço catiônico das mesmas.
O método fundamenta-se na precipitação de cloretos sob a forma de cloreto
de prata, em pH de 7 a 9, em presença de cromato de potássio como indicador. O
final da reação é dado pela formação de um precipitado vermelho tijolo de cromato
de prata (A.O.A.C., 2000).
Pesa-se 5 gramas da amostra em cadinho de porcelana e leva-se para mufla
por 4 horas a 550°C; adiciona-se aproximadamente 5 mL de solução de ácido nítrico
2% e leva-se para chapa de aquecimento até atingir a ebulição; filtra-se, à quente,
sobre papel filtro qualitativo, recebendo o filtrado em erlenmeyer de 500 mL; faz-se
lavagens com porções de água destilada quente até completar um volume de
aproximadamente 300 mL; adiciona-se carbonato de cálcio p.a., aproximadamente 5
gramas; aquece-se em chapa até a ebulição por aproximadamente 10 minutos ou
até o desprendimento completo do gás carbônico formado; deixa-se em repouso até
esfriar e procede-se a titulação com nitrato de prata 0,05 mol L -1 na presença de
cromato de potássio 5% como indicador até a viragem para coloração vermelho tijolo
clara; procede-se paralelamente uma prova em branco.
Os cloretos solúveis são calculados através da seguinte fórmula:
21
Cloretos solúveis % = (Va – Vb) x F x M x 0,0355 x 100
P Onde:
Va = volume da solução de nitrato de prata 0,05 mol L-1 gasto na titulação (mL);
Vb = volume da solução de nitrato de prata 0,05 mol L-1 gasto na prova em branco
(mL);
F = fator de correção da solução de nitrato de prata 0,05 mol L-1;
M = molaridade da solução de nitrato de prata 0,05 mol L-1;
P = peso original da amostra (g);
0,0355 = meq g-1 do cloreto;
3.3.4 Determinação de cálcio por oxidimetria
O mineral encontrado em maior abundância no organismo animal é o cálcio,
que exerce funções plásticas e reguladoras. A função plástica se manifesta pela
formação do tecido ósseo, onde se encontra estritamente ligado ao fósforo e ao
magnésio, enquanto que para a formação reguladora, é necessário na manutenção
da permeabilidade normal das células, auxiliando assim na pressão osmótica
(SIEGERT, 2005).
Nas aves, o cálcio é necessário para a formação dos ossos e da casca do
ovo. Os resultados da deficiência de cálcio são ossos moles e raquitismo em aves
em crescimento e ovos com casca mole (ENGLERT, 1998). Outros exemplos da
necessidade de cálcio pelas aves referem-se à formação e manutenção dos ossos,
formação da casca do ovo, transmissão de impulsos nervosos, coagulação
sanguínea, contração muscular, ativação de sistemas enzimáticos, ação como
coadjuvante na secreção de alguns hormônios, entre outros (MUNIZ et al., 2007).
Os alimentos de origem vegetal, normalmente milho e soja, constituem a base
da alimentação de aves e de suínos e possuem teores de cálcio em níveis
insuficientes para suprir as exigências nutricionais. Desta forma, há necessidade de
fazer uma suplementação de cálcio na dieta para atender estas exigências (MUNIZ
et al., 2007).
22
No Laboratório Central de Nutrição Animal, a análise do teor de cálcio por
oxidimetria é realizada somente nos fosfatos, onde o teor esperado é
aproximadamente de 20%. Os fosfatos são utilizados como fontes de cálcio e de
fósforo.
O método consiste na precipitação dos íons de cálcio presentes na amostra
na forma de oxalato de cálcio e na quantificação do teor de cálcio através da reação
de óxido-redução entre o permanganato de potássio e os íons oxalato em meio
ácido, conforme reação abaixo:
5H2C2O4 + 2KMnO4 + 8H2SO4 K2SO4 + 2MnSO4 + 5H2SO4 + 10CO2 + 8H2O
Pesa-se cerca de 5 gramas de amostra em cadinho de porcelana e queima-se
em mufla a 550°C por 3 horas; as cinzas obtidas são tratadas com algumas gotas de
água destilada; após, adiciona-se 20 mL de ácido clorídrico 1:1 e leva-se os
cadinhos à chapa aquecedora até reduzir o volume total em 1/3; deixa-se esfriar e
filtra-se, através de papel filtro qualitativo, para balão volumétrico adequado,
conforme tabela de diluição; transfere-se, com pipeta volumétrica, uma determinada
alíquota da solução (conforme tabela) para béquer de 400 mL; adiciona-se 2 a 3
gotas da solução indicadora de vermelho de metila 0,1% e aquece-se em banho-
maria a 80°C; adiciona-se, à quente, 25 mL de solução de oxalato de amônio 5%;
adiciona-se, ainda, solução de hidróxido de amônio 1:1 com pipeta graduada,
lentamente e sob agitação, até a mudança de coloração de vermelho para amarelo;
retira-se o béquer do banho-maria e deixa-se em repouso por 2 horas em
temperatura ambiente; filtra-se o conteúdo do béquer através de papel filtro
quantitativo whatman faixa branca n° 40, lavando o béquer e o precipitado com no
mínimo 4 porções de 50 mL de água destilada; o papel filtro é transferido para o
béquer onde foi realizada a precipitação, onde são adicionados 50 mL de água
destilada e 20 mL de solução de ácido sulfúrico 10%; o conteúdo do béquer é
aquecido em banho-maria a 90°C e titulado, à quente, com solução de
permanganato de potássio 0,02 mol L-1 até coloração levemente rósea persistente
por 1 minuto.
O manganês é reduzido pelo oxalato em meio ácido de +7 para +2, tornando
a solução de permanganato incolor; a primeira gota de solução de permanganato de
potássio em excesso, deixará a solução rósea.
23
O teor de cálcio é calculado pela seguinte fórmula:
% de cálcio = V x F x 0,2004
P Onde:
V = volume de solução de permanganato de potássio 0,02 mol L -1 gasto na titulação
(mL);
F = fator de correção da solução de permanganato de potássio 0,02 mol L-1;
P = massa da amostra correspondente ao volume da alíquota (g);
0,2004 = equivalente grama do Ca+2
Este cálculo está fundamentado no fato de que 1 mL de KMnO4 0,02 mol L-1
equivale a 0,002004 mg de Ca+2.
3.3.5 Determinação de Cádmio e Chumbo por Espectrometria de Emissão Atômica com Fonte de Plasma Indutivamente Acoplado (ICP/AES)
Atualmente fontes de plasma têm se tornado as mais importante e largamente
utilizadas para espectroscopia de emissão atômica, pois se obtém um bom espectro
de emissão para a maioria dos elementos em um único conjunto de condições de
excitação, o que possibilita que se possam registrar simultaneamente os espectros
de vários elementos. Outra vantagem das fontes de plasma é que permitem a
determinação de baixas concentrações de elementos que tendem a formar
compostos refratários (isto é, compostos como óxidos de boro, fósforo, tungstênio,
urânio, zircônio e nióbio que são altamente resistentes à decomposição térmica).
Além disso, as fontes de plasma permitem a determinação de não-metais, tais como
cloro, bromo, iodo e enxofre (SKOOG, HOLLER e NIEMAN, 2002).
Plasma é uma mistura gasosa condutora de eletricidade, que contém uma
concentração significativa de cátions e elétrons. Em um plasma de argônio,
freqüentemente empregado para análises por emissão, os íons argônio e seus
elétrons são as principais espécies condutoras, embora os cátions da amostra
também estejam presentes em menor quantidade. Os íons argônio, uma vez
formados em um plasma, são capazes de absorver energia suficiente para manter a
temperatura em um nível no qual ionizações adicionais sustentam o plasma,
24
indefinidamente; temperaturas maiores que 10.000K são encontradas (SKOOG,
HOLLER e NIEMAN, 2002).
A fonte típica de plasma indutivamente acoplado, chamada de tocha, consiste
de três tubos de quartzo concêntricos através dos quais passam fluxos de gás
argônio. A velocidade total de consumo de argônio é de cerca de 5 a 20 L min -1. O
diâmetro do tubo mais grosso é de cerca de 2,5 cm. Em torno do topo desse tubo
fica uma bobina de indução alimentada por um gerador de radiofreqüência, que é
capaz de produzir 0,5 a 2 kW de potência, a cerca de 27 ou 41 MHz. A ionização do
fluxo de argônio é iniciada por uma centelha proveniente de uma bobina Tesla. Os
íons resultantes e seus elétrons associados interagem, então, com o campo
magnético flutuante produzido pela bobina de indução. Essa interação faz com que
os íons dentro da bobina fluam nos caminhos anulares fechados, e o aquecimento
ôhmico é a conseqüência da resistência a este movimento dos íons. A temperatura
do plasma formado nesse caminho é alta o suficiente para requerer isolamento
térmico do cilindro de quartzo mais externo. O isolamento é feito por um fluxo de
argônio tangencial às paredes do tubo. O fluxo tangencial resfria as paredes internas
do tubo central e centraliza radialmente o plasma (SKOOG, HOLLER e NIEMAN,
2002).
3.3.5.1 Seqüência de ignição e formação do plasma
Inicialmente o gás argônio é introduzido na tocha; uma radiofreqüência é
aplicada ao espiral da bobina de indução, gerando um campo magnético; uma faísca
proveniente de uma bobina Tesla é lançada, produzindo alguns elétrons livres no
argônio; os elétrons livres são acelerados pelo campo magnético, causando mais
ionizações e formando o plasma; o aerossol da amostra é então introduzido no
plasma (SKOOG, HOLLER e NIEMAN, 2002).
3.3.5.2 Introdução da amostra
As amostras são transportadas para a tocha por argônio fluindo entre 0,3 a
1,5 L min-1, através do tubo de quartzo central. Elas devem estar na forma de gotas
finamente divididas, o que se consegue com o auxílio de um nebulizador de fluxo
transversal, ou na forma de vapor, através da vaporização eletrotérmica. A
25
vaporização eletrotérmica acoplada à tocha de plasma oferece a capacidade de
operar com microamostragem, baixando os limites de detecção dos fornos
eletrotérmicos, enquanto mantém uma região de trabalho ampla e linear, livre de
interferência, e com capacidade multielementar (SKOOG, HOLLER e NIEMAN,
2002).
3.3.5.3 Processos que ocorrem com a amostra
A amostra líquida sob a forma de finas partículas é introduzida na chama pela
base, onde a maior parte do solvente evapora, ou seja, a amostra é dessolvatada. O
que sobra é um resíduo de diminutas partículas sólidas, que penetra no cone
interno. Devido à alta temperatura da chama, as partículas sólidas se volatilizam e
as moléculas gasosas resultantes se dissociam formando átomos. Esses átomos
podem ser, em parte, excitados ou podem sofrer ionização e serem excitados como
íons. As espécies atômicas ou iônicas excitadas retornam ao seu estado
fundamental emitindo energia radiante, a qual constitui o seu espectro de emissão
(nas regiões do ultravioleta e do visível). Essa radiação é devidamente medida, e
corresponde a um determinado comprimento de onda característico de cada
elemento (SKOOG, HOLLER e NIEMAN, 2002).
O Laboratório Central de Nutrição Animal (LCNA) da Sadia Unidade
Concórdia faz a determinação de sódio, fósforo, zinco, magnésio e cobre em rações
e em ingredientes através de ICP/AES, assim como a determinação de
contaminantes (cádmio e chumbo) em amostras de rações (A.O.A.C., 2000).
O cádmio e o chumbo presentes nas rações são oriundos dos fosfatos e das
farinhas de vísceras. Em rações, o máximo permitido de cádmio é 0,5 ppm, e de
chumbo, 5 ppm. Até hoje, no LCNA, não aconteceu nenhum caso onde os valores
ultrapassassem os máximos permitidos.
Para a obtenção de um resultado satisfatório, é importante observar os limites
de detecção e de quantificação. O limite de detecção corresponde à menor
quantidade ou concentração de um analito na amostra teste que pode ser realmente
distinguida de zero. O limite de detecção é expresso como sendo 3 vezes o desvio
padrão da curva de calibração, calculado segundo a equação abaixo:
26
LD = DP x 3 / IC
Onde:
LD = limite de detecção;
DP = desvio padrão da reta;
IC = coeficiente angular.
Para o chumbo, o limite de detecção é 30,7 ppb, e para o cádmio, 1,3 ppb.
Já o limite de quantificação, corresponde à menor concentração do analito
que possa ser determinada com um nível aceitável de precisão e exatidão, calculado
segundo a equação:
LQ = DP x 10 / IC
Onde:
LQ = limite de quantificação;
DP = desvio padrão da reta;
IC = coeficiente angular.
O limite de quantificação do chumbo é 1ppm, e do cádmio, 0,2ppm.
Para a preparação das amostras, pesa-se cerca de 5 gramas de amostra em
cadinho de porcelana e queima-se em mufla a 550°C por 3 horas; as cinzas
resultantes são dissolvidas com 20 mL de ácido clorídrico 1:1 e levadas à chapa de
aquecimento (em torno de 200°C) até acontecer a redução de ¼ de seu volume
total; a amostra é então transferida para balão volumétrico de 50 mL através de
papel filtro qualitativo e com sucessivas lavagens com água ultrapura; o volume do
balão é completado com água ultrapura. Em alguns casos, diluições eram feitas para
que a intensidade da amostra coincidisse com o ponto médio da curva. A amostra
final é colocada em tubo de ensaio para ser levada ao ICP/AES (Espectrômetro de
emissão atômica com fonte de plasma indutivamente acoplado).
Antes de passar a amostra no ICP/AES, é necessário preparar as soluções
padrões, as quais são realizadas através de diluições de uma solução estoque de
1000 mg Kg-1 do elemento, no caso cádmio e chumbo. As diluições são de 0,5 ppm,
1 ppm, 1,5 ppm, 3 ppm e 6 ppm. Prepara-se também o branco, que consiste em
uma solução de ácido clorídrico 1%.
27
Depois de ligar o equipamento, deixa-se ele estabilizar por aproximadamente
1 hora. Após esse período, abre-se o programa ICP Expert II e liga-se a tocha de
plasma. Passa-se as soluções padrões e o reagente branco de HCl 1%, onde se
obtém uma curva. Se o coeficiente de correlação da curva (r) for maior ou igual a
0,990, e se o branco der resultado não detectado para o analito pesquisado, manda-
se passar as amostras no ICP/AES.
As concentrações de cádmio e chumbo são calculadas através da seguinte
fórmula:
Ppm Cd ou Pb = [Int (amostra) – Int (branco)] x F
P x Kmp Onde:
[Int(P1)-Int(branco)] + [Int(P2)-Int(branco)] + [Int(P3)-Int(branco)]
Kmp = Conc. P1 Conc. P2 Conc. P3
3
Int = intensidade
Int (P1) = intensidade da solução padrão 1
Int (P2) = intensidade da solução padrão 2
Int (P3) = intensidade da solução padrão 3
Conc. P1 = concentração da solução padrão 1
Conc. P2 = concentração da solução padrão 2
Conc. P3 = concentração da solução padrão 3
P = peso da amostra em gramas
F = fator de diluição
Estes cálculos são realizados pelo próprio programa do ICP com o
fornecimento dos dados de diluição e das massas da amostras.
28
4 Atividades extras
Durante o período de estágio, participou-se de reuniões semanais onde são
discutidos os procedimentos de segurança, tanto do laboratório como da produção.
Nessas reuniões também são verificados os resultados das auditorias internas de 5S
que acontecem em virtude da Copa da Excelência. Com isso, pôde-se constatar a
importância do Programa 5S no ambiente de trabalho e a importância de seguir
normas para se ter uma maior segurança durante o trabalho.
4.1 Programa 5S
Esta metodologia é utilizada para melhorar a organização dos ambientes de
trabalho, graças à mudança de atitude das pessoas ao seguirem os 5 passos
recomendados pelo programa, tornando os processos mais eficientes e melhorando
o bem estar do trabalhador. Sua principal contribuição é a redução do desperdício
de materiais, de tempo e de espaço.
O nome 5S provém de cinco palavras do idioma japonês, iniciadas com a letra
"S" e que designam cada um dos princípios a serem adotados:
Seiri: Senso de Utilização - Consiste em deixar no ambiente de trabalho apenas os
materiais úteis, descartando ou destinando os demais da maneira mais adequada.
Seiton: Senso de Organização - Consiste em estabelecer um lugar para cada
material, identificando-os e organizando-os conforme a frequência do uso. Se
utilizado freqüentemente o material deve ficar perto do trabalhador, caso contrário,
deve ser armazenado em um local mais afastado, para que não prejudique as
tarefas rotineiras.
Seisou: Senso de Limpeza - Consiste em manter os ambientes de trabalho limpos e
em ótimas condições operacionais. Este princípio diz: melhor que limpar é não sujar.
Seiketsu: Senso de Saúde ou Melhoria Contínua - Este princípio pode ser
interpretado de duas formas. Na aplicação de ações que visam a manutenção e
29
melhoria da saúde do trabalhador e nas condições sanitárias e ambientais do
trabalho.
Shitsuke: Senso de Autodisciplina - Autodisciplina é um estágio avançado de
comprometimento das pessoas, que seguem os princípios independente de
supervisão. Para atingir este estágio é necessário ter atendido satisfatoriamente os 4
princípios anteriores do 5S (PROGRAMA 5S, 2007).
30
5 Sugestões
Para melhorias no Curso de Química de Alimentos seria necessário mudar o
foco de algumas disciplinas de modo a torná-las mais condizentes com o curso.
Seria o caso, por exemplo, da disciplina de desenho técnico, a qual deveria ser mais
direcionada às instalações industriais e plantas baixas. As disciplinas de
administração e economia também são casos a serem analisados, pois as mesmas
fogem totalmente à realidade de um químico de alimentos. A disciplina de
mineralogia poderia ser mais direcionada ao Curso, enfatizando a análise de
minerais em alimentos.
A criação de uma disciplina sobre rações também seria interessante, tendo
em vista que essa é uma área onde é imprescindível a atuação de um profissional
da química.
Outra sugestão para o curso seria a de haver uma maior cobrança da parte
dos professores com os seus alunos, desde o começo do curso, pois nota-se que
muitos alunos chegam ao final do curso com um conhecimento muito limitado, e isso
se deve, em parte, à facilidade que os mesmos encontram em conseguir a
aprovação em algumas disciplinas sem ter que se dedicar muito. Sugere-se também
que os alunos sejam mais incentivados, ou até mesmo cobrados, a fazerem projetos
extracurriculares e a publicá-los, pois isso proporciona um conhecimento extra que
com certeza fará diferença na vida profissional.
Com relação à empresa, é sugerido que exista uma preocupação maior com o
trabalho em equipe, tanto na forma de treinamentos como de palestras.
31
6 Conclusão
O estágio realizado no Laboratório Central de Nutrição Animal foi
extremamente importante para a vida profissional, pois, além de permitir que fossem
colocados em prática muitos conhecimentos adquiridos ao longo do Curso de
Bacharelado em Química de Alimentos, possibilitou a aquisição de novos
conhecimentos.
Além disso, durante o estágio pôde-se perceber a importância de pequenos
detalhes nas análises, evidenciando como é importante que as técnicas sejam
realizadas com precisão e com profissionalismo.
Aprendeu-se que o controle de qualidade em rações é fundamental para se
ter um produto cárnico de qualidade, pois a alimentação do animal é o fator
determinante para a qualidade da carne obtida, influenciando diretamente na
qualidade dos produtos industrializados de aves e de suínos destinados à
alimentação humana.
Percebeu-se também que o trabalho em equipe é primordial não só em
termos profissionais, mas principalmente em termos pessoais, pois a falta do mesmo
acaba desmotivando os colaboradores.
32
Referências
Analytical Chemists (A.O.A.C.). Official Methods of Analysis. 1995. Adaptado.
Analytical Chemists (A.O.A.C.). Official Methods of Analysis. 2000. Metals and other elements, chapter 9.
BELLAVER, C.; SNIZEK JUNIOR, P. N. Processamento da Soja e suas Implicações na Alimentação de Suínos e Aves (Soybean processing and its implications on swine and poultry feeding). In: CONGRESSO BRASILEIRO DE SOJA, 1999, Londrina, PR. Anais...Londrina: Embrapa Soja, 1999. 533 p. (Embrapa Soja. Documentos, 124).
BUTOLO, José Eduardo. Qualidade de Ingredientes na Alimentação Animal. Campinas – SP: Colégio Brasileiro de Nutrição Animal, 2002. 430p.
ENGLERT, S. I. Avicultura – Tudo sobre raças, manejo e nutrição. Guaíba – RS: Livraria e Editora Agropecuária, 1998. 7° edição. 238p.
FARELO DE SOJA: PROCESSAMENTO E QUALIDADE. Disponível em:<http//www.polinutri.com.br/conteudo_artigos_anteriores_janeiro.htm>. Acesso em: 26 nov. 2007.
INFORMATIVO SADIA. Disponível em: <http//www.sadia.com.br>. Acesso em: 26 nov. 2007.
MORETTO, E.; FETT, R. Tecnologia de Óleos e Gorduras Vegetais na Indústria de Alimentos. São Paulo – SP: Livraria Varela, 1998. 150p.
MUNIZ, E. B. et al. Avaliação de fontes de cálcio para frangos de corte. Revista Caatinga. v.20, n.1, p.05-14, 2007.
NICOLAIEWSKY, S.; PRATES, E. R. Alimentos e Alimentação dos Suínos. Porto Alegre – RS: Editora da Universidade/UFRGS, 1995. 4° edição. 58 p.
NORONHA, E. N. Manual de Integração Sadia. Fevereiro 2007.
PROGRAMA 5S. Disponível em:<http//pt.wikipedia.org/wiki/5S>. Acesso em: 30 nov. 2007.
SIEGERT, M. K. Controle de Qualidade em Rações e Matérias-Primas Sadia, 2005. 21f., Relatório Final de Estágio – Curso de Química de Alimentos, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas.
SKOOG, D. A., HOLLER, J., NIEMAN, T. Princípio de Análise Instrumental. 5° Ed. Porto Alegre: Editora Bookman, 2002.
33