ações sociais, educação e sustentabilidade

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Ações Sociais, Educação e Sustentabilidade Uma rede de relacionamento entre empresa e comunidades Social, Educational and Sustainable Actions A network linking the company to communities

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Page 1: Ações sociais, educação e sustentabilidade

Ações Sociais, Educação e Sustentabilidade

www.ampla.com

Uma rede de relacionamento entre empresa e comunidades

Social, Educational and Sustainable Actions A network linking the company to communities

Este livro foi todo impresso em VitoPaper, papel oriundo da reciclagem de diferentes tipos de plásticos

This book was printed entirely on VitoPaper, sourced from recycled plastics

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Social, Educational and Sustainable Actions

Ações Sociais, Educação e SustentabilidadeUma rede de relacionamento entre empresa e comunidades

A network linking the company to communities

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Construir a Ampla partindo da realidade do cliente para dentro da empresa, e não o inverso. Esse passou a ser o nosso objetivo quando, em 2003, começamos a entender, de forma integral, o problema do furto de energia, que era extremamente crítico para nós. Com apoio de um estudo sociológico, percebemos que entre os principais elementos culturais que levavam a esse hábito estava o valor que os clientes dão ao relacionamento com a empresa. Eles não se sentiam satisfeitos em, simplesmente, efetuar um pagamento e receber um recibo. Queriam mais. Queriam uma distribuidora que os visse dentro do contexto em que viviam, e que contribuísse, com proximidade e flexibilidade, para o desenvolvimento de sua comunidade.

Naquela época, 6% dos moradores da área de cobertura da empresa viviam em situação de extrema pobreza. Percebemos que, quando o nosso relacionamento com o cliente andava mal, tudo andava mal: aumentavam não só os furtos, mas os casos na Justiça e os de inadimplência. Diante desse quadro, concluí-mos que não era suficiente levar a essas pessoas energia elétrica com qualidade. Precisávamos ensinar a elas o que é energia e como ela é gerada, educá-las para seu correto uso – já que 70% do que se obtinha com os furtos eram desperdiçados – e, mais do que tudo, ouvi-las.

No primeiro estágio de evolução da autoconsciência empresa-rial, costuma-se focar nos resultados financeiros. Em seguida, a preocupação abrange também o pessoal interno. Na terceira fase, percebe-se que os clientes, os colaboradores e os acionistas são, antes de tudo, pessoas. E na quarta – que é onde a Ampla se situa – busca-se o respeito pelo entorno, pela comunidade e pelo meio ambiente. Nossa preocupação com o tema social mostra como nos definimos: estamos convencidos de que essa é uma responsabilidade nossa. Responsabilidade que abraçamos e de que vamos dando conta, sempre em parceria com os clien-tes, por meio do Consciência Ampla.

O valor do relacionamento com a sociedade

Building Ampla starting from the client and working towards the company, and not the other way round. This became our aim when, in 2003, we began to fully appreciate the problem of energy theft, which was critical to us. Backed up by a sociological study, we realized that among the main cultural traits that led to this situation was the value clients give to their relationship with the company. They were not satisfied with simply making a payment and getting a receipt – they wanted more. They wanted a distributor who saw them in the context in which they lived, and that contributed to the development of their community by being near to them and by being flexible.

At that time, 6% of the residents in the company’s catchment area were living in extreme poverty. We realized that when our relationship with our clients was not going well, not only did energy theft increase, but so did court cases and default levels. Given this situation, we came to the conclusion that it was not enough to provide these people with quality electrical energy. We had to teach them what energy is and how it is generated, to educate them about the correct way to use it – as 70% of what was obtained through theft was wasted – and, above all, to listen to them.

In the first stage of corporate self-awareness development, financial results are normally the focus. Next, concern turns to staff. In the third phase, clients, employees and shareholders are recognized, first and foremost, as people. Then in the fourth phase – where Ampla comes in – respect for the surroundings, the community and the environment is focused on. Our concern for social issues shows how we define ourselves: we are convinced that this is a responsibility of ours – a responsibility we embrace and that we are taking care of, always in partnership with our clients, through Consciência Ampla.

The value of relationships with society

MARCElo llévENEs Presidente da AmplaPresident of Ampla

é com imenso orgulho que acompanho, ano a ano, o extraordiná-rio trabalho da equipe de Projetos sociais da Ampla. As ações sociais promovidas pela empresa conseguiram sensibilizar mais de 1 milhão de pessoas para esse tema tão importante que é o uso eficiente de energia elétrica. Temos constatado que os beneficiados, após participarem das atividades, conseguem reduzir seu consumo de energia, sendo muitos deles jovens que foram visitados por nossas equipes em suas escolas. Esse tipo de iniciativa representa uma semente importantíssima para a cidadania dessas moças e rapazes e para sua inclusão social.

Focando na cultura, na arte e no saber, nossos profissionais e parceiros conseguem algo que considero profundamente valioso: preparar para o futuro o cidadão que mora em comunidades tão cheias de dificuldades e de problemas sociais, como muitas das que estão em nossa área de atuação. A Ampla não só lhes propor-ciona treinamento profissional como gera emprego, contratando muitos dos jovens que passam por nossos projetos sociais. Trata-se de uma preparação não só para esse primeiro emprego, como para compromissos que eles poderão assumir no futuro. Enfim, o que ajudamos a lhes proporcionar é uma preparação para a vida.

Quem tem energia elétrica em casa tem um fator de dignidade. E usar a energia elétrica com inteligência, parcimônia e responsabilidade deve ser um compromisso de todo cidadão com a sociedade. Tenho imenso prazer em constatar que nossa equipe está fazendo um traba-lho formidável na conscientização de seus clientes a esse respeito.

Em minha opinião, de todas as atividades realizadas pelos que fazem o dia a dia da Ampla, a mais complexa, a mais difícil e, com certeza, a mais gratificante é a desenvolvida pela área de Projetos sociais. seus integrantes têm o privilégio de otimizar o resultado econômico da em-presa levando alegria, satisfação, progresso social, bem-estar e por que não? Felicidade a cada um dos nossos consumidores.

Uma empresa concessionária de serviço público é uma empresa, sobretudo, de parceria, de comunicação e de cumplicidade com seu cliente. E essa equipe, cujo trabalho está apresentado nesta publicação, é o amálgama dessa cumplicidade. sem esses profis-sionais, não teríamos uma boa conexão com o nosso consumidor, que é a razão de ser de nossa empresa.

O precioso amálgama da cumplicidade It is with great pride that year by year I have watched the extraordinary work done by the Social Projects team at Ampla. The social action taken by the company has managed to raise awareness among more than one million people about this important issue, the efficient use of electrical energy. We know that, having taken part in the activities, those benefitted – many of them being young people visited by our teams at school - manage to reduce the amount of energy they consume. This kind of initiative plants a very important seed of citizenship and social inclusion in these young people’s minds.

Focusing on culture, on art and on knowledge, our professionals and partners have achieved something I consider to be profoundly valuable: they have prepared citizens living in the communities in our catchment areas for the future – communities, like so many in the areas we serve, that are so full of hardship and social problems. Ampla has not only provided these people with professional training, but also created jobs, hiring many young people who have been through our social projects. This is a preparation not only for their first jobs, but for commitments they will be able to take in the future. What we provide them with, then, is preparation for life.

Electrical energy at home provides people with dignity, and using electrical energy intelligently, sparingly and responsibly should be every citizen’s commitment to society as a whole. I am immensely pleased to say that our team is doing a formidable job in raising awareness among our clients in this regard.

In my opinion, of all the activities carried out by Ampla on a daily basis, the most complex, the hardest, and certainly the most rewarding are the Social Projects. The members of this team are privileged to optimize the company’s economic results by introducing joy, satisfaction, social progress, wellbeing and – why not? - happiness to each one of our consumers.

A public utilities company is, above all, a partner with its clients. And this team, whose work is presented in this publication, is the amalgamation of this partnership. Without these professionals we would not have this connection with our consumers, who are the reason our company exists.

The importance of commitment

Dr. MARio sANTos Presidente do Conselho de Administração da Endesa Brasil President of the Board of Management, Endesa Brasil

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Ampla - Ações Sociais, Educação e Sustentabilidade 07

Bloco I

Section I

O Surgimento do Programa de Ações Sociais da Ampla

How the Ampla Social Action Program Came into Being

Sumário / Index

Expediente / Masthead

Consciência Ampla com ArteConsciência Ampla with Art

Consciência Ampla CidadaniaConsciência Ampla Citizenship

Consciência Ampla FuturoConsciência Ampla Future

Consciência Ampla Cultural Consciência Ampla Cultural

34

44

58

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História, visões e metodologia History, Vision and Methodology

AMPLA – z .com • CoordEnAção dE ContEúdo / Content Coordination – Gislene Santos Rodrigues

(Responsável por Projetos Sociais / Diretoria de Recuperação de Mercado – Ampla | Head of Social Projects / Market Recovery Board

– Ampla) e Liliane Coelho Selouan (Responsável por Comunicação Interna / Diretoria de Relações Institucionais, Comunicação

e Responsabilidade Social – Endesa Brasil | Head of Internal Communications / Institutional Relations, Communications, and Social

Responsibility Board – Endesa Brasil) • CoordEnAção gErAL /ovErALL CoordinAtion – André Moragas (Responsável

pela Diretoria de Relações Institucionais, Comunicação e Responsabilidade Social – Endesa Brasil | Director of Institutional Relations,

Communications, and Social Responsibility – Endesa Brasil)

FSB CoMuniCAçõES – www.fsb.com.br • CoordEnAção / Coordination – Betina Bernardes • ProjEto EditoriAL

E rEdAção / editorial – Simone Miranda • dirEção dE CriAção / Creative direCtor – Bruno Soares • ProjEto

gráFiCo / GraphiC desiGn – Michelle Monteiro • diAgrAMAção / layout – Michelle Monteiro e Fernanda Fontenelle

Parceiros que fazem a diferençaPartners that make a difference

trajetória premiadaAwards

Consciência Ampla oportunidadeConsciência Ampla Opportunity

Consciência EcoAmplaConsciência EcoAmpla

Consciência Ampla EficienteConsciência Ampla Efficient

Consciência Ampla SaberConsciência Ampla Knowledge

Consciência Ampla Sobre rodasConsciência Ampla on Wheels

AgradecimentosThanks

Consciência Ampla na telaConsciência Ampla on the Screen

Consciência Ampla SuperAçãoConsciência Ampla Achievement

BLoCo i / Section I

BLoCo iii / Section III

BLoCo iv / Section IV

BLoCo ii / Section II

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08 Ampla - Social, Educational and Sustainable Actions Ampla - Ações Sociais, Educação e Sustentabilidade 09

área de cobertura, no biênio 2003/2004, chegava a 24%. Em algumas localidades, como São Gonçalo, Itaboraí, Magé, Duque de Caxias e determinadas comunidades de Niterói, esse índice era de 52%.

Já era sabido que, para ter sucesso no combate ao problema, a Ampla deveria, primeiramente, dedicar-se a analisar de forma profun-da suas causas, especialmente seus componentes sociais. Isso já havia sido comprovado com algumas experiências realizadas por outras empresas em outros países – em especial, a bem-sucedida atuação da distribuidora Codensa, integrante da Endesa, na Colômbia. Naque-le país, as ações começaram a ser postas em prática em 1998 e, em dez anos, o índice de perda de energia foi reduzido de 22,57% para 8,73%. “A atuação dos Projetos Sociais foi de vital importância durante a execução do programa na Colômbia. Entre 1998 e 2002, o entorno político e social, produzido pelo conflito do governo com a guerrilha e o narcotráfico, impossibilitava qualquer desenvolvimento ou empreen-dimento que não fosse produto do consenso. Então era imprescindível contar com o apoio e a anuência da população. Nesse cenário, nasceu o primeiro Programa de Relacionamento Social, integrado por pesso-as formadas em diversas áreas sociais e de desenvolvimento”, lembra o Responsável pela Diretoria de Recuperação de Mercado da Ampla, Cláudio Rivera, salientando que essa estrutura teve como principais fi-nalidades mediar os conflitos e assegurar que, na atuação da Codensa, sempre se respeitassem os direitos dos cidadãos.

Cláudio salienta que, desde 1992, as empresas distribuidoras que fazem parte do atual Grupo Endesa tiveram, em algum momento da sua história, que lidar com o problema do furto de energia. “Natural-mente, dependendo do entorno político e social de cada empresa e de cada época, o relacionamento com as comunidades foi ganhando maior importância”, conta. Segundo ele, na Argentina, por exemplo, o relacionamento da Edesur com as comunidades, entre 1992 e 1995, foi

history. In 2004, with its “Transformation Plan,” the company was clearly focused on improving the quality of its operations and on building a valuable relationship with its clients. However, it also needed to sort out a commercial problem that was affecting its results. One of the biggest challenges faced by Ampla was in tackling energy theft and losses – the average index for which in its catchment area in 2003 and 2004 reached 24%. In some places, such as São Gonçalo, Itaboraí, Magé, Duque de Caxias and certain communities in Niterói, this index was as high as 52%.

It was already known that to tackle the problem successfully, Ampla first had to carry out in-depth analysis of its causes, especially its social components. This had been proven by some experiments carried out by other companies in other countries – especially the successful work done by distributor Codensa, owned by Endesa, in Colombia. In that country action was put into practice in 1998 and within ten years energy losses had been reduced from 22.57% to 8.73%. “Social Projects were vital during the execution of the program in Colombia. Between 1998 and 2002 the political and social situation, produced by the conflict between the government and the guerillas and drug dealers, made any development or entrepreneurship that was not based on consensus impossible. So it was essential to get the support and agreement of the general public. In this scenario the first Social Relationship Program came about, made up of people qualified in different social and develop-ment area,” says the Director of Market Recovery at Ampla, Cláudio Rivera, stress-ing that the main aims of this structure were to mediate conflicts and make sure that in Codensa’s operations citizens’ rights were always respected.

Rivera stresses that since 1992 distributors who are part of the Endesa group have had to deal at some point in their history with the problem of energy theft. “Natu-rally, depending on the political and social circumstances for each company and each period, the relationship with communities has become more important,” he says. In Argentina, as he points out by way of example, the relationship Edesur had with communities between 1992 and 1995, was established by governmental authorities and political forces, whereas in Lima, Peru, in 1996 and 1997 Edelnor began to talk to representatives of the communities, who mediated in the defense of consumer rights. “I had the opportunity to take part in pro-cesses all the companies had to go through to reduce energy theft. After almost twenty years in the business, I can assure you that social relationship programs are becom-ing ever more important. They are and will continue to be key to the companies’ operational and financial stability.”

História, visões e metodologia

Embora tenha sido criada em 2004, a história da Ampla remonta a 1996, quando, no processo de privatização das empresas brasileiras, a Companhia de Eletricidade do Rio de Janeiro (Cerj) foi adquirida por um consórcio de empresas de energia elétrica formado pelo Grupo En-desa (Espanha), Chilectra e Enersis (Chile) e EDP Brasil (Portugal). Oito anos depois, foi criada a Ampla, a partir da implantação do estratégico “Plano de Transformação”. Com o novo nome e a nova marca, uma das preocupações era a de estreitar as relações entre a empresa e as co-munidades atendidas – surgindo, daí, os primeiros projetos sociais.

Atualmente, como uma das duas empresas distribuidoras do Grupo Endesa Brasil – que congrega ainda três empresas de geração –, o bom relacionamento da Ampla com a sociedade tem sido reconhecido: em 2010, ela recebeu da Fundação Nacional da Qualidade o Destaque no critério Sociedade, após um processo de avaliação e auditoria envol-vendo várias empresas do país. O reconhecimento é atestado não só por esse motivo, mas também pelas próprias parcerias, resultados e visitas externas – nacionais e internacionais – que tem recebido de outras empresas e instituições, para que conheçam o programa social realizado em conjunto com medidas técnicas inovadoras na rede de distribuição e medição de energia. A associação dessas ações sociais e técnicas, que buscam compatibilizar bem-estar social, cuidado com o meio ambiente e resultado econômico, indica o caminho que a Ampla tem tomado na direção da sustentabilidade e da responsabilidade so-cioambiental. Essa direção tem estado em consonância com os valores e diretrizes de sustentabilidade do Grupo Endesa Brasil.

Mas a construção desse processo até o ponto em que se encontra foi gradual, ganhando consistência em cada etapa de sua história. Em 2004, com o “Plano de Transformação”, a empresa tinha uma orien-tação clara voltada para a melhoria da qualidade de sua atuação e para a construção de um relacionamento de valor com seus clientes, mas também tinha a necessidade de resolver um problema comercial, que afetava seus resultados. Um dos maiores desafios enfrentados pela Ampla foi o combate ao furto e à perda de energia – cujo índice médio em sua

Although it was founded in 2004, Ampla’s history stretches back to 1996 when, during the privatization of Brazilian state-owned companies, Companhia de Eletricidade do Rio de Janeiro (Cerj) was bought by a consortium of electrical energy compa-nies made up of Grupo Endesa (Spain), Chilectra and Enersis (Chile) and EDP Brasil (Portugal). Eight years later Ampla was created when the strategic “Transforma-tion Plan” was put in place. With a new name and brand, one of the concerns was to build a closer relationship between the company and the communities served – so giving rise to the first social projects.

Now, as one of two distributors in the Grupo Endesa Brasil – which includes another three generation companies – Ampla’s good relationship with society has been recognized: in 2010 the National Quality Foundation graded it as Outstanding in the Society cat-egory, after an evaluation process and audit involving several companies in Brazil. This recognition attests also to its partnerships, results and visits from outside – by Brazilian and international companies and institu-tions to learn about its social program along with innovative technical measures on the distribution grid and in energy measurement. The association of these social and technical actions, which seek to align social wellbeing, care for the environment, and economic re-sults, show the path Ampla has taken towards sustainability and social and environmental responsibility. This path is in harmony with the sustainability values and guidelines adopted by the Grupo Endesa Brasil.

However, the building of this process to the point at which it is now has been gradual, gaining consistency in each stage of its

History, Vision and Methodology

A cada ano, a empresa busca estreitar ainda mais seu relacionamento com os clientesEvery year, the company seeks to build closer relationships with its clients

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10 Ampla - Social, Educational and Sustainable Actions Ampla - Ações Sociais, Educação e Sustentabilidade 11

histórico-cultural dessa áreas mais complexas. Inserida nesse quadro social, a Ampla optou por fazer a sua parte, buscando o entendimento e o relacionamento mais próximo com os usuários. Sem um trabalho de conscientização e busca por alternativas para os grupos de famí-lias com restrições socioeconômicas mais graves, de nada adiantaria implantar uma tecnologia que coibisse os furtos, ou ainda medidas puramente coercitivas.

Como primeira alternativa oferecida, foram realizadas palestras com orientações sobre o consumo responsável e eficiente de energia. Assim, em 2003, os projetos tiveram início, ainda com ações esporádicas, partindo de demandas aleatórias. Em 2004, um grupo de profissionais da empresa, formado para o trabalho social, começou a investigar mais profundamente quais seriam as principais demandas das comunidades e as soluções cabíveis que poderiam ser construídas em conjunto com todos os envolvidos. Com as ideias mais consolidadas, definiram-se as linhas de ação, a missão e os objetivos da atuação social. Foram realiza-das palestras comunitárias e oficinas para mulheres sobre temas relacio-nados ao consumo consciente dos recursos naturais e à cidadania.

Naquelas ocasiões, começaram a ser formadas as Redes de Lideranças Co-munitárias, com presidentes de associações de moradores, representantes de ONGs e diretores de escolas, bem como pessoas que tivessem relação direta com a formação das comunidades e grande permeabilidade entre seus integrantes. O primeiro município a ter uma rede foi Magé, seguido por São Gonçalo, Itaboraí e Duque de Caxias. “Nossa intenção era criar um contato mais direto com as comunidades, sentando com seus represen-tantes em uma mesa de negociação para conversarmos. Pudemos, assim, passar a entender melhor as demandas desses clientes. Num primeiro momento, elas diziam mais respeito ao próprio negócio da empresa: eram questões relacionadas, por exemplo, ao fornecimento de energia ou à con-ta de luz”, explica a especialista em Projetos Sociais da Ampla, Kátia Ramos. Segundo ela, hoje há muitas demandas que fogem à competência da em-presa – para ajudar a atendê-las, a Ampla cria um espaço de debate entre as instituições responsáveis por cada caso. “Muitos líderes recorrem a nós, por exemplo, para tentar resolver problemas relacionados à educação. Mas isso é uma questão de política pública. Como temos um bom relacionamento com as secretarias de Educação, convidamos seus representantes para um debate com os moradores, deixando o processo de negociação por conta deles. Criamos um espaço para que o diálogo possa ser realizado de forma aberta e democrática”, conclui. Atualmente, cerca de 85 líderes formam as quatro Redes de Lideranças Comunitárias. Os representantes de cada mu-nicípio se reúnem com as equipes da Ampla uma vez por mês, para discutir questões que busquem o benefício mútuo de clientes e empresa.

A formação das redes é uma prova de que, mais do que apenas passar informações a seus clientes, o objetivo da Ampla era, naquele ano de 2004 – e este segue sendo um pilar de sua atuação social –, ouvir as de-mandas e sugestões da população. “A partir dessa concepção do ouvir, fomos construindo um saber coletivo e desenvolvendo as ações. Naque-le primeiro momento, percebemos um anseio grande para que a em-presa colaborasse com o desenvolvimento local, auxiliando, por exem-plo, na questão do primeiro emprego dos jovens”, lembra a responsável

The first alternative provided took the form of talks about responsible and efficient consumption of energy. So, in 2003, the projects began, at that time sporadically, in response to random demands. In 2004 a group of professionals from the company, created to do social work, began to look more deeply into the main demands made by the communities and to analyze appro-priate solutions to be created by all those involved. With better consolidated ideas, lines of action were drawn up, and the mission and aims of the social effort were established. Community talks were given and workshops were run for women on themes related to the responsible consump-tion of natural resources, and citizenship.

At that time the Community Leadership Networks began to be formed, with the presidents of residents’ associations, repre-sentatives of NGOs, and school principals, as well as people who had direct relation-ships with the formation of the communi-ties and with a great reach among their members. The first municipality to get a network was Magé, followed by São Gonçalo, Itaboraí, and Duque de Caxias. “Our intention was to create more direct contact with the communities, sitting down with their representatives at a negotiating table to talk. We were in that way better able to understand these clients’ demands. In the first instance, spoke more about the company’s business: they asked questions about the supply of energy, for example, or electricity bills,” explains the specialist in Social Projects at Ampla, Kátia Ramos. According to her, today there is a great demand that is beyond the company’s control – to help them, Ampla has created a space for debate at the institutions responsible for each case. “A lot of leaders come to us, for example, to try to solve problems related to education. But this is a public policy issue. As we have a good rela-tionship with the Education departments, we invited their representatives to a debate with the residents, leaving the negotiation process up to them. We created a space for open and democratic dialogue,” concludes Ramos. About 85 leaders now make up the four Community Leadership Networks. The representatives of each municipality meet with the Ampla teams once a month to discuss questions of mutual benefit to the clients and the company.

The formation of the networks is proof that more than just passing on information to its clients, Ampla’s aim was, in 2004 – and this is still a pillar of its social action – to listen to the demands and suggestions of the general public. “Based on listening, we have collective knowledge and we have developed action. Initially, we realized there was a great desire for the company to collaborate in local development, helping, for example, in the getting young people

estabelecido por intermédio das autoridades governamentais e pelas forças políticas. Já em Lima, no Peru, a Edelnor passou a dialogar, entre 1996 e 1997, com representantes das comunidades, que atuaram como mediadores na defesa dos direitos dos consumidores. “Tive a oportuni-dade de participar dos processos pelos quais todas as empresas tiveram que passar para diminuir o furto de energia. Depois de quase vinte anos na atividade, posso assegurar que, cada vez mais, os programas de re-lacionamento social crescem em importância, são e serão fundamentais na estabilidade operacional e financeira das empresas.”

Consciente de que os modelos internacionais deveriam ser usados como inspiração, mas não como molde para uma atuação no esta-do do Rio de Janeiro, a Ampla encomendou um estudo à Fundação Getúlio Vargas e à Universidade Federal Fluminense. O relatório revelou que o Rio de Janeiro era o estado com maior complexidade social do país – considerando-se os índices de violência, associados à ocupação urbana desordenada. Por análise estatística, constatou-se que esses dados, característicos do nível de complexidade social da região, tinham relação com os altos índices de perda e desvio de energia verificados no estado.

Considerando o estudo na área de concessão da empresa, foi possível perceber que as localidades mais complexas, principalmente na região metropolitana, tinham índices de perda bem maiores do que o interior do estado, onde os índices de violência são consideravelmente mais baixos. A esses dados, pode-se acrescentar a influência da formação

Aware that international models must be used for inspiration, but not as ready-made answers for operations in Rio de Janeiro state, Ampla ordered a study by the universities Fundação Getúlio Vargas and Universidade Federal Fluminense. The report revealed that Rio de Janeiro state had the most complex social problems in Brazil – considering rates of violence, associated with disorganized urban oc-cupation. Statistical analysis showed that these data, the characteristics of the level of social complexity in the region, were related to the high rates of energy loss and theft observed in the state.

Considering the study in the company’s catchment area, it was realized that the most complex locations, mainly in the metropolitan region, had much higher rates of losses than outside the capital city, where levels of violence are considerably lower. The influence of the cultural background can be added to these data in the most complex areas surrounding the company. As part of this social situation, Ampla opted to do its bit, looking to understand the scenario and build a closer relationship with users. Without raising awareness and looking for alternatives for family groups in the most serious social and economic circumstances, the establishment of technology to halt thefts, or even purely coercive measures, would stand little chance of success.

Moradores participam de palestra sobre o uso eficiente de energia elétricaResidents take part in a talk on the efficient use of energy

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12 Ampla - Social, Educational and Sustainable Actions Ampla - Ações Sociais, Educação e Sustentabilidade 13

problemas que passam pela questão da cidadania. Por isso, trabalha-mos para que os clientes conheçam seus direitos e encaminhamos famílias em situação de vulnerabilidade social para programas públi-cos, por exemplo”, relata Gislene, ressaltando que as ações focadas nas questões relativas à cidadania representam um ponto a mais na rede de auxílio formada por governo, terceiro setor e instituições privadas.

Até o fim de 2004, mais de 17 mil pessoas foram atendidas pelos projetos sociais da empresa. Entre as principais ações desenvolvidas àquela época pela Ampla estavam as destinadas às donas de casa. Além de abordarem questões relacionadas à cidadania e ao consumo consciente, as oficinas para mulheres eram sempre respaldadas por iniciativas voltadas para o aumento da autoestima dessas moradoras, que, em grande parte das casas, são as chefes das famílias. “Focamos muito nas mulheres porque notamos que elas são a influência princi-pal dentro de suas residências. Elas têm um papel muito importante no seio da família”, justifica Gislene.

Paralelamente à missão de contribuir com o desenvolvimento local das comunidades, as redes solidárias que foram sendo formadas desde 2004 também passaram a ajudar a mudar a imagem que os moradores tinham da empresa. Para garantir a credibilidade das ações sociais, po-rém, não basta trabalhar bem o discurso e desenvolver ações: é preciso que seja promovida a resolução dos problemas operacionais que atin-gem os clientes, garantindo um serviço de qualidade. Portanto, sempre foi primordial na empresa que as áreas de operação técnica e comer-cial e a área de projetos sociais trabalhassem juntas, numa constante retroalimentação de informações. Para isso, porém, foi preciso que se quebrassem barreiras e estereótipos. “No início, os funcionários da área técnica ficaram meio desconfiados dessa nova abordagem, feita por sociólogos, porque tinham a ideia de já chegar à comunidade cortando a energia de quem a furtava. Mas, com o tempo, perceberam que, nas áreas cobertas pelos projetos sociais, a receptividade dos moradores a eles mudou – não era mais uma relação conflituosa”, conta o Res-ponsável pela Diretoria Comercial da Ampla, Bruno Golebiovski, que assumiu o compromisso de integrar as duas áreas na época da criação do Consciência Ampla. “Depois de um tempo, o reconhecimento foi tão grande que os técnicos, muitas vezes, procuravam o pessoal dos projetos sociais para ajudá-los a entrar em determinadas áreas.”

Em 2005, a empresa começou a promover a troca de seu sistema, sendo pioneira no Brasil na implantação da medição eletrônica. A nova tecnologia, além de garantir mais segurança e eficiência (já que reparos podem ser feitos diretamente da sede da empresa, sem deslocamento de equipes), torna inviável o furto de energia: os medidores são insta-lados em postes de dez metros de altura, ligados por cabos às casas dos clientes. “A geração de dados sobre o Ampla Chip permite uma atuação bem rápida nas comunidades. Se antes mesmo do fechamen-to da fatura percebemos que o consumo está muito alto, vamos até a casa do cliente para ver o que está acontecendo. Se já houver uma solução para o problema – como a troca de geladeira, por exemplo, nós a usamos”, explica o especialista em Projetos Sociais Felipe Conti, coordenador de Pesquisa e Desenvolvimento da área.

Focamos muito nas mulheres porque notamos que elas são a influência principal dentro de suas residências. Elas têm um papel muito importante no seio da família.

We focus a lot on women because we have noticed that they are the main influence at home. They play a very important role at the heart of the family.

GislENE RoDRiGUEsResponsável pela área de Projetos sociais da empresa

Head of Social Projects at the company

Alongside the mission to contribute to the de-velopment of local communities, the networks that have been build up since 2004 have also begun to help change the image that the residents had of the company. To guarantee the credibility of the social action, however, it is not enough to work on the message and develop action: operational problems clients experience have to be solved, guaranteeing a quality service. It has always, therefore, been essential that the company’s technical, commercial, and Social Project areas work together, constantly offering feedback. This, however, meant that barriers and stereotypes had to be broken down. “At the beginning, technical employees were a little suspicious of this new approach, created by sociologists, because their idea was to cut off energy sup-plies to people who were stealing it. But over time they realized that in the social project catchment areas the residents’ receptivity to them changed – it was no longer a rela-tionship of conflict,” says the Commercial Director at Ampla, Bruno Golebiovski, who was responsible for integrating the two areas when Consciência Ampla was created. “After a while, there was so much recognition that the technicians often looked to help people in the Social Project area get into certain areas.”

pela área de Projetos Sociais da empresa, Gislene Rodrigues. Segundo ela, foi a partir desse tipo de constatação que a Ampla resolveu investir em ações de qualificação profissional – estava ali a semente do que veio a ser o Consciência Ampla Oportunidade, projeto que qualifica jovens e os insere no mercado de trabalho, em especial no setor de energia.

“Desde o início, atuamos com base na transparência. Nunca chegamos ao local dizendo, simplesmente, que queríamos ajudar aquela popu-lação. O melhor ponto da relação é quando os benefícios são mútuos, pois todos são capazes de contribuir. Havia uma demanda por profis-sionalização partindo das comunidades. E, internamente, a empresa precisava de mão de obra qualificada”, explica Gislene, esclarecendo que é com esse tipo de conjunção de interesses e de troca de informa-ções que a Ampla vem, ao longo dos anos, fortalecendo sua relação com as comunidades atendidas. “O importante é construirmos uma zona de interesse comum. Para nós, é essencial que haja regularidade no pagamento da conta de luz, porque esse é o negócio da empresa. Não queremos que as pessoas consumam muito, mas o adequado, dentro de suas possibilidades. E quando falamos em consumo conscien-te de energia, estamos falando também de preservação ambiental, da consciência no uso de outros recursos, de respeito a si e ao outro e de qualidade de vida – o que dá sentido à mudança de hábitos”, completa.

Ela explica que, embora a Ampla, como empresa privada, não possa in-tervir para a resolução de problemas de ordem pública, como violência e ocupação urbana desordenada, é impossível que a empresa fique alheia a essas questões. “Não há como desvincular nosso atendimento de outros

their first jobs,” says the head of Social Projects at the company, Gislene Rodrigues. She says it was based on such discoveries that Ampla decided to invest in professional training – which gave rise to Consciência Ampla Opportunity, a youth training project to get them onto the job market, especially in the energy sector.

“From the beginning, we have been transparent. We have never simply said that we wanted to help a certain popula-tion. The best point of a relationship is when the benefits are mutual, because then everyone can contribute. There was a demand for professional training from the communities. And, internally, the com-pany needed qualified people,” explains Rodrigues, explaining that it is through this kind of coming together of interests and exchanging of information that Ampla has, over the years, been strength-ening its relationship with the communi-ties it serves. “The important thing is that we have built common ground. For us, it is important that electricity bills get paid regularly because that’s the company’s business. We don’t want these people to consume a lot but rather what is appropri-ate, within their possibilities. And when we talk about responsible energy consump-tion, we are also talking about environ-mental conservation, about awareness about the use of resources, about respect for yourself and others, and about quality of life – which makes sense of changing habits,” adds Rodrigues. She explains that although Ampla, as a private company, cannot intervene in public issues, such as violence and disorganized urban occupa-tion, it is impossible for the company to stay out of these issues. “There is no way to separate it from our solving of other problems that involve citizenship. This is why we work so that clients understand their rights and we advise families at social risk to seek out public programs, for example,” says Rodrigues, stressing that action focused on citizenship represents another point in the support network formed by the government, third sector, and private institutions.

By the end of 2004 more than 17,000 people had been served by the company’s Social Projects. Among the main action taken at that time by Ampla was the work focused on homemakers. Besides dealing with issues related to citizenship and re-sponsible consumption, the workshops for women were always backed up by initia-tives focused on building up the self-esteem of these residents who, in most homes, were the heads of the families. “We focus a lot on women because we have noticed that they are the main influence at home. They play a very important role at the heart of the family,” explains Rodrigues.

O presidente da Ampla, Marcelo Llévenes, participa de reuniões com representantes das Redes de LiderançaThe president of Ampla, Marcelo Llévenes, attends meetings with representatives of the Leadership Networks

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14 Ampla - Social, Educational and Sustainable Actions Ampla - Ações Sociais, Educação e Sustentabilidade 15

tificando pontos-chave, como lideranças locais, instituições relevantes (como escolas, igrejas e associações de moradores) e serviços de utili-dade pública. Eles também indagavam os clientes sobre a imagem que tinham da empresa. Todas as informações coletadas, em conjunto com as percepções dos profissionais de campo, passaram a ser inseridas num mapa da região – recurso que torna mais clara a realidade e as necessi-dades específicas de cada localidade. “Não existe receita de bolo para construir projetos sociais. Cada comunidade, por mais parecida que seja com outras, tem suas demandas específicas”, explica Gislene.

A socióloga ressalta que, antes de os profissionais irem a campo, passaram por uma reflexão sobre técnicas de abordagem, discutindo a própria postura e reações a partir da simulação de vivências, que representavam casos reais encontrados em campo.

“É importante que todos estejam seguros do propósito de sua atuação e do trabalho proposto, a fim de agir com autenticidade e transparência nas relações estabelecidas com os moradores. É um trabalho não parti-dário, que não se pauta nas divergências locais, e que tem o objetivo de levar benefícios para a comunidade como um todo.”

O ano de 2009 representou um marco na história do relacionamento da empresa com as comunidades e a sociedade: foi nele que todas as

Rodrigues, stressing the importance of the team’s multidisciplinary nature. “The social construction of the community is not just one specialty, it is a complex system. The richer and more diverse the team, the better, because the knowledge base is increased for us to offer a more complete approach,” she says. Thinking in terms more focused on the business, this statement is also confirmed by Cláudio Rivera. “The problem of energy theft cannot be tackled as a merely technical issue, because it is the manifestation an anomaly in people’s behavior or their social condition. So, you have to have employees who have been trained to deal with a wide range of information needs,” explains the Director of Market Recovery at Ampla.

Also in 2008, an important tool was adopted in the conception and planning of the projects: social mapping. Community mediators and agents began to carry out an in-depth field survey of the communities to be benefitted, identifying key points, such as local leaders, relevant institutions (such as schools, churches, and residents’ associa-tions) and public utilities services. They also asked clients about the image they had of the company. All the information collected, along with the perceptions of the profes-

Parte da equipe de Projetos Sociais da Ampla analisa mapa de uma das regiões beneficiadasPart of Ampla’s Social Projects team analyzing a map of one of the regions benefitted

Embora representasse uma melhoria significativa no serviço, essa transição ocasionou uma grande insatisfação por parte dos clientes, já que muitos dos que antes alimentavam suas casas com “gatos” passaram a ter parte de seu orçamento comprometido com o pagamento da fatura. “Quando implantamos o chip, o discurso público contra a empresa era muito forte. Mesmo que a conta da pessoa não tivesse subido após a medida, ela pro-pagava que tinha alguma coisa errada na conta do vizinho. Então treinamos os agentes comunitários para selecionar pessoas que tinham reduzido seu consumo após a troca do sistema, para que elas fossem nossas defensoras em sua vizinhança”, conta Felipe. Naquele momento, o estreitamento ainda maior da relação entre a Ampla e seus clientes, por meio das ações sociais, foi fundamental para manter a credibilidade da empresa. Todas as comunidades cobertas pela nova tecnologia passaram a ter suas demandas e seus perfis socioeconômicos ainda mais profundamente analisados, o que permitiu o desenvolvimento de projetos específicos.

Em 2007, um novo estudo encomendado à Fundação Getúlio Vargas mostrou que as ações desenvolvidas até então vinham dando resulta-dos. “Na primeira pesquisa, em 2003, havia sido constatado que, para grande parte dos clientes, a luz era um serviço que deveria ser dado. E essa era uma justificativa para o furto de energia. O relatório de 2007 revelou que, após o trabalho de conscientização sobre essa questão, esse tipo de opinião diminuiu consideravelmente”, comemora Gislene, acrescentando que, entre os que haviam admitido furtar energia no passado, a mudança de opinião e de atitude foi ainda mais notável.

Em 2008, os projetos sociais promovidos pela Ampla alcançaram a marca de 305 mil beneficiados. Estudos mostraram que a participação da comunidade nas ações era realmente acompanhada pela redução do consumo de energia. O reconhecimento interno veio em forma de reforço de conhecimento e de mudança na estrutura: a área de Proje-tos Sociais ficou ligada diretamente a uma diretoria e teve um “boom” no número de envolvidos no trabalho. “Começamos com apenas cinco pessoas. A equipe foi aumentando gradativamente, mas em 2008 houve um salto maior. Hoje somos cerca de oitenta profissionais trabalhando no dia a dia dos projetos, considerando os parceiros e os agentes comunitários”, conta Gislene, ressaltando a importância de a equipe ser multidisciplinar. “A construção social da comunidade não tem uma especialidade só, é uma realidade complexa. Quanto mais rica e diversificada for a equipe, melhor, porque os saberes vão se so-mando para fazermos uma abordagem mais completa.” Em uma visão mais voltada para a linha do negócio, essa afirmação também é confir-mada por Cláudio Rivera. “O problema do furto de energia não pode ser abordado como uma mera questão técnica, pois é a manifestação de uma anomalia no comportamento ou na condição social das pessoas. Portanto, é necessário contar com funcionários preparados para lidar com uma ampla diversidade de necessidades de informação”, explica o Responsável pela Diretoria de Recuperação de Mercado da Ampla.

Ainda em 2008, uma importante ferramenta passou a ser utilizada na concepção e no planejamento dos projetos: a cartografia social. Arti-culadores e agentes comunitários passaram a fazer uma pesquisa de campo aprofundada nas comunidades que seriam beneficiadas, iden-

In 2005 the company began to change its system, pioneering in Brazil with electronic me-tering. The new technology, in addition to being more secure and efficient (as repairs could be carried out at the company’s headquarters, without sending out teams), prevented energy theft: the meters are installed on ten-meter-tall posts, connected by cables to the clients’ homes. “Data generation via the Ampla Chip allows very fast operation in the communities. If we notice before the end of the boiling period that consumption is very high, we go to the client’s home to see what is happening. If there is a solution at hand, we use it – such as changing a refrigerator, for example,” explains the Social Projects specialist, Felipe Conti, coordinator of Research and Development in the area.

Despite being a significant improvement to the service, this transition led to a lot of dissatisfac-tion among clients, as many of them who had previously illegally accessed the company’s energy supply now had part of their budget compromised by payment of the electricity bill. “When we rolled out the chip, there was an outcry against the company. Even though people’s bills did not go up after the roll out, they said there was something wrong with their neighbor’s bill. So we trained community agents to select people who had reduced their consumption after the change to the system to be our spokespeople in their neighborhoods,” says Conti. At that moment, the even closer rela-tionship between Ampla and its clients, through social activities, was essential to maintaining the company’s credibility. All the communi-ties covered by the new technology had their demands and social and economic profiles even more deeply analyzed, which allowed specific projects to be developed.

In 2007 a new study carried out by Fundação Getúlio Vargas showed that the activities run up to that time had achieved results. “In the first survey, in 2003, it had been shown that for most clients electricity was a service that should be provided. And this was a justifica-tion for energy theft. The 2007 report showed that, after the work on raising awareness of this issue, this opinion had been considerably reduced,” says Rodrigues, adding that among those people who had admitted to stealing energy in the past, the change in opinion and attitude was even more notable.

In 2008 the Social Projects run by Ampla had benefitted 305,000 people. Studies showed that community participation in the activities really was accompanied by a reduction in ener-gy consumption. Internal recognition came in the form of refreshed knowledge and a change in structure: the Social Projects area was linked directly to a Director and there was a boom in the numbers of people involved in the work. “We set out with only five people, and the team was gradually added to but in 2008 there was a big leap. Today there are about eighty of us working every day on projects, in-cluding partners and community agents,” says

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16 Ampla - Social, Educational and Sustainable Actions Ampla - Ações Sociais, Educação e Sustentabilidade 17

Ainda em 2009, foram lançados a Revista Consciência Ampla, o blog e o Twitter do programa. Com grande envolvimento e aporte dos profissio-nais de marketing e de comunicação da Ampla, além da equipe da área social, as iniciativas procuraram dar ainda mais visibilidade às práticas de responsabilidade socioambiental desenvolvidas pela empresa e aos conceitos que as envolvem, fortalecendo o vínculo com a sociedade e tornando maior a rede de solidariedade. “Ampliamos, assim, as relações. Passamos a trocar mais informações e a ter nossas iniciativas difundidas por pessoas que acessam a internet com interesse no tema sustentabili-dade, e por empresas que desejam também envolver seus colaboradores nesse sentido. A rede foi sendo ampliada para muito além das pessoas diretamente atendidas pelos projetos”, explica Gislene.

A mudança foi bem-sucedida. Segundo a responsável pelo Marketing da empresa, Pryscila Civelli, o percentual de pessoas que associavam a atuação social da Ampla ao nome da distribuidora saltou de 8% para 23% em poucos meses. “O conceito do Consciência Ampla agregou valor para a marca pelo lado emocional. Isto é um diferencial que faz parte do posicionamento assumido pela empresa, que é o de estreitar o relacionamento com a sociedade”, explica.

Responsável pela Diretoria de Relações Institucionais e de Comunicação, André Moragas explica que a reunião de todos os projetos sob um mesmo guarda-chuva teve o intuito de otimizá-los e potencializá-los não só opera-cionalmente, mas também do ponto de vista da comunicação. “Quando tínhamos cerca de 20 projetos, mas cada um com um alvo, uma direção e um nome específico, não conseguíamos fazer com que a sociedade entendesse perfeitamente que tínhamos um foco em projetos sociais.”

Cláudio RiveraResponsável pela Diretoria de Recuperação de Mercado da Ampla

Director of Market Recovery at Ampla

Os programas sociais idealizados pela Ampla têm sido determinantes na criação de uma relação sus-tentável com as comunidades e com setores menos favorecidos da população. Para dar sustentabilidade ao negócio, criamos uma série de ações de caráter social e educativo, com o objetivo de orientar a população e conduzi-la ao uso consciente e racional da energia elétrica. E, considerando que uma parte significativa dos clientes se encontra abaixo da linha da pobreza, idealizamos programas de geração de

renda – em casos extremos, geramos programas de assistência integral. Nossos programas sociais não só geram renda e cultura aos moradores, mas também levam a eles educação, cidadania e respei-to, mediante a criação de redes de lideranças que permitem manter um relacionamento igualitário entre a empresa e seu entorno. Do ponto de vista exclusivamente humano, o Consciência Ampla re-presenta nossos valores e nossa alma como empresa comprometida com as comunidades nas quais atua.

The social programs created by Ampla have been key in creating a sustainable relationship with the communities and deprived sectors of the population. To make the business sustainable, we created a range of social and educational activi-ties, to advise the general public on the responsible and rational use of electrical

energy. And, considering that a significant number of our clients live below the pov-erty line, we developed income generation programs – in extreme cases we created comprehensive assistance programs. Our social programs not only generate income and spread culture among the residents, but they also provide them with educa-

tion, citizenship and respect through the creation of leadership networks that create an egalitarian relationship between the company and its surroundings. From an exclusively humane point of view, Con-sciência Ampla represents our values and our soul as a company that is committed to the communities it operates in.

ronmental responsibility efforts and the concepts they involve even more visible, strengthening its links with society and enlarging the network of solidarity. “In this way we expanded our relationships. We began to exchange more information and our initiatives were promoted by people with access to the internet who were inter-ested in sustainability, and by companies who also wanted to involve their employ-ees in this effort. The network was being expanded way beyond the people directly served by the projects,” explains Rodrigues.

The change was successful. According to the head of marketing at the company, Pryscila Civelli, the percentage of people that associated Ampla’s social activities with the distributer’s name jumped from 8% to 23% in a few months. “The Consciência Ampla concept added value to the brand on the emotional side. This is a differential that is part of the positioning adopted by the com-pany, which is to build closer relationships with society,” she explains.

Director of Institutional Relations and Communications, André Moragas, explains that bringing all the projects under a single umbrella project optimized them not just operationally, but also from a communica-tions point of view. “When we had around 20 projects, and each one with a different target, one director and one specific name, we couldn’t get society to understand ex-actly that we had a focus on social projects.”

ações sociais até então levadas a cabo foram consolidadas no Consci-ência Ampla, programa que engloba projetos voltados para o longo prazo (cujo alvo são as crianças e os adolescentes) e para o curto prazo (planejados para adultos). As missões para as duas linhas de ação fo-ram também definidas. Na primeira, o programa envolve projetos que têm a intenção de “contribuir para a educação e construção de uma nova geração engajada e consciente dos impactos socioambientais do consumo de energia, garantindo a sustentabilidade futura do negócio da Ampla”. Já os projetos voltados para adultos e jovens adultos – com especial ênfase nas donas de casa e nas moças e rapazes em fase de inclusão profissional – passaram a ter a missão de “desenvolver ações práticas, educacionais e profissionalizantes com a comunidade e que tenham resultado de percepção imediata, com foco em segurança, direitos, deveres e consumo eficiente de energia, garantindo a susten-tabilidade do negócio em curto prazo nas áreas de atuação.”

Além das linhas de ação voltadas à educação para o consumo cons-ciente e à geração de renda e o desenvolvimento local, o Consciência Ampla passou a ser integrado também por projetos culturais e de lazer. Esses são dirigidos principalmente pela área de Marketing, com apresentações de cinema itinerante, e pela área corporativa de Responsabilidade Social, com festivais de cultura, envolvendo arte, leitura e música.

sionals in the field, was inserted on a map of the region – which made the situation and specific needs in each location clearer. “There are no set instructions for creating social projects. Each community, no matter how similar it looks to the others, has its own specific demands,” explains Rodrigues.

The sociologist stresses that before the professionals go into the field they consider approach techniques, discussing their own stance and reactions based on mock ups of field experiences.

“It is important that everyone is sure of their purpose and the purpose of the work, so they can work authentically and transpar-ently on the relationships established with the residents. It is a non-partisan job, which is not based on local differences and which is designed to introduce benefits to the com-munity as a whole,” says Rodrigues.

2009 was an important year in the com-pany’s relationship with the communities and society: it was then that all the social activity to date was consolidated in the Consciência Ampla program, which em-braces projects focused on the long term (targeting children and teenagers) and the short term (planned for adults). The missions for the two lines of action were also defined. In the former, the program involves projects that “contribute to the education and the construction of a new generation engaged in and aware of the social and economic impact of energy consumption, guaranteeing the future sustainability of Ampla’s business.” The projects for adults – with special empha-sis on homemakers and young people setting out on their first jobs – were given the mission to “develop practical, educa-tional and professional training actions in the community which have an impact on immediate perceptions, focused on security, rights, responsibilities, and ef-ficient energy consumption, guaranteeing the sustainability of the business in the short term in the company’s areas of operation.”

Besides the lines of action focused on edu-cating people about responsible consump-tion, income generation and local develop-ment, Consciência Ampla also became part of cultural and leisure projects. These focus mainly on the Marketing area, with mobile movie showings, and Corporate Social Re-sponsibility, with cultural festivals involving art, literature, and music.

Also in 2009 the Consciência Ampla magazine, blog and Twitter account for the program were launched. With heavy sup-port from marketing and communications professionals at Ampla, in addition to the social area, the initiatives were designed to make the company’s social and envi-

Agente comunitário contratado por empresa parceira da Ampla: capacitação profissional é um dos focos das ações sociais da empresa Community agent hired by a partner of Ampla’s: professional training is one of the company’s social focuses

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18 Ampla - Social, Educational and Sustainable Actions Ampla - Ações Sociais, Educação e Sustentabilidade 19

Ampla expande alcance da área de Projetos sociais e aumenta sua equipe

Projetos são consolidados sob o guarda-chuva Consciência Ampla

lançamento da Revista Consciência Ampla, do blog e do Twitter do programa

Projetos sociais superam a marca de 292 mil beneficiados

início da implantação do sistema de medição eletrônica

os projetos sociais que atuam em conjunto com ações técnicas da empresa atingem mais de 159 mil beneficiados

Tem início o projeto de reforma das instalações elétricas em residências de comunidades de baixa renda

início do uso da cartografia social

Tem início o projeto de troca de material reciclável por bônus na conta de energia

Estudo da FGv aponta mudança positiva na opinião do consumidor em relação ao furto de energia

A linha de geração de renda e desenvolvimento local do programa social ganha reforço com a criação dos cursos de artesanato com material reciclável e outras produções artísticas

Ampla expands the reach of its Social Projects and increases its team

Projects are consolidated under the umbrella Consciência Ampla

Launch of the magazine Consciência Ampla, the blog and Twitter account

Social projects benefit more than 292,000 people

Roll out of the electronic metering system

The social projects working in conjunction with technical activities run by the company benefit more than 159, 000 people

Start of the renovation project for electrical installations in low-income communities

Social mapping begins

Start of the project to exchange recyclable material electricity bill credits

FGV study shows a positive change in consumer sentiment in relation to energy theft

The income generation and local development line of the social program gets a boost with the creation of craft courses using recycled materials, and other artistic endeavors

Cerj é adquirida por consórcio internacional de empresas de energia elétrica

Projetos sociais alcançam a marca de 480 mil beneficiados

é lançado este livro, que conta a história, a metodologia e os resultados das Ações sociais da Ampla, todo impresso com papel oriundo da reciclagem de sacolas plásticas A Ampla é citada no Informe Global

do PNUD biênio 2009/2010

A Ampla é reconhecida como destaque no critério Sociedade pelo PNQ

A marca Ampla substitui o nome Cerj

linhas de ação e objetivos da atuação social da empresa são definidos

Começam a se formar as redes sociais presenciais

Consolidam-se os primeiros projetos socioambientais da linha de educação para o consumo consciente de energia (palestras comunitárias, oficinas para mulheres e atividades em escolas)

Têm início no mesmo programa social os projetos de geração de renda, com formação e contratação de jovens das comunidades beneficiadas

Estudo da FGv/UFF relaciona o furto de energia ao nível de complexidade social de cada região (Rio de Janeiro é o mais complexo do país no período da pesquisa)

Cerj inicia projetos sociais, com ações esporádicas

Cerj is acquired by an international consortium of electrical energy companies

Social projects reach 480,000 people

This book is launched, telling the history of Ampla, its methodology used, and the results achieved by Ampla’s Social Actions, printed entirely on paper made from recycled plastic bags.

Ampla is cited in the UNDP Global Report 2009/2010

Ampla is recognized as outstanding in the criterion Society by the PNQ

The name Ampla replaces Cerj

The company’s social action and objectives are set out

Physical social networks are initiated

The first social and environmental projects in the educational line for responsible consumption of energy are consolidated (community talks, workshops for women, and activities in schools)

In the same social program, income generation projects are begun, training and hiring young people from communities benefitted

FGV/UFF study relates energy theft to the level of social complexity for each region (Rio de Janeiro is the most complex in Brazil in the period studied)

Cerj begins periodic social projects

Linha do TempoTIMELINE

Page 11: Ações sociais, educação e sustentabilidade

20 Ampla - Social, Educational and Sustainable Actions Ampla - Ações Sociais, Educação e Sustentabilidade 21

ProjetoProject

Critério para Número de BeneficiadosCriteria for Number of Beneficiaries

Público-alvoTarget Audience

Beneficiados 2004/2010Beneficiaries 2004/2010

Consciência Ampla Cidadania

Membros das famílias acompanhadas pelas assis-tentes sociais do programa e que participaram de oficinas temáticas de cidadania

Famílias de baixa renda

10.766

Consciência Ampla Citizenship

Members of families accompanied by social workers and who participated in the citizenship workshops

Low-income families

Consciência Ampla com Arte

Pessoas que participaram das oficinas de artes e artesa-nato, que tratam de assuntos relacionados à reciclagem e ao consumo consciente; visitantes das exposições

Adultos, jovens e crianças

22.209

Consciência Ampla with Art

People who participated in arts and crafts workshops, dealing with issues related to recycling and responsible consumption; exhibition visitors

Adults, teens and children

Consciência Ampla Cultural

Pessoas que participaram de oficinas de leitura e eventos culturais, como a Bienal do Livro e festivais de cultura promovidos pela empresa

Comunidade em geral

307.064

Consciência Ampla Cultural

People who participated in reading workshops and cultural events, such as the Book Biennial and festivals promoted by the company

The overall community

Consciência Ampla Digital

Usuários do telecentro e jovens participantes de curso de informática, produção de vídeo e conteúdo digital

Comunidade em geral

9.435

Consciência Ampla Digital

Telecentre users and young people attending computer, video production and digital content classes

The overall community

Consciência Ampla Eficiente

Famílias e instituições contempladas pela troca de geladeiras e reforma de instalações elétricas

Famílias de baixa renda e instituições de utilidade pública

501.349

Consciência Ampla Efficient

Families and institutions covered by the refrigerator exchange and electrical refurbishment program

Low-income families and public utility Institutions

Consciência Ampla Futuro

Professores e alunos capacitados para a disseminação do consumo consciente

Professores e alunos de escolas da rede pública de ensino

162.178

Consciência Ampla Future

Teachers and students trained to promote responsible consumption

Teachers and students in public schools

Consciência Ampla Na Tela

Pessoas beneficiadas pelo cinema itinerante e jovens que participaram das oficinas de vídeo

Comunidade em geral

60.658

Consciência Ampla on the Screen

Beneficiaries of the mobile movie theater and youths participating in video workshops

The overall community

Consciência Ampla Oportunidade

Jovens das comunidades que participaram das oficinas sobre inserção no mercado de trabalho e colaborado-res de empresas parceiras que participaram de oficinas de qualificação profissional. Pontualmente em 2005, houve formação de cooperativa de produção

Jovens e colaboradores de empresas

5.080

Consciência Ampla Opportunity

Youths from communities who have participated in the workshops on entering the labor market, and employees from partnering companies who participated in professional training workshops. In 2005 there a production cooperative was formed

Youths and employees at partnering companies

ProjetoProject

Critério para Número de BeneficiadosCriteria for Number of Beneficiaries

Público-alvoTarget Audience

Beneficiados 2004/2010Beneficiaries 2004/2010

Consciência Ampla Saber

Pessoas que participaram de oficinas e palestras com dicas de consumo consciente e seguro de energia, além de temas relacionados à sustentabilidade e aos direitos e deveres do consumidor. Moradores de resi-dências visitadas pelos agentes comunitários

Comunidade em geral

432.011

Consciência Ampla Knowledge

People who participated in workshops and seminars on safe and responsible energy consumption, and issues related to sustainability and consumers’ rights and duties. Residents of homes visited by outreach workers

The overall community

Consciência Ampla Sobre Rodas

Visitantes da carreta itinerante do Consciência Ampla Sobre Rodas

Comunidade em geral

86.637

Consciência Ampla on Wheels

Visitors on the Consciência Ampla on Wheels program

The overall community

Consciência Ampla SuperAção

Participantes do evento

Clientes em geral

146.899

Consciência Ampla Achievement

Participants in the event

Clients in general

Consciência Ecoampla

Clientes cadastrados que fizeram pelo menos uma troca de resíduos por bônus na conta de luz

Famílias de baixa renda e instituições de utilidade pública

18.242

ConsciênciaEcoAmpla

Registered clients who have made at least one exchange of recycled material for an electricity bill credit

Low-income families and public utility Institutions

Ação Action

Critério para Número de BeneficiadosCriteria for Number of Beneficiaries

Público-alvoTarget Audience

Beneficiados 2004/2010Beneficiaries 2004/2010

Ampla Parceria Pessoas beneficiadas por ações comunitárias financiadas pela Ampla

Lideranças comunitá-rias que desenvolvam projetos locais

1.460

Ampla Partnership People benefitting from community action funded by Ampla

Community leaders who develop local projects

Compartilhar Instituições reformadas por mutirões voluntários de colaboradores da Ampla

Instituições de utilidade pública

31.427

Sharing Institutions refurbished by joint efforts made by volunteers from Ampla.

Public Utility Institutions

Desenvolver Crianças acompanhadas pela Pastoral da Criança e membros das famílias acompanhadas pela Casa Amarela, com recursos do Programa

Famílias em condição de vulnera-bilidade social

7.442

Develop Children monitored by Children’s Pastoral Care and family members accompanied by the Casa Amarela, with funds from the program

Families in social vulnerable conditions

Rede de Lideranças

Lideranças comunitárias que participam de reuniões mensais

Liderançascomunitárias

253

Leadership Network Community leaders who participate in monthly meetings Community leaders

Copa Ampla Participantes do torneio juvenil de futebol

Jovens da área de concessão

4.500

Ampla Cup Participants in the youth soccer tournament

Youths from the catchment area

Envolvidos em outras Ações Sociais/Parcerias | Involved in other social action/partnerships

O Programa Consciência Ampla | Consciência Ampla Program

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22 Ampla - Social, Educational and Sustainable Actions Ampla - Ações Sociais, Educação e Sustentabilidade 23

Máximo Luiz PompermayerSuperintendente de Pesquisa e Desenvolvimento e Eficiência Energética da Aneel

Aneel’s Head of Research and Development and Energy Efficiency

Nunca houve dúvidas de que as perdas comerciais na distribuição de energia elétrica têm suas raízes no contexto socioeconômico e cultural da população envolvida. Historicamente, entretanto, as conces-sionárias de distribuição procuravam combater esse fenômeno por meio de medidas técnicas e coerciti-vas, como cortes de energia por falta de pagamento da fatura e dispositivos de combate a fraudes. Prova disso é que os primeiros projetos de pesquisa e de-senvolvimento nesse tema, no âmbito do programa de P&D regulado pela ANEEL, focavam em questões e parâmetros de natureza técnica. As expressões-chave eram medição centralizada, sistemas blinda-dos e telemedição. Depois, por meio de técnicas e ferramentas computacionais, como a mineração de dados (data mining) e a lógica fuzzy, evoluiu-se para a prospecção, o mapeamento e a segmentação

das perdas, evidenciando melhor a natureza ou a dimensão socioeconômica e cultural do problema. Surgiram, então, as primeiras iniciativas concretas na direção de sistemas alternativos de combate às perdas comerciais de energia elétrica, onde se pro-curava atuar na base do problema, em vez de atacá-lo por meio de ferramentas e dispositivos antifurto. Pioneira nessas iniciativas, a Ampla tem sido referên-cia na área, com vários projetos bem sucedidos de combate a fraudes e à inadimplência a partir de pro-dutos motivacionais e aspectos socioculturais. Além de mais efetivas e inteligentes, ações dessa natureza estão mais alinhadas com a tendência internacional de um serviço público mais responsável e com-prometido com a qualidade de vida das pessoas, o meio ambiente e o desenvolvimento econômico da região em que a empresa atua.

There was never any doubt that the com-mercial losses in electricity distribution have their roots in the socioeconomic and cultural context for the population involved. Histori-cally, however, distribution companies had sought to tackle this with technical and coercive measures, such cutting off the power due to nonpayment of bills and using devices to tackle fraud. Proof of this lies in the fact that the first research and development projects on this subject, under the R&D program regulated by ANEEL (Brazil’s electrical energy regulatory

body), focused on technical issues and param-eters. The key words were centralized meter-ing, armored systems and remote reading. Then, using computational techniques and tools, such as data mining and fuzzy logic, it evolved into prospecting, mapping and segmentation of the losses, better illustrating the nature or size of the socioeconomic and cultural problem. Then came about the first concrete steps toward alternative systems to tackle commercial energy losses, which sought to act at the root of the problem, rather than

to attack it using tools and antitheft devices. A pioneer in these initiatives, Ampla has provided the benchmark in this area, running several successful projects to tackle fraud and default using motivational products and socio-cultural initiatives. In addition to being more effective and intelligent, such actions are more in line with the international trend towards more accountable public services that are committed to quality of life, the environment, and economic development in the region the company operates in.

Método de Análise:

Para analisar o impacto das atividades de educação para o consumo do Programa Consciência Ampla, a equipe de Projetos Sociais observou o comportamento de todos os clientes de São Gonçalo que participa-ram das ações desde janeiro de 2010. Naquele mês, eles já contavam com medição eletrônica e mantinham o consumo médio entre 30kWh e 500kWh. O método de avaliação consistiu em realizar a projeção do consumo médio desde o mês em que o cliente esteve presente em uma das ações até janeiro de 2011.

Ao realizar a comparação do consumo nos meses de janeiro de 2010 e janeiro de 2011 de todos os clientes residenciais do município (quadro acima), a equipe constatou que: • Os clientes que participaram das atividades educativas (com troca de lâmpadas) tiveram o consumo médio 5% menor do que os demais consumidores;

• Os clientes que tiveram sua geladeira trocada tiveram o consumo médio 12% menor do que os outros consumidores residenciais de São Gonçalo.

Analytical Method:To analyze the impact of the Consciência Ampla Program’s educational activities about consumption, the Social Projects team observed the behavior of all the clients in São Gonçalo who took part in the activities from January 2010. That month they had electronic metering and average consump-tion was between 30kWh and 500kWh. The assessment method involved measuring average consumption from the month the client attended one of the activities until January 2011.

Comparing consumption in January 2010 with January 2011 for all the residential customers in the municipality (chart above), the team noted that:

• Clients who participated in the education-al activities (with light bulb replacement) used an average of 5% less than residential consumers of São Gonçalo.

• Clients who exchanged their refrigerators used an average of 12% less than residential consumers in São Gonçalo.

168,1 160,6 151,3 150,8 134,6 117,9 116,6 123,3 132,5 134,7 131,4 157,9 167,3

01/2010 02/2010 03/2010 04/2010 05/2010 06/2010 07/2010 08/2010 09/2010 10/2010 11/2010 12/2010 01/2011

193,5 183,5 171,8 171,2 150,5 130,6 129,5 137,4 147,1 148,9 146,3 171,7 183,5

152,1 142,7 136,7 134,5 115,5 102,7 101 110,8 116 120,9 118,5 132,3 133,6

Geral General

-0,5%Geral / General

Beneficiados*Beneficiaries *

-5,2%Beneficiados / Beneficiaries

GeladeiraGeladeira

% Comparativo mês inicial% compared with the initial month

-12,2%Geladeira / Refrigerator

Evolução do Total de Beneficiados pelo Programa Consciência Ampla | Evolution of all those Benefited by the Consciência Ampla Program

100.000 200.000 300.000 400.000 500.000 (Indivíduos / Individuals)

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

17.151

173.670

159.924

169.365

292.499

469.685

480.234

Estudo de consumo (em kWh) | Consumption Study (in kWh)

* Apenas pelas atividades educativas* Only by educational activities

(Ano / Year)

Geral / General Beneficiados* / Beneficiaries* Geladeira / Refrigerator

kWh

Page 13: Ações sociais, educação e sustentabilidade

24 Ampla - Social, Educational and Sustainable Actions Ampla - Ações Sociais, Educação e Sustentabilidade 25

Em seguida, começa a ser feito o diagnóstico da localidade passível de ter um projeto implantado, por meio da cartografia social. Nesse momento, os articuladores sociais identificam as demandas da comu-nidade. As questões levantadas podem apontar para soluções como o direcionamento a projetos já existentes, atendimento dos agentes comunitários, acionamento das áreas operacionais e até capacitação interna dos funcionários. Esse processo de ouvir os clientes também pode inspirar a criação e o desenvolvimento de novos projetos. Na ter-ceira etapa, a aproximação com a comunidade torna-se ainda maior, com a implantação, de fato, das ações selecionadas.

O ciclo continua entre a quarta e a sexta etapas, com a formação de parcerias, o treinamento e a contratação de jovens para trabalhar na área de fornecimento de energia e o levantamento de problemas e demandas por parte da população. São ainda identificados grupos e instituições-chave em que as ações devem ser intensificadas devido à grande influência local que exercem, como os grupos de mulheres, os Centros de Referência de Assistência Social e as equipes do Programa de Saúde da Família.

Na sétima etapa, são realizados estudos sobre a realidade socioeconô-mica dos moradores da área, enfocando-se aspectos como renda e esco-laridade. Nesse trabalho, é de fundamental importância a associação de dados de várias instituições, como IBGE, Ministério da Saúde, Ministério do Desenvolvimento Social e PNUD, além do Índice de Desenvolvimen-to Humano (IDH) e do Índice de Gini. “Esse cruzamento é essencial para nos dar uma ideia mais realista da comunidade. Pelo IDH, por exemplo, Niterói nem entraria no nosso mapa de projetos sociais. Mas é um dos municípios com maior índice de Gini, que mede a desigualdade social”, explica Felipe Conti, dando um exemplo do que se pode enxergar

tion. Also identified are key groups and institutions where the actions should be stepped up given their influence, such as women’s groups, Reference Centers for Social Assistance, and Family Healthcare Program teams.

In the seventh stage, studies on the socio-economic state faced by the residents of the area are carried out, focusing on aspects such as income and education. In this work, it is of fundamental importance that data from various institutions, Brazil’s of-ficial statistics office (IBGE), the Ministry of Health, the Ministry of Social Development, the UNDP, the Human Development Index (HDI) and the Gini Index, be linked. “This cross-referencing is essential for us to have a more realistic idea about the community. Using the HDI, for example, Niterói doesn’t even get on our map of social projects. But it is one of the municipalities with the high-est Gini Index, which measures inequality, “explains Felipe Conti, giving an example of what more detailed data analysis shows up.”Porto da Pedra is a middle-class neigh-borhood. But it does have a tiny pocket of poverty. Looking at it from afar, we don’t see that,” he says.

The last phase includes the measures to be taken in each case, based on the diagnosis in the previous steps and hidden demands - those that have no direct relation to the power supply and which are noted by the mediators informally. With the creation of

Para garantir a eficácia de suas ações sociais e estreitar cada vez mais a relação de confiança entre a empresa e seus clientes, a Ampla segue uma minuciosa metodologia, que visa ao planejamento participativo e ao controle dos resultados.

Na primeira etapa, é feita a capacitação dos articuladores – verdadeiros elos entre a empresa e os moradores. “Para gerar confiança, temos que estar com o discurso e a metodologia bem amarrados”, ressalta Gislene Rodrigues.

Passo a passo:

Step by step:

To ensure the effectiveness of its social ac-tion and build trust between the company and its clients, Ampla uses a thorough methodology based on participatory plan-ning and tracking of results.

In the first stage, mediators are trained – the true links between the company and the residents. “To build trust, we must have a very clear message and methodology,” says Rodrigues.

Then begins the diagnosis of the location likely to have a project implemented in it, using social mapping. At this point, the mediators identify the community’s demands. The issues raised may indicate solutions, such as the targeting of existing projects, action to be taken by community agents, getting the operational areas involved, and even the training of employ-ees. This process of listening to clients can also lead to the creation and develop-ment of new projects. In the third step, relationship-building with the community is stepped up, with the implementation of the actions selected.

The cycle continues between the fourth and sixth stages, with the formation of partnerships, the training and hiring of young people to work in the energy supply area, and the investigation of problems and demands among the general popula-

Cliente conversa com agente comunitário sobre suas necessidades: processo de ouvir antecede as açõesA client talks to a community agent about their needs: listening precedes action

3ª Etapainicio da aproximação Conhecimento mútuo: Projetos da Comunidade & Projetos da Ampla

2ª EtapaMapeamentode instituições e líderes locais

Mapeamentomútuo: PConhecimento

4ª EtapaFormação de Parcerias Contratação e capacita-ção de jovens da comunidade

Formação de Parcerias

8ª Etapaidentificação de necessidades e criação de soluções adequadas

5ª Etapaidentificação e atendimento de demandas prioritárias

7ª EtapaConstrução dos perfis de cliente da área

1ª EtapaCapacitação dos Articuladores Conhecimento do território

Capacitação dosArticuladores

6ª Etapaidentificação de grupos potenciais para investimento de projetos sociais - mais sensíveis aos efeitos dos projetos

grupos potenciais identificação de

Relação de Confiança

Beginning of relationship building Mutual knowledge: Community Projects & Ampla Projects

Mapping of institutions and local leaders

Mapping of relationship building

Partner Training Hiring and training of youths from the community

Partner Training

Identifying needs and creating appropriate solutions

Identifying and meeting priority demands

Construction of client profiles in the area

Step 1Training of mediators Knowledge of the territory

Training ofmediators

Identification of potential groups for social project investment – most sensitive to the effects of projects

potential gIdentification of Relationship

of Trust

Step 3

Step 2

Step 4

Step 5

Step 8

Step 7

Step 6

Page 14: Ações sociais, educação e sustentabilidade

26 Ampla - Social, Educational and Sustainable Actions Ampla - Ações Sociais, Educação e Sustentabilidade 27

Bloco II

Section II

Projetos do Consciência Ampla

Consciência Ampla Projects

numa análise mais apurada dos dados: “Porto da Pedra é um bairro de classe média. Mas há uma margenzinha desse bairro que é um bolsão de pobreza. Olhando de longe, não vemos isso.”

A última fase engloba as medidas a serem tomadas em cada caso, a partir do diagnóstico feito nas etapas anteriores e do levantamento das demandas ocultas – aquelas que não têm relação direta com o forneci-mento de energia e são percebidas de maneira informal pelos articu-ladores. Com a criação de soluções, o direcionamento dos projetos existentes e, quando necessário, o desenvolvimento dos novos produ-tos, o ciclo se encerra e o objetivo é alcançado.

Gislene Rodrigues ressalta que todo esse trabalho é contínuo e alvo constante de monitoramento. Periodicamente, as equipes executoras realizam reuniões e produzem relatórios de percepção, que abor-dam as opiniões sobre os projetos sociais, os serviços oferecidos pela distribuidora, a própria comunidade, o meio ambiente e questões relacionadas ao conceito de cidadania. “Para o planejamento anual, há um encontro de todos, tanto os colaboradores próprios quanto os de empresas parceiras da Ampla. A partir de 2009, além da equipe de Projetos Sociais, essa reunião também passou a incluir o Marketing, a Comunicação e a área de Responsabilidade Social. As atividades desenvolvidas e resultados são apresentados quinzenalmente, com acompanhamento do presidente e dos diretores da empresa. Entre outras ações para manter a coesão e o ânimo da equipe diretamen-te envolvida nos projetos, bem como o sentido desse trabalho com pessoas, fazemos periodicamente uma reunião com o pessoal interno, chamada de ‘Nosso momento’, para falar sobre diversos temas, como os valores que guiam o nosso trabalho.”

Gislene Rodrigues

A intenção da Ampla, ao levar a determinadas comunidades seus projetos sociais, é alcançar benefícios mútuos. Para a empresa, é importan-te que os clientes consumam energia de forma adequada. E, para os moradores dessas locali-dades, nossas ações geram bem mais do que economia. Para falar de energia, também enfoca-mos a questão da qualidade de vida, autoestima e relação com o meio ambiente, começando

dentro de casa. Por isso, temos as mulheres como influência principal para o desenvolvimento do nosso trabalho. são elas, por ocuparem um papel tão importante no seio familiar, que nos ajudam a tornar essa relação sustentável e a dar uma amplitude muito maior a essa consciência. Nesse processo de reflexão, elas são levadas a perceber a importância de se desenvolverem melhorias em suas casas e em suas comunidades.

Responsável pela Área de Projetos Sociais da AmplaHead of Ampla’s Social Projects

Ampla’s intention in taking its social projects to certain communities is to achieve mutual benefits. For the company, it is important for clients to consume electricity properly. And for the residents of these locations, our action results in much more than savings. In talking

about energy, we are also focusing on quality of life, self-esteem, and our relationship with the environment, starting inside the house. This is why we have women as the main influencers in the development of our work. It is they, in occupying such an important

role within the family, that help us make this relationship sustainable and who provide a much wider range for this awareness. In this process of reflection, they are made to realize the importance of making improvements in their homes and their communities.

solutions, the targeting of existing projects and, where necessary, the development of new products, the cycle ends and the goal is reached.

Rodrigues points out that all this work is continuous and constantly tracked. Periodically the teams hold meetings and produce reports on their findings, expressing their views on the social projects, the services offered by the distributor, the community, the environ-ment, and issues related to the concept of citizenship. “For the annual plan, there is a meeting for everyone, Ampla employees and those of Ampla’s part-nering companies. Since 2009, besides the Social Project teams, this meeting has also included Marketing, Com-munications and Social Responsibility. The activities carried out and the results achieved are presented every two weeks, followed up by the company’s president and directors. Among other things, to maintain cohesion and the morale of the staff directly involved in the projects, as well as to maintain the direction of this working with people, we regularly meet with staff, in a meeting called ‘Our time,’ to talk about various topics, such as the values that guide our work.”

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28 Ampla - Social, Educational and Sustainable Actions Ampla - Ações Sociais, Educação e Sustentabilidade 29

“ Nunca sofri preconceito por ser mulher, nem dos clientes, nem dos meus colegas de trabalho.

I’ve never suffered prejudice as a woman, not from clients, not from my co-workers.

Deisiane Braz CarvalhoFuncionária formada pelo Consciência Ampla oportunidadeEmployee trained by Consciência Ampla Opportunity

inspeção e normalização de consumo, ajudando a empresa a dimi-nuir as perdas de energia que podem ocorrer por conta de medidores irregulares. “Nunca sofri preconceito por ser mulher, nem dos clientes, nem dos meus colegas de trabalho”, orgulha-se a jovem de 22 anos.

Pelas portas que se abriram para Deisiane em 2007 também passaram, ao longo dos últimos sete anos, mais de 5.200 jovens moradores de comunidades atendidas pela Ampla. Ajudar essas pessoas a vislumbra-rem perspectivas melhores de vida é o que move o Consciência Ampla Oportunidade, um projeto que prepara jovens de comunidades popu-lares para o mercado de trabalho e promove sua inserção nos quadros da própria Ampla e de empresas parceiras. Dos participantes do curso de eletricista, por exemplo, cerca de 80% acabam conseguindo se empregar no setor elétrico.

“O projeto surgiu de uma demanda forte das próprias comunidades quanto à empregabilidade de seus jovens. Em cenários algumas vezes marcados pelo convívio com a violência, percebemos o anseio e a preocupação de líderes comunitários, pais e educadores com o futuro dessas moças e rapazes”, comenta a socióloga Gislene Rodrigues, que é a responsável pelos Projetos Sociais da Ampla. Segundo ela, essa demanda foi identificada a partir do contato da empresa com as redes de lideranças formadas nas comunidades onde iniciou sua atuação.

A primeira experiência do projeto foi em 2004, com a formação de jovens para o trabalho como leituristas e entregadores de conta de luz. Desde então, os agraciados pelo Consciência Ampla Oportunidade são indicados pelas lideranças comunitárias e por escolas do entorno, com as quais a Ampla estabelece parcerias. Com o intuito de formar um ciclo completo de atuação, o projeto investe na qualificação e busca a inserção dos jovens em serviços da própria Ampla, ainda que presta-dos por outras empresas parceiras.

a job,” says the young woman who four years later is attending college, studying engineering production.

After two years working as a community agent, Deisiane took a further step in her career and did an electrician’s course run by Consciência Ampla Opportunity. Six months after starting work in area, she decided to study electrical engineering. She is currently working in the consumption inspection and normalization area, helping the company reduce energy losses that can occur because of irregular meters. “I’ve never suffered prejudice as a woman, not from clients, not from my co-workers,” says the 22-year-old.

In the last seven years, more than 5,200 young residents of the communities served by Ampla have passed through the doors that opened up for Deisiane in 2007. Helping these people find better prospects is what motivates Consciência Ampla Opportunity, a project that prepares young members of families from poor communities for the la-bor market and which gets them into Ampla itself as well as partnering companies. Of the people who have done the electrician’s course, for example, about 80% have found work in the electricity sector.

“The project arose out of the strong de-mand from the communities regarding the employability of their young people. In sce-narios sometimes marked by violence, we see a desire and concern among commu-nity leaders, parents and educators for the future of these young men and women,” says sociologist Gislene Rodrigues, who is responsible for Ampla’s Social Projects. She says that this demand was identified from the company’s contact with the leadership networks formed in the communities where it began operating.

Consciência Ampla Oportunidade

Consciência Ampla Opportunity

InCOME GEnERATIOn AnD LOCAL DEVELOPMEnT

Geração de renda e desenvolvimento local

Ela é mulher, jovem, bonita, articulada e envolvida com os proble-mas sociais enfrentados pelos moradores da comunidade em que foi criada, a modesta Fragoso, em Magé. Em 2007, aos 18 anos, Deisiane Braz Carvalho conseguiu seu primeiro emprego após assistir a algu-mas palestras sobre consumo consciente de energia promovidas pela Ampla em sua vizinhança. Na ocasião, ela soube, por uma liderança comunitária de seu bairro, que um projeto da empresa preparava moças e rapazes para o mercado de trabalho, e se candidatou ao trei-namento. Logo conquistou um posto de agente comunitária. “Achei interessante a oportunidade de fazer um trabalho social, conscienti-zando as pessoas sobre temas tão importantes e beneficiando minha comunidade. E era uma ótima chance de já sair do ensino médio empregada”, conta a jovem, que, quatro anos depois, está cursando a faculdade de engenharia de produção.

Após dois anos trabalhando como agente comunitária, Deisiane deu um passo a mais em sua carreira e fez o curso de eletricista pelo Cons-ciência Ampla Oportunidade. Seis meses depois de começar a atuar na área, resolveu estudar eletrotécnica. Atualmente, trabalha na área de

She is a young, beautiful, articulate woman, and engaged with the social prob-lems faced by residents in the community in which she was raised, the modest Fragoso, in Magé. In 2007, aged 18, Deisiane Braz Carvalho got her first job after attending some lectures on responsible energy con-sumption given by Ampla in her neighbor-hood. At the time she found out from a community leader in her neighborhood that the company was preparing young people for the labor market, and she applied. She soon won a place as a community agent. “I found the opportunity to do social work interesting, raising awareness of such im-portant issues of benefit to my community. It was a great chance to leave school with

Formada no projeto, Deisiane trabalha na inspeção e normalização de consumoTrained in the project, Deisiane works in consumption inspection and normalization

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30 Ampla - Social, Educational and Sustainable Actions Ampla - Ações Sociais, Educação e Sustentabilidade 31

humanos. A eles também são passadas noções sobre o consumo res-ponsável de energia elétrica. Durante as oficinas, os participantes têm a oportunidade de expor aos orientadores suas expectativas e aspira-ções em relação ao futuro.

Aqueles que se mostram realmente interessados em seguir adiante no processo de formação subsequente são, então, encaminhados para o Curso de Eletricista de Rede de Distribuição de Baixa Tensão, realiza-do em parceria com o Senai, que tem duração de cinco meses. Nesse período, os alunos recebem o benefício do auxílio-transporte, além de terem acompanhamento social e formação sobre direitos humanos, diversidade, cidadania e ética profissional, ministrada por instituição especializada, como o Movimento de Mulheres de São Gonçalo, que atua no projeto desde 2009. Os jovens que preferem trabalhar em ou-tros departamentos têm seus currículos encaminhados para os setores de Recursos Humanos das empresas parceiras.

“Muitas vezes, antes mesmo da formatura, já há uma demanda grande por parte dessas empresas. Trata-se de uma oportunidade muito interessante para esses jovens entrarem no mercado formal de trabalho”, diz Kátia.

is done in their own communities, are sent on training courses, to be electricians, for example, and are then promoted to other activities,” says Kátia Ramos, a specialist in Ampla’s Social Projects who coordinates Consciência Ampla Opportunity and the activities carried out by community agents.

Before being hired by the companies, the students go through a long way and well- prepared process, starting with labor Mar-ket Training Workshops. In this phase, as well as being given advice on job interviews and the electricity sector, the young people think about ethics, citizenship, and human values. They are also given an introduction to the responsible consumption of electricity. During the workshops, participants have the opportunity to express their expecta-tions and aspirations for the future.

Those who appear genuinely interested in moving forward in the training process are then sent on to the Electrician’s Course for the Low Voltage Distribution Network, run in partnership with SENAI, which lasts for five months. In this period students receive a transport allowance, get social support and training on human rights, diversity, citi-zenship and ethics, taught by a specialized institution, such as the Women’s Movement in São Gonçalo, which has worked in the project since 2009. The young people who prefer to work in other departments have their résumés sent to the Human Resources department at partnering companies.

“Often, even before graduation, there is already a great demand from these compa-nies. It is a very interesting opportunity for these young people to get into the formally-documented labor market,” says Ramos.

Even after entering the labor market, young people are still monitored by the coordinators at Consciência Ampla Opportunity. All the teams containing former students take part in workshops in which the professionals can ex-change experiences and evaluate the way the work and training is being managed in the company. The themes of the debates are cho-sen by the participants themselves - among those already discussed are family budgets, electronic metering, and safety at work.

According to Ramos, these events are designed to get these young people served by the project into their new social environ-ment as quickly as possible, preventing them from being marginalized.

Over the years Consciência Ampla Opportunity has been in place, the project has had many institutional partners, such as the Internation-

Dos jovens que passaram pelo projeto, mais de 200 estão emprega-dos em alguma atividade desenvolvida ou contratada pela distribui-dora de energia. Em geral, trabalham como entregadores de conta, leituristas, atendentes comerciais, eletricistas e agentes comuni-tários. Estes últimos atuam no projeto Consciência Ampla Saber e são preparados para orientar as famílias sobre consumo consciente, a partir de visitas domiciliares. “Os jovens que se destacam nesse trabalho, que na maior parte das vezes é exercido em suas próprias comunidades, são encaminhados para cursos de formação, como o de eletricista, sendo depois promovidos para outra atividade”, comenta Kátia Ramos, especialista de Projetos Sociais da Ampla que coordena o Consciência Ampla Oportunidade e as atividades dos agentes comunitários.

Antes de serem admitidos nas empresas, os alunos percorrem um lon-go e bem preparado caminho, com início nas Oficinas de Capacitação para o Mercado de Trabalho. Nessa fase, além de receberem orienta-ções sobre como se portar nas entrevistas de emprego e sobre o setor de energia elétrica, os jovens refletem sobre ética, cidadania e valores

The project’s first experience was in 2004, training young people for work such as meter readers and bill deliverers. Since then, those taken on by Consciência Ampla Op-portunity have been recommended by com-munity leaders and schools in the area that Ampla has partnerships with. In order to form a complete cycle, the project invests in training and seeks to get the young people taken on providing services for Ampla itself, even if working for partners.

Of the young people who have been through the project, more than 200 are employed in an activity performed or contracted by the power distributor. In general, they work as a bill deliverers, meter readers, clerks, electricians and community agents. The latter work in the Consciência Ampla Knowledge project and are trained to advise families on responsible consumption, via home visits. “The young people who stand out in this work, which in most cases

Jovens exibem seus certificados de formação no curso de eletricista: aptos ao mercado de trabalhoYoung people display their certificates from the electrician’s training course, now ready to work

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32 Ampla - Social, Educational and Sustainable Actions Ampla - Ações Sociais, Educação e Sustentabilidade 33

Albino MottaResponsável pela Diretoria Técnica da Ampla

Technical Director at Ampla

Para uma empresa de prestação de serviços, é muito importante estar próximo da sociedade. Grande parte dos nossos clientes vive em regiões muito carentes, e os projetos sociais nos ajudam a en-tender seus problemas – em especial aqueles que influenciam nossa atuação, como o furto de energia e a inadimplência. Entendendo as necessidades dessas pessoas, podemos ajudá-las a buscar formas de geração de renda, de redução do consumo de energia e do uso consciente desta. O Consciência Ampla colabora para que nossos clientes nos perce-bam não só como uma empresa que pretende travar com eles uma relação mercantil. Eles nos têm como

um grupo de pessoas que não os procura apenas para cobrar por um serviço, mas para oferecer-lhes alternativas de uma vida melhor, como, por exem-plo, pela capacitação profissional. É uma via de mão dupla: formamos profissionais em nossa área de atuação e ajudamos a desenvolver a região. Isso gera um ambiente de trabalho positivo, e a comuni-dade vai crescendo com a gente. Quando percebe-mos, na cerimônia de formatura de 200 pessoas que participaram do nosso programa de treinamento, que 100% delas estão empregadas, sentimos um orgulho imenso que nos dá vontade de fazer cada vez mais pela área social.

For a service company, it is very impor-tant to be close to society. Most of our clients live in very poor regions, and the social projects help us to understand their problems - especially those affecting our operations, such as energy theft and bad debt. By understanding these people’s needs we can help them find ways to gen-erate income, reduce energy consumption

and use it responsibly. Consciência Ampla Opportunity helps our customers see us not only as a company that wants to lock them in a commercial relationship. They have in us as a group of people who they seeks not only to ask for a service but to offer them alternatives for a better life, for example, through professional training. It is a two-way street: to train profession-

als in our area of business and help to develop the region. This creates a positive working environment, and the commu-nity grows with us. When we realize, at a graduation ceremony for 200 people who attended our training program, that 100% of them are employed, we feel immensely proud, which gives us the will to do more in the social area.

Ao longo dos anos de realização do Consciência Ampla Oportu-nidade, o projeto já contou com diversos parceiros institucionais, como a Organização Internacional do Trabalho (OIT), a ANEEL (pelo Programa de Eficiência Energética), o Projovem de São Gon-çalo, os Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), a Firjan e o IAF (Interamerican Foundation), além de lideranças comunitá-rias e instituições de ensino.

Para 2011, a meta do Consciência Ampla Oportunidade é atender mais 1.500 jovens de comunidades situadas na zona de cobertura da empresa. “Temos também a ideia, a ser estudada mais para a frente, de estimular os alunos a se formarem como eletrotécnicos e tecnólogos”, conclui Kátia.

Mesmo após ingressarem no mercado de trabalho, os jovens continu-am sendo acompanhados pelos coordenadores do Consciência Ampla Oportunidade. Todas as equipes em que os ex-alunos estão inseridos participam de oficinas, em que os profissionais podem trocar experi-ências e avaliar a gestão do trabalho e do aprendizado na empresa. Os temas dos debates são escolhidos pelos próprios participantes – entre os já abordados estão orçamento familiar, medição eletrônica e segu-rança no trabalho. De acordo com Kátia, a intenção desses eventos é promover uma inserção mais rápida dos jovens atendidos pelo projeto em seu novo ambiente social, evitando que eles sejam marginalizados.

al Labor Organization (ILO), ANEEL (through its Energy Efficiency Program), the Pro-Youth São Gonçalo, Social Assistance Reference Centers (CRAS), the Firjan and the Inter-American Foun-dation (IAF), as well as community leaders and educational institutions.

For 2011, the goal for Consciência Ampla Op-portunity is to another 1,500 youths from com-munities in the company’s catchment areas. “We also have a plan to be studied later on, to encourage students to train as technicians and technologists,” says Ramos.

Projeto abre novas perspectivas para o futuro profissional dos participantesThe project opens up new professional opportunities for participants

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34 Ampla - Social, Educational and Sustainable Actions Ampla - Ações Sociais, Educação e Sustentabilidade 35

“Comemoramos 10 anos da Casa Amarela, mas foi tudo conquistado com muita luta. O mercado da arte é complicado, o material utilizado normalmente é caro, é preciso ter uma dedicação diferente da exigida por ramos mais convencionais”, conta ela.

Ana queria abrir uma escola em São Gonçalo justamente porque conhecia as dificuldades dos moradores. “Eu mesma sempre tive que ir para o Rio para aprender o que sei. No início, ouvia de todos os lados que aquilo era uma loucura, que ninguém consegue sobreviver de arte. Mas a maior prova de que isso não é verdade é a minha própria trajetória e a de muitos de nossos alunos, que hoje se dedicam exclu-sivamente ao trabalho com as técnicas aprendidas aqui”, orgulha-se ela, enfatizando a importância da Ampla nesse processo. “A empresa confiou em mim e me propôs que fizesse algumas adaptações, instituin-do, por exemplo, cursos itinerantes. Com o apoio da Ampla, transferimos nossas atividades para uma casa maior, com mais recursos, e passamos a poder atender a um número muito maior de pessoas.”

Uma dessas pessoas é a dona de casa Arisnita da Silva Nascimento, de 67 anos, moradora do bairro de Porto Velho. Depois de frequentar quase todos os cursos oferecidos na Casa Amarela, ela não só passou a vender suas próprias peças como começou a dar aulas para moradores de comunidades carentes próximas à sua casa. Para seus alunos, Arisni-ta dissemina os benefícios que a arte pode trazer para a mente e para o bolso, além das vantagens de se usarem matérias-primas recicláveis na confecção dos trabalhos.

“Quando comecei a frequentar a Casa Amarela, estava meio cabisbai-xa. A idade estava avançando, meus filhos estavam se casando e saindo de casa e eu, que nunca trabalhei fora, passei a ficar com a vida muito parada”, recorda Arisnita. “A arte me fez um bem enorme. Além disso, deu uma forcinha no orçamento doméstico, já que meu marido é apo-sentado e recebe um benefício modesto.”

Em suas aulas, Arisnita repassa os conceitos de sustentabilidade am-biental aprendidos nos cursos oferecidos pelo Ampla com Arte. “Faze-mos peças lindas com material que poderia estar no lixo, como porta-retratos de jornal e bijuterias de garrafas pet. Falo para os alunos que, com o nosso trabalho, estamos também ajudando a limpar o meio ambiente. E fico feliz em saber que algumas senhoras que aprenderam tudo comigo já conseguem viver do artesanato.”

A formação dessa corrente de sustentabilidade e solidariedade que co-meçou em Ana e tem Arisnita como um de seus muitos elos é o objeti-vo maior do Consciência Ampla com Arte. A prerrogativa principal do projeto é estimular entre as pessoas das comunidades atendidas pela empresa a geração de renda por meio de atividades alternativas ao mercado de trabalho tradicional. Por isso, entre os beneficiados, estão

At the time, she had only her courage and determination, and the support of her family and two friends. Soon the Casa Amarela became well-known in the region, and students kept coming. In 2004, however, Ana found it almost impossible to keep the foundation going. That is when Ampla came her way, providing the second twist in this journey: it was the beginning of the project Consciência Ampla with Art, a partnership that has since then provided more than 22,000 people with classes focused on handicrafts and sustainability.

“We have celebrated the tenth anniversary of the Casa Amarela, but it has all been a great struggle. The art market is compli-cated, the material used is usually expen-sive, and you must be more committed than you need to be in more conventional fields,” says Ana.

Ana wanted to open a school in São Gonçalo precisely because she knew the difficulties faced by the residents there.”I always had to go to Rio to learn what I know. At first, everyone said it was crazy, that nobody can make a living from art. But the greatest proof that this is not true is my own career, and that of many of our students, who now working exclusive-ly with the techniques they learned here,” she says, emphasizing the importance of Ampla in this process.”They trusted me and proposed some adjustments, establishing, for example, itinerant courses. With the support of Ampla we transferred our activities to a larger house with more resources, and then we could serve a much larger number of people,” Ana explains.

One of the people to have benefitted is 67-year-old homemaker Arisnita da Silva Nascimento, a resident of Porto Velho. After attending almost all the courses offered at the Casa Amarela, she not only began selling her own pieces, but also be-gan teaching residents of poor communi-ties near her home. Arisnita spreads to her students the benefits that art can bring to the mind and the pocket, plus the advan-tages of using renewable raw materials in the making of the work.

“When I started going to the Casa Ama-rela, I was a little crestfallen. Age was ad-vancing, my children were getting married and leaving home and I had never worked. My life was becoming very boring,” recalls Arisnita.”Art did me a lot of good. It also gave me a little help in my household bud-

Consciência Ampla com ArteGeração de renda e desenvolvimento local

Ana Coelho sempre viveu da arte. Desde pequena, seu maior passatem-po era desenhar. Logo que se formou no ensino médio, conseguiu um emprego numa fábrica de estamparia têxtil – onde, por dez anos, pôde desenvolver seu talento. Apesar da alegria de sobreviver do que amava fazer, ela não estava satisfeita. Seu sonho ia além do próprio umbigo: queria proporcionar a outras pessoas a oportunidade que, à custa de muitas dificuldades financeiras, ela conquistara.

O ano 2000 representou a primeira grande virada em sua vida. Sem pestanejar, Ana pediu demissão e, com o dinheiro que conseguira juntar até então, alugou uma casinha em São Gonçalo para dar aulas gratuitas a moradores de comunidades carentes. Na época, ela só contava com sua coragem e determinação e com o apoio de sua família e de dois amigos. Rapidamente, a Casa Amarela tornou-se conhecida na região, e os alunos não paravam de chegar. Em 2004, porém, Ana viu-se quase impossi-bilitada de manter a fundação atuante. Foi quando a Ampla surgiu em seu caminho, proporcionando a segunda virada nessa caminhada: era o início do projeto Consciência Ampla com Arte, uma parceria que, desde então, já proporcionou a mais de 22 mil pessoas o aprendizado de um novo ofício focado no lúdico e na sustentabilidade.

Ana Coelho has always made a living from art. Since her childhood, her main hobby has been drawing. As soon as she gradu-ated from high school, she got a job in at a textile printing factory - where, for ten years, she was able to develop her talent. Despite the joy of making a living from what she loved doing, she was not satis-fied. Her dream went beyond her own self: she wanted to give others the opportunity that, at great financial cost, she had taken.

The year 2000 was the first major turn-ing point in her life. Without a second thought, Ana quit her job and with the money she had managed to save she rented a house in São Gonçalo to give free classes to residents of poor communities.

Consciência Ampla with Art

InCOME GEnERATIOn AnD LOCAL DEVELOPMEnT

Moradoras das comunidades fazem cursos de artesanato Community residents attending handicraft courses

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36 Ampla - Social, Educational and Sustainable Actions

According to Aladia, these events help involve the staff with what is being worked on in the social projects.”For the students, the gains are beyond financial: the most outstanding thing is the in-creased self-esteem that this kind of work promotes in these people. Many were depressed when they began classes, and from then on they recover,” she says.

In 2011 Ampla expects to bring the project to another 15 other municipalities. The goal is to further encourage the ex-change of experiences and joint efforts by students.”Often, the classes produce other results: people get together to form working groups. It is very pleasing to watch the students’ involvement with and dedication to art. The project awakens in residents in the communities this will to come together to produce something that will benefit everyone,” says Guerino.

Maria do Rosário OliveiraRepresentante das Redes de Lideranças Comunitárias

Representative of the Community Leadership Networks

Meu primeiro contato direto com a Ampla foi em 2004, quando eu era presidente da associação de moradores da comunidade Apolo ii, em itaboraí. Na época, os moradores faziam muito “gato”, porque diziam não ter condições de pagar as contas de luz, que vinham muito altas. Chegou até nós, então, uma equipe de assistentes sociais da Ampla, com quem começamos a dialogar. Eu disse a eles que precisávamos de mais oportunidades para os jovens, pois muitos não conseguiam o primeiro emprego e

acabavam se perdendo. Hoje, já temos mais de 100 moças e rapazes que estão no mercado de trabalho graças aos projetos sociais da empresa. Eles agora podem ajudar suas famílias e até fazer faculdade. E os outros moradores também são beneficiados, porque aprenderam a economizar energia mudando hábitos e tendo geladeira e fiação elétrica trocados. Tenho muito orgulho dessa nossa parceria, porque ela promove a dignidade para as pessoas de todas as comunidades atendidas pelo Consciência Ampla.

My first direct contact with the Ampla was in 2004, when I was president of the Apollo II residents association, in Itaboraí. At the time, the residents used a lot of illegal connections with the electrical grid because they said they could not afford to pay the bills, which were very high. Then a team of social workers from Ampla came

to us, who we began to talk to. I told them we needed more opportunities for young people, because many of them could not get their first job and ended up getting lost. Today we have over 100 young people in work thanks to the social proj-ects run by the company. They can now help their families and even go to college.

And the other residents also benefit be-cause they have learned to save energy by changing their habits and changing their refrigerators and having their electrical wiring replaced. I am very proud of our partnership because it promotes dignity for people from all the communities served by Consciência Ampla.

Aluna usa material reciclável para produzir enfeitesA student uses recycled materials to make ornaments

muitos dos atendidos pelo Consciência Ampla Cidadania. Os alunos aprendem a confeccionar os mais diversos objetos e são estimulados a manter práticas de consumo consciente.

Além dos cursos com duração de dois meses oferecidos pela Casa Amarela em quatro municípios do estado, são promovidos “aulões” avulsos em outros oito municípios a cada ano. Entre as técnicas ensi-nadas estão os mais variados tipos de pintura e de escultura. Em meio a conversas sobre a importância da reciclagem, folhas de revistas vão se transformando em cestarias, garrafas pet viram cerdas de vassouras e caixas de leite longa vida tornam-se lindas embalagens de presentes.

“Nessas comunidades, trabalhamos em parceria com os Centros de Re-ferência de Assistência Social (CRAS) junto ao público de baixa renda. As aulas são dadas nos próprios CRAS ou em outros espaços, como escolas públicas e igrejas. Enquanto os alunos aprendem a confeccionar as pe-ças, vão também tendo noções de consumo consciente. Os professores explicam, por exemplo, quanto tempo os materiais utilizados levariam para se decompor no meio ambiente se não fossem reaproveitados”, explica a assistente social Aladia Guerino, especialista de projetos sociais da Ampla que coordena o Consciência Ampla com Arte.

Frequentemente são organizadas exposições com as peças confeccio-nadas pelos alunos, em locais como a Universidade Federal Fluminen-se e o Sesi. Além disso, muitas delas são colocadas à venda em bazares temáticos promovidos dentro da empresa. Toda a renda obtida com a venda dos produtos é destinada aos próprios artistas. De acordo com Aladia, essas ocasiões ajudam a aproximar os funcionários ao que está sendo trabalhado nos projetos sociais. “Para os alunos, o ganho vai além da geração de renda: o mais fantástico é o aumento da autoes-tima que esse tipo de trabalho promove nessas pessoas. Muitas delas estavam em depressão quando começaram a frequentar as aulas, e, a partir dali, foram se recuperando.”

Em 2011, a Ampla espera levar o projeto a outros 15 municípios. A meta é cada vez mais estimular a troca de experiências e a união de forças entre os alunos. “Muitas vezes, das aulas, saem outros frutos: as pessoas se articulam para montar grupos de trabalho. É gratificante acompanhar o envolvimento e a dedicação dos alunos à arte. O projeto desperta nos moradores das comunidades essa vontade de se unirem para produzir algo que vá beneficiar a todos”, conclui.

get, as my husband is retired and gets only a modest pension,” she adds.

In her classes, Arisnita passes on the concepts of environmental sustainability she learned in the courses offered by Consciência Ampla with Art. “We make beautiful pieces from material that could be in the trash, like paper picture frames and jewelry made from PET bottles. I tell the students that, with our work, we are also helping to clean up the environment. And I’m glad to know that some of the ladies who have learned everything from me can now make a living from handi-crafts,” Arisnita says.

This chain of sustainability and solidar-ity that began with Ana and has Arisnita as one of its many links is the ultimate goal of Consciência Ampla with Art. The project’s main aim is to encourage people in the communities served by the company to generate income through alternatives to traditional jobs. Among those who benefit are many served by Consciência Ampla Citizenship. The students learn to make all kinds of objects and are encouraged to practice responsible consumption.

In addition to the two-month courses offered by the Casa Amarela in four municipalities in the state, one-ff classes are taught in another eight cities each year. Among the techniques taught are various kinds of painting and sculpture. Amid conversations about the importance of recycling, magazine pages are turned into baskets, pet bottles become broom bristles, and long-life milk cartons become beautiful gift packaging.

“In these communities we work in partnership with the Social Assistance Reference Centers (CRAS) among low-income people. Classes are taught in the CRAS venues or other spaces, such as schools and churches. As students learn to make the pieces, they also learn the basics of responsible consumption. Teach-ers explain, for example, how long it would take the materials to decompose in the environment if not recycled,” Aladia Guerino, a specialist in the Social Projects at Ampla, who coordinates Consciência Ampla with Art.

Exhibitions of pieces made by students are often held in places such as the Federal Fluminense University and SESI. In addition, many pieces are offered for sale at bazaars held at the company. All the proceeds go to the artists themselves.

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é preciso que a gente ajude a manter nosso mundo limpo. E é uma maravilha quando podemos, ao juntar papel usado para a reciclagem, evitar que haja mais desmatamento.

We have to help keep our world clean. And it is wonderful when, by collecting paper that is then recycled, we can prevent deforestation.

laércio vieira Jacques Aposentado

Laércio Vieira Jacques Retired

Para ter um desempenho tão destacado no projeto, o aposentado mo-biliza parentes e vizinhos, que juntam o que tiverem de lixo reciclado para ele levar ao posto. Laércio também recolhe material na escola em que sua filha trabalha. “Mas a maior parte do que levo para o Largo da Batalha eu cato mesmo é na rua. O pessoal joga tudo na calçada: caixas de papelão, geladeira, fogão, aparelho de ar-condicionado, máquina de lavar”, conta ele, que passa o fim de semana separando os resíduos para levar para o projeto.

O aposentado garante que, ao fazer o trabalho, não leva em conta só o desconto que terá na conta de luz, mas também o benefício que está proporcionando ao meio ambiente. “É preciso que a gente ajude a man-ter nosso mundo limpo. E é uma maravilha quando podemos, ao juntar papel usado para a reciclagem, evitar que haja mais desmatamento.”

Laércio é um dos cerca de 45 mil clientes cadastrados no Consciência EcoAmpla – são pessoas de ambos os sexos e de várias idades que se dirigem todos os meses aos postos de coleta do projeto para levar seus resíduos recicláveis. Nesses locais, toneladas de papéis, metais, plásticos, vidros e óleos vegetais são trocados por bônus em energia elétrica. É o consumo consciente de eletricidade de mãos dadas com a sustentabili-dade do planeta, por meio da participação ativa da população.

O projeto foi inspirado numa iniciativa semelhante realizada pela Coelce, distribuidora de energia elétrica do Ceará também pertencen-te à Endesa Brasil. Em 2008, foi instalado o primeiro posto de coleta no estado do Rio: ficava dentro do Horto do Fonseca, em Niterói. A localização estratégica contribuiu para que o Consciência EcoAmpla ganhasse repercussão entre os moradores do município, que logo aderiram à iniciativa.

pensioner has received several prizes from Ampla, including a television set and four refrigerators – which he has given to people who help him collect garbage.

To achieve such outstanding performance in the project, the pensioner involves relatives and neighbors, who collect their recyclable garbage for him to take to the depot. Laércio also collects material from the school where his daughter works. “But most of what I take to Largo da Bat-alha is what I pick up in the street myself. People throw everything on the sidewalk: cardboard boxes, refrigerators, stoves, air conditioners, washing machines,” says the man who spends his weekends sepa-rating waste to take to the project.

The pensioner says that that by doing this work he not only thinks about the discount he will get on his electricity bill, but also the good he is doing for the environment. “We have to help keep our world clean. And it is wonderful when, by collecting paper that is then recycled, we can prevent deforestation,” he says.

Laércio is one of about 45,000 registered clients with Consciência EcoAmpla – men and women of various ages who take their recyclable waste to the project’s collection points every month. In these points, tons of paper, metal, plastic, glass and vegeta-ble oils are swapped for electrical energy credits. This is responsible consumption of electricity walking hand-in-hand with environmental sustainability, via active participation by the general public.

Consciência EcoAmpla Até 2008, mais de R$ 200 do benefício de aposentadoria de Laércio Vieira Jacques, de 62 anos, eram destinados ao pagamento de sua conta de luz. Nos últimos meses, a despesa caiu consideravelmen-te: em um deles, a cobrança foi de apenas R$ 12. A diferença é paga não em dinheiro, mas em lixo. Toda semana, o aposentado leva centenas de quilos de resíduos recicláveis ao posto do projeto EcoAmpla instalado no Largo da Batalha, em Niterói. E recebe, em troca, os bônus em sua fatura mensal.

Na primeira vez em que chegou ao local com sua caminhonete, Laércio deixou para o projeto quase seis mil quilos de material. Até hoje, calcula ter contribuído com cerca de 30 toneladas. De tão empenhado no trabalho de arrecadar plásticos, metais e vidros em Itaipu, bairro onde mora, o aposentado já recebeu da Ampla vários prêmios, como um aparelho de televisão e quatro geladeiras – que acabou doando para as pessoas que o ajudam no recolhimento do lixo.

By 2008, more than R$ 200 of the 62-year-old Laércio Vieira Jacques’ pension went to pay his electricity bill. In recent months, his bills have fallen considerably: one of them was only R$ 12.The difference is paid not in money, but in trash. Every week, the pen-sioner takes hundreds of kilos of recyclable waste to the EcoAmpla project in Largo da Batalha, Niterói. In return he gets a credit on his monthly bill.

The first time he arrived there in his truck, Laércio left nearly six thousand kilos of mate-rial at the project. So far, he estimates he has taken about 30 tons. He is so commit-ted to collecting plastic, metal and glass in Itaipu, the neighborhood where he lives, the

Consciência EcoAmplaGeração de renda e desenvolvimento local

InCOME GEnERATIOn AnD LOCAL DEVELOPMEnT

Laércio é um dos campeões de troca de lixo reciclável por bônusLaércio is one of the champions of exchanging recyclable waste for credits

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um mundo melhor para as próximas gerações”, conta Victor, que é responsável pela área de Inovação e Eficiência Energética da Ampla.

Desde julho de 2010, também podem se cadastrar no Consciência EcoAmpla os chamados “grandes clientes”, como estabelecimentos comerciais e industriais. A meta para 2011 é firmar parcerias para aumentar ainda mais o escopo do projeto, alcançando a marca de 16 postos instalados.

O procedimento em que se baseia o Consciência EcoAmpla é simples: para cada tipo de material, há uma tabela relacionando peso à quantida-de de bônus. Em média, cada quilo corresponde a um desconto de R$ 0,17 na conta – mas esse valor pode ser bem mais expressivo depen-dendo do material: latinhas de alumínio estão entre os resíduos de maior

Nos postos, o lixo pode ser trocado por lâmpadas fluorescentesAt the posts, garbage can be exchanged for fluorescent light bulbs

Atualmente, há 14 postos instalados em oito cidades cobertas pelo serviço da Ampla – um deles, itinerante, percorre cinco bairros de Niterói. Desde a criação do projeto, foram arrecadadas cerca de mil toneladas de material reciclado – 475 delas só em 2010. E, nesses três anos, foram distribuídos mais de R$ 183 mil em bônus nas faturas. Todo o material é encaminhado para recicladores parceiros do projeto, que são responsáveis por sua adequada destinação.

De acordo com o coordenador do EcoAmpla, Victor Gomes, a adesão vem aumentando ano a ano, e muitos dos clientes cadastrados aju-dam a divulgar o projeto entre seus vizinhos e amigos. “Percebemos, particularmente, um grande envolvimento dos idosos. Há muitos apo-sentados que vão até os postos todos os meses levando uma quanti-dade interessante de resíduos. Eles gostam de conversar sobre recicla-gem e de mobilizar seus familiares. São pessoas que querem deixar

The project was inspired by a similar ini-tiative undertaken by Coelce, an electricity distributor, also owned by Endesa Brasil, based in Ceará state. In 2008, the first collection post in Rio state was opened, in Horto do Fonseca, in Niterói. Its strategic location contributed to the Consciência EcoAmpla having an impact in the mu-nicipality, whose residents soon joined in.

Currently there are 14 collection posts in eight cities covered by Ampla’s service - one of them, which is itinerant, covers five neighborhoods in Niterói. Since the project’s inception, about 1,000 tons of recyclable material have been collected - 475 tons in 2010 alone. And in these three years more than R$ 183,000 in electricity bill credits has been distributed. All the

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Ana Cristina nascimentoAssessora chefe de Responsabilidade Social – Corporativo do Sistema Firjan Chief Adviser on Corporate Social Responsibility - Firjan System

Hoje, está comprovado que as empresas têm retorno do seu inves-timento ao preparar os jovens de comunidades de baixa renda em cursos de qualificação profissional para o seu setor. A parceria do sistema FiRJAN com a Ampla no Projeto Trabalhando a Juventude e seus valores, que fez parte do Consciência Ampla, além da formação profissional, contribuiu para a melhoria das condições de vida desses jovens e da competitividade da Ampla, o que reforçou a geração de valor para os dois grupos.

Today, it is accepted that companies have a return on their investment in preparing young people from low-income communities on vocational training courses for their sector. The FIRJAN System’s partnership with Ampla in the Youth Working Project and the values held by Consciência Ampla, along with professional training, has contributed to the improvement of living conditions for young people and to Ampla’s competitiveness, which has reinforced the generation of value for both groups.

Não é só por descontos na conta de luz, porém, que os participantes do Consciência EcoAmpla podem optar. Entre as ações do projeto, há uma campanha de fidelidade com o mote que envolve todo o Consci-ência Ampla: o consumo responsável de energia elétrica. Cada quilo de material doado corresponde a um ponto. Ao juntar 30 quilos, o cliente pode requerer um cupom para participar de um sorteio men-sal, em que o prêmio é a troca de uma geladeira. Com 50 pontos, é possível trocar uma lâmpada incandescente por uma do tipo fluores-cente, que consome menos energia.

Há ainda a opção de se trocarem 40 pontos por uma ecobag. O aces-sório é confeccionado pelo grupo de produção Mulheres de Santo Aleixo, de Magé – as integrantes resolveram unir suas forças após participarem da Oficina de Mulheres do Consciência Ampla Saber, da oficina de artesanato do Consciência Ampla com Arte e de oficinas de Corte e Costura e de Gestão de Cooperativas promovidas pela empre-sa. As bolsas são feitas a partir de banners utilizados pela Ampla na divulgação de suas campanhas. “Esse tipo de material não é reciclável e, normalmente, acabaria indo para o lixo. Agora é transformado em bolsas, que servem para os clientes fazerem compras e até carregarem os materiais que serão entregues nos postos”, afirma Victor, acres-centando que o maior prêmio recebido pelos clientes é, de fato, a conscientização sobre sua responsabilidade na preservação do meio ambiente. “Para 2011, nossa meta é arrecadar 650 toneladas. Até 2013, pretendemos superar as mil toneladas por ano”, finaliza.

There is also the option to exchange 40 points for an ecobag. This accessory is made by a group of women from Santo Aleixo, in Magé – whose members decided to get together after participat-ing in the Ampla Knowledge Conscien-tious Women Workshop, the Ampla Art Awareness craft workshop, and the workshops on Sewing and Cutting and Cooperative Management run by the company. The bags are made from banners used by Ampla in promoting its campaigns. “This kind of material is not recyclable, and usually ends up going to waste. Now it’s turned into bags, which clients use for shopping and even to carry materials to the posts,” says Gomes, adding that the highest award received by clients is, in fact, awareness of their responsibility in preserving the environment. “For 2011, our goal is to collect 650 tons. By 2013, we intend to exceed 1,000 tons a year,” he adds.

valor. Os clientes são orientados a já levarem os materiais separados para os postos. Os bônus são, então, registrados, e têm seus valores abatidos da fatura seguinte à do mês em que a troca é realizada.

Se desejar, o doador do lixo pode transferir o bônus a que tem direito a instituições comunitárias apoiadas pela Ampla ou a famílias cadastra-das no Consciência Ampla Cidadania. Essas famílias também recebem bônus relativos aos resíduos recolhidos nos prédios da própria distri-buidora de energia – por esta ação, mais de 800 clientes foram benefi-ciados entre 2009 e o primeiro bimestre de 2011.

material is sent to partnering recyclers in the project, who are responsible for its proper clearance.

According to the EcoAmpla coordinator, Victor Gomes, take up has been increas-ing year on year, and many of the clients registered help publicize the project among their friends and neighbors. “We have seen a particularly strong involve-ment among the elderly. There are many pensioners who take a lot of waste to the posts every month. They like to talk about recycling and to involve their families. These are people who want to leave a better world for future generations,” says Gomes, who is in charge of Innovation and Energy Efficiency at Ampla.

Since July 2010 what are known as “large clients”, such as commercial and industri-al establishments, have also been allowed to register with Consciência EcoAmpla. The goal for 2011 is to establish partner-ships to further enhance the scope of the project, reaching 16 installed posts.

The procedure on which Consciência EcoAmpla is based is simple: for each type of material, there is a table relating the weight to the credit. On average, each kilo represents a discount of R$ 0.17 from the bill - but this may be much more significant, depending on the material: aluminum cans are among the most valuable waste.

Clients are advised to bring already sepa-rated materials to the posts. The credits are then registered and deducted from the bill the following month.

Credits can be transferred to community institutions supported by Ampla or fami-lies registered in the Consciência Ampla Citizenship program. These families also get credits for the waste collected from the distribution company itself – through this action, more than 800 clients ben-efited between 2009 and the first two months of 2011.

It’s not just discounts on electricity bills, however, that attract participants in Con-sciência EcoAmpla. Among the project’s activities is a loyalty campaign with the slogan that encapsulates Consciência EcoAmpla: the responsible consump-tion of electricity. Each kilo of material donated is worth one point. On donating 30 kilos, clients get a coupon to enter a monthly draw for a refrigerator. With 50 points, it is possible to change a fluores-cent light bulb for an energy-saving one.

Painéis incentivam os clientes a participarem do programaPanels encourage consumers to participate in the program

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O projeto que ajudou a mudar a vida de Márcia e de outras 10 mil pessoas teve início em 2004. Segundo a especialista de projetos so-ciais Aladia Guerino, trata-se de um avanço natural do Ampla Solidá-ria, que promovia visitas domiciliares de assistentes sociais a famílias em situação de vulnerabilidade social. O Consciência Ampla Cida-dania busca promover o direito, orientar sobre os deveres e discutir temas relativos ao exercício da cidadania e à promoção e à valoriza-ção das pessoas.

“Uma das questões que mais nos chamaram a atenção foi que muitas pessoas não sabiam como tirar seus documentos, por falta de co-nhecimento sobre os seus direitos ou por não se sentirem habilitadas para irem sozinhas aos órgãos responsáveis pela expedição”, lembra a assistente social, acrescentando que a empresa encaminha esses casos para a Defensoria Pública ou para a Fundação Leão XIII.

As oficinas promovidas nas comunidades abordam temas como con-sumo consciente de energia, planejamento familiar, saúde, educação e reaproveitamento de alimentos. Há ainda palestras motivacionais.

O Consciência Ampla Cidadania originou outra iniciativa, o Progra-ma Desenvolver, uma parceria com a Pastoral da Criança e a Casa Amarela. Por meio da conta de luz ou do contracheque, clientes e colaboradores fazem doações a famílias apoiadas pelas duas entida-des. Os beneficiados recebem orientações sobre desenvolvimento infantil, alimentação e incentivo à geração de renda. Eles são assisti-dos em relação ao pagamento das contas de luz, água e gás, e orientados sobre a participação em programas públicos. A inten-ção é que as famílias adquiram autonomia, por isso sua participação dura até 18 meses.

“Before, I never took care of myself. I had never thought of going back to school. But at the Ampla meetings I heard that you had to take care of your health, had to try to improve yourself,” says Márcia, who also learned handicrafts at Consciência Ampla with Art, and began giving classes in the community church.

The project that helped change the Márcia’s life and another 10,000 people’s began in 2004. According to the Social Projects specialist Aladia Guerino, it is a natural pro-gression of the Ampla Unity, which promotes home visits by social workers to families in socially vulnerable situations. Consciência Ampla Citizenship seeks to promote rights, to advise people on their duties, and to discuss issues related to citizenship and the promo-tion and appreciation of people.

“One of the issues that most caught our at-tention was that not many people knew how to get their documents, because they didn’t know about their rights, or did not feel qualified to go on their own to the bodies responsible for issuing them,” says Guerino, adding that the company forwards such cases to the public defender’s office or the Leo XIII Foundation.

The workshops run in the communities address issues such as responsible energy consumption, family planning, healthcare, education and recycling of food. There are also motivational talks. Consciência Ampla Citizenship also gave rise to another initia-tive, the Develop Program, a partnership with Children’s Pastoral Care and the Casa Amarela. Through electricity bills or pay-checks, clients and employees can donate to families supported by the two entities.

Beneficiaries get guidance on child development, nutrition, and income generation. They are assisted in regard to payment of electricity, water and gas bills, and advised on participation in public programs. The intention is for families to become autonomous, which is why participation lasts up to 18 months.

Consciência Ampla Citizenship

O sorriso de Márcia Santana Passos, de 34 anos, simboliza mais do que uma demonstração estática de alegria. Para ela, os dentes agora bem tratados representam um passo importante na conquista de seu direito a uma vida mais digna. Nessa caminhada, iniciada em 2009, a dona de casa de Jardim Catarina, em São Gonçalo, contou sempre com o apoio da Ampla. Desde que começou a frequentar as palestras promovidas pelo Consciência Ampla Cidadania, ela passou a cuidar da saúde, aprendeu um ofício para contribuir com o orçamento domésti-co e retomou os estudos, interrompidos no quarto ano do ensino fun-damental. Hoje, Márcia é uma orgulhosa multiplicadora dos direitos dos cidadãos e de conceitos de sustentabilidade ambiental para seus vizinhos e amigos.

“Antes eu só andava largada. Nunca havia pensado em voltar a estu-dar. Mas nas reuniões da Ampla escutei que a pessoa tinha que cuidar da saúde, tinha que tentar melhorar de vida”, conta Márcia, que tam-bém aprendeu artesanato no Consciência Ampla com Arte e passou a dar aulas na igreja da comunidade.

Thirty-four-year-old Márcia Santana Passos’ smile symbolizes more than an ecstatic demonstration of joy. Her now well-cared-for teeth are an important step in gaining her right to a better life. On this journey, which began in 2009, the homemaker from Jardim Catarina, in São Gonçalo, has always count-ed on Ampla’s support. Since she began attending talks given by Consciência Ampla Citizenship, she has begun to take care of her health, learned a trade to contribute to the household income, and resumed her studies that were interrupted in the fourth year of elementary school. Today, Márcia is a proud multiplier of citizens’ rights and concepts of environmental sustainability for her neigh-bors and friends.

Consciência Ampla CidadaniaGeração de renda e desenvolvimento local

InCOME GEnERATIOn AnD LOCAL DEVELOPMEnT

Nas oficinas os moradores recebem informações sobre seus direitos e deveresAt the workshops residents are given information about their rights and duties

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geladeira nova. “Foi uma bênção. Antes eu pagava quase R$ 200 de luz, hoje pago cerca de R$ 60”, conta a dona de casa, que é viúva e recebe uma pensão de um salário-mínimo por mês.

Como Indiai, mais de 137 mil clientes da Ampla já tiveram suas casas transformadas em ambientes mais econômicos e seguros, desde 2005, em ações promovidas pelo Consciência Ampla Eficiente. Além da troca da geladeira e da fiação elétrica, os moradores selecionados para parti-cipar do projeto podem ter substituídos chuveiros elétricos e lâmpadas por similares mais eficientes. Eles também recebem orientações sobre como adotar hábitos que possam ajudar na redução de sua conta. Trata-se, portanto, não só de um trabalho técnico de adaptação das residências, mas de um suporte em termos de educação para o con-sumo consciente – já que, muitas vezes, os participantes sequer têm conhecimento de que a substituição de determinados equipamentos é um fator preponderante na redução do desperdício de energia.

Dados do estudo sobre Posses e Hábitos de Consumo de Energia, realizado pela Eletrobras, revelam que o chuveiro elétrico, a geladeira e as lâmpadas representam 67% do consumo de energia elétrica das residências do estado do Rio de Janeiro. De acordo com o coordenador do projeto, o Responsável por Eficiência Energética Residencial da Ampla, Antônio Afonso Gomes Junior, as ações promovidas pela em-presa, quando englobam a troca de geladeira, possibilitam às famí-lias uma economia média de 15kWh por mês, o que representa uma redução de cerca de R$ 20 na fatura. “É um valor expressivo: com esse dinheiro, a pessoa pode comprar três sacos de arroz, por exemplo.”

O projeto-piloto do Consciência Ampla Eficiente foi lançado em 2005, quando a empresa começou a implantar o sistema de medição eletrô-nica. “Em muitas casas, encontramos, por exemplo, fios pregados na parede, o que dava passagem de energia para a terra, e fios telefônicos que esquentavam muito. Isso tudo acarreta grande desperdício de energia”, conta Antônio, que é engenheiro eletricista, acrescentando

was soon visited by technicians from the company, who not only found that the refrigerator in use was inefficient, but also that the wiring was faulty through-out the home, causing a loss of energy and putting the family at risk of electric shock and short circuits. Thanks to the Consciência Ampla Efficient project, the property was rewired and Indiai got a new refrigerator.”It was a blessing. I used to pay almost R$ 200 in electricity bills and now I pay about R$ 60,” says the home-maker, who is a widow and lives on a pen-sion of one minimum salary a month.

Like Indiai, more than 137,000 Ampla clients have had their made into more economical and safer environments since 2005 in action taken by Consciência Ampla Efficient. In addition to changing the refrigerators and electrical wiring, the residents selected for the project may have their electric showers and light bulbs changes for more efficient models. They also get given advice on adopting habits that may help reduce electricity bills. It is, then, not just a technical adaptation of their homes, but support in terms of responsible consumption - as often the participants are not aware that replacing certain types of equipment is a major fac-tor in reducing energy consumption.

Data on Consumption Habits derived from a survey carried out by Eletrobras reveal that hot showers, refrigerators and lights bulbs account for 67% of electricity consumption in households in the state of Rio de Janeiro. According to the project coordinator, the head of Residential Energy Efficiency at Ampla, Antônio Afonso Gomes Junior, the action taken by the company, when involving refrigerator exchanges, al-lows families to save an average of 15kWh

“ “Foi uma bênção. Antes eu pagava quase R$ 200 de luz, hoje pago cerca de R$ 60.

indiai Rocha da Conceição santosDona de casa

“ “It was a blessing. I used to pay almost R$ 200 in electricity bills, and now I pay about R$ 60.

Indiai Rocha da Conceição SantosHomemaker

Consciência Ampla EficienteEducação para o consumo consciente

Consciência Ampla Efficient

Indiai Rocha da Conceição Santos tinha, até 2009, uma vilã travesti-da de eletrodoméstico dentro de sua própria casa. Sua geladeira, a primeira que a dona de casa de 52 anos conseguiu comprar em toda a sua vida, conservava bem os alimentos – apesar da precariedade causada por seus 15 anos de uso. O que Indiai não sabia era que aquele refrigerador era o grande responsável por sua conta de luz vir alta todos os meses, a ponto de a família precisar fazer sacrifícios para honrar o pagamento da tarifa.

“Muitas vezes, tive que deixar de colocar comida dentro de casa para pagar a conta de luz. Achava aquilo um absurdo, por isso fui reclamar na Ampla”, lembra ela, que vive com um casal de filhos e dois netos numa casa modesta de Jardim Catarina, em São Gonçalo. A família logo recebeu a visita de técnicos da empresa, que constataram não só que a geladeira em uso comprometia a eficiência energética, mas tam-bém que a instalação elétrica de toda a residência estava inadequada – o que gerava perda de energia e expunha a família a riscos elevados de choques elétricos e curtos-circuitos. Graças ao projeto Consciência Ampla Eficiente, o imóvel teve a fiação trocada e Indiai ganhou uma

UP until 2009, Indiai Rocha da Conceição Santos had an enemy dressed as an ap-pliance inside her home. Her refrigerator, the first one the 52-year-old homemaker had ever bought, kept food well enough - despite being battered after fifteen years of use. What Indiai did not know was that the refrigerator was largely respon-sible for her high electricity bills. So high, in fact, that the family had to cut back to make ends meet.

“I often had to cut back on food in order to pay the bill. I thought that was ridicu-lous, so I complained to Ampla,” says the lady who lives with her two children and two grandchildren in a modest house in Jardim Catarina, São Gonçalo. The family

EDuCATIOn FOR RESPOnSIBLE COnSuMPTIOn

Cliente comemora a chegada de sua nova geladeira: troca do eletrodoméstico é uma das ações do projeto A customer celebrates the arrival of their new refrigera-tor: appliance exchanges are part of the project

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Entre as ações promovidas pelo projeto também está a colocação de boias automáticas nas caixas d’água (que fazem a bomba se desligar ao se atingir o nível adequado) e de lâmpadas alternativas feitas com garrafas pet.

Além de atender a clientes residenciais, o Consciência Ampla Eficiente tem uma ação voltada para instituições públicas e filantrópicas, como creches, hospitais e asilos comunitários. Nesses locais, são realizadas substituições de equipamentos e instalações de tecnologias como troca-dores de calor nos chuveiros, sempre visando ao aumento da eficiência energética. Já foram agraciadas 86 instituições de 12 municípios – o que beneficiou diretamente mais de 6.700 pessoas. João Carlos Curty, Especialista de Eficiência Energética da Ampla, destaca que, em projetos de aquecimento solar, a redução de energia consumida pelas institui-ções atendidas está entre 10MWh e 45MWh por ano, dependendo do tamanho – o que acarreta uma economia próxima a R$ 7.140 ao ano.

Desde 2005, foram trocados mais de 30 mil geladeiras, 1 milhão de lâmpadas e 21 mil chuveiros em dezenas de municípios cobertos pelos serviços da Ampla. Foram renovadas as instalações elétricas de mais de 150 mil residências. Ganham os clientes, que ficam satisfeitos com a economia e com a nova aparência de suas casas. Ganha a Ampla, ao evitar cortes de fornecimento por inadimplência. E, como visa todo o leque de projetos do Consciência Ampla, ganha o meio ambiente.

Anderson AlvesAssessor técnico da unidade do Protocolo de Montreal do PnuD

Technical Advisor at the UNDP’s Montreal Protocol Unit

A Ampla foi uma das empresas pioneiras na realiza-ção de projetos sociais que aliam a defesa do meio ambiente à iniciativa de troca de equipamentos, à promoção de tarifas menores para famílias de baixa renda e ao apoio para tornar as casas dessas pessoas mais eficientes energeticamente. Esse tipo de iniciativa enquadra-se perfeitamente nas três vertentes de de-senvolvimento sustentável que defendemos no PNUD, que são relativas ao meio ambiente, aos aspectos sociais e às questões econômicas. Nossa parceria com

a Ampla se iniciou a partir de um projeto do PNUD que visa a dar suporte técnico para a eliminação se-gura, dos equipamentos antigos, de substâncias que agridem o meio ambiente. Nessa relação, todos saem ganhando. Os clientes atendidos pelo projeto social têm garantidas sua segurança social e alimentar, com o refrigerador novo e a economia de energia. A Ampla dá continuidade à sua atuação com respeito ao meio ambiente. E o mundo como um todo é bene-ficiado com a menor emissão de CO2.

Ampla was one of the pioneers in delivering social projects that combine environmental protection with equipment exchange initia-tives, lower rates for low-income families, and support to make these people’s homes more energy efficient. Such an initiative is a perfectly fit with the three aspects of

sustainable development we defend at the UNDP, which are related to the environment, social aspects, and economic issues. Our partnership with Ampla began with a UNDP project providing technical support for the safe disposal of old equipment, of substances that are harmful to the environment. In this

relationship, everyone comes out on top. The clients served by the project have their social welfare and food sources guaranteed, with new refrigerators and energy savings. Ampla moves forward with its respect for the envi-ronment. And the world as a whole benefits from lower CO2 emissions.

and nursing homes. It replaces equip-ment at these locations and installs heat exchangers in the showers, always with a view to boosting energy efficiency. Eighty-six institutions have been helped in twelve municipalities - directly benefit-ting more than 6,700 people. João Car-los Curty, an Energy Efficiency expert at Ampla, points out that in solar heating projects in the institutions save between 10MWh and 45MWh a year, depending on their size, resulting in savings of close to R$ 7,140 a year.

Since 2005, more than 30,000 refrigera-tors, one million light bulbs, and 21,000 showers have been changed in dozens of municipalities covered by Ampla’s ser-vices. The electrical installations in more than 150,000 homes have been renewed. The clients win, satisfied with the savings and the new look their homes get; and Ampla wins, preventing cuts in supply caused by bad debt. And - as intended by the full range of Consciência Ampla projects - the environment wins.

que as modificações feitas pelos profissionais nas residências também resultam em uma injeção de autoestima em seus moradores.

A partir de 2006, o projeto foi ampliado. No ano seguinte, a empresa buscou parcerias para melhorar o processo de reciclagem, incluindo a destinação do gás CFC. “Queríamos associar, de forma completa, a responsabilidade social à ambiental”, destaca Felipe Conti, soció-logo Especialista de Projetos Sociais da empresa que acompanha a indicação social de famílias para a atividade de troca de geladeiras e eficiência energética. Assim, por intermédio do Ministério do Meio Ambiente, a Ampla recebeu do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) equipamentos para a correta retirada de gases e óleos nocivos ao meio ambiente dos refrigeradores usados – até então, as geladeiras antigas ficavam armazenadas num pátio da empresa. A partir da parceria com a rede de desenvolvimento global das Nações Unidas, a Ampla pôde passar a acompanhar a destinação final de todos os componentes dos refrigeradores, fechando-se o ciclo de reciclagem desses equipamentos.

Em 2009, o Consciência Ampla Eficiente obteve reconhecimento inter-nacional ao ser exibido em vídeo para os representantes da COP-15 – de mais de 2 mil projetos, apenas quatro foram selecionados para inte-grar o documentário. O vídeo foi veiculado por mais de cem estações de TV de todo o mundo e teve repercussão em centenas de jornais, sites e emissoras de rádio. Meses depois, o projeto foi selecionado para integrar o relatório de prestação de contas do PNUD.

per month, representing a reduction of about R$ 20 on the bill. “It is a significant amount - with that amount of money, you can buy three bags of rice, for ex-ample,” he says.

The Consciência Ampla Efficient pilot project was begun in 2005, when the company rolled out its electronic metering system. “In many households, we found, for example, wires nailed to the walls, which meant energy was running into the ground, and telephone wires that were overheating. This all wastes a lot of energy,” says Gomes, who is an electrical engineer, adding that the changes made by the professionals to the homes have also built up the residents’ self-esteem.

The project was expanded as of 2006. The following year, the company sought out partnerships to improve the recycling process, including the disposal of CFC gas. “We wanted to completely associate social and environmental responsibility,” says Felipe Conti, a sociologist at Ampla’s Social Projects, who tracks families’ social indicators for the energy efficiency and refrigerator exchange programs. So it was that, through the Ministry of Environment, the United Nations Development Program (UNDP) gave Ampla the equipment required for removing gases and oils that are harmful to the environment from used refrigera-tors – prior to that, old refrigerators were stored on a company yard. Based on the partnership with the UNDP, Ampla was able to monitor the disposal of all the refrigerator components, closing the recycling loop for this equipment.

In 2009 Consciência Ampla Efficient gained international recognition in a film for the representatives at COP-15. Out of more than 2,000 projects, only four were selected for the documentary. The video was aired on more than one hundred TV stations around the world and was mentioned by hundreds of newspapers, websites and radio stations. Months later, the project was selected to be in the UNDP’s accountability report.

The project includes the placement of automatic buoys in water tanks (which are the shuts off the pumps when the ap-propriate level is reached) and alternative lights made of PET bottles.

In addition to serving residential clients, Consciência Ampla Efficient works with public and philanthropic institutions, such as child care, community hospitals

Nova fiação elétrica gera economia para as famíliasNew electrical wiring saves families money

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A experiência foi tão proveitosa que a dona de casa decidiu ajudar a proporcioná-la a outras mulheres. Logo entrou em contato com a Ampla solicitando a realização de uma oficina para as moradoras de seu condomínio. Consciente da importância de se preservar o meio ambiente como um todo, Sônia participou de outras ações promovi-das pela Ampla, como o Cozinha Brasil, realizada em parceria com o Sesc, e o Consciência EcoAmpla. “Junto latinhas, garrafas pet, papel e óleo de cozinha e levo para os postos de coleta. E ainda incentivo minhas amigas a fazerem o mesmo. Estou fazendo a minha parte para melhorar este mundo”, conta, orgulhosa.

O nome não deixa margem a dúvidas: fruto natural das primeiras ações sociais realizadas junto às comunidades atendidas pela empresa, o Consciência Ampla Saber tem como principal objetivo levar a essas pes-soas conhecimento sobre a questão do consumo consciente dos recur-sos naturais. Em suas quatro vertentes – palestras para adultos, oficina para mulheres, oficina para uso seguro da energia e visitas domiciliares de orientação para o consumo – o projeto busca travar uma relação de confiança e reciprocidade entre a empresa e os moradores, por meio de uma metodologia prática, acessível e coerente com a realidade local.

Nas palestras, os participantes aprendem sobre todo o percurso percorrido pela energia elétrica – desde sua origem até a chegada às comunidades. Nesse momento, a maquete de uma casa é usada para a visualização do sistema elétrico. “Essa maquete mostra todos os cômodos e permite que sejam feitas diversas demonstrações. Os pales-trantes ficam ligando e desligando os aparelhos enquanto o medidor corre, registrando o consumo de energia. E, para chamar a atenção para o perigo de instalações malfeitas, há a simulação de um curto-circuito”, conta a especialista de Projetos Sociais e coordenadora das atividades do Consciência Ampla Saber, Cristiane Baena.

A todo momento, os moradores podem fazer perguntas para os facilitadores. Em geral, as dúvidas são relativas a questões do dia a dia. “Muita gente pergunta qual eletrodoméstico ‘puxa’ mais energia, se vale a pena desligar a geladeira à noite, se o uso da chapinha de cabe-lo faz a conta de luz ficar muito mais alta...”, relata Cristiane.

Normalmente, cada palestra é ministrada para um grupo de cerca de 50 pessoas, mobilizadas por lideranças locais ou pelos agentes comunitários da empresa. Na ocasião, os clientes podem levar suas lâmpadas incandescentes para serem trocadas por modelos mais econômicos. A apresentação também ajuda os participantes a perce-ber a importância de atuarem na preservação da natureza. “Fazemos questão de ressaltar que cada morador também faz parte do meio ambiente, já que este é, por exemplo, o canal que corta sua rua – e que é poluído pelo lixo jogado à sua margem.”

Realizada em dois encontros, a oficina de mulheres é ministrada por quatro facilitadoras – uma psicóloga, duas assistentes sociais e uma profissional de educação física. No primeiro dia, as moradoras são estimuladas a debater sobre temas como família, sensibilidade, traba-lho, lazer, economia. Após essa dinâmica inicial, que tem a intenção

adopted new habits, like turning off the standby button on the television, and doing the whole week’s ironing at once,” she says. She also bought a new refrigera-tor and air conditioner to replace her old ones, which used too much energy. It was such a beneficial experience that Sônia decided to help spread the word to other women. She contacted Ampla to ask for a workshop for the residents in her block. Aware of the importance of protecting the environment as a whole, Sônia took part in other action run by Ampla, such as Brazil’s Kitchen, held in partnership with SESC, and Consciência EcoAmpla. “I collect cans, bottles, paper and cooking oil, and take it to collection points. And I encourage my friends to do the same. I’m doing my part to improve this world,” she says, proudly. The name leaves no room for doubt: the natural result of the first social activity among the communities served by the company, the main aim for Consciência Ampla Knowledge is to promote awareness of the responsible consumption of natural resources. Based on four pillars – talks for adults, workshops for women, workshops on the safe use of energy, and home visits to advise on consumption - the project seeks to build mutual trust and respect be-tween the company and residents, through a practical, accessible and coherent meth-odology with regard to the local scenario.

Consciência Ampla Saber

Consciência Ampla KnowledgeSônia Regina dos Santos Ribas, de 57 anos, sempre foi uma pessoa muito atuante. Moradora de Mangueira, em São Gonçalo, ela faz parte de associações voltadas para fins sociais, trabalha junto ao Conselho Estadual de Segurança Pública e integra a equipe da Agenda 21 em seu município. Em 2008, foi a vez de a dona de casa se engajar em mais uma missão: a de aprender mais sobre o consumo consciente de recursos naturais e propagar a ideia em sua vizinhança. Na época, foi divulgado que haveria uma oficina voltada para o público feminino no Movimento de Mulheres de São Gonçalo, entidade da qual fazia parte. Sempre aberta ao aprendizado, Sônia foi uma das primeiras do seu grupo a se inscrever na ação do Consciência Ampla Saber.

“A conta de luz da minha casa sempre vinha muito alta, e eu achei que aquela seria uma boa oportunidade de entender o motivo do proble-ma. Não deu outra: depois da conscientização, passei a adotar novos hábitos, como o de desligar o botão de ‘stand by’ das televisões, e o de passar a roupa toda da semana de uma vez só”, conta ela, que acabou comprando também uma nova geladeira e um aparelho de ar condicionado para substituir os que eram usados até então, que consumiam muita energia.

Sônia Regina dos Santos Ribas, aged 57, has always been a very active person. A resident of Mangueira, in São Gonçalo, she is a member of social associations, works with the State Board of Public Safety, and is on staff at Agenda 21 in her municipality. In 2008 this home-maker took on another mission: to learn more about the responsible consumption of natural resources and to promote the idea in her neighborhood. A workshop for women in held at the São Gonçalo Women’s Movement, which she was a member of, was announced, and Sônia, always open to learning new things, was one of the first in her group to sign up for the program run by Consciência Ampla Knowledge. “The electricity bill in my home was always very high, and I thought that it would be a good opportunity to under-stand the reason behind the problem. Sure enough, after the awareness program, I

Educação para o consumo consciente

EDuCATIOn FOR RESPOnSIBLE COnSuMPTIOn

Projeto ensina os clientes sobre o uso adequado dos recursos naturaisThe project teaches clients about the proper use of natural resources

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dualizado dos moradores, de acordo com a necessidade de cada um. Realizam um cadastro socioeconômico dos clientes e dão a eles dicas de economia. Também fazem o encaminhamento de muitos deles para ou-tras ações e projetos, como o Consciência Ampla Cidadania e o Consciên-cia Ampla Eficiente”, explica Kátia Ramos, especialista em Projetos Sociais da empresa e coordenadora dos agentes comunitários.

Cristian Fierro

A consolidação dos projetos sociais da Ampla sob o guarda-chuva do Consciência Ampla, em 2009, representou o estreitamento da proximidade que a empresa tinha com seus clientes e a comunidade, e a oportunidade de potencializar os projetos mais valorizados por essas pessoas. Além disso, a estra-tégia possibilitou que o programa fosse definido como estratégico, envolvendo toda a empresa. A Ampla não é apenas uma distribuidora de energia elétrica. é uma empresa que deve estar imersa na comunidade atendida por ela. os programas que integram o Consciência Ampla nos têm permitido

contribuir de forma ativa para o desenvolvimento social de nossos clientes e de seu entorno, e tam-bém entender melhor as inquietações e desafios que eles enfrentam. Essas iniciativas estão orien-tadas para levar mais informação e educação para a sociedade sobre o uso adequado e seguro da energia elétrica. sem dúvida, temos certeza de que devemos avançar sendo cada vez mais uma em-presa cidadã, que não somente está próxima das comunidades em que atua, mas que também leva propostas de valor a seus clientes, através da educação para o consumo consciente.

The consolidation of Ampla’s social projects under Consciência Ampla umbrella, in 2009, brought the company even closer together with its clients and the community, and was an opportunity to enhance the projects these people most valued. Furthermore, the strategy enabled the program to be defined as strategic, involving the entire company.

Ampla is not just an electricity distributor. It is a company that should be immersed in the community it serves. The programs that make up Consciência Ampla have enabled us to contribute actively to the social development of our clients and their environment, and to better understand the concerns and chal-lenges they face. These initiatives are geared

to bringing more information and education to society about the proper and safe use of electrical energy. We have no doubt that we will more forward as a socially responsible company that is not only close to the com-munities it operates in, but which also offers its clients value propositions through educa-tion about responsible consumption.

Presidente da Ampla à época da criação do Consciência Ampla e atual presidente de Distribuição da Endesa Latam

President of Ampla when Consciência Ampla was created and current president of Distribution at Endesa Latam

among this audience. “Women are great multipliers of these concepts. They are the ones who spend most time at home, who decide how long to leave the lights on. They also tend to have very fruitful exchanges with their neighbors,” she adds. In the workshop on safe energy use, an electrical engineer and a social worker teach residents what measures they should take to make the electrical instal-lations in their homes safer and more efficient. Facilitators use two set ups for the demonstration: one with connections made inappropriately, and the other one properly prepared. The participants also discuss the environment and the rights and duties of citizens.

The fourth pillar of the project sees the community workers come in - young people who have been prepared in the Consciência Ampla Opportunity program to operate in their own com-munities, helping their neighbors with responsible energy consumption. “They offer individual service for the residents, depending on each one’s needs. The carry out socioeconomic registration of clients and give them tips on making savings. They also direct many of them to other activities and projects, such as Consciência Ampla Citizenship and Consciência Ampla Efficient,” says Kátia Ramos, a specialist in Social Projects at the company and the coordinator of the community workers.

Os participantes podem trocar suas lâmpadas incandescentes por modelos mais econômicosParticipants can change their incandescent light bulbs for more economical models

de conhecer melhor as participantes, além de deixá-las mais à vontade e integradas, é apresentado um vídeo sobre o meio ambiente. Nesse momento, são abordadas questões como o reaproveitamento de ali-mentos e o uso de lixo reciclável para a confecção de peças artesanais.

No segundo dia, entra em cena a mesma maquete usada nas palestras co-munitárias. As participantes também discutem sobre orçamento familiar, levantando os pontos que mais pesam em seus bolsos e as cinco priorida-des que deveriam ser dadas na hora de planejar os gastos da casa.

“É interessante a dificuldade que elas têm para chegar a um consenso. Essas prioridades também variam muito de uma comunidade para outra. Em alguns locais, até academia entra no rol. Mas a conta de luz sempre está entre as cinco”, conta Cristiane, que justifica o porquê de a empresa se dedicar tanto à conscientização desse público. “A mulher é a grande multiplicadora desses conceitos. É ela que fica mais tempo em casa e que define o quanto deixar as luzes acesas. Ela também costuma ter uma troca de informações muito proveitosa com seus vizinhos.”

Na oficina para uso seguro de energia, um eletrotécnico e um assis-tente social ensinam que medidas os moradores devem tomar para tornar as instalações elétricas de suas casas mais seguras e eficientes. Os facilitadores usam dois quadros para a demonstração: um só com ligações feitas de forma inadequada, outro preparado corretamente. Os participantes também discutem sobre meio ambiente e sobre os direitos e deveres do cidadão.

Na quarta vertente do projeto, entram em ação os agentes comunitários – jovens que foram preparados no Consciência Ampla Oportunidade para atuar em suas próprias comunidades, ajudando seus vizinhos a terem um consumo responsável da energia. “Eles fazem um atendimento indivi-

In the talks, participants learn about the entire electrical energy chain - from its origins to its delivery to the communi-ties. A model of a house is used to show the electrical system. “This model shows all the features and allows demonstra-tions to be put on. The speakers turn the equipment and devices on and off as the meter runs, recording energy consump-tion. And to draw attention to the danger of botched installations, there is a short-circuit simulation,” says Special Project ´specialist and coordinator at Consciên-cia Ampla Knowledge, Cristiane Baena. Residents may ask questions at any time. In general, the questions are about day-to-day issues. “Many people ask which appliance uses most energy, whether it’s worth turning off the refrigerator at night, if using a hair iron pushes up the bill…,” says Baena. Typically, each talk is given to a group of about 50 people, brought together by local leaders and community agents from the company. Clients can bring their incandescent light bulbs to be replaced with more economical models. The presentation also raises the importance of participating in nature conservation. “We want to emphasize that each resident is also part of the environment, as this is, for example, the stream that dissects your street - and which is polluted by garbage thrown alongside its banks,” Baena adds. Held in two sessions, the women’s work-shop is conducted by four facilitators - a psychologist, two social workers, and a physical education professional. On the first day, residents are encouraged to discuss topics such as family, sensibility, work, leisure, and the economy. After this initial dynamic, which is intended to get to know the participants better and make them more comfortable and integrated, a film about the environment is shown. At this point issues such as the re-use of foods and the use of recycled garbage in making handicrafts are addressed. On the second day the same model used in the community presentations is brought out. Participants also discuss family budgets, talking about their major expenses and the five priorities that must be singled out when planning household spending. “The difficulty they have in reaching a consensus is interesting. These priorities also vary greatly from one community to another. In some places, even gym mem-bership is included. But the electricity bill is always among the top five,” says Baena, which explains why the company puts so much into raising awareness

Maquete de uma casa com instalações elétricas é usada durante as palestras A model of a house with the electrical wiring is used during the lectures

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casa se deu conta de que aquela experiência deveria ser vivenciada por outras moças e rapazes. Ao sair do lugar, entrou em contato com a equi-pe do programa ProJovem de seu município. “Gostei tanto do que vi na carreta que resolvi passar a mensagem para a frente. E depois fiquei sa-bendo que toda a equipe do ProJovem visitaria o projeto no dia seguin-te. Eu me senti recompensada por saber que, de alguma forma, ajudei a passar um ensinamento legal para aqueles adolescentes”, lembra.

Além de visitar a carreta, Roseli participou de várias palestras ministradas por profissionais da Ampla no anfiteatro da cidade. Ao longo da semana, ela pôde trocar suas lâmpadas incandescentes por outras do tipo eco-nômico e teve a felicidade de, num concurso promovido pela empresa, ter sua frase escolhida entre aquelas que mereciam uma geladeira como prêmio. o aprendizado foi levado para o dia a dia de sua casa. “Agora, fico em cima dos meus filhos para que economizem energia. Ensino que a gente tem que primeiro pensar no que vai comer, para depois abrir a geladeira – com isso, a porta não fica aberta por muito tempo”, conta Roseli, que passou a desligar os aparelhos que não estão em uso da to-mada e a usar o tanquinho elétrico de maneira mais racional. Aos poucos, ela garante, seus meninos estão se habituando a também fazerem um consumo mais eficiente da energia elétrica. “A responsabilidade não é só da Ampla, como muita gente pensa: é de cada um de nós.”

Curiosidade, encantamento, compenetração, engajamento. Por onde a vistosa carreta do Consciência Ampla sobre Rodas passa, convida moradores como Roseli a percorrerem esses quatro estágios do apren-dizado à base de muita diversão. o veículo tem o objetivo de apresentar às pessoas os caminhos percorridos pela energia elétrica. Na carreta, uma tela de lCD desliza por um suporte, acompanhando os passos dos visitantes. Estes dividem suas atenções entre o que está sendo exibido na Tv e uma comprida e bem detalhada maquete que fica bem embaixo do aparelho. o esquema representa uma cidade com muitos de seus elementos, como casas, prédios, postes e o relevo natural. Com todo esse suporte, os visitantes acompanham desde a geração da energia – em hidrelétricas, termoelétricas e geradores de energia eólica e solar – até a chegada dela a suas residências. Também são demonstradas duas situações em referência aos hábitos de consumo de energia: em uma, os personagens agem de forma inadequada; na outra, a eficiência é preservada. Ao longo de toda a exibição, profissionais treinados vão ensinando a crianças, jovens e adultos o que deve ser feito em prol do meio ambiente, principalmente em termos de segurança e eficiência energética. os custos e os riscos envolvidos no processo de geração e distribuição da energia também são esclarecidos.

o Consciência Ampla sobre Rodas já visitou comunidades de mais de 30 municípios do estado do Rio, como são Gonçalo, Duque de Caxias, Magé, Cabo Frio, Resende, Paraty, Campos dos Goytacazes e Petrópolis. o veículo permanece estacionado no local de segunda a sexta-feira. En-tre os visitantes, estão sempre alunos de escolas públicas da região. Ao

being put together and was desperate to find out what it held in store inside. She was fascinated when she walked through the model built to teach people how elec-tricity gets to their homes.”We could see the ways it is generated, such as by water and wind. There is a huge TV, one of those very modern ones, which shows the whole process,” she says.

With one eye on the presentation and one on the thrilled reaction by her youngest son, who went with her, the homemaker realized that this was an experience that should be shared by other boys and girls. When she left the trailer, she met the ProYouth team for her municipality.”I liked what I saw in trailer so much that I decided to pass the message on. And then I learned that the entire ProYouth team visited the project the next day. I felt rewarded in knowing that, in some way, I had helped

Consciência Ampla Sobre Rodas

Consciência Ampla on Wheels

Tudo começou com um pequeno comunicado na conta de luz de Roseli silva Machado: a carreta do Consciência Ampla sobre Rodas passaria uma semana daquele mês estacionada no município de Quissamã, onde ela mora. Foi o início de uma história de mudança para melhor na vida da dona de casa, que teve vários capítulos de aprendizagem e culminou com o recebimento de uma geladeira nova. “Fui até onde a carreta esta-va movida pela curiosidade. Gosto de estar sempre aprendendo, porque acho que viver não é só ficar sentada no sofá, pilotar fogão e lavar rou-pa. é conhecer outras pessoas, trocar ideias e cuidar do nosso planeta”, afirma ela, que cria sozinha os filhos de 16, 18 e 22 anos.

Ao chegar até o local indicado na conta de luz, Roseli acompanhou a montagem do veículo e ficou intrigada em saber o que estava guardado ali dentro. Acabou se encantando ao ser conduzida ao longo da maque-te construída para ensinar aos participantes os caminhos percorridos pela energia. “A gente consegue enxergar direitinho todos os meios de geração, como a água e o vento. Há uma Tv enorme, daquelas bem modernas, que mostra o processo todo”, relata.

Com um olho voltado para a apresentação e o outro para as reações emocionadas de seu filho mais novo, que a acompanhava, a dona de

It all started with a short message on Roseli Silva Machado’s electricity bill: the Consciên-cia Ampla on Wheels trailer would be spend-ing a week that month stationed in Quissamã, the municipality where she lives. It was the be-ginning of a change for the better in the life of this homemaker, which was to involve several stages of learning and would culminate in her getting a new refrigerator.”Curiosity led me to the trailer. I always like learning, because I think that living is not just about sitting on the couch, cooking and washing. It’s about meeting others, exchanging ideas, and taking care of our planet,” says the woman who takes care of her family, aged 16, 18, and 22 years-old, alone.

On getting to the place named on the electricity bill, Roseli watched the vehicle

Educação para o consumo consciente

EDuCATIOn FOR RESPOnSIBLE COnSuMPTIOn

Por onde passa, a carreta do projeto apresenta aos moradores os caminhos percorridos pela energia elétrica Wherever it goes, the trailer shows the residents how electricity is delivered to them

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São Gonçalo, Duque de Caxias, Magé, Cabo Frio, Resende, Paraty, Campos dos Goytacazes and Petrópolis. The trailer is parked at the site from Monday through Friday. Among the visitors there are always students from public schools in the area.

Throughout the week in the community visited, Ampla runs a contest designed to replace old refrigerators with new ones. To take part, residents have to write about on the topic: “What I do to use energy responsibly.” The best ninety win prizes at an event held on the last day of the program, which includes recreational activities and performances by local art-ists. These clients’ electricity bills are then monitored, so the company can make sure that the drive has resulted in a reduction in their energy consumption.

“The professionals, who are from a part-nering company, explain the issue very clearly, in great detail. As it is all very hands-on, people want to take part, they want to get involved, to help multiply the knowledge,” says the specialist in Social Projects at Ampla, Cristiane Baena, project coordinator.

Months before the trailer’s arrival in the municipality, professionals from Ampla meet with the local Secretary of Education to decide on important aspects related to the project. The City Hall decides which schools will make pre-arranged visits to the trailer, and where in the city the trailer will be parked throughout the week.”At that point, we also explain to the Secretary that Ampla donates to seedlings of native plants to each municipality that takes part in the project, to offset carbon emissions gener-ated by our work. They are planted by the students in their school or an area selected by the city,” explains the Social Project Analysts at Ampla, Elissandra Batista, who accompanies the trailer. The work, which gets technical support from the Environ-mental area at the company, is one more example of its commitment to promoting sustainable development.

Dentro do veículo, os clientes observam

maquete representan-do uma cidade

Inside the vehicle, clients see a model city

pass on an important lesson for those teenagers,” she says.

Besides visiting the trailer, Roseli attended several talks given by professionals from Ampla at the local auditorium. Throughout the week she was able to swap incandes-cent light bulbs for energy-saving ones, and in a contest run by the company hers was one of the winning phrases chosen in a competition for a new refrigerator. The lessons learned have been used in her daily life at home. “Now, I’m always on to my children to save energy. I teaching them that we have to first think about what we are going to eat, and then open the fridge – so the door doesn’t stay open so long,” says Roseli, who now unplugs appliances that are not in use and uses the washing machine more sparingly. Slowly, she says, her boys are getting used to making more efficient use of electrical energy. “It’s not just Ampla’s responsibility, like most people think – each one of us is responsible.”

Curiosity, wonder, thoughtfulness, com-mitment. Wherever the brightly colored Consciência Ampla on Wheels trailer goes, it invites people like Roseli to pass through the four stages of fun-based learning. The vehicle is designed to show people how electrical energy gets to them. In the trailer, an LCD screen slides out on a support, following the visitors. They divide their attention between what is being shown on TV and a detailed model which is right under the TV, representing a city with many of its elements, such as houses, buildings, lampposts and natural relief. With all this support, the visitors follow the process from the energy generation - hydroelectric, ther-moelectric, wind and solar energy - until its arrival in their homes. There also see demonstrations of two energy consump-tion habits: in one, the people are acting inappropriately, in the other, efficiency is respected. Throughout the exhibit, trained professionals teach the children, youths and adults what should be done for the good of the environment, especially in terms of energy safety and efficiency. The costs and risks involved in the energy generation and distribution processes are also explained.

Consciência Ampla on Wheels has visited communities in more than 30 municipali-ties in the state of Rio de Janeiro, such as

longo da semana, a Ampla promove, na comunidade visitada, um concur-so cultural que visa a trocar geladeiras velhas por novas. Para participar, os moradores devem escrever sobre o tema: “o que eu faço para utilizar a energia de forma consciente”. os noventa melhores são declarados ga-nhadores e recebem os prêmios durante um evento, realizado no último dia da ação, que conta com atividades de recreação e apresentação de artistas locais. Esses clientes passam, então, a ter suas contas de luz moni-toradas, para que a empresa possa se certificar de que a medida resultou na redução do consumo.

“os profissionais, que são de uma empresa parceira, explicam a ques-tão de uma forma muito clara, com muita precisão. Como é tudo muito lúdico, as pessoas querem participar, querem estar juntas, ajudando a multiplicar o conhecimento”, conta a especialista em Projetos sociais da Ampla Cristiane Baena, coordenadora do projeto.

Meses antes da chegada da carreta ao município, profissionais da empresa se reúnem com o secretário de Educação local, para que sejam definidos aspectos importantes relativos ao projeto. é a prefeitura que indica quais escolas farão visitas pré-agendadas ao veículo e em que local da cidade este ficará estacionado ao longo da semana. “Neste momento, também expli-camos ao secretário que a Ampla doa, a cada município participante do projeto, mudas de plantas nativas, para neutralizar as emissões de carbono geradas no decorrer do nosso trabalho. Elas são plantadas pelos próprios alunos em uma área ou escola selecionada pela prefeitura”, explica a Analis-ta de Projetos sociais da Ampla Elissandra Batista, que acompanha a carreta. A ação, que conta com o apoio técnico da área de Meio Ambiente da distri-buidora de energia, é mais uma a alinhavar o compromisso da empresa na propagação do desenvolvimento sustentável do planeta.

Jovens aprendem sobre a importância de preservar o meio ambienteYoung people learn about the importance of preserving the environment

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A parceria entre Marco Túlio e a Ampla é semelhante à já travada com outras centenas de professores no estado do Rio. Formar uma grande rede de educadores e estudantes dispostos a propagar questões sobre o meio ambiente – em especial sobre o uso responsável e eficiente dos recursos naturais – é o objetivo do Consciência Ampla Futuro.

Na primeira etapa do projeto, as secretarias de Educação selecionam professores para participar da capacitação promovida pela Ampla. Na ocasião, eles são apresentados ao material didático preparado pela Eletrobrás, por meio do programa educativo de eficiência energética, e são esclarecidos sobre como abordar os temas em questão nas aulas das mais variadas disciplinas. O treinamento inclui, além da questão do meio ambiente, um debate sobre ética e cidadania.

Em seguida, é a vez de os alunos tornarem-se alvo do projeto. Cada escola seleciona um grupo para participar diretamente da ação – que inclui a apresentação de um vídeo sobre recursos naturais e esclareci-mentos sobre o que deve ser feito em casa para se reduzir o consumo de energia. A ideia é que esses alunos sirvam de multiplicadores dos conceitos para os demais estudantes.

Num terceiro momento, é promovida uma atividade sociocultural para todos os alunos da escola. As crianças de até 11 anos assistem a uma peça de teatro que aborda o consumo consciente de energia. O mes-mo tema é trabalhado entre os alunos de 12 a 16 anos em uma oficina de quadrinhos.

“O projeto tem continuidade nessas escolas ao longo de todo o ano, já que as questões apresentadas são atemporais e passíveis de serem abordadas no programa de várias disciplinas. E esse conhecimento aca-ba indo além, pois muitos dos professores dão aulas em outros locais e repassam o que foi aprendido para outras pessoas”, explica Cristiane Ba-ena, especialista em Projetos Sociais da Ampla que coordena o projeto.

Since Consciência Ampla Future came to town, 15 teachers and nearly 2,000 students have benefited directly.”The work has added a lot of value to our educational and political project and helped us to maintain awareness of responsible electrical energy consumption in schools,” says the coordinator.

The partnership between Marco Túlio and Ampla is similar to that already entered into with hundreds of other teachers in the state of Rio. The goal of Consciência Ampla Future is to form a large network of educators and students willing to disseminate environmen-tal issues - particularly on the responsible and efficient use of natural resources.

In the first stage of the project, the depart-ments of Education select teachers to take

part in training sponsored by Ampla. At this moment the teaching material pre-pared by Eletrobrás is introduced to them in the educational program on energy ef-ficiency, and they are informed about how to address the issues in question in classes in the most diverse disciplines. Besides the environment, the training includes a debate on ethics and citizenship.

Next, it the students become the project’s focus. Each school selects a group to participate directly in the activity - which includes the presentation of a film about natural resources and explanations about what should be done at home to reduce energy consumption. The idea is to make these students multipliers of the concepts for other students.

The third stage involves a socio-cultural activity for all the students in the school. Children up to 11 years of age attend a play dealing with the responsible energy consumption. The same theme is worked on for students aged from 12 to 16 years in a comic book workshop.

“The project is continued in these schools throughout the year, as the is-sues presented are timeless and can be addressed in the program in various dis-ciplines. And this knowledge ends up go-ing beyond these schools, because many teachers give classes in other schools and pass on what they have learned to others,” says Cristiane Baena, a spe-cialist in Social Projects at Ampla who coordinates the project.

Consciência Ampla Futuro

Consciência Ampla Future Desde 2009, uma mudança brusca de comportamento de milhares de crianças e adolescentes da cidade de Resende vem sendo notada por seus pais. Os estudantes, que têm de 7 a 15 anos, viraram patrulhei-ros do meio ambiente dentro de suas casas e escolas. Apagar as luzes dos cômodos vazios e controlar o tempo do banho são missões que passaram a fazer parte de sua rotina desde que participaram do Pro-jeto Consciência Ampla Futuro, desenvolvido na cidade da região sul fluminense a partir de 2009. “Os pais nos contam que seus filhos estão até enjoados, no bom sentido, de tanto que estão levando a sério a questão ambiental. Essas crianças vão crescer com essa mentalidade e vão educar seus filhos assim”, comemora o coordenador pedagógico de Ciências Biológicas da Secretaria Municipal de Educação de Resen-de, Marco Túlio Heringer de Oliveira.

Desde que o Consciência Ampla Futuro chegou à cidade, 15 professo-res e quase dois mil alunos já foram diretamente beneficiados. “O tra-balho agregou muito valor ao nosso projeto político-pedagógico e nos ajudou a manter essa consciência do consumo responsável de energia elétrica dentro das próprias escolas”, relata o coordenador.

Since 2009, parents have been noticing a change in behavior among thousands of children and teenagers in the city of Resende. Students aged between seven and fifteen have become environmental war-dens in their homes and schools. Turning off lights in empty rooms and controlling shower time are part of their routines since they took part in the Consciência Ampla Future project, in the city in the Sul Flumi-nense region of Rio, beginning in 2009. “Parents tell us that they are even a bit tired – but in a good way – of how seriously their children are taking environmental issues. These children will grow up with this mentality and will educate their children well,” says the educational coordinator of Biological Sciences at the Resende Munici-pal Education Department, Marco Túlio Heringer de Oliveira.

Educação para o consumo consciente

EDuCATIOn FOR RESPOnSIBLE COnSuMPTIOn

Nas escolas, crianças aprendem o que devem fazer em casa para reduzir o consumo de energiaIn schools, children learn what to do at home to reduce energy consumption

The project is continued in these schools throughout the year, as the issues presented are timeless and can be addressed in the program in various disciplines.

CRisTiANE BAENAEspecialista em Projetos sociais da empresa

Specialist in Social Projects at the company

o projeto tem continuidade nessas escolas ao longo de todo o ano, já que as questões apresentadas são atemporais e passíveis de serem abordadas no programa de várias disciplinas.

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responsabilidade em relação à natureza como um todo: “O projeto da Ampla me fez despertar para o meio ambiente, para detalhes como não jogar lixo no chão, por exemplo. Aprendi fazendo o que gosto”.

Assim como abriu os olhos do jovem ator de Petrópolis, o Consciência Ampla na Tela já lançou mão da cultura para propagar a importân-cia de se cuidar bem do planeta para mais de 51 mil pessoas de 23 municípios do estado do Rio de Janeiro. O projeto, lançado em 2007, consiste na exibição de grandes sucessos do cinema brasileiro em comunidades que, em geral, não contam com cinemas tradicionais. Os filmes são projetados em um supertelão com qualidade digital montado dentro de uma arena com capacidade para 1.200 espectado-res. Completando a ação, são exibidos vídeos sobre o uso consciente e seguro da energia para o público em geral e é realizada a oficina de cinema para alunos da rede pública de ensino.

Responsável pela área de Marketing da Ampla, Pryscila Civelli explica que as ações, além de conscientizarem os participantes sobre questões relacionadas ao uso da energia e de incentivarem a apreciação da cultura nacional, têm o importante propósito de estreitar a relação entre a empre-sa e seus clientes. “Cinema é cultura, uma atividade de lazer que agrada a todos os gostos, idades e classes sociais. Levamos cultura para pessoas que nunca tiveram a oportunidade de ir a uma sala de cinema e ajuda-mos esse público a aprender a usar a energia elétrica de forma consciente. Os clientes saem de lá sabendo como podem reduzir seu consumo ao longo do mês e como utilizar a energia de maneira segura”, explica.

Desde seu lançamento, o Consciência Ampla na Tela, que tem apoio da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet), já promo-veu 72 sessões e exibiu 19 filmes nacionais. O projeto é realizado em parceria com a MPC, Meios e Produções Culturais, a Marsh Seguradora e as prefeituras dos municípios agracia-dos. Entre os parceiros que já participaram da iniciativa estão a Nova Rio, a Pakera, a FM O Dia, a Compactor, a Gráfica Minister, a Enigma e a SBIL. Em todos os muni-cípios, são convidados a se juntarem à Ampla trabalha-dores locais, como pipoqueiros e diaristas. “Envolvê-los no evento faz com que a comunidade se sinta mais parte daquilo. Os próprios moradores convidados a trabalhar se tornam multiplicadores do projeto, ajudam na divulgação. Além disso, com essa estratégia, contribuímos, por pouco que seja, com a geração de renda dessas pessoas”, ressal-ta Pryscila, acrescentando que os espectadores recebem, gratuitamente, pipoca, refrigerante e brindes.

Para a escolha dos títulos que serão exibidos, a MPC e a Ampla levam em consideração, além do sucesso recente obtido pelas obras nas salas de cinema convencionais, o tipo de tema abordado e a classificação indicativa. “É essencial que o filme

studies. I want to be a singer and maybe act as well,” says Leonardo, who studies at CIEP 281 Gabriela Mistral.

Leonardo admits that after taking part in the project his vision of the world and his attitudes have changed a lot.”It never entered my head that we had to take so much care about using electricity. Now I’m watching the excess in my house and at my neighbors. When I see a light on for no reason, I turn it off right away and explain: ‘the environment says thanks,’ “he says. He has also become more responsible towards nature as a whole: “The Ampla project woke me up to the environment, to things like not littering, for example, and I learned about it doing what I like to do,” he says.

Just as it opened the eyes of the young actor from Petrópolis, Consciência Ampla on the Screen has made use of culture to disseminate the importance of taking good care of the planet among more than 51,000 people from 23 municipalities in the state of Rio. The project, launched in 2007, involves showing hit Brazilian mov-ies in communities that do not have tradi-tional movie theaters. The films are shown on massive digital screens in 1,200-seat arenas. Rounding out the action, films are shown on the responsible and safe use of electrical energy for the general public and a movie workshop is held for public school students.

Os jovens também podem atuar por trás das câmerasYoung people can also work behind the scenes

Consciência Ampla na TelaMultiplicação do conceito com cultura e lazer

Consciência Ampla on the Screen

Na telona, ele é Zeca, um menino sem responsabilidade nem compromis-so com nada, “totalmente sem noção”. Na vida real, Leonardo Nogueira é um dedicado estudante de 14 anos, morador de Posse, distrito de Petró-polis, que gosta de cantar e de atuar – e que, desde meados de 2009, passou a sentir o gostinho da fama na comunidade em que vive. Em comum, os dois jovens possuem o fato de terem, recentemente, apren-dido a proteger o meio ambiente e a divulgar a importância do consumo consciente de energia. Leonardo foi um dos participantes da oficina de cinema promovida pelo Consciência Ampla na Tela na cidade da Região Serrana do Rio, e teve sua atuação coroada com o troféu de Melhor Ator no 1º Prêmio Curta na Tela, promovido pela Ampla em 2010. “Foi um sonho! Para mim, que sempre gostei de fazer aulas de teatro na escola, essa oportunidade serviu como um estímulo a mais para me dedicar aos estudos. Quero ser cantor e, quem sabe, conciliar essa carreira com a de ator”, planeja o jovem, que estuda no Ciep 281 Gabriela Mistral.

Leonardo admite que, após participar do projeto, sua visão sobre o mundo e suas atitudes mudaram muito. “Nem passava pela minha cabeça que tínhamos que tomar tanto cuidado com o uso da energia elétrica. Agora, fico vigiando os excessos na minha casa e na de meus vizinhos. Quando vejo uma luz ligada à toa, logo a apago e explico: ‘o meio ambiente agradece’”, conta ele, que também ampliou sua

On the big screen, he is Zeca, a carefree boy who is “totally clueless.” In real life, Leonardo Nogueira is a dedicated 14-year-old student, a resident of Posse, a district of Petrópolis, who likes singing and acting - and who, since mid-2009, has had a taste of fame in the community he lives in. What they have in common, Zeca and Leon-ardo, is that they have recently learned to protect the environment and promote the importance of responsible energy consump-tion. Leonardo was one of the participants in the movie workshop sponsored by Consciência Ampla on the Screen in the city, in the mountainous region of Rio, and his performance was crowned with the trophy for Best Actor in the 1st Short Film Award, sponsored by Ampla, in 2010.”It was a dream come true! For me, who always en-joyed drama class at school, this opportu-nity has encouraged me to keep on with my

MuLTIPLICATIOn OF THE COnCEPT THROuGH CuLTuRE AnD LEISuRE

Leonardo teve seu talento reconhecido após participar da oficina de cinema: “O projeto me fez despertar para o meio ambiente” Leonardo’s talent was recognized after he attended the theater workshop, “The project woke me up to the environment”

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Luciano Galasso

Ter uma atuação social do porte do Consciência Ampla é muito importante não só para as comunidades beneficiadas, mas também para o dia a dia da empresa. os projetos contribuem para a melhora da atuação operacional, já que amenizam os eventuais conflitos com os clientes. o mais importante é que o Consciência Ampla é um programa que realmente ajuda a melhorar a sociedade, deixando um legado para o futuro.

Running a social project the size of Consciência Ampla is very important not only for the com-munities that benefit, but also for the company’s day-to-day business. The projects contribute to improved operating performance, as they assuage any possible conflict with clients. The most important thing is that Consciência Ampla is a program that really helps to improve society, leaving a legacy for the future.

Responsável pela Diretoria Comercial da Ampla até maio de 2011 e atual responsável pela Otimização dos Processos Comerciais da Linha de negócio do Grupo no Chile

Commercial Director at Ampla until May 2011 and currently head of Optimization of Commercial Processes at the Group’s Business Line in Chile

SBIL. In all the municipalities local people are invited to join Ampla as popcorn sellers and cleaners. “Involving them in the event makes the community feel more a part of it. The residents asked to work become multipliers for the project, helping spread the word. Furthermore, with this strategy, we contribute, however slightly, to income generation for these people,” says Civelli, adding that movie goers get free popcorn, soft drinks and gifts.

To choose the movies to be screened, and MPC and Ampla take into account both the recent success achieved by the films in con-ventional theaters, the subject matter, and rating. “It is essential to ensure that the film is good entertainment for the whole family,” says the coordinator. As for the selection of venues where for the screen, a balance is struck between municipalities that have not benefitted from any social activity run by Ampla in previous months and the largest cities in Ampla’s catch-ment area. This also takes into account the

logistics of setting up the structure required for the event.”We look for open spaces or public schools that have the infrastructure to host the event. It is an multi-sector deci-sion: before making a final decision, our executives will meet with various areas of the business, such as Marketing, Projects, Social Responsibility, Communications and Institutional Relations,” explains Civelli.

More than 12,000 students have attended talks sponsored by the project in public schools in Rio. Of these, 1,361 have been selected to take part in theater workshops, which last for four days. During classes the young people learn the theory and practice of film making and are encouraged to pro-duce short films on the theme of respon-

sible energy consumption. Besides acting, they may choose script writing, editing, art directing and photography. The result of the work is shown to the community before the main movie.

Held in the auditorium at Ampla in Ni-terói, the 1st Short Film prize, which went to Leonardo, also recognized the talent of young people in four other categories. In addition to the popular vote, students were judged by the filmmaker Marcus Figueiredo and actors Priscilla Marinho, Marcelo Mello, and Douglas Silva. Before the winners were announced, the films were shown, and there was a chat between the public and the professionals about filmmaking.

jovens em outras quatro catego-rias. Além da votação popular, os estudantes foram julgados pelo cineasta Marcus Figueiredo e pelos atores Priscilla Marinho, Marcelo Mello e Douglas Silva. Antes do anúncio dos vencedo-res, houve a exibição dos filmes concorrentes e um bate-papo entre o público e os profissionais sobre a sétima arte.

O projeto exibe grandes sucessos do cinema brasileiro em um telão com qualidade digitalThe project shows hit Brazilian movies on a big digital screen

Responsible for the Marketing area at Ampla, Pryscila Civelli says that these ac-tivities, in addition to educating the partici-pants on issues related to energy use and encouraging appreciation of national cul-ture, play an important role in strengthen-ing the relationship between the company and its clients. “Cinema is culture, a leisure activity that appeals to all tastes, ages and social classes. We bring culture to people who never had the chance to go to a movie theater and we help the public learn about using energy responsibly. Clients leave knowing how they can reduce consumption during the month and how to use energy safely,” she explains.

Since its launch, Consciência Ampla on the Screen, which is backed by the Federal Law on Cultural Incentives (Rouanet Law), has already shown 72 sessions of 19 Brazilian films. The project is a partnership with the MPC (Media and Cultural Produc-tions), Marsh insurance and the city halls in the municipalities involved. Among the partners that have been involved in the initiative are Nova Rio, Pakera, FM O Dia, Compactor, Gráfica Minister, Enigma and

garanta um bom entretenimento para toda a família”, salienta a coorde-nadora. Já na seleção dos locais em que o telão será montado, é feito um equilíbrio entre municípios que não tenham sido agraciados por ações sociais da Ampla nos meses anteriores e os maiores municípios da área de concessão da empresa. Leva-se em conta, ainda, a viabilidade logís-tica da montagem da estrutura necessária para o evento. “Buscamos locais abertos ou escolas públicas que tenham infraestrutura para rece-ber o evento. Trata-se de uma decisão inter-setorial: antes de baterem o martelo, nossos executivos se reúnem com diversas áreas da empresa, como Marketing, Projetos Sociais, Responsabilidade Social, Comunica-ção e Relações Institucionais”, explica Pryscila.

Mais de 12 mil alunos já assistiram às palestras promovidas pelo projeto nas escolas públicas do Rio. Desses, 1.361 foram selecionados para participar das oficinas de cinema, que têm duração de quatro dias. Durante as aulas, os jovens aprendem a parte teórica e a prática da arte cinematográfica, e são estimulados a produzir filmes de curta-metragem com a temática do consumo consciente de energia. Além de atuar, eles podem optar pela elaboração do roteiro, edição, direção de arte e fotografia. O resultado do trabalho é exibido à comunidade antes do filme principal.

Realizado no auditório da Ampla em Niterói, o 1º Prêmio Curta na Tela, que consagrou Leonardo, também reconheceu o talento de

Nas oficinas, os alunos conhecem todas as etapas da arte cinematográficaIn the workshops, students learn about every stage of film making

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ser gratificante mostrar que até quem não tem condições financeiras para comprar tintas e materiais sofisticados pode usar desses pigmen-tos para dar asas à criatividade. “As crianças podem brincar em casa com o que extraírem daqueles grãozinhos de feijão que não estão bons para o consumo, por exemplo.”

Cássia é uma dos muitos artistas que tiveram suas carreiras alavanca-das após a participação no Consciência Ampla Cultural. O projeto, que promove grandes festivais envolvendo artistas locais e nacional-mente conhecidos, teve início em 2008. Seu desenvolvimento foi a consolidação do antigo Festival Educação e Cultura Ampla, realizado naquele ano em Petrópolis, Angra dos Reis e Campos dos Goytaca-zes. “A proposta é levar atrações culturais gratuitas para aqueles que, no dia a dia, não têm acesso a tantas opções – e com a vantagem de estarem todas reunidas em um único lugar”, conta Beatriz Stutzel, especialista de Responsabilidade Social da empresa e coordenadora do Consciência Ampla Cultural. Com os novos nome e perfil, o projeto já foi realizado em cinco municípios, sempre valorizando os profissionais locais. “Hoje, além de ter meu trabalho reconhecido em muitos outros locais, me sinto mais abraçada pelo pessoal da minha cidade. E fico feliz por, durante os festivais, ter a oportunidade de trocar experiências com outros artistas, de outras localidades. Esse intercâmbio é muito interessante”, ressalta Cássia.

Artista plástico de Magé, Deneir de Souza Martins concorda com sua colega de profissão. Morador de Piabetá, ele já participou de várias edições do Consciência Ampla Cultural (e do festival que lhe deu ori-gem) com sua oficina de brinquedos de material reciclável. Graças ao projeto, crianças e adultos de vários municípios da área de cobertura da distribuidora aprenderam com ele a fazer carrinhos, robôs, instru-mentos musicais e jogos a partir de sucata, como latas de refrigerante, garrafas pet e embalagens de amaciantes. “Comecei a desenvolver essa linguagem de trabalho na Eco 92, quando ninguém ainda falava muito em reciclagem. É uma forma lúdica de conscientização sobre o meio ambiente. Hoje, minha oficina atrai pessoas dos 3 aos 100 anos. Todos viram crianças, porque a arte seduz todo mundo”, comemora.

Aos 57 anos, Deneir se diz orgulhoso por poder usar sua experiência de 17 anos como educador de escolas públicas do estado em prol de um público ainda maior. “É muito gratificante participar de um projeto que leva nomes como Ferreira Gullar, Bia Bedran e Daniel Azulay a co-munidades que não contam com iniciativas culturais muito fortes. Os moradores têm a oportunidade de experimentar a cultura de uma for-ma ampla, condizente com o nome da empresa: é um grande encon-tro de artes plásticas, arte circense, música, dança, teatro e literatura, amparado pela orientação sobre o consumo consciente”, define ele, que também é cliente da empresa e já participou de ações promovidas pela distribuidora em Angra dos Reis, Campos dos Goytacazes, Petró-polis, Teresópolis e São Gonçalo, entre outros municípios.

“From the first time I attended Consciência Ampla Cultural, I found the initiative very rewarding. The workshops were always full and people were so interested in my work, because art touches everyone,” she says, adding that it was gratifying to show that even those who cannot afford to buy sophisticated paint and materials can use these pigments to give free rein to their creativity.”Children can play at home with what they can extract from beans that are no fit to be eaten, for example,” she says.

Cássia is one of the many artists whose careers have been boosted after taking part in the Consciência Ampla Cultural project, which promotes big festivals involving local and nationally known artists. Beginning in 2008, it took off with the consolidation of the former Ampla Education and Culture Festival, held that year in Petrópolis, Angra dos Reis and Campos dos Goytacazes.”The idea is to take free cultural attractions to those who lack daily access to so many options - and the advantage is that they are all brought together in one place,” says Beatriz Stutzel, a Social Responsibility specialist at the company and Coordina-tor of Consciência Ampla Cultural. With its new name and profile, the project has been run in five municipalities, always honor-ing local professionals.”Today, in addition to having my work recognized in many other places, I feel more accepted by the people in my own city. And I’m happy that during the festivals I have the opportunity to exchange experiences with other artists from other places. This exchange is very interesting,” says Cássia.

Deneir de Souza Martins, an artist from Magé, agrees with her fellow professional. A resident of Piabetá, he has been featured in several editions of Consciência Ampla Cultural (and the festival that preceded it) with his workshop on making toys out of recycled materials. Thanks to the project, children and adults from several munici-palities in the company’s catchment area have learned from him how to make cars, robots, musical instruments and games from scrap, such as soda cans, PET bottles and fabric softener bottles. “I started de-veloping this at Eco 92, when no one was really talking much about recycling. It is a hands-on way to raise awareness about the environment. Today, my workshop attracts people aged from three to 100 years old. Everyone becomes a child, because art seduces everyone,” he says.

Consciência Ampla CulturalMultiplicação do conceito com cultura e lazer

Consciência Ampla Cultural“Sempre quis viver de arte, mas isso era inviável para mim. Agora, posso falar com toda a felicidade do mundo, quando me perguntam o que eu faço da vida: ‘sou uma artista plástica’.” Assim, cheia de orgulho e com a certeza de estar fazendo o que sempre quis, Apare-cida de Cássia da Silva, de 40 anos, resume o que significa para ela ter seu esforço, enfim, reconhecido. Reconhecimento para o qual a Ampla deu uma enorme contribuição: foi por meio do Consciência Ampla Cultural que seu trabalho extravasou as fronteiras de Angra dos Reis para chegar a outros municípios da área de concessão da empresa, como São Gonçalo e Teresópolis. Usando pigmentos naturais – como os obtidos do barro, da terra preta, da beterraba, do espinafre, do car-vão e até do feijão – A. Cássia, nome como a artista é conhecida, cria belas imagens que traduzem momentos de inspiração e sensibilidade. Nas oficinas promovidas durante a ação da distribuidora de energia, a técnica é repassada para centenas de crianças e adultos.

“Desde a primeira vez em que participei do Consciência Ampla Cultu-ral, achei a iniciativa muito recompensadora. As oficinas sempre ficam cheias e as pessoas se interessam demais pelo meu trabalho, porque a arte mexe com a cabeça de todo mundo”, conta ela, acrescentando

“I always wanted to make a living from art, but it was impossible for me. Now I can say, with all the happiness in the world, when people ask me what I do for a living: ‘I am an artist’.” So it is, full of pride and doing what she always wanted to do, that 40-year-old Aparecida de Cássia da Silva, sums up what it means to finally have her efforts recognized. Recognition for which Ampla has made an enormous contribu-tion: it was through Consciência Ampla Cultural that her work spread beyond the borders of Angra dos Reis to reach other cities in the company’s catchment area, such as São Gonçalo and Teresópolis. Using natural pigments - such as those obtained from the clay, black soil, beetroot, spinach, coal and even beans - A. Cássia – her artistic name - creates beautiful images of inspiration and sensitivity. In the workshops run by Ampla, the technique is passed on to hundreds of children and adults.

COnCEPT MuLTIPLICATIOn THROuGH CuLTuRE AnD LEISuRE

Bia Bedran é uma das artistas que já participaram do projeto: festivais são montados dentro das comunidadesBia Bedran is one of the artists to have taken part in the project: festi-vals are put on in communities

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André MoragasResponsável pela Diretoria de Relações Institucionais e de Comunicação da Ampla

Director of Institutional Relations and Communication at Ampla

De 1990 a 2000, houve uma enorme evolução no que diz respeito à relação de consumo no Brasil. Em uma década, o brasileiro deixou de ser um consu-midor pré-histórico para se tornar um consumidor moderno – graças a diversos marcos, que fizeram com que ele tivesse mais condições para questio-nar seus direitos e exigir qualidade na prestação dos serviços. Destaco o lançamento do Código de Defesa do Consumidor, em 1990; a abertura do mercado interno para produtos estrangeiros, em 1992; o início da privatização do setor de energia, em 1996; a privatização do setor de telecomuni-cações, em 1998; e a massificação da internet no

país, em 2000. Assim, as empresas perceberam que também deveriam evoluir, contribuindo não só com a oferta de um serviço de qualidade, mas também ajudando a desenvolver a sociedade em que estão inseridas. No início, houve uma pequena falha nesse sentido, já que se acreditava que projeto social era ação de assistencialismo. Nosso diferencial, e o que torna nossa experiência um sucesso, é que, partindo de demandas da sociedade, elaboramos projetos so-ciais que fazem parte, de forma intrínseca, da nossa estratégia de negócio. Isso é fundamental, porque não permite que a continuidade dos projetos esteja sujeita a cortes orçamentários, por exemplo.

From 1990 to 2000 there was an enormous change in regard to consumption in Brazil. In one decade, Brazilian’s became modern consumers, thanks to several milestone events which them better able to stand up for their rights and demand quality in service delivery. Chief among them were the launch of the Consumer Protection Code, in 1990, the opening up of domestic markets

to foreign competition, in 1992, the begin-ning of the privatization of the energy sector in 1996, the privatization of the telecommu-nications sector in 1998, and the popular-ization of the internet in Brazil in 2000.So it was that companies realized that they also had to change, contributing not only to the provision of quality services, but also helping to develop the society in which they

operate. In the beginning, there were a few glitches in this respect, as it was believed that social action meant welfarism. Our dif-ferential, and what makes our experience a success, is that based on society’s demands we have developed projects that are an intrinsic part of our business strategy. This is crucial because it means the projects are not subject to budgetary cuts, for example.

for the Ampla to respect local art. This is part of the scope of Consciência Ampla Cultural,” says Beatriz Stutzel.

All these activities come under the umbrella of Consciência Ampla: the responsible consumption of natural resources and

preservation of the environment. “The focal point of this project is education. We talk about not only responsible consumption, but sustainability as a whole. Ampla does not deliver light to its clients through the grid alone: we also want to bring them the light of knowledge and culture,” says head

2010, oito festivais foram promovidos, beneficiando diretamente mais de 126 mil pessoas. No último ano, foi realizado um programa de va-riedades ao vivo, chamado “Novas ideias para novos ideais”, que incen-tiva o público a conversar sobre diversos temas levantados pela empresa.

Para que cada evento seja concretizado, a equipe da Ampla e seus parceiros dedicam a ele ao menos quatro meses de trabalho. O projeto tem apoio das secretarias municipais de Educação e Cultura, da Secre-taria Estadual de Cultura do Rio de Janeiro e do Ministério da Cultura.

of Social Responsibility, Ana Paula Caporal. To help spread this message, Ampla has sponsored major names in Brazilian art, such as Martinho da Vila, Moraes Moreira, and Danilo and Stella Caymmi, and Toni Garrido, as well as writers Ferreira Gullar, Alfonso Romano de Sant’Anna and Marina Colasanti. By 2010, eight festivals had been held, directly benefiting over 126,000 people. Last year, there was a live variety show, called “New ideas for new ideals,” which encourages the audience to discuss various issues raised by the company.

It takes at least four months work by the Ampla team and its partners to get each event off the ground. The project is sup-ported by the municipal departments of Education and Culture, the Rio de Janeiro State Department of Culture, and the Ministry of Culture.

Entre as ações promovidas no festival, estão apresentações de pe-ças teatrais, sessões de cinema, debates sobre literatura, oficinas de artes, rodas de recreação e palestras sobre educação e cidadania. Os participantes podem ainda aprender sobre seus hábitos de consumo de energia elétrica por meio de uma grande maquete em que são representados vários eletrodomésticos. O trabalho é todo pensado para mobilizar não só artistas e moradores das comunidades locais, mas também gestores públicos da educação e da cultura, educadores da cidade e da região e dirigentes de escolas e de espaços culturais. “É essencial para a Ampla valorizar as manifestações artísticas e os profissionais locais. Isso faz parte do escopo do Consciência Ampla Cultural”, ressalta Beatriz Stutzel.

Alinhavando todas as atividades, está a bandeira levantada por todos os projetos do Consciência Ampla: o consumo consciente dos recursos naturais e a preservação do meio ambiente. “O foco desse projeto é a educação. Falamos não só de consumo consciente, mas de sustentabi-lidade como um todo. A Ampla não leva luz para seus clientes só por meio da rede elétrica: queremos também levar a eles a luz do conheci-mento e da cultura”, afirma a responsável pela área de Responsabilida-de Social da empresa, Ana Paula Caporal. Para ajudar a propagar essa mensagem, a distribuidora já contou com a apresentação de grandes nomes do cenário artístico nacional, como Martinho da Vila, Moraes Moreira, Danilo e Stella Caymmi e Toni Garrido, além dos escritores Ferreira Gullar, Afonso Romano de Sant’Anna e Marina Colasanti. Até

At 57 years, Deneir says he is proud to be able to use his seventeen years experi-ence as an educator in public schools in the state for the good of a much wider audience.”It’s very rewarding to take part in a project that takes names like Ferreira Gullar, Bia Bedran, and Daniel Azulay to communities that do not have very strong cultural initiatives. Residents have an opportunity to experience culture in full, bringing together the plastic arts, circus arts, music, dance, theater and literature, backed up by advice on responsible con-sumption,” says Deneir, who is also a client of the company’s and has participated in actions run by it in Angra dos Reis, Campos dos Goytacazes, Petrópolis, Teresópolis and São Gonçalo, among others.

Among the activities at the festival are plays, movie screenings, debates on literature, art workshops, group activities, and lectures on education and citizen-ship. Participants can also learn about their electrical energy consumption habits via a large model representing different appliances. The whole event is designed to mobilize not only artists and residents of local communities, but also managers involved in public education and culture, educators and city leaders, area schools and cultural platforms.”It is essential

Ao longo do evento, são realizadas atividades para crianças, jovens e adultosThroughout the event, there are activities for children, young people and adults

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Diferença que é propagada em forma de informação e entretenimento – dois elementos vitais no conceito de cidadania, mas que escapam, muitas vezes, da realidade de muitos clientes. “Muitos moradores iam até o local em que estávamos só porque sabiam que trocávamos lâmpadas usadas por outras novas, mais econômicas. Mas acabavam ficando ali, participando das atividades e, com isso, aprendendo. Muitas pessoas choravam quando eram sorteadas para ganhar os re-frigeradores, porque suas geladeiras velhas tinham cortinas de box no lugar de portas”, relata.

A semente do Consciência Ampla SuperAção surgiu da necessidade de se levarem, de forma lúdica, os conhecimentos sobre consumo consciente de energia para diversas comunidades, e difundi-los pelos municípios mais distantes, em um evento capaz de reunir toda a família em torno do tema. Por isso, os fins de semana sempre foram os dias escolhidos para a programação do evento durante o ano. Em cada município visitado, a equipe da empresa organizava, dentro de Cieps ou de outros locais com infraestrutura semelhante, diversas atividades que promoviam a cidadania e o conhecimento a respeito do meio ambiente e do uso consciente dos recursos naturais.

“Para participar, bastava que a pessoa levasse até o local sua conta de luz. Esse procedimento era obrigatório para que pudéssemos, poste-riormente, por meio do número do cliente, acompanhar a redução de seu consumo de energia”, explica Cristiane Baena, que foi coordena-dora do projeto. Entre as atividades realizadas, um animador intera-

“We have learned from the problems our clients have had and we strive, together, to find solutions. We exchange experi-ences of life, and this is the best reward we can have,” says Mônica, who now runs the trailer used in Consciência Ampla on Wheels.”My relationship with the com-pany’s projects has changed my life. Today, I am aware that I make a difference, and that my attitude will have a positive effect on someone’s life,” she adds.

This is a difference that is propagated in the form of information and enter-tainment - two vital elements in the concept of citizenship, but which often are not are part of many Ampla clients’ lives.”Many residents went to us just because they thought we were swapping used light bulbs for new, more economi-cal ones. But they ended up staying on, taking part in activities and then learn-ing. Many people wept when they were drawn to win refrigerators, because their old refrigerators had shower curtains instead of doors,” she says.

Consciência Ampla Achievement came out of the need to take hands-on educational projects about responsible energy con-sumption to various different communi-ties, and spread it to the most distant municipalities, using family-friendly events .This is why weekends were always chosen. In each municipality visited, the company team organized, at Integrated Public Edu-cation Centers (CIEPs) or other places with similar infrastructure, various activities to promote citizenship and knowledge of the environment and the responsible use of natural resources.

“To take part, people just had to take their electricity bill along. This was manda-tory so that later on we could, using the client’s number, accompany the reduction in energy consumption,” explains Cristiane Baena, who was the coordinator of the project. Among the activities, someone interacted with the people at the event, offering tips on the efficient consumption of energy. There were also workshops and community talks, recreational activities, plays, interactive computer games about energy consumption for children and teenagers, makeup sessions, the swapping of incandescent light bulbs for fluorescent ones, and - for families interested – draws for energy-efficient refrigerators.

Run up to 2010, Consciência Ampla Achievement was the company’s first major

As atividades eram realizadas dentro de Cieps ao longo dos fins de semanaThe activities were conducted at CIEPs over weekends

Consciência Ampla SuperAçãoMultiplicação do conceito com cultura e lazer

Em 2001, Mônica Néri tinha uma empresa de produção de eventos e foi contratada pela Companhia de Eletricidade do Rio de Janeiro (Cerj) para desenvolver algumas atividades em ações sociais promovidas em determinadas localidades de Niterói. Ela e sua equipe passaram, a partir dali, a se envolver diretamente na concepção e realização dos eventos, até então pontuais. Ao longo de dez anos, a Cerj deu lugar à Ampla e Mônica fundou uma outra empresa, a Máxima Fábrica de Produções. E a parceria entre ambas rendeu um fruto maduro e saboroso: o Consci-ência Ampla SuperAção. Lançado em 2004, o projeto foi promovido até 2010 e rendeu à produtora muito mais do que retorno financeiro.

“Aprendemos com os problemas dos clientes e nos empenhamos em, juntos, buscar soluções. Trocamos experiências de vida, e essa é a melhor recompensa que podemos ter”, conta Mônica, que hoje administra a carreta usada no Consciência Ampla Sobre Rodas. “Minha relação com os projetos da empresa mudou a minha vida. Hoje, tenho a consciência de que faço a diferença, de que a minha atitude terá efeito positivo na vida de alguém.”

In 2001, Mônica Néri had an event produc-tion company and was hired by Companhia de Eletricidade do Rio de Janeiro (Cerj) to or-ganize some social work activities in certain locations in Niterói. From then on, she and her team were involved directly in the plan-ning and organizing of the events, which had up to then been one-offs. Over ten years, Cerj gave way to Ampla and Mônica founded another company, Máxima Fábrica de Produções, and the partnership between the two has been highly productive: Con-sciência Ampla Achievement. Launched in 2004, the project was promoted until 2010 and earned the company much more than a financial return.

Consciência Ampla Achievement

COnCEPT MuLTIPLICATIOn WITH CuLTuRE AnD LEISuRE

Moradores das comunidades participam de atividades lúdicas sobre consumo de energiaCommunity residents take part in recreational activities on energy consumption

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Bloco III

Section III

Parcerias Internas e Externas

Internal and External Partnerships

gia com todas as pessoas do evento, divulgando dicas de consumo eficiente de energia. Havia também oficinas e palestras comunitárias, recreação, apresentação teatral e jogos de computador interativos sobre o consumo de energia para crianças e adolescentes, sessões de maquiagem, troca de lâmpadas incandescentes por fluorescentes e, para as famílias dispostas a trocar sua geladeira antiga, sorteio de refrigeradores eficientes.

Promovido até 2010, o Consciência Ampla SuperAção ficou marcado como o primeiro grande projeto social educativo e lúdico realizado pela empresa. Por isso, até hoje seu histórico é usado pela equipe de projetos sociais como base e inspiração para a concepção de novos produtos. Quem absorveu o que de melhor existia no Consciência Ampla SuperAção e tem a missão de difundir para os diversos municí-pios da área de concessão os conhecimentos e atividades dos demais projetos focados no consumo consciente de energia foi o Consciência Ampla Sobre Rodas. Em 2011, o Consciência Ampla SuperAção deu uma parada em suas atividades e passa por um processo de reformula-ção, para um possível retorno com todo seu potencial, mas com cara e estratégias renovadas.

Bruno GolebiovskiResponsável pela Diretoria Comercial da Ampla

Commercial Director at Ampla

Antes do início da atuação social da Ampla, trabalhá-vamos combatendo os furtos de energia de forma estritamente técnica. Mas percebemos que, em mui-tos casos, o furto era ocasionado mais pela falta de informação e por maus hábitos de consumo do que por má-fé. Muitos clientes furtavam porque não pos-suíam alternativa, já que não conseguiam pagar suas contas e, assim, tinham o fornecimento de energia cortado. Eles achavam a forma de cobrança violenta, e viam nossos funcionários como “o pessoal que só

chegava para brigar”. Quando os projetos sociais começaram, a imagem que esses clientes tinham da empresa melhorou muito. A Ampla passou a ser vista como uma parceira que leva a eles informação e qualificação profissional. Foi bom para ambos os lados. Não abrimos mão de cobrar por nosso serviço, mas passamos a fazê-lo de maneira diferente, apoia-dos pelas comunidades. E os moradores passaram a contar com o conforto de ter energia elétrica em casa de forma mais consciente.

Before Ampla began its social projects, we worked to tackle energy theft on a strictly technical basis. But we realized that in many cases the theft was caused more by a lack of information and bad consumption habits than bad faith. Many customers stole because they had no alternative, since they could not pay

their bills and so they had their power supply cut off. They thought the billing system was aggressive, and saw our employees as only “the people who have come to fight with us.” When the social projects began, the image these clients had of the company greatly improved. Ampla is now seen as a partner that

provides them with information and professional training. It has been good for both sides. We still charge for our services, but we do so differently, sup-ported by the communities. And the residents are now safe in the knowledge that they have electricity at home that is managed responsibly.

social and educational project. This is why it is to this day used by the social projects team as a basis and inspiration for the design of new products. It is Consciência Ampla on Wheels that has absorbed the best of Consciência Ampla Achievement, and it now takes up the mission to spread knowledge and promote activities from oth-er projects focused on responsible energy consumption to the various municipalities in the catchment area. In 2011, Consciência Ampla Achievement took a break from its activities to go through a process of refor-mulation, for a possible return to its full potential with renewed strategies.

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a apresentação”, lembra a responsável pela área de Projetos Sociais da empresa, Gislene Rodrigues.

Num primeiro momento, a Ampla doou 50 instrumentos profissionais – entre violões, violas, flautas transversas e pandeiros – e passou tam-bém a apoiar na logística das apresentações do coral, fornecendo, en-tre outras demandas, camisetas e transporte para os músicos de Magé. Como contrapartida, Menezes se comprometeu a seguir trabalhando, com a ajuda de outros profissionais do Ciep, a questão do consumo consciente dos recursos naturais. “Eles já faziam esse trabalho de cons-cientização com os alunos antes de travarmos a parceria. Até cantavam músicas com temas como a reciclagem. Ou seja, a proposta se enqua-drava bem em nosso escopo”, explica Gislene.

Em 2010, o coral foi contratado pela Ampla para participar do projeto Canto de Natal. No mês de dezembro, os jovens se apresentaram em 21 municípios do estado do Rio – inclusive na capital, junto à famosa árvore montada na Lagoa Rodrigo de Freitas. Parte da verba recebida foi usada por Menezes na montagem de um estúdio para o grupo.

lacked the resources to buy the instruments to be used in class. It was then that the support those boys and girls needed so much was offered to them: after inviting the choir to perform at a ceremony at the Chilean Consulate and being touched by Menezes’ versions of the national anthems of Brazil and Chile, the president of Ampla, the directors and members of the Social Projects area at the company decided to become a part of that dream.

“We had known about the choir since 2005, when they performed at an event coordinated by our company in Piabetá. In 2008, the Chilean Consul asked our president, Marcelo Llévenes, who is also Chilean, whether we knew of a group who could sing on that country’s Independence Day Party. That’s when we remembered those young people and invited them.

Parceiros que fazem a diferença

Para angariar mais apoio à sua atuação social e alcançar, assim, um nú-mero ainda maior de beneficiados, a Ampla conta com vários parceiros internos e externos. A união de forças e de experiências contribui tam-bém para disseminar, entre os funcionários e a comunidade em geral, a questão da consciência e da responsabilidade socioambiental que norteia todo o trabalho da distribuidora. Neste capítulo, destacamos alguns programas cuja tônica são as parcerias.

Coral do Ciep Mané Garrincha Após 13 anos à frente de um coral formado por crianças e jovens de comunidades do município carioca de Magé, o músico Márcio Mene-zes queria mais. Para ele, embora a sua fosse uma trajetória de glória, ainda não era suficiente ajudar os alunos do Centro Integrado de Educação Pública Mané Garrincha a se interessarem mais pelos estu-dos, ingressarem no mercado de trabalho e se afastarem, por meio do canto, do envolvimento com drogas e da gravidez precoce. “Naquela época, já fazíamos espécies de musicais – os integrantes, além de cantar, dançavam. Mas se o aluno toca algum instrumento, ele canta melhor. Por isso, quis exigir que todos aprendessem a tocar violão e comecei a sonhar em montar, com eles, um coro-orquestra”, conta o professor, que sempre viveu da música. Para começar a realizar seu plano, porém, faltavam-lhe recursos para adquirir os instrumentos a serem usados nas aulas. Foi aí que surgiu o apoio de que aqueles meninos e meninas tanto precisavam: após convidarem o coral para se apresentar numa cerimônia no Consulado do Chile e se emocionarem com as versões de Menezes dos hinos nacionais brasileiro e chileno, o presidente da Ampla, os diretores e integrantes da área de Projetos Sociais da empresa decidiram ser parte daquele sonho.

“Já conhecíamos o coral desde 2005, quando eles se apresentaram em um evento coordenado por nossa empresa em Piabetá. Em 2008, o cônsul do Chile perguntou ao nosso presidente, Marcelo Llévenes, que também é chileno, se conhecíamos algum grupo para cantar na Festa da Independência daquele país. Foi aí que nos lembramos daqueles jo-vens e fizemos o convite. Todos os presentes ficaram encantados com

Partners that make a difference

To garner more support to for its social projects and so reach an even more people, Ampla has several internal and external partners. This association of forces and experience also helps to promote among the employees and the wider community the question of environmental responsi-bility and awareness that guides all the work the company does. In this chapter, we highlight some of the programs whose partnerships make all the difference.

CIEP Mané Garrincha Choir

After 13 years conducting the choir made up of young people from communities in the Rio de Janeiro municipality of Magé, the musician Marcio Menezes wanted more. Although he had been successful, it was not enough to help students at the Integrated Public Education Center in Mané Garrincha become more interested in studies, get a job and keep away, through singing, from drugs and teenage pregnan-cy. “At that time, we were putting on kinds of musicals - the members, in addition to singing, danced. But if students play an instrument, they sing better. So, I wanted to get everyone to learn to play guitar and I began to dream of putting together with them choral orchestra,” says the teacher, who has always made a living from music. To get his plan off the ground, however, he

Projeto atrai alunos a partir do sexto ano do Mané GarrinchaThe project attracts students from the sixth year at Mané Garrincha

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the responsible consumption of natural resources.”They did this awareness-raising work with the students before entering into the partnership. They even sang songs about recycling. That is to say, the proposal matched our plans perfectly,” explains Rodrigues.

In 2010, the choir was hired by Ampla to take part in the project Singing Christmas. In December the young people were per-formed in 21 municipalities in Rio - includ-ing the capital city, next to the famous tree

and only leave when they graduate. Their commitment to music is also reflected in the classroom,” he says.

DevelopmentInvolving its employees and clients in a more global process that would improve the living conditions for families at great social risk and who were served by Ampla’s Project Unity (now Consciência Ampla Citizenship). That was the idea launched in 2006 by company president, Marcello Llévenes,

“Com a repercussão do coral, comecei a receber muitas propostas de trabalho. Como não tinha tempo para me comprometer com outros cargos, fui indicando meus alunos para assumi-los. Hoje, dezenas de-les vivem de música, dando aulas particulares e em escolas”, come-mora o maestro, que tem sob a sua batuta, anualmente, de 45 a 70 alunos. “A ideia é que eles entrem no coral no sexto ano e só saiam quando se formarem. O engajamento deles com a música repercute também na sala de aula”, garante.

DesenvolverEnvolver seus colaboradores e clientes num processo mais global que levasse à melhoria das condições de vida de famílias sob grande risco social que eram atendidas pelo Projeto Ampla Solidária (atual Consciência Ampla Cidadania). Essa foi a ideia lançada em 2006 pelo presidente da empresa, Marcello Llévenes, que acabou germinando sob o nome de Programa Desenvolver. Com a verba arrecadada em forma de doações, essas famílias são providas dos recursos materiais de que necessitam – como cestas básicas, gás, pagamento de luz, medicamentos – por até 18 meses. Elas recebem, ainda, orientações relacionadas a benefícios sociais, saúde, cidadania, educação, auto-estima e geração de renda, e são acompanhadas por uma assistente social, visando ao alcance de um desenvolvimento social capaz de promover mudanças significativas.

Para efetivar o programa, a Ampla buscou travar parcerias com instituições que tivessem um trabalho social voltado para o atendi-mento a essa parcela da população: a Casa Amarela e a Pastoral da Criança. O foco da primeira é o estímulo à geração de renda, com a promoção de formação artística e artesanal. A organização faz ainda o encaminhamento dessas famílias para unidades de educação e para oportunidades de emprego e as orienta a respeito da emissão de do-cumentos gratuitos, entre outras assistências. Já a Pastoral desenvolve ações básicas de saúde, nutrição, educação e cidadania em favor da gestante e das crianças de até seis anos de idade. “Os familiares das crianças acompanhadas, especialmente as mães, aprendem a valorizar e a trabalhar com vigilância nutricional, a identificar proble-mas de desnutrição, a fortalecer o aleitamento materno, a preparar alimentação enriquecida, a controlar doenças respiratórias e diarreia e a prevenir as doenças sexualmente transmissíveis e os acidentes domésticos”, conta a assistente social Aladia Guerino, coordenadora do programa na Ampla.

Os recursos para o Desenvolver são arrecadados por meio de adesões de empregados e clientes da empresa, a partir de R$ 1, via contra-cheque e conta de luz. Para estimular a participação dessas pessoas, são promovidas várias ações de divulgação do programa, como um boletim trimestral distribuído interna e externamente, reuniões com colaboradores de todas as áreas da distribuidora e com represen-tantes das empresas parceiras e promoção de informações sobre o programa para os novos funcionários e estagiários.

Everyone there was delighted by their per-formance,” says the head of Social Projects at Ampla, Gislene Rodrigues.

Initially, Ampla donated 50 professional instruments – including guitars, violas, flutes and tambourines - and it also began to offer logistical support for the choir’s shows, providing, among other things, shirts and transport for the musicians from Magé. In return, Menezes pledged to continue working with the help of other professionals at CIEP, on the question of

As famílias são acompanhadas por assistentes sociaisFamilies are accompanied by social workers

put up at Lagoa Rodrigo de Freitas. Part of the funding received was used by Menezes to put together a studio for the group.

“As a result of my work with the choir, I started to get a lot of job offers. As I had no time to commit to others jobs, I put my students forward for them. Today, dozens of them make a living from music, giving private lessons and teaching in schools,” says the conductor, who every year trains between 45 and 70 students.”The idea is that they join the choir in the sixth grade

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Funcionários participam de mutirão para reformar instituições sociaisEmployees take part in collective effort to fix up social institutions

Programa de VoluntariadoCriado em 2004, o Programa de Voluntariado da Ampla tem como objetivo principal aproximar cada vez mais a empresa da comunidade, estimulando e envolvendo seus colaboradores em suas ações. Entre as atividades desenvolvidas, estão os dias de ação voluntária (mutirões de reforma em instalações elétricas e na estrutura de instituições), as campanhas de doações e o Papai Noel Voluntário (em que colabo-radores visitam a casa dos funcionários para presentear as crianças menores de 10 anos e coletar doações). As ações são voltadas, princi-palmente, para instituições sociais que atendam crianças e famílias nas regiões com maior risco social da área de concessão da Ampla.

Segundo Ana Paula Caporal, Responsável pela Área de Responsabilida-de Social da Ampla, o programa tem como metas a disseminação, den-tro da empresa, de uma cultura de apoio e engajamento dos colabora-dores como voluntários e a formação de cidadãos mais conscientes – o que contribui para a melhoria do clima laboral interno. “O voluntariado promove resultados eficazes e duradouros na satisfação dos colabo-radores, dos clientes, da comunidade e dos formadores de opinião em relação à marca Ampla, que é reconhecida como uma empresa comprometida com a responsabilidade social”, afirma. Desde 2004, já participaram como voluntários do programa 1.146 colaboradores.

Dezenove instituições já foram beneficiadas pelos mutirões voluntários, entre elas a Creche Comunitária Tia Marcolina, em São Gonçalo, e a Associação Beneficente Viver Feliz, que atende a crianças, jovens e mães em Campos dos Goytacazes. Outra atuação importante foi o apoio às vítimas das enchentes de 2011 na Região Serrana do Rio, junto à Cruz Vermelha e à Defesa Civil. Foram realizados dois mutirões voluntários e organizadas campanhas de doação de sangue. À época, houve uma arrecadação recorde de 234,5 mil itens, entre garrafas de água, roupas e alimentos.

O Voluntariado conquistou, em 2006, o Prêmio RH Cidadão, concedido pela consultoria e editora Gestão&RH. Trata-se de um reconhecimento a trabalhos de organizações que contribuam para o desenvolvimento da sociedade brasileira por intermédio de programas especiais, respon-sáveis pela melhora da satisfação do público interno e externo. No ano seguinte, o programa da Ampla foi o vencedor do Prêmio Fundação Coge na categoria Ações de Responsabilidade Social. A Fundação Coge é uma entidade sem fins lucrativos que atua na pesquisa dos métodos, processos e rotinas adotadas por empresas do setor elétrico brasileiro.

which ended up being called the Devel-opment Program. With donated funds, these families are provided with the material resources they need - like food parcels, gas, electricity, drugs – for up to 18 months. They also get given advice on social welfare benefits, healthcare, citizenship, education, self-esteem and income generation, and are accompanied by a social worker in order to achieve social development that can bring about significant change.

To make the program possible, Ampla sought out partnerships with institutions that pro-vided services to this section of the popula-tion: the Casa Amarela, and the Pastoral da Criança. The focus of the former is to stimulate income generation, promoting arts and crafts training. The organization also forwards fami-lies onto educational units and employment opportunities and offers guidance on getting documents for free, among other things. The Pastoral da Criança offers basic healthcare, nutrition, education and citizenship programs for pregnant women and children up to six years old.”The family members with the chil-dren, especially the mothers, learn to value nu-trition, they identify malnutrition, strengthen breastfeeding by preparing vitamin-enriched food, they control diarrhea and respiratory diseases and prevent sexually transmitted diseases and domestic accidents,” says the social worker Aladia Guerino, coordinator of the program at Ampla.

The resources for the Development Program are raised through donations made by Ampla employees and its clients, starting at R$ 1, via paycheck or electricity bill. To encourage people to take part, several pro-motions are used to publicize the program, such as a quarterly newsletter distributed internally and externally, a meeting with the employees from all the company’s areas and representatives of partnering companies, and the passing on of information about the program to new employees and trainees.

Volunteer Program Created in 2004, the main aim of Ampla’s Volunteer Program is to build a closer relationship between the company and the community, encouraging and involving em-ployees in its programs. Among the activities are volunteer days (groups fixing up electri-cal and structural installations at institu-

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Bloco IV

Section IV

Reconhecimentos

Recognition

Redes de Lideranças ComunitáriasUma das bases fundamentais para a atuação da maioria dos projetos do Programa Consciência Ampla é a rede de lideranças comunitárias (citada na primeira parte deste livro, que trata da história e da meto-dologia da atuação social da empresa).

A parceria com lideranças comunitárias facilita a permeabilidade do tra-balho na comunidade, a disponibilização de espaços para as atividades e a mobilização das pessoas. Além disso, ajuda no acompanhamento, na avaliação e na continuidade do trabalho, mesmo depois que as equi-pes dos projetos saem de uma localidade para atender a outras.

As lideranças identificadas não são apenas as que ocupam cargos formais, mas, principalmente, aquelas pessoas capazes de mobilizar outros moradores em suas comunidades. Elas dedicam parte de seu tempo assumindo compromissos voltados a atividades voluntárias em prol da organização e do desenvolvimento comunitário.

As redes, que se reúnem mensalmente, foram formadas nos quatro municípios da região metropolitana considerados os mais complexos do ponto de vista da ocupação urbana. A formação desses grupos, que discutem diversas questões, tem sido importante não apenas para a orientação e a avaliação dos projetos sociais, mas também para apoiar todas as áreas de serviço da empresa – já que o retorno qualitativo que chega por meio dos líderes ajuda a aperfeiçoar os procedimentos. Por outro lado, essa rede, promovida inicialmente pela Ampla, ajuda a for-talecer a organização comunitária, por potencializar as parcerias locais e a troca de experiências e recursos entre diversas comunidades de um mesmo município e de municípios vizinhos.

tions), donation campaigns, and Santa Claus Volunteering (in which employees visit employee’s homes to hand out gifts to children under 10 years of age and to collect donations). The activities are geared primarily for social institutions that serve children and families in regions of higher social risk in Ampla’s catchment area.

According to Ana Paula Caporal, Head of Social Responsibility at Ampla, the program’s goals are to spread, within the company, a culture of support and engage-ment among the employees as volunteers, and to train more aware citizens - which helps to improve the internal working climate. “Volunteering promotes effective and lasting results in terms of satisfaction for the employees, clients, the community and opinion formers about the Ampla brand, which is recognized as a company that is committed to social responsibility,” she says. Since 2004, 1,146 employees have volunteered in the program.

Nineteen institutions have benefited from the efforts made by volunteers, among them the Aunt Marcolina Community Daycare Center, in São Gonçalo, and the Happy Living Benevolent Association, which serves children, youths and mothers in Campos dos Goytacazes. Another im-portant effort was the support offered for flood victims in 2011 in the mountainous region of Rio, along with the Red Cross and Civil Defense. There were two task forces of volunteers and blood donation campaigns were organized. At the time, there was a record collection of 234,500 items, including water, food and clothing.

In 2006 the Volunteer Program won the HR Citizen Award, from consultancy and publisher Gestão&RH. It was recognition of the work done by organizations that contribute to the development of Brazilian society through special programs that improve satisfaction for their employees and people outside. The following year, the Ampla program won the Coge Foun-dation Award in the Social Responsibility category. The Coge Foundation is a non-profit organization that works on research methods, processes and routines adopted by companies in the energy sector.

Community Leader networks One of the fundamental bases for most Consciência Ampla Program projects is a network of community leaders (mentioned in the first part of this book, which deals with the company’s history and methodology in social programs).

Its partnership with community leaders facilitates the work in the community, helps find the space for activities to be held in, and mobilizes people. It also helps in monitoring, assessing and continuing the work, even after the project teams have left one place to work in another.

The leaders identified are not only those people in formal positions but, mainly, they are those people able to mobilize other residents in their communities. They dedicate part of their time to volunteer

activities focused on community organiza-tion and development.

The networks, which meet monthly, were formed in the four municipalities in the metropolitan region considered to be the most complex from the point of view of urban occupation. The formation of these groups, which discuss various issues, has been important not only in guiding and assessing social projects, but also in sup-porting all the company’s service areas – as the qualitative feedback it gets from the leaders helps improve procedures. In addition, this network, promoted initially by Ampla, helps strengthen community organization, by getting the most out of local partnerships and exchanging experiences and resources among various communities in either one municipality or various neighboring municipalities.

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projetos internacionais escolhidos para serem divulgados pelo PNUD, entre 2.729 projetos de 120 países com os quais o Programa tem par-ceria. A equipe do PNUD veio de Nova York filmar a atuação do projeto no município de São Gonçalo, em 2009. Esse vídeo foi apresentado na Conferência das Partes em Copenhague (COP 15) e, posterior-mente, veiculado por mais de cem estações de TV em todo o mundo, incluindo CNN, N24Germany, Reuters e TVZ. O reconhecimento dos resultados do projeto sob o ponto de vista social e ambiental o habili-tou a entrar no relatório bianual de prestação de contas da PNUD para os países membros da ONU e doadores de recursos. O relatório está disponível no site oficial da PNUD em espanhol e em inglês.

• Rumo à Credibilidade 2010 – TOP 10

A pesquisa elaborada pela Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável (FBDS) em parceria com a consultoria inglesa SustainA-bility faz um ranking dos dez relatórios de sustentabilidade de maior credibilidade no Brasil. Em 2010, foi a segunda vez que a publicação da Ampla constou da lista.

• Prêmio Abradee de Responsabilidade Social – Primeiro lugar no ranking 2010 do Questionário Ethos-Abradee

Elaborado pela Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica, o questionário mede a incorporação de práticas de responsa-bilidade social empresarial ao dia a dia das companhias, considerando as áreas e os temas mais relevantes para a sustentabilidade. A Ampla conquistou a liderança em quatro dos nove temas (meio ambiente, manejo de resíduos, fornecedores e governo/sociedade).

• Prêmio Aberje – categoria melhor mídia impressa (regional Rio de Janeiro) para a revista Consciência Ampla, em 2010; e categoria Comunicação e Relacio-namento com a Comunidade (Brasil) para o case “Ampla, eficiência energética a serviço da comunida-de”, em 2009

Promovido pela Associação Brasileira de Comunicação Empresarial, o prêmio tem como objetivo fortalecer a visão estratégica da comuni-cação de empresas e instituições por meio do estímulo, do reconheci-mento e da divulgação de esforços e de iniciativas na área da comuni-cação e dos relacionamentos.

• Prêmio Faz Diferença 2008 – finalista na categoria Razão Social

Organizado pelo jornal O Globo, o prêmio reconhece as pessoas ou entidades brasileiras que mais se destacam no cenário nacional e inter-nacional a cada ano. Além dos votos dados por jornalistas e personali-dades de cada área, há uma eleição popular no site do jornal.

to be reported on by the UNDP, out of 2,729 projects from 120 countries the program part-ners with. The UNDP team came from New York to film the project in the municipality of São Gonçalo, in 2009. This video was present-ed at the Conference of Parties in Copenhagen (COP 15) and was later aired on more than one hundred television stations worldwide, including CNN, N24Germany, Reuters, and TVZ. This recognition of the results achieved by the project from a social and environ-mental standpoint enabled got it onto the UNDP’s accountability report for UN member countries and donor resources for 2009/2010. The report is available on the UNDP’s official website in Spanish and English.

• Towards Credibility 2010 - TOP 10

The survey carried out by the Brazilian Foun-dation for Sustainable Development (FBDS) in partnership with the British consultancy SustainAbility ranks the ten most credible sustainability reports in Brazil. In 2010, Ampla’s report made the ranking for the second time.

• Abradee Social Responsibility Award – Ranked first in 2010, Ethos-Abradee Questionnaire

Prepared by the Brazilian Electrical Energy Distributors Association, the questionnaire measures the incorporation of corporate social responsibility practices in companies’ daily business activity, considering the areas and issues most relevant to sustainability. Ampla ranked first in four of the nine issues (environment, waste management, suppli-ers, and government / society).

• Aberje Award - best print media category (Rio de Janeiro region) for the magazine Consciência Ampla, in 2010; and in the category Commu-nications and Community Relations (Brazil) for the case study, “Ampla, energy efficiency working for the community” in 2009

Promoted by the Brazilian Corporate Com-munications Association, the award aims to strengthen companies and institutions’ strategic vision of communications through encouragement, recognition and the promo-tion of efforts and initiatives in communica-tions and relationship building.

• Make a Difference Award 2008 - Fi-nalist in the category Company Name

Organized by the O Globo newspaper, the award recognizes outstanding Brazilian individuals or organizations on the national and international scenarios every year. In addition to the votes cast by journalists and personalities of each area, there is a vote on the newspaper’s website.

Trajetória premiada

Ao longo dos últimos anos, a atuação social da Ampla vem recebendo vários reconhecimentos externos. Para a empresa, é gratificante ter esse retorno da sociedade por conta de um trabalho em prol do de-senvolvimento do estado do Rio de Janeiro, da melhoria das condições de vida de seus clientes e da excelência de seus serviços.

Entre as dezenas de reconhecimentos, destacam-se:

• Prêmio Nacional da Qualidade 2010 – Destaque no critério Sociedade

O prêmio é promovido pela Fundação Nacional da Qualidade (FNQ) para valorizar empresas que operam com padrões de excelência de gestão em todo o Brasil. O critério mede as práticas da empresa em responsabilidade social e ambiental.

• Prêmio Qualidade Rio 2010 – Troféu em reconheci-mento pelo desempenho no Prêmio nacional da Quali-dade 2010 (PnQ)

Coordenado pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômi-co, Energia, Indústria e Serviços, o PNQ tem o objetivo de promover o desenvolvimento socioeconômico, o fortalecimento da cidadania e a melhoria da qualidade e da produtividade dos bens e serviços desen-volvidos no estado do Rio de Janeiro.

• Presença no vídeo e no relatório bianual do PNUD (Programa das nações unidas para o Desenvolvimento) em 2009 e 2010

Em 2010, a Ampla foi citada no Informe Global do PNUD para o biênio 2009/2010, sob o título “Up close: BRAZIL eliminating CFCs”. A troca de geladeiras com o ciclo completo de descarte foi um dos quatro

Awards Over the last few years, Ampla’s social perfor-mance has won several awards. It is gratifying for the company to be recognized by society for the work it has done on the development of the state of Rio de Janeiro, improving living conditions for its clients, and maintaining the excellence of its services.

Among the dozens of awards, the highlights have been:

• National Quality Award 2010 – Out-standing in the Society section

The award is sponsored by the National Qual-ity Foundation (FNQ) to recognize companies with excellent standards of management throughout Brazil. The criterion measures the company’s practices in social and environ-mental responsibility.

• Rio Quality Award 2010 - Recogni-tion of its performance in the 2010 National Quality Award (PNQ)

Coordinated by the State Department for Economic Development, Energy, Industry and Services, the National Quality Award pro-motes socio-economic development, strength-ening citizenship and improving quality and productivity in goods and services produced in the state of Rio de Janeiro.

• Film and biennial report by the United Nations Development Program (UNDP) in 2009 and 2010

In 2010, Ampla was cited in the UNDP’s Global Report for 2009/2010, under the title “Up Close: Brazil Eliminating CFCs.” The exchange of refrigerators with the full cycle of disposal was one of four international projects chosen

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Integrantes da equipe de projetos sociais da Ampla: unidos pela integração com as comunidades e a preservação do meio ambienteMembers of Ampla’s social projects team: united by integration with the communities and preservation of the environment

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descarte ambientalmente correto, com ciclo completo, das geladeiras trocadas pelo projeto Consciência Ampla Eficiente.

Todas as lideranças comunitárias que participam da rede formada pela Ampla, por seu papel fundamental como interlocutores das comunidades beneficiadas pelo programa social da empresa; pelo apoio dado às equipes dos projetos na cessão de espaços, encami-nhamento de necessidades da população, disponibilidade e empe-nho pessoal voluntário no trabalho pelo bem comum.

Todas as prefeituras e suas respectivas secretarias pelo apoio e pelas parcerias locais no desenvolvimento de cada um dos projetos.

Todas as ONGs, universidades, Sistema S e Firjan, empresas parceiras e seus colaboradores que atuam diretamente nas atividades, com profissionalismo, competência e envolvimento verdadeiro.

Todos os colaboradores das diversas áreas da Ampla que acreditam e apoiam seu Programa Socioambiental.

Todos os meios de comunicação que espontaneamente divulgam informações sobre nossas atividades socioambientais, ajudando a disseminar a cultura do consumo consciente e da sustentabilidade.

Todos os profissionais, destacados por seu compromisso, seriedade e sensibilidade pelas questões socioambientais, que voluntariamente escreveram artigos ou concederam entrevistas para a Revista Consci-ência Ampla.

A Enel, Endesa Espanha, Endesa Latam e Endesa Brasil, pelas práticas corporativas que nos apóiam e incentivam a continuar trilhando esse caminho em busca do desenvolvimento sustentável de nossas comu-nidades e da própria empresa.

Todos os beneficiados pelas atividades socioambientais da Ampla, por participarem e acreditarem em nosso trabalho, fortalecendo os elos que promovem a construção de um mundo melhor, com respei-to à vida, ao planeta e a nós mesmos.

Sobretudo a Deus, pela oportunidade de estarmos aqui e realizar-mos esse trabalho.

the Singing Christmas project (which also benefited the Mané Garrincha Choir), and other projects that support our program.

The United Nations Development Program (UNDP) and the Ministry of Environment for their technical collaboration and guidance in environmentally correct disposal, with the complete cycle, of the refrigerators exchanged in the Consciência Ampla Efficient project.

All the community leaders participating in the network formed by Ampla, for their role as interlocutors in the communities benefit-ted by the company’s social program; for the support given to the project teams in providing spaces, handling the needs of the population, their availability and personal volunteer commitment to working for the common good.

All the City Halls and their respective secretaries for their support and the development of local partnerships in each of the projects.

All the NGOs, universities, the FIRJAN Sys-tem and ‘System S,’ partnering companies and their employees who work directly in the activities professionally, competently and with genuine engagement.

All the employees from the various areas of Ampla who believe in and support their Social and Environmental Program.

All the media who spontaneously report on our social and environmental activities, helping to spread the culture of responsible consumption and sustainability.

All the professionals, notable for their commitment, seriousness and sensitivity to environmental issues, who willingly gave interviews and wrote articles for the maga-zine Consciência Ampla.

ENEL, ENDESA Spain, ENDESA Latam, and ENDESA Brazil, for their corporate practices that support us and encourage us to con-tinue along this path towards the sustain-able development of our communities and of the company itself.

All those who have benefitted from Ampla’s social and environmental activities, for taking part and believing in our work, strengthening the ties that promote the building of a better world, with respect for life, the planet, and ourselves.

Above all, to God, for the opportunity to be here and to do this work.

A equipe da Ampla agradece a todos os seus parceiros que têm contri-buído direta ou indiretamente para tornar possível a realização de seu Programa Socioambiental de relacionamento com comunidades de sua área de concessão, que abrange 66 municípios do estado do Rio de Janeiro. Entre eles, é imprescindível destacar de maneira muito especial:

O Ministério de Minas e Energia, através da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), por meio de seu programa de eficiência energética, que aprova e permite, no total ou em parte, o financiamento de muitos dos projetos mencionados neste livro. Entre eles estão: o Consciência Ampla Eficiente, o Consciência Ampla Saber, o Consciência Ampla Futu-ro, o Consciência Ampla Sobre Rodas, o Consciência Ampla Oportuni-dade e o Consciência EcoAmpla.

O Governo Federal e o Ministério da Cultura, pela possibilidade de desti-nação de recursos referentes ao imposto de renda devido pela empresa em projetos aprovados pela Lei de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet). Com eles desenvolvemos, no todo ou em parte, atividades de projetos como o Consciência Ampla com Arte, o Consciência Ampla na Tela e o Consciência Ampla Cultural.

O Governo do Estado do Rio de Janeiro e suas secretarias, pela possibili-dade de utilização de recursos referentes ao ICMS devido pela empresa, através da Lei de Incentivo à Cultura do Estado, que garante parte do financiamento de projetos como o Consciência Ampla com Arte, o Cons-ciência Ampla Cultural, o projeto Canto de Natal (que também beneficiou o Coral Mané Garrincha) e outros projetos que apoiam nosso programa.

O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e o Ministério do Meio Ambiente pela parceria técnica e orientação no

Agradecimentos

ThanksThe Ampla team thanks all its partners who have contributed, directly or indirectly, to making its social and environmental com-munity relationship program possible in its catchment area, covering 66 municipalities in the state of Rio de Janeiro. Among these partners we must make special mention of:

The Ministry of Mines and Energy, through the National Electrical Energy Agency (ANEEL), through its energy efficiency program, which approves and allows, in whole or in part, the financing of many of the projects mentioned in this book. These include: Consciência Ampla Efficient, Consciência Ampla Knowledge, Consciên-cia Ampla Future, Consciência Ampla on Wheels, Consciência Ampla Opportunity, and Consciência EcoAmpla.

The Federal Government and the Ministry of Culture, for making it possible to use income tax paid by the company on proj-ects approved under the Cultural Incentive Law (Rouanet Law). With this, in whole or in part, we developed projects such as Consciência Ampla with Art, Consciência Ampla on the Screen, and Consciência Ampla Cultural.

The Rio de Janeiro State Government and its departments for making it possible to use state added-value sales tax paid by the com-pany, through the State’s Cultural Incentive Law, which guarantees part of the finance for projects such Consciência Ampla with Art, Consciência Ampla Cultural,

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Praça leoni Ramos, 1 – são Domingo – Niterói – RJ – CEP 24210-200Central de Relacionamento: 0800 28 00 120Corporativos: 0800 28 02 375Deficientes Auditivos: 0800 282 1887

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Ações Sociais, Educação e Sustentabilidade

www.ampla.com

Uma rede de relacionamento entre empresa e comunidades

Social, Educational and Sustainable Actions A network linking the company to communities

Este livro foi todo impresso em VitoPaper, papel oriundo da reciclagem de diferentes tipos de plásticos

This book was printed entirely on VitoPaper, sourced from recycled plastics