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Ilfcp ã f&>\ Pti*sÇ .-g**^*.-' FIDEL PROCLIMI SOB DELÍRIO DIS MULTIDÕES: CUBR I PRIMEIRI REPODLICI SOCMLISTB Dl BMERICfl Tuti M 7' página fc!OVOS nUHOS •vfl^ •n «-... -,-»> Diretor Executivo Orlando Bomfim Jr. Diretor Mário Alves tedotor-Chefe Fragmon Borges Trabalhadores Comemoram Nas Ruas o Primeiro de Maio: Solidariedade a Cuba e Luta Por Aumento de Salários Textos na ? e 7 oaqinas O operário cm construção Poema de VINÍCIUS OE MORAES na 8a página Um Pecado da Revolução Art. de "CHE" GUEVARA na 4* página Os trabalhadores da Guanabara e o f* V dc Maio Art. de LOURIVAL GOSTA na 6" página Mana i e o Prof. Jaguaribe Revolução Art. de ALMIR MATOS na 3a página ^^L-^H\m\\Ém^mm\\\ \\\W' <A 'i»2 ,II KsH WXmÊ B II I í^IU ^^rwwwIHíx HkS^eaoali^B.' •-' ^ »-mM;•*l"s.^'i'*<^'kWsw I^SJBWB mDÍK H ¦f**e3a M »J*1 mmIm BMIíiMi ****%* %*%*%% ¦aT». -m^a* 'íj±•'•E -•. 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A última hora, deu marcha-à-ré, negou tudo, retirou o palanque que estava instalado. Tentando desviar a atenção dos trabalhadores, recorreu até à popularidade do Flamengo, organizando um jogo com o rubro-negro, no-Maracanã, portões abertos. . . IUI AS, MESMO sem as gambiarras e a música do sr. Lacerda, milhares de trabalhadores reuniram-se na Praça da Bandeira. E, exatamente por ter sido planifi- cado e realizado pelos operários, por suas entidades de classe, tendo à frente a Comissão Permanente das Organizações Sindicais, o 1? de Maio da Guanabara apresentou este ano, em relação a outros anteriores, uma mudança na sua própria qualidade. Não se desfi- gurou por nenhuma das influências que, todos os anos, procuram esvaziá-lo do seu verdadeiro conteúdo. Foi autêntico. ISSO DE MODO nenhum significa que a comemoração da grande data internacional tivesse tido um caráter limitado e estreito. Ao contrário. Foi, antes de tudo, a manifestação do sentimento de unidade entre os próprios trabalhadores. Sabem eles que seus interesses são comuns e, 'em conseqüência, comum deve ser sua luta. Por isso mesmo, diante da situação que o pais atravessa, agravadas as privações das grandes massas, dos assa- lariados em particular, pelos resultados .nefastos da política econômico-financeira do governo Jânio Quadros, no comício foi acentuada a necessidade de se intensi- ficar a ofensiva pela revisão imediata do salário mínimo e pelo reajustamento geral dos salários. Os trabalha- dores defendem, assim, seu nível de vida. Cuidam, concretamente, dos interesses de sua família, que não desejam ver minada pela fome. KSÃO SE limitaram, entretanto, aos seus problemas imediatos e prementes. A manifestação adquiriu também, sob diversas formas, sentido mais profundo e amplo. Revelou que a classe operária não pretende ficar, como um peru, imobilizada diante do circulo vermelho de suas reivindicações econômicas. Quer romper essas limitações. E ir mais longe. Os trabalha- dores cariocas proclamaram, pela palavra dos dirigen- tes sindicais, sua decisão de participar da luta que é de todo nosso povo para livrar o Brasil do atraso e da humilhação impostos pelo domínio que desgraça- damente os imperialistas norte-americanos ainda exer- cem sabre o país. MAIS AINDA. As comemorações do 1* de Maio tam- bém tiveram, na Guanabara, o sentido de vigorosa definição de apoio à Revolução Cubana e de protesto contra as novas ameaças de agressão feitas pelo go- vêrno dos Estados Unidos. E isso porque os trabalha- dores compreendem que não está em perigo apenas o destino da heróica ilha. Se, por um lado, o inimigo que tenta reapoderar-se de Cuba é o mesmo inimigo que procuramos e havemos de consegui-lo expul- sar de nossa terra, por outro lado, esse inimigo comum, enveredando pelo caminho dos preparativos de um ataque militar com suas próprias forças, põe em risco a paz no mundo todo. AO LADO dos líderes sindicais, no comício da Praça da Bandeira falaram Prestes e os deputados Sérgio Magalhães e Tenório Cavalcanti. Eram as correntes populares que se faziam representar. As forças políticas o,ue, nas últimas eleições, reuniram dois terços do elei- lorado carioca. não apareceu, naturalmente, o sr. Carlos Lacerda. Depois de sabotar a realização, escafe- deu-se, preferindo a tranqüilidade do programa diver- sionista organizado pelos patrões da Fábrica Bangu. Mas nem por isso foi esquecido. Mereceu a mais estre- pitosa vaia no comício dos trabalhadores, que também se caracterizou como violenta repulsa ao lacerdismo. Q 1" DE MAIO da Guanabara foi, sem dúvida, dife- rente. E essa mudança para melhor indica o rumo seguido pelos acontecimentos. Deve servir de estímulo, pois, à ação de todos os patriotas e democratas. E não se pode esquecer que tudo isso aconteceu no mesmo dia em que se proclamava a existência da primeiro república socialista da América Latina. Kennedy no Caminho de Hitler Fascismo e Guerra Para «Salvar» o Imperialismo Texto na 7* página C"*»r TODAS (ts capitais e principais ^cidades do pais os trabulhudores brasileiros realizaram salcnídades co- memor ativas do dc Maio. Os trabalhadores reafirmaram sua solidariedade à revolução cubana, sua condenação à política financeira do çiovèrno. expressa na Instrução 204. c sua disposição dc lulu pela revisão do salário-minimo. por aumento yc- ral de salários c contra a carestia da vida. Na foto superior, aspecto do Comício realizado na Praça da Ban- (leira, no Rio; na inferior, vista pai- ciai do grande comido realizado na capital paulista. \\m\ Xsp0*PfiAi^^^Ntt&\jM'jk&Mfll 4ammWmmmm%Sl W\v^^^^^Sffl&flBttÍÉ Mil *n t  ' flpU^^y^^ -í.') it« *¦* y**! 1^—m—K ''^^^^^afl ^PflE ¦¦ujjj^H mmWí^m H^flfl ^P*^P ^H m\m\lw^m\\\^^mmTm\m\mmW mmmmf' ' * m\\tí ^^^^*^H ^U|Ék4l^lkWSfll* j^^^^bÉI JP^* ^^*Pjí ""T* f^ 'y|Bf^B ^W^^S^J^miÀ^r^mmmmWi * \m 1 * ^HQ^^fl^Hj , ^^^^^^SS^e^lH | *a»*-Xatt m^mymmmmW^mmW^bmmm*I Jmrm\*r9n 'fiL ' ' T*"**?^^^^^ ¦'*K ffür' '****í ' <W ff^^^V^mmm.' ¦ A { -â"1 ' *^m\'i^m\\mW- , ^*lSmmmmm\ ¦'!!mmmmZ^'''^mmmm\\\W :^^L^^^Bt'\\W 4*NH^**7vt <¦>V*^*J**>JPBi^flÍPPH mWm^^^^E*'' d«ftjt> (3*flBfci'íÍítíB Ib^lBkW. (*í ''£,'1mmmmmX ' ¦mmmmWB&V V&- ¦&mW*^ttmmmmmmmml . ,' "•'-^^^^1 ¦'¦'. 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FIDEL PROCLIMI SOB DELÍRIO DISMULTIDÕES: CUBR I PRIMEIRIREPODLICI SOCMLISTB Dl BMERICfl

Tuti M 7' página

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Diretor Executivo — Orlando Bomfim Jr. Diretor — Mário Alves tedotor-Chefe — Fragmon Borges

Trabalhadores Comemoram Nas Ruaso Primeiro de Maio: Solidariedade a Cubae Luta Por Aumento de Salários

Textos na ? e 7 oaqinas

O operáriocm construção

Poema deVINÍCIUS OE MORAESna 8a página

Um Pecadoda Revolução

Art. de "CHE" GUEVARAna 4* página

Os trabalhadoresda Guanabara e o f*V dc Maio

Art. de LOURIVAL GOSTAna 6" página

Manaie o Prof. Jaguaribe

RevoluçãoArt. de ALMIR MATOSna 3a página

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1* DE MAIO dos trabalhadores cariocas foi, esteano, diferente. Realizou-se sem a tutela do Mi-

nistério do Trabalho. Não se enquadrou nos programasde íestinhas do SESI e de outras organizações patronaisidênticas. Ao invés do conhecido apoio oficial, recebeuhostilidade franca. O governo da Guanabara chegoumesmo a requintes. Havia assumido o compromisso deiluminar o local, armar o palanque, mandar banda demúsica. A última hora, deu marcha-à-ré, negou tudo,retirou o palanque que já estava instalado. Tentandodesviar a atenção dos trabalhadores, recorreu até àpopularidade do Flamengo, organizando um jogo como rubro-negro, no-Maracanã, portões abertos. . .

IUI AS, MESMO sem as gambiarras e a música do sr.Lacerda, milhares de trabalhadores reuniram-se na

Praça da Bandeira. E, exatamente por ter sido planifi-cado e realizado pelos operários, por suas entidadesde classe, tendo à frente a Comissão Permanente dasOrganizações Sindicais, o 1? de Maio da Guanabaraapresentou este ano, em relação a outros anteriores,uma mudança na sua própria qualidade. Não se desfi-gurou por nenhuma das influências que, todos os anos,procuram esvaziá-lo do seu verdadeiro conteúdo. Foiautêntico.

ISSO DE MODO nenhum significa que a comemoraçãoda grande data internacional tivesse tido um caráter

limitado e estreito. Ao contrário. Foi, antes de tudo, amanifestação do sentimento de unidade entre os própriostrabalhadores. Sabem eles que seus interesses sãocomuns e, 'em conseqüência, comum deve ser sua luta.Por isso mesmo, diante da situação que o pais atravessa,agravadas as privações das grandes massas, dos assa-lariados em particular, pelos resultados .nefastos da

política econômico-financeira do governo Jânio Quadros,no comício foi acentuada a necessidade de se intensi-ficar a ofensiva pela revisão imediata do salário mínimoe pelo reajustamento geral dos salários. Os trabalha-dores defendem, assim, seu nível de vida. Cuidam,concretamente, dos interesses de sua família, que nãodesejam ver minada pela fome.

KSÃO SE limitaram, entretanto, aos seus problemasimediatos e prementes. A manifestação adquiriu

também, sob diversas formas, sentido mais profundo e

amplo. Revelou que a classe operária não pretendeficar, como um peru, imobilizada diante do circulovermelho de suas reivindicações econômicas. Querromper essas limitações. E ir mais longe. Os trabalha-dores cariocas proclamaram, pela palavra dos dirigen-tes sindicais, sua decisão de participar da luta — queé de todo nosso povo — para livrar o Brasil do atrasoe da humilhação impostos pelo domínio que desgraça-damente os imperialistas norte-americanos ainda exer-cem sabre o país.

MAIS AINDA. As comemorações do 1* de Maio tam-bém tiveram, na Guanabara, o sentido de vigorosa

definição de apoio à Revolução Cubana e de protestocontra as novas ameaças de agressão feitas pelo go-vêrno dos Estados Unidos. E isso porque os trabalha-dores compreendem que não está em perigo apenas odestino da heróica ilha. Se, por um lado, o inimigoque tenta reapoderar-se de Cuba é o mesmo inimigoque procuramos — e havemos de consegui-lo — expul-sar de nossa terra, por outro lado, esse inimigo comum,enveredando pelo caminho dos preparativos de umataque militar com suas próprias forças, põe em riscoa paz no mundo todo.

AO LADO dos líderes sindicais, no comício da Praçada Bandeira falaram Prestes e os deputados Sérgio

Magalhães e Tenório Cavalcanti. Eram as correntespopulares que se faziam representar. As forças políticaso,ue, nas últimas eleições, reuniram dois terços do elei-lorado carioca. Lá não apareceu, naturalmente, o sr.Carlos Lacerda. Depois de sabotar a realização, escafe-deu-se, preferindo a tranqüilidade do programa diver-sionista organizado pelos patrões da Fábrica Bangu.Mas nem por isso foi esquecido. Mereceu a mais estre-pitosa vaia no comício dos trabalhadores, que tambémse caracterizou como violenta repulsa ao lacerdismo.

Q 1" DE MAIO da Guanabara foi, sem dúvida, dife-

rente. E essa mudança para melhor indica o rumoseguido pelos acontecimentos. Deve servir de estímulo,pois, à ação de todos os patriotas e democratas. E nãose pode esquecer que tudo isso aconteceu no mesmodia em que se proclamava a existência da primeirorepública socialista da América Latina.

Kennedy no Caminho de HitlerFascismo e GuerraPara «Salvar» o Imperialismo

Texto na 7* página

C"*»r TODAS (ts capitais e principais^cidades do pais os trabulhudoresbrasileiros realizaram salcnídades co-memor ativas do 1° dc Maio.Os trabalhadores reafirmaram suasolidariedade à revolução cubana, suacondenação à política financeira doçiovèrno. expressa na Instrução 204.c sua disposição dc lulu pela revisãodo salário-minimo. por aumento yc-ral de salários c contra a carestia davida. Na foto superior, aspecto doComício realizado na Praça da Ban-(leira, no Rio; na inferior, vista pai-ciai do grande comido realizado nacapital paulista.

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*-l NOVOS RUMOS Rio ds Joncho, wmooo d» i o II dc meio de 1961 —

Primeiro de Maio de Apoio a CubaMobilizou o Proletariado no Brasil

Mtnièi ic grandes manifettaçtoscwbiu-u. »* niutjoitrj sJMdieaW pro*noverent a» comemorações du Primei*to de Maio em todo o pau. RealuandoHHMCI'*- S (-ft-.-et.la» dm principal»«dada» t centro* induítriai*. oa Ira*Clhaíortri minm tu ruai para au*d*t s refolueao Melaluta de Cuba.H»iMi-r eooira a 'wliltca de caronaIo lOverM -Janto Quadros, e rtcle*•ru- o sUndimenio d»» sua* prinet*p* . retvlndlrav^», entre a* qual» no*vo Aumento salarial e de venrimen*ii¦- re»i*4o do salário mínimo, pror*t. .. a., da Ui do liiouilInMo. Ilml*laçfto da remeisa de .urro» para oexterior, reforma a«rana e direito de«revê.

Çqmíçj»cm praaílii

O Sindicato doa trabalhtdore* naJmJU-ttla da Canti-uçAo Civil de Bra-lili* promoveu um grande comielo na

Cidade Uvre. que contou com a par*u«-!¦>(¦-••¦•« eiituttialica de mata de cin*eo mil trabalhado»!. Ao ato estive*ram jir**ei)ie* lidere» -.indlral» <le SáoPaulo e da Guanabara, c inunirra*autoridade», entre a* quala o *r. LulaTorre», orcrelarto de Segurança e In*terior.

No Eatado do RioNo Estado do Rio, «ob a liderança

do Concelho Sindical Ettadual, e do*Conselho» Municipati. os trabalhado-re* comemorarem o Primeiro ele Maioreali-amio grandes comício* em Nlte-rui. Campo*, PetropoIU. Barre Man*-.1 e outra* cidades. O governador doKtiado, *r. Celso Peçanha. estive pre-,•.«-'!'.«• a vario* atos, e olereceu, no dia90. um almoço aos dirigentes Mndl-cais no Catado Calo Martins, em Nlte-

«rói. quando lhe foi -ntrefue um me*mortal contendo a* reivindicações dostrabalhadores ílummcnaea.

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ImíMifvf %>H-^ii--^?n-4f i ul.ni Uu* 11«f

-^Êmmlmm W Ipid Iat* ^arflsVlí^B V aV -l^S tw^sw yswwswssipW- 'JmMt.ittjB ¦ ¦ ,_ifl K^*I^mr^Wtm j£>*Mf:^ r.^af ^1 PU 1 ? 'SMSsHSsHMV^T^aVssHrlvK^^SsV - ^^ST ¦ ^^B smsW-^^-^^^^TBs^^B Bs»

i a aaa MaU de d» mil pessoas, presentes aoIIIINNI fePÇSiiaÇ grande comido da Praça da Bandeira.a.ii ww pvivrua-** aplaudirem delirantemente o discurso

pronunciado pelo camarada Luiz Car-

aplaudem Prestes SüBSem nome dos comuDlitas

FERROVIÁRIOS DA LEOPOLDINAREELEGEM OS SEUS LÍDERESI COMEÇAM NOVAS LUTAS.

Durante o biênio 1950-1961, os fer-rovlárioa da Leopoldina participaramat grandes lutas e conquistaram signi-Seativa* vitórias. A frente dessas lutaslawnpre esteve a Diretoria do Sindicato,composta de homens honestos, combati-i*oa • Inteiramente dedicados aos Inte-¦•J-Mea da classe. Por isso é que os íer-itoviirioa da Leopoldina resolveramapresentar uma única chapa para asnovaa eleições, encabeçada por aquè-ha que já se revelaram autênticos H-dera-- da classe, e que são: Demistocii-dM Btista, Herval Arueira, WanderHaquerdo, Ignácio José da Gama Me-dãtm, Manoel do Couto, Milso Ferrei-ra d» Silva, Alcebiades Barbosa, Her-ma** ítamandes Pacheco, Délle, Vascon-ortos, Antônio Maria Porto, Walter Por-dÜo, João de Souza, Geraldo da Costa

Sttos, Antenor Aguiar Filho, Satur-

o da Silva, Nemo Ribeiro de Miran-da • Antônio Alpheu da Matta.

Oi componentes «ia nova Diretoriaaonelamam todos os íerrovlários daLeopoldina a lutarem pela conquistadas seguintes reivindicações;

1) Aplicação do Plano de Classifica-çio de Cargos e Funções com a orga-nizaçao do novo quadro do pessoal, ga*mntidos os direitos e vantagens adqui-ridos; 2) Aplicação efetiva da nova leiorgânica da Previdência Social; 3) Aqui-slção de nova sede central e dc Delega-cias Sindicais no interior; 4) Obrigato-rledade do respeito à duração do traba-lho para a pessoal do tráfego e da viapermanente; 5) Reaparelhamento e mo-demlzaçáo do parque ferroviário da

E. F. Leopoldina; 6) Aquisição de umdormitório em Barão de Mauâ para oscompanheiros do interior em trftnsito;7) Extensão de todos os direitos aoscompanheiros admitidos posteriormen-te ao advento da Rede Ferroviária Fe-deral S. A.; 8) Preferência aos filhos edependentes de ferroviários para efeitode admissfio nos serviços da Estrada;9) Efetiva assistência do Departamen-to de Assistência ao Ferroviário — DAF— bem como do Fundo de AssistênciaSocial; 10) Respeito ao dispositivo re-gulamentar — art- Ui do Regulamen-to do Pessoal — que dispõe da obriga-toriedade da Estrada fornecer gênerosde primeira necessidade a preços espe-ciais; 11) Efetiva assistência aos pro-blemas dos companheiros aposentadose pensionistas; 12) Estímulo ao inter-câmbio cultural-esportivo entre os fer-rovíários; 13) Construção pela emprè-sa de uma creche em Barão de Mauánara os filhos das companheiras ferro-viárias; 14) Realização no ano em cur-so da TI «Conferência Sindical em PortoNovo; 15) Cumprimento pela empresaem toda a sua extensão do preceitoconstitucional de instrução obrigatóriae gratuita aos ferroviários e seus de-pendentes; 16) Por melhores condiçõeshigiênicas nos locais de trabalho.

Na GuanabaraComo noa oeinal* Catados, aa ce*

memoraçòe* do Primeiro de Maio nntiuanaoara foram promovida* ptlo»próprio» trabalhador?», atreve* das-uai entidade* representa Uvas, aob ocontando da comUi&o Permanentedas Ontsnliaçóe* Sindical*, oa eario-ra* realliaram um grande comido naPraça da Bandeira, eom a pretençjde mai* de 10 mil trabalhadores uato Ioi precedido de Inúmera* pa**e»vtas pela* principais ruas e bairro* a 4cidade,

O governador Carlos Lacerda tudofèc pare impedir o êxito da* comemraçòe* do Primeiro de Maio no mat*novo Estado da Unt&o. Além de ne-

Sar-*e a promover a ornamenta;. •>

o local e a Instalação do palanqueque antes havia prometido, o gover*nador da Ouanubare promoveu' umJogo de futebol no Maracanã, comentrada franca, na mesma hora emque se reallxava o comielo. i)»: tri«^atos fona promovidos petas sutorf-dades estaduais, em vários bairro* dacidade, na mesma bora do arando atoprogramado pelos" sindicam.' O Re-porter Bsao, em sua edição daa U.v.horas, chegou a noticiar aue •pene-dois ou três sindicatos haviam aderi-do ao comielo da Praça da Bandeira.O fato é que a maioria 'esmafeadorr.das entidades sindicais comparrr • nao comício, conduzindo as suas ban-delra». e oferecendo um belo èspeU-culo de unidade.Prestoça de Prtatta

Como no ano anterior, os traba-lhadores aplaudirem a presente, do 11-der comunista Luiz Carloa Prestes emseus atos de comemoração do Primei-ro de Maio. Prestes percorreu vário,sindicatos durante o dia, e à urdecompareceu ao comido da Praça daBandeira, onde dirigiu, em nome doscomunistas brasileiros, uma saúda-çio ao proletariado carioca. Ao ro-mlclo da Praça da Bandeira estiverampresentes ainda os deputados federal»Sérgio Magalhães e Tenórlo Cavai-cantl. o representante 4o ministro dnTrabalho, os deputados estadual*Paulo Alberto, Bolsnd CorbUler eHércules Corrêa dos Reis. O sr. -Toa..Ooulart, nao tendo comparecido aoato, enviou uma mensagem aos tra-balhadores.Proclasuçio

Depois de haverem falado vário*oradores, entre os quais os lideresOswaldo Pacheco, presidente da Fe-deração Nacional dos Estivadores;Argemiro Rocha Júnior, em nome dos Isindicatos cariocas; Benedito Cer-

ãuelra, em nome da CP06; Oliveiras

nanais, presidente da UNE. JoséPaulo da Bllva, da Unlio doa Portuá-rios. .O dirigente sindical Roberto Mo-ren« leu a seguinte proclamaçio, oue!.-. avia sido aprovada e aplaudidape ... trabalhadores cariocas em dese*nas de atos realizados anteriormenteem sua* entidades sindicais:"Aoa trabalhadora*,ao povoe âa organiiaçõti sindicaisdo Eatado da Guanabara"

Em 1.° de Maio, sob as bandeirasgloriosas ds nossas organisaçôes sin-dlcals, com o pensamento voltado pa-ra a luta que toda a nação e o povobrasileiro travam para conquistar asua independência econômica e poli-tica os trabalhadores, militantes e dl-rigentes sindicais, reafirmaremos nos-sa lnquebrentevel decisão de mantere ampliar nossa unidade e nossa or-ganlzação pare obtermos a* nossa»reivindicações e direitos.

Nós, os trabalhadores, estamos ea-da vez mais Integrados nos grandescombates para a emancipação de to-do o povo. Neste momento histórico,dentro dos movimentos popularescqntra a opressão e a exploração im-piedosa do colonialismo e o Imperia-lismo contra as nações subdesenvol-vidas, nos dirigimos a todos os pátrio-tas, democratas e nacionalistas, para.que ampliemos e reforcemos a grandefrente de luta emanclpadora c llper-tadora de nossa Pátria.

Unidos, nfto contJuumo* que oIruto «io trabalho do povo i.k¦ • •¦ -- ••¦-¦» levado, ano após ano, para o cx«terior. Nao nermltamo* que as mver*soe* de capitai* estrangeiro-, liquidema industria nacional e retardem •¦ - •»progre«40. Que o deieiivolviintriit-i danaç&a nio *c)a feita em beneficia d»!grande* cspitaliita* c*trengelr«J*. enacionais, ma* de íonna Iqdãpendan*te e em favor do p jvo laboram 8o*ni"» pela condenaçtco do* que rou*ro lugar, a punição «i* que .¦¦..¦>ham « povo. ma* exlgimo». em primei-o paia a levam o produto de uüs»o•ih«r psra o exterior.

Estreitaremos iiowas força* como*' parlamentares, numa ação comum,para a rápida tramitação e aprova-ção de Icú que colhem a exploraçãoe a «angrta na economia nacional, pe*I» ilcrrognçAo de acordo*, letivos a «>•beranla da nação e de leis medidasque restringem a livre manircitacãopopular.

TRAUALHADORE8:Unamo-noa nos locais dc trabalho

e em nossos organizações sindical*para lutar vantajosamente pelo au*mento do» salários e vencimentos, re*vlaao do salário mínimo, para fazerface ao crescimento do custo de vldn

a gravado agora pelas conscqUrnclasda Instrução 204 da SUMOC.

Unamo-nos, lutemos para que se>i.nn aprovadas a* l-'i- nnllirustcs. II»mltaçao da remessa dc lucros para oestrangeiro, prorrogação da lei do In-qulllnato e outras de defesa dos sala-rios. Isenção de Imposto de renda pa-ra salários até t vezes o maior saia-rio-minlmo, salário móvel e proflsslo-nal e pela reforma agrária que dòterrr aos que nela queiram trabalhar.

Unamo-nos, para defender nossosdireitos: direito de greve, livre orga-nlzaçáo sindical e oopular e do cum-prlmento da Lei Orgânica da Prcvl-dência Social e sua extensão aos tra-balhadores domésticos e rurais, c es-colas públicas pare o povo.

Lançamos um ' veemente apelo atodo» pare que Ingressem c reforcemnossas organizações sindicais e p&raunificar nossas forças nos locais detrabalho, pare que possamos vigiar ofiel cumprimento das leis sociais.

Bolidarisemo-nos com os povos co-lonlels que lutam heroicamente porsua emanclpaçio, apoiemos os quedefendem a liberdade de todas as na-«•Srs e concltemos so presidente daRepública a manter com firmeza suapolítica de respeito a autodetormlna-çio de todos os povos.

Reforcemos e ampliemos a lutapela vitória completa de RevoluçãoCubana, organizando a solidariedade

Nilópolis:Comício de To de Maio

NOVOS RUMOS

DiretorMário Alves

Diretor ExecutivoOrlando Bomílm Júnior

Redator ChefeFragmon Borges

SecretárioLuiz Fernando Cardoso

GerenteGuttemberg Cavalcanti

RedatoresRenato Arena, Paulo Motta Lima,Nilson Azevedo, Fausto Cupertino,

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Redaçáo; Av. Rio Branco, 257. 17*andar. S/1712 — Tel: 427844Gerência: Av. Rio Branco, 267,

9' andar S/905SUCURSAL DE S. PAULORua 15 de Novembro, 228

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Éiidéi.e.có teioírráíioo —"NOVOS RUMOS"

ASSINATURASAnual CrS 5». jSemestral " 250,00Trimestral " .130.00Aérea anual, mais ... " 2pp,0QAérea semestral, mais. " lQÚ.pOAérea trimestral, mala " 50.00Número avulso " 10,00Número atrasado — " 16,00

NILÓPOLIS (Do correspondenteDiogo Soares Cardoso) — Jíilóppllscomemorou o 1.° de Maio com um co-míclo no dia 30, organizado pelos tra-balhadores e uma festa no ColégioFUgueiras, em homenagem aos traba-lhadores e por mptivo do aniversáriodo Colégio.

As organizações sindicais dos tra-balhadores em Carnes e Derivados,Metalúrgicos, Sapateiros e União Na-cional dos Servidores Públicos, orga-nlzaram um ato público, na PraçaPaulo de Frontin, às 18,30 horas. Ocomielo foi bastante animado, cente-nas de pessoas acorreram à Praça pa-ra ouvir os debates, em que se protes-tou contra a fracassada invasãode Cuba e a Instrução 204 da SUMOC,reaflrmando-se a decisão do povo delutar por melhores dias para o povo,pela reforma agrária, pelo direito degreve e pela aplicação da Lei Orgâni-ca da Previdência Social e outras rei-vlndlcações dos trabalhadores. Essasafirmações foram feitas por todos oslíderes operários presentes ao ato pú-blico, que decidiram enviar uma men-sagem ao presidente da República so-licitando a revogação da Portaria 204,causadora da nova onda de aumentode gêneros alimentícios indispensá-veis ao povo.

Falaram no ato os srs. Paulo Cou-Unho, pela UNSE de Nova Iguaçu;José Pereira do Nascimento, pelo Sin-dicato dos Metalúrgicos; Euclldes Ba-tlsta, pelo Sindicato dos Hoteleiros daGuanabara; Antônio Lopes Gonçal-veí,''-pela Comissão Organizadora çioa|a| Francisco Dias Lacerda, campo-ivr>s, em nomo da Assooinçfm dos Çani-popeses de Japery; Ulispps Joaquimti.i Silva, falou pelo Sind. da IndústriaQuímica de Nova Iguaçu; o dmuundoJorge Bedrán, secretário do Traba-lho do Esl-t^o do Rio, representandoo governo do Estado e prometendo*

distribuir terras aos camponeses doEstado do Rio; o sr. Radger Silveira,que em visita ao muntclpto, comp-receu- ao comício e saudou os trapa-lhadores; Fraticlsco Gonçalves Palma-res, pelo Sindicato de Cernes e De-rlvadds de Nilópolis; Amaro Llnge,camponês, em nome da Associaçãodos Lavradores de Pedra Lisa e daFederação dos Lavradores do E&tadodo Rio. Por fim, encerrando n atopúblico, falou o sr. Severiano FerreiraSoares, em nome do Conselho Inter-municipal de Nilópolis e Nova Iguaçu.' Estiveram presentes os srs.'QlériloPeçanha, representando o deputadeíAario Stelnbruck; Mário Home, re-presentando o deputado BocaiúvaCunha; o deputado Raul Silva -Tú-nlor, acompanhando o ministro Bad-ger Silveira; Antero Melo, dirigentenacionalista local e o vpreador CarlosAlves de Oliveira Filho, tambémacompanhante do sr. Badger Silveira.Não se fizeram representar, apesar deconvidados, o prefeito de Nilópolis,Alfredo Almeida Alente] ano e a Cá-mot"1. Municipal.

O ato de 1.° de Maio foi o maisconcorrido dos últimos anos em Ni-lópolls.

No Colégio FilgueirasA festa teve inicio às 5 horas, com

alvorada pela Banda Marcial do Co-légio, com passeata pelas principaisruas da cidade.' Hasteámento dfj Pa-vllhão Nacional, lis 8 noras. Solenüla-des cívicas,

"cònstanírlp" de sessão' so-

Iene alusiva à -Jata," rèinstalaç^o eposse da Diretoria do 'GRÊMIO' RtOBRANCO". Às ltf' horas,"'lriáügúr->.rjodás novas Instalações do JARGlM DAINFÂNCIA. As'10.30 hprag."'iríáiÉub-çãó de Wlhórnmentós na Prnrià úçIsbpítcs do Cplértlo.'As' lf).4õ horas,jiypvás dcEÚprUyas entre alunos riostürnòs. As "J0.30 horas, noite dançante.

nos locais de trabalho, perroiemoa •..... :.n.¦..>.! dos trustes e motutpolKMi>¦*."¦- 8«:iriir..r.'.-, qiu armam «- iut*• ... ..ni ta immífc* «í* liberdade dogramir povo de t ».»

Solidariedade cem lodui o* traba»|rwdoi*as e pave-* da Amenei» t. «um*e d« tudo o mundo na luta p*ia i>».:<•....«arii»,. progrvi*o e l*rm»rs*tar da humatildr-dr. eatrrítando nos-mt* .••...*-:• rom iodas as nações epoviu do universo.

Unamos nouas forças ront as de

todo o proletariado internacional,numa união Iratcrnsl de luta -m prolde i > --»* « li-iiin- rmanrlpaçâo

Viva o Io de Maia. eapreu&o d*unidade nariunni e internacional doatratmlliadorea

Rio de Jantiru OB, as de abril dtIML

O BX1BCÜTIVO UA COMUjUO Pm-MANDrTI DAS OHCANI/AÇâRFlilHUlfAl» DO PITADO DA OUA

NAUAP*

Defende Teu DireitoVIGIA — Perceliendo apenas o salário nlnlmo. a»*Ule ao vlglao dl»

rvltn ao adicional de Wfi *à\nt> as horaa de trabalho noturno. Ac. TST. 3*Turma (Proc. RR lOWGO), Relator: Ministro Delfim Moreira.

Tem o vlgl» dlrflto ao compuio da hora noturna na Iwm» tle :..' mlnuKwe 30 segundo*. A Corwtliulçâo eniabelrc**çi prVidplo» genérico em relacto »o-..iI..m«. noturno sempro «uperliir ao diurno, wrn il(»ilnsulr entre *>n»nwlo-nnlldades. Ac. TST, i* Turma iProc. RR J30i/j»), IHntor: Ministro Wre»Chave». . , _. . ,.

Nfto mais prevalece o art. 62 da Consolida*?-»» das Lei» do Trabalho,excluindo o» vigias dss garantia* relativa* k dbraçfto do trabalho, face Iexpressa ordenado constitucional que aMtt-gun maior remunerado «oserviço noiurno. Ac. TST. 3« Turma (Proc. RR 1765/60). Relator: Hlldcbran-do Bissglla.

• Nio é exato íjue ao» vigias nao se .estenda a proteção ds W. n» io-cante no trabalho noturno. De durts ums: ou se reconhece que o srt. 62 daCiuiKolliInçao empregou o vwahulo rapitiilo por seção, nu ne admite qu» o• iyi.1 nfto lem direito so Intervalo para nllmeninç«1o 0 ilo-an*».- repoujo• so-ünn.ii reglütr» de hortrlo. en*. TAo absurdo .«icrla l«««i> que « ImptwnsdadOvorahulRr reosslia. K. por »utr» lad», nem a Constituição permitiria tal ala»tema. pois que Impõe seja o wilnrlo noturno sempre Miperlor no diurno. Or».JA prevista n rercentogem rorres|Mtndenie. nela lei ordinária, nio tem fun»•l.iiiii-niii algum o argummto de que a norma constitucional deponde do ro-gulamentaçfto. Nesse sentido existem vários pronunciamento» do SupremoTribunal Federal. Ac. TST — Pleno tProc. 1841/59), Relator: Ministro Tos-tes M.illn.

A Conslllulçflo assegura melhor remuncraç/io polo trabalho noturno,sem estabelecer qualquer llmltaçío. As disposições dn It-I ordinária que re-tiram no empregado o direito ao adicional polo trabalho noturno sfto Un-Brnntemento incompatíveis com a normn constitucional vigente. Kstn o clnrn.i«'m restrições, imperativa: tsnlárlo do trabalho noturno superior ao diurno»(nrt. 157, n* III). Assim, vlgls ou empregado, ou nao. pouco Imporia. Bastaque o trnbnlho seja noturno para que 61o faça Jus ao respectivo adicional.A Carta Magna náo faz distinções quanto á natureza do trabalho ou á ca-togorla profissional. Ac. TST — Plena «.Proc. 2577/58), Relator: Geraldo Bo./erra de Menezes.

Kmhora hendo dc dez horas o horário normal do *ÍKÍ«. Í8Z cmo jusàs ijOraa excedentes dç oito. se ganha apenas o salário mínimo. Nfto importareceba éle mensalmente, pojs o salário mínimo tom base horário e náo men»sal. Ac. TST, 2* Turma (Proc. 797/58). Relator: Tólio Monteiro.

Ao vlgln, que trabalha dez horas diárias, deve ser pago salário cor-rospondente ao número de horas trabalhadas. Assim, executando uma Jor-nada de. dez horas e percebendo apenas o salário mínimo, tom èlc direitoa receber mais duas horas diárias, ombornnão consideradas extraordinárias. O sn-lário mínimo 6 estipulado para oito horasde trabnllio por dia. Ac. TRT, V Região(Proc. 86-1/58), Relator: Juiz Délio Má-ranhuo.

B (\>lh«-if05 Bomfim

Trabalhadores FluminensesPestelaram io de MaioReivindicando em Praça Public.

As comemorações dos trabalhadoresfluminenses pelo transcurso do Primei-ro de Maio foram das mais amplas járealizada» no Estado do Rio. O povofluminense aaiu às ruas, em comícios,passeatas, atos públicos e diversas so-lenldades, enaltecendo ob feitos daclasse operária brasileira e reiterandoa sua dbpostçio de luta pelas maisprementes reivindicações visando à ob-tenção de melhores condições de vida.

Nac praças públicas, dezenas de ora-dores levantaram as aclamações damassa ao tratarem da crescente caies-t|a de vida e das medidas que o povoegjge para a sua superação, dentre asquais ressalta a anulação da recenteInstrução 204, a concessão de aumen-to geral de salários e Instituição do sa-lário móvel. Bm todos os comícios foireclamada a necessidade urgente deser dada legalidade ao Partido-Comu-nista do Brasil bem como a de que se-jam garantidas e ampliadas as liber-dades democráticas no pais. ^

Os trabalhadores expressaram suamais veemente solidariedade ao povocubano, ao mesmo tempo em que sedeclararam contrários a qualquer tipode Intervenção na primeira nação so-(ilaltsta da América.

Foram enviadas diversas mensagensa autoridades brasileiras, inclusive aopresidente Jânio Quadros, expressamdo os pontos-de*Ylsta dos trabalhado-res fluminenses, externados nas come-morações de Io de Maio.

Em NiteróiMais de 5 ml) pessoas assistiram, na

Praça Enélas de Castro, no Barreto, aocomido organizado pelos trabalhado-rc* niterolenses. Dentre os presentes,salientaram-se os srs. Celso Peçanha,governador do Estado, prefeito WilsonOliveira, de Niterói, Joaquim PedroMayrink Pilho, presidente do Conse-}ho Sindical de Niterói o presidente doSindicato dos Rodoviários, Gabriel Al-Ves -Je Oliveira, do Sindicato da Cons-tração Civil, Álvaro Ventura, represen-tante dos operários navais, Hugo Mil-ler, assessor sindical do govêrno, sra.Maria Alice, da Associação FemininaFluminense, Nelson Rocha, secretáriofle Saúde e Aslstência, Horácio Vala-dares, em nome dos comunistas flumi-penses, além de Inúmeras outras pes-soas.

Em PetrópolisOs trabalhadores petropolitanos rea-

realizaram comido na Praça da Libcr-dade, ao qual compareceram cerca dcmil pessoas. Estiveram presentes e fi-zeram uso da palavra os srs. Alvinr.oAlvep. presidente da Associação de Pc-dra Lisa, José Maria Barbose, presi-dente do Sindicato dos Téxtçi.-r. EnaldoCruz, presidente da Associação dos

.Estudantes, deputado estadual Ja!rAraújo, Nelson Bá Eorp, prefeito mu-nlclpal, coronel Oumerclnrio PintoBarreto , deputado federal BoeayuvaCunha, Oplldes Horáctn dn Bllva. pre-sidente do Conselho Sindical Munlci-pai e outros.

Em ItaboraíNeste município realizou-se uma

passeata, que nartiu de sua sede at'n-pindo a localidade de Venda da Pedra,tendo também sido realizado um co-míclo. destacando-se entre ps oradoresó st*. Rafael

'Francisco dè Almeida, re-

presentante do Conselho Sindical F-fadual.Em Nova Iguaçu

O comício de Nova Iguaçu foi dosmais concorridos, tendo tido uma aflu-êncla de mais de 5 mil pessoas, queouviram com atenção e entusiasmo aspalavras dos oradores, principalmentedos srs. Antônio Lopes Gonçalves, re-presentando o município de Nilópolis,deputado Jorge Bedran, secretário doTrabalho do Estado do Rio, governa-dor Celso Peçanha, Severiano Soares,representante da UNSP, Francisco La-eerdn. nresidente dos camponeses dePedra Lisa Leonardo José de Ollvel-ra, nrpRlfiente da associação Campo-nesa rie .Taneri, verer.rlor Abcrlje) Oij-prte. presidente da Câmara de NovaJgnn-i', vereador Nilo Dln,- Teixeira,profnssor Joanuim de Freitas, presi-ri"!**^ do Partido Rodai Democrático,de Oídmndos, Pnu'o Corri'nho, nm no-me dos comnnMns de Nova Iguaçu,ripnn-->dn federal Saturnino Rra-ra ejbujj* Gonzaga Macedo, do ConselhoS!rclíc-U.

O éomicio foi encerrado rom um«rrandloso esrjefnriio de artir-fns rie rá-riio e televl*;".o, dirigidos pelo cômicoCirande Otelp.Em Campcr,

CAMPOS (rio Correspondente) — Asconrrnoraçõfis rio Primeiro de Maio ío-

SOLIDARIEDADE A CUBA:BRASILEIROS PARTICIPARAMDO F DE MAIO EM HAVANA

Grande delegação brasileira, na qualfiguram parlamentares federais o esla-duais, dirigentes sindicais c estudantis,Intelectuais e camponeses, viajou puraCuba no dia 29 último, a convite rioprimeiro-ministro Fidel Cnstrn, paraparticipar dos festejos do 1' rio Maioe das comemorações para celebrar onascimento do primeiro Estado socla-lista na América.

Expressiva pelo número dç i-umpu-nentes. mais de meia çeptená, u dele-cairão levou a mensagem de'¦ solidário- •qade do povo brasileiro ao povo cuba-ho em sua luta boijtra o Imperialismo,fiijüdaciedadc essa dpmpnslrada emgraridssr manifestações' replfeitlas naspraças públicas das grandes oi'lr>(! •¦¦¦ tiobais durante os duis oue marcaram u

invasão de Cuba pelas íõj'ças contra-revolucionárias.

A delegação viajou em dois gru-pos. Ifm que p rtiu ri0 Rio de Janeiroe onlro do Recife. No primeiro figura-va o vjce-governndQJ.» de S.rnta Catari-na, (iepulado Domei Andrade, os depu-lados federais Bento Gonçalves, OsmarCunha, Junas Bàhiohse, Edvaldo deOliveira Flores, Silvio Braga, WaldirSimões, CeJso Bnint, Cliripnor de F**ej-tas Saulos e AJojsio Nono entre outros.Seguiram «também jornalistas de diver-sos órgãos dit- imprensa gúanabariná.No segundo grupo, além do deputadoFrancisco Juliã^i o numeroso grupo dedirigentes tU". Ligas Camponesas, via-in?'iii ' ''* o parlamentares esta-duais de diversos Estados do Nordeste.

ram as maiores dos últimos anos nestemunicípio. Houve alvorada, torneio defutebol entre os clubes operários (ven-eeram os ferroviários), palestra doProf. Tarciso Tuplnambá no Sindicatodos Ferroviários (presente a sra. CelsaPeçarha e o secretário da Justiça, depu-ta«io João Rodrigues de Oliveira), pa5-soa;a e comício. O comício, realizadona Píaça S. Salvador, contou com anartfcipaçfin de 3 mil pessoas, sendoIrradiado por 2 estações locais. Fala-rim os srs. Antônio João de Faria. Her-vai Arueira, Amaro Gomes, João -Ro-Ligues de Oliveira, Jaei Barbeto, JoãoBento c Adão Pereira Nunes. Foi lidai<ma mensagem dirigida ao governadordo Estado, com centenas do assinatu-ras, apresentando as reivindicações dostrabalhadores eampistas. Os oradores,todos entusiàsticamente aplaudidos,rivdenaram a agressão imperialista aCuba, protestaram contra a politicacnonômlco-finaneeira de Jânio (Instru-'ão 204) e a carestia rio vida, reclamar»do aumento de salários e as demais' ret»vlndicflções dos trabalhadores.' ""

Em Caxias |CAXIAS (do Correspondente) —<

Os' trabalhadores deste município íes-tejaram amplamente a sua grande da-ta; As comemorações do Primeiro d«Maio vinham sendo preparadas destíèo dia 13 pelo Conselho Sindical draTrabalhadores, que patrocinou as pa-lestras, realizadas em vários sindica-los, pelos srs. Jover Teles, RobertoSa»turnino Braga e Henrique Miranda. I*rodia l", realizou-se- o grande comício paPraça da Emancipação, com a preser)-ça de 2 mil pesseasOTalaram nesse! átoos srs, Saturnino Braga, GulomárioGomes de Birto, Cressinp de Alrpe--da, Tejos Escobar, Whítc Abraão, «o*meiro Júnior. Climério Soares, Otá/ql-Ho Dias e Roberto Saturnino Braga.Apôs o cojnicio em que foram copdrj-nadas a Instrução 204 e a política deesíameamento seguida pelo atual^gò-várno, teve lugar uma passeata at| asede da antiga Prefeitura, onde foil'so-

m-nte Inaugurada, a Exposição tjefotografias e gráficos sobre as realiza*çõe.s de 2 anos ds Governo Revolu/clo-nái-io de Cuba. No ato falou o deputadoValdir Medeiros. Mf '

Jânio a Fidel:Brasil defendeautodetermincicãr

Em telegrama enviado ao presi-dente Dorticós e ao primeiro-ministroFidel Castro, o presidente Jânio <jjüa-dros assegurou mais uma vez a !djs-posição do governo brasileiro de defe'h-der o direito de autodeterminação casoberania do povo cubano.

A mensagem tem o seguinte texto:'Acuso mensagem transmitida VossaExcelência intermédio nossa Embabca-da pela que ratifico nesta oportuhi-riarie ilustre presidente c seu governapropósito várias vezes manifestado' pe-lo Brasil de ver respeitado neste Goii-tinente o principio da autodetermiria-Cão rios povos e a efetiva soberania' detodas as Nações. Coincidentemente meugoverno estará*sempre pronto prorno-ver qua isquei- gestões julgadas úfeismc-iutenção elima harmonia entre »spaiseg de nosso hemisfério em bendrici»ria pa/, ,; dn prosperidade nas Àméfifâsc no mundo. Receba Vossa E.xcelônciiicx-íresbões mou resu'eito.>

?

Page 3: ã .-g**^*.-' FIDEL PROCLIMI SOB DELÍRIO DIS MULTIDÕES ... · cem sabre país. MAIS AINDA. ... Cidade Uvre. que contou com a par* ... a.ii ww pvivrua-** de aplaudirem delirantemente

— -tio o» Mtneiio, wmono de 5 o II de maio dt 1961

GUERRA: SOLUÇÃO OU SUICÍDIO?

3 —

E' Incurável a Enfermidadeda Economia Norte-Ámericana

A Revolução Cubanae o Prof. Jaguaribe

Por lU.al» l|Ui* ii- llllji.-rmllst.ihnoi1t**ainoricuiio« desejem dUnl*iitii.u- .o. (iiiiii-,-. «U* nuas Inquieta*.i- -. ii.iu é difícil (Ii-miiIiiir que n•au«a última do seu (leMwpèro é aMifejtuldade wcur»v<,l de que «ofrei pconomla dot. Estados Unidos, Etanto mais grave •• o mal, quanto,em contraste, o sistema mundial do•odalkRno desenvolve-se a largospassoa e floivscv cm todos os do*swniot. da atividade humana.

A Segundn Guerra Mundial cons*tituiu uma fonte de montanha*, delucros para os monopólios norte-nmericanos. E essa situação ex-cepcionalmcnte favorável ao Impe*riallamo dos Estados Unidos pro*longou-se por vários anos. ajuda*da em grande medida pela poslçáode inferioridade ocupada pelos ou-tros paises capitalistas, atingidospela uuerra. Uma série

"de indícios

faz crer que chegaram ao fim osanos dourados do imperialismo nor-te-americano.

Quatro crisesdepois da guerra

Apesar das condiçfôes excep-donalmente favoráveis com quecontava, a economia norte-ameri-cana já enfi-entou depois da últi-ma guerra nada menos de quatrocrises de superprodução. Deram-se elas cm 1948-49 (com 14 mesesdc duração c uma perda de 16 bi-Ihões de dólares no produto na-eional bruto); em 1953-34 (dura-ção: 9 meses e perda de 33 bi-lhões de dólares): cm 1937-38 (du-ração: 8 meses e prejuízos de 33bilhões de dólares) e. finalmente,a crise em que ainda estão mergu-lhados oa Estados Unidos, desde¦etembro do ano passado. Os me-m indicados dc duração das cri-•aa não significam que nos resfan-tr-a a economia dos Estados Unidosm tenha caracterizado por perio-doa de ascenso. Assim, a partir de

> de 1948 até abril de 1958, a

•nt-tndimentoscom missão daChina Popular

Com a vinda ao nosso pais de umadelegação da China Popular, chefiadapelo presidente do Conselho Chinêspara o Comércio Exterior sr. TVan Itan-choo, inldaram-se as conversações ofi-«Ma para o estabelecimento de rela-«*5m comerciais entre os dois paises.Têrça-felra, reuniram-se no Itamaratio* dtaletiadofi cMneses oom o chefe doDepartamento Econômico e outros fim-i "onirio*,. Em declarações prestadas àimprensa, o sr. Nan llan-chen afirmouque a Republica Popular Chinesa estáem condições de fornecer ao Brasil ma-quinaria pesada e leve, matlrias-pri-mas para a Industria, produção indus-trial leve, como tecidos e artigos espe-ciais, particularmente do artesanatochinês.

Ainda no que se refere às relaçõeseom os países socialistas o sr. JânioQuadros determinou, na última sema-na, que a missão atualmente cumpridana Europa pelo sr. João Dantas deve-estender-se também à República Demo-crática Alemã,

produçáo norte-americana i*r«*c**u¦omonte durante ai mest*»; nosràstaiitM 36 meses, a produção ou(Imvj-f-eu ou se iii.u.t* w widg*nodu.

Uma trágica ironia

th» últimos discursos pronuncia*dos |K*lo presidente Kennedy iwor*dam vivamente as histéricas aien*j*na de uma nutra figura que a lu-tória já sepultou: Adolf Hitler.Num desses discursos, todavia, osucessor dc Kisenhowcr pretendeudebitar ao nosso tempo o dramaterrível cm que vive a economia doseu pais- Disse ôle: *t, uma dastrágicas ironias do nossq tempoque Justamente no momento enique nosso poderio econômico livrese converteu na chave da forçaeconômica tio mundo livre, levemosuma vida que inclui extenso de-semprego. setores importantes dedepressão, instalações industriai*,que trabalham cm ritmo inferior àsua capacidade e um Índice de crês-cimento mais baixo do que a maio-ria das nações industriais, c muitoinferior ao de nossa própria capaci-dade de crescimento.

Nesse simples período, resumiuKennedy toda a fragilidade do gt-gantèsco edifício norte-americano.Evidentemente, o fato de que nãoconsigam os imperialistas norte-americanos curar ou sequer mino-rar os males que eles próprios sãocapazes de diagnosticar, náo slgnl*fica — longe riiaso! — apenas uma< ironia do nosso tempo?- Indica,pelo contrário, que se trata de ma-les incuráveis nos marcos do capi-talismo e que resultam de um in-comensurável agravamento dacontradição básica do capitalismo:o caráter cada vez mais social daprodução, ao lado da apropriaçãocapitalista, privada. A capacidadede produzir, imensa; a de consu-mir, reduzida.

O desemprego

O professor Paul Samuelsson éum dos mais decantados economis-tas norte-americanos. Livros seus,traduzidos para o português, sãoindicados em nossas escolas deeconomia. Atualmente, é apontadocomo o principal conselheiro eco-nômico de Kennedy. Que diz èle?Acaso prevê um futuro melhor pa-ra os trabalhadores norte-america-nos? Pelo contrário. Seus prognós-ticos — talvez otimistas — são nosentido de que a mão-de-obra semcolocação nos Estados Unidos cies-cera este ano para 7,5'ú do totaldos trabalhadores norte-america-nos- Durante os últimos quatro mo-ses, a taxa de desemprego — se-gundo o Departamento do Traba-lho — manteve-se acima dos 6,5'c.E das 150 principais áreas indus-triais norte-americanas nada me-nos de dois terços sofrem de «de-semprego substancial». Entre mea-dos de fevereiro e meados de mar-ço. o número total de desemprega-dos bateu um novo recorde para omês desde o inicio da última guer-

ra: 3 mllhOt* . dou mil (segundodados oficinlsl ;¦¦.-,¦

Tampouco •• -.nimador u ritmocom que vem aumentando onúmero de empregos no» EstadosUnidos. Assim, tu* entre 1948<? 1953.incorponiram-ae à pioduçfto 5 ml*Ihòe* e 200 mil pet-sos*, entre >"•"••• 1957 tal número i*edtuiu*«e |«un2 milhões e 300 mil e nostrés anostnm-icorrldcMt entre 1937 e 1960 onúmero de novos trabalhadoresincorporados A produção não foiatfm de 733 mil.

Ora. num pais cum acentuadaexpansão demográfica, como osKstados Unidos, (n taxa do au*mento da população •¦ de cerca de1.8'' no tino) n diminuição dn ca*paridade de alísorção dè mfio-d*>obra é a pior condenação que po*de ser ditada conlra as novas «c*

facões. Pois è cata a perspectivaque o desenvolvimento da técnica— sobretudo a mecanização e aautomatização na Indústria -t abrepara o futuro dos trabalhadoresnorte-americanos.

Perdendo terreno

Um destacado economista norte-americano, o professor MalcolmMcNelr, da Universidade de Har-vard. em entrevista a uma revistanorte-americana, há quatro meses,estimou que o ano de 1961 para aeconomia do seu pais será seme-IhaWe ao de 11)60. isto é, de estas-nação. Quanto ao futuro, porem, émenos otimista: «Eu mo sinto me-nos confiante com relação à situa-ção econômica do que em qualqueroutro momenio nos últimos 17-18anos... Creio que o ano de 1959marcou o término do período denós-suerra. prolongado pela guerrada Coréia^ e também pelo episódiode Suez- Com o fim da década de50 verificaram-se algumas modifi-cações bastante grandes. Em pri-meiro lugar, se se falar de maneiramuito grosseira, parece-me que osanos finais do último decênio foramtestemunhas do começo do decli-nio dos Estados Unidos, como po-tência mundial. Em segundo lugar,em fins de 1959 as forças econômi-cas tipicamente de pós-guerra es-gotaram-se por completo e nósatingimos... os anos da encruzilha-da. Em terceiro lugar, em fins dadécada de 30. os demais países ca-pitalistas. com a nossa ajuda, e combastante fundamento, alcançaram-nos na produção de bens de consu-mo civil. Em quarto lugar, por êssetempo nós atingimos um excedentede potencialidade produtiva e umadiminuição que daqui decorre, daspossibilidades de investimentos.Em quinto lugar, em conseqüênciadessas diferentes modificações eco-nomicas e da nossa própria politi-ca, entramos no período daa crisesrio balanço de pagamento--

A guerra é solução?

E nesta encruzilhada que Ken-nedy, tal qual Hitler, apela paraos «homens fortes» para que fa-çam, eles próprios, o curso da His-tória- Todavia, se a aventura de

NotaEconômica

204 AUMENTA AS VANTAGENSPARA 0 CAPITAL ESTRANGEIRO

Foi publicado M duas semana*., aa imprsoM de fflftoPaulo, o Relatório da Diretoria da Sociedade Anônima In-dústrias Votórantim, relativo ao ano de 1060. Asftlna-o o«eu dlretor-presldente, J<mé Ernürio de Morais. Conforme sevem tomando praxe em documentos do gênero das grandesempresas, também este relatório da Votórantim nio ae fixaapenas nos problemas da própria organização, mas fax tam-bem um exame de diferentes aspectos da situação econômi-oa e financeira do pais.

Consideramos oportuno, por isso, oferecer aos nossosleitores trechos do mencionado documento, referentes â fa-migerada Instrução 113 da SUMOC, embora discordemos dealguns conceitos ali emitidos. Depois de manifestar sua cren-ça de que o governo «demonstra um conhecimento aprecia-vrl da situação em que se encontra o pais», escreve o dire-tor-presidento da Votórantim:

«Certamente, o governo terá que sanear, sem demora,os efeitos da antiga Instrução n' 113, hoje regulamentadapelo decreto nf 42.820. Não é possível dar favores aos quepouco realizam no Pais, deixando à margem empresas na-ciounis que lutaram denodadamente para fonnar o poucoque possuímos, relegando-as a uma posição de grave infe-rioridade. Agora, com a abolição praticamente do dólar decusto, o que aliás reputamos justo, mas que era na reali-dade a única defesa para empresas consideradas de valoreconômico para o País, o problema tornou-se mais grave,pois essa vantagem desapareceu e os investidores estran-goiros são, no momento, os únicos que podem realizar em-preendimento-* de vulto. » .

«Não podemos contar sempre com os auxílios do Ex-torior; pois, cada pais tem os seus problemas, muitos dosquais, bastante difíceis. Parte dos auxílios que aparecem,oralmente é em favor de empresas ligadas ao Exterior,que têm a vantagem de serem mais conhecidas das orga-nizações bancárias estrangeiras...» Vários paises do con-1 incute americano deixaram-se arrastar pelo Investimentoestrangeiro, a tal ponto que, presentemente, não podem efe-luar unia politica de defesa».dos seus próprios interesses.

«Outro ponto que não devemos esquecer é relativo àimportação dc máquinas usadas. Até nisto a Instrução 113favoreceu o industrial estrangeiro, enquanto que o brasi-leiro, pela legislação em vigor, não pode gozar dessa van-tag-cm. Dar privilégios desta natureza não condiz com aboa administração do Pais.

«****» precisamos conceder mais favores àqueles que aquidesejem se estabelecer; pois, ji é um grande privilégiodeixar entrar no pai» organizações alienígenas, quando aquijft existo um mercado consumidor Interno de 70 milhões dehabitantes.

E, por fim, mais este trecho: «Sobre este assunto (anacionalização de organizações estrangeiras no Pais — JA)convém verificar o que se passa no estrangeiro, nos setoresindustriais, comerciais e bancários, especialmente neste úl-tlmo, a cujo propósito urge fazer-se um estudo, para evitarque seja havido como «capital estrangeiro» aquilo V» f°>feito com dinheiro nacional.»

O sr. José Ernürio de Morais é um dos maiores indus-triais brasileiros. A S. A. Indústrias Votórantim reúne umaboa meia centena de fábricas e empresas de tipos diversos.Por isto mesmo, o seu depoimento sobre a Instrução 113,cujos efeitos são agora agravados pela Instrução 204, vemdar toda razão às forças nacionalistas, que nunca cessaramde denunciar as nefastas conseqüências da nova política dogoverno, inclusive para a indústria nacional. Mesmo tendopresente que, por circunstâncias contraditórias, o ««". Ermí-rio de Morais é uni dos que apoiam o atual governo — etalvez venha até a ser o seu representante em Bonn.

Se ao quadro esboçado pelo industrial paulista, relatl-vãmente aos efeitos da Instrução 113, agravados pela 204,associarmos a situação que se está compondo no mercadodc crédito, então fica claro que pelo menos a média e apequena indústrias têm mau.* dias pela frente. Com efeito,a politica desinflaclonisla posta em prática pelo governo,com o sacramento do Fundo Monetário Internacional, estálogicamente conduzindo à escassez do crédito. Em seu nú-mero de 21 do mês findo, assinalava a revista «Visão»: «Jáestamos em plena restrição de crédito». E a restrição docrédito significa dificuldades adicionais para os pequenosempresários, colocando-og em face do dilema: associar-se(geralmente) ao capital estrangeiro, ou arruinar-se. Poressa razão é que dizíamos, em comentário recente, quenão seriam' apenas os trabalhadores os que se oporiamâ politica econômico-financeira posta em prática pelos Ma-riani, Bulhões e compa-nhia, com o ativo apoio eestimulo do sr. JânioQuadros, assessorado pe-los que fazem as vêziesdc seu braço esquerdo.

Ilitler ¦-....«...-. para o <*apilali<.*mo .. penda direta de H millioc* tle• Hlll...!.. II...- .,,|.. |. .,<!¦ - ,- ,|(- U||«800 milhõe*. de liaMtnnte* — queSí» in. .;....! ..!!• «O v. I «ii-.ii... —outro puno em falao, *» Kenuedyue inlmattc » «l/Mo. üerln o fim do¦ .i| ii>.. .:. • nobre a Terra. l*orou»*tm lum [.. ...,:.,,..!, f..i i.-, -.i,, osi|Ue eatâo com u historia, em cadamomento hUiórícii.

Galvão defendeo colonialismoem Angola

Numa iniVli/ entrevista ao«Jornal do Brasil», na última se-nmna7~"r-i*rrpltào Humberto Gal-vão. nome que se tornou laastnn-le ixjpular graças à proeza do«Santa Maria*, pronunciou-se con-tra a independência de Angola. Osr. Galvfto nâo apresenta qualquerargumento convincente para fun-(lamentar o seu ponto de vista. Li-mita-.se a repelir o eterno chavãodos colonialistas: a população deAngola não tem condições paraautodirigir-se, seu nivel cultural émuito baixo, são pouco numerososos seus quadros intelectuais, etc-Tudo. rníim, quanto tem sido ditoanos afora p?los defensorex do co-loniali-tno.

É um raciocínio inteiramentefalso. Para refutá-lo níio é neces-sário apresentar ao sr. Galvão ar-gumentos de natureza teórica, ma-teria pela qual, aliás, èle parecenão ter muitas preocupações. Bas-ta apresentar-lhe a realidade dosnossos dias: as dezenas de novosEstados, especialmente na África,formados nos últimos tempos.Eram. todos eles. colônias contracuja independência os ideólogos cpolíticos colonialistas utilizavam amesma obscurantista alegação.Esses novos Estados, porém, umavez conquistada a autodetermina-ção e constituídos como unidadessoberanas, passaram a experimen-tar um Impressionante floresci-mento, realizando em poucos anoso que os colonialistas — sábios ecultos — não fizeram- porque nãolhes cònvinha fazer, em dezenas ecentenas de ano.

A verdade está no oposto doque diz o político português: An-gola. como qualquer outra colônia,somente poderá tornar-se.um paisde elevado padrão cultural depoisde conquistar a sua independên-cia- Essa é uma condição prévia,indispensável. Porque enquanto semantiver o domínio estrangeiro —particularmente, no caso de Ango-Ia, quando êsse domínio é exercidopor um país que não prima peloavanço técnico e cientifico — todasas possibilidades de acesso do povoà cultura estarão barradas. Os an-goleses estão adquirindo consciên-cia desse fato e por isso preferi-ram não esperar que Portugal re-solva criar em sua colônia as esco-Ias, universidades e centros cultu-rais que não instalou até agora,nem jamais instalará.

Ao levantar-se contra a ditadu-ra fascista de Salazar o sr. Gal-

•vão contou com o apoio maciço dopovo brasileiro e de todos os ho-mens amantes da liberdade nomundo inteiro. Ao defender, po-rém, o colonialismo, sob qualquerdisfarce, o sr. Galvão só pode de-cepcionar os que admiraram a suacoragem e a sua decisão de luta-

Au - <|i* ,. ¦ afligi». <(... * ... r-iáiii a* It- • • d** pâjfMMu» . -.".rii -¦- <ioJiMial «tu ltiH»il, •• ir, lOIio '.£¦•¦¦¦

iit»*; a-tiig*- |ii«.i. . - i tiu isi.h <• Tii>Je.--...- inilutlltul, ;•' ¦!-• ¦ -¦«- (i ititt»

tk.iu ¦¦-.;.!.*... de «rrfutmuUr, .> mo*do ma»» •.... -i. ¦!¦«- r »ur»-, o => ¦'¦> >-<i« i: •¦ -in...... tMlMna. 4 *,<¦¦••••• doClltM fkl t. .*. \( . .1. i ;oU-*l . a. li*II») ?> .. ¦!..•• I.-.I...'•¦ a l-mi. .-• .,..o IUai>l| Urv4 * !¦>• -i <-íi. relaçAo a :¦».¦>«•vfiito» . Dtn**'».} lembrar, ailA», por*.-. -i.¦¦• )•. Mi...... ir.< • * iradirlonai no•1, J»,: >¦.!«- a ir.; i.-iu l4 A* reformu*laCOOf, II> •»•!"> '»*• •!¦¦'- ano*, (Umlalugar a uma ruidosa polemica. prrt**ii.d*u *>!«*> rvlurmular ¦¦ lun-iwaiUmo bia-¦ilr.i-. g>, -„1.|.- r.-.. l...-.r. ||«,...l (11113nova potltka do j--1 r..;.... em opcmlçàoao monopólio f*uatal.

Km tt*#e. »* pode ner louvável o de-*>f]o de renuv-r ou *.ut>i>litulr velha*foi mula*: é ajudm que avuiica o i-rn..i-.;•-.'... e ->¦> .i.kU- -.-ilii...'»-, mal* junta»l'.ra <>h <iili*i.-nir. i>i..ti|rm..H. Maa pa*ra . "¦ é prevUo que a* fórmula» ori*tiiiiaU tenham realmente caducado e<|iie «ia novaa fórmulaa reflitam de tato(« procvMoa em dr»«nvolvlmento. E ai•¦••¦¦» o ponto fraco do ar. Jaguaribe: a*•.una reformulacOc» faltam aempre oii.in'!.i:ni*ni.» >ii realidade. Quanto aoiicirúleo. aa ld'la< do .-\-j.i.*f«-»».»r d"ISKR. *#e ailotadav, le\arlam IrremedlA-•.i-.iii.-í-*-- a i..,-:lil.u.'.tii da Petrobrás, pa-ra a Incontlda alecria da Standard 011.K agora, no que ne refere a Cuba, con-

¦ In/num .slmpleamente a negar-nequalquer poü»ibilidade dèane pais exir-tir tomo ISi.nl.> nacional. Como «e \éitanto em um como em outro caso o ar.Jacunribe chega a reaultadoa lamenta-vel.. I". la>o por dois motivos principais:toclalmente, porque se situa nas posl-<.-Ae- da biirguesla e. n-slm. è Incapazde peireber os fenômenos em sua pie-nitude: Intelectualmente, vorque ta/.uso de um método de análise idealistac votuntarUta. envolvendo-se afinalnuma absoluta e lnconlgivel conclu-sáo. .

No ca»o <U iwnlucão cubana. |a-mti*. o t-r. .lajunrllie conaegulrlp refor-mul.ir o seu senlldo neglInenciftMdo 011tcüsUer-ando. como fa/. as suas orl-gens e alguns do.s s-?us m: is Importan-ir« momentos histories. E Isso, ao la-do d- llm» avallaçíio Inteiramente ar-bitr.iria e errônea do presente pahora*ivt mundial, e o que explica as fals:.sconclusões a que chega.

Para o tortuoso articulista não exis-tia nenhuma relaçAo direta entre a lutadesencadeada por Fidel Castro e seuslegendários companheiros e as forcassociais atuantes em Cuba. Tudo se re-du/. a uma romântica aventura, que sópôde chegar.ao triunfo Braças à --ira-quc-3 intrínseca-- da ditadura de Batis-ta. Entretanto, bastaria ao sr. Jagua*ribe ler o discurso pronunciado por Fi-dei Castro em 1933 -. sua famosa rls*è-sa ante o tribunal. A IlUtória nic .' li-»o|verA — para talvez compreendei asvinculaçôes nacionais e de classes daguerra de guerrilhas. Já entfto FidelCastro, apesar de ainda n*T dominarem toda a sua profundidade o processorevolucionário cubano. nSo era um ro-mántico sem Idéias ou um agitador semprograma. NTem um lutador solitárioque. tocado oela graça divina, prometes-se a salvação. Os combatentes do Exér-ritri Rebelde encarnavam os interessesela esmagadora maioria da populaçãocubana. ?, por Isso é que conseguiramtriunfar sobre um exército profissionalde cerca de 50 mil homens que teve. emtodos os momentos, a orientação e aajuda do governo norte-americano. Es-sa maioria era constiluida. basicamente,pelas classes trabalhadoras: o proleta-riados. inclusive o rural, e o campesl-nato. E de janeiro de 1939 até hoje oque caracteriza o processo cubano é aluta dessa^ classes, em circunstânciasàs vezes bastante originais, onra ga-rantir em Cuba um Poder realmenterevolucionário, capaz, de assegurar aindependência do pais e nele construiruma sociedade justa e humana. Nãomrtindo dai, dos interesses sociais emjogo o sr. Jaguaribe só pode mesmo in-correr em erros desastrosos.

Erros como o de afirmar que n tri-unfo dos revolucionários foi «aclamado efestejado por todos os paises i incluiu-do-f-e, naturalmente, os governosAM) e ignorado pelo bloco soviético..E' falso. A realidade é que os imperia-listas ianques fizeram tudo para impe-dir a ascensão de Fidel Castro ao Po-der e, em seguida, afastá-lo. Essa foia missáo atribuída pelo Departamentode Estado ao embaixador Wtlllam Pa"*'-ley — confessada por èle próprio c porBatista — em dezembro de 1938. E és-se foi o sentido das sucessivas tentati-vas feitas pela direita de empolgar oPoder, tentativa de que resultaram asdemissões de Mlró Cardona, Urrutia eHubert Matos. O sr. Jaguaribe, pelo vis-to, nh.o compreende que o problema es-sencíal das revoluções é a conquista ea manutenção do Poder -- questão emtorno da qual se trava a luta entre ascorrentes revolucionárias falsas ou ver-

Fora de Rumo

Jo.ué Almeida

Com quem devemos falar grosso?Com quem devemos falar fino?Este é o problema dc Lacerda. Di-rigindo-sc aos convencionais daUDN reunidos no Recife, o gover-nador da Guanabara condenou osr. Jânio Quadros por falar grossocom os Estados Unidos e fino coma União Soviética. Ao próprio sr.Jânio Quadros compete responderao governador e deixar sem res-posta a acusação.

Essa maneira de analisar a politi-ca externa do pais, entretanto,corresponde a manifestação de umestado de espirito. Lacerda é ho-mem dc falar grosso com uns e fi-no com outros. Dai a tendência ajulgar os outros por si. Tambémse dá o caso em que, subitamente,o herói da Rua do Lavradio mudade entonação, ao se dirigir à mes-ma pessoa, passando de baixo a'error.

Quem não se lembra do tom ca-venioso dos discursos, de Lacerdana Câmara Federal, dirigindo-seprovocativamente ao então minis-tro da Guerra, marechal Teixei-aLott? Uma bela noite, entretanto,Lacerda tomou conhecimento deque ia haver o levante de Aragar-ças. Levante, sem dúvida destina-do ao malogro. Que fèr Laeerda?Dirigiu-se às bases aéreas onde seencontravam os golpistas para de-mové-los da atitude de imprudên-cia? Êsse era o seu dever. E casonão o conseguisse, êle. eterno pre-gador do golpe, deveria acompa-nhar em todas as conseqüênciasdo episódio os que acreditaram cmsua cantilena subversiva.

Nào foi isso, no entanto, o queLacerda fez. Ligou o telefone parao deputado Bento Gonçalves, pre-sidente da Frente ParlamentarNacionalista c, falando fino, mau-

ALMIR MITOSliadeli**, ...•;:¦.. uu ¦*.,..-,p.ir |.*hí njw tmela a meiwr p!*«*ciipa.«,*Au cm ü»»iuali*i - .,.. i . ffjdftlfida

.-.!.. luta, (u|u .. -r. <...»¦ im eniaiitu,¦-¦<-. i ir du» .i. •.... - da T**\olu'.»i«. I in•iiMi-r... (ia (.: 1-.¦••!.)-. >! .i^nll: j ... . (H-x». por è*«e mm ivo, de M*r ,t,. ¦.-..„¦¦.¦» .-•-.¦•¦-, m. I.J1-..I.I. o que inflamem**

... -r oa por amoi a m........ iu <.-:-.¦gue»U • ¦!''•... que preletlu eniregiir*•se ao '•;¦!¦ ¦ '-» «• .'¦" -.•••:¦• *.--*».*«»de|iender da* ai ma» |<niqura> cujo»rt,¦¦,-!;-.-,. i....... .. ir. - 11 muito boma '¦'¦¦ '-!¦¦ ¦¦ > do ni'i^-11 ih-ii, , — a t>*i ¦•¦i... .. <le neu. iiiitlgo» j.n i:. ;*..•.

O sr. J¦¦,:¦ .-i«i. «niia ••¦«¦- i*i* >>¦•¦¦mi»*, ou o. ,--..ii ¦¦¦¦'. iiunm ..u. ..-•..i.,I--IIU¦..•¦! •.•'¦. P (lá •"..!-•¦ .-•• LI'...1.. .1-..•«¦i,.-i. ..-•.-•• i i.-u:... i....... da if. "li-. •» dibana. C •-.>¦--•¦ ponta preclMmen---" em que poderia »al..u «e. |...i., ton*detia qualquer nova irnialiva Ianque de•<í;ii¦'*-'•". è que itimeu* oa "' •'• ¦'" ab-suido*. Tudo. nu lundo, poi que o ar.Jnuuaribe i..i., (.timpivetulc. uu -••••• lheconvém compreender, o cunteudo e«-•enciat na época em que \ Ivemctf, Par»¦•'¦• u "•'¦." principal •>.. i;..»-.,. lempu*è a i..iiii4illi.A,, entre a unidade técnl*ca e econômica do mundo runtempor,!-'•*•<¦ e i multiplicidade d'« *ioberanlaa'.Que abtrmante dejKomnasso poiltlcitAdmltlndo-ne » • ¦-¦ -u..v.-:>- ¦(, paraacentuar o absurdo, ela n.tu •• e.vatamcn-te dou dliü .-.tu !-. mau i'e decfnlon. Oqu» define a nonia épuca. pruf. J*tgua-tibe. t a existência de um novo e supe-rior .hii-m.i xoclal -- o socialismo, emIncessante avanço — e. de outro lado,romo o reverso da medalha, a definiu*va e Inconlrolável decomno«lcfio do im-perialUmo e seu sistema colonial. Co-mo se pode Inslsiir em nSo perceb»!'esse íeoômeno. l.lo evidente em toda**as partes do mundo, inclcslve a^oraem nossa América, «raças ít trlunfónterevolução cubana? Por nue enred.i-.feem tão complicados e artificiais esque-mas se estamos diante de uma reali-dade tâo paloável e ao mesmo tempot.ío brilhante?

Para o sr. Jaguaribe. entretanto, nSoexistem sUtom&s, mas duas swperpo-téncis» que dlsnulam a he^tmonla mun-uial. Qpr.nto à l'i:ss -• uma des-;.-suparpoténclas» --• todos os seus e«-

furisTjti são - uo sentido de difundir aCO.nylCfjfiO de que p -nrialUn\o soviéticoé o único rrfjim-* apto a proaiovcr o de-senvolvlmento do.s povos atrasados..Seria uma tolice, se nio fosse umaconsciente deformação dos fatos. Quetêm de «soviéticos» — a expressão,aprenda o sr. Jaguaribe. refere-se auma forma especifica de estrutura ee-talai, existente apenas na URSS, ondehá os sovietes — os paises a trajado* daÁsia. da África e. agora Cuba, qne num-lêm com a União Soviética, assim comocom todos os demais países socialistas,sólidas relações d*> amizade c se bene-flclam de sua aludi conômlca c seuapoio político? Dc outro lado, por qúeocullar que ;>s agressões ianques contraCuba nada têm a ver com Uotativasde Implantar a democracia ffara osEUA á ditadura de Batista sempre foio ideal >. mas sim de restaurar os seusprivilégios econômicos, de fazer o paisvoltar á semicolônia oue era até 1939?Para qi'"m sr considera um ideólfíg"— é o ca«o do sr. J* guarlb? não se*ria ilemnis pelir nne leia n* jorrais e,ni-.-r.-n etravés dos te!e<»rarht*<! ria APe da I'PI. apreenda o senlldo mais p-o-fundo dos acontecimentos oue se desen*rola nos (Mas nttia'.s em torlo o m>"idp.P.-ra ajudar o ex-pròfessor do ISEBportemos adiantar que. no que se refe-re à América Latina, esses telegramasindicam que lambem em nosso Conti-r""ite começou o fim do Invjériallsmo.E não n ocaso dos nossos Estp.dos na-ciounis. Não é uma grande coisa?

Nem tudo. porém, deve ssr con I"-n-.do: o sr. Jaguaribs se declara taxa-tivament? contrário a uma nova a^res-são dos Estado.s Unidos contra Cuhr»,e isso merece aplausos. Mas ainda fitemos de chamar o ex-professor doISEB à realidade. Não é exato oue iimagueiTa dos Estados Unidos contra Cubaliquidaria, por ser a gloriosa ilha umrios ip-ouenos paises da América La-tina?., as suas-Dossibilidades de uto-tlètérminaçSo**. o mais provável é ei.iesemelhante IntervencAn possa defln-grar um conflito mundial, ao oual o im-perMIismo.nfio poderia sobreviver.

O sr. Jaguarilae admite, porém,uma outra possibilidade, que tortos ospovos preferem: a de não se verificara agressão americana e ser preservadaa autodeterminação de Cuba e demaispaises latino-americanos, embora pre-conizasse antes o .seu fim como Estadonacional. E' pena que o articulista, anmesmo tempo em que repelia as agres-soes, defenda, uma vez afastado esseperigo, um outro tipo do intervenção: ados países que. como o Brasil e o Mc-xico, se sentiriam então com autoridade'ara orientar a politica exterm e in-terna de Cuba. Nartn rti.sso. professor.A autodeterminação n5o nóde ter Umi-tes: os povos soberanos é que determi-nam a sua própria poltlicn.

Paulo Motta lima

dou o .serviço ao marechal Trixnl-ra Lott. Na hora em que algunscompanheiros tle aventurismo fa-lavam grosso, Lneerda falou fino.

*Falar fino quando deveria falar

grosso, e;s 0 trágico destino dc La-cerda. Desde o dia fatídico em ouesaiu publicado nn "ObservadorEconômico" o artigo cm que sedava um serviço à polícia a res-peito da atividade Ilegal dos ro-munlstas no Rio. Nso no tempo cmque a poliria punha em práfcamétodos de tortura ensinados norespecialistas da Gest;.no importa-dos da Alemanha de Hitler.

•o problema dc no*sa polRica

externa, cvidcntsmente, não c ode se falar fino com uns c gro.ssocom outios. Devemos falar em póde Igualdade com todos. Qualquerpessoa reconhece a justeza dessaposição, menos o governador-vea-triioquo.

Page 4: ã .-g**^*.-' FIDEL PROCLIMI SOB DELÍRIO DIS MULTIDÕES ... · cem sabre país. MAIS AINDA. ... Cidade Uvre. que contou com a par* ... a.ii ww pvivrua-** de aplaudirem delirantemente

«K NOVOS RUMOS «•o dt Janiiro, temona d» 5 o 11 de mole de \W% -

DOCÜMIITO C0SIJ0S0 01 MQMQTQSIA BtVtU TUBO S0IR£ A CHACIMA OE AM AMAI

Massacre Dos ParaguaiosFoi Atentado Vergonhosoà Soberania Brasileira

Teoriae háti.a »

NOVOS IU MOS. qur .Irtiuil.luu rui

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tir. u hoílrlijo cfllilr t»r*(U jajo nuiioilr .Ir Natal, rm |rffi|ui|u |.ri>llrlru pur «tblrro» 4o ttiiador Stromnrrrm ruaiplieldadr rom autoridade» bra*sllrirat. conlra I Inerme» ridsdio*. parajuiiu. *jur procuraram rm nona irr*ra r-fucio para cwapar a *anJia da li*rano guarani, aprrunla hajr aa« «ru»leitor** a Inlrira da drnúnrla do pn»motor públlro contra ot bra«llrlro« In*dlrladm no barbara nia.urrc.

Documento rora|o«o dr uma aulorl*dadr militar braailrlra. o «r PranrU-

ro Iti.ilricur. dr Miranda, promotor drJii.ii* 4 da 9a Ih-flao Militar, a drnúnria rrtata i*•<»-« a trama qur rulmlnourom o j»%.t»--iiu.i dr 6 do« I refugia*il.". r rrvrla todo o prorrv«o ulllliadopela* autoridade* paraguaia*, r a «uaiurilnp.il.io num delito qur \t rarar*Irrliou lambem ramo t lotação abertadi aobrranla r •!•• trrrltiirlo braMIrlropo- partr dr milltarr. a «rviçó do dl-tado* Siror«nrr.

O promotor a«im relatou ... aron-trclmrntoi:

A denúnci *

Nu illa 17 de dezembro ile ilKk>, oi-to ;...: .„•.... atcançarorri o territóriobrnailfiro. nu Itigiir ilcnuniinadu "J*.i-tenda Santa llow" situada no di»irit<>dr Paninhos, neste Estado, pi/iam-ícrefugiados politnos ,. nCMO (-oni|lc.io seapresentaram à aludida fa/endá, ondeforam recolhidos c localizados numgalpão, a pequena distancia da scae.No di» seguinte solicitaram ao çanatazda fazenda providências no sentido ueman(er. o mais rapidamente possível,contato com as autoridades brasileiras,pois pretendiam regularizar a situaçãodo grupo perante às referidas autori-dades.

Enquanto isso, do outro lado dafronteira, autoridades militares dospostos de Cofisa c Ipchum "Paraguaia,entraram cm contato coan o subdclc-gado ele Paranhos (Brasil), Hilário Lo-pes, cientflcando-D da possível presen-ça de oito paraguaios no território bra-silelro c solicitando a colaboração dareferida autoridade no sentido de cap-turá-los. Chegaram inclusive a ende-.reçar os documentos de fls. 13 do 1PM'e 18. do inquérito policial comum (emàpenso) oficializando o pedido e de-eJinando a condição de criminosos po-líricos dos oito paraguaios.

As soiicjfacões contidas nos aludidosdocumentos nüo foram repudiadas pe-Ias autoridades brasileiras. Assim éque, através de contatos mantidos Jú-£10 TAVARES, subdelegado em licen-ço do Distrito de Paranhos e o majorde Cavalaria, de nome Samlego, no lu-gar Carapã (Cofisa — Paraguai), ficouestabelecido que seriam efetivadas rne-dldas para a captura dos revoltosos. Eainda como parte do plano a ser exe-cutado, o major Epifânio Cardoso, doParaguai, através do denunciado NINOGREGOL, cientificou a Hilário Lopesque estava à sua disposição, na loca-lidade de Carapã. o armamento desti-nado à prisão dos refugiados, marcan-do inclusive dia e hora para a entregado material.

Armas para os cúmplices

Realmente no dia combinado foramentregues, por intermédio de um sar-gento do Exército paraguaio, a JÚLIOTAVARES, que representava o sub-delegado Hilário Lopes, ti cs metralha-doras "Piripipi" c três mosquetòós.-iVa_dja 19, segundo consta do do-cumento de fls. 13, jà o major Samiegoíòra informado de que us oito para-guaios estariam, possivelmente, na £p-na de Garcote (Brasil*. Dai seu pedidode colaboração á autoridade de Para-nhos, bem como as providências emconjunto que foram tomadas, a partirdesta data. E ainda nesse dia um aviãoparaguaio, no qual viajavam o majorCardoso, Júlio Tavares, RobustlanAchucarro e um aviador paraguaio,fardado, descia na fazenda "Santa Ro-sa» (depoimentos fls. 118 e 119), quan-do então se positivou a presença dosrefugiados no referido local.

Dando prosseguimento à missão or-denada pelos militares paraguaios, or-ganlzpu-se cm Paranhos uma "comis-são", em dois grupos, que demandariamà fazenda para capturar os 8 para-guaios. Do primeiro gmpo faziam par-le Júlio Tavares, que o chefiava, NinoGregol o Robustiano Achucarra c dosegundo, o subdelegado Hilário Lopes,que o comandava o mais Sabadino Lo-pes, Tibúrclo Lopes e Porfirio Ln"°s.

Prisão de refugiadose maltratos

Lá chegando, a 22 de dezembro, efe-Uiaram a prisão -Ios refugiados, trans-Terindo-os do galpão para a sede dafazenda, onde permaneceram durante anoite, amarrados e severamente vigia-do?.

No dia seguinte, logo cedo, inicia-ram viagem para Paranhos, os para-guaios a pé e os seus condutores a ca-valo, embora três dos paraguaios cs-tivessem em precárias condições fisi-cas. Nesse trajeto, que durou dois dias,próximo á Fazenda Fioravantl (Bra-sil), junto á linha da fronteira, NinoGrego) propôs a Hilário entregar ospresos ali mesmo ao major Cardoso,rirp-tuido-se Hilário a fazê-lo.

Em Paranhos foram os oito para-guaios p.lpiados na casa do subdele-p:"'o. Nn diti 24 de dezembro, pela ma-nhã. Júlio Tavares dirigiu-se a Carapã,a fhümadn e dali, de avião foi condu-zido mo Ypelnim (Paraguai), onde ummajor, min identificado, lhe ofereceuçrrn mlj cruzeiros, terras o um cargofl-. -i.u'V-1'i.i'io iln p:,...,„,,.,j prr) trocados preces, proposta não aceita porJúlio, Au anoitecer du mesmo dia, des-

ia *i ¦ um •:.;¦->¦» do maior Cardoso, fèioutra proporia ao «uodrlrgado lltla-riu i !•¦ u|errtrrolo*ltte -...,.-.«* mil. i .<-.i- - -,-:-¦¦> rebelde», devendo e»te*«err-rn trancam*» num quarto, >,-¦•>lliliri» »e retiraria rom toda a lamllla.Ella , ¦ : •' * I"l :•:*•• li t-*

Imjwrii ' rom a relutância dr lll*làrin, qur nio queria entregar ot pre-m». a nau »rr com ordem direta e pea*«oal do delegado de Aniambai. o majorCjrdofo •¦¦¦•:*.<¦ i entrar em ronlatorom a relerida autoridade para •*• '\er !•¦/ ¦ o assunto. E. no dia 23 drdrzemor», ** nove e trinta horas ater*:.-'-* no campo de pouío dr Amambai.arompanli» '-> de Nino Gregol. Cellnoi. i; ¦ - o um aviador militar paraguaioifli 1 IS e 136». O encarregado de co-munlcar au denunciado Inocêncio Ro-drtcuc» que o major lhe queria falar,foi i .:. ... Lopes.

Suborno de Inocêncio

O encontro Ioi marcado na casa ueGrrgôrio Portilfio, tendo durado algumicmpo. Ficou acertado entUo que. me-diantn trezentos mil cruzeiro», o» pre-soi teriam entregues, sendo que dessaImportância cem mil seriam pagos no«tia 'ir, n» pcnséo Mansui. cm 1'cdroCaballcro uaraguali, pelo próprio ma*Jor Cardoso c o restante através úeNino G/egol. quando este vendesse"ecru tropa de gado a ser negociadadiretamente com èsse mesmo major cdepois de contrabandeá-la do Paraguaipara o Brasil". Combinou-se. íinalmcn-te, que esperariam cm ipchum (Para-guàili a Inocôncio Rodrigues, ondeacertariam os detalhes.

Aproximadamente às doze horas des-se dia de Natal, o denunciado InocôncioRodrigues, após receber o oficio do subdelegado de Paranhos idoc. fl. 14 in-quérito em apenso) solicitando a re-moção dos presos para Amambali,imediatamente providenciou um cami-nhào a flm de deslocar-se para Para-nhos. Nào deu conhecimento do faloirecebimento do oficio) ao destaca-mento militar. Apenas convocou paraseu auxiliar ao denunciado João Ta-vares, a quem deu conhecimento datrama, tendo este aceito participar damesma.

Prepara-se o massacre

. Prepara-se o massacre chegando aParanhos à tardlnha, Inocôncio, desdelogo Iniciou gestões junto a Nino Gre-gol, Ãjlário e Júlio Tavares, visando oacerto dos detalhes finais para a en-trega dos presos. íRlário nessa ocasiãodissera a Inocôncio que á entrega fi-caria sob a inteira responsabilidade dê-le. Inocôncio, deixando porém a crité-rio deste pagar-lhe ou não os cinqüen-ta mil cruzeiros.

Logo após essa conversa, Inocêncio,Nino Gregol e João Tavares rumarama Ipehum (Paraguai), a fim de cien-tlficaram ao major Cardoso de quetudo havia sido combinado com Hi-lário. bem como resolverem com aqa;è-le militar "os últimos detalhes rclati-tivos à entrega dos rebeldes". A reu-n}ão, com esse objetivo, foi realizadaem terltório paraguaio, no boíicho deElizo Jimenez, com a presença deste,major Cardoso, outro paraguaio nãoidentificado, Inocêncio, Gregol e JoãoTavares. Acertou-se, então, o local on-de o caminhão deveria estacionar pa-ra a entrega dos presos, tendo nessaocasião sido oferecida uma corda depesca para amarrar os rebeldes. Sò-mente dois retornaram, pois NinoGregol tomou rumo ignorado.

Em Paranhos, Inocêncio e JoãoTavares jantaram na casa de Nino.Em seguida rumaram de caminhãopara a fazenda de Antônio Carpes,onde se achavam os presos.

Antes disso, porém, às 2Q horas,aproximadamente, um grupo de ca-valeiros passou na casa de GenaroAntunes, junto à linha divisória, es-tando alguns fardados, encabeçadospor Uino Gregol, elementos esses quedemandavam evidentemente áo localpreviamente combinado, para a entre-ga dos presos.Realmente, às 22 horas. Inocênciorecebeu os rebeldes das mãos de Ri-lário, a querri passou o recibo (fls. 12).Em seguida Inocêncio ordenou que ospresos fosses amarrados uras -*-< osoutros.

O crime vergonhoso

Incumbiu-se dessa tarefa João Ta-vares, tendo os presos sido colocadosna carroceria, "qual cadeia única", nãopodendo locoanover-se, senão conjun-tamente.

A viagem foi iniciada com a pre-sença de Inocêncio e João Tavares nacarroceria, sendo que este último sem-pre ilijmlraava os presos para verificarse continuavam amarrados.

Quando já hayiam percorrido unssete (7) quilômetros, exatamente noponto convencional (a 5 quilômetrosda linha divisória Brasil—Paraguai),o caminhão parou quase bruscamente.Neçsc momento," no meio do mato,aceridiam e apagavam uma lanterna.

Logo a seguir, Inocêncio e João Ta-vares saltaram cjo caminhão, tendo oprimeiro se dirigido a um dos assai-tantes e. após ter falado coiii o mes-mo eari guarani, ordenou aos presos,sob ameaça de'üan revolver "que des-cessem ligeiro".

Diante do terrível imprevisto, ospresos í'carám atarantados e, lnstin-tivamente,

"rio desesperado esforço de

fugirem à chacina que os aguardava,foram se jogando para o solo, uns jálibertos das amarras e outros enlea-dos ainda na "cadeia única", enquan-to os assaltantes, suficientemente mu*niciados, iniciaram tremenda fuzilariacontra os Ihevrncs assaltados. Salva-r:>m-.,-'r. r.otit'"'i. doR Um deles fln-'gitfl.SG do lTI^-to e OUt'0 SC r'"'*"H"!lOUno mato, coan um ferimento no rosto,

rol perteguído por um cavaleiro, ma«ruiueguiu • -• .<i>..r protegido pela noi*te e petat moitas.

.*-'*-!.. altura. !:•¦...-..... r Joáo iavare* eram espectadores da chacina,até que (oram intimado» a seguir via*gem,

No dia «cguiiue, o denunciado luu*rendo romparrreu ao Pêclmo-pnmrrio Regimento dr Cavalaria, sediado rmPonta Porá. onde f<- entrega de umametralhadora pertencente nos oitopresos paraguaio» tendo declarado,nessa ocasião que nào sabia do des-tino dos refugiados, pois tí.ra tta.-adopor um grupo de paragunloa arma*dos.

Inocôncio. no dia 27. recebia, porIntermédio de um cmi&tário do ma-jor Cardoso, a Importância de cemmil cruzeiros, distribuindo dessa im-portancla cinqüenta mil para Hilárioa dez mil para João Tavarea.

Ai ettfio, minudentemente narrados,ot fatos e seus antecedentes.

Recursos imoraise criminosos

Observa-se, desde logo, que as au-torldadcs militares patagualas, nota-damente o major Cardoso ida Acro-náutica), autor Intelectual de toda atrama, usaram de rocursos imorais ecriminosos, objetivando, acima de tu-do, o massacre de refugiados políticosdentro do nosso próprio território.

Houve ligações entre aqueles ele-mentos e autoridades civis brasileiras,alem da participação de outros cie-mentos civis nossos, todos identifica-dos no sentido de encontrarem solu-ção rápida c fácil para a entrega dosoito paraguaios. Aceitaram os brasi-ic.aos armas paraguaias.'Posteriormente, com o acervo cadavez maior do major Cardoso, em faceda recusa Inicial de Júlio Tavares eHilário, Inocôncio foi subornado. Osoutros, conversados por ôle, tambémaceitaram, principalmente Hilário, queassèntiu na entrega dos refugiados,mesmo sabendo, pelos antecedentes,que esses presos iriam ser entreguespor Inocôncio e positivamente trucida-dos, pois o major Cardoso Já haviaantes proposto a Hilário trezentos milcruzeiros pelos presos, devendo estesserem trancados num dos quartos dacasa, enquanto a familia de Hilário eeste se retirariam por alguns lnstan-tes.v

Os denunciados Nino Gregol, Celi-no Lopes e Robustiano Achucarro,desde o Inicio foram elementos de li-gação entre o major Cardoso é asautoridades de Paranhos e Amambai,precisamente Júlio Tavares, HilárioLopes e Iriocèricio Rodrigues, acompivnhando inclusive, em viagens aéreasem avião paraguaio, o major Cardo-so. quando de suas constantes arti*i-uiaçòes para atingir, de qualquer ma-neira, o objetivo a que se propunha.Sabe-se que nos entreveros entre íe-galistas e guerrilheiros teria morridoum cunhado do major.

Violação da soberanianacional

A perseguição teria caráter de vin-dita'. Dal o seu açodamento. que cbe-gou ao ponto de, além de subornarautoridades, invadir o nosso terntó-rio, com á conivência dos denuncia-dos, o que traduz delito contra a se-gurança do pais, "por implicaremofensa à sua independência e sobera-nia que são os pressupostos de forçamoral imprescindíveis ã existência doEstado'""," pois

"ô território "é"'a basefísica sem a qual se torna inconcebi-vel aquela existência".

Conforme se verifica destes autos,a trama foi cuidadosamente prepara-da. Embora as autoridades civis deParanhos tivessem clèpcla de qi*e setrafava de c|ernentos refugiados, aip-da assim, por força de solicitações

'in-cabíveis dos paraguaios, retivéramaqueles elementos, em Paranhos, de-pois de tê-los trazido da fazenda San-ta Rosa, a pé, numa viagem penosade dois dia, sabendo-os doentes algpnse cansados toejos.

Além (Jo mais, as autoridades deParanhos, diante das circunstancias,teriam de encaaninhar rapidamente osreíugiadus para Amambai (uma- vezque da fazenda à Áiriambaá, a qlstâp-cia'ora mepor e a estrada com maioranovlmentò de automóveis), o què nãofizeram e de maneira 'proposital, fa-cilltando assim o desfecho sanguino-lento c)e 25 de dezembro.

Note-se ainda que o denunciadoIrçocêncio acertou os detalhes còm osparaguaios, algumas horas antes docrime, fato esse inteiramente ajusta-do ao seu procedimento posterior,quando transportou òs ojto paraguaios,devidamente amarrados, altas horasdá noite e sem nenhuma »¦•*¦•¦ "-

Natal da traição

Era sem dúvida um Natal da trai-cão a homens aflitos, que pensavamhaver encontrado o ambiente da 11-herdade, a que tanto aspiravam. Aoinvés disso, encontraram' os seus ai-gozes, os quais longe dos seus fami-liares na tradicional noite natalina,'numa tocaia, no território que viola-vam e com a cooperaçãoTle autorida-des civis e outros elementos nossoscomodamente, chacinaram seis homensamarrados e inteiramente desprotegi-dós diante de assassinos suficiente-mente municiados.

Era a jurisdição de "quatreiros"que se exercia, não dentro do terri--tório paraguaio, mas em nosso, pró-prio território, num atentado rigorosoe metòdicamente planejado em "boll-chos" pnraguaios, nos postos militaiesda fronteira e cm Amambni. Nessesentido, o major Cardoso uj.lii*>aya-sede rr-iões níir.o"i,pio.s. mm p-ijp^oresfarra.»do'*-, rt„~„ ,.,.!n rnl ,.;_ ,v,a.sileiras c nó próprio campo de Amam-

!¦.•• quando ali e»iôve rom rlrmrnt<>sbrasileiro», o» denunciado» Nino Ore*gol e Ceiino Lopes, para «uooinar odelrgadn inocêncio Rodrigues.

Veritica*»e. portanto, u • I rxuo*¦..¦>•• feita, qur o* denunciado», alta*dos a elemento» mllltare» ettranget-ro». notadamente o major EpifamoCardoso, conjugaram esforço» t ali*vidadet, que redundaram na Invasãor violação do nosio território c np ho*micldio de seis refugiado» polltiro»paguaio». tornando-si. tm consequòn*na, roautores dôstf último e rrupon--4-..I-. pelo crime contra a segurançado Estado.

Os acusados c as penarpedidas

Koram indiciado» no processo Ino*rénrlo Rodrigues, Júlio Tavares. JoioTavares. Hilário Inprv Cellno Lope«.Nino topei r Robuxtian Arhucarro. To*do» rir. tiveram contra si a dtlrrml-nação de priiio preventiva t o pedi-do da promotorla para qur o Trlbu-nal aplique as mai» severa*, penas.

O Julgamrnto esta sendo arom*»a*nhado rom grandt enoçio cm MatoGrosso onde. além dai penas conlraos acusados, o povo exlgt as mal» sr-\reras medidas governamentais nosentido de se Impedir a repetirão drfato como o acima narrado, assim ro-mo medidas rapates de salvaguardaria soberania nacional ronstanlrmrntrultrajada r violada pelos oficiais esoldados paraguaio*, estimulados dl-retamente pri» dltadar Straestner.

O Que Caracterizao Trabalhador,o Operário?

-!>.-(• ,u so leitor* •¦• - •*-..'.-. o> «••- • x

t justamente •oure e»*» quesiao aue a reiflsta "Problema* da Pas p do¦ > ia..Mu- iniciou, no ano a ¦¦¦ :•»*• • um . -¦.«-. *-..*;. • de ........ O debatee«u em rurw ê pode **-t afoinpanlisdo a partir do» números 5, N 13. de IW,Ja op liaram *Obre o pitibirma» fitudiow» e troncos marxista» dr vanui pai*Mf. Também a Canatallio de llrdacao da itevUla tittrmatirou . dttcnvoheu.:¦¦:¦¦: primeiro rumt-iiiario. uma parir du» «rgumeniu» apirsrntadoa,

: a., ha ainda uma opinião unanime «obrp o rrtterio a adotar para •'¦¦•¦¦mr o proletariado modrrnu Ha o» que ronuideram qur tm famn parle da ria»*ir operaria o» que criam mau*valia; * que nio arruam que a produção r adUtnbuiçao formem um iodo Para rir», a iene, «egundo a qual im empresta*«In» r w técnico» «io parte inietiranie da rtaue operaria, "nio «¦-•'••» Sinda,euniKuamente tundaniriitada * lia o» que evitam ainda deiiniçór* * geurra*iiraçórs rategorira», E ha o* qur adotam ¦• rrilério dr que a ela*»* operaria• ••;.;>:. i-..:.- todo» os que nio «áo dono» de meios de produçáu e vivrm, ex*rluaivamente. da vrnda dr »ua lórça de trabalho Sio, alé agora, a maioriadi>» que participam no» debate»- Coniidrram que t# devnn incluir, na» Hiena»•o< . .4- •(- uprrarla o* qur trabalham na produçio inatriial r o» qur r»tio liga-da» ao» diferente» '.;>.» dr «rrviro»; os que vitrm de aaiario». romo os queo.rtti oe ordenadoi r uiicimritto*. r. metmo, uma uarte ronsideravel da*piutusAe» liberal», rm que a foiça de trabalho dr méalro», advogado», ente*•ihetro». etr, é vrndlda a ....-•< rmldadr». firmas r ontanitaçOrs luridlca».clinlra» v ho*pital*. j •.•*.*, .....¦¦• ou do Estado. Con*idrram que todo» e»jr<trabalhadores, manuais r intelectual», apriar de diferença» .- mniculandadeaquo a« riu» r. ttominanir» procuram ;¦-..¦.,.( r* orsriivolvrr. rstio ligado»40 proletariado por «ua .-.-...... social e eronúmlca, e por suaa relações faceso capital.

A base teórica para t»**t rqnclusor» sio as apreciações de Marx. Engela•• Unln. sobre o trabalho produtivo, r. nn particular, sobre a dellniçio das'ii"" e tua característica fundamental: a*, relações em que oi homens »«i-iM-<>i'.ti.im (ace ao» meios de producio. 'Por proletários ~ escrevia Eneels— cumprec|ide-»e a classe dos trabalhadorr» asnalanados modernos que. pri-vados de melo» de producio próprios, sr vêem obrigados a vender sua torçarar trabalho para poderem viver".

Em seus comentários, o Conselho de itrdaçio da Krvuta opoia-»e. par-llculaimente, rm duas conclusões da teoria mnrxUta: a dr que so podem serIncluídos na classe operaria os trabalhadores aualariados que. com seu tra-balho, criam ou captam mals-valla para os capltallaa»; e a de que. para a bur-«ursla, nio tem Importância decisiva o (ato de que essa mals-valla seja pro-du/ida diretamente, como massa de mercadorias, ou Indiretamente, rriandu ascondições necessárias para sua rcdlstrlbuiçào. Assim, o trabalho realizado naesfera Improdutiva, a flm de captar a mais-vaifa, é para o capitalista taloprodutivo como o que se faz na Indústria, no transporte e em outros setoresda producio material. Essas constatações adquirem importância especial emnosia época, quando "uma parte cada vez maior da mals-valla é assegurada

através da exploração de trabalhadores ocupados na esfera da distribuição e dosserviços".

Como se vp, são problemas qur interessam profundamente nossa lulapela ampliação da base social c política do proletariado, pela conquista dede sua hegemonia na revolução; c que ressaltam, mais ainda, a necessidadedo Partido Comunista, como vanguarda das massas operárias em seu con*Junto.

Um Pecado da RevoluçãoHAVANA (FL) — As revoluções,

transformações sociais radicais e ace-leradas, feitas como o exigem as cir-cunstâncias, nem sempre ou quasenunca, ou talvrx nqnca — amadureci-das e previstas cientificamente emseus detalhes, feitas pelas paiaões,

pela Improvisação do homem em sualuta pelas reivindicações sociais, nio»io nunca perfeitas. A nossa tampou-co • foi. Cometeu erros e está pagan-do caro poe alguns deles. Temo* hojea evidência de uns. sem repercussão,mas qúe bem demonstra a verdade doditado "Deus os fas • o Diabo osJunta-"

Ínando as tropas de invasão, ai-

radas, com oc pes abertos em fe-ridas, ensangüentados e ulcerado* pe-Ias afecções provocadas pelos fungps,mantendo ir.dene somente a fé. ene-garam ao sopç do Eicambray. foramalcançadas por uma carta insólita. Vi-nha assinada pelo Comandante Car-rera e nela se prevenia a coluna doExército Revolucionário por m|m co-¦nandada de que nio podia subir aoEscambray sem deixar bém aclaradocom que propósitos o fatia; antes desubir, devia deter-me para explleá-lo.Determo-nos na planície, nas condi-çõe sem que nos encontrávamos eameaçados de cerco todos os dias, doqual sé podíamos escapar por nossarapidez de movimentos! Essa foi a es-sência de uma longa e insolente carta.Seguimos adiante, espantados e con-tristados porque não esperávamos issodos que se diziam nossos companhei-ros de luta, mas decididos a solucio-nar qualquer problema cumprindo asordens expressas do comandante emchefe Fidel Castro no sentido 4C qúetodos se empenhassem para conseguira completa unidade dos combatentes.

Chegamos ao Escambray « acam-painos perto do pico denominado DelOlaispo, que se vê da cidade de SancliSpiritus e tem uma cruz no alto. Alipudemos estabelecer nosso primeiroacampamento e Imediatamente inda-gamos por uma casa onde deveria es-tar à nossa espera Wim dos artigos deque mais necessita O guerrilheiro: ossapatos Não havia sapatos; as fôr-ças da Segunda Frente cio Escambrayos haviam levado, apesar de terem si-do obtiçjos graças afts esforços da or-ganlzáç|p do ?6 de Julho. Tudo amea-cava acabar mal; entretanto, conse-guimos fios manter serenos, conversarcom um capitão que topamos pejafrente — que ficamos sabendo, depois,haver matado quatro combatentes dopovo que quiseram ir ocupar seu lu-gar nas fileiras revolucionárias do ''fide Julho abandonando a ÇegundaFrente — e tivemos uma entrevista,inamistosa mas de modo algum viQ'lenta, com o Comandante Carrera.Este havia ingerido já a metade deunia garrafa de licor, que era iam'bém a metade de sua quota diária.Pessoalmente não foi tão grosseiro eagressivo como em sua carta dediasantes, mas nele- se adivinhava iirrYinimigo.

Depois ficamos conhecendo o Co-mandante Pèría, famoso na região porsuas correrias atrás das vacas doscamponeses, que lios proibiu enfática-mente de atacar Güihia dè Miranda,pois o povoado pertencia a sua zona;ao argumentarmos com ele que a zonaera'de todos, que era preciso lutar eque nós tínhamos armas melhores é.em niàlpr' nuhiérp e também mais ex-periencia, rcsppndeu-nos simplesmenteijjjc possa bnsodlrà ' tinha o seu er|iii-valente nas suas- 200 espingardas c

rjué 200 esplngáVtlas iporlnziani o mes-mn buraco qiieuniá hazoojra. E pronto.,Óuiniadé Mirapda estava destinadaa.'sei;gomada' ppláSeçunrja Frente enós não pntiiamos atacar.' Está cia-rjj gite~nãtr4héJfi^&inósjr^^ mas fi-camos de sòftréà/i-jsc HTãrrte—desses-perfeospíí "aliados".•!MÁl*os <jtna' longa série de abusos epjlhaçens, onde nossa paciência foivt^ti $ prova infinitas Vezes e ondeagüeptamos mais ido que era devido,|eeupqò á .jqs|a, crítica ^o cpmpanhei-ro Fldei, chegou-se a íim "síátus oiip"cm nue somente pos permitiam fazera reforma agrária ém |qda ^ zona^ per-lecçntc à Serruprla frénfe sç os dei-xássèjnrfs cp^rlí^ [•rJUBâlfiS*' Rpraráf hn-postos,1 a pnlj|VÍ'S

'IfSfPfft*!™--[oria c Io

em lu|a sangrenta r continua as prin-cipals cidadrs do pais e contamos combons aliados no Diretório Revolucio-nárlo, cujos homens, em menor nume-ro e também com menos experiência,fizeram tudo que foi possível paracoadjuvar nosso êxito comum. A pri-mrjro dr Janeiro o comando revolu-cionário exigia que todas as tropascombatentes se pusessem sob minhasordens em Santa Clara. A SegundaFrente Nacional do Escambray. pelavox de seu chefe r.utrerrez Menoyo,imediatamente se colocava sob minhasordens. Não havia problema algum.Demos então a instrução de que nosesperassem, pois tínhamos que põr emordem os assuntos civis da primeiragrande cidade conquistada.

Naqueles dias era difícil controlaras coisa» e, quando nos demos conta,já a Segunda Frente, atrás de CamiloCirnfuegos, havia entrado "fieròrca-mente" em Havana. Pensamos que po-dia ser alguma manobra para se fa-zerem fortes, pgra se apossarem dealgo. Já os conhecíamos e cada diaficávamos conhecendo ns um poucomais. tles tomaram, de fato, as posi-ções estrafégiras mais importantes, pa-ra a sua mentalidade...

Passados poucos dias. chegava aprimeira copia do HotcJ Capri assina-da por Fieitas: 15 mil dólares em co-mida e bebida, para um reduzido nú-cleo de aproveitadores.

_ Quando chegou a hora das nomea-ções, quase uma centena de capitãese um bom número de comandantesaspiravam às sinecuras estatais, alémde um grande e "seleto" núcleo de ho-meus apresentados pelos inseparáveisMenoyo e FJejtes com pretensões a tp-da uma série de cargos na nova ad-minjstração. Não eram cargos extre-mamente remunerados; todos tinhamuma característica em comum: eramos postos onde se roubava na admi-nistrgcão nre-revnliicipnária. O? ins-petorrs da F^cnda,,ns arrecadadoresde impostos — (odos êçses lucres emoue circulava dinheiro, c forçosamen-re passava por seus ávidos dedos, eramíruto de sua/ cobiça. Essa era umaparte dp exérr.jfo rebelde com que de-víamos conviver.

Desde os primeiros dias surgiramdivergências sérias, aue às vezes eulmi-navam com .discussões violentas; mas .semor*. acnbávájpos cedendo a bem' daunidade. Mantínhamos o princípio.Não permitiríamos que se roubassepem dávamos poslns-chave àqpelesque sabíamos aspirantes a (raidores;mas não os eliminávamos, conjempo-rizávamos — tudo em beneficio deuma unidade que não estava jpla|-mente comprer-iHida. Esse foi um pc-cado' da revolução.

O mesmo pecado nnc a levnu a pa-gar salários suenaentos aos Barquin.aos Felipe Pazõs, às Tcjé p!)fii*ip c atanlns outros pue a revolução rfifntj-nha enerendo evitar o cpnflilp. ffífsÚ^dn de, comprar seu silêncjp çpiri urntácito ênfentilriieritq enirij jjjji sptdp--?ratiricacão e um finvêrno pife elessóCperavàm a ocasião nira tr.nír. Maso inimiço terri mais (|in|ieirp e muisineios dé sqbornar as pessoas. Afina,|,qiae nodíainos nós oferecer a upi Flcj-fes ou a ijni Menoyo a pãp ser um])'!'' i de {riijjjalho e de sacrifício?

Ê|es. qt|c se anroycilarãiri das bra-ya|as dc lima luta que náo fizeram,sepiprn epi hjisra de 'posições, sempreprpr|>ran(]o ficar nertó dc onde odi-nheii-n csjnva ;.o aró'ãHbé da mão, sem-nrç forca n*!(i d ncesso em tortos os ga-binc(es mjijj^tcriai^ desprezados por(oi|ns os revolucionários puros, no cn-tat|to tolerados — ainda que a conlra-

Comandante ERNESTO CHE GUEVARigosto — eram um insulto i nossaconsciência de revolucionários. Cons-Untementr. com a sua presença, ap.ui-lavam no. o nosso pecado: o pecadoda transigência para com a falia deespirito revolucionário, para cnm otraidor em potencial oa consumado,para oram • eovarde, • ladrão, o "co-me-va**a".

Noasa Mmetétaeaa se limpou depoisque o Diaba» Juntou-os todo» em bar-quinbos ramo a Miami. Muito obri-gado, "come-vaeas" da Segunda Fren-te. Mtait© obrigado por nos aliviaremda exoerátycl presença *V>s eomandan-tes-da-bóca-para-fora, dos capltães-de-fai-de-eonta, dos heróis que desço*nhecem o rigor dás campanhas masnão • aconchego fácil dos lares cam-poneses. Muito obrigado, (amhém. pornos darem essa lição, por nos mos-trarem que não se pode comprar cons-ciências com a, dádiva revolucionáriaque é exígua e exigente para com to-dos. por nos mostrarem que temos queser inflexíveisiiiante do erro, da fra-queza. da dor, da má fé de quem querque seja, que temos que levantar-nose denunciar e castigar onde quer quesurja algum vicio que vá contra osaltos postulados da revolução.

Que o exemplo da Segunda Frente,que o exemplo de nosso querido e bomamigo, o ex-ladrão Prio, chame-nos àrealidade. Náo façamos cerimônias,chamemos o ladrão de ladrão. Emhonra ao que batizamos comodamentede "tática revolucionária" viemos cha-mando todo esse tempo de "ex-presi-dente" àquele que outrora nos cha-mava de salvadores d.e Cuba e ago-ra não hesita em se referir a nós co-mo "comunistas desP***zÍYeis".

O ladrão é ladrão e morrerá la-drão. Pelo menos o ladrão de alto co-turno; não o que em alguns países,desesperado, fem qur roubar uma mi"galha para dar de comer a seus filhos.Aquéje que rouba para obter mulherese drogas ou bebidas, para conseguir asatisfação dos baixos Instintos q"uc osanimam, será ladrão toda a sua vida.

Juntaram-se do lado de lá todos psnue ofendem à nossa consciência! osFelipe P;azps, oue Yépa>m s**a bonés-iiuauc uu.i.u .mi.! «(ia niueug para sereolocad» à frepte"iɧ jpstjtjiçpes "sé-rias"; os, Bufo LM?*. OÚ 'Justo Carril-Ios que nao poupam esforços para seacomodarem à situação e galgar qmdegrau a niáis; ps I^f|ró (Dardopa, opor-tunistas eternos; ps ladrões incorrigi-vçjs, implicados em assassinatos doppyo ps "cpme-vafias" çpjas "faca-nlaas" fjçaram para serrapi/e lembradasentre a massa camponesa na zonado Escambray, por pntjc espalhamma lanças e um terror ainda maiorque o dos prpprjps soldados da fira-nia. ÊJcs são npsjia„OHisç|ciM4aí--Miisr-'

¦'-raiM-quai' é" o'hõsso pecado, um peca-dp da reyoipção que não deve se re-pefjr.

A.«ondula rçvolpçjppária é cspeUiod"} fé rcvplqciotiárfa c. PHíTlP alguémoue *> rfiz reypliiçipniirip nãp sé con-duz comp fal, é porque ijãó passa deum descarado.

Que se abracem calorosamente osVenturas e Tpny Varorias',. que tantodisputam entre sj. Prios c Calistas,Gutiérrez Mpnoyos e ^-inchez Mos-queres; assa.ssjnos qqc'matavam parasatisfazer algum desejo jnédjio em no-ape i]c saia cobiça é ássassjnps que ma-favam para aplacar uma cpjiiça cmnome da liberdade; ladrões c vende-dores dc honradez, oporlunistas dctodos os feitios, candidatos à presi-dêneia — belo conjunto.

Obrigado pelo multo que nos cnsi-naram.

A historia c louca,1

Nós ocupamos

CARLOS Pi SA BêIÍRRA?erJem-nos a publicação ç)a çgguirife f]0\q:'Os comunistas do setor de panificqçqo do Esfacjo ria Guanabara

comuni-cm our- Carlos dc Sá Bexorra não mais pertence âs fileiras con.unis-lcs. Alem c/r: ter tido, corpo dirrlcr do S:n-!icalo da corporação, condutoincii"*ia dc mi comuniila, Çailo; dc Sá E--erra lígo:j-ie, ültir.-cirr.-rle, aum cl-nr.irVo -Movimento Rcnovcdorv em noipe do qual vem pralicandoüma rcrie t!c alos contrários à unidade do mrvimento operário.»

¦**., J.H. • - JJ «'íkj ......... .-

Page 5: ã .-g**^*.-' FIDEL PROCLIMI SOB DELÍRIO DIS MULTIDÕES ... · cem sabre país. MAIS AINDA. ... Cidade Uvre. que contou com a par* ... a.ii ww pvivrua-** de aplaudirem delirantemente

— Wo d« Janeiro, ««mano de S a U dt mote de 1961

Notas Sobre livrosNOVOS ftUntüS í-

mm Wm' I EU'*t - - r l„c„ u|.»..oct láíU-aic.5 Iuo linj^Urü, Q> . USltâf H|»'t deflf-'

ndtmiviiW d« cada um dos livrai que lenho recebido n«*te» último» ro***,«>"« po. Iüo forcado a fa*ri um simples regt»iro coletiva dat **Mt*aS n ••..:>¦ •(Ando dem moao a meu auradreimento aos amores - rditi ;«-.- que me »»«>guiaram rom suas olarias,

• . =.: prlo; poetas, criadores de cmoçio, companheiro* a .- mu*mento» dr tu,",» |iíiia alegriaMarcos Ana — Poema* Dtide Ia Cartel Introdução e tradução de Rolando

Roque d» mu». ...-:> n;j-:..M.:r Marra» Ana t p-tudonirno de um poriaoue *•» lê* im ..:•..•!.¦;.• «ir n ü„ - na fcsiwntia, • w :- cumpri1 lia ¦ > -.- 8.hmuiru i»uu!i» condenteio per "ttum político'. Aqui, naturalmente . emotao e«wonimo d» coleia

íleir Cítinpui _ canta Pimiwiio. Kdlçio Vitoria. R já o wiimu livroSe" irotMtu do autor, cm plena forma « avançando sempte rm *eu :> -r den*«••'- r.<« r.. ramo

(Jt-ir Campo* — P<• -•¦¦¦ Alemã, Edição du Serviço de Documentação do.;: - \....... de 4U0 piaiuas rontendo traduções próprias e alheia* em»er.T wra-iic ri**, dr poemas de uma centenas de poeta» alemães.'¦•¦¦¦ de Oliveira — Hsjittcaçáo ¦•¦* Narciso, Edição da Uvraris Sao Jwi«. »'..- cuja estrela, rom o livro Circo da fumai em, fui uma urdsdnni rvte*•çio, coiiluma aqui e amplia «rui dote* excepcional* dr poett*a

Fernando Mendes. Vianna — A Chore e a Pedra. Edição dn Livraria Sãolu»*. k >¦.-.¦• u Ateundo livro de um jovem poeta qur promete ir ton*»?, < ja¦Vara e mau qur «imples prometiar ' Alcides t*into — /l/to dot Patrupachas. Edlçio da Livraria 84o "¦•>« Pj*trupat-ha». ao que parece, e uma ilha surrealuta, perdida em mares lambemnurealiMo* Eu conic»so pro»aicamrn(e preferir a ilha realista de Cuba: ma»liÓAio não »e discute, e o poeta é livre de se entreear a todas as expertcm-la*formais, Inclunive as que levam a tào perigosas ciladas eomo es«as qu* o chama*do coneretumo está armando a jovem mais ou menos incautos. Franca-mente, e mui cordialmente, eu sugeriria a Alcides Pinto uma viagem — mesmomiaginaila. não concreta ¦ a ilha de Cuba, que é a Ilha de Nicoli* Oulllon.

Cardoso da Fonxeca — Contos /trroiuclo-iar/ot oral ira Editora Autora.í. !¦ poeta que oscila entre extremos de combatlvidade e de lirismo comproupautarem para Cuba, mas ao que parece nào chegou a embarcar. E* pena.Do seu livro eu estou preferindo, por enquanto, os versos caiimirianus dcCabo Frio — apitar de caslmiilano».

Jamil Alniansur tfnddad — Romanceiro Cubano. Editora Bra»llien»e. Jao meu companheiro Rui Facó ocupou-se deste livro néste jornal*. Nada tenho aacrescentar aos merecidos elogio* que fia. Direi apenas que Jamil Alinaosurliaddad foi me<mo a Cuba. viu e nentlu Cuba, Impregnou-se de Cuba. Inte-grou-se cm Cuba, Cuba de Fidel e de Qulllén — e dai o *>eu magnífico Komun-caro Cubano.

AfoiiMi Ávila — Carta do Solo — Edição "Tendência", Belo Horlzuute.a sugestão de Cuba é tremenda — e bonUsima, convenhamos. O poeta AfonsoÁvila pés fincados na velha e sofrida terra mineira, ettá sentindo os mágico*eflúvtos du reformada leira cubana. Tudo multu fino e Milll, mas (azepdovibrar a» cordas da lira. Ainda bem.

Entre a poesia e a filosofia nem sempre a distância é muilo grande. Nà»."•> deve i .-i.iiiii.ir. portanto, que o registro de lautos poetas seja encerrado comum filósofo.

Alcântara Nogueira — /delas Viva* e Idéias Mortas. Edlçio da OrganizaçãoSimões, l.-.. If.ru li.it.i dc 1957, mas .so o recebi recentemente, dc sorte que odevo Incluir nesta resenha. Todavia, falar de filosofia nác é mesma coisa quefalar de poesia. Aqui o registro tem de ser exato, reduzida ao mínimo a áreaimaginativa. O volume do prof.Alcàntara Nogueira é prefaciado pelo filósofoitalo-argemlno Rodolfo Mondolfo, nome sobejamente conhecido entre nos.Segue-se uma introdução do próprio autor, oue divide o Uvro cm duas partes:a primeira, subordinada ao titulo — "A idéia no pensamento filosófico", e asegunda tratando da — "Significação sóclo-hlstórtco-fllosóflca do panteismogreso". No final, uma biografia adequada aos temas versados no volume. Eunão me animaria a comentar um livro dessa natureza, mesmo que dispusesse de:spaço. pois em matéria de filosofia sou apenas leitor lntert-s&ado. Mas não me-usta reconhecer no prof. Alcântara Nogueiraum pensador dc boa vocação, cujos trabalhose esforços merecem respeito de quantos noBrasil lidam cora coisas do espirito.

Correspondência — Jaime Blanco: comu-uique-me eom urgência o seu endereço.

HIDIOE DIS VIIOIDESDigam o que disserem jornais e jornalistas, não considero nenhuma

toomenagem a escritores e artistas o rato de mandá-los como embaixadorespara paises distantes, como anda fazendo o presidente da República. Eu, pormira, considero isso de um ridículo total. Por maior que seja minha ad-mlraçõo. respeito e até amizade por alguns dos escolhidos, creio que seriamuito mais útil ao pais e à inteligência brasileira, e multo mais dignolambem, dar-lhes cargos aqui mesmo, de acordo corn seus conhecimentos ecapacidade, tornando-os úteis á sociedade e a si próprios.O Itamarati tem milhões de erros, milhões de defeitos, mas é, afinal tapesar de tudo, uma escola de diplomatas. Há o Curso Rio Branco que é sério,seríssimo mesmo; homens*e mulheres só conseguem entrar para o Itamaratidepois de um mundo de exames Intelectuais, morais, íiiicos; só conseguempostos a duras penas, conhecem problemas, estudam, tem contado diáriocom assuntos internacionais, sabem como agir neste ou naquele caso. Di-aia-me um amigo que a diplomacia é apenas saber comer dlreltinho, saberonde sentar num banquete, conhecer as roupas necessárias a êste ou aquelefim, saber fazer salamaleques, etc. Não creio que seja bem assim; como tam-bém não me parece que uma pessoa por mais ilustre, sabia, inteligente queseja, possa, de um dia para outro, ir representar nosso país, defender nossosdireitos, divulgar nossa existência apenas pelo seu talento Intelectual epelo talento de ser amigo ou íalxa do presidente da República.

Gostaríamos de saber porque um general foi nomeado ginecologista ehs-í« de um hospital? Afinal há uma Faculdade de Medicina e para alguém sermédico é preciso fazer um curso demorado, estudar mesmo. Uma costu-reira pode sem dúvida dirigir um automóvel mâ? pára tal precisa tirar suacarta de chofer e náo poderá pilotar um avião sem brévé.

Não sou mulher de espantar-me diante dos problemas da vida. Sempi-eandei de olhos bem arregalados, querendo tudo entender, e, poi- isso mesmo,não me espanto com as nomeações para embaixadores. £snanto-me, issosim, de que os escolhidos aceitem tão simplesmente copio aceitariam umcopo de uísque ou um salgadlnho, numa feíja

Enfim cada um faz o que entende e náo sou nenhuma ingênua quenão saiba até onde poçje chegar a vaidade dos homens. "Vaidade das vai-dades, tudo não é senão vaidade".' Mas o que não admitq é que me venhamdizer que o presidente Jânio' Quadros cqjnessas nomeações está prestigiando escritorese artistas brasileiros.

O assunto é vastíssimo; mas paraque comentá-lo ainda mais? Vasto e ri-dículo. '

0 Homem no Espaço

^^^^^^ ^~^^

^^m^m^m^mm^

1'rossigo na entrevista que imaginei oom o ftOocMo * natla mikIomiadok HITLKR, através do livro que êle nofi deixou: «Minha Luta» (ediçãoda Livraria do Globo, 4a.). "'¦-PS — O que acha o sr. da livre organização, sindical?H — «E' <> mais lemfvel ínstrumepto de terror contra a seg-uranui eindependência da economia nacional, a solidez do Estado e a llberiladè dos

indivíduos». (pá*r. 49).PS — Sua opinião sobre o judeu?H — «O judeu í o maior mestre da -iienlira^ e ajiientir#_.js.A.iraud«-

_JÚto-MAMtm-MM)i^^ mãnmT, ler um jornal ju-deu e nfto tiver sido pelo mesmo difamado, nâo aproveitou bem o seu (Há*.fAjr. 208). '

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PS — E sobre a criação do Estadp de Israel?11 — «Os judeus náo cogitam absolutamente de Implantar na Palestina

um Kstado p»ra ali viverem... Querem apenas uni refúgio' seguro par* *sua canalhice, isto é, uma açadémja pára a educaçio de trapaceiros» íaff(.277). «Se Os judeus fossem os habitantes exclusivos do mundo, nfio só mor-rteriam sufocados em sujo e porcaria, como tentariam vencer-se e exferini-nar-se iiiiiliiuinenle». (pãíf. 258).

PS — Há uma raça superior? Por que acredita nisso?II — «Os arianos — raça ipie foi c è o expoente do iiesenvo|vimen{o

cultural da humanidade» (pág. 251). «Com assombrosa clareza e experlf-u-cia histórica demonstra que, cm toda mistura de sangue entre o Arianoe |M>vos inferiores, o resultado foi sempre a extinção do elemento civili-zaijor» (pág-. 244).

PS — Trata-se, então, de uma predestinação?H — «Genialidade verdadeira é sempre inata» (|>á|r. 250).PS — Como 'VC o sr. as massas populares?

' <¦11 — «Assim como as mulheres, cuja receptividade mental é i|e|er-

...iiihiIh menos por inotjyqs de ordem abstrata dó que por umá ja<le(inivc|nc<'essiiÍHi|e sentimental i|e unia força que as complete,' e, |io'r isso, pre-ferem curvar-se aos fortes a dominar os fracos, assim também as massasUüslani mais dos que mandam do que dos que'pedem (Pág. 43). «A capa-cidade de compreensão do povo é muito limitada, mas, em compensação, acapacidade de esÇquccer é grande», (pág. 157).

PS — Os íunc|amenlos da sua visão do mundo não. são irracionais?II — «Em política, não c raro o sentimento decidir mais acertada-

mente do que a razão», (pág-, 151).PS — Qual é a reação quando lhe falam do êxito de ura negro?II — «Uni negro tornou-se advogado.., Não se apercebe este des-

memorizado mundo burguês que se trata de um ultraje £ nossa rszíío?l'ois é uma criminosa idiotice adestrar, duranle muito tempo, um meiomacaco, até que se acredite que êle se féz • t,idyogádo, enquanto milhões de indivíduospertencentes às mais elevadas raças per-rnanecem cm uma posiçãq inteiramente in-digna deles» (pág-. SõS).

PS — Myk 'ima uerEunla: o sr. tei**w5j"

Uma das muita* rol*** Iurômodatda vida * irr que iMier palmas quan-au n um a< niào* (xuuada<. ram e*'ia u ....:.. o "mundo livre" áun*<> dam\A e iiiíu uma >*• ralraordlnanala*^nna düi <-,v. ;..... enquanto «»«'.'<¦ . :<¦:. ¦.!¦. atina* de lodo* m mani**l>4<« lombaier u • rooiuniuuu" ou e»*tao dr :..-¦.- ,!(.-.*¦ rum iodos t»< dr*du*, em cima da* • tralha** ou -bent"*que o "romunitn-tT lhes pos^a *lo*mar', muitos sao ourtgadu* a iuter¦¦ »-i-- por um liMtanie o teu a/á. aolhar |iara o alio . aplaudir romra-friio>. Ha terça de vinte anu* um;....'.-.¦ dr> Uirnto ««crevla em um

de seus livrot que a mulher tuasa *uma radrla, itorque nao pude criar osm>u* propiiu* filltiMi e outro. "Ildrrnacional . .•¦<...•.... ,-,„ outro livro queas mulheres na ftÚMia sao ordenhadatrumo viras porque não podem ama-mrntar ot •¦..-. propiios filho*. En*quanto isto. ao r<intrário. o% soviéilroteducam «• preparam uma nova cera-t-ào de !....:.,,,. r mulheres, djfetcnlcde iodas as geraçors que ja rxUtlramem todo o mundo em todos os leropot.apixvcitaiido em Ioda* as ocupaçôe*otels e dlgniflranies aa verdadeira*

ai'tidò>* naiurai*; «- im* ranimuaniata .* heir a dt*rutir n..>-.-.¦ - ** a t ¦•< *m itm ou ..í o "direito* de dar ii»*'iiuíào miüitu ptun^fi» apeni*, t<-»•r ouriiaioiia. ae pato ii(a*ileiro,

Verdaóimariieiiie o frito *ovieiiroatual eomo toda» o» amenair» um asua ¦¦:<<!:. «m 1911. quando ¦tn*fta*mu as fronteira* da Finlândia para a1- ::i* um hurnrm p--» - romo mui*tu*, de rtiaiura fitira. t alio romopouro* dt rtiatuia mural, qur penta*«a pouro tm si mas que pen*a'a muilo na Humaiiiditle, qur navia «ofrttlotanio romo oualqurr outro m Ituma*no t qur mait do que qualqurr outro

i.a o que era w ¦•- • farer para a'altacao do tiom*>m iiutitoirtdo rm m**tu.a*. no <j,-r; ¦!. ,.>!.,'.., <>, HrnryThuma* *a primeira rxperirnria hu*

• ;¦» de luvértio hone*io- f)si rm dl*anle a "rlvilliaçao oridental" pelu me.not no Rrattl, pni i. i..-. wm • • ;<?*»>d:..• tteolarta rom um fanrs de rrimi-i-i dt gravata torta, vote» r*e»all-nhadas t acompanhado de rrferén*rias rr|lrtnle* ou aberlamrntr* rontra-nos ao novo r malt lutto p humanotittema de organliaráo tocial. que ha-via criado. E att cm ItHO. quando li-

um iê liam ¦-•«•»." '«.'i au «ru **•<•*-'¦••¦ •" -¦•:«¦• hi lirw* ann». anuls mlidrrr* .,...•.- ... apatrvum rmiane«r* nu flw dr **i.-.i:. dr-mn'rhamto uma riianra a**#0« numgrande prato Nada •-••'- •mtwdiu náo*o qur a União Sourtira ¦*-¦" i¦>,¦•»•-¦¦•»¦' viiorima da guerra qur o "mun*do livre" (orlou ronda o *"roinuni»mo' ma* lamorm qur **- irau-format-»e logo rm srfUids em rainpea e t*tanlldora unira da !•••• ao mr»moIfBjipQ qu» erguia • it-ali«adora inron*'¦'¦'' -I < Progresso

Os que icm ¦¦»»*. - nau podem mai*.'.-?."¦• rego», porqur m tudo o qurIi

sr féi dr grandr prlo homrm na¦c» Hovittira. ii' u|r lintn. nio foivuio *rnio por algum, prlo mrnoi. oi. .i.M» i*ri. .>i ir nu.! o ttpaco e f"i <•que seja visto por todos M» étfr trlu t apenat um do* retulladot r tal-ttt dot mm..» impurlanirs. de umapiofunds evoluçio. dr uma Irantror-¦» * *•- radlral. qur. anlea dr roloca-lo no rtpaço. lurnou e rslá lornanduo homrm vrrdadeirsmrnle humano ao*btr a própria Terra 8e a Unlio Soglètlea Imje pode rraluar proeras ratra-:<¦¦¦ r¦ ¦: < •¦ para »r farrr conhecida e res-

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«BRASIL SÉCULO XI»TRADUZIDO RA ARGERTIRA

Acaba de *air em Buenos Aires aediçáo ca*telhana de "Bratil SéculoXX de Rui Faço, em tradução deCarmen Alfaya. T|ata-*e de uma gr>tu*de edlçio deMinida a todot ot \<>. <da America Latina de língua r.«panho*Ia.

"Brasil Século XX" foi Incluído ro-mo primeiro volume de uma rolrçüod» Editorial Platina de Buenos Airesdenominada "Colrcclun Pioblemas deAmérica". Na apresentação da ediçãoargentina dizem os editores:

"Com este volume torna-se reallda-de uma Idela ambiciosa que exlitiu denós Ingente* esforços para reunir umqualificado grupo de excrltorc*. Tra-ta-se da 'Coleção Problemas da Ame-rica" em que rada pais desta sufi Idaparte do continenlc terá um volume

Chefe 49 Polícia fascista tinfru to.pt.dir miuifiitiçir

REPÚDIO TOTAL EM SARTA CATARIRAA AGRESSÃO DOS EUA CONTRA CUBA

FLORIANÓPOLIS, abril (do Corres-pondente Fernando Pereira) — Dlver-sas manifestações foram realizadasnesta capital, nos dias que se seguiramà invasão de Cuba por mercenários aserviço dos imperialistas norteamrii-canos, de solidariedade ao povo cubano.Estudantes e trabalhadores manifes-taram nas ruas seu repúdio ao ato co-varde e, na Assembléia legislativa, nu-merosos deputados se pronunciaram emrleíésa da Revolução de Fidel Castro çcondenaram a intervenção dos BetadosUnidos.

De realce foi o pronunciamento daComissão Sanla-catarinense contra aintervenção em Cuba, que divulgou umvibrante manifesto ao pov0 do Eslado.O documento íoi assinado, entre outros,pela deputado federal e vice-governadorDntttel Andrade^ pelo deputado Agosti-nho Mignoni, primeiro secretário daAssembléia Legislativa, pelos vereado-res Moacir Pereira, presidente da Câ-mara de Florianópolis, Hélio Peixoto.Júlio Paulino da Silva, Manoel AlvesRibeiro, Domingos F. de Aquino e pelasvereadores de Criciúma Vâni0 Faraco eManoel Ribeiro. O documento tambémfoi assinado por dirieentes sindicais detodo o Estado.

sindicais e estudantis. Por ordem rioSeci-et/irio rle Segurança do Kstado. fn-liim efetuadas prisões de siudicalisiüsque dislrihuiram panfletos. José Adilile Lima. Vivaldino Francisco da Rosae Walter Francisco da Rosa, os três li-deres aprisionados. foram imediata-mente postos em liberdade graças á in-tervençio e ao protesto de todos ps II-deres sindicais de Florianópolis, que sedirigiram' ao governador, exigindo asoltura dos lideres. O sr. Celso Ramos,na oportunidade do encruam, condenoua arbitrariedade cometida pel0 secreiá-rio de Segurança e prometeu aos lide-re* sindicais que as liberdades democrh-ItfcfiS seriam garantidas cm toda a li-nha.

que dará a conhecer, alem de uma vt-são retrofpeci.va. o* grandes problema* da época presrnle". E acrescen*Iam* "Exittem multo* livros sóbre oH:.v.i mas dificilmente rjta- obrasabrangem todo o seu conjunto. Em"Brasil Século XX" Rui Facó roíute*gulu. rm síntese elogiosa, tesumlr ahlMorla de »eu pait. a apáli-e de suasrstruturn*. o e*iudo de seut proble-mas e de suas perpecliva*".- E roncluem: "Cremo* que os leitores encon-trarão neslc volume uqi imporiantrdocumentirio de estudo e uma lespos-ta a todas as »ua« Intcrrogaçôe.V.

«Brasil Século XX>:

em tcheco,

slpvacp e rus$o

A tradução tchera de. "Brasil SéculoXX'- esta pronta, "tradutor: professorZdrnek Hampcjs>, devendo sair até r.fim do ano.

Rui Facó recebeu uma carta da Bra-tslávla propondo a tradrção dc seutrabalho para o eslovató.

De Moscou recebemos a inforpiaçáode que "Brasil Século XX" já está sen-do traduzido para o russo, devendo atradução sair muito eip bieve. enquan-lo o periódico "Za Rubejóm" está di-vulgando trechos que mais de pertointeressam a<> leitor soviético.

Quanto à edição brasileira, está prà-ticamente esgotada, pois a EditorialVitória tem assegurado a distribuiçãodos exemplares restantes.

No clichê, uma teprodução da capada edição argentina dc 'Brasil SéculoXX".

Apele ao governo brasileiro para que voti na ONU§ favor dl autodeterminação dos povos

.TORIA: «TO POPULAR OEAO POVO CUBANOUUOAH.EUAUE

ViolênciasDurante as manifestações em tjefê-

sa de Cuba, a policia de Florianópoliscometeu violências contra dirigentes

VITÓRIA (E, Santo), rdo Cones-pondente) — O povo desta c;ipilal vi-veu com emoção e indignação ixs dias(|á covarde agressão iloHe-americahncontra o povo cubano. Numerosas mani-fastações de protesto foram realizadas

e grande número de pronunciamentosde solidariedade, a ('uha foram form.i-iacjòs por persoiialiilades políticas, li-deres estudantis e sindicais e de orga-nizacões populares.

a^aV LTTD>\V^A C Q \'C^^HM'' ' 'T^VJ r\'*í'~x-:.?. "'talxl'»** *¦

*¦ BK'. ¦''¦ ;^^Alí^^&i^íítS^íÉííÈÈ^^tBÍÊ^mMlM H

pi f^n h¦ B; ¦ 'I li lif . t m ¦f*^g*F****f>s^iA*^g*K>v«^B g*B» **fl **¦, ¦fui'mm M^mmàsmm Kl Mm>'.. i Mmf:M^^'.'-^'--:^Mm\ ¦^BvSfl B?v^g^H9IV':''' "Wf?f>v%^m-y ' ¦ liPI Ul |K^ "'" ;Ví^,*inaPJ ¦ ^1 Ul i:;'V'' ¦"-Jm"--'mmw

> 4^P)|ilp*^^P^p'.' "^ JmÉ|B| P^Pla^aWP^i)^'" W& * ' -

COMÍCIO EM BRASÍLIA:SOLIDARIEDADE I CUBfl

Dentre as mani fes (ações realizadasem Vitória, destacou-se o grande atopúblico realizado no dia 21, nas esca-danas da Assembléia legislativa, dorjtlãl participou grande massa de assis-lenles. O ato. convocado pela comissãoque patrocinavíi uma era)[ciência rio ex-•deputado fluminense Lincoln Oest, foiexpressivo, além da presença.juopniifr: ^ Câmara-pela paiMi(ipiij;àu.4<*'"'i'lõmerosas perso- Iguaçu

*^*&$$!#*¦

Realizou-se, quinta-feira, dia 20,às 20 horas na Praça D- Boscp, Í1SCiclacle Livre, um comício de soli-(jariedade a Cuba. Convocado porum manifesto assinado por mais de20 deputados, presidente do Sindi-cato dos Trab. na Construção Cj-vil, da Associação dos Ambulantes,da Associação dos Funcionários daNOVACAP e- outros represenlan-tes de Associações profissionais ede moradores das cidades satélites,o alo teve grande repercussão.

Falaram os deputados CelsoBrant, José Silveira, Silvio Braga,Neiva Moreira (contou o incidenteque tiveram com o Cabot) e Bento

i

Gonçalves, presidente da FPN, queencerrou o comício. Além de pu-tros oradores, mais Heitor Silva,presidente do Sind. trab. Cons-truçãp Civil, Vicente Medeiros,'vi-ce-presidente da ' Associação dosServidores da NOVACAP, JoséRodrigues da Silva, em nome dopresidente da Associação dos Am-bulahtes, Francisco Carvalho, daAssociação dos Moradores dé VilaDirrias. Foram lidos o telegramade solidariedade a Cuba e protestocontra a invasão assinado por joi-nalistas e um memorial de morado-res dc Sobradinho ao embaixadorde Cuba.

uaUdadeST

Antes dq sr. I.incoln Oesl, usaramda palavra ó sr. Otávio F, Gofíredo, rle-legado do Trabalho; o deputado MárioGurgel, presidente cja Assembléia I^c-gislaliva d» Estarjo; o deputado Maíade Carvalho; q vereador Elie Mous.s;»t-clié; o sr. Manoel Santana, presidentedo .Sindicato dos Trabalhadores nas In-dústrias Gráficas e q sr. puzidio Bibei-in. do sindicato dos Trabalhadores riaConstrução Civil.

Comissão

de Solidariedade

Ao encerramento do ato. por propôs-ta do sr. Otávio Goffredo, foi aprovajjaa constituição de uma Comissão de So-lidariedade a Cuba. Também [oi apro-vado, na ocasião. 0 envio dc telegramasde solidariedade ao povo cubano c a seugoverno e de proteslo contra a covardeagressão imperialista. Foi endereçadolambem lelegramn ao presidente JânioQuadros, exprimindo a esperança ileque '> governo brasileiro adote firmeatitude na defesa do principio de aulo-determinação dos povos e que rietermi-ne i nossa delegação na ONU que volei'¦ .'"òrdo com os interesses do po\ocubano.

í. A. fiOMES NETOps-itfHt*» !«...». i>.. ¦¦¦ dr ti f- • por*:¦' -i' lála » |r| |.t.<<«= |gu»|> 011'-. ¦!• <¦*,<'• •)<»'.) de ium |.j..j...¦rtuiüeirt» dfHír tjuf < íonUfíitlii. re**peituda e t>r-firati» prim propn».1 ¦ •¦ • *iue • ...!.:•..!-.€..- r a ecmp!»dr»e frivu nàu pai» de*üiumo disntr.!. i,wr«|rtndioso - reno. mas, annmmm, para um etam*- Impareisl d»qae * m*r«quinlw e r-;»q.. a» ronriuiiIas do liomrai afiull rm stu senvonmai* alto e álurmx nào tio dr ne-• 11-no povo ou pali. mas dr toda a >¦>mamaadr O our é prariio. para par*tirlpar dela* romo aientri e pio romo«implr* ripeeiadufr* ebriiado* apr*nas a bater palmas *mpi#. * os no-mrm -ibrirm

qual • o caminho uturoou mrlhor que Ura as autenticai ron*

3i' -i- No raso nio há dt ttr forjan-

o t Imaijiiiando arma* para comba-ttr o -romunijwio". falando tm "liber*dadt". em "mundo liirre"* r tm "d |nldade do homem" ao mc»mo tempo tmqutit conserva o homrm na tKravI*dio t na Ignorinela. na «ujtlçio darxploraçio do homem ,<¦.. homrm.que desrada e avilta tanto os txpíora-doa como o* rxploi adores

Povo do Petrópolisa favor de Cubat contra EUA

Telegrama* 'com

dezenas <Je assi-iiiiuiHK foram enviado» h» emnal-xadaa cubana c nor.c*aniçricana- ipro[>ósi|o da Invasão de Cuba. Nóprimeiro, o povo petropolitano ex-pressavn sua solidarierjade no povorubano, e. no ^ei;iin(|o. protestavajunto às autoridades ianques eon*Ira a imcrvcrfçSó em Cuba.

Sindicatos dePetrópolis contrainvasão de Cuba

Lideres sindicai:' da cidade dcPelrópolis encaminiiarain telegra-ma à embaixada norte-americanae à Organização das Nações Upi-(Ias, manifestando o seu repúdio ãinvasão dc Cuba. Siinullànçamentc.enviaram telegrama à embaixadacubana, prestando o seu apoio eso]ic}ai1edq(|o à luta de libertaçãodo bravo povo dc Cuba-

Pela legalidadedo PCB e contraintervenção em Cuba

A Câmara A|unicipal de CaboFrio aprovou mor.ão apresentadapelo vcip.tdnr Francisco Ribeiro,pela |egájjda'r]ç dp Parlido Comu-nista t|o Rrasil-

Na mesma ses.sãp foi aprovadaínocão dc .protesto conlra a inler-venção norle-ameiicana eijl Cilha

Nova Iguaçu:Câmara Municipal

quer o PCB legalA Caiçara Municipal de Nova

Iguaçu encaminhou moção à Cà-mara rios Deputados, solicitandomjè sejam tomadas as providèn-cjas necessárias a fim de fiue o Par-tido Comunista do I3rasil passe àlegalidade.

Vereadores deN* Iguaçu aplaudemfeito de Gagcrir.

Municipal dc Novaaprovou nioção apregeiita-

(ja \x>\o vei-pqdpr Nilo Dias fejxei-ra. expressando congratulações aoscientistas e ao povo soviéticos pelolançamento do primeiro cosmonau-ta. Iurj Alexeievilch Gagárin.

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NOVOS RUMOS

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Page 6: ã .-g**^*.-' FIDEL PROCLIMI SOB DELÍRIO DIS MULTIDÕES ... · cem sabre país. MAIS AINDA. ... Cidade Uvre. que contou com a par* ... a.ii ww pvivrua-** de aplaudirem delirantemente

-6 liaimiriHrri-*-

Experiências Dos Metalúrgicosno Trabalho de Sindicalizarão

JOSt LUÍS OA COSTâ, stcrttirit dt SladkiU dot MeUlúrçicoi da Guanabara

O **omo ii«»tí«»"B «a- K-aoüú «<• I-ét '-«"o tft 1*17. •• •»««•• tP«XO Oi-o«t9» <o»-pü-.i . ¦-.• «o» av«o"f«i#(••««•«JbidO» (tf ü. Oy'0'ltlOd»» QO*«»ngaenioi». Vo*.ü> «ir. ei -a..- tnli*?00t to. («Nido Mia <.u . ., Mel o»

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A «ii»"-* dt IJ ii« *-o«»-b'o o» 1933.«*«**a«» «pllow • »*' ftoifjoniiado, o•>o»»o í-•*«' '••«» ••««©« •<¦ v**o novaIO»t 0» tvO »»•¦¦¦• Oi •«¦'.» •'<=

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•Lacerda Organiza MissaF**?<Mdantes Querem Vaga

Enquanto 50.000 crianças do Estadoda Guanabara ficaram impottólbillla-das dc freqüentar colégio, apesar daspromessas enfadonha e raivosamenterepetidas durante a campanha eleito-ral pelo atual governador (?), as que-torucgulram matricular-se sâo obriga-ias a comparecer a homenagens ar-limadas para enaltecer o "bcnfcltor"!» educação guanabarina. Foi o que-correu sexta-feira, dia 28. quando foi

rezada, com a participação de Lacerda,uma missa no Rio Comprido «Lacerdafez um comício na própria igreja I, dl-•¦:-.; que patrocinada pelos alunas doCok-gio Pereira Passos. Mas nem namissa o ocupante do Palácio Guanaba-:a se viu livre do povo. que. em carta-/cs como o da foto I policia á vista),exigiam o cumprimento das piomcssasr.-quocldas.

Cineclubismo***oatinyamo-j boje com o noticiário

ttM cineclobes cariocas e fluminenses,atbordando o qae se fax em matéria deüaaia*** no setor estudantil, onde seetoerra nma grande atividade. O mo-vtst-ento cineclubistico entre os estu-«antes é liderado pelo "Grupo de Es-fados Cinematográficos da União Mc-«Mpolitana de Estudantes" — isto é,• dinâmico GEC da UME. Esse cine-etabe exibe via de regra dois progra-aaac por semana, sendo uma sessãopara os sócios, às quintas-feiras _ naABI, e outra aos sábados no Auditórioêt MEC franqueada a todos os estu-dantes e público, às 20 horas. As exi-Meões do GEC correspondem sempreao estudo dos diversos gêneros cine-«atográficos. à obra dos principais ei-•castas antigos e modernos oferecen-lo-nos a oportunidade de conhecer "aovivo" a história, a técnica e as ten-1éncia«- da arte cinematográfica.'. finalidade do GEC da UME, além do

¦ jrô=fo pelo próprio cinema, é a difusãoda nrte cinematográfica cm todas asèsiflins e faculdades do Rio de Janei-to. '-mcio-iando como um Departa--ii -.'o Ia União Metropolitana de Es-tudi -i«cs.

A atividades do GEC são bastantevnn;i<'-«. não apenas no setor de exibi-rõcjs o oue nor si justificaria a sua(¦.-'sfcn-i.-i. Atuam o Departamento dep-rfl-lucão de filmes de curta-metragem,estanco cm fase de montagem o do-cumentário de Paulo Hutchmatchersob o titulo LIVROS; em filmagem soba direção de Carlos Diegues, "Domin-go"; em planificacão o filme "Rio dcNoite", de Cosme Alves Neto. No Dc-partamento de Promoção o GEC eslárealizando o "I Concurso do Argumen-t* Cinematográfico", em combinação

com o jornal "O Metropolitano", e maisa "I Mostra do Cinema Amador Estu-dantil". programada para junho pró-ximo. já com inscrições abertas. NoDepartamento de Publicações, já emcirculação o opúsculo "Grandes Mo-mentos do Cinema", de diversos auto-res. e em preparo os seguintes: "As-pectos da Comédia Americana", deSilvando Cardoso; "Forma e Conteúdoem Robert Bresson & Collin Low", deCosme Alves Neto; "Alfred lUtchcock",análise critico-histórica de SilvandoCardoso; e "Cinema Sueco", esboçohistórico por B. Kjellin (adido cultu-ral da Embaixada da Suécia). No De-parlamento de Estudos está sendo dis-tribuido um inquérito sobre os rumosdo cinema, entre críticos, teóricos, téc-nicos. congressistas, educadores e cine-astas em geral; em planificacão o "ICurso Básico dc Cinema", programadopara maio. — Existe ainda o Departa-mento de Radiodifusão, com o progra-ma Tempo de Cinema, às quintas-fei-ras às 17 horas, na Rádio Ministérioda Educação, fazendo parte do progra-ma Tarde Estudantil.

Como podemos observar é enorme aatividade do GEC da UME. que temsua sede na Praia do Flamengo, 132,com expediente aos sábados de 15 àsIR horas. O acesso ao quadro social éfeito mediante uma mensalidade desetenta cruzeiros para estudante, e120,00 para não-estudante. O GECaceita colaboração em quaisquer deseus Departamentos, bastando pro-curar um de seus diretores nos dias deexibições ou na sede do clube. A dire-toria está constituída pelos seguintescinecluhistas: Cosme Alves Neto.Silvando Cardoso, Henrique Mayer eEduardo Farias.

A Paz de GagârinANA MONTENEGRO

Passem séculos e a história será contada. A história do primi-iro cos-ntnnaiita. O ano <lc 1061 será o ano dc Gagárin. K o século XX — o séculodas conquistas sociais — será, lamliúm, o século (Ja conquista do espaço.Pá-rinas e páginas nos jornais c revistas dc todo o mundo são dedicadasa Gagárin. Suas duas íillius, sua mulher, seus estudos, sua carreira, suavida. Todas as suas palavras sobre a forma da Terra, sobre o brilho do Sole das. estrelas. As moças «s os rapazes de Moscou festejaram, nas ruas, «gl-ánde feito, Todos os corações se alegraram. Recepções. Convites. F. poe-mas Para Gagárin.

Alas há muitas lembranças em forno de Gagárin. A lembrança deIodos os homens e dc tôdus as mulheres que contribuíram para que o majorsoviético pudesse, realizai- o grande sonho de toda a humanidade. O grandesonho que foi lenda c foi profecia. Os homens e as mulheres que trabalha-ram. noile c dia, pesquisando experimentando, calculando, corrigindo, aper-Iciroando, construindo, com inteligência e, sobretudo, com amor, porque é«te amor que precisam os grandes empreendimentos. Os homens e as mu-lheics dn socialismo.

.Mas existem oulras lembranças ligadas ao lançamento do primeiro ho-menti ao espaço cósmico, que podem servir de termo de comparação entreo capitalismo °c o socialismo, E é bom falar delas, para qne nada se percadessa vitória do socialismo. Foram sombrios os tempos em qne os EstadosUnidos andavam de bomba atômica na mão, exibindo poderia, .lá tinhamfeito a matança de llirosliima e Nagazaki. K ameaçavam o mundo inteiro,ati som das marchas fúnebres do piano desafinado de Tramai). E até secontava a história daquele menino americano, a quem o pai oferecia todosos brinquedos, e que os recusava, exigente e desesperado. O psiquiatraaconselhou que. lhe dessem uma metralhadora de verdade. .Mas o que o n>e-nino queria mesmo era uma bomba atômica, para matar todas as criançasnegras. Pobre menino americano; Foi esse ódio e essa histeria que mataramos Rbzemlierg, .Mas. agora, é o socialismo que tem em suas mão.s o poder«l ¦ vi a ' :l<- morte. V. nfei-uce a vida a todas ns crianças americanas, as bran-cas r- a< p-\-t:;s, oferecsiido-lhes a Paz. E isso é uma beleza! Todas as moçase ít:.!.)-. rs rapazes, nas ruas de todas as cidades, podem festejar Gagárin.s \,i íiií-iiu. Na história, nas palavras, nav."dn, t'«i frito tle Gagárin não exist :mir.!*, sças. N«s iesias c nos poemas, sobrei>. Tciva, sobre o Sol, sobre as estrelas, hálimai gi-cm • promessa; Paz. A Paz tle Gagá-i:'. A i'r.àcjuc o socialismo oferece :¦<> mundo

fona Montenegro

iti .•"•«¦*"•¦>' «i •••*»• •• oiótko ««••-"¦ •«fMiiifltiOf, Uno componho •«.• .-..1..UIO-.U 4* •«.«njudwiu (oi inicia-dO, OO *HtlMO 't*po ou« comtcou oMo po«o lt*o- o Sindicaio oi* oi om-(.«.u, oi9oniiondo nilot oi Contothot

.Sinijicoif, Oímo modo, om 1-1*47, je onono Sinoicolo contovo com moit dt300 Cofltolhot SindicoU d« (óbiicoi toficinai, t com moli dt 20 mil mtio-Iúiqícoí lindicoliiadoi.

fm 1947, oi hoittt «tocionóiiot tm•-oito poii, oitutiodoi com o ovoncodo movimtnlo optróiio. itiolvtromçolptof, molt uma »*i a dono om-«oila. O ijovimo dt tntfio, Cont«olDuiio, intt*«tlo tm moii dt 400 m-dlcatoi, tnlit ot quolt o dot moialúi*çícoi tonoto». Etlo Inttfvtncòo dutouitit longot anoi. Com itio, oi nobo'lhadoiti abondonaiom tm mona matnlldodt que llcou itduiido o 4 mil iò-cloi, t Oi Conttlhoi, forom dltiolvldoioulroí ficoiom um lonlo inaiívoi, maiouiia continuotom aluondo. At lutotftivindicatóiiot foiamiulocadoi.

Em 1953, apói gtandtt movimcnioidt manoi, o Sindicato volta á tua vidoItgol, ai contniti aniagânicoi logo aitguir :t unificam, e oi movimmloi co-mtcom a it dtitniolor. A entidade pai-io a diiigir com mali objtllvidadt atcampanhai rtivindical&iat da coipo-«ocào t poiticipar dot lulat gerait domovimtnlo optróiio. Oi Comelhot Sin-dicait dat fabricai t oficinas já ultra-pottavom tm várioi dtxtnat a catadot cem. t o quadro tocial aproxima-va-it dot 30 mil.

Ot companhtirot que ettão o frentedot dtilinot da corporação not úllimot7 anoi, tem aplicado uma térit de ex-peritnciat do pattado, principalmenteno terreno da organização nai empri-soi. Olhando-ie de cima para baixo,vé-te qut a Dirttoria do SinJicoto teapoia, inicialmente, em váriat comis-sõet auxiliares como as dt Recreação,Cultura t Sindicalizacão. Em seguida,tendo em villa que ot 65 mil mela-lúrgicot eilão espalhados pelo Etladoda Guanabara t seis municípios doEstado do Rio, a Diretoria opóia-se naiDtltgaciai Sindicais, em númtro dt dn-co, para facilitar a assistência aot com-panhtirot qut ficam dittanttt da tedecentral, dando-lhtt oi mtiot necestá-rios para solucionar ot ttut problemast conquistar suai reivindicações. En-tretanto, a mola mestra qut impulsionaas lutas tão ot Conselhos txisttnletnos locais dt trabalho.

Os Conselhos Sindicais tttudam osprobltmas existentes no local dt Ira-balho, laii como dt higitnt, segurançano trabalho, aumtnto de salário, con-dições dt vida, Itvam a orientação HoSindicato t trazem ao mesmo tempoinformações sobre o que se passa nasempresas; parlamentam com as dire-cães das fábricas sabre esses proble-mas no sentido dt solucioná-los, etc.Por ocasião das últimas greves reali-zadas pelai metalúrgicos, os Conse-lhos Sindicais foram ot verdadeiros ba-luarles da luta e da vitória.

Esses Conselhos são eleitos pela to-talidade ou por maioria dos sóciosexistentes na empresa, por abaixo-as-sinado, por escrutínio secreto ou poraclamação. Essas eleições podem serrealizadas nos próprios locais de Ira-balho, nas sedes das Delegacias ou nopróprio Sindicato. As eleições obede-cem at seguintes normas: empresascom mais de 5 e menos de 20 sócios,um delegado e um suplente; com maisde 20 e menos de 50, 3 delegados; commais de 50 sócios, 3 delegados e quan-tos delegados auxiliares se fizerem ne--.essários. „,

Êtses Conselhos'têm seus mandatosterminados 30 dias após o fim domandato da Diretoria eleita do Sindi-cato. O seus membros podem ser reelei-tos. As eleições são, em regra, bastan-

tt Moviminiodo», dtiptilondo ditctif*tò>» o diipulai dtntro dot fóbikei.

E «t«dodt qut «tm lodot oi Con*<«'f<oi vivem com o • «•>• » inltntidade.Iüo it «aplico, oro pofqut lim ò '¦*•It difigtnitt jovtni. ttm o ntctuárío' • '"í«<¦ ¦«• oio. r'«.« diOculdado»««•-ttrHti « lambem polo (oito de aitít*". í. do cúpula diligente do ittoi. ouenéo te p««ocupa devidamente com or-.udo doi companheiro! que aiuom«leitio dot empiisui. Ouonlo o •*» ioi> ¦ ¦'< ¦¦'>•¦ i > a coxccòo dinei de>tcí.ot, ouavéi de cuitoi o poleüiot de*

¦ <•.¦<¦ piepaiodoi. e que lim tidoi«c>amodoi iminentemente pelai com.ponheiioi de bait.

Com «tftiincia ao itloicomtnto doquodio iodai, ttiumot itolliondo uma

¦ ¦¦;;«.. 'o dt ilndicoliiocõo ob|tlivon.do 10 mil novoi lóclot até o 3' Con(t>• • -ca doi Mttoiuiglcoi, a itallioi-it< 5 o 7 dt junho vindouro. Com etitatrativo, alim da propoganda eiciitat lotada, i e m o i itaUiodo poleilioinm poitoi doi (abricai, bairacoi,f "Jt t tíndicaütadoitt ambulanlti,ode moii uma vtx oi Conttlhoide Fàbricoi tim jogado um impor-tonlt paptl. Onde oi itut diiigtn-l4i lomom a componho om tuatntúot, ot rtiultadoi tão grondei comona Fábrica Nacional dt Motorei, ondtnet úllimot mttti foiam lindicalixadoir-cit dt I 000 novot companhtitot. Emmuitoi oulroí empiêtat, ot rttultodottombem tim tido animadortt.

At experiências not eminam qut ot-obalho principal e fundamentei devet:r dirigido para at bases, nos locaisde trabalho, procurando-se tlevar ca-da vez mais a capacidade de comandodot dirigentes que ali aluam, para qutos massas de trabalhadoras lomem emsuat mãos a conquista de suas reivin-dicações, tonto no terreno econômico,como na político e social.

• MO ue 4«MMHtt», HMiMM «oi «# »« M tt* mhjH** <•** ?«»»»» -**•

Trabalhadoras dae o l.o de Maio

LOUftim COSTâNoi .. e Ü..K.-..I .io .».« I- dt Moto. q-« ot liob*lhodo«tt do fttodo

do Gvenobflio i«vo)om • tf«i<o, ovtf tm tuot letpeciivet tedet tindkoit qw*«not i.o.«.i, dot (óbikot e culminonde com o comício «• i*ioco do tondtiio. Tkou•">••¦¦ "*• cloio o peiteítomente dtfinido o ditpoikõo em que te enconuo • dotteoptioiio de piotteguii no luto hó mullo iniciode e conquifioi o be«-et'of do lodoo povo t o piogietto do Notôo.

Se dl um lodo ot iioboinodoif t demonttio«om pitocupotiet •« foce dodiminuição do ••• * o ieol, cc*»o conteqúincia Inevitável do política indocionó-fio, ogiovodo (o«t#m«ntt pelo itctnte Inttiucôo 304, que em poucot diot detti*minov tm 10% o • • ¦ ¦ •¦'¦> do p«tco do gót tngoiiafodo, em 30% o aumento dopoo e mocoifoo. em •: '. o aumento not ptecot dot t«onipo«t»ei o, de foimo oi*• ¦¦ ¦ j.-.... o aumento not p>t*ot do vettuóiio, de oviio lodo pe(coblo>te. doio-mei tt, o enlutiotmo ¦ • • eoovom pottuidot, cctnvencidot e centdentet de qut oiagiuiat, a ttploioioo e o opittiõo Itido um (im, o que, como dotte, ti« um¦ .... definido. Hpietentpit . ãe(endem o que eaitlo de moit piopietilita.

Comemoiondo o I' dt Mola ot fiabalhodoitt coiiocot tsttmoiom ot ttutpontot*dt>vitto. feivindícocoet que n6o tó a ilet peitencem, proevionde aiilmcontribuir poro ot tolucòet dot pioblemat que ollngem a todo o povo. Alim dltio,a (tua dot tiabalhodoitt tal como tt itolitou (oi lambim um chamado paio a«*' i.o dat dtmoit (iicot t corrodot inttitttodai no piogitito e no dettnvolvimtn«fo it.c-eptndtmt diitt poit, moitiondo ottim moit umo vti qut a dout liobotho*doio ovapea no temido de ocupoi o lugar que lhe compete no cenóiio político do6'otll, detempenhondo ponor.to o teu papel de fóico molrii.

0< pioblen oi levonltdot, a aigumtnlocôo dot oiadoitt. o plano de aedoopreienlado, tevelam onlet dt ludo o matuiidode do movimento operário qut ttvem Icmondo uma forca pondtiávtl e teipeltivtl. com copaddado.dt Influir no*conjuntura política nacional. Eitt tdorcodo t objttivo trabalho apititnlado, tobra t frulo dat lutot italiiadot ptlot tiobalhadortt, luctttlvot rtunlfttt. con>ferinciat t congituot qut o movimento operário tem levodo a efeito. E* con-tequincio, poitonto, de um tiabolho coletivo, dt amplot dtbottf com a poifí-cipacào dt milhaiti dt tiobolhodoiet e não a espiando de um pentamtntoítolodo de um grupo ou dt ptnooi.

Não it trata dt lartfoi a ttrtm cumpridai t dt mttai a itrtm otingidoi,exsluiivaititnit ptlot cptrórioi. At rtivindicacitt txpotlai tão dt tal tnvtrgadu.«a que exigem a mobilização dot dtmoit camadot do populacpo qut lambim vi>tão o ter btntficíadot com a vitorio dat mtdidai rtaliilot t objetivos propottai.

O olano dt ação comiitt not ttguinttt rtivindlcacotti aumtnto d* «olo-rioi t vtncimtntot, rtviião do salário minimo; aprovação da iti anlltruitt, limita-1..10 da lemeiia dt lucrot paia o tttiongtiro; iitncão do impõito do rtndot tibrtot talóriot ali 5 viztt maior qut o talário mínimo; salário móvel • profitiional,etcolot publicai para o povo e reforma agrária, alim da defeia dot direitot dtgrtve, livre organização sindical t popular t luta ptlo cumprimtnto da Iti Orgá-nica da Previdência Social t lua txtentõo aot Irabalhadortt domésticos t ruraii.Solidariedade com os povos coloniais qut lutam por tua emancipação t o apilofeito ao presidente da Republica para qut tt mantenho na posição de respeito àautodeterminação de todos os povos t do povo cubano particularmentt.

A posição óa datte operária no ensejo dai comemoraçõts do 1» dt Maiotigni'ica um ettimulo a todos os poiriotat para a batalha que vtm sendo travadapela emancipação econômica de notso pais, pela preservação da paz t por mt-

ihoret diat para o povo brasileiro.

Une Lacerda a DeoclecianoO governador Carlos Lacerda deu

posse à nova diretoria da Fede.açãoNacional dos Marítimos. O ato st rta-lizou não na sede daquela entidade,

Brocoió

em

focoAs montanhas de lixo elevam-se pa-

ra as alturas, cm busca do espaço sldc-rnl, enquanto se sucedem as explica-ções para as constantes crises de ial-ta dágua. O governador Lacerda, en-tretanto, não perde tempo. Às véspe-ras da convenção da UDN, enviou aoRecife uma mensagem penabotista,aconselhando o partido a tomar o ca-minho do mais indócil anticomunismo.Condenou, ao mesmo tempo, as anun-ciadas medidas do governo, referentesãs relações diplomáticas e comerciaiscom os paises socialistas. A mensagemde Lacerda foi posta de lado e a con-venção resolveu aplaudir a política derelações com os paises socialistas.

Entre as manifestações de Io dèmaio organizadas pelos sindicatos detrabalhadores e a's festas promovidasem Bangu pelo. industrial Silveirinha,c claro que Lacerda optou por Bangu.Lá, fèz, um discurso patronal, arran-chando, a seguir, com numerosa comi-tiva, na mesa dos donos da fábrica.

Na mensagem aos convencionais deRecife, Lacerda confessou que não é^nacionalista, o que eqüivale a umaprofissão de fé entreguista.

Em Bangu, deixou mais uma vez evl-denciada, sua posição de Instrumentoda exploração do homem pelo homem.Não foi hóspede dos trabalhadores,mas dos donos da fábrica. O frade on-de prega ai janta. JOSÉ VICENTE

mos na da Confederação Nacionaldos Tiobalhadortt da Indústria. O srDeocleciano de Hollanda Cavalcanti,muito entusiasmado com a «eleição»do tr. Larciso Couto por entidadtt qutnão chegam a representar 15% dot-Irabalhadoret do mar, e mait tntu-siasmado ainda com a presença dogovernador da Guanabara, chamou osr. Lacerda de «o paladino da liber-dade e da democracia» e de ,«o go-vernante de que o Brasil precisa >. La-cerda, por outro lado, disse que Deo-cleciano «é um autêntico líder sindi-cal». Deocleciano, que continua impli-cado no destino de milhões de cru-zeiros do Fundo Sindical, era anteschamado de «ladrão», de ¦ pelegosujo > e outras coisas assim pelo atualgovernador da Guanabara. Hoje elesestão juntos, defendendo a «demo-cracia, ao lado do sr. Larciso Couto.Deocleciano «defende a democraciacom o dinheiro do Fundo Sindical e daOrit. Larciso a «defende» com o dinhei-ro que Carlos Lacerda lhe arranja.

E foi itto que os líderet realmenterepresentativos dos trabalhadores ma-'ítimos denunciaram no Conselho da•ederação Nacional dos Marítimos: La-cerda financiou at eleições do sr. Lar-ciso de Almeida Couto. Deu dinheiropara quitar entidades que estavam ematraso com a Federação. Deu dinheiropara a compra de votos de represen-tantes de sindicatos-fantasma. Nin-guém contestou essas acusações.

Larciso foi eleito com os votos dosdelegados que não chegam a repre-sentar 15 por cento dos trabalhadoresmarítimos. Mas foi uma vitória de Pirro.Traidor confesso, signatário do mani-

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Dc braçodado

Antes, o agitado pasquineiro da rua do Lavradio investia, furiosamentecontra Deocleciano (ie Hollanda Calválcanti, o homem que enriqueceu desviandoniiihões do Fundo Sindical. Agora, na posse — mais farsa que eleição - dc Lar-ciso ..'outo, os dois erguem-se brindes, rasgam-se cm elogios, como dois büiisiimaos que passaram uma temporada alastadà e agora se reencontram.

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festo que condenava a greve vitoriosadot marítimos pela paridade, junta-mente com alguns dot seut lóciot dediretoria, Larcito não teve nem cora-gem de entrar na todo da FederaçãoNacional dot Marítimos para tomorpotse. Preferiu procurar a sede daCNTI, onde realizou uma fotla íntimacom Lactrda, Parmigianni, Dtoclecianoe os eufóricot representantes daORIT. Os trabalhadores do mar, enlre-tanto, continuarão honrando a sualonga tradição de luta, reforçando osseus sindicatos, intensificando as lutaspelas suas reivindicações e exiqindo amodificação do atual sistema dè elei-;ões para a Federação, que permitea representação da classe por um re-presentante dos seus piores inimigos.

Democracia

de Lacerda

fugiu para BanguO último Primeiro de Maio serviu,

dentre outras coisas, para que o sr.Carlos Lacerda demonstrasse, maisuma vez, o seu policialismo e o seuódio mortal aot trabalhadores e à de-mocracia. O governador udenista, du-rante todo o tempo em que teve à suadisposição uma tribuno parlamentar deoposição, não se cansou de condenaro peleguismo e clamar pela liberdadesindical «autêntica». Agora, porém,poucos dias depois de confraternizarcom o mais corrupto pelego do sindi-calismo bratileiro — o milionário Ho-landa Cavalcanti —, procurou por¦todos ot meiot sabotar at comemora-ções independentes dot trabalhadorescariocas no Primeiro de Maio, negan-do-se a fornecer até um simples polan-que para a Praça da Bandeira (depoisde haver empenhado a palavra). Ecomo se isso fosse pouco, pretendeuintimidar os trabalhadores, mobilizan-do ostensivamente todo o seu aparatopolicial. Esse é apenat um aspecto daliberdade «autênticas- que tantas vê-zes serviu de tema para os empolga-dos discursos parlamentares do dela-tor de Aragarças.

Porque há um outro aspecto, igual-mente expressivo: enquanto na cida'1»os policiais ameaçavam o céu, a te-rae o mar, o seu chefe, governador La-cerda, ia passar todo o dia festejando«livremente», com o sr. Guilherme t^aSilveira, um Primeiro de Maio tipi-camente patronal e de encomenda.

Oue fêz o sr. Lacerda da liberdadesindical «autêntica», dos desesperadosprotestos contra o peleguismo e o pa-ternalismo operário, que até há umano ribombavam pelas salas e corr«--dores do Palácio Tiradentes e que a'-guns cariocas de boa fé levaram a sé-rio demais? A democracia lacerHi-'afugiu para Bangu, para o aconchegodos Silveirinha, depois de rl-i.-.ar a suamarca nos carros de assolio cu» rc •davam os sindicatos e cercavam os I--cais em que os trabalhadoras con-.-r*-.ravam, lutando contra o entwuitr-ie a reação, o verdadeiio Primeiro c':Maio.

O,

Page 7: ã .-g**^*.-' FIDEL PROCLIMI SOB DELÍRIO DIS MULTIDÕES ... · cem sabre país. MAIS AINDA. ... Cidade Uvre. que contou com a par* ... a.ii ww pvivrua-** de aplaudirem delirantemente

— lio ii* Jnneifo, setnono de S O 11 «dt moio df 1961 7-

FIDEL ANUNCIA AO MUNDO 0 NASCIMENTO OA REVOLUÇÃO SOCIALISTA EM CUIA

Havana: 3 Milhões de Cubanos AclamaramNas Ruas o PrimeiroEstado Socialista da América

«Oita ¦¦ uma navAo -*-«¦>'¦'¦•a!.,, O m« i.iIibiij.i nao ourada now*nlior Kenne4y mau, por » u t r o...|... n6ê il.-lrnlulii.v. O Ijl!|x-I..i:«no ¦• o • spitall-¦!"•" — mlllvãe* doKttfions aclamaram entu>.tà..tit >•y.' t.i.- cm liavam., nu mala ,:i,:•»«¦•

i«*)>c« manifestação <k* 1» do M.ii»>a i-iiii/.i.i.i na América» o dlsctir*io do primeiro-ministro Fidel ('.»•-i•«. anunciando a proclamação ,!"•j-M.i.i socialista em Cuba.

Em -.«ii ilih.-iumi. pronunciadotmo apoti o término do d- -nir deu»ii;iiii.ttl<iirr., cani|)onc«cii, CülU*ianlt-n c milicianos oue «limai 17loran. FIdcl Castro declarou Iam*•«•m: Ti-n-.t.:. o IWMI10 direito <|Ue

3« norte-americanos o queixamo*nos da existência de uma nação ca-pitaljsta a 144 quilômetros da nos*<n costa da mesma forma qiie os.¦sladunldcnscs protestam contra a.wislèncla de um pais soelnllsta"iiki o nosso n mesma distancia

de •.na» praias*-.Aos gritos rio Náo! Nfio!>, a

imiltidAn res|)ondcu A iwryuntu deFidel sobre a necessidade da rea*lização do eleições. «Doravante —anunciou o primeiro-ministro depoisdisso — nossas decisões serfio to*madas com base nas manifestaçõesI>opularcs semelhantes a de hoje».

A proclamaçãoAs primeiras horas do dia 1*

<!«• Maio, antes do inicio das mani-(estações,'a Rádio ric Havana dl*villgou a proefamação do primeiro-ministro Fidcí Castro e do presi-dente Dorticos. anunciando «o nas-cimento da rcyoluçâo patriótica,democrática e socialista-* de Cuba.

«Entramos — diz o documento— na era da construção socialista,com os meios de produção em po-der da classe trabalhadora, depoisde conquistada a plenitude do po-der político junto a-Tjdfl.e a nos-sos lideres ' rcvoludonanos.' quesão a mais elevada expressão dopovo».

Depois de afirmar que juntok revolução cubana se encontramros corações solidários do podero-io mundo socialista, liderado pelagrande União Soviética e pela Re-pública Popular da China», a pro-rlamaçáo apela à «solidariedadecombativa dos povos do mundo naluta comum para derrubar defini-tivamente todas as manifestaçõesHa exploração do homem pelo ho-mem».

As manifcitiçõts•MaU d« a miili.i ¦» de i*-•<-¦•< «t•.

-, 11 « a n-.-14'ti* du |x>|HilaçÍo cuba*na. *e coiownlraraiit em Havanapara w,ii«,nwrar o 1- de Maio, onuii«*i.i..Mi(, da nação w¦ niUii.* e apando vitória eontra o» meictna*rio* quo Invadiram Cuba. O do»*file ti. iitiiin.ui..*. ii nbnlhsdorca.¦ j! ••¦ ••...¦! te estudantes foi pró*senejadn por mais de «300 mil'; *•<**•t-.i:. quo ae concentravam na Pra*«;.t Cjvica e arredores. A primeiracoluna enlrou na pinça as ê lima»da mnnl.l. tendo à fronte FldolCastro. Dorilco», .Clu?» Guevura,o lider sindical Uiuro Pena ei:i.is Roca. -presidente do PartidoSocialista Popular

Logo depois, desfilavam ssdelegações. Abrindo o cortejo apa*recoram os convidados estrangeiros,mais de l.OUO, que desfilaram art-nundo grandes chapéus de comi»*neses |Mira a massa liumana <|iieos aplaudia. Em seguida, meninos«• meninus rom flores e balões, eatletas conduzindo grandes retra*tos de Fidel. Dorticos, (Juevara.Camilo Cienfuegos c Karl Marx.

Carros alegóricos de criticaao imperialismo c A malograda in-vas&o, assim como simbolizando otrabalho desfilaram também- Osde critica provocavam exclamaçõesde entusiasmo. No fim, desfilaramos milicianos empunhando suasarmas.

No palanque oficial, alem tiasaltas autoridades do governo cuba-no e dos representantes dlplomóli-cos de todos os paises socialistas cneutralistas, se encontravam o ge-neral Henrique Lister, que coman-dou o Exercito Republicano duran-te a guerra civil espanhola, e LnisCorvalán, presidente do PartidoComunista do Chile.

Na URSS

A revolução cubana e a lulado povo antilhano foram tambémmotivo, ao lado do feito de Gagá*rin, das manifestações de l'- deMaio em Moscou. Durante o des-file na Praça Vermelha numero-sas delegações se apresentaramempunhando grandes retratos deFidel Castro e faixas que tradu-ziam a solidariedade do povo so*viético aos cubanos que começa*ram a construir o socialismo naAmérica. Na proclamação lida na

l'»>.•.«. Vermelha antes ún Inicio •' •ih-sIlU'. o man ....i "¦•¦.. ..i-...i.yféi iwiidío eiipecial .. Culta, dwla-i ut i.i entre outra* folwi* que ».União * ..¦. i !¦¦., f os \mint» «tocampo .<«i .vi., .Lu.... i -;.» espí*de de auxilio e protogorlo Cut>acontra quaisquer ii^retwõea». Omarerhal MiilIntiVülty advertiu •*»iiitjH-ilali-in.-. lôbiv n |«.-».;*.» qur>p »lr acarretar para o mundo umaagresfAo norte*nincilcana àtiuMepais. •

Também no «lia 1" dr Maio aCumbwtao Internacional dos Pré*mio* li-nin da Paz anunciou queFidel Castro Unha sido dlstlnguidocom esse gaiuni/io por «consagrartõdc a sua' vida A nobre causa dos|x)vos pela liberdade e pela inde*iwndèncja».

SAO PAULO:

Milhares de TAplaudem a

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Spssãqsolene

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í «lo vlc«h_»f«j*»Ult»ni«* «u !:..-.. .!«_..••«•.«¦! tt: a ...:..ii,u u- o vlce-coi-pmsdwrI'«»rllrlo il» |».ii*. ^ p .!irlp.-iit«* «U I--SM Lulul ür-twl.

rabalhadores noRevolução C

1.°ub

Convocado pelo Conselho Sin-dical dos Trabalhadores, realizou-•se no dia 1.° de Maio, cm SioPaulo, pela manhã, no Cinc Para-mount, uma sessão solene come-morativa, com a participação demilhares de operários, lideres sindi-cais c parlamentares.

Por designação do presidentedos trabalhos, sr. Luiz Menossi, osdirigentes sindicais Pedro Iovlne eOrlando Coutinho pronunciaramdiscursos sobre a data, his torta n-do os feitos do proletariado no pos-sado, desde os tempos de Sacco eVanzetti, "mártires inesquecíveisda classe operária", até os nossosdias, "quando para os trabalhado*res de todo o mundo abrem-seextraordinárias perspectivas deprogresso social."Reivindicaçõesconquistadas

Dando um balanço nas vitó-rias do proletariado brasileiro nosúltimos anos, o sr. Orlando Cou-Unho, destacou a libertação e re-democratização dos órgãos sindi-cais, a conquista de salários emníveis superiores oos admitidospelos estatísticas oficiais, Lei Or*gânica da Previdência Social, re-

ILE RIO TEM BIGOOINHO MAS TEM TOPETEI

Kennedy no Caminho de Hitler: Fascismoiuerra Para "Salvar'7 o Imperialismo

Em Nova Iorque e todas asdemais cidades dos Estados Uni-dos, no dia 28 de abril último, osoar das "sirenes

anunciava lü-gubreménteuin exercício contra• um hipotético ataque de foguetesportadores de armas nucleares. Asruas fiaram desertas, um silén-tio mortaí caiu sobre a nação ame-ricana. Milhões de pessoas, nosibrigps 'aityiaéreos,

aguardavam'ingüstiadamente o som e a ima-{em

'nos-aparelhos de televisão

nstalados em cada.um deles.Nesse cenário o presidenteKennedy falou mais uma vez ao

povo «dos Estadas Unidos. Cenárioadequado * ap,, discurso presiden-ciai. tóqo êle pérígpso e ameaça-dor repleto de íráses e pensamen-tos que defineni a ideplogia ç opânico do imperialismo desespe-rado diante das rápidas modifi-cações que se Verificam no mun-do, das vitórias dos povos que lu-tam pela sua independência eemancipação do poderio cada vezmaior dò campo socialista.

Os discursos do presidente.Kennedy, principalmente aquelesproferidos após o fracasso da in-vasão mercenária contra o terri-tório cubano, constituem a maisséria manifestação eje caráter na-zista do imperialismo após o tér-mino da última guerra mundial.Desmascarado em sua política de-magógica apresentada com tantaênfase durante a campanha elei-toral que o levou à Casa Branca,o homem anuncia claramente suadisposição de levar o mundo àguerra para tentar salvar o impe-rialismo do fim inexorável que seaproxima, declarando alto e bomsom que a paz nos dias de hoje"é mais perigosa do que a guer-ra". Reconhecendo tàcitamente aimpotência do capitalismo, comosistema, para enfrentar a compe-tição pacífica com o mundo sócia-lista, apresenta ao povo do seu paíso caminho da ditadura e do fas-cismo com d meio seguro de ai-cançar a vitória. 'No seu discursodo dia 27, diante dos diretores dejornais, o presidente referiu-se à-."'¦"sponsabilidades" que se apre-

sentam ao povo americano para 'que assola a economia norte-ame-enfrentar o desafio pacifico do ricana e pelo isolamento sempre

tVialnt* An im^AninlIeiviA I/imaiia I fe*,Ãcampo socialista. A que responsa-bilidades êle acenou? Aquelas da"autodiscipjina", isto é, da subor-dinação completa aos ditames deum Estado policíal-fascísta, e da"autocensura". Advertiu solene-mente os diretores dos jornais sô-bre os "perigos" da divulgação denotícias contrárias aos "interessesnacionais" e acenou com as neces-sidades da segurança nacional pa-ra justificar a sua não divulga-ção.

O discurso presidencial pro-cura amenizar a concepção ipeó-lógica do fascismo, que é o seufundamental, com frases de efeitocomo a repugnância pela palavra"sigilo" e outras mais. Entfetah-to, a verdade é que o presidentejá está aplicando a polítfcá1 fjajkcista de fazer caiar as bôças,- 'v>p-lítica muito mais perigpsà:;qufà

*pmacartismo dos primeiros anps daguerra fria. O Congresso; es$alarmado com as atitudes' prpsf-denciais. Durante a crise cubana-aqueles parlamentares mais conhe-cidos pela sua cpmbatiyidádp, comexceção apenas do senador Way-ne Morse, se abstiveram de fazer

maior do imperialismo ianque nocampo internacional, põe em pe-rigo a paz mundial. A análise queos homens do sr. Kennedy ffee-ram da administração Eisenhowere da situação internacional pare-ce que levou o novo ocupante daCasa Branca e os círculos que oassessoram ao desespero. Pela pri-meira vez, realmente, eles toma-ram conhecimento da realidade:

valorização dos nivels de saláriomínimo, paridade entre civis e ml*litares, direito de greve com a der*roía. na prática do decreto 0070.

Reportou-se ainda o oradorao III Congresso Sindical Nacio-nal, diálogo democrático que per*mitiu áq proletariado sair. maisUnido c elaborar um programa dereivindicações que informa, nomomento, acrescido de oulros an*seios da classe operária, o movi-mento sindical brasileiro. No se-tor das liberdades democráticas,acentuou a participação dos tra-balhadores, de maneira ativa e de-cjdida, na defesa da Constituiçãoe contra ameaças de golpes de Es-lado, preservando assim para to-dos os brasileiros condições parao usufruto dos direitos constitu-cionais. Finalmente, afirmou o sr.Bonilha, em nome do ConselhoSindical dos Trabalhadores, todoo apoio do proletariado bandeir|.n-te ao povo cubano em sua lutapelo respeito, por parte dos Esta-dos Unidos, de seu direito à auto-determinação.

Conclamando o proletariado amanter-se unido para a defesa desuas reivindicações, por aumentosalarial em consonância com o ele-vádo custo das utilidades, o sr. Or-larido Coutinho encerrou sua ora-ção, sob aplausos gerais, o mes-mó ocorrendo quando do discursodo sr.'Pedro Iovine.Imposto de renda

O deputado Franco Monteiro,autor de projeto isentando os tra-balhadores (até cinco vezes o sa-lárjp mínimo) do imposto sobre arenda, usou da palavra para exporitejn por item o conteúdo daquelapropositura c convidar o proleta-riado a dirigir-se ao Senado paraexigir que os que ali têm assentoaprovem uma medida que bene-fiejará à todos os que, pobres, nãodevem pagar pelos ricos. "Se o go-vêrnp quer renda, que vá buscá-lajunto aos ricos, com os poderosos,e naopom os que, vivendo de sa-láriòs insuficientes, enfrentam ocusto de vida com as dificuldadesse convenceram de que a correia.

ção de forças no mundo é favorá. , . „ . ...vel ao socialismo e aos povos que W íodosf conhecem A propósito

pçla sua independência fei f#n]0' ° Çonselho Sindical,lutam pçlesr. Kennedy, em sua mensagemao Congresso, logo depois de em-ppssado, descreveu o panorama,pintando-o com muitas tintas deverdade. Dizia então "que o tempotrapaça contra nós" e que "so-jrrprefí-jqs ainda muitas derrotas".$j$|$-crer também que os Esta-fábs Unidos estavam dispostos aenfrentar o desafio do campo so-cialista e a enfrentar a competi-çjlo pacífica.

Três meses depois, coincidindocom q fracasso da invasão mercê-nárja de Cuba e o espetacular vôojíp cosmonauta Yuri Gagárin, opresidente, em diversos discursoscríticas ao governo. O' jornáfístà é declarações, reconhece a impo-James Minifie fazia alusão á tar £êncjá 4o capitalismo para en-fato. revelando a preocupação dos

círculos mais independentes pè[|inércia de alguns deputados diantedos atos governamentais. Fala-seem suborno, "persuasão" e outrostipos de manobras para comprarconsciências. A própria atitude dopresidente para com o Congressocomo. instituição, vem preocupan-do os meios democráticos norte-americanos. O senador WayneMorse já advertiu contra o fatode que Kennedy pretende relegaro papel das Casas Legislativas aplano secundário, tomando deci-soes independentemente de apro-vação ou não. As palavras do pró-prio presidente deixam bem cia-ro a sua disposição de fortalecermais o seu poder.

Toda essa orientação, agrava-da pela crise cada vez mais aguda

frentav com sucesso a competição"|||}ffgj|fÍ apela para o fascismoe â guerra com fórmulas capazesde salvá-lo.do fim que se aproxima.

Nos anos de 1930, um homemde topete e bigodinho falava comoo sr. Kennedy. O cenário que êleutilizava para as suas arengas eradiferente: o som das fanfarras eo ulular de multidões fanatizadasfaziam o coro ás suas palavras. Omundo naquela época também eradiferente. Mesmo assim, a marchainexorável da roda da história oesmagou. Êle acreditava que erapossível detê-la.

Hoje, o sr. Kennedy, que temtopete mas não tem bigode, falacomo falava o Adolfo. Acredita,como acreditava Hitler, que cs ho-mens fortes e valentes podçm mo-dificar a história.

no final da sessão, aprovou moçãodirigida ao Senado e recomendan-do aòs sindicatos que desenvol-vessèm luta de apoio ao projeto deautoria do sr. Franco Montoro.Poríírio da Paz

¦' ¦ (Q general Porfírio da Paz, re-cordànfio suas antigas posições deluta. ém favor do monopólio esta-tal dò petróleo, da paz e pela me-lhoria salarial dos trabalhadores,foi um orador dos mais aplaudi-dos. O êxito de sua oração foi as-sinalado quando, condenando osefeitos da Instrução 204, recomen-dou ao governo do sr. Jânio Qua-dos que mudasse de política: aoinvés de mandar o trabalhadorapertar o cinto, que obrigasse ostubarões a diminuírem apenas doisfuros de suas ricas cintas, tiran-do deles, dos poderosos, os recur-sos de que necessita o seu govêr-no. No final de sua oração, anun-ciou que o "chefe dos piqueteiros"da grande greve de 1954, estariano dia 12 próximo, à frente do pro-letariado, em sua manifestação deprotesto contra o custo de vidae por reajustamento salarial.Luigi Grassi: F. S. M.

O representante da Federa-ção Sindical Mundial, Luizi Gras-ri, foi recebido com grandes e de-morados aplausos do auditório."Trago-vos, disse, a mensagemfraternal e de unidade dos traba-lhadores italianos, em particular,e dos 186 mi'hõ?s de operários or-ganizatíos sob a bandeira da Fe-

dcraçâo Sindical Mundial. Desc*Jo-vos êxitos na grande luta peloprogresso social, pelo bem-estar,pela paz mundial. A FederaçãoSindical Mundial acompanha cominteresse e aplaude os esforços de-wnvolvldos pelos trabalhadorespaulistas e brasileiros pela unida-de c a democracia. Viva a paz mun-dial! Viva o 1." de Maio! Viva aunidade dos trabalhadores!"Cuba!

Representado pelo sr. Cio-cratt de Sá, o sr. J<-ão Goulart,vice-presidente da República, en-viou mensagem aos trabalhadores,reportando-se às reivindicações sa-lanais e afirmando propósitos na-cionalistas e democráticos. Em no-me do lider trabalhista, à margemda mensagem, o sr. Crocratt deSá enalteceu a revolução cubana,apontando-a como um exemplopara todos os povos oprimidos. Oorador mostrou ainda que Cubasoube lutar valentemente nadatemendo, confiante cm suas pró*prias forças e no apoio solidáriodos povos. O numeroso público, depé, aplaudiu delirantemente suasúltimas palavras, enquanto de tò-das as parles da assistência par-tiam palavras de elogio a FidelCastro.Tenório denuncia

O sr. Luiz Tenório de Lima,presidente eleito e empossado daFederação dos Trabalhadores naIndústria de Alimentação de SãoPaulo, demoradamente aplaudidopelos trabalhadores pronunciouveemente discurso abordando asreivindicações dos trabalhadoresem face da elevação do custo devida. Referindo-se a manobras dosr. Francisco José de Oliveira, porêle derrotado no pleito, visando àanulação das eleições, o líder Te-nório de Lima denunciou-o comoresponsável por sérias irregular'.-dades na Federação da Alimenta-ção, afirmando textualmente:"Que tipo de democracia a cio-cumenlação deixada pelo ex-presi-dente da Federação nos mostra''Malversação do patrimônio dortrabalhadores é democracia? Maw-donismo pessoal é democracia?Dirigir unia entidade, por quase,duas gestões, sem reunir a direto-ria, é democracia? Dispor cie mi-lhões de cruzeiros da entidade semouvjr o Conselho de Représeritan-tes, sem ouvir os companheiros dediretoria, sem constar de ne-nhuma ata, Ludo isso c democrá-cia? Arbitrar o preço de um veí-culo pertencente à Federação ecomprá-lo sem autorização da di-retoria é democracia? Fixar o pró-prio salário e aumentá-lo a seubei prazer é democracia? É demo-cracia fazer conchavos com os pa-trões em torno de 16 % cie àumèn-to para os trabalhadores? É demo-cracia defender 'im implicado nodesvio de oito .nilhões de cruzei-ros na Comissão do Imposto Sin-dical?"Outros oradores

Usaram da palavra ainda odeputado Jctero de Faria Carclo-so. Orlando Coutinho, FranciscoFloriano Dczen, Luiz Menossi- ecomo último orador o delegado doTrabalho, sr. Rezende Puech. Alémdo vice-presidente da República,mandou representante ao ato osr. Carvalho Pinto, na pessoa dosecretário do Trabalho, sr. PauloMarzagão.Comício na Sé

Patrocinado pelo Partido Tra-balhista, Partido Comunista, Par-tido Socialista e Frente Naciona-lista, realizou-se na praça da séum c< mício com a participação decerca tle 5 mil pessoas.

de Maioana

Marcado uar.i 18 horas, o co-mício teve inicio às 17 l}oras, quan-do já era expressiva a pre$énça dopovo. fazendo-se ouvir dlverscs po-(nilarcs, dirigentes sindicais e cs*tudanlis. Em seguida, abrindo oti-cialmcnte a reunião, usou da pa*lavra o sr. Rio Branco' Paranhos,rm nome do PTB, exaltando o sig-mficado da data. E depois, ocupa-iam a tribuna os srs. Febus Gi-covatc (PSF.). Alonio Cervantcs(comunista). Freitas Nobre (PSB,vlcc-prefelío) Cid Franco (FSB).Enio Sandoval Peixoto (repre.sun-tando Luiz Cários Prestes), JofrePrestes (PTB-Mctropólttano). JcíoLouzada (Sindicato da ConstarãoCivil), Daniel Maium (Frente Na-cionalista), Edgard Lcuenrotti,anarquista, além de outros.Revolução Cubana

Ostentando fai;;as e cartazesalusivos principalmente à revolu-ção cubana, populares deram des-de cedo a tônica do coniefo. Osoradores, na sua ..lioria, exalta-ram os feitos do;-, revoluciona -inscubanos, obtendo grandes aplau-sos do povo. O sr. Fcbus Gicova-te, do Partido Socialista, afirmou:"a revolução cubana está aindasob ameaças por parte do govêr-no norte-americanó; devemos cs-tar preparados para socorrer osnossos irmãos de Cuba, mesmocom o derramamento de nosso.sangue, se uma intervenção se efe-tivai; devemos estar prontos pa-ra defender, em qualquer terreno,a primeira república socialista de-moçrátlca das Américas". Os srs.Alprisò Cervantcs e Enio SandovalPeixoto, além de examinarem opanorama político mundial, ondese destaca com realce o campo so-cialista, erigido em poderoso sis-tema a serviço da democracia, dosocialismo e da independência dospovos opribidos pelo imperialismo,exaltaram também a revoluçãocubana- a te 'os convocando paraemprestar-lhe o mais decididoapoio. O sr. Enio Sandoval Pei-xoto, representando Lu'-. CarlosPrestes, leu sob fortes aplausosuma mensagem do líder comunis-ta examinando a situação nacio-nal c conclamando o povo a lutarpela libertação econômica do pais;ao mesmo tempo cm que deve in*tensificar seus esforços em prol darevolução de Fidel Castro.Legalidade para o PCB

O vice-prefeito Freitas Nobre,exaltou os mártires cie Chicago,examinando a questão operária noBrasil, as vitórias dos trabalhado-res e as possibilidades de emanei-paçáo de nosso país. Com veemên-cia, muito aplaudido pela multi-dão, reclamou legalidade para oPartido Comunista do Brasil, cs-tranhando que em um regimeconstitucional uma organizaçãode trabalhadores não tenha regis-tro legal, e sofra com isso as des-vantagens da ilegalidade. Como osdemais oradores, aplaudiu a Re-pública Socialista de Cuba, apon-tando-a como um exemplo paraos povos da América.

O sr. Frota Moreira, represen-tando o sr. João Goulart, anali-sou a importância da frente únicados partidos populares cm defesadas reivindicações do povo c dosprincípios que informam movi-mentos revolucionários como o deFidel Castro.Internacional

Grupos de populares, no fi-nal cia manifestação, cantaramtrechos da "Internacional", hinod? luta dos tr.:'.!'.-.'.'-"'li.'irs, em meiocia curiosidade de dezenas de pes-soas.

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e-lhe o Diabo; — Oar-lc-et todo itte poder e o sua ato-rvt; ,-¦-,- ii mim «ir /_ e*.tr*tl*e f dmi-a » «/«»m quiro:i*m.in!ii, ,t (h i..< adorurea. ''¦¦/<» __l "•'¦ /¦•" Je»»*, rr«-iHmdendo. dine-lhe: — Vai-te, Satonús; owque e$tú escrt-to: adorarút o Senhor teu Deus e to a Êle senirát".

LUCAS, C«p. V, vwleulo* «VS.

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lira cie que erguia __MOnde ante» <_ Imla rlu<>Como um pássaro «nn asasEle nubla com as (uaiQue lhe brotavam da mau.Mas ludo desconhecial»r nua grandr missão:Mio sabia por exempliiQue a casa de um huiiirm r um temploCm templo sem rrligláoComo tampouco sabiaQue a ca.va que ele i.i/i.iSendo a sua liberdadei:._. a Mia escravidão

De fato como podialin operário em construçãoCompreender por que um tijoloValia mais do que um pão?Tijolos ele empilhavaCom pá. cimento e esquadrinQuanto ao pão. ele o comia...Mas fosse comer tijolo!E assim o operário iaCom suor e com cimentoErguendo uma rasa aquiAdiante um apartamentoAlém uma igreja, á frenteCm quartel e uma prisão:Prisão de que sofreriaNão fosse, eventualmentel'm operário em construção.

Mas ele desconheciafe.se fato extraordinário*.Que o operário faz a coisaE a coisa fax o operário.De forma que, certo diaA mesa. ao cortar o pãoO operário foi tomadoDe uma súbita emoçãoAo constatar assombrado ,Que tudo naquela mesa

Garrafa, prato, facão —Era éle quem os faziafile, um humilde operário.Cm operário em construção.Olhou em torno: gamelaBanco, enxerga, caldeirão.Vidro, parede, janelaCasa, cidade, nação!Tudo tudo o que existiaEra êle quem o faziaíle, um humilde operárioCm operário que sabiaExercer a profissão.

Ah. homens de pensamentoNão sabercis nunca o quantoAquele humilde operárioSoube naquele momento!Naquela casa vaziaQue éle mesmo levantaraCm mundo novo nasciaDe que sequer suspeitava.O operário emocionadoOlhou sua própria mãosua rude mão de operárioDe operário em construçãoE olhando bem para elaTeve um segundo a impressãoDe que não havia no inundoCoisa que fosse mais bela.

Foi dentro da compreensãoDesse instante solitárioQue. tal sua construçãoCresceu também o operário.Cresceu em alto e profundoKm largo e no coraçãoi_ como tudo que cresceftle não cresceu em vão.Pois além do que sabia

Exercer a profissão —O operário adquiriuUma nova dimensão:A dimensão da poesia.

E um fato novo se viuQue a todos admirava:O que o operário diziaOutro operário escutava.E foi assim que o operárioDo edifício cm construçãoQue sempre dizia SIMComeçou a dizer NAO.E aprendeu a notar coisa?A que não dava atenção:Notou que sua marmitaEra o prato do patrãoQue sua cerveja pretaEra o uísque do patrãoQue seu macacão de zuarleEra o terno do patrãoQue seus dois pés andarilhos

Eram as roda» do patrãoQue a duma do *eu diaEra a noile do patrão,.ue sim imni-a fadiga

Era amiga do patrão.E o operário dii.se: .NAO!E o operário fézj>e forteNa nua resolução.

Como era de se esperarAs bocas da delaçãoComeçaram a dizer coisasAos ouvidos do patrão.Mas o patrão náo queriaNenhuma preocupação.— "Convençam-no" do contrarioDisse éle sobre o operárioE ao dizer Isso sorria.

Dia seguinte, o operárioAo sair da construçãoViu-se súbito cercadoDos homens da delaçãoE sofreu, por destinadoSua primeira agressão.Teve seu rosto cuspidoTeve seu braço quebradoMas quando foi perguntadoO operário disse: Nâo!

Em vão sofrerá o operárioSua primeira agressãoMuitas outras sé seguiramMuitas outras seguirão.Porém, por imprescindívelAo edifício em construçãoSeu trabalho prosseguiaE todo o seo sofrimentoMisturava-se ao cimentoDa construção que crescia

Sentindo que a violênciaNão dobraria o.operárioCm dia tentou o patrãoDobrá-lo de modo vário.De sorte que o foi levandoAo alto da construçãoI" num momento de tempoMostrou-lhe toda a regiãoE apontando-a ao operárioFèz-lhe esta declaração:Dar-te-ci todo esse poderE a sua satisfaçãoPorque a mim me foi entregueE dou-o a quem bem quiser.Dou-te tempo de lazerDou-te tempo de mulher...Portanto, tudo o que vésSerá teu se me adoraresE. ainda mais, se abandonaresO que te faz dizer NAO.Disse, e fitou o operárioQue olhava e que refletiaMas o que via o operárioO patrão nunca veria.O operário via as casasE dentro das estruturasVia coisas, objetosProdutos, manufaturas.Via tudo o que fazia0 lucro do seu patrãoE em cada coisa que viaMisteriosamente haviaA marca de sua mão.E o operário disse: Não!

Loucura! — gritou o patrãoNáo vés o que te dou eu?Mentira! — disse o operárioNão podes dar-me o que é meu.F. um grande silencio féz-««Dentro do seu coraçãoCm silêncio de martíriosCm silencio de prisãoCm silêncio povoadoDe pedidos de perdãoCm silêncio apavoradoCom o medo em solidãoCm silêncio de torturasE gritos de maldiçãoCm silêncio de fraturas\ se arrastarem no chão.F. o operário ouviu a vozDe todos os seus irmãosOs seus irmãos que morreramPor outros que viverão.Cma esperança sinceraCresceu no seu coraçãoE dentro da tarde niamiaAgigantou-se a razãoDe um homem pobre c esquecidoKazão porém que fizeraEm operário construídoO operário em construção.

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