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ANO I - Nº 131 - sexta-feira, 18 de maio de 2018 12 Páginas VEREADORES DA CÂMARA MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE MESA DIRETORA Presidente Prof. João Rocha Vice-Presidente Cazuza 2º Vice-Presidente Eduardo Romero 3º Vice-Presidente Ademir Santana 1º Secretário Carlão 2º Secretário Gilmar da Cruz 3º Secretário Papy • André Salineiro • Ayrton Araújo • Betinho • Chiquinho Telles • Delegado Wellington • Dharleng Campos • Dr. Antônio Cruz • Dr. Lívio • Dr. Loester • Dr. Wilson Sami • Enfermeira Cida Amaral • Fritz • João César Mattogrosso • Junior Longo • Lucas de Lima • Odilon de Oliveira • Otávio Trad • Pastor Jeremias Flores • Valdir Gomes • Veterinário Francisco • Vinicius Siqueira • William Maksoud APOIO LEGISLATIVO PROJETOS DE LEI PROJETO DE LEI Nº 8.931/18 ALTERA PARA RUA EVARISTO FIGUEIRA DE FREITAS A RUA JANEIRAS, LOCALIZADA ENTRE AS RUAS BICUÍBA E AMAPÁ DOCE, NO BAIRRO MORENINHA III. A CÂMARA MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE - MS APROVA: Art. 1° Fica alterada para Rua EVARISTO FIGUEIRA DE FREITAS a Rua JANEIRAS, localizada entre as Ruas Bicuíba e Amapá Doce, no Bairro Moreninha III. Art. 2° Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. Sala das Sessões, 09 de maio de 2018. CHIQUINHO TELLES Vereador - PSD JUSTIFICATIVA A presente proposição objetiva alterar para EVARISTO FIGUEIRA DE FREITAS a Rua JANEIRAS, localizada entre as Ruas Bicuíba e Amapá Doce, situada no Bairro Moreninha, Núcleo Habitacional Vila Moreninha III, que não possui moradores, conforme arquivo da mapoteca anexa a esta justificativa. Evaristo Figueira de Freitas, filho de Antônio Figueira de Freitas e Abadia Rosa de Arantes, nasceu em 11 de maio de 1.929, no Município de Camapuã, Mato Grosso do Sul, onde casou-se em 14 de novembro de 1.952 com Maria Antônia de Freitas, sendo que do relacionamento advieram três filhos, Maria José Figueira da Silva, Ercílio Figueira da Silva e Eres Figueira da Silva. Após morar na região de Camapuã/MS, Evaristo Figueira de Freitas mudou-se com sua família para a região do distrito do Taboco, pertencente ao município de Corguinho/MS, tendo enfim fixado moradia na capital Campo Grande/MS, no bairro Moreninha III. Firmou contrato de Promessa de Compra e venda de imóvel com a então Companhia de Habitação Popular de Mato Grosso do Sul (COHAB/MS) para aquisição de sua humilde moradia na Rua Bicuíba, 119, quadra 43, lote 01, esquina com a Rua Janeiras, Bairro Moreninha III, sendo, portanto primeiro e único morador, junto a sua família, na residência mencionada, tendo inclusive quitado o contrato e não deixado pendência financeira alguma no imóvel, quando de seu falecimento em 23 de outubro de 2.007. Em sua vida profissional além de lavrador quando mais jovem, laborou exaustivamente como vigia profissional, possuindo inclusive posse e porte para arma de fogo. Como um dos primeiros moradores da Vila Moreninha, lutou bravamente, junto com demais cidadãos, pela melhoria do bairro, como a construção de creche, a escola Municipal e a Unidade básica de saúde, hoje nominada como Dr. Judson Tadeu Ribas, a instalação da feira popular, a realização e torneios amadores de futebol, a inclusão de linhas de transporte público, além da busca incessante de asfaltamento para as ruas, tendo após longa batalha conseguido a pavimentação sonhada. Após aposentado, caminhava pelo bairro reunindo reivindicações dos moradores para encaminhamento das necessidades para a Prefeitura e a Câmara Municipal. Morou na mesma residência, no bairro Moreninha III até seu falecimento em 2.007, mais de 25 anos, sendo um dos primeiros moradores do bairro. Faleceu, sem contudo, conseguir o sonhado asfalto para a Rua JANEIRAS, uma das únicas vielas desprovidas de pavimentação asfáltica em toda a grande região das Moreninhas. Pela contribuição dada ao município de Campo Grande, especificamente para a região do bairro Vila Moreninha III. Salienta-se que não haverá nenhum prejuízo aos moradores, em relação a mudança do nome da viela, vez que não existe nenhuma residência numerada na Rua em questão. Portanto, justificamos o presente projeto de lei como homenagem póstuma ao Sr. Evaristo Figueira de Freitas que como cidadão, sempre batalhou em benefício da comunidade, além de ser compromissado com os interesses da vizinhança se dedicando e não medindo esforços a fim de contribuir para o desenvolvimento da região do bairro Moreninha III em nossa capital e, finalmente, conto com o essencial apoio dos nobres pares na sua aprovação. Sala das Sessões, 09 de maio de 2018. CHIQUINHO TELLES Vereador - PSD PROJETO DE LEI N.º 8.932/18 DISPÕE SOBRE A CASSAÇÃO DE ALVARÁ DE FUNCIONAMENTO DE ESTABELECIMENTOS QUE FOREM FLAGRADOS COMERCIALIZANDO, ADQUIRINDO, TRANSPORTANDO, ESTOCANDO OU REVENDENDO PRODUTOS ORIUNDOS DE FURTO, ROUBO OU OUTRO TIPO DE ILÍCITO. A CÂMARA MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE – MS APROVA: Art.1° - Esta Lei garante a cassação do Alvará de Funcionamento dos estabelecimentos que estiverem comercializando, adquirindo, distribuindo, transportando, estocando ou revendendo produtos oriundos de furto, roubo ou outro tipo de ilícito. Art. 2º - Constatado pela fiscalização municipal as fraudes ou demais irregularidades previstas no caput do art. 1º desta Lei, desde que devidamente motivado por meio de relatório circunstanciado, poderá ser realizado o cancelamento do Alvará de Funcionamento ou da Licença, como medida acautelatória dos interesses da administração fiscal, garantido o contraditório e a ampla defesa. Parágrafo único. A constatação prevista no caput poderá também ser auferida por meio de matérias veiculadas em órgãos de imprensa, sendo que neste caso a fiscalização municipal deverá solicitar aos órgãos de segurança pública que efetuou a apreensão, o devido boletim de ocorrência para as tomadas das providências impostas por esta Lei. Art. 3º - O Município deverá abrir um procedimento administrativo e notificar o infrator, que deverá apresentar sua defesa administrativa. Parágrafo único. Após a tramitação de julgado pelo poder municipal de todo o processo administrativo, e constatado que houve a infração prevista nesta Lei, não caberá à restituição de qualquer valor de imposto que tiver sido utilizado como crédito pelo estabelecimento destinatário.

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Page 1: - 131 - sexta-feira 18 de maio de 2018 12 Páginas · de Corguinho/MS, tendo enfim fixado moradia na capital Campo Grande/MS, no bairro moreninha iii. Firmou contrato de promessa

ANO I - Nº 131 - sexta-feira, 18 de maio de 2018 12 Páginas

VEREADORES DA CÂMARA MUNICIPAL DE CAMPO GRANDEMESA DIRETORAPresidente Prof. João RochaVice-Presidente Cazuza2º Vice-Presidente Eduardo Romero3º Vice-Presidente Ademir Santana1º Secretário Carlão2º Secretário Gilmar da Cruz3º Secretário Papy

• André Salineiro• Ayrton Araújo• Betinho• Chiquinho Telles• Delegado Wellington• Dharleng Campos• Dr. Antônio Cruz• Dr. Lívio

• Dr. Loester• Dr. Wilson Sami• Enfermeira Cida Amaral• Fritz• João César Mattogrosso• Junior Longo • Lucas de Lima• Odilon de Oliveira

• Otávio Trad• Pastor Jeremias Flores• Valdir Gomes• Veterinário Francisco• Vinicius Siqueira• William Maksoud

APOIO LEGISLATIVO

PROJETOS DE LEI

PROJETO DE LEI Nº 8.931/18

ALTERA PARA RUA EVARISTO FIGUEIRA DE FREITAS A RUA JANEIRAS, LOCALIZADA ENTRE AS RUAS BICUÍBA E AMAPÁ DOCE, NO BAIRRO MORENINHA III.

A CâmArA muniCipAl de CAmpo GrAnde - mS

AproVA:

Art. 1° Fica alterada para rua eVAriSTo FiGueirA de FreiTAS a rua JAneirAS, localizada entre as ruas Bicuíba e Amapá doce, no Bairro moreninha iii.

Art. 2° esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Sala das Sessões, 09 de maio de 2018.

CHIQUINHO TELLESVereador - PSD

JUSTIFICATIVA

A presente proposição objetiva alterar para eVAriSTo FiGueirA de FreiTAS a rua JAneirAS, localizada entre as ruas Bicuíba e Amapá doce, situada no Bairro moreninha, núcleo Habitacional Vila moreninha iii, que não possui moradores, conforme arquivo da mapoteca anexa a esta justificativa.

Evaristo Figueira de Freitas, filho de Antônio Figueira de Freitas e Abadia Rosa de Arantes, nasceu em 11 de maio de 1.929, no município de Camapuã, mato Grosso do Sul, onde casou-se em 14 de novembro de 1.952 com Maria Antônia de Freitas, sendo que do relacionamento advieram três filhos, Maria José Figueira da Silva, ercílio Figueira da Silva e eres Figueira da Silva.

Após morar na região de Camapuã/mS, evaristo Figueira de Freitas mudou-se com sua família para a região do distrito do Taboco, pertencente ao município de Corguinho/MS, tendo enfim fixado moradia na capital Campo Grande/MS, no bairro moreninha iii.

Firmou contrato de promessa de Compra e venda de imóvel com a então Companhia de Habitação popular de mato Grosso do Sul (CoHAB/mS) para aquisição de sua humilde moradia na rua Bicuíba, 119, quadra 43, lote 01, esquina com a rua Janeiras, Bairro moreninha iii, sendo, portanto primeiro e único morador, junto a sua família, na residência mencionada, tendo inclusive quitado o contrato e não deixado pendência financeira alguma no imóvel, quando de seu falecimento em 23 de outubro de 2.007.

Em sua vida profissional além de lavrador quando mais jovem, laborou exaustivamente como vigia profissional, possuindo inclusive posse e porte para arma de fogo.

Como um dos primeiros moradores da Vila moreninha, lutou bravamente, junto com demais cidadãos, pela melhoria do bairro, como a construção de creche, a escola municipal e a unidade básica de saúde, hoje nominada como dr. Judson Tadeu ribas, a instalação da feira popular, a realização e torneios amadores de futebol, a inclusão de linhas de transporte público, além da busca incessante de asfaltamento para as ruas, tendo após longa batalha conseguido a pavimentação sonhada.

Após aposentado, caminhava pelo bairro reunindo reivindicações dos moradores

para encaminhamento das necessidades para a prefeitura e a Câmara municipal.Morou na mesma residência, no bairro Moreninha III até seu falecimento em 2.007, mais de 25 anos, sendo um dos primeiros moradores do bairro.

Faleceu, sem contudo, conseguir o sonhado asfalto para a rua JAneirAS, uma das únicas vielas desprovidas de pavimentação asfáltica em toda a grande região das moreninhas.

Pela contribuição dada ao município de Campo Grande, especificamente para a região do bairro Vila moreninha iii.

Salienta-se que não haverá nenhum prejuízo aos moradores, em relação a mudança do nome da viela, vez que não existe nenhuma residência numerada na rua em questão.

Portanto, justificamos o presente projeto de lei como homenagem póstuma ao Sr. evaristo Figueira de Freitas que como cidadão, sempre batalhou em benefício da comunidade, além de ser compromissado com os interesses da vizinhança se dedicando e não medindo esforços a fim de contribuir para o desenvolvimento da região do bairro Moreninha III em nossa capital e, finalmente, conto com o essencial apoio dos nobres pares na sua aprovação.

Sala das Sessões, 09 de maio de 2018.

CHIQUINHO TELLESVereador - PSD

PROJETO DE LEI N.º 8.932/18

DISPÕE SOBRE A CASSAÇÃO DE ALVARÁ DE FUNCIONAMENTO DE ESTABELECIMENTOS QUE FOREM FLAGRADOS COMERCIALIZANDO, ADQUIRINDO, TRANSPORTANDO, ESTOCANDO OU REVENDENDO PRODUTOS ORIUNDOS DE FURTO, ROUBO OU OUTRO TIPO DE ILÍCITO.

A CâmArA muniCipAl de CAmpo GrAnde – mS

AproVA:

Art.1° - esta lei garante a cassação do Alvará de Funcionamento dos estabelecimentos que estiverem comercializando, adquirindo, distribuindo, transportando, estocando ou revendendo produtos oriundos de furto, roubo ou outro tipo de ilícito.

Art. 2º - Constatado pela fiscalização municipal as fraudes ou demais irregularidades previstas no caput do art. 1º desta lei, desde que devidamente motivado por meio de relatório circunstanciado, poderá ser realizado o cancelamento do Alvará de Funcionamento ou da licença, como medida acautelatória dos interesses da administração fiscal, garantido o contraditório e a ampla defesa.

Parágrafo único. A constatação prevista no caput poderá também ser auferida por meio de matérias veiculadas em órgãos de imprensa, sendo que neste caso a fiscalização municipal deverá solicitar aos órgãos de segurança pública que efetuou a apreensão, o devido boletim de ocorrência para as tomadas das providências impostas por esta lei.

Art. 3º - O Município deverá abrir um procedimento administrativo e notificar o infrator, que deverá apresentar sua defesa administrativa.

parágrafo único. Após a tramitação de julgado pelo poder municipal de todo o processo administrativo, e constatado que houve a infração prevista nesta lei, não caberá à restituição de qualquer valor de imposto que tiver sido utilizado como crédito pelo estabelecimento destinatário.

Page 2: - 131 - sexta-feira 18 de maio de 2018 12 Páginas · de Corguinho/MS, tendo enfim fixado moradia na capital Campo Grande/MS, no bairro moreninha iii. Firmou contrato de promessa

Página 2 - sexta-feira - 18 de maio de 2018 Diário do Legislativo - nº 131

Art. 4º - Durante o tempo em que o proprietário fizer sua defesa e não regularizar a atividade, o estabelecimento permanecerá fechado, e, caso não ocorra à regularização, dentro do prazo estipulado, a Secretaria municipal de meio Ambiente e Gestão urbana dará início à revogação do Alvará de licença e funcionamento.

Art. 5º - A execução da presente lei ocorrerá por conta de dotações orçamentárias próprias, suplementadas se necessário.

Art. 7º - esta lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

Sala das Sessões, 11 de maio de 2018.

VALDIR GOMESVereador - PP

JUSTIFICATIVA

o presente projeto de lei busca fazer frente a uma prática cada vez mais frequente: o roubo e a consequente comercialização desses produtos pelos receptadores.

Na área penal os crimes de roubo e de receptação já são combatidos. Porém, são necessárias mais ferramentas normativas para coibir tais práticas, sendo este o escopo do presente projeto de lei.

Atualmente têm aumentado no município os casos de roubos e furtos, casos diários são mostrados na imprensa, o que tem prejudicado os consumidores, principalmente os empresários que atuam em conformidade com as normas do nosso ordenamento jurídico.

Assim, através da suspensão do Alvará de Funcionamento ou da Licença como medida acautelatória dos interesses da administração fiscal busca-se inibir as ações dos receptadores bem como proteger o empresário que atende as normas legais, o qual sofre uma concorrência desleal daqueles que vendem produtos decorrentes de delitos.

Outras consequências dessa prática ilícita além do prejuízo à vitima, há o prejuízo direto na economia da cidade, haja vista a sonegação tributária decorrente da prática dos receptadores, os quais comercializam produtos sem qualquer pagamento ao Fisco.

nesse sentido, a presente proposição visa trazer uma punição em relação à atuação empresarial daqueles que comercializam produtos oriundos de crimes de qualquer natureza, coibir os inúmeros roubos que acontecem diariamente em nossa região e proteger as finanças públicas.

Sala das Sessões, 11 de maio de 2018.

VALDIR GOMESVereador - PP

PROJETO DE LEI N.º 8.933/18

PRIORIZA O ATENDIMENTO AOS IDOSOS, GESTANTES E PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS NO PRIMEIRO PISO DAS AGÊNCIAS BANCÁRIAS NO MUNICÍPIO DE CAMPO GRANDE.

A CâmArA muniCipAl de CAmpo GrAnde – mS

AproVA:

Art.1° - prioriza o atendimento aos idodos, gestantes e portadores de necessidades especiais no primeiro piso das Agências Bancárias no município de Campo Grande, que não possuam elevador ou escada rolante.

Art. 2º - O Poder Executivo regulamentará esta Lei, no que couber, definindo as sanções aplicáveis em caso de descumprimento.

Art. 3º - esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Sala das Sessões, 11 de maio de 2018.

VALDIR GOMESVereador - PP

JUSTIFICATIVA

o presente projeto visa proporcionar maior conforto para atendimento destes, conforme preceitua a Constituição Federal.

As disposições legais em vigor, que asseguram os valores básicos de igualdade de tratamento e oportunidade a todos os brasileiros, ainda não estão suficientemente claras quando trata-se dos idosos, gestantes e portadores de necessidades especiais.

desse modo a presente proposição representa importante passo para que tenham ao seu alcance os benefícios na proteção ampla aos idosos, gestantes e portadores de necessidades especiais, conforme preceitua a Constituição.

pelo exposto, tendo em vista a importância desta propositura para a população,

contamos com o apoio dos nobres pares no sentido de aprovar o presente projeto de lei.

Sala das Sessões, 11 de maio de 2018.

VALDIR GOMESVereador - PP

PROJETO DE LEI Nº 8.934/18

OBRIGA A CONTRATAÇÃO DE PROFISSIONAIS INTÉRPRETES DA LINGUA BRASILEIRA DE SINAIS (LIBRAS) PELAS PESSOAS JURÍDICAS QUE MENCIONA, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

A CâmArA muniCipAl de CAmpo GrAnde – mS

AproVA:

Art. 1º - os shoppings center, agências bancárias, supermercados de grande porte, empresas privadas, órgãos públicos, concessionárias e permissionários de serviços públicos do Município de Campo Grande - MS, ficam obrigados a disponibilizarem, pelo menos 1 ( um) funcionário por unidade comercial, intérprete da Língua Brasileira de Sinais (Libras), com o objetivo de efetuar a comunicação entre as pessoas portadoras de deficiência auditiva e ouvintes, de forma que referidos cidadãos recebam a mesma informação e participação social.

§ 1º - Caracterizam-se como Shopping Center, as indicações fiscais que possuam mais de 30 lojas na mesma unidade comercial.

§ 2º - Aplica-se o disposto nesta lei às empresas privadas, supermercado de grande porte, concessionárias e permissionárias de serviços públicos, que possuam, no mínimo, 50 funcionários.

§ 3º - o disposto no caput deste artigo aplica-se a todos os setores públicos de atendimento ao cidadão, inclusive no serviço público municipal, cujos locais da necessidade da presença de tais profissionais, serão definidos, através de decreto, pelo executivo municipal.

Art. 2º - As empresas e órgãos públicos atingidos por esta lei deverão afixar, em local acessível e de fácil visualização, a indicação de que possuem profissionais capacitados para o atendimento, na conformidade da Lei Federal nº 10.436/2002, que normatiza a língua Brasileira de Sinais – (liBrA).

Art. 3º - o não cumprimento do disposto nesta lei implicará à empresa infratora, as seguintes sanções:

i - multa no valor de 2.000 (dois mil) ipCA-e, na primeira ocorrência; ii - multa no valor de 3.000 (três mil) ipCA-e, na segunda ocorrência;iii- multa no valor de 4.000 (quatro mil) ipCA-e, e suspensão, pelo prazo de 60 (sessenta) dias, do Alvará de Funcionamento, na terceira ocorrência;IV- Cassação definitiva do Alvará de Funcionamento, na quarta ocorrência.

Art. 4º - esta lei entra em vigor 180 (cento e oitenta dias), após a data de sua publicação.

SAlA dAS SeSSÕeS, 15 de maio de 2018

ADEMIR SANTANAVereador - PDT

JUSTIFICATIVA

o presente projeto de lei obriga os shoppings, agências bancárias, supermercados de Grande porte, empresas privadas, órgãos públicos, concessionárias e permissionários de serviços públicos que atuam na circunscrição do município de Campo Grande – MS, a contratação de profissional capacitado para se comunicar em língua Brasileira de Sinais – libras, com as pessoas portadoras de deficiência auditiva, objetivando compreender o vocabulário desses cidadãos, evitando que esse segmento da nossa atividade econômica sofra algum tipo de constrangimento, ao expor as suas dificuldades de expressão para atender as necessidades básicas.

Oficializada pela Lei Federal nº 10.436/2002, a Língua Brasileira de Sinais - LIBRA foi reconhecida como a língua oficial das pessoas portadoras de deficiência auditiva, daí a necessidade de sua aplicabilidade nos estabelecimentos comerciais, shopping centers e agências bancárias desta Capital, representando um passo importante para viabilizar a integração desse segmento da população ao mercado consumidor, em reconhecimento da cidadania e dos direitos significativos e fundamentais para o convívio de forma igualitário dessas pessoas, na sociedade.

Ademais, para minimizar os custos da aplicabilidade desta norma, as pessoas jurídicas atingidas, poderão qualificar pessoas do seu próprio quadro de pessoal, para esse desiderato.

razão pela qual, apresentamos a presente proposição, na certeza de acolhida favorável dos nobres pares.

SAlA dAS SeSSÕeS, 15 de maio de 2018

ADEMIR SANTANAVereador - PDT

Page 3: - 131 - sexta-feira 18 de maio de 2018 12 Páginas · de Corguinho/MS, tendo enfim fixado moradia na capital Campo Grande/MS, no bairro moreninha iii. Firmou contrato de promessa

Página 3 - sexta-feira - 18 de maio de 2018 Diário do Legislativo - nº 131

PROJETO DE LEI Nº 8.935/18

ALTERA DISPOSITIVO DA LEI Nº 5.805, DE 22 DE MARÇO DE 2017, QUE DISPÕE SOBRE A CRIAÇÃO DO PROGRAMA DE INCLUSÃO PROFISSIONAL (PROINC), DA FUNDAÇÃO SOCIAL DO TRABALHO DE CAMPO GRANDE (FUNSAT), E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

A CâmArA muniCipAl de CAmpo GrAnde-mS,

AproVA:

Art. 1° - o § 1º, do art. 6º, da lei nº 5.805, de 22 de março de 2017, passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 6° - ...............................................................................................§ 1º A vinculação ao PROINC de cada beneficiário será pelo período de 6 (seis) meses, renováveis até completar 48 (quarenta e oito) meses; completado 48 (quarenta e oito) meses o beneficiário será desligado do Programa e colocado no mercado de trabalho, e após 06 (seis) se comprovado a permanência de vulnerabilidade, poderá retornar ao PROINC, para requalificação e estará sujeito ao mesmo período de permanência no Programa já mencionado neste parágrafo.”

Art. 2º - esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Sala das Sessões, 15 de maio de 2018.

BETINHOVereador - PRB

JUSTIFICATIVA

O Programa de Inclusão Profissional (PROINC) foi criado no ano de 2010 e reformulado por solicitação do poder executivo no ano de 2017, visando dar maior transparência, visibilidade, operacionalidade e oportunizando maior número de qualificação e requalificação aos inscritos, bem como, ampliando os espaços de atuação e atividades dos beneficiários, aproximando-os de qualificação social e profissional para o seu ingresso ou retorno no mercado formal de trabalho.

Entretanto, a difícil situação econômica experimentada em todo o país tem resultado em uma demora maior na reinserção dos trabalhadores no mercado de trabalho, exigindo um olhar diferenciado do poder público municipal e uma atuação direta por meio dos programas sociais, já que é no âmbito da sua atuação que essas demandas ocorrem de maneira efetiva, além de estarem consolidadas entre os princípios fundamentais da nossa lei orgânica.

A proposição em análise busca estender o prazo de permanência dos beneficiários no programa para o período máximo de 48 meses, possibilitando um melhor aproveitamento da sua força de trabalho e uma melhor qualificação e requalificação profissional aos inscritos, enquanto objetivo fundamental do proinC.

Portanto, a relevância e pertinência desta Lei estão amplamente justificadas, pelo que se revela imprescindível a anuência dos nobres Colegas para a aprovação deste projeto de lei.

Sala de Sessões, 15 de maio de 2018.

BETINHOVereador - PRB

PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº 586/18

DISPÕE SOBRE O PARCELAMENTO DO IMPOSTO SOBRE TRANSMISSÃO DE BENS IMóVEIS POR ATO ONEROSO “INTER VIVOS” E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

A CâmArA muniCipAl de CAmpo GrAnde – mS

AproVA:

Art.1o o imposto sobre a Transmissão de Bens imóveis por Ato oneroso “Inter Vivos” - ITBI poderá ser parcelado em até 06 (seis) parcelas mensais e sucessivas, a serem definidas pelo Poder Executivo Municipal.

Art.2o o parcelamento do iTBi será concedido durante a lavratura do instrumento que servir de base à transmissão do bem imóvel e somente alcança os imóveis que não possuam débitos de qualquer natureza com o município.

§ 1o A primeira parcela do parcelamento do imposto de que trata o art. 1o desta lei Complementar, deverá ser paga no ato do parcelamento.

§ 2o em se tratando de documentos expedidos pelo poder judiciário autorizado a transferência, o contribuinte terá o prazo de até 10 (dez) dias úteis contados da publicação dos atos para solicitar o parcelamento do iTBi.

Art.3o Somente após a quitação integral do parcelamento será autorizado o registro do instrumento que servir de base para a transmissão do bem imóvel.

§ 1o O cartório de notas ficará responsável em notificar o município do andamento processual da lavratura da escritura do bem imóvel, observando o pressuposto legal do parágrafo único, no artigo 9o, da lei Complementar municipal n. 2.592, de 27 de janeiro de 1989.

§ 2o o poder executivo municipal poderá autorizar os cartórios de notas a

proceder o parcelamento do iTBi, em condições estabelecidas em regulamento.

Art.4o o lançamento do parcelamento do iTBi deverá ocorrer isoladamente, não sendo permitido fazê-lo em conjunto com qualquer outro crédito de natureza, tributária ou não tributária, inscrito ou não em dívida ativa.

Art.5o o valor correspondente o iTBi já parcelado, não poderá ser reparcelado ou repactuado em nova condição de pagamento.

Art.6o o imóvel que possua em sua inscrição municipal lançamento do iTBi, com parcelas vincendas e/ou vencidas, em conformidade com esta Lei Complementar, ficará impedido de nova transmissão, independente que desta venha a provir imunidade, isenções, tributações de impostos distintos, incidência ou não do iTBi.

Art.7o o poder executivo expedirá os atos necessários a perfeita regulamentação e execução da presente lei Complementar no prazo de 120 (cento e vinte dias), contados da data de sua publicação.

Art. 8o esta lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação.

Sala das Sessões, 14 de maio de 2018.

ANDRÉ SALINEIROVereador – PSDB

OTÁVIO TRADVereador - PTB

JUSTIFICATIVA

O presente projeto tem por finalidade instituir o parcelamento do Imposto sobre Transmissão de bens imóveis (iTBi), no entanto, o parcelamento não reduz nem dispensa a oneração fiscal. O mesmo apenas possibilita que a obrigação tributária seja parcelada, facilitando assim que o contribuinte legalize a situação do seu imóvel.

pois bem! É notório a prática de realizar-se, não só no município de Campo Grande, os chamados “contratos de gaveta”, ou seja, aqueles contratos em que o imóvel é transferido para terceiro, sem, entretanto, registrar tal transferência junto ao Cartório de registro de imóveis. Tal fato se dá, na maioria das vezes, com a finalidade de minimizar os custos oriundos do registro, tal como o pagamento do iTBi.

ocorre que a compra por meio de “contrato de gaveta” traz riscos evidentes. entre outras situações, o proprietário antigo poderá vender o imóvel a outra pessoa, o imóvel pode ser penhorado por dívida do antigo proprietário, o proprietário antigo pode falecer e o imóvel ser inventariado e destinado aos herdeiros, o atual proprietário pode tornar-se inadimplente em relação ao pagamento do ipTu, trazendo transtornos ao antigo proprietário, entre outros.

Com a aprovação da presente proposição, além de facilitar a regularização desses contratos, aumentará a arrecadação do município, pois a pessoa no ato que adquirir o imóvel e não tendo condições de efetuar o pagamento do iTBi em sua totalidade, a partir do momento que tiver a opção pelo parcelamento certamente optará por regularizar sua situação com a posterior escrituração do bem adquirido, não deixando a mercê do “contrato de gaveta”.

Importante destacar também que, como qualquer outro imposto, o não pagamento, concederá o ônus ao município em inscrever aquele contribuinte inadimplente na dívida ativa, ficando assim claro que o município não ficará de forma alguma prejudicado com as alterações sugeridas.

Quanto a constitucionalidade e legalidade, vejamos:

Acerca da matéria, podemos verificar que a Constituição Federal estabelece:

Art. 156. Compete aos municípios instituir impostos sobre:

(..)ii - transmissão “inter vivos”, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição; (...)

por sua vez, a lei orgânica municipal estabelece em seu artigo 22, que:

Art. 22. Cabe a Câmara municipal, com a sanção do prefeito, não exigida esta para o especificado no art. 23, dispor sobre todas as matérias de competência do município e especialmente:

i – sistema tributário municipal, arrecadação e distribuição das rendas do município;

Desta feita, tendo em vista que a matéria em comento não adentra na competência legislativa privativa do poder executivo municipal, prevista nos incisos, do parágrafo único, artigo 36, da lom, não há óbice para sua regular

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Página 4 - sexta-feira - 18 de maio de 2018 Diário do Legislativo - nº 131

tramitação.

Ante todo o exposto, considerando os fatores mencionados solicito o apoio dos nobres pares para a aprovação do presente projeto de lei, que certamente será de grande relevância para toda a sociedade.

Sala das Sessões, 14 de maio de 2018.

ANDRÉ SALINEIROVereador – PSDB

OTÁVIO TRADVereador - PTB

PROJETOS DE RESOLUÇÃO

PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 392/18

INSTITUI A MEDALHA LEGISLATIVA “MARCELO DE OLIVEIRA ANDRE-OTTI”, E A SESSÃO SOLENE EM COMEMORAÇÃO AO DIA DO ZOOTEC-NISTA, NO âMBITO DA CâMARA MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE/MS E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

A CâmArA muniCipAl de CAmpo GrAnde - mS

AproVA:

Art. 1º. Fica instituída a medalha legislativa marcelo de oliveira Andreotti a ser outorgada aos Zootecnistas que se destacam no exercício de suas atividades profissionais.

Art. 2º. A medalha legislativa marcelo de oliveira Andreotti, acompanhada de um diploma a ser expedido pelo poder legislativo municipal, serão concedidos através de Sessão Solene, a ser realizada anualmente no dia 13 de maio, em comemoração ao dia do Zootecnista instituído pela lei municipal n. 5.875, de 29 de setembro de 2017.

§ 1º. A medalha de que trata esta resolução será confeccionada no formato e medidas estabelecidas pela mesa diretora do poder legislativo municipal.

§ 2º. Quando não for possível realizar a Sessão Solene para entrega da meda-lha e do diploma na data prevista no art. 2º, a Câmara deverá designar a data mais próxima.

Art. 3°. na data de que trata o art. 2° desta resolução, cada Vereador poderá indicar até 02 (dois) profissionais regularmente inscritos no Conselho Regional de medicina Veterinária - CrmV, seccional de mato Grosso do Sul, acompanha-dos das respectivas biografias.

Art. 4º. A outorga da medalha, bem como do diploma, obedecerão aos dispo-sitivos do regimento interno da Câmara municipal.

Art. 5º. As despesas decorrentes da execução desta resolução correrão por conta das dotações orçamentárias próprias, suplementadas, se necessário.

Art. 6°. esta resolução entrará em vigor na data de sua publicação.

Sala das Sessões, 10 de maio de 2018.

VETERINÁRIO FRANCISCOVereador - PSB

JUSTIFICATIVA

O presente projeto de Lei visa homenagear os Zootecnistas profissionais que atuam no planejamento e execução de projetos capazes de promover e au-mentar a produção animal e de alimentos, respeitando simultaneamente, o meio ambiente, o bem estar animal, as condições socioeconômicas da popula-ção envolvida e a satisfação do consumidor final.

o dia 13 de maio foi escolhido por ter a cidade de uruguaiana como “sede” do primeiro Curso de Zootecnia do país, criado na pontifícia universidade Católi-ca do rio Grande do Sul (puC-rS) em 1966, sendo criado pela lei Federal nº 5.550 de 04 de dezembro de 1968.

O profissional Zootecnista contribui para dar mais eficiência ao sistema produ-tivo, trazendo soluções para atender as demandas do produtor rural ao apri-morar o ambiente de criação. Todas as atividades, direta ou indiretamente, colaboram para o bem-estar animal e para um desenvolvimento sustentável do agronegócio.

Além disso, o profissional Zootecnista tem ampla consciência de seu papel no desenvolvimento sustentável, tanto sob o aspecto produtivo e ambiental, quanto pelo ponto de vista econômico e social, e prima pela responsável atua-ção na mitigação das diferenças sociais.

O projeto representará o nosso reconhecimento e apoio a todos os profissio-nais Zootecnistas, que têm apresentado relevantes contribuições ao avanço social e econômico do nosso país, através do fomento à nossa pecuária e ao desenvolvimento produtivo dos nossos rebanhos, bem como incentivar alter-nativas de produção racional de diferentes espécies animais, nas mais variadas condições.

Por fim, a escolha do Doutor Marcelo de Oliveira Andreotti como nome da Me-

dalha legislativa se deu em razão da sua colaboração aos estudos e avanços da Zootecnia em Mato Grosso do Sul, deixando legado de conhecimentos científi-cos e serviços prestados à sociedade.

marcelo Andreotti era doutor em Zootecnia pela universidade estadual paulis-ta Julio de mesquita Filho, professor adjunto da universidade Federal de mato Grosso do Sul/uFmS ministrando aulas em níveis de Graduação e pós-gradua-ção, atuou profissionalmente na Câmara Setorial de Avicultura/Estrutiocultura na Secretaria de estado de produção e Turismo - SeproTur/mS, foi membro de Conselhos, Comissões e Consultorias ligadas ao Centro de Ciências Biológicas e da Saúde do departamento de medicina Veterinária e Zootecnia da uFmS, en-tre outras inúmeras tarefas relevantes a Zootecnia executadas por este ilustre professor.

Agraciar os homenageados desta solenidade com a medalha legislativa doutor Marcelo de Oliveira Andreotti será com certeza privilégio e orgulho recebê-la.

Sala das Sessões, 10 de maio de 2018.

VETERINÁRIO FRANCISCOVereador - PSB

PROJETOS DE DECRETOS

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 1.812/18

CONCEDE O TÍTULO DE “VISITANTE ILUSTRE” DA CIDADE DE CAMPO GRANDE-MS, À SENHORA VIVIANE DO SANTOS ARAUJO, RAINHA DE BATERIA DO GRÊMIO RECREATIVO ESCOLA DE SAMBA ACADÊMICOS DO SALGUEIRO”.

A CâmArA muniCipAl de CAmpo GrAnde - mS

AproVA:

Art. 1º Fica concedido o Título de “Visitante ilustre” da Cidade de Campo Gran-de-mS à Sra. ViViAne doS SAnToS ArAÚJo, rainha de bateria do Grêmio recreativo escola de Samba Acadêmicos do Salgueiro.

Art. 2º este decreto legislativo entra em vigor na data da sua publicação.

Sala das Sessões, 15 de maio de 2018.

JOÃO CÉSAR MATTOGROSSOVereador - PSDB

DELEGADO WELLINGTONVereador - PSDB

JUSTIFICATIVA

Viviane dos Santos Araújo, nascida em 25 e março de 1975, é atriz e modelo e dançarina brasileira, Sua carreira como modelo teve início aos 16 anos, É for-mada em educação Física,Com reconhecimento por diversas participações nos carnavais de São Paulo e do Rio de Janeiro, no qual seu primeiro desfile foi no ano de 1995 desfilando há mais de uma década em ambos, sendo por muitos considerada a “rainha das rainhas” do carnaval brasileiro, tendo papel de gran-de destaque nesta grande festividade que é a maior festa popular do mundo, símbolo de nosso pais , é também reconhecida por participações em programas de televisão, como os humorística escolinha do professor raimundo e Zorra Total e a telenovela Império, transmitidos pela Rede Globo.

Sala das Sessões, 15 de maio de 2018.

JOÃO CÉSAR MATTOGROSSOVereador - PSDB

DELEGADO WELLINGTONVereador - PSDB

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 1.813/18

CONCEDE O TÍTULO DE “VISITANTE ILUSTRE” DA CIDADE DE CAMPO GRANDE – MS À MARIA DA PENHA MAIA FERNANDES.

A CâmArA muniCipAl de CAmpo GrAnde - mS

AproVA:

Art. 1º - Fica concedido o Título de “Visitante ilustre” da Cidade de Campo Grande –mS, à maria da penha maia Fernandes.

Art. 2º - este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação.

Sala das Sessões, 17 de maio de 2018.

EDUARDO ROMEROVereador – REDE

JUSTIFICATIVA

o presente projeto de decreto legislativo visa outorgar o Título de “Visitante ilustre” da Cidade de Campo à maria da penha maia Fernandes, cearense de

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Fortaleza, é farmacêutica bioquímica pela Universidade Federal do Ceará, com mestrado em parasitologia em Análises Clinicas, pela Faculdade de Ciências Farmacêuticas da universidade de São paulo, aposentada.

em maio de 1983 maria da penha foi vitimada por seu então marido, marco Antonio Heredia Viveros com um tiro nas costas enquanto dormia, que a dei-xou paraplégica. Marco Antônio por duas vezes foi julgado e condenado, mas saiu em liberdade devido a recursos impetrados por seus advogados de defesa.

em 1994 publicou o livro “Sobrevivi... posso Contar” (reeditado em novembro de 2010, pela editora Armazém da Cultura) que em 1998 serviu de instrumen-to para, em parceria com o ClAdem (Comitê latino-americano e do Caribe para a defesa dos direitos da mulher) e CeJil (Centro pela Justiça e o direito internacional) denunciar o Brasil na Comissão interamericana de direitos Hu-manos da organização dos estados Americanos oeA.

essa denuncia resultou na condenação internacional do Brasil, pela tolerância e omissão estatal, com que de maneira sistemática, eram tratados pela justiça brasileira, os casos de violência contra a mulher.

Com essa condenação, o Brasil foi obrigado a cumprir algumas recomendações dentre as quais destaco a de mudar a legislação brasileira que permitisse, nas relações de gênero, a prevenção e proteção da mulher em situação de violên-cia doméstica e a punição do agressor.

e assim, o governo federal já sob o comando do presidente luis inácio lula da Silva, através da Secretaria de Políticas Públicas para Mulheres parceira de cinco organizações não governamentais, renomados juristas e atendendo aos importantes tratados internacionais assinados e ratificados pelo Brasil, criou um projeto de lei que após aprovado por unanimidade na Câmara e no Senado Federal foi, em 07 de agosto de 2006 , transformado como lei Federal 11340 - lei maria da penha.

A sua contribuição nesta importante conquista para as mulheres brasileiras tem lhe proporcionado, por todo o país, significativas homenagens, dentre as quais podemos destacar a “mulher de Coragem”, primeira brasileira a rece-ber esse condecoração do Governo Americano, a ordem de Cruz de dama de isabel la Católica, condecoração concedida pela embaixada do reino da espa-nha e o Prêmio Direitos Humanos 2013, que é considerado a maior outorga do Governo Brasileiro no campo dos Direitos Humanos, além de incontáveis convites, no Brasil e no exterior, para palestras, seminários, entrevistas para jornais, revistas, rádio e televisão, etc. nos quais, tenta contribuir para a cons-cientização dos operadores do direito, da classe política e da sociedade de uma maneira geral, sobre a importância da correta aplicabilidade da lei maria da Penha, ao mesmo tempo em que esclarece também a questão da acessibilida-de para pessoas com deficiência.

paralelo às suas atividades acima descritas, maria da penha permanece atenta a tudo que se refere à lei 11340/2006 batizada com o seu nome, que por di-versas vezes foi alvo de tentativas de enfraquecimento , como por exemplo, quando buscaram aprovar no Senado Federal o anti-projeto de lei 156/2009 que visava transformar a violência doméstica contra a mulher em crime de bai-xo potencial ofensivo . Através do lançamento do Manifesto Público de Apoio à lei, maria da penha coletou inúmeras assinaturas nos locais onde se apre-sentava, por todo o Brasil. essa ação junto a outras de militantes e instituições como o Ministério Público e a Defensoria Pública, resultou na manutenção da lei maria da penha na sua integridade.

maria da penha protocolou na procuradoria Geral de Justiça do estado do Ce-ará, em janeiro de 2009, o oficio 764/2009-7 solicitando providências para, atendendo a uma das recomendações da oeA, incluir nas unidades curriculares de ensino, a importância do respeito à mulher e aos seus direitos reconheci-dos na Convenção Belém do Pará. Maria da Penha é Fundadora do “Instituto Maria da Penha – IMP”, uma organi-zação não governamental, sem fins lucrativos, que visa, através da educação, contribuir para conscientização das mulheres sobre os seus direitos e o for-talecimento da lei maria da penha. dentre as ações desenvolvidas destaca-mos o Curso de Formação de defensores e defensoras do direito à Cidadania, destinado aos moradores de área de vulnerabilidade social, profissionais que atuam na rede atendimento a mulher, operadores do direito, universidades e empresas.

EDUARDO ROMEROVereador – REDE

RECURSOS HUMANOS

ATOS DE PESSOAL

DECRETO N. 7.716

PROF. JOÃO ROCHA, presidente da Câmara municipal de Campo Grande, Capital do estado de mato Grosso do Sul, no uso de suas atribuições legais,

R E S O L V E:

NOMEAR para cargo em comissão os servidores abaixo relacionados, em vagas previstas na resolução n. 1.244/2017, a partir de 1º de maio de 2018:

NOME: CARGO: SÍMBOLO:GiulliAno limA dA CunHA Assistente parlamentar iV Ap 109mArCelo rAmoS CAlAdo Assistente i AS 303Câmara municipal de Campo Grande-mS, 15 de maio de 2018.

PROF. JOÃO ROCHApresidente

DECRETO N. 7.717

PROF. JOÃO ROCHA, presidente da Câmara municipal de Campo Grande, Capital do estado de mato Grosso do Sul, no uso de suas atribuições legais,

R E S O L V E:

NOMEAR ELVIS HENRIQUE DIAS DE SOUZA para o cargo em comissão de Assistente parlamentar i, Símbolo Ap 106, em vaga prevista na resolução n. 1.244/2017, a partir de 14 de maio de 2018.

Câmara municipal de Campo Grande-mS, 17 de maio de 2018.

PROF. JOÃO ROCHApresidente

PODER EXECUTIVO

PROJETOS DE LEI

MENSAGEM n. 32, DE 9 DE MAIO DE 2018.

Senhor presidente:

Submetemos a apreciação de Vossa excelência e de seus dignos pares, o pro-jeto de lei Complementar em anexo, que “dispõe sobre a criação do Sistema Campo-grandense de esporte e lazer e dá outras providências”.

o presente projeto de lei Complementar apresenta proposta de criação do Sis-tema Campo-grandense de esporte e lazer, (SiCel), o referido texto trata de aspectos relevantes para as políticas públicas de esporte e lazer no município, apresentando possibilidades de organização e sistematização das ações do po-der público municipal, estando inclusive alinhadas as propostas estabelecidas no programa de governo 2017-2020 (implantação do Conselho municipal de esporte; descentralização dos projetos de esporte na cidade; Gestão partici-pativa com parceiros para gerir os parques municipais; Captação de recursos externos no Fundo de Apoio ao esporte; programa de incentivo aos atletas; entre outras).

o texto parte do entendimento do esporte e o lazer como expressão do direito individual e coletivo, assegurados pelos Artigos 217 e 6° da Constituição Fede-ral, que definem, respectivamente, o fomento às práticas esportivas formais e não-formais como dever do estado e direito de cada um, e o lazer como direito social, bem como, pelo Artigo 185 da Lei Orgânica Municipal que define o in-centivo às práticas de lazer como forma de promoção e direito social, buscando garantir assim aos munícipes a prerrogativa de exercerem práticas esportivas formais e não-formais.

Cabe destacar que a organização e sistematização do esporte e do lazer nas políticas públicas municipais, através de uma política proposta em forma de sistema é fruto de um debate mais atual, o qual considera a participação e a inclusão da sociedade na construção e no controle de políticas de estado e de governo.

A proposta do Sistema Campo-grandense de esporte e lazer, (SiCel), conside-

ATAS

Extrato - Ata n° 6.445

Aos quinze dias do mês de maio de 2018, às 9:00 horas, foi aberta a presente Sessão ordinária pelo Senhor 1º Vice-presidente Vereador Cazuza, “invocando a proteção de deus, em nome da liberdade e da democracia”. o Senhor 1º Secretário, Vereador Carlão solicitou à mesa que fosse transferida a pauta da presente sessão para a seguinte, devido ao falecimento da Senhora professor rosemary Costa rocha, esposa do presidente desta Casa. não havendo discussão, em votação simbólica. Aprovada à solicitação e nada mais havendo a tratar, o Senhor presidente, Vereador professor João rocha declarou encerrada a presente sessão, convocando os Senhores Vereadores para sessão ordinária dia 17 de maio, às 09 horas neste plenário. Sala das sessões, 15 de maio de 2018.

Vereador Cazuza Vereador Carlão 1º Vice-Presidente 1º Secretário

Extrato - Ata n° 6.446

Aos dezesseis dias do mês de maio de 2018, às 19:00 horas, foi aberta a presente Sessão Solene pela Senhora presidente dos Trabalhos Vereador dharleng Campos “invocando a proteção de deus, em nome da liberdade e da democracia”, em comemoração ao dia do Contabilista, instituída pela lei n.° 4.936/11. Sala das sessões, 16 de maio de 2018.

Vereadora Dharleng CamposPresidente dos trabalhos

Vereadora Enfermeira Cida AmaralSecretário ‘ad hoc’

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ra os desdobramentos e recomendações das conferências nacionais de esporte realizadas nos anos de 2004, 2006 e 2010 no Brasil pelo Ministério do Espor-te, que sinalizam a necessidade de organização e sistematização do esporte e lazer nas políticas públicas, e os desafios postos para sua implantação nas cidades.

entende-se que a gestão pública norteada por um sistema, pode favorecer a organização e sistematização de ações que garantam o direito ao esporte e o lazer as pessoas no município, sendo legitimados nas políticas públicas, em seus diferentes níveis, fazendo parte da vida das pessoas, como espaço de conhecimento e desenvolvimento humano.

Assim, em face das razões arroladas e na certeza de contarmos com o apoio de Vossa excelência e dignos edis na aprovação da presente proposição, soli-citamos que o mesmo seja apreciado nos termos do art. 39, da lei orgânica de Campo Grande.

CAmpo GrAnde-mS, 9 de mAio de 2018.

MARCOS MARCELLO TRAD Prefeito Municipal

PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR n. 3 DE 9 DE MAIO DE 2018.

Dispõe sobre a criação do Sistema Campo-grandense de Esporte e La-zer e dá outras providências.

Faço saber que a Câmara municipal aprova e eu, mArCoS mArCello TrAd, prefeito de Campo Grande, Capital do estado de mato Grosso do Sul, sanciono a seguinte lei Complementar:

TÍTULO I DISPOSIÇÕES INICIAIS

Art. 1º esta lei Complementar dispõe sobre a criação do Sistema Campo-gran-dense de esporte e lazer (SiCel), organizado sob a forma de sistema público descentralizado e participativo, envolvendo o poder executivo municipal e a sociedade civil.

parágrafo único. o Sistema Campo-grandense de esporte e lazer, instrumento que rege a organização das políticas públicas de esporte e lazer, constitui-se em um conjunto de princípios, objetivos e diretrizes que definem o modelo de estrutura, organização e funcionamento do esporte e do lazer, a fim de promo-ver e fomentar a prática formal e não formal do esporte, e a cultura esportiva e de lazer no município de Campo Grande.

Art. 2º As diretrizes do SiCel têm o esporte e o lazer como expressão do di-reito individual e coletivo, assegurados pelos artigos 217 e 6º da Constituição Federal, que definem, respectivamente, o fomento às práticas esportivas for-mais e não-formais como dever do estado e direito de cada um, e o lazer como direito social, bem como, pelo artigo 185 da Lei Orgânica Municipal que define o incentivo à práticas de lazer como forma de promoção e direito social e que garante a todos os munícipes a prerrogativa de exercerem práticas esportivas formais e não-formais, e na lei Geral do esporte.

TÍTULO II DOS PRINCÍPIOS, DAS FINALIDADES E DOS OBJETIVOS

CAPÍTULO I DOS PRINCÍPIOS

Art. 3º o esporte e o lazer, como direito individual, coletivo e social e dever do estado serão fomentados pelas políticas públicas do município, em consonân-cia com as de âmbito nacional e estadual e em princípios, em especial:

i - universalização do acesso aos bens e serviços públicos do esporte e lazer, seus programas e projetos, com atenção à promoção da inclusão social e aces-sibilidade;

ii - equidade nas ações propostas para a redução das desigualdades sociais e o combate de todas as formas de injustiças, exclusões e vulnerabilidades sociais;

iii - diversidade das práticas esportivas com liberdade de expressão de cada um, respeitando as diferenças de gênero, raça/cor, etnia, geração, pessoa com deficiência, entre outras;

iV - democratização da gestão, com participação e controle social exercidos pela sociedade civil;

V - descentralização da gestão dos recursos e das ações realizadas, de forma articulada, intersetorial e pactuada;

VI - ampliação e diversificação dos recursos materiais e humanos, para o de-senvolvimento pleno do cidadão;

Vii - autonomia das entidades de administração e prática esportiva, com o in-centivo à participação dos envolvidos nas tomadas de decisão que lhes sejam pertinentes; Viii - interação na execução das políticas, programas, projetos e ações desen-volvidos pelos entes públicos e iniciativa privada;

IX - transparência e ética no compartilhamento das informações.

CAPÍTULO II DAS FINALIDADES

Art. 4º O SICEL tem por finalidades dotar o município de instrumentos articula-dos, democráticos eficientes e eficazes para garantir o acesso às práticas espor-tivas e de lazer, contribuindo com o processo de formação e desenvolvimento humano e na melhoria da qualidade de vida da população.

CAPÍTULO III DOS OBJETIVOS

Art. 5º São objetivos do SiCel:

i - garantir a consolidação dos princípios e diretrizes previstos na presente lei;

ii - ampliar o acesso ao esporte e lazer para a população com a oferta de ser-viços, programas e projetos das políticas públicas que promovam o desenvolvi-mento da cultura esportiva e do lazer do município;

iii - articular as ações de gestão do poder público com a sociedade civil, a partir das Conferências municipais de esporte e lazer e do plano municipal de esporte e lazer, garantidos em dispositivos legais próprios, que os assegurem de forma continuada;

iV - garantir a implantação e implementação de instrumentos de gestão ins-titucional, valorizando a intersetorialidade e a convergência entre as ações do poder público e da sociedade civil, em favor do esporte e lazer no município;

V - fomentar políticas públicas que visem à inclusão social, o atendimento aos povos, comunidades tradicionais e as pessoas com deficiências;

Vi - garantir a equidade de gênero no acesso e fomento as políticas públicas de esporte e lazer;

Vii - ofertar infraestrutura e equipamentos necessários à implementação de programas que atendam a população em sua diversidade e demandas, assegu-rando a acessibilidade;

Viii - incentivar e promover a formação complementar de recursos humanos inseridos no Sistema, em parceria com instituições formadoras;

iX - garantir a descentralização e articulação da política esportiva e de lazer à população do município com atenção às características e vocações dos locais, bairros e distritos, em suas áreas urbanas e rurais;

X - fomentar a promoção, difusão, circulação de conhecimento e acesso aos bens imateriais do esporte;

XI - garantir recursos financeiros para investimentos nos programas, projetos e ações vinculadas ao esporte e lazer no município;

Xii - estimular a cadeia produtiva e visibilidade pública, viabilizado por eventos esportivos e de lazer que proporcionem o crescimento da atividade econômica municipal.

TÍTULO III DA ESTRUTURA

CAPÍTULO I DOS COMPONENTES

Art. 6º integram o SiCel:

i - coordenação: Órgão gestor próprio do esporte e lazer que esteja vinculado ao poder executivo municipal;

ii - instâncias de articulação e deliberação: Conselho municipal de esporte e lazer e Conferência municipal de esporte e lazer;

iii - instrumentos de gestão: plano municipal de esporte e lazer; Cadastro municipal de esporte e lazer; política de Financiamento municipal de esporte e lazer.

iV - usuários: Todas as pessoas, entidades e instituições que tiverem o esporte e o lazer como atividade central e que aderirem voluntariamente ao Sistema Campo-grandense de esporte e lazer para dele usufruir.

Seção I Da Coordenação

Art. 7º A coordenação do SICEL será realizada por órgão gestor específico de esporte e lazer, vinculado a administração pública, integrante da estrutura organizacional do poder executivo do município de Campo Grande, com auto-nomia administrativa e financeira, destinação orçamentária própria, oferecido pelo poder público municipal, assegurando ao referido órgão gestor estrutura para a implementação e gestão da política municipal de esporte e lazer.

parágrafo único. Cabe ao poder público municipal garantir espaço e condições para os profissionais do segmento de esporte e lazer atuarem como agente social de esporte e lazer.

Art. 8º Compete ao órgão gestor municipal de esporte e lazer:

i - investir prioritariamente em ações para o desenvolvimento do esporte edu-cacional e da formação esportiva, bem como no esporte de participação e do esporte para toda a vida;

ii - incentivar a prática do lazer, priorizando ações do conteúdo físico-esportivo;

iii - apoiar o esporte de rendimento no município, por meio da manutenção

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dos centros de treinamentos esportivos, vinculados ao poder municipal, favo-recendo a especialização esportiva no processo inicial de excelência esportiva;

iV - apoiar atletas e equipes, representantes do município de Campo Grande, em competições esportivas;

V - democratizar o acesso da população aos bens públicos, programas e proje-tos que promovam e fomentem as práticas de esporte e lazer;

Vi - oferecer espaços públicos devidamente equipados, com acessibilidade à população para as diversas dimensões esportivas e de lazer;

Vii - fomentar e promover a capacitação, o aperfeiçoamento e a valorização dos profissionais do segmento de esporte e lazer;

VIII - incentivar pesquisas científicas que contribuam para o desenvolvimento do esporte e do lazer;

iX - articular ações governamentais intersetoriais para o esporte e lazer;

X - garantir o pleno desenvolvimento do Conselho municipal de esporte e lazer e encaminhar as deliberações aprovadas em plenário;

Xi - coordenar a execução do plano municipal de esporte e lazer;

Xii - coordenar a realização da Conferência municipal de esporte e lazer, jun-tamente com o Conselho municipal de esporte e lazer;

Xiii - gerir a política de Financiamento do esporte e lazer e administrar o Fun-do municipal de esporte e lazer;

XiV - organizar, estruturar e manter o funcionamento do Cadastro municipal de esporte e lazer;

XV - promover ações que incentivem a memória do esporte e lazer do municí-pio de Campo Grande.

XVI - fiscalização do Sistema Campo-grandense de Esporte e Lazer.

§ 1º A formação esportiva oferece ações planejadas, inclusivas e lúdicas para crianças e adolescentes, voltadas ao desenvolvimento integral, desde as pri-meiras aproximações, por meio de saberes esportivos que valorizem, critiquem e produzam cultura esportiva de forma autônoma e participativa.

§ 2º esporte para toda a vida caracteriza-se pela vivência do esporte a partir do conhecimento esportivo adquirido e assumido para a vida dentre os hábitos saudáveis. É parte integrante da cultura, fator de desenvolvimento humano, promoção social, saúde e qualidade de vida, a partir da prática do esporte de lazer e da atividade física.

§ 3º A especialização esportiva, base do nível da excelência esportiva, compre-ende a aprendizagem e o treinamento sistematizado das capacidades e habili-dades, em modalidades esportivas específicas, buscando uma melhor adapta-ção e consolidação do potencial esportivo dos atletas em formação.

Seção II Das instâncias de articulação e deliberação

Subseção I Do Conselho Municipal de Esporte e Lazer

Art. 9º Ao Conselho municipal de esporte e lazer, órgão colegiado de caráter consultivo, que tem como finalidade auxiliar na organização e consolidação das políticas públicas de esporte e lazer, na melhoria do padrão de gestão, qualida-de e transparência do esporte e lazer no município, compete:

i - propor diretrizes para a política pública municipal de esporte e lazer;

ii - coordenar a Conferência municipal de esporte e lazer, juntamente com o órgão gestor de esporte e lazer;

iii - propor e encaminhar o plano municipal do esporte e lazer, bem como suas posteriores alterações, ao poder executivo, através do órgão gestor;

iV - acompanhar e avaliar a execução das ações do plano municipal de esporte e lazer;

V - avaliar orçamentos, planos de aplicação e metas anuais e plurianuais dos recursos do Fundo municipal de esporte e lazer;

Vi - avaliar as contas do Fundo municipal de esporte e lazer;

VII - fiscalizar a aplicação dos recursos e execução dos projetos contemplados com recursos do Fundo municipal de esporte e lazer;

Viii - zelar pela memória do esporte e lazer do município de Campo Grande;

iX - elaborar e aprovar o regimento interno do Conselho.

Art. 10. o Conselho municipal de esporte e lazer será formado por 10 (dez) membros titulares e respectivos suplentes, sendo 5 (cinco) membros do poder executivo municipal e 5 (cinco) membros da sociedade civil organizada.

§ 1º os representantes do poder executivo municipal devem estar vinculados ao órgão gestor e às instituições públicas que tenham pertinência com as po-líticas de esporte e lazer.

§ 2º os representantes da sociedade civil devem estar vinculados aos segmen-tos distintos do esporte e lazer, com registro no Cadastro municipal de esporte e lazer.

§ 3º os integrantes do Conselho municipal de esporte e lazer terão o manda-to de 2 anos, renovável uma vez por igual período, podendo ser substituído a qualquer tempo.

§ 4º A participação no Conselho municipal será a titulo gratuito, sendo os mem-bros nomeados por ato do prefeito municipal.

Art. 11. o Conselho municipal de esporte e lazer deverá ser constituído por:

i - presidência;

ii - plenária;

III - Câmaras Técnicas.

§ 1º A presidência do Conselho municipal de esporte e lazer será obrigatoria-mente ocupada pelo representante do poder executivo vinculado ao órgão ges-tor do esporte e lazer, possuindo este, voto ordinário e de desempate.

§ 2º As Câmaras Técnicas serão compostas por conselheiros, escolhidos e apro-vados em plenária. podendo ter a participação eventual, com direito à voz, de colaboradores com notório conhecimento

Subseção II Da Conferência Municipal de Esporte e Lazer

Art. 12. À Conferência municipal de esporte e lazer, instância de participação social e de articulação entre o poder público e a sociedade civil, compete:

i - avaliar e propor políticas públicas de esporte e lazer;

ii - propor diretrizes e ações para a política municipal de esporte e lazer, a ser sugerida no plano municipal de esporte e lazer;

iii - sugerir e aprovar proposições para a elaboração e avaliação do plano mu-nicipal de esporte e lazer.

§ 1º Cabe ao órgão gestor, juntamente com o Conselho municipal de esporte e lazer, coordenar a Conferência municipal de esporte e lazer, com periodicidade não superior a quatro anos.

§ 2º A Conferência municipal de esporte e lazer terá regimento próprio que definirá suas normas de funcionamento, instâncias e formas de participação.

Seção III Dos instrumentos de gestão

Subseção I Do Plano Municipal de Esporte e Lazer

Art. 13. O Plano Municipal de Esporte e Lazer é um instrumento de planeja-mento com duração de oito anos, instituído por lei específica e revisado a cada quatro anos, cujo processo de elaboração e execução das políticas públicas de esporte e lazer para Campo Grande compreende, no mínimo:

I - análise situacional, que consiste na identificação das potencialidades e fra-gilidades do esporte e lazer local;

II - diretrizes, objetivos, estratégias, metas e ações;

III - recursos materiais, humanos e financeiros necessários, bem como os me-canismos e fontes de financiamento;

iV - mecanismos de monitoramento e avaliação, que consiste no acompanha-mento da execução do plano por meio de indicadores quantitativos e qualita-tivos;

V - consultas à sociedade civil durante o processo.

§ 1º Cabe ao órgão gestor de esporte e lazer coordenar a execução do plano municipal de esporte e lazer.

§ 2º o plano municipal de esporte e lazer será proposto pelo Conselho munici-pal de esporte e lazer, analisado pelo chefe do poder executivo e encaminhado ao legislativo municipal.

Subseção II Do Cadastro Municipal de Esporte e Lazer

Art. 14. o Cadastro municipal de esporte e lazer, instrumento de gestão das políticas públicas municipais de esporte e de lazer, de caráter normativo, tem por finalidade coletar e disponibilizar informações, referências e indicadores sobre as condições, agentes e equipamentos de esporte e lazer, constituindo base de dados ao funcionamento e organização do SiCel.

Subseção III Da Política de Financiamento ao Esporte e Lazer

Art. 15. A Política de Financiamento do Esporte e Lazer é constituída pelo con-junto de mecanismos de financiamento público, diversificados e articulados, e também, por recursos privados em forma de patrocínio ou apoio direto, quando for o caso.

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VETOS

MENSAGEM n. 34, DE 11 DE MAIO DE 2018.

Senhor presidente,

Com base nas prerrogativas estabelecidas no § 1º do Art. 42 e no inciso Vii, do Art. 67, ambos da lei orgânica do município, comunicamos a essa egrégia Câmara, por intermédio de V. Exa., que decidimos vetar totalmente o projeto de lei Complementar n. 552/17, que “dispõe sobre a concessão de isenção do imposto predial e Territorial urbano (ipTu) à (ao) viúva (o) de integrante das forças de segurança pública que vier a falecer no desempenho de suas atividades no município de Campo Grande-mS.” pelas razões que, respeitosamente, passamos a expor:

em consulta à procuradoria-Geral do município (pGm), esta se manifestou pelo veto total ao presente projeto de lei, argumentando para tanto a ocorrência de afronta ao princípio da isonomia, bem como por não atender as exigências da lei de responsabilidade Fiscal, veja-se trecho do parecer exarado:

2.3 – dA AnÁliSe do proJeTo de lei: o presente projeto de lei de iniciativa parlamentar concede a isenção do ipTu a viúva ou viúvo de integrantes das forças de segurança pública que vierem a falecer no desempenho de suas atividades no município de Campo Grande-mS. para a adequada análise do projeto de lei, se faz necessária a explanação de alguns dispositivos constitucionais e princípios.

A Constituição Federal prevê, em seu artigo 5º, caput a igualdade perante a lei entre as pessoas. “Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

”A igualdade apresentada na Constituição Federal é refletida, na forma de não discriminação, na Constituição do estado de mato Grosso do Sul, conforme artigo 3º, inciso i.

“Art. 3º Constituem objetivos fundamentais do estado de mato Grosso do Sul: i - construir uma sociedade livre, justa e solidária, sem quaisquer formas de discriminação;”

A igualdade perante a lei não significa uma legislação cega aos seus destinatários, mas sim uma lei que observa os iguais e os desiguais, a fim de se promover a igualdade de condições, e não apenas a igualdade de aplicação da norma. Conceituados doutrinadores afirmam que o destinatário principal deste princípio é o legislador, visto que é a este que cabe a elaboração das legislações, as quais devem atender ao princípio da isonomia.

“Ser igual perante a lei não significa apenas aplicação igual da lei. A lei, ela própria, deve tratar por igual todos os cidadãos. o princípio da igualdade dirige-se ao próprio legislador, vinculando-o à criação de um direito igual para todos os cidadãos.” (CANOTILHO, José Joaquim Gomes. Direito Constitucional. 6. ed. Coimbra : Almedina, 1993. p. 563) “... o legislador é o destinatário principal do princípio, pois se ele pudesse criar normas distintivas de pessoas, coisas ou fatos, que devessem ser tratados com igualdade, o mandamento constitucional se tornaria inteiramente inútil, concluindo que, nos sistemas constitucionais do tipo do nosso não cabe dúvida quanto ao principal destinatário do princípio constitucional de igualdade perante a lei. o mandamento da Constituição se dirige particularmente ao legislador e, efetivamente, somente ele poderá ser destinatário útil de tal mandamento.” (SILVA, José Afonso da. Curso de direito Constitucional positivo. 9. ed. São paulo : malheiros, 1994. p. 197) “... o alcance do princípio não se restringe a nivelar os cidadãos diante da norma legal posta, mas que a própria lei não pode ser editada em desconformidade com a isonomia” (BANDEIRA DE MELLO, Celso Antônio. Conteúdo jurídico do princípio da igualdade. 3. ed. São paulo : malheiros, 1993. p. 9)

pode-se concluir que, toda a elaboração da norma, bem como sua aplicação, devem se pautar pelo princípio da igualdade, devendo a legislação tratar com igualdade os iguais, e desigualdade os desiguais.

parágrafo único. Cabe ao órgão gestor coordenar a política de Financiamento do esporte e lazer.

Art. 16. os recursos necessários à execução do plano municipal do esporte e Lazer serão assegurados em programas de trabalho específicos, constantes do orçamento do município, previstos no plano plurianual e na lei de diretrizes Orçamentárias, além dos provenientes de:

i - fundo municipal de esporte e lazer;

ii - orçamento próprio do município destinado ao órgão gestor de esporte e lazer;

III - subvenções e verbas específicas, vindas dos governos federal e estadual, suas autarquias e fundações;

iV - leis de incentivo ao esporte;

V - recursos captados por meio de parcerias privadas para a realização de eventos, programas, projetos e ações.

Art. 17. O financiamento do Sistema Campo-grandense de Esporte e Lazer deve ser viabilizado por meio de transferências voluntárias, mediante suas diversas modalidades, fundo a fundo, com transferência direta.

CAPÍTULO II DO FUNDO MUNICIPAL DE ESPORTE E LAZER

Art. 18. O Fundo Municipal de Esporte e Lazer tem por finalidade apoiar e sub-sidiar financeiramente os programas, projetos e ações de esporte e lazer, de iniciativa do poder público municipal e privado no âmbito do Sistema Campo-grandense de esporte e lazer.

Art. 19. o órgão gestor de esporte e lazer será responsável pela operacionali-zação e gestão dos recursos deste fundo.

§ 1º Fica criado o Comitê Gestor do Fundo municipal de esporte e lazer, com a finalidade de apoiar ao órgão gestor, de que trata o caput deste artigo, com atribuição de organizar e orientar o funcionamento do fundo.

§ 2º o Comitê Gestor do Fundo será composto por 3 (três) membros, sendo o representante legal do órgão gestor de esporte e lazer, que presidirá o Comitê e por representantes do Conselho municipal de esporte e lazer, divididos em 1 (um) representante do poder executivo e 1 (um) representante da sociedade civil organizada; Art. 20. os recursos devem ser aplicados contemplando o estabelecido no Art. 8º desta lei.

Art. 21. o Fundo municipal do esporte e lazer será criado, nos termos dos artigos 71 a 74 da lei Federal n. 4.320, de 17 março de 1964, estabelecendo normas peculiares de controle, prestação e tomada de contas, conforme dispo-sição de regulamento específico, o qual será o principal mecanismo de fomento do Sistema Campo-grandense de esporte e lazer.

Art. 22. o Fundo municipal de esporte e lazer estará vinculado ao órgão gestor de esporte e lazer, e habilitado a receber e transferir recursos mediante inscri-ção como entidade matriz no Cadastro nacional de pessoas Jurídicas (CpnJ) do Ministério da Fazenda.

Art. 23. Constituem recursos do Fundo municipal de esporte e lazer:

i - dotação orçamentária própria, do município, prevista na lei de diretrizes orçamentárias (ldo);

II - créditos especiais ou suplementares a ele destinados;

iii - retorno e resultados de suas aplicações;

iV - multas, correção monetária e juros, em decorrência de suas operações;

V - doações de setores públicos ou privados, nacionais ou internacionais, e transferências Fundo a Fundo, provenientes do estado ou da união, suas au-tarquias e fundações, nos termos da lei vigente;

Vi - doações de pessoas física e jurídica, nos termos da lei vigente;

Vii - o produto de arrecadação de taxas cobradas pela utilização de espaços próprios municipais, administrados pelo órgão gestor do esporte e lazer;

Viii - multas aplicadas por perdas e danos a bens do município utilizados para eventos, programas e projetos esportivos e de lazer;

iX - taxas de inscrições para participação nos eventos esportivos e de lazer presentes no calendário municipal;

X - acordos, contratos, consórcios e quaisquer outros destinados especifica-mente ao Fundo;

Xi - o produto de arrecadação oriunda de patrocínios em eventos públicos esportivos e de lazer promovidos pela prefeitura municipal de Campo Grande;

Xii - o produto da arrecadação resultante do aluguel de espaços destinados à publicidade comercial em espaços próprios municipais administrados pelo órgão gestor de esporte e lazer;

XIII - valores provenientes de mecanismos de incentivos fiscais, em nível na-

cional, estadual e municipal, estabelecidos por leis específicas;

XiV - recursos oriundos de repasses de loterias, de acordo com as leis especí-ficas referentes ao esporte;

XV - percentual do duodécimo da Câmara Municipal devolvido anualmente ao município de Campo Grande;

Parágrafo único. O percentual referido no inciso XV será definido pela Secretaria municipal de Finanças e planejamento em conjunto com órgão gestor municipal de esporte e lazer;

TÍTULO IV DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 24. o poder executivo regulamentará no que couber a presente lei Com-plementar.

Art. 25. Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação, fi-cando revogada a lei n. 3.366, de 23 de setembro de 1997 e suas alterações.

CAmpo GrAnde-mS,

MARCOS MARCELLO TRAD Prefeito Municipal

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Assim, a legislação pode prever tratamento diferenciado a determinados grupos, desde que justificado pela necessidade de se igualar referidas pessoas. As normas editadas, portanto, quando apresentarem discriminações, devem trazer consigo uma razão justa para isto, caso não apresentem uma motivação justa para tratar com diferença algum grupo, a norma estará vazia em seu espírito, violando assim o princípio da isonomia.

“Então, no que atina ao ponto central da matéria abordada procede afirmar é agredida a igualdade quando o fator diferencial adotado para qualificar os atingidos pela regra não guarda relação de pertinência lógica com a inclusão ou exclusão no benefício deferido ou com a inserção ou arredamento do gravame imposto. Cabe, por isso mesmo, quanto a este aspecto, concluir: o critério especificador escolhido pela lei, a fim de circunscrever os atingidos por uma situação jurídica – a dizer: o fato de discriminação – pode ser qualquer elemento radicado neles; todavia, necessita, inarredavelmente, guardar relação de pertinência lógica com a diferenciação que dele resulta. em outras palavras: a discriminação não pode ser gratuita ou fortuita. impende que exista uma adequação racional entre o tratamento diferenciado construído e a razão diferencial que lhe serviu de supedâneo. Segue-se que, se o fator diferencial não guardar conexão lógica com a disparidade de tratamentos jurídicos dispensados, a distinção estabelecida afronta o princípio da isonomia” (BANDEIRA DE MELLO, Celso Antônio. Conteúdo jurídico do princípio da igualdade. 3. ed. São paulo : malheiros, 1993. p. 38-39)

em respeito ao princípio da isonomia, o qual deve guiar o legislador, a concessão de isenção fiscal deve possuir uma motivação lógica, não podendo estar pautado simplesmente pela concessão gratuita de um benefício.

“o estado ofende a liberdade relativa do cidadão e o princípio da isonomia quando cria, na via legislativa, administrativa ou judicial, desigualdades fiscais infundadas, através dos privilégios odiosos ou das discriminações... ... A odiosidade do privilégio, como qualquer desigualdade inconstitucional, decorre da falta de razoabilidade para a sua concessão. Se o privilégio não atender ao ideal da justiça, se se afastar do fundamento ético, se discriminar entre pessoas iguais ou se igualar pessoas desiguais, se for excessivo, se desrespeitar os princípios constitucionais da tributação será considerado odioso.” (TorreS, ricardo lobo. os direitos humanos e a tributação – imunidades e isonomia. rio de Janeiro : renovar, 1995. p. 276 e 288)

A violação ao princípio da isonomia, quando da elaboração de leis, e na concessão de isenções sem uma motivação lógica, leva a inconstitucionalidade da medida, sendo o posicionamento jurisprudêncial firme neste sentido.

“o plenário concluiu o julgamento de ações diretas ajuizadas em face de diversos dispositivos da lei 12.485/2011, que dispõe sobre a comunicação audiovisual de acesso condicionado (...). o Colegiado, por maioria, julgou procedente em parte o pedido formulado na Adi 4.679/dF para declarar a inconstitucionalidade apenas do art. 25 da lei 12.485/2011; e, por unanimidade, improcedentes os pedidos formulados nas demais ações diretas. Asseverou que a norma adversada, ao instituir o novo marco regulatório da TV por assinatura no Brasil, almejou unificar a disciplina normativa aplicável ao setor, até então fragmentada em diplomas diferentes, a depender da tecnologia usada para a transmissão do sinal ao consumidor. em linhas gerais, a lei em referência promove a uniformização regulatória do setor de TV por assinatura frente ao processo de convergência tecnológica; reduz as barreiras à entrada no mercado; restringe a verticalização da cadeia produtiva; proíbe a propriedade cruzada entre setores de telecomunicação e radiodifusão; e, por fim, institui cotas para produtoras e programadoras brasileiras. (...)

Com referência ao art. 25 da lei 12.485/2011, o argumento de inconstitucionalidade merece acolhida, em virtude da violação ao princípio constitucional da isonomia (CF, art. 5º, caput), núcleo elementar de qualquer regime republicano e democrático.

Esse princípio, regra de ônus argumentativo, exige que o tratamento diferenciado entre os indivíduos seja acompanhado de causas jurídicas suficientes para amparar a discriminação, cujo exame de consistência, embora preserve um pequeno espaço de discricionariedade legislativa, é sempre passível de aferição judicial por força do princípio da inafastabilidade da jurisdição.

o art. 25 da lei proíbe a oferta de canais que veiculem publicidade comercial direcionada ao público brasileiro contratada no exterior por agência de publicidade estrangeira, estabelecendo uma completa exclusividade em proveito das empresas brasileiras e não apenas preferência percentual, sem prazo para ter fim e despida de qualquer justificação que indique a vulnerabilidade das empresas brasileiras de publicidade, sendo, portanto, inconstitucional.” (Adi 4.747, Adi 4.756, Adi 4.923 e Adi 4.679, rel. min. luiz Fux, j. 8-11- 2017, p, informativo 884.)

“A lei impugnada realiza materialmente o princípio constitucional da isonomia, uma vez que o tratamento diferenciado aos trabalhadores agraciados com a instituição do piso salarial regional visa reduzir as desigualdades sociais. A lC federal 103/2000 teve por objetivo maior assegurar àquelas classes de trabalhadores menos mobilizadas e, portanto, com menor capacidade de organização sindical, um patamar mínimo de salário.” (Adi 4.364, rel. min. Dias Toffoli, j. 2-3-2011, P, DJE de 16-5- 2011.) “Incentivo fiscal. Esportes. Automobilismo. Igualdade tributária. Privilégio injustificado. Impessoalidade. lei 8.736/2009 do estado da paraíba. programa Acelera paraíba. (...)

A Lei estadual 8.736/2009 singulariza de tal modo os beneficiários que apenas uma única pessoa se beneficiaria com mais de 75% dos valores destinados ao programa de incentivo fiscal, o que representa evidente violação aos princípios da igualdade e da impessoalidade. A simples fixação de condições formais para a concessão de benefício fiscal não exime o instrumento normativo de resguardar o tratamento isonômico no que se refere aos concidadãos.” (grifei) (Adi 4.259, rel. min. edson Fachin, j. 3-3-2016, p, dJe de 16-3- 2016.) “AÇÃo

direTA de inConSTiTuCionAlidAde. lei eSTAduAl 356/97, ArTiGoS 1º e 2º. TrATAmenTo FiSCAl diFerenCiAdo Ao TrAnSporTe eSColAr VinCulAdo À CooperATiVA do muniCÍpio. AFronTA Ao prinCÍpio dA iGuAldAde e iSonomiA. ConTrole ABSTrATo de ConSTiTuCionAlidAde. poSSiBilidAde. CAnCelAmenTo de mulTA e iSenÇÃo do pAGAmenTo do ipVA. mATÉriA AFeTA À CompeTÊnCiA doS eSTAdoS e À do diSTriTo FederAl. TrATAmenTo deSiGuAl A ConTriBuinTeS Que Se enConTrAm nA meSmA ATiVidAde eConÔmiCA. inConSTiTuCionAlidAde. (...)

2. lei estadual 356/97. Cancelamento de multa e isenção do pagamento do IPVA. Matéria afeta à competência dos Estados e à do Distrito Federal. Benefício fiscal concedido exclusivamente àqueles filiados à Cooperativa de Transportes escolares do município de macapá. inconstitucionalidade. A Constituição Federal outorga aos estados e ao distrito Federal a competência para instituir o imposto sobre propriedade de Veículos Automotores e para conceder isenção, mas, ao mesmo tempo, proíbe o tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem na mesma situação econômica. Observância aos princípios da igualdade, da isonomia e da liberdade de associação. Ação de inconstitucionalidade julgada procedente.” (grifei) (Adi 1655 Ap – STF – Tribunal pleno – rel. maurício Corrêa – Julg. 03/03/2004 – pub. 02/04/2004) “AÇÃo direTA de inConSTiTuCionAlidAde. TriBuTÁrio. iSenÇÃo FiSCAl. iCmS. lei ComplemenTAr eSTAduAl. eXiGÊnCiA ConSTiTuCionAl de ConVÊnio inTereSTAduAl (CF, ArT. 155, § 2º, Xii, ‘g’). deSCumprimenTo. riSCo de deSeQuilÍBrio do pACTo FederATiVo. GuerrA FiSCAl. inConSTiTuCionAlidAde FormAl. ConCeSSÃo de iSenÇÃo À operAÇÃo de AQuiSiÇÃo de AuTomÓVeiS por oFiCiAiS de JuSTiÇA eSTAduAiS. ViolAÇÃo Ao prinCÍpio dA iSonomiA TriBuTÁriA (CF, ArT. 150, ii). diSTinÇÃo de TrATAmenTo em rAZÃo de FunÇÃo Sem QuAlQuer BASe rAZoÁVel A JuSTiFiCAr o diSCrimen. inConSTiTuCionAlidAde mATeriAl. proCedÊnCiA do pedido. (...) 2. in casu, padece de inconstitucionalidade formal a lei Complementar nº 358/09 do estado do mato Grosso, porquanto concessiva de isenção fiscal, no que concerne ao ICMS, para as operações de aquisição de automóveis por oficiais de justiça estaduais sem o necessário amparo em convênio interestadual, caracterizando hipótese típica de guerra fiscal em desarmonia com a Constituição Federal de 1988. 3. A isonomia tributária (CF, art. 150, ii) torna inválidas as distinções entre contribuintes “em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida”, máxime nas hipóteses nas quais, sem qualquer base axiológica no postulado da razoabilidade, engendra-se tratamento discriminatório em benefício da categoria dos oficiais de justiça estaduais. ...” (grifei) (Adi 4276 mT – STF – Tribunal pleno – rel. min. luiz Fux – Julg. 20/08/2014 – pub. 18/09/2014)

Como se pode observar, o princípio da isonomia deve acompanhar as medidas legislativas, sendo que nos casos de isenções, estas devem se pautar por questões lógicas de combate a desigualdades, não podendo ser as isenções concedidas de forma gratuita, ou seja, sem algum benefício público, como por exemplo, o social ou econômico.

no caso do projeto de lei Complementar n. 552/17, que dispõe sobre a concessão de isenção do imposto predial e Territorial urbano (ipTu) à viúva ou viúvo de integrantes das forças de segurança pública que vier a falecer no desempenho de suas atividades no município de Campo GrandeMS, se verifica diversas faces da violação ao princípio da isonomia.

o projeto de lei mencionado viola o princípio da isonomia, devido ao fato da concessão de isenção de ipTu para viúvas e viúvos de integrantes de forças de segurança que vierem a falecer no município não guardar qualquer relação lógica e justificável entre o benefício e os beneficiados.

É inegável que os membros das forças de segurança são imprescindíveis a vida do cidadão e a manutenção da ordem, sendo o falecimento de um integrante uma perda inestimável e irreparável a toda a sociedade. no entanto, não se verifica uma relação lógica e justa entre a isenção a ser concedida à viúva ou viúvo do integrante falecido, e o objetivo que deve alcançar a norma. A isenção a ser concedida apresenta unicamente uma concessão de benefício gratuito, a fim apenas de privilegiar um determinado grupo.

A concessão de isenção a fim de atender unicamente o intuito de beneficiar gratuitamente determinado grupo, sem existir uma desigualdade a ser reparada, mostra-se violadora do princípio da isonomia, o que se verifica no presente projeto de lei.

o projeto de lei em análise apresenta ainda outras incompatibilidades que configuram violação ao princípio da isonomia, como o fato do projeto conceder a isenção apenas para a viúva, viúvo, os que viviam em união estável e os inválidos, excluindo, por exemplo, outras pessoas que viviam com o integrante da força de segurança, sejam ascendentes ou descendentes.

O projeto de lei também exclui, de forma inexplicável, as viúvas e viúvos dos integrantes das forças de segurança já falecidos, beneficiando apenas aqueles que vierem a falecer. O presente projeto de lei também viola o princípio da isonomia ao beneficiar um grupo de servidores públicos sem que exista uma motivação lógica e justa.

Assim, caso a intenção do legislador fosse beneficiar um grupo de servidores públicos (integrantes da segurança pública), sem que existisse uma motivação lógica e justa que os diferenciasse dos demais servidores públicos, e que justificasse a isenção, o projeto não poderia excluir os demais servidores públicos (outras categorias em geral).

da forma apresentada, o presente projeto viola a isonomia entre as carreiras de servidores públicos, visto que inexiste desigualdade que justifique a diferenciação entre os grupos de servidores existentes, para fins de concessão da isenção de ipTu.

Ademais, verifica-se que o presente projeto de lei impõe alguns requisitos para

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a concessão da isenção, sendo (i) ter um único imóvel no nome do beneficiário e nele residir, (ii) e possuir renda familiar mensal não superior a cinco salários mínimos.

Cabe observar que as exigências apresentadas para a concessão da isenção se mostram conflitantes, visto que a Lei Complementar n. 250/2014, que dispõe sobre a concessão de isenção do imposto predial e Territorial urbano e das taxas de serviços urbanos, traz como requisitos para o recebimento de isenção (i) possuir um único imóvel de valor venal não superior a r$ 83.716,50 (oitenta e três mil, setecentos e dezesseis reais e cinquenta centavos), e (ii) possuir no exercício da isenção pretendida renda mensal de até 2 (dois) salários mínimos.

Assim, ao definir exigências complementares divergentes, o presente projeto de lei conflita com legislação já existente, sendo que as novas previsões podem causar negativas modificações nas demais hipóteses de isenção.

O presente projeto de lei também atenta contra a previsão de Lei de responsabilidade Fiscal, visto que não atende aos seus requisitos. A lei de responsabilidade Fiscal, em seu artigo 14, exige que se demonstre efetivamente a estimativa do impacto orçamentário e financeiro, em três exercícios, a declaração de que a renúncia não afeta as metas fiscais da LDO e de que haverá um aumento compensatório do tributo no seu artigo 14, §1º, da lrF, tipifica como renúncia de receita qualquer concessão de isenção em caráter não geral, e obriga o legislador, sob pena de ferir o princípio da legalidade, a atender as diretrizes estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias (ldo).

A isenção criada pela lei ora em análise, traduz renúncia de receita, privilegiando determinado grupo de contribuintes sem as necessárias medidas de compensação por meio de aumento de receita (lC 101/00, art. 14, ii).

evidencia-se, destarte, a ocorrência de prejuízo à municipalidade em decorrência de redução da receita pública, e não há qualquer notícia por parte da Câmara municipal em suas informações, de que tenham sido tomadas providências no intuito de cumprir o disposto no artigo 14, caput da lei de responsabilidade Fiscal, isto é, que o processo legislativo estava instruído por: “...estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva iniciar sua vigência e nos dois seguintes...”.

daí subsumir-se que previsão de isenção foi feita sem qualquer preocupação com a receita ou sua compensação nos moldes legalmente previstos. Como se vê, a inobservância desta exigência (artigo 14 da lei Complementar 101/2000) resulta em inegável afronta ao princípio da legalidade específica.

Assim, mesmo tendo o poder legislativo competência para a instauração de processo legislativo em tema de direito tributário, à semelhança do executivo, deve-se também observar os preceitos norteadores da lei de Responsabilidade Fiscal.

Quanto ao princípio da legalidade, a Constituição estadual do mato Grosso do Sul estabelece:

Art. 25. A administração pública direta, indireta ou das fundações de qualquer dos poderes do estado obedecerá aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.

A ofensa ao princípio da legalidade tem sido adotada, pelo Supremo Tribunal Federal, como fundamento para a declaração de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, veja-se:

“AÇÃo direTA de inConSTiTuCionAlidAde - lei ComplemenTAr nº 20/2004 do muniCÍpio de CASCAVel - inCidÊnCiA do iSS SomenTe pArA A preSTAÇÃo de SerViÇo de enSino reGulAr mÉdio - ViolAÇÃo AoS prinCÍpioS dA iSonomiA e dA leGAlidAde - ArTiGoS 150, inCiSo ii e 37 dA ConSTiTuiÇÃo FederAl; 27 e 1º, inCiSo iii, dA ConSTiTuiÇÃo do eSTAdo do pArAnA e 14 dA lei ComplemenTAr nº 101/2000 - AÇÃo proCedenTe - deCiSÃo unânime.

- É competente o Tribunal de Justiça para apreciar ação direta de inconstitucionalidade proposta com base em ofensa a disposições previstas na Constituição Federal e de reprodução obrigatória na Constituição estadual (artigos 101, inciso Vii, alínea f, da Constituição do estado do parana e 125, § 2º, da Carta magna).

- Viola o princípio da isonomia a lei municipal que estabelece que apenas os serviços de ensino médio sofrerão incidência do ISSQN, sem justificativa plausível para tal discriminação.

- A isenção ou não incidência de impostos somente será admitida se cumpridas as disposições previstas no artigo 14 da lei de responsabilidade Fiscal(lei Complementar nº 101/2000). (TJpr - Adi 306.358-1, Órgão especial, rel. des. Antonio lopes noronha, j. 24/04/06, dJ 19/05/06).

portanto, são diversas as violações do presente projeto de lei ao ordenamento jurídico brasileiro, seja na forma material, ao afrontar o princípio da isonomia, ou na condição de violação formal, posto que este não atende as exigências da lei de responsabilidade Fiscal.

3 – ConCluSÃo: portanto, conforme exposto, o projeto de lei Complementar n. 552/2017, aprovado pela Câmara municipal, e de iniciativa do próprio legislativo, apresenta vícios na sua forma material e formal, devendo este ser vetado. ouvida a Secretaria municipal de Finanças e planejamento (SeFin), esta também se posicionou pelo Veto ao presente Projeto de Lei, por contrariar dispositivos da lei de responsabilidade Fiscal.

em virtude das razões expendidas o projeto de lei em questão não pode receber a nossa aquiescência formal, embora nobre a pretensão dos legisladores,

autores da proposta.

Assim, não resta outra alternativa que não a do veto total, para o qual solicitamos de V. exa., e dos nobres pares que compõem esse poder legislativo o devido acatamento à sua manutenção.

CAmpo GrAnde-mS, 11 de mAio de 2018.

MARCOS MARCELLO TRAD Prefeito Municipal

MENSAGEM n. 33, DE 9 DE MAIO DE 2018.

Senhor presidente,

Com base nas prerrogativas estabelecidas no § 1º do Art. 42 e no inciso Vii, do Art. 67, ambos da Lei Orgânica do Município, comunicamos a essa egrégia Câmara, por intermédio de V. Exa., que decidimos vetar totalmente o Projeto de lei n. 8.693/17, que “Autoriza o poder executivo municipal a criar atendimento no Terceiro Turno nas Unidades Básicas de Sáude (UBS) e Estratégia de Saúde da Família (eSF), no âmbito do município de Campo Grande, e dá outras providências.” pelas razões que, respeitosamente, passamos a expor:

em consulta à procuradoria-Geral do município (pGm), esta se manifestou pelo veto total ao presente projeto de lei, argumentando para tanto tratar-se a organização dos serviços municipais e sua estruturação matéria de competência privativa do executivo, veja-se trecho do parecer exarado:

2.3 – dA AnÁliSe do proJeTo de lei: inicialmente, vale ressaltar o que diz o referido art. 37 da Carta maior, in verbis:

“Art. 37. A administração pública direta e indiretamente de qualquer dos poderes da união, dos estados, do distrito Federal e dos municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, (...) (Grifo nosso)

o ordenamento constitucional brasileiro adotou a forma de divisão dos Poderes como princípio fundamental, estabelecendo o exercício harmônico e independente das funções executiva, legislativa e judiciária. no âmbito municipal, a lei orgânica, no Título i – dos princípios Fundamentais, trouxe em seu artigo 2º que “São poderes do Município, independentes e harmônicos entre si, o legislativo e o executivo.”

Seguindo essa harmonia adotada pelo ordenamento jurídico brasileiro e replicada na Lei Orgânica Municipal, fica expressa a vedação de interferência de um poder nas funções inerentes ao outro.

A organização dos serviços municipais e sua estruturação, bem como de seus órgãos, é de competência exclusiva do Poder Executivo, em respeito à divisão dos poderes.

A propósito, o projeto sob análise autoriza o município de Campo Grande a criar atendimento no terceiro turno nas unidades Básicas de Saúde- uBS e Estratégia de Saúde da Família - ESF (art. 1º).

observa-se que com a alteração do artigo 36, da lei orgânica do município, o mesmo passou a constar com a seguinte redação:

“Art. 36. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer Vereador ou Comissão, ao prefeito e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos em lei.

parágrafo único. São de iniciativa privativa do prefeito as leis que:

i - disponham sobre:

a) criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica, ou aumento de sua remuneração; (...) c) criação, estruturação e extinção das secretarias e órgãos da administração pública municipal. (nr) (emenda n. 28, de 14/07/09)”

A alteração da alínea “c” do inciso II, do artigo 36, inserida através da Emenda n. 28/09, trouxe para a competência exclusiva do prefeito a iniciativa de leis que tratam do assunto abordado no presente projeto analisado, revogando de modo tácito a competência da Câmara municipal sobre o assunto, prevista no artigo 22, inciso iX da lom.

Quanto à organização do executivo, encontram-se previstas nas atribuições do prefeito municipal as seguintes competências:

“Art. 67. Compete privativamente ao prefeito municipal:

Viii - dispor, mediante decreto, sobre: (emenda n. 20, de 06/12/05) a) organização e funcionamento da administração municipal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; (emenda n. 20, de 06/12/05)

Xlii - dispor sobre a estrutura e organização dos serviços municipais, observadas as normas básicas estabelecidas em lei;”

Como se pode perceber, as organizações, forma de funcionamento, entre outras questões relacionadas à gestão do executivo, estão dentro das atribuições do Chefe do poder executivo, seja para iniciar o processo legislativo que trate do assunto, ou para dispor por meio de decreto da organização desta.

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A fim de clarificar o que podemos entender como atribuições de organização da administração e atos de gestão, trazemos à análise o entendimento do jurista José dos Santos Carvalho Filho:

“... resulta de um conjunto de normas jurídicas que regem a competência, as relações hierárquicas, a situação jurídica, as formas de atuação e o controle dos órgãos e pessoas, no exercício da função administrativa.” (manual de direito Administrativo – editora Atlas – 2012 – pág. 447)

Observemos também o entendimento do mestre Hely Lopes Meirelles: “Em sua função normal e predominante sobre as demais, a Câmara elabora leis, isto é, normas abstratas, gerais e obrigatórias de conduta. Esta é sua função específica, bem diferenciada da do Executivo, que é a de praticar atos concretos de administração. Já dissemos – e convém se repita – que o Legislativo provê in genere, o executivo in specie: a Câmara edita normas gerais, o prefeito as aplica aos casos particulares ocorrentes. daí não ser permitido à Câmara intervir direta ou concretamente nas atividades reservadas ao executivo, que pedem provisões administrativas especiais manifestadas em ordens, proibições, concessões, permissões, nomeações, pagamentos, recebimentos, entendimentos verbais ou escritos com os interessados, contratos, realizações de matérias da Administração e tudo o mais que se traduzir em atos ou medidas de execução governamental.” (direito municipal Brasileiro – 2013 – 17ª edição – editora malheiros – pág. 631)

As formas de atuação da administração e sua organização estão inseridas no rol de competência privativa do prefeito, competindo a este dispor sobre o assunto, e iniciar o processo legislativo relativo à matéria, quando necessário.

embora reconhecendo o nobre desígnio que certamente motivou a apresentação do projeto de lei n. 8.693/2017, a medida não reúne as condições imprescindíveis à sua conversão em lei, impondo-se, em consequência, o seu veto total uma vez que, primeiro, invade matéria de competência privativa do Executivo, já o texto da norma não se restringe a apresentar diretrizes a serem cumpridas e objetivos, mas sim institui, propriamente, ações específicas, legislando sobre o serviço municipal de saúde.

A invasão de competência praticada pelo poder legislativo atenta contra a divisão de poder adotada pelo ordenamento constitucional brasileiro, ferindo ainda os artigos 2º, 36 e 67 da lei orgânica do município, que guarda expressiva simetria com a Constituição Federal e estadual, padecendo portanto o presente projeto de lei de insanável inconstitucionalidade, por vício de iniciativa.

Além do posicionamento da doutrina, encontramos também um posicionamento jurisprudencial sólido, no sentido de ser inconstitucional tal invasão de competência, sendo o vício de iniciativa, algo insanável, mesmo com a sanção do prefeito.

“Agravo regimental no recurso extraordinário. Constitucional. representação de inconstitucionalidade de lei municipal em face de Constituição estadual. processo legislativo. normas de reprodução obrigatória. Criação de órgãos públicos. Competência do Chefe do poder executivo. iniciativa parlamentar. Inconstitucionalidade formal. Precedentes. 1. A orientação deste Tribunal é de que as normas que regem o processo legislativo previstas na Constituição Federal são de reprodução obrigatória pelas Constituições dos estados-membros, que a elas devem obediência, sob pena de incorrerem em vício insanável de inconstitucionalidade. 2. É pacífica a jurisprudência desta Corte no sentido de que padece de inconstitucionalidade formal a lei resultante de iniciativa parlamentar que disponha sobre atribuições de órgãos públicos, haja vista que essa matéria é afeta ao Chefe do Poder Executivo. (grifo nosso) 3. Agravo regimental não provido.” (STF - re nº 505.476/Sp – dJ-e de 09/09/2011 – rel. min. diAS ToFolli).

desta feita, o presente projeto de lei aprovado pelo poder legislativo deve ser VeTAdo integralmente, por possuir vício formal quanto à iniciativa, o que impede qualquer aproveitamento por meio de veto parcial.

em virtude das razões expendidas o projeto de lei em questão não pode receber a nossa aquiescência formal, embora nobre a pretensão dos legisladores, autores da proposta.

Assim, não resta outra alternativa que não a do veto total, para o qual solicitamos de V. exa., e dos nobres pares que compõem esse poder legislativo o devido acatamento à sua manutenção.

CAmpo GrAnde-mS, 9 de mAio de 2018.

MARCOS MARCELLO TRAD Prefeito Municipal

MENSAGEM n. 37, DE 15 DE MAIO DE 2018.

Senhor presidente,

Com base nas prerrogativas estabelecidas no § 1º do Art. 42 e no inciso Vii, doArt. 67, ambos da Lei Orgânica do Município, comunicamos a essa egrégia Câmara, por intermédio de V. Exa., que decidimos vetar parcialmente o Projeto de Lei n. 8.721/17, que “Obriga a fixação e divulgação de informativo (Lei Federal n. 12.764/12) nas unidades Básicas de Saúde acerca dos direitos dos portadores do Transtorno do espectro Autista.”, pelas razões que, respeitosamente, passamos a expor:

em consulta à procuradoria-Geral do município (pGm), houve manifestação pelo veto parcial ao inciso ii do Art. 4º, por contrariar a legislação municipal em vigência.

Desta forma, em que pese à importância do Projeto de Lei, verificou-se a

necessidade de vetá-lo parcialmente. Veja-se trecho do parecer exarado, in verbis:

“2.3 – dA AnÁliSe do proJeTo de lei:O presente projeto de lei de iniciativa parlamentar determina a fixação e divulgação de informativo (lei Federal n. 12.764/12) nas unidades Básicas deSaúde acerca dos direitos dos portadores do Transtorno do espectro Autista.

o presente projeto de lei em análise trata em seu artigo 1º e 2º que as unidades Básicas de Saúde do município de Campo Grande devem divulgar a lei Federal n. 12.764/12, que trata dos direitos e garantias das pessoas com Transtorno do espectro Autista, visto que estas possuem prioridade no atendimento, sendo o desconhecimento por parte dos familiares e dos profissionais das unidades umimpeditivo no acesso ao direito possuído.

Já em seu artigo 3º, 4º, 5º e 6º, o projeto de lei trata respectivamente das sanções aplicáveis no caso de descumprimento, fiscalização da aplicação da norma, custeio de eventuais despesas, e vigência da lei.

dos artigos expostos, com exceção do artigo 3º, os demais não apresentam qualquer vício, não se verificando assim impeditivo legal aos mesmos.

em relação ao artigo 3º, este apresenta a seguinte redação:“Art. 3º o não cumprimento desta lei resultará nas seguintes sanções:

I - notificação para adequação;

ii - abertura de processo administrativo disciplinar para apuração do responsávelpelo descumprimento da lei.”

No que se refere a previsão de notificação pelo descumprimento da norma, para fins de adequação, conforme previsto no inciso I do artigo 3º, não se observa impedimento para o mesmo, podendo este ser mantido.

no tocante ao inciso ii, que prevê a abertura de processo Administrativo Disciplinar para apuração do responsável pelo descumprimento, se verifica queesta previsão viola a lei Complementar n. 190/2011, a qual trata da forma deapuração e processamento de infrações administrativas.

Verifica-se que a previsão do inciso II do artigo 3º determina uma nova possibilidade de abertura direta do processo Administrativo disciplinar, situaçãoesta não contemplada na lei Complementar n. 190/2011.

A apuração de responsabilidade de infrações administrativas ocorre, em regra, através da Sindicância Administrativa, sendo que após a devida apuração, instaura-se o processo Administrativo disciplinar, visando o adequado processamento do infrator.

A lei Complementar n. 190/2011 admite a abertura direta do processo Administrativo disciplinar, desde que presentes os requisitos apresentados pelareferida legislação complementar.dessa forma, não pode o presente projeto de lei expandir as hipóteses de instauração do processo Administrativo disciplinar, visto que infringe a lei Complementar n. 190/2011.

Assim, o inciso ii do artigo 3º deverá ser vetado, posto que viola a legislação complementar que rege o sistema de apuração e processamento de infrações administrativas no âmbito municipal.

no tocante as demais previsões, estas poderão ser sancionadas ou vetadas, por força da previsão do § 1º do artigo 42 da lom, conforme as considerações do prefeito frente ao interesse público.

3 – ConCluSÃo:

portanto, conforme exposto, o projeto de lei n. 8.721/2017, aprovado pela Câmara municipal, e de iniciativa do próprio legislativo, não apresenta vício que justifique o veto jurídico total.

no entanto, o inciso ii do artigo 3º do projeto de lei viola a previsão da lei Complementar n. 190/2011 no que tange aos regramentos do processo Administrativo disciplinar, devendo referido inciso ser vetado.

desta forma, o veto parcial se impõe, devendo este recair sobre o inciso ii do artigo 3º, por afronta a lei Complementar n. 190, de 22 de dezembro de 2011.

Assim, não resta outra alternativa que não a do veto parcial, para o qual solicitamos de V. exa., e dos nobres pares que compõem esse poder legislativo o devido acatamento à sua manutenção.

CAmpo GrAnde-mS, 15 de mAio de 218.

MARCOS MARCELLO TRADPrefeito Municipal

MENSAGEM n. 36, DE 15 DE MAIO DE 2018.

Senhor presidente,

Com base nas prerrogativas estabelecidas no § 1º do Art. 42 e no inciso Vii, do Art. 67, ambos da Lei Orgânica do Município, comunicamos a essa egrégia Câmara, por intermédio de V. Exa., que decidimos vetar parcialmente o Projeto de lei n. 8.724/17, que “Autoriza o poder executivo a disponibilizar o atendimento integral ao Portador de Pé Diabético no município de Campo Grande e dá outras providências.”, pelas razões que, respeitosamente, passamos a expor:

em consulta à procuradoria-Geral do município (pGm), houve manifestação

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pelo veto parcial ao Art. 4º, por ser contrário ao entendimento do poder de discricionariedade que integra a natureza das leis Autorizativas.

Desta forma, em que pese à importância do Projeto de Lei, verificou-se a necessidade de vetá-lo parcialmente. Veja-se trecho do parecer exarado, in verbis:

“É preciso salientar que a natureza autorizativa do projeto de lei, impede que haja a imposição pela regulamentação em prazo certo, como disposto no art. 4º do projeto, o qual merece veto, por se mostrar contrário aos demais dispositivos. importa destacar que ao propor projeto de lei autorizativo, o poder legislativo deixa a cargo do executivo, a sua regulamentação, atendendose aos critérios de (i) conveniência, (ii) oportunidade e principalmente, (iii) disponibilidade orçamentária.

Assim, considerando que o projeto de lei não apresenta, inicialmente, qualquer custo ao erário municipal e prevê a reserva do executivo de dispor dotações orçamentárias e demais critérios de regulamentação, verifica-se a presença dos requisitos jurídicos para sanção, ressalvado o disposto no artigo 4º e eventual posição contrária do Chefe do poder executivo.

Assim, retifico o Parecer n. 699/PCA/PGM/2018, e consigno não haver vício jurídico no projeto de lei em análise, pelo que opino pelo VeTo pArCiAl do projeto de lei n. 8.724/17, suprimindo-se o art. 4º, por contrário aos demais dispositivos do projeto, na forma do art. 42, § 2º da lei orgânica municipal.

Como se pode perceber, a lei autorizativa se limita à anuência da utilização específica de recursos públicos para determinada finalidade, estabelece mera discricionariedade para o prefeito que pode implementar, ou não, o programa pretendido, de acordo com a conveniência e oportunidade da Administração, não lhe sendo imposto garantir, de imediato, o direito nela descrito.

Assim, não resta outra alternativa que não a do veto parcial, para o qual solicitamos de V. exa., e dos nobres pares que compõem esse poder legislativo o devido acatamento à sua manutenção.

CAmpo GrAnde-mS, 15 de mAio de 2018.

MARCOS MARCELLO TRAD Prefeito Municipal