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ANO VIU - N° 77 - DEZEMBRO 1997 Boletim Informativo de Osasco Jesta do Anuncio da floa Jtova, Do diálogo de Deus com a humanidade, testemunhando seu amor ao enviar seu Jilho para servir, /l Diocese de Osasco deseja a todos um Jeliz fintai!

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77. Boletim Informativo da Diocese de Osasco - BIO Ano VIII - N º 77 - Bio Dezembro de 1997

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ANO VIU - N° 77 - DEZEMBRO • 1997 Boletim Informativo de Osasco

Jesta do Anuncioda floa Jtova,Do diálogo de Deuscom a humanidade,testemunhandoseu amorao enviar seuJilho para servir,

/l Diocese de Osascodeseja a todos um Jeliz fintai!

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INFORMANDO )jASSEMBLEIA GERAL

CNBB - 1998

Será de 22 de abril a 1Q àe maio de1998, em Itaicí, Município de Indaiatuba(SP). Tema central da Assembleia será:Ministérios e missão dos leigos naperspectiva do Novo Milénio. Serãoabordados, também, outros temas,como: Avaliação do tema central da 35§

AG; Ritual do Batismo; Reelaboraçãodo Documento; Orientações Pastoraissobre o Matrimónio; Eleições da CNBB;PRNM: andamento e novos passos, Dí-vida externa; Desdobramentos do II En-contro Mundial do Papa com asFamílias; Missionariedade e solidarieda-de entre as Igrejas no Brasil; Campanhada Fraternidade 1998/1999/2000; Avali-ação da Rede Vida de Televisão. O temado dia de espiritualidade será: O Espí-rito Santo na vida do Bispo e na Mis-são da Igreja segundo Lucas. A As-sembleia terá um dia especialmenteecuménico, com a presença de convi-dados de Igrejas Cristãs.

"SOU DA PAZ"

Mais de 200 representantes de Dioceses,Pastorais, e Organismos do Reg.Sul l,aderiram à Campanha SOU DA PAZ,durante a 209 Assembleia das Igrejas, re-alizada em Itaici. No encerramento daassembleia aconteceu um painel, ondeo cientista político Paulo Sérgio Pinheiro,disse que a situação de violência é "epi-dêmica e delirante"O Brasil vive o pior e o melhor dos mun-dos, segundo ele. É a 9^ economia mun-dial, mas a58ê em desenvolvimento hu-mano. Está em primeiro no número deassassinatos por armas defogo.O jornalista Chico Pinheiro (Rede Globo)é um dos idealizadores da campanha.

DIA NACIONAL DAJUVENTUDE DE 1997

No último dia 26 de outubro foi cele-brado o Dia Nacional da Juventude(DN J), que se realiza desde 1986, coor-denado pela Pastoral da Juventude doBrasil. No Projeto Rumo ao Novo Milé-nio, NQ135, o (DNJ) é assumido oficial-mente por toda a Igreja no Brasil. Otema deste ano foi: Juventude e Direi-tos Humanos, com o lema: A Vida Flo-resce Quando a Liberdade Acontece.Neste ano, como nos anteriores, a PJdo Brasil, com seus 40.000 grupos,movimentou mais de um milhão de jo-vens em todo o País.

NOMEADO BISPO PARARONDONÓPOLIS (MT)

No dia 19/11,0 Papa João Paulo II no-meou o Padre Juventino Kestering, doClero dadiocese de Tubarão (SC), Bispode Rondonópolis (MT).A Diocese de Osasco se alegra e apre-senta congratulações ao Pé. Juventino,que durante quatro anos dedicou sua vidaà pastoral da catequese, na CNBB, e lhedeseja fecundo ministério episcopal noserviço ao povo de Deus que está emRondonópolis (MT).

TEMAS E DATAS DOSPRÓXIMOS SÍNODOS

O Cardeal Jan P Schotte, C.I.C.M., Se-cretário-Geral do Sínodo dos Bispos, di-vulgou os temas e datas das três próxi-mas Assembleias Especiais, bem comoda 10a Assembleia Ordinária. A Assem-bleia Especial para a Ásia será na prima-vera de 1998 e terá como tema: "JesusCristo, o Salvador, e sua missão de ser-viço e de amor na Ásia:... para que te-nham vida e a tenham em abundância".Para os últimos meses de 1998, está pre-vista a Assembleia Especial para aOceania, que terá como tema: "JesusCristo e os povos da Oceania: Trilharseu caminho, proclamar sua verdade,viver sua vida". A 2? Assembleia Especi-al para a Europa acontecerá entre marçoe abril de 1999.0 tema é: "Jesus Cristovivo na Igreja, fonte de esperança paraa Europa". A 10^ Assembleia Ordináriadeverá acontecer em julho ou setembrode 1999. Terá como tema: "O Bispo:servidor do Evangelho de Jesus Cris-to para a esperança do mundo".

30 ANOS EVANGELIZAÇÃO

Os padres da Congregação de JesusSacerdote, vindos da Itália, há 30 anosestão presentes no Brasil, dedicando-seà pastoral e à formação do clero, comocarisma específico da Congregação.Foram recebidos na Arquidiocese de SãoPaulo assumindo a Paróquia de SãoPedro Apóstolo da Vila Oratório, no Altoda Mooca. Mais tarde estenderam suaação evangelizadora até Marília eBarretes.Há dois anos os Padres de Jesus Sa-cerdote, Pé. Pio Milpacher e Pé. MárioRivolti estão na Paróquia de N. Senhordo Bonfim. Esta Diocese de Osascose alegra com a comemoração dos 30anos de presença evangelizadora des-sa Congregação, no Brasil.

DIA NACIONAL AÇAODE GRAÇAS

Dia 27 de novembro às 20:00 h, a Corsão do Diálogo Religioso realizou um (to Ecuménico pelo Dia de Ação de Cças, na Paróquia Imaculada ConceiçKm 18, com a presença de várias Igrejque se uniram pelo mesmo ideal.Estiveram presentes as Igrejas: CatólMetodista, Presbiteriana e Anglicana

3* SEMANA SOCIALBRASILEIRA

A Comissão Diocesana reuniu-se no30 de outubro, no Centro de Pastíquando estudou os meios para divulcão da 35 Semana Social Brasileira avês de cartaz, do Boletim da Diocefaixas, M.C.S. e alguns organismos coCaritas, Curso Teológico Pastoral, bcomo aproveitar os eventos e celebraçta nível de Diocese. Durante o mêsnovembro foram realizadas Semanas lciais em todas as Regiões Pastorais.No dia 1Q de dezembro - Dia MundialLuta contra a AIDS foi também ocaspara divulgar e refletir sobre a 35 Sem;Social Brasileira.Está programado na Catedral Santo itônio, às 20:00h do dia 10 de dezemtAto em Comemoração à Declaração cDireitos Humanos.São responsáveis para acompanhaprocesso da 3§ S.S.B. na DioceseOsasco: Pé. Cláudio Gabriel dos S;tos, João Frederico dos Santos tCaritas Diocesana.

NOSSA SENHORA DA ESCAI

O Município de Barueri e a ParóqiN.Senhora da Escada homenageou l\a Santíssima que sob o título N. Sra

Escada celebrou 441 anos de histótcom grandes festividades, entre os d17 a 23 de novembro. Pé. Luiz de Olivee várias Equipes da Comunidade fonos organizadores das comemorações

CONCURSO DE LETRASPARA "CF 99"

A CNBB acaba de enviar as orientaçcpara o Concurso de Letras, da Cam|nhã da Fraternidade 1999, que ticomo tema: A Fraternidade e os Csempregados e o lema: "Sem traílho... Por que?"O prazo vai até o dia 1/2/98.Para informações: CNBBCampanha da Fraternidade - CP 020EBrasília-DF-70259-970

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CAMINHANDO COM O PASTOR 30®(S)

O Sacramento doBatismo nos insere

em Cristo e nosintroduz na comuni-

dade cristã

Estamos terminando o primeiro ano de prepa-ração próxima ao Novo Milénio. Neste ano, à luz doevangelho de Marcos, procuramos aprofundar o es-

tudo sobre a vida e a missão de Jesus,nosso Salvador. Cer-tamente aproveitamosde nossas celebraçõespara adquirir esses co-nhecimentos funda-mentais à nossa fé. Porisso, todas elas se ma-nifestaram como verda-deira profissão de fé em

Jesus, o Messias prometido e o Redentor de toda ahumanidade.

Ao conhecer Jesus vem-nos a exigên-cia de conhecer o sacramento do Batis-mo que nos insere em Cristo e nos intro-duz na comunidade cristã. Pelo sacramen-to do Batismo assumimos em nossa vida ia própria vida de Jesus. A sua missão se tperpetua na terra até a consumação dos i|jtempos através de nossa missão cristã.

O Sacramento daCrisma é o sacra-mento do aposto-lado vivo e perma-

nente da Igreja

projeto de amor deum Deus que se fazcarne para nos salvar.Em meio às iniquida-des, Deus suscita,através dos tempos,profetas que nos fa-zem cientes do proje-to de Deus e anun-ciadores do direito eda justiça. Com o seu nascimento, Jesus nos convo-ca a sermos profetas e anunciadores da sua vinda,como Messias, o Salvador.

O projeto de Deus não nos deixa sós. Apresen-ta-nos Maria como modelo de fidelidade a esse pro-jeto. Mãe de Jesus é a Mãe da humanidade toda,

zelando pelos rnais pobres e pelos maisabandonados dentre seus filhos.

O Batismo é o sinal de nossa adesão a Cristo ea motivação para formarmos com todos os irmãos afamília de Deus, onde não há excluídos, porque osangue redentor de Jesus a todos lavou por sua in-finita misericórdia e graça do seu perdão.

Com o Advento iniciamos o segundo ano depreparação próxima ao Novo Milénio. Ele nos apre-senta a necessidade de conhecermos o EspíritoSanto. À luz do evangelho de Lucas aprofundaremoso conhecimento do Paráclito, do Espírito de Deusque vivifica e santifica a Igreja e todos os que crêemno Cristo como Salvador. O sacramento da Crismaé o sacramento que deve ser conhecido e revistopara ser verdadeiramente o sacramento doapostolado vivo e permanente da Igreja, em funçãoda transformação da sociedade e santificação da pró-pria Igreja. A virtude a ser cultivada e vivida de modoespecial neste ano é a esperança.

Em meio a essa preparação, Deus nos dá agraça de celebrarmos a cada ano o que celebrare-mos com alegria e gratidão no Novo Milénio: o nas-cimento de Jesus.

O Natal deve instruir-nos sobre o maravilhoso

Cada vez que celebramos o Natal e orevivemos com fé, nós aprofundamos arazão de nossa própria existência, fazen-do-a senhora da história e retomamos,com plena adesão a Cristo, os nossos com-promissos para com todos os nossos ir-

mãos e irmãs.

Aproximando-nos do Novo Milénio, aproveite-mos deste Natal para forta-lecer o conhecimento so-bre Jesus Cristo e sobreo Espírito santificador. MariaVerifiquemos com que j modelo de fideli-amor e misericórdia Ele J dade ao

de Jesusnos ama e nos inspira,segundo o seu projeto.

Examinemos se o mesmo pro-jeto de justiça e de paz do nosso Deus é verdadeira-mente assumido por cada um de nós, cristãos, emfavor de nossos irmãos.

V/Vamos o projeto de Deus, de yustfça e de frater-nidade, para ter um

Santo Natal!

Feliz Natal!

+ FRANCISCO

— i aai

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ADVENTO; A <Advento é o período de espera ativa do Natal.

Neste tempo revivemos a grande expectativa do povo de Deus quando Jesus estava para chegar. Só compreende a verddeira beleza do Natal quem se prepara para recebê-lo na oração, na reflexão e na solidariedade.

fí U0€fíTfiÇfíO €STfi PfíÓXIMfl

Texto: Lc 21,25-28.34-36.Jesus está em frente ao imponente Tem-pio de Jerusalém. Em conversa comseus discípulos, ele declara que não fi-cará pedra sobre pedra.Jesus não está em Jerusalém para elogiaros donos do poder, que exploram, e amar-guram a vida dos pobres de todo o país.Ele vai até lá para denunciar a situação.O Templo tinha como objetivo servir deespaço para o encontro com Deus. Noentanto, na época de Jesus, o Templo nãoestava mais servindo para unir o povo.Servia só para ajudar o dominador estran-geiro, o Império Romano, a controlar me-lhor o povo.Os primeiros cristãos perceberam na falade Jesus um valor muito maior que umsimples comentário sobre aquele Templo.Perceberam que, precisava destruir muitomais que um Templo para alcançar a liber-tação definitiva! Ele não falava do "fim domundo", como muitos pensam desdeaquela época. Jesus está falando aquilopara que a gente alcance a libertaçãoftq/é,

e não só no "fim dos tempos"! Devemosficar atentos aos vários "Templos" de hoje

em dia que precisam ser derrubados.Jesusfaladeumagrandeexpectativa. "Le-vantem-se e ergam a cabeça, porque a

libertação de vocês está próxima!" (v.5A grande dica de Jesus é ficar atenaos sinais de libertação que acontednodia-a-dia:# as lutas do povo por justiça e paz;# os laços de fraternidade e solidaidade;# a promoção e a libertação da nIher, das crianças, dos empobrecidc# a reconquista da saúde pelos doentPara não nos distrairmos e pensarmos ca libertação ainda está longe, Jesus íverte: cuidado com "a gula, a embriagie as preocupações da vida". Jesus eproibindo seus discípulos de comer, lber e proteger a vida?! De jeito nenhuEle só quer advertir para que a gente ruse das coisas boas da vida para seconder das próprias responsabilidadeA libertação só chega quando é esfrada de forma ativa. Quem está inservel ao drama dos empobrecidos por asã das preocupações com o próprio ciforto, vai "desmaiar de medo e ansietde" (v.26) ao ver o povo se levantar!

€NDIfí€ITfífí OS Cn/VUNHOS

Texto: Lc 3,1-6.Logo no começo da história de João Ba-tista, Lucas faz questão de indicar clara-mente quem são os poderosos da épo-ca. Só para situar na história um aconte-

cimento muito mais importante: a açãoprofética de João, filho de Zacarias.O Tibério: imperador romano, tinha po-der de vida e morte sobre todos os habi-tantes dos domínios romanos.O HerodesAntipas: é filho de Herodes,o "Grande" (Lc 1,5), que matou JoãoBatista por causa de seu testemunhoprofético (3,19-20; 9,9).O Pondo PUatos: governou a Judéia,perseguiu seus opositores, deu ordempara a crucificação de Jesus.O Anãs e Caifás: chefes dos sacerdo-tes do Templo de Jerusalém.Ofereciam sacrifícios em honra do impe-rador romano e recolhiam no Templo osimpostos imperiais. Foram responsáveisdiretos pela execução de Jesus.O Zacarias: é um sacerdote pobre. Viveno meio do povo e realiza um serviçohumilde noTemplo (1,8-9). Sentia-se hu-milhado diante do povo, pois ele e suamulher Isabel não tinham filhos.O João Batista: homem de ação e ora-ção que, não tinha medo de denunciaras injustiças. Convidava todo o povo a

uma mudança radical, pois a épocalibertação estava chegando! Era precabrir caminhos por isso, pregava a etversão e o perdão dos pecados.João vinha do deserto, que, na histódo povo, lembrava os 40 anos em qas tribos tiveram que lutar pela pôsda Terra Prometida.Deserto significa tempo de espera atfde expectativa...Também lembrava os profetas EliaiEliseu, que deram suas vidas na defedos empobrecidos de sua época. Mtos até diziam que João Batista erspresença renovada de Elias no meiopovo (Mc 9,13).Para João, consertar o torto começapela renovação do ser humano, pidepois atingir todo país.O começo da libertação está em tdireitar os caminhos que nos levampróximo.Quando as pessoas ouviam falar de <serto, batismo e conversão, sabiam qse tratava de um projeto novo, difente do projeto dos poderosos.

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:>E EXPECTATIVA o §4 o 24KO s<n n

D€S€Jfífí fí CHGGfiDfi DO M€SSIfiSTexto: Lc 3,10-18.Ler com atenção e refletir a partir doseguinte roteiro:* Qual a pergunta que as pessoas fazi-am a João Batista? Qual era o objetivodessas pessoas?* O que João pensava a respeito doMessias? O que significa ser Messias?Comparar com Lc 7,18-23.

Para aprofundar:João Batista e todo o povo desejavama vinda do Messias. Quem seria o Liber-tador do povo que vinha sofrendo hátantos séculos, com dominadores estran-geiros (impérios) e dominadores inter-nos (elite económica e religiosa)?Por que o povo não se organizava e pro-videnciava logo a libertação? Na verda-de, o povo estava organizado de muitasformas. Havia os partidos político-religi-osos (saduceus, fariseus, zelotes,essênios...), a sinagoga (casade oração),os movimentos messiânicos (grupos che-fiados por "libertadores"), os guerrilhei-ros ou partidários da luta armada... Ha-via muitas alternativas de engajamento.As pessoas sabiam que o inimigo era

grande e forte e só seria derrotado poralguém maior e mais forte. Por isso, ima-ginavam que Deus enviaria um generalpoderoso, cheio de poderes e com gran-des exércitos celestiais, para arrasar comos dominadores.Messias é uma palavra que significa "un-gido" ou "escolhido" Q título Messias,indica alguém que assume um papelpolítico na vida do povo.Durante a dominação romana, o povo sevê sem liderança verdadeira. Os "líderes"que sobraram eram os sacerdotes quecolaboravam com os estrangeiros naopressão. Por isso, apareciam líderes, vin-dos do meio do povo, que se apresen-tavam como o Messias, O povo até des-confiava que João fosse o Messias.João esclareceu logo as dúvidas: não eraele. Era alguém mais forte que ele! A for-ça do verdadeiro Messias viria da vida dopróprio Deus: ele traria o Espírito Santo!Espírito de justiça e discernimento (v. 17).Não seria um Messias poderoso, não vi-ria como um general ou rei. Seu instru-mento não seria uma espada ou cetroreal, mas uma pá! Seria mais parecido

com o camponês, o homem da terra, quelimpa o terreiro, guarda o produto de seutrabalho e se desfaz do que já perdeu suautilidade. Assim aconteceria na socieda-

de e no coração humano: as estruturascaducas cairiam, só ficaria o que é bom eautêntico (v.17).A impaciência aumentava... e o povo seperguntava quando Deus enviariao seiUngido, para trazer justiça à terra?

0€M-flV€NTUfifil?fi

Texto: Lc 1,39-45.Ler com atenção e refletir a partir doseguinte roteiro:# Quem são as mulheres de que fala otexto?# Como essas mulheres interpretam onascimento de seus filhos? Compararcom Lc 1,46-55.# Como acolhemos as crianças que

chegam hoje? Que tipo de reações elasdespertam (esperança, alegria, acolhi-mento, rejeição...)?

Para aprofundar:Maria e Isabel, como tantas mulheresde seu tempo, acreditavam (v. 45) ecompartilhavam das esperanças dopovo de que a libertação estava próxi-ma.Maria e Isabel também queriam ver ainjustiça acabar, prestavam atenção aos"sinais dos tempos", estavam sintoniza-das com as lutas de seu povo, sensí-veis ao drama dos pequeninos.A expectativa das mulheres era muitoforte. Elas sentiam o entusiasmo daque-les que vêem a libertação chegando (v.41). Sentiam que seus filhos não eramposse delas, mas dons do Todo-Pode-roso em favor de todo o povo (v. 49).Isabel mora nas montanhas da Judéia,terra pobre e seca, ruim para cultivar.Seu marido é um simples sacerdote doTemplo de Jerusalém (v.9).Maria mora nas terras férteis da Galiléia,das quais o povo está sendo expulsopor causa dos latifúndios. Os romanostiravam a terra dos pequenos proprie-

tários, quando estes não conseguiarrpagar suas dívidas.Isabel espera um filho na velhice. Maria é uma adolescente esperando urrfilho pela primeira vez. Ambas passarrpor uma gravidez de alto risco! NaqueIa época, o risco de ter um filho er;sempre alto. Muitas mulheres morriansem a assistência adequada. As dua:sabiam que, ao gerar seus filhos, pódiam estar a caminho da morte. Ma:não tinham medo! Uma animava a outra (v. 39-42.56) na força do Espírito.Maria e Isabel tinham motivos para chorar de tristeza diante da situação em quivivia o povo. Mas o encontro das duaé só alegria! O Espírito Santo age naduas de diferentes formas. Em Maria, iEspírito gera o Filho de Deus, o Ungdo, aquele que está chegando para lbertar os presos e anunciar a Boa Notcia aos pobres (Lc 4,18). Em Isabel,Espírito desperta o entusiasmo e a adesão ao projeto trazido pelas criançaque vão nascer (1,43).É através da açâo entusiasmada de;sãs mulheres que vai chegar a nós a "lipara iluminar as nações" (Lc 2,32).

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PASTORAL PA EDUCAÇÃOO que é Pastoral da Educação?

# É o conjunto dos esforços orgânicos e sistemáticos quevisam pôr em prática a mensagem evangélica e suas exi-gências na Educação.

*- É a presença da ação da Igreja construindo o Reino deDeus na e através da Educação.

Distinção entre Evangelização e Pastoral

# A Evangelização é para os balizados que perderam osentido da fé.

# A Ação Pastoral é a que se destina as comunidadescristãs que já possuem sólidas estruturas eclesiais e por issosão fermento de fé e vida, dando à sociedade o testemunhodo Evangelho.A Pastoral da Educação visa a Evangelização na e atravésda educação.Por isso, a Pastoral da Educação situa-se _na Ação Evangelizadora da Igreja, nasociedade, como fermento e luz.

PISTAS PARA ORGANIZARA PASTORAL DA EDUCAÇÃO-> Organizar a Pastoral da Educaçãoem três níveis: diocesano, paroquial egrupos de base. Os grupos de basepodem ser colegiais ou intercolegiais.

-> Valorizar os educadores cristãosmilitantesSão professores que atuam como "vigasmestras" na Pastoral da Educação.Reúnem em si todas as potencial idades paraum ato educativo.

-> Promover uma ação orgânicaO fundamental da Pastoral da Educação é torná-la orgâni-ca, pela união dos educadores que procuram organizar-separa se animar, apoiar e fortalecer mutuamente, na dialéticada açáo-reflexão-oração-ação, para enfrentarem os desafi-os que o mundo da educação lhes apresenta. Com isto,surgem os Grupos da Pastoral da Educação colegiais eparoquiais. A união desses grupos formariam os núcleosdiocesanos.

-> A grande estratégia para organizar a Pastoral da Edu-cação Orgânica, como vimos, é formar Grupos de Pastoralda Educação e dar-lhes condições de se alimentarem pelaação-reflexão-oração-ação.

-> Cuidar da qualidade das relações humanasEste aspecto é fundamental. Tudo irá bem, se o coordena-dor e as pessoas dos diversos grupos se relacionam bem.

-» Cultivar a mística e espiritualidade do educador cristãoA mística é a força motriz, as convicções e os ideais mo-bilizadores exigidos para ser militante na pastoral da Educa-ção. Situa-se na perspectiva do ardor, do entusiasmo.

A espiritualidade vem a ser o modo como o militante vive seuardor e entusiasmo: nem espiritualistas nem "socialistas", maso equilíbrio dos dois, isto é, lutar contra a gritante situação dosistema educativo e dos educandos à luz do Reino de Deus.

Ações ConcretasOs grupos de pastoral da Educação devem ser missioníos: uma vez evangelizados devem evangelizar atravésações concretas.

Explicando:

1. Aprofundando "o ser cristão como educadores", atraxde jornadas de estudo, cursos, seminários, encontros, etgressos,

2. Formando e fortalecendo grupos de Pastoral da Edu<cão dentro das escolas para que sejam "grupos-fermíto", afim de que as escolas sejam uma instância de PÍtoral da Educação integrada na Pastoral da Educação (gânica da diocese.

3. Promovendo e participando de congressos diocesande Pastoral da Educação.

4. Promovendo a filiação de seu grupo à AEC estadual.

Condições para conseguiestas Ações Concretas

> Criar as condições mínimas etermos de recursos humanos, ma

í riaisefinaceiros.| Para que um tripé fique de pé, pré| sã de três pés. O mesmo acontei com a Pastoral da Educação. Présã de três coisas fundamentais:

* uma bandeira: metas claras,

* uma pessoa para coordenar,

* o mínimo de recursos materiaisfinanceiros.

Conseguir do bispo diocesanoindicação de um coordenador da Pastoral t

Educação.

Finalizando esta síntese do Caderno da AEC, n5 65, sobrePastoral da Educação, gostaríamos de colocar o mesrrDESAFIO lançado pelos senhores Bispos em seu Documeto de Estudo "Para uma Pastoral da Educação"

É o seguinte:

"Para que a ação educativa seja uma ação pastoral, n«condições da Igreja do Brasil, é indispensável que os agetes da Pastoral da Educação se empenhem no surgimentodinamização de organismos para a coordenação pastorem todos os níveis {paroquial, diocesano e regional).O fato de não existir coordenação regional e diocesana ceducação demonstra, em geral, a pouca abertura dos ed1

cadores e das escolas católicas para a dimensão pastorda educação e o pouco engajamento pastoral objetivo.Este é um grande desafio à Igreja, de modo especial à Igrjá atuando diretamente na educação (escolas e educadoncatólicos).

A resposta a esse desafio se dará na medida da fé, da coivicção e da coragem dos educadores católicos, animadcpor seus Pastores (Bispos e Sacerdotes)"

Estejamos conscientes da realidade:

EDUCAÇÃO: Urgência Nacional! Clamor do Povo Brasilein

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SÍNODO DAS AMERICASTeve início no dia 16 de novembro, com uma celebraçãoeucarística presidida pelo Papa João Paulo II e concelebradapor 41 Cardeais, 179 Arcebispos e Bispos e 76 Presbíteros.Durante a homilia, o Papa lembrou que o trabalho missionáriodesenvolvido desde o descobrimento do Novo Mundo "é aevangelização da América ou, de forma mais precisa das cha-madas 'três Américas' que hoje, em sua maioria, se conside-ram católicas. É oportuno não separar a história cristã da Amé-rica do Norte daquela da América Central e do Sul" É precisoconsiderá-las unidas, embora preservando a originalidade decada uma, porque a comunhão entre as comunidades locais éum sinal da unidade natural da única Igreja de Jesus Cristo, daqual são parte orgânica" Os 220 Padres Sinodais iniciaramseus trabalhos invocando o Espírito Santo. O Cardeal Sales,Arcebispo do Rio de Janeiro, abriu a sessão com uma sauda-ção em português. Essa primeira sessão foi encerrada com aoração do Angelus. Em entrevista coletiva à imprensa, o Car-deal Roger M. Mahony, Arcebispo de Los Angeles, salientouque "a dívida externa é uma das questões fundamentais quedebaterá o Sínodo. É uma grande injustiça que o dinheiro em-prestado nunca tenha chegado às pessoas; que o dinheirotenha alimentado a corrupção em lugar de ter favorecido a

construção de escolas, fábricas, hospitais. As populações nãoreceberam os benefícios destes empréstimos e, sem dúvida,viram-se obrigadas a pagar com sacrifício as dívidas" E acres-centou: "O nosso objetivo consiste em começar o terceiromilénio sem dívidas" Evangelização: resposta às injustiças so-ciais: A Igreja enfrenta os problemas sociais à luz do Evange-lho e trata de resolvê-los através da evangelização", disse oCardeal Juan Iniguez, indicando o rumo que o Sínodo dosBispos para a América seguirá para enfrentar o problema dadiferença Norte/Sul e dentro dos próprios países.

MANIFESTAÇÃO DOS BISPOS BRASILEIROS3 Cardeal Falcão: a urbanização traz grande desafio à

Nova Evangelização na América Latina. Exige catequese queajude a enfrentar a oposição aos valores cristãos vinda dosMCS e de fortes correntes de opinião pública.

O Dom Fernando Figueiredo: a evangelização dos jo-vens. Identificou 4 grupos de jovens: os que vivem em comu-nhão com a Igreja, os simpatizantes da Igreja, os que estãodistanciados da Igreja por condições de pobreza desumana eos filhos da modernidade, com problemática que vai além domundo dos jovens e interpela a todos.

O Cardeal Sales: a missão do Papa e dos Pastores naconstrução da unidade da Igreja. A Igreja Particular deve serexpressão da Igreja universal.

3 Dom Marcelo Carvalheira: leigos, novos missionários.Sem o protagonismo do leigo, o Evangelho não poderá pene-trar na cultura moderna e nos ambientes de nosso tempo.

O Dom Damasceno: solidariedade entre Norte e Sul.Propostas: formação cristã para a cidadania, estudo da dívi-da externa {pesadelo para os países pobres), projetos de eco-nomia popular doméstica.

O Dom Jayme Chemello: missão do leigo, agente daevangelização, com formação e espiritualidade adequadas.

3 Dom Vitorio Pavanello: migrações, um desafio à ca-ridade e à justiça. Necessidade de um plano de evangelizaçãopara os emigrantes, leis mais justas, políticas de desenvolvi-mento que contenplem as migrações.

O Cardeal Arm: meios de comunicação, parte essenci-al da evolução da humanidade. Obrigação de acompanharcom otimismo seu desenvolvimento. Não podemos chegaratrasados porque outros ocuparão os espaços vazios.

O Dom Demétrio: retomou tema da solidariedade (entreas Igrejas e os povos da América); levar o debate da dívidaexterna para o âmbito político e para a opinião pública; reviveras grandes intuições do Vaticano II, atualizadas pela TertioMillennio Adveniente e que se expressam de manei rã figurada

no nome do nosso Papa: João e Paulo.

3 Dom Cláudio Hummes: assistência à família e de-núncia das ingerências de setores públicos e privados no "san-tuário do amor e da vida"

O Dom Pedro Fedalto: criação de um organismo de co-munhão entre as três Américas e de um fundo económico co-mum. Em vista da unidade da Igreja; criação de uma pastoralfamiliar eficiente e eficaz em todas as Conferências Episcopais.

O Dom Geraldo Lyrio: desafio da inculturação na liturgia.Como proceder na perspectiva de uma liturgia inculturada nasvárias etnias queformam o panorama de nosso Continente?

O Cardeal Lorscheider: a partir da devoção popularao Senhor Bom Jesus, insistiu na grande força evangelizadorada religiosidade popular, na necessidade de insistir no misté-rio da Ressurreição.

O Dom Angélico Bernardino: ministérios - sobrecargados presbíteros, ainda reduzido número de diáconos, grande egenerosa participação dos leigos no apostolado, contribuiçácpastoral dos religiosos/as. Como o Sínodo poderia ajudar £resolver o problema dos ministérios ordenados e de seus colaboradores?

O Dom Vital Wilderink: a conversão leva a Igreja aosmais pobres. Tarefa do Sínodo: focalizar o tema da injustiça edas desigualdades entre Norte e Sul.

O Cardeal Moreira Neves: Sínodo, caminho de conversão, comunhão e solidariedade. É importante e urgente criauma solidariedade alicerçada sobre a integração (isto é, serrexclusões), sobre a interdependência e a interação entre todo:os países do Continente. Oxalá a Santa Sé possa estimular o;poderes públicos a criar e a aperfeiçoar válidos instrumento;de solidariedade concreta.

O Dom Luciano: a dimensão missionária, sinal de renovação eclesial. Recordou a presença de missionários ardorosós no Continente e o impulso missionário dos Congresso;Missionários Latino-americanos (COMLAs).

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FORMAÇÃO PERMANENTE o;[O,

Tema: "A figura de Cristo nas realidades atuais"Assessores: Prof. Francisco Catão e Prof. Margarida Oliva

Com a participação de 55, entre padres e religiosas, foirealizada a 4§ etapa da Formação Permanente, nos dias 18e 19 de novembro com a assessoria de Prof. FranciscoCatão e Prof. Margarida Oliva, sobre o tema "A figura deCristo nas realidades atuais". No primeiro dia o Prof. Fran-cisco Catão ajudou a refletir sobre o "Fenómeno religio-so". Foi uma oportunidade para enfrentar a problemáticada universalidade da salvação e da pluralidade das religi-ões. Foi aprofundado assim, o sentido da substância da fée da pluralidade das expressões da mesma fé. A indicaçãode "fazer a nossa fé tornar-se experiência de Deus e entrarem diálogo ecuménico e inter-religioso", foi o desafio queo Prof. Catão deixou aos participantes.A Prof. Margarida Oliva no segundo dia apresentou o tema:"Jesus Cristo na religiosidade popular" e deu um enfoquesobre a "Igreja Universal do Reino" de Edir Macedo e osatanismo. Este último assunto deu espaço para um ani-mado debate sobre a existência do demónio.

No final do dia foram apresentadasalgumas comunicações pastorais sobre:

O Semana Social (Pé. Daniel): Encontro sobre Direitos Hu-manos, dia 10 de dezembro na Catedral.

O Ecumenismo (Pé. Paulo): Culto Ecuménico na Paróquiada Imaculada Conceição- Km 18.

3 CRP (Pé. Paulinho) No Regional foi feita uma reflexãosobre a Pastoral Presbiteral. O Pé. Paulinho vai enviar umacarta aos padres da diocese para convidá-los a participarde um encontro para ajudar a fraternidade sacerdotal.

C Pastoral da Saúde (Pé. Bruno) Depois de apresentar otrabalho realizado durante o ano com a equipe diocesana,anunciou que vai formar uma nova Equipe diocesana comrepresentantes das regiões pastorais. Convidou os Coor-denadores a indicar, até fevereiro, 02 pessoas de cadaregião para esta finalidade. Os membros da equipe terãouma carteirinha de identificação da Pastoral da Saúde.

O Pastoral da Comunicação (Pé. Atílio) Como decorrên-

cia dos encontros estaduais realizados no Centro Pásral Santa Fé e em Atibaia, a Equipe desejaformar comoutros padres e religiosas:

1.0 Secretariado de Comunicação.

2. Uma Assessoria de Comunicação à Diocese.

3. Uma rede de informática com as paróquias atravéscomputadores.

O Campanha da Fraternidade (Pé. André) Foi apreserdo brevemente o tema da próxima Campanha sobre E<cação.

O Formação Permanente 1998 (Pé. Salvatore) Apresenluma proposta de Tema: "O Espírito Santo" com asguintes Etapas:

1. Os fundamentos bíblicos

2. A pneumatologia na reflexão da igreja

3. Os dons e os carismas na vida da Igreja (retiro)

4. As manifestações do Espírito e o charlatanismo.(Paranormalidade, manifestações do Espírito na realkde milenar).

CONFRATERNIZAÇÃODE NATAL

Os Sacerdotes e religiosas da Diocese estão convida-dos para a Confraternização de fim de ano.

* Data: 15 de dezembro de 1997

* Horário: 10:00 Celebração Eucarística

* Local: Clube dos Oficiais, estrada de Vargem Gran-de para Ibiuna.

A presença de todos será motivo de alegriae de maior união entre todos.

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02 - T- Coordenadores Diocesanos de Pastoral - CEO - 9h03 -Q- Voluntariado- Conselho -14h06 -S- Coordenação Diocesana de Catequese - 9:30h

- Pastoral Fé e Política - Centro de Pastoral07 - D- 2^ DOMINGO DO ADVENTO

- Festa Imaculada Conceição - Caucaia- Coordenação Geral - RCC

08 -S- Pastoral Carcerária -Piratininga- 14:30h- Festa da Imaculada Conceição - Km 1 8 - 1 9h

09 -T- Conselho de Presbíteros - Sem. São José - 9h10 -Q- PR Região Pastoral São Roque - Araçariguama -

10h12 -S- Voluntariado- Missa de Encerramento- 15h

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13 -S- Assembleia Geral - Caritas Diocesana - 9h- Equipe Vocacional Reg. Pastoral Cotia - Paróqu

Nossa Senhora Monte Serrat - 1 5h- Encontro de Formação Legionários Juvenis - Ce

tro Pastoral - Catedral - 8 às 1 6h14 -D- 39 DOMINGO DO ADVENTO

- Apostolado da Oração - 9 às 1 6h15 -S- Confraternização da Diocese19 -S- Comissão Diocesana de Administração- CEO -8:3C20 -S- Pastoral da Saúde - Centro de Formação21 -D- 49 DOMINGO DO ADVENTO

- Legião de Maria - Catedral - 1 5h25 -Q- FESTA DO NASCIMENTO DE JESUS CRISTO

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