4° edição

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mod a d Nº 0 /2012 4 a Memória Pública Renascença Fashion Club Mulher Rendeira Yeudy Sánchez Meri Grossi Fábio Rodrigues Sandra Vasconcelos

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4° edição da Revista eletrônica da Estação da Moda

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mod

a

d

Nº 0 /20124

aMemória Pública

Renascença Fashion ClubMulher RendeiraYeudy Sánchez

Meri GrossiFábio Rodrigues

Sandra Vasconcelos

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INFORME PARCEIROS

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Falar da revista DaModa é falar de conceito colaborativo. Estamos na 4° edição e vimos o quanto é importan-te unir força com o foco em um ide-al. Conjunto, conjunção e conjuntu-ra conspiram em prol da revista com formato criativo, tendo a certeza de que estamos inserindo informação de moda de um jeito claro e contempo-râneo. Estamos agregados fortemente a nossas raízes, tão vasta cultura que para sempre vai nos inspirar.

No decorrer de uma existência tão curta, estamos testando, experimen-tando e nos expressando. Queremos agradecer os mais de 6 mil acessos! Mais do que isso, agradecer a acei-tação expressa através de e-mails, comentários e abordagens parabeni-zando a revista. É a moda expandin-do as mentes carentes de estética e informação com a força de nós, pa-raibanos. Que venha 2013!

Romero Sousa

Editorial

PrefeitoLuciano AgraSecretaria de Comunicação SocialMarly LúcioSecretaria de Ciência e TecnologiaSales DantasDiretor da Estação da ModaRomero Sousa ProduçãoRomero SousaAssistente de produçãoLuziane Lima e Danilo Izidro Jornalista responsávelLarissa Claro - DRT 2890TextosLarissa ClaroDiagramação e arteKlécio BezerraFotosSecom

Tratamento de imagensDayse Euzébio

ColaboradoresMeri Grossi e Sandra Vasconcelos

EstampaDanilo Izidro

CAPAFoto: Dayse EuzébioModelo: George IrineuPeças: Célula de Criação

Expediente

SUMÁRIO

6 FASTPor Luziane Lima

7 CRIATIVOpor Romero Sousa

16PROFISSÃOScouter

35MODA CulTPor Iara Torquato

18ARTESANATOpor Sandra Vasconcelos

PERS

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A 3434

MEM

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2020

36BElEZAFernanda Gonçalves

5

mod

a

d

Nº 0 /20124

a

EnigmaChita Chic

Make ArtísticoMargarete Almeida

Willians MunizAlgodão Colorido

32 MODA TECNOlÓGICAPor Gabriela Muniz

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Natal Dior para

PrintempsA Printemps, loja de departamento parisiense, homenageia a Dior nesse Natal e enfeita as suas vitrines com looks icôni-cos da Maison. Foram criadas 74 bonecas para compor um cenário de sonho e magia.No canal da Dior no Youtube, além de vídeos que mostram as vitrines, o internauta também encontra os bastidores da criação das peças em miniatura. http://www.youtube.com/user/Dior?feature=watch

ASTPoR LuzIANE LIMATÉCNICA EM PRoDução DE MoDA E AuToRA Do BLoG WWW.LuzIANELIMA.CoM

A marca Acquas-tudio se inspirou no cerrado brasileiro para sua coleção de Inverno 2013. As peças misturam organza com renda e tecidos rústicos na cor marrom com um toque sofisticado de dourado. os arranjos de cabeça para a passarela foram feitos com capim dourado.

Para participar de um concurso promo-vido pelo Instituto Europeo de Design em parceira com a Eastpak, a brasileira Iane Machado criou uma mochila pensando nas diversas atividades que fazemos ao longo do dia. Com estética simples e personalizável, a bolsa versátil se adapta a necessidade de várias pessoas. Ela é a única designer brasileira entre as finalistas. http://bagintown.net

Cerrado Brasileiro

O ateliê de Fernanda YamamotoFernanda Yamamoto foi jurada da 2° edi-ção do FashionTech - concurso promovido pela Estação da Moda. Recentemente, tive a oportunidade de visitar seu ateliê em São Paulo e mostrei todos os detalhes no meu blog. Confira em luzianelima.com

Pop arretadoA marca de t-shirts Pop Arretado inovou o mercado paraibano. Ela mis-tura influências da cultura pop com ícones, comidas e gírias nordestinas. As camisetas com estampas diverti-das são vendidas na página da marca no face-book: https://www.facebook.com/poparretado

Design brasileiro

6

Foto

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riativoPoR RoMERo SouSA

SAPASANDÁLIA

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CoM.PAR.oNI é uma marca paraibana com sede no estimulante Centro Histórico da pacata João Pessoa. Durante minhas idas e vindas à Esta-ç ã o da Moda, onde trabalho, costumo ficar

atento ao que me rodeia. um dia, per-cebi um sobrado localizado ao final da Rua Maciel Pinheiro. Lá, existia um ateliê que confeccionava bolsas e sa-patos – o que me fez lembrar de ime-diato a z-Az – confecção de bolsas que falei na edição passada.

Naquele momento, vi a possibi-lidade de colocar em prática aquilo

que mais gosto de fazer: criar. Entrei e logo de cara me deparei com um gran-

de movimento de produção. Tudo era muito familiar, o clima motivador.

Conheci a proprietária, Rosangela Comparoni e vi uma grande sinto-

nia entre nós. No decorrer da nossa conversa, propus que trabalhásse-

mos juntos. Ela topou. Comecei a criar uma coleção que iden-tificasse o DNA da marca, inseri matéria prima 100% paraibana - o algodão colorido - aliado a tipolo-

gia da renda renascença, que é o nosso artesanato mais sofis-

ticado. Achei pouco, faltava um design com características regionais, mas com um apelo moderno e contemporâneo. As-

sim estaria completo. Com o resgate do sapato oxford no

meio fashion e pesquisa sobre acessórios de cangaceiros, surgiu o misto ‘sapasandalia’. Estilizei as formas, deixei-o mais confortável, porém sofisticado. A peça recebeu muitos elogios do estilista Walter Ro-drigues em um evento do meio da moda. Noutro mo-mento, editei a pela na versão couro de tilápia com cartela de cores inspiradas nos cocares indígenas. Atualmente o ‘sapsandália’ é a peça mais aceita da marca. Será que

já se tornou um clássico?

SAPASANDÁLIASAPASANDÁLIASAPASANDÁLIASAPASANDÁLIASAPASANDÁLIASAPASANDÁLIASAPASANDÁLIASAPASANDÁLIASAPASANDÁLIASAPASANDÁLIASAPASANDÁLIASAPASANDÁLIASAPASANDÁLIASAPASANDÁLIASAPASANDÁLIASAPASANDÁLIASAPASANDÁLIASAPASANDÁLIA

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A coleção “Memória Pública”, criada pelo sexto grupo da Célula de Criação, foi

inspirada em frases anônimas pichadas nos muros da cidade para criar peças masculinas

com uma proposta diferenciada, os tecidos foram garimpados em feiras públicas

da cidade de João Pessoa.

MEMÓRIAPÚBLICA

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Modelos: George Irineu e Gualberto IrineuCalçados: ComparoniProdução: Goretti Irineu e Romero SousaFotos: Dayse EuzébioColeção: Romero Sousa, laiane Melo, Goretti Irineu, Cristiane Sousa e Aurea Celene

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Estreio este mês com muito prazer na re-vista Da Moda. Neste espaço, pretendo trazer alguns toques de estilo, comportamento e eti-queta que poderão auxiliá-los na convivência com as tendências de cada estação e com a evolução do comportamento social. A pri-meira seleção é um dos acessórios que mais contribuem para que as mulheres apresentem uma postura elegante: as carteiras de mão.

Como o nome já diz as carteiras são para ser levadas na mão e não debaixo do braço ou sob o cotovelo. Elas devem ser levadas e não agarradas. o jeito certo de segurá-la é com o braço semi-rela-xado ao lado do corpo e com os quatro dedos na frente e o polegar por traz. Sua invenção foi ideia do estilista Hermés, para que as mulheres carregassem cigarros e isqueiros numa época em que fumar era glamouroso.

As carteiras de mão são um pouco desconfor-táveis de carregar - é pre-ciso ter elegância ao segurá-la. Esteja sempre com o corpo ereto para circular com uma des-sas por aí. Ao contrário do passado, em que esse acessório só era visto em festas e even-tos relevantes, a moda de hoje permite que as pequenas acompanhem as mulheres no dia-a-dia. o que vai diferenciar uma ocasião da outra é mesmo o material, formato, cores e detalhes. ou seja, para o cinema, vá com as mais simples de palha, brim, couro, tecidos de algodão decoradas com laços, bordados mais rústicos. Para a festa, escolha uma em tecidos nobres, pelica, as bordadas com luxo e mais luminosas. Lembre-se, dentro da car-

teira de mão só mesmo o essencial: celular, documento com foto, dinheiro ou cartão do banco, batom e pó. Não cabe mais nada.

Para não errar na hora de compor o vi-sual com uma carteira de mão observe a harmonia com a roupa e a ocasião. Para o cinema, a roupa mais despojada pede uma carteira que segue a mesma linha, podendo ter detalhes metalizados, tachas, gliter e la-

ços para ser o destaque da produção.

Quem quer aderir à onda das carteiras, mas detesta ficar com as mãos ocupadas, pode optar por uma clutch - uma versão das carteiras com alça. Na hora de escolher, lembre-se que em festas formais, a car-teira deve ser fina, não só na aparência como tam-bém no material. Cartei-ras gordas devem ser de material firme, duro, para não ficarem com as mar-cas do conteúdo. uma sugestão clássica é usá-la na cor do vestido. As

carteiras de tons acobreados tem sido uma opção excelente para quem gosta de sofisti-car o visual.

Para as baladas em geral, as carteiras co-loridas são um boa pedida. Apliques, rebites, lantejoulas e retalhos podem dar um toque pessoal à peça. Saiba fazer valer o seu estilo e combine a sua carteira com saltos ou rastei-ras, o importante é manter a harmonia visual.

E para fechar o assunto, lembre-se, com roupa colorida use carteira neutra; com mui-to brilho, fique com as carteiras pretas. Pou-ca coisa dentro e segure com as mãos e não com os braços.

STILO

BOLSAS DE MÃO

Uma sugestão clássica é usá-la na

cor do vestido. As carteiras de

tons acobreados tem sido uma opção

excelente para quem gosta de

sofisticar o visual ”

PoR MÉRI GRoSSI

*MÉRI GRoSSI, JoRNALISTA E CoNSuLToRA DE IMAGEM PESSoAL (BELo HoRIzoNTE).

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o fotógrafo e scouter Yeudy Sánchez, da agência costarriquenha Independent Model Management, está no Brasil para uma temporada de trabalho. Aqui, ele atua

nas agências de modelo Ke-eMoD, de São Paulo, e 40 Graus, do Rio de Janeiro. Há um ano, Sánchez recruta pes-soas na rua para transformá-la em modelos. Ele é um tipo de

caça-talentos. No Brasil, a fun-ção também é conhecida por olheiro. Confira o bate papo que tivemos com ele sobre essa profissão, considerada nova no mercado brasileiro.

rofissão Scouter (olheiro)

16

YS: Escolhi essa profissão porque não é um trabalho chato, mas fascinante. Permite que você tenha contato com todo tipo de pessoa, entre elas, muita gente interessante. Vivemos expe-riências novas a cada dia.

Da Moda - O que o levou a escolher essa profissão?

É a procura por novos talentos. Talentos ainda não descobertos, pessoas com potencial para serem modelos. Alguns têm potencial para a passarela, outros para editorial.

No que consiste a profissão de scouter?

Tentar convencer alguém de que ela pode investir na carreira de modelo. Geralmente as pessoas são muito desconfiadas e acham que é um engano, uma piada. A maioria das pessoas acha que tem potencial ou não se acha suficientemente bonita. Muitos modelos sempre se acharam “diferentes” ou não muito atraentes; por isso, quando você aborda, eles ficam cheios de dúvidas e desconfiança.

Quais são os maiores desafios?

Bem, não sou brasileiro e trabalho na Costa Rica. Aqui, por exemplo, não é considerada uma profissão. E a indústria da moda na Costa Rica é pequena e ainda está em desenvolvimento.

É uma profissão valorizada no Brasil?

Às vezes bem agitado. A gente tem que frequentar lugares relacionados à moda e de mui-to fluxo de pessoas, como shoppings, academias, parques, praias, etc. Você tem que estar sempre alerta, afinal, a gente nunca sabe onde vai encontrar o próximo top model.

Como é o dia a dia de um scouter/olheiro?

Como eu falei, a maioria dos modelos nunca se acharam lindos ou interessantes. o mais baca-na da profissão, para mim, é ter uma boa imaginação para enxergar numa pessoa “normal” o potencial de modelo. Fazer aquela menina de calça e chinelos que caminha pela rua, uma modelo com penteado, maquiagem e roupas. Tudo no âmbito da imaginação. Para mim, o mais atraente é a atitude. Muitos imaginam que para ser modelo basta beleza, mas a verdade é que é uma mistura de beleza e atitude.

O que te atrai numa pessoa com potencial para modelo?

Na Costa Rica, atuando como scouter há um ano, cerca de 10 ou 12 modelos. Como eu disse, a indústria aqui é pequena.

Quantas pessoas você já ajudou a colocar neste mercado?

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o fotógrafo e scouter Yeudy Sánchez, da agência costarriquenha Independent Model Management, está no Brasil para uma temporada de trabalho. Aqui, ele atua

nas agências de modelo Ke-eMoD, de São Paulo, e 40 Graus, do Rio de Janeiro. Há um ano, Sánchez recruta pes-soas na rua para transformá-la em modelos. Ele é um tipo de

caça-talentos. No Brasil, a fun-ção também é conhecida por olheiro. Confira o bate papo que tivemos com ele sobre essa profissão, considerada nova no mercado brasileiro.

rofissão Scouter (olheiro)

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YS: Escolhi essa profissão porque não é um trabalho chato, mas fascinante. Permite que você tenha contato com todo tipo de pessoa, entre elas, muita gente interessante. Vivemos expe-riências novas a cada dia.

Da Moda - O que o levou a escolher essa profissão?

É a procura por novos talentos. Talentos ainda não descobertos, pessoas com potencial para serem modelos. Alguns têm potencial para a passarela, outros para editorial.

No que consiste a profissão de scouter?

Tentar convencer alguém de que ela pode investir na carreira de modelo. Geralmente as pessoas são muito desconfiadas e acham que é um engano, uma piada. A maioria das pessoas acha que tem potencial ou não se acha suficientemente bonita. Muitos modelos sempre se acharam “diferentes” ou não muito atraentes; por isso, quando você aborda, eles ficam cheios de dúvidas e desconfiança.

Quais são os maiores desafios?

Bem, não sou brasileiro e trabalho na Costa Rica. Aqui, por exemplo, não é considerada uma profissão. E a indústria da moda na Costa Rica é pequena e ainda está em desenvolvimento.

É uma profissão valorizada no Brasil?

Às vezes bem agitado. A gente tem que frequentar lugares relacionados à moda e de mui-to fluxo de pessoas, como shoppings, academias, parques, praias, etc. Você tem que estar sempre alerta, afinal, a gente nunca sabe onde vai encontrar o próximo top model.

Como é o dia a dia de um scouter/olheiro?

Como eu falei, a maioria dos modelos nunca se acharam lindos ou interessantes. o mais baca-na da profissão, para mim, é ter uma boa imaginação para enxergar numa pessoa “normal” o potencial de modelo. Fazer aquela menina de calça e chinelos que caminha pela rua, uma modelo com penteado, maquiagem e roupas. Tudo no âmbito da imaginação. Para mim, o mais atraente é a atitude. Muitos imaginam que para ser modelo basta beleza, mas a verdade é que é uma mistura de beleza e atitude.

O que te atrai numa pessoa com potencial para modelo?

Na Costa Rica, atuando como scouter há um ano, cerca de 10 ou 12 modelos. Como eu disse, a indústria aqui é pequena.

Quantas pessoas você já ajudou a colocar neste mercado?

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A parceria entre designers e artesãos é uma via de mão dupla. Enquanto o design tem como objetivo adequar o artesanato às de-mandas do consumo atual, o artesanato tam-bém se tornou uma alternativa de atuação para o designer, já que a indústria não absorve todos os formandos.

Para o designer, o ar-tesanato garante certa ra-pidez na execução de um projeto se comparada à complexidade e demora produtiva de algumas in-dústrias. Por outro lado, a criação de linhas de pro-duto artesanais, visando a comercialização, pressu-põe modelagem, padro-nização e acabamentos que estão muitas vezes distantes do conhecimen-to do artesão.

um problema usual é supor que rendeiras e bor-dadeiras também sejam cortadeiras, costureiras ou modelistas. A parceria só vai render bons frutos quando houver também estes técnicos incorpo-rados para garantir a melhoria e organização da produção artesanal. Segundo adesigner e engenheira de produção Lia Monica Rossi, em entrevista ao Museu A Casa (http://www.acasa.

org.br/nl/51), o papel do designer é “dar uma nova dimensão ao que já se faz na comunida-de - inserindo procedimentos criativos-produti-vos dando nova ênfase ao trabalho”.

Outro desafio, talvez o mais importante, é sensibilidade e respeito ao fazer artesanal.

Por receber treinamento universalista, o designer pode não estar atento às diferenças culturais e pe-culiaridades locais.Além disso, muitas vezes, cál-culo de matéria-prima, custo e tempo de produ-ção, modelagem, memó-ria de ofício, podem não ser prioritárias para o ar-tesão que ainda produz em condições precárias. É preciso antes garantir o básico como boa ilumina-ção e ergonomia.

A sustentabilidade deve permear todo o processo. Não adianta lançar um novo produto

com design inovador se ele não trouxer lucro e satisfaçãotambém para o artesão. o traba-lho artesanal deve ser pensado como garan-tia de maior sofisticação estética ao produto. Portanto, deve ser produzido em condições justas e dignas.

Design e artesanato:

feliz parceria

A sustentabilidade deve permear todo o processo. Não adianta

lançar um novo produto com design inovador se ele não

trouxer lucro e satisfação também

para o artesão.

18

*SANDRA VASCoNCELoS, JoRNALISTA E GESToRA DE CoNTEÚDo DA BABEL DAS ARTES

odaPoR SANDRA VASCoNCELoS

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INFORME PARCEIROS

Page 20: 4° edição

REN

ASCEN

CA

FASHIO

N C

LUB

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A delicadeza da renda Renascença, artesanato tipo do

Cariri Paraibano, entrelaça a cultura da nossa região com apelo

sofisticado em que rompe fronteiras.

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Modelo: Paula BrandãoProdução: Iara Torquato, luziane lima e Romero Sousa.Peças: Marlene rendas Acessórios: Babel das ArtesCalçados: SchoxFotos: Dayse EuzébioAgradecimentos: Charliton Bezerra e Agência Ricardo Gomes

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INFORME PARCEIROS

LoJA 1 - MAG SHoPPINGLoJA 2 - SHoPPING SuL

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Desta maneira, são produzidos tecidos únicos, que podem ser utilizados na confecção de peças de ves-tuário, tecidos para decoração entre outros.

Processo da produção da seda em teares

Tecelagem sustentável

oda tecnológica

PoR GABRIELA MuNIz

32

Sustentabilidade já se tornou um tema recorrente na hora de adquirir determinados produtos. Por isso, muitas em-presas estão se preocupando em minimizar ao máximo os efeitos negativos, evitando pro-dutos cuja fabricação interfere no ecossistema. Nas empresas de tecelagem, essa realidade não é diferente, e o setor já apresenta iniciativas exempla-res nesse sentido.

É o caso do trabalho da designer Glicínia Setenareski, na empresa Casulo Feliz. Lá, a fabricação artesanal da seda ocorre de maneira ecológi-ca, reaproveitando os casulos defeituosos do bicho-da-seda, misturando-os a outros tipos de fibra, como algodão, lã, linho e até garrafa pet. o resultado são peças exclusivas e sofisticadas.

De acordo com Setena-reski, a empresa se transformou em uma referência para grifes de moda e decoração que têm preocupações socioam-bientais. “Por essa razão, não falta pedido o ano inteiro”, comenta a designer. Ela explica que a Casulo Feliz utiliza fios de seda orgânica tingidos com pigmentos da natureza e teares manuais e semi-industriais. Para Glicínia, as vantagens desse tipo de produção é que só pre-cisa de uma pequena quanti-dade de energia e água para manter o seu funcionamento.

32

Para a produção da seda, existem centros de criação artificiais de lagartos. Lá, eles são devidamente cuidados e alimentados. Nos viveiros, são montadas estruturas parecidas com “estantes” para que os lagartos subam e teçam seus casulos.

Em média, a colheita dos casulos é feita no período de oito a dez dias depois de prontos e então são levados para a fiação.

Os casulos são mergulhados em um recipiente com água quente para amolecer e matar a crisálida. Com um tipo de pincel, os casulos são girados e as pontas dos fios são desenroladas gradualmente, formando uma meada. Essas meadas são lavadas em água quente, batidas e purificadas com áci-dos e depois de sucessivas lavagens, a seda é secada em máquinas apro-priadas e as meadas são desemba-raçadas e penteadas, obtendo-se fios macios e iguais, prontos para serem utilizados na tecelagem.

A seda é utilizada na tecelagem manual, misturada com outras fibras como algodão ou lã.

Algumas curiosidades sobre a seda sustentável:A seda é térmica e não propaga chamasO fio possui uma proteção natural contra UVATem uma elasticidade natural de 6%. o tecido é macio e não precisa ser amaciado na lavanderia. Não é preciso utilizar nenhum efeito de lavanderia e possui um brilho natural prateado. Algumas marcas que utilizam a seda sustentável: Animale, osklen, Cantão, V Montoro, Ronaldo Silvestre, Carlos Bacchi, entre outros.

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Desta maneira, são produzidos tecidos únicos, que podem ser utilizados na confecção de peças de ves-tuário, tecidos para decoração entre outros.

Processo da produção da seda em teares

Tecelagem sustentável

oda tecnológica

PoR GABRIELA MuNIz

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Sustentabilidade já se tornou um tema recorrente na hora de adquirir determinados produtos. Por isso, muitas em-presas estão se preocupando em minimizar ao máximo os efeitos negativos, evitando pro-dutos cuja fabricação interfere no ecossistema. Nas empresas de tecelagem, essa realidade não é diferente, e o setor já apresenta iniciativas exempla-res nesse sentido.

É o caso do trabalho da designer Glicínia Setenareski, na empresa Casulo Feliz. Lá, a fabricação artesanal da seda ocorre de maneira ecológi-ca, reaproveitando os casulos defeituosos do bicho-da-seda, misturando-os a outros tipos de fibra, como algodão, lã, linho e até garrafa pet. o resultado são peças exclusivas e sofisticadas.

De acordo com Setena-reski, a empresa se transformou em uma referência para grifes de moda e decoração que têm preocupações socioam-bientais. “Por essa razão, não falta pedido o ano inteiro”, comenta a designer. Ela explica que a Casulo Feliz utiliza fios de seda orgânica tingidos com pigmentos da natureza e teares manuais e semi-industriais. Para Glicínia, as vantagens desse tipo de produção é que só pre-cisa de uma pequena quanti-dade de energia e água para manter o seu funcionamento.

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Para a produção da seda, existem centros de criação artificiais de lagartos. Lá, eles são devidamente cuidados e alimentados. Nos viveiros, são montadas estruturas parecidas com “estantes” para que os lagartos subam e teçam seus casulos.

Em média, a colheita dos casulos é feita no período de oito a dez dias depois de prontos e então são levados para a fiação.

Os casulos são mergulhados em um recipiente com água quente para amolecer e matar a crisálida. Com um tipo de pincel, os casulos são girados e as pontas dos fios são desenroladas gradualmente, formando uma meada. Essas meadas são lavadas em água quente, batidas e purificadas com áci-dos e depois de sucessivas lavagens, a seda é secada em máquinas apro-priadas e as meadas são desemba-raçadas e penteadas, obtendo-se fios macios e iguais, prontos para serem utilizados na tecelagem.

A seda é utilizada na tecelagem manual, misturada com outras fibras como algodão ou lã.

Algumas curiosidades sobre a seda sustentável:A seda é térmica e não propaga chamasO fio possui uma proteção natural contra UVATem uma elasticidade natural de 6%. o tecido é macio e não precisa ser amaciado na lavanderia. Não é preciso utilizar nenhum efeito de lavanderia e possui um brilho natural prateado. Algumas marcas que utilizam a seda sustentável: Animale, osklen, Cantão, V Montoro, Ronaldo Silvestre, Carlos Bacchi, entre outros.

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ERSONAFáBIo RoDRIGuES

Fábio Rodrigues é dono de um brechó que leva o seu nome, loca-

lizado na Praça Venâncio Neiva, 54, Centro de João Pessoa. Próximo ao Pavilhão do Chá. Aberto de se-gunda a sexta das 9h às 18h e aos

sábados das 9h às 15h.

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Para LER

oda CULTPoR IARA ToRQuATo

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Sendo um dos nomes do rock mais citados das últimas décadas, foram lançados inúmeros livros relacionados ao astro, mas nem todos são obras sin-ceras – alguns tinham o único objetivo de faturar. uma das poucas exceções é “Elvis e Eu”. o livro é um relato da ex-mulher de Elvis, Priscila Presley. uma obra completa e realizada por uma das pessoas que mais conviveu com o artista.

Na webSite oficial com conteúdo sobre o ‘Rei do Rock’, incluindo detalhes

sobre a exposição na mansão Graceland. http://www.elvis.com/

Elvis Presley

não morreu!

Ele está sempre presente através da música, dos filmes da dança e ainda influencia a moda até os dias atuais. Para muitos, Elvis é o melhor cantor de rock do mundo. Suas canções encantam muitas gerações e já lhe renderam mais de um bilhão de discos vendidos. Na moda, a interferência do ídolo chega a várias direções, como em aces-

sórios, jaquetas, calças, maca-cões, no corte do cabelo, entre outros. Vários famosos sofreram influência: a princesa Diana, James Brown nos anos 70, Bob Dylan, Tom John, Joe Perry, Bon Jovi, Justin Timberlake, Katy Per-ry, The Beatles, Robbie Williams, para citar alguns.

Estilistas como FauseHaten e Catherine Walker também se ins-

piraram no “Rei do Rock”. E a ins-piração não ficou apenas no ves-tuário. Seu topete foi sucesso nos anos 50, sem falar nas costeletas que definiu o estilo”rockabilly”. o astro não temia exageros no look e causava um visual impac-tante. Todos os jovens queriam fi-car igual a ele. Elvis se tornou um ícone. uma verdadeira lenda do rock que nunca sai de moda.

TITulO: ElVIS E Eu - EDITORA: ROCCO, 1985 - GêNERO: BIOGRAFIAAutor: Priscilla Beaulieu Presley & Sandra Harmon

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Beauty: Fernanda Gonçalves Modelo: Guilherme Baptista

ELEZAMAKE ARTÍSTICo INSPIRAção GRAFITE

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os centros urbanos cada vez mais comportam lojas de diversos tipos de confecção para atender as mais variadas demandas da população. In-seridos neste panorama, onde cadeias de lojas nacionais e internacionais criam peças que são transformadas em “obje-to de desejo” graças às cam-panhas publicitárias em que aparecem: modelos com este-reótipo físico impecável, num ambiente aprazível e esboçan-do sentimentos de alegria, fres-cor, paixão, entre outros.

Assim que o conceito de “moda” aportou pelo Brasil através da realeza portuguesa, os então nascidos em território brasileiro ou que se tornaram nativos através da longa per-manência passaram imediata-mente a imitar os usos, costumes e vestimentas que demons-travam uma classe social mais vantajosas e consequentemen-te a boa educação, que cul-minava num relacionamento harmonioso entre a sociedade e que só trazia benefícios.

Vestir-se bem sempre foi uma maneira de ser aprecia-do pelos demais; tecidos finos, costuras minuciosas e um bom corte fazem toda a diferença numa apresentação pesso-al, seja ela formal ou informal. Todo este processo de criação e confecção de vestuário ini-cia-se com os recursos visuais daquilo que se deseja vestir, é aí que o papel do estilista co-meça a ser valorizado.

Remontamos à França do século XVI, aos reis e rainhas com seus vestidos esplendo-rosos e imponentes, ao cava-lheirismo e o requinte de suas roupas destinadas à montaria, caça ou qualquer outra ati-vidade considerada nobre. Segundo Mairi MacKenzie, a moda está integrada à cons-trução e à comunicação das identidades sociais, ajudando a delinear a classe, sexualidade, a idade e a etnia de quem usa, além de expressar as preferên-cias culturais individuais.

o estilista é responsável por tornar as ideias, sonhos e desejos

em realidade visual que atenda a estética pré-definida de outro, através das mais diversas técni-cas de esboço. Por trás de toda uma coleção, existem os bas-tidores, em que toda uma ca-deia de produção é colocada à prova a partir do momento da criação do painel (sketch book) e dos croquis pelo estilista.

Em algumas lojas de te-cidos e aviamentos, ainda é possível encontrar esses profis-sionais, que são verdadeiras fa-das-madrinhas modernas, que nos salvam do popular catálo-go das lojas de departamento ou das revistas de moda, que nos fazem correr o risco de ir-mos a um evento e encontrar-mos alguém exatamente com o mesmo modelito.

Há quem não se importe com isso e há quem tire de letra este fato levando com bom hu-mor o bom gosto do outro, mas creio que: ser original e recorrer a um bom estilista ainda são as melhores opções para eternizar, da melhor forma possível, um momento apenas seu.

militância da fada-madrinha

uMA ABoRDAGEM SoBRE o PAPEL Do ESTILISTA, PoR RoSSANA BRAGA

*RoSSANA BRAGA É PRoDuToRA DE MoDA E TEM uM BLoG (FASHIoNSTREET.CoM.BR)

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Page 38: 4° edição

PRÓXIMA EDIÇÃO