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AGazeta - - 26/08/07 1a. Domingo [25/08/07 13:26:28] Por: chboninsenha Pág: 18 - Cor:
CIDADES Vitória (ES), domingo, 26 de agosto de 2007 A GAZETA18
Página: 18 CYAN MAGENTA YELLOW B L AC K
PÁGINA 18 - DOMINGO - 26/AGOSTO/2007 - 13:26
Higiene mentalTRABALHO. Adepto da bicicleta desde os 13anos, o professor de Educação Física Fernan-do Hélio Braga, 47 anos, usa o carro apenastrês vezes por mês. Ele mora em Vila Velhae trabalha em escolas em Cariacica e Vitória.Faz todo o trajeto de bicicleta – aproximada-mente 50 km. “Saio de Vila Velha pela manhã,e volto depois das 10 da noite. Muita gentepergunta se sou maluco. Melhor ir de bicicle-
ta do que me sujeitar a um ônibus lotado ouum engarrafamento. Pedalar é uma higienemental”, garante. Fernando já sofreu um aci-dente e, para fugir da violência do trânsito,usa rotas com menor fluxo de automóveis ouonde o tráfego é mais lento. Quanto à segu-rança, ele afirma que nunca foi assaltado. Masacha que a infra-estrutura para o ciclista temmuito o que melhorar. FOTO: GABRIEL LORDÊLLO
Saudável e econômico
ENTREGAS. O veículo usado nas entregas e ou-tros serviços da ótica de Thomas Eriton Cor-tat Nery, 38 anos, é a bicicleta. “Além de sermais saudável e econômico, também é maisrápido. Como o número de carros têm au-mentado muito, a bicicleta acaba sendo maisprática”, afirma Thomas, que vai de Vila Ve-lha até Vitória de bicicleta. Ele lamenta a faltade investimentos em um transporte que aju-
de na preservação do meio ambiente, e ga-rante que se houvesse mais ciclovias muitasoutras pessoas deixariam o carro em casa.“Na Grande Vitória tudo o que você precisafica em um raio de 10 quilômetros. Essa pro-ximidade favorece o uso da bicicleta, que pa-ra mim é a maior invenção de todos os tem-po. Se todo mundo pedalasse, o mundo seriamais feliz”, diz. FOTO: GILDO LOYOLA
NOS ÚLTIMOS 15 ANOS, O NÚMERO DE CICLISTAS NA REGIÃO METROPOLITANA DOBROU
5 motivos paradeixar o carroem casa e irde bicicletaAo dispensar oautomóvel, a pessoacontribui para asaúde da cidadee dela própria-------------------------------------
CIDA ALVESc i d a a l v es @ r e d e g a z et a .co m . b r
Qual dessas duas situaçõesmais te atrai: ficar estressa-do dentro de um carro para-do horas debaixo do solquente no meio do engarra-famento, ou pedalar sentin-do a brisa no rosto, passan-do tranqüilamente ao ladoda fila de centenas de carrosque não saem do lugar?
Várias são as vantagensapontadas por quem deci-diu deixar de lado o supostoconforto do carro e passoua usar a bic ic leta comomeio de transporte. É maissaudável, menos estressan-te, econômico e, ainda, eco-logicamente correto.
“Ao trocar o carro pela bi-
cicleta a pessoa contribuipara a saúde da cidade e de-la própria”, ressalta Fernan-do José Lobo, presidente efundador da TransporteAtivo, organização cariocaque divulga o uso de trans-portes terrestres a propul-são humana, como a bici-cleta e os patins.
Depois de quatro anos presoem engarrafamentos e à pro-cura de vagas para estacionar,Lobo optou de vez pela bici-cleta como meio de transpor-te. Há mais de 25 anos ele vaisobre duas rodas tanto paratrabalho como para lazer, epercorre cerca de 15 quilôme-tros diários. “Além da pratici-dade, é uma forma de econo-mizar tempo e dinheiro”.
E ST R U T U RA . Mesmo com todosos benefícios, ainda existeuma resistência cultural aouso desse tipo de transporte,além de limitações estrutu-rais. Nos últimos 15 anos, onúmero de ciclistas na regiãometropolitana dobrou. Antes,de todas as formas usadas detransporte, as bicicletas re-presentavam 1,85%. Hoje são
4%, segundo dados do PlanoDiretor de Transportes Urba-nos (PDTU). Porém, poucosinvestimentos foram feitosem estrutura para o ciclista.
“Não há uma ciclovia decen-te na Grande Vitória. Elassaem do nada e dão em lugarnenhum, além de terem vá-rias interrupções”, avalia Fer-nando Hélio Braga, 47 anos,do grupo Pedalando pela His-tória. Ele aponta também afalta de respeito dos motoris-tas com relação ao ciclista,que sempre é visto como umintruso no trânsito.
“Ao contrário do que sepensa, o ciclista é parte dotrânsito e há regras de circu-lação para ele. Mas não sãofeitas campanhas educativasnesse sentido”, critica. Asempresas também não con-tribuem, não oferecendo bi-cicletário e local para banhoapropriado a seus funcioná-rios, aponta Braga.
A N Á L I S EMarcos Pimentel Bicalho
Carro tem limitaçõesO uso da bicicleta tem aumentado na
maioria das capitais brasileiras, princi-palmente por questões ambientais e tam-bém porque as pessoas estão percebendoque o carro tem limitações como meio detransporte. Basta observar os engarrafamen-tos. Além disso, a discussão nacional em tor-no do novo conceito de mobilidade urbananão pensa apenas no carro, mas sim em es-truturas e serviços integrados.
Não temos uma tradição, por exemplo, deintegrar a bicicleta com o transporte coletivo.Algumas cidades como São Paulo e Rio deJaneiro, estão implementando, aos poucos, aintegração com o metrô e com a balsa.
Na Grande Vitória poderia haver bicicletá-rios nos terminais, onde o ciclista deixaria abicicleta e faria o restante da viagem de ôni-bus. Na volta, ele seguiria de bicicleta do ter-minal para casa. A Avenida Serafim Derenzi,em Vitória, recebe vários ciclistas de bairrosda redondeza. Lá poderia haver um local fe-chado para o ciclista guardar a bicicleta e se-guir de ônibus. Essa é a tendência nacional emundial: pensar a cidade de forma que elapossa receber diferentes tipos de transporte.
Marcos Pimentel Bicalho é superintendente daAssociação Nacional de Transportes Públicos(A N T P )
Mais ciclovias à vistaMesmo com o número de ci-clistas na região metropolitanatendo dobrado nos últimos 15anos, os investimentos em es-trutura para a circulação de bi-cicletas não acompanharamesse crescimento. Na Capital,há pouco mais de 22 quilôme-tros de ciclovias e ciclofaixas.
Segundo o assessor técnicoda Secretaria de Desenvolvi-mento da Cidade da Prefeitu-ra de Vitória , LeonardoSchulte, esse número vai au-mentar. “Com a conclusãodas obras da Fernando Ferra-ri e da orla de Camburi, serão
mais dez quilômetros de ci-clovias até 2008”, destaca.
De acordo com o Plano Di-retor de Transportes Urba-nos (PDTU), Vitória tem ca-pacidade para 60 quilôme-tros de rede cicloviária. A ci-clovia padrão do municípiotem 2,5 metros de largura.“Com essa medida, ela temcapacidade para mil ciclistaspor hora”, afirma Schulte.
Em Vila Velha, há cicloviasem apenas dois pontos: emcerca de 40 quilômetros naAvenida Carlos Lindenberg eem 20 quilômetros na Rodovia
Darly Santos. De acordo com aprefeitura do município, serãoconstruídas mais ciclovias comas obras de reurbanização dasorlas de Itapoã e Itaparica.
Na Serra, há apenas dois qui-lômetros de ciclovia na BR 101.Na Avenida Civit, estão sendoconstruídos dois quilômetros, ejá foi dada ordem de serviçopara construção de ciclovias naAvenida Talmas Rodigue Ribei-ro e no bairro Cidade Conti-nental. Também serão feitas ci-clovias entre os bairros NovoHorizonte e Manguinhos, eSerra-Sede e Planalto Serrano.
Você usaria mais a bicicletase houvesse ciclovias?
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