acreditação hospitalar

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Abril/ /2007 Abril/ /2007 II JORNADA NACIONAL UNIMED DE ENFERMAGEM O PAPEL DO ENFERMEIRO NO GERENCIAMENTO DE RISCO Enfª Fátima S. Furtado Gerolin Gerente da Qualidade Hospital Alemão Oswaldo Cruz

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Page 1: Acreditação hospitalar

Abril/ /2007Abril/ /2007

II JORNADA NACIONAL UNIMED DE ENFERMAGEM

O PAPEL DO ENFERMEIRO NO GERENCIAMENTO DE RISCO

Enfª Fátima S. Furtado GerolinGerente da Qualidade

Hospital Alemão Oswaldo Cruz

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Caracterização do Hospital Alemão Oswaldo Cruz

Acreditação X Gerenciamento de Risco no HAOC

Desafios

O PAPEL DO ENFERMEIRO NO GERENCIAMENTO DE RISCO

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CARACTERIZAÇÃO HOSPITAL ALEMÃO OSWALDO CRUZ

Hospital privado/ alta complexidade - São Paulo Fundado em 1897 72 mil m2 de área construída Leitos para internação 240 Leitos UTI 24 Leitos Day Clinic 23 Salas de Pequenas Cirurgias 03 Corpo Clínico Aberto 2339 médicos cadastrados Total de Colaboradores 1277

Profissionais da Enfermagem192192 EnfermeirosEnfermeiros190 190 Técnicos de EnfermagemTécnicos de Enfermagem155 155 Auxiliares de EnfermagemAuxiliares de Enfermagem

83 83 EscrituráriosEscriturários

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Áreas

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UTI Unidades de Internação Centro Cirúrgico Recuperação Pós Anestésica Check Up Litotripsia Extracorpórea Day Clinic Quimioterapia Radioterapia Centro de Diagnóstico por Imagem Neurofisiologia Clínica Hemodiálise Pronto Atendimento

SETORES ASSISTENCIAIS

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Banco de Sangue Cardiologia Endoscopia Equipe de Anestesia Laboratório de Análise Clínica Laboratório de Anatomia Patológica Lavanderia Pronto Atendimento Ortopédico Reprodução Humana Serviço de Higiene (parcialmente) Serviço de Segurança Patrimonial

SERVIÇOS PARCEIROS

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MISSÃO

“Instituição comprometida com as necessidades de Saúde da população, voltada para um atendimento integral, individualizado e qualificado, e orientada para o desenvolvimento científico através do ensino e da pesquisa”.

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VISÃO

“Ser, nos próximos dez anos, a melhor Instituição de Saúde do País, reconhecida por sua vocação em desenvolver ciência e atender de forma integral e individualizada seus pacientes nas seguintes áreas de conhecimento: D. Oncológicas, D. Digestivas, D. Osteomusculares, D. Circulatórias e Geronto-geriatria”.

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VALORES

Ética

Acolhimento

Valorização do Funcionário

Comprometimento

Desenvolvimento Técnico-científico

Responsabilidade Social

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AcreditaçãoOrganização Nacional de Acreditação - ONA

• Proporcionar confiança à população através de um processo de avaliação completo e imparcial;

• Proporcionar informação sobre o desempenho para as partes interessadas, inclusive a população em geral;

• Estimular as organizações e as equipes médicas a cumprirem com padrões de uma assistência de alta qualidade.

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PADRÃO DE NÍVEL 1PRINCÍPIO: Segurança (estrutura)Atende aos requisitos formais, técnicos e de estrutura para a sua atividade conforme legislação correspondente. Identifica riscos específicos e os gerencia com foco na segurança.

PADRÃO DE NÍVEL 2PRINCÍPIO: Organização (Processos)Gerencia os processos e suas interações sistematicamente; estabelece sistemática de medição e avaliação dos processos; possui programa de educação e treinamento continuado, voltado para a melhoria de processos.

PADRÃO DE NÍVEL 3

PRINCÍPIO: Excelência na Gestão (Resultados)Utiliza perspectivas de medição organizacional, alinhadas às estratégias e correlacionadas aos indicadores de desempenho dos processos; dispões de sistemática de comparação com referenciais externos pertinentes, bem como evidências de tendência favorável para os indicadores; apresenta inovações e melhorias implementadas, decorrentes do processo de análise crítica.

Os Níveis e seus Princípios

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ACREDITAÇÃO

ACREDITAR TER CONFIANÇA

Segurança

HAOC Acreditação - Nível 3

MUDANÇA DO FOCO

Tudo deve girar em torno das conveniências, prioridades e preferências do cliente/ paciente.

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POR QUE MELHORIA CONTÍNUA DA QUALIDADE?

• As necessidades dos clientes estão mudando ao longo do tempo devido educação, economia, tecnologia e cultura.

• Estas mudanças requerem melhoria contínua da qualidade.

•Métodos Administrativos

•Métodos Clínicos

Gerenciamento de Risco

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CONCEITOS DE QUALIDADE EM SERVIÇOS DE SAÚDE

Busca instrumentalizar a organização de saúde

de tal forma que seja assegurado ao cliente

que toda organização estará voltada para

maximizar os cuidados e benefícios e

minimizar os riscos (inerentes à ação

médico-terapêutica).

(Gastal e Leite, 1992)

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GERENCIAMENTO DE RISCO

Comissão de Gerenciamento de Risco - HAOC

Formada em 2005 10 Componentes

Avaliação e Padronização de Materiais SCIHEngenharia Clínica Segurança do trabalho e Meio AmbienteFarmácia Serviço de HemoterapiaQualidade Supervisão de EnfermagemUTI

- ATIVIDADES:1. Definição e análise de Indicadores2. Projeto para notificação informatizada dos eventos adversos3. Análise das notificações de eventos adversos4. Emissão de pareceres relacionados a eventos adversos notificados5. Investigação de Evento Sentinela6. Desenvolvimento de ações preventivas (avaliação de fornecedores, manutenção preventiva de equipamentos, protocolo de prevenção de úlcera, quedas, etc)

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Objetivos:

1. Estabelecer um programa abrangente na instituição que busque a segurança de todos, utilizando experiência interna e externa

2. Agregar informações relacionadas às situações de riscos e aplicar as estratégias para sua minimização

3. Comunicar correções adotadas para melhorar o desempenho do programa.

GERENCIAMENTO DE RISCO

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Cinco Pilares

1. Farmacovigilância

2. Tecnovigilância

3. Hemovigilância

4. Gestão de Resíduos

5. Controle de Infecção Hospitalar

GERENCIAMENTO DE RISCO

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FARMACOVIGILÂNCIA

Ciência relativa à detecção, avaliação, compreensão e prevenção dos efeitos adversos ou quaisquer problemas relacionados a medicamentos (OMS,2002).

Objetivos:

1) Detecção de reações adversas ou interações medicamentosas desconhecidas;

2) Detecção do aumento da freqüência de aparição de reações adversas conhecidas;

3) Identificação dos fatores de risco e mecanismos subjacentes nas reações adversas;

4) Avaliação dos aspectos quantitativos de risco;5) Análise e disseminação das informações obtidas, necessárias à

prescrição e regulação dos medicamentos;

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TECNOVIGILÂNCIA

Visa a segurança sanitária de produtos para saúde pós-comercialização (equipamentos, materiais, artigo médico-hospitalares, implantes e produtos para diagnóstico).

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HEMOVIGILÂNCIA

Sistema de avaliação e alerta, organizado com o objetivo de recolher e avaliar informações sobre os efeitos indesejáveis e/ou inesperados da utilização de hemocomponentes a fim de prevenir seu aparecimento ou recorrência.

Controle mais rigoroso da Qualidade do SangueExames Laboratoriais do doadorExames Laboratoriais do receptor (pré e pós-transfusão)

Controle sistemático da Reações Transfusionais (RTs) Agudas e Tardias Garantia da Rastreabilidade do Sangue e Hemocomponentes Busca ativa das Notificações Auxílio às investigações das reações tardias

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GESTÃO DE RESÍDUOS

Gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde (RSS)- Conjunto de procedimentos de gestão, planejados e implantados a partir de bases científicas e técnicas, normativas e legais, com o objetivo de minimizar a produção de resíduos e proporcionar aos resíduos gerados, um encaminhamento seguro, de forma eficiente, visando a proteção dos trabalhadores, a preservação da saúde pública, dos recursos naturais e do meio ambiente.

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CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR

Conjunto de ações desenvolvidas e deliberadas sistematicamente, com vistas a redução máxima possível da incidência e da gravidade das infecções hospitalares.

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- INDICADORES:

1. Não conformidade relacionada à administração de medicamento pela enfermagem

2. Reação adversa e queixa técnica em relação à medicamentos3. Índice de perda de sonda nasoenteral para aporte nutricional4. Índice de extubação acidental5. Índice de úlcera por pressão6. Índice de flebite7. Índice de queda de paciente internado 8. Infecção hospitalar9. Evento adverso devido à equipamentos e/ou materiais10. Reação transfusional por contaminação bacteriana no hemocomponente11. Transfusão em paciente errado 12. Índice de acidente de trabalho13. Evento sentinela

GERENCIAMENTO DE RISCO

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PROJETO HOSPITAIS SENTINELAANVISA

• “Rede nacional constituída por hospitais

(públicos e privados) terciários,

de grande porte e alta complexida,

mobilizados para a notificação de eventos

adversos relacionados a

produtos de saúde.” FARMACOVIGILÂNCIA

TECNOVIGILÂNCIA

HEMOVIGILÂNCIA

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- Impulsiona mudança de cultura institucional e profissional

- Incentiva atitudes não punitivas

- Possibilita correção dos pontos vulneráveis do sistema

- Permite prevenção das falhas

- Garante maior segurança a pacientes e prestadores de serviços

Investigação de ocorrências como Ferramenta da Qualidade dos Serviços de Saúde

GERENCIAMENTO DE RISCO

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O medo do dano deveria ser proporcional, não apenas à gravidade do dano, mas também à probabilidade do evento.

AVALIAÇÃO – Olhar Interno

Auto-avaliaçãoEvento SentinelaIndicadoresNotificação

GERENCIAMENTO DE RISCO

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DIFICULDADES RELACIONADAS À NOTIFICAÇÃO

• Falta de Conscientização dos profissionais• Falta de tradição dos profissionais em notificar ocorrências• Ruptura de rotinas previamente estabelecidas• Sigilo da informação• Tempo decorrente entre a notificação e o “fechamento do caso”• Baixa confiabilidade acerca dos resultados

Dr. Marcelo de Araujo Cosendey

Gerente de Risco do Projeto Hospital Sentinela HC-UFPR

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“O aprendizado com erros cometidos serve para a

melhoria não apenas de processos, mas também

incentivam a mudança das organizações, influenciando o

modo como a organização se estrutura e se comporta”

(Hudson, 2003).

GERENCIAMENTO DE RISCO

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EVENTO-SENTINELA

• Qualquer evento imprevisto que resulte em dano para os clientes externos e internos. Exemplo: erros na administração de medicamentos, complicações operatórias e pós-operatórias, agressão, queda de paciente, entre outros.

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1. Cirurgia em paciente errado2. Cirurgia em parte errada do corpo3. Mortes relacionadas à falta/ demora no atendimento4. Mortes ou danos relacionados com procedimento de contenção

mecânica de paciente5. Suicídio de paciente internado6. Troca de bebê após o nascimento7. Rapto infantil8. Agressão/ estupro/ homicídio9. Incêndio10. Explosão

Manual Brasileiro de Acreditação (2006)

EVENTOS-SENTINELA PARA ORGANIZAÇÕES PRESTADORAS DE SERVIÇOS HOSPITALARES

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EVENTO SENTINELA

“ ROOT CAUSE ANALYSIS”

Sistema de Investigação

até a raiz do problema

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• Análise de erros por abordagem retrospectiva

• Prática comumente utilizada na investigação de grandes acidentes industriais

• Fundamentada na psicologia industrial e reengenharia

• Incorporada em 1997 pela Joint Commission on the Accreditation of Healthcare Organizations (JCAHO) na investigação de eventos sentinela nos hospitais acreditados

ANÁLISE DE CAUSA RAIZ

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Fonte: Carvalho, M; Vieira, A. Erro médico em pacientes hospitalizados. J Pediatr (Rio J) 2002; 78(4):261-8.

Visão Individualizada Visão Sistêmica

A falha é do profissional

Medidas punitivas

Censura, humilhações

Negação de futuros erros(omissão do fato)

Ausência de mecanismo de prevenção

O profissional é parte de um todo

Erro=evidência de falha no processo

Oportunidade de revisão do processo

Mecanismo de prevenção

VISÃO INDIVIDUALISTA E VISÃO SISTÊMICA DO INCIDENTE

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• Processo de identificação dos fatores causais básicos da variação de desempenho, incluindo a ocorrência ou a possibilidade de ocorrência de um evento sentinela.

• Características:

– Enfoca primariamente sistemas e processos, não o desempenho individual

– Pesquisa profundamente o processo através de questionamentos repetidos (“por quê?”) até que nenhuma resposta lógica possa ser identificada

– Identifica as alterações que devem ser feitas no sistema e processos para melhorar o nível de desempenho e reduzir o risco de ocorrência de um evento sentinela

ANÁLISE DE CAUSA RAIZ

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Problema ou Eventoinesperado

Sintomas

Causa Proximal

Causa Raiz

Diminuir a possibilidade de recorrência doproblema ou eventoinesperado

Prevenção

ANÁLISE DE CAUSA RAIZ

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• Definir o evento• Identificar as causas proximais

– Erro humano; deficiência no processo; falha em equipamento; fatores ambientais

• Identificar as causas subjacentes às causas proximais (causa raiz)– Avaliação das etapas do processo relacionado ao evento

• Coletar e avaliar dados relevantes relacionados às causas proximais e subjacentes

• Estabelecer e implementar mudanças• Medir o sucesso das intervenções

ANÁLISE DE CAUSA RAIZ

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• Organizar uma equipe para investigar o evento– Multidisciplinar (profissionais envolvidos nas diversas

etapas do evento, com poder decisório, indivíduos críticos para implementação de mudanças)

– Núcleo base– Disponibilidade de Recursos (estrutura e tempo)

INVESTIGANDO A CAUSA RAIZ DO PROBLEMA

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• Estabelecer um cronograma de atividades• Identificar todas as causas possíveis e potenciais para o

evento (“brainstorming”)• Localizar no fluxograma do processo ou sistema

analisado as etapas em que as causas identificadas aparecem (Diagrama de causa-efeito)

• Identificar a(s) causa(s) raiz ( Por quê?)• Propor e realizar intervenções• Avaliar a necessidade de redesenhar o sistema, onde os

processos estão inseridos, para eliminar as causas raiz• Medir o impacto das intervenções

INVESTIGANDO A CAUSA RAIZ DO PROBLEMA

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ANÁLISE DE CAUSA

• Comunicação inadequada entre os membros da equipe• Revisão incompleta de dados dos pacientes• Cultura hierárquica e autocrática tradicional• Falta de padronização dos procedimentos• Pressão do tempo para realização de tarefas• Número reduzido de funcionários• Cultura da “culpa”• Falta de clareza nas orientações• Não envolvimento do paciente e seus familiares na

tomada de decisão

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ESTRATÉGIAS PARA REDUÇÃO DE ERROS

• Utilização de checklists/ protocolos• Melhorar a qualidade dos registros em prontuário• Padronizar procedimentos• Participar de iniciativas de processos de melhoria• Incluir o paciente e seus familiares na confirmação de dados • Estabelecer políticas para desenvolver uma cultura de segurança

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REFERÊNCIAS

1. www.hcnet.usp.br/ sentinela2. www.anvisa.gov.br3. www.npsf.org4. 2005 Standards; Recommended Practices, and Guidelines

AORN – Association of prioperative Registered Nurses

5. Plano de Gerenciamento de Risco do HAOC6. Carvalho, M; Vieira, A. Erro médico em pacientes hospitalizados. J Pediatr (Rio J) 2002; 78(4):261-8.

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Enfa. Fátima S. F. GerolinGerente da QualidadeHospital Alemão Oswaldo [email protected]

Obrigada!Obrigada!

“Todos nós temos um papel na segurançado paciente e, todos nós, nos beneficiaremos

do sucesso desta busca”.

National Patient Safety Foundation (NPSF)