administração pública - aula 08

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Aula 08 - Prof. Rodrigo Rennó Administração Pública Brasileira p/ ATA-MF Professores: Rodrigo Rennó, Sérgio Mendes

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Administração Pública - Aula 08

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    Administrao Pblica Brasileira p/ ATA-MFProfessores: Rodrigo Renn, Srgio Mendes

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    Aula 8: Conceitos e Princpios da Administrao

    Pblica

    Ol pessoal, tudo bem?

    Nessa aula, iremos cobrir o seguinte tpico:

    Conceito de Administrao Pblica. Princpios da Administrao Pblica. Hierarquia. Poder Hierrquico e suas manifestaes. Poderes do Estado.

    Espero que gostem da aula!

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    Sumrio

    Princpios da Administrao Pblica . ........................................................... 3 Princpios Bsicos da Administrao Pblica . ............................................... 3

    Supremacia do interesse pblico . .......................................................... 4 Indisponibilidade do interesse pblico . .................................................... 6 Legalidade . .................................................................................. 9 Impessoalidade . ........................................................................... 11 Moralidade . ............................................................................... 13 Publicidade . ............................................................................... 16 Eficincia . ................................................................................. 20

    Razoabilidade . ............................................................................ 23 Segurana Jurdica . ....................................................................... 25 Continuidade do servio pblico . ........................................................ 26 Motivao . ................................................................................ 26

    Autotutela . ................................................................................. 27

    Poderes e Deveres do Administrador Pblico . ................................................ 48 Deveres da Administrao Pblica . ......................................................... 48

    Poder-dever de agir . ...................................................................... 48 Poderes da Administrao . .................................................................. 49

    Poder Vinculado . .......................................................................... 49 Poder Discricionrio . ..................................................................... 49 Poder Hierrquico . ........................................................................ 50 Poder Disciplinar . ......................................................................... 51 Poder Regulamentar . ...................................................................... 51 Poder de Polcia . .......................................................................... 52

    Lista de Questes Trabalhadas na Aula. . ...................................................... 59 Gabaritos. . ...................................................................................... 79 Bibliografia . .................................................................................... 80

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    Princpios da Administrao Pblica

    O regime jurdico administrativo tem como base os princpios norteadores de suas atividades. Veremos que h dois princpios bsicos: o da supremacia do interesse pblico sobre o privado e o da indisponibilidade dos interesses pblicos.

    O regime jurdico da Administrao Pblica dispe ao Poder Pblico uma srie de prerrogativas no extensveis aos particulares. Isso ocorre pelo motivo de a Administrao est em um grau de superioridade frente aos administrados. Guardem esse lembrete para a hora da prova: essas prerrogativas decorrem desses dois princpios, ok?

    Alm desses princpios basilares, a Administrao respeitar os princpios constitucionais expressos: da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da publicidade e da eficincia.

    Vamos ao estudo de cada um deles, dentre outros que regem a Administrao Pblica, ok?

    Princpios Bsicos da Administrao Pblica

    Princpios so regras gerais que exprimem os valores fundamentais de um sistema. Os princpios administrativos, portanto, servem como balizador da elaborao das diversas leis administrativas pelo Legislativo e condicionam a atuao da Administrao Pblica1. De acordo com Bandeira de Mello2:

    SULQFtSLR p SRLV SRU GHILQLomR PDQGDPHQWRnuclear de um sistema, verdadeiro alicerce dele, disposio fundamental que se irradia sobre diferentes normas, compondo-lhes o esprito e servindo de critrio para exata compreenso e inteligncia delas, exatamente porque define a lgica e a racionalidade do sistema normativo, conferindo-lhes a tnica que lhe d sentido KDUP{QLFR

    De acordo com Bandeira de Mello, existem dois super princpios dos quais derivam todos os outros princpios do Direito Administrativo:

    1 (Barchet, 2008) 2 (Bandeira de Mello, 2009) apud (Mazza, 2011)

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    Supremacia do interesse pblico

    Relacionado com o conceito de que os interesses da coletividade so mais importantes do que os interesses privados (individuais).

    Desta maneira, o poder pblico recebe diversos poderes que o indivduo no recebe, gozando, portanto, de uma posio de superioridade em relao ao mesmo3. Este um princpio implcito, pois no est expresso na Constituio Federal.

    Portanto, havendo confuso entre o interesse privado e o pblico, este ser priorizado, uma vez que o ltimo representa a coletividade. Isso ocorre por existir um predomnio do interesse coletivo, devendo-se sobressair a vontade de todos sobre a individual. H, portanto, caracterizao daquilo que a doutrina denomina de relao vertical, na qual o Estado determina suas vontades unilateralmente.

    Pessoal, essa supremacia relativa e no absoluta, pois os direitos individuais, previstos na nossa Carta Magna, devero ser preservados. Outro detalhe que a supremacia do interesse pblico sobre o privado, como o prprio nome j sugere, visa respeitar o interesse pblico e no o do Estado.

    No entanto, h outro modo de restringir esse princpio para impedir abuso por parte do Estado: o princpio da proporcionalidade, o qual visa garantir que o ato, para ter a finalidade legtima, tenha sido praticado por um meio adequado. Dessa forma, se houver abuso do administrador, por agir de forma desnecessria e desarrazoada, ele no poder se valer do princpio da supremacia do interesse pblico sobre o privado em sua defesa, ok?

    Por fim, a doutrina dispe que do princpio da supremacia do interesse pblico decorre o carter instrumental da administrao pblica. Isso significa que a administrao pblica funciona como um PHLRRXLQVWUXPHQWRSDUDVHDSOLFDUDVXSUHPDFLDGRLQWHUHVVHS~EOLFRfrente ao privado.

    Vejamos como esse tema j caiu em provas de concurso.

    1 - (ESAF ANALISTA MPU 2004 - ADAPTADA) Um dos princpios informativos do Direito Administrativo, que o distingue dos demais ramos, no disciplinamento das relaes jurdicas, sob sua incidncia, o da supremacia do interesse pblico sobre o privado.

    3 (Mazza, 2011)

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    O princpio da supremacia do interesse pblico sobre o particular, conforme vimos implcito na nossa CF/88. Esse princpio reza que, havendo divergncia entre interesse pblico e o particular, o primeiro dever prevalecer, entretanto, essa supremacia relativa e no absoluta.

    Dessa forma, no Direito Administrativo, Direito Pblico, diferentemente do que ocorre no Direito de carter privado, o interesse pblico dever, sempre que possvel, prevalecer. Gabarito da questo, portanto, item correto.

    2 - (ESAF- AFC- CGU 2006 - ADAPTADA) Entre os princpios constitucionais do Direito Administrativo, pode-se destacar o de que os interesses pblicos e privados so equitativos entre si.

    Facilmente, podemos responder essa questo, no verdade? J est bem claro que o princpio da supremacia do interesse pblico sobre o privado prioriza o interesse da coletividade frente ao interesse individual. Dessa forma o gabarito questo errada, pois no se observa equidade entre os interesses pblicos e privados diante desse princpio.

    3 - (CESPE - DPE-ES DEFENSOR PBLICO 2013 - ADAPTADA) Do princpio da supremacia do interesse pblico decorre o carter instrumental da administrao pblica.

    Vimos que a finalidade da Administrao Pblica o alcance do interesse pblico. E, para isso, a Administrao utiliza-se desse princpio FRPRLQVWUXPHQWRSDUDFKHJDUDHVVHILPRN"Dessa forma, o gabarito questo correta.

    4 - (FUNCAB -TCNICO - ANS - 2013 - ADAPTADA) O princpio da supremacia do interesse pblico deve sempre prevalecer sobre os demais princpios dada a sua natureza de fundamento da atividade pblica.

    9HMDPTXHDEDQFDXWLOL]RXDH[SUHVVmRVHPSUH,VVRpSHJDGLQKDdas antigas, pessoal. Alm do mais, j vimos que esse princpio no tem presuno absoluta, e sim relativa. Gabarito, portanto, questo errada.

    5 (ESAF AFRFB RFB - 2003) O estudo do regime jurdico-administrativo tem em Celso Antnio Bandeira de Mello o seu principal autor e formulador. Para o citado jurista, o regime

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    jurdico-administrativo construdo, fundamentalmente, sobre dois princpios bsicos, dos quais os demais decorrem. Para ele, estes princpios so indisponibilidade do interesse pblico pela Administrao e supremacia do interesse pblico sobre o particular.

    Questo perfeita. Esses dois princpios so denominados de princpios basilares, pois so norteadores das atividades administrativas e dos demais princpios existentes no ordenamento jurdico, ok? Questo, portanto, correta.

    Vimos o princpio da supremacia do interesse pblico sobre o privado, que representa a verticalidade nas relaes entre o Estado e o indivduo; agora, vamos passar para o estudo do princpio da indisponibilidade do interesse pblico.

    Indisponibilidade do interesse pblico

    Os agentes pblicos no podem abdicar do interesse pblico por eles defendido. Como o titular destes direitos o Estado, o agente pblico deve apenas seguir o que a legislao permite.

    Desta forma, no podem renunciar ao interesse ou negociar em juzo este interesse. Entretanto, ultimamente este princpio tem sido relativizado, pois passaram a ser aceitos instrumentos como a arbitragem em certos contratos de concesso e de parcerias pblico-privadas4. Este outro princpio implcito.

    Vamos tentar explicar um pouco melhor sobre o princpio da indisponibilidade do interesse pblico. Ele advm do primado de que o interesse da Administrao deve ser o de toda a coletividade. Diante disso, qualquer interesse da coletividade no poder ser alienado ou apropriado por ningum, nem mesmo o prprio rgo administrativo que o represente.

    Tudo isso garantido devido ideia de que a Administrao no possui a titularidade de nenhum interesse pblico. O titular dele o Estado, que representa o seu povo.

    Ateno para um detalhe muito cobrado em provas de concurso. Os princpios da legalidade, da razoabilidade, da motivao, da finalidade, da

    4 (Mazza, 2011)

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    proporcionalidade, da isonomia, da continuidade do servio pblico, dentre outros, surgem a partir desse princpio basilar.

    6 - (CESPE - MJ ADMINISTRATIVO - 2013) As restries impostas atividade administrativa que decorrem do fato de ser a administrao pblica mera gestora de bens e de interesses pblicos derivam do princpio da indisponibilidade do interesse pblico, que um dos pilares do regime jurdico-administrativo.

    A questo aborda, primeiramente, o fato de a administrao pblica ser apenas gestora de bens e de interesses pblicos. Isso verdade, e mostra que a propriedade dos bens e interesses pblicos do Estado e no da Administrao Pblica, que nada mais do que mera gestora.

    Depois, a banca afirma que o princpio da indisponibilidade do interesse pblico um dos pilares do regime jurdico-administrativo. Isso tambm verdadeiro. O outro pilar do regime jurdico-administrativo o princpio da supremacia do interesse pblico, j estudado anteriormente. Gabarito, portanto, questo correta.

    7 - (CESPE TELEBRS - ADVOGADO 2013) O regime jurdico-administrativo pauta-se sobre os princpios da supremacia do interesse pblico sobre o particular e o da indisponibilidade do interesse pblico pela administrao, ou seja, erige-se sobre o ELQ{PLR SUHUURJDWLYDV GD DGPLQLVWUDomR direitos dos DGPLQLVWUDGRV

    Os dois princpios basilares do regime jurdico-administrativo so: Princpio da supremacia do interesse pblico; Princpio da indisponibilidade do interesse pblico.

    As prerrogativas da Administrao, aquele conjunto de direitos disponibilizados ao Poder Pblico e que no so extensveis aos particulares, decorrem desses princpios, ok? Dessa forma, o gabarito questo correta.

    8 - (ESAF AFRFB RFB 2003 - ADAPTADA) O estudo do regime jurdico-administrativo tem em Celso Antnio Bandeira de Mello o seu principal autor e formulador. Para o citado jurista, o regime

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    jurdico-administrativo construdo, fundamentalmente, sobre dois princpios bsicos, dos quais os demais decorrem. Para ele, estes princpios so indisponibilidade do interesse pblico pela Administrao e supremacia do interesse pblico sobre o particular.

    Vimos que h dois princpios basilares no ordenamento jurdico-administrativo: o da indisponibilidade do interesse pblico e o da supremacia do interesse pblico sobre o particular. Dessa forma, o item est correto e o gabarito da questo.

    9 (ESAF OFICIAL DE CHANCELARIA MRE 2002 ADAPTADA) O sistema do Direito Administrativo tem como contedo do seu regime jurdico a consagrao do princpio bsico da indisponibilidade dos bens e interesses pblicos.

    Questo um pouco maldosa. Ela estaria toda certa, exceto por um detalhe: a indisponibilidade apenas do interesse pblico. Gabarito, portanto, questo errada.

    10 (ESAF AFC CGU 2006 - ADAPTADA) Entre os princpios constitucionais do Direito Administrativo, pode-se destacar o de que so inalienveis os direitos concernentes ao interesse pblico.

    O princpio da indisponibilidade do interesse pblico um princpio implcito na nossa Constituio Federal, no entanto, de extrema importncia no ordenamento jurdico administrativo. Esse um dos princpios basilares, juntamente com o da supremacia do interesse pblico.

    O princpio do comando da questo dispe que os interesses coletivos no podem ser alienados, nem apropriados pela Administrao ou pelo agente pblico que a represente, uma vez que a titularidade pertence ao Estado e no Administrao Pblica. Gabarito, portanto, questo correta.

    Vamos ento ver os princpios constitucionais expressos (art. 37 da FC/88) do Direito Administrativo?

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    Os princpios expressos regem toda a administrao pblica, direta ou indireta, conforme dispe o artigo 37 da CF/88, seno vejamos:

    $UW A administrao pblica direta e indireta de qualquer dos Poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios obedecer aos princpios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficincia

    Figura 1 - Princpios do Direito Administrativo

    Legalidade

    A administrao pblica s pode fazer o que est expressamente autorizado em lei. J o administrado pode fazer tudo o que a lei no probe!

    por meio das leis que a Administrao tem seus atos limitados, confirmando o princpio da indisponibilidade do interesse pblico, o qual garante que o referido interesse no poder ser alienado pela Administrao. Dessa forma, toda a ao da Administrao dever ser regulada pelas vias legais, que configura a vontade do povo.

    Uma dvida bastante comum a seguinte: e se, por acaso, nenhuma lei descrever certa ao de um administrador pblico? Como ele dever agir? Ficar proibido de atuar? Pessoal, caso no haja dispositivo legal que trate diretamente sobre determinado assunto, o agente pblico recorrer a outras fontes do direito, como: jurisprudncia doutrina, costumes.

    O administrador tambm dever se certificar de que estar agindo dentro da razoabilidade, sem extrapolar suas atitudes com a justificativa GHTXHRVILQVMXVWLILFDPRVPHLRV

    L Legalidade

    I Impessoalidade

    M Moralidade

    P Publicidade

    E Eficincia

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    Vejamos como j foi cobrado em provas de concurso.

    11 - (MPT - MPT PROCURADOR 2013 - ADAPTADA) Os princpios que regem a administrao pblica - legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficincia - so aplicveis inclusive s empresas pblicas e sociedades de economia mista federais, estaduais e municipais.

    Vimos que a administrao pblica direta e indireta de qualquer dos Poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios obedecer aos princpios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficincia. Gabarito, portanto, questo correta.

    12 - (TRT 15R - TRT JUIZ DO TRABALHO 2013 - ADAPTADA) O princpio da supremacia do interesse pblico sobre o particular especfico do Direito Administrativo, sendo limitado pelo princpio da legalidade, servindo como ponto de origem dos demais princpios da Administrao Pblica.

    A legalidade dos atos administrativos confere o teor restritivo do princpio da indisponibilidade do interesse pblico e no da supremacia do interesse pblico. Gabarito, portanto, questo errada.

    13 (ESAF APO 2009 - ADAPTADA) O princpio da legalidade significa que existe autonomia de vontade nas relaes travadas pela Administrao Pblica, ou seja, permitido fazer tudo aquilo que a lei no probe.

    Questo errada, pois o princpio da legalidade reza que a Administrao poder fazer tudo que for permitido por lei, e no proibido. Dessa forma, a Administrao Pblica s age conforme estiver disposto em lei. Gabarito, portanto, questo errada.

    14 (ESAF APO 2009 - ADAPTADA) A Administrao Pblica pode, por ato administrativo, conceder direitos de qualquer espcie, criar obrigaes ou impor vedaes aos administrados.

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    A Administrao Pblica dever seguir exatamente os comandos legais. Dessa forma, ela no poder sair por a concedendo direitos de qualquer espcie, criando obrigaes ou impondo vedaes ao bel prazer por meio de atos administrativos.

    $&)pFODUDDRDILUPDUTXHQLQJXpPVHUiREULJDGRDID]HURXGHL[DU GH ID]HU DOJXPD FRLVD VHQmR HP YLUWXGH GH OHL 'HVVD IRUPD Rgabarito questo errada.

    15 (ESAF AFC - TCU - 2000) O princpio da legalidade impede que a Administrao crie direitos de qualquer espcie mediante ato administrativo.

    Verdade, uma vez que a Administrao Pblica deve se ater aos comandos legais, no podendo conceder direitos de qualquer espcie, criar obrigaes ou impor vedaes ao bel prazer por meio de atos administrativos, como j fora dito anteriormente. Gabarito, portanto, questo correta.

    Impessoalidade

    O agente pblico deve ser imparcial na defesa do interesse pblico. No so permitidos favoritismos e benefcios esprios no exerccio de sua funo;

    Esse princpio garante que o interesse pblico no seja prejudicado devido a qualquer ato administrativo. Tambm garante a impessoalidade do gestor em seus atos, tanto que tais atos sero considerados como praticados pela Administrao e no por aquele.

    Decorrem do princpio da impessoalidade, por exemplo, o provimento de cargos pblicos por meio de concurso pblico, e a realizao de licitaes para contrataes pblicas.

    16 (ESAF ANALISTA TI SEFAZ-CE 2007 - ADAPTADA) exemplo de princpio da impessoalidade, a licitao.

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    Vimos que a licitao, assim como o concurso pblico, como meio de ingresso no servio pblico, so exemplos de praticidade do princpio da impessoalidade. Dessa forma, o gabarito questo correta.

    17 (ESAF AFC CGU - 2004) Entre os princpios bsicos da Administrao Pblica, conquanto todos devam ser observados em conjunto, o que se aplica, particular e apropriadamente, exigncia de o administrador, ao realizar uma obra pblica, autorizada por lei, mediante procedimento licitatrio, na modalidade de menor preo global, no exerccio do seu poder discricionrio, ao escolher determinados fatores, dever orientar-se para o de melhor atendimento do interesse pblico, seria o da impessoalidade.

    Uma das finalidades do procedimento licitatrio a isonomia entre os participantes. Essa igualdade de tratamento a aqueles que atendam a todos os requisitos, com julgamento objetivo e vinculao ao instrumento convocatrio, para contratar com a Administrao garantida pelo princpio da impessoalidade. Gabarito, dessa forma, questo correta.

    18 (ESAF ANALISTA DE TI SEFAZ-CE - 2007) exemplo de princpio da impessoalidade, a expedio de precatrio.

    Mais um exemplo de atuao do princpio da impessoalidade: pagamento devido pelas Fazendas Pblicas decorrentes de sentenas do judicirio. Tais pagamentos sero realizado na ordem cronolgica de apresentao dos precatrios, conforme dispe o artigo 100 da CF/88. Portanto, gabarito questo correta.

    19 - (CESPE - DPE-TO DEFENSOR PBLICO 2013 - ADAPTADA) O princpio da impessoalidade limita-se ao dever de isonomia da administrao pblica.

    O princpio da impessoalidade no se limita ao dever de isonomia da administrao pblica. Esse princpio tem ligao, tambm, com a

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    finalidade pblica. a partir desse princpio que a Administrao responde pela conduta do agente pblico, pois a atuao deste atribuda ao Estado. Dessa forma, o gabarito questo errada.

    20 (CESPE TJ-ES ANALISTA - 2011)O princpio da impessoalidade trata da incapacidade da administrao pblica em ofertar servios pblicos a todos os cidados.

    Pessoal, essa questo est totalmente errada, pois o princpio da impessoalidade visa garantir que a Administrao seja imparcial e pratique atos visando ao interesse pblico, e no do prprio agente ou a algum especfico. Desse modo, gabarito questo errada.

    Moralidade

    Os agentes pblicos devem agir com boa-f, de modo tico e seguindo padres de decoro, honestidade e probidade5.

    Dessa forma, o princpio da moralidade dispe que o agente pblico atuar dentro dos limites legais, no desrespeitando a moral e os bons costumes.

    Esse assunto de grande importncia; tanto que a Suprema Corte se pronunciou a respeito, por meio da Smula Vinculante n 13, que diz o seguinte:

    A nomeao de cnjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, at o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurdica, investido em cargo de direo, chefia ou assessoramento, para o exerccio de cargo em comisso ou de confiana, ou, ainda, de funo gratificada na Administrao Pblica direta e indireta, em qualquer dos Poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos municpios, compreendido o

    5 (Mazza, 2011)

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    ajuste mediante designaes recprocas, viola a Constituio Federal.

    Essa smula veda o nepotismo dentro da Administrao Pblica, inclusive o nepotismo cruzado, que se d quando um agente poltico emprega o familiar do outro e vice-versa. Logo, no necessrio lei em sentido formal para que haja punio para aqueles que nomearem familiares aos cargos pblicos.

    S um detalhe que costuma ser cobrado em provas de concurso, o STF se pronunciou sobre os cargos polticos e afirmou que a nomeao de parentes para o exerccio de cargos como Ministros ou Secretrio de Estado, no afronta o princpio da moralidade por caracterizar natureza poltica.

    Continuando, a falta de atendimento ao princpio da moralidade acarreta ato de improbidade administrativa, que iro gerar a suspenso dos direitos polticos, a perda da funo pblica, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao errio.

    Vejamos algumas questes sobre o tema.

    21 (ESAF AGENTE EXECUTIVO SUSEP- 2006 - ADAPTADA) O princpio constitucional do Direito Administrativo, cuja observncia forosa, na prtica dos atos administrativos, importa assegurar que, o seu resultado, efetivamente, atinja o seu fim legal, de interesse pblico, o da moralidade.

    O fim legal o objetivo do princpio da impessoalidade, e no da moralidade. Com base no princpio da impessoalidade, a Administrao dever agir de forma a alcanar a finalidade disposta legalmente do ato administrativo.

    Diferentemente, o princpio da moralidade dispe que o agente pblico deve ser probo, tico, moral. Gabarito, portanto, questo errada.

    22 (ESAF AFRE-MG 2005 - ADAPTADA) O princpio da moralidade administrativa se vincula a uma noo de moral jurdica, que no se confunde com a moral comum. Por isso, pacfico que a ofensa moral comum no implica tambm ofensa ao princpio da moralidade administrativa.

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    pacfico na doutrina que o agente pblico dever agira de forma tica, reta e proba.

    No entanto, h certa diferena entre a moral administrativa e a moral comum. Enquanto aquela se relaciona com algo externo ao agente pblico, sendo determinada por meio de lei, esta denominada de moral individual, subjetiva. A primeira de observncia obrigatria, pois deriva de lei. A segunda, no se apresenta de forma obrigatria.

    Entretanto, no se pode afirma que a ofensa a moral comum no implica tambm em ofensa ao princpio da moralidade administrativa. Pode ofender ou no. Gabarito, portanto, questo errada.

    23 (ESAF AUDITOR TESOURO DO MUNICPIO DE RECIFE-PE 2003 - ADAPTADA) A moralidade tem relao com a noo de costumes.

    O princpio da moralidade predispe que as atitudes de um agente pblico sejam baseadas na tica, na honestidade e nos bons costumes. Dessa forma o gabarito questo correta, pois existe sim essa relao desse princpio com a noo de costumes.

    24 (ESAF AFC - TCU 2000 - ADAPTADA) A conduta tica do administrador deve-se pautar pelo atendimento ao princpio da moralidade.

    Questo fcil, no verdade. O administrador deve realizar suas funes por meio de conduta tica, atendendo ao princpio da moralidade. Dessa forma, o gabarito questo correta.

    25 (CESPE - MJ ADMINISTRATIVO 2013) O princpio da moralidade administrativa torna jurdica a exigncia de atuao tica dos agentes pblicos e possibilita a invalidao dos atos administrativos.

    Assunto repetido em outras questes de bancas de concurso. O princpio da moralidade administrativa remete-nos ideia do dever de

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    agir de forma proba, leal, honesta, enfim, tudo que caracterize uma atuao tica.

    A segunda parte da questo trata da possibilidade de invalidao de um ato administrativo quando a atuao do agente no respeita a moralidade. Conforme o texto constitucional, "qualquer cidado parte legtima para propor ao popular que vise a anular ato lesivo ao patrimnio pblico (...), moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimnio histrico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada m-f, isento de custas judiciais e do nus da sucumbncia."

    Dessa forma, legtimo afirmar que a violao da moralidade administrativa pode dar ensejo invalidao de um ato administrativo. Gabarito, portanto, questo correta.

    26 - (CESPE - TRE-ES TCNICO - 2011) Contraria o princpio da moralidade o servidor pblico que nomeie o seu sobrinho para um cargo em comisso subordinado de nepotismo.

    Esse um exemplo claro de nepotismo, vedado expressamente na em smula vinculante do STF. O nepotismo, no entanto, fere a moralidade administrativa. Dessa forma, o gabarito da questo item correto.

    Publicidade

    relacionado com o dever da administrao de publicar seus atos e prover o cidado de meios para se informar sobre seus atos. fundamental para que haja transparncia administrativa. De acordo com Barchet6, a publicidade condio de eficcia dos atos administrativos gerais e de efeitos externos, bem como os que onerarem o patrimnio pblico.

    Dessa forma, sem essa transparncia administrativa, o ato pode ser considerado sem eficcia, j que perfeitamente de fcil compreenso que, se o poder advm do povo, este dever ter cincia dos atos da Administrao, que o far por meio da publicidade.

    6 (Barchet, 2008)

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    Entretanto, a transparncia dispensada nos casos de sigilo, previstos em lei. Inclusive, a nossa CF/88 prev algumas situaes nas quais o sigilo torna-se obrigatrio, como no caso de proteo da intimidade do indivduo e at para garantir a segurana da Nao.

    Guardem isso para a prova de vocs: o princpio da publicidade no absoluto, pois admite excees. Alm da defesa da intimidade ou interesse social e da segurana da sociedade e do Estado, a publicidade deixa de ser regra nos casos de sigilo da fonte, quando necessrio ao exerccio profissional.

    H outro exemplo claro de exigncia de aplicao do princpio da publicidade previsto na CF/88, seno vejamos:

    Art. 5o Todos so iguais perante a lei, sem distino de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no Pas a inviolabilidade do direito vida, liberdade, igualdade, segurana e propriedade, nos termos seguintes:

    (...)

    XXXIV - so a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:

    a) o direito de petio aos Poderes Pblicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder;

    b) a obteno de certides em reparties pblicas, para defesa de direitos e esclarecimento GHVLWXDo}HVGHLQWHUHVVHSHVVRDO

    Percebam que as informaes pessoais buscadas, constantes em bancos de dados pblicos, devem ser fornecidas por quem tiver solicitado. Essa garantia tem amparo no princpio da publicidade.

    Por fim, o princpio da publicidade no deve ser utilizado como meio de obter informaes que possam gerar algum tipo de vantagem pessoal, sob pena de responsabilidade do infrator. Alm disso, isto , alm de evitar a promoo pessoal, a publicidade deve ter carter educativo, informativo ou de orientao social quando se tratar de atos, programas, obras, servios e campanhas de rgos pblicos.

    Vejamos, agora, como esse tema pode ser cobrado em provas de concurso.

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    27 (ESAF APO 2009 - ADAPTADA) decorrncia do princpio da publicidade a proibio de que conste nome, smbolos ou imagens que caracterizem promoo pessoal de autoridades ou servidores pblicos em divulgao de atos, programas ou campanhas de rgos pblicos.

    A proibio listada no comando da questo verdadeira e encontra respaldo no 1 do artigo 37 da CF/88, seno vejamos:

    $UW 1 - A publicidade dos atos, programas, obras, servios e

    campanhas dos rgos pblicos dever ter carter educativo, informativo ou de orientao social, dela no podendo constar nomes, smbolos ou imagens que caracterizem promoo pessoal de autoridades ou servidores pblicos

    Entretanto essa proibio decorre do princpio da impessoalidade, e no da publicidade. Gabarito, portanto, questo errada.

    28 (ESAF AFC STN 2008 - ADAPTADA) O art. 37, caput, da Constituio Federal de 1988 previu expressamente alguns dos princpios da administrao pblica brasileira, quais sejam, legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficincia. Consagra-se, com o princpio da publicidade, o dever de a administrao pblica atuar de maneira transparente e promover a mais ampla divulgao possvel de seus atos. Quanto aos instrumentos de garantia e s repercusses desse princpio, podemos afirmar que todos tm direito a receber dos rgos pblicos informaes de seu interesse particular ou de interesse coletivo ou geral, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindvel segurana da sociedade e do Estado.

    Essa questo est totalmente correta. O examinador copiou e colou o trecho da CF/88 sobre o direito de receber informaes de interesse particular ou coletivo geral.

    S no se esqueam de um detalhe: o princpio da publicidade garante duas coisas, a primeira a publicidade de atos administrativos e a segunda a garantia de que todos podem adquirir informaes de atividades da administrao, respeitando, claro, as de carter sigiloso. Gabarito, portanto, questo correta.

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    29 (ESAF AFC STN 2008 - ADAPTADA) O art. 37, caput, da Constituio Federal de 1988 previu expressamente alguns dos princpios da administrao pblica brasileira, quais sejam, legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficincia. Consagra-se, com o princpio da publicidade, o dever de a administrao pblica atuar de maneira transparente e promover a mais ampla divulgao possvel de seus atos. Quanto aos instrumentos de garantia e s repercusses desse princpio, podemos afirmar que assegurada a todos a obteno de certides em reparties pblicas, para a defesa de direitos e esclarecimento de situaes de interesse pessoal.

    Da mesma forma da questo anterior, o examinador continuou copiando letra da nossa Carta Magna, na parte em que dispe o seguinte: a todos so assegurados, independentemente do pagamento de taxas: o direito de petio aos Poderes Pblicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder; e a obteno de certides em reparties pblicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situaes de interesse pessoal. Gabarito, portanto, questo correta.

    30 - (CESPE - BACEN - PROCURADOR 2013 ADAPTADA) Em razo do princpio da publicidade, que rege a administrao pblica, todos tm direito de obter dos rgos pblicos, desde que mediante o pagamento de taxa, certides para a defesa e esclarecimento de situaes de interesse pessoal.

    O princpio da publicidade garante que todos tm direito, independentemente do pagamento de taxas, a obteno de certides em reparties pblicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situaes de interesse pessoal.

    Dessa forma, a questo peca ao afirmar que o pagamento de taxas torna-se necessrio para se obter essas certides. Gabarito, portanto, questo errada.

    31 - (FUNCAB - ANS TCNICO DE SUPORTE 2013 - ADAPTADA) O princpio da publicidade, por estar expressamente previsto na Constituio Federal, no admite excees.

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    $ QRVVD &) GLVS}H SRU H[HPSOR TXH WRGRV WrP GLUHLWR Dreceber dos rgos pblicos informaes de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que sero prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja LPSUHVFLQGtYHOjVHJXUDQoDGDVRFLHGDGHHGR(VWDGR

    Percebam que em casos de segurana da sociedade e do Estado, por exemplo, o sigilo torna-se imprescindvel. Portanto, o princpio da publicidade admite excees e o gabarito questo errada.

    32 - (CESPE - DPE-ES DEFENSOR PBLICO 2013 - ADAPTADA) O princpio da publicidade absoluto, impondo administrao pblica o dever de tornar pblicos os seus atos.

    Percebam que esse tema recorrente em prova de concurso. O princpio da publicidade no absoluto, admitindo excees, como nos casos de: defesa da intimidade ou interesse social, sigilo da fonte, quando necessrio ao exerccio profissional, segurana da sociedade e do Estado. Dessa forma, o gabarito questo errada.

    Eficincia

    Princpio trazido pela emenda constitucional n 19/98, veio consagrar em nossa constituio a obrigao da administrao e dos agentes pblicos de atuarem buscando o melhor custo/benefcio, a economicidade, a qualidade na prestao dos servios, a reduo de desperdcios, entre outros.

    Dessa forma, esse princpio veio para buscar a excelncia na prestao de servios, com o alcance dos objetivos e metas, aproveitando o mnimo de recursos disponveis.

    Como dissemos acima, esse princpio foi introduzido pela emenda constitucional que procurou realizar uma reforma administrativa e tornar a Administrao Pblica menos burocrtica. Tudo isso foi idealizado para que o Estado chegasse a um patamar mais gerencial.

    Vejamos algumas questes de concurso sobre o tema:

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    33 (ESAF APO 2009 - ADAPTADA) O modo de atuao do agente pblico, em que se espera melhor desempenho de suas funes, visando alcanar os melhores resultados e com o menor custo possvel, decorre diretamente do princpio da razoabilidade.

    A questo est se referindo ao princpio da eficincia e no ao da razoabilidade. o princpio da eficincia que visa o melhor custo-benefcio. Dessa forma, o gabarito questo errada.

    34 - (ESAF EPPGG MPOG 2008 - ADAPTADA) A Agncia executiva a qualificao dada autarquia ou fundao que celebre contrato de gesto com o rgo da Administrao Direta a que se acha vinculada, introduzida no direito brasileiro em decorrncia do movimento da globalizao. Destarte, o princpio da administrao pblica, especificamente, que as autarquias ou fundaes governamentais qualificadas como agncias executivas visam observar nos termos do Decreto n. 2.487/98 a eficincia.

    Vimos que com a EC n 19 de 1998, a denominada reforma administrativa, o princpio da eficincia foi adicionado ao rol dos princpios constantes no artigo 37 da CF/88, obrigatrio administrao pblica direta e indireta de qualquer dos Poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios.

    Os critrios e procedimentos para a elaborao, acompanhamento e avaliao dos contratos de gesto e dos planos estratgicos de reestruturao e de desenvolvimento institucional das Agncias Executivas foram dispostos no Decreto n 2.487/98.

    Estas so autarquias e fundaes que possuem maior autonomia, aps celebrarem aqueles contratos de gesto com o Poder Executivo, tm, entre outros objetivos, a finalidade de melhorar a qualidade dos servios prestados e de ampliar a eficincia e eficcia de sua atuao. Desse modo, o gabarito questo correta.

    35 (ESAF AFC CGU 2004 - ADAPTADA) Entre os princpios bsicos da Administrao Pblica, conquanto todos devam ser observados em conjunto, o que se aplica, particular e apropriadamente, exigncia de o administrador, ao realizar uma obra pblica, autorizada por lei, mediante procedimento

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    licitatrio, na modalidade de menor preo global, no exerccio do seu poder discricionrio, ao escolher determinados fatores, dever orientar-se para o de melhor atendimento do interesse pblico, seria o da eficincia.

    Ateno para esta questo. A ESAF normalmente trata questes relacionadas licitao como relativas ao princpio da impessoalidade, o que foi o gabarito da banca.

    Entretanto, h bancas que relacionam a otimizao de recursos pblicos com o princpio da eficincia. Fiquem atentos sobre isso, ok? O gabarito, desse modo, questo errada, pois o princpio que a banca atribuiu exigncia de o administrador, ao realizar uma obra pblica, mediante procedimento licitatrio, na modalidade de menor preo global, foi o da eficincia.

    36 - (CESPE - DPE-TO DEFENSOR PBLICO 2013 ADAPTADA) O princpio da eficincia administrativa funda-se na subordinao da atividade administrativa racionalidade econmica.

    O princpio da eficincia administrativa no tem fundamento na subordinao da atividade administrativa racionalidade econmica. Para alguns doutrinadores, esse princpio relaciona-se como o modo que o agente pblico age na busca de alcanar um melhor custo/benefcio, economicidade, qualidade na prestao dos servios, reduo de desperdcios, entre outros.

    Dessa forma, o princpio da eficincia reza que os resultados devem ser alcanados no s com menor custo econmico possvel, mas tambm com maior racionalizao dos atos e maiores resultados. O gabarito, portanto, questo errada.

    37 (CESPE PC-ES - PERITO - 2011)O princpio da eficincia no est expresso no texto constitucional, mas aplicvel a toda atividade da administrao pblica.

    O princpio da eficincia foi introduzido no texto constitucional com a EC n 19/98, logo um princpio expresso. O gabarito, dessa forma, questo errada.

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    38 (CESPE - PGE-PB - PROCURADOR 2008) O princpio da eficincia, introduzido expressamente na Constituio Federal (CF) na denominada Reforma Administrativa, traduz a ideia de uma administrao:

    a) descentralizada.

    b) informatizada.

    c) moderna.

    d) legalizada.

    e) gerencial.

    O princpio da eficincia traduz a ideia de uma administrao gerencial. Logo, o gabarito letra E.

    Alm destes princpios, temos tambm outros princpios da Administrao Pblica:

    Razoabilidade

    Direcionado aos atos discricionrios (nos quais o agente tem certa liberdade de escolha do caminho a tomar) da administrao pblica, este princpio implcito e derivado do princpio do devido processo legal, de acordo com o STF7.

    A razoabilidade deriva de razovel. Portanto, estamos nos referindo a limites aceitveis de conduta. Entretanto, o que totalmente aceitvel para alguns pode no ser para outros8. Desta maneira, a razoabilidade deve ser interpretada de acordo com os valores de um homem mdio.

    O agente pblico deve buscar, portanto, uma relao adequada entre os meios e os fins desejados. Assim sendo, o judicirio pode anular os atos que julgue desnecessrios, inadequados ou desproporcionais.

    7 (Barchet, 2008) 8 (Carvalho Filho, 2008)

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    A Administrao Pblica, ao realizar atos discricionrios, sempre dever utilizar a razoabilidade como um de seus limites, agindo com prudncia e coerncia.

    Pode-se exemplificar aplicao do princpio da razoabilidade, na CF/88, na reforma do judicirio, com a leitura do inciso LXXVIII, seno vejamos:

    $UW LXXVIII a todos, no mbito judicial e administrativo, so assegurados a razovel durao do processo e os meios que garantam a celHULGDGHGHVXDWUDPLWDomR

    Entretanto a discricionariedade no se limita apenas por esse princpio, ok? imposto limitao, tambm, pelo princpio da proporcionalidade. As bancas adoram fazer confuso entre esses dois princpios, mas vamos tentar explicar a diferena entre eles cobrada em concurso. No se esquea de que h autores que tratam os dois princpios como sinnimos, ok?

    Razoabilidade Adequao entre meios e fins. Proporcionalidade: meio adequado para atingir

    determinado resultado. Deve-se buscar utilizar os meios exatos para alcanar o fim desejado, nem mais, nem menos; buscar no realizar gastos desnecessrios, nem excessivos para atingir os objetivos, como, por exemplo, comprar armas para local sem nenhuma necessidade de segurana.

    39 (ESAF AFC - STN 2002 - ADAPTADA) Macula o princpio da isonomia a exigncia, em edital de concurso pblico, de altura mnima do candidato, para provimento de cargo pblico inerente carreira de policial militar.

    A exigncia de altura mnima para cargo pblico inerente carreira de policial militar no macula o princpio da isonomia. s se perguntar: razovel obrigar que s existam policiais com altura acima de X metros, por exemplo? A resposta sim, pois h atividades coerentes com determinadas alturas mnimas para serem plenamente exercidas.

    Agora, razovel estabelecer a altura mnima para cargos de ATA/MF? Claro que no. Dessa forma, a isonomia pode ser desrespeitada,

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    pois no se observa nenhuma razoabilidade desse tipo de exigncia em edital de concurso pblico. Gabarito, portanto, questo errada.

    40 (ESAF AUDITOR FISCAL PRFEITURA DE NATAL 2001 ADAPTADA) O ato de remoo de servidor pblico, de ofcio, como forma de punio do mesmo, confronta o princpio da Administrao Pblica da razoabilidade.

    Essa questo clssica em concurso pblico. Esse ato administrativo realizado, como forma de punio, afronta o princpio da finalidade, e no da razoabilidade. Dessa forma, o gabarito questo errada.

    41 - (CESPE - TRE-RJ - ANALISTA - 2012) No mbito da administrao pblica, a correlao entre meios e fins uma expresso cujos sentido e alcance costumam ser diretamente associados ao princpio da eficincia.

    A correlao entre os meios e os fins est ligada ao princpio da proporcionalidade, e no da eficincia. Deve-se procurar adequar os meios ao ideal para alcanar os fins, sem excessos desnecessrios. Gabarito, portanto, questo errada.

    Segurana Jurdica

    Aplicvel a todo o Direito, relacionado garantia da estabilidade social e da previsibilidade da atuao estatal9. Isto visa a proteger o cidado de excessivas mudanas na relao com o poder pblico, preservando as relaes e reafirmando a boa-f nas relaes entre o Estado e o cidado. Deste modo, no normalmente aceito a aplicao retroativa.

    Com base nesse princpio, fica vedada a aplicao de legislao nova ou uma interpretao diferente legislao antiga quando prejudique terceiros. E mais, a confiana da sociedade da forma de agir

    9 (Mazza, 2011)

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    do Estado aprofundada, uma vez que os atos administrativos tornam-se previsveis.

    Continuidade do servio pblico

    Os servios pblicos so essenciais e se destinam coletividade. Desta forma, os servios bsicos devem ser prestados de maneira contnua, sem sofrer interrupo.

    Assim sendo, este princpio importante nos casos de delegatrios, permissionrios e concessionrios de servios pblicos. Em geral, a lei no permite a interrupo do servio por falta de pagamento da Administrao Pblica.

    Assim sendo, este princpio importante nos casos de delegatrios, permissionrios e concessionrios de servios pblicos. Em geral, a lei no permite a interrupo do servio por falta de pagamento da Administrao Pblica.

    O que autorizado a interrupo de fornecimento do servio desde que seja avisado previamente, no englobando, nessa situao, os prdios pblicos que prestam servios essenciais. Logo, hospitais e escolas, por exemplo, no podem sofrer interrupo do fornecimento de energia eltrica, por fora de deciso do STJ, baseada no princpio da continuidade do servio pblico.

    Em razo disso, eles no podem ser interrompidos. Ao analisar a possibilidade do corte da energia eltrica em razo do no pagamento, o STJ entendeu que a concessionria pode interromper o fornecimento do servio, mediante aviso prvio (AG 1200406 AgRg). A Corte Superior, contudo, observando o princpio da continuidade do servio pblico, no autoriza o corte de energia eltrica em unidades pblicas essenciais, como em escolas, hospitais, servios de segurana pblica etc. (ERESP 845982).

    Motivao

    Princpio constitucional implcito que obriga a Administrao a justificar seus atos, vinculados ou discricionrios, um vez que o povo,

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    titular do poder, tem direito de saber os motivos que levaram pratica daquele ato administrativo.

    A motivao acarreta o controle dos atos administrativos, devendo ser prvia ou concomitante edio do ato. A falta dela pode gerar a nulidade do ato administrativo, uma vez que esse princpio decorre do princpio da legalidade, da ampla defesa, do contraditrio.

    Autotutela

    Princpio que garante controle, pela prpria Administrao, de seus atos, podendo revog-los por motivo de convenincia e oportunidade, respeitando os direitos adquiridos, ou anul-los quando apresentarem vcios que os tornem ilegais.

    S um detalhe, a ESAF j denominou esse princpio como princpio da sindicabilidade, pois impe o controle dos atos pela Administrao, assim como denominado pela autotutela.

    Vejamos uma questo sobre o tema:

    42 - (ESAF AFRFB RFB 2012) A possibilidade jurdica de submeter-se efetivamente qualquer leso de direito e, por extenso, as ameaas de leso de direito a algum tipo de controle denomina-se:

    a) Princpio da legalidade.

    b) Princpio da sindicabilidade.

    c) Princpio da responsividade.

    d) Princpio da sancionabilidade.

    e) Princpio da subsidiariedade.

    O princpio da sindicabilidade ou autotutela prev o controle dos seus prprios atos pela Administrao. Gabarito da questo letra B.

    Vejamos abaixo um grfico resumindo esses princpios que comentamos h pouco. Servir para termos uma viso geral do que j foi colocado em aula.

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    Figura 2 - Diagr

    Vamos analisar mais algumas questes?

    43 - (ESAF - CGU - AFC 2012) A impossibilidade de o particular prestador de servio pblico por delegao interromper sua prestao restrio que decorre do seguinte princpio:

    a) Legalidade.

    b) Autotutela.

    c) Proporcionalidade.

    d) Continuidade do Servio Pblico.

    e) Moralidade.

    A prestao de servio pblico por um particular no pode ser interrompida, conforme reza o princpio da continuidade do servio pblico.

    Como exemplo de praticidade da aplicao desse princpio, temos: particular fica impossibilitado de alegar a exceo do contrato no cumprido para parar a prestao de um servio pblico ou servidor pblico realizar greve sem observar termos e limites da lei. Dessa forma, o gabarito letra D.

    Princpios Implcitos na CF/88:

    Supremacia do Interesse Pblico

    Indisponibilidade do Interesse Pblico

    Princpios Expressos no art 37 da CF/88:

    Legalidade Impessoalidade Moralidade Publicidade Eficincia

    Outros Princpios:

    Razoabilidade Segurana Jurdica Continuidade do

    Interesse Pblico, etc.

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    44 - (ESAF ATRFB - RFB 2012) A Smula n. 473 do Supremo Tribunal Federal 67) HQXQFLD $ DGPLQLVWUDomR SRGH DQXODUseus prprios atos, quando eivados de vcios que os tornam ilegais, porque deles no se originam direitos; ou revog-los, por motivo de convenincia ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciao MXGLFLDO3RUPHLRGD6~PXODQR67)FRQVDJURX a) a autotutela.

    b) a eficincia.

    c) a publicidade.

    d) a impessoalidade.

    e) a legalidade.

    Essa questo tornou-se bem fcil agora, no mesmo? O princpio que a questo se refere o da autotutela. Este princpio permite o controle dos prprios atos sob critrio da do mrito ou da legalidade. Logo, o gabarito letra A.

    45 (ESAF - CGU - AFC 2012) O princpio que instrumentaliza a Administrao para a reviso de seus prprios atos, consubstanciando um meio adicional de controle da sua atuao e, no que toca ao controle de legalidade, representando potencial reduo do congestionamento do Poder Judicirio, denomina-se:

    a) Razoabilidade.

    b) Proporcionalidade.

    c) Autotutela.

    d) Eficincia.

    e) Eficcia.

    Mais uma vez nos deparamos com o mesmo assunto em questes de concurso. Vocs j esto VDEHQGRGHROKRVIHFKDGRVTXHRSULQFtSLR

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    o qual se refere o comando da questo o da autltutela. Dessa forma, o gabarito letra C.

    46 (ESAF - MF ATA - 2012) A Coordenao-Geral de Recursos Logsticos CGRL de determinado ministrio conduziu o prego eletrnico que teve por objeto a seleo de empresa para a celebrao de contrato de servios de limpeza e conservao dos mveis e imveis nas instalaes de seus edifcios sede e anexos.

    A licitao, dada sua modalidade de prego eletrnico, foi conduzida utilizando o Sistema Comprasnet.

    Em 23/11/2006, aps transcorridas as fases do certame no referido sistema, no houve qualquer registro dos licitantes de eventual inteno de recurso, no havendo informao de protocolo ou chegada pela via do correio de qualquer pea impressa neste sentido.

    Esgotado o prazo recursal sem manifestao dos licitantes, a CGRL encaminha imprensa oficial a adjudicao do objeto do certame j HPSUHVD YHQFHGRUD ; H D KRPRORJDomR GR SURFHGLPHQWRlicitatrio. Tudo no mesmo dia 23/11/2006, atos esses que somente vieram a ser publicados em 27/11/2006.

    Em 27/11/2006 chega ao protocolo da CGRL a pea recursal LPSUHVVDRULXQGDGDOLFLWDQWH

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    questes a seguir, assinalando verdadeiro(V) ou falso(F) ao final de cada assertiva.

    Aps anlise, assinale a opo que contenha a sequncia correta.

    ( ) Houve violao ao princpio da publicidade, pela falta de publicao da revogao da homologao do certame em rgo oficial.

    ( ) O princpio da publicidade foi atendido com a informao do cancelamento da homologao, bem como com a reabertura do prazo para a interposio de recurso tendo sido registrado no stio eletrnico do Comprasnet.

    ( ) Segundo o princpio da razoabilidade, considerando- se ser o certame sob anlise um prego eletrnico, cuja tnica a celeridade, seria excesso de formalismo submeter todos os atos publicao de forma impressa.

    ( ) A despeito de a modalidade em tela ser prego eletrnico, no exigvel dos licitantes o acompanhamento da licitao em stio eletrnico, sendo necessria a veiculao de todos os atos decisrios em dirio oficial.

    a) F, V, V, F

    b) V, F, F, V

    c) V, F, V, V

    d) F, F, V, V

    e) V, V, F, F

    Pessoal, questo imensa, porm nada de bicho de 7 cabeas, ok? Vamos ao primeiro item.

    O Decreto 5.450, de 2005, que regulamenta o prego, na forma eletrnica, para aquisio de bens e servios comuns, dispe no artigo segundo o seguinte:

    Art. 2 O prego, na forma eletrnica, como modalidade de licitao do tipo menor preo, realizar-se- quando a disputa pelo fornecimento de bens ou servios comuns for feita distncia em sesso pblica, por meio de sistema que promova a comunicao pela internet

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    No Comprasnet, ele inseriu a informao de retorno fase de inteno de recurso em 27/11/2006, reagendando para o dia 29/11/2006 H FRORFRX D LQIRUPDomR GH TXH QR FDVR GH R VLVWHPD QmR UHJLVWUDU a referida inteno de recurso dever ser protocolada junto ao Ministrio at o dia 01/12/2006. Dessa forma, considera-se que houve sim a publicao do ato de revogao. Primeiro item, falso.

    Conforme justificativa do primeiro item, podemos responder o segundo, no verdade? Segundo item, portanto, verdadeiro.

    Quanto ao terceiro item, vimos que um agente pblico, em respeito ao princpio da razoabilidade, deve buscar uma relao adequada entre os meios e os fins desejados. Dessa forma, considera-se excesso de formalismo submeter todos os atos publicao de forma impressa, uma vez que a publicao via Comprasnet, no prego eletrnico, pode ser feita atravs de sistema que promova a comunicao pela internet. Dessa forma, o terceiro item tambm verdadeiro.

    J foi citado o artigo segundo do Decreto, no qual disps que o prego, na forma eletrnica, realizar-se- quando a disputa pelo fornecimento de bens ou servios comuns for feita distncia em sesso pblica, por meio de sistema que promova a comunicao pela internet.

    Desse modo, no necessria a veiculao de todos os atos decisrios em dirio oficial e o item est falso. Gabarito da questo, portanto, letra A.

    47 - (ESAF - MDIC - ACE 2012) Determinado municpio da federao brasileira, visando dar cumprimento a sua estratgia organizacional, implantou o programa denominado Administrao Transparente. Uma das aes do referido programa consistiu na divulgao da remunerao bruta mensal, com o respectivo nome de cada servidor da municipalidade em stio eletrnico da internet.

    A partir da leitura do caso concreto acima narrado, assinale a opo que melhor exprima a posio do Supremo Tribunal Federal STF acerca do tema. a) A atuao do municpio encontra-se em consonncia com o princpio da publicidade administrativa.

    b) A atuao do municpio viola a segurana dos servidores.

    c) A atuao do municpio fere a intimidade dos servidores.

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    d) A remunerao bruta mensal no um dado diretamente ligado funo pblica.

    e) Em nome da transparncia, o municpio est autorizado a proceder a divulgao da remunerao bruta do servidor e do respectivo CPF.

    Para o STF, so permitidas a divulgao, no portal da transparncia, das seguintes informaes: nome, matrcula e vencimento bruto dos VHUYLGRUHV&RQIRUPHD6XSUHPD&RUWHDremunerao bruta, cargos e funes por eles titularizados, rgos de sua formal lotao, tudo constitutivo de informao de interesse coletivo ou geral. Expondo-se, portanto, a divulgao oficial. Sem que a intimidade deles, vida privada e segurana pessoal e familiar se encaixem nas excees de que trata a parte derradeira do mesmo dispositivo constitucional (inciso XXXIII do art. 5), pois o fato que no esto em jogo nem a segurana do Estado nem do conjunto da sociedade

    ( FRQWLQXD H[SRQGR Vy VHJXLQWH e quanto segurana fsica ou corporal dos servidores, seja pessoal, seja familiarmente, claro que ela resultar um tanto ou quanto fragilizada com a divulgao nominalizada dos dados em debate, mas um tipo de risco pessoal e familiar que se atenua com a proibio de se revelar o endereo residencial, o CPF e a CI de cada servidor.

    Dessa forma, com a leitura dos pargrafos acima, podemos concluir que o gabarito da questo letra A.

    48 - (ESAF - MDIC - ACE 2012) Fundamentada no seu poder de autotutela administrativa, a Administrao Pblica Federal procedeu reviso nas vantagens concedidas a servidor pblico que repercutiu diretamente na sua esfera patrimonial, ocasionando-lhe diminuio remuneratria.

    A partir do caso concreto acima narrado, assinale a opo que exprime a posio do Supremo Tribunal Federal STF acerca do tema.

    a) A autotutela administrativa, per si, afasta a necessidade de abertura de procedimento administrativo garantidor do contraditrio.

    b) O devido processo legal administrativo exigvel tanto nos casos de anulao quanto de revogao do ato administrativo.

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    c) O acesso ao Poder Judicirio j representa a garantia do contraditrio e da ampla defesa, estando a Administrao desincumbida de faz-lo.

    d) Somente nos casos de revogao do ato administrativo, a Administrao deve garantir o contraditrio e a ampla defesa.

    e) Considerando-se que o ato da administrao retirava do servidor pagamento indevido, a executoriedade autorizava-lhe a suspender o referido pagamento sem o devido processo legal.

    Conforme o princpio da autotutela, a administrao pode anularseus prprios atos, quando eivados de vcios que os tornam ilegais, porque deles no se originam direitos; ou revog-los, por motivo de convenincia ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciao judicial.

    No entanto, a Administrao pode anular ou revogar seus ator, devendo sempre seguir o devido procedimento legal. Gabarito, portanto, letra B.

    49 - (ESAF - SMF-RJ FISCAL DE RENDAS 2010) Referente aos princpios da Administrao Pblica, assinale a opo correta.

    a) Tendo em vista o carter restritivo da medida, necessria lei formal para coibir a prtica de nepotismo no mbito da Administrao Pblica, tornando-se invivel, assim, sustentar tal bice com base na aplicao direta dos princpios previstos no art. 37, caput, da Constituio Federal.

    b) Entre os princpios da Administrao Pblica previstos expressamente na Constituio Federal, encontram-se os da publicidade e da eficcia.

    c) vivel impedir, excepcionalmente, o desfazimento de um ato, a princpio, contrrio ao Ordenamento Jurdico, com base no princpio da segurana jurdica.

    d) O princpio da autotutela consiste na obrigatoriedade de o agente pblico, independentemente da sua vontade, sempre defender o ato administrativo quando impugnado judicialmente, em face da indisponibilidade do interesse defendido.

    e) O devido processo legal no preceito a ser observado na esfera administrativa, mas apenas no mbito judicial.

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    A letra A est incorreta. Em julgados do STF, j foi considerado, como ofensa a princpios constitucionais, em aes diretas de constitucionalidade, prtica de atos de nepotismo. E ainda dispuseram TXH a vedao do nepotismo no exige a edio de lei formal para coibir a prtica, uma vez que decorre diretamente dos princpios contidos no art. 37, caput, da CF

    Os princpios da publicidade e da eficincia que se encontram expressos no texto constitucional e no da eficcia. Item b, incorreto.

    A letra C est correta, pois, realmente o princpio da segurana jurdica veda a retroao de uma interpretao nova da legislao, sendo, portanto, vivel impedir o desfazimento de um ato contrrio ao Ordenamento Jurdico.

    A letra D est errada, pois a previso, com o princpio da autotutela, a possibilidade de revogar atos inconvenientes e inoportunos e anular os ilegais, independente de impugnao judicial.

    J vimos algumas vezes que o devido processo legal deve ser observado no curso de processo administrativo. Item, portanto errada. O gabarito da questo, desse modo, letra C.

    50 - (CESPE - TRT - 10 REGIO - ANALISTA 2013) Considere a seguinte situao hipottica.

    Determinado prefeito, que filho do deputado federal em exerccio, Jos Faber, instituiu ao poltico-administrativa municipal que nomeou da seguinte forma: Programa de Alimentao Escolar Jos Faber.

    Nessa situao hipottica, embora o prefeito tenha associado o nome do prprio pai ao referido programa, no houve violao do princpio da impessoalidade, pois no ocorreu promoo pessoal do chefe do Poder Executivo municipal.

    Essa questo trata do princpio da impessoalidade. Este princpio, como vimos, est expresso no texto constitucional.

    Procura-se evitar, com ele, que interesses particulares se sobreponham na Administrao.

    Na questo, houve, sim, violao ao princpio da impessoalidade, pois, mesmo que o pai do prefeito no tenha sido beneficiado, nem que tenha havido promoo pessoal do chefe do executivo, o 1 do art. 37 da Constituio Federal, de 1988, ressalta que a publicidade ter carter

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    educativo, informativo ou de orientao social. Por isso, dela no se far com que constem nomes, smbolos ou imagens para evitar, com isso, a caracterizao de promoo pessoal de autoridades ou servidores pblicos. Portanto, o gabarito da questo errado.

    51 (CESPE - TRT - 10 REGIO - ANALISTA 2013) A nomeao, pelo presidente de um tribunal de justia, de sua companheira para o cargo de assessora de imprensa desse tribunal violaria o princpio constitucional da moralidade.

    Em agosto de 2008, o Supremo Tribunal Federal aprovou, por unanimidade, a Smula Vinculante no 13. Esta Smula veio como meio de se acabar com o nepotismo presente ainda no mbito dos trs Poderes (Executivo, Legislativo e Judicirio), de todos os nveis da federao (Unio, estados, DF e municpios)

    A smula probe o nepotismo direto e o cruzado. O primeiro ocorre quando o agente pblico emprega diretamente um familiar em algum cargo de confiana, de comisso ou de funo gratificada. O segundo evita que, por camaradagem, troca de favores, dois agentes pblicos contratem o familiar do outro.

    A smula que a questo se refere tem o seguinte enunciado:

    $QRPHDomRGHF{QMXJHFRPSDQKHLURRXSDUHQWHem linha reta, colateral ou por afinidade, at o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurdica, investido em cargo de direo, chefia ou assessoramento, para o exerccio de cargo em comisso ou de confiana, ou, ainda, de funo gratificada na Administrao Pblica direta e indireta, em qualquer dos Poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos municpios, compreendido o ajuste mediante designaes UHFtSURFDVYLRODD&RQVWLWXLomR)HGHUDO

    Dessa forma, o gabarito da questo certo.

    52 (CESPE - TRT - 10 REGIO ANALISTA - 2013) Os princpios constitucionais da administrao pblica se limitam esfera do Poder Executivo, j que o Poder Judicirio e o Poder Legislativo no exercem funo administrativa.

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    O primeiro erro da questo refere-se ao alcance dos princpios constitucionais. A CF/88 impe expressamente quem deve obedecer a esses princpios, conforme podemos observar abaixo:

    $UW$DGPLQLVWUDomRS~EOLFDGLUHWDH LQGLUHWDde qualquer dos Poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos municpios obedecer aos princpios de legalidade, impessoalidade, moralidDGHSXEOLFLGDGHHHILFLrQFLD

    O segundo erro est no final da frase quando se diz que apenas o Poder Executivo exerce a funo administrativa.

    3HVVRDOLVVRQmRpWHPDGDDXODPDVSDUDQmRILFDUXPYiFXRQDexplicao, falarei rapidamente sobre o assunto. Todos os Poderes exercem funes tpicas e atpicas.

    A funo tpica do Legislativo seria a de legislar. Mas ele tambm realiza funes de naturezas diversas, tanto a executiva, quanto a jurisdicional.

    O mesmo ocorre com o Executivo e com o Judicirio. Os dois possuem funes tpicas, que so, em ordem, de natureza executiva e de natureza jurisdicional. No entanto, ambos tambm praticam atos de naturezas diversas.

    Com isso, o Executivo, tambm legisla e julga, assim com o Judicirio, realiza atividades administrativas e legislativas, dentro de suas competncias, claro. Desse modo, o gabarito da questo errado.

    53 (CESPE - PC-AL - ESCRIVO 2012) Ao servidor pblico deve ser dada a possibilidade de decidir quanto ao que legal ou ilegal, mas tambm quanto ao o que justo ou injusto, estabelecendo uma distino entre o honesto e o desonesto, de modo a respeitar o princpio da moralidade.

    Essa questo foi tirada do Anexo do Cdigo de tica Profissional do Servidor Pblico do Poder Executivo Federal. O inciso II da Seo I, do Captulo I, dispe o seguinte:

    II - O servidor pblico no poder jamais desprezar o elemento tico de sua conduta. Assim, no ter que decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas principalmente entre o honesto e o desonesto, consoante as regras contidas no art. 37, caput, e 4, da Constituio Federal.

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    J o artigo 116, da Lei 8.112, que rege sobre o Regime Jurdico dos servidores pblicos civis da Unio, das autarquias e das fundaes pblicas federais, relata que um dever do servidor pblico a manuteno de conduta compatvel com a moralidade administrativa.

    Assim sendo, o gabarito da questo certo.

    54 (CESPE - PC-AL - ESCRIVO 2012) A legalidade do ato praticado pelo agente pblico pode subsistir ainda que no exista lei prvia que autorize a sua prtica.

    O princpio da legalidade est expresso na CF/88, no artigo 37.

    Entretanto, no inciso II, do artigo 5o, observa-se a famosa regra de que ningum obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa seno em virtude de lei.

    Assim sendo, deve-se ficar claro pra vocs que o servidor pblico segue o comando de fazer s aquilo que uma lei ou uma norma com fora de lei, o autorize.

    Ocorre que, fora da Administrao Pblica, uma pessoa no segue esse preceito. Se no estiver escrito na Lei que proibido algo, ela poder faz-lo, isto , ele pratica qualquer coisa que no seja proibido por lei.

    O servidor pblico s faria se estivesse escrito que deveria fazer ou deixar de fazer, caso contrrio, estaria produzindo atos ilegais.

    Portanto, o gabarito da questo errado, pois deve, sim, haver lei prvia, autorizando a prtica de um ato.

    55 - (CESPE - IBAMA - TCNICO 2012) De acordo com a CF, a medida provisria, o estado de defesa e o estado de stio constituem exceo ao princpio da legalidade na administrao pblica.

    Realmente, a Constituio, de 1988, permitiu algumas excees ao Princpio da Legalidade. Vimos a importncia de que se observe esse princpio durante qualquer ato na Administrao. No entanto, h momentos em que se faz necessrio usar outros meios de comando devido urgncia da situao.

    No caso das medidas provisrias, sabemos que so editadas em ocasies de relevncia e urgncia (pelo menos deveriam ser), com fora de lei.

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    J em situaes como em estado de stio ou estado de defesa, nos quais alguns dos direitos so suspensos, conforme a prpria CF/88, nota-se a necessidade de afastamento do princpio da legalidade, autorizando o Presidente da Repblica legislar por meio de Decretos.

    Desse modo, o gabarito da questo correto.

    56 (CESPE - TRE-RJ - ANALISTA 2012) No mbito da administrao pblica, a correlao entre meios e fins uma expresso cujos sentido e alcance costumam ser diretamente associados ao princpio da eficincia.

    A correlao entre os meios e os fins no est associada ao princpio da eficincia.

    Esta correlao est mais ligada ao princpio da proporcionalidade. Conforme Alexandre Mazza, na obra Manual de Direito Administrativo, o inciso VI, do pargrafo nico, do artigo 2o, da Lei no 9.784, que regula o processo administrativo, os meios e fins possuem correspondncia com o princpio da proporcionalidade.

    O teor desse inciso da lei o seguinte:

    9,- Adequao entre meios e fins, vedada a imposio de obrigaes, restries e sanes em medida superior quelas estritamente necessrias DRDWHQGLPHQWRGRLQWHUHVVHS~EOLFR

    Portanto, pessoal, para o autor, assim como para vrios doutrinadores, a correlao entre os meios e os fins uma expresso na qual o sentido e o alcance costumam ser diretamente associados ao princpio da proporcionalidade e no ao da eficincia.

    O gabarito da questo errado.

    57 (CESPE - ANAC TCNICO 2012) Conforme o texto constitucional, a administrao pblica dever obedecer aos princpios da eficincia, da publicidade, da moralidade, da impessoalidade e da legalidade.

    Pessoal, esta questo moleza, no verdade?

    A banca apenas repetiu o que est disposto no artigo 37 da Constituio Federal.

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    $UW$DGPLQLVWUDomRS~EOLFDGLUHWDH LQGLUHWDde qualquer dos Poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios obedecer aos princpios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficincia

    Desse modo, o gabarito da questo correto.

    58 (CESPE - ANAC - ANALISTA - 2012) O gestor pblico que pe o seu nome em determinado programa social viola o princpio da impessoalidade previsto na CF.

    J vimos em questo anterior que vedado a publicidade sem ter um carter educativo, informativo ou de orientao social. Por isso, se dela constar nomes, smbolos ou imagens ser ilegal, o que caracterizaria promoo pessoal de autoridades ou servidores pblicos.

    Tudo isso visa preservar o princpio da impessoalidade, previsto no artigo 37 da CF/88. Dessa forma, o gabarito da questo certo.

    59 (CESPE - ANAC - ANALISTA 2012) De acordo com o disposto na CF, os princpios da eficincia e da moralidade no se aplicam s agncias reguladoras, devido ao fato de estas serem entes independentes, dotados de regulamentao prpria.

    Mais uma vez a banca nos remeteu ao caput do artigo 37 da CF/88, seno vejamos:

    Art. 37. A administrao pblica direta e indireta de qualquer dos Poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios obedecer aos princpios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficincia.

    As agncias reguladoras nada mais so do que autarquias em regime especial, logo so entidades da Administrao Indireta.

    Dessa maneira, o gabarito da questo errado, pois a Constituio clara quando dispe que a Administrao Indireta obedecer a todos os princpios.

    60 (CESPE - TCU - TCNICO 2012) O princpio da proporcionalidade ou da razoabilidade um princpio constitucional no positivado.

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    A questo est correta, pois o que ela quer dizer, quando coloca que esse um princpio no positivado, que no est expresso na Constituio Federal.

    Isso realmente verdade, de modo que o princpio da proporcionalidade considerado um princpio implcito.

    Desse modo, o gabarito da questo correto.

    61 (CESPE - ANATEL - TCNICO 2012) De acordo com dispositivo expresso da Constituio Federal, a administrao pblica deve agir de acordo com o princpio da proporcionalidade.

    A banca repetiu o assunto em outra prova. Isso praxe de bancas de concurso, pessoal.

    Conforme j vimos, o princpio da proporcionalidade um princpio implcito na Constituio.

    claro que a Administrao Pblica deve agir conforme o princpio da proporcionalidade. Isso verdade na questo, mas a pegadinha vem um pouco antes, ao falar que um dispositivo expresso.

    Desse modo, o gabarito da questo errado.

    62 (CESPE - AGU ADVOGADO 2004) A transparncia e a desburocratizao so, entre outras, obrigaes do Estado decorrentes do princpio da eficincia.

    O Princpio da eficincia tem como umas das caractersticas tentar desburocratizar o servio pblico, dando maior celeridade s atividades e melhorando o desempenho do Estado.

    Dessa forma, ao ser mais transparente, menos burocrtico, mais neutro nas aes, e buscando realizar as atividades com maior qualidade, o administrador pblico estar sendo mais eficiente.

    Assim sendo, o gabarito da questo certo.

    63 (CESPE - TRE-RJ - TCNICO 2012) Alguns dos princpios que regem a administrao pblica direta e indireta de qualquer dos poderes da Unio, dos estados, do Distrito Federal e dos municpios, como, por exemplo, o da legalidade e o da impessoalidade, esto expressamente previstos na CF, ao passo que outros, como o da moralidade, constituem princpios implcitos.

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    Pessoal, os princpios expressos na Constituio Federal de 1988 so os LIMPE:

    Figura 3 - Princpios explcitos

    Dessa forma, o princpio da moralidade est explcito. O gabarito da questo errado.

    64 (CESPE - MPE-PI - TCNICO 2012) O princpio da impessoalidade em relao atuao administrativa impede que o ato administrativo seja praticado visando a interesses do agente pblico que o praticou ou, ainda, de terceiros, devendo ater-se, obrigatoriamente, vontade da lei, comando geral e abstrato em essncia.

    O pargrafo 1 do artigo 37 da CF/88, ao dispor que: $SXEOLFLGDGHdos atos, programas, obras, servios e campanhas dos rgos pblicos dever ter carter educativo, informativo ou de orientao social, dela no podendo constar nomes, smbolos ou imagens que caracterizem SURPRomR SHVVRDO GH DXWRULGDGHV RX VHUYLGRUHV S~EOLFRV, impe que o administrador pblico dever ser totalmente impessoal em relao atuao administrativa.

    A Carta Magna quer, assim, impedir que os atos praticados sejam ligados aos interesses de algum e no da coletividade.

    Princpios Explcitos

    Legalidade

    Impessoalidade

    Moralidade Publicidade

    Eficincia

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    Desse modo, os atos administrativos devem ater-se ao comando da lei, no permitindo que no se observe o interesse pblico, vedando qualquer promoo pessoal de agentes ou autoridades.

    Assim, o gabarito da questo correto.

    65 (CESPE - MPE-PI - ANALISTA 2012) A supremacia do interesse pblico o que legitima a atividade do administrador pblico. Assim, um ato de interesse pblico, mesmo que no seja condizente com a lei, pode ser considerado vlido pelo princpio maior da supremacia do interesse pblico.

    O princpio da legalidade impe que o Poder Pblico deve agir conforme a letra da lei. Sua atuao, portanto, deve ser restrita lei. Caso contrrio, isto , se no observar o comando legal, o agente pblico estar agindo ilegalmente e todos os seus atos devero ser anulados.

    Enquanto que, no direito privado, um agente pode fazer qualquer coisa que no seja proibido por lei, na esfera pblica, o agente pblico s pode fazer o que a lei permitir, mesmo que seja com a desculpa de atender ao princpio da supremacia do interesse pblico.

    Dessa forma o princpio da supremacia do interesse pblico no prevalece sobre o da legalidade. O gabarito da questo errado.

    66 - (FCC TRF 4 Regio ANAL ADM. 2010) O princpio que norteia a gesto pblica em que, qualquer atividade pblica deve ser dirigida a todos os cidados, sem a determinao de pessoa ou discriminao de qualquer natureza, o princpio da

    (A) impessoalidade.

    (B) legalidade.

    (C) moralidade.

    (D) igualdade.

    (E) continuidade.

    Questo bem tranquila! O princpio que busca evitar a discriminao e favorecimento ilegal de qualquer pessoa o da impessoalidade. O gabarito a letra A.

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    67 - (FCC METR ADMINISTRAO 2008) Os princpios da legalidade, moralidade, impessoalidade e eficincia esto previstos

    (A) no regimento interno de cada Partido.

    (B) na Lei Orgnica dos Partidos.

    (C) na Constituio Federal.

    (D) no Cdigo Penal.

    (E) no regimento interno da Cmara dos Deputados.

    Lembrem-se sempre do LIMPE (legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficincia). Estes so princpios expressos na Constituio Federal de 1988. Desta maneira, nosso gabarito a letra C.

    68 - (FCC TRE-AM ANAL ADM 2009) A respeito dos princpios bsicos da Administrao, correto afirmar:

    (A) Em razo do princpio da moralidade o administrador pblico deve exercer as suas atividades administrativas com presteza, perfeio e rendimento funcional.

    (B) Os princpios da segurana jurdica e da supremacia do interesse pblico no esto expressamente previstos na Constituio Federal.

    (C) A publicidade elemento formativo do ato e serve para convalidar ato praticado com irregularidade quanto origem.

    (D) Por fora do princpio da publicidade todo e qualquer ato administrativo, sem exceo, deve ser publicado em jornal oficial.

    (E) O princpio da segurana jurdica permite a aplicao retroativa de nova interpretao de norma administrativa.

    A primeira opo est incorreta, pois o conceito descrito se relaciona ao princpio da eficincia, e no da moralidade. A letra B est perfeita e nosso gabarito.

    A letra C est errada, pois a publicidade no serve para convalidar ato irregular em sua origem. No todo ato administrativo que deve ser publicado em jornal oficial (exemplo: segredo de justia). Desta maneira, a opo D est incorreta.

    J a letra E est equivocada, pois somente se aplica a retroatividade de nova interpretao para beneficiar o administrado. O nosso gabarito mesmo a letra B.

  • Administrao Pblica Brasileira p/ ATA-MF

    Teoria e exerccios comentados

    Profs. Rodrigo Renn e Srgio Mendes Aula 08

    Prof. Rodrigo Renn

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    69 - (FCC TRF 4 Regio ANAL ADM. 2010) O princpio que norteia a gesto pblica em que, qualquer atividade pblica deve ser dirigida a todos os cidados, sem a determinao de pessoa ou discriminao de qualquer natureza, o princpio da

    (A) impessoalidade.

    (B) legalidade.

    (C) moralidade.

    (D) igualdade.

    (E) continuidade.

    Questo bem tranquila! O princpio que busca evitar a discriminao e favorecimento ilegal de qualquer pessoa o da impessoalidade. O gabarito a letra A.

    70 - (FCC METR ADMINISTRAO 2008) Os princpios da legalidade, moralidade, impessoalidade e eficincia esto previstos

    (A) no regimento interno de cada Partido.

    (B) na Lei Orgnica dos Partidos.

    (C) na Constituio Federal.

    (D) no Cdigo Penal.

    (E) no regimento interno da Cmara dos Deputados.

    Lembrem-se sempre do LIMPE (legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficincia). Estes so princpios expressos na Constituio Federal de 1988. Desta maneira, nosso gabarito a letra C.

    71 - (FCC TRE-AM ANAL ADM 2009) A respeito dos princpios bsicos da Administrao, correto afirmar:

    (A) Em razo do princpio da moralidade o administrador pblico deve exercer as suas atividades administrativas com presteza, perfeio e rendimento funcional.

    (B) Os princpios d