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Jânio Quadrai t que a ministre Clemente Mariani começa obedientemente ¦ levar à prática. A mudança dt horário nai repartições, as dtmissões ordenadas terça-feira última, a paralisação de obrai públicas, o anunciada aumento do custo dt câmbio, além de outrai medidas no terreno eco- nomico, indicam jái com bastante clare- .«a a ip* aoaa- wairítit^aid a- povo brasileira da orientação do govirno da senhor Jânio Quadros. O atual clamar contra o desemprego crescerá tm todo o Pais até levar à dtrrata a política impatriótica e -antipopular de aluai governo. 2' e V págs. do V cad.l ¦flUmWJ'¦ m\\\m\\\Amm\ ' nB Ab^^^^-tJImr^ ^^,ÉAfevI HF,^AW ^^AAAlAAAAAAAlki^^!9A^BAiV 'WS æ^^H Êf i AM^^^ ,T mW^^LW *iZ£^AA) ,^uAK dObk «talAApJAvJ' - jHk-.ç«DF AB ü *mmZ. ¦ 1 Ar '- efl ¦ /wOF.f.wr^ejJJJJJJJJJJJv .^Sm ym* :¦:-¦' &WF 1 •7 ' " - \,\ ¦ í/ j| TffiMtv *fr¦ ***iitfS'á t4 '; .fflfl ^|AA '•"^iil lAa>^B___^I ¦ -^ftA^AaAlAA £^1I Sexta-feira na ABI: Debate sôbre Reforma Agrária em Cuba COB O PATROCÍNIO do Comissão Brasileira dt Solidariedade ao Po- vo Cubano terá lugar no dia 24, sexta- •feira, àt 20 hora», no outírtório da At- seciação Bratiltira da Irndcaraja, um dt- bate púWica t*br» a lbi - •!* Reforma Agrária Cubana. Diste Rebate partici- parão, tntrt outras personalidades, os deputados Josué de Castro t Jonas Ba- hitntt, o tconomista Domar Campos e o desembagador Osny Duarte. A en- Irada é franca. Lumumba: Herói e Mártir da Luta Anticolonialista Reportagens na 7* página do Io caderno e na 6* página do 2' caderno nEPOIS de lançarem um satélite oW 6,5 toneladas, os soviéticos anuo- ciaram a viagem da eslacão inlerplane- taria, que deverá encontrar a órbita da planeta Vênus nos primeiros dias da segunda quinzena de maio. O cVenu- silo, como foi batizado o mais novo engenho espacial soviético, foi dispara* do do bojo do satélite anteriormente lançado, o que constituiu um feito iné- dito e de magna importância para o /desenvolvimento da astronáutica, abrfn* ),-lo v. crpiítVbtiparo o-colocação -no-tH* paço dos plataformas que atirarão ãe, fr.guetes tripulados em direção aos ou- 'ros planetas do sistema solar. A ida Io homem ao cosmos está cada vet moit próxima. A ptoposito do lança- mento do o-Venusil- , NR apresenta, na 8" paqina do 1 coderno, um artigo exclusivo do professor N. Barabachov, diretor do Observatório Astronômico da Universidade dc Kárkov. Na foto acimo, Gcnnady Zovocloviky, um dos homens soviélicos que deverão parti- cipof dos primeiros vôos intorpianetá- rios. 3íeV" ••***« . - «•-. l^S0i^mmm)èW^0& Autoridades Brasileiras Cíilps no Assassinato de Patrii laÉlnaios Reatamento ORLANDO B0MFIM JR. ^^!>íí«S^ 2' caderno míww Pela vitória do das funcíona/zs/no Artigo de 0RESTES TIMBAÚVA na 6' página Açúcar: 20 mil trabalhadores vão a greve Texto na 2* página Aeroviários vão eleger diretoria do Sindicato Texto na 2? página Brasileiras: Deficits Reportagem na 2* página do 2P caderno Lixo toma conta das ruas do Rio: para turista ver Texto na 6* página Drama das ferrovias brasileiras: deficits de milhões Texto na 2* página do 2' caderno TRABALHADORES EXIGEM DE JÂNIO: Combatr rttrestir e Assegurar a Liberdade tm CST oficialmente colocado na ordem-do-dio o pro blema da normalização das relações diplomai'- cas do Brasil com os poises socialistas, incluídas a União Soviética e a República Popular da China. Num (êste. pelo menos, bem inspirado) dos seus famigerados e ja ¦numerosos büheíinhos,. 0 sr. Jânio Quadros deu a pro- pósito instruções ao ministro do Exterior. "PRATA-SE, sem dúvida, de medida justa e necessária. Não corresponde, apenas, a promessa de condi- dato, mas a exigência que nosso povo, pelo que tem do mais vigoroso e decisivo, vem fazendo com intensi dade crescente. No princípio todos se lembram era uma palavro-de-ordem que as mãos corajosas dos comu- nistas faziam surgir, do noite paro o dia, nos muros das cidades. E dava lugar às mais revoltantes violências e ar- bitrariedades policiais. Mas os interesses do povo consti- luem um fator que atua permanentemente e que não dc- saparece ante nenhuma repressão. Agora, o que soa es- tranho e absurdo é a voz da minoria restrita e desloca- da que ainda insiste na tentativa de sobrepor-se à rea- lidade, tentando manter uma situação que os falos tor- nam cada vez mais insuportável. Como uma viúva des- vairada pelo desconsolo que continuasse agarrada ao cadáver putrefacto do marido muito morto, pensan- do estar êle apenas dormindo, c impedisse fásse on- (errado... f| RESTABELECIMENTO de relações diplomáticas com os países socialistas significará um passo à fren- le, de caráter progressista, na nossa política exterior. Atenderá aos genuínos interesses nacionais, colocando- o Brasil, no convívio direto e amigável exatamente com os países que percorrem de maneira mais acelerada o caminho do progresso, em novas condições favoráveis à solução dos problemas do seu desenvolvimento, de sua emancipação econômico, do bem-estar do seu povo. E a aproximação com a União Soviética, com a Repú- blica Popular da China e com os outros paises socialis- tas também poderá trazer uma contribu;ção concreta a defesa da paz mundial, que é o mais precioso bem a resguardar. MÁO significa isso que se juMifique qualquet exagèio a respeito. Não ha porque falar nm mudança radical na politica externa ale agora seguida pelo go- vêrno brasileiro. E muito menos adquire sentido a apre- ciação de certos comentaristas cie superfície, que olir- m a in estai o sr. Jânio Quadros pondo cm prática uma política externa de esquerda e uma politica interna dc direita, como se fosse possível a um governo adotar ao mesmo tempo duos filosofias opostas, apoiar-se ao mes- mo tempo em dois conjuntos dc forcas contraditória- mente antagônicos, Uma mudança radical e efeliva na, orientação alé hoje seguida pelo Ilamarali dependerá de urna sèiie de medida:,, tendo por pedia angulai uma real independência frente ao Departamento de Estado norte-americano. RJIAS, o cerlo é que o sentido progressista cia norma- lizacáo de iclacòns diplomáticas com os paises socialistas tom sua contra-prova na mobilização que está sendo feita das forças mais retrogradas e reacionárias, interessadas cm impedi-la. E estas forceis existem dentro do próprio governo, como claramenlc transpareceu das declarações do gen. Pedro Geraldo dr Almeida, chefe da Casa Militar do sr. Quadros, o que serve de alerta a todos os paliiolas e democratas. O povo não pode ficar de braços cruzados. Deve fazer ouvir sua voz, antes tantas vêzcs levantada em defesa do reatamento, reavi- vanclo a campanha, por todos or. meios. Mesmo porque a questão nao se restringe u unia simples abertura de embaixadas aqui e em Moscou. Isto seria o alo formal. O principio. Não ludo, porem. Os interesses nacionais exigem que o reatamento se concretize em medidas efe- tivas de relações que se ampliem e rebustecam, num in- tercàmbio que traga para nosso povo todos os benefi- cios possíveis. £\ PRÕPR-IO governo colocou, conforme dissemos, a problema na ordem-do-dia. Contribuamos paro que lhe seja dada a solução realmente justa. Texto na 3a página do I9 caderno

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Page 1: AA ¦ -^ftA^AaAlAA I £^1 I E MISÉRIAPIRA 0 POVO · do próprio governo, como claramenlc transpareceu das declarações do gen. Pedro Geraldo dr Almeida, chefe da Casa Militar do

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CO mil crianças

tom escolas

na Guanabara

QUIANTI • iiimiiuiihii elo.iouil • II,Catltl Inicirio (iiomcUu irium.ioi

»*••> r-úliliiomenie na i.loiuia • amomuío» u opIUofó» dt um plono ml-

míuioio poio resolver, ainda ••'• «no.stiohl«»«i d« d.fait «uotoi no Owo

norniio. Inii-ionio. apesar dt titltntadt Itdilit instituído, «olwiuo precária •pautai poio um dti problemas maisnijwdoi dt nono l.lodo, mais dt SO milmantos tuaiuo. tm 1961. «tm «portu*•ddorft dt frtqütfllor at bancai tico*loiti. A (alia dt ttlabtltilmtnlot d*•mina (tnlintra ttndo «rm falot ai 100tictlai ntvoi promelidot ptlo tnlão«nndidolo • ho,» go.emadoi, |o paro

pttttnft ont Itrlvo, não panaram dtpropaganda, o que, allos. não è ne-nhuma novldodt. ítala reportagemna Mula tãglna do primeirocaderno).

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Sábios Soviéticos Revelam: PlataformasLançarão Astronautas a Vênus e Marte!

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EDIÇÃO PARA A GUANABARAANO II N» 103Rio d» Jontlro, ta morto da 24 dt ftvtrtlro o 2 da morço dt 1961Redalor-Chtlt — Frogmon Borges Diretor — Mário Alvti Diretor Executivo — Orlando Bomflm Jr.

Dez Mil Funcionários Demitidos e 100 Mil Ameaçados

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.«a a ip* aoaa- wairítit^aid a- povobrasileira da orientação do govirno dasenhor Jânio Quadros. O atualclamar contra o desemprego crescerátm todo o Pais até levar à dtrrata apolítica impatriótica e -antipopular dealuai governo. 2' e V págs. do V cad.l

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Sexta-feira na ABI:Debate sôbre ReformaAgrária em CubaCOB O PATROCÍNIO do Comissão

Brasileira dt Solidariedade ao Po-vo Cubano terá lugar no dia 24, sexta-•feira, àt 20 hora», no outírtório da At-seciação Bratiltira da Irndcaraja, um dt-bate púWica t*br» a lbi - •!* ReformaAgrária Cubana. Diste Rebate partici-parão, tntrt outras personalidades, osdeputados Josué de Castro t Jonas Ba-hitntt, o tconomista Domar Campos eo desembagador Osny Duarte. A en-Irada é franca.

Lumumba: Herói e Mártirda Luta Anticolonialista

Reportagens na 7* página do Io cadernoe na 6* página do 2' caderno

nEPOIS de lançarem um satélite oW6,5 toneladas, os soviéticos anuo-

ciaram a viagem da eslacão inlerplane-taria, que deverá encontrar a órbita daplaneta Vênus nos primeiros dias dasegunda quinzena de maio. O cVenu-silo, como foi batizado o mais novoengenho espacial soviético, foi dispara*do do bojo do satélite anteriormentelançado, o que constituiu um feito iné-dito e de magna importância para o/desenvolvimento da astronáutica, abrfn*),-lo v. crpiítVbtiparo o-colocação -no-tH*

paço dos plataformas que atirarão ãe,fr.guetes tripulados em direção aos ou-'ros planetas do sistema solar. A idaIo homem ao cosmos está cada vetmoit próxima. A ptoposito do lança-mento do o-Venusil- , NR apresenta,na 8" paqina do 1 coderno, um artigoexclusivo do professor N. Barabachov,diretor do Observatório Astronômicoda Universidade dc Kárkov. Na fotoacimo, Gcnnady Zovocloviky, um doshomens soviélicos que deverão parti-cipof dos primeiros vôos intorpianetá-rios.

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Autoridades Brasileiras Cíilpsno Assassinato de Patrii laÉlnaios

ReatamentoORLANDO B0MFIM JR.

^^!>íí«S^ 2' cadernomíww

Pelavitória do dasfuncíona/zs/no

Artigo de0RESTES TIMBAÚVAna 6' página

Açúcar: 20 mil

trabalhadores

vão a greveTexto na 2* página

Aeroviários vão

eleger diretoriado Sindicato

Texto na 2? página

Brasileiras: DeficitsReportagem na 2* página do 2P caderno

Lixo toma conta

das ruas do Rio:

para turista ver

Texto na 6* página

Drama das ferrovias

brasileiras:

deficits de milhõesTexto na 2* páginado 2' caderno

TRABALHADORES EXIGEM DE JÂNIO:

Combatr rttrestire Assegurar a Liberdade

tm

CSTÂ oficialmente colocado na ordem-do-dio o problema da normalização das relações diplomai'-

cas do Brasil com os poises socialistas, incluídas a UniãoSoviética e a República Popular da China. Num (êste.pelo menos, bem inspirado) dos seus famigerados e ja¦numerosos büheíinhos,. 0 sr. Jânio Quadros deu a pro-pósito instruções ao ministro do Exterior.

"PRATA-SE, sem dúvida, de medida justa e necessária.Não corresponde, apenas, a promessa de condi-

dato, mas a exigência que nosso povo, pelo que temdo mais vigoroso e decisivo, vem fazendo com intensidade crescente. No princípio — todos se lembram — erauma palavro-de-ordem que as mãos corajosas dos comu-nistas faziam surgir, do noite paro o dia, nos muros dascidades. E dava lugar às mais revoltantes violências e ar-bitrariedades policiais. Mas os interesses do povo consti-luem um fator que atua permanentemente e que não dc-saparece ante nenhuma repressão. Agora, o que soa es-tranho e absurdo é a voz da minoria restrita e desloca-da que ainda insiste na tentativa de sobrepor-se à rea-lidade, tentando manter uma situação que os falos tor-nam cada vez mais insuportável. Como uma viúva des-vairada pelo desconsolo que continuasse agarrada aocadáver putrefacto do marido há muito morto, pensan-do estar êle apenas dormindo, c impedisse fásse on-(errado...

f| RESTABELECIMENTO de relações diplomáticas comos países socialistas significará um passo à fren-

le, de caráter progressista, na nossa política exterior.Atenderá aos genuínos interesses nacionais, colocando-o Brasil, no convívio direto e amigável exatamente comos países que percorrem de maneira mais acelerada ocaminho do progresso, em novas condições favoráveisà solução dos problemas do seu desenvolvimento, desua emancipação econômico, do bem-estar do seu povo.E a aproximação com a União Soviética, com a Repú-blica Popular da China e com os outros paises socialis-tas também poderá trazer uma contribu;ção concreta adefesa da paz mundial, que é o mais precioso bem aresguardar.

MÁO significa isso que se juMifique qualquet exagèioa respeito. Não ha porque falar nm mudança

radical na politica externa ale agora seguida pelo go-vêrno brasileiro. E muito menos adquire sentido a apre-ciação de certos comentaristas cie superfície, que olir-m a in estai o sr. Jânio Quadros pondo cm prática umapolítica externa de esquerda e uma politica interna dcdireita, como se fosse possível a um governo adotar aomesmo tempo duos filosofias opostas, apoiar-se ao mes-mo tempo em dois conjuntos dc forcas contraditória-mente antagônicos, Uma mudança radical e efeliva na,orientação alé hoje seguida pelo Ilamarali dependeráde urna sèiie de medida:,, tendo por pedia angulai umareal independência frente ao Departamento de Estadonorte-americano.

RJIAS, o cerlo é que o sentido progressista cia norma-lizacáo de iclacòns diplomáticas com os paises

socialistas tom sua contra-prova na mobilização que estásendo feita das forças mais retrogradas e reacionárias,interessadas cm impedi-la. E estas forceis existem dentrodo próprio governo, como claramenlc transpareceu dasdeclarações do gen. Pedro Geraldo dr Almeida, chefeda Casa Militar do sr. Quadros, o que serve de alerta atodos os paliiolas e democratas. O povo não pode ficarde braços cruzados. Deve fazer ouvir sua voz, já antestantas vêzcs levantada em defesa do reatamento, reavi-

vanclo a campanha, por todos or. meios. Mesmo porquea questão nao se restringe u unia simples abertura deembaixadas aqui e em Moscou. Isto seria o alo formal.

O principio. Não ludo, porem. Os interesses nacionais

exigem que o reatamento se concretize em medidas efe-tivas de relações que se ampliem e rebustecam, num in-tercàmbio que traga para nosso povo todos os benefi-cios possíveis.

£\ PRÕPR-IO governo colocou, conforme dissemos, aproblema na ordem-do-dia. Contribuamos paro

que lhe seja dada a solução realmente justa.

Texto na 3a página do I9 caderno

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Nuvob RUMOS - Rio dl Janeiro, te ma na de 24 d* fOVCrotrO 0 2 d« março de 1961

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5.) Ccovra • traasfjr-ijâo d.*i Icr.os ea or&l) li tsawali tlxti ou

5.4,! Uiito w* Lnttftuta naoionaia « ca rs.-uiu.vr isi joriu*irioii

6*) Sca&na Xc£li:*.;/•) corutxuçâo &t í rei.iurintts 19 j.s.r.3.

d», laia foâerai:u;ã3 dai íorioi,

j^y T/I..+A. \~-Jwtaiii/TíiP'

Prortn^ -n - - '-5 e f~*?<iilo.-»Com menos de um nu- .1.- (jovêrno,

o sr. Jânio Quadrns revela a essênciade sua politica, o que pretende fazerrm relaeài) aii* problemas do pais efromo cumprirá as promessas que ir/durante a campanha eleitoral. O do-cumento, cujo "!:ic-Mmilc" publicamosacima, foi tirmado pelo então cândida-to a presidência da Kepública. quandorecebeu uma comissão de servidoresdo Administração do Porto do Rio drJaneira, file contém as reivindicaçõesformatada* pela categoria e nele o sr.

Quadros prometeu solenemente

respeita Ias. A verdade, entretanto, éque a niisa ficou so na promessa. Como decreto que amplia o número de ho-ras de trabalho do funcionalismo, opresidente da República desrespeitou ocompromisso que havia assumido quan-dn candidato diante dos portuários. Oitem t.° do documento, que se refereau cumprimento do Decreto Lei 26.299que especifica o regime de 33 horas ae-manais para os serviços burocráticos,é o primeiro que o sr. Jânio Quadrosdeixa de cumprir.

Um dlCUtO rr.ouuüo * oulio amnado, traniioioiam complclamtnlt ovido dt etnienot dt milham dt lei*vidoitt ftdeioit em lodo o pau, Apaiin do d<a 20, tm viitudi do doei*iuo do pictidriur Jõnío Quadiei, obo.nabt \-. ... ¦- a tfobalhar 7 hoioipO> diO t im dOU c, r.i t 'et. O t •>

govimomeniot, op.liislodo ao povocomo dicuio moioliiodoro • capoc titimptimir aot teivíçot adminitlioiiveium tiimo de tiobolho maii tflclenti,revela na tua inc > . • alim dot pii-(uiiot iniviióviii qut acaiielou pciao funcionaliimo, 01 obiilivoi qut o tr,Jônio Quadro- t*m tm vlila com tua

politica dt «economia t auiltiidade

procurar reto «li a giave uluacão eco-nòm.ca e fínanctiia que o pait alia-vessu as cutiot do lairiticio cada V4Xmo.or do povo, e lonitnte dílt.

Os verdadeiros motivos

Umo dot pnmtiroi med'dot do pie-liden c F... • do Aigentino, quonuott propót o tplicor o pioro dt oustelidado rtcomtndado pelo Fundo Mone-Icrio Inltrnrcional, foi txalamcnieenar dificuldojes para 01 ttrvidoretfederais. Instituiu, como o fax agorao presidente Jânio Quadros, ot doisexpedientes e, uma semana dtpois, vi-nha a público afirmar qut a opeia-ção havia sido coroado dt sucesso 60mil funcioncrios se linham demitido, o

que possibilitava uma substancial eco-nomia na dtsptsa dt ptssoal.

Outra coisa não p.etendt o sr. Já-nio Quadros. Um vtspertino rtveicvaem sua edição do dia 21 qut o de-cieto presidenciol se tnqurdravo per-feitamente dentro do plano de auste-ridade do ministro do Fazenda, aueobjetiva o corte de 100 mil funcione-rios dos quadros da União. O «Cor-reio da Manhãs, órgão indentificadocom a política do atual governo fede-ral, afirmava, em seu editorial do dia19, qut o dtcrelo presidencial <obede-et aos objetivos de umo política defla-cionária. Visa, tm última análise, pro-vocar demissões em massa. . .».

Insensível aos problemas de ordemsocial que criou para a Imensa massadt servidores atingida pela medida,

possivtlmtnir convencido de que os

Aeroviários Preparam-sePara Eleger Novos Líderes

Por que duas chapasMifhofes de trabalhadores arovió-rio* tstõo sendo mobilizados em todo o

País, poro ai eleições que se realizarãode 27 do corrente a 3 d* março vin-

douro, destinadas a eleger a nova dire-torta do seu sindicato. A campanha dearregimentação * de etclarecimenlosvem sendo feita pelos componentes dasduo* chapas que disputam o pleito, umdoe mais movimentados que até agoraso rtatiaou entre a numerosa t comba-tiva categoria profissional.

A» duas chapas, uma encabeçada

pelos srs. Othon Canedo Lopes, Moa-cyr de Só Palmeira e João da Silva Ma-to»; outra pelos srs. Juracy Costa, Altairde Oliveira Hespanha e Zambiro Joa-

quim do* Santos, disputam as preferên-cia* do* aeroviários nesse pleito que,segundo afirmações dos lideres de am-bot as chapas, qualquer que seja o seureteltado, constituirá um fator de uni-dade da classe, que continuará coesana luta pelas suas reivindicações.

Candidato da renovaçãoFato novo na história do Sindicato

Nacional dos Aeroviários é a cândida-tora do jovem t combativo líder sindi-ooi, Juracy Costa. Juracy é baiano, •(6da a sua atividade pela causa dosaeroviários st desenvolveu na terra deCastro Alves, onde é querido pelos seuscompanheiros, graças à impetuosidade

q«M imprime na luta pelas reivindica-ções da classe que representa. Embora

quase desconhecido nos Estados daGuanabara e Rio Grande do Sul, ondese concentram grande parte dos ae-roviários, Juracy, em poucos dias decampanha, identificou-se logo com osseus companheiros cariocas, gaúchos,mineiros e dos demais Estados, ganhoua sua simpatia, e conquistou a adesãode inúmeros grupos de ativistas, que seencontram agora inteiramente voltados

para a vitória da sua campanha, quete desenvolve sob o lema: ^Unidade eRenovação».

Participação na greveEmbora muito jovem, pois conta ape-

nos 29 anos de idade, Juracy Cosia,graças a sua intensa atividade sindi-cal e a sua participção nos movimen-tot grevistas de sua classe, adquiriuaquela visão necessária aot autênticoslíderes, que permite conduzir os seuscompanheiros às lutas mais audazes edifíceis, com um mínimo de sacrifício.Por Isso é que os partidários de suacandidatura podem afirmar, hoje, queos aeroviários da Bahia foram os me-nos atingidos pelas demissões em mas-sa da últiam greve, particularmente noEstado da Guanabara. Com efeito,compreendendo o terreno dificil em quelutava, Juracy Costa procurou cercarsua ciasse do máximo de aíiudos, pro-

movendo, defde os primeiros momentoida greve, a mobilização efetiva de todoo movimento sindical, estudantil, popu-lar e das forças políticas da Bahia emapoio aos aeroviários. Graças a êsseapoio, at empresas aeroviários não pu-deram cometer as arbitrariedades quecometeram contra os seus empregadosem outras regiões.

Manifesto aos aeroviáriosOs componentes da chapa Unidade

e Renovação, a propósito do próximopleito, lançaram um manifesto aos ae-roviários, no qual, após um breve his-'órico sobre o crescente processo deunidade e organização que vem carac-lerizando as lutas dos aeroviários emtodo o País, salienta que: "A próximarealização de eleições para a direto-ria e conselho fiscal põe mais uma veznas mãos de todos nós, aeroviários, aresponsabilidade de dar nova prova dezelo pelo nosso glorioso órgão de cias-se, de influirmos com os nossos votoslivres e conscientes para que êle seaperfeiçoe e fortaleça ainda mais da-qui por diante».

Sangue novoProsseguindo, assinala o manifesto:

«É evidente que uma orientação sin-dical perfeitamente identificada com asjustas e crescentes aspirações e txigên-cias da coletividade aeroviária exige,de um lado, a consolidação de tudo oque foi feito de positivo pelas últimasdiretorias, e, de outro, a correção dasdebilidades e dos erros assinalados.Isto é, exige de um lado continuidadee de outro renovação, dentro do maiselevado espírito de unidade».

«Do ponto-de-vista prático, prosse-guc, isso significa, diante das próximaseleições, elaborar um programa que ex-prima a vontade de toda a massa ae-roviária e, para realizá-lo, eleger umadiretoria e um conselho fiscal que, con-lando com a ajuda dos dirigentes mais

itigos e e/.perientes, incluam ao mes-mo tempo o sangue novo indispensávelde ativistas sindicais capazes de porsua vez formar-se como dirigentes, ser-vindo melhor ao sindicato. Essa reno-vação da direção do sindicato, aliás, étambém imposta pela próxima criaçãoda Federação, que exige desde já aampliação do nosso quadro de dirigen-tes sindicais, de forma que possam serpromovidos à direção da Federação osmais experimentados e capazes, semmaiores abalos na gestão dos assuntosdo nosso sindicato. Necessidade impe-liosa, também, como renovação na di-reção do sindicato, é nela incluir ativis-Ias das bases mais importantes do País,de forma a assegurar-se um melhoralendimenlo aos problemas dos aero-viários do intenor*.

Esclarecendo as razões pelas quaispromoveram o lançamtnto da sua cha-

pa, os membros da Unidade t Renova-ção afirmam: «Convocados os eleições,os signatários do presente maoifesto,

já que o tempo passava e não eramprocurados nem ouvidos pelos atuaisdirigentes sindicais mais responsáveis,resolveram, dentro do espírito de uni-dade t renovação acima exposto, pro-mover entendimentos para chegar-se auma chapa única, capaz de merecer osufrágio de todoi os aeroviários. Lu-tamos por todos os meios possíveis parachegar a êsse resultado, dando suces-sivas provas de isenção de animo e domais elevado sentido construtivo».

«Se chegamos a uma chapa de uni-dade t renovação em que não figuramdeterminados nomes e se, contra a noi-sa chapa, concorrerá uma outra, issofoi apesar de todos os nossos esforços».

ProgramaÉ o seguinte o programa da chapa

Unidade e Renovação: 1) intensifica-ção da campanha de sindicalização emtodo o território nacional; 2) instala-ção imediata das Delegacias Regionaisdo Galeão, e Caju, com gabinetes den-tários; criação de um departamento doInterior, visando sobretudo o melhoratendimento àt delegacias estaduais; 4)reorganização do Departamento Jurídi-co, com ampliação do corpo de advo-gados; 5) reorganização do Deporta-mento Sócio-Cultural-Recreativo; 6) Es-tudo com vistas à organização de umafarmácia sob responsabilidade do Sin-dicato, que assegure a aquisição demedicamentos a preços mínimos; 7] de-signação de um diretor e de um dele-gado para ligarem-se diretamente à ad-ministração do SAPS; 8) lula pela ins-tituição da escola primária para os fi-lho* dos associados e incentivo ò for-mação de filhas de aeroviários comotécnicas em aviação, através de curso,na EAPAC; 9) distribuição do ImpostoSindical proporcionalmente à arrecada-ção por Delegacia; 10) melhoria daorientação da «Bússula»; 11) lula pelocumprimento dos dispositivos legais sô-bre insalubridade e periculosidacle; 12)luta pela aprovação do RegulamentoProfissional do Aeroviário; 13) prós-seguimento da luta para que o IAPFESPobedeça realmente às suas finalidades;14) unidade com todos os sindicatosna lula pelo direito de greve, pela re-vogação do 9 070, pela liberdade e au-tonomia sindicais; 15) apliccçâo naprática das decisões do I e do IICONTAC e providências para a reali.zação com êxito do III Congiesso Na-cional dos Trabalhadores du AviaçãoComercial, em 1962, na Bahia

argumentei de ordem dimofoglca qutanticeditam e lucediram A aprovaçãodo dicillo ünrom angoiiado paia omtimo ai impoliai da população, o

pruidinli Quadrei ariimileu coniia ofuncionaliimo mouguiaiido o tua pie*ftmo politica di aviliiidodi. A pro-mitida política di taciiflcioi, apiinn*iodo 00 povo im iuo * iniagim de

powe, lomo coipo revelando ja conliaquim tira dirigida. Invutt contra 01hum.ldii, como o afirme o próprio«Corieio da Manhu*, • diixa 01 podi*loioi, paro 01 quaii lambim tinha pio*mitidp laçrlflroí, di lar>o. Prtjuaicadeienai de r 'lhorti com um ato qutde forma alguma contribuiià paro rt*tolvtr 01 problimai maii teriot queafligem o oait. Ao Invti, por ixem-pio, de revogor a portoria 113 da SU*MOC, olo que 10 prtjudicaria 01 inlt-rèssti impenaiitiat no Braiil t fovo.t-cuia tm girndt medida ot inliiétsetua induziria nooonal; ao invit deaprtsior a opi' vação do projilo qutlimita a remessa dt lucroí dai compa-nv. ci..a.gc.<ai poro o extuioi, me-

1 e contribuiria excepcione ...t.te poro equilibrar a lituaçâo financei-ra do paii, — envertda ptlo caminhoprteonizado ptlo Fundo Monttário In-ttrnacionol, conirúrto ooi interesses dopovo b.aiil-iro, criando um clima dtinsegurança e, lambem, dt dtitsptroo milharei de familioi de brasileiros.

Mais exploração e menosserventia

Os orgumtntos demagógicos utiliza-dos para justificar a decisão piesiden-ciai não resistem ao mais simples exa-mr e deixam clara a natureza da ma-nobra do ir. Quadros. Stmprt foi umabandeira da oposição a acusação con-tra 01 govtrnot anttrioret de monte-rem cum número exagerado de pessoasnos quadros do funcionaliimo». O dt-creio prtiidtnciol, a te levar em con-ta a verdad' dttia afirmativa, ptrdta razão dt ter como elemento paraaumentar a produtivldadt. Nfio it jus-tificaria um aumtnto do númtro dt ho-rai dt trabalho tobtndo-st qut txis-tt excesso no* quadros do funcional!*-mo ftdtral. E, mtimo não ttndo vá-lida tua afirmação, não ttró com oaumtnto dt uma hora no expeditnttdai repartiçõet que te regularizará adtsorganizaçSo administrativo. O ttr-viço público federal eitó prteisando,iito tim, de medidas no sentido de sepromover a rrcionalização do traba-lho, medidai capazes dt imptdir, co-mo diltt um barnobé qut tt monifes-tou contra o decreto, qut um proces-so ptrmantça mais do qut o tempodevido nas mãos do funcionário encar-regado dt txaminá-lo. Além do mais,a adoção doi doit txptditnlei criaráuma série dt probltmas dt ordtm ad-minislrativa, principalmente Itvando-sctm conta o fato dt que a interrupçãopara o almoço forçará naturalmente,uma diminul-ão do ritmo dt trabalhonas primtirat horas do segundo txpe-diente.

A adoção do novo horário, entreoutros prejuízos, conititue uma explora-çr - indtvida do trabaiho do funciona-rio. Panou êie a dar mais uma hora,que representa mais de ló% do totalqut dava últeriormente, sem receber

por ItlO 0 compiniaçae devida. A ex-plorecoo, 'uniom-ie oi dlflculdadltprovocodoi ptlr Imiitulçào doi doitexpedientii.

£lll aiptctO é doi «oi» impo.lantt». ttndo o mau imponente do quit-Ifio.

A InilllulcAe doi doil expodlinlttconiniui, em primeiro lugar, um !•.•mtnio paia duvaloiiiat 01 vtnçimin*tot rtctbidot pilo funcionaliimo. Eleobrigará a dtipuai novo», loit comotrantporli e alimentação. Tomando itcomo exemplo o Rio de Janmo, porlinal a cidade que conta com o mo.ornúmero de funcionár.01 alingidoi pilodtcitlo prttidincial, o barnabé móobrigado, im virtude dai dificuldodeide transporte, a fazer refelçõii noirttlouranlti ctnliait, o qut representa-10, no n.inimo, uma dtipesa diána 0»100 cruztirot. Mtimo "ue ele fótiifazer refiição tm tua icildfncia, o des-pisa aumtn'ario no minimo tm 25 u30 cruzeiroí cfàiiaminit, o picço dotrantporli, ii noi primt.ros um, deaplicação do dtcrelo, vtrif.cou-tt noRio o espetáculo dtiolaaor ut funcio*nárioi a ptrambular ptlat 'uas con-traii, stm condições dt ir até tm casafazer refeição e tem dlnhe'ro paia ai-moçar nos reitaurantti. Como os re-partiçõti ftderalt não dispõem dt rt-ftiiórioi ou locali adtquados, aié amarmita, que t 'ia um recurso, o servi-dor não pode t-azer.

Por outro lado, a instituição do no-vo horário criou sérios problemas pa-ra a funcionária que é mãe e dona--decaia. A maioria delas, com a vidaorganizada de formo a atender às ne-cessidades do lor, principclmente dosfilhos, está no completa ^mpossibilida-de de o faze. agora. As reporliçõesnào dispõtm dt enchei t outras con-dições para atindtr ái nteessidades tdirtitoi da funcionária que tem filhos,

o que uiio dl te exlgli, <«tde que fut*to fótto o dtcrelo !¦"== •

Clamor e protestosA didiõo prttidincial foi leici/.tii

com indignoção pilo funelontititmo

qui, mtimo tumpiindo o decreto, nuodttxa di proittior conde r 'tio a,<U*cação. Em i>umão ir. : .... no »io

de Janeiro, no dia 20, 'opretinto...;tde numeroiai eitidadit Io funciono!.t*mo fedtral monifeilaiam tua oponooao ato presidencial, dec-d.ndo, em no-Ia oficial dlitrbuida o imprima, o te-

guinle. I — manifoilarte contra onovo horário; 2 — promover a teaM-zação dt uma attemblio da dane, afim de lomar medidai em de'eia dotleui legitimo* aiie.ioi; 3 — promovircampanha em útWia de eiclaiecimen*lo cio poso t toKiioi o aooio doi ira-bc .lacoiei. come.ciunoi, bontarioi Otttudai.tes; 4 — p orno e o enltndi*mento com os co..... de cluiit noi,dtmaii Eslucioi; . —c a ao presi» ente uo Rvmanter ente' d mentesdarJcs do 1 •-. ...1 e no txeeulivo.

Solidariedade e unidadeAo mesmo l*n.po ¦ u.- começam a

surgir as mamf.i.açCci "e solidaiieda*dc 00 r.iovimcnio '•¦« , ¦-¦ .--o do fun-cior.al.sn.o fcwíx , os sc.v'6ores de-senvolvcm odos us tsloiçot no semi-do dc onema. a iu!a om.u a drcisiopresidencial ae mooci.o uu '. na, en-r.' .bondo ir 'àliio tia dc.^sp des s utdireitos, in lisl.i.iomcnlc, todas ot en*lidades ria funcionalismo cm lodo oBiasil. Nêisc srntiVo, icoicse; :o..:rs r.'enumerosas entidades criticarem a acuoiiu ACS8 que, cr., declo-rçào picma*tuia c sem corsultai us cultas entid:.-des, manifestou opinião, cm icloçõo adecisão prcitir-r-.cial, contrária aos in*ttrõsses da mo'oria do funcionalismo.

ot de dane noi.sol dai üuaién*

*

Kl. Ó — j

com ai aulorl*]

Marceneiros Iniciarama Campanha Por umAumento Salarial de 40o/oCirco dt 12 mil trobolhadoret na

indúitria de marcenaria quo operamem mais de 250 fabricai de máveit ii*tuoda* ne Eitado da Guanabara, ei-t^o tendo mobilizadot para a attim*bléia geral convocada para e dia 23de corrente, quando terá levado a co-

r nhecimento fie todo* a rotpetta pairo-nal 00 pedido de 40% de aumento te*licitado pela elotst, em tuc última at-stmbltío.

O Sindicato doe Marceneirot, ba*ttando-tp na atividade dot seus dele-gado* tindicaii, já havia conseguido,anteriormente, um reajuitr-mento tala*rial para ot operários do tetor de car-pintaria, tanoarla, torraria o caixotaria,atravet da assinatura do um acordo quecomeçou a vigorar a partir d» 1 de ja*neiro do corrente, tttabtltcendo aumen-tot d* 32, 27, e 20%.

Nova batalhaEncerrada vitoriotamtrte uma ba-

talha, 01 líd-rts do Sindicato dot Ofi-ciais Marceneirot t Trobolhadoret naIndustrio dt Strraria * Máveit de Ma-dtira da Guanabara diram início anova campanha, dessa vez visando aconquista de melhortt talcriot para otempregados em marcenaria*.

A campanha tt iniciou com uma

grandt atttmblcia realizada no dia 2dt fevereiro corrente, quardo ot tru-balhadoret d< 'idiram oluitoar um ou-mtnto dt 40%, a vigorar a partir de27 d« março próximo, quando termina3 último acordo. Ot empregadores,tomando conhecimento da pretentàodot operárioi, retolvtram 'nhiar

ot en*ftndimtntot para o novo ajuste tola-rial. Nette ttntido, conriicram, lieimesmos, uma reunião que te realizouno último dia 21, na sede do teu Sin-dicato, com os líderes dos marecnei-ros, quando estudaram o assunto.

Ação dos delegadosToda ação do Sindicato dos Marce-

ne;rot é bastada na ativ;dade dos 50delegados sindicais, que nantém es-treito contado com os operários emttut locait de trabaiho. Os delegadossindicait, eleitos pelos seus compa-nheiros dt fábrica, constituem o Con-selho do Sindicato, e controuem paraque a sua entidade seja uma intérpre-te <!el do pensamento da imensa ma'o-ria de trabal* adores daquele ramo in-dustrial. Bater.do nesse trabalho cc!e-tivo é que - Sindicato dos Marceneirosde Guanabara marcha r.ara uma novaconquista de aumento salarial.Açúcar: 20 Mil TrabalhadoresPreparam-se Para a Greve

Cerca de 20 mil trabalhadores na in-dústria do açúcar nos Estados de SãoPaulo, Guanabara e Rio de Janeiro,que há mais de um mês vêm pleiteandoum reajustamento salarial, adiaram agreve que estava prevista para zerohora do dia 18, atendendo a um apeloformulado pelo sr. Ildélio Martins, atualdiretor do Departamento Nacional doTrabalho, que prometeu solucionar oproblema salarial daqueles trabalhado-res, até o próximo dia 24. Os opera-rios decidiram, entretanto, que, se atéaquela data não tiverem sido atendi-dos, a greve será deflagrada no diaimediato.

Novo acordoO acordo salarial dos trabalhadores

na indústria do açúcar no Estado daGuanabara e nas cidades de São Paulo,Santos, Limeira, Campinas, Santa RitaViteru, Niterói, Três Rios e Caxias, ter-minou no dia 1 de fevereiro corrente.Prevendo a reação dos industriais aonovo reajustamento salarial, e conside-rando a tradicional demora para a con-clusão do acordo, os trabalhadores,tanto da Guanabara como de SãoPaulo, dirigiram-se, com bastante an-tecedência, ao Sindicato patronal, soli-citando, os de São Paulo, um aumen-lo de 50%; e os da Guanabara e Es-tado do Rio, um aumento de 45%, comum mínimo de Cr$ 4.500,00 e um má-ximo de Cr$ 15.000,00.

Os entendimentosDepois de encaminhadas aos patrões

as propostas de aumento apiovacias cmsuas respectivas assembléias, os líderes

dos trabalhadores na indústria do açú-car parliciparam de vários encontroscom os representantes patronais, semnenhum resultado. No dia 8 do corren-te, numa mesa redonda realizada noDepartamento Nacional do Trabalho,os porta-vozes dos refinadores de açú-car reafirmaram que estariam dispostosa conceder um aumento de 35% aosempregados, desde que o preço doproduto fosse elevado, no mínimo, emdois cruzeiros por quilo. A oferta foiimediatamente repelida pelos líderessindicais da Guanabara, que continuamreclamando um aumenlo de 45%.

Com o novo ministroMas o descontentamento começava a

se generalizar entre os trabalhadoresdos três Estados, que firmaram um pac-to de ação comum, e mostravam-se de-cididos a iazer abreviar a solução doproblema, votando na assembléia dodia 9 último, pela deflagração da gre-ve geral no dia seguinte. A greve pa-recia inevitável, quando o novo minis-tro do Trabalho, sr. Castro Neves, re-centemente empossado, transmitiu umapelo aos trabalhadores para queaguardassem até o dia 17. Os opera-rios da indústria do açúcar concederamo voto de confiança ao novo ministro,e deliberaram adiar a decisão sóbre agreve.

Logo que obteve o voto de confian-ça dos trabalhadores, o minislro doTrabalho declarou ser fronlalmente con-Iráiio ao aumento do preço do açúcar.

A medida do mmsiio foi a-~.cc.ivdacom simpaliu. Mas, Io^ü ucpo.j, tuiun-

do à imprensa paulista, o sr. CastroNeves declarava que a projetada gre-ve dos trabalhadores era um movimen-to dirigido pelos industriais, que preten-diam forçar o governo a conceder-lhesnovo aumento no preço do produto, apretexto de fornecer-lhes meios parareajustar os salários dos empregados.

Paciência dos operáriosEmbora o ministro do Trabalho lenha

se comprometido com os trabalhadoresque até o último dia 17 seria encontra-da uma solução para o reajustamentosalarial pleiteado, a ver kide é que, namesa-redonda realizada naquele dia,no DNT, nenhuma solução foi apresen-tada. A greve seria decretada na noitedaquele mesmo dia, em assembléia ge-ral convocada pelo Sinc). da Guana-bara. Mas os trabalhadores, submeten-do-se a mais uma prova de paciência,e demonstrando o seu inequívoco dese-jo de que as suas reivindicações sejamsoiucionadas de maneira amigável, de-cidiram atender a um outro apelo, des-sa vez formulado pelo sr. Ildélio Mar-tins, novo diielor do Departamento Na-cional do Trabalho, que promoleu apre-sentar, até o próximo dia 24, uma so-lução definitiva paia o novo acordosalarial eníre cs empregados e os em-pregadores ria indústria do u-:.cc.r. Em-hora opla--cm poío ci,c-ndimenlo aoapôlo formulado pelo H'-p.or do DNT,os trabalhadores na indústria do açú-car dccidiiam pela dedagração da gre^ve no dia 25 do concníc, se até ocila 24 náo l!vcrom os seus saloii-....ujusiedos, contoiinc plciie'iim.

UMCM* V-J^.ü^ 1 11 ¦¦hfli'1 '•

Page 3: AA ¦ -^ftA^AaAlAA I £^1 I E MISÉRIAPIRA 0 POVO · do próprio governo, como claramenlc transpareceu das declarações do gen. Pedro Geraldo dr Almeida, chefe da Casa Militar do

•— Rio de Janeiro, lemono de 24 de íevetelro o 2 de moctjo tíe 1961

FMI ORDENA E JÂNIO CUMPRE:

NOVOS RUMOS s -

Paralisar Obras e Demitir em MassaO IVliltÓlio :.j.i •¦¦ -.1 .(¦!.. |M»ll» llli*

nisiro da Kn/endii, gr. Clonionlo Ma»i ¦ ¦¦fi nu reuiiiAo miul-itoriiil dn úl*lima t.-i< ¦•!.'.i... e am i" Imt•" ¦< me*di¦!.-.. ndotndl* pelo sr. Jânio Qua-dro» revelam j i com Mifieienie cia*

rt/ji em quo M-niiilii pretende o '»-•»•vèrno orientar .. itiu ,-mh... eco*nônilco-flnitneeliii, a» ndverlcneiiitifelina |H»l«s fõiçns nacioniili^tiiH naúltimii ciiintuinliH eleitoral começama (-onfiiiiiíu-m-: o Kl-, Jânio Quadros,

deito!* de formar um mlnfelérlo es»colhido enlre o i-ui* lui de num» rea»

.o :m e entivgulstii no pai». pii»niia aplicar ii ;¦¦•! 'i. .i do Kundu Mone-litiio Internacional, exigida i-eloutitisien i- o governe norie-nmeiiea»

u"* i-iiiii coihIIçho para concederiiuíilqn i • ajuda-, istiiê, jmi.i espo»liar [imiti ainda o nu>Ku j-ak O >\'.Jânio Quadro*, |miido de lado •'*•prom&iHiii .i. IÜ.I.....-U ,» i. :t.. nucainpunliii eleitoral v «latemâiivu»

Os Trabalhadores ReivindicamO iinniiiii.il aprovada no 1 ti

roíuio sugere iiinti serie de medi*«i.»s referentes a l.ilM-rdude e Au*toiiomiii Siuilii.it... custo de vldll,pnliticu sindical, pnliticn interna,política exterior.

('uantn à librrd.ulc slndicnl, ndocumento coiulriiu a liij-crèncingnvernamentul nas associaçSea dci-I:ism-. qiitilqurr alentado ho"exercício livre dn direito dc gre-ve". com ii nuulnçúo do decreto••.II7II r a iiprovuçún do projeto re-gulnmeutiindo o direito dc i*rrvc•• extinção do Fundo Social Sindi-cal, pnsMinilo o imposto sindical user apurado exclusivamente pelasentidades dos trabalhadores.

Custo de vidaO memorial rceumendu:a) intervenção no abasteci-

mento de g-ncros de primeira ue-«•oidaiie, tisscgurnndo a pai lei»pação dc representantes dos tra-halbndorcs no órgão controladordc preços. Essa intervenção deve

ser feilii junto nos frigoríficos,moinhos dc ii-ij-o. iiiiim-ii órios demedicamentos, usinas de u-iu-, cm-presas de distiiliuiçno de petróleo,inoiiopõlio.s internos e carteio ii"i»cionais e estrangeiros!

b) proteção csperinl a nrtnlfr*ção, com liii.iiu-i.iini-ii,o iti -un ea Iniigu pi.i/n, f-ariu-tia dc contra*to e dc pri-çn justo nu* arrendam-rios e demais trabalhadores docampo c combate aos moiiopolis*tas, a 'ainbarcadores c outroscxplorr ires. Inventivo da puniu-cão da pesco r nacionalização dascmp.' as que u exploram;

c) intensificação da constiti-ção dc estradas c mclboria de to-dos os sistemas de transporte, diin-ilo-sc prioridade, no transportemarítimo, à cabotagem nacional;

Política sindical

São apontadas as medidas se-gulntcs:

a) reforma da Justiça dn Tra-

linlho, assegurando niuior rnpidr/.na i..i,iiitiição dos processos, au¦meu ando quando lieccsArioas tm-uns dos Tribunais Kej-ioiiais. nlti-buiiiiln às Juntas nus Kstmlos cmque mio haja Tribunais ii direitodr jiiit-amii dis.sidius culetivus, re*vendo u classificação das regiões(•coccoiioinicns p a r a iiplicuçàomais justa do sujaria inipimo. re-j-uliitm-iitundo o -.alaruMaiiulíamodificando o artigo IHi da CLTde modo a garantir a obrigatoric-dade dn pagiimento do salário mi-ninio mi data dn publiciiçãu dosDecretos que o estabeleçam.

h) diiiaiiii/açao do Ministériodo Ti.ilialhu. piiiu'ipalmriiti- nucampo da fiscalização do traba-lho:

c) isenção do imposto de ren-da sóbre salários c extinção pro-j-ressiva dos impostos sóbre os bensdc consumo obrigatórios e imcdlil*tos;

d) intensificação dc cursos

liVo .ai. ¦'-, '*-*v*--' '¦ I •» • 4**T**i. * V* -..' >tt •É^P^teí* WMmmmAtmA&mtMm)ÍÈ i- ,'íflL ,?*'| ¦ > *& '¦' '¥< "¦'¦'*^A<i' fi ¦' r ^k ínwtf «1 11 H 9kií á|^

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'¦"""iwi IVÉflÊrÜ&J- "• fü9 ^ flflflflVP -feSs-^UPÍfer nflKli- ^tHBJI ¦Pr'';'' E3 ' flflflP^^ v%r ¦ ¦ ,;rf •tej Pr*fi

(¦náriopicheio

nezenas de dirigentes sindicais de todo o país estiveram presentes à reuniãode São Paulo, durante a qual foram ratificadas as mais importantes rcsolu-ções adotadas pelo III Congresso Sindical Nacional, que constam dc um do-cumenlo dirigido ao sr. Jânio ((uadros, derinindo a posição c as reivindicaçõesdos (ralialliadores brasileiros

LÍDERES SINDICAIS EXIGEM DE JÂNIO:

Combater a (arestiae Assegurar a Liberdade

ortagem de ROBERTO MORENA

1'iicoMíro Nucional de Dirifjpn-1 ..iiiicl' p.k, rcniizcdo cm oão Pau-lo tori dias 18 c 19 do más coi-rcn-tt constituiu tuna grande dcmciis-tração dc unidade dos trabalhado-].'.-¦. Foi rm-' resposta aos que tom-]• rido o .'V Congresso Sindical Na-cio.-al ii-.- ngesto do ano passado,nrdara.m alardeando e anunciandoa ei ão que pretenderam' Ipvara ' nle,

'ii ri 'cl, "iam do Encontro, dele-" ¦').•:; > ' .-,:; oc 17 Estados e doP ,;;.. i" M-al (Bra ilia). compôs-t".; dr • '', clrl?'*¦'.dos credencia-i a -í.i lias raprescniticões da( ,.;-. CNTI, CiNTG c CNTTTc 'in f- lnrações "acionais c

iiO.V! ''-s.

A di.' usi.iio sc efetue u em tornodo p.o' .o ttü meniotial elaboradoI. ,• uma Comissão designada p^loi i?clho Sindical de São Paulo.li.., e:cam.'nado c reelaborado, itemt- . ¦ iletii. Denlru os lemas que mais\ 'cupaiam o pinai;.) destacamos:ti ustb de vida e o problema sala-\ !, liberdade c autonomia sindi-c . previcU-neia social, a itisirueãoI • ilica, a quês ão agrária c a po-; d dos íiabaUiadore.s sol)»' a p -] i "•;;:. ia. 0 ni n orial fiima a]

":, (> ¦ tralíalíiaclores cm lacet t,o'o'' a ii q.ie "!'¦ iam as mu*-

;í cie; ' 'i; • — •/ i* ' ' f > i 1 ¦'.' S C l'C"

v' ¦viic-a do gov rii t medidas que;. :-ndam efetivam *iiíe a cs- ., inle-rêsses. fere cPcumcnlo será nírc-p;uí ao oic ;':^!it • e \ '' '"'r - ,] i i' ' i, rx> ' rVdci ai eú Câmara dus Dcj-uiados.

Moções aprovadas

O Encontro aprovou unânime-m.nte moções de protesto conlra oassassinio do patriota congolês Pa-trice Lumumba, endereçando umapelo ã ONU no sentido da retiradadas Iropas colonialistas belgas doCongo; dc apoio ã lula do povo deCuba, solicitando ao governo doBrasil, que intensifique as relaçõescomerciais e culturais eom Cuba cajude a ação libertadora do govér-no de Fidel Castro,- de protesto con-Ira a prisão do dirigente sindicalchileno Clotário Blest e de apoioao Encontro Sindical Lalino-ameri-cano, a realizar-se no Uruguai, dc21 a 26 de abril próximo; dc apeloao presidente da República pnrareexaminar o decreto que instituiu-os dois turnos no serviço público;o outros apelos contendo várias rei-vindicações dos Estados c de cale-gorias profissionais.

Novo F'*contro em M. Gera;s

Por proposta da delegação do Lis-Ia 'o da Guanabara (-14 delegados),foi aorovada a realização de um no-vo E icoritro em Minas Gerais, a

:irgo da Comissão Executiva do'I Congresso das Trabalhadores do¦islado de Minas Gerais, cem o oi'ielivo de dar um balanço do cuir-primc.ntp das tarefas aprovadas noEncontro de São Paulo c tratar depi—blnmas específicos da classe Ira-balliadora. Esse novoJDncontro s^iá

organizado para o segundo semes-tre dêste ano.Discurso do Ministrodo Trabalho

0 ministro do Trabalho, sr. Cas-tro Neves, examinou detidamente ostermos do memorial aprovado. Dú-rante quase duas horas referiu-seá iwsição que assumiria no Minis-tério: garantia á máxima liberdadesindical, respeitando toda organiza-ção sindical horizontal, como Con-solhos. Comissões Permanentes ouComissões de Congresso, criadas pe-los trabalhadores; respeitai' o di-rcito d^ greve, considerando o fJ.070um instrumento superado c caduco;aplicação do imposto sindical pelasentidades sindicais e sua extinçãogradativa, até quo os sindicatos fi-(.-item aparelhados e com recurso-financeiros assegurados: nec?ssidade.de uma profunda reforma agra-ria; levar os direitos sociais aos Ira-lia lhadores do campo; relações d"Brasil com Iodos os paises do mun-do.i/ireção do Encontro

A mesa que dirigiu os trabalhosdo Encontro foi presidida pelo diri-gente gráfico Daníc Pèlaearii, depu-t-ado_estadual Rocha Mendes e "presidente do Conselho Sindical rleSão Paulo, Luiz Menossi, ocupandofi Secretaria os delegados SalvadorRodrigues, Rcberlo Morena, AssisBrasil de Albuquerque, AntônioAnastácio Campos, Silvestre Búoz-/.o, Ajui/io Ralbano Pedreira e Ciodsmlth Rlani

ti-citini pnifissioiiiiis, liH-lii*>ivr (ir-iiiaiiiiiist* mu n.nti entre <it

'llt.n. ," ||S sillllil-iltOS, I .llu-lldll .1

í-sti-s compor « corpo docente c ne*lecionar on iilitiio».

c) • prrviili-iicia mhmuI: míinii-ICUÇÚO (U\ l.t-i tli-.illlr;i r ptlfisii-gem dou segurou <lc nciilrntrs dntnilialho parn tis institui-,"!-, dt-previdência;——I ,•....ulameill.ii us i initr.ilii-coletivos dr tr.ili.illin. atr.iMs id-rtlcnxagcm no Legislativo;

;:» instituição dn escala móveldi- salários.

Política internaSugere o documento:a) estimulo n aquisição <lt-

casa própria;h) nacionalização dos bmu-osc empresas concessionárias de ser-

,'OS ptlhliros;c) (IcU-.i da i-srohi pública r

adoção di- um plano nat-ional drerradicação do anallahctismo;

d) realização da reformaagrária, através da desapropria-çao dr latifúndios, aproveitamentodc terras dos listados r nuinici-pios. entrega dos títulos dc pro-priedade aos posseiros (ate 25 hc-etares), ampla ajuda técnica e fi-nanecira. rr^iilaiui-iilação jurídicados contratos agrários, proteção atodos os trabalhadores rurais elivre organização dos assalariadosagrícolas cm sindicatos c dos cam-ponesrs cm associações.

Política exterior!*re»r o memorial:a) elaboração imediata dc

um estatuto que regulamente asmn*?«sas de lucros das empresasestrangeiras, defendendo os inte-rêsses nacionais e evitando a eva-são de nossas riquezas;

b) realização de uma políticaindependente, estabelecendo reto-ções culturais, diplomáticas e co-merciais com todos os paises e ado-tando uma posição própria naONU.Medidas progressistas

Por fim o documento, dirigiu-do-sc ao presidente da República,acentua:

"O encargo mais pesado do dc-sçiivolvimento tem recaído sóbre otrabalhador. Isto por vários moti-vos: pela fixação dc níveis de sa-lários que, em seus padrões médios,só atendem às necessidades mini-mas dc subsistência c. cm seus pa-drões mínimos, está muito aquémdessas necessidades; pelo sistemade impostos c taxas (pie gravamdiretamente os produtos dc con-sumo forçado c é bastante benc-volente para com as pessoas queusufruem maior renda; pelos efei-tos indiretos de um padrão dc dc-senvolvimento que atende apenasaos desinios do empregador ca-pttalista. sem a necessária prole-ção ao trabalhador.

O trabalhador brasileiro exige..te se tomem medidas novas, qtiepermitam redistribuir o peso doprocesso do desenvolvimento e rc-(lu/.ir a duração dc seus efeitos."

incuto ili-iiuiK i..<i..- pólos iiiirloi.»-líutiis — fiweivdii peto raminliu tf«uma iiolitica cuja-- ...,.<•>.-...-ih1o. desde já. uma miséria maior.->..« as -¦<!!'!• .. .«--.i- du |tovo, u(Ifscmpiéüo. u aiiin-"ntn da i«re*.iiíide vida f. |toi* outro lado, uma d*-;hm.i. !., ,.i .miii.1 n..ii (-Direita cm rc**jai-íio tiu-i monopólio» ¦¦ nn-rm»v nua mtua lestaide-feiiii.

Austeridade entreguista

O :-¦- ¦!•¦'¦ -i política ô o mes*mo riirnecido |M-lo F.M1.. outros pai-sos do ruiitinentc. como a Argenll*na c o Uruguai. K' » Plano dc Ks-lablltoicflo M«m*lJlrt****i ipifi.. hQffíq•¦ i: .!..,'.. t. ..ii,;-.- tentaram aplicarno Brasil, mas que fui denntadi»diante do*- protesto*: dos trabalha*dores, do*: estudantes c outras ca*modas do |X>vo. Caln- agora a Cie*mento Morinni — tAo entreguista

como Lucas L''|Hít^-4i~tWiiiQuu*pos — retomar o «Plano de K-ta*hílizaçúo» c, com a aprovação doJânio, suhordinnr a éle a econominc as finanças do pais. Começanuis,assim, a sentir os oreitos da «ausfcridade» entreguista recomendada•x-lo Fundo Monetário internado*nal.

As medidas até agora tomadaspelo sr. Jânio Quadros sáo de duasordens:

a) írcar o desenvolvimento econúmico do pais;

b) lançar sóbre a.s massas tra-balhadoras o peso das diíiculda-des, nâo vacilando dn provocurum enorme desemprego c umdrástico aumento do custo devida.

Tudo se faz cm nome do "com-bate a inflação" e da "contençãode despesas", levanlando-se umensurdecedor alarido acerca dcuma situação supostamente "àbeira do caos". Ainda aqui, repe-te-sc exatamente o que fizeramFrondizi na Argentina e. om se-guida, o Partido Blanco no Uru-guai. país em que o custo de vida.só em seis meses, elevou-se emmais de 120 por cento.

Tào graves são os perigos repre-sentadc«s por essa política que umórgão conservador e Vibertamenlepartidário de Jânio como o "Joi-nal do Brasil" sentiu-se na neces-sidade. em seu editorial de quar-ta-leira, de advertir para "o peri-go de uma retração dc atividades,nos setores privados e públicos,uma contenção de iniciativas". Ealertava: "É necessário que nãohaja contramarchas ou retroecs-sos no desenvolvimento econômi-co e que não se promova a sua pa-ralisação sob o pretexto de corri-gir dificuldades".

No que se refere às massas Ira-balhadoras, os primeiros resulta-dos dos esquemas do FMI come-çam a se manifestar, através dasdesumanas medidas aplícadsscontra o funcionalismo, atingiu-cio de uma só vez dezenas de mi-Ihares de famílias, atiradas ao de-scmprêgo e às aflições da fome.

Reforma cambial

Isso é apenas o começo. Ja ogoverno prepara novos passos, noterreno da sua orientação econo-mico-financeira, que deverão re-sultar em um agravamento diaa dia maior da situação das mas-sas. sobretudo dos que vivem desalário.

Em declarações prestadas à im-

Fora de RumoEmitindo hilhctcs no mesmo ril

mo dc qualquer guitarra inflado,naria, n sr. Jânio Quadros decretoua extensão do horário das reparti-(,'õp.s públicas c a divisão da jorlia-da de trabalho em dois turnos.Km círculos usados ao governoarmimenla-se em favor da medi-da com o exemplo de São Paulo,ao tempo em que o atual presi-dente governava o listado bandei-rante,

Conlra a extensão movimenta-ram-se Imediatamente os servido-n-.s. Formou-se uma onda de pro-testos, que passou a atingir, prln-cjjialmentc, milhares dr pessoasda classe media, as quais, iludi-das votaram tio misterioso solva-dor a 3 de outubro. Autcmoriza-dos com o eleito negativo desseinfeliz bllhetlnho, alguns amigosdo sr. Jânio Quadros passaram aargumentar qur em São Paulo osservidores estaduais também re-ceberam mal a inovação do entãogovernador, ma., depois se aeos-Lumaram. Seria, nesse caso, uma

versão vitoriosa da experiência docavalo do inglês, que antes dn seacostumar com o renimc de com-pleta suspensão da forra gemmorreu de fome. embora quandojã estava quase acostumado."iconteco porém que em São Pau-lo o sr. Jânio Quadros perdeu aparada. Os funcionários paulistassaíram a campo, cm defesa deseus direitos e o ato demagógicoe arbitrário teve que ser revogado

Onde está o sentido demagógico da extensão dos horários dasrepartições públicas? Aumcnlan-do esses horários, o presidente daRepública pretende emocionar osque vivem dc salários e outras for-mas de vencimentos fixos nãopagos pelo erário. Pretende apre-sentar o funcionalismo público,diante tlc oiWras camadas popula-res, como simples mandrinões.fi s s c .julgamento generalizado,além de injurioso, é injusto. Maso objetivo, rio sr. Jânio Quadros,homem calculista, não é o de simplesmcnte injuriar os servidoresnúblicos e apresentá-los como ma-

prensa anos a ultima reunião mi*nisterml. o sr. Clemente Mariuniindiretamente confirmou as iujIi*• ti» de uma nove flevaçao do•ambio dr custo — para 150 cru*•tetros. Isíto quer di?er que piodn-tos essenciais de impoi tação como0 trigo e os combustíveis > .sniua custar mais, enquanto o$ mono*pylios expoitadoic* obterão lucrosainda maiores. As '•onseqeeiici-iso-..(in!.-. .-. i.i.i uma nova onda

do* (..¦.,... de todos oa gèncras •dificuldades creüccntci para a in*dusiria nacional, particularmentepara an empréMis do Estado. <.:. ¦a Pcirobráü e a Siderúrgica Nn*cional. ívt será mai.s um paü>opara a reforma cambial complc*ta, cuja efetivação também niofoi deamentida pelo ministro daFazenda cm sua entrevista do dia21. Ao contrário, a próxima na-i*cm do sr. Clemente Mai iam ao».Estados Unidos, depois da reccn-te coníeréncTirsTcTcta havida êm~Brasília entre o sr. Jânio Quadrosc os banqueiros norte-americano.*:James S. Rockcfcller c William A.Prcndergast Jr., vem reforçar ostemores de que o governo de Já-nio esteja mesmo decidido a liqui-dar cora o que resta dc proteçãocambial e entregar por completoa nossa economia ás exigênciasimperialistas do FMI.

Para Jânio, as promessas elei-torais náo passam de promessas.O que vale são os compromissoscom os trastes c seus agentes.

Sacrifícios só para o povo

Ninguém pode negar a necessi-dade de ser contida a inflação, jáque é o povo a sua grande vitima.O que não se pode admitir é queprecisamente em nome do comba-te á inflação se ponha em práticauma política ruinosa para a na-çáo e o povo, entreguista, que í«-vorece o enriquecimento aindamaior dos monopólios e seus tes-tas-de-ferro e leva à miséria e aoesíomeamento das grandes mas-sas. E isso precisamente é o que(Jânio Quadros começa a fazer.

Se se trata, como procura fazercrer o governo, de aumentar osrecursos do Estado para lazer fa-cc aos deficits, por que são os ope-rários ou os funcionários pübli-cos que tem dc .se sacrificar ain-da mais? Por que o sr. Jânio Qua-dros não leva a pratica as promes-sas que fez na campanha eleito-ral — limitando a.s remessas delucros das empresas imperialistasou estabelecendo impostos maisaltos sobre os lucros fabulosos deuma minoria cie multimilioná-rios? Por que não encara com se-riedade o problema do aumentoda produção, levando à práticaoutras de suas inúmeras promes-sas. como a reforma agrária ou aintervenção nos frigoríficos es-trangeiros? Por que, em lugar dademissão em massa dc servidorespúblicos,' hão promove medidascapazes dc aumentar o emprego,na cidade como no campo?

O governo cie Jânio, como ad-vertiam as forças nacionalista-,começa a levar a termo uma po-lilica ruinosa — entreguista e an-tipopular. Aos trabalhadores c -iIodos os patriotas cabe. em eleie-sa de seus próprios interesses edos interesses do Brasil, lutar co-rajosamente conlra essa política,até derrotá-la.

Paulo Motta lima

l.inilros. qur nao querem nadacom o trabalho. O que se pre-tende é dividir as diversas catego-rias de pessoas que vivem de ven-cimentos fixos, para a posteriorrealizarão, cm termos brutais, dapolítica de fome. Os assessore»; riosr. Quadros no Ministério ria Fa-zenda denominam isso "política deausteridade", usando, por sinal,forçada tradução ria expressão in-glesa (norte-americana) "auste-rity", qur no caso quer dizer a>cetismo ou mística do sovlnicc.

/Ura ves da mágica da "austen-ty', entrando na dança primeiroos servidores públicos e depois ou-t ras categorias dc empregados, osr. Jânio Quadros pretende reali-zar a política de "bom menino" emrelação aos credores estrangeiro.-.Internamente, essa política seráfavorável aos patrões, contra nsempregados. Constitui essa políticaa própria essência, do atual go-vêrno. que lança mão dc medidasdemagógicas para encobrir o seureacionarismo.

íL\

Page 4: AA ¦ -^ftA^AaAlAA I £^1 I E MISÉRIAPIRA 0 POVO · do próprio governo, como claramenlc transpareceu das declarações do gen. Pedro Geraldo dr Almeida, chefe da Casa Militar do

~4 NOVOS RUMOS Kio d* Jon«lro, «mona de 24 de femeífo e 2 de metçe de 1961 —

Brasil: Estudantes e OperáriosCondenam Assassinos de Lumumba

O itiwaMlniii rio iiriniflro-mlnir»-«to do Congo, Patrleo Lumumba, ade nevw eempanheiiT»* M'1'olo Qtíklti». ivpervutiu in» Hiunil «trave»de numero*!* :!...:..:• ¦.!.... <•» do pro-n*nio de Caaaj Lcgtolatlv»*, ^mida-de* oY M.»!¦....'xi>! ••« ¦¦ a «ludanti*.No Rio da Janeiro, os estudante*e dlrigenie* sindicai» brasUalroa rea-Usaram, no dia 17. manifestaçõesde urotejto diante tia aede tia Ktn-baixada da Bélgica c do eaerltoriodo Centru de Informações da ONUno Braall. Neasa ocwlfto. rejirenen-tnnte» da UNE e da ÜBES fizeramentrei», ao representante tio «over-no belga e ao diretor do Centro «leInformações dn ONU, de tuna notnoficial de protesto das ontldadci na-rionai» qne aclutinam o* «mutante*i.. •» - ti.-. •¦• .

Além -t ¦¦-*»»¦> manifartocAei, me»itidiinti* e riit isente* «indicai.*ivalixautm uma passeata de preten-to pri..- ruas contraia do Rio «le Ja*neiro, empunhando cartasea em qtiecondenavam a ação do ar. Dite liammarskjocld e doa colonialista», noConuo, ansim como enviaram Me*tirania» a necretarin-seral da Or-ganü¦< ¦«•¦ da» Na./..-* Unida*

Nos outros Estados

Km Silo Paulo, sob o patrocínio•Ia UltiftO I- •' " dOS Estudante*fui uMliutdn uma pasacata de pro(esto contra o .- -¦> li lo do líder.....;.«les e !•«• r»H I. :. ¦ ¦¦ fl ..•.••¦ (Iotttiivtítrio-uetal d:t ONt' no que Krefere jio problema d» Gongo.' Ot»

l.itlt.-- O !:.il...!..» •¦ •¦• ;...xx-

taa também enviaram telecramas daprotesto ao* reprcaontantea diplo-mãiieos da i:.- . • no flrcwil e aONU

A» .-1111.1 .i-i..- de trabalhador*» doParaná, atravta de Conselho dei:, 11 r-t-ni.int.- da Federaçãodo» Trnhalh.idortFM da Industria.

NR no Paraná

!'¦¦'¦¦ -in enviaram telegramas tleatesto ã Embaixada belcit e ao

ItamtraU.Pe Rio Bonito, no Estado do Rio.

. i.iii foi enviado a Representa-iÃo belga. teleBrama dr proteatocontra o a*»a«*ínin d# Lumumbae feua companheiro».

construção CivilPede Aumento

'¦*i '..:-¦ -i... ;..»X. ».' '^tj

.Jz—mimÊm/l^ma

^—^^^^mmmm\ ^^m ^^r. IS^S> ^S^M

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'mmmm-^ »¦**-*>-'*»- -ao*. t-.--.iim mtmmmmmm^ tmmmmWKmwmmmM': . mwjtfl

JACAREI ESTA COM FIDELcubano <• n sua luta contra asameaças de intervenção do impe-

norte-americano, já

Trabalhadores c estudantes deJacareí (São Paulo) vêm rcalizan-do uma intensa atividade no sen-tido de esclarecer a população sô-bre a situação cubana. Palestras,atos públicos e outras manifesta-ções de solidariedade ao povo

NR em Minas Gerais

rialismo norte-americano, já fo-ram efetuadas. A foto é de umainscrição das muitas feitas nosmuros da cidade pelos simpatizai!-tes da causa de FideL

Lavradores QueremReforma Agrária

"Hoje em dia, é moda falar em e de que prír ela lutará, na garanreforma agrária. Todo mundoapregoa a medida e está de acòr-do com ela. Deputados e senado-res, financistas, vereadores, políti-cos, negociantes, governadores,economistas, industriais, bispos,generais e marechais, e tambémpresidente da República. Todos deacordo com a reforma agrária oucom a chamada revisão agrária.Surgem programas e projetos detodos os tipos, mas no fim o queaparece são as medidas do govèr-no de proteção e amparo à pro-duçáo dos grandes fazendeiros decafé, de cacau e algodão, ou o fi-nanciamento dos estoques degrandes intermediários da produ-ção agrícola."

Esse é um dos trechos do rela-tório recentemente apresentadopela diretoria da Associação dosTrabalhadores Agrícolas cie MinasGerais, onde é íeita uma análiseda atuação da entidade c da si-tuação da luta dos trabalhadoresagrícolas do Estado pelas suas rei-vindicações.

Os dirigentes da ATAMG deli-beraram fazer realizar, em setem-bro próximo, uma ConferênciaEstadual, a fim de dar maior im-pulso às suas atividades.

Um dos pontos de luta daATAMG é a reforma agrária. E,no relatório citado, lê-se aindaque a entidade reconhece a exis-tência no país de condições propí-cias à implantação dessa medida,

Volta Redonda

tia de melnores condições de vidaaos trabalhadores rurais.

NR em São Paulo

0.i trabalhadores em construçãocivil de Curitiba, através de seu.sindicato, estão empreendendouma campanha no sentido de serobtido reajustamento salarial.

O Sindicato dos Trabalhadorc.cm Construção Civil de- Curitibitelaborou um programa de «¦ ...recimento ao publico sóbre os mo-tivos de sua campanha. Foramprogramadas diversas atividadecomo assembléias, entrevistas aj..iii.il. e rádios, fixação de car..zes e faixas alusivas ao movfmru-to. obtenção de apoio de entida-des estudantis, etc.

Movimento de apoio a CubaInstalou-se em Curitiba o Mo«

vimento de Apoio à RevoluçãoCubana, cm sessão solene, que foitransmitida pelo rádio a todo oEstado.

A Diretoria do Movimento ecomposta dos seguintes membro.:presidente: gen. Agostinho Perei-ra; 1.° vice-presidente: WaldcmurDaros; 3.° vice-presidente: Ma-noel Linhares de Lacerda; 4." vi-cc-presidente: Vieira Neto; secre-tario-geral: Hilton Denis; 1." se-cretário: W. Marcelino. Fazemparte do Conselho Diretor, entreoutros, os srs. José Nociti. Jo.seAugusto Ribeiio, Norton Macedoe Otto Bracarense Costa.

Metalúrgicos de Londrina nãoquerem

O presidente do Sindicato dosMetalúrgicos de Londrina, sr. Er-nesto Gonçalves Mendes mani-festou-se contrário à filiação doseu sindicato à Federação dos Me-talúrgicos de São Paulo, abando-nando assim a entidade de cúpu-Ia dos sindicatos paranaenses.

Tal atitude é a primeira a opor-

CURTUME COQUEIRO AMEAÇA RUIkSÔBRE OS TRABALHADORES

vai verfesta chinesa

lim Volta Redonda, a Comis-são Municipal de Amizade Sino-Brasileira realizará, no próximodia 5 de março, às í) horas da ma-nhã, no Cine Avenida, a exibiçãode película ílccumentária cinema-tográfica sôbrc as comemoraçõesdo X aniversário da RevoluçãoChinesa.

A sessão será ilustrada aindapor uma palestra do ilustre mé-dico volta-redondense, dr. AdãoPereira Nunes, vice-presidente daSociedade Nacional de AmizadeSino-Brasileira, sôbre a vida, cos-tumes o tradições da RepúblicaPopular da China.

AMPARO, fevereiro (rio corres-pondente) — Cerca de mil traba-lhadores empregados no CurtumeCoqueiros S/A de Arcadas, no mu-nicipio paulista do Amparo, enfren-tam enormes dificuldades para cum-prir suas funções, dada a extremaprecaridade das condições em quetrabalham.

Os barracões de madeira em quefunciona o Curtume, cuja data deconstrução remonta a mais de se-tenta anos, vivem sob constanteameaça de desabamento, o que põeseriamente em risco a vida dos tra-balhadores. Quando chove, além desor difícil encontrar um lugar ondeas goteiras não inundem o local detrabalho, há o constante perigo deincêndio, tão obsoletas são as ins-lalações elétricas.

Não bastassem as péssimas con-(lições das instalações do curtume,que outrora se dizia o maior daAmérica do Sul, os operários tra-balharn sem nenhum equipamentoprotetor, tais como botas apropria-das para os que, nos chamados«banhos», permanecem horas a fiodentro de tanques cheios de águamisturada com produtos químicos.Tais irregularidades já causarama expulsão rle uma diretoria do es-labelecimento, mas nem por issoa nova toma as providência:; no-cessadas, alegando dificuldades li-nanceiras, argumento quo também.servo para manter om níveis baixis-sirnos ns salários rio pessoal.Os trabalhadores reclamam in-sistentemente uma vistoria séria pe-lo Departamento do Trabalho, que

até agora só tem comparecido aocortume para conversas amistosascom os diretores e os funcionáriosdog escritórios, sem nada averiguarde concreto, ficando tudo como an-tes.

NR no Estado do Rio

•íí a pretensão do sr. Miguel Kruu.presidente do Sindicato dos Tra-balhadores Metalúrgicos de Curi*tiba, no sentido de desligar as en-tidades sindicais metalúrgicas daFederação dos Trabalhadores n<isIndústrias do Estado do Paraná,vinculando-ns à federação pau-lista.

Pão mais caroDiversos lideres sindicais, ex-

pressando os interesses das classesque representam, manifestaramseu repúdio ao aumento dos pre-ços do pio, autorizado pela COAP.

Os trabalhadores estio incline.-dos a desencadear movimento A-..meio ã reconsideração da medi-da da COAP que, ao aumentar opreço da farinha de trigo, tam-bém aumentou o preço do pio pa-ra CrS 37,00 o quilo, na padaria,e CrS 38.00, a domicilio.

Transporte coletivo tambémO Estado revogou as concessões

dos transportes coletivos, acarre-tando o retorno dessa competèn-cia ao âmbito da Prefeitura Mu-nlcipal de Curitiba. Os trabalha-dores vém lutando, em conseqèén-cia, para que as tarifas retornemaos padrões antigos, passando aser fixadas pela Câmara Munici-pai.

Tabela da paridadePublicamos abaixo os niveis de

vencimentos, de conformidadecom a Lei de Paridade, cuja im-plantação resultou da recentegreve dos ferroviários da Rede deViação Paraná-Santa Catarina:

BateNivel Ref. Base Horiiontal

5.000,00 360,0010.000,00 380,00 '

11.000,00 400,0012.000,00 440,0013.000,00 480,1)014.000,00 520,(M15,000,00 580.0C16.000,00 600,0017.000,00 650,00

10 18.000,00 700,0011 19.000,00 750,0012 21.000,00 800,0013 23.000,00 850,0014 25.000,00 900,0015 27.000,00 1.000,0016 30.000,00 1.150,0017 33.000,00 1.300,0018 36.000,00 1.450,00

O POVO DE NILÓPOLIS LUTAPELAS SUAS REIVINDICAÇÕES

De nosso correspondtnti Diogo Seiras Cardoso

Não é comunistaRecebemos, com pedido de

publicação, a seguinte nota:"Em face às atividades con-

trárias ao pensamento comu-nista de parte do sr. Arman-do dos Santos Gonçalves, oscomunistas de Curitiba decla-ram a todos os comunistas,simpatizantes e amigos doParaná que o mesmo foi afãs-tado de suas fileiras."

Em NilópoÜB, no bairro cie Cha-tuba, realizou-se no dia fi rio cor-rente um comício em dolosa de luze água para aquele bairro, abran-gendo o trecho que vai rio MarquesCanário a Soares Neiva. A luta porossas duas reivindicações principaispara os moradores de Chatuba, vemsendo travada há 12 anos. Kntra-ram e saíram prefeitos o o sofri-men! o daqueles moradores conti-nua. A luz é uma penumbra, ali-mentada por cabines. A água é ro-lada em barricas, em pleno séculoXX e a uma distância de um e meioquilômetros do centro de Nilópolis.

Na oportunidade, foi criada umacomissão composta rios senhoresArnaldo Tavares, Luiz FernandesChaves, VViliam R. Campos, DiogoSoares Cardoso, Antônio Barracas,Eracides Lima Carvalho, Luciano R-Saraiva, Antônio Btzarria, ÁlvaroViana Bulhões o senhoras DonaIrialina Noguera e Dona Célia Ma-nhães com a incumbência dó ir aoPalácio do Ingá, no dia 7, levar umabaixo-assinado com 'ISO assinatú»ras, representando 1.500 íamiliasali residentes, ao governador Rober-to Silveira. A Comissão foi atendidacom simpatia pelo dr. Jorge Lorcti,Chefe da Casa Civil do Governo Es-ladual, que se comprometeu a levarpessoalmente ao sr. Roberto Silvei-ra, quo se achava em Petrópolis. Odr. Jorge Loreti ficou de se comuni-car com o sr. Eracides Lima Carva-lho informando-o do despacho doGovernador e prometeu interessar--se pela solução

A Comissão levou em conta umapromessa do próprio sr. RobertoSilveira, em' setembro de 1959,quando de uma de suas visitas «oMunicípio e ao bairro de Chatuba.

I Conferência dosAssalariados

da Cana-de-AçúearNo dia 19 do corrente, leve lu-

gar, no município de Campos, aI Conferência dos Assalariados daCana-de-açúcar Fluminenses. Nes-se conclave foram debatidas impor-lautos reivindicações dos trabalha-dores ria indústria açucareira donorte fluminense, visando à mclho-ria do suas condições de viria o aofortalecimento de suas entidades declas.se.

A Conferência contou com o apoioda Federação das Associações dosLavradores do Estado do Rio e dasorganizações sindicais da região.

Os seus participantes, cumprin-do os objetivos da convocação daConferência, elegeram seu represen-tante à í Conferência Latino-ame-ricana dos Lavradores e Plantado-res, a realizar-se em Havana, de 1a 5 de março, o sr. Antônio João deFarias, presidente do Sindicato Ru-ral de Assalariados da Cana doMunicípio de Campos.

Colona do LeitorBancáriosapoiamMCP de Recife

• >¦•¦' .i.iiiun- fevereiro nb Corre*,pondente) — Manifestando *eu ln>lograi ui..... « .i»¦ !¦..!.,to -. a colado*iar efetivamente para a amplinçàodu movimento, o nlndieato dn* ban-cáliM de*ta cidade divulgou ninni-fi»*to expondo m» vantagens do Mo-vimento de Cultura Popular Inicia-do tta capital pemiiinbucnnit • ¦ ¦•¦ osluapfdpa do prefeito Miguel Atraca,

O Movimento de Cultura Popular,agora encant|Kido pelo» IttineàrfOH dei. ii.Hiiiiin . *e |ii..|h.,- a: ampliur acampanha «le alfabeifeaçflo catlmu-Inndo a construçAo de novaa cíco*ln«: H.iii/.H pc.«(|ul*a« tle cultura no-pular; divulgnr e entinuilnr ou ca-tudo* dns .irti-H jil. - -1 it.... cinema,rádio, teatro e lelevitAn; promovero incremento d»< «tlvidiides cfljHir.tivns entro o jiovo.

Infância desvalidaO leitor Afonso Pes».;n (Fona-

leaa-Cearà) nos enviou intercasan-le artipo sóbre a situação da in-fâncla abandonada. Do metano i»<-blicamos o trecho abaixo:

«E* constrangedora a vida dé«-hcs Infelizes menores, desfilandotristes e melancólicos pelou logra-douros públicos de nosso Capital.Vivem cie mãos estendidas c olhossúplices a implorar a caridade |)ú-blica. Crianças de ."> a 1"> anos deidade vivem a peranibular pelasruas deste «Eldorado», maltrapi-lhos. A maioria delas sem lar, semescolas, dormindo nas sargetas, csem direito ã vida -

Para os

brasileirosde boa vontade

Sob esse titulo, escreve-nos oleitor Benito Faroni, da cidade deItanhandu, Sul de Minas, um ar-tifo em que expõe suas opiniõesa respeito da situação brasileira,principalmente do abandono a quefoi relegado o Interior do pais. Èmtrecho de seu trabalho, assinalao leitor, como uma dessas causas,"a influência e a intervenção tioclero que, com suas 8 mil paro-quia*, levam du Brasil 400 milhõesde dólares, aproveitando-se da boafé do povo, de sua crença". Itccla-ma o leitor, também, do governo,declaração de bens dos párocos crespeito à lei e A ^instituição dopais.

Diz ainda o sr. Kenito Faroni.que o país precisa de um governodo povo e para o povo. c não admi-nistradores que fa/.em política embeneficio dos grupos econômicose trustes internacionais, um go-verno que acabe com a escandn-losa remessa de lucros das emprê-sas estrangeiras para o exterior,que se liberte do domínio da Stan-dard Oil e capaz de realizar umadevassa profunda nos tiaNação.

IBGE não pagaO leitor Joaquim Bonifácio da

Silva (Monte Carmclo — MG) es-creve-nos para informar que osagentes contratados pelo IBGlipara fazer o censo de 1060 estãosem receber as importâncias de-vidas por seu trabalho. Como ve-

Otávio deCastroSoares

Faleceu em São Paulo oantigo militante sindical Olá-vio de Castro Soares (o "ve-lho Soares"), no dia 5 de fe-vereiro. Nascido aos 27 deagosto de 1900, desde muitojovem dedicou-se às lutasdos trabalhadores, começan-do suas atividades no Rio deJaneiro. Transferindo-se paraSão Paulo, o "velho Soares"logo tornou-se conhecido e cs-limado por seus companhei-ros do setor de fiação e tece-lagem, de cujo sindicato foitesoureiro de 1945 a 1947.Admirador rio Socialismo, rea-lizou recentemente uma via-gem à URSS e outros paísesda Democracia Popular.

A seu enterro, no cemitériode Vila Formosa, compareceugrande número de trabalha-dores. Na ocasião, falaramAntônio Chamorro, líder dostêxteis paulistas, em nome dossindicatos, e Pedro Pomar,em nome dos comunistas.

nio%, .it< in ile ..... ctilHitlir o <«•"-'»o nit.i não !'•<.-• ¦'"- que Iraba-l'l KM M.I HUU I. •'!/.!. ....

Marx em capítulosO leitor Jaír Dias iftáo Paulo)

cicreve-no* su«crüulo a publica-c,ào de obra* tle Karl Marx cm ca-pituloü, através de NR. afim detorná-las acr-udvris as grandesma*$as, cujo |x»dei' aquisitivo naopermite comprar os livros publi-cados cm virtude de seus altospreços. A sugestão e ínlcrcrf •le. porem *dc dificll concrcUsaçloem face das limitações do eapagode que dispõe NR. No entanto, vn-mas csludti-ln com carinho. Se oleitor estiver, porém, intcrcsíatinem ahjüma das obrus de Marx pu-bltcadaa em itoitugués. pode-noscacrcvcr mandando o endereço,que providenciaremos a sua rc-messa, sem qualquer ônus.

P C B.A propósito du artigo dr nus*n

colaborador Jovcr Telles (n.n 100de NR) criticando os teimas ri *entrevista il.ul.i prlo sr. IlenedlliiCerquelra ao CORREIO l».\ MA-NHA. recebemos do leitor K. Mi*r.inila ((itiaiialiarii) uma carta daqual (Icstncumos os seguinte* tre-chos:

"Fu não ignoro o ponto de vis-ta do sr. Benedito Crrqtieira, nemo gesto de cie vir a um jornal hur-guês fazer tal pronunciamento,porque o sr. Dcncdlto Cerquelranão pertence ás fileiras do nossoPartido, apesar de o mesmo serum lutador ila classe operária.Falta-lhe, porem, o principal parareconhecer que o Partido Comu-nista é o partido do proletariado,o partido das massas, ligado aosproblemas dos trabalhadores e dopovo. O que falta ao sr. BcnedPoCerquelra para reconhecer essasqualidades no Partido Comunista,c a consciência de classe."

"Como operário que sou reco-nheço que o Partido Comunista doBrasil é dirigido e organizado potoperários e intelectuais que seunem na base dos mesmos princi-pios para combater a exploraçãodo homem pelo homem, e a expio-ração dos trustes estrangeiros,principalmente os trustes norte-•americanos, em nosso pais".

A idade da almaJ. Moisés (Belo Horizonte-MG)

Agradecemos suas referênciaselogiosas ao nosso jornal. "Nuncaou quase nunca encontrei em NO-VOS RUMOS um artigo sequtrcom o qual eu discordasse. Queroexternar todo o meu agrado pelacrônica do último número, A ida»de da alma. Não conheço quem aescreveu, mas posso afirmar semmedo que ela é uma beleza cie ciò-nica."

Defende teu tlire:loCarlos Andrade (Diamantina

IMG) — Sua consulta foi enca-minhada ao dr. Evcruldo Martins,um dos responsáveis pela seçãoDefende Teu Direito. Recebemos eagradecemos a lembrança que cn-viou aos que fazem parte da Re-ilação de NR.

AniversárioCompletou 50 anos no dia M

de janeiro último, o nosso leitorJoão Ferreira Gomes, da cidade «leOuro Fino, cm Minas Gerais.

NOVOS RUMOS

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Rctiator CliofcFragmon Borges

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Page 5: AA ¦ -^ftA^AaAlAA I £^1 I E MISÉRIAPIRA 0 POVO · do próprio governo, como claramenlc transpareceu das declarações do gen. Pedro Geraldo dr Almeida, chefe da Casa Militar do

—* Rio d-s Jonolro, ttmono dt U d* («vtrciio o 2 dt morço dt 1961 NOVOS RUMOS $ mm

Notas Sobre Livros(I SU* •ai.l-lurl" Ml* Iff.itt *M lll** 4* l»"l»IU|». VlUãNt, A NOVft

rhltta, •» • .at mimÍM •• m*.iiit> irinpu m>I.>*uuI • niiirii*,* Ttmtn.Uitét »'t* • MM miU 4* •.-)!* «**. «••!»- últi--"» «n**, unm r «na*iind» a <ur h». iiiti*|.n>tt) r infa-i-untia-»* ram inlm* -»r*.plr*i. darumtn*uu.tu -r wm iiiipji.i.iut.dt, ¦> autor na** «f-r*.» mm itlita lini-m, honttU,*>¦¦ Iam «r tia* raicrr»* «nir* »mt|u>, satirr R« r«l-.»« «Mr Ihr tal Sid»•ktfrvir, K.tB.r Mmpravtr *•* livro, ohra n» M» ir • t> >« -.uiiuit*, r»li*u. d* tal .•ii*. um» ím*«*m mirtlri do» prlnrlMl» .•*p*ri«. 4* «hUrtonamir», *.«Mit4, «ocisl • .uliui.l dt N«*s Chln»

U au* iir,itr Itti* •li«i». * .irn<4* 4a •b»m»rl»i * * rum* f*.t'M-it»ulHinniiu ri* rranamia <hln*>* O *)«•> •• !*• ali em .tu io-. *4» na* rt*li4r água n* twra, • mi. bra.ll*lre«, -,u* *.urr*mo> •m-*u***rnMM mí* *»•* a frtnl» • * -«*..•» * *ni.ilnh*r tir.. de mm» arhllrá*ri»* K» *)->• *t i*t*r*. -*r *i*.*a*u*>. a produr.u 4* ara, rul.a fundamental,

paralela • •r-.ii*,.w*a*ni* «i|n(lralltra. Ym IM». » China produilN ISI.tttimnrUiU. d» aro Rurantr * prlmeir* Plana Quiniurml tlMI/tStfi amMU anaal -.*-.•.¦• a S.IM.Nt unrlada*. tanda *,¦• a dlllm* an* dag-lar», IM1. a praduráa atingi*. Ji a S.Nt.Nt d* im*U4i. Na an* »?•lulnl», l»i». ana d* "n-nd* «alta par» a frente", • *,*• thint. «ubiu »»p»lacHlarmtnl* a mal. d» II.Mt.Mt dr tanrladas. • am IISI atranrav alalal dr IS SM Mt tonelada*. Agora a rampararia rats » produ» ia ara*.llrlra prni.la nara I¦*•¦". S.SN.Nt inn-lirf-v KM ai — dada. ranrrrt*.,ti'»»-, fala*) Crrtamrntr, nia drramos 4*.pratar • (alar papalarin —4*f »n». mainr na China: mu ainda a*«lm. «alma. dr *«h**» haUa dutem-.el.caa,

Km lodo. »\ ramut da rionomU — tanw na Indu.trja como na agrl*rullura —¦ o ritma dr dr.rn«o|-lmonlo rortr par*lha com a produrâo daneo Para *.* fairr uma Idéia riala da au* Mo ftlgnlflra. ba.la ronfrentara aumenta mniio da ralar do l»d» a prodnçio Industrial durante as anosdr li.M/M. na China, not tUlados l'nldo« o na Inglaterra: r**prcltva-mento. i%%, 1,1% • 1,1*4. Quanto à produçãa do cerrai., a China ocupahoje o primeiro lugar na mundo, o o segundo na prodaçio do algodão

Com toda a raúo. Domínios Vrlls.ro conclui «ur nada Ui-so acon-teceu por. acato, mas ro.Mlton cfoUvamcnle "dr muito r.tuUo, dr mulu¦ ."• h iiiadr r, .abrrturio, dr muito trabalho do -otrrno , *)e para chinesoo."Pedrnios arrnrrnlar qur o Imrnso proirtH.o da China Popalar, registradarm sprn». drt ano., rr.ullan prrrl.tmrntr 4a tltòrla da -ctoIucío con-duria ptlo Partido Comunista toaa ¦ objrilv* dt llbtrtar o porá cklnèsda mlnrria. da fomr, da rxploração o da oprostio. A forno, flafclo steular.foi liquidada — sftbre Mo nio ni mal* duvida, conforme oiererc o aulordéttr Urre, confirmando o trilrmunho do numrrotoa outros rUJani*. » •«-ladlrMo* qur prnorroram a China Popalar durante •« ultimo* ano» Coma fome. fairla rentral, draaparocoram eu tío desaparecendo todo* osdcuiaU fUjrlu. %ut pravam tóbre o no«o rhinfs.

Ma «e trata de nenhum mila-rr, mas dr arão do |ovrrno popularenrabeçadt prio* comunistas, «ue levam â prática, na* condlçòos poculia*re. da China, i trorla c.cnliflca do marxUmo-Irninl.mo

Huminco. Vrlla.ro. soclallsta-crlstio, nio comunUla. ma* homemlo.nr.io, estuda r e»pôr o. fatos com objatirldade, trndo obtorvade d*prrlo os diversos «cloro* da vida chinesa —¦ a luta contra a miséria, a ll«ui-•Lu ão do latifúndio, a reforma agraria, a arganUacão dai cooperativa*agrícolas, o surgimento das comunas popularct, o formidável surto Indu*»-Mal. os novo* métodos de trabalhe, a organliaeio democrática do Podar.

progresso da cultura, os aspretos humano* da Revolução, rir ate.Na prósima »c* voltaremos a tratar dt algum destes ponto*

tOKKKSPONDINCIA:rrrn ao amigo fí. Rorha. «uc há ai*

(uu* mesta me remetru um rscrilo de .uaautoria, o lavor de mr comunicar o .rurndrrrco.

ÓDIO I SOLTASempre o carioca viveu marcando a folhinha: antes do carnaval.

dcpoi« do carnaval. Ante* é a preparação, ou prés, uma fuga da realidadepara poder brincar, pular, cantar c rir nos dita do reinado do Momo. Dt-poli é a queda na realidade, o lutar para viver, a volta toa diat atm fim:casa-trabalho-casa com um cinemlnha que quando em vea e assim mesmopara assistir desses filmei ianques tão ruins quanto corruptores. X as divl-das crescendo.

Já secaram nos postes ou foram levadas pela chuva as serpentinasr estamos agora naquele momento que é o depois do carnaval. Nossos pésna terra começaremos a ver, analisar, par» aplaudir ou protestar, paraafirmar ou negar o que andam faiando os novos governos: o federal e o as*tadual.

As poucas pessoas que conheço com mais intimidade, amigas e elei-'toras, destes dois Rovérno-. que acabam de subir (falo no governador daGuanabara e no presidente da República), estio espumando de Mio. Amea-cam céu., e terra. Declaram que agora sim, vamos ver o que é mandar. Dl-/cm coisas que dão a Impressão ser possivel, no mundo de hoje, a volta dofascismo, Hitlcr e Mussolinl ressuscitando (é bom não esqueceimoa que naAlemanha Ocidental, há uma volta ao passado, como a perseguição aos Ju-deus). Ninguém presta, ninguém do governo passado é capas nem digno.Nunca vi tanto ódio solto.

E o medo? o medo anda por ai de tal forma que náo raro alguémpede: 'tala mais baixo", como se falar também fosse proibido. Reabrem ve-lhos processos e prendem homens como Álvaro Moreira; é votdade que o

r* -.critor Adornas Filho veio dizer qut Álvaro, não foi preso, mas "convidado"para comparacer k policia. Quem de nos não ouviu Uso de tirar no momtn-to de ser pic.so, naqueles Idos tempos da ditadura do Estado Novo? Nin-purm disse a nenhum de nós quando invadiam nossas casas a toubavamtudo que possuímos: "esteje preso". Isso só se ouve em revistas da praça Ti-rader.tr.s ou em prisões de vagabundos. Nós, ahl nós fomos sempre "convl-dados" a -'comparecer à policia", convidados, sim senhores, se bem que oconvite às vezes durasse um, des, vlntt meses até nossa volta à liber-dade.

ódio anda à solta. Vamos dar valor; JK, teve milhões de erros masfoi realmente um presidente demociata. Sob seu governo tivemos a maiscompleta e ampla liberdade, inclusive a liberdade de falar mal dele em vo/.alta. Outro dia vinha eu pela rua depois de ler os Jornais e pensei: — Tó-aa essa gente que votou em Jànlo e em Carlos Lacerda vai morrer de sau-dades de Ju.-.celino e de todos os maus, ruim prefeitos que tivemos. Saúda-cls.s de Jusotilino e de Solte Câmara, por exemplo, o primeiro governador daGuanabara.

Todos agora oscievem bilhetes:colunistas políticos, os sociais, o piesldente

da República. Também não quero de deixarde mandar o meu. Ki-lo: "meu querido povocarioca: coragem, muita coragem e p'rafrente - sabemos - é que se anda, Coragem!"

Tópicos TípicosNo "O GLOBO" de domingo passado, Antônio Olinto escreve a res-

peito de André Gide, o célebre escritor francês cujo décimo anivtrsarie d*/alcchnento transcorreu no dia 19 de fevereiro.Gide, espirito inquieto, criatura paradoxal, intelectual rebelde, per-dido em limitações ideológicas pequcno-nurgue.as. foi o apologista de uma

atitude de permanente disponibilidade para os intelectuais, aos quais reeo-mendava que n&o se comprometessem com quaisquer posições práticas outeóricas de que lhes pudesse vir algum prejuízo para a "liberdsdo". A seuver, o ato humano, para ser "livre", deveria ser tanto quanto possivel "gra-túito", isto é, nâo deveria sofrer condicionamentos de qualquer espécie, nemdecorrer de imperativos morais.

Essa apologia du IlhcriUilu-ili.-iponibilidade é um dos temas preferi-dos pelos articulistas tine escrevem sobre Gide. Outros temas ligados ao es-critor francês e freo.ei.tcmciUe auonluclos na imprensa (quando ela stlembra do autor dr "O Imoiulista") i são: o de.-apoiilaniento deste em lacedo comunismo, suas relações com Deus e sua petlerastla.

Antônio Olinto, em stu artigo, aborda o problema das relações comDeu..

Gide nâo era crente Olinto refere-se ao fato e conta que o escritorfrancês "<" ícçou à condução de que Deus náo existe ainda, de que nós é quetemos de fazer com que éle exista". Quer dlser: nâo acreditava mas íambéinnão desacreditava inteiramente,,, Pelo raciocínio, era levado ao (lotlcUmiie excluía Deu*, porém suas necessidades místicas pessoal* permaneciam lua-tingidas e faziam-no ansiar pela crença, lornundn-o um ateu bastante in-conseqünlc.

Km determinada página do seu "Diário", chega a lamentar-se:"... como Deus se fa/ esperar..."XXX

lista atitude é a que o crítico húngaro George l.ukacs chama desUeismo religioso. Sc Antônio Olinto quisesse (ou pudesse) mostraria comoe por que o fenômeno ocorre em Gide. "O ateismo religioso — ensina Lukacs— brota de uma situação em quet de um lado ,os progressos da clénoia afãs-tam completamente extensos círculos da intelectualidade do campo dasIffrejas e religiões oficiais, enquanto qut, dt outro lado, a situação socialdesta mesma intelectualidade (insegurança de existência, falta de perspeti-

vas concretas na vida pública e particular, etc.) cria uma necessidade reli-giosa" (El Asalto a Ia Ranón, p. 2631.

As necessidades místicas pessoais que sa manifestavam no talon-toso e confuso Gide exprimiam não só a insegurança da sua situação con-creta de indivíduo, a inseçurança das suas condições de vida, trabalho rrealização, mas, Igualmente, a Insegurança ________da burguesia — a que o escritor se ligaraideologicamente — e riu*, posta a rcbqnueda classe burguesa, rtereobe, com te n"\ queestá sem'» sulinieti ' > a um inexorável pro-

cesso de piolelarizHÇHo

Chumbando CannabravaNáO r-.tumu AstlOjllÜO !'¦•!¦• n ii

•<*iu provi de fraquera rm quemo conhecesse, fote velho lutador,¦ tiKiii.M. modesto, é, com efeito,um daqueles espíritos superior*mente cultivados, cuja {tran*¦i<v.i humana e extraordinária ca*pacidade de tudo cumprccndiu-transparecem, mesmo no mais li*gciro d»*, papos, ao mais obtii-todos interlocutores.

Quando, recentemente, seu co-1.K..11. achou de prcgar»lhc umsusto e obrlgOU*o a ficar de camapoi algum tempo, vtu-sc o quantoêle é querido entre os companhei*tos de luta c respeitado nos meiosliterários, em geral. Um movimeu-to espontâneo de interesse pelasaúde desse fundador do PCB fezcom o seu nome estivesse em tó-das as bocas e trouxe a sua pes-soa. amiga da discrecâo e do ano-iiiiiin.it>. para o centro de todas asconversas.

Sem lazer Jamais concessões deprincípios, sem transigir jamaisquanto aos valores ideológicos. As-trojildo soube inspirar conside-rações e acatamento até a intelec-tuais que não concordam com usseus pontos de vista. Otto MariaCarpeaux. Peregrino Júnior. Ber-nardo Gerscn. entre outros, reco-nheceram os grandes méritos dosestudos que o critico marxista de-dicou a Machado de Assis.

Por isso. por tudo isso. ficamossurpreendidos com o artigo publi-cado por Euryalo Cannabrava noDIÁRIO DE NOTÍCIAS de 5 defevereiro de 1961, artigo no qual.entre ressalvas amáveis pura dis-farçar, um violento ataque é des-ferido contra o "Machado de As-sis" de Astrojildo. O sr. Cannabra-va atribui ao livro deficiências taisquct a serem verdadeiras, reciuzi-lo-iam a uma simples obrinha desegunda categoria.

Logo no começo do seu artigo,apresenta Astrojildo como umsentimental e conta que. em cer-ta ocasião, ao ouvilo falar da atui-zade entre Marx e Engels. perce-beu que éle estava comovido, e atévislumbrou "uma lágrima verme-lha no canto de seu olho esquer-do". Gracejo ingênuo à parte, en-tenderá o prof. Cannabrava, poracaso, que a capacidade de se co-mover é vergonhosa? Entenderáque um materialista dialético nãose deve sensibilizai- jamais, queeste fator de humanidade é incom-pativel com o sentido racionalista

do seu pensamento filosófico.' Beo profenor adota, pessoalmente,êste critério que o Impermeabilizaaos sentimentos, se na sua vidacontam somente as idéias <? as sen*saçóe«t, que não nos Ipve a mal, masdeve srr um legitimo chato, o pio*fessor...

Prosseguindo nas suas ousei*'..<>,*" o prol. Cannabrava pro*cura relacionar o que consldeiaque seja o scntimcntallsmo de As*trojildo as características do mo*vímento j-evolucionário brasileiro,e chega a êste primor de conclu*sAo: "O credo extremista adqui-nu. entre nas. esse feilio afetivoque valoriza mais os sentimentosdo qut* as Idéias, procurando J.uatividade revolucionária o deriva*tivo para frustrações e recalquesirremediáveis". Está ai: os comu-nistas brasileiros sAo uns frustra*dos. uns recalcados. E, com estaanalise, Cannabrava está habih*tado para receber um titulo ducientista "honoris causa" pela Uni*versidade de Boston, ou coisa jia*tecida.

Alias, a honraria tem que serimensa, para estar á altura do ho*menageado: Cannabrava é nadamais nada menos do que o donoda dialética. Astrojildo descobriuclementes de dialética no pensa-mento de Machado de Assis? Es*pecificott-os em inúmeros exem-pios? Bobagens. Trata-se de "con-iiisão mental" d» critico marxls-ta. Êle não sabia que, como iníor-ma o prof. Cannabrava, "não ha-via pensamento dialético entre osfilósofos pré-socráticos, nem mos-mo em Heráclito". Astrojildo igno-tava, decerto, que o pensamentodialético íol criado naturalmentepela varinha de condão de Regei,surgiu do nada — surgiu, élc mes-mo de uma maneira antidialé-tica...

Astrojildo cita um trecho emque Machado di/. què não temosoutra prova du imitido que noacerca senão a que resulta do re-flexo clèle em nós p interpreta afrase como expressão de um pen-samento materialista? Tolice. Afrase poderia ser, perfeitamente,considerada expressão de um jien-samento idealista. O mundo exte-rior refletido na consciência dohomem não é uma formulaçãoidealista? Se nâo é, passa a ser,por decreto de Sua Majestade Can-nabrava primeiro e único, o impa-gável... Materialista agora vai .ser

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IOSVILDO GOELDI

A II de fevereiro, faleceu nes-ta cidade, no Lchlou, o gravadorb. .tsileiro Osvaldo Goeldi. Kilho doeminente cientista suico EmílioGoeldi, organizador do Museu quetem o seu mune em Belém doPara, Osvaldo Goeldi foi entre nósmais do que. o pioneiro da grava-Cão em madeira: foi o maiorexpoente na sua arte.

Estão hoje espallindas por todoo Ià.iviI reproduções de trabalhosseus que se distinguem pela mães-tria, pela forca que lhes incutiavida c sobretudo pelo realismo.Numa epoen cm que outros artis-tas sc perdiam em amenidades.Goeldi já representava mis suasgravuras os homens do trabalho,os homens do povo, em particular,os pescadores, que foram um deseus temas prediletos. Isto não sis-nifica que Osvaldo Goeldi fôsse umsimples copista: o seu realismo estáprofundamente impregnado desentimento, de paixão, seus per-sonagens e suas paisagens trans-bordam dos limites do quadro,

adquirem vida, criam ambientes.Expressam o talento do artista,

forque "Osvaldo Goeldi foi sem-pre um artista, vivendo e morreu-(Io pela sua arte. Por isso viveumodestamente c morreu pobre,Num país onde as produções artis-tiras ainda são desfrute de uniaminoria, Goeldi não teve a popu-laridadc que bem merecia pela be-li/a de sua arte, unia arte que vi-nha das inspirações populares.Com que paixão interna, meio dis-simulada, recolhia-se êle "a umapensão modesta, de estudantes, naBahia, para reproduzir, dia a dia.aspectos da velha e bela cidade,seus tipos de rua. seus crepúsculosde fogo, o sol nas ilhas do Kecõn-cavo, a alma dos homens...

Nos últimos anos, Goeldi oble-ve a consagração de sua obra emexposições Internacionais e nacio-nais. Mas êle merece mais do queisto: merece ser melhor conheci-(Io do povo. fonte permanente desua inspiração artística.

Na foto, um dos seus trabalhos.

a concepção segundo a qual aconsciência cria o mundo cxleriu»,dita*!!).* os valores.

Mas o qut* acontece, de fato. éque, quando Astrojildo *>,. refere aum pensamento dialeiirn uu a umpensamento materialista cm Ma»i-hado de Assis, tais expressões de»vem ser entendidas em termos,dentro do contexto a que se achamligadas, quer dizer, nau têm valorabsoluto, estão sendo dialética»mente empregadas pela critico. Emseu livro ("Machado de A^is", ed.I.lvr. Sáo José. p. 102). AMiojildoprevíne: "... éle nâo era um ma*terialista acabado ¦ conseqüente.Nâo era, nem pudia ser. dadas a.«condições sociais do meio em queviveu e trabalhou". Prevíne, ainda,que Machado não era um pensa*dor dialético no sentido em queatribuiríamos a expressão a Marxou a Hegel, porque éle "não eraum filosofo prolissional. um pen*sador propriamente dito. mas umescritor, um artista, que abeberouo seu espirito cm fontes variadasdo pensamento antigo e moderno,assimilando de umas e outrasaquilo que melhor condizia com asua própria maneira de ser. de vi-ver c de conviver" (p. 161). Nioobstante — e Astrojildo prova-o,

LEANDRO KONOEIeoiif dezenas de exemplos — oselementos de dialética e matéria*lismo no seu pensamento, dentrodo que lhes permitiam as limita*ções do ambiente, predominaramsobre os elementos de idealismo emetafísica,

Isso esta bem claro no livro,sem qualquer confusão. Quem lescontusão foi o prof. Cannabravaao comentá-lo; e fés uma confu*são tamanha que acabou até porse referir ao marxismo como um"materialismo econômico — U\>..que prova o grau de aturdimentoem que se achava, no momentoem que escreveu o malfadado st*ligo do DIÁRIO DE NOTÍCIAS.

Aliás, em face do artigo, e co-tcjandcvll-»- as acusações com otexto límpido do livro, náo há ma-neira de concluir senão por umdilema: das duas uma — ou o pio-fessor Cannabrava não entendeuporque nau pôde (e neste caso épouco inteligente), ou não enlen*deu porque não quis te neste casoressente-se de má vontade). Emqualquer das hipóteses, deveriater ficado quieto no seu canto, semexibir suas fraquezas. Porque, co*mo ensina a sabedoria popular,"macaco

pulando de galho em ga*lho. quer é chumbo".

Lumumba"Há dois mil anos te mandei

meu grito", falava a África pelavoz do nosso poeta. Deus não ou-via porque Deus é aqui na terra.não no céu. que este são muitos,bilhões sem fim. O grito tinha deser. como agora acontece, aos pro-prlos africanos. A África soltou oseu grito, não de suplica, bastarao imenso, de dor, que espalhou nosdois mil anos. O grito, nestas ho-ias trágicas e belas, é de liberta-çào, cólera, triunfo. Os negros re-bentam o terrível cárcere de ra-ças, povos, nações, culturas, queé o continente de Lumumba.

E aqui penso no rèquiem paraLumumba. Algum pheta negro,algum músico negro, Vlgum "spi-ritual" dos algodoais de Virgínia,tudo isso fará um réquicin paiao grande negro.

"A política é um terrível vene*no, mas alguém deve fazê-la", dis-se éle. nn seu testamento, Quesimplicidade nestas palavras dele,por exemplo: "Comecei a lutaporque senti o chamado dó meupovo. Gostaria de ocupar-me commeus filhos, tuas ns sofrimentosde meu povo fizeram-me escolhera lula política", Esta lula, preci-samenle, odiada pelos que .semprefizeram da África a mina de suasfortunas e a carne do trabalhobrutal.

Lumumba, negro da mais altadecência c do mais puro espiritoafricano e universal. Mé lembrodo.s meus avós e bisavós negros,do quilombo de que vim, da pre-tada que conheci e amei no Pará,ao pé dos velhos engenhos mor-tos, dos igarapés lavando roupa,cias "remadas" dançando em lou-vor de São Benedito. Sempre ouvino coração essa voz subterrânea,expressa e invencível da África,porque de um ventre negro nasci,c de um seio negro foi o meu pri-meiro leite.

Choro a morte do meu paren*te Lumumba, irmão negro, gentede minha família comum, pessoa

LEIA A ÍV0Y7V

HISTORIAPARTIDO

COMUNISTAUNION

SOVIÉTICA

l.dii.üo l!M)(l!l.'ít páginas, encadernado.

Apenas Cr$ 400,00l'i*(li(liis a:

Agência Intercâmbio CulturalJurandir Guimarães"

Itnn dos lísliuliuiuís, ¦**• s -8Telefone: :i7-l!ix:t — Sàu 1'aulo

ACÍDIU JURANDMt

da linhagem dos pés no chào,África, Al rica tão do Brasil tam-bem.

E quando vejo a esposa dogrande negro, o colo nu, escuro,de luto. vejo também, entre asnossos pretos do Brasil, a minha-.iâ chorando, a África chorandoa., mesmo tempo o grito univer-salmente africano de que será li-vre a África, para ser livre o ho-mem e mais decente êste mundo.

Teatro UeutrizBANDEIRA

DIVERSAS NOTÍCIAS"O Amor r Rosa Bombom" 4 o «o-

vo curta/ do teatro Copacabana. ?e*4*.de autoria de Rnol Praxy, cidadãofrancês com vários títulos, inclusive otis prexldtinla du Sociedade de Autora»Teatrais Kitou-cscs. oue e a SBAT ládeles. O elenco e o de André Vlllon «LMlo Custa, a dupla que descobriu o"vrlueinu de ouro" em teatro, batendono uno passado o lecoide de perma-iit-iinu t-in uarla*, com uma uniea pe-ea. Ciimo não pretendem fazer teatro,nias fazer dinheiro, divertindo seupublico Isto é a hurfr.ue.sla endlnhel-rada de Copacabana, aoertarm maisuma vez em cheio. "Rosa Bombom" *peca para ficar muito tempo em cai-laz. Fa/ a.s delicias digestivas dos no-vos e velhos ricos, bem jantados e bemvividos, No fim tudo dá certo: as me-ninas são bonitas e simpáticas, o salaCllo Costa (• um espetáculo agradávela vista, o guarda-roupa é sofisticado *¦a refrigeração do teatro funciona. As-sim como a bilheteria, que acaba dan-do a cada um dos componentes daCompanhia, que tem o aspecto louva-vel de estar organizada em bases coo-perativns, n oporltin'»' ¦",mtirlrseu "jnmin"**1

0 Serviço Nacional de Teatro

o S.N.T. tem novo diretor- n Sr.Clóvis Garcia. Um balanço honesto elagesl.io passada, ou sem a do escritorEdmundo Muni/, apresenta um saldopositivo de realizações. Náo fez, possl-velmenle, tudo o que poderia ter íeiiu,mas fez muito em comparação comos que o antecederam, No terreno edi-tonai divulgou autores brasileiroseoiiilomporãneos, editou clássicos. P.e-cuporou, pelo menos duas casas de es-polúculos, uma em São Paulo e outrano Rio, K. ao deixar o çargflwdfilxo-u-*—L'i.!iuiiü-«itifí-+far7iTnrn 3ê Comédias, res-.suscitada, já Insulada em sua própriaeu.sa. oxalá o novo diretor volte seusulliiis para u Conservatório Nacionalde Teatro o eterno abandonado - - quei-Mu a exigir uma reforma totul,abrangendo tudo: Instalações, progra-iiia.s, horários, professores. É precisonau esquecermos que o Conservatório,assim como a Escola Martins Penna.são a grande esperança do aluno pe-bre. aquele que irabalha o dia inteiro,reside em distantes subúrbio», regressaii casa, depois das aulas, cansado esubnutrido e encontra forças e entu-siasmo para varar madrgadas — quan-do chega epoeu de provas — construiu-do cenários, "bolando" meios de llumi-nação com recursos precarissimos, t?.ses alunos tão mui compreendidos •sempre traladus com desprezo, acusa-dos inclusive de aventureiros que »lilioinpareeeiu apenas "por causa dolanche" como se isso não fosse umaruzão a mais a exigir a atenção dosresponsáveis. Pois alguma coisa dev«estar errada em um país em que jo-vens depois de um longo dia de tra-balho. busquem um estabelecimento ri«ensino, unicamente com o fito em umlanche que está longe de ser opíparo.Volte sua iitenráo_j2ajji_j>.-a©350--€orr:'"

-TrfPTVSnrTToT sr7diretor do S.N.T.! Hiuma infinidade dr coisas a serem cor-rígidas. Quem o diz e uma proíeisseot»que respeita seus alunos.

Page 6: AA ¦ -^ftA^AaAlAA I £^1 I E MISÉRIAPIRA 0 POVO · do próprio governo, como claramenlc transpareceu das declarações do gen. Pedro Geraldo dr Almeida, chefe da Casa Militar do

mm. O NOVOS RUMOS Rio de Janeiro, ismono do 7 A de fevereiro o ? de março de IflSI «¦»

Pala Vitória doFuncionalismo

ORESTES TIMIÚVA RODRIGUESA numtioto "m »o dt fu**fio«*0'*e» pubtkot Itétimt, t» iws **siefís «

tuodo ne f noiio do Ouantboro, '<" p<ofundomtnit (notado cem o dttmo éê !»••>•!•¦•¦• do Itpúbtice, .•-..'.».„.•.• o -<giM« ot uobolho «ot itooi-kótt do eo*!»-no, A mtdido, ¦oo injuiio quõo inopinodo t vioitmo, tuipittndtu oo funciona-lii*IO, 00» «iilini' Uilni». • «O POVO Me,«o O» qut .,.'.,u.~. HO «*•«' «•« lo-..<Owodiot t qut "i 0'ti'om o ivo piopotodo pobiico dt moioliiecào, nôo po-dtm ttcondtr itv dtiopoMomt-.ro, poit ttptiavam mudança» dt oviio tipo Qut-uo tfio» dt liror dot out iiobolbom poro dor oot nuo •¦•* m ò cotio do •*»»«*».«-cão do povo.

No vtrdodt o a»o do wiihoi Jânio Quadio» tonno o fu-H-enalitmo ftdtroldtHntlo lodo o tua pobiico out ó o dt tolucionor at difieuldodtt tconómicoi tfinanttiiai do poit a euuo dot tiabolhodoiti, E U>o tm nomt do moraliiacoo.O qut itiia moiol t digno dt um govimo t*«pt*«-«odo no proq-tuo do poit t nob«m«eiioi do povo »trio butear tolução paio at dificvidadtt ondt tio» t*intm=na it forma ogróiio, com o tooilicio dot odiotot piivilégioi dot laiilundiãiiotj naímtdlota ctitocoo do rtmttia dt luciot po«o o tttiongtbo, no inltntlficocõo dtloto t «oo dt polovrot dt inlticòmbío comtic>ol com ot poutt toc>obiiot t no• ¦<( <i.o moi» otia dot luciot tvtiooidinoiíoi, obtido» ptlot iubo'õei. Iuo tim,ledo moiol. Não diiti uma polovio tãbit o latifúndio t ot ¦ ¦ ¦• diarioi. iiltn-ciai tóbrt o» lucro» dot copítaít tttrancjtíiot, fingli qut ignota o lontgacào doimpotto dt rtndo por poitt dot giondtt luboròtt t invtitir contia ot qut iiobo-lhom no ttivico público, itio tim t imorol t ciímlnoio. O governo, tob pittt«loalgum, podt dtiorganliar a vido dt milhor*» dt cidodâot qut tiabnlham, »t|o noteivlco público, ttia ondt fãr. E o dtertio do pittldtnit do Republico ttm tito

- •. - -. --iIa .••¦!•".' • ».<¦•,- única ri* <epeicoti6o^polt.o mtlhoiio dot «*>»••cot públicot nóo ttró obtido com mtdldot dtiio oídtm.

E tobldo qut not giondtt ctntiot, tomo Rio t São Poulo, oi funcionárlotpublicoi txeicem ouirat atividadti itmuntiadot, como mtio dt aumtnioi iuo» ron>dai. A paridadt t a rtclaitificacào nào lixoiom detapoitctr tua nectiiídadt,poli o giandt moita dt funcionário!, contiiiuida ptlot bainabèt, conllnúa gonhon*do pouco, dianit da elevação Inctitonie do cutio dt vido. E iguolmtntt labidoque milharti dt funcionáriot tão também donoi*de-caia t mátt dt família qutconjugam tuai aiividodei como funcionõiiot com at obiigacãtt de donoi«dt«coia.

Agoio, com oi doit expedientes impotloi ptlo ttnhor Jânio Ouadiot, lô*dai ai atívidadei tuplementorei doi funcionáilot eiião liquidadot. Como it orian-joro o chtlt de famílio que lem tua vido montada na boie do vencimento t maitjiti lolário lupltmenlor? E a funcionária, qut nào ganho o luficienie para pagarempregado» que lhe tomem conto dot filhos e do cata? Ditlo, que é coita vílalparo mílharet t milharei de funcionado!, o decielo governamental náo cogitou,nem podia cogitar poit não foi feito tm olencão ao povo e aot trabalhadores, maicomo primeiro poiso para investir contra os diieitos já conquistados por todos ostrabalhadores.

Se a medida contra os funcionários conseguir se consolidar, leremos logomedidas idênticas ou semelhantes nos outros seioies de trabalho. E compreen*dendo em toda a sua extensão os objetivos do decreto presidência que Os fun-cionáriot. os trabalhadores e o pc -•:o\ colocam-se radicalmente contra a•ua execução.

As entidades de funcionários, lideradas pelas UNSP, ossumirom a lide-rança da resistência contra a lei do castigo, que é o decreto do senhor Jânio Oua-dios. Nesso luta os funcionários contarão com o opoio e a solidariedade de todoo povo, a começar pelos sindicatos de Irabalhadorei, que sentem como ninguém anecessidade d» borrar o caminho a política de maior exploração já iniciada ptlogoverno.

Os comunistas não forom surpreendidos por ena medida do presidente daRepública, nem o serão por outras da mesma natureza. Durante a campanhaeleitoral, tudo filtram para esclarecer o povo sabre o que serio o governo jonislo.Agora, diante dos fatos, o que nos cabe é tomar posição firme em defesa dos tx-explorados, stjam funcionários, sejam de quolquer outro setor de alividodes. Pro-clamamos nosio apoio decidido oo funcionalismo e mobilizaremos lados as nossasforçai para derrotar esse decreto que é o pano de amostro do político ontioperàriat antipopular txigida ptlo Fundo Monetário Inlerncional e que n senhor JânioQuadros se mostra disposto a seguir.

SEM TKR ONDE ESTUDAR. MO MIL CRIANÇAS CLAMAM NA GUANABARAAo n(i.,),i.-ii. ,r «inicia d* iouo «no

•«¦.., ,•>'••• ;t me (idade dt tío deJontiio o t»p- •¦ - - dot coiiidot ó»filo» de» ttcolai público», tm qut a*mèt» ét tina dt quinhtnlct» **ii iii»«vco» vôo piocw" • -;-:," paia « mt*'".-'.. d« t»u. o»,

Emboto com um do» meti» tltvodoiÍndice» d« t!co'riÍ!ocôo do Itgiào let<tt do poit, e fitada do Guanabaraoprtttnlo otpxiot téilot • dt tofvc.fi»uiftntt no out tongt ã ttcolo pilniO'lio.

R.trõ-t. i,i um "ilo|in"Ovando dt ívp componho, o Oiuo'

oovtmodoi de !-¦ * "o toluroo o cidorl*com coiloitt qut I niovom uma it>«indicação da po*> filo corlocoi <M»co, tu quero ttcolo .

A (Ituacão itlm. '» ptlo cortai d*

piopogonda tia t < «ua ttndo vti*dodtlra. rmboio oqi * qut o vtleulpftt não itprtienlo'** ? 'otu.amtnlt oqut dtvt ttr uma «di t*o jutta poio otnilno pilmáiio no t no poli,

Hojt, o popu*ocão t*-t o dlrtllo d»cobrar a piomtitr

Onde estamos

No ono dt 1957, dt ocárdo com oAnuóiio [iiumiuo do Dlitrito Ftdtial,opitstniava o atual Estado da Cvano-bora um númtro dt aproximodomtnie71 mil crianças qut não Unham ondetitudor, tmbora it tnconlrottem dtnoodt Idadt tscolor.

Considtiando o citscimtnto demo-gráfico actltiado dtsta unidodt do fe-derocâo. agravado ptlot constantesmovimentos migralários qut a demon.dam, podtmot comtalor qut, no pre*sente, móis dt 100 mil crianças estãosem escola. Por outro lado, o númerodos tslabtltcimtnlos tscolarts lénvsemantido praticamente eslacionório aolongo dos últimos selt anot.

O Eslado contava, tm 1957, eom 877instituições escolares de ensino prima-rio. txistindo ainda mais 1 738 enabe-lecimentos particulares. O número declasses tm funcionamento tra, respec-tivamentt, dt 6 705 t 4 928, com umamatricula tfetiva dt 341 409 alunos,poro uma população infantil dt415 241 crianças (dt 5 a 14 anosl.

De 1957 até hoje, a situação tevesuai cifrai modificadas apenas parapior. Não aumtnlou o númtro de eico-Ias, o aumento demográfico continuou.

Nem tâdos ai escolas publicai txis-tentes tão um atendimento que serianatural • possível, por funcionaremapomos tm um turno, dt modo que,um Mgundo turno, no qual poderia ser

il CriançasEscolas:

Nâo Quer Fazer RodízioA questão do rodízio nas escolas pri'

marias teta pondo tm situação difícil• governador Lacerda. Transformou-se oproblema do rodízio, por culpa do ir.Lacerda, num motivo dt controvérsia,«ujt dtttnrolar vtm demonstrando, naprática, a insinetridade cam qut o an-ligo Futhrtr do Clube da Lanterna pro-ckmw-tt a ti mtimo protetor das crian-$os qwt não consegue" '•• >-ns•tetto* do Estado.

Vamos aos fatos. O próprio sr. La-•tida lançou a idéia do rodízio dasprofessoras, que ttm, por Iti, uma folgoàs quintas-feiras. Passariam elas a tertssa folga, mediante rodízio, nos diver-tos dias úttii. Assim, haveria aula Iam-bém na quinta-feira, sem prejuízo dodescanso dos professoras e com acres-cimo do número de aulas. Esse meca-nismo permitiria um aumento de 50.000vagai escolares.

BrigaA lembrança do governador foi

transformada em anteprojeto de lei,elaborado pelo secretário de Educa-Cão, sr. Flexa Ribeiro e mandado à As-sembléia Constituinte, que o transia*-"mou em lei, por unânj-aiderder'.Veifl. porénrã

"medida liminar do mi-

nistro Ari Franco, tornando sem efeitoas leis ordinárias que a Constituinte ha-via elaborado. Mas a antiga Câmarade Vereadores, que em virtude da mes-ma liminar reconquistava a prorrogati-va de elaborar leis ordinárias, delibe-rou aprovar, sem nenhuma alteração,o anteprojeto Flexa Ribeiro, que logra-ra aprovação unânime da Constituinte.Ausim, embora às turras com o gover-nador e com a maioria governista daConstituinte, a antiga Câmara de Ve-readores, tendo em vista o interesse dapopulação escolar, remediou o efeito

da liminar Ari Franca t ossegurou acriação dt 50.000 vagai na* tf colaipublicai, justamente segundo oi mal-des preconizados ptlo governador t seusecretário dt Educação.

Out fiz o ir. Lacerda tm face dtssademonstração dt boa-vontade da Câ-mara dt Vereadores? Assumiu atitudeinfantil dt «mau menino» t fiz coisasemelhante àquilo qut o «bom mtni-no» não dtvt faztr. Zangou-se, bateuo pé t rtsolvtu não cumprir stu pró-prio anteprojeto, transformado em leina antiga Câmara de Vereadores. Isso,sob o pretexto pueril de que não tomaconhecimento da existência da casa le-gislativa do antigo Largo da Mãe deBispo.

O Sr. Lacerda colocou seu ódio aosvereadores cariocas acima do procla-mado interesse pela situação das crian-ças necessitadas de escolas gratuitas.

Posta a situação nesse pé e sentindo,o sr. Lacerda, o ridículo de sua posição,resolveu éle tomar outra atitude igual-mente grotesca. Mandou que se expe--disse circular reservada àscUreliíras deescolas estaduajs,._<'.o'sentido de quese ottexe-e- rocTízio, nos termos do ante-

-projeto Flexa Ribeiro e da lei que êlepróprio se nega a cumprir, por ser ori-ginária da antiga Câmara de Vereado-res.

E as outras vagas?Em meio a tão complicadas marchas

e contra-marchas, o sr. Lacerda deixoude lado a promessa de instalação decem novas escolas a serem financiadaspela Federação do Comércio. Até ago-ra essas prometidas escolas continuamno papel, apesar das excelentes rela-ções do sr. Lacerda com os tubarões doalto comércio, muitos dos quais se cons-tituíram em grandes eleitores do homem

Solidariedade aPor motivo da comemoração, nopróximo dia 24, do 66° aniversário daoitfrra da Independência dr Cuba,a Comissão Brasileira de Solidarlerla—ue ao Povo Cubano prograH*etrã"rea-

Cuba»

li ^.,S"

T"f(irni

r-iio demiij^a^r.írTíurante o qualo-fttüSTldas as três Rrandes leislevoluçao Cubana, o "Fórum", que.oarte das Jornadas de Solidarie-'. n Cuba patioclnadas pela ro-eo. será iniciado no dia 24. com"' izacao de um debate sobre ada "-forma Agrária cubana, no¦• , . a«?t .',, oo bovrs. do qual .ricmitr>do.s fpderair•Iitólii! dr.- c astro c Jonas Bahicnsse, o sr.

Pedro Lessa, presiojrjie--aãAssoclacãocios Lavradorüe-rjo Estado do Rio, oecj)iiQ«?-fcsíra Domar Campos, o desem--líãrgador Osny Duarte, o agrônomoRobinson Campos c um representar!-te da UNE.

No próximo 'lia 28, á.s 19 horas,ha sede do Sindicato dos Métalúrgi-cos. realizar-se-á a segunda reuniãodo "Fórum", quando será debatida aLei da Reforma Urbana; e, no dia 2clr março, às 13 horas, na sede do Sin-dicato jos Bancários, concluir-se-á ociclo com a. leallüação do debate .sò-bie a Lei da Nacionalização de Em-nrêsas

cujo «slofon» eleitoral, «mudar parasalvar», parte* totalmente esqivrde,dtptit da ptttt.

Condições existentes

Diipõt o govtrnadtr Lacerda dtcondições para melhorar substancial-mtntt a situação dt tniint primária. AComissão dt Constituição da Asstm-bléia Constituinte, nt capitule referenteà Educação, consignou, tm stu prajt-te, a obrigatoriedade t a gratuidadeda matrícula dat criança* dt mm a qua*torzt anos, not ttcolot publicai prima-rias, btm comt a garantia dt criaçãodt classts especiais para ti alune* dtmais dt 14 anos.

Eise dispositiva representa um avan-ço tm rtlação à Constituição Federal.Com efeito, a Carta Magna determinaque o ensino primário seja obrigatório.A Constituição carioca,- segundo o qutficou cp/í^atio naquela Comissão, ts-

-ptfcífica os devtrts do Estado nessesentido.

Ainda segundo o mesmo projeto,15% sôbrt os 22% da receita con-signada à educação serão aplicados noFundo Estadual de Educação. Eis» Fun-do só poderá ser utilizado para o tn-sino público. Destina-se aquela peretn-tagem à construção de escolas públi-"cas, de nível médio t primário. Em re-lação ao orçamento de 1961, essa per-centagem representa cerca de um bi-Ihão de cruzeiros.

Além das disposições legais especí-ficas, conta o Executivo com largos re-cursos financeiros, em sua atual rstru-tura administrativa, para enfrentarquestões como a do ensino. O proble-ma é de melhorar a arrecadação, evi-tando-se uo máximo as diversas formasde sonegação de impostos. Em situa-ção multo menos favorável que a dehoje, Pedro Ernesto realizou o que emsuo época parecia-«rn milagre.^Maí^Ptdro Ernesto tra homem defato vinculado ao povo e antes de tu-do apresentava em sua formação duasqualidades qut o sr. Lacerda não tem:a sinceridade t a dose de bom-sensode que costumam ser dotadas as pes-soas normais e capazes de administrar.

Eis porque, depois de tantas promes-sas, o atual governador, eleito por di-ferença ridícula e em conseqüência dadivisão das forças populares do Estado,mostra-se inoperante, confuso 8 até ri-dículo, diante desse coso dos 50.000vagas escolares, surgidas mediante aaplicação do rodízio

ü M oço,ii QuesoEscola"

e•"«i'iir> wm númtio idêntico d* «ilunet,

üiio #*!¦•* pai latia de ptohtti % t dtnaitftfll «••! viuude d* dcitato tio au-

» idodt •<• • ,'n«.„ d

A escoln particularímboia tm me,oi númeo que at

l -b'co*. ot tscc-ai pan«cv'arti •¦-<•«•niort, no tnlaito, um m;nor iidice

• i c'c" ;», conísims [ú ««c .cr. cem, ,io di.'*'-* ca a msnoi dt apio«lmado»minit duot mil,

A tuolo parlículoi fornect, como idi lodoi tobldo, um tnilno coro. C.•>no-it o cnmodot ejpccnlco» do popv—

vo cuja rtnda (omibor peimiit otoítot gatos com o ticola paiilculai,qut 160 oinda mais tlcvadoi pelai la-«at exoibíianltt cit maliici*'o, pdotiniformtt di:ptndic:oi t pela pupilapiocura d«> qut iCo alvo, o qut llitipermilt ntgoc-or à voniadt com os•<•'•» cobic-doi.

Ccmfvovadfimtnle, nào CAitlt von-tagem do tnsino pai,icu!oi tòbrt o pu«

¦ co Não é aqui o lugor poro enliai-mot tm maioitt minúcias sóbrt a es-cola pública, no er.lonio cabe tocar noassunto ao falai-se do lubvencionamen*¦o feito ãt escolas parliculaies a fim dep,eslaiem ensino graiuiio à maneirados escolas públicas.

A experiência ícaliiada nos últimosanos demonstiou o éiro c as péssimasconseqüências do manutenção de eico-Ias particulares subvencionadas peloEstado. As despesas que normalmentealegam aqueles eslol:*lecimentos, comosendo o necessário à prestação do en-

tino, titêa r»ul'n oclmo da teolJdodt«ic *.i i.i ^ ms vtrdaü.ia t*,oi«s. > eet coíie* tiladvoli, o qwt •wl«qw •¦ nao,. como é o coto dtni v «.atíoi qut manltm gianrit ti-a*br"«c.-m*n •» dt tnilno tm Jacaiipaguó.

/"» Cl it otpicio econômico, nfio> «' Cl Oi (6101 dt mbwl lio >>i

o, ,s '*>» *t crian;oi em Ire. • »ii-Jat pelo i..i. .j P.O.T., o

qv> e: tou i«*'««« - ob*iiuio dtl.'CUJ,i ,

0 ro í.'« das professGrasO :<•?,;:-. rccer<t»mtnit opinvado pe-

,'a Cúisaia rit Vtrtadortt rtprc.t' :aum a p:c a ímporianlo na procuia dtun.a io'ur.0 para o problema do tn*tino i' m ¦¦>. Por mtío de <- » >< <>•laStOiOefo i'at tobilas dt • ¦ •« t lur*not de pioict:C.*ai a alunos, po.t.bíff-ia .e a ompllaçía da cooocldnüt aiuoldat ticolct pjb cai tm cerca dt 50mil novat ino,iicu!fi.

Mnís esco'as p'iblicasA população não podeio contar com

uma rede efitíente dt escolos primórios,enrv.-nlo o governo do Eslado não lo-mor medidas diásiicos visando à cria-ção de escolas públicas. At inicíativaide associações ou entidades das <¦'"••ses piodutoras aparecem como cosos""'a; oi. corac!erizadomenle demagò-gicos e que, mais cedo ou mais tarde,haverão de recair sobre o próprio Es-lado, não sendo asseguradas às mes-mos uma possibilidade de empreendi-

mento continuo, f, «f-ma dt ¦-¦•«• !"•»•te* edutofõo é «!«.«' do fitado,

At . i,c...iu. qut o itt siu...„.,a..ittm itotiiade t« olfftim boinoi limt«io .......>«i-i.i>t.., par um otluto ••¦

-••>.. dt i-c.t .i.,. di moiiifuloi dt(•'oncoi tm ticolat públicoi t dt <»'•"

..>»"...:.» dt moiodoiti lolkitondoo rontliucoo dt novot tuotoi,

ítiutm, tipalhodoi i*'" (idodt, ••>'•et piédioi qut »«• dtitinovam a tUO'

- . -e -i„i tuoloitf públicoi t (ujaconttiucôe tt tncontio inltnompida.

Na fttioda Victntt dt Carvalho, por•xsnjrio, pw* - -. a Moduitlro, «ilttto t'.c,utltlo dt umo giandt ticola pu-blico, a quol pe>,**ría ttf Itrminoda tmpautei i t: o fim dt doi mtlhorottndimtnto tm matéria dt tnilno àp: i o i"i -*le (ubúiblo.

í cs ití ' "'oç i mali (lamoie<atifio e< da r>n>K'ofiio. mal itrvldo tmunn« 11 tui t punc-iolt nf(tiildo.li>f.lombtet n^c • • < « •¦ d* ouvir ai jui»lat vont (,at pio.tftòiat i» ¦lioitm iloi r • c í.«emento dot o-'n.i.dmi¦» oi ttui piobltmoi, doi qualirtinlla-te o cr-uadromtnlo dt cêicadt 11 mil itivi(*eroi proftuáioi no Pia*no dt Ooiillrpcéo.

Oulio problema dai mtiliat é o doilio. ipoi.es. A •"¦¦ - -í n dt multai dt*lai es-á limada cm poniot díilontti dotloceii da liobolno, tendo obiíqadot adíj;jri(Jjr de lianspoilti pitcárioi, piin*cipnlm"nlt oi liem tubu.banot da Ctn*trai t da !-.!•> A tilafa dai lon*got ,iiii,ci.i já é um folor qut lobit*cantga muiiai dai dtficíênc.ai docen*Iti dt nona ticola primária.

A quc.e lolalidarít dai escolai *>'<:•Itnlei no itlor do tmino primáiío,metmo at maiorei, eilão desoporeliio-das, não oferecendo tampouco o mini*mo conforto a professores t alunos. Oexemplo da Escola Edgar Romcio, emModureíio, ondt o capim ciesce à von*tade e os delinqüentes uiili*.3m*:c cl 'a

à nol.'e, e o da Escola Csneial O:, o,em Coelho Ncio, com uma conservcccoprecaiíssíma, são casos corriqueiros cuiaexistência não surpreende aos conhece*doies do ensino primáiio no Eslado.

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'¦¦¦O Lixo Invade a CicSadeLGovernador Nem Sente o Cheiro

O bem-falantr c o bem-opessoado eleitoral mcis não conseguiu convencergovernador da Guanabara que prome- o maioria do eleiloiado, colocou comoteu mundos e fundos em sua campanha uma de suas meias de Govêmo a lim-

A Lei da BorracfiaO governador Lacerda passou o Car-

naval na Ilha de Brocoió, refúgio demilionários, hoje pertencente ao Eslado.Na quarla-feira de Cinzas alegou quetrabalhara como um leão, enquanlo acidade se divertia. Dificilmente terá Ira-balhado mais que os músicos das or-queslras de bailes e ranchos, mais queas garçons e os motorneiros e condulo-res de bondes, mais que dezenas demilhares de pessoas que suam camisadurante os festejos de Momo, sem can-tar nem sambar.

Enquanlo despachava papéis no re-fúgio de Brocoió, Lacerda eslêve tran-quilo, cerlo de que a Operação Cama-yal se desenrolava de acordo com osplanos. De falo, a policia também nãodescansou durante o sábado, o domin-go, a segunda e a terça. Houve maisde duas mil prisões e pancadaria firos-sa". Provavelmente Lacerda, com seussolícitos auxiliares, baleu um ro:: J? debrutalidade. Possivelmente nunen hou-vi, em r.-nhum carnaval, lenta . •: u-chada.

Nao satisfeito ,o governador, leimi-

nada a orgia de espancamentos, ain-da leve o desplanle de justificar suaoiienlação. Alegou que sua policia ba-lia a lòito e a direilo, em pobres e ri-cos, em prelos e brancos. Distribuiu-sepancada, assim, equitalivamente, semdiscriminações, quanto a classes e ra-cas. '<A lei é igual para todos-, disse oGovernador Manganelo, Duce do fas-cismo carnavalesco, em homenagem àlei da borracha.

Na Assembléia Constituinte um por-la-voz do sr. Lacerda exaltou cm pa-lavras candentes a pancadaria. Discui-sc;ido, o sr. Raul Brunini afirmou quenão se pode tratar com delicadeza bê-bedos e desordeiros. Eis a classificaçãogovernamental das dezenas do miiiia-ips de pnssoas afincadas pcic -casse--lo';s'^ da polícia, no carnaval da pan-ca:'a.

Louvemos, no governoc^-r cio pino-le. a íranrusza. Ele nf.o r.. ,: ¦< i'" 'irninguám, c:o in!-'rr um r * ro ti* po-

peza da cidade em três dias. Dois mesesjá são passados de sua posse, duranteos quais muita água tem corrido pelasruas dessa cidade sem esgotos e semcalçamento. Da mesma forma como o sr.Carlos Lacerda se esqueceu de numero*sas outras promessas feitas ao eleito-rotio, a da limpeza foi também posta delado. Alé agora, a baialha da limpe-za não passou do papel, o que não c decic'mii'ar Iralando-se do sr. Carlos la-cerclci, E, enquanlo isso, a «cidade ma-lavilhosci)' que pretende fazer do turis-mo uma de suas principais fonles derenda, vai se transformando em umaimensa lixeira, a começar por suas ruascentrais.

Trabalhadores deenergia vão dehrttera Constituição

P '.CScilJi.ii

"'..s ce s.ja ip.-.mi

No próximo dia 24. sexta-feira, às19 hora-, in ti«alm'Íia-'-'orcs nns imliis-( s dn rI,•.".•;.••)n. elitrica ria Giinupbn-ri ier.Ilvp":"ro ipnn avseifiblíla, n,i sededo seu SbitVcirto, na rua r-ii-vp] f:a,r ''¦ ' ¦. .'i',;•', nara «l'«ii-«l<*v o t.^«:'n ,;af .i '¦' iiicün tio T! ir.lo. ora wn >">.*-(" -'i na A' nr-fi-i ra-islün'!

no ' '-.ite i' "n cfnr pre ri s¦"' "' •' e .res de(.niras caivíü.ias p.o.i .o.,r,o.

Page 7: AA ¦ -^ftA^AaAlAA I £^1 I E MISÉRIAPIRA 0 POVO · do próprio governo, como claramenlc transpareceu das declarações do gen. Pedro Geraldo dr Almeida, chefe da Casa Militar do

— lio dt Janeiro, «mono de 24 d« íev4ft'ro o 2 cfi irortjo *•'• 1961

OS "CAPACITES AZUL ' PROTEGEM OS ACCESS )tlCS COLONIALISTAS

*OVOS RUMOS 7 _-

HAMMARSKJOELD TRAIU LUMUMBAE DESMORALI ZOU A ONU NO CONGO

No dl* ll de julho «Ir 1960,O "• Hdii lio |trlinrir«» iiiillnli.i I'.»Ii.it? Lumumba, o fuiiürlho de Se*, i «us-* do ONU oprowft uma re*• ..in,...» exigindo a Imediata reli*

rodo de todo» cm militares belga*du Ir,|„ ir.ii um • ir-, e autoriiuvito m «trijtii. i{rr.«| f)(tg lljiitma-ik-j -hl i* • imiiitr tótlas oc medida»,de neúivlo ram o governo do Cou*

"ASSASSINOS! ASSASSINOS!" GRITAVA 0 POVO NAS RUAS

Multidões em Todo o Mundo PedemPunição dos Criminosos Colonialistas

CiiiMiiisuii-M- o crime: PatriceLumumba, chefe legitimo do go*verno congolês, foi osassalnado emC.nanga, onde se encontrava pri*.- . •li-u.i Com rit- tombem foramtacriflcadoi o ministro da Defesa,M.iuriec MPolo, e o presidente dot nado, Ju-,.tph Okito. O ato ban*(iüícuco, praticado de acordo como melhor modelo fascista e colo-i .-tii.ii.*. provocou a justa coletade todos os povos do mundo e osmais violentos protestos dos go*vernos pacíficos e democráticos.Km N<wa Dclhl c Buenos Aires,Mosco* r Londres, no Cairo, emliclgrado c cm Bonn, ate cm Bru-Nflas c Nova Iorque multidões ga*Ditaram os ruas para condenar ocrime colonialista e reverenciaruquéle que tombou em defesa daindcpcnaéncia e da soberania deseu pais, que lutou até o últimoinstante paia assegurar ao seupovo umu palha livre das garras(»o colonialismo opressor c cera*vizador.

ora o assassinoIQuem falava era o sr. Adiai

Stcvenson, chefe da delegação dosKUA na ONU, o local era o Con-.selho de Segurança. Procuravacie defender o sr. Dag Ham-junrskjocld quando a manifestaçãoeclodiu. Na galeria, dezenas de ne*gros c brancos norte-americanosprorromperam em brados "Assas-sinos dc Lumamba", "Os EstadosUnidos são responsáveis", Ham-marskjoeld é um criminoso". Apolicia investiu contra os mani-

ilestahtes, o edifício da ONU foi(-Acuado e interditado para o pú*biteo. Nas ruas de Nova Iorque a

jmanifestação prosseguiu, ai entãoa policia realizou prisões. Um dosmanifestantes, falando à lmpren-sa, declarou que interrompera o

•ri jcuvso de Stevensun "Porque élecl :,endeu esse assassino, Ham-marskjoeld".

O protesto do povo norte-ame-ricano, registrado também em ci-c *des como Chicago, Detroit e Fi-j idélfia teve o mesmo significadoí js protestos realizados em Roma,Taris, Londres e outras capitais< i chamado mundo "ocidental e( ístão",-cujos governos, desde oinicio, prestigiram a ação dos co-knialistas belgas e estimularam aajão traiçoeira do secretário-geraldás r?:*?ji Uni: as.

Nc.icJ piV .:, estudantes e tra-balhadores at u..~m a embaixadaCa. Bélgica, realizaram passeatas ecomícios de protesto, demonstra-ram publicamente sua repulsa àpolitica d 3 apoio aos que aindaoprimem os povos africanos.

Solidariedade totalNa maioria dos países airica-

nos e asiáticoo, assim como nospaises socialistas e neutralistas, asmanifestações populares tiveramg :ande repercussão e foram acom-panhadas por declarações e atoscos governos dos respectivos pai-ses condenando os autores do cri-me, a cumplicidade dos colonialis-tas e a participação direta do sr.Dag Hammarskjoeld nos aconteci-mentos que culminaram com o sa-orifício de Patrice Lumumba e seuscompanheiros.

No Cairo, milhares de pessoasinvadiram e destruiram as insta-Lições da embaixada belga, aomesmo tempo em que o chefe dogoverno Gamai Abdol Nasser de-catava luto oficial e a paralisa-ção do serviço em todo o país du-rante uma hora cm sinal de pesarpela morte do líder do povo con-goles. A embaixada dos EUA e umescritório cia UNESCO não escapa-ram à ação da massa revoltada.Em Ghana, falando ao povo peloJddio, o primeiro-ministro N'.ui:-mah acusou a ONU como cúmpJi-ce do bárbaro crime, o nrsmoocorrendo no Mali, onde o pre-í-ciente Modibo Keita r:-u ou o <ro-vèrno belga e a ONU. Nesses doisuaíses realizaram-se m-mifesláçõ^s] o-oulares de protesto, visandoj -inciorimenie as lcç?"ões norte--°merlcaníis c rsnTÍ'-'"'"'"" cia ONU.No Mf.vrocos, na Guiné, na Libé-ria e na Ãfnca do Sul o pu o saiu:'- ruas para r-"""«mir sua indiana-c-'..-i rnntra os responsáveis pela

morte do chefe do governo con*goles.

Da mesma forma que naÁfrica, numerosas mani (estaçõesse registraram nos países aslàtl*cos, principalmente na índia e naIndonésia, onde multidões enfure*cldas Invadiram e destruiram aisedes das embaixadas dos Esta*dos Unidos e da Bélgica. Em Dja*caria, aos gritos de "Fora do Con*go", milhares de pessoas ataca*ram a residência do embaixadordos Estados Unidos, destruiram osmóveis e fizeram uma enorme fo*gucira. O chanceler Indonésio, Su*bandrlo, declarou: "O governo In*donéslo está comovido c assom-brado por ver que tal fato podeacontecer no século XX". O prl*meiro-mlnistro Nehru, da índia,condenou violentamente o assas*sínio de Patrice Lumumba, respon-sabilizando a ação da ONU peloagravamento da crise congolcsa.

Na América, diversas capitaisforam palcos dc manifestações an-ticoloiiialistas c dc protesto con-tra a morte de Patrice Lumumba.Em Cuba, o governo revoluciona-rio decretou luto oficial de 3 dias;no México, o chanceler ManuelTello protestou com indignaçãocontra o assassínio; em BuenosAires e Caracas estudantes e tra-balhadores realizaram manifesta*ções diante da embaixada da Bél-pica e desfilaram pelas ruas em-punhando cartazes em que con-denavam o secretário da ONU, oimperialismo e o colonialismo co-mo responsáveis pela chacina deLumumba e seus companheiros.£ de se notar que nessas duas cl-dades a policia investiu .violenta-,mente contra os manifestantes,realizando prisões e espancando, eque os governos da Venezuela e daArgentina silenciaram diante datragédia ocorrida no Congo"Lumumba, Lumumba"

Mais de 6 mil pessoas, dura»i-te 5 horas, assediaram a sede daembaixada da Bélgica em Moscou.À frente dos manifestantes en-contravam-se centenas de jovensafricanos e de outros países queestudam na Universidade da Ami-zade dos Povos. A manifestaçãomoscovita, asdm como numerosasoutras realizadas em diversas ci-dades da União Soviética revela-ram o sentido essencial do protestooficial da URSS: "Os soviéticosassoclam-se ao povo congolês e aospovos sedentos de liberdade de todoo mundo, para inclinar-se ante oscorajosos filhos do povo congolês,que defenderam com firmeza e ln-flexível energia a liberdade e a in-dependência de sua pátria". .

"Lumumba, Lumumba" — gri-tavam os manifestantes em Mos-cou, em Varsóvia, em Praga, emBucareste, Sofia, Budapeste e T-rana.

Em Pequim e Changai. na NovaChina, centenas de milhares depessoas concentraram-se nas pra-ças para protestar contra o crimehediondo. O governo chinês, emdeclaragão oficial, acusa a ONU ereafirma todo o seu apoio ao povocongolês em sua luta p2la inde-pendência e unidade nacionais.

Condenrcío unânimeAs manlíesiaçõas realizadas em

todo o inundo, às quais se junta-ram os protestos da Federação Sin-dical Mundial, cia Federação Mun-dial da Juventude Democrática <ide outras organizações internado-nais, revelam o sentimento quedomina os povos de repúdio ao co-lonialifmo e dele.sa dos milhões deafricanos que lutam corajosamen-te psla libertação de suas pátriasda opressão e da escravização. Osassassinos e seus sócios estão sós,repudiados pelos trabalhadores detoc'os o", países, inclusive daquelesque ainda governam. O estudantee o operário de Bruxelas se mani-f cs taram, os negros do Har!°m fo-ram à sede da ONU dizer de quelado estão e, em Washington, jo-vens africanos que estudam nasuniversidades americanas foramh* ruas protestar e mostar que es-tão muito enganados anueles quepensam ter comprado suas cons-ciências.

go, mui premiar a hm governo tt4)uili« imlitiir PHMlârto .»««- <|0fa Fúrça Pública t-ungulrsw r-.iist-iir cm rondiçõe* dr cumprir 1111»mikhâo". A partir dtHnc niunicntuae acentuou a crise na mali jovemnaçào Independente africana e co*meçau o vergonhoso processa drtraição contra u povo congolês, queculminou rom o a**a»inlo dcl.timiinili,» c ücuk companheiro*.MTnlti e Oklto. Autores de crlmrforam m coloiiInllNlnst belga*. In*gléses e imrtf-anirrit .timv pura mquais a presença e n politlcnde Lumumba representavam umobstáculo nos seus desígnio* deperpetuar o controle que mantêmsobre as riquezas minerais dopais. Cúmplice ativo foi o secreta*rio geral da ONl', que, desrespel*tando as decisões do Conselho deSegurança, utilliou as forças deque dispunha não para manter aautoridade do governo legal con*goles, mas para minar a sua au*toridade ao ponto de provocar adissolução da administração cen*trai, do Parlamento livrementeeleito e do Exercito, que acalmopor levar o pais ao caos.

A verdade sôbre o CongiCinco dias depois dc proclama-

da a Independência do Congo,eclodiu um motim entre soldadosda guarnlçâo de Leopoldiville,provocado por oficiais belgas, queainda mantinham postos de co-mando, transformado imediata-mento em vasta ação contra Fa-trice Lumumba e as in.stituii.órsdo governo. Procurando criar ar-tificialmente uma situação quejustificasse a Intervenção externa.

..- elemi ,,(.„, „ »òid„ doa colônia*liüiii. -.riiH.ir.iiii a pânico entre oseuropeu» m% principal* cidades dopai», dando o pretexto para o go*vêrno MgH trantporlar grande*contlngrnte* militares* para a ex-colônia, l.i .1 o primeiro pas«o pararecuperar umn situação que pa*rccla perdida. De fato, o* colo*iu.iliii.is. que inicialmente deposl*taram esperança* em que l.umum-ha «cria um governante semi ao*seu* Interessei (veja-se que tira*ram-iii» da prisão para que éle par*tlclpasse du reunião de Bruxela*.em janeiro de 1960, que decidiu osdestinos do Congo, onde apoiaram.1 indicação do *eu nome para che*fe do governo c a politica dc uni*dade nacional que éle defendia emcontraposição a Kasavubu), logose convenceram, pela intranslgén*cia que êle revelou na defesa dasoberania nacional, de que o do*minio incontrastado que manti*ririam e u politica de espoliaçãoda* riquezas minerais do territó-rio congolês que executavam, es*tavam ameaçado*. Estabeleceramentão o clima de provocação, le*varam á prática a intervenção mi*litar e. logo em seguida, serviram-se do lacaio Moisés Chombê paramanter sob inteiro domínio a pro*vincia de Cntanga, a mais rica dopais e uma das maiores reservasmundiais cm minerais estratégicos.

A intervenção da ONUEstabelecido o caos no pais,

com as tropas belgas praticandoviolências inomináveis, não restouao goveruc-enda jovem Repúblicaoutro caminho que apelar para aONU. Assim foi feito. Nos primei*

roa dias da segunda metade de Ju*lho, o* capacete* aiuW det*mb4r-cavam em Ltapoldiville. Fnlrelan-lo, as trona» da* Nações» Unidasao invé* dr amparar a* autorida-de* legitimamente constituída*,passaram a faser a politica do*opositores de Lumumba. maisexatamente de deíe** do* Inter**-tie* monopolista*. Orientado porHammarskjoeld, • comando daONU no Congo nio aplicou a de*cisão do Conselho de Segurança deprovidenciar a retirada dos mili-tarea belga* do pais e, conseqtien*temente, a outra de Impedir a In*gerencia de qualquer pai* no* ru*Minto* Internos do Congo; per mitiu que eles constitui»»™» e co*mandassem o ciérclto*fantoche dtCatanga, c mais, fechou 00 olho*para a remessa constante de ma*terlals e armamentos para talexército. Foi tio escandalosa aproteção a Chombê, titere conhe-cido dos grandes trun.es mineiro*qus operam em Catanga, que ocomando da ONU, ao mesmo tem*po que procurava desarmar oexército legal do Congo, se sujei*tava i* imposições catanguesas noque se refere ao envio do* capa-cetes aiuis para Elixabethville (ca-pitai de Catanga) c se comprome-tia a "defender" o território ca-tiinguès contra o ataque das tro-pas legais do governo congolês. As*sim, o comando da ONU, ao invésde procurar garantir ao governolegal o direito de acabar com arebelião, reunlficar e pacificar opais, fatia exatamente o contra-rio.

Enquanto isso ocorria em re-lação a Catanga, na capital Leo-

DINHEIRO DE WALL STREET ACENDEU A FOGUEIRA NO CONGO

Colonialismo Sem Máscara: Urânio de Catangano Centro do Drama Congolês

«Os Estados Unidos terão dc com-prar no exterior, cm 1975, 80'^ dcseu manganês, 7Qf,i> do seu chumbo,75?; do Seu cobre, 40yó do'seu fer-10...» — essas afirmações estãocontidas num relatório elaboradoem 1955 pelo economista Palcy, en-dereçado ao governo neríe-america-no. Por outro lado, sabe-se que osubsolo africano fornece atualmen-lo a totalidade dos diamantes uti-lizados no mundo, a metade do an-timônio, a terça parte do cobre odo cromo, 40r'r do manganês, 15rAdo chumbo e do estanho, 10 fo dourânio e 65% do ouro e do coballo.Associando-se esses números e ci-tando nomes como «Rhodesian Se-lection Trust», «Anglo American»e «Union Miniére de 1'Haut Katan-ga», pode-se encontrar o principalmotivo que levou o governo dos Es-tadrs Unidos, antes com Eisen-rtower e agora com mister Kenne-dy, a aplaudir a ação traiçoeira dosr. Dag Hammarskjoeld no Congo,a justificar assim o bárbaro assn.s-sín!o de Patrice Lumumba e a par-ticipar, juntamente com outros pai-ses da OTAN, através da Bélgica,da vergonhosa intervenção nos as-suntos internos do Congo.

Catanga é o centro

A relação entre o drama cio po-vo congolês c os números acimacitados, tem um nome: Catanga,província do pais cujo subsolo for-nece 53% rio cobalto, 9rf do cobree do estanho e 5rí do urânio e dozinco consumidos no mundo intei-ro.

O que mais preocupava os mo-nonólios que controlavam a regiãomineira do Conrro. quando das ne-gociações quo levaram à indepen-dC"ic'a do país, oram os perigosque disso poderiam advir para asituarão privilegiada quo detinham,Aceitando verbalmente o acordofirmado om Bruxelas entre o go-vêrno belga e os lideres nacionaisconrrolêsos para o futuro da jovemnação, não deixaram, entretanto,do adotar as «medidas do nrecau-ção» necessárias para imoedir qual-nuer 'violação dos seus direitos omCatanga».

Os grandes trust es, através deseu testa-de-eferro Chombê, prepa-raram o terreno nos meses que an-tecederam à independência c, diasapós a sua proclamação, deram ogolpe separatista, Formou-se o go-vêrno ilegal de Catanga, apoiadomilitar o financeiramente pelas po-tências interessadas nos recursosminerais da região, governo quo lo-go nos primeiros dias mostrou a sua*fôrça» ao tratar em pé de igual-dade com os representantes da ONU,fazendo c-":,T"nc:"K as mais d^^a-bidas que, incrivelmente, foramaceitas.

As razoe»O golpe foi preparado pelos ho-

mens da * Union Miniére» e por seusassociados anglo-americanos dosgrupos ^Rhodesian» e «Anglo-Ame-rlcan». A primeira, empresa belgaorganizada em 1906, sempre teveo Congo e, principalmente, Catan-ga, sob seu inteiro domínio. Êsse iaa tal ponto que élcs se deram aoluxo de permitir a participação dosgovernos da colônia como acionis-tas da empresa. Essa participaçãoficou assegurada, com o acordo sô-bre a independência, à administra-ção da jovem República, que fica-ria de posse de 22,5 % das açõesda companhia. Tal fato, entretan-to, levou o pânico aos colonialistaso contribuiu om grande medida paraa execução do golpe.

Para se ter uma idéia do querepresenta o Congo para os colônia-listas, é bastante ver-se a posiçãoda «Union Miniére» na região. Ogigantesco consórcio internacional,a mais poderosa das cinco socie-dados que dominam a economia con-golesa, auferiu, em 1959, lucros daordem de 3 bilhões e 60 milhões defrancos, distribuindo aos acionistasdividendos acima de 34%, corres-pondentes ao triplo dos normalmen-le distribuídos na Europa Ociden-tal.

Com suas minas dc cobre, cobal-lo e urânio, constitui um Estadodentro do Estado. Em 1959 eladetinha em suas mãos Srí da pro-durão mundial do minério de cobre

60$ da produção total de co-balto no mundo capitalista. No quese refere à produção de urânio, a«Union Miniére» ocupa uma posiçãodestacada, muito embora as cifrasnão snjam divulgadas, sabe-se ouea participação do Coneo na produ-cão de urânio no mundo capitalistavaria entre 25 e 30 %. Além domais, a companhia possui mais deum milhão e mio de hectares detorra e tem participação na indús-

ria do transformação e nas emprê-sas de transporte e comunicaeõT.0nd"e entra o urânio

A '-Union Miniére» era uma so-ciedade belgo-britânica. De 1950para cá, entretanto, os capitais nor-te-americanos começaram a parti-ciliar da empresa. Primeiro comRockfeller, que adquiriu 600 milações da «Tanganika ConcessionaLtda.» (o grande consórcio inglêsparticipava do controle da «Union»),depois através do grupo «Anglo-- Vmerican», presidido por Harry(ipponheimer.

Além do mais, os interesses nor-te-americanos no Congo cresceramao ponto de so tornarem predomi-nantes, em virtude dos acordos fir-mados com os governos da Bélgicae da Inglaterra sôbre a concessãodo urânio extraído das minas ca-

tanguesaB. Em 1956 c 1957, porexemplo, 90% da produção do mi-nério estratégico foi adquirido pe-Ia «Comblned Developmínt Agen-cy», dos EUA, que obteve tambémo privilégio dc adquirir pêlo menos75% da produção anual até 1960e nos anos subseqüentes.

As grandes jazidas dc cobre tam-bém despertaram os apetites agres-sivos dos colonialistas em relaçãoao Cong-j. As minas de Catangafornecem um minério contendo de 3a T,t do cobre, ao passo que as ja-zidas norte-americanas apenas 0,9%e as chilenas ]$rx. Por outro lado,enquanto o preço do cobre no mer-cado mundial varia de 175 a 420libras a tonelada, o custo do mine-rio cm Catanga oscila entre 85 e 135libras. Tai situação permite aosgrandes consórcios que operam naregião a obtenção de lucros vnriá-veis entre 100 e 200% no m: '">mundial, nunca menos.

Os interesses do CongoA situação excepcional que era

proporcionada pelo governo colo-nial belga aos monopólios, tendiaa ser abolida. Patrice Lumumba re-velou, logo nos primeiros dias doseu governo, a intenção de utilizarao máximo os recursos minerais dopais para conseguir os meios paraconstruir a nação e dar uma vidadecente ao seu povo. Não titubeoucm declarar que a República doCongo considerava nulos todos osacordos firmados pela antiga admi-nistração colonial com os grandestrustes, assim como anunciava quesomente ao governo legal compe-tia assinar convênios e contratos.

A sua disposição em exigir a par-ticipação do Congo nas empresas deexnloração que tinham sede em Ca-tanga, a exigência do pagamento dctaxas mais altas pelos grandes con-sóreios internacionais que explora-vam os recursos minerais do pais,levaram definitivamente à movi-mentação dos grupos colonialistas,à preoaração e execução do golpesepartista em Catanga e à crise queprovocou o colapso das instituiçõeso a divisão do país.

Não foi por acaso que o'DailyMali de Londres, ao comentar a re-volta de Catanga, afirmava: «Sócom o apoio dou grandes trustes foique Chombê pôde levantar sua vozcontra a ONU e até nmcaçá-la. E'evidente que Chombê é um instru-mento nas mãos dos grandes indtis-triais, que o utilizam em seu últimoe desesperado esforço para so apo-derar das riquezas do Congo».

Eis poroue, finalmente, Hammar-skioeld pôde agir impunemente,utilizando as tropas da ONT nãopara cumprir as determinações doorganismo, mas para servir aos in-terêsses do imperialismo, dos co-lonialistas belgas e ingleses o donovo colonialismo norte-americano.

poldvttle a «ituação era diferente.• »•> grupo* que atuavam sob anrtrnlação úm . olunlnlUiat, cu|mirptrirlH.tiilr-. tlt.it-. .ithm riul^upoldvillc eram o* embaixada*rr« dos K«tado* Unido», da Ingla*terra e da França, tramavam ailrrritluii.i du giivrmo legal r adi««otução do 1'arlumrnto. O co*mando da ONU, t-ujat. impas lá mencontravam para prestigiar o go*vérna legal, romo o recomendarao Conselho de Segurança, faiiarxatamriitr o ronlririo: eatlmula*va a crise, adulando medidas émrestrição á ação d« Patrice I.m-mumba, ordenava a interdição doaaeroporto* r iiniiriiiu lis goveman*tea de utlliiar a rádio oficial parainformar o povo Míbre a situaçãono pais. A Ingerência do comandoda ONU ae fés de tal maneira pa*lento, que o Farlamento rongolrae o primeiro-ministro Patrice Lu*mumba pediram uo *<-< rrlárin-ge*ral do organismo que ordenasse aimediata retirada dtis tropas quepertenccftftcm a paixes da «TAN doCongo e a sua substituição porcontingentes africanos, a imediatadesinterdiçào du ealaçâo de radionucioniil v o ubuiidnnn, por parteil.i ONT, du i-iiiilruli dos nrropor*tos congoleses. Cinicamente nomesmo diu, o srcrrlurio-grral se di*rigia ao Conselho de Segurança,ununciundo que seguiriu com aaplicação das medidas jú adotadase advertia que seria tratado comointervencionista, qualquer contin*gente da ONU que auxiliasse aação de Lumumba. Logo depois,ilegalmente e contra o voto do Par*lamento, o presidente Kasavubudestituiu Lumumba e formava umnovo governo dc inspiração colo-nialista, que foi imediatamente re-conhecido prio sccrrtúrio-geral daONU.

0 dramaEntretanto, como u situação

não se modificou radiculmenltcom a íormaçã- do governo unti-Lumumba, patrocinado por Kasu-viibu c presidido por Joscph lico;como o Parlamento e a maioriadas tropas se mantinham fiel aogoverno legal, preparou-se umnovo golpe, desta vez comandadopor um coronel conhecido por suasligações com os belgas: Mobutu,que dissolveu os dois ministérios,o Parlamento c formou um comis-sariado. Não c preciso dizer que oo sr. Hammarskjoeld logo passoua negociar com o novo "homemforte" do Congo e a tramar comêle, de acordo com os interesses doscolonialistas, a liquidação total deLumumba.

O agora cx-primeiro-ministro,depois de passar algum tempo sobcustódia das tropas da ONU, foiaprisionado pelos asseclas dc Mo-butu e Kasavubu que, em dezem-bro, sob a alegação dc falta de ga-ranlins e sob as vistas compiacen-tes e com a cumplicidade crimi-.íosa do comando da ONU, envia-rum-iio para Catanga, onde ter-minou seus dias brutalmente as-sassinado.

Fracasso do planoCom o "afastamento de Lu-

mumba da arena", esperavam oscolonialistas, assim como o sr.Hammarskjoeld, que. a situação noCongo se resolvesse ràpidamen-te e de acordo com os seus inte-rc.ssc.s. O panorama (pie se apre*senta, entretanto, é completaincn-te diverso. Com o estabelecinten-to do governo GizenUn, nu f.ovín-cia Oriental, único Icgul, pois con-ta com o apoio dn maioria do Pm-lamento e dos ministros que com-punham o antigo gnblnctc Lu-mumba, que controla mais dc umtorço do pais e conta com a sim-patia da esmagadora maioria dapopulação congolcsa. a situaçãose tornou mais dificil para os co-lonialistas. Estes terão dificulda-des em dominar os territórios li-vres do Congo pela força e, alémdisso, o reconhecimento desse go-vêrno pela União Soviética, ospaíses socialistas c numerosospaises africanos impedirá o comnn-do da ONU e o sr Ifammurskjócld,cuja autoridade como secretário-geral dn ONU não é mais reconhe-cida pela URSS e outros países dc-pois do assassínio de Lumumba,de utilizar os contingentes do or-ganismo internacional em missõesa serviço dos colonialistas «

A morte de Patrice Lumumba,diferentemente do que esperavamos seus autores, provocará maisrapidamente a derrocada do colo-iiialisiiio no Congo, a reintegraçãodo pais na comunidade dos paíseslivres do inundo c o desapareci-mento definitivo dos trustes usur-padores e cspoliadores das imen*sas riuuczas da reirião.

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SÜCIUSIVOI Cientista lOiltHko eicrovc para NOVOS RUMÜSt,* m f r(M

de Venus SerãoRevelados ao Homem

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síkt

N. URIBáCNOV

Oiteler do Obtervoletio Aitionòmi-o do Univenieodi ettotol de Kórtte*.do Auxirm.il de Cüntiot do Itpubliio Seiioliito Soviética do Uno».o

Todo o mundo letobeu com entutiat*mo o noticia de oue o União Soviéticaenviou orno ettocõo imoiploneioiia ou*lomotíco a Venut. o planeta moit pio*»imo do Teno e que molt lenoimeniete envolve em miueiio.

Em 1961 a tiiuacào dt Vtnut eitoem melhotet condições paio ot obtet»vadoiet. Em meodot de obiíl, op»o*«*-". ;t o do Terra, chegando a umadittància de cerca de 42 milhõet dequllòmtirot. Oeide jã brilha Intento»mente, moit do que qualquer estrelo.Moi nette momento em que Venut ie co-loco o uma ditióneia moit próximo doTtrra terá cobeno por iuo tombra, fi*condo openot uma melado iluminadaptlo Sol.

De modo geial, Venut aparece < »como eiiréta matutino, oro como et*trélo vtiperiina. muiio brilhonle e fo-cilmente obtervávtl. At vèzet, quandoo atmosfera esla límpido ela pod terobservada a olho nu mesmo de dio,sob o Sol brilhante.

Oculta pelas nuvensVenus te movimento numa o.biio

dtnlro do órbita terrestre. Mas, quan-do gira entre o Sol e a Terra, isio c,como dizem os astrônomos, quando severifica sua «união mais intima com oSol-, ela se aproxima da Terra atémesmo menos de 40 milhões de quito-metros. Mas. então elo invariàvelmen-le volta para nos a face escura, nãoiluminada, como a lua durante o luanovo. A distância média enlre Venuse o Sol é de 108 milhões de quüóme-Iros. A sua órbita aproxima-se de umcírculo. O tempo de rolacâo de Venusem lôrno do Sol é de 225 dias lerres-Ires e o seu diâmetro é de cerca de12,5 mil quilômetros. A massa de Ve-nus representa 0,818 dc massa lerres-Ire e a sua densidade é de 0,843 dadensidade da terra.

Assim. Venus é quase do mesmo la-manho que a Terra. Quando se achamoit afastada em relação ao Sol, é omoit brilhante de Iodas as estréias tplanetas. Nessa situação, seu resplen-dor ultrapassa a da mais brilhante es-trila, Síriut, em quase treze vêzti.

Observando-se Venus pelo telescó-.pio, tâda a sua superfície visível pare-

ce upiforme. Só, de quando em vez,•m algumas portes pode-se notar es-maecidas manchas, menos ou mais ilu-minadas. Essa formação nebulosa éque nos impede, infelizmente, de vera superfície do próprio planeta.

Bm 1927 o astrônomo americano F.I. Ross fotografou Venus com a ajudade grandes telescópios e descobriu que

to noi fotot que lecebetom loíot ul*• . oo» lotam notadot vóitat man*chot lumlnotat e escutai. Ot pontot lu*

o.ot em Venut, tegundo lott, tóonuvint temelhantet oo» noitot einot, eat tombioi tôo biechat nat nuvent,

avti dai quoit te vêem ot comadotmolt baitat da otmoifeia. Ettot cama*dei lém uma cór paidocenio, decor>rente de uma nuvem dt poti>a que ne*tot flutuo, ftott tugeiiu que not cor*noi de Venut enconliam*te oi teut po-lot. At manchai que conttiluem bre*chat nat nuvent dltlrlbutm-ti p»o*.motoo equador do ploneio, Ettot man*chot tão muilo initàveit, tronifoimont'tt rãpidomtnte, tuigem e de novo de-«aparecem.

No período de 1950*1954 ettabele*ceu*te que ot nuvent qut tnvotvtm Vt-nut lem o otpecio de roiot e te pon-ctm com at qu> obttrvaríomot na Ter-ra it not of**ilòtttmot diilo a umodistância tuficitniemmit grandt.

0 dia e a noite o que são?Venut, com excecóo do Pluiõo, é o

único plonêio do tisiemo lolor, cujotempo de rotoçõo em lórno do eixo,em outros polovroí —- o duração deteus dias e noilet — não not é com-pletomenie conhecido. A teu retpeiioso podemos fozer conjeluros mais oumenos dignat de crédito. Já em 1903-1911 o acadêmico A. A. Bellopoltki emPulkovo lentou, com base em obterva-çoes espetroscópicas de Venus, deter-minar o lempo de sua rotação em lôr-no do eixo. A seu ver, o lempo de ro-laçào é de 34,5 horas. Mas essa suaobservação nâo pode ser consideradacienlificomenle demonstrado.

O célebre astrônomo americano, P.lowell e outros observadores tambémnão puderam conseguir nenhum resul-tado digno de crédito. V. Píckerjng(EUA) supõe que o período de rota-cão de Vênut em torno do eixo é iguala 68 horas. V. Stevtnton (EUA) supõeque é igual 4 8 vêzet 24 horas (dia enoite). I

A. Dulfus (Franca) e vários outrosobservadores chegaram à conclusão dtque o dia e a noite em Venut têm du-ração idêntica e constituem 225 dias enoites terrestres. Se sua afirmação cor-respondesse á realidade, então as con-dições fisicas em Venus seriam muitopeculiares, muilo diferentes das .lerres*Irei. um hemisfério do planeta estariaeternamente mergulhado na escuridão,enquanto o outro se esquentaria seminterrupção e seria iluminado pelo Sol.Isso provocaria grande diferença de

iimperatuta - • * oi hemiifétioi ílu<minado e não iluminado.

Cm 1956, 0, Ktout, no Univeiiidodade do Ohio IEUAI, detcobflu o twgimento em Venut de ÍHadlac6et na«'-:<> de 11 metrot com o período o*I) diat e noltet, Coniiderando o to<o*cão do Teno em tòino do eixo, cot*culou que o peiiodo de lotocão de Vt-nui deve equivolei*ie o 22 horot e 17minutot. No entorno, obitrvoçòit pos-iiiioiat não confiimaiom o exitlinrjode estploiãet.

Ultimamente o otirãnomo om-.ne R. S. Richaidion, no Observatório deMonte Wllton pot mtio di obtervocõeietpectralt, tom grande grou de probo*bilidode, demomlrou que te o rotaçãodt Venut fone orlenloda do ocidentepara o oriente o período de tua rota*cão deverio ttr di molt de tele diot enoilet terreilrei, e tt fôiie do orítnteporo o ocidinit, tirio algo moit dt 3.5díot e noilet.

0 planeta é muito quenteI. Sinlon (EUA) realizou medicóet

ladioméiricot da lemperaiura à alturada camada dt nuvent dt Vtnut Imota altura detta camada a partir do tu-perficie do planélo não not é eiato-mtnlt conhteido), qut rtvtlaram mt*not 39 grout Celtíut.

Ouol é, porém, a tempera.uro natuperficie de Venut?

Até agora contiderou-te que e decéica de moit de 60 o moit de 80graut. At obtervaçõet pelo rádio de-ram retuliadot extremamente inespera-dos. Ot tóbiot soviéticos A. D. Kuzmint A. E. Salomonovitch realizoram-naspor meio de um poderoso radioteles-copio do Insliluto de Fisica da Acade-mia de Ciências da URSS. 17 dias apósa união de Venus com o Sol, quandolinha o osptclo de uma foice estreita,a lemperaiura da superfície do plane-ia, segundo essai observações, era demais de 170 graus. Determinou-se Iam-bém que nas regiões de Vênut, onde oSol está no zênile, a temperatura se "

eleva de mais de 200 a mais dt 300graus. A noile, evidentemente, chega azero.

Como explicar, porém, divergênciqttão considerável nat grandezat daitemperaturat, determinadas por meio determo-elementos e radiotelescópiot? Aoque parece, tratar-se aqui de que asmedições térmicas (de radiação) res-gislram a temperatura das camadas su-periores e mais frias da atmosfera, eas radioastronõmicas, a superfície doplaneta. Se observações posterioresconfirmarem esses resultados, leremosque admitir qut em Venus a temperatu-ra é extremamente quente e que as ba-cias de água em sua superfície, se ashá, devem na pressão comum da at-

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Panorama

visto do alto

Nas instalações dos foguetes cósmicos figuram aparelhos especiais para foto-Krafar a Terra, as nuvens e a situação do foguete no espaço. t\ta é umafotografia da Terra feita por meio de tais aparelhos, de uma altura de 120»,

quilômetros. Os cientistas começam a penetrar nos segredos do cosmos, enão está longe o dia em que o homem scra enviado ao espaço interplanetário

motfeio do Teno evopo<o'*ii fnvmdo.$• tal nòo oconticir, iito dive com*piovoi o contldirõvel preitóo da oimot.feio de Vinui.

Ai eitaçôei do anoUm pioblemo etnooidinàiiominli

téilo é o da Inclinação do oito di >»tacão dt Vtnut tóbit tua óibito- umovit que ot ettocóet do ano no plane*to leiullam do efeito deito inclinação.Se o elno de lotação do planeta fãrperpendicular oo plano de iuo òibiia,

*••'» coto nõo haveió etlocãii do anono plantio. Etittitão opinai xonoi di*mòtlcat, im cada uma doi quan o lim-po teia tempie Imutável. Uma vei qutno tuptrfidi de Venut não te ovitiartdualhtt acintuodot ptrmoninttt, èmuilo difícil delerminor a inclinação dtttu tixo. Por êsse motivo, ali agoronão ha obtoluta ctrltia quomo ogrondtia dttio inclinação. Há apinotconcluiãti moit ou menot ctrtara itttrttptilo.

Aitim, por exemplo, C. Coiper(EUA), o bate do etludo do polo nodisco dt Vtnut. chegou ò conclutôo dtque ot comadot atmotféricai com tuotformacòti nebulotat dittribuim*it pa-ralelamtntc oo equador do plonito.Partindo dttta conclutôo, ilt verificouque a inclinação do plono do equadorde Venut em relação ao plano de tuaorbita é de 32 graut. O astrônomo to-viélico V. I. Ezerrtkii, do Obtervatório deKárkov, ao proceder à comparação daditlribuiçõo da luminosidade dot polotsóbre o disco dt Vénut nela encontroudiferenços sistemáticas. Chegou a con-ciusão dt qut eles estão ligados pormodificações de acordo com at etla-çõet em Venut. Mat essas diferenças,segundo parece, tó podem ter txplica*dot cato ocorra que a inclinação doplano de tua órbita é de 32 graui. Emretumo, chegou à mesma conclusão deCoiper. lembremo* que a inclinação doplano do equador da Terra é de 23graut e 27 minutot. Ooi admitir-te quest ot conclusões a que chegaram Coi-per e Ezerskii correspondem à realída-dt, então devem exittir ettaçõet do anoem Venut.

É possível que haja oceanoJó diiiemot ontet que a tuperficie

dt Venut ettá permanentemente ocultaà notsa observação por uma espessacamada de nuvent e apenas podemosfazer suposições a seu respeito. A basede uma sésie.de verificações efetuadassobretudo no Observatório astronômicoda Universidade de Kárkov, pode-sechegar à conclusão de que a tuperficiede Vênus é relativamente sombria e quereflete cerca de 25 por cento da luz quesobre ela incide, uma vez que as nu-vem que pairam na tua atmosfera re-pelem moit de 50*/..

No processo da elaboração da fo-tometria de Venus, o autor destas li-nhas se convenceu de que Venus re-flete a luz que se difunde sobre suasuperfície devido a algumas proprie-dadet tsptlhares naturais.

Semelhante resultado foi obtido me-diante o estudo da polarização da luzrefletida por Venus. E' perfeitamentenatural supor que a superfície de Vênuspossui determinadas propriedades es-pelhantes, características, por exemplo,do oceano. E de supor-se também queuma parte do efeito do espelhismo sejaproduzido pelos cristais glaciais nasnuvens de Venus. Ê possível que aquiatuem ambas as causas.

O autor deste artigo, ainda em1949, à base de observações fotomé-tricas, chegou ò suposição de que na-quele planeta pode existir uma enormesuperfície aquática — um oceano. Estamesma idéia, na base de outras hipó-teses,.foi aventada em 1955 pelos as-tronemos norte-americanos Menzel eWeeple.

A atmosfera e sua composiçãoAs observações demonstram que a

atmosfera de Venus deve possuir consi-d.erável densidade. A existência em Vê-nus de uma atmosfera densa foi des-coberta ainda de 1761 pelo eminentecientista russo, Lomonóssov. Ao ob-servar a passagem de Venus pelo discodo Sol, êle verificou que com o apare-cimento do planeta no disco solar aborda deste último não era clara, «en-quanto antes era limpa e toda igual--.Quando Vênus se aproximou da outraextremidade do disco solar, também severificou «uma zona solar obscura» eo disco luminoso em torno do disco obs-curo de Vênus já se avizinhava do dis-co do Sol. Desta observação, Lomonós--sov chegou à conclusão de que Venusestá «envolvido por uma notável at-mosfera, semelhante (apenas que nãotão grande) à que envolve nosso globoterrestre».

Ao observar-se a foice de Venuspode-se verificar que sua extremidadeprolonga-se além da metade da cir-cunferência, enquanto os cornos su-mamenle delgados ultrapassam até

metmo o tiiculo inteire qui envolve odiico tombiio do plantio. Ètte pioton-gamento doi cornot da foice t do dit*<o e«plicom*ie pelo dlluiõo do lui natcomadot tupeiloiet do aimoifita deVenut.

O etptdro di Venut tem tido et>tudodo por muitot aitiãnomoi. Suotobltivaçãtt . dtmonttiofam qui oquantidadt di hidroçtineo em tuo at*moifera, tábie a tupeificle de nuvent,nòo pode ulltapattar de I'l000 daquontldade de hidrogênio di iodo oalmotfeia do Terro. Não foi revela*do vapor dóguo nena cornado. Notnianto, em I9ã0, elevondo o telit*copio o oliuio de 24 quilòmetiot,Sirong (EUA) comegulu dncobrit va*por dt òguo na atmotftro di Vtnut.

O ettudo de Venut com a ajuda defillrot luminoioi motlro que tua ai*moifeia deve compor*ie dt duoi ca*modat. A cômoda tuptríor t delgodot ditptrto, itndo contidtràvtlmenitmaior a profundidade da camada in*ferior. Etia camada deve ler umo côromarelada. Em 1932, V. S. Adamt eT. Oanhem (EUA), no Obtervoloriodt Monte Wilton, dticobriram veXot**campos dt gòt carbônico. E qut tã-bre at nuvent de Venut enconlro*iegrande quantidade de gát corbònico,corretpondtndo o cômoda dttte gata uma etpettura de 400 a 3.200 me*irot de pititào olmotférica lerrttlre.Pode-se lupor que tob a cornado denuvent de Venut exitlem hidrogéneoe vapor dágua.

E necessário recordar que o famosoastrônomo francês, B. liot, em tuot ob-tervoçõei polarimélricos, concluiu quta polarização da luz de Venus é mui-to semelhante ã polarização das nu*vens, que tt compõem de pequenat gó*tot dt água. Pode-se supor que o hi-drogêneo, que é o mais paramagnéti*co dos gases, existirá abaixo da cama-da de nuvens de Venus.

E perfeitamente crível que uma par-te do hidrogéneo que pode haver aci-ma das nuvens, sob a ação da calori-ficação intensiva dot raios ultra-violetasdo Sol sofre uma fortíssimo ionização.O cientista soviético Kozlriev, ao estu-dar o espectro da luz cinzenta de Ve-nus, observado freqüentemente pormuitos astrônomos, constatou nela umagrande quantidade de linhas espectraisnão coincidentes, mas nâo encontrouumo linha de hidrogéneo.

Koziriev estabeleceu que a luminosi-dade do céu noturno de Venus é apro-«imadamente 50 vezes mais intensa doque a da Terra. Mas isto não é estro-nhável. Como planeta mais próximo doSol, sobre Venus cai uma quantidademuito maior de partículas lançadas pe-Io Sol. E interessante que o irradia-cão de Venus mostra que em sua at-mosfera se processam intensas descar-gas elétricas do tipo das tempestades,

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aproximadamente mil vezes mais for*tes do que as da Terra.

Vemos que nosso conhecimento deVenus ainda é bastante modesto. Noentanto, agora quando a ciência sovié-tica abriu-nos amplas possibilidadespara o estudo do Cosmos, quando asestações automáticas inler-planetáriosestão em marcha em novos cruzeiroscósmicos, podemos desvendar os mis-térios que nos separam de Venus airmã mais próximo d# no«n T.rrn

NOVOS RUMOS•üo Sab©Amar

ns çolStiSlSráon^ T <.om«nadoreS,

solaçao e a m.ser a. Os seus ouvidos a escutarem lamento, e imffietííAs suas mãos se habituaram a empunhar ehieutes c a roubar^ òs bens dosnao

"bem^rT^V "fa"' "^ a^^o a amar. E comodade deTus 1 ,L í!£ J*,b'*

"'T' 1™ cntcn"e'" ™ anseios de liber-

«ô i.5 jusí'çai de hcni-otar que impele a humanidade, preta ou brancana Alr.ca ou cm qualquer parte do mundo, para um destino novo felizPor isso mataram Lumumba, E pensaram que poderiam fazè-lo impune-mente, c sem testemunhas. Mas havia uma estréia espiando? horroTadadentro da noite. Contam que amanhecia, quando mataram Garci Lorcahomen,"dTSihrÃS ^

d,M, C dC mu,taS "°ites "ataram milhões deHomens, de mulheres, ate dc crianças, mas não consezuiram até holrmatar os sonhos lerdos, por esses mortos, à humanidade Dentr í ne uma«ri JZl^JU^e°luef0,de *ím d.ia- em «»alquer continente, são, sem-pre, os mesmos. Falta-lhes imaginação .Mataram Lumumba, mas se esquecem dc que não podem matar todosos ncjrros. nem os seus anseios dc libertação. E como um símbolo desse,anseios, numa atitude de dramática pure/a. a mulher de Lumumba desTilapelas ruas, com o busto nu. E essa pure/a que merece um poema, ümaescultura, um quadro, os dominadores, os colonialistas, os reacionários oscriminosos D. Henrique IV. os armadores .los navios negreiro ti mensageiros do cr.st.anismo não puderam arrancar do povo negro. nem hicinco séculos, nem agora, quando mataram Lumumba Não conseguiramsujar, com o artifício do biquíni, o seio negro c puro dessa mulher quechora o companheiro assassinado, por si, por seu amor. pelo amor de todasas mulheres africanas, e que dá o testemunho público dc sua revolta edc sua fidelidade aos costumes dc seu povo. Os seios dessa mulher criaramtrês filhos e e como se tivessem criado todos os filhos da África todas ascrianças, ate as nossas daqui, as brasileiras, dc quem as negras'têm sidomães carinhosas: Foi esta a história contada por aquela estréia a estréia'que os criminosos não puderam apagar, eomo não poderão apagar, nuncaa marca de suas violências. '-

Era uma vez um negro chamado Lu-mumba. cuja morte foi uma semente devida multiplicada na luta pela liberdadedos negros c dc muitos brancos que, tam-bem, são escravos.

Ana Montenegro

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, rVtporodo poio lait» fot» ò »•. nifo invotãO ianque • mosliondo, «O«^•' • de dia ? d» ioneiio. o tnojmtpodtiío mílitor qui ja (>»>>- o povocubano comemorou o ttgundo <>¦¦•«••torio d» tua itvo -.-..> Foiam doitonoi dt uma luto dílicíl t dttiguol.mot uma luio viloiioio. O pait ><¦ li-beilou di ioda dominocóo ;rio ndo t o mina qut ttivio paio tmíqutcai lanioi milionários amtiUanoi,ntm not iuoi dt Havona oporectromot dtbochodot morínti paia piotti-tuir mocinhot Ingènuot ou ultrajar omonumento a Maiil. Ot probltmat dtCuba ja náo ••»» ittolvidot no CataBranca ou tm Wall Slitti, mot na pio-pria Itira cubano, ptrltitomtntt idtn-fificadot o ttu Governo t o ttu povo.E, líbtilondoie do dominação ttlron-gtira, libtrtou-tt o poit, ao mtimo ttm-po, da brutalidade dot «ttnhortt dtItrro» t dt lodot ot dtmoit tnirovctQut imptdiom oo povo o acetio ootbtnt maltriait, á cultura t â libtrdade.A tirania dt Balitia tra a dominação• o atraio, o lerror t o obscurantismo— tudo a tcrvico dot teut pairòtt dotEtladot Unidot.

Eit aptnot olgunt dados, ilutlioti-vot do ttlado a que Ioi arratiada Cuboptla tirania pró-imptrialitta: em 1956a produção de ocúcar, batt de lado aeconomia cubano, atingiu o nivel de1927, quando a populocõo do paitero a metade da atual; o detemprégochegava na entretiafra do oçúcor. omait dt 800 mil pessoas, numa popu-loção de. 6 milhões; praticamente ludoquo te consumia em Cubo ero importa-do dot Estadot Unidos, gatlando-se140 milhões de dólares tá na comprade gêneros alimentícios; nenhum direi-to tra rtconhecido aos cidodãos, e an-dar à noite pelas ruas era uma aventu-r.a cheia dos mait gravet riscos. En-quanto isso acontecia, Batista e seusaduladores viviam como nababos, che-gando a fortuna pessoal do tirano acerca dt 100 milhões de dólares.. Tudo isso, t muito móis, foi varridoptla revolução: ot cubanos iniciaram•mm nova vida, a vida que há doisanot constróem com tanta paixão e tão0NVtd« •ntvtiaimo.

Frutos da revoluçãoAlém da conquista da independência

nacional • da liberdade, que represen-ta a «evolução para o povo cubano noplano material? Há duas maneirai deresponder: uma eom ot dadot eitatísii-cot • outra vendo o povo, acompa-finando ot camponetet nat «tiendasdei pueblo» e os operários ou ot jo-vent ou ot donas-de-easa nas ruas, naslojas, not armazéns. Mas só há uma res-posta possiveli o povo vive melhor, por-que vive feliz.

De modo geral, nesses dois anos derevolução o custo de vida sofreu umaredução de 20 a 25%. Inicialmente, ossalários mais baixos • o salário mini-mo foram aumentados, estabilizando-seem seguida todos oi salários, do mes-mo modo que os preços de todos os gê-neros. Mas houve uma enorme redução

dat dttpttoti oi aluguéii foiom tebol-todot tm 50%. ot itmidíot tm 30%t at loilfot dt r-.ciíj.H elétrico t dtgót tm 30%. No campo, piinclpolmtn-tt, tf to itducòo aindo fo! moioi: not«oimottnt do povo», qut tubttiluiiamot «banocõtt* dot loiifundiàilot, todotot gintiot patiaiam o .tr vtndidotcom uma dlftitnca dt ptlo mtnot30%. E itto — o qut t impoitonlit-limo — oo mesmo itmpo tm qut di-minuio diátilcamtnlt o dottmprégo pa-ra ot traboltiodoret ottaloriadot t qutOt pequeno» produlortt dciiovom dtpagar a itnda aot lailfundiàriot t en-conlravom prtcot mtlhoitt t stgurot,pagot ptlo Etiado, paia a tua produ-(ào.

Acaba-se o desempregoO objttivo do Governa Revoluciono-

lio è extinguir lololmenie o detempté-go tm fint dt 1962. -Enião — diiioha pouco Chè Cuevaro — o nossa si-luacão seio o que existo hojt nos poi-tes tociolitias: precisaremos de mougeme para trabalhar*. O rilmo emqut, ntttet doit anot, diminuiu o dt-temprègo — flagelo qut açoitava anoapõt ano os trabalhodortt dt Cubo— autoriza acrtdilar-te na previsão deGuevora. Tolvez com exagero, calcula--te em 200 mil o número atual de de-sempregados. Mas, já em algumos zo-nas agiicolat começa a ter sentida foi-ta de mão-de-obra — ali onde a diver-tificação da produção já chegou o umponto mais alio. E' quase incrível a ra-pidez com que vai sendo absorvida amão-de-obra disponível. Basla o exem-pio do algodão: Cuba não produzia ai-godão, mas já em fins de 1960 esta-vam cultivados cerca de 20 mil hecla-tes, representando novos empregos po-ra 50 mil cubanos; em fins de 1961deverão estar cultivados 40 mil hecta-res, empregondo-se nessa nova lavouracerca de 120 mil pessoas.

Ao lado disso, nas cidades, vai ces-sondo o desemprego graças ao au-mento da produção nas fábricat (Ira-balhando normalmente em trêt turnot)e à construção incessante de novas enovas fábricas. Podem ter lidot diária-mente not jornais de Cuba ot comuni-cados do Ministério do Trabalho desig-nando centenas de novos trabalhadorespara a indústria em crescimento. Esteano, 23 novas fábricas terão inaugura-das, enquanto aproximadamente 100outras fábricas serão instaladas nospróximos anos, graças aot contratos fir-madoi com ot poisei socialistas. Mainão vamot tratar aqui da industrializa-ção. Êtse será um oulro capitulo nestasérie, de reportagem.

Terra para os trabalhadoresToda a terra pertencente às emprê-

sas americanas e aos latifundiáriotcubanos passou para a propriedade dopovo. As grandes fazendas transfor-maram-se em cooperativas ou «granjasdo povo., enquanto os pequenos e mé-dios arrendatários, parceiros e possei-roí ficaram com a terra como proprie-dade individual. Desapareceu por com-

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Sn mi ;V'-bH fll^^ft-xi^lF3Í twBfv ¦'\*W jp mmmmmWUi^Ê«^S^^^^ÊÍ'-'Wm) ¦ '" ' '^"^W§ flfl

^5'Ü&>.. IwKÊmvmmmW - -T-,; •^^fmmkmwkmmiKÊWWÊÊÍÊlÊÊWM

pltto o miitrávtl império do te>ifún-dia — qut fubmttio o pait ò condi-cão dt ttmicolánlo t ot trabalhado-<tt oo dtttmprigo t á fomt. Hojt,¦¦<¦>» dt I 500 cooptrallvot ttiáoorgoniiadat tm Cubo, rtpitttmando50% do produção agricolo do -iaii.E aot ptqutnot t médiot pioduioiestm toltnldodtt qut tt rtptltm diária-mtnlt ao longo dt láda a ilha, já fo-tom tnlitgutt quott 30 mil iilulot dtpropritdodt. A ttno poito, attim, paraot ».(io» dt ttu vtrdadtiro tenhoriaquilt qut a trabalho.

Conttq&tnciot imtdiotat do itformaogrãrio: aumtnio t divtrtificacâo dapioducâo t tltvocáo vtrlical do pa-drõo dt vido dot n oiio» do compo.Em 20 mtttt dt reformo agrária, aprodução do arroz (onlts, tra proibi-do importar do Japão, mos o orroz qutvinha dos Estodos Unidos tra o japo-nít) tallou dt 3 milhoet t 800 quinlaitpara 4 milhõtt e 600 mil quinlait. Aprodução dt ftijão (antet, nâo txitiiapiáticamentt ttsa cultura: 907. aramimportados dos Estados Unidos) atin-giu, tm fint dt 1960, 2 milhõtt t 300mil quinlait. E mait ou mtnot o mttmoem relação á balaio, ao lomole, aomilho, etc. E mait: lado a produção écolocado com segurança e por preçosmait altos do que antes. O compradoré o INRA.

Só mesmo os fanáticos do império-lismo podem, diante de tais dados, quedão apenas uma pálida idéia da gran-diosa transformação que tt opera nocampo cubano, alimentar ilutõet em

levantes camponeses >. Pode O Glo-bo reproduzir à vontade as mentirasda UPI ou da AP. Tudo será em vão.

Casas para o povoComo acontece em geral em nossos

paises, o povo cubano sofria tremen-damente o problema da habitação: alu-guéis escorchantes t infames condiçõesde moradia. Como resolvê-lo? O Go-vêrno Revolucionário adotou trêt gran-

Mil tkm. W™-il *^^ . » mmmw '^m\\\.afl ^^ W\ ** ^ * ãmfm Amu ^^h ^^^.^» ^m a^â^k^ _^^^K^fl XbW

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Mecanizandoa agriculturades medidos, a) redução de 50V. nosalugueis; bl reforma urbonn. transmis-são das casas residenciais aos seusocupamos no caso de não seicm utili-zadas pelos proprietários; c) conslru-cão em massa de novas residências po-ra os operários e camponeses.

Ero um -milagre'- da revolução: empoucos anos deixará de existir em Cuboo problema da habitação e todos se-rão proprietários das casas em que mo-rem. Pôs-se fim à renda imobiliária.

Km» terra r de Matuanillo, na província dr Oriente. PHn primeira irr rhrcatna.qul maquinas. »:" uma cooperativa: planla-sr aUmlàn. lambem pela primeiraver, c se cunslroem casas para os camponeses, A reforma aeraria cubana per-niitni que os trabalhadores aicrii-otas sr lilirri.i-.wn> da produção srmifrudatreinante na ditadura de llatisia

Hoje. em lodo o território cubano,800 mil casas eslào sendo Iransmitidasaos seus ocupantes — e coda transmis-sao é uma festa.

Ao lado disso, 10 mil casos já fo-ram construídas pelo Estado (INAV)ou pelos cooperativos e esse númerochegará a 20 mil em fins de 1961.Mesmo com o risco de me alongar, nãoposso deixar de fazer uma menção es-pecial ao que vimos em Santiago deCuba. Há na capital dessa província

B k í' kTi8 F^B 11M T í£ I-^BANO II Rio dt Janeiro, semana de 24 de fevereiro a 2 de março de 1961 N? 103

uni bairro, Manzona de Gomez (ironiado povo: em Havana, Manzona de Go-mez e um enorme bloco de escritóriose lojas de luxo), onde viviam, ou vege-invom, cerca d» 600 famílias, lembran-do algumas de nossas piores favelas:casebres de lato ou de palha e chãobatido. Pois bem: a 10 quilômetros docentro de Santiago está sendo con-cluida a construção de um bairro novo— *Visla Alegre • — onde ontes haviaum latifúndio abandonado. O Estadoajuda a construção e paga oos cons-(tutores um salário diário de 2,25 pe-tos. Ot construtores (as casos são pré-fabricadat) são os próprios moradores,orientados por técnicos do Estado. São603 casas — e as famílias que as vãoreceber não pagarão um centavo se-quer ao Estado. Acreditem, eu vi: paraas famílias móis numerosas, há casasde dois andares e sete quartos. E nemé de graça, porque o Estado paga otrabalho de construção.

Ai estão somente alguns milagres"ocorridos nesses dois anos da revolu-ção. Há um outro < milagre gigantescoem 31 de dezembro cie 1961 não haverá mais em Cuba um só analfabeto!Mas essa será uma outra reportagem.

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I leraiiçade Batista

Dois anos depois da revolução, aindaIih quadros assim cm Cuba: c a he-rança trágica de Batista c da domi-narão ianque. E' o bairro Manzana de(inine.s, em Santiago

Boa habitaçãopara todos

Visitamos esta rasa, no bairro Vista Alegre: boa sala, três amplos quartos, excelente cozinha, serviço sanitário eom-plclo, gás, energia c um vasto quintal. Quanto custa? Nada. O bairro \i-la Alegre, ;ynil;i não concluído, voni;>r,i rnmmais de u'00 casas, escolas, centros de diversão, biblioteca, enfim, tudo que o povo necessita r merece Vão s,. mudarpara o novo bairro os ocupantes do infecto nlnnzaiin Gomes. l'odc surpreendei' a alguém «ir bom sento une umpovo que está vivendo "milagres" comu este nãu vacile um instante em dar a vida nela revolução"

Page 10: AA ¦ -^ftA^AaAlAA I £^1 I E MISÉRIAPIRA 0 POVO · do próprio governo, como claramenlc transpareceu das declarações do gen. Pedro Geraldo dr Almeida, chefe da Casa Militar do

to

-2

Ferrovias Brasileiras:Deficits de Milhões

NOVOS RUMOS Rio do Jonflro, ftmona do 24 dt f-mr-tlra „ • ,|c ,.,„,.;o do 1961 —

St» lia uma QUOiifio que da-afial»« :•'••.>- I:.l;„. .,.-».. ....:..tuna koluvâo poultiva, esto • a doti,m«Mui'te ferroviário, ou maiit^irCratamento, a iM Rodo Ferro*viária Feder»! iRKKi.. Quando... .um.- que o problema ferio*

¦>•« desafia u* iiaoionalikta*. par*timo» da fato de que comente a» fór*i;a* lnterv*Mid»* no d.»M?nv olvimen*to independente tio pau jkmIi»i» for*nuilar uma ,-•..:.. do r.. -. >..-«•*do ucordo com Intoritaiea real* daeconomia nacional.

Par» se ler uma idéia do tiv-s*mtmièlo a que chefiaram o* irans»portei ferrovlárioa no Brasil, \amoa

*•» ¦ a palavra ao* próprio* dueto*res du RFF. No último relatóriopublicado i Relatório Anual —3939». .in.::..nu êlw:

" déficit de cerca do 1j bilhõesdo cruzeiro* tcomputado o da Via*

•!•> Fôi-rcft do Rio Grando do Sul)oqulvale a cerca do 37-fí do déficitogcritural da Unlflo cm 19.">9 <• acerca do 130-Fí do lotai doa fundos1airibtiidoa pelo Orçamento Geral daUnião pata .'."•>• ao Ministério daAgricultura, da Educação o Cul*lura, da Marinha ou da Aeronau*lica. So eliminado, acarretaria im*

. ¦•: tante aumento da caparidade deinvestir da Cniáo. já que rc-rtresen-ia ."> vózos os recursos da RFFSApara o reaparelhamento das caíra*da». O montante do dofloit de umano geria suficiente para concluir oTronco Princinal Sul. Usando SãoPaulo ao Rio Grando do Sul om bl*tola larpa. Ou. sr destinado a in*vestlmentcs om outros setores, lias*tarin para pavimentar A 000 qui-lõnioiios de estrada de rodagem.ou in«talar .'M/OihiO kw de potênciahidroelétrica t aproximadamente acapacidade de sistema do Rio deJaneiro) ou adquirir -100 000 DYVTde navios. O significado deste defi-eii. nn quadro do esforço brasileirotio investimentos em setoreç bási*cos ria oconomln, nvttlta, finalmente,nuándò se verifica quo cnuivale àsomo dos recursos anuais dos Fun-rios do Reaparelhamento Eeonômi-en. Eletrificação, Marinha Mercantee Portuário.»

Em face a situação tão grave,quase dramátiea. a posieáo do f?o-vêrho c dos responsáveis diretospelas nossas ferrovias é prática-mente rle irresnonsabilidade: reco-itlieccm a existência do problema,apontam uma ou outra rias suascausas, mas nao vão além, nemsequer, se esforçam para esboçaruma. plano capaz de dar uma soltt-«.•ão slobal para ai questão.

. t>**->-t-j-*x

Uma longa história

Não poderemos compreender asdificuldades atuais das estradas deferro brasileiras se não remontamos

ãa < ¦ . i dtviiaa ealratlat», a hioló*Ha do aou surgimento, ü* ironcoa, ..i i...-, do ..¦ n ,, .- tii.,., f*»rro»viário loiiim ->.¦.. .i.*. noa fim do- ; •> pa*«ado e nas duas primeirasdíewlaa do *éculo XX. Om interca»ses econômicos entáo predominan*toa no pai* eram — em eacala•--¦•<--* ni. •>!' do que hoje — os dolatifúndio o os do impcriallimo, ean estradai de ferro foram cons*t ruídas para servir a tala Inter-ea»•cs, tendo em vista sobretudo a ex*portaçáo. Aa nosgus ferrovias nãosursiram portanto em função dasregiões econômicas no interior dopai», do *eu merendo Interno, maspara levar aos portea o café. a car*ne, os minérios, etc. Quando mui*lo. serviam a zonas boladas oueram criadas para valorizarem de*terminadas regiõ?* dominadas por«i-tipo-* de latifundiários que haviami-hesado ao Poder.

O resultado de tudo Isso foi acriação tle um sistema ferroviárioIrracional, com ramBla inteiros an*tl-econônVcos, c. o que ó pior. i»omqualquer coordenação nacional. Emconseqüência, apenas 50*7 da redeatualmente existente pode, segun»do os técnicos, ser cc-momleamen-te útil.

Para completar o panorama his-tórico, 6 preciso apreciar o queaconteceu nos anos de pós-guerra.Finda a guerra, até quando as es-tradas se beneficiaram com um mo-nopólio de fato. inicialmente pelaprecariedade das rodovias, e, du*rante o ronflito, pelo raeionamon-to dos combustíveis liquidos. as fer*rovias eneonlravam-se desgastadascm virtude da falia de renovaçãoadrqttnda do seu material. O «ro-vômo dando então prova de umdescaso absoluto pela situação exis*tento, sem qualquer preocupação doresolver uma questão decisiva paraa economia do p-:\ nada fèz paraaproveitar os saldos em moeda es-trangeira acumulados durante aguerra a fim de reaparelhar nossasestradas de ferro. A prioridade con-cedida aos investimento-, rodovia-rios, as baixas tarifas cobradas pe-Ias ferrovias, uma nolltica cambialde subvenções duvidosas ãs impor-taçõee, tudo isso, aliado à Inexis-tência de uma justa política nacio-nal de transportes, redundou nosdeficits de bilhões da RFF, na dra-mática situação em que se encon-tra a rede ferroviária do Brasil.

DesorientaçaSo: Anarquia atual

Em 1960 o déficit ferroviário deuum passo à frente e atingiu a caaados 21 bilhões de cruzeiros. Acre-dita-se qu* chegue a 35 bilhões nonno corrente.

São muitas as razões invocadas!'".-i explicar os deficits e o seu

eioselmento de ano para ano. Pen**••»¦¦-¦¦- que muitas dftaaa razões•ii válidas. Mas pensamos também

que multo mais importante do queapresentar uma eu outra raifto Uo*lada, é tentar fixar algumas Idéiasbásicas sobre a criso atual • comovene-Ma. O que nio podemos éconcordar com o caos atual, caosem grande parte estimulado pelogoverno « os dirigentes da RFF,que, em lugar de apresentarem umasalda para a situação, enr*dam*seem Intermináveis e*r«<*ulaçftea, co*mo, por exemplo, a de que se de*vemos ou não substituir aa ferro*vias pelas rodovias. Na verdade, oque tais discussões pretendem o fu-gir ao verdadeiro debato e, dê-semedo. impedir que as forças na*cionais cheguem a formular o seuponto de vista lebre o que deve seruma orientação global para os in*vestimentos em transporte no Bra-sil.

A anarquia e o caos chegaram aoauge no último qüinqüênio. Enquan-to se investia, por conta da União,cerca de 64 bilhões de cruzeiros emrodovias, ás ferrovias eram desti*nados apenas 37 bilhões. A aquisi*ção de vagões, carros, etc., encon-tra-se por isso atrasadíssima. E apolítica de tarifas ferroviária» acha*•se na mesma situação de caos canarquia.

Uma política nacionalde transporte

Tudo Indica quo num pais comoo Brasil o transporte ferroviáriotem ainda um importante papel arealizar. Isto náo significa qualquermenosprezo pelos demais tipos detransporte. Ao contrário, os trans-portes só podem funcionar a pleno 'rendimento quando estejam inte-grados num sistema nacional único.

A complexidade do problema for-roviário brasileiro náo admite so-luções parciais. Tem êle que serequacionado no quadro geral daeconomia brasileira, isto é, estabe-lecendo-se a sua relação com ou-trás importantes questões. Não po-demos, por exemplo, pensar em ele-var a rentabilidade das estradas pe-lo aumento da densidade de trafe-go, sem antes aumentar e divérsi-ficar a produção agrícola, por meiode medidas de reforma agrária, emzonas inteiras através das quais seestendem os trilhos da maioria denossas ferrovias, e que são hoje in-teiramente sufocadas pelo latífún-dlo Improdutivo. Da mesma forma,não podemos resolver nossas di*ficuldades ferroviárias sem estabe*lecer uma perfeita coordenação en-tre transporte por estrada de ferroe por estrada de rodagem, entreinvestimentos rodoviários e ferro-viários. A questão de nossas es-tradas tem ainda ligações diretas

CIDADES GEMINADAS INTEGRARAM POVOS DE TRÊS PAÍSES

GaúchosQueremde Transi

da Fronteiraais Liberdade

to e ComércioA criação de unia legislação ca-

pcc-jcl, levando cm conta a reali-dado econômica o social da zonafi-onicir.yn entre Brasil e Ai-gentí»nn n Brasil r Uruguai, onde* exis-tem iiumci sas cidades vizinhas lo-ca* zatlao frente à frente, constituiii íii dos mus sznlidas reivindica-i;ú:s tias populações da região. Du-ranle o li Congresso Esrudual do.sWrétuíores gaúchos; realizado cmnovembro ck; ano passado, o temafoi objeto de discussão c a lese a ros-peito apr-senlacia pela delegação domunicípio de Ui-uguaiana foi apro-vudit por unanimidade o as reco-niendaçõas n-Ia constantes foramenviadas às autoridades estaduaiscc-mpclent.s, an ministério da Fa-/.'mo;i c ao ílamarati,

Situação especialiaiiu cia pou tu de vista econó-

niiej i*'/!uu du ponto de vista so-1 ••¦'• *' ü! Irotlioiriça entre o Bra-" ' ' *•¦ lú*: -!•;- pai.-:e.i pliilino.s apre-s-u.a aspvtjiois particitiares. A exis-1 '•':u'¦' do cícUhIc*,.s ti-minadas dãoi''..tiv..iii ao surgimento de relaçõesespecíficas en|iv os moradores dosdo.s lados, vistas elas de t|uak|üoi'angulo.

Do ponto rlc vista comi reial po-dc-se dizü' que existe t tire elasunia perfeita identidadi. Para ilu.s-Irar basta recordar que o Brasilcouta rum uniu multidâ de pro-dtitos cie extrema neceK.sickicle paraa zona limítrofe ai jentina, eonio1'i'Ui.os cia própria zona, eu fé, ma-dsü-as, p 1-ü'a. produtos industriaisf tecido . artigos rle n\ lon ,¦ ou-ti' '->'¦ m dlçamcntos, ele Por ou-tra ; arte, produtos in^eniinos tnis

como fai iniia cjra.-íU . lecídos tle lã

e a própria carne são bastante pro-curados pelos brasileiros que delesnecessitam.

Outro aspecto importante nas ro-laçoes existentes na zona froriteiri*ça ó o social: entrelaçamento fami-liar, artístico, sanitário e um rugj*ma de ajuda mútua que existe en-ire brasileiros-argcntinòs e brasi-lelrcs-urtiguaios. Muitas são as fa-milias que têm parentes do outrolado, o que estimula o maior conta-lo o ,*i maior circulação de pessoasnas cidades fronteiriças. Os clubessociais e esportivos e as própriasorganizações sindicais mantém re-laçõos permanentes; intercâmbioconstante. As autoridades de am-bos.-ps lados se prestam extraordi-liaria colaboração, principalmentenas questões de saúde e assistên*cia médica. Os médicos, dentistas.químicos, veterinários e inclusivefuncionários dos respectivos minis-téi-ios da agricultura realizam cons-taiiles reuniões de consultas paradiscutir problemas do sua espoclall-&<\(\o que alTigem as populações vi-z'nhas dos paises limítrofes!

Em relação aos frabalbndores, cmvirtude mesmo de cvirlirem ope-rários das cidades limítrofes Ira-balhando indistintamente nas duaszonas, a icieiilIdade é marcada pelalula unitária das entidades sindi-"cais dos diferentes paises no quese refere ao estabelecimento dusmesmas- condições' salariais paraos operários rlc ambo* ns .paitesdíi fronleira.

Regulamentação¦•' impdíficuj

- oficiais quea elaboração de

um sistema de franquias nas rela-ções entre as populações da regiãofronteiriça entre os três paises, dosquais um dos que com maia pesoaparece é o do estímulo ao contra-bando de divisas, opõe-se entretan-to o fato de que o comércio da fron-teira é aquele que sc realiza cm pe-quena medida e que são impostospelas próprias necessidades especi-ficas da região normalmente, semque haja paga.de direitos e taxasaduaneiras.

Mesmo não se levando em contaesse argumento, existem algumassoluções que o governo poderia en*campar para ¦¦¦.resolver o probl.ma.Entre elas, "podem-se

destacar: 1)— que se apliquem impostos àsmercadorias destinadas à Argenti**na e ao Uruguai, para assim o go-verno ter outra fonte subsidiáriade ingressos imediatos, sem trâ*mi tes burocráticos; 2) — poder--sc-ia também contemplar a pos-sibilidade do governo brasileiro au-torizar a sucursal do Banco do Bra-sil a trocai* «pesos» argentinos euruguaios cm moeda brasileira,sempre quo destinados a aquisiçãona pais. Dista forma o Brasil f|.caria com as divisas estrangeirasdeslinada-: à compra do mercado-rias.

A adoção do medidas des-a na-tureza, além cie beneficiar grande-mente as populações da região fron-tclriça dos três paises. poderia pôrfim a uma das grandes preocupa-ções das autoridades: o contraban-do de mercadorias, ao mesmo tem-poque o estabelecimento cie umalegislação adequada propiciariagrandemente o 'desenvolvimentoeconômico ria fcmitoli-j

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BBS BkDrv IS* **^V? W^^, *\m\\, "~'~ ^t*^*' '*' '^^SBB^BJ >1BL^^B^^^| ^^B^'^\ttÍBH&r-j?^BiTBI^^^^Bnír..'"'*-. wíLcíl••íví- * '"'*'"* *>*-* .¦*..'*.*í4»'; «». ^EMSSSK^^^^k^"5ÇJ.**•^¦H HliL mê<¦! .v mmMmimmmm > *¦**/_* i t-ifi? , SAmwmmwmiMim mmM. ÀmmM\t JmWl

ba-I HH Hl SKMfe*W bbk"íiSb\BI BI ¦¦JPPJ^^^BPm? -:i -' * ^ ^' ¦¦ .- Gi|H lis BH9*% >XA>A :í ' ..,.¦;. ¦*J*-W**B *wBwl IIV In <£ .]>.¦.¦ vt-mI •*?#,'*<*.%¦" ts* sSLjsI^SMsl psI Btsl BWJ fTtt *mS> ^;ÍM^b\ iÁ^Kv*;* 'VTat!*?^ !¦¦<ttu ¦¦ Iní Éflk '* *""''¦ v-^íc^*-.1^:

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:."4*«

Caos nas ferroviasbrasileirascom a indústria de material ferro-viário e com o importante e atualproblema das desigualdades regio-nals.

Não nos arriscamos aqui, alem

O material usado em nossas estradas de ferro r obsoleto e Insuficiente. Há faltade carros e vegões, tanto para os longos percursos quanto para o seirlço tm-burbano. A situação da via permanente náo é melhor. Os planos para reapa-*relhamento das ferrovias vém sendo adiados desde o fim da guerra, - enquantoiv.0 cias afundam na desorganixação e no caos

do que foi dito, a apresentar nemmesmo as linhas gerais do que de-ve ser uma solução nacionalistapara as ferrovias brasileiras. Acha-mos porém que uma tal solução po-

de ser perfeitamente encontrada,num debate em que participem tô-das as forças interessadas no de»senvolvimento nacional e indepen*dente de nosso pais.

l™ifífiiWA Deterioraçãode Nossas Relaçõesde Intercâmbio

O novo govirno norte-americano, num esforço nítida-mente demagógico, resolveu oferecer excedentes agrícolasdo» Estados Unidos aos paises <U América Latinn. Comesse fim, enviou tuna comissão para percorrer vários paisesdo Continente. No mesmo momento cm que a missão che-ga ao Brasil, noticias procedentes d0 exterior Informam (pieo ministro da agricultura do México recusou a oferta doPresiílcnte Kennedy, e ao tomar tal utilude disse que «aAmérica Latina precisa 6 de bons preços paru seus produtosda exportação».

Nada mais Justo. Realmente, os paises latino-americanos,como de resto, os demais países .subdesenvolvidos, vêm as-slstindo, nos últimos anos, a queda dos preços de seus produ-tos de exportação, e, paralelamente, a elevação dos preçosdas manufaturas importadas dos paises capitalistas adian-tados. Deterloram.se as relações de intercâmbio dos pai-ses subdesenvolvidos, e isto em virtude da pressão baixistaexercida pelos monopólio» internacionais (em nosso caso,principalmente os norte-americanos) sôbrs os preços do.sprodutos primários, combinada com a alta relativa ou abso-luta dos produtos industriais a ttesvalorlaa-jao artificial dooftmbio,

Em recente exposição, o então ministro da Fazenda, sr..Sebastião Pais de Almeida, apresentou uni quadro impres-slonantc sobre a involuçAo dos prrços mundiais dos prinei-pais produtos brasileiros de exportação, produtos que nosúltin.us anos têm representado cerca de 84% do valor glo-bal das.nossas mercadorias mandadas para o exterior. To-mando os preços médios por tonelada em 1955 e l.MtO, te-mos o seguinte quadro:

(Em dólares por tonelada)

Café ..,Cacau ,Algodão Açúcar Minério de ferroLaMate Laranja 1 uniu .........

19551.027,0

745,67-17.681,811,7

1.111,1258,9124,8057,(1

1ÍI60707,3554,1•187,7

75,210,3'

1.024.8J(i(),6

54,1577,0

DIFERENÇA319,7191,5

, — 259,90,(11,4

419,098,370,780,0

Ante da('.os tflo eloqüentes não é possível duvidar-se quesomos, através do comércio exterior, submetidos a uma tre-muiulii espoliação. E isso apesar Uo progresso técnico sermais ne.iMiliia.-lo na indústria dos paises avançados (Io quena pni(hi(.ãi) primária dus nossas mercadorias de exporta*ção! em luis eoiullçOus, se ns preços houvessem baixado envlitirnio.nlii iiiin ;i nmlur produtividade, a queda deveria tersido menor m,*s produtos prlnulrioa qua;nos lndiis.lrliii.s_ „que. na verdade, não se deu,

Xu decorrer do qíiiiii|iiúnio 19õ'>l/58, piir exemplo, ocor-reu uma deterioração em nossas relações de trocas, tal-ve/ sem paralelo em outras épocas, e cujas rejticrcussõostiveram ninlor gravidade, até mesmo do que as observadasua jfranilu crise mundial dos mios trinta.

( iiiupíiirnisi* tis duas situações, No período 11128 32,u preço niOdiu ila (uauliida expoi lailu pelo Br.ibil caiu de

47,0 libras-ouro para 22,4 libras-ouro, rediizindo-se a me-nos da metade, enquanto a tonelada Importada por nossopais sofreu uma queda de 10 libras-ouro para 0,7 libras-ouro, diminuindo, portanto, numa proporção ainda maior.Resultou dai que nossas trocas, ao linnl da crise mundial,apresentavam acentuada melhoria, flevando-se o índice deintercâmbio (preço unitário da exportação dividido pelo pre-ço unitário da Importação) de 100, em MUS, para 114, em1932. Assim, o poder aquisitivo de uma tonelada de nos-sos produtos exportáveis subiu de 2.938 quilos, no primei-l*o ano, para 3.343 quilos, no rilltmjn ano.

No período 1954/58, entretanto, a situação se apresentabem diferente. O preço nié<lio ,|e nossa toneleda exporta,da caiu de 364,18 dólares para 149,81 dólares (menos 00%)e o preço médio da (onelada importada ii penas deeresceude 122,44 dólares para 95,27 dólares (menos 22%). Comoresultado, nossas relações de Intercâmbio pioraram (Irãsti-eamente, descendo o índice de 100, em 1954, para 53, em1958. Nossa tonelada exportada, que podia comprar, naprimeira dessas datas, 2.974 quilos de mercadorias impor-fadas, não compraria uuils de 1572 quilos na última data.Os períodos comparados, de exercidos comerciais coma distância de apenas cinco anos, nao permite supor mu-danças sensíveis na composição das exportações ou dasimportações.

Os prejuízos causados por essa rápida e profunda de-terioraçao de nossas relações de Intercâmbio foram, certa-mente, os maiores registrados em nossa história. Bastaver qu,. por 4,3 milhões do toneladas de produtos exportadosem 1954, recebemos 1,6 bilhões de dólares, e por 8,3 mi-lhões de toneladas exportadas em 1958, recebemos apenas1,2 bilhões de dólares. Isto quer dizer que para obter quan.tia equivalente à recebida cinco anos antes, precisarmos pro.diizir e exportar acima de duas vezes mais do que produ-zlmos e exportamos nos cinco anos anteriores.

Sc os 32,2 milhões ,|e toneladas que exportamos du-ranle o qüinqüênio fôsse,,, vendidos no preço médio do364,18 dólares apurados em 1954, teríamos obtido, não 7,1bilhões, ,,,as 11,7 bilhões do dólares. Portanto, as perdascausadas pela desvalorização dos preços-ouro de nossos pro-d.ilos, nesses cinco anos, pode,,, ser avaliadas em 4,0 bl-lhões de dólares.Infelizmente, o sr. Kubltschek nada íèz, durnnlo „ seu

governo, para deter a deterioração dos termos lio inlemím.«m. Sabe-se miesmo que o minis!,-,, Alkimim foi afastado<o seu posto apenas por haver esboçado um* fraca defesados preços do café. O sr. Jânio Quadros não deu, até ago-ia, qualquer demonstração do estar dispbsio a seguir „mcaminho diferente do seu antecessor.A atitude do ministro mexicano, recusando a *dídiva»norte-americana e pedindo preços Justos ,,»,., m ,*,.„(llí„sde .exportação dos países da América Latina, foi piirlun-I", da maior oportunidade. Desmascarou a demagogia «• de-nune.ou a exploração. Cab.» acrescentar que sòmcnl.* umapolítica exterior Iridepenil „te poderá assegurar preço' com-

pensadores nos uuss.,5 produtos ,¦ ,-,•„, ;i ,(„ 1M1S niua.a.'•"=> exlurnos. I1s"íi5;í;,j

Page 11: AA ¦ -^ftA^AaAlAA I £^1 I E MISÉRIAPIRA 0 POVO · do próprio governo, como claramenlc transpareceu das declarações do gen. Pedro Geraldo dr Almeida, chefe da Casa Militar do

¦» ii m WiwinriiiMp^W1

Ha ¦'«¦ I¦¦• t •- .., .-. dt 24 d» fcvereíio o ? de março de 1961 OVOS ftUMOtV •«¦{«-"*-:(*» ¦'¦-:¦-•-

Plataforma unitáriado MovimentoUniversitário

A ftt-ntãe dft I* ("•«>•'• da UNt

.omi.iu.u «o»o • impoiinio» ••»!• ne

• «•¦'-.'.. .tt -«.'!.. }• (i..(.i.i. o tj-«« dt

uni-iar)« • d« meitutdadc poliiM de

movimiitip univenitóiie bio-ilti-o. Ot

c. w -...lo. dtliO (i.ol.oioo ii.iepi.o»!.-

IO» ¦• .|ue-e: <*Ut flÒO -"•U*"' IMfifíCiOl

un ttnllda <>• "¦¦•• ¦ !'•• com o fftfttt õ«l-

in qut. Ofincipoln-tAlt o p<>"" dt IM6.

vem ft filmando no (tnoiio titudontíl

do i'"-« t qwt •«- fido, ott ogoio, o

maior «oiontia dt ampliação t dt ton-

totidocôo do unldodt dim moWmtnto.

A» itiolucétt opiovodoi quott qut

po> unonlmldodt, t, multai dtlot mtt<

mo poi unonimldodt, tipititam umo

demonttiacõo .mot i -ii.n dt qut o

mundo titudontil dt nono pou tito

firmt t cotio tm l6rno dt um Progia-

mo noclonallilo t dtmociaiico qut *••

pitna oi mtlhoiti aninoi dt notio |o-

vtm geração.

A luto ptla Reformo Univtnilõoa; o

reoiticulocão nacional paio tnfftntor a

ameaça da opiovacóo do Ul dt Dire-

«littt e Boiei dt Educocòo 010 tm dii-

cutião no Stnodo,- a diipoiiçõo fiime

dc dtfendtr a lodo cuito a tevoluçôo

Cubona ttc. ao lado dai itivindicocòti

dt caráter tmlntnltmtntt tconômico

tait como a luta ptla ampliação da ¦£-

dt dt Caiai dt Eiludantti t dt rtltou-

tanlei univeriilàrtoi, borattamtnlo do

tivio didático ttc. conitituirão até o P-o

ximo Comtlho a plalaformo dt a(ão

paia oi univtnitòrioi. Portanto, ttlá de

parabém o Comtlho de Manoui. Forne-

ceu resoluções que, enfeixadai num to-

e*o único, lão um initrumento que se

devidamente utilizado pode, por tua

vez, ter fator de novoi panot no icnti-

do do fortalecimento da unidade ei-

ludantH a partir da bate. logo, diante

doe mesmas, deve hovcr itmpre uma

t»oeic6o clara c definida, uma olitudc

concreta dc trabalho prático c imcdia-

to a fim dc que clat nao redundem ope-

cmc num podato dc papel a maii a dor-

mm not gavetae dat Uniões Eitaduaii,

cmi doe 00.AA. Necee contido, o pri-

metro atMroo deva cttar voltode para

mm mofa ampla dlvulgoçõo. A publica-

«Se doe tMimac tcgwida dc eomenlárioj

¦ artfaoe deve ter ponto de dettaque

mm feda • imprema estudantil (jor-

r*ok dc faeuldadci, boletim dai

aJU.aV pagino* ech-dantis det jornaii

ata.) 9m Meando rogar virá o

i peto uptlcaaBo doe meemos, !••

cto OCDvMlO • WNWOMcl fflUQOffO***»* ©••O

MÊM OWM 9 MM tWBPO^cWO t^awcl QV* ^©*

JBt-tataot icporar a pito da trigo, iete c,

Bouctot qac roalmente ee botem peloi

Wircfeese* da [uvantada citudontil uni-

veriitária do» oportanittai invtteradoi,

earreiriitai, demagogo» que ie utilizam

dai bandeira* de luta doe Mtudantei

apenai para galgar posições de mando

e dc preittgio dentro do movimento. O

trabalho concreto ptia realiiaeão do

Seminário Wacional pela Reforma e De-

wiocratizacão do Emino no poíi e do

Seminário de Problemai do Nordeste

a ler realizado em Recife; a organiza-

«ão da luta contra a aprovação pelo

Senado da tei de Direlrizet e Bases da

Educação Nacional; um plano concreto

de solidariedade à Revolução Cubana

que vise sobretudo a divulgação das

Reformas Universitárias, Agrária e Ur-

bana nas escolas são algumas das ta-

refas concretas que, realizadas, darão

vida às Resoluções aprovadas-em-Ma.-...

naus.

Uma última preocupação: a de tor-

nar conhecida e levar à prática aque-

Ias Resoluções dentro de cada escola

do país e não apenas no âmbito das

organizações de cúpula. O trabalho

dentro de cada Faculdade adquire para

nós, aaora, uma importância vital e

subestimá-lo seria incorrer em erro

grosseiro. Mobilizar e unir grandes

massas estudantis a partir da turma e

dos DD.AA. é uma exigência, é um

feitor indispensável para que as Reso-

luções de Manaus sejam vitoriosas e o

próximo Congresso da UNE constitua

um novo passo na derrota dos invete-

rodos divisionistas e um grande êxito

cia marcha inexorável do movimento

c udanjíl Brasileiro peno o coroamento..

rlc sua unidadeZ. A.

NOVOS RUMOS DENUNCIA A NAÇÃO

Autoridades Brdo Massacre de

asile iras CúmplicesPatriotas Paraguaios

At maifltnt tio ttlioda que leva definoiiiio» a Vila Amontoai, no ftiodt dtAtolo Ciaito t not pioiimidadtt dof-OnttifO do Bx-til iom o Pmiigmnoito refugiado» paiaguaiot foiom •«•nladot po» um giupo dt bondidoi o«•ii-to do diiadoi Stiotttnti A boi-boro «outono »ri,i.iow»e cm lemté*do biotiltlio, no pittttua t cem afumplúidade dt uma autoiidodt bio-tiltiio: a Indivíduo Santinho Rodilgutt,dtltgade dt Policia dc Vila Amomboi.

O folo tttantctdof qut NOVOS HU*MOS denuncia veementemente á No-.noe ao povo. nóo t o piimeiio qut itftgitlia na itgião. oitim como não rlambem o piimtiio tm qut tilâo cnvol*vldoi outoridade» biotlltl-ai. A lonofionieoica tioni*o»mou*te de algumItmpo paia cã num vtidadtiio infe»*no. Autoridade* civil t mililaiti doBiaill, conlulodoi cem oi serviço, de«»guion(a da ditoduro poiaguola. int-lauioiam um clima dt violência t Iti*ror contia oi poliloloi guaianit qut ti*copam à (Ironia dc Sliocimor c pio*cuiam icfúgio no território biotiltlio.Dtltgadot dt Policia, oficlait • tubofi*ciait dai tiopai titacionadot no <t*

gião tttâo tnvolvidat not olot ciiml*noioi pialicadoi t executam ot per-teguicões contia oi itfugladot cm pci-feito coordenação c tob ordem diic-lai emanadat dc Assunção. Ot icrvi-

C0« que pieitam lem um i»-r... |0 mil

guoiamt poi cada poiogunio «•••'"¦

gut ó tanho dot eibinet do dimdoi

O m.tssiiirr de Aiitíimii.u

No ii-o 30 de deiembio, oito naio-•jvii.o. que fugiam u peit*gui'õe do«iiopot de Stiotunei oliavtuaiom ofionleiia do Biaiil e tt apiettnloiomno pano de Policio dt Pa-anhot, ondeprdi-am u-.io Rtcebidot ptlo tubd«lt*gado Hilriilo topei, foiom per ètte de-'Oimodot e pittot, Ouionlt 4 diat et-llvtiam na tadtio dt Poianhot, altque, no dia 35, chegou a cidade oindivíduo Itioeinco Rodiiguet, delego-do dt Policia dt Vila Amomboi, com• oídtnt» poro tiontpoitó*lot paiaaquilt município. Vtlo num caminhãodirigido por um motoiUla dt nomtTavartt t não Iratla ntnhuma ttcollopaio acompanho* ot pritlontiiot.

Ai 23 hoiot daquele dia Iniciarama viagem. Ot oilo paioguoiot Iam nacarroçaria do caminhão, manlttodoi tomanadot unt aot outiot. Otpolt de30 mlnuloi dt viagtm, tuiglu na ti*liada um grupo aimado dt molt oumtnot 20 homens a pé c a cavalo. Comum farotclc fizeram tinoii paia o ca-minhão, que parou logo depoii. Antetmcimo do grupo te apioximar, o de-

legado i»«.. -......».,....., r, .......... notpi.tJQfwiioi que riMiettem do voiiuloMwuio» dtpoit te contumota a «iimt.Ov.-.it .. «i, lefugiodot te opeiceheiamdu I..--.,.¦ ..'.„ puni a qual haviam tidoItvodot, lentaiom ttcapai- A fuiilaiialomptu e llet foiom caindo. Aquiltiqut ainda dtneiavam tinoit dt vidafoiom noiboiomtnlt dtgolodot, Ooítdílot, tniieianlo, conteguiiom etiopaiSào oi Invtodoict Rtmigio Cimtnti tCui.n.r.io Ai<c. que no dio ttguinltfoiom encontrodot t tncominhadot aoHoipiial Militar de Ponlo Porá, onde «etnienliovam alt pouco Itmpo.

i.-oi.-tu.o Rodiígutt, apòt contuma-do o cume t paio tt inoctnloi, diri*giu-tt o Vila Amomboi

'ondt contou

o hiioria de um onalio fantàilicodt qut hovía lido vitima t que cul-minou com o ntiottinio dot itfugio*dot. Não conlovo, tnlitlonto. com apottlhílidodc dc que otgum dilet pu*deite eicapor com vida. Remlglo tCualbeiio ie encautgoiam de ditei oveidode.

Os envolvidosO mottacie de Amomboi foi piepa-

«do mrticulotamenlo c nétc eitiveramtnvolvidai lambem auloridodtt mili*laiei biatileiiat. Ao ie noticiai a oii-

tna dot I -ff-.jo.tu. em t...... ¦ ¦ ¦¦•'.-.. wm I' ttntnie dt II I Cde nome Hugt. conhecido pti*tgu<dti<>• poiiiotot poioguaiot, tmbouou PO'IO Aiiu.im... De IÓ inn. ío„ pOIQ O««de do Itgimtnlo, tm Ponia Poiã tm(omponhia dt wm ofitiat poiogwotoo -»(i,ci<-ii.íjio fpifanic Coidoie au*monlfve (ontudot tem o «omondoni*brotiltiio. mo|ei Sopucoia dttloton.do<ie em teguldo paia Amomboi Ooficial biotUelio viajou num avião d*nacionalidade poraguaio, que ltvo«olambem um giupo dt toldodot doqutlepoit, no ifiio et auloiei do maiiaceA (.(no de I' lencnle Hugo. o cumpli-cidade do delegado Saniiage. do iub-delegado Hilóilo topei c dc euirei mi*litaiti foi itgiamenlt itcompemadopelo govíino poioguaio. Segundo Mtobe. cada um dot bioiileirei que co-labeiaiam paio a exteucão doi I itfu*gíodoi paiaguaiot itctbeu a impoi*•onc.o dc 640 mil guaronii.

Out ras ocorrênciasA piólico de olot críminotot con*

lio ot po.oguoiot que piocu.om o t*f-rilório biotileiio paro etcapar dot gar.rai da policio do liiono Stioeiinei, èteguida poi outiat auloiidadei. O co-mandante do Regimento tediado *mBela Vista apiegoa aoi quatro ventot

«uat oioti •••?••» ie«»«c •?»#»**•>»tem ew» .. .««. «.«cin *m**>>*0| »»> I"»ped"*»»i l»xwiemei»»e

um .,-.„• d« .... .t»,1 .it. .»¦•»( «• ».-.-« e. «rt*m«u i»•(»«•'•»•»>•• .»e »-. »-.-».*•»••»n« m>*»i«e ftjai «m .?—1«« pmmmmiÊ»•tii.njo ie •¦ •#n,.„»,^., *, ....*•»«••? «• Sit»»«.#»?. f o»»**» am» aap-ei»Oe

o., i ,..•* ,.<,„tem etiieitat ••<•*,*« •

"*•"" <••» e •>• . » (*-<•«.*•• C deUf-oOc O*» -..n rt,.rt. ». » .*»e Jo.io et* .»(> ». O. -••**• v<c>lande lAOat e» Ml •• « *e.t4Mi"»""'» e i>i< ¦->''•« '•••«. » •

o tntrafoa ot «»-«»oa.i » „. - •.d» Cop-tf. Boiie

Soniinha c •••»•-••• >*v^« « »¦¦ ¦iiti-tir de *»t| —• ¦•-> .-f t--' " ?• -

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Com*i(iom nlmenlf -.-- n . •« •*v*m>na lioiom o ••Oej tt »*» ?>«»»»¦» »»unt miteiet .'o.' . # • -j- - CjtcaoaJa*n.o.-n,. ... , d* A,.„r ...

INVESTIMENTOS DE CRS 1.200 MILHÕES SOMENTE NA PRIMEIRA ETAPA

AMPLIAÇÃO DO PORTO DE SALVADORATENDE AO PROGRESSO DA BAHIA

Por tua localização geográfica por-ticularmente favorável, e posiuindo acoita marítima mais extensa do pait(932 quilômetros), o Eslado da Bahiaconslitui-ic numa espécie de traco-de-•união entre o lul o o norte-nordestedo pois. Porisso meimo, o desenvolvi-mento de teu tittema dc transportes,marítimos e terrestre», i de decisivaimportância, não lamente para a prá-pria economia baiano, mai inclusiveparo a integração da economia na-cional.

Já cm 1959 a perto de Salvador»e classificava, «cgundo Relatório doMiniitcria da Fazenda, como o terceirodo pait (depoii dc Rta dc Janeiro cSantoi) c o primeiro de nordeste, pelovolume de carga movimentada. E suatendência, de ano para ano, é paramaior movimentação de carga e des-carga, renaltando a insuficiência dasatuaii imtolacòes portuárias e a neces-lidade dc seu reoquipamento e amplia*«ão. Cem e desenvolvimento da econo-mia baiona, não somente aumentarãoai e«po*va**6ct dc produto* tradicionais(eecou, fumo, sisal, mamona, minérios,ele.), como surgirão novai neocitida-des, eom a ampliação da Refinaria deMalaripe para 42 mil barris diários, o

programa de indústria petroquímica daPetrobrás, a instalação do matadouro--frigorífico da Mafrisa em Feira de San-tona, a implantação da usina siderúrgi-ca programada pela Sudene, o bene-ficiomento de chumbo em Santo Amaro,os planos de modernização da indús-tria açucarei-a pelo grupo Ermírio deAAorais, etc. Por outro lado, o programade construção, e pavimentação rodovia-riai, já em fase de execução — pavi-mentação da BR-4 (Rio-Bahia pelo in-terior), construção da BR-5 (Rio-Bahiapelo litoral) e da BR-1 1 (ligando ascapitais do nordeste), pavimentação dotrecho Salvador-Feira da BR-28, etc-— facilitará o escoamento da produ-ção agropecuária e mineral do inle-rior baiano, apresentando novas exi-gências ao parto de Salvador.

Plano de ampliaçãoDai justificar-se plenamente a inclu-

são, no Plano Portuário Nacional, das"5l3TU"s— de--e,,npJioí;Õ.Q_do__ porto do Sal-vador, já em plena fase de realizaçãopela concessionária dos serviços por-tuários, a Companhia Docas da Bahia.

O plano de ampliação do porto deSalvador, obra de grande envergadura,implicando num investimento, somenteem sua primeira etapa, de mais del .200 milhões de cruzeiros, consiste,fundamentalmente, na construção deuma faixa dc cais de 240 metros de •

extensão e IO metros de calado, ligan-do a extremidade do atual cais deoperações ao antigo cais de combus-tiveis e inflamáveis, e fechando a en-seada da Água de Meninos. Com isso,toda a faixa do cais ganhará conti-nuidade, tornando-se possível o apro-veitamenlo completo de todos os seustrechos. A extensão do cais de Sal-vador aumentará, assim, em cerca de600 metros, passando a uma extensãode mais de 2 quilômetros.

A Companhia Docas da Bahia ini-ciou os obras em 1958, já lendo pron-tos, para a muralha do novo cais, 550biocO5-do-ç0nc£ieiri..de_8^O_ blocos cada.Também está pronta a cava para" eicolocação dos blocos enquanto duas

M-ffl&g^ t^ÊÍÊIÊl^'^ - ^SÚMMm&kmfBmFtl^ ^£3MmèMMMWttÊMmmmmmmm\ m\Wgj flB^amS lffi||5Mr^- ^^^íírT^^mm^mmmmM ^<*«M^MPL^HL11i^1i^1i^1i^Li^M

^B^*^*t_*5íiÍ I fc^**d*ffll M-^B^t^BvJNB;^ 7P^mt^iM9r^^\MAJ '* 'JnSn*UHTjKMM Zfl

«al-Wfll SI RI f^l JÊw^WMMmmWmV^jtj^ 9' ^mm\ mmWtmt mWmm\ Mm' '» "W Mm^Mm Mw^^M\ M '** ' immU J^^^^^H cH ^^t^^^^^^^^^^^^H*B wJMaM mK mm ^T^ijm mM WL. L. \ B

B^Lr^edeim" • MW^Mm m^L^M^M mm^^^Ê^M^t Mt **c*BBB *B^*> BBjeja^B^BJ

»' "*5s*fc..y^B RflhB ES™ Wêmk^.^ímêm MM.**¦**¦ ***»>*j**a*l **M^*ca ****My .. J**f *mm **¦»» '--*-_ *^BBiBiBiBiBl-i.j*45r-**ã7J!3 MmiM^T^—ZL^mAm MSM± ™ü' ¦Hfjy*JBlj3BEitjT*a^^ H

** . • -teA1 -S.*g, J*. íWiJT ¦Ék'„ ^mmmB99BÊmi&x&Àhy^iÍM&^^ "*" ^^^^^•"bmbmbmí- ^^JgnbtúÊ: St i ^^*PwSáÍH^ kff >,*-.^w ^^aar^ *â*ciBHMR' - **4™- ***w*.^:T5L,fll ¦VHÍ' ¦ éí -— ^^c*e*Bͦi*rTTBJJ**p*fc>*^*^cjaÍ*B^^*UtJ>*i jWESK. -~'**Q^^£ílBM£!mS9m3wi: Jmm>. ,^mMM\•¦:JM mW^MMmU^^^^^^l JÊ^^^^f^ÊfTnli^tfvmmmmmU

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Vista aérea da enseada de São Joaauim, já quase fechada pelas obras de aterro, que prosseguem, dos dois lados. Com o colocação dos bloco» d» tom.*» ta

prontos, a faixa do cais dc Salvador aumentará oerra mais de 2.000 metios

dragas trabalham dia-e-noite no alénoserão recuperados ao mar mais de 300mil metros quadrados, que serão emgrande parte aproveitados para o pró-prio porto: ampliarão do atual arma-zém n 10. construção de 4 novos ar-mazéns, de n s II a 14, oficinas, pá-tio paia" voTü"mõs pesados, pátio paiamanobras, edifício para a administra-

ção, estação para passaçjeiios, etc. A

parte da área recuperada ao mar quenão fôr necessária aos serviços por-tuários será vendida, o piodulo clcslavenda destinando-se a custeai as obresdc ampliação, juntamente com recursosdo Fundo Portuário Nacional.

Reequipatnento dosserviços portuários

O plano dc ampliação abrange,lambem, o recquipamenlo dos serviços

portuários do Salvador. Neste sentido,visando a mecanização dc seus servi-

ços, a Cia. Docas da Bahia já recebeu15 cmpilhadeiras, 4 Iránsporládeiras

para madeira, 13 tratores e 2.000

palieis (tabuleiros). Foi recuperadoum rebocador, e adquirido um iate amotor, com capacidade paia 150 to

neladas de carga. Solucionando o pio-blema de água. foram adquiridas duasbaicãl cTõr|.ja, que por1- cn ril-- steccios navios sem necessidade de aliucu-

cno, ambas com capacidade paia 150

metros cúbicos. Foram também cons-liuidos uma casa de bombas dc recai-

que e dois reservatórios, um subler-icinco para 300 melios cúbicos e outro

elevado para 50 metros cúbicos. O

n ovq_ cjiç_çj.ncim.ealo--çlí)fji>r.-,--'0'(r-o"'põTc -

ucirlas dc diâmetro, \à está completo

até o 4 armazém, devendo abrangeilòda a extensão do pòrlo. Assim, mcr.-

mo antes da conclusão das obras, o

póilo de Salvador já pode ser consi-deiaclo um dos melhores equipados e

organizados do país.

'Áricoradoiiro cm São Joaquim

Com os obicis dc ampliação cio poiIo, desaparecerá a feira de Aq.ua fieMeninos, enlrcposlo utilizado pelos sa-veiros que fazem o transporte niarílimo no recôncavo baiano, servindo aoabastecimento da cidade, embora nas

piores condições de higiene e segu-rança, O plano elaborado pela CiaDocas da Bahia picvc a transferênciados feirantes de Água de Meninos paiaum moderno mercado a ser construídoiunto á enseada de São Joaquim. Julnando que ei feira iria simplesmentedesaparecei, e que perderiam o Ira-balho ou* "--- .1 iúTãsTsíencicicitaria, os fcircmics iniciaram um mo*vimento tonlia o aléno cia enseada de

Açiun dc Meninos Mas n malenlcndi ..c fruci futui-Ort-en'.

do foi desfeilo, firmando-se um acordo consiiuido o modelo nenlre.a Cia. Docas c os sindicatos Ioi |ctodo.ranlos pelo qual a enseada somente ___Pjr.:-,.e--m'âneifaseria feclic.ría cícpoís jjç^iJltt:-'-Hjrd-o^ertV"" Coo rio porto cie í»o vod.Sno J.pjsí|-iíi-it'-''í7Tir'ãncoiaclouio que pudesse ser utilizado pelos saveiros. Num

piazo recorde do 3 meses, o novoancoradouio foi construído pelos tec-nica: ria Oa Docas, superando incíu-sive as conrlicoes mínimas estabeleci-dos pelos feirantes, cuja transferência

te osvmjuicroo comme.a efi¦ervicos poitua.io.. moi >am>.melhores condiçoe* paromento do suo pou. ocfie.importante, o Boi-ia oott».'-.cm condições de o'^!'."»! rncie suo economia em res.»-

Estudantes Brasileiros na Reuniãode Helsinki: Festival da Juventude

Pelri Panair, seguiu dia 10 para Hei-

sinki a delegação de estudantes biasi-

lc ii os que participará da leuniao do

Comitê Internacional Preparatório do

VHI Festival Mundial dc Juventude e

dos Estudantes, o se realizar nos dias

22, 23, 24 do corrente na capital fin-

landcsa. Integram a delegação. ljn__

dembeigFcjjjç^_^iÍ£e--pT!rsTarente da UNE"TâTbas

Tcxcira, presidente da UBES. e

l-an Creio Ribeiro, estudante de Mineis

Geiais.

O piotimn ff^i.vo1 Mv»-ií<>oí ds, >v

venludc e dos Estudante* nn-ro r»0i.»"»elc

cm 19o2 mas. de>ti«f m mlenwiicera*-*«

os pteporativo» po.o ttta gro«et* t*A»*B

internacional |uvrn.i qvt- o w lo.ru>*

uma nad.çáo enti» ot mo\o* * os *»».»>

de todo o mutvdív- -

A reunião pirpinolona d* Heb'elii,

c-niic outras qup**ó«s. rímui..(i e «tv-tt.

o local <• plano» o*ron d* troboi.-»

nnin VIII ce<l.vnl

Page 12: AA ¦ -^ftA^AaAlAA I £^1 I E MISÉRIAPIRA 0 POVO · do próprio governo, como claramenlc transpareceu das declarações do gen. Pedro Geraldo dr Almeida, chefe da Casa Militar do

N

- 4 NOVOS RUMOS Rio de Jeneifo, lemano de 24 dt fevereiro u 2 dt morço de 1*?61 —

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| REAFIRMA 0 CC DO PO CNINIS

DEWIS: FILMO DEVOTADODA CLASSE OPERARIA \MERICANA

"Antcvemos para o nos5opais iim futuro livre da guer-ra e da ameaça de guerra; unifuturo sem miséria, explora-ção e opressão". Estas pala-vras do camarada Eu geneDennis. presidente do PartidoComunista dos Estados Uni-dos, falecido no dia 31 clc ja-neiro último, definem bem aconstante de toda a sua vidade eminente combatente daclasse operária e do movimen-to revolucionário estaduni-dense. Dennis foi um lutadorincansável em defesa dos di-reite-s da classe operária e dopovo norte-americano, ao tem-po em que lutou intrépida-mente em defesa da paz, con-tra uma nova guerra mun-dial. O seu desaparecimentoprematuro deixa um claroimenso nas fileiras dos com-batentes de vanguarda daque-le país, e a sua perda é cho-rada por todos os povos pro-gressistas do mundo inteiro.

A propósito de sua morte,o Comitê Central do PartidoComunista dos Estados Uni-dos divulgou a nota que abai-xo transcrevemos na íntegra."Tempo há-de vir cm queos nossos compatriotas virãoa conhecer a estatura herói-ca do homem que foi EugeneDennis, líder do Partido Co-munista dos Estados Unidosda América. Pois Eugene Den-nis foi um dos mais nobres fi-lhos da classe operária ame-ricana, um lutador bravo earrojado de suas primeiras li-nhas de combate, um líder in-tcbgentc c perspicaz de suavanguarda.

O camarada Dennis, comabnegada dedicação, proltin-do conhecimento o consuma-do saber, muito contribuiu, ede maneira duradoura, paraa solução dos problemas ca-pitais com c|nt* sc deparavanossa nação e que sufocavama humanidade.Trabalhou pela paz

Descreveu ;is dimensões daameaça á humanidade de umagueira termonuclear e teve-loti o amplo campo de ação ea capacidade tiíânica das fôr-ças potenciais que podem serarregimentadas em prol dapaz.

Já na década de 1930, Den-nis encontrava-se bem nocentro das lutas dos desem-prctp*4i«, ('(induziu inúmerasMeríaóÇ/ns, arrostou inúmeras_*«teões e foi condenado a seismeses de prisão em Los An-geles.

Combateu para que se pu-sesse fim ao colonialismo e aoracismo. Foi um participai!-te ativo dos movimentos de li-bertação anticolonial das Fi-lipinas, da África do Sul ç daChina. Em 1947, foi senten-ciado a um ano de prisão porter desafiado a Comissão Se-

natorial de Atividades Anti-norte-americanas de uma ma-

neiii que lançava a atençãoda opinião pública mundialsobre as condições nbso-luta carência de direitos dasmassas de negros do Sul.

Fêz progredir a unidade eas fileiras dos sindicatos

No ano de JÍ128, EugeneDennis organizou os trabalhn-dores agrícolas e marítimosda Califórnia, e. posterior-,mente, os trabalhadores emtransporte de Wisconsin. Tra-balhou em prol da unidade dopovo em torno da liderançaoperária pela ação política in-dcpemlcnt*. O camarada Den-nis desempenhou um proemi-nente papel no trabalho de"coalizão" popular, que foi abase para diversas reformassociais dç»s anos do governo deHoosevelt.

Acima de tudo, o câmara-da Dennis foi membro devo-tado, construtor e líder do

Partido Comunista, lutador emprol do socialismo, um defen-sor inabalável do internacio-nalismo proletário.

Ingressando no Partido Co-munista ainda jovem, o cama-rada Dennis foi eleito para oComitê Nacional do Partido,em 1936. Em 1938. foi eleitomembro do Secretariado doComitê Nacional. Foi eleitosecrctário-geral do Partido em1948. posto que ocupou até1959, quando foi eleito Pre-sidente do P. C. E. U. A.

O camarada Dennis deuuma contribuição significati-va ás lutas que visava a asse-guiar as liberdades constitu-cionais em nosso pais, duran-te os anos de perseguição ehisteria anticomunista e dosjulgamentos da Lei Smith.

Durante os anos de lide-rança do camarada Dennis.nosso partido esteve sujeito aviolentos ataques dos cír-culos governantes reacioná-lios, .Mas, apesar do eucarce-lamento de seus líderes e dasupressão de muitas de suasorganizações, o Partido nãose esfacelou. As tentativasdos revisionistas de liquidação«Io Partido, a partir de den-tro. foram frustradas.

t) nosso Partido honrarásempre a memória do cama-rada Eugene Dennis. O seudesenvolvimento será cons-tantemente auxiliado pelo ri-co legado de seus escritos eda imorredoura memória deseus leitos heróicos e exem-plarcs.

Choramos a perda de nos-so estimado camarada e líder.

Expressamos a mais pro-funda simpatia e hipotecamosnossa duradoura amizade aPeggy e Gene, Jr.

Comitê Nacional do PartidoComunista dos E. U. A.

Secretariado: íitts Hall, se-crctário-gcral; Benjamim .1.

Davis: James K. Jackson; Ify-man Lumcr."

Os Imperialistas JamaisConseguirão Quebrar a UnidadeEntre a China e a URSS

De II a 18 cie jnneirn, o Comi-te Central do Pai lido ComunUt.ida China realizou uma reunlloplenária, cm Pequim, presidida•x»r Mão Tse-Tunf. Objetivo dareunllo: receber o discutir um In*forme apresentado pelo secretário*geral do Comitê Central do PCchinês, Teg Hsl&o-Plng, sabre ,tConferência de Moscou dos repr»*-sentantes de 81 partidos eomunis*tas e operários, efetuada em finstiu-jino passado,

Como sc sabe, importantes pro*Monas teóricos c políticos foramdebatidos na Capital soviética rc-Ia ti vos ã situat,ãu mundial, à lulapela paz. à construção do sócia-lismo, a lulas dos povos colo-niais e semlcolonlals pela sua in-dependência — enfim uma sériede questões concernentes, à estr.i-tegia e a tática dos comunistas emâmbito mundial.

A sessão plenária do ConniéCentral do PC da China estavampresentes 83 membros efetivos e87 suplentes, além de 23 outras re*presentantes de diversas orgam-zações do Partido. Foi unânime-mente aprovada a atuação da de-legaçáo dos comunistas chinesesna Conferência de Moscou, sendoaprovada uma resolução a respei-Io e decidido levar a cabo as tare*ias traçadas nos documentos res-pectivos.

A resolução aprovada pelo CCdo PC chinês salienta como umdos principais objetivos íortale-cer a unidade entre a China e aUnião Soviética, assim como comtodo o campo socialista, o movi-mento comunista mundial e aclasse operária de todo o mundocombatendo por novas vitórias dacausa da paz mundial e do pro-gresso humano.

Característica de nossa épocaDiz em parte a resolução do

CC do PC chinês:— Nossa época é uma época

de luta entre dois sistemas sociaisantagônicos, época das revolu-ções socialistas e das revoluçõesnacional-libertadoras, época dabancarrota do imperialismo, deabolição do sistema colonial, épocade transição de outros povos parao caminho do socialismo, de triun-ío do socialismo e do comunismoem escala mundial. O fim do im-perialismo e o triunfo do socialis-mo são inevitáveis. O curso do de-senvolvimento social demonstroumais uma vez a grande vitalida-de do marxismo-leninismo e re-futou completamente todas as mo-dernas "teorias" revisionistas con-trárias ao marxismo-leninismo".

"Atualmente — pro.-. .->Resolução dos comunista.:— há uma nova ascensão na dos povos em todo o mundo con-tra o imperialismo, pela paz mun-dial, pela libertação nacional, a de-mocracia e o socialismo. O pode-roso campo do socialismo está setornando o fator' decisivo no de-senvolvimento da sociedade huma-na". E acrescenta: "A crise geraldo capitalismo atingiu uni novoestágio em seu desenvolvimento.As forças da paz superaram as fôr-ças da guerra. As forças do pro-gresso superaram as forças da rea-ção. As torças do socialismo supe-raram as forças do imperialismo.Ante os povos de todo o inundodelineia-se uma brilhante pers-pectiva para a causa da paz, dalibertação nacional, da democra-cia e do socialismo".

E adiante: "A defesa da pazmundial, a realização da coexis-téncia pacífica e da competiçãopacifica entre países de diferentessistemas sociais e a prevenção deuma nova guerra mundial, nova-mente tramada pelos imperialis-tas. consliturm as mais prenien-tes tarefas para os povos do mun-do inteiro".

Unidade sino-soviética

Referindo-se à unidade entre aChina e a URSS e entre o PC daChina e o PCUS, diz a resolução:"A unidade entre a China e aUnião Soviética e entre os parti-dos chinês e soviético tem um sig-nificado particularmente grande.No movimento comunista inter-nacional, o grande Partido Comu-nista da União Soviética se encon-tra na vanguarda, com uma longahistória c rica experiência (...) aUnião Soviética é o ma,- avança-Uo e o mais poderoso pai.; du cam-

jh! socialista. O Partido Comunls*ta Ua China se lem esforçado íir*iminente |>or manter e.fortalecera unidade entre os partidos chi*nés e soviético e entre os dois pai*ses. considerando que isto toleres*s«t fundamentalmente aos povos daChina e da União Soviética, assimcomo aos povos de todo o mundn.Os imperialistas jamais terãoêxito em seus planos desespera-dos de quebrar a unidade entre ospartidos chinês e soflÊtlco e en*tre os dois paises".

Balanço econômico

A reunião plenária do ComitêCentral do Partido Comunistachinês teve um segundo ponto daordcm-do-dla: a discussão de uminforme de LiFu-ichun, membrodo Biró Político do CC c vice-pre-sidente do Conselho de Estado «•chefe da Comissão de Plano do Es*lado sobre a- execução do planoeconômico para o ano de 1960.

Segundo o informante, o nívelda produção industrial da Chinacontinuou a crescer em ritmo in-tenso durante o ano findo. Na pio-

duyão do aço. a China, que ocupa*va o 0." lugar no mundo cm IW7.passou para o «.exto lugar no anopassado. Na produção de carvãode t. •!•-•. •atingi i o segundo lug?trno mundo, quando ha três anos— inicio do plano qüinqüenal —ocupava o 5.".

A base material e técnica daindustria foi grandemente reíor*çuda. O estoque de máquinas fer-ramentas"è" mais de duas vteea su*perlor ao de I9S7. Mais que dupli*cou também o número de enge-nhelros e técnicos no mesmo pc*riodo.

Ja na agricultura a situaçãonão é tão satisfatória, devido ássecas registradas nos dois últimosanos. O plano da produção agri-cola de 1980 náo foi cumprido porter o país passado pelas mais se-veras calamidades naturais já ve-ri ficadas em um século, depois deoutras idênticas que assinalaramo ano de 1959.

Desta forma, a reunião plena*ria do CC do PC chinês decidiuque, em vista das graves calami-dades naturais que afetaram a

produção agrícola rm dois anosconsecutivos, lôda a na<*ân. dutan*le o ano de 1901 deve concentrarseus esforços m frente agrícola,fazer da agnctiltuut o ponto fun*damental du economia da nação ede seu fomento e da produção decereais o seu grande objetivo. Nasarras rurais devem ser empenha*dos esforços pura consolidar maisainda as Comunas Populares, ado-tar medidas efetivas puru a eleva-çúo do bem. ¦..ii dos membros dasComunas, ajudá-lo»: a vencer asdificuldades decorrentes das cala-midadex da natureza e efetuarbons preparativos para incremen-tar a produção agrícola este ano.

O Plano do CC do PC chinêsaprovou finalmente medidas rela*cionadas com n funcionamentodo Partido, decidindo, em vista dogrande desenvolvimento da cons-trução socialista nas Províncias,criar seis birós do Comitê Centralnas regiões Norte, Leste. Centro,Sudoeste e Noroeste. Esta medidatem por objetivo fortalecer a li*derança do Partido Comunista naaprovíncias, municipalidades c it*giões autônomas.

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^¦¦__^__^l B-l--H--M-i----l-ir-k _^l P?9P U^pffiri ___^fll l_li__i_k ^^^H ¦¦

Ma» Tsé-tungfala no CC

O Comltc Central do Partido Comunista «Ia China rciiniii-sr- om janeiro último• in Pequim, para ouvir o informe da delegação que esteve presente á reuniãodos representantes dos partidos comunistas r operários, realizada em nuvem-oro cm Moscou, Na foto, aspecto da sessão do Comiiò Central, vendo-sc ocamarada Mao Tsc-tung quando falava

i restes Saúdao 80° Aniversáriode William Z. Foster

A propósito do 80." aniversárioclc William Z. Foster, verificado nodia 25 de fevereiro, o camaradaPrestes enviou ao Comitê Centraldo Partido Comunista dos EstadosUnidos a seguinte mensagem:

"Ao Comitê Central dn PartidoComunista dos Estados Unidos

da América

Queridos camaradas:Na. oportunidade das comento-

rações do 80." aniversário do Ca-marada William Z. Foster, os co-munistas brasileiros saúdam calo-rosamente o Comitê dirigente doPartido Comunista dos EstadosUnidos e, por seu intermédio, to-dos os seus militantes.

Os comunistas brasileiros acom-panham com vivo interesse a lutados comunistas americanos pelapreservação da paz, pela democra-cia e em favor da autodetermina-ção dos povos. Os lances gloriososdesta luta, sustentada heróica-mente pelo Partido Comunista dos

Estados Unidos, resultam numainestimável contribuição ao movi-mento comunista mundial.

Aíuando no centro da reaçãomundial, o Partido Comunista dosEstados Unidos desenvolve as suasatividades nas mais difíceis condi-ções. Todas as formas e meios sãotentados, no sentido de extermi-ná-lo ou reduzi-lo a inoperáneia.A sua bravura, a rirme determina-ção dos seus militantes, c a ina-balá.vel certeza da vitória final, en-tretanto, tém leito fracassar todasa.s investidas. Guiados pela inven-eivei doutrina marxista-leninista,os comunistas americanos estão àaltura do importante papel histó-rico, que lhes foi cometido.

O Camarada William Z. Fosterpersonifica as mais alias tradiçõese qualidades da classe operáriaamericana e do militante comu-nista. Fundiu sua vida ao movi-mento operário de vanguarda, fazendo-a parle integrante e in'áeparavel dele. Todas as suas ener-

gias e toda a sua grande e lúcidacapacidade, éle as dedicou ao mo-vimento comunista, à luta pelapaz e pela consecução dos maisaltos objetivos da classe operária.E foi sob sua firme direção queo Partido Comunista dos EstadosUnidos logrou a.s mais .significa-Uvas vitórias.

Ao ensejo das solenidades eo-memorativas do 80." aniversáriodo Camarada William Z. Foster,os comunistas brasileiros, poFni^üintermédio, desejam ao PartidoComunista dos Estados Unidos ;:smaiores e mais significativas vi-tórias na luta em que se empenha.

Ao Camarada Foster, exemplode militante comunista, filho emi-nente da classe operária america-na e seu lúcido e provado dirigen-te, desejamos todas as venturas,crescentes êxitos em sua ativida-de teórica e prática, saúde e mui-tos anos de vida.

Saúcla-of. Iratrrn i.lmenln,J.uiz Carlos Presl V

Page 13: AA ¦ -^ftA^AaAlAA I £^1 I E MISÉRIAPIRA 0 POVO · do próprio governo, como claramenlc transpareceu das declarações do gen. Pedro Geraldo dr Almeida, chefe da Casa Militar do

X

— Rio do Jonelfo, temono do 24 d» tovoiol.o o 2 de morto dl 1961

MIO PAU PARA A AMERICA LATINI

A China ApoiaPorque Cuba é

NOVOS RUMOS s -

um A p,MOSCOU mi - Ot diiIsentei do

Atiocioção do Ar.-,,,,,,. Sino.Ameilçanalatiam at nottat dtipidfdoi com umdiitet cordialliilmoi «bonquetet Infor*molt» em que ot crineiet oferecem ateut convldodot ot ««(«lindai de tuacoiinha milinar. 24 de deiembro...não conteouiamot dominar o noitolglade notiot laret dlilantei.

No último blinde. Chou En Fu, vice*pteiidenle da Aitociação, comunicou*•not que doi a algum mlnuloi tetiamoitecebldoi ptlo «Pntldintt Mao» —que e como oi chlneiet chamam o teulíder.

Flcamot eipantadoi. Oeide nonachegada a Pequim havlamoi tolicila*do eua enlieviilo, tem deixar de adion*•or que toblamoi bem o dificil que tt*tia ttrmoi altndidoi, dadot at ocupo*çãet do dirigente chinet. Não iniitlimott já haviamot perdido at tiperançatde qut a tntrtvitla vittte a te realizar.

Nem tequtr tu mt havia dado aotrabalho dt prtporar at ptrgunlat. Notáxi qut not levava ao gabineie deMoo Ttt-Tung procurti tiboçar umquestionário, no cato dt havtr, dt falo,oportunidade para rtcorrtr a éle. prt-tumíomoi, no entanto, qut tudo nâopottario dt uma taudação protocolo.dt dtt ou quinzt minulot.

Ot qualqutr mantira, Nelson Ettu-pinán propãt t ot dtmaif aceitaramqut, tt iurgiitt a possibilidade de tefazer perguntas, o encarregado de fa-zê-lat teria eu, na minha qualidadt dtúnico jornalista da Missão CulturalEquatoriana.

O veiculo nos deixou em um amplo|ordim, prodioso como todos os jar-dins chineses. Pensei que, enquanto ts-ptrótttmot na anle-salo, poderia rt*cHejir o qutstionário; mos, mal acaba-vamot de tirar os nossos sobretudos,apareceu Mao Tse-Tung e aproximou--se para cumprimentar ot equatoria-nos t mais três lindas mulheret cuba-nat que haviam chegado ao mesmotempo que nós.

Guerras locais eguerras mundiais

Instalados ao redor de uma longamesa, Mao saudou-nos cordialmente tnos convidou para tomar o chá tradi-cional, com que todo chinês recebesuas visitas. Fala Itntamtntt, tem in-lerrupçõet; seu rosto te conserva jo-vem; ninguém diria que já panou dotsessenta.

Diógenes Paredes, que encabeçanossa delegação, anima-se para rei*ponder à saudação do líder chinês maieu sinto que não posso desperdiçar aoportunidade e interrompo a Diógenes,cintes dele ter podido pronunciar duaipalavras.

Prc;,ic.':nío Mao — digo-lhe —sou jornalista e, nessa qualidade, dt-sejaria fazer-lhe umas poucas pergun-Ias, se não houver nenhum inconvenien-te para o senhor em retpondé-lcn. H*rão muito poucas, polt compreendo queseu tempo é precioto e qwe a peta hptadeve ettar multo cantado.

Assim que o intérprete lho troniM*te minhas patavrai, Mao Tte-Tungequietee a minha toUcifaçõo com umsorriso, autorizando-me a Interrogá-lo.

Como uma fleoho, fa«o*rho a pre*meira perguntar

Conheço o seu pensamento arespeito dos perigos da guerra e acre*dito na necessidade de lutar enérgica-mente contra eles. Mas que acha o te-

Cub

poio rara a Chinnhor que devem foier oi fórçoi dopoi te, opeiar deita luto, deiencodeor*•te umo autuo — tefa elo locolltadoou generalizado?

Mao não vocila um tegundo,f prédio difeieneior — dli —

ai guinai localt doi guenei mundioii.Moi, itjam localt ou mundlalt, é pre*<lio ainda verificar o caioitr det gutr*ron tt tão impttlallilot ou de liberta*ção. Mo lempo para lulor contro otpreparalivoi de gueira e, te te deflo*g.ar uma juerra imperioliila, há meloiporo lulor conlra ela. Temoi exemploidliio na tt.nóíio recentei a guerra doCanal de Suez teve que acobar logopor couta da oposição do mundo In*Itlio; o mtimo aconttctu no caio daCoriio. Cado dia le produzem maligutrrat localt; iuo não é mau, dndtqui itjom gutrrat dt líbirtação dt*momlrando qut os qut tttovam Incont*cicnlti vão tt tornando comcitnlti.

A revolução cubana

Sem perder lempo, lonço minha tt*gunda ptrgunla:

Não acredita o ttnhor qut a Rt*voluçâo Cubana abriu um caminhopróprio para ot povoi lalino-omtrica*not qut é o qut êtiti povoi dtvtm st-guir?

Tampouco vacila agora meu inttrlo*culor.

Cada povo latino-americano dt*ve decidi-lo — responde. O povo cuba*no dtmonslrou iuo grondtza ao faztrsua revolução, que é um movimentototal do povo. Trata-se de uma verda*deiro revolução, não de uma quarlt-Ioda — a que tanto st acottumaramna América latina. A dt Cuba é umarevolução antifeudal e anliimperialistae tu crtio qut ot povot da Américalatina o titão vendo claramente e porisso opóiam Cuba. Os imperialittai ian-quês acreditaram qut it tratava dtmais um golpe dt Eitado, que élei po-deriam manejar. Ao verem teu erro, em-ptnhoram-te em combater a RevoluçãoCubana.

Compreendo que não terei oporia-nidade de fazer tãdat at minhat per-gunlat t ticãlho uma que é de meuparticular inttrêttt:

Conhecemot muito pouco da no-va literatura chinela- mai, pelo quevimot de pintura e de teatro, recea-mos qut não tt etteja aprovtitando ariquíssima htrança artística que o po-vo chinês recebeu do panado remoto.Pessoalmente, creio que te pode rea-lizar uma obra artística revolucionáriasem subettimar — muito pelo contra-rio: aproveitando-a — esta herançamagnífica. Gottaria que mt dtttt tuaopinião como dirigente político e poeta.

—¦ Sim, utilizar a htrança — afirmaMao — mai em forma crítica. A culturamilenar da China é feudal, mat essacultura ttm muito de popular t algode feudal. E prtciio diitinguir o feu-doi do popular. A arte t a littraturanão são um todo único e é preciso dis-tinguir os etapas de desenvolvimentodas etapas de morte. Quando o feuda-ritmo estava se detenvolvendo, ttvtmuno de bom; e isto é que é precisotabof oWizar criticamente, da mesmaformo que a ctrHvra cmtffeudal deve terirHNoada criticamente. Ai obrai po*pularei da época feudal também têminfleonciat dai classes dominantes, éprecito, portanto, saber analliar: ver acultura feudal em tua origem, em teudetenvofvimonto e em tua decompoti-tflo. í, repHo, analliar e criticar tam-bém a coktfra antifeudal. Esta é nos-H orientação, embora tenhamos que

rmheeer não havermos ainda utiliza-

plenamente essas heranças. Quanto

ot oh,.t clèiiiçai, tão clotilficadat efiiditadot, f preciio leconiiltul-loi deum ponto de viHo moderno e cientifico.

Tema» ocidentaii

Gottaria de ietntettogé*lo t conti*nuor a convtfta tdbre liie ttmo moi,pilai Iniviléveit inttrvtncòti do Intér*prtle, ,0 m panou muilo limpa. Agia*diço e me dou por tallifello. MaiGuoyoiomJn Inltrvémi

—- Couiou-noi tutpréia — diz —-tnconlrar uma Itndincio o copiar aiformai ocidtnlolt not artti pláillcat.Etiti modtlot não cotreipendim ao •»pirito chlnit e podem deiodentar. AChina ttm mtilrti modtrnot no plntu-ra, como Chi Pai Che, como Chi Pe On,e não te eitá utilizando dtvldamtnleitut enilnamentoi, de um ponto de vii-Io revolucionário.

Sim — reiponde Mao imediata*mente —- eua prática de copiar jáperdura há léculot. Ot pintor» chino*sts copiam coiiai alhelat • jé oi cri-licamoi por cauia disto.

No América latina — intervémoutra vez Guayaiamln — queremotchegar ao univortal alravéi do nacio*nal; t por isto noi turpreendeu ver quenat eicolat dt arte na China tstõo itutilizando modtlot grtgot.

E" a primttra vez que Mao demoraalgum tegundoi poro reiponder.

Falou diito com ot dlretorei dei-tai eicolat? — ptrgunta a Guayaia-min.

—* Sim. .Mao movt a cabtça tígnificaliva*

mtntt t dtpoii diz:Não é iá na pinlurar também em

música copio-se o alheio e dtsprtza-sto chinlt; na literatura, a moima coiia.At criticai feitat tiveram por multadomtlhoramtntoi no campo da proia dtficção, mai não no da poetia. Já há ai-gvm lempo nãe trato com artistas e nãovoltei a diicutir éitei temei.

Delegada cubanaGuayoiomín quer intervir outra vez;

mat tá contegue txplicar qut, tt trou-xtmot ttiat contideraçãet ao chefechinet, é per ter lie também um grandtpotta — e não contegue eitender-temais porqut uma dai lindai cubanasque not acompanham protesta muitotuavtmente.

Somot delegadoi de mulhtrtstimplti dt Cuba — diz — t agradtce-moi eita oporlunidadt dt conhtctr ograndt dirigente Mao Tte-Tung e ouvirtuas palavras de eitimulo à RevoluçãoCubana.

Cuba não eimagou apenat a má-quina de Batiita — afirma Mao: ti-magou também a máquina do imptria-lismo. E' um exemplo para toda a Amé-rica Latina t para todo o mundo domi-nado peloi lacaios do imptrialismo,poit dtmonslrou qut t potiívtl dtrru-bá-loi,

A mesma senhora cubana intervémoutra vez: '

Estamos conscientti da nectstida-de dt dtftndtr nona rtvoluçâo mastambém tabemot qut ntctuitamoi doapoio dot povot da América Latina tdo mundo socialista. Gottaria dt fa-zer-lht uma ptrgunta: que benefício otenhor acha qut a China t Cuba obtt-rão com o tratado comtrciol firmodorecenttmtntt?

Para ambot os povos é bomopoiartm-tt mútuamtntt — disse Mao.A luta dt Cuba t um apoio à China,assim eomo a luta da China é um apoioa Cuba. Devemos estar muito contentescom a última onde dt manifestações an-tiimptrialiitas na América Latina.

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Combatentes deuma só causa

Man TV-Tuii*; acompanha dr perln a luta do*, poros latino-americanos contra.. im-icrlRlLimo r por sua Independência nacional. Kssa luta — diz élr — è umaainda pura a causa do povo chinês, ila mesma forma que ;.s vitorias dn povochinês são uma ajuda à luta dos povos prl.i sua ut.«-ri.,. ,„ r„\,.,nn. . .*•¦neses suo romtialenles dp uma mi causa

Interrompe-se um segundo. Quandovolta a falar, damo-nos conta de queo homem que lutou infaligàvelmentepela revolução durante 50 anos, o es-tadisla atarefado, o dirigente máíimode um povo de 650 milhões, continuainteressado ao máximo pelos problemasda Arte e da Cultura.

— Sóbre a cultura quero ocrescen-lar algo: Iodos os povos devem fazersua contribuição de acordo com suascaracterísticas. Há coisas que são co-mun$ a Iodos os povos e coisas pe-culiares. O comum é que vivemos emuma mesma época: a segunda metadedo século XX. Mas isso não significaque devemos esquecer as peculiarida-des. Isso nos levaria a produzir umoúnica música toda no mesmo tom, umaliteratura toda no mesmo estilo.

0 universal e o peculi

Jorge leqza murmura alç^o que o in-térprete o convida a dizer em voz alio.

Dizia que a diversidade rerjionalfaz a universalidade.

O universal se produz através dapeculiaridade — salienta Mao.

Guayasamin faz sua última observo-ção:

Através da OEA, os Estodos Uni-dos se acham empenhados em fomen-tar uma arte abstrata que desvirtue aessência latino-americano. Alguns pin-tores ingênuos deixaram-se enganar.

Mao ia comentar essa informação ciopintor equatoriano, mos já eslavamde pé alguns dos visitanles, que consi-dorávamos excedido o tempo marcado:quase duas horas parecia-nos demo-siado, levando em conta o trabalhoexaustivo do lider do povo chinês.

Mao desceu conosco alé o jardim n-fêz as despedidas à poila do táxi, lomia simplicidade dos grandes cond^loiesdos povos.

Teoriae Prática

As Partes Integrantesdo Marxismo

A Mlnri. K. Veiga, de Sim l-aulii, |M*ile*nos pan. .'xpllnir as rrlu.-.Vr*, entreas |u.rii's iiiiixiai.ifs .ia Icorla marxista,O marxismo lem, In-s rompuiumtns i-lriiilfieH.s: » rlliisnria dn Mnteriallsiiioliiiil.tini, n rkonoinla Politica marxista e a teoria ilo Socialismo Cientifico. Tõ-.lus ns tri-s estilo IndlsHoJüvclinentc lluailus. ic-.ii? n vi»r siias rolaçòos rccinrn-ras, seu papel c sua infltlúncia, rio conjunta dp nossa elêncln social.

'lin. .Alnivisiiio e rcvlslonl.mno», i.rnin refere-se í. teoria da lula ile classeseonio a luis,- ilo marxismo. Om, Marx .• linirels li^im „ Rxlsli-neia das classes .*a lula ile «lasses a determinadas etapas da produção social — •• anòlani-se, sobre*Ilido, uns ennlraitiçffes da (teonoinia e nos antagonismos da sociedade capitalista.O Soeialisn-iii moilcriio lein, assim, ciiiiiu luis,.s ciciiflflias, ,, Malcrlnlisnío Dlalí-tico « Histórico c a análise <li, estrutura üconãinlen <h. Mickiiad*. rrorguesã f:com a (ouccpçiio iiiatcriallsfa ^|Mluj;joxij^ji_«thT--Tr^:^rili.'ita da mais-vnlia —

explicava lOiigels ijm i ilii n muna clêitcliiiSein ilúviJa loi à Kcoiiomla Pnlitlea qim Marx deu o melhor <i,d" seu rôiiIo, «O Capitais constitui a obra de sua \iila. como ele

va. Ali, Marx pila a nu a essência tia explora..uiais-',,'iia — e, com i Ia, a lei gõral ila iiciininiH.isoi-i-.-laile burguesa. Revela, assim, não srtcapüalisln, ermio também o caráter inconciliáivl ila cinlrailiçilo ((;„ n, m- o pro-le-r.rla.Iu » hurguesin. r. Ia primeira ver., ivsíuda-se a liindo o vnlteoria iio valor uma .lotitriiia completaxlsino uo dcseiivolvimeiito ila cirmia cconOiiiica. i. s uiailn por essa looria quoMtjrx passa a dar um lugar esp-teiãl ao |irocr.sMi dn ,. imiiilacão C4tpllalisla, des-eubfi! as partes componentes (eunsfante c variável) e as íormas (ui«)iiclárlii„nvniinlil v. prorliiliva) do cupltiil — e iiui-Ip, que és,,' é ima clnção social e""i prnwssn fisiçu, i-:, almlu, à tui.se da tciiin ilu valor quo se niinlisnni o»processos <la repr.iiiuçâii simples *< aiil|iliaiiii. ii ciicirliição entre os l«c.is do pro-iluçao c os linis lie Cl ¦'•nino, a ili\isào i!:i l)'iii»-Milln'Upillllislus .As

sua vida ,*pióprio afirnni-

capitalista, de cobre n kl dacapitalista ,• os .le.s | oloa da

leis ilo luoviuieillfi ila ierlaile

faz-.se daiiiiuia o Ilibar do mar-

irx arma .. prolctariaicconiiinia capllalista

• ¦nn. ..;iiomicas <|iie rei" 'in asua lula ruvuluclotuíiia, dc iiin.lo Ijrine .• i>r;toi-iia-.sc possivel cluliorac, em bases cantil!guarda do prolctaiiailo, definir os ciniinhisso, a lula il.' .lassas pelo socialismo I'1'olilica assume, ante a realidade da lula deum papel iic uaveini inte predominante.

Resta n Alan rialismo ilialrjlieo Histórico. Na milhlude, fie c a base ícórien que Um-ilaiiicnta cada uma ihis coniiionc.iile.s fustonU-s. Sem a (Hnlétloa materialista,Sjatx e Kngcls não teriam descoberto o eanlter liislúrleri tlus clusditadura do proletariado, como fecho ,|ri ciclo dncniiMtiliii a Imsr. :|(. pnrllda e ó gula de «O Capllaldade .1» medulo dialético e da

entre o^ vários grupos dei. ei o. I, conhecimento das leis eco-

com n possibilidade de organizar",•¦> 'il., a base dessas leis. Assim,ii.».-. :i tática e a estratégia da van-s i! us lôiças <la revolução. Com.:i-m' uma ciência. K a Kconomialasses <• as tarefas di» proletariado,

ftapel dasoclíuliulos de elusses. Kla

iii-.il , i^i" .- uni exemplo d.n uni-compreensão niuteiiitíistn dn mundo: mostra o

ditnniio Ue prniluçan enpitaüsln em seu siirgiiucnto c cmiiiilii-n as contradições próprias du sistema conin i. r«tntuincessante — e, an mesmo f."inpo, tios prcmissiis materiais i:;ciii :.s umas relações de produção socialistas.

Assim, un cu-.-pii homogêneo -In cicnciit dc Man ,¦ il,-folilien consliltil n doutrina prlncipiil; o S.icialisnubásleo da ligação da teoria e da prática rcvoluciiuiiive Histórico representa o fundamento teórico

Icnilcncia histórica;i'ii desenvolvimentoi.i> anunciam, e exi-

ias; oalinii do

¦ Kngels,.im mmMate ali;

i Kconotniai o '>-i i i*iiii.n llilllélieii

História do Movimento Operário — (LXVD —

Em fevereiro de 1900 terminou o prazo de deportaçãode Lênln e ele voltou a Rússia eui-o^i^.PTOlluVJ© de -mo--riirjam capitais, nos cidaõesünlversltái-iaíi e nos grandescentros operários, Instalou-se em Pscov, a cidade onde lhe:.. i-ia mais fácil manter- *. em ligação com Petcrsburgo.

Até meados do ano, I nin realizou, quase sempre ile-galntonte, uma sério de viagens pelo Interior da Rússia, li-gairJo-se a numerosos círculos, grupos e uniões de social-di n.ncratas. Com outros tantos pôs-se enii contato pormeios indiretos. O objetivo fundamental da intensa ati-\:linde prática então dcs.Biivolvi.la por Lênln era organizaro mais amplo apoio ao futuro jornal marxista que editarianu estrangeiro para ser difundido, Ilegalmente, cm toda aRússia czarista.

O jomal se chamaria «Iscra» («A Faísca»), nome quel.ênin foi buscar na famosa frase «Oa Faísca nasoe a cha-ma», do dociunento de resposta dos «decabristas» («decem-hiistas») ao |K>cta Ptishquln («decabristas» foi como fica-i:ini conhecidos na história os revolucionários nobres russosquo deflagraram uma insurreição contra a autocracia cza-rista e o neglmc servil, a 24 de dezembro de 1825). Lénlnconsiderou necessário, igualmente, organizar a publicaçãode uma revista politico-cientiflca, cujo titulo seria «Zariá»(«A Aurora»).

Em julho de 1900, Lenin foi para o estrangeiro. Depoisde i iibendlmentos com Plekhanov e outros membros do gru-po «límanclpaçâo do Trabalho», para a organização em co-muni da rednrão do jornal e da revista, saiu afinai o pri-meiro número üa «Iscra», a 21 de dezembro de 1900, im-

A «ISCRA» E O «QUE FAZER?»presso em, Lelpzlg (Alemanha). Os númBnK seB-nintp. ..iáhrU %£X?t ^rnh^,^«•x"" em'Lo»r *"5fS

esore^uríuí SuT^JÍ ^S»-***» ** «»«"•». ondeS í^Í^JISS2!L"ôto" ° P-°**»«na " os prin-

 ST7J^lI?^7..s,mP°rsantes no imblto Internacional,n.inhíl

lenlnJ»**Jutou, número ap«s número, para enea-

única lta7a^^wff oprimidas da velha Rússia pri.No ri^t^TtrÍL^0

à V tóriB' * "*• revolucionária.«»«£?T^ trabalho de miaredmento realizado nesse'n1So,e8víutK,? SífÍemAt^ " nAmSTo

"eco-

naSl «nrSÍ^Í? d«"«ro da Rússia do oportunismo inter-

A redação da «Iscra. mantinha permanente eorrespon*(lencia cooi as organizações locais rio I'arllilo, iipoiandu-scna sim vasta rede de agentes no inferior do | ais, constitui-da em geral de nivolucloiiários profissional que não só ur-ganizãvam » distrihiiiçã.i do Jornal conto difundiam as iiiiiaspor êle defendidas e crinvnni noVus e íui\»s organizaçõesdo 1'Kilido subordinadas ii oiicnlação da nlseru .

for iniciativa de I>niii, e iioni sua parljcinação direta,n redação elaborou um piojelo dc programa <l<> riitlido pu-iilicado no n" 21 do jornal, e ajudou a preparar u II Con-presso do Partido, que viria a realizar-se cm ju ho-nirõstij(le 1903.

... . IMUII 1111(11 miEm mflrço de 11)02 velo á luz, editado em Stulgart ii", lfl.iu (limiiiui^u '..(Alemanha), a grande obra de l.êuin «(Jue l''azer'.'., que cs- |)",nl da so i. ,;ie , . -; i1;-:crevera durante os anos IOO1-J0O2, e na .junl, im niesino ilepend.eiiter.ientc ,.-';.;.'. i :• ,... . „,. -,' ¦> quem

ií;t ifi\\\k i'i'':i I)ii i;;ít':»n sòhrü

Caba â siicial-deiiiocracia rev.uueioinirl levar n eous-ciência socialista ao moviincdto operárii pontáiieo. «Ai .'insciênchi finlitieti tio classe nãn pode ser levatlu ao ope-rãrlo seiífio <U> fora quer di/i'i', dc lorn du lula econômica, defura da .esfera das relações entre operários e patrões».

As lon les Ideológicas do iiporliiiiisino ic.i.iei , pr cisa-nietite 11ti inclinação niiic o hiovinirMtu uperúriu - 'oulâut i.i.'..illni' a esponhinciilailc é di-stirnini' a classe , ..•> '¦-

;¦ •..,..i.s seus ininilgus, a autocracia i :i lun-guc' a, ê pôr ,• ... i-iiiciito operário a rehii'|tie du Im, ;¦.- .:;, . ninniei' ¦. priIa, iado ideológica, politica e rciinõniicaini.níe doi iipaud I" uhiiniigo dc classe htii-guès, ,' n ninclar :i hiíu pc o sõejills-mo, conter .i classe operária nos .ím.í"s da i.,::. sindical, tiaIuíii por peqp-euns i"... is eciuiòiiiícas e poHlicii.s, dentrodo quadru '.'. .'('UMii.e eapitnlisln,

i¦ eoiti. dn . simulai! idiuli do uiuvinicnfo opera-,"! ii.. 'r;lonvMr'o consciente», do

! por i- •! mesmo — ln-*~ - -, . .... .,....., .... ... • ... m . , . ,i. i |-.

- i i.iiirii ilicni|M) que põe a nu lodo o conteúdo relorntisla, contra- illmímii, — nin reíorçiiiii nin1'cvoluclonárlq, opurtunlsln dc direita das teorias revisionis- os upei-áfios».Ins de Bernstein e seus sequazes, parllctilariiicnte. os «eco-iiomistas» russos, l.ênin justifica a importância lun.lamen- Xenihi ns in ;.•.• anieniauo i ,, -,e h , ¦ » uarxl* nutal duma teoi-in revolucionária para o movimento operário, S"gunr!:i a ... | ,, pai ;,.:.> ¦¦ \

'¦'¦'¦ » --s. do movínrn-o_papel decisivo do slemcnto consclrntú no movimento i>i '• lo operâiiii com o social, iíi . .,,¦ i-,..., •' i. ra-.ifulo- :-

rário espontâneo. sScrn teoria revolucionária não Ini nwi. nais dc, J.iim fu-crV» u,> i .... n ','•'¦

,i - Vó ,1,. ir"riiiuiiil .. ^_ (. • . ' * '¦•'• ¦••.itMl v« i f . t» II * .»i .'li t'll «tiin ente- revolucionário., só um parimo p. nn., :,. unia li;i, ,, llt:-.u( . (,,„)i; ,.,.,„„ .. ,„,...; .,.,,¦.,.;„ ,,, , „„.u-ona cio vanguarda podo cumprir u papei dc cumbulcntü i.ui.e enlrntlziido parliilo d» m. i- ; ,'<¦ nins, •i.,t.»,|C vanE«arda>* sóbre „ p,„,,,,-„ ruri.iamco.ai ."nlralNii., demoer.''Íicu.

Page 14: AA ¦ -^ftA^AaAlAA I £^1 I E MISÉRIAPIRA 0 POVO · do próprio governo, como claramenlc transpareceu das declarações do gen. Pedro Geraldo dr Almeida, chefe da Casa Militar do

Lumumba: Símbolo da Luta flnticolonialista

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0 lííSersácrificadí

Patricedc seu

l.iiiniiniba. pequeno_ funcionaria (los Correios no-Coiiffo. plenamente identificado com os anseios dc liberdadenovo, loi um dos principais artífices da independeu chi cmifiolés-i nue -inüs »"»«-»«.»i»(.da,exploração colonial liclfta. Elevado ao posto de primeiro-ministro (|a"

' 'resquicios da dum inação secular, travando decidida lula eiinirn

aiio> <le luta, log-roii libertár-scnova nação, Ltimumba tratou dc liquidar os

'". ¦ «..«¦ d-ia si,K„;„- :| pn.vnu.ia ,,c Cata.l.a, àian-deü^ ^nre^^^V0* """""^ '""^^ Çb'm°'

l.iinnimi.a, a fj„, (ll. af.ls|pcl» scc.etãrio-íícial da ONU, eliminaramdi

ir a

Grimcdeixa órfãos

A ríVrvcpptHpC-H-Iriee Lumentepública•-"u pai

sècncia ca usa da nrlos cnlnniiilncftt-(-"fãnTiTia dos lideres hacionnlista.smumba — Juliana, Patrice .Ir. c Frnne|- foram mandados para o Cairo, comoíVrahc Unida os (rés pequeninos

'd.va llcpú>-icii do Coiign nánlocais. Os tivs filhos í\r Pa-is, í. 8 c !) anos, respectiva-iicrlida dr sog-iirahça. Na Re-orlaos cursarão ;t escola, lonirc dc

seus aiiius. Os colonialistas, acobertados.i>ossi^Í2dajd^_djj_..iiwJ/4»M«íTrirriTr_('m''""i^^^^

JJiCO.MPAMIAMlO „ irresistível riu-" xo de luta |K Ia libertação nacionalque vem iiiaicnntlo esta sejjiilKla me-túflrj do século, os patriotas cotiKOlcses(iesciicaiideai-am a lula para concretizarseus anseios dé ihiiii vida independem!Úentre as figuras de pitol dos embaleslibsítãriÒK, sobressaiu a l'i«iu-a de umlíder de origem popular que, a pouco epoueo, loi-nou-s,. espelho das mais alta-

- asjiiraçõis de seu povo, que — depoisdo histórico 1 «le -tullio, i|imiido, im so-lenitlade :le ind-píiidêMi-ia. o lider teve aconiuciri de dizer diante do rei ItaldiiinoOs nm! 's do eoioiiiulisino e indicar asmedidas indispeisãveis ao floreseimen-<o nacional — cotifioit-llie o mais altoéa»'íTP «a fiõva ordein. A situação con-lurbim-se quandn uni lanloclie, AloiseTclionibe, e sub-íaiitoches como Knsa-veliu e Mobulu dcsoiiciidcarai)» a lulaseparatista que visava entret;ar. as pró-viucias tuais ricas da nação (Catangafigura entre as maiores reservas deui-iV.tio' do mundo) aos seus antigos do-nos, com a visível participação dos im-perialislas norte-americanos à espera deSSu qtlinliâo. Exigida a intervenção daONU, esla delegou podéres ilimitados aHàmmarksjoeld, que se p«'is francameutp» _fn/er o i«V*o f!;irí--:-fTqTi-rtglAiile ,n pouca eficácia dos atos legaiscon» qúe procuravam encobrir a anu-lação da independôncia congolcsa, aslôrças anti-nacionais foram ao limiteextremo de um crime hediondo — Pa-Irieé Lumumba ficará na memória dospovos como símbolo imticolonialista.

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0 crápulac o herói

Ou-ndo l.uniuinli* rol à ONU. pit»*,curando rwtolvrr a >hu.hjh dr m-uP*t*. I>ai IlaromarMoeld rsesbea-ornlro «orri»» • aperto* de mio. Fou-c-04 mi-íM depoh. fomenlou r tramouo .iss.ivMii.ilo do Itdrr alrii 4»in

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Fascismocm ação

Ferindo todas as regras internacionaisdo tratamento dc presos políticos, l*a-trice Lumumba foi transportado desua província para Catanga manic-Indo, como se fora um criminoso, oupior, criminoso comum

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Métodos doimpcrialisníd

Preso c seqüestrado pelas forcas quese lhe opunham e à indepéndêhcia doCongo, entre as quais avultam a Bélgi-Stíw /• -om a cótnplaoêBtáa rioOag Hàmmarksjoeld, Lumumba foi sei-\agemcntc espancado

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