12647998 alzheimer
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Definição
Fisiopatologia
Fases e sinais de alerta
Risco e Protecção
Epidemiologia
Prevenção de acidentes
Diagnóstico
Tratamento
Estudo de caso
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DEFINIÇÃODEFINIÇÃO
A doença de Alzheimer:A doença de Alzheimer:
Relacionada com a idade;
Forma mais frequente das demências degenerativas;
Etiologia desconhecida,
Instalação insidiosa;
Agravamento progressivo, lento e irreversível.
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Começa por aniquilar a memória e,
subsequentemente, as outras funções mentais,
determinando a completa ausência de autonomia.
Os doentes tornam-se incapazes de realizar qualquer
tarefa, perdem-se, deixam de reconhecer o rosto dos
familiares, ficam incontinentes e quase sempre
acabam acamados, sobrevivendo entre 2 a 15 anos.
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Nas alterações estruturais pode mencionar-se um
emaranhado neurofibrilar e placas senis. O
emaranhado é constituído por neurónios anormais
cujo citoplasma possui fragmentos de proteínas
anormais - filamentos de hélice emparelhadas.
A placa senil é um cacho de nervos terminais
degenerativos cujo o axónio e os dendritos contêm
proteína amilóide.
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Estas placas e o emaranhado encontram-se
localizados em áreas de células que se perdem no
cérebro da pessoa com esta patologia.
Estas áreas não são mais do que a associação de
áreas neocorticais e do hipocampo sendo
responsáveis pelo declínio cognitivo.
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Correspondem a um declínio dos neurónios
colinérgicos no núcleo basal, que conduz à perda da
acetilcolina transferase no neocortex e hipocampo.
São ainda afectados o “locus Cereleus”
noradrenérgico e o serotonérgico dorsal na junção
nuclear do tronco cerebral.
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FASES E SINAIS DE ALERTAFASES E SINAIS DE ALERTA
Encontram-se divididos em três estágios:
Estágio inicialEstágio inicial (período de 1 a 3 anos)
A pessoa apresenta-se um pouco confusa e esquecida
constituindo os distúrbios da memória, o primeiro sinal
de aviso da doença.
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No esquecimento característico da doença de
Alzheimer verifica-se:
Dificuldades com o raciocínio;
Dificuldades com a linguagem.
O treino não leva a uma melhoria, havendo muitas
vezes uma certa indiferença.
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Outras dificuldades:
Em executar as tarefas domésticas;
Em relação à sua higiene pessoal;
Orientação espacial é prejudicada fora do seu
ambiente familiar;
Orientação temporal pode sofrer alterações.
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Segundo estágioSegundo estágio (período de 2 a 10 anos)
Distúrbios da linguagem, o que origina um
discurso de difícil compreensão;
Distúrbio motor (apraxia) é também um sinal
característico desta fase;
Dificuldade na mobilidade física;
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Perambulação nocturna e inquietação motora com
marcha frequente;
Agravamento do estado de confusão (com
diminuição progressiva das relações sociais);
Pode ocorrer incontinência urinária e fecal.
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Terceiro estágio (período de 8 a 12 anos)
Agravamento dos sintomas que levam a uma
incapacidade em se reconhecer a si próprio e aos
familiares;
Dificuldade para cuidar de si, afasia,
comportamento distraído, alheado e apático,
variações do humor com alternância de estados de
ansiedade e agitação e fases de depressão.
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O movimento voluntário é diminuto verificando-se
rigidez dos membros com postura flectida;
Perda total de independência.
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Alterações nos exames auxiliares de diagnóstico
EEG TC/IRM TEP/TCEUF
Est. 1 Normal Normal Hipometabolismo – parietal
– posterior.
Est. 2 Lentidão do
ritmo
Normal ou dilatação
ventricular e ampliação
de sulco;
Hipometabolismo parietal
bilateral e
frontal/hiperfusão.
Est. 3 Difusamente
lento;
Dilatação ventricular e
aumento do sulco;
Hipometabolismo parietal
bilateral e
frontal/hipoperfusão
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FACTORES DE RISCOFACTORES DE RISCO
Idade Idade
Aumento exponencial de prevalência e incidência da
doença com o avançar da idade;
Sexo Sexo
Prevalência é mais elevada no sexo feminino;
Traumatismos cranianosTraumatismos cranianos
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Factores hereditários
Quando um dos familiares em 1º grau teve uma
demência o risco de desenvolver doença de
Alzheimer é duas vezes maior;
Idade materna
Filhos de mães com mais de 40 anos, podem ter mais
tendência a problemas demenciais na terceira idade;
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Factores genéticos
Em cerca de 7% dos casos, a doença de Alzheimer é de
família, com transmissão genética do autossómico
dominante;
Síndrome de Down
Indivíduos com síndrome de Down têm cópia extra de
cromossoma 21;
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Factores de risco vascular
Risco acrescido de doença de Alzheimer;
Metais
O Al e o Zn têm sido associados às alterações do
tecido cerebral;
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Outros factores
Antecedentes psiquiátricos, os solventes orgânicos, o
síndrome de apneia do sono, vírus do herpes, anestesia
geral, tabaco...
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Factores de protecçãoFactores de protecção
Altos níveis de instrução
Nível académico e sócio-cultural
Antioxidantes
A ingestão regular de medicamentos com acção
antioxidante (ex: vitamina E), podem retardar a
progressão clínica da doença de Alzheimer, no 2º
estágio da doença.
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AINE’s
O seu consumo regular num período de mais de 2
anos, diminui a probabilidade de aparecimento da
doença, através de um mecanismo inflamatório;
Estrogénios
As mulheres que usam estrogénio (reposição
hormonal) podem apresentar menores taxas de
doença de Alzheimer.
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EPIDEMIOLOGIAEPIDEMIOLOGIA
O envelhecimento da população, fenómeno observado
em todos os países ocidentais, está na origem do
acréscimo do n.º de indivíduos atingidos, tornando-se a
doença de Alzheimer um dos grandes problemas de
saúde pública.
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PREVENÇÃO DE ACIDENTESPREVENÇÃO DE ACIDENTES
Os portadores desta patologia necessitam de cuidados
por parte da família ou pessoas significativas.
Estes prestadores de cuidados devem tomar medidas
preventivas que salvaguardem o mais possível a vida do
doente.
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O prestador de cuidados deve assegurar-se que:
Os corredores, escadarias e área social se
mantenham desimpedidas, no sentido de evitar
quedas;
O fogão, aquecedores, microondas, ferro e outros
equipamentos eléctricos devem permanecer
desligados quando não estão a ser utilizados;
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A temperatura da água deve estar abaixo dos 38ºC,
para evitar queimaduras;
O acesso à banheira e à piscina deve ser fechado;
As trancas e as chaves do lado de dentro da porta
sejam removidas, para facilitar o acesso dos
cuidadores aos cómodos;
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Os alimentos se encontram dentro do prazo de
validade;
Bolsas, carteiras, chaves, dinheiro, talão de
cheques e outros pertences importantes estão fora
do alcance do doente.
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Outro aspecto relevante consiste em impedir o
doente de conduzir, uma vez que pode tornar-se um
perigo para si próprio e para os outros. Para isso
deve-se:
Pedir a alguém dotado de autoridade (médico), que
comunique ao doente que este não pode conduzir;
Esconder as chaves, trancar o carro e guardá-lo
fora do alcance da visão do doente.
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As perambulações podem também constituir um
factor de iminente perigo logo é necessário:
Manter as luzes ligadas nos locais de passagem, à
noite;
Instalar trancas difíceis de abrir;
Sensibilizar os vizinhos no sentido de estes
informarem os cuidadores quando encontrarem o
doente sozinho fora de casa;
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Acompanhar o doente quando este insiste em sair
de casa;
Adquirir um bracelete que permite identificar o
doente;
Contactar a Associação de Alzheimer mais
próxima, com vista a informar-se sobre programas de
ajuda em relação a este problema.
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DIAGNOSTICO DIAGNOSTICO
A certeza do diagnóstico só nos é dada após a morte da
pessoa, sendo necessário proceder a duas fases distintas
para que a doença seja controlada de modo a manter
uma melhor qualidade de vida é necessário obter um
diagnóstico o mais fiável possível, devendo proceder-se
a duas fases distintas.
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Primeiramente, faz-se o diagnóstico de síndrome
demencial e posteriormente o diagnóstico da doença.
A primeira fase é efectuada tendo em conta a
exclusão de diversas patologias que podem evoluir
para um quadro de demências, como:
traumatismos cranianos,
tumores cerebrais,
acidentes vasculares cerebrais,
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Arteriosclerose;
Intoxicação por drogas e álcool;
Depressão;
Hidrocefalia;
Hipovitaminose;
Hipotiroidismo.
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Esta exclusão, só é permitida tendo por base um
conjunto de critérios (DSM-IV) que fundamentam
que na demência verifica-se a existência de um
défice de memória, a curto e a longo prazo, e na
identificação de pelo menos um dos sinais:
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Alteração do pensamento abstracto,
Alteração da capacidade de avaliação,
Afasia,
Apraxia,
Agnosia,
Modificação da personalidade, que constituem o
DSM-IV
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O diagnóstico da doença de Alzheimer é efectuado
através:
Exames cognitivos (testes neuropsicológicos);
Exames laboratoriais;
Rx,
ECG e EEG,
Punção lombar,
TAC e RMN.
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Contudo, apesar deste número de exames apenas a
biopsia ou necrópsia de tecido cerebral post-mortem
permite o diagnóstico conclusivo, sem margem para
dúvidas.
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O médico encontra à sua disposição duas grandes
categorias de medicamentos:
EspecíficosEspecíficos: inibidores da acetilcolinesterase
Tacrina
Donepezil
Rivastigmina
Não específicosNão específicos: psicotrópicos.
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Factores desencadeadores dos sintomas:
Mudança do ambiente:
Novas doenças;
Trocas de cuidador;
Novos medicamentos.
TRATAMENTO DOS SINTOMAS TRATAMENTO DOS SINTOMAS DE COMPORTAMENTODE COMPORTAMENTO
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Agitação
Antipilépticos
Antidepressivos,
Serotorinégicos,
Ansiolípticos não
benzodiazepínicos
ß-bloqueante
Ansiedade
Ansiolíticos
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Depressão
Devem-se optar por fármacos sem efeito sedativo
acentuado e sem a acção anticolinérgica:
Inibidores selectivos de recaptura da serotonina
Antidepressivos
Perturbações do sono
Antidepressivos sedativos
Hipnóticos não benzadiazepinicos
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TRATAMENTOS QUE TRATAMENTOS QUE RETARDAM A EVOLUÇÃO DA RETARDAM A EVOLUÇÃO DA
DOENÇADOENÇA
Os estrogénios e AINE’s apresentam um efeito
protector, um papel anti-neurodegenerativo, sendo
acompanhado na mesma função pela vitamina E e I-
MAO B (selegilina).
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MEDICAMENTOS A EVITARMEDICAMENTOS A EVITAR
Antiparkinsónicos;
Alguns antidepressivos tríciclicos;
Medicamentos utilizados para tratamento de
incontinência urinária;
Agonistas dopaminérgicos (numa fase aguda).
Com os novos neurolípticos, a prescrição de
psicotrópicos deve ser discutida.
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Os métodos não medicamentosos são múltiplos e
podem-se agrupar de acordo com as necessidades da
pessoa:
Estimulação cognitiva global;
Tratamentos psicoterapeuticos;
Cuidados somáticos;
Ajuda à família e centros de cuidados.
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ESTIMULAÇÃO COGNITIVA GLOBALESTIMULAÇÃO COGNITIVA GLOBAL
As técnicas de estimulação cognitiva visam reforçar as
capacidades cognitivas, afectivas e sociais do indivíduo,
podendo ser aplicada terapia de aprendizagem.
São assim estimuladas funções como a memória e o
pensamento.
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TRATAMENTOS PSICOTERAPEUTICOSTRATAMENTOS PSICOTERAPEUTICOS
São de grande utilidade para reforçar o eu da pessoa e permite a esta um jogo relacional não traumatizante
A inspiração analítica fornece um reforço afectivo e narcísico, enquanto a cognitivo-comportamental reforça os comportamentos adaptados e inibe os comportamentos desajustados.
As técnicas de relaxamento permitem diminuir significativamente a ansiedade e estimular o narcisismo da imagem corporal.
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CUIDADOS SOMÁTICOSCUIDADOS SOMÁTICOS
Os doentes de Alzheimer interpretam, normalmente, de
forma errada as perturbações somáticas e
consequentemente queixam-se de forma desadequada.
Outras vezes, não manifestam qualquer queixa, sendo o
médico alertado por uma agitação, um síndrome
confuncional, perturbação do ritmo vigília-sono.
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AJUDA À FAMÍLIAAJUDA À FAMÍLIA
A família deve preparar-se para uma sobrecarga muito grande em
termos emocionais, físicos e financeiros
É essencial organizar um plano de cuidados que inclua
supervisão sócio-familiar, cuidados gerais e visitas médicas.
É indispensável um suporte psicológico ao principal elemento de
ajuda de meio familiar, sendo muitas vezes considerado e vítima
oculta da doença.
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CENTROS DE CUIDADOSCENTROS DE CUIDADOS
Estruturas de acolhimento temporário, que permitem
aliviar a família e principalmente o elemento
cuidador,
Associações que promovem o enquadramento da
família com a doença.
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Em todas as estruturas organizadas, existem elementos
intervenientes (quer sejam médicos, enfermeiros, membros de
uma associação) que integram uma missão tripla: escutar,
informar e aconselhar.
É necessário fornecer ao doente referências espacio-
temporais e permitir que este participe na vida familiar, tendo
como principio “fazer com, mas não em vez de”.
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ESTUDO DE CASOESTUDO DE CASO
Alberto de 87 anos, tornou-se cada vez mais esquecido nos últimos anos,
porém foi capaz de dissimular isso bem. Mais recentemente ele falhou em
reconhecer o seu neto mais novo, embora a sua memória para eventos antigos
permaneça activa. Tem agido de modo socialmente inadequado, exibindo
destemperos emocionais.
A mulher refere que este não dorme à noite e frequentemente encontra-o a
vaguear pela casa, parecendo mais confuso à noite que durante o dia. Os seus
hábitos higiénicos e a sua aparência pessoal deterioraram-se de dia para dia.
Teve também uma perda de apetite e começou a perder peso.
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1.Confusão
Comunicar com frases curtas e simples;
Explicar os procedimentos à pessoa;
Providenciar ambiente tranquilo;
Planear uma rotina diária de actividades para o
paciente;
Orientar a pessoa no tempo e no espaço;
Vigiar acção da pessoa.
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2. Sono alterado
Posicionar confortavelmente a pessoa;
Executar técnicas de relaxamento;
Evitar a ingestão de bebidas estimulantes (café, chá,
cola, etc);
Evitar que a pessoa durma durante o dia;
Evitar tratamentos dolorosos.
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3. Auto-cuidado higiene dependente, em
grau moderado
Assistir a pessoa no banho;
Estimular a pessoa para o auto-cuidado;
Assistir a pessoa a escovar o cabelo e dentes;
Regular a temperatura da água;
Massajar toda a superfície corporal com creme
hidratante.
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4. Auto-cuidado vestuário dependente, em
grau moderado
Assistir a pessoa a vestir-se e despir-se;
Motivar a pessoa a participar no auto-cuidado
vestuário.
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5. Ingestão nutricional diminuída
Providenciar dieta a gosto da pessoa;
Vigiar a refeição;
Evitar tratamentos dolorosos antes das refeições;
Permitir que familiares ou pessoas significativas
tenham acesso ao serviço para alimentar a pessoa.
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6. Memória de curto prazo diminuida
Motivar a pessoa a relembrar as suas memórias;
Evitar interromper a pessoa deixando-a verbalizar
as suas memórias;
Encorajar os familiares e pessoas significativas a
visitar a pessoa;
Providenciar bracelete com nome.
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7. Agitação
Providenciar ambiente tranquilo;
Identificar os factores que desencadeiam a agitação;
Diminuir a quantidade e complexidade dos
estímulos que provocam agitação;
Vigiar a acção do doente.
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9. Papel do prestador de cuidados não demonstrado
Ensinar medidas de prevenção de acidentes; Orientar o planeamento de uma rotina diária de
actividades domiciliarias para o paciente, incluindo
as actividades a realizar durante o dia; Explicar a importância da pessoa usar uma
bracelete com nome, morada e número de telefone; Informar sobre os recursos disponíveis na
comunidade.
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OUTROS DIAGNÓSTICOS POSSÍVEISOUTROS DIAGNÓSTICOS POSSÍVEIS
1. Comunicação verbal deficiente (secundaria da
apraxia, afasia e agnosia);
2. Incontinência urinaria/fecal (devido a défices
cognitivos) ;
3. Isolamento social (como consequência das
mudanças da personalidade, padrões de conduta alterada
e/ou depressão);
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4. Mobilidade física diminuida (consequência das
contraturas, debilidade muscular progressiva e
incoordenação);
5. Risco de úlcera de pressão (devido à
imobilidade);
6. Risco de agressividade (relacionada com as
mudanças de comportamento e agitação)
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EM PORTUGAL....EM PORTUGAL....
Estima-se que existam mais de 56 mil doentes, dos
quais 5 a 10 por cento têm mais de 65 anos, enquanto
que 50 por cento tem mais de 85 anos. Em média o
período que vai do diagnóstico até à morte é de oito
anos, embora, em alguns casos, o doente possa
sobreviver por mais tempo.
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“ Desculpa. Não compreendo nada do que me está a acontecer agora. Até tu. Quando te
escuto a falar sinto que devia conhecer-te, mas não conheço. Nem sequer sei o meu nome.
(…) ajuda-me a lembrar-me de quem sou. Ou pelo menos de quem era. Sinto-me tão
perdido”
Nicholas Sparks