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ORGANIZAÇÃO E ORGANIZAÇÃO E ESTRUTURA DA ESTRUTURA DA ADMINISTRAÇÃO ADMINISTRAÇÃO

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  • ORGANIZAO E ESTRUTURA DA ADMINISTRAO

  • NOES INICIAIS1. DESCENTRALIZAO E DESCONCENTRAO:A) CONCEITOS DOUTRINRIOS:Ocorre descentralizao administrativa quando o Estado confere a outra pessoa, dotada de personalidade jurdica prpria, o exerccio das atividades que lhe cabem.J a desconcentrao a distribuio de competncias e atribuies dentro da estrutura de uma mesma pessoa jurdica.[...] A descentralizao pressupe pessoas jurdicas diversas: aquela que originalmente tem ou teria titularizao sobre certa atividade e aqueloutra ou aqueloutras s quais foi atribudo o desempenho das atividades em causa. A desconcentrao est sempre referida a uma s pessoa, pois cogita-se da distribuio de competncias na intimidade dela, mantendo-se, pois, o liame unificador da hierarquia. [...] (MELLO, Celso Antnio Bandeira de).B) DA COINCIDNCIA ENTRE OS CONCEITOS E AS NOES DOUTRINRIAS DE ADMINISTRAO DIRETA E ADMINISTRAO INDIRETA:

  • NOES INICIAIS1. DESCENTRALIZAO E DESCONCENTRAO:C) CRTICAS AOS CONCEITOS LEGAIS:Diz o Decreto-lei n 200, de 25 de fevereiro de 1967:Art. 4 A Administrao Federal compreende:I - A Administrao Direta, que se constitui dos servios integrados na estrutura administrativa da Presidncia da Repblica e dos Ministrios.II - A Administrao Indireta, que compreende as seguintes categorias de entidades, dotadas de personalidade jurdica prpria:a) Autarquias;b) Empresas Pblicas;c) Sociedades de Economia Mista.d) fundaes pblicas.O Critrio adotado foi o orgnico: so da administrao indireta todas as entidades que pertenam estrutura da administrao, no importando seus regimes e formas de atuao.Figuras como os particulares prestadores de servios pblicos em regime de concesso (concessionrios e permissionrios), alm dos delegados de ofcio pblico (titulares de servios notariais e cartoriais), ficaram de fora da presente classificao, apenas por no integrarem o aparato estatal, embora desempenhem atividades de cunho nitidamente reservado administrao pblica.Por este motivo podemos afirmar que a definio legal se distancia da definio doutrinria, mais acertada e, por isso, mais aceita modernamente.

  • NOES INICIAIS1. DESCENTRALIZAO E DESCONCENTRAO:C) CRTICAS AOS CONCEITOS LEGAIS:Alm disso, ainda temos na norma em questo:Art. 10. A execuo das atividades da Administrao Federal dever ser amplamente descentralizada. 1 A descentralizao ser posta em prtica em trs planos principais: a) dentro dos quadros da Administrao Federal, distinguindo-se claramente o nvel de direo do de execuo; b) da Administrao Federal para a das unidades federadas, quando estejam devidamente aparelhadas e mediante convnio; c) da Administrao Federal para a rbita privada, mediante contratos ou concesses.Neste tpico temos, na realidade, a distribuio hierrquica de competncias na mquina administrativa, o que coincide com o conceito doutrinrio de desconcentrao, no descentralizao.Aqui teremos descentralizao por concesso (tratando-se da execuo de atividade material), ou por delegao (tratando-se da execuo de atividade jurdica: fiscalizao de pesos e medidas, por exemplo).

  • NOES INICIAIS1. DESCENTRALIZAO E DESCONCENTRAO:D) SUBORDINAO E HIERARQUIA NA DESCENTRALIZAO ?[...] Pela descentralizao rompe-se uma unidade personalizada e no h vnculo hierrquico entre a Administrao Central e a pessoa estatal descentralizada. Assim, a segunda no subordinada primeira.O que passa a existir, na relao entre ambas, um poder chamado controle. (MELLO, Celso Antnio Bandeira de).E) TIPOS DE DESCONCENTRAO:EM RAZO DA MATRIA (Ministrio da Justia, Ministrio da Sade, etc.)EM RAZO DO NVEL DE RESPONSABILIDADE DECISRIA (Ministro de Estado da Justia, Diretor-Geral do Departamento de Polcia Rodoviria Federal, Superintendente Regional do Departamento de Polcia Rodoviria Federal, etc.)CRITRIO TERRITORIAL (Superintendncia do Departamento de Polcia Rodoviria Federal em Pernambuco, Superintendncia do Departamento de Polcia Rodoviria Federal na Paraba, etc.)

  • NOES INICIAIS2. RGOS PBLICOS:A) CONCEITO:rgos pblicos ou rgos administrativos so unidades de atuao, que englobam um conjunto de pessoas e meios materiais ordenados para realizar uma atribuio determinada. (MEDAUAR, Odete).rgos pblicos so unidades abstratas que sintetizam os vrios crculos de atribuies do Estado. [...] no passam de simples reparties de atribuies [...] simples parties internas da pessoa cuja intimidade estrutural integram. (MELLO, Celso Antnio Bandeira de).

  • NOES INICIAIS2. RGOS PBLICOS:B) CLASSIFICAES:QTO. ESTRUTURASIMPLES -as decises so tomadas individualmente por seus dirigentes;COLEGIADOS as decises so tomadas por um conjunto de agentes que integram o rgo.QTO. S FUNES QUE EXERCEMATIVOS emitem decises e tomam providncias visando o cumprimento dos fins da pessoa jurdica;DE CONTROLE fiscalizam e controlam a atividade de outros rgos e agentes;CONSULTIVOS emitem pareceres e pronunciamentos para subsidiar a atuao dos rgos ativos.VERIFICADORES emitem percias e outros documentos onde se faz a mera constatao de situaes e fatos pr-existentes;CONTENCIOSOS responsveis pelo julgamento de situaes controvertidas.

  • NOES INICIAIS3. COMPETNCIAS:A) CONCEITO:[...] o crculo compreensivo de um plexo de deveres pblicos a serem satisfeitos mediante o exerccio de correlatos e demarcados poderes instrumentais, legalmente conferidos, para a satisfao de interesses pblicos. (MELLO, Celso Antnio Bandeira de).B) CARACTERSTICAS:So INDISPONVEIS, posto que de exerccio obrigatrio para satisfao do interesse pblico;So IRRENUNCIVEIS, de forma que o titular no pode delas abrir mo;So INTRANSFERVEIS, embora possam, nos casos previstos em lei, ser delegadas ou avocadas;So IMUTVEIS, no comportando dilatao ou restrio no legalmente estabelecidas.So IMPRESCRITVEIS, continuando a existir, independentemente da passagem do tempo, mesmo quando no exercitadas.

  • ESTRUTURA DA ADMINISTRAO DIRETA FEDERAL1. COMANDOS DO DECRETO-LEI 200/67:Art. 1 O Poder Executivo exercido pelo Presidente da Repblica auxiliado pelos Ministros de Estado. Art. 2 O Presidente da Repblica e os Ministros de Estado exercem as atribuies de sua competncia constitucional, legal e regulamentar com o auxlio dos rgos que compem a Administrao Federal.[...]Art. 4 A Administrao Federal compreende:I - A Administrao Direta, que se constitui dos servios integrados na estrutura administrativa da Presidncia da Repblica e dos Ministrios.

  • ESTRUTURA DA ADMINISTRAO DIRETA FEDERAL2. ESTRUTURA DA PRESIDNCIA DA REPBLICA E DOS MINISTRIOS (Lei n 10.683/2003):Art. 1 A Presidncia da Repblica constituda, essencialmente, pela Casa Civil, pela Secretaria-Geral, pela Secretaria de Relaes Institucionais, pela Secretaria de Comunicao Social, pelo Gabinete Pessoal, pelo Gabinete de Segurana Institucional e pela Secretaria de Assuntos Estratgicos da Presidncia da Repblica. 1 Integram a Presidncia da Repblica, como rgos de assessoramento imediato ao Presidente da Repblica: I - o Conselho de Governo;II - o Conselho de Desenvolvimento Econmico e Social;III - o Conselho Nacional de Segurana Alimentar e Nutricional;IV - o Conselho Nacional de Poltica Energtica;V - o Conselho Nacional de Integrao de Polticas de Transporte;VI - o Advogado-Geral da Unio;VII - a Assessoria Especial do Presidente da Repblica;

  • ESTRUTURA DA ADMINISTRAO DIRETA FEDERAL2. ESTRUTURA DA PRESIDNCIA DA REPBLICA E DOS MINISTRIOS (Lei n 10.683/2003): 2 Junto Presidncia da Repblica funcionaro, como rgos de consulta do Presidente da Repblica:I - o Conselho da Repblica;II - o Conselho de Defesa Nacional. 3 Integram ainda a Presidncia da Repblica: I - a Controladoria-Geral da Unio;[...]III - a Secretaria Especial de Polticas para as Mulheres;[...]IV - a Secretaria Especial de Aqicultura e Pesca;V - a Secretaria Especial dos Direitos Humanos. VI - a Secretaria Especial de Polticas de Promoo da Igualdade Racial, de que trata a Lei n 10.678, de 23 de maio de 2003.VII-a Secretaria Especial de Portos.VII - a Secretaria Especial de Portos.

  • ESTRUTURA DA ADMINISTRAO DIRETA FEDERAL2. ESTRUTURA DA PRESIDNCIA DA REPBLICA E DOS MINISTRIOS (Lei n 10.683/2003):Art. 25. Os Ministrios so os seguintes: I - da Agricultura, Pecuria e Abastecimento;II - da Assistncia Social;II - do Desenvolvimento Social e Combate Fome; III - das Cidades;IV - da Cincia e Tecnologia;V - das Comunicaes;VI - da Cultura;VII - da Defesa;VIII - do Desenvolvimento Agrrio;IX - do Desenvolvimento, Indstria e Comrcio Exterior;X - da Educao;XI - do Esporte;XII - da Fazenda;XIII - da Integrao Nacional;

  • ESTRUTURA DA ADMINISTRAO DIRETA FEDERAL2. ESTRUTURA DA PRESIDNCIA DA REPBLICA E DOS MINISTRIOS (Lei n 10.683/2003):XIV - da Justia;XV - do Meio Ambiente;XVI - de Minas e Energia;XVII - do Planejamento, Oramento e Gesto;XVIII - da Previdncia Social; XIX - das Relaes Exteriores;XX - da Sade;XXI - do Trabalho e Emprego; XXII - dos Transportes;XXIII - do Turismo.

  • ESTRUTURA DA ADMINISTRAO DIRETA FEDERAL2. ESTRUTURA DA PRESIDNCIA DA REPBLICA E DOS MINISTRIOS (Lei n 10.683/2003):Pargrafo nico. So Ministros de Estado os titulares dos Ministrios, o Chefe da Casa Civil da Presidncia da Repblica, o Chefe do Gabinete de Segurana Institucional da Presidncia da Repblica, o Chefe da Secretaria-Geral da Presidncia da Repblica, o Chefe da Secretaria de Relaes Institucionais da Presidncia da Repblica, o Chefe da Secretaria de Comunicao Social da Presidncia da Repblica, o Advogado-Geral da Unio, o Ministro de Estado do Controle e da Transparncia, o Ministro de Estado Chefe da Secretaria de Assuntos Estratgicos da Presidncia da Repblica e o Presidente do Banco Central do Brasil.

  • ESTRUTURA GERAL DOS DEMAIS PODERES DA UNIO1. PRINCPIO DA SEPARAO DOS PODERES DO ESTADO:Art. 2 So Poderes da Unio, independentes e harmnicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judicirio.

  • 2. PODER JUDICIRIO (Arts. 92 a 126 da CRFB/1988):ESTRUTURA GERAL DOS DEMAIS PODERES DA UNIO

  • ESTRUTURA GERAL DOS DEMAIS PODERES DA UNIO3. PODER LEGISLATIVO (Arts. 44 a 75 da CRFB/1988):Art. 44. O Poder Legislativo exercido pelo Congresso Nacional, que se compe da Cmara dos Deputados e do Senado Federal.Pargrafo nico. Cada legislatura ter a durao de quatro anos.Art. 45. A Cmara dos Deputados compe-se de representantes do povo, eleitos, pelo sistema proporcional, em cada Estado, em cada Territrio e no Distrito Federal. 1 - O nmero total de Deputados, bem como a representao por Estado e pelo Distrito Federal, ser estabelecido por lei complementar, proporcionalmente populao, procedendo-se aos ajustes necessrios, no ano anterior s eleies, para que nenhuma daquelas unidades da Federao tenha menos de oito ou mais de setenta Deputados. 2 - Cada Territrio eleger quatro Deputados.Art. 46. O Senado Federal compe-se de representantes dos Estados e do Distrito Federal, eleitos segundo o princpio majoritrio. 1 - Cada Estado e o Distrito Federal elegero trs Senadores, com mandato de oito anos. 2 - A representao de cada Estado e do Distrito Federal ser renovada de quatro em quatro anos, alternadamente, por um e dois teros. 3 - Cada Senador ser eleito com dois suplentes.

  • ENTES DA ADMINISTRAO INDIRETA: AUTARQUIAS1. DEFINIES DOUTRINRIAS:Da doutrina, podemos colher as seguintes conceituaes sobre as autarquias: uma forma especfica de capacidade de direito pblico ou, mais concretamente, a capacidade de administrar por si seus interesses, embora estes se refiram tambm ao Estado. (ROMANO, Santi).As autarquias podem ser definidas como pessoas jurdicas de Direito Pblico de capacidade exclusivamente administrativa. (MELLO, Celso Antnio Bandeira de).[...] pode-se conceituar autarquia como a pessoa jurdica de direito pblico, integrante da administrao indireta, criada por lei para desempenhar funes que, despidas de carter econmico, sejam prprias e tpicas do Estado. (CARVALHO FILHO, Jos dos Santos).

  • ENTES DA ADMINISTRAO INDIRETA: AUTARQUIAS2. PREVISO E DEFINIO NORMATIVA DO ENTE:De acordo com o Decreto-lei n 200/67, temos:Art. 4 A Administrao Federal compreende:[...]II - A Administrao Indireta, que compreende as seguintes categorias de entidades, dotadas de personalidade jurdica prpria:a) Autarquias;[...]Art. 5 Para os fins desta lei, considera-se: I - Autarquia - o servio autnomo, criado por lei, com personalidade jurdica, patrimnio e receita prprios, para executar atividades tpicas da Administrao Pblica, que requeiram, para seu melhor funcionamento, gesto administrativa e financeira descentralizada.

  • ENTES DA ADMINISTRAO INDIRETA: AUTARQUIAS3. REGIME JURDICO:Art. 2 Considera-se autarquia, para efeito deste Decreto-lei, o servio estatal descentralizado, com personalidade de direito pblico, explcita ou implicitamente reconhecida por lei.A) PERSONALIDADE JURDICA:J em 1943, o extinto Decreto-lei n 6.016, de 22 de novembro daquele ano, dispunha:Modernamente, o novo Cdigo Civil assim se pronunciou acerca da personalidade jurdica destes entes:Art. 41. So pessoas jurdicas de direito pblico interno:[...]IV - as autarquias, inclusive as associaes pblicas; (Lei n 10.406, de 10 de janeiro de 2002).

  • ENTES DA ADMINISTRAO INDIRETA: AUTARQUIAS3. REGIME JURDICO:Art. 37. [...][...]XIX - somente por lei especfica poder ser criada autarquia e autorizada a instituio de empresa pblica, de sociedade de economia mista e de fundao, cabendo lei complementar, neste ltimo caso, definir as reas de sua atuao;[...]Art. 61. [...] 1 So de iniciativa privativa do Presidente da Repblica as leis que:[...]II - disponham sobre:[...]e) criao e extino de Ministrios e rgos da administrao pblica, observado o disposto no art. 84, VI;B) CRIAO E EXTINO:Diz a Constituio Federal de 1988:

  • ENTES DA ADMINISTRAO INDIRETA: AUTARQUIAS3. REGIME JURDICO:Art. 6 As atividades da Administrao Federal obedecero aos seguintes princpios fundamentais:[...]V - Controle.[...]Art. 26. No que se refere Administrao Indireta, a superviso ministerial visar a assegurar, essencialmente: I - A realizao dos objetivos fixados nos atos de constituio da entidade. II - A harmonia com a poltica e a programao do Governo no setor de atuao da entidade. III - A eficincia administrativa. IV - A autonomia administrativa, operacional e financeira da entidade.C) CONTROLE:Quanto ao controle executivo, temos:Pressuposto bsico do controle: previso e delimitao legalO controle das autarquias [...] o poder que assiste Administrao Central de influir sobre elas com o propsito de conform-las ao cumprimento dos objetivos pblicos em vista dos quais foram criadas, harmonizando-as com a atuao administrativa global do Estado. De acordo com o Decreto-lei 200, portanto, na rbita federal, este controle designado superviso ministerial. (MELLO, Celso Antnio Bandeira de).TIPOS DE CONTROLE:CONTROLE DE LEGITIMIDADECONTROLE DE MRITOCONTROLE PREVENTIVOCONTROLE REPRESSIVODada a inexistncia de hierarquia entre a autarquia e a Administrao Centralizada, no possvel recurso hierrquico ao ministro supervisor, seno em sua modalidade imprpria, ou seja, quando prevista esta possibilidade na lei que crioua autarquia ou em outra lei que preveja esta possibilidade. assegurado, entretanto, o direito de petio, previsto no art. 5, XXXIV, a, da Constituio Federal.

  • ENTES DA ADMINISTRAO INDIRETA: AUTARQUIAS3. REGIME JURDICO:V - Avaliar o comportamento administrativo dos rgos supervisionados e diligenciar no sentido de que estejam confiados a dirigentes capacitados. VI - Proteger a administrao dos rgos supervisionados contra interferncias e presses ilegtimas. VII - Fortalecer o sistema do mrito. VIII - Fiscalizar a aplicao e utilizao de dinheiros, valores e bens pblicos. IX - Acompanhar os custos globais dos programas setoriais do Governo, a fim de alcanar uma prestao econmica de servios. X - Fornecer ao rgo prprio do Ministrio da Fazenda os elementos necessrios prestao de contas do exerccio financeiro. XI - Transmitir ao Tribunal de Contas, sem prejuzo da fiscalizao deste, informes relativos administrao financeira e patrimonial dos rgos do Ministrio.C) CONTROLE:Quanto ao controle executivo, temos:

  • ENTES DA ADMINISTRAO INDIRETA: AUTARQUIAS3. REGIME JURDICO:Pargrafo nico. A superviso exercer-se- mediante adoo das seguintes medidas, alm de outras estabelecidas em regulamento: a) indicao ou nomeao pelo Ministro ou, se for o caso, eleio dos dirigentes da entidade, conforme sua natureza jurdica; b) designao, pelo Ministro dos representantes do Governo Federal nas Assemblias Gerais e rgos de administrao ou controle da entidade; c) recebimento sistemtico de relatrios, boletins, balancetes, balanos e informaes que permitam ao Ministro acompanhar as atividades da entidade e a execuo do oramento-programa e da programao financeira aprovados pelo Governo; d) aprovao anual da proposta de oramento-programa e da programao financeira da entidade, no caso de autarquia;C) CONTROLE:Quanto ao controle executivo, temos:

  • ENTES DA ADMINISTRAO INDIRETA: AUTARQUIAS3. REGIME JURDICO:e) aprovao de contas, relatrios e balanos, diretamente ou atravs dos representantes ministeriais nas Assemblias e rgos de administrao ou controle; f) fixao, em nveis compatveis com os critrios de operao econmica, das despesas de pessoal e de administrao; g) fixao de critrios para gastos de publicidade, divulgao e relaes pblicas; h) realizao de auditoria e avaliao peridica de rendimento e produtividade; i) interveno, por motivo de interesse pblico.C) CONTROLE:Quanto ao controle executivo, temos:

  • ENTES DA ADMINISTRAO INDIRETA: AUTARQUIAS3. REGIME JURDICO:Art. 49. da competncia exclusiva do Congresso Nacional:[...]X - fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer de suas Casas, os atos do Poder Executivo, includos os da administrao indireta;C) CONTROLE:Tratando do controle exercido pelo Poder Legislativo, podemos verificar:

  • ENTES DA ADMINISTRAO INDIRETA: AUTARQUIAS3. REGIME JURDICO:Em vista do disposto no art. 71 da Constituio Federal, compete ao TCU em relao s autarquias:C) CONTROLE:Tratando do controle exercido pelo Poder Legislativo, podemos verificar:Julgar as contas dos administradores autrquicos (art. 71, II);Apreciar a legalidade da admisso, exceto as nomeaes para cargo em comisso, de pessoal e da concesso de aposentadorias e penses, ressalvadas melhorias posteriores que no alterem seu fundamento (art. 71, III);Realizar auditorias e inspees de natureza contbil, financeira, oramentria, operacional e patrimonial (art. 71, IV);Aplicar aos responsveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as penas previstas em lei (art. 71, VIII);

  • ENTES DA ADMINISTRAO INDIRETA: AUTARQUIAS3. REGIME JURDICO:Em vista do disposto no art. 71 da Constituio Federal, compete ao TCU em relao s autarquias:C) CONTROLE:Tratando do controle exercido pelo Poder Legislativo, podemos verificar:No caso de ilegalidade, fixar prazo para que sejam adotadas medidas corretivas e, no atendida a recomendao, sustar a execuo do ato impugnado, comunicando deste ato s Casas do Congresso Nacional, efetuando, ainda, a representao ao Poder competente (art. 71, IX, X e XI).

  • ENTES DA ADMINISTRAO INDIRETA: AUTARQUIAS3. REGIME JURDICO:Art. 5. [...]XXXV - a lei no excluir da apreciao do Poder Judicirio leso ou ameaa a direito;LXIX - conceder-se- mandado de segurana para proteger direito lquido e certo, no amparado por "habeas-corpus" ou "habeas-data", quando o responsvel pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pblica ou agente de pessoa jurdica no exerccio de atribuies do Poder Pblico;LXXIII - qualquer cidado parte legtima para propor ao popular que vise a anular ato lesivo ao patrimnio pblico ou de entidade de que o Estado participe, moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimnio histrico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada m-f, isento de custas judiciais e do nus da sucumbncia; (Constituio da Repblica Federativa do Brasil, 05/10/1988).C) CONTROLE:Por fim, quanto ao controle pelo Poder Judicirio, temos:

  • ENTES DA ADMINISTRAO INDIRETA: AUTARQUIAS3. REGIME JURDICO:Art. 37. [...][...]XXI - ressalvados os casos especificados na legislao, as obras, servios, compras e alienaes sero contratados mediante processo de licitao pblica que assegure igualdade de condies a todos os concorrentes, com clusulas que estabeleam obrigaes de pagamento, mantidas as condies efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitir as exigncias de qualificao tcnica e econmica indispensveis garantia do cumprimento das obrigaes. (Constituio da Repblica Federativa do Brasil, 05/10/1988).D) ATOS E CONTRATOS:Seus atos so atos administrativos e seus contratos so contratos administrativos, motivo pelo qual so submetidos ao princpio da obrigatoriedade de licitao:

  • ENTES DA ADMINISTRAO INDIRETA: AUTARQUIAS3. REGIME JURDICO:Art. 37. [...][...] 6 As pessoas jurdicas de direito pblico e as de direito privado prestadoras de servios pblicos respondero pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsvel nos casos de dolo ou culpa. (Constituio da Repblica Federativa do Brasil, 05/10/1988).E) REPONSABILIDADE CIVIL:Diz a Constituio Federal de 1988:

  • ENTES DA ADMINISTRAO INDIRETA: AUTARQUIAS3. REGIME JURDICO:Art. 98. So pblicos os bens do domnio nacional pertencentes s pessoas jurdicas de direito pblico interno; todos os outros so particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem.Art. 99. So bens pblicos:I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praas;II - os de uso especial, tais como edifcios ou terrenos destinados a servio ou estabelecimento da administrao federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias;III - os dominicais, que constituem o patrimnio das pessoas jurdicas de direito pblico, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.Pargrafo nico. No dispondo a lei em contrrio, consideram-se dominicais os bens pertencentes s pessoas jurdicas de direito pblico a que se tenha dado estrutura de direito privado.F) PATRIMNIO:Quanto ao tema devemos nos ater aos comandos do vigente Cdigo Civil:

  • ENTES DA ADMINISTRAO INDIRETA: AUTARQUIAS3. REGIME JURDICO:Art. 100. Os bens pblicos de uso comum do povo e os de uso especial so inalienveis, enquanto conservarem a sua qualificao, na forma que a lei determinar.Art. 101. Os bens pblicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigncias da lei.Art. 102. Os bens pblicos no esto sujeitos a usucapio.Art. 103. O uso comum dos bens pblicos pode ser gratuito ou retribudo, conforme for estabelecido legalmente pela entidade a cuja administrao pertencerem. (Lei n 10.406, de 10 de janeiro de 2002).F) PATRIMNIO:Quanto ao tema devemos nos ater aos comandos do vigente Cdigo Civil:Vide tambm os artigos 183, 3 e 191, Pargrafo nico, da Constituio Federal de 1988.Imunidade tributria:Art. 150. Sem prejuzo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, vedado Unio, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municpios:[...]VI - instituir impostos sobre:patrimnio, renda ou servios, uns dos outros;[...] 2 - A vedao do inciso VI, "a", extensiva s autarquias e s fundaes institudas e mantidas pelo Poder Pblico, no que se refere ao patrimnio, renda e aos servios, vinculados a suas finalidades essenciais ou s delas decorrentes. (CF/88)

  • ENTES DA ADMINISTRAO INDIRETA: AUTARQUIAS3. REGIME JURDICO:Art. 39. A Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios instituiro, no mbito de sua competncia, regime jurdico nico e planos de carreira para os servidores da administrao pblica direta, das autarquias e das fundaes pblicas.G) REGIME DE PESSOAL:Segue os ditames constitucionais. Acerca do tema, o texto original do art. 49 da Constituio Federal de 1988 assim dispunha:Com o advento da EC n 19/98, o texto do referido artigo foi modificado, passando a ter o seguinte enunciado:Art. 39. A Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios instituiro conselho de poltica de administrao e remunerao de pessoal, integrado por servidores designados pelos respectivos Poderes. Com a concesso da liminar da ADIn n 2.135/DF, tornou-se imperativa a aplicao do art. 39 da Constituio nos seus termos originais. Diz o acrdo da mencionada deciso:MEDIDA CAUTELAR EM AO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. PODER CONSTITUINTE REFORMADOR. PROCESSO LEGISLATIVO. EMENDA CONSTITUCIONAL 19, DE 04.06.1998. ART. 39, CAPUT, DA CONSTITUIO FEDERAL. SERVIDORES PBLICOS. REGIME JURDICO NICO. PROPOSTA DE IMPLEMENTAO, DURANTE A ATIVIDADE CONSTITUINTE DERIVADA, DA FIGURA DO CONTRATO DE EMPREGO PBLICO. INOVAO QUE NO OBTEVE A APROVAO DA MAIORIA DE TRS QUINTOS DOS MEMBROS DA CMARA DOS DEPUTADOS QUANDO DA APRECIAO, EM PRIMEIRO TURNO, DO DESTAQUE PARA VOTAO EM SEPARADO (DVS) N 9. SUBSTITUIO, NA ELABORAO DA PROPOSTA LEVADA A SEGUNDO TURNO, DA REDAO ORIGINAL DO CAPUT DO ART. 39 PELO TEXTO INICIALMENTE PREVISTO PARA O PARGRAFO 2 DO MESMO DISPOSITIVO, NOS TERMOS DO SUBSTITUTIVO APROVADO. SUPRESSO, DO TEXTO CONSTITUCIONAL, DA EXPRESSA MENO AO SISTEMA DE REGIME JURDICO NICO DOS SERVIDORES DA ADMINISTRAO PBLICA. RECONHECIMENTO, PELA MAIORIA DO PLENRIO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, DA PLAUSIBILIDADE DA ALEGAO DE VCIO FORMAL POR OFENSA AO ART. 60, 2, DA CONSTITUIO FEDERAL. RELEVNCIA JURDICA DAS DEMAIS ALEGAES DE INCONSTITUCIONALIDADE FORMAL E MATERIAL REJEITADA POR UNANIMIDADE. [...] 3. Pedido de medida cautelar deferido, dessa forma, quanto ao caput do art. 39 da Constituio Federal, ressalvando-se, em decorrncia dos efeitos ex nunc da deciso, a subsistncia, at o julgamento definitivo da ao, da validade dos atos anteriormente praticados com base em legislaes eventualmente editadas durante a vigncia do dispositivo ora suspenso. (STF, ADI-MC 2.135/DF, Pleno, Rel. Min. Nri da Silveira, dec. Maioria, Rel. do acrdo Min. Ellen Gracie, julg. 02.08.2007, publ. Dj 07.03.2008, p. 81).

  • ENTES DA ADMINISTRAO INDIRETA: AUTARQUIAS4. AUTARQUIAS EM REGIME ESPECIAL:A expresso autarquias de regime especial surgiu, pela primeira vez, na Lei 5.540, de 28.11.1968, art. 4, para indicar uma das formas constitucionais das universidades pblicas. Nem esta lei, nem o Dec-lei 200/67 estabeleceram a diferena geral entre as autarquias comuns e as autarquias de regime especial. As notas caractersticas das ltimas vo decorrer da lei que instituir cada uma ou de uma lei que abranja um conjunto delas (como ocorre com as autarquias universitrias).Por vezes a diferena de regime est no modo de escolha ou nomeao do dirigente. Por vezes est na existncia de mandato do dirigente, insuscetvel de cessao por ato do Chefe do Executivo. Por vezes, no grau menos intenso dos controles. Por vezes, no tocante gesto financeira. [...] (MEDAUAR, Odete).A) NOTA DOUTRINRIA:

  • ENTES DA ADMINISTRAO INDIRETA: AUTARQUIAS4. AUTARQUIAS EM REGIME ESPECIAL:Art. 54. As universidades mantidas pelo Poder Pblico gozaro, na forma da lei, de estatuto jurdico especial para atender s peculiaridades de sua estrutura, organizao e financiamento pelo Poder Pblico, assim como dos seus planos de carreira e do regime jurdico do seu pessoal. 1 No exerccio da sua autonomia, alm das atribuies asseguradas pelo artigo anterior, as universidades pblicas podero:I - propor o seu quadro de pessoal docente, tcnico e administrativo, assim como um plano de cargos e salrios, atendidas as normas gerais pertinentes e os recursos disponveis;II - elaborar o regulamento de seu pessoal em conformidade com as normas gerais concernentes;B) AUTARQUIAS UNIVERSITRIAS:Diz a Lei n 9.394/1996 (LDBE):

  • ENTES DA ADMINISTRAO INDIRETA: AUTARQUIAS4. AUTARQUIAS EM REGIME ESPECIAL:III - aprovar e executar planos, programas e projetos de investimentos referentes a obras, servios e aquisies em geral, de acordo com os recursos alocados pelo respectivo Poder mantenedor;IV - elaborar seus oramentos anuais e plurianuais;V - adotar regime financeiro e contbil que atenda s suas peculiaridades de organizao e funcionamento;VI - realizar operaes de crdito ou de financiamento, com aprovao do Poder competente, para aquisio de bens imveis, instalaes e equipamentos;VII - efetuar transferncias, quitaes e tomar outras providncias de ordem oramentria, financeira e patrimonial necessrias ao seu bom desempenho. 2 Atribuies de autonomia universitria podero ser estendidas a instituies que comprovem alta qualificao para o ensino ou para a pesquisa, com base em avaliao realizada pelo Poder Pblico.B) AUTARQUIAS UNIVERSITRIAS:Diz a Lei n 9.394/1996 (LDBE):

  • ENTES DA ADMINISTRAO INDIRETA: AUTARQUIAS4. AUTARQUIAS EM REGIME ESPECIAL:Art. 56. As instituies pblicas de educao superior obedecero ao princpio da gesto democrtica, assegurada a existncia de rgos colegiados deliberativos, de que participaro os segmentos da comunidade institucional, local e regional.Pargrafo nico. Em qualquer caso, os docentes ocuparo setenta por cento dos assentos em cada rgo colegiado e comisso, inclusive nos que tratarem da elaborao e modificaes estatutrias e regimentais, bem como da escolha de dirigentes.B) AUTARQUIAS UNIVERSITRIAS:Diz a Lei n 9.394/1996 (LDBE):Smula 47 do STF:REITOR DE UNIVERSIDADE NO LIVREMENTE DEMISSVEL PELO PRESIDENTE DA REPBLICA DURANTE O PRAZO DE SUA INVESTIDURA.

  • ENTES DA ADMINISTRAO INDIRETA: AUTARQUIAS4. AUTARQUIAS EM REGIME ESPECIAL:No processo de modernizao do Estado, uma das medidas preconizadas pelo Governo foi a criao de um grupo especial de autarquias a que se convencionou denominar de agncias, cujo objetivo institucional consiste na funo de controle de pessoas privadas incumbidas da prestao de servios pblicos, em regra sob a forma de concesso ou permisso, e tambm na de interveno estatal no domnio econmico, quando necessrio para evitar abusos nesse campo, perpetrados por pessoas da iniciativa privada. (CARVALHO FILHO, Jos dos Santos).C) AGNCIAS REGULADORAS:Diz a doutrina:

  • ENTES DA ADMINISTRAO INDIRETA: AUTARQUIAS4. AUTARQUIAS EM REGIME ESPECIAL:C) AGNCIAS REGULADORAS:Agncia Nacional de Energia Eltrica ANEEL (Lei 9.427/96);Agncia Nacional de Telecomunicaes ANATEL (Lei 9.472/97);Agncia Nacional de Transportes Terrestres ANTT (Lei 10.233/2001);Agncia Nacional de Transportes Aquavirios ANTAQ (Lei 10.233/2001);Agncia Nacional do Cinema ANCINE (Lei 10.454/2002);Agncia Nacional de Aviao Civil ANAC (Lei 11.182/2005);Agncia Nacional de Aviao Civil ANAC (Lei 11.182/2005);Agncia Nacional do Petrleo, Gs Natural e Biocombustveis ANP (Lei 9.478/97);Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria ANVISA (Lei 9.782/99);Agncia Nacional de Sade Suplementar ANS (Lei 9.961/2000);Agncia Nacional de guas ANA (Lei 9.984/2000);Tambm a Comisso de Valores Mobilirios (CVM), tem estrutura semelhante s agncias reguladoras e constitui-se em autarquia em regime especial, por fora do disposto na Lei n 10.411/2002.

  • ENTES DA ADMINISTRAO INDIRETA: AUTARQUIAS4. AUTARQUIAS EM REGIME ESPECIAL:Art. 5 O Presidente ou o Diretor-Geral ou o Diretor-Presidente (CD I) e os demais membros do Conselho Diretor ou da Diretoria (CD II) sero brasileiros, de reputao ilibada, formao universitria e elevado conceito no campo de especialidade dos cargos para os quais sero nomeados, devendo ser escolhidos pelo Presidente da Repblica e por ele nomeados, aps aprovao pelo Senado Federal, nos termos da alnea f do inciso III do art. 52 da Constituio Federal.Pargrafo nico. O Presidente ou o Diretor-Geral ou o Diretor-Presidente ser nomeado pelo Presidente da Repblica dentre os integrantes do Conselho Diretor ou da Diretoria, respectivamente, e investido na funo pelo prazo fixado no ato de nomeao.Art. 6 O mandato dos Conselheiros e dos Diretores ter o prazo fixado na lei de criao de cada Agncia.C) AGNCIAS REGULADORAS:Caractersticas especiais destes entes (Lei n 9.986/2000):

  • ENTES DA ADMINISTRAO INDIRETA: AUTARQUIAS4. AUTARQUIAS EM REGIME ESPECIAL:Pargrafo nico. Em caso de vacncia no curso do mandato, este ser completado por sucessor investido na forma prevista no art. 5.[...]Art. 9 Os Conselheiros e os Diretores somente perdero o mandato em caso de renncia, de condenao judicial transitada em julgado ou de processo administrativo disciplinar. Pargrafo nico. A lei de criao da Agncia poder prever outras condies para a perda do mandato.C) AGNCIAS REGULADORAS:Caractersticas especiais destes entes (Lei n 9.986/2000):A independncia financeira, administrativa, a autonomia funcional, patrimonial e das decises tcnicas, no subordinao hierrquica, mencionadas nas Leis ns 9.472/97, 9.782/99, 9.961/2000 e 10.233/2001, so caractersticas de todas as autarquias e, portanto, no denotam o regime de especialidade das aqui estudadas.Quanto ao regime de pessoal, diz a Lei n 9.986/2000:Art. 1 As Agncias Reguladoras tero suas relaes de trabalho regidas pela Consolidao das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei n 5.452, de 1 de maio de 1943, e legislao trabalhista correlata, em regime de emprego pblico.No julgamento da ADIn 2.310-1/DF, o Min. Marco Aurlio suspendeu a aplicao deste regime, por entend-lo incompatvel com funes fiscais e de regulao, tpicas destes entes.A Lei n 10.871/2004 criou vrios CARGOS para preenchimento nas agncias reguladoras, mas deixou aberta de contratao de pessoal tcnico mediante contrato com prazo de at 24 meses (12 + 12).

  • ENTES DA ADMINISTRAO INDIRETA: AUTARQUIAS4. AUTARQUIAS EM REGIME ESPECIAL:Art.51. O Poder Executivo poder qualificar como Agncia Executiva a autarquia ou fundao que tenha cumprido os seguintes requisitos:I-ter um plano estratgico de reestruturao e de desenvolvimento institucional em andamento;II-ter celebrado Contrato de Gesto com o respectivo Ministrio supervisor.1 A qualificao como Agncia Executiva ser feita em ato do Presidente da Repblica.2 O Poder Executivo editar medidas de organizao administrativa especficas para as Agncias Executivas, visando assegurar a sua autonomia de gesto, bem como a disponibilidade de recursos oramentrios e financeiros para o cumprimento dos objetivos e metas definidos nos Contratos de Gesto. (Lei n 9.649/98).D) AGNCIAS EXECUTIVAS:

  • ENTES DA ADMINISTRAO INDIRETA: AUTARQUIAS4. AUTARQUIAS EM REGIME ESPECIAL:Art.52. Os planos estratgicos de reestruturao e de desenvolvimento institucional definiro diretrizes, polticas e medidas voltadas para a racionalizao de estruturas e do quadro de servidores, a reviso dos processos de trabalho, o desenvolvimento dos recursos humanos e o fortalecimento da identidade institucional da Agncia Executiva.1 Os Contratos de Gesto das Agncias Executivas sero celebrados com periodicidade mnima de um ano e estabelecero os objetivos, metas e respectivos indicadores de desempenho da entidade, bem como os recursos necessrios e os critrios e instrumentos para a avaliao do seu cumprimento.2 O Poder Executivo definir os critrios e procedimentos para a elaborao e o acompanhamento dos Contratos de Gesto e dos programas estratgicos de reestruturao e de desenvolvimento institucional das Agncias Executivas. (Lei Lei n 9.649/98). D) AGNCIAS EXECUTIVAS:

  • ENTES DA ADMINISTRAO INDIRETA: AUTARQUIAS4. AUTARQUIAS EM REGIME ESPECIAL:Art.24. dispensvel a licitao:I-para obras e servios de engenharia de valor at 10% (dez por cento)do limite previsto na alnea "a", do inciso I do artigo anterior, desde que no se refiram a parcelas de uma mesma obra ou servio ou ainda para obras e servios da mesma natureza e no mesmo local que possam ser realizadas conjunta e concomitantemente; II-para outros servios e compras de valor at 10% (dez por cento)do limite previsto na alnea "a", do inciso II do artigo anterior e para alienaes, nos casos previstos nesta Lei, desde que no se refiram a parcelas de um mesmo servio, compra ou alienao de maior vulto que possa ser realizada de uma s vez; [...]Pargrafo nico. Os percentuais referidos nos incisos I e II do caput deste artigo sero 20% (vinte por cento) para compras, obras e servios contratados por consrcios pblicos, sociedade de economia mista, empresa pblica e por autarquia ou fundao qualificadas, na forma da lei, como Agncias Executivas. (Lei n 8.666/93, alterada pela Lei n9.648/98).D) AGNCIAS EXECUTIVAS:

  • ENTES DA ADMINISTRAO INDIRETA: FUNDAES PBLICAS1. PREVISO E DEFINIO NORMATIVA DO ENTE:De acordo com o Decreto-lei n 200/67, temos:Art. 4 A Administrao Federal compreende:II - A Administrao Indireta, que compreende as seguintes categorias de entidades, dotadas de personalidade jurdica prpria:d) fundaes pblicas.Art. 5 Para os fins desta lei, considera-se: IV - Fundao Pblica - a entidade dotada de personalidade jurdica de direito privado, sem fins lucrativos, criada em virtude de autorizao legislativa, para o desenvolvimento de atividades que no exijam execuo por rgos ou entidades de direito pblico, com autonomia administrativa, patrimnio prprio gerido pelos respectivos rgos de direo, e funcionamento custeado por recursos da Unio e de outras fontes. 3 As entidades de que trata o inciso IV deste artigo adquirem personalidade jurdica com a inscrio da escritura pblica de sua constituio no Registro Civil de Pessoas Jurdicas, no se lhes aplicando as demais disposies do Cdigo Civil concernentes s fundaes.

  • ENTES DA ADMINISTRAO INDIRETA: FUNDAES PBLICAS2. PERSONALIDADE JURDICA:Embora o Decreto-lei 200/67 afirme que as fundaes pblicas tm personalidade jurdica de direito privado, existe controvrsia de grande monta na doutrina quanto a esta. Neste sentido, a lio majoritria a seguinte:H duas correntes sobre a matria.A primeira, hoje dominante, defende a existncia de dois tipos de fundaes pblicas: as fundaes de direito pblico e as de direito privado, aquelas ostentando personalidade jurdica de direito pblico e estas sendo dotadas de personalidade jurdica de direito privado. Por este entendimento, as fundaes de direito pblico so caracterizadas como verdadeiras autarquias, razo por que so denominadas, algumas vezes, de fundaes autrquicas ou autarquias fundacionais. (CARVALHO FILHO, Jos dos Santos).STF, RE 101.126/RJNem toda fundao instituda pelo Poder Pblico fundao de direito privado. As fundaes institudas pelo Poder Pblico, que assumam a gesto de servio estatal e se submetem a regime administrativo previsto, nos estados-membros, por leis estaduais, so fundaes de direito pblico e, portanto, pessoas jurdicas de direito pblico. Tais fundaes so espcies do gnero autarquia, aplicando-se [...]STF, RE 215.741:Fundao pblica Autarquia Justia Federal.1. A Fundao Nacional de Sade, que mantida por recursos oramentrios oficiais da Unio e por ela instituda, entidade de direito pblico.[...]3. Ainda que o art. 109, I da Const. Federal no se refira expressamente s fundaes, o entendimento desta Corte o de que a finalidade, a origem dos recursos e o regime administrativo de tutela absoluta a que, por lei, esto sujeitas, fazem delas espcie do gnero autarquia.

  • ENTES DA ADMINISTRAO INDIRETA: FUNDAES PBLICAS3. CRIAO E EXTINO:Art. 37. [...][...]XIX - somente por lei especfica poder ser criada autarquia e autorizada a instituio de empresa pblica, de sociedade de economia mista e de fundao, cabendo lei complementar, neste ltimo caso, definir as reas de sua atuao; (CF/88)A regra vale para as fundaes pblicas com personalidade jurdica de direito privado que, em conformidade com o art. 5, 3 do Decreto-lei 200/67, so criadas por meio da inscrio de sua escritura pblica de constituio do Cartrio do Registro Civil das Pessoas Jurdicas.Para as fundaes pblicas com personalidade jurdica de direito pblico a regra a que cabe para as autarquias.Patrimnio:Para as dotadas de personalidade jurdica de direito pblico, as regras so as aplicveis s autarquias. Para as dotadas de personalidade jurdica de direito privado, seus bens so bens privados.As mesmas recomendaes valem quanto ao regime de pessoal destas entidades (estatutrio para as dotadas de personalidade de direito pblico e celetista para as dotadas de personalidade jurdica de direito privado).Os atos das fundaes pblicas com personalidade jurdica de direito pblico so atos administrativos, enquanto que os das fundaes pblicas com personalidade jurdica de direito privado so, em regra, atos privados.Quanto aos contratos, por fora do disposto no art. 1, Pargrafo nico, da Lei n 8.666/93, estes devem obedecer ao princpio da licitao e s regras daquela norma legal.

  • FIM