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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
MYKAEL SALES BEZERRA DA COSTA
A PERCEPÇÃO DE SEGURANÇA NO MERCADO
ELETRÔNICO PELO CONSUMIDOR NATALENSE
NATAL, RN
2018
MYKAEL SALES BEZERRA DA COSTA
A PERCEPÇÃO DE SEGURANÇA NO MERCADO
ELETRÔNICO PELO CONSUMIDOR DO MUNICÍPIO DE
NATAL/RN E REGIÃO METROPOLITANA
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à
coordenação do curso de graduação em
Administração da Universidade Federal do Rio
Grande do Norte, como requisito parcial para a
obtenção do título de Bacharel em Administração.
Orientadora: Thelma Pignataro, M. Sc.
NATAL, RN 2018
MYKAEL SALES BEZERRA DA COSTA
A PERCEPÇÃO DE SEGURANÇA NO MERCADO
ELETRÔNICO PELO CONSUMIDOR DO MUNICÍPIO DE
NATAL/RN E REGIÃO METROPOLITANA
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à
coordenação do curso de graduação em
Administração da Universidade Federal do Rio
Grande do Norte, como requisito parcial para a
obtenção do título de Bacharel em Administração.
Orientador(a): Thelma Pignataro, M. Sc.
Monografia apresentada e aprovada em 27 de junho de 2018, pela Banca examinadora composta pelos seguintes membros:
______________________________________ Prof. Thelma Pignataro, M.Sc.
Orientador
_______________________________________ Prof. Francisco de Assis Medeiros
Examinador
________________________________________ Prof. Luis Fernando Araújo Tinoco, B.el.
Examinador
NATAL, RN 2018
Dedico este trabalho a todos os meus amigos, familiares e
minha esposa, pois das suas respectivas maneiras,
contribuíram para meu processo de motivação contínua e
crescimento gradativo.
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente aos meus pais, pois me deram todo o suporte e
educação que deveria receber, bem como motivação e apoio emocional quando
precisei.
Agradeço à minha irmã Mylena Sales, pois sempre me motivava de forma
descontraída e bem-humorada para finalizar o referido TCC, e também me ajudou
grandemente com a pesquisa de campo.
Agradeço à minha esposa Raquel Barbosa, pois todos os dias me incentivou
com palavras e apoio necessário para a execução de minha monografia.
Agradeço grandemente à professora Thelma, que sempre solícita e educada,
aceitou a missão de me orientar, e me mostrou os caminhos que eu não pude
enxergar por mim mesmo, e sem isso este trabalho não teria sido finalizado.
A todos os meus amigos que responderam prontamente à minha pesquisa,
pois a cada confirmação resposta que recebi, funcionou como um combustível a
mais para a realização do meu trabalho.
E por fim, agradeço a todos os professores que eu tive a honra e o prazer de
ter como meus tutores no decorrer da minha graduação, em destaque para os
professores Afrânio Galdino, por me fazer enxergar o mundo de forma mais
pragmática e complexo como é, Josué Victor, por ser uma das maiores referências
que me levaram a ser profissional da área de tecnologia, e a todos os demais, sem
exceções, pois contribuíram para meu crescimento intelectual e profissional.
“Tua conquista será tão grande quanto a tua luta”.
Mykael Sales
RESUMO
O presente estudo visa descobrir o nível de segurança percebido pelos
consumidores de Natal e da região metropolitana. Visto a ascensão do mercado
eletrônico, a naturalidade com o uso de recursos eletrônicos, praticidade e
flexibilidade fornecidas pela web, e os constantes golpes executados via internet, é
comum que haja quem aproveite as vantagens, ou quem se resguarde devido aos
riscos. Em razão disto, foi feita uma pesquisa quantitativa através de formulário
online, a fim de colher informações de internautas que consomem virtualmente, com
finalidade de descobrir suas razões para tal, e também de quem opta por não
consumir virtualmente, com a mesma finalidade anterior. Os resultados mostraram
que apesar de estar com a imagem relativamente desgastada, uma parte
considerável dos participantes da pesquisa consideram que o mercado eletrônico é
um local seguro para os negócios. O estudo contribui com o mercado eletrônico,
dando-lhe informações de práticas que funcionam positivamente, bem como o que
pode ser melhorado ou adaptado a fim de aumentar o número de consumidores
online.
Palavras-chave: Comércio eletrônico. Segurança. Internet. Compra.
ABSTRACT
The present study aims to discover the level of security perceived by consumers in
Natal and the metropolitan region. Considering the rise of the electronic market,
naturalness with the use of electronic resources, practicality and flexibility provided
by the web, and the constant blows executed through the internet, it is common for to
people take advantage of the advantages, or who prefer not to use because of the
risks. As a result, of a the quantitative survey was carried out using an online form, in
order to gather information from virtual users, in order to discover their reasons for
doing so, as well as those who choose not consume virtually, for the same purpose .
The results showed that although the image of the e-commerce was relatively worn,
a considerable part of the research participants consider that the electronic market is
a safe place for business. The study contributes to the e-commerce by giving to him
information that works positively as well as what can be improved or adapted in order
to increase the number of consumers online.
Keywords: e-commerce. Security. Internet. Purchase.
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
E-bit Earnings Before Interest and Taxes
E-commerce Comércio eletrônico
WEB Rede
ONLINE Dispositivo conectado a uma rede ou a um sistema de comunicações
IP Internet Protocol
ARPANET Advanced Research Projects Agency Network
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1: Gênero................................................................................................... 33
Gráfico 2: Faixa etária............................................................................................. 33
Gráfico 3: Grau de segurança................................................................................ 33
Gráfico 4: Quantos fizeram compras via internet.................................................... 34
Gráfico 5: Impedimentos do consumo.................................................................... 34
Gráfico 6: Possibilidade de consumir online........................................................... 35
Gráfico 7: Percepção de segurança na internet...................................................... 36
Gráfico 8: Indicação................................................................................................ 36
Gráfico 9: Intenções de compra no futuro............................................................... 37
Gráfico 10: Intenções de empreender virtualmente................................................ 37
Gráfico 11: Motivações do consumo online............................................................ 38
Gráfico 12: Frequência de consumo virtual............................................................ 39
Gráfico 13: Selo E-bit e Site Blindado..................................................................... 39
Gráfico 14: Principais preocupações no consumo virtual....................................... 40
Gráfico 15: Compras em sites desconhecidos........................................................ 40
Gráfico 16: Produtos mais vendidos online............................................................. 41
Gráfico 17: Sites mais utilizados............................................................................. 42
SUMÁRIO
1.1 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 15
1.2 ESTRUTURA DO TRABALHO ........................................................................ 15
1.3 CONTEXTUALIZAÇÃO DO PROBLEMA ........................................................ 15
1.4 OBJETIVOS .................................................................................................... 17
1.4.1 OBJETIVO GERAL .......................................................................................... 17
1.4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ........................................................................... 17
1.5 JUSTIFICATIVA .............................................................................................. 18
2 REFERENCIAL TEÓRICO .............................................................................. 19
2.1 HISTÓRIA DA INTERNET ............................................................................... 19
2.2 MARKETING E VAREJO ONLINE .................................................................. 19
2.3 HISTÓRIA DO E-COMMERCE ....................................................................... 20
2.4 E-COMMERCE VS MARKETPLACE .............................................................. 20
2.5 TIPOS DE E-COMMERCE .............................................................................. 22
2.5.1 BUSINES-TO-BUSINES OU B2B .................................................................... 22
2.5.2 BUSINES-TO-CONSUMERS OU B2C ............................................................ 22
2.5.3 CONSUMERS-TO-BUSINES OU C2B ............................................................ 22
2.5.4 CONSUMERS-TO-CONSUMER OU C2C....................................................... 23
2.6 TRÂNSITO DE DADOS E INFORMAÇÕES NA INTERNET ........................... 23
2.6.1 CONSUMIDOR ONLINE ................................................................................. 23
2.6.2 CYBERMARKETING ....................................................................................... 24
2.6.3 DADOS PESSOAIS ......................................................................................... 24
2.6.4 INFORMAÇÃO ................................................................................................ 25
2.6.5 INFORMAÇÕES PESSOAIS IDENTIFICÁVEIS .............................................. 25
2.6.6 BANCO DE DADOS ........................................................................................ 26
2.6.7 FORMULÁRIOS ONLINE ................................................................................ 27
2.6.8 COOKIES ........................................................................................................ 27
2.6.9 HACKERS E CRACKERS ............................................................................... 28
2.7 SEGURANÇA NA INTERNET ......................................................................... 28
2.7.1 PROTOCOLOS DE INTERNET ...................................................................... 29
2.7.2 E-BIT ............................................................................................................... 29
2.7.3 SITE BLINDADO ............................................................................................. 29
3 METODOLOGIA ............................................................................................. 31
3.1 TIPO DE ESTUDO .......................................................................................... 31
3.2 POPULAÇÃO AMOSTRA................................................................................ 31
3.3 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS ..................................................... 32
3.4 TRATAMENTO ESTATÍSTICO ....................................................................... 32
4 ANÁLISE DE DADOS ..................................................................................... 33
4.1 PERFIL DOS ENTREVISTADOS .................................................................... 33
4.2 NÃO USO DO E-COMMERCE E PERSPECTIVAS ........................................ 34
4.3 MOTIVAÇÕES DE CONSUMO ....................................................................... 39
4.4 PRODUTOS E SITES ..................................................................................... 42
5 CONCLUSÕES ............................................................................................... 44
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 47
APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO “SEGURANÇA NO E-COMMERCE” ................. 53
15
1.1 INTRODUÇÃO
1.2 ESTRUTURA DO TRABALHO
Esta pesquisa relata a percepção de segurança no mercado eletrônico pelos
consumidores de Natal e da região metropolitana, e está dividida em cinco partes.
A primeira consiste na apresentação geral do tema, como ambientação do
cenário em estudo e contextualização do problema.
A segunda apresenta a teoria pela qual o estudo foi fundamentado, com
definições acerca de internet, mercado eletrônico e segurança da informação.
A terceira parte aborda a metodologia utilizada no decorrer das pesquisas,
bem como os procedimentos estatísticos utilizados.
A quarta parte constitui a análise dos resultados obtidos através da pesquisa
de campo, que foi focada em descobrir a percepção da segurança com o mercado
eletrônico pela população em estudo.
A quinta parte é composta pelas conclusões provenientes dos resultados da
pesquisa, referências bibliográficas e apêndice.
1.3 CONTEXTUALIZAÇÃO DO PROBLEMA
Praticidade! Esta palavra define o uso da internet em vários níveis e sentidos
distintos. Estar no conforto de sua casa e poder ter contato com pessoas e
organizações diversas do mundo todo, notícias e tendências em tempo real sem
precisar sair do seu sofá, é de fato algo muito prático e atrativo. Esta praticidade
gera a comodidade de poder fazer tudo isso acontecer com a ação de alguns clicks.
Estar online faz com que o empreendedor fique em contato direto com os
consumidores do país e/ou do mundo inteiro. Não se faz necessário que haja
mercado consumidor para o seu produto em sua região para que seu negócio possa
se estabelecer. Esta característica da loja virtual coloca em cheque a necessidade
16
de uma localização ideal, fator que por décadas era considerado decisivo para a
sobrevivência e crescimento de um empreendimento. Negócios com nichos
bastantes específicos, como o mercado de artigos colecionáveis, são fortificados
pelo mercado eletrônico.
O impacto positivo do e-commerce no Brasil fez com que grandes varejistas
tradicionais utilizassem lojas virtuais além de seus pontos de vendas físicos.
Gigantes como Casas Bahia, Ricardo Eletro e Extra também passaram a se fazer
presentes no comércio eletrônico, levando-os a compor a lista dos dez maiores sites
de vendas online do país, segundo pesquisa realizada pela empresa de marketing
digital SEMrush, e publicada pelo site TecMundo em março de 2017.
Não obstante à facilidade de estar em contato mais facilmente com o público-
alvo, a internet também possibilita cada vez mais o processo de boostrapping, que
segundo o especialista em startup Yury Gitahy consiste na capacidade de o
empreendedor estruturar um novo negócio exclusivamente com recursos próprios,
sem a necessidade de investimentos de terceiros. Essa característica do mercado
eletrônico é um dos motores que fazem com que o número de
microempreendedores aumente fácil e constantemente.
Se algo pode ser executado, este algo pode ser executado online. A internet é
usada para comunicações à distância, pesquisas e obtenção de conhecimento,
compras, troca de informações, abertura de contas e transações bancárias,
investimentos, e muito mais. O portfólio de uso da internet é tão extenso e flexível,
que neste exato momento pode estar prestes a apresentar ao mundo uma nova
utilidade.
Sabendo desta crescente oferta, os consumidores online, ávidos por
facilidade, alimentam em si ainda mais o hábito de consumir o máximo via internet.
Isso faz com que a intenção de comprar em lojas virtuais seja tão natural quanto ir
ao mercado da esquina. A internet funciona como uma extensão social, com suas
próprias características e população cativa.
O uso da grande rede encontra-se num status de indispensável, e para que
um negócio prospere ele necessita, de alguma forma, estar na web; condição de
extrema simplicidade de resolução. Mesmo que não use loja virtual, o uso da grande
17
rede deve ser feito pelo menos para promoção da marca, mesmo que apenas em
redes sociais, por questões de alcance de público, facilidade e baixo custo.
Um negócio que pretende ser expressivo pode operar cem por cento via
internet, mas nunca totalmente longe dela.
Porém, o ambiente democrático da internet também abre portas para que
pessoas mal-intencionadas se aproveitem para agir, incentivados pela falta de
conhecimento de alguns usuários, e alto alcance via internet. Estas práticas
contribuem negativamente para a imagem do comércio eletrônico, fazendo com que
os consumidores mais desconfiados, e os menos habituados com o uso de novas
tecnologias, não se tornem consumidores eletrônicos, o que levaria o segmento a
um patamar ainda maior.
Sabendo disto, esta pesquisa visa nos ajudar a entender melhor a seguinte
questão:
Qual o nível de confiança dos consumidores de Natal e região
metropolitana acerca das compras via internet?
1.4 OBJETIVOS
1.4.1 OBJETIVO GERAL
Identificar nível de confiança do consumidor de Natal e região metropolitana
com o mercado eletrônico.
1.4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
a) Entender os motivos pelo qual os consumidores de Natal e da região
metropolitana compram via internet;
b) Entender os motivos pelo qual os consumidores de Natal e da região
metropolitana optam por não comprar via internet;
18
c) Descobrir se há impacto econômico dos certificados de segurança no processo
de decisão de compra.
1.5 JUSTIFICATIVA
Segundo estudos feitos pela consultoria Ebit e divulgado pela revista Exame
em março de 2018, a expectativa de faturamento do comércio eletrônico brasileiro
para este ano é de 53,3 bilhões de reais, e apesar de apresentar uma desaceleração
de quase 10% em relação ao apurado em 2017, (muito superior aos 1,9 bilhão
apurados em 2016) ainda se configura como uma fonte de comercialização
expressiva e considerável; uma verdadeira oportunidade para quem planeja
aproveitar o que o segmento tem a ofertar.
Os números de faturamento dos e-commerces são apenas reflexos de outro
número maior: os 120 milhões de usuários da web, segundo dados da Conferência
das Nações Unidas pelo Comércio e Desenvolvimento, e publicados pela Exame em
3 de outubro de 2017. Não apenas a quantidade de pessoas que usam a grande
rede, mas outras variáveis como tempo conectado por dia e variedade de uso
também nos ajudam a entender melhor o sucesso do comércio eletrônico.
Passamos em média cinco horas e 12 minutos por dia em frente ao computador
(G1).
Praticidade, variedade e preço atraem cada vez mais consumidores, assim
como golpes e fraudes os afastam. O ambiente da web ainda sofre com o histórico
negativo de fraudes como roubo de informações e golpes comuns, como a não
entrega de encomendas. Sendo assim, além do trabalho constante em busca de
uma imagem de território confiável é necessário traçar um paralelo que mensure o
grau de confiança dos consumidores online, bem como quais fatores os fazem
desistir de uma compra.
19
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 HISTÓRIA DA INTERNET
Nem para comércio, nem para notícias, e nem para se comunicar com
amigos. Segundo o site TechTudo, a internet surgiu em 1969, ainda por nome de
Arpanet, em meio à guerra fria e com o propósito de fornecer comunicação
instantânea entre as bases militares e universidades dos EUA, sendo também uma
forma de troca de informações com centros independentes, mantendo seu
funcionamento mesmo que um dos pontos de comunicação sofresse um ataque. Até
1987 o uso da rede teve uso exclusivo para militares e cientistas.
A comunicação se dava por um sistema de troca de informações chamado
chaveamento de pacotes, que codificava as informações dividindo-as em pequenos
pacotes de dados, e as unindo quando entregue ao destinatário.
Apenas em 1982 a Arpanet rompeu as fronteiras dos EUA, passando então a
se chamar de internet (Folha Online). Tal avanço foi possível com a criação dos
protocolos TCP/IP, que fazem o intermédio de conexão e troca de informações na
rede, e estão em uso até os dias de hoje.
“Em 1992, o cientista Tim Berners-Lee criou a World WideWeb – ou esse
‘www’ que se digita antes do nome de qualquer site” (TechTudo). Este novo padrão
de comunicação online revolucionou a forma como os dispositivos conectados à
rede se comunicavam, e seu impacto foi tão expressivo, que até hoje é comum que
os usuários digitem o “www” antes do endereço de um site, mesmo isso não sendo
necessário há anos.
2.2 MARKETING E VAREJO ONLINE
A presença online de varejistas é algo oportuno e inevitável. A nova
característica mercadológica globalizada apresenta-se como uma ampliação do
mercado consumidor e oportunidades.
20
Segundo FRANÇA & SIQUEIRA (2003):
“O segmento varejista, assim como todos os demais que compõem o setor
comercial, assistem ao acirramento da concorrência em nível nacional e
internacional. Fato este originado por diversos fatores, mas com especial
destaque para a globalização das oportunidades, dos fluxos financeiros e
dos fornecedores. Em decorrência disto, o próprio mercado também passa
a ser visto sob uma perspectiva global e a mídia virtual constitui-se o
ambiente ideal para o negócio.”
A vitrine mundial fornecida pela internet fornece uma visibilidade nunca antes
atingida pelo homem. Aliado a isso, tem-se a enorme facilidade de se estabelecer no
mercado eletrônico. É muito mais prático e menos custoso construir um site, do que
construir uma loja física, e esse fenômeno ajuda fortemente a entender o quanto que
a presença online de varejistas é tanto oportuna quanto natural.
2.3 HISTÓRIA DO E-COMMERCE
Em 1995 a internet teve seu primeiro uso comercial da história nos EUA
segundo o site Administradores.com, e teve a Amazon como pioneira, hoje, uma das
gigantes do e-commerce mundial.
No Brasil, a liberação para o comércio online veio um pouco depois, no ano
de 200, porém desde 1989 universidades como as federais do Rio Grande do Sul e
do Rio de Janeiro já faziam uso da rede para fins acadêmicos. Por aqui tivemos os
varejistas Lojas Americanas, Submarino e o grupo Pão-de-Açúcar como pioneiros no
uso da mais promissora inovação tecnológica.
2.4 E-COMMERCE VS MARKETPLACE
Muito se fala em e-commerce no Brasil, porém, nem sempre da forma correta.
Há tanto e-commerces quanto marketplaces gigantescos e bastante conhecidos,
mas os consumidores em geral abordam tudo como apenas comércio eletrônico.
Mas afinal, qual a diferença entre estes dois conceitos?
21
Segundo Pinheiro (2008 apud MÜLLER; Vilma, 2013, p. 17) podemos
conceituar e-commerce da seguinte forma:
“O e-commerce também denominado de comércio eletrônico é a forma on-
line de compra e venda, na qual clientes conectados a uma loja virtual
podem adquirir os mais diversos produtos e serviços disponíveis na grande
rede de forma on-line e receber em um prazo determinado no endereço
informado no ato da compra.”
Ou seja, em e-commerce temos o conceito de loja virtual, pois há a
característica de unidade. É como comprar em uma loja com artigos específicos de
seu segmento. Você visita determinado site de uma loja, e lá procura pelo item de
seu interesse.
Já o Marketplace, segundo o SEBRAE Ceará 2018, é:
“[...] uma plataforma colaborativa, também denominada shopping virtual,
onde um conjunto de empresas ofertam produtos e serviços no mesmo
endereço, na internet. O processo de vendas, geralmente, fica sob
responsabilidade do organizador, que disponibiliza aos usuários uma
estrutura digital com formas de pagamentos seguras e cálculos de frete
integrados. ”
Sendo assim, o que caracteriza o marketplace é a ideia de um conjunto de
vendedores em um só site. Temos assim quase que um conceito de shopping
online, mas com um diferencial de peso: nos marketplaces qualquer indivíduo pode
hospedar a sua loja. Basta criar uma conta na plataforma de sua preferência e criar
o seu anúncio, sem compromisso com a continuidade da atividade comercial.
Sabendo da diferença básica, há vantagens e desvantagens em cada modelo
de negócio. Segundo a Bling, podemos destacar:
“Um dos diferenciais mais notáveis entre marketplaces e lojas virtuais é a
descentralização do estoque e a possibilidade de diversificar os produtos
que se comercializa, permitindo que os canais de vendas apresentem
mercadorias para mercados cada vez mais segmentados de acordo com o
perfil de cada consumidor. Outro ponto a ser destacado é em relação às
despesas para desenvolver o negócio. Os empresários que atuam no e-
commerce tradicional costumam ter um fluxo de caixa mais intenso para
financiar setores como estoque, logística, infraestrutura, marketing e equipe,
por exemplo. Já no ambiente dos marketplaces, a constante entrada de
22
novos lojistas e clientes de diversas regiões tornam as operações mais
dinâmicas.”
Desta forma, temo o marketplace como uma estratégia de negócio menos
custosa, descentralizada e flexível que o e-commerce.
2.5 TIPOS DE E-COMMERCE
Dentro da estrutura dos e-commerces, existem subtipos que são definidos de
acordo com o envolvimento na negociação. São eles:
2.5.1 BUSINES-TO-BUSINES OU B2B
Segundo o SEBRAE CE, consiste em uma “[...] negociação eletrônica entre
duas empresas”. Em suma como uma negociação empresarial tradicional, como por
exemplo uma empresa que fornece crustáceos para uma pizzaria.
2.5.2 BUSINES-TO-CONSUMERS OU B2C
“É a negociação eletrônica entre empresas e consumidores finais” (SEBRAE
CE apud KOTLER; KELLER, 2013). Comum na estrutura de e-commerce, pelo
envolvimento entre a loja virtual e o consumidor online, como por exemplo um
usuário que visita um determinado site de artigos esportivos em busca de um
uniforme.
2.5.3 CONSUMERS-TO-BUSINES OU C2B
“É a negociação eletrônica entre consumidores e empresas.” (POTTER;
TURBAN 2005 apud MÜLLER, Vilma, 2013, p. 22). Este tipo de negociação segue a
23
lógica contrária da maneira tradicional de negociação, fazendo com que empresas
consumam produtos e serviços de consumidores finais, como uma forma de
diferencial competitivo.
2.5.4 CONSUMERS-TO-CONSUMER OU C2C
“É a negociação eletrônica entre consumidores.” (POTTER; TURBAN 2005
apud MÜLLER, Vilma, 2013, p. 22). Este tipo de negociação é possibilitado pelo
ambiente democrático da internet, e possibilita que qualquer pessoa possa negociar
livremente. Vários Marketplaces como o Mercado Livre e o OLX facilitam tais
negociações, fazendo com que qualquer consumidor possa negociar fácil e
casualmente seus produtos.
2.6 TRÂNSITO DE DADOS E INFORMAÇÕES NA INTERNET
Todo trânsito computacional deixa rastros, mesmo que por vezes difíceis de
seguir. Tais rastros geram informações que podem ditar novos rumos para um
produto antigo ou descobrir novas necessidades e tendências, e o valor de cada
descoberta varia imensamente.
Os sites que você visita, as publicações no Facebook ou Instagram que você
curte, os produtos que você adquire e até os locais que você frequenta alimentam
um a gama de bancos de dados disponíveis na rede. Para entender melhor este
processo, alguns conceitos precisam ser elencados.
2.6.1 CONSUMIDOR ONLINE
“O consumidor online é uma pessoa física ou jurídica que adquire produtos ou
serviços para seu próprio consumo com diversas maneiras de escolhas, sendo em
24
lojas virtuais ou em lojas físicas” (MÜLLER 2013). Em outras palavras, trata-se do
indivíduo que adquire produtos por meios eletrônicos utilizando a internet.
2.6.2 CYBERMARKETING
O marketing tradicional sempre focou seus esforços na unidade de seus
consumidores, tentando, a partir de preferências individuais, personalizar produtos e
serviços. Contudo, com o passar do tempo houve uma adaptação ao mundo virtual.
Lévy (2004, p.181 apud FERREIRA, 2007, p. 1) afirma: “é unicamente porque
procuramos no consumo a conformidade com uma certa imagem e porque
queremos quase sempre imitar o comportamento do grupo com o qual nos
identificamos [...]”.
Na contramão do marketing tradicional, o Cybermarketing analisa o perfil de
grupos para melhor entender os indivíduos. Nele, a personalização levará em
consideração características grupais, como por exemplo a partir de sua preferência
musical, descobrir como se comportam, se vestem, e o que consomem os indivíduos
que compartilham da mesma preferência.
2.6.3 DADOS PESSOAIS
Segundo Flávio Alves Martins em sua obra UTILIZAÇÃO INDEVIDA DE
INFORMAÇÕES PRESTADAS NAS RELAÇÕES COMERCIAIS POR MEIO DA
INTERNET, dados pessoais “Em sentido amplo é qualquer informação concernente
a pessoas identificadas ou identificáveis”. Serão esses dados que ajudarão a gerar
informações como perfis pessoais de consumidores.
Tais informações abrem um leque de possibilidades de novos negócios tão
grande e promissor, que é impossível de ser mensurado fora de uma aplicação
específica.
25
2.6.4 INFORMAÇÃO
Existe uma pequena diferença entre dados e informação, e consiste em uma
questão estrutural. Segundo o site BInaprática “A informação é a ordenação e
organização dos dados de forma a transmitir significado e compreensão dentro de
um determinado contexto.”
Um dado por si só não possui sentido, é necessário que esteja agrupado e
organizado a fim de gerar um significado, uma conclusão, a qual conceituamos de
informação.
2.6.5 INFORMAÇÕES PESSOAIS IDENTIFICÁVEIS
As Informações Pessoais Identificáveis, ou simplesmente PII (Personally
Identifiable Information), segundo Tiago Farina Matos (2005, p. 4) “...referem-se a
qualquer coisa na rede eletrônica que possa ser vinculada, de alguma forma, a uma
pessoa de carne e osso; a alguém que tem um nome, um endereço e uma vida”.
Em um artigo publicado sobre o comércio das PIIs, a University of Pittsburgh
classifica-as detalhadamente e exemplificando da seguinte forma:
“Personally Identifiable Information (PII) includes: “ (1) any information that
can be used to distinguish or trace an individual’s identity, such as name,
social security number, date and place of birth, mother’s maiden name, or
biometric records; and (2) any other information that is linked or linkable to
an individual, such as medical, educational, financial, and employment
information. ”
Examples of PII include, but are not limited to:
Name: full name, maiden name, mother’s maiden name or alias
Personal identification numbers: social security number (SSN), passport
number, driver’s license number, taxpayer identification number, patient
identification number, financial account number or credit card number
Personal address information: street address or email address
Personal telephone numbers
26
Personal characteristics: photographic images (particularly of face or
other identifying characteristics), fingerprints, or handwriting
Biometric data: retina scans, voice signatures, or facial geometry
Information identifying personally owned property: VIN number or title
number
Asset information: Internet Protocol (IP) or Media Access Control (MAC)
addresses that consistently link to a particular person”
Em outras palavras, no presente contexto, tratam-se das informações
pessoais tais como nome, formas de contato, faixa etária, preferências musicais, e
demais informações individuais existentes eletronicamente.
Das formas mais usuais e eficazes de se obter esse tipo de informações,
podemos destacar quatro formas:
2.6.6 BANCO DE DADOS
De acordo com DATE (2004, p. 10 apud COSTA, 2011, p.9) “um banco de
dados é uma coleção de dados persistentes, usados pelos sistemas de aplicação de
uma determinada empresa.”
No nosso contexto, o banco de dados é o destino das informações obtidas
pelos meios eletrônicos.
Porém, coletar e agrupar informações por si só não caracteriza um banco de
dados. ELMASRI e NAVATHE (2011, p.3 apud COSTA, 2011, p.9) classificam
propriedades inerentes às informações que compõem um banco de dados da
seguinte maneira:
“Um banco de dados representa algum aspecto do mundo real, às vezes
chamado de minimundo ou de universo de discurso (UoD – Universe of
Discourse). As mudanças no minimundo são refletidas no Banco de Dados.
Um banco de dados é uma coleção logicamente coerente de dados com
algum significado inerente. Uma variedade aleatória de dados não pode ser
corretamente chamada de banco de dados.
Um banco de dados é projetado, construído e populado com dados para
uma finalidade específica. Ele possui um grupo definido de usuários e
27
algumas aplicações previamente concebidas nas quais esses usuários
estão interessados. ”
2.6.7 FORMULÁRIOS ONLINE
A forma mais comum de obtenção de informações, por se tratar de uma
maneira simples, eficaz e consciente de compartilhamento de informações.
Segundo o dicionário online Dicio, um dos significados de formulário é “papel
padronizado em que se inscrevem os dados nos locais a isso destinados”. Trazeno
para o nosso contexto, o formulário online é um formulário disponível na internet
onde se alimentam dados nos locais a isso destinado.
2.6.8 COOKIES
As empresas sempre quiseram saber mais sobre o perfil dos consumidores, e
com o advento de ferramentas informatizadas organizações comerciais e
prestadoras de serviços aproveitam para proporcionar cada vez mais experiências
únicas para cada consumidor. Tal captação de informações pode ser feita através do
uso de cookies, lançados em 1994 no navegador Netscape.
“Cookies são pequenos arquivos que os sites colocam no disco rígido do
seu computador quando você os visita pela primeira vez.
Muitos sites, inclusive o da Microsoft, usam cookies. Os cookies nos dizem
quantas vezes você visita páginas, o que nos ajuda a descobrir quais
informações são de seu interesse. Desta forma, podemos oferecer mais do
conteúdo que você gosta e menos do que não gosta.
Os cookies podem ajudá-lo a ser mais eficiente. Alguma vez você já colocou
algum item em um carrinho de compras virtual de uma loja online e, alguns
dias mais tarde, quando voltou, descobriu que o item ainda estava lá? Esse
é um exemplo de cookie em funcionamento.
Os cookies permitem guardar preferências e nomes de usuário, registrar
produtos e serviços e ainda personalizar páginas.
28
Mas se você nunca registrar nem deixar informações pessoais no site, o
servidor só saberá que alguém com o seu cookie retornou ao site. Ele não
saberá nada além disso.” (Microsoft, 2012)
Os cookies são uma das maiores estrelas do processo de personalização de
produtos e veiculação de informações eletrônicas na internet, exatamente pela sua
função de coletar informações comportamentais do usuário, e oferecer apenas
conteúdos e ofertas que atendam ao seu perfil.
2.6.9 HACKERS E CRACKERS
Com certeza todos conhecem a figura dos hackers, famosos por suas
habilidades em informática acima da média, capazes de invadir sistemas facilmente
e roubar informações neles hospedadas. Porém, esse não é o papel dos hackers.
Os hackers são “indivíduos que possuem um conhecimento superior aos
outros em determinada área e, ao contrário do que muitas pessoas imaginam,
utilizam essa virtude para ajudar e não para destruir” (FILHO 2010, p. 2). Sendo
assim, quem seriam os responsáveis pelos crimes cibernéticos de roubo de
informações? O correto seriam os crackers.
“Os Crackers, termo utilizado para identificar aqueles indivíduos que
também possuem um conhecimento elevado relacionado à tecnologia, mas
que não a utilizam de maneira positiva, são os que invadem sistemas e
promovem ações com a intenção de prejudicar os outros, como desfigurar
páginas da Internet ou promover a invasão de PCs (Computadores
Pessoais) de usuários leigos. ” (FILHO 2010, p. 2-3)
Logo, a diferença entre hackers e crackers consiste na intenção de suas
ações. Este, visa tirar proveito dos conhecimentos, agindo de forma maliciosa, já
aquele usa os conhecimentos como forma de construção e aprimoramento.
2.7 SEGURANÇA NA INTERNET
29
A internet, por vezes, pode ser um local perigoso para os desprevenidos, te
expondo a riscos dos mais diversos. Contudo, a própria web oferece para o
internauta uma gama de ferramentas que têm a finalidade de auxiliar o consumidor
em suas atividades.
2.7.1 PROTOCOLOS DE INTERNET
Para que haja o trânsito de informações e dados na internet, é necessária a
ação dos protocolos para possibilitar a comunicação entre os dispositivos.
O principal grupo de protocolos, e pioneiro usado na internet é o TCP/IP, onde
o TCP significa Transmission Control Protocol (Protocolo de Controle de
Transmissão), enquanto IP significa Internet Protocol (Protocolo de Internet) (Portal
Educação). Dentro deste grupo, o principal deles é o IP, pois é o responsável por
endereçar e encaminhar os pacotes que trafegam pela rede mundial de
computadores (TechTudo).
2.7.2 E-BIT
Segundo à própria E-bit, o intuito da empresa é medir o grau de satisfação do
cliente com a experiência de compra nos sites, desde a decisão de compra até o
pós-venda. Dependendo dos rendimentos e dos resultados obtidos, a loja virtual
recebe selos de certificação em execução das negociações, bem como as classifica
como Diamante ou medalha, a fim de servir como uma certificação de segurança na
hora da compra.
2.7.3 SITE BLINDADO
A Site Blindado é uma empresa online de consultoria em segurança de
informações eletrônicas. Seu trabalho consiste na busca por brechas de segurança
30
para evitar possíveis ataques de hackers e crackers, bem como oferecer segurança
no trânsito de informações dos consumidores online.
As empresas que contratam seus serviços também recebem um selo, a fim de
indicar ao consumidor que aquele site oferece segurança no trânsito de suas
informações.
31
3 METODOLOGIA
3.1 TIPO DE ESTUDO
O estudo realizado é de caráter quantitativo descritivo. Para Fonseca (2002,
p.20 apud GERHARDT & SILVEIRA 2009, p.33) um estudo quantitativo visa obter
conclusões quantificadas através dos resultados de uma amostra. A amostragem
assume-se como retrato real de toda a população alvo da pesquisa, compreendida
pela análise dos dados brutos e recorrente à linguagem matemática para poder
descrever as causas de um fenômeno.
A característica descritiva da pesquisa se dá pelo caráter analítico que tem
por finalidade observar as características da população amostra em estudo, e
apresentar conclusões a partir dos dados coletados. Segundo BARROS e LEHFELD
(2000, p. 47 apud GURGEL, 2016, p. 31):
“na pesquisa descritiva realiza-se o estudo, a análise, o registro e a
interpretação dos fatos do mundo físico sem a interferência do pesquisador.
São exemplos de pesquisa descritiva as pesquisas mercadológicas e de
opinião.”
Nesta ótica, apresenta o compromisso de levantar quais características
influenciam variável e invariavelmente nas preferências da população amostra em
contato com o fenômeno proposto.
3.2 POPULAÇÃO AMOSTRA
A amostragem desta pesquisa foi feita através de uma população de 139
consumidores online, residentes na capital do estado do Rio Grande do Norte e em
cidades da região metropolitana, que responderam o questionário eletrônico
disponível para visualização no Apêndice A do presente trabalho. Segundo Oliveira
(2009, apud Tavares, 2014, p. 31) “população é o conjunto de seres animados ou
inanimados que apresentam pelo menos uma característica em comum a ser
estudada”.
32
3.3 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS
Os dados utilizados na pesquisa de campo foram obtidos através do método
survey, com a aplicação de questionários online e com o propósito de atingir o maior
número de usuários possíveis em um curto período de tempo
Segundo Figueiredo (2004, apud FERREIRA e MARTINS, 2011, p. 2):
“... a pesquisa de survey implica a coleção de dados (...) em um número de
unidades e geralmente em uma única conjuntura de tempo, com uma visão
para coletar sistematicamente um conjunto de dados quantificáveis no que
diz respeito a um número de variáveis que são examinadas para discernir
padrões de associação...”
Sendo assim, a coleta de dados foi feita pela plataforma Google Forms,
hospedado no domínio www.google.com/forms e compartilhados via redes sociais e
portais da universidade como o SIGAA.
3.4 TRATAMENTO ESTATÍSTICO
A análise dos dados foi feita pelo pesquisador, a partir de uma visão geral
obtida a partir respostas da população amostra participante da pesquisa em relação
ao estudo.
À luz dos conceitos e teorias citados anteriormente, foram elencadas
conclusões e sugestões de melhora do cenário.
33
4 ANÁLISE DE DADOS
4.1 PERFIL DOS ENTREVISTADOS
Os gráficos e questões a seguir relaram o perfil dos participantes da pesquisa,
e foram captados a partir das respostas das questões 1, 2 e 14
Na questão de número 1 é analisada a distribuição entre gêneros da amostra,
descrita no gráfico 1. Na amostra 35% das pessoas são do sexo masculino, apenas
2% preferiram não informar seu gênero, e 63% da amostra, uma parcela
considerável, é do gênero feminino.
Gráfico 1: Gênero
Fonte: Autoria própria, 2018.
Na questão de número 2, buscou-se classificar a faixa etária da amostra,
onde 30% têm entre 20 e 24 anos, e de 25 a 29 anos a mesma representatividade. A
faixa etária dos 15 aos 19 anos representam 17%, de 30 a 34 anos 8%, seguidos de
35 a 39 anos e pessoas acima de 39 anos com 8% ambos, finalizando com 15%
abaixo dos 15 anos, conforme ilustrado no Gráfico 2.
35%
63%
2%
Qual seu sexo?
Masculino
Feminino
Prefiro não dizer
34
Gráfico 2: Faixa etária
Fonte: Autoria própria, 2018.
Na questão de número 14 foi levantado o nível de confiança em compras
online pela amostra, onde 47% considerou ter moderada confiança, 26% considerou
ter muita confiança, 18% pouca confiança, 6% nenhuma confiança e apenas 3%
com extrema segurança, como ilustrado no gráfico 3.
Gráfico 3: Grau de segurança
Fonte: Autoria própria, 2018.
4.2 NÃO USO DO E-COMMERCE E PERSPECTIVAS
2.88%
16.55%
29.50%
30.22%
7.91%
6.47%
6.47%
ABAIXO DE 15 ANOS
DE 15 A 19 ANOS
DE 20 A 24 ANOS
DE 25 A 29 ANOS
DE 30 A 34 ANOS
DE 35 A 39 ANOS
ACIMA DE 39 ANOS
0.00%5.00%10.00%15.00%20.00%25.00%30.00%35.00%
Qual sua idade?
Abaixo de 15 anos
De 15 a 19 anos
De 20 a 24 anos
De 25 a 29 anos
De 30 a 34 anos
De 35 a 39 anos
Acima de 39 anos
6%
18%
47%
26%
3%
Qual o grau de segurança que você sente em comprar pela internet?
Nenhuma segurança Pouca segurança Moderada segurança
Muita segurança Extrema segurança
35
Nesta parte do estudo, foram levantadas as causas pelas quais alguém opta
por não consumir virtualmente, bem como levantar as perspectivas de consumo, e
estão representadas pelas questões 3, 4, 5, 7, 8, 16 e 17.
Na questão de número 3 buscou-se quantificar a proporção da amostra que
consome online, e que não consome online, e 76% da amostra afirmou ter feito
compras via internet, e apenas 24% não consumia online, conforme representado no
gráfico 4.
Gráfico 4: Quantos fizeram compras via internet
Fonte: Autoria própria, 2018.
Na questão de número 4 buscou-se entender quais os fatores desmotivam os
potenciais consumidores virtuais, e descobriu-se que 56% não compram por falta de
confiança, 29% preferem o contato pessoal com os produtos, 9% têm medo de
terem seus dados pessoais usados para fins maliciosos, seguidos da falta de
interesse e de conhecimento de um site, ambos com 3%. Nenhum dos entrevistados
alegaram não usar a internet, conforme ilustrado no gráfico 5.
Gráfico 5: Impedimentos do consumo virtual
76%
24%
Já fez compras pela internet?
Sim
Não
36
Fonte: Autoria própria, 2018.
Quando perguntados na questão 5 sobre a intenção em comprar online em
alguma ocasião futura, 82% dos entrevistados confirmaram que sim, enquanto 14%
responderam talvez, e apenas 4% não consideram comprar online um dia, conforme
ilustrado no gráfico 6.
Gráfico 6: Possibilidades de consumir online
Fonte: Autoria própria, 2018.
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60%
NÃO TENHO CONFIANÇA
TENHO MEDO DE USAREM MEUS DADOS …
NÃO CONHEÇO NENHUM SITE
NÃO USO INTERNET
NÃO TENHO INTERESSE
PREFIRO CONTATO PRESENCIAL COM O …
Caso não tenha feito, o que te impediu?
82%
4%14%
Você julga possível fazer compras pela internet algum dia?
Sim
Não
Talvez
37
Acerca da percepção de segurança, abordada na questão 7, 46% dos
entrevistados consideraram que talvez haja segurança, e 25% afirmam ser um
ambiente seguro, conforme ilustrado no gráfico 7.
Gráfico 7: Percepção de segurança na internet
Fonte: Autoria própria, 2018.
Na questão de número 8 buscou-se analisar a confiança proveniente de uma
indicação, e descobriu-se que 64% das pessoas considerariam comprar em um site
indicado por um amigo, enquanto 33% responderam talvez, e apenas 3%
responderam que não comprariam, conforme ilustrado no gráfico 8.
Gráfico 8: Indicação
25%
29%
46%
Você considera a internet um ambiente seguro para negociações?
Sim
Não
Talvez
64%3%
33%
Você compraria em um site que fosse sugerido por um amigo seu?
Sim
Não
Talvez
38
Fonte: Autoria própria, 2018.
Quanto à intenção de consumo online quantificada a através da questão 16,
65% da amostra afirmou ter interesse em consumir, enquanto 24% responderam
talvez e apenas 11% não cogitam nesta possibilidade, conforme ilustrado no gráfico
9.
Gráfico 9: Intenções de compras no futuro
Fonte: Autoria própria, 2018.
A questão 17 teve por finalidade quantificar, a partir da população amostra, a
intenção de aproveitar as oportunidades da internet e empreender virtualmente, e
38% respondeu que não, 36% responderam sim, e 26% responderam talvez,
conforme ilustrado no gráfico 10.
Gráfico 10: Intenção de empreender virtualmente
65%11%
24%
Você planeja fazer compras via internet nos próximos 12 meses?
Sim
Não
Talvez
39
Fonte: Autoria própria, 2018.
4.3 MOTIVAÇÕES DE CONSUMO
Nesta parte da pesquisa, buscou-se entender melhor as motivações que
transformam um usuário da web em consumidor virtual, bem como o fideliza, e estão
representadas nas questões 6, 9, 10, 12 e 15.
Na questão 6 foram quantificados os motivos pelos quais a população
amostra opta por consumir online, e os participantes da pesquisa puderam escolher
mais de um motivo. O resultado foi 40% em razão do preço, 22% pela variedade,
seguido de comodidade e praticidade, ambos com 19% da preferência das
respostas, conforme ilustrado no gráfico 11.
Gráfico 11: Motivações do consumo online
36%
38%
26%
Você planeja vender via internet?
Sim
Não
Talvez
19%
19%
40%
22%
Caso tenha feito, o que te motivou a fazer compras via internet?
Comodidade
Praticidade
Preço
Variedade
40
Fonte: Autoria própria, 2018.
A frequência de consumo foi obtida através das respostas da questão 9, e
obteve os seguintes resultados: 39% consomem com pouca frequência, 27% com
frequência moderada, 22% com nenhuma frequência, 9% com muita frequência e
apenas 3% com extrema frequência, conforme ilustrado no gráfico 12.
Gráfico 12: Frequência de consumo virtual
Fonte: Autoria própria, 2018.
Na questão 10 buscou-se descobrir a partir da amostra, o conhecimento dos
selos E-bit e Site Blindado, visando traçar um paralelo entre o conhecimento de tais
selos e a decisão de compra, e descobriu-se que 64% dos participantes não
conheciam, enquanto 36% tinham conhecimento, conforme ilustrado no gráfico 13.
Gráfico 13: Selo E-bit e Site Blindado
3% 9%
27%
39%
22%
Com que frequência você faz compras pela internet?
Extrema frequência
Muita frequência
Moderada frequência
Pouca frequência
Nenhuma frequência
36%
64%
Conhece a Site Blindado ou a E-bit?
Sim
Não
41
Fonte: Autoria própria, 2018.
Na questão de número 12 buscou-se ranquear as principais preocupações da
amostra em relação às compras via internet, e dentre eles destacam-se o prazo de
recebimento, com 38%, a confiança passada pelo site com 19%, receio de roubo ou
vazamento de dados pessoais com 15%, receio de ser lesado ou ser vítima de
golpes com 8%, e o produto ser exatamente como descrito 8%, conforme ilustrado
no gráfico 14.
Gráfico 14: Principais preocupações no consumo virtual
Fonte: Autoria própria, 2018.
A questão de número 15 visou quantificar a possibilidade de um consumidor
concluir uma compra em um site desconhecido, saindo da segurança do
conhecimento da loja virtual, e 63% dos entrevistados responderam que não, 33%
talvez e apenas 4% afirmaram que fariam a compra, conforme ilustrado no gráfico
15.
Gráfico 15: Compras em sites desconhecidos
38%
19%15%
10%8%
2%2%6%
Quais são as suas preocupações principais relacionadas com as
compras pela internet?
Recebimento/Entrega doproduto/Prazo
Confiança e segurança do site
Roubo e vazamento de dadospessoais
Ser lesado(a) opu sofrerGolpe
Produto tal como descrito esem defeito
42
Fonte: Autoria própria, 2018.
4.4 PRODUTOS E SITES
Nesta parte do estudo buscou-se ranquear os sites e produtos mais
consumidos pela população amostra, e são resultados das questões 11 e 13.
Na questão de número 11 buscou-se ranquear os produtos comprados online
pela população amostra nos últimos 12 meses, onde se descobriu que 18%
consumiu moda e acessórios, 14% livros, assinaturas e apostilas, 12% cosméticos e
saúde, 11% não realizaram compras no referido período, 8% eletrônicos, 8%
telefonia celular, 7% informática, 7% brinquedos e games, 5% eletrodomésticos, 5%
esporte e laser, 4% moda e decoração, e por fim 1% nas demais categorias,
conforme ilustra o gráfico 16.
Gráfico 16: Produtos mais vendidos online
38%
19%15%
10%8%
2%2%6%
Quais são as suas preocupações principais relacionadas com as
compras pela internet?
Recebimento/Entrega doproduto/Prazo
Confiança e segurança do site
Roubo e vazamento de dadospessoais
Ser lesado(a) opu sofrerGolpe
Produto tal como descrito esem defeito
43
Fonte: Autoria própria, 2018.
A questão de número 13 teve a finalidade de descobrir quais os sites mais
consumidos pela amostra, e obteve os seguintes resultados: 16% compraram no
Mercado Livre, 10% no Netshoes, 10% nas Lojas Americanas, 8% na Saraiva, 5%
na Magazine Luiza, 4% no Walmart, Submarino, Aliexpress e Wish, 3% na OLX,
Centauro, Extra e Amazon, 2% na Dafiti, Ponto Frio e Zattini, e por fim 1% no site
das Casas Bahia, Estante Virtual, Natura e Shoptime, conforme ilustra o gráfico 17.
Gráfico 17: Sites mais utilizados
Fonte: Autoria própria, 2018.
17.56%13.74%
12.21%11.07%
8.02%8.02%
7.25%6.87%
5.34%5.34%
3.82%0.38%0.38%
MODA E ACESSÓRIOS
COSMÉTICOS E SAÚDE
TELEFONIA CELULAR
BRINQUEDOS E GAMES
ELETRODOMÉSTICOS
CASA E DECORAÇÃO
FERRAMENTAS
0.00% 5.00% 10.00% 15.00% 20.00%
Qual dos produtos abaixo você comprou pela internet nos últimos 12
meses?
Qual dos produtos abaixo você comprou pela internet nos últimos 12 meses?
0.00%5.00%
10.00%15.00%20.00%
OU
TRO
S
MER
CA
DO
LIV
RE
NET
SHO
ES
AM
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AN
AS
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A
MA
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S
WIS
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A
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AZO
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DA
FITI
PO
NTO
FR
IO
ZATT
INE
CA
SAS
BA
HIA
ESTA
NTE
VIR
TUA
L
NA
TUR
A
Quais sites você mais usa para fazer compras online?
44
5 CONCLUSÕES
Mais da metade da população amostra se concentrou na faixa etária dos 20
aos 29 anos, fortalecendo a possibilidade de serem economicamente ativos e terem
poder de decisão. Destes, 22% nunca realizaram uma compra online, percentual
bastante inferior aos de constância em compras, provando que além de consumir,
existe um mercado reincidente.
Quanto à quantidade de entrevistados que efetuaram compras online,
representados por 76% dos participantes são consumidores online, provando que o
mercado virtual está aquecido e consolidado. Atrelado a isso, a intenção de compra
nos próximos meses representada por 65% dos entrevistados é mais um fator de
entusiasmo, reforçado por apenas 11% de internautas que não planejam consumir
virtualmente.
Quanto ao consumo em sites, a pesquisa mostrou que a população amostra
não apresenta grandes distorções em relação aos resultados nacionais, e
apresentou o Mercado Livre, Magazine Luíza, Americanas, Submarino e Walmart
entre os 10 sites mais consumidos. Completam esta lista os sites da Saraiva,
Aliexpress, Wish e OLX. Há uma representatividade de marketplaces como Mercado
Livre, sendo o site mais consumido, e OLX, mostrando a presença definitiva deles
na preferência do consumidor, sendo uma alternativa aos varejistas tradicionais, que
também compõem a lista com Magazine Luíza, Americanas, Submarino e Saraiva,
que nos mostram que a importância de adaptar-se virtualmente é rentável e
necessária.
Partindo de quem já consome e indo para quem pretende ser um consumidor
virtual, os números aumentam ainda mais o entusiasmo, pois 82% da amostra
confirmou tal interesse. Comparado com o número de consumidores, e fortificado
pelos apenas 4% que não planejam comprar online, este número nos mostra que
existe um mercado promissor a ser explorado.
As motivações para o consumo virtual apresentam representatividades em
níveis parecidos, porém o preço foi o motivo com maior representatividade, com 40%
da preferência dos participantes. A praticidade de uso e comodidade, ambos com
45
19% da preferência, são alavancas para os negócios online, que também apontaram
a variedade como um fator de grande importância, com 22% da preferência.
Diante da população cativa do mercado eletrônico, descobriu-se que o
potencial de novos empreendedores virtuais é considerável, pois 62% dos
participantes da pesquisa confirmaram interesse ou estão pensando em realizar
vendas online. Isto mostra que o consumidor online sente que o processo de
bootstrapping é atrativo, mesmo sem saber da existência do conceito.
Sobre os produtos mais consumidos pela população amostra, é possível
afirmar que não foge das estatísticas nacionais. Apesar de ordens distintas, os
produtos mais consumidos permanecem sendo, nesta ordem, moda e acessórios,
que pode ser um reflexo do volume de mulheres participantes da pesquisa (63% da
amostra), livros, assinaturas e apostilas, cosméticos e saúde, telefonia celular e
eletrodomésticos estão no topo da preferência da população em estudo.
O surgimento de novos empreendedores é positivo, pois estimula a
concorrência e a criatividade. Porém a pesquisa mostrou que a flexibilidade
proporcionada pelo ambiente virtual é atrativa, mas a barreira do desconhecido se
mostra forte, pois 63% da amostra alegou não estar disposta a comprar em um site
desconhecido, ao ponto que 64% afirmaram a possibilidade de comprar em um site
sugerido por um conhecido. Desta forma, temos uma barreira e uma forma de
transpô-la.
A não disposição para comprar via internet é reflexo da falta de confiança no
mercado eletrônico, principal fator levantado para justificar o não consumo virtual.
Os 18 anos de e-commerce no Brasil ainda sofrem relativo atraso com a preferência
do contato físico com o produto, legado forte do mercado tradicional e também por
motivos de fraudes e golpes aplicados no decorrer destes anos. São necessárias
constantes atualizações de segurança a fim de fortificar ainda mais o trânsito seguro
no mercado eletrônico, e um certo tempo para que internautas sintam ainda mais
confiança no mercado eletrônico.
Na tentativa de mensurar qual a percepção de segurança do mercado virtual
pela população amostra, constatou-se que 47% alegou ter uma visão de segurança
moderada do mercado eletrônico, e os outros graus de confiança adjacentes, nos
46
mostraram que 18% sentem pouca confiança, e 26% sentem muita confiança, ou
seja, um resultado positivo e que demonstra um potencial de mudanças
panorâmicas positivas considerável.
A necessidade do aumento da confiança no mercado virtual nos revelou que
quase metade da amostra considerou que o mercado eletrônico talvez fosse seguro,
enquanto 25% o enxergam com segurança, reforçando a necessidade de
ferramentas e medidas que convençam a população. Levando em consideração o
resultado positivo da indicação, medidas como depoimentos de clientes nas páginas
das lojas virtuais, seja escrito ou em vídeo, ajudariam ainda mais a mudar esta atual
realidade. Seguindo a linha da indicação, ferramentas como a E-bit e o Site
Blindado, responsáveis e dedicadas a atestar segurança no mercado virtual,
mostraram-se como consideravelmente desconhecidos, e são ferramentas com um
potencial forte para ajudar a melhorar a imagem do mercado eletrônico.
Além da segurança e boa imagem, a maior preocupação dos consumidores
virtuais é com a entrega, abrangendo a realização da entrega do produto e prazo
atrativo, bem como preocupações com o funcionamento dos Correios, responsável
pela prestação do referido serviço. Em contrapartida, apenas 1 dos entrevistados
citou o custo dos envios, ou seja, a efetivação da entrega do produto certo, conforme
foi descrito, tem muito mais destaque inicial do que o preço pago ela entrega. Outros
motivos merecedores de destaque, além da credibilidade que o site passa e que
gera confiança ou não, a amostra destacou o receio com o roubo e uso indevido de
seus dados pessoais, bem como ser lesado pelo site.
47
REFERÊNCIAS
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<https://www.tecmundo.com.br/tutorial/834-aprenda-a-usar-as-normas-da-abnt-
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48
Como ele criou um negócio e vendeu por R$ 14 milhões em 3 anos | Exame.
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254,0x190,5 mm.
53
APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO “SEGURANÇA NO E-COMMERCE”
Segurança no e-commerce
Este questionário é parte de um trabalho de conclusão do curso de Bacharelado
em Administração da UFRN, e visa fazer um levantamento sobre a percepção de
segurança dos consumidores de Natal e região metropolitana em relação ao
mercado eletrônico.
*Obrigatório
1) Qual seu sexo? * Marcar apenas uma oval.
Masculino
Feminino
Prefiro não dizer
2) Qual sua idade? * Marcar apenas uma oval.
Abaixo de 15 anos
De 15 a 19 anos
De 20 a 24 anos
De 25 a 29 anos
De 30 a 34 anos
De 35 a 39 anos
Acima de 39 anos
3) Já fez compras pela internet? * Marcar apenas uma oval.
Sim
Não
4) Caso não tenha feito, o que te impediu? Marque todas que se aplicam.
Não tenho confiança
Tenho medo de usarem meus dados serem usados
54
Não conheço nenhum site
Não uso internet
Não tenho interesse
Prefiro ir à loja
5) Você julga possível fazer compras pela internet algum dia? Marcar apenas
uma oval.
Sim
Não
Talvez
6) Caso tenha feito, o que te motivou a fazer compras via internet? Marque
todas que se aplicam.
Comodidade, pois não preciso sair de casa.
Praticidade, pois é fácil encontrar o que quero
Preço, pois as promoções são melhores.
Variedade, pois é possível encontrar tudo que quero.
7) Você considera a internet um ambiente seguro para negociações? *
Marcar apenas uma oval.
Sim
Não
Talvez
8) Você compraria em um site que fosse sugerido por um amigo seu? *
Marcar apenas uma oval.
Sim
Não
Talvez
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9) Com que frequência você faz compras pela internet? Marcar apenas uma
oval.
Extrema frequência
Muita frequência
Moderada frequência
Pouca frequência
Nenhuma frequência
10) Conhece ou já ouviu falar do Site Blindado ou a e-bit? Marcar apenas
uma oval.
Sim
Não
11) Qual dos produtos abaixo você comprou pela internet nos últimos 12
meses? Marque todas que se aplicam.
Livros, assinaturas e apostilas
Eletrodomésticos
Moda e acessórios
Cosméticos e saúde
Telefonia celular
Casa e decoração
Informática
Eletrônicos
Esporte e lazer
Brinquedos e games
Não comprei via internet neste período
Outro:
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12) quais são as suas preocupações principais relacionadas com as
compras pela internet?
13) Quais sites você mais usa para fazer compras online?
14) Qual o grau de segurança que você sente em comprar pela internet?
Marcar apenas uma oval.
Nenhuma segurança
Pouca segurança
Moderada segurança
Muita segurança
Extrema segurança
15) Compraria em um site desconhecido? Marcar apenas uma oval.
Sim
Não
Talvez
16) Você planeja fazer compras via internet nos próximos 12 meses? Marcar
apenas uma oval.
Sim
Não
Talvez
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17) Você planeja vender via internet? Marcar apenas uma oval.
Sim
Não
Talvez
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