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Aula 01
Curso: Administração Pública p/ TCDF - Auditor de Controle Externo
Professor: Herbert Almeida
Administração Pública – ACE – TCDF Teoria e exercícios comentados Prof. Herbert Almeida – Aula 1
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AULA 1: Reformas administrativas
SUMÁRIO PÁGINA 1. EVOLUÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA NO BRASIL (APÓS
1930) 02
1.1. A reforma burocrática ou reforma do serviço civil (1930) 02 1.2. Redemocratização (1945), Segundo Governo Vargas (1951),
Governo JK (1956) – Administração para o desenvolvimento 08
1.3. Governo João Goulart (1962) 10 1.4. Início do Governo Militar (1964) e a Reforma Administrativa do
DL 200/1967 10
1.5. Plano Nacional de Desburocratização (PND – 1979) 13 1.6. A Redemocratização (1985) e a Constituição Federal de 1988 –
A Nova República e o retrocesso burocrático 14
1.7. (Des)Reforma Administrativa do Governo Collor (1990-1992) e o Governo Itamar Franco (1992-1994)
17
2. QUESTÕES COMENTADAS NA AULA 35 3. GABARITO 43 4. REFERÊNCIAS 43 4.1. Portais consultados 43
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Olá pessoal. Gostaria de agradecer a confiança em meu trabalho. Vou buscar
o máximo de esforço para fornecer um curso de alta qualidade, que vai apoiá-los na
aprovação no concurso de Auditor de Controle Externo do TCDF.
Na aula de hoje, vamos abordar um assunto recorrente em concursos do
Cespe. Vamos estudar os seguintes itens do edital: “1 As reformas
administrativas e a redefinição do papel do Estado. 1.1 Reforma do serviço
civil (mérito, flexibilidade e responsabilização).”
Essa é a primeira parte das reformas administrativas. Há uma boa relação
entre essa aula com a anterior e a subsequente.
Iniciaremos com a reforma burocrática, depois faremos uma viagem pela
história da Administração Pública brasileira. Por fim, concluiremos com o estudo do
Governo Collor.
Fechamos a aula com a resolução de questões. Lembro, porém, que os
comentários das questões podem trazer informações novas, que complementam o
conteúdo de nossas aulas.
Ao término da aula, vocês encontrarão as questões sem comentários.
Aproveitem!
1. EVOLUÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA NO BRASIL (APÓS 1930)
1.1. A reforma burocrática ou reforma do serviço civil (1930)
Para introduzir o tema, vamos apresentar uma clássica tabela apresentada por
Bresser-Pereira1:
Tabela 1: Formas Históricas de Estado e Sociedade no Brasil 1821-1930 1930... Início?
Sociedade Mercantil-Senhorial Capitalista Industrial
Pós-Industrial
Estado (Política) Oligárquico Autoritário Democrático (1935)
1 Bresser-Pereira, 2001, p. 3.
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Estado (Administração)
Patrimonial Burocrático Gerencial (1995)
Analisando, podemos perceber que até 1930 predominava o Estado
oligárquico em que uma pequena elite de senhores de terra e de políticos
patrimonialistas dominava amplamente o país. Nesse sentido, Flavio Resende,
citado por Augustinho Paludo2, salienta que “o Estado brasileiro era um verdadeiro
mercado de troca de votos por cargos públicos; uma combinação de clientelismo3 e
patrimonialismo”.
Contudo, com a chegada de Getúlio Vargas ao poder, em 1930, inicia-se um
longo período de reformas, buscando substituir o modelo patrimonialista pela
administração burocrática. Nesse sentido, vejamos o que dispõe o Plano Diretor
da Reforma do Aparelho do Estado4 (Pdrae):
“No Brasil, o modelo de administração burocrática emerge a partir dos
anos 30. Surge no quadro da aceleração da industrialização brasileira,
em que o Estado assume papel decisivo, intervindo pesadamente no setor
produtivo de bens e serviços. A partir da reforma empreendida no governo
Vargas por Maurício Nabuco e Luiz Simões Lopes, a administração pública
sofre um processo de racionalização que se traduziu no surgimento das
primeiras carreiras burocráticas e na tentativa de adoção do concurso
como forma de acesso ao serviço público. A implantação da
administração pública burocrática é uma conseqüência clara da emergência
de um capitalismo moderno no país.” (grifos nossos)
Para você compreender melhor, é importante destacar que em 1929 ocorreu
uma grande crise americana, que culminou com a quebra da bolsa de Nova York
(crack da bolsa de Nova York). Essa crise ficou conhecida como a Grande
Depressão, decorrente da queda das exportações americanas devido à
recuperação das industrias europeias durante os anos 20.
2 Resende, 2004, apud Paludo, 2013, p. 78. 3 Segundo Carvalho (1997) apud Paludo (2013, p. 129) o clientelismo é “um tipo de relação entre atores políticos que envolve concessão de benefícios públicos, na forma de empregos, benefícios fiscais, isenções, em troca de apoio político, sobretudo na forma de voto”. 4 O Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado (Pdrae), editado em 1995 pela Câmara da Reforma do Estado e tendo como líder o Ministro da Administração Federal e Reforma do Estado Luiz Carlos Bresser Pereira, é um importante documento utilizado como referência na Reforma Gerencial de 1995. O Pdrae costuma ser utilizado frequentemente na elaboração de questões pelas bancas de concursos. Quem tiver tempo, recomendo sua leitura integral: Pdrae.
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Aqui, a crise resultou na diminuição da exportação de café, principal produto
de exportação do país. Com isso, o Brasil passou a ter poucos recursos para
adquirir produtos de outras nações. A solução foi centralizar e fechar a economia
para poder desenvolver instituições e mercados5. Assim, enquanto a Grande
Depressão teve impactos muito negativos nos EUA e na Europa, aqui ele
impulsionou o processo de industrialização, com importante participação do
Estado, intervindo pesadamente no setor produtivo de bens e serviços.
Dessa forma, podemos considerar o primeiro Governo Vargas (1930-1945)
como um regime autoritário-modernizador. Autoritário pela forma como o país foi
conduzido com a mão de ferro de um ditador, principalmente a partir de 1937.
Modernizador pelo intenso período de transformação da administração pública,
buscando implementar o modelo burocrático de Weber6 na Administração
Pública brasileira. Nesse contexto, destaca Bresser-Pereira7 que “Estes quinze
anos, porém, serão poderosamente transformadores. Estadista frio no uso do poder,
mas apaixonado pela missão de mudar o país, Vargas lidera com extraordinária
competência política e administrativa a transição”.
Ademais, a característica mais marcante desse período foi a ênfase na reforma
dos meios (atividades de administração geral) mais do que na dos próprios fins
(atividades substantivas)8. Isso quer dizer que, nesse período, priorizou-se reformar
as atividades de administração, a gestão de pessoas, a racionalização dos
processos, entre outras, sem direcionar as ações para os resultados ou a qualidade
dos serviços prestados aos usuários.
IMPORTANTE - Reforma do Governo Vargas (ou do Dasp) – prioridade
nos meios em detrimento dos fins.
O marco inicial e o ponto mais importante dessa reforma foi a criação, em
1936, do Conselho Federal do Serviço Público Civil, que se consolida através de
sua transformação, dois anos depois (1938), no Dasp (Departamento
Administrativo do Serviço Público), que passou a ser seu órgão executor e,
5 Paludo, 2013, p. 79. 6 Maximilian Karl Emil Weber (1864 – 1920), ou simplesmente Max Weber, foi um importante sociólogo alemão precursor do modelo burocrático de administração. 7 Bresser-Pereira. Op. cit. p. 9. 8 Wahrlich, 1974, p. 28.
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também, formulador da nova forma de pensar e organizar a administração
pública9.
IMPORTANTE – Para o Cespe o Dasp foi criado em 1936.
Esquematizando, fica assim: o Dasp foi criado em 1936 com a
denominação de Conselho Federal do Serviço Público Civil e em 1938
passou a ser denominado de Departamento Administrativo do Serviço
Público.
Destaca o Pdrae que a reforma do Dasp sofre a influência da teoria da
administração científica de Taylor, tendendo à racionalização mediante a
simplificação, padronização e aquisição racional de materiais, revisão de estruturas
e aplicação de métodos na definição de procedimentos. Além disso, nesse período,
foi instituída a função orçamentária enquanto atividade formal e permanentemente
vinculada ao planejamento.
Segundo Beatriz Wahrlich, as principais áreas objeto da reforma do Dasp
foram:
administração de pessoal – tendo o sistema do mérito como pedra
angular da reforma. A reforma administrativa de pessoal foi a
contribuição mais significativa da época;
administração de material – em especial sua simplificação e
padronização;
orçamento e a administração orçamentária – com a introdução da
concepção do orçamento como um plano de administração;
revisão de estruturas e racionalização de métodos.
Com efeito, a autora destaca ainda que as principais realizações do Dasp
foram: ingresso no serviço público por concurso; critérios gerais e uniformes de
classificação de cargos; organização dos serviços de pessoal e de seu
aperfeiçoamento sistemático; administração orçamentária; padronização das
compras do Estado; e racionalização geral de métodos.
9 Bresser-Pereira, Op. cit. p. 10-11.
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De forma mais resumida, Paludo10 destaca que os principais objetivos do Dasp
foram (1) modernizar a Administração Pública brasileira e (2) suprimir o
modelo patrimonialista de gestão. Porém, o Cespe já considerou errada a
afirmativa de que o Dasp teve como objetivo principal suprimir o modelo
patrimonialista de gestão.
IMPORTANTE – principal objetivo do Dasp: modernizar a
Administração Pública brasileira.
Complementando, o autor cita as três frentes do Estado intervencionista do
Dasp:
1. criação de órgãos e departamentos formuladores de políticas
públicas capazes de promover a integração entre o Governo e a
sociedade;
2. expansão dos órgãos permanentes (ministérios, órgãos de regulação,
fiscalização e controle), alcançando também as funções de
planejamento e orçamento; e
3. expansão das atividades empresariais do Estado, que passou a
executar diretamente atividades e serviços (empresas públicas,
sociedades de economia mista, autarquias e fundações).
Ou seja, a estratégia utilizada foi criar órgãos formuladores de políticas
públicas; expansão dos órgãos permanentes (administração direta) e expansão das
atividades empresariais (início da administração indireta).
Voltando a falar sobre a administração de pessoal, o Pdrae destaca que, no
que diz respeito à administração dos recursos humanos, o Dasp representou a
tentativa de formação da burocracia nos moldes weberianos, baseada no
princípio do mérito profissional. Entretanto, embora tenham sido valorizados
instrumentos importantes à época, tais como o instituto do concurso público e do
treinamento, não se chegou a adotar consistentemente uma política de
recursos humanos que respondesse às necessidades do Estado. O
patrimonialismo (contra o qual a administração pública burocrática se instalara),
10 Paludo. Op. cit. p. 81.
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embora em processo de transformação, mantinha ainda sua própria força no quadro
político brasileiro11.
Por fim, fica fácil perceber que o Departamento Administrativo do Serviço
Público e o autoritarismo de Getúlio Vargas foram primordiais no andamento da
reforma. Portanto, não é surpreendente que logo após o colapso do regime
autoritário, os velhos componentes patrimonialistas e os novos fatores clientelistas
tenham se feito sentir de forma poderosa. Vargas foi deposto em outubro de
1945, fazendo com que faltasse à Reforma Burocrática o respaldo que o
regime autoritário lhe conferia. No novo regime democrático (a partir de 1945),
o Dasp perdeu grande parte de suas atribuições. Nos cinco anos seguintes, a
reforma administrativa seria conduzida como uma ação governamental rotineira e
sem importância, enquanto práticas clientelistas ganhavam novo alento dentro do
Estado brasileiro12.
A tabela abaixo resume os principais fatos históricos do período de 1929 até
1945.
Ano Fato histórico Descrição
1929 Grande Depressão Quebra da bolsa de Nova York com grande impacto sobre a economia mundial. Destacou a importância do intervencionismo estatal na economia.
1930 Governo Vargas Getúlio Vargas se torna Presidente. A economia brasileira se fecha, e o processo de industrialização se impulsiona.
1934 Constituição de
1934 Permaneceu pouco tempo, sendo logo substituída pela Constituição de 1937.
1936 Dasp
É criado o Conselho Federal do Serviço Público Civil (CFSPC), que se consolida através de sua transformação, dois anos depois (1938), no Dasp (Departamento Administrativo do Serviço Público).
1937
Estado Novo e Constituição de
1937
Vargas institui uma nova Constituição, aumentando seus poderes e sua capacidade de reformar a máquina pública.
1938 Dasp O CFSPC se transforma no Dasp.
1939 DL 1.713/1939 Institui o Estatuto dos Servidores Públicos Civis da União, estabelecendo o concurso público para algumas classes de nível superior.
1945 Queda de Vargas Com a deposição de Getúlio Vargas e a redemocratização, o Dasp e a reforma perdem força. A
11 Pdrae, 1995, p. 19. 12 Bresser-Pereira, Op. cit. p. 13.
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reforma estava incompleta e passa a sofrer pressões tanto do lado patrimonialista quanto do gerencialista.
1.2. Redemocratização (1945), Segundo Governo Vargas (1951), Governo JK (1956) Ȃ Administração para o desenvolvimento
Conforme apresentamos acima, com a queda de Vargas, o Dasp perdeu muito
de seu poder de reforma. Mesmo retornando ao poder em 1951, Getúlio estava
limitado pela Constituição de 1946. Dessa forma, não tinha a mesma autonomia que
em seu primeiro governo.
O Governo de Juscelino Kubitscheck (JK) – 1956 – foi conhecido como
"Estado desenvolvimentista", pois tinha como lema desenvolver "50 anos em cinco".
Nesse período, foram criadas estruturas paralelas na Administração indireta como
forma de contornar os problemas da centralização e rigidez presentes na
Administração direta sem, no entanto, criar conflitos que uma eventual reforma
representaria.
Estruturas paralelas
Para contornar o problema da rigidez
da administração direta, JK criou
estruturas paralelas na administração
indireta, flexíveis e compatíveis com os
objetivos do plano de metas.
Uma das características desse modelo proposto por JK era a especialização
de tarefas por essas novas estruturas que eram mais flexíveis, tecnocráticas e
modernas. Com efeito, instituiu-se o Conselho de Desenvolvimento, que atuava
através de grupos de executivos13 responsáveis por orientar e dirigir as estruturas
especializadas, tudo isso com o objetivo de satisfazer o plano de metas estipulado
por JK. Ademais, a área do setor público responsável pela implementação da
administração para o desenvolvimento de JK ficou conhecida pelas ilhas de
13 Paludo, Op. cit. p. 84.
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excelência, justamente por serem mais flexíveis, técnicas e modernas do que a
Administração direta, burocratizada e rígida.
Com efeito, este período ficou marcado pelo início de vários estudos e projetos
para a reforma da Administração Pública. Em 1956 foram criadas duas importantes
comissões:
Comissão de Simplificação Burocrática (Cosb) – visava à elaboração
de projetos direcionados para reformas globais e descentralização de
serviços; e
Comissão de Estudos e Projetos Administrativos (Cepa) –
objetivando a realização de estudos para simplificação dos processos
administrativos e reformas ministeriais.
Por fim, citamos uma parte importante do Plano Diretor da Reforma do
Aparelho do Estado:
"Tendo em vista as inadequações do modelo, a administração burocrática
implantada a partir de 30 sofreu sucessivas tentativas de reforma. Não
obstante, as experiências se caracterizaram, em alguns casos, pela ênfase
na extinção e criação de órgãos, e, em outros, pela constituição de
estruturas paralelas visando alterar a rigidez burocrática. Na própria área
da reforma administrativa esta última prática foi adotada, por exemplo, no
Governo JK, com a criação de comissões especiais, como a Comissão de
Estudos e Projetos Administrativos, objetivando a realização de estudos
para simplificação dos processos administrativos e reformas ministeriais, e a
Comissão de Simplificação Burocrática, que visava à elaboração de
projetos direcionados para reformas globais e descentralização de serviços."
(grifos nossos)
Agora, podemos listar os principais pontos do Governo JK: Estado
desenvolvimentista; estruturas paralelas; especialização de tarefas;
administração direta centralizada e rígida / administração indireta flexível e
tecnocrática; ilhas de excelência; plano de metas; grupos de executivos; e
Comissão de Simplificação Burocrática (Cosb) e Comissão de Estudos e
Projetos Administrativos (Cepa).
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1.3. Governo João Goulart (1962)
O Governo João Goulart sucedeu JK e foi responsável pela criação do
Ministério Extraordinário da Reforma Administrativa e também pela Comissão
Amaral Peixoto, conhecida por esse nome por ser chefiada pelo Almirante Amaral
Peixoto. O objetivo da reforma delineada por esse Ministério era criar e aperfeiçoar
os instrumentos de pesquisa, previsão, planejamento, direção, execução,
coordenação e controle de que carecia o Poder Executivo para transformar-se em
propulsor do desenvolvimento nacional.
Para tanto, a Comissão levou em consideração estudos anteriores de reforma
administrativa, como os trabalhos da Cepa e de um projeto da Consultoria-Geral da
República. Ao concluir seus trabalhos, a Comissão apresentou quatro projetos
distintos, conhecidos como “Anteprojeto de Lei Orgânica do Sistema Administrativo
Federal”. Mais tarde, os estudos da Cosb, da Cepa e da Comissão Amaral Peixoto
serviram de subsídio para a elaboração do DL nº 200/1967.
1.4. Início do Governo Militar (1964) e a Reforma Administrativa do DL 200/1967
Com o retorno dos militares ao governo do país, em 1964, o processo de
reforma administrativa ganha um novo “gás”. Os militares voltaram a centralizar o
controle político e ampliaram as ações intervencionistas do Estado. Ainda nesse
ano, foi instituída a Comissão Especial de Estudos da Reforma Administrativa
(Comestra), com a finalidade de examinar os projetos já elaborados e preparar
outros considerados essenciais à obtenção de rendimento e produtividade da
Administração Federal. A conclusão do trabalho dessa comissão foi um novo
anteprojeto de lei que, após algumas revisões, culminou no Decreto-Lei nº
200/1967 (DL 200/67).
O DL 200/67 surge do reconhecimento de que as formas burocráticas rígidas
constituíam um obstáculo ao desenvolvimento quase tão grande quanto as
distorções patrimonialistas e populistas dos períodos anteriores. Assim, essa
reforma buscou substituir a administração pública burocrática por um modelo
voltado para o desenvolvimento do país (perceba que a “administração para o
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desenvolvimento” prossegue nesse período), distinguindo com clareza a
administração direta da administração indireta, garantindo às autarquias e
fundações deste segundo setor, e também às empresas estatais, uma autonomia de
gestão muito maior do que possuíam anteriormente. Ademais, a reforma fortaleceu
e flexibilizou o sistema do mérito e tornou menos burocrático o sistema de compras
do Estado.
Segundo o Pdrae,
“A reforma operada em 1967 pelo Decreto-Lei 200, entretanto, constitui um
marco na tentativa de superação da rigidez burocrática, podendo ser
considerada como um primeiro momento da administração gerencial no
Brasil. Mediante o referido decreto-lei, realizou-se a transferência de
atividades para autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades
de economia mista, a fim de obter-se maior dinamismo operacional por
meio da descentralização funcional. Instituíram-se como princípios de
racionalidade administrativa o planejamento e o orçamento, o
descongestionamento das chefias executivas superiores
(desconcentração/descentralização), a tentativa de reunir competência e
informação no processo decisório, a sistematização, a coordenação e o
controle.” (grifos nossos)
IMPORTANTE – O DL 200/67 constitui o primeiro momento da
administração gerencial no Brasil.
Nesse contexto, Frederico Lustosa da Costa14 destaca que o DL 200/67 foi o
mais sistemático e ambicioso empreendimento para a reforma da administração
federal, constituindo uma espécie de lei orgânica da administração pública, fixando
princípios, estabelecendo conceitos, balizando estruturas e determinando
providências. Além disso, o autor destaca alguns pontos importantes desse
Decreto-Lei:
prescrevia que a administração pública deveria se guiar pelos
princípios do planejamento, da coordenação, da descentralização,
da delegação de competência e do controle;
estabelecia a distinção entre a administração direta – os ministérios e
demais órgãos diretamente subordinados ao presidente da República –
14 Costa, 2008, p. 851.
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e a indireta, constituída pelos órgãos descentralizados – autarquias,
fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista;
fixava a estrutura do Poder Executivo federal, indicando os órgãos de
assistência imediata do presidente da República e distribuindo os
ministérios entre os setores político, econômico, social, militar e de
planejamento, além de apontar os órgãos essenciais comuns aos
diversos ministérios;
desenhava os sistemas de atividades auxiliares-pessoal, orçamento,
estatística, administração financeira, contabilidade e auditoria e
serviços gerais;
definia as bases do controle externo e interno;
indicava diretrizes gerais para um novo plano de classificação de
cargos; e
estatuía normas de aquisição e contratação de bens e serviços.
É importante destacar que essa reforma ficou conhecida pela centralização
política de poder e de recursos no nível federal, e uma descentralização no nível
administrativo, através da Administração indireta15.
Reforma realizada pelo DL 200/67
centralização política e de recursos;
descentralização administrativa.
Assim, na mesma tendência do Governo JK, a expansão da administração
indireta foi a marca maior deste período. Isso resultou no fenômeno da dicotomia
entre o Estado tecnocrático e moderno das instâncias da administração
indireta e o Estado burocrático, formal e defasado da administração direta16.
15 Paludo. Op. cit. p. 87, 16 Marcelino, 1988, apud Costa, 2008, p. 853.
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Em que pese o DL 200/67 tenha trazido inegáveis benefícios na modernização
da Administração Pública brasileira, destacam-se duas consequências inesperadas
e indesejáveis:
ao permitir a contratação de empregados sem concurso público, facilitou
a sobrevivência de práticas clientelistas ou fisiológicas; e
ao não se preocupar com mudanças no âmbito da administração direta
ou central, que foi vista pejorativamente como ‘burocrática’ ou rígida,
deixou de realizar concursos e de desenvolver carreiras de altos
administradores.
Nesse mesmo sentido, destaca o Pdrae que as reformas operadas pelo
Decreto-Lei 200/67 não desencadearam mudanças no âmbito da administração
burocrática central, permitindo a coexistência de núcleos de eficiência e
competência na administração indireta e formas arcaicas e ineficientes no plano da
administração direta ou central. O núcleo burocrático foi, na verdade,
enfraquecido indevidamente através de uma estratégia oportunista do regime
militar, que não desenvolveu carreiras de administradores públicos de alto
nível, preferindo, ao invés, contratar os escalões superiores da administração
através das empresas estatais.
Por fim, para Bresser-Pereira17 a reforma administrativa embutida no DL
200/67 ficou pela metade e fracassou. Isso não quer dizer que a reforma não tenha
trazido nenhum benefício. O que Bresser destaca é que todos os seus objetivos não
foram alcançados. Segundo o autor, a crise política do regime militar, que se inicia
já em meados dos anos 1970, agrava ainda mais a situação da administração
pública, já que a burocracia estatal foi identificada com o sistema autoritário em
pleno processo de degeneração.
1.5. Plano Nacional de Desburocratização (PND Ȃ 1979)
A próxima importante tentativa de reforma da máquina pública ocorre em 1979
com o Plano Nacional de Desburocratização, o PND, tendo como figura ícone o
ministro Hélio Beltrão, que também atuou ativamente na reforma de 1967.
17 Bresser-Pereira, 1996, p. 273-274.
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Segundo o Pdrae,
“No início dos anos 80, registrou-se uma nova tentativa de reformar a
burocracia e orientá-la na direção da administração pública gerencial, com a
criação do Ministério da Desburocratização e do Programa Nacional de
Desburocratização - PrND, cujos objetivos eram a revitalização e agilização
das organizações do Estado, a descentralização da autoridade, a melhoria e
simplificação dos processos administrativos e a promoção da eficiência. As
ações do PrND voltaram-se inicialmente para o combate à burocratização
dos procedimentos. Posteriormente, foram dirigidas para o desenvolvimento
do Programa Nacional de Desestatização, num esforço para conter os
excessos da expansão da administração descentralizada, estimulada pelo
Decreto-Lei 200/67.”
Temos aqui, na verdade, dois planos conexos. O primeiro tinha a finalidade de
simplificar e racionalizar as normas organizacionais, tornando os órgãos públicos
mais dinâmicos e ágeis (desburocratização). O segundo era o plano de
desestatização, buscando fortalecer o sistema livre de empresa. Segundo Beatriz
Wahrlich, o programa de desestatização havia sido concebido para estabelecer
limites aos excessos de expansão da administração pública que ocorreu na década
anterior.
1.6. A Redemocratização (1985) e a Constituição Federal de 1988 Ȃ A Nova República e o retrocesso burocrático
Os anos 70 foram marcados por intensas crises, particularmente por causa das
grandes altas do petróleo em 73 e 79. Com isso, a taxa de crescimento do Brasil
despenca e o descontentamento da população se direciona contra o Governo
Militar, intensificando as cobranças pelo retorno da democracia.
Com isso, em 1985, Tancredo Neves é eleito Presidente através de uma
eleição indireta. Contudo, Tancredo adoeceu e veio a falecer à véspera da posse.
Assim, José Sarney assume, a presidência em seu lugar.
A consequência indesejada é que Sarney precisava governar um país cheio de
expectativas, que esperava que o retorno da democracia implementasse as
melhorias necessárias para combater a inflação e impulsionar novamente o
crescimento do país. Um grande problema, entretanto, é que todo o governo já
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havia sido nomeado por Tancredo. A estratégia de Sarney, portanto, foi criar
diversos cargos para poder colocar sua equipe no governo. Assim, a
redemocratização passa a representar uma paralisação das reformas até então em
andamento. Vejamos o Pdrae:
“As ações rumo a uma administração pública gerencial são, entretanto,
paralisadas na transição democrática de 1985 que, embora representasse
uma grande vitória democrática, teve como um de seus custos mais
surpreendentes o loteamento dos cargos públicos da administração
indireta e das delegacias dos ministérios nos Estados para os políticos
dos partidos vitoriosos. Um novo populismo patrimonialista surgia no
país. De outra parte, a alta burocracia passava a ser acusada, principalmente
pelas forças conservadoras, de ser a culpada da crise do Estado, na medida
em que favorecera seu crescimento excessivo.” (grifos nossos)
Com a promulgação da Constituição Federal de 1988 a situação se agravou. O
novo Texto Constitucional engessou a administração indireta, aplicando às
empresas estatais as mesmas regras rígidas adotadas para o núcleo estratégico do
Estado. Ademais, a CF/88 instituiu a obrigatoriedade do regime jurídico único e
retirou a flexibilidade da administração indireta.
Nesse contexto, destaca Bresser-Pereira18 que, em síntese, o retrocesso
burocrático ocorrido no país entre 1985 e 1989 foi uma reação ao clientelismo que
dominou o país naqueles anos, mas também foi uma afirmação de privilégios
corporativistas e patrimonialistas incompatíveis com o ethos burocrático. Foi,
além disso, uma consequência de uma atitude defensiva da alta burocracia, que,
sentindo-se acuada, injustamente acusada, defendeu-se de forma irracional. O
resultado foi o desprestígio da administração pública brasileira, não obstante o fato
de que esta seja majoritariamente formada por profissionais competentes, honestos
e dotados de espírito público.
No plano político, a CF/88 devolveu e ampliou a competência dos estados e
elevou os municípios ao status de ente federado, dando-lhes autonomia, recursos e
responsabilidades. Assim, enquanto o DL 200/67 representou a centralização
política e a descentralização administrativa; a CF/88 significou a centralização
administrativa e a descentralização política.
18 Bresser-Pereira, 2001, p. 21.
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As mudanças relacionadas à administração e aos servidores com a CF/88
foram as seguintes19:
necessidade de autorização do Poder Legislativo quanto à criação,
transformação e extinção de órgãos/entidades, e criação de cargos,
empregos e funções públicas;
extensão às entidades da Administração indireta de procedimentos e
mecanismos de controle aplicáveis à Administração direta, ocasionando
perda de flexibilidade;
descentralização para os Estados e Municípios de parcela de recursos
orçamentários e da responsabilidade pela execução de serviços
públicos (repartição de competências);
estabelecimento de isonomia salarial entre os três poderes (atualmente
revogada);
instituição do direito à associação sindical para os servidores públicos
civis;
criação do regime jurídico único para a União, Estados e Municípios;
instituição de plano de carreira para servidores da Administração direta
e indireta (autarquias e fundações);
garantia da estabilidade para os servidores concursados após dois anos
de efetivo exercício (atualmente é após três anos);
aposentadorias com salários integrais, independentemente do tempo de
contribuição;
estabilidade para cerca de 400 mil empregados celetistas da
Administração indireta (autarquias e fundações); e
ampliação das competências dos órgãos de controle (interno e externo).
Algumas dessas medidas refletiram em uma visão equivocada da
Administração Pública, que, mais tarde, implicou na campanha difamatória dos
19 Paludo. Op. cit. p. 93.
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servidores públicos, culminando na equivocada reforma instituída no Governo Collor
(1990-1992).
1.7. (Des)Reforma Administrativa do Governo Collor (1990-1992) e o Governo Itamar Franco (1992-1994)
Ao assumir o poder, Fernando Collor deu os passos iniciais da reforma
gerencial. Contudo, muitas de suas medidas foram equivocadas e acabaram
promovendo uma desastrosa reforma administrativa. Nesse Governo, houve a
ruptura do modelo de Estado desenvolvimentista e interventor, substituindo-o
por um modelo neoliberal de Estado mínimo.
Segundo Paludo20,
“Collor acreditava que a Administração Federal tinha crescido demais, e
mesmo sem ter uma proposta formal promoveu equivocada e desastrada
reforma administrativa, com redução drástica das despesas públicas,
extinção de órgãos e Ministérios e demissão de aproximadamente 112 mil
funcionários públicos. Consequentemente, a capacidade de governar foi
fortemente abalada.”
O autor destaca que as prioridades de Collor foram: o ajuste econômico, a
desestatização, a desregulamentação e a abertura comercial. O foco da reforma era
a privatização das empresas estatais.
Para Collor o Estado representava um problema para o mercado. Dessa forma,
ele buscou o desmonte e o enfraquecimento da intervenção estatal na economia.
Como aspecto positivo, ele buscou desenvolver os princípios da descentralização
e flexibilização da máquina pública.
José Matias-Pereira21 destaca que,
“Os efeitos decorrentes das disfunções da Constituição de 1988 começaram
a ser percebidos de forma imediata na Administração Pública. Na busca de
soluções para melhorar a performance do setor público, o governo Collor
(1990-1992), entre outras medidas, propõe-se a reduzir o tamanho e o
número de servidores da máquina governamental. O desmonte do setor
20
Paludo, 2013, p. 97. 21
Matias-Pereira, 2010, p. 95.
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público e o enfraquecimento do papel do Estado, feitos de forma inadequada
por esse governo, agravaram ainda mais os problemas existentes.”
Porém, após se envolver numa onda de corrupção, Collor foi deposto e
assumiu, em seu lugar, Itamar Franco (1992-1994), que não realizou nenhuma
reforma, apenas recompôs os salários dos funcionários públicos e deu continuidade
ao programa de desestatização22.
--------------
Encerramos a primeira parte do estudo da evolução da Administração Pública
brasileira. Na próxima aula, vamos estudar com mais detalhe a reforma gerencial e
os governos subsequentes.
A tabela23 abaixo apresenta uma pequena síntese do que foi estudado até
aqui.
Ações Casos Medidas orientadoras Processos adotados
Reforma
administrativa
DASP O problema está nos
meios. Reforma o papel
da burocracia.
Princípios –
centralização e
padronização.
Soluções (a burocracia
ortodoxa); busca de
problemas (burocracia
patrimonial).
Projeto Maurício Nabuco –
implantado de maneira
autoritária.
Modernização
administrativa
Administração
paralela
(Governo JK)
Administração
para o
Desenvolvime
nto (Regime
Militar)
O problema está na
adequação entre meios
e fins – necessidade de
uma burocracia
flexibilizada para os fins
de desenvolvimento
(Plano de Metas e
Planos Nacionais de
Desenvolvimento,
respectivamente).
Problemas (rigidez e
incapacidade) em busca
de soluções (grupos
executivos e Decreto-Lei
nº 200, respectivamente).
Elabora-se diagnóstico
(Comissão de
Simplificação Burocrática
– COSB; e Comissão
Amaral Peixoto,
respectivamente);
proposições legais; e
implementa-se mediante
22
Paludo, 2013, p. 98. 23
Adaptado de Matias-Pereira, 2010, p. 96.
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forte liderança top-down
(grupos de executivos) ou
de forma autoritária
(Decreto-Lei nº 200).
Reforma do Estado
Governo
Collor –
1990/1991
Princípios –
descentralização e
flexibilização.
O Estado como
problema.
Soluções (desmonte e
enfraquecimento do papel
do Estado).
Chega de teoria, vamos resolver questões!?
(CESPE – Analista/MI/2013) Julgue o item a seguir, a respeito da estruturação da
máquina administrativa no Brasil a partir de 1930.
1. Foram instituídos, pela reforma administrativa no Brasil realizada por meio do
Decreto-Lei n.o 200/1967, os princípios da racionalidade administrativa, o
planejamento e o orçamento, entre outros.
Comentário: questão retirada do Pdrae:
“Instituíram-se como princípios de racionalidade administrativa o
planejamento e o orçamento, o descongestionamento das chefias
executivas superiores (desconcentração/descentralização), a tentativa de
reunir competência e informação no processo decisório, a sistematização,
a coordenação e o controle.”
Gabarito: correto.
2. Após a promulgação da Constituição Federal de 1988, foi deflagrado um
processo de municipalização da gestão pública e, consequentemente, de
concessão de maiores poderes aos municípios.
Comentário: a CF/88 deu aos municípios um status de ente federado ao lado
dos estados, Distrito Federal e União. Com isso, ocorreu um forte processo
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de municipalização da gestão pública, passando diversas políticas públicas
para a responsabilidade dos municípios. A ideia era aproximar o gestor e o
processo decisório da população alvo.
Gabarito: correto.
3. Na área de administração de recursos humanos, o Departamento
Administrativo do Serviço Público (DASP) inspirou-se no princípio do mérito
profissional para estruturar a burocracia.
Comentário: de graça! O principal foco do Dasp era a reforma da gestão de
recursos humanos. Inspirando-se no princípio do mérito profissional, esse
Departamento valorizou alguns instrumentos como o concurso público e o
treinamento.
Gabarito: correto.
4. (CESPE – Técnico/TJAL/2013) A respeito das reformas administrativas e da
nova gestão pública, assinale a opção correta.
a) A nova gestão pública reúne características positivas dos modelos patrimonial
e gerencial de administração pública.
b) A última reforma administrativa que se têm notícia no Brasil foi aquela baseada
nos princípios burocráticos estabelecidos pelo presidente Vargas.
c) A administração pública gerencial é multifuncional, define indicadores, mede e
analisa resultados, foca no cidadão e procura flexibilizar as relações de trabalho.
d) O modelo de administração pública burocrático é orientado para resultado,
concentra-se no processo, controla procedimentos e possui alta especialização.
e) A reforma administrativa resultante da independência do Brasil apresentou o
patrimonialismo como modelo de administração pública, que, apesar de superado,
ainda revela grande importância no governo do país.
Comentário:
a) errada: podemos dizer que a nova gestão pública apresenta aspectos
positivos do modelo burocrático de gestão pública, como o princípio
do mérito;
b) errada: a última reforma, que na verdade ainda se encontra em
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andamento, é a reforma gerencial iniciada em 1995 com o Pdrae;
c) correta: a alternativa descreve corretamente algumas características
da administração pública gerencial;
d) errada: o modelo burocrático é orientado para o processo. O modelo
orientado para os resultados é o gerencial; e
e) errada: o modelo patrimonialista é algo indesejado que, porém,
subsiste em diversos pontos da Administração Pública brasileira, com
diversas práticas indesejadas como o clientelismo e o nepotismo.
Gabarito: alternativa C.
(CESPE – Técnico/DPRF/2012) Julgue os itens seguintes, a respeito das crises
do Estado brasileiro e de suas reformas administrativas.
5. A criação do Departamento Administrativo do Serviço Público representou a
segunda reforma administrativa do país, com a implantação da administração
pública gerencial.
Comentário: a criação do Dasp é o início da Reforma Burocrática, que
constitui a primeira reforma da Administração Pública brasileira.
Gabarito: errado.
6. O Programa Nacional de Desburocratização, criado na década de 60 do
século passado, foi a primeira tentativa de reforma gerencial da administração
pública.
Comentário: para começar o PND é do final dos anos 70 (1979) e a primeira
tentativa de reforma gerencial ocorreu em 1967 com o DL 200/67.
Gabarito: errado.
7. O Decreto-lei n.º 200/1967 garantia a contratação de empregados somente
mediante concurso público, o que possibilitou a seleção de administradores
públicos de alto nível, contribuindo para a reforma do Estado gerencialista.
Comentário: o DL 200/67 flexibilizou a forma de contração da administração
indireta, dispensando o concurso público para diversas situações. Isso
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acabou gerando um dos efeitos indesejados dessa reforma: ao permitir a
contratação de empregados sem concurso público, facilitou a sobrevivência
de práticas clientelistas ou fisiológicas.
Gabarito: errado.
8. No século XX, com a formação do grande Estado social e econômico,
responsável pelos serviços de educação, cultura, saúde, previdência e outros,
a administração burocrática foi essencial para garantir eficiência nesse novo
cenário.
Comentário: a finalidade da administração burocrática de Weber era instituir
uma administração eficiente. Contudo, o exagero nos controles de
procedimentos constituiu um grande empecilho na racionalização dos
processos e métodos administrativos. Além disso, a reforma burocrática
brasileira focou nos meios e não nos fins. Por conseguinte, a administração
burocrática não garantiu a eficiência no novo cenário que surgiu no século
XX.
Gabarito: errado.
9. A crise da administração pública burocrática foi consequência da sua reforma
e da manutenção do patrimonialismo.
Comentário: questão interessante. Vimos em nossa aula que a
administração burocrática sofreu dois tipos de pressão distintas. De um
lado estavam aqueles que não queriam a reforma, mantendo o aspecto
patrimonialista de gestão. É de se registrar que a reforma burocrática não
conseguiu extirpar totalmente o patrimonialismo da gestão pública,
coexistindo as práticas clientelistas e nepóticas mesmo após a criação do
Dasp. O outro lado é formado pelo grupo que entendia que a reforma
instituiu um modelo rígido, que não favorecia o desenvolvimento. Esse
grupo é formado por aqueles que entendiam necessária a reforma gerencial.
Assim, podemos entender que a crise do modelo burocrático decorre da sua
própria reforma, pelo lado daqueles que entendem que esse modelo não
favorece o desenvolvimento, e da manutenção do patrimonialismo, que
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conviveu com a burocracia (e convive ainda hoje com o gerencialismo).
Gabarito: correto.
(CESPE – Técnico/ANAC/2012) Com relação às reformas administrativas, julgue
os itens que se seguem.
10. Com a reforma administrativa do Estado Novo, buscou-se inserir, no aparelho
administrativo do país, a centralização, a impessoalidade, a hierarquia, o
sistema de mérito e a separação entre a res pública e a res privada.
Comentário: a reforma administrativa do Estado Novo foi implementada por
Getúlio Vargas, tendo como órgão central o Dasp. O objetivo dessa reforma
era superar o modelo patrimonialista, no qual não existia separação entre a
res publica (patrimônio público) e a res privada (patrimônio privado).
Segundo Frederico Lustosa da Costa, com a Constituição de 1937 a
centralização passa a constituir um princípio de organização do Estado
brasileiro que se aplica de forma sistemática em todos os setores e níveis
de estruturação territorial. Por fim, vimos que a impessoalidade, hierarquia e
o sistema de mérito são outras características do modelo idealizado nessa
reforma.
Gabarito: correto.
11. O Decreto-Lei n.º 200/1967 representou um marco orientador da
administração pública para a eficiência e a centralização administrativa, o que
contribuiu para a autonomia da administração direta.
Comentário: o DL 200/67 buscou a eficiência através da descentralização
administrativa, ampliando a autonomia da administração indireta.
Gabarito: errado.
(CESPE – Técnico/DPRF/2012) Os desafios da administração pública
contemporânea relacionam-se diretamente à quebra de paradigmas e conceitos
preestabelecidos sobre a gestão organizacional. A constante troca de
conhecimento entre a esfera pública e privada é essencial para garantir a
constante evolução dos sistemas organizacionais. Com relação a esse assunto,
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julgue os itens a seguir.
12. A erradicação do patrimonialismo no Brasil aconteceu com a reforma
administrativa de 1930, que instituiu o modelo de administração burocrática na
gestão governamental brasileira.
Comentário: a reforma de 1930 buscou substituir o modelo patrimonialista
pelo modelo burocrático. Contudo, não conseguiu fazer a sua erradicação.
Lembre-se que as reformas buscaram substituir um modelo por outro, mas a
erradicação dos modelos anteriores nunca ocorreu. Hoje, temos o
predomínio da administração gerencial, convivendo com muitas práticas
burocráticas e patrimonialistas.
Gabarito: errado.
13. (CESPE – Analista/TRE/2013) A busca do estabelecimento de estruturas
paralelas, como comissões de estudo e grupos executivos de trabalho, com a
participação de membros da indústria nacional, bem como a criação da
Comissão de Simplificação Burocrática, objetivando reformas globais, meios
para descentralização dos serviços, fixação de responsabilidades e prestação
de contas à autoridade, ocorreu no governo de
a) José Sarney.
b) Getúlio Vargas.
c) Juscelino Kubitschek.
d) Castelo Branco.
e) João Figueiredo.
Comentário: as características mencionadas acima são do Governo JK
(1956-1961). Apenas para nos situar no tempo:
Governo Sarney – 1985 até 1990 (período em que foi promulgada a
CF/88)
Governo Vargas – primeiro de 1930 até 1945 (Reforma Burocrática);
segundo de 1951-1954 (atuou de forma limitada através de alguns
estudos);
Governo Castelo Branco – 1964 até 1967 (início do Governo Militar –
ditadura – e primeira tentativa da reforma gerencial com o DL 200/67);
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Governo João Figueiredo – 1979 até 1985 (término do Governo Militar
– e PND).
Gabarito: alternativa C.
(CESPE – Técnico/TRT/2013) Acerca da estruturação da máquina administrativa
desde 1930, julgue os itens subsequentes.
14. A reforma administrativa de 1967 promoveu a centralização progressiva das
decisões no Poder Executivo federal nos moldes da administração burocrática.
Comentário: a reforma do DL 200/67 promoveu a descentralização para a
administração indireta.
Gabarito: errado.
15. O Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP) foi criado com o
objetivo de aprofundar a reforma administrativa destinada a organizar e
racionalizar o serviço público no país.
Comentário: excelente. Em 1936, foi criado o Conselho Federal do Serviço
Público Civil, que se transformou em Dasp em 1938, tendendo à
racionalização mediante a simplificação, padronização e aquisição racional
de materiais, revisão de estruturas e aplicação de métodos na definição de
procedimentos. Lembre-se: para o Cespe o Dasp foi criado em 1936.
Gabarito: correto.
16. A transição democrática de 1985 representou um avanço na modernização da
administração pública, na medida em que atribuiu à administração indireta
normas de funcionamento idênticas às que regem a administração direta.
Comentário: a transição democrática de 1985, que culminou com a
promulgação da CF/88, representou um verdadeiro retrocesso, pois atribuiu
à administração indireta as mesmas normas rígidas da administração direta.
Gabarito: errado.
(CESPE – Técnico/MPU/2013) Julgue os itens a seguir, relativos a administração.
17. Segundo a concepção burocrática de administração pública, o modo mais
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seguro de evitar o nepotismo e a corrupção no serviço público é por meio do
controle rígido dos processos e procedimentos.
Comentário: essa era justamente a proposta do modelo burocrático,
utilizando rígidos controles de processos para evitar o nepotismo e a
corrupção na Administração Pública.
Gabarito: correto.
18. A reforma administrativa iniciada pelo Departamento Administrativo do Serviço
Público (DASP) instituiu o Estado moderno no Brasil, com vistas ao combate
ao patrimonialismo e à burocracia estatal.
Comentário: a reforma administrativa do Dasp buscou implementar o
modelo burocrático, combatendo o patrimonialismo.
Gabarito: errado.
19. As grandes reformas administrativas do Estado brasileiro, ocorridas após
1930, foram do tipo patrimonialista, burocrática e gerencial.
Comentário: as grandes reformas foram a burocrática, em 1930, e a
gerencial, em 1995. O patrimonialismo não constituiu uma reforma e sim um
modelo que predominou até 1930.
Gabarito: errado.
(CESPE – Analista/TRE/2011) Em relação às reformas administrativas
empreendidas no Brasil nos anos de 1930 a 1967, julgue o item a seguir.
20. Nesse período, a preocupação governamental direcionava-se mais ao caráter
impositivo das medidas que aos processos de internalização das ações
administrativas.
Comentário: esse período foi marcado por intensas tentativas de reforma, na
maioria das vezes por governos autoritários, que buscaram impor as
reformas de qualquer forma, sem uma maior preocupação com a
internalização das ações administrativas propostas.
Gabarito: correto.
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21. Entre os anos 1950 e 1960, o modelo de gestão administrativa proposto
estava voltado para o desenvolvimento, especialmente para a expansão do
poder de intervenção do Estado na vida econômica e social do país.
Comentário: o período de 1950 a 1960 abrangeu o segundo Governo Vargas
e o Governo JK. Foi o período conhecido como Administração para o
desenvolvimento, marcado pela expansão do poder de intervenção do
Estado na vida econômica e social do país.
Gabarito: correto.
22. A instituição, em 1936, do Departamento de Administração do Serviço Público
(DASP) teve como objetivo principal suprimir o modelo patrimonialista de
gestão.
Comentário: o principal objetivo do Dasp foi modernizar a Administração
Pública brasileira. Foi a implantação do modelo burocrático que teve a
finalidade de suprimir o modelo patrimonialista.
Gabarito: errado.
23. As tentativas de reformas ocorridas na década de 50 do século passado
guiavam-se estrategicamente pelos princípios autoritários e centralizados,
típicos de uma nação em desenvolvimento.
Comentário: a década de 50 foi marcada pela "administração para o
desenvolvimento" do governo de Juscelino Kubitschek (JK). Esse governo
tinha como destaque o "plano de metas" e o lema de desenvolver "50 anos
em cinco", além do objetivo de construir a nova capital brasileira, Brasília.
JK não obteve êxito na reforma da Administração direta, pois manteve a
característica centralizadora e rígida. Todavia, como forma de contornar o
engessamento da Administração direta, evitando os conflitos dessa reforma,
foram criadas estruturas com atribuições semelhantes na Administração
indireta, porém mais flexíveis e técnicas que a anterior. Surge assim a
"administração paralela".
O erro da questão é que o autoritarismo ocorreu nas reformas de 30
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(Vargas) e de 67 (governo militar). O governo de JK era democrático.
Gabarito: errado.
(CESPE – OTI/ABIN/2010) Acerca da teoria das organizações aplicada à
administração pública, julgue o item que se segue.
24. Diversos teóricos da área organizacional defendem, para a administração
pública, a adoção do modelo de especialização das tarefas, com a proposta de
descentralização da execução, que deve ser acompanhada por chefes
especialistas. Tal modelo foi adotado no governo do presidente Juscelino
Kubitscheck.
Comentário: o Governo JK adotou o modelo de especialização de tarefas,
instituindo as estruturas paralelas técnicas e flexíveis na administração
indireta. Além disso, utilizou-se de grupos de executivos especializados que
conduziram as atividades necessárias para o cumprimento do plano de
metas.
Gabarito: correto.
(CESPE – Técnico/MC/2008) Desde o governo de Getúlio Vargas, diversas
modificações ocorreram nas dimensões estruturais e culturais da máquina
administrativa brasileira. Acerca dessas modificações e da administração pública
brasileira, julgue os itens a seguir.
25. Uma das primeiras reformas empreendidas pelo governo de Vargas visando à
racionalização da administração pública foi a criação das primeiras carreiras
burocráticas.
Comentário: já ficou fácil. O Governo Vargas foi o responsável pela criação
das primeiras carreiras burocráticas na administração pública
(profissionalização).
Gabarito: correto.
26. A implantação da administração pública burocrática é uma conseqüência da
emergência de um capitalismo moderno no Brasil à época.
Comentário: mais uma vez o Pdrae resolve essa questão: “A implantação da
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administração pública burocrática é uma conseqüência clara da emergência
de um capitalismo moderno no país.”
Gabarito: correto.
27. O Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP) foi criado com o
objetivo de realizar a modernização administrativa no âmbito da administração
pública.
Comentário: segundo Paludo, os principais objetivos do Dasp foram (1)
modernizar a Administração Pública brasileira e (2) suprimir o modelo
patrimonialista de gestão.
Gabarito: correto.
28. Nos primórdios, a administração pública sofreu influência da teoria
comportamental da administração.
Comentário: a administração pública sofreu influência da teoria científica de
Taylor, tendendo à racionalização mediante a simplificação, padronização e
aquisição racional de materiais, revisão de estruturas e aplicação de
métodos na definição de procedimentos.
Gabarito: errado.
29. No período inicial, foi instituída a função orçamentária como atividade formal,
desvinculada, contudo, do planejamento.
Comentário: no período da reforma burocrática, a função orçamentária foi
instituída como atividade formal e permanentemente vinculada ao
planejamento.
Gabarito: errado.
30. No que tange à administração de recursos humanos, foram valorizados
instrumentos importantes como o instituto do concurso público e do
treinamento; deste modo, foi adotada consistentemente uma política de
recursos humanos que respondia às necessidades do Estado.
Comentário: pegadinha! Embora tenham sido valorizados instrumentos
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importantes à época, tais como o instituto do concurso público e do
treinamento, não se chegou a adotar consistentemente uma política de
recursos humanos que respondesse às necessidades do Estado.
Gabarito: errado.
31. A administração pública burocrática se instalou no Brasil visando a acabar
com o patrimonialismo vigente.
Comentário: perceba que agora a questão cobra o objetivo do modelo
burocrático, que era acabar com o patrimonialismo vigente até então.
Correta, portanto, a questão. Contudo, lembre-se que, na prática, algumas
práticas patrimonialistas predominam até hoje.
Gabarito: correto.
32. O Decreto-lei n.º 200/1967 surgiu no bojo de uma reforma que tentou
aprimorar o modelo burocrático vigente na administração pública.
Comentário: a proposta do DL 200/67 era aprimorar o modelo burocrático,
instituindo os princípios do planejamento, da coordenação, da
descentralização, da delegação de competência e do controle.
Gabarito: correto.
33. O Programa Nacional de Desburocratização (PRND) buscou revitalizar e
agilizar as organizações do Estado. Suas ações foram voltadas para
simplificação das práticas administrativas e para maior estatização,
consolidando assim os esforços estimulados pelo Decreto-lei N.º 200/1967.
Comentário: o item começa bem, pois o PND (ou PRND) buscou revitalizar e
agilizar as organizações do Estado. Contudo, utilizou-se de dois planos: o
primeiro é a desburocratização propriamente dita (simplificação e
racionalização); o segundo plano foi a desestatização (diminuição do
tamanho do Estado). Enquanto que o DL 200/67 ampliou a administração
indireta, o PND buscou reduzi-la, através de uma proposta de desestatização
de empresas públicas e sociedades de economia mista.
Gabarito: errado.
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34. As ações rumo a uma administração pública gerencial foram aceleradas com a
transição democrática de 1985 e consolidadas com a promulgação da
Constituição Federal de 1988.
Comentário: a transição democrática e a CF/88 representaram um
retrocesso gerencial:
“A conjunção desses dois fatores leva, na Constituição de 1988, a um
retrocesso burocrático sem precedentes. Sem que houvesse maior
debate público, o Congresso Constituinte promoveu um surpreendente
engessamento do aparelho estatal, ao estender para os serviços do
Estado e para as próprias empresas estatais praticamente as mesmas
regras burocráticas rígidas adotadas no núcleo estratégico do Estado. A
nova Constituição determinou a perda da autonomia do Poder Executivo
para tratar da estruturação dos órgãos públicos, instituiu a obrigatoriedade
de regime jurídico único para os servidores civis da União, dos Estados-
membros e dos Municípios, e retirou da administração indireta a sua
flexibilidade operacional, ao atribuir às fundações e autarquias públicas
normas de funcionamento idênticas às que regem a administração direta.”
Gabarito: errado.
(CESPE – OCE/TCE-RS/2013) Em relação à abordagem burocrática da
administração e à evolução da administração pública no Brasil, por meio das
reformas administrativas, julgue os itens a seguir.
35. A reforma administrativa no Brasil, realizada por meio do Decreto-Lei n.o
200/1967, representou um avanço em relação à tentativa de romper com a
rigidez burocrática, podendo ser entendida como a primeira experiência de
implantação da administração gerencial no país.
Comentário: o DL 200/67 foi a primeira experiência de implantação da
administração gerencial no país.
Gabarito: correto.
Quase tão discutida quanto as próprias reformas administrativas contemporâneas,
a história das experiências de mudança institucional planejada do Estado
brasileiro tem merecido a atenção de muitos estudiosos da matéria, chegando
quase a constituir um objeto à parte. Assim, existem hoje inúmeros relatos,
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análises e estudos sobre as experiências de reforma da administração pública
federal brasileira, com diferentes abordagens, graus de profundidade e níveis de
implicação com os projetos.
Frederico Lustosa da Costa. História das reformas administrativas no Brasil:
narrativas, teorizações e representações. In: Revista do Serviço Público:
jul./set-2008 (com adaptações).
(CESPE – Analista/INMETRO/2009) Com referência ao tema do texto acima,
julgue os itens seguintes
36. A reforma administrativa realizada na Era Vargas, a partir da criação do
Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP), teve como
característica marcante o fortalecimento das atividades fim do Estado em
detrimento das atividades meio, ou seja, aquelas relacionadas à administração
em geral.
Comentário: entendendo bem o Dasp, já andamos meio caminho! Lembre-
se: a reforma da Era Vargas foi uma reforma dos meios, preocupando-se
com os processos administrativos, sem uma preocupação sistemática com
os fins (atendimento às demandas do cidadão).
Gabarito: errado.
37. A reforma administrativa realizada na década de 60 foi marcada pelo
abandono do isolamento burocrático, tendo como premissa básica a
substituição de celetistas por funcionários estatutários. Assim, a reforma
norteou-se pelo enfraquecimento da ação central de planejamento,
coordenação e controle e pela centralização da ação do Estado na órbita da
administração pública direta.
Comentário: o item apresenta vários erros. O insulamento burocrático pode
ser compreendido como uma forma de proteção e fechamento do núcleo
técnico do Estado para não sofrer com as pressões políticas clientelistas ou
de grupos intermediários específicos da sociedade. O aspecto positivo é
que esses burocratas limitam-se a atuar tecnicamente, livre de tendências
políticas. Contudo, pode representar uma situação negativa, quando o
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núcleo técnico deixa de ouvir os anseios da sociedade.
O primeiro erro é que o insulamento surge desde o primeiro Governo
Vargas, acentuando-se na Era JK e no Governo Militar (muito além da
década de 60). O outro erro é que o DL 200/67 promoveu a substituição de
servidores estatutários por celetistas no âmbito da administração indireta.
Por fim, os princípios do DL 200/67 são os seguintes: planejamento,
coordenação, descentralização, delegação de competência e controle.
Gabarito: errado.
(CESPE – Ag Administrativo/TCE RO/2013) No que concerne à administração
pública, julgue os próximos itens.
38. O Departamento Administrativo do Serviço Público foi o primeiro órgão da
estrutura administrativa brasileira ao qual se atribuiu a responsabilidade de
diminuir a ineficiência do serviço público e reorganizar a administração pública.
Comentário: essa questão se relaciona com as reformas administrativas.
Perceba que uma das finalidades do Dasp era aumentar a eficiência da
administração pública. Não se esqueçam que, apesar de apresentar diversas
disfunções, a burocracia foi um modelo que veio para aumentar a eficiência
da máquina pública, substituindo as práticas irracionais e nepóticas do
patrimonialismo. O item está correto, mas lembrem-se: a eficiência não é
uma característica da administração burocrática! Ok?
Gabarito: correto.
(CESPE – ACE/Auditoria Governamental/TCE-ES/2012) Em 1930, com a
chegada de Getúlio Vargas ao poder, teve início a implantação da administração
burocrática no Brasil. No que concerne à evolução, ao funcionamento e à
estrutura organizacional da administração pública no Brasil, julgue os itens que se
seguem.
39. De acordo com o modelo de administração pública burocrática, a corrupção
pode ser combatida sem a necessidade de controle rígido dos processos,
mediante o uso de indicadores de desempenho e controle de resultados.
Comentário: a utilização de indicadores de desempenho e do controle de
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resultados ocorreu somente com a administração gerencial. O modelo
burocrático utilizou rígidos controles de processos para tentar combater a
corrupção e o nepotismo patrimonialistas.
Gabarito: errado.
40. A flexibilização e a descentralização constituem princípios orientadores das
reformas administrativas implementadas, no Brasil, durante o período 1990-
1991.
Comentário: o Governo Collor foi responsável pelo início de um amplo
programa de privatização das empresas estatais, sendo orientado pelos
princípios da flexibilização e da descentralização. Essa questão derrubou
muito candidato bom. Lembre-se, em que pese a reforma gerencial tenha se
iniciado em 1995, durante o Governo Collor também ocorreram reformas
administrativas.
Gabarito: correto.
(CESPE – AUFC/AGO/TCU/2013) No que se refere às reformas administrativas e
à redefinição do papel do Estado, julgue os itens a seguir.
41. A criação do Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP) em
1936 representou uma modernização na administração pública brasileira, haja
vista que promoveu a descentralização das atividades administrativas, com o
intuito de se gerar maior eficiência.
Comentário: o Dasp foi criado em 1936 com o objetivo de modernizar a
Administração Pública brasileira. Contudo, os princípios dessa reforma
foram a centralização administrativa e a padronização.
Gabarito: errado.
42. Na reforma gerencial de 1995, a qual visava eliminar os elementos
patrimonialistas ainda existentes, enfatizaram-se a hierarquização e o rígido
controle de procedimentos.
Comentário: foi a reforma burocrática que buscou eliminar o
patrimonialismo utilizando a hierarquização e os rígidos controles de
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procedimentos.
Gabarito: errado.
Por hoje é só.
Em nossa próxima aula, vamos dar continuidade ao estudo das reformas
administrativas. Vamos falar sobre a reforma gerencial e os governos subsequentes,
aproveitando para estudar as mudanças institucionais decorrentes dessa reforma.
Espero por vocês!
Bons estudos.
Prof. HERBERT ALMEIDA.
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2. QUESTÕES COMENTADAS NA AULA
(CESPE – Analista/MI/2013) Julgue o item a seguir, a respeito da estruturação da
máquina administrativa no Brasil a partir de 1930.
1. Foram instituídos, pela reforma administrativa no Brasil realizada por meio do
Decreto-Lei n.o 200/1967, os princípios da racionalidade administrativa, o
planejamento e o orçamento, entre outros.
2. Após a promulgação da Constituição Federal de 1988, foi deflagrado um
processo de municipalização da gestão pública e, consequentemente, de
concessão de maiores poderes aos municípios.
3. Na área de administração de recursos humanos, o Departamento Administrativo
do Serviço Público (DASP) inspirou-se no princípio do mérito profissional para
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estruturar a burocracia.
4. (CESPE – Técnico/TJAL/2013) A respeito das reformas administrativas e da
nova gestão pública, assinale a opção correta.
a) A nova gestão pública reúne características positivas dos modelos patrimonial e
gerencial de administração pública.
b) A última reforma administrativa que se têm notícia no Brasil foi aquela baseada
nos princípios burocráticos estabelecidos pelo presidente Vargas.
c) A administração pública gerencial é multifuncional, define indicadores, mede e
analisa resultados, foca no cidadão e procura flexibilizar as relações de trabalho.
d) O modelo de administração pública burocrático é orientado para resultado,
concentra-se no processo, controla procedimentos e possui alta especialização.
e) A reforma administrativa resultante da independência do Brasil apresentou o
patrimonialismo como modelo de administração pública, que, apesar de superado,
ainda revela grande importância no governo do país.
(CESPE – Técnico/DPRF/2012) Julgue os itens seguintes, a respeito das crises do
Estado brasileiro e de suas reformas administrativas.
5. A criação do Departamento Administrativo do Serviço Público representou a
segunda reforma administrativa do país, com a implantação da administração
pública gerencial.
6. O Programa Nacional de Desburocratização, criado na década de 60 do século
passado, foi a primeira tentativa de reforma gerencial da administração pública.
7. O Decreto-lei n.º 200/1967 garantia a contratação de empregados somente
mediante concurso público, o que possibilitou a seleção de administradores
públicos de alto nível, contribuindo para a reforma do Estado gerencialista.
8. No século XX, com a formação do grande Estado social e econômico,
responsável pelos serviços de educação, cultura, saúde, previdência e outros, a
administração burocrática foi essencial para garantir eficiência nesse novo
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cenário.
9. A crise da administração pública burocrática foi consequência da sua reforma e
da manutenção do patrimonialismo.
(CESPE – Técnico/ANAC/2012) Com relação às reformas administrativas, julgue
os itens que se seguem.
10. Com a reforma administrativa do Estado Novo, buscou-se inserir, no aparelho
administrativo do país, a centralização, a impessoalidade, a hierarquia, o
sistema de mérito e a separação entre a res pública e a res privada.
11. O Decreto-Lei n.º 200/1967 representou um marco orientador da administração
pública para a eficiência e a centralização administrativa, o que contribuiu para
a autonomia da administração direta.
(CESPE – Técnico/DPRF/2012) Os desafios da administração pública
contemporânea relacionam-se diretamente à quebra de paradigmas e conceitos
preestabelecidos sobre a gestão organizacional. A constante troca de
conhecimento entre a esfera pública e privada é essencial para garantir a constante
evolução dos sistemas organizacionais. Com relação a esse assunto, julgue os
itens a seguir.
12. A erradicação do patrimonialismo no Brasil aconteceu com a reforma
administrativa de 1930, que instituiu o modelo de administração burocrática na
gestão governamental brasileira.
13. (CESPE – Analista/TRE/2013) A busca do estabelecimento de estruturas
paralelas, como comissões de estudo e grupos executivos de trabalho, com a
participação de membros da indústria nacional, bem como a criação da
Comissão de Simplificação Burocrática, objetivando reformas globais, meios
para descentralização dos serviços, fixação de responsabilidades e prestação
de contas à autoridade, ocorreu no governo de
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a) José Sarney.
b) Getúlio Vargas.
c) Juscelino Kubitschek.
d) Castelo Branco.
e) João Figueiredo.
(CESPE – Técnico/TRT/2013) Acerca da estruturação da máquina administrativa
desde 1930, julgue os itens subsequentes.
14. A reforma administrativa de 1967 promoveu a centralização progressiva das
decisões no Poder Executivo federal nos moldes da administração burocrática.
15. O Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP) foi criado com o
objetivo de aprofundar a reforma administrativa destinada a organizar e
racionalizar o serviço público no país.
16. A transição democrática de 1985 representou um avanço na modernização da
administração pública, na medida em que atribuiu à administração indireta
normas de funcionamento idênticas às que regem a administração direta.
(CESPE – Técnico/MPU/2013) Julgue os itens a seguir, relativos a administração.
17. Segundo a concepção burocrática de administração pública, o modo mais
seguro de evitar o nepotismo e a corrupção no serviço público é por meio do
controle rígido dos processos e procedimentos.
18. A reforma administrativa iniciada pelo Departamento Administrativo do Serviço
Público (DASP) instituiu o Estado moderno no Brasil, com vistas ao combate ao
patrimonialismo e à burocracia estatal.
19. As grandes reformas administrativas do Estado brasileiro, ocorridas após 1930,
foram do tipo patrimonialista, burocrática e gerencial.
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(CESPE – Analista/TRE/2011) Em relação às reformas administrativas
empreendidas no Brasil nos anos de 1930 a 1967, julgue o item a seguir.
20. Nesse período, a preocupação governamental direcionava-se mais ao caráter
impositivo das medidas que aos processos de internalização das ações
administrativas.
21. Entre os anos 1950 e 1960, o modelo de gestão administrativa proposto estava
voltado para o desenvolvimento, especialmente para a expansão do poder de
intervenção do Estado na vida econômica e social do país.
22. A instituição, em 1936, do Departamento de Administração do Serviço Público
(DASP) teve como objetivo principal suprimir o modelo patrimonialista de
gestão.
23. As tentativas de reformas ocorridas na década de 50 do século passado
guiavam-se estrategicamente pelos princípios autoritários e centralizados,
típicos de uma nação em desenvolvimento.
(CESPE – OTI/ABIN/2010) Acerca da teoria das organizações aplicada à
administração pública, julgue o item que se segue.
24. Diversos teóricos da área organizacional defendem, para a administração
pública, a adoção do modelo de especialização das tarefas, com a proposta de
descentralização da execução, que deve ser acompanhada por chefes
especialistas. Tal modelo foi adotado no governo do presidente Juscelino
Kubitscheck.
(CESPE – Técnico/MC/2008) Desde o governo de Getúlio Vargas, diversas
modificações ocorreram nas dimensões estruturais e culturais da máquina
administrativa brasileira. Acerca dessas modificações e da administração pública
brasileira, julgue os itens a seguir.
25. Uma das primeiras reformas empreendidas pelo governo de Vargas visando à
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racionalização da administração pública foi a criação das primeiras carreiras
burocráticas.
26. A implantação da administração pública burocrática é uma conseqüência da
emergência de um capitalismo moderno no Brasil à época.
27. O Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP) foi criado com o
objetivo de realizar a modernização administrativa no âmbito da administração
pública.
28. Nos primórdios, a administração pública sofreu influência da teoria
comportamental da administração.
29. No período inicial, foi instituída a função orçamentária como atividade formal,
desvinculada, contudo, do planejamento.
30. No que tange à administração de recursos humanos, foram valorizados
instrumentos importantes como o instituto do concurso público e do
treinamento; deste modo, foi adotada consistentemente uma política de
recursos humanos que respondia às necessidades do Estado.
31. A administração pública burocrática se instalou no Brasil visando a acabar com
o patrimonialismo vigente.
32. O Decreto-lei n.º 200/1967 surgiu no bojo de uma reforma que tentou aprimorar
o modelo burocrático vigente na administração pública.
33. O Programa Nacional de Desburocratização (PRND) buscou revitalizar e
agilizar as organizações do Estado. Suas ações foram voltadas para
simplificação das práticas administrativas e para maior estatização,
consolidando assim os esforços estimulados pelo Decreto-lei N.º 200/1967.
34. As ações rumo a uma administração pública gerencial foram aceleradas com a
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transição democrática de 1985 e consolidadas com a promulgação da
Constituição Federal de 1988.
(CESPE – OCE/TCE-RS/2013) Em relação à abordagem burocrática da
administração e à evolução da administração pública no Brasil, por meio das
reformas administrativas, julgue os itens a seguir.
35. A reforma administrativa no Brasil, realizada por meio do Decreto-Lei n.o
200/1967, representou um avanço em relação à tentativa de romper com a
rigidez burocrática, podendo ser entendida como a primeira experiência de
implantação da administração gerencial no país.
Quase tão discutida quanto as próprias reformas administrativas contemporâneas,
a história das experiências de mudança institucional planejada do Estado brasileiro
tem merecido a atenção de muitos estudiosos da matéria, chegando quase a
constituir um objeto à parte. Assim, existem hoje inúmeros relatos, análises e
estudos sobre as experiências de reforma da administração pública federal
brasileira, com diferentes abordagens, graus de profundidade e níveis de
implicação com os projetos.
Frederico Lustosa da Costa. História das reformas administrativas no Brasil:
narrativas, teorizações e representações. In: Revista do Serviço Público: jul./set-
2008 (com adaptações).
(CESPE – Analista/INMETRO/2009) Com referência ao tema do texto acima,
julgue os itens seguintes
36. A reforma administrativa realizada na Era Vargas, a partir da criação do
Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP), teve como
característica marcante o fortalecimento das atividades fim do Estado em
detrimento das atividades meio, ou seja, aquelas relacionadas à administração
em geral.
37. A reforma administrativa realizada na década de 60 foi marcada pelo abandono
do isolamento burocrático, tendo como premissa básica a substituição de
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celetistas por funcionários estatutários. Assim, a reforma norteou-se pelo
enfraquecimento da ação central de planejamento, coordenação e controle e
pela centralização da ação do Estado na órbita da administração pública direta.
(CESPE – Ag Administrativo/TCE RO/2013) No que concerne à administração
pública, julgue os próximos itens.
38. O Departamento Administrativo do Serviço Público foi o primeiro órgão da
estrutura administrativa brasileira ao qual se atribuiu a responsabilidade de
diminuir a ineficiência do serviço público e reorganizar a administração pública.
(CESPE – ACE/Auditoria Governamental/TCE-ES/2012) Em 1930, com a
chegada de Getúlio Vargas ao poder, teve início a implantação da administração
burocrática no Brasil. No que concerne à evolução, ao funcionamento e à estrutura
organizacional da administração pública no Brasil, julgue os itens que se seguem.
39. De acordo com o modelo de administração pública burocrática, a corrupção
pode ser combatida sem a necessidade de controle rígido dos processos,
mediante o uso de indicadores de desempenho e controle de resultados.
40. A flexibilização e a descentralização constituem princípios orientadores das
reformas administrativas implementadas, no Brasil, durante o período 1990-
1991.
(CESPE – AUFC/AGO/TCU/2013) No que se refere às reformas administrativas e à
redefinição do papel do Estado, julgue os itens a seguir.
41. A criação do Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP) em 1936
representou uma modernização na administração pública brasileira, haja vista
que promoveu a descentralização das atividades administrativas, com o intuito
de se gerar maior eficiência.
42. Na reforma gerencial de 1995, a qual visava eliminar os elementos
patrimonialistas ainda existentes, enfatizaram-se a hierarquização e o rígido
controle de procedimentos.
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3. GABARITO
1. C 6. E 11. E 16. E 21. C 26. C 31. C 36. E 41. E
2. C 7. E 12. E 17. C 22. E 27. C 32. C 37. E 42. E
3. C 8. E 13. C 18. E 23. E 28. E 33. E 38. C
4. C 9. C 14. E 19. E 24. C 29. E 34. E 39. E
5. E 10. C 15. C 20. C 25. C 30. E 35. C 40. C
4. REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério da Administração Federal e da Reforma do Estado. Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado. Brasília: Ministério da Administração Federal e da Reforma do Estado, 1995. BRESSER-PEREIRA, Luiz Carlos. Do Estado patrimonial ao gerencial. São Paulo: Cia das Letras, 2001. BRESSER-PEREIRA, Luiz Carlos; SPINK, Peter Kevin. Reforma do Estado e administração pública gerencial. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2006. COSTA, Frederico Lustosa da. Brasil: 200 anos de Estado; 200 anos de administração pública; 200 anos de reformas. Revista de Administração Pública, Rio de Janeiro, 2008. COSTA, Frederico Lustosa da. História das reformas administrativas no Brasil: narrativas, teorizações e representações. Revista de Serviço Público. Brasília, 2008. MATIAS-PEREIRA, José. Reforma do Estado, Transparência e Democracia no Brasil. Málaga: Revista académica de economía, 2004. PALUDO, Augustinho. Administração Pública. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. WAHRLICH, Beatriz M. de Sousa. Reforma administrativa federal brasileira: passado e presente. Revista de Administração Pública, 1974.
4.1. Portais Consultados
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