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A parceria entre o setor público e o privado para sustentar o crescimento Luciano Coutinho São Paulo, 23 de setembro de 2009 Conferência sobre contabilidade e responsabilidade para o crescimento econômico regional na América Latina e Caribe

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Economy & Finance


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A parceria entre o setor público e o privado para sustentar o crescimento

Luciano Coutinho

São Paulo, 23 de setembro de 2009

Conferência sobre contabilidade e responsabilidade para o crescimento econômico regional na América Latina e Caribe

2

O Brasil ultrapassou o teste da crise

A economia brasileira pode crescer muito acima da média dos países desenvolvidos;

O mercado interno viabilizará a expansão da demanda: consumo básico das famílias, habitação e duráveis;

O investimento será dinamizado por cinco grandes vetores: petróleo e gás, energia elétrica, logística, construção habitacional e agronegócios;

Oportunidades para estratégias intensivas em inovação e sustentabilidade sócio-ambiental;

Grandes desafios: aumentar a taxa agregada de investimento / PIB e viabilizar o avanço competitivo da indústria manufatureira.

A economia brasileira pode crescer muito acima da média dos países desenvolvidos;

O mercado interno viabilizará a expansão da demanda: consumo básico das famílias, habitação e duráveis;

O investimento será dinamizado por cinco grandes vetores: petróleo e gás, energia elétrica, logística, construção habitacional e agronegócios;

Oportunidades para estratégias intensivas em inovação e sustentabilidade sócio-ambiental;

Grandes desafios: aumentar a taxa agregada de investimento / PIB e viabilizar o avanço competitivo da indústria manufatureira.

3

Política monetária com credibilidade: consolidação de juros reais mais baixos;

Política fiscal retoma trajetória de redução gradual da relação dívida / PIB;

Um sistema bancário fortalecido, operando sob regulação eficiente e pronto para expandir o crédito com spreads cadentes;

Setor privado pouco alavancado, com muitas empresas capacitadas para expansão e internacionalização;

Grande número de projetos de investimento com alto retorno e baixo risco, principalmente em infraestrutura;

Políticas de investimento pró-ativas, com apoio dos bancos públicos.

Trunfos da economia brasileira

4

PIB pode crescer 5% a.a. no período 2010-2014

Fonte: IBGE. * BNDES (projeção).

PIB: Variação Real Anual (%)PIB: Variação Real Anual (%)

2,82,5

5,7

3,2

4,0

5,75,1

1,0

5,0

0,0

1,0

2,0

3,0

4,0

5,0

6,0

Média1984-93

Média1994-03

2004 2005 2006 2007 2008 2009 Média2010-14

*Projeção do BNDES.Fontes: IBGE e BNDES

5FONTE: FGVELABORAÇÃO: BRADESCO

Risco Brasil bem abaixo da média dos outros países emergentes

Evolução do Risco País (EMBI +) Final de período - em pontos base

228228142

218

420

593

321283

153

215

372

493

100

200

300

400

500

600

700

800

900

EMBI+Brasil EMBI+Países Emergentes

Fonte: Macrodados.

*17 de setembro

6

Evolução da dívida pública líquida de países selecionados

7

Taxa de crescimento trimestre/trimestre imediatamente anterior

0,1

-1,2

0,5

1,11,4

0,9 1,0

1,5

0,2

1,5 1,61,8

0,7

1,41,1

1,3

2,4

0,90,7

3,1

1,5

0,5

1,8

-1,4

0,6

2,1

-2,5

-1,5

-0,5

0,5

1,5

2,5

3,5

2003

T1

2003

T2

2003

T3

2003

T4

2004

T1

2004

T2

2004

T3

2004

T4

2005

T1

2005

T2

2005

T3

2005

T4

2006

T1

2006

T2

2006

T3

2006

T4

2007

T1

2007

T2

2007

T3

2007

T4

2008

T1

2008

T2

2008

T3

2008

T4

2009

T1

2009

T2

Fonte: IBGE

O consumo das famílias voltou a crescer

8Fonte: IBGE

Desemprego caiu de 11,2% em jul/04 para 8,0% em jul/09

Redução do desemprego...

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

2004 11,20

2005

9,50

2006

10,80

20079,50

2008

6,80

8,10

20098,00

Taxa de Desocupação Média - IBGE

9Fonte: IBGE

… e aumento da massa salarial

Até junho 09

MASSA SALARIAL REAL - Média dos últimos 12 mesesR$ bilhões

21,19

22,49

23,75

25,40 26,91

28,32

28,61

18

19

20

21

22

23

24

25

26

27

28

29

Fonte: IBGE

10

O Brasil está adiantado no processo de regulação do sistema financeiro

11

A relação crédito/PIB continuou a subir mesmo após a piora da crise em set/08

Evolução da Relação Crédito/PIB (%) (dados até jul/09)

28,130,2

34,2

41,31

45,02

24,49

2004 2005 2006 2007 2008 2009

Fonte: Banco Central

12

Bancos públicos sustentaram o crédito após a crise

Isoladamente, o BNDES foi responsável por 40% do incremento do crédito entre set/08-jul/09

Fonte: BCB.

CONTRIBUIÇÃO AO CRÉDITO BANCÁRIO

09/08 a 07/09

BNDES 40%

Bancos Privados

18%

Outros Bancos Públicos

42%

EVOLUÇÃO DO CRÉDITO BANCÁRIOÍndice (set/08 =100)

100

105,3

109,0

112,9 113,9115,9

118,3 119,5121,2

125,2

132,9

100103,8103,4103,3102,5102,4101,8102,9103,1102,6

101,595

100

105

110

115

120

125

130

135

140

set/0

8

out/08

nov/08

dez/0

8

jan/

09

fev/

09

mar

/09

abr/0

9

mai

/09

jun/0

9

jul/0

9

Bancos Públicos

Bancos Privados

13

Desembolsos do BNDES

12 meses

Fonte: BNDES,

R$ Bilhões

Aprovações e Desembolsos do BNDES(*dados acumulados em 12m até ago/09)

33,540,4 39,8 37,9

47,054,5 51,3

74,364,5

98,792,4

121,4 123,6

153,9

0

20

40

60

80

100

120

140

160

2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009*

Desembolsos Aprovações

14

Empresas privadas amadurecidasAlta rentabilidade no setor privado

Rentabilidade sobre o PLmediana das 500 maiores (%)

13,1

1,2

2,8

6,66,3

4,64,43,4

4,8

11,312,5 13,0 13,4

14,1

-

3

6

9

12

15

1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008

Fonte: Conjuntura Econômica, ago/2009

Pelo sexto ano consecutivo, a rentabilidade das 500 maiores sociedades anônimas brasileiras ficou acima dos 10%.

15

Empresas Privadas com baixa alavancagemBaixo nível de endividamento das empresas

Volume de dívidas no sistema financeiro sobre o PL (%)

1.000 maiores empresas

54,360,6

82,1

60,6

50,4

41,7 43,7

57,557,6

20

40

60

80

100

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008Fonte: Valor 1000, ago/2009

16

Cooperação entre os setores público e privado

Cenário propício a uma parceria pró desenvolvimento:

Programa de Aceleração do Crescimento;

Política de Desenvolvimento Produtivo;

Parcerias público-privadas;

Desenvolvimento do Pré-sal.

Setor público criou ambiente institucional adequado para

sustentar os investimentos das empresas privadas;Expansão do crédito e do financiamento de longo prazo;Políticas com foco no aumento da renda do trabalhador,

criação de empregos e no estímulo à demanda também

colaboraram.

17

Perspectivas do Investimento 2009/12 – R$ bilhõesInvestimentos Mapeados em Ago/08, Dez/08 e Ago/09 (“pior já passou”)

Fonte: BNDES/GT Investimento

“Pior já passou” no que tange às perspectivas de investimento

18

Investimentos 2009-2012:Petróleo e gás, Energia, Transportes se destacam

Fonte: BNDES/GT Investimento

19

A inovação como desafio chave

O investimento em inovação possui uma lógica microeconômica (a competitividade) e uma lógica macroeconômica (aumentar a eficiência de cada unidade de investimento, reduzindo a necessidade de aumentar a relação FBCF/PIB);

Atualmente o investimento privado em inovação é baixo (0,5% PIB) e largamente auto-financiado pela empresa;

Em geral, nos períodos de turbulência, o sistema empresarial tende a abandonar os gastos em inovação;

Esta atitude é contraproducente. Ao contrário, é hora do setor privado expandir os investimentos em inovação e do setor público apoiá-lo decisivamente.

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Conclusões: Desafios para o Brasil

Necessidade de recuperar e qualificar o planejamento de longo prazo (energia, logística, meio-ambiente, infraestrutura das TI, ...);

Reforço e incentivo à poupança doméstica, equacionamento de fontes de financiamento de longo prazo, desenvolvimento do mercado de capitais;

Desenvolvimento da capacidade de inovar e competir da indústria manufatureira e de sua presença internacional (vs. desafio problematizado pela apreciação da taxa de câmbio);

Avanço persistente da criação de oportunidades de ascensão social (expansão do emprego, ampliação/ melhoria da educação) e da redução das desigualdades de renda.

Necessidade de recuperar e qualificar o planejamento de longo prazo (energia, logística, meio-ambiente, infraestrutura das TI, ...);

Reforço e incentivo à poupança doméstica, equacionamento de fontes de financiamento de longo prazo, desenvolvimento do mercado de capitais;

Desenvolvimento da capacidade de inovar e competir da indústria manufatureira e de sua presença internacional (vs. desafio problematizado pela apreciação da taxa de câmbio);

Avanço persistente da criação de oportunidades de ascensão social (expansão do emprego, ampliação/ melhoria da educação) e da redução das desigualdades de renda.

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