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Dia das Crianças Super-heróis fazem a limpeza do prédio e animam os pacientes Cão Terapeuta Animais treinados fazem visitas semanais aos pacientes da internação Enfermagem Medicina de ponta com valores humanos Caros colegas, Chegamos a dezembro e mais um ano se foi; logo entraremos em 2014, mas nos ocupemos de falar de 2013. Este ano foi muito especial para nós da Fundação José Luiz Egydio Setúbal, vejam por quê: 1. Criamos o Instituto PENSI (Pesquisa e Ensino em Saúde Infantil) em janeiro, uma OSCIP que cuidará de toda a educação continuada, pesquisas, ensino e projetos sociais; 2. Conseguimos o selo da Joint Commission International (JCI) em julho; 3. Completamos três anos do novo prédio em setembro; 4. Inauguramos nossa clínica de pesquisa com o primeiro núcleo: Nutrição e Metabolismo, com assessoria do professor Mauro Fisberg; 5. Nosso voluntariado chega a 120 pessoas trabalhando conosco e mais de 500 formados em nossos cursos de capacitação de voluntários; 6. Em outubro, nosso grupo de Humanização Hospitalar foi reconhecido no Dia das Crianças e apareceu em mais de 170 veículos de comunicação em sete países, além do Brasil, com o evento dos super-heróis limpando as janelas; 7. Comemoramos o Dia do Médico com um grande e saboroso almoço no Jockey Club; 8. Fizemos 11 simpósios com muito sucesso e fomos selecionados para realizar cinco ensaios clínicos, sendo um deles como Centro Regulador; 9. Publicamos quatro artigos em revistas científicas e concluímos várias pesquisas clínicas; 10. Terminaremos o ano com o equilíbrio das contas e diminuindo nossas dívidas. Como se vê, foi um ano de muitas conquistas e sucessos, e isso conseguido graças à ajuda, colaboração e esforço de todos nós. Neste segundo número, apresentamos uma reportagem com Denise Dalge, nossa gerente de enfermagem, falando dos nossos planos para enfermagem e das notícias do Hospital, do PENSI e dos projetos sociais e voluntários. Dr. José Luiz Setúbal Presidente da Fundação Um Feliz Natal e que 2014 seja pródigo em alegrias! Dr. José Luiz Setúbal Presidente da Fundação POR QUE ESCOLHER UM HOSPITAL EXCLUSIVAMENTE DEDICADO AO CUIDADO DE CRIANÇAS? Porque, definitivamente, criança não é um adulto pequeno! A experiência acumulada está associada a melhores resultados assistenciais – quem cuida de mais de 11 mil crianças mensalmente é referência na área. A infraestrutura não é adaptada: equipamentos e materiais especialmente desenhados para maior conforto e segurança da criança – como fazer uma intubação difícil em uma criança pequena sem a disponibilidade de um kit específico? Profissionais especialmente treinados e dedicados ao cuidado de crianças – será que todos os anestesistas estão aptos a cuidar de um lactente? Quantos radiologistas entendem de patologias pediátricas? Processos assistenciais e metodologias especificamente desenvolvidas para atender às necessidades da criança – acordar uma criança às 6 horas da manhã, ou respeitar sua individualidade? Calibração cuidadosa e especial de aparelhos – a quantidade de radiação num aparelho de tomografia calibrado para adultos é a mesma daquela utilizada para crianças? Cuidar da criança é cuidar da família – hospitais gerais estão preparados? O que é bom para uns não é bom para outros – crianças e idosos exigem ambientes distintos, atendimento diferente, procedimentos específicos. FATOS E NÚMEROS Nos últimos três anos, em novas e maiores instalações, o Hospital conquistou crescimento extraordinário, que se reflete em números. 120 MIL atendimentos no Pronto-Socorro 130 MIL exames laboratoriais 45 MIL exames de raio X 7.826 internações 3.147 cirurgias (110 cardíacas e 83 neurológicas) 500 profissionais, mais 900 pediatras com especialização 108 leitos: 80 de internação e 28 de UTI Mais de 4 MIL participantes em eventos de atualização em três anos Mais de 230 MIL fãs na página do Facebook 100 MIL visitas no blog e no site BOLETIM Dezembro 2013 2 a edição

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Dia das CriançasSuper-heróis fazema limpeza do prédioe animam os pacientes

CãoTerapeutaAnimais treinados fazem visitas semanais aos pacientes da internação

EnfermagemMedicina de ponta com valores humanos

Caros colegas,

Chegamos a dezembro e mais um ano se foi; logo entraremos em 2014, mas nos ocupemos de falar de 2013. Este ano foi muito especial para nós da Fundação José Luiz Egydio Setúbal, vejam por quê: 1. Criamos o Instituto PENSI (Pesquisa e Ensino em Saúde Infantil) em

janeiro, uma OSCIP que cuidará de toda a educação continuada, pesquisas, ensino e projetos sociais;

2. Conseguimos o selo da Joint Commission International (JCI) em julho; 3. Completamos três anos do novo prédio em setembro; 4. Inauguramos nossa clínica de pesquisa com o primeiro núcleo:

Nutrição e Metabolismo, com assessoria do professor Mauro Fisberg; 5. Nosso voluntariado chega a 120 pessoas trabalhando conosco e mais

de 500 formados em nossos cursos de capacitação de voluntários; 6. Em outubro, nosso grupo de Humanização Hospitalar foi reconhecido no

Dia das Crianças e apareceu em mais de 170 veículos de comunicação em sete países, além do Brasil, com o evento dos super-heróis limpando as janelas;

7. Comemoramos o Dia do Médico com um grande e saboroso almoço no Jockey Club;

8. Fizemos 11 simpósios com muito sucesso e fomos selecionados para realizar cinco ensaios clínicos, sendo um deles como Centro Regulador;

9. Publicamos quatro artigos em revistas científicas e concluímos várias pesquisas clínicas;

10. Terminaremos o ano com o equilíbrio das contas e diminuindo nossas dívidas.

Como se vê, foi um ano de muitas conquistas e sucessos, e isso conseguido graças à ajuda, colaboração e esforço de todos nós.

Neste segundo número, apresentamos uma reportagem com Denise Dalge, nossa gerente de enfermagem, falando dos nossos planos para enfermagem e das notícias do Hospital, do PENSI e dos projetos sociais e voluntários.

Dr. José Luiz SetúbalPresidente da Fundação

Um Feliz Natal e que 2014 seja pródigo em alegrias!

Dr. José Luiz SetúbalPresidente da Fundação

POR QUE ESCOLHER UM HOSPITAL EXCLUSIVAMENTE DEDICADO AO CUIDADO DE CRIANÇAS?

• Porque, definitivamente, criança não é um adulto pequeno!

• A experiência acumulada está associada a melhores resultados assistenciais – quem cuida de mais de 11 mil crianças mensalmente é referência na área.

• A infraestrutura não é adaptada: equipamentos e materiais especialmente desenhados para maior conforto e segurança da criança – como fazer uma intubação difícil em uma criança pequena sem a disponibilidade de um kit específico?

• Profissionais especialmente treinados e dedicados ao cuidado de crianças – será que todos os anestesistas estão aptos a cuidar de um lactente? Quantos radiologistas entendem de patologias pediátricas?

• Processos assistenciais e metodologias especificamente desenvolvidas para atender às necessidades da criança – acordar uma criança às 6 horas da manhã, ou respeitar sua individualidade?

• Calibração cuidadosa e especial de aparelhos – a quantidade de radiação num aparelho de tomografia calibrado para adultos é a mesma daquela utilizada para crianças?

• Cuidar da criança é cuidar da família – hospitais gerais estão preparados?

• O que é bom para uns não é bom para outros – crianças e idosos exigem ambientes distintos, atendimento diferente, procedimentos específicos.

FATOS E NÚMEROSNos últimos três anos, em novas e maiores instalações, o Hospital conquistou crescimento extraordinário, que se reflete em números.

120 MIL atendimentos no Pronto-Socorro

130 MIL exames laboratoriais

45 MIL exames de raio X

7.826 internações

3.147 cirurgias (110 cardíacas e 83 neurológicas)

500 profissionais, mais 900 pediatras com especialização

108 leitos: 80 de internação e 28 de UTI

Mais de 4 MIL participantes em eventos de atualização em três anos

Mais de 230 MIL fãs na página do Facebook

100 MIL visitas no blog e no site

BOLETIMDezembro 2013 2a edição

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A cranioestenose ou craniossinostose é a fusão prematura de uma ou mais suturas cranianas. A forma do crânio se modifica, impedindo o crescimento normal e resultando em assimetria compensatória da calota craniana. Além disso, podem ocorrer alterações nos ossos da base e da porção média do crânio. Sua incidência é estimada em 1 por 2 mil crianças, e a prevalência em 14,1 por 10 mil nascidos vivos. Há predomínio de ocorrência nos meninos numa relação de 2:1.

Além da confirmação do fechamento prematuro das suturas, a avaliação diagnóstica inclui a análise de possíveis alterações nos ossos faciais, como palato aberto e obstrução orofaríngea, e no parênquima encefálico, que também pode apresentar alterações malformativas. A avaliação por neuroimagem inclui a reconstrução óssea tridimensional e a análise encefálica, investigando-se possíveis alterações na migração neuronal, atrasos na mielinização e outras alterações.

Em setembro de 2013, o Hospital Infantil Sabará (HIS) inaugurou mais um Centro de Excelência, especializado em cranioestenose, parte do Núcleo de Atendimento à Criança com Malformações Craniofaciais (NACMCF). Contando com um núcleo de profissionais multidisciplinares altamente qualificado, o Centro de Cranioestenose está apto a oferecer uma avaliação diagnóstica completa e as mais avançadas técnicas cirúrgicas para a correção dessa malformação. Apesar de inaugurado recentemente, o Centro já conta com inúmeros pacientes e várias cirurgias realizadas com sucesso. O tratamento precoce, antes dos 6 meses de vida, evita a assimetria craniana e o catastrófico desenvolvimento de sequelas neurológicas.

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HIS INAUGURA CENTRODE CRANIOESTENOSE

Com características de epidemia, a obesidade infantil cresce em todo o mundo. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que em todos os continentes houve aumento significativo da doença, somando hoje 45 milhões de crianças e adolescentes, um grande problema de saúde pública a ser enfrentado nos próximos anos. Para proporcionar atendimento multidisciplinar exclusivamente pediátrico, o HIS criou um Centro de Atenção ao Obeso Infantil (CAObI). “A ideia de estabelecer um centro integrado e interprofissional parte da premissa de que há necessidade clara de um Hospital exclusi-vamente pediátrico preocupar-se com a questão da obesidade infantil e fornecer esse serviço de forma pioneira”, informa a diretora técnica do Sabará, Paulina Basch.

O CAObI é composto por médicos endocrino-pediatras, nutricionistas, endocrinologistas para adolescentes (não pediatras), psicólogos, médicos do esporte, cirurgiões bariátricos e educadores físicos. O plano de cuidado estabelecido é único para cada paciente, baseado em suas necessidades individuais e seu perfil de gravidade detectado na primeira consulta.

Os pacientes são avaliados por um instrumento criado pela própria equipe, que classifica a necessidade do cuidado a ser realizado em três níveis. O tratamento tem duração de três meses, tempo mínimo para a apuração de qualquer resultado para mudança de hábito e estilo de vida.

Para os pacientes que se encontram em estágio mais avançado da doença, pode haver indicação de cirurgia bariátrica, mas há critérios claros para a indicação da cirurgia:

idade acima de 16 anos (casos de pacientes abaixo de 16 anos merecem análise especial);

Índice de Massa Corpórea (IMC) acima ou igual a 35 com alguma comorbidade

(diabetes, hipertensão arterial sistêmica ou hipercolesterolemia);

IMC acima ou igual a 40 sem comorbidades.

Para os casos em que há indicação de cirurgia bariátrica, o plano de cuidado contempla o pré-operatório e os primeiros 30 dias de pós-operatório.

TRATAMENTO MULTIDISCIPLINAR DA OBESIDADE INFANTIL

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CAMPANHA LAVAGEM DAS MÃOS

A Comissão de Infecção Hospitalar do HIS traz projetos inovadores para a redução de infecção na Instituição. Desta vez, associou a medida mais eficiente na prevenção de infecções, a higienização das mãos, a um modelo em que os pacientes e responsáveis são parceiros no cuidado.

A campanha “Seja nosso parceiro no cuidado à saúde!” conta com a participação ativa dos pacientes e responsáveis na higienização das mãos. Todos os cuidadores receberam bottons com a frase: “Pergunte-me se higienizei as mãos”, estimulando o paciente ou responsável a questionar sobre a lavagem das mãos ou agradecer ao profissional pela ação.

Os pacientes receberam uma bexiga do HIS com a frase: “Mãos limpas salvam vidas”, além de um questionário anônimo sobre a higienização das mãos de diversos profissionais que entram nos quartos: médicos,

enfermeiros, fisioterapeutas, copeiras, profis-sionais de limpeza, etc. Como em 15 de outubro comemorou-se o Dia Mundial da Lavagem das Mãos (Global Hand Washing Day), a campanha aconteceu entre os dias 14 e 25 de outubro. A ideia é poder contar com a ajuda e contribuição dos pacientes e responsáveis para aprimorar os serviços.

Por esses e outros motivos, o HIS é um dos hospitais com o menor índice comparativo de infecção hospitalar, ficando abaixo da média e com grande destaque entre os hospitais pediátricos. Com um índice sempre menor que 0,9, é um dos poucos centros médicos do País que apresentam alto perfil de sensibilidade a antimicrobianos (antibióticos), poupando os pacientes da necessidade de receber antibióticos de largo espectro, que propiciam a resistência bacteriana.

COORDENADORA DO SERVIÇO DE ANESTESIA PEDIÁTRICA DO HIS, DRA. DEBORA CUMINO, DEFENDE DISSERTAÇÃO SOBRE A IMPORTÂNCIA DA ADEQUADA INFORMAÇÃO AOS PAIS NA REDUÇÃO DA ANSIEDADE PRÉ-OPERATÓRIA DA CRIANÇA

Diretamente relacionada ao estado emocional dos pais, a ansiedade pré-operatória das crianças é um dos focos de atenção do trabalho do anestesiologista pediátrico. Mais intensa em pacientes entre 1 e 5 anos, a condição requer controle, não só pelo caráter afetivo, mas porque se reflete em complicações nos períodos intraoperatório e pós-operatório.

O tema, recorrente no dia a dia do Centro Cirúrgico, inspirou a médica e coordenadora do Serviço de Anestesia Pediátrica do HIS, Debora Cumino, em sua dissertação de mestrado, defendida no início deste ano na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. Intitulada “Impacto do Tipo de Informação Pré-Anestésica sobre a Ansiedade dos Pais e das Crianças”, a pesquisa feita com 72 voluntários (crianças entre 4 e 8 anos submetidas a diversos procedimentos cirúrgicos) e seus respectivos pais, entre 2011 e 2012, envolveu pacientes do Sabará e do Hospital Universitário da Santa Casa.

Na dissertação, a autora inovou ao usar uma estratégia pouco habitual: foi entregue um folheto informativo com perguntas e

Dra. Debora Cumino

DISSERTAÇÃO DE MESTRADOCONTROLE DE ESTRESSE INTEGRA TRABALHO DO ANESTESIOLOGISTA PEDIÁTRICO

respostas sobre o procedimento anestésico 30 minutos antes de os pais acompanharem as crianças na indução anestésica. Em seguida, recorreu-se a um método observacional do estado emocional dos pacientes e adultos. Para avaliar a ansiedade das crianças, a Dra. Debora fez uso da EAPY-m – escala de ansiedade pré-operatória da Universidade de Yale – validada no Brasil; já para os pais, o recurso usado foi o método HAM-A (escala de Hamilton). Segundo a anestesiologista do Sabará, cerca de 50% dos pacientes pediátricos submetidos à cirurgia desperta com algum distúrbio comportamental, como agitação, desobediência, piora no quadro doloroso e até quadros de enurese noturna. “Esses sintomas estão relacionados ao nível de estresse antes do ato anestésico, na medida em que há liberação de determinadas substâncias que se refletem em distúrbios comportamentais, sendo que em 20% dos casos podem perdurar por um mês”, expõe.

Apesar de o estudo não indicar redução no nível de ansiedade de pais e pacientes, foi constatado alto grau de satisfação dos adultos (97,2%) com o cuidado da equipe ao informar sobre o procedimento por meio da distribuição de material impresso. Além de gerar uma nova linha de pesquisas na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, com dois estudos já encaminhados, a dissertação da Dra. Debora reforçou o método recorrente da equipe do HIS de entregar o material informativo aos pais na consulta com o cirurgião para que possam ter acesso à adequada informação com antecedência a fim de terem tempo para esclarecer todas as dúvidas.

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COMO DEFINE O MODELO ASSISTENCIAL DO HIS?

Ele consiste em prestar assistência à criança e à família, com a compreensão do ser humano enquanto ser único e multidimensional, que influencia e é influenciado pelo ambiente e por aspectos subjetivos oferecendo um serviço humanizado, integrado por diferentes disciplinas – fundamentadas cientificamente para atuarem com ética, qualidade e excelência na assistência. Os pilares desse modelo são: cuidado centrado na criança e na família, interdisciplinaridade, saúde baseada em evidências e programa de qualidade reconhecido internacionalmente.

VOCÊ PODE NOS DETALHAR ESSES PILARES?

O cuidado centrado na criança e na família, além de focar o paciente infantil, também reconhece a sua família como unidade de cuidado. Tal definição considera a família como constante na vida da criança e do responsável pelos cuidados de promoção à saúde e prevenção de doenças, além dos primeiros atendimentos e continuidade de assistência quando necessário. Nesse trabalho, são pontos importantes: a colaboração entre pais e cuidadores; o respeito e a valorização das diversidades cultural, racial, étnica e socioeconômica da família; o reconhecimento das forças e individualidades da família; assim como das diferentes formas de enfrentamento que possui; o compartilhamento contínuo das informações e envolvimento de todos na tomada de decisão; o planejamento do cuidado flexível, culturalmente adaptado e que possa responder às necessidades da família.

Quando falamos de interdisciplinaridade, reforçamos a complexidade do cuidar e tratar o ser humano nas suas diferentes dimensões. Assim, médicos, enfermeiros, farmacêuticos, psicólogos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, nutricionistas, entre outros, trabalham de forma integrada. Nesse processo, alguns elementos são fundamentais: a comunicação autêntica, o diálogo, o respeito e o reconhecimento do saber e do fazer de cada um dos profissionais e a possibilidade de participação na tomada de decisão.

COMO SERÁ A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NESSE MODELO?

Ele atuará como facilitador, integrador e coordenador do processo assistencial. Somos os profissionais mais próximos dos pacientes e dos acompanhantes, justamente por estarmos 24 horas com eles. Sendo assim, estabelecemos pontes de comunicação entre pacientes, familiares e equipe interdisciplinar. Também identificamos as necessidades e as intervenções que individualizam o cuidado e assim trabalhamos para a construção do vínculo e da segurança dos pacientes.

NO DIA A DIA, COM UMA EQUIPE

INTERDISCIPLINAR, ENFERMEIRA DO

SABARÁ TRANSFORMA EM REALIDADE

A MISSÃO DE OFERECER UM OLHAR

AMPLIADO SOBRE A CRIANÇA E SUA

FAMÍLIA, INTEGRANDO MEDICINA

DE PONTA A VALORES HUMANOS

Se o modelo assistencial do HIS é reconhecido como um diferencial no segmento de saúde privada, parcela considerável desse sucesso deve-se ao corpo de enfermagem da Instituição. No dia a dia dos pacientes e de seus familiares, eles representam e transformam em realidade uma das missões preconizadas pela Instituição: a de associar o que há de melhor e mais moderno em tratamento médico ao atendimento das necessidades do ser humano.

Para dar mais detalhes sobre esse departamento, que contribuiu categoricamente para a recente conquista do selo JCI, entrevistamos a nova gerente de enfermagem do Hospital, Denise Pourrat Dalge. No cargo há cinco meses, a enfermeira, que possui 30 anos de reconhecida experiência profissional em assistência e gestão de enfermagem em pediatria, fala do novo papel do profissional de enfermagem e de novos projetos.

ENFERMAGEM É PEÇA-CHAVE PARA MODELO ASSISTENCIAL

Dra. Denise Dalge

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COMO É FEITO O TREINAMENTO DOS PROFISSIONAIS DA ENFERMAGEM?

Um dos pré-requisitos de integração ao nosso quadro funcional é a experiência em pediatria e especialização em enfermagem pediátrica geral, neonatal ou em terapia intensiva pediátrica.

Seguimos um criterioso processo de admissão, com provas específicas de conhecimento, entrevistas, dinâmicas de grupo e testes psicológicos. O treinamento admissional inclui um bloco de treinamento teórico, validações de práticas e dinâmicas para o processo de adaptação à cultura e processos da Instituição.

Ainda há uma grade de programas de educação com workshops, aulas internas e externas que visam constante reciclagem.

Nossos profissionais estudam sobre o modelo assistencial, método para a tomada de decisão com base no raciocínio clínico, desenvolvimento infantil, técnicas de linguagem para abordar o paciente, de acordo com a faixa etária, e seus familiares, além de questões técnicas, como protocolos assistenciais, atendimento de urgências e emergências e procedimentos técnicos específicos. Hoje, nossa equipe é composta por 295 cuidadores, que são enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem.

O QUE DIFERENCIA O HIS DOS DEMAIS HOSPITAIS?

O fato de o HIS ser exclusivamente pediátrico por si só já é um enorme diferencial, pois todas as ações são pensadas e construídas para crianças e adolescentes. O pensar pediátrico vai desde a estrutura física, que garante segurança, interação, integração e acolhimento dos nossos pacientes e família, com mobiliários diferenciados, decoração infantil do ambiente, materiais e medicamentos específicos à pediatria, até processos e abordagens diferenciadas.

O enfermeiro que se dedica à pediatria não atende só o paciente, como acontece numa instituição para adultos. Seu perfil é mais empático, tem mais flexibilidade porque atende desde o recém-nascido, cuja abordagem é com a mãe, até o adolescente em que estabelece diálogo direto. Assim, desenvolvemos nosso sistema de percepção de olhar para o outro com os cinco sentidos de forma aguçada, considerando a avaliação da expressão não verbal, porque a criança nem sempre sabe como se comunicar.

Nossa equipe trabalha para o atendimento individualizado, adaptando-se à realidade daquele paciente e a de sua família, resultando num programa de acolhimento que, algumas vezes, se prorroga mesmo depois da alta hospitalar.

QUAL A CONTRIBUIÇÃO DA ENFERMAGEM NA CONQUISTA DA JCI?

Recebemos com orgulho essa conquista, um reconhecimento do trabalho da equipe. Como os demais departamentos, a enfermagem teve um papel importante no resultado para a acreditação. Seguimos padrões internacionais focados na segurança do paciente, que

envolve: identificação correta do paciente por dois identificadores (nome completo e data de nascimento), processo de controle de administração de medicação, medidas de prevenção de infecção hospitalar, entre outros.

A capacitação da equipe sempre foi um ponto alto do trabalho. A enfermagem do Sabará é reconhecida pela larga experiência no cuidado com pacientes de baixa e alta complexidade, por um cuidado acolhedor e humanizado, como também por procedimentos especiais, como passagem e manutenção do uso do cateter periférico intravenoso central (PICC) para pacientes com necessidade de tratamento intravenoso prolongado. Esse cateter reduz o número de punções periféricas, que representam um fator estressante para a criança e a família nas internações.

COMO SERÁ O FUTURO DA SUA GESTÃO?

Vou trabalhar para a identidade e imagem da enfermagem do Hospital serem altamente qualificadas no cuidado do paciente pediátrico, agregando valor à criança e à família durante a sua hospitalização no HIS. Pretendo engajar as equipes de enfermagem nas diretrizes, nos objetivos e nas metas institucionais para entregar os esperados resultados assistenciais de qualidade e de segurança do paciente.

O planejamento de trabalho para 2014 possui muitas frentes, como a implantação de um Novo Modelo Assistencial com altos investimentos na aquisição de conhecimentos, habilidades e mudanças de atitudes por meio de treinamentos técnicos e comportamentais internos e externos; elaboração de trabalhos científicos e participações em grupos e associações extramuros do Hospital.

Também almejamos fortalecer a identidade dos profissionais de enfermagem na diferenciação dos crachás e uniformes, ampliar a política de retenção de talentos e definir as competências técnicas e comportamentais específicas para os cargos.

SE TIVESSE DE FAZER UMA ANALOGIA REFERENTE AO PAPEL DO ENFERMEIRO DO SABARÁ, COMO SERIA?

Acredito que o profissional da área seja o coração, se comparássemos o hospital ao corpo humano. Temos o privilégio de conhecer mais de perto as pessoas que estão realmente precisando de ajuda. Não só administramos horários de medicação ou controlamos o estado de saúde do paciente, mas conversamos, brincamos, choramos e damos gargalhadas com os pacientes e as famílias.

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SUPER-HERÓIS NA LIMPEZA DO PRÉDIO

HIS COMEMORA MAIS DE 230 MIL FÃS NA SUA PÁGINA NO FACEBOOK

No mês de outubro, mais precisamente na semana do Dia das Crianças (12/10), o HIS surpreendeu quem passava pela Avenida Angélica com uma iniciativa pioneira e divertida: a lavagem externa das janelas do prédio de 17 andares do Hospital foi realizada por um time de super-heróis.

Devidamente preparados com equipamentos de segurança, os funcionários da empresa de limpeza que presta serviços ao Hospital desceram pelas janelas com as fantasias de Super-Homem, Lanterna Verde, Capitão América e The Flash, sempre interagindo

O investimento em mídias sociais sempre foi uma preocupação do HIS, que encontrou nesses meios maneiras de se comunicar e se aproximar da sociedade.

Além do site, a Instituição mantém página no Facebook, Blog, Twitter e canal no YouTube, que são visitados por mais de 100 mil internautas todos os meses. “Nossos pacientes são os principais usuários e craques no mundo virtual, por isso a ideia de investir nesse universo nos pareceu primordial. Além disso, sabemos da importância de oferecer conteúdo sério

com os pacientes internados, inclusive aqueles que estavam na UTI.

Normalmente, essa limpeza anual é programada para acontecer em setembro, mas, neste ano, o presidente da Fundação, Dr. José Luiz Setúbal, resolveu presentear as crianças. “Tive a ideia no ano passado, quando vi iniciativas parecidas em hospitais infantis da Austrália e dos Estados Unidos. Como o pessoal da empresa de limpeza aceitou, adiamos a programação para realizar a ação perto do dia 12 de outubro, uma forma de brincar com o imaginário infantil”, informou.

sobre saúde na internet”, ressalta o pediatra e presidente da Fundação.

Prova de que a aposta no universo virtual tem sido bem-aceita é que neste ano a fan page comemorou mais de 230 mil curtidas. Além de ter notícias atualizadas sobre saúde da criança e do adolescente, os internautas encontram textos explicativos sobre as doenças, formas de prevenção, novos tratamentos, artigos assinados por médicos do Hospital e parcerias com blogueiras.

DO VOLUNTARIADOPARA O MUNDO SABARÁ

Quando implementou o programa de voluntariado há três anos, a educadora Sandra Mutarelli já antecipava trocas inesperadas de experiência entre voluntários e equipe de profissionais da Instituição. Com ótimos resultados, essa interação resultou recentemente num projeto interessante que está se transformando em foco do interesse de pesquisa.

A ideia começou com a voluntária e estudante de enfermagem Aline Aparecida de Souza, que, com o intuito de entreter os pacientes, organizou e

montou uma caixa com canetinhas, papel, lápis de cor, tesoura, barbante e cola, material escolar que costuma agradar aos pequenos.

A Caixa Mágica, como o material foi carinhosamente batizado pela equipe, não só obteve receptividade positiva dos pacientes e pais como dos especialistas, incentivando um projeto de pesquisa da própria estudante Aline (no último ano da Faculdade de Enfermagem), supervisionada pelo professor Lino de Macedo, consultor do programa de voluntariado do Hospital e titular do Departamento de Psicologia da Aprendizagem, do Desenvolvimento e da Perso-nalidade da Universidade de São Paulo.

Segundo a psicanalista do Departamento de Psico-logia do HIS, Glaucia Faria da Silva, também envolvida no projeto, o conteúdo da caixa resultou em um importante e privilegiado canal de expressão. Por

IDEIA DE VOLUNTÁRIA VIROU FOCO DE PROJETO DE PESQUISA

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Tendo como referência os efeitos positivos da relação ser humano e animal, como redução de ansiedade, da sensação de isolamento e do estresse, e pensando em proporcionar mo-mentos lúdicos e de distração aos pacientes e acompanhantes, o Sabará lançou o programa Cãoterapia (terapia assistida por animais), que traz cães para passarem um tempo com crianças e adolescentes da internação.

Resultado de uma parceria entre o Hospital e a ONG Cão Terapeuta, a ação não conquistou só os pacientes, mas toda a equipe do Sabará. “O dia da visita é esperado por todos. O clima no andar ganha leveza, uma sensação que atinge não só os nossos pacientes, mas a equipe médica, os enfermeiros e demais profissionais, como se o efeito terapêutico desses animais fosse contagiante”, comenta a diretora técnica do Sabará e coordenadora do projeto, a médica Paulina Basch.

Para garantir a segurança dos pacientes e se encaixar nas práticas internas do HIS, esses nove cães, que participam do projeto, têm uma documentação atualizada constantemente e seguem requisitos rígidos em relação à saúde e à higiene. Segundo a diretora, além de receberem adestramento e treinamentos especializados, os cães se revezam em visitas semanais, passam por criteriosa avaliação, que inclui carteira de vacinação atualizada e atestado de saúde do veterinário responsável. Treinados pelos profissionais da equipe do zootecnista Alexandre Rossi, responsável pela

criação da ONG Cão Terapeuta, esses amigos de quatro patas também são submetidos a uma triagem criteriosa, que inclui testes de comportamento e agressividade. Ao se encaixarem num perfil mais dócil e sociável, esses animais passam por adestramento para se comportarem de maneira adequada e fazerem alguns truques com intuito de interagir com os pacientes.

Desde abril deste ano, as visitas dos animais e seus adestradores acontecem uma vez por semana, às sextas. “Desde que demonstrem vontade e não tenham restrições médicas, os pacientes estão liberados para receber os cães no próprio quarto por determinado tempo para afagá-los, penteá-los e receber o carinho sincero desses bichinhos. A recepção tem sido tão positiva que a dificuldade é liberá-los depois”, informa a médica.

SUCESSO NOS TRATAMENTOS

Vários são os benefícios entre animais e humanos. Um artigo recente do “Circulation” (periódico da American Heart Associaton), por exemplo, elenca uma série de estudos mostrando as vantagens da convivência com os animais e as doenças cardíacas. No texto, um dos destaques é a terapia animal para redução do risco cardiovascular, na medida em que incentivam tutores a se movimentarem mais e praticarem atividade física – o que pode ajudar a reduzir a pressão arterial, o colesterol e o estresse.

meio de colagens, recortes, desenhos, escolhas de cores na hora de pintar e até formatos, é possível reconhecer ideias, emoções, vontades e as diversas maneiras que apontam como o paciente pediátrico interpreta a realidade. Uma estratégia importante, já que nem todas as crianças sabem como desabafar e demonstrar por meio de comunicação verbal o que sentem. “Neste momento, estamos elaborando um projeto de sistematização da Caixa Mágica. Já tive casos que pedi a ajuda da Aline e sua caixa para conseguir chegar na criança. É um trabalho coletivo valioso que traz benefícios às crianças e seus acompanhantes e facilita o diálogo entre paciente e equipe multidisciplinar”, conta a Dra. Glaucia, que resolveu apostar no projeto depois de reconhecer a vulnerabilidade vivenciada por um garoto que se autorretratava dentro de uma bolha, voando pelo espaço num desenho proposto por Aline.

Há, também, outros registros do uso desse tipo de terapia em diferentes perfis, como pacientes com problemas cardíacos (Friedman, Katcher, Lynch e Thomas, 1979), psiquiátricos hospi-talizados (Corson e Corson, 1981), jovens com distúrbios de comportamento (George, 1988), entre outros.

TERAPIA COM ANIMAIS NO MUNDO E NO BRASIL

Na literatura médica há histórias de sucesso sobre a presença dos cães em hospitais, escolas, instituições psiquiátricas e asilos. Esse convívio não só diverte e entretém, como estimula os exercícios – aumentando a mobilidade, funciona como um auxiliar em casos mais complicados, como quando a criança não quer comer, não sai do leito ou deixa de falar.

“Nesses casos, os animais podem ser usados como aliados na recuperação, pois acabam servindo como estímulos. Usados como exemplos, eles indiretamente, fazem com que os pacientes voltem a comer, andar, falar e brincar. Já temos algumas experiências positivas nesse sentido”, finaliza Dra. Paulina.

NOVE ANIMAIS DEVIDAMENTE TREINADOS E ACOMPANHADOS DE ADESTRADORES FAZEM VISITAS SEMANAIS AOS PACIENTES DA INTERNAÇÃO. CONHECIDA COMO ZOOTERAPIA OU TERAPIA ASSISTIDA POR ANIMAIS, A TÉCNICA TRAZ BENEFÍCIOS SOCIAIS, MENTAIS, EMOCIONAIS E FÍSICOS ÀS CRIANÇAS E ADOLESCENTES

A referência da caixa no contexto hospitalar e como ela repercute em cada faixa etária é um dos focos de atenção do projeto, que será submetido neste mês à comissão de ética do Hospital para ser implementado no primeiro semestre do ano que vem. Para a coordenadora do voluntariado, Adriana Girardelli, a ação é motivo de orgulho e comemoração. “A Caixa Mágica é um recurso tão simples que não passou despercebido e se tornou um elo entre voluntário, criança e pais, como um canal de interação entre voluntários e demais profissionais do Hospital”, argumenta.

“Mostrou que uma iniciativa simples possui potencial para virar algo maior e que a proposta de criar e formar um grupo de voluntários participativos, empenhados, com uma imensa vontade de colocar a mão na massa está rendendo bons frutos”, finaliza.

HOSPITAL IMPLEMENTA PROGRAMA COM CÃES TERAPEUTAS

Page 8: 1013-1103 5 AF News Sabara Dezembro 2013 · Mais de 4 MIL participantes em eventos de ... é a fusão prematura de uma ou mais suturas cranianas. ... do fechamento prematuro das suturas,

O último simpósio médico, realizado pelo Centro de Ensino do Instituto PENSI no dia 23 de novembro, contou com a presença de 130 inscritos e teve como foco a Terapia Intensiva em Pediatria, serviço que também é referência no Sabará.

Sob a coordenação do pediatra e gerente da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do HIS, Albert Bousso, o evento reuniu especialistas renomados na área da saúde da criança e do adolescente dos principais centros médicos do País, incluindo profissionais do Sabará.

“O manejo das doenças em Terapia Intensiva vive uma constante atualização, o que justifica a escolha do tema para discussão. Um simpósio como esse é pertinente para nos atualizarmos e estabelecermos critérios e protocolos de atendimento”, destaca Bousso, que trouxe colegas palestrantes do Hospital da Universidade de São Paulo (HU-USP), do Hospital Emílio Ribas, do Hospital do Coração (HCor), do Hospital Sírio-Libanês e do Hospital Israelita Albert Einstein, todos em São Paulo.

Um dos pontos altos amplamente discutidos durante o evento foi a ventilação mecânica, procedimento usado em mais de 50% dos pacientes internados na UTI. Aspectos relacionados ao tema, como nutrição, sedação/analgesia, balanço hídrico e manobras de recrutamento pulmonar permearam as apresentações.

Segundo o especialista, o ventilador pode ser agressivo, dependendo da forma como é usado, causando graves lesões no pulmão.

“Apesar de ser um problema difuso que pode acometer pacientes em todas as faixas etárias, nas crianças, trabalhamos com algo mais delicado, já que os lactentes, por exemplo, possuem um sistema respiratório delicado, ainda em formação. Por isso, a importância de termos debatido a questão com profissionais de áreas distintas devido a sua aplicabilidade multidisciplinar exigida no dia a dia”, explica o pediatra.

EXCELÊNCIA NO ATENDIMENTO

Referência na área, a UTI no Sabará comporta 28 leitos exclusivamente destinados ao paciente pediátrico, o que a torna uma das maiores do País em proporção ao número geral de atendimentos. Além de possuir equipamentos de última geração, comporta uma equipe especializada com 35 médicos, 120 profissionais da área da enfermagem e 25 fisioterapeutas, outro diferencial quando se refere a um departamento dedicado somente ao atendimento de crianças e adolescentes.

De acordo com Bousso, a UTI do Hospital atende principalmente casos de alta complexidade em pediatria, incluindo pacientes com doenças congênitas cardíacas, neurológicas, patologias raras, além de pós-operatórios que envolvem intervenções mais delicadas e monitoramento contínuo.

PENSI FECHA CICLO DE SIMPÓSIOS 2013 COM DEBATE SOBRE TERAPIA INTENSIVAESPECIALISTAS DE RENOME ABORDARAM ASPECTOS MULTIDISCIPLINARES RELACIONADOS À VENTILAÇÃO MECÂNICA, PROCEDIMENTO COMUM EM 50% DOS PACIENTES DE UTI.

VEM AÍ O II CONGRESSO SABARÁ DE ESPECIALIDADES PEDIÁTRICAS

Para reciclar e atualizar conhecimentos entre os profissionais de saúde, o HIS promove de 12 a 14 de setembro de 2014, o II Congresso Sabará de Especialidades Pediátricas. O evento, que contará com renomados palestrantes nacionais e internacionais, será no Hotel Maksoud Plaza, em São Paulo. Organizado pelo Instituto PENSI, departamento de ensino e pesquisa da instituição, o congresso espera receber mais de mil participantes.

A programação detalhada estará disponível em 2014 no site do Hospital. É a segunda vez que o HIS

organiza um evento desse porte. No ano passado, para comemorar cinco décadas de vida, a instituição organizou o I Simpósio Sabará de Especialidades Pediátricas, que contou com mais de 800 espectadores e convidados da Universidade de Munique (Alemanha), do Centro Hospitalar de Nantes (França), do Hospital for Sick Children (Canadá) e do Arnold Palmer Hospital for Children (Estados Unidos).

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