akademia, um modelo de webjornal - joão simão

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aKademia, um modelo de webjornal João Simão Universidade da Beira Interior Índice 1 Hiperlink 1 2 Elementos multimédia 3 3 Publicar ao segundo 5 4 O modelo usado no aKademia 5 5 Interactividade e personalização 7 6 Bibliografia 8 Embora cada vez mais vulgar e cada vez mais acessível a Internet continua a ser um meio muito volátil. Talvez pela sua espe- cificidade enquanto meio e/ou por evoluir e se modificar a cada dia que passa. no entanto características que se mantêm fi- xas desde o início da Internet. O hiperlink como forma de ligar diferentes páginas ou fi- cheiros mantém-se como forma básica. Mas este básico que não engane os mais desa- tentos; é talvez a forma mais simples e ao mesmo tempo mais complexa de ligar ele- mentos correlacionados. Outra das características que a web ofe- rece é a possibilidade de usar elementos de outros meios e adaptá-los a uma forma de co- municação mais evoluída e mais completa. Usar para além do texto a imagem estática ou o vídeo, bem como o som vindos da im- prensa escrita, da televisão e da rádio, é uma das fantásticas capacidade que a escrita para a web permite. No entanto é preciso ter em atenção vários factores formais e técnicos que exigem que estes elementos sejam adap- tados à web e não apenas descarregados. Se pensarmos nas capacidades que o hi- perlink oferece e a isso acrescentarmos as potencialidades das bases de dados a funcio- nar em PHP surge a interactividade. Esta in- teractividade é visível em vários aspectos e por vezes existe sem que o webnauta se aper- ceba dela. A liberdade que a difusão da web permite não prende os conteúdos a uma periodici- dade estando livres para publicar ao segundo. Também os webnautas procuram a veloci- dade e a rapidez na web não querendo ficar por muito tempo presos a um web site, nem perder muito tempo na procura de uma infor- mação. Postas estas considerações torna-se evi- dente que muitos dos jornais que encontra- mos na web estão a descurar as principais potencialidades do meio. Com o aKademia o que se procurou foi aplicar um modelo que se crê explorar todas as principais caracterís- ticas que o meio oferece usando assim uma linguagem própria para a web. 1 Hiperlink Há autores mais ligados à linguística cuja máxima se pode traduzir nesta expressão: “A

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AKademia, Um Modelo de Webjornal

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  • aKademia, um modelo de webjornal

    Joo SimoUniversidade da Beira Interior

    ndice

    1 Hiperlink 12 Elementos multimdia 33 Publicar ao segundo 54 O modelo usado no aKademia 55 Interactividade e personalizao 76 Bibliografia 8

    Embora cada vez mais vulgar e cada vezmais acessvel a Internet continua a ser ummeio muito voltil. Talvez pela sua espe-cificidade enquanto meio e/ou por evoluire se modificar a cada dia que passa. Hno entanto caractersticas que se mantm fi-xas desde o incio da Internet. O hiperlinkcomo forma de ligar diferentes pginas ou fi-cheiros mantm-se como forma bsica. Maseste bsico que no engane os mais desa-tentos; talvez a forma mais simples e aomesmo tempo mais complexa de ligar ele-mentos correlacionados.

    Outra das caractersticas que a web ofe-rece a possibilidade de usar elementos deoutros meios e adapt-los a uma forma de co-municao mais evoluda e mais completa.Usar para alm do texto a imagem estticaou o vdeo, bem como o som vindos da im-prensa escrita, da televiso e da rdio, umadas fantsticas capacidade que a escrita paraa web permite. No entanto preciso ter em

    ateno vrios factores formais e tcnicosque exigem que estes elementos sejam adap-tados web e no apenas descarregados.

    Se pensarmos nas capacidades que o hi-perlink oferece e a isso acrescentarmos aspotencialidades das bases de dados a funcio-nar em PHP surge a interactividade. Esta in-teractividade visvel em vrios aspectos epor vezes existe sem que o webnauta se aper-ceba dela.

    A liberdade que a difuso da web permiteno prende os contedos a uma periodici-dade estando livres para publicar ao segundo.Tambm os webnautas procuram a veloci-dade e a rapidez na web no querendo ficarpor muito tempo presos a um web site, nemperder muito tempo na procura de uma infor-mao.

    Postas estas consideraes torna-se evi-dente que muitos dos jornais que encontra-mos na web esto a descurar as principaispotencialidades do meio. Com o aKademiao que se procurou foi aplicar um modelo quese cr explorar todas as principais caracters-ticas que o meio oferece usando assim umalinguagem prpria para a web.

    1 Hiperlink

    H autores mais ligados lingustica cujamxima se pode traduzir nesta expresso: A

  • 2 Joo Simo

    linguagem a expresso do pensamento.Ora tomando isto como verdade sem aquestionar encontramos na linguagem umelemento redutor do pensamento. Por certoj nos apercebemos que o nosso pensamentono linear ao contrrio da linguagem. por este motivo que surgem as divagaes.Comeamos a falar de uma coisa e quandodamos conta estamos a falar de outra semqualquer tipo de relao com a primeira enem acabamos por concluir o que despoletoua nossa conversa. Quando isto acontecenuma conversa de caf ou entre vizinhaso problema no grande, mas quandoo nosso objectivo informar a preciso importante. Quanto menos se divagarmelhor e mais eficiente a comunicao.Se no se contextualizar o interlocutorcorre-se o risco de no ser entendido porexcesso de entropia. Se este risco existe comum receptor, se a mensagem for dirigidaa um pblico vasto este risco aumenta deforma exponencial. Cada pessoa necessitade redundncia diferente para perceber amensagem.

    Exemplo:1] O Labcom est a organizar o

    cccc2004.Quem sabe o que o Labcom e o

    cccc2004 recebe a mensagem perfeitamentede forma eficaz sem excesso de redundncia.No entanto haver pessoas que no sabem oque o Labcom nem o cccc2004, para elas o excesso de entropia que as leva a noperceber a mensagem.

    2] O Labcom est a organizar trs con-gressos na rea das Cincias da Comuni-cao.

    Talvez um maior nmero de pessoas per-

    ceba a mensagem, que mais redundante.Estamos a trabalhar com uma mensagemcurta com uma informao curta e directa,se a mensagem fosse maior e a informaomais vaga a redundncia desta mensagem[2] em relao mensagem [1] poderia pro-vocar divagaes perdendo-se a informaono meio das palavras.

    3] O Laboratrio de Comunicao On-line (Labcom) est a organizar trs con-gressos na rea das Cincias da Comuni-cao.

    Neste terceiro exemplo a redundncia maior ainda, diminuindo a possibilidade deno se entender a mensagem por existnciade entropia. Aumenta no entanto os proble-mas descritos no exemplo anterior.

    O hipertexto possibilita um texto nolinear, logo uma maior aproximao formado ser humano pensar. Com o uso dohipertexto poder-se-ia minimizar os proble-mas apresentados nos exemplos anteriores.Veja-se:

    Exemplo:O Labcom est a organizar o cccc2004.A mensagem que usamos a mais entr-

    pica. A mais rpida de perceber e a maiscurta. No entanto quem no souber o que oLabcom ou o cccc2004 bastar clicar nas pa-lavras que ser encaminhado para uma novajanela onde ser dada a informao do que o Labcom e o cccc2004. Mesmo quem saibao que so poder clicar e obter mais infor-mao.

    Uma das grandes vantagens j foi apre-sentada; o prprio hipertexto. Mas talvezse falarmos de hipermedia sejamos maisprecisos. Dentro dum texto e a partir delepodemos disponibilizar vdeos, imagens,

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  • aKademia, um modelo de webjornal 3

    sons, animaes, etc; bem como com estasoferecer a possibilidade de link a textoou a outros elementos. Mesmo dentro deuma imagem h a possibilidade de criardiferentes links.

    Exemplo:Se estivermos a fazer uma webnotcia de

    uma prova de doutoramento atravs da fotode todos os jris podemos clicar em cadamembro e abrir diferentes janelas com as res-pectivas informaes. O mesmo se passacom as animaes em flash que permitemuma grande interactividade e uma grande se-leco de informao ao webnauta.

    O hipertexto permite a cada webnauta se-leccionar o nvel de informao que pretendeter os temas que mais quer desenvolver. Awebnotcia tem sempre leituras e constru-es diferentes. Funciona como um jogo delego. O webjornalista d as peas e o web-nauta constri como quer.

    A escrita com hipertexto permite que to-dos percebam a informao da mensagemporque cada um escolhe o seu nvel de entro-pia, bem como da informao aumentando aprofundidade da leitura e da informao.

    Ao webjornalista a escrita com hipertextopermite dar toda a informao sem ter de se-leccionar nveis de importncia e seleccionaro que publicar. Permite ainda dar mais back-ground sem ter de inventar ligaes dentrodo texto.

    Com o hipertexto a webnoticia tem menosdo jornalista o que lhe confere maior objecti-vidade. A seleco da informao est agorana mo do webnauta.

    Milhares de anos de escrita linear doagora ao homem uma maior dificuldade emescrever e em ler com hipertexto. Difi-

    culdade que se torna numa desvantagem masque passar com o uso deste tipo de escrita.

    A dificuldade de orientao dentro dawebnotcia por causa dos links uma grandedesvantagem porque leva s divagaes queo hipertexto vinha solucionar. Maior expe-rincia dos webnautas, um mapa do site, ca-minhos percorridos na pgina e novas janelasem cada link podem solucionar esta desvan-tagem.

    Uma outra desvantagem que se podeapontar ao hipertexto est mais ligada pouca largura de banda que ao uso do hi-pertexto. Quando para a compreenso dumamensagem necessria uma imagem, um v-deo, som ou flash a pouca largura de bandapode dificultar esse link por vezes mesmono o deixando ver/ouvir. Quanto a esta des-vantagem o futuro promete maior largura debanda at l as questes da acessibilidade de-vem ser tomadas em conta, arranjando sem-pre uma maneira mais "leve"de dar a infor-mao desse link.

    2 Elementos multimdia

    Multimdia como o nome indica so mlti-plos meios aqui entendidos como o som, ovdeo, a info-animao, a imagem e grfi-cos. A grande capacidade da Internet poderaplicar todos estes meios ao mesmo tempo einterliga-los atravs do texto e do hiperlink.

    2.1 SomRecorrer s declaraes originais gravadasacrescenta credibilidade ao que se diz. Umacoisa ler o que o interveniente na notciadisse outra ouvir, at porque, mais de 30por cento da informao veiculada pelo quedizemos est no tom de voz e no timbre que

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  • 4 Joo Simo

    usamos. So estes interpretantes [que in-terpretam a palavra dita pelo jornalista], soba forma de sons, que o webjornal pode ir bus-car ao jornalismo radiofnico. Mais do quecitar, o webjornal pode oferecer o som ori-ginal do citado, caminhando assim para umjornalismo mais objectivo.1 Desta forma areproduo das declaraes gravadas escla-rece e completa o texto usado, oferecendomais informao e melhor compreenso.

    A desvantagem do udio assenta na lar-gura de banda que precisa para correr seminterrupes e nos lugares que mais comum-mente permitem livre acesso web no dis-ponibilizaram o udio. Lembremo-nos quecada vez mais o acesso que se tem duranteos dias da semana feito em espaos ondeo acesso geral e gratuito. Por estes moti-vos necessrio ter em conta que o ficheiroudio no deve ser de vital importncia paraa compreenso da notcia. O som deve sero complemento e interpretante do texto, ser-vindo para aprofundar a informao da not-cia e dar credibilidade s declaraes que soexplicadas no texto em discurso indirecto.

    2.2 VdeoSe a desvantagem do som a largura debanda que necessita, o vdeo encontra a umadesvantagem ainda maior por ser mais pe-sado. Embora no aKademia o modelo decompresso permita a um vdeo de cerca de50 segundos ter o mesmo tamanho de umaimagem, mas este necessita de um programade instalao gratuita para correr. Mais doque a cor da palavra, a verdade da imagemrecolhida no loca empresta noticia uma

    1 Joo Messias Canavilhas; Webjornalismo. Con-sideraes gerais sobre o jornalismo na web; BOCC[www.bocc.ubi.pt]

    veracidade e objectividade maior do que asimples descrio do acontecimento.2 noentanto sem dvida uma fonte de credibili-dade muito maior que outra qualquer.

    H duas formas de usar o vdeo numawebnotcia: de forma sincrnica e de formano sincrnica. A primeira, a sincrnica explicando de forma simples, as declaraesde algum, onde a imagem corresponde di-rectamente ao som escutado, por oposioa no sincrnica toda a imagem em queo som no corresponde fonte que directa-mente o produz. Posto isto o vdeo pode serusado numa webnotcia tal como o som paraaumentar a credibilidade e a informao in-terpretando o texto, ou usado quando umadescrio textual no chegue ou seja insu-ficiente para descrever algo. Um exemplontido que auxilia a compreenso disto umgolo num jogo de futebol. Por melhor queseja a descrio do mesmo nunca se asse-melha ao ver em vdeo o golo.

    2.3 Info-animaoH situaes cuja descrio textual insu-ficiente e por vezes quase intil. Vimos jno ponto anterior que nesses casos o mel-hor meio usar o vdeo, h porem situaesque no puderam ser filmadas, ou ter ou-tro registo qualquer. Assim assente nas de-scries de testemunhas pode-se fazer umareconstruo do caso que permita percebermais facilmente, mais rapidamente, e maisintuitivamente o que aconteceu. Devemosconsiderar ainda situaes de discrio com-plexa que esquemas animados podero maisfacilmente explicar e demonstrar.

    2 Idem

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  • aKademia, um modelo de webjornal 5

    2.4 ImagemO uso da imagem j banal na imprensaescrita e sendo ela uma ilustrao da rea-lidade, confere grande veracidade notciaque acompanha. No entanto na web estapode deixar de ser apenas uma ilustrao eganhar um carcter de ponto de partida paramais informao. Dentro de uma imagempodem ser colocados diferentes campos comlinks para outro qualquer elemento da not-cia. O exemplo disto mais usado no aKa-demia verifica-se nos chamados retratos defamlia das provas de doutoramento; nestafoto o webnauta pode saber de quem se tra-tava e aceder a mais informao sobre omembro do jri ou sobre o candidato, bas-tando para isso colocar o cursor em cima dapessoa e/ou clicar

    Na categoria de imagem esto tambm in-cludos os grficos, os esquemas, os organi-gramas, etc. Tudo formas de condensar in-formao e de lhe dar uma forma mais per-ceptvel e de mais fcil interpretao.

    3 Publicar ao segundo

    A rapidez com que as noticias so publica-das no aKademia uma das caractersticasoferecidas pela internet. Ser rpido no im-plica cortar na preciso e exactido do quese informa. Ser rpido implica dizer tudode forma clara, precisa, concisa, imparcial,numa escrita simples e rpida.

    A no periodicidade do aKademia e a ra-pidez da web faz com que as notcias devamser publicadas o mais rpido possvel. H noentanto factores que dificultam a rapidez dapublicao. Numa tpica notcia do aKade-mia h que para alm de escrever a pea edi-tar som, vdeo, tratar imagens e editar tudo

    isto para ser publicado na web. Por todos es-tes motivos a escrita da notcia o mais es-corrida possvel. Entendamos escorridacomo sendo o mais directa possvel contendoapenas informao, de forma clara e concisa.Por vezes esta forma de escrever pode noser a mais atractiva cumpre no entanto duascondies: para alm de permitir uma publi-cao mais rpida da notcia, permite aindatextos mais pequenos o que facilita a leiturano ecr.

    4 O modelo usado no aKademia

    A maioria dos jornais que encontramos on-line aplica o modelo impresso web. Namaior parte dos casos tratam-se de jornaisem papel que usam a web para depositar asnotcias publicadas em papel para poderemdizer estamos on-line e estimular os leitores compra. H casos de jornais que trabalhams on-line mas mesmo nesses a forma como trabalhada a noticia e formato em que sepublica no difere muito do modelo usadonos jornais em papel. J se comeam a usaros superleds na homepage com links paraa totalidade da notcia, mas isso como, epermitam-me a comparao, usar o telem-vel s para fazer chamadas. As potencialida-des que a web oferece so muito mais vastasque isso, e h que saber us-las.

    A web enquanto media no simples. Nocaso do jornal fcil, o veiculo o papel como texto e imagem esttica, na rdio o som,na televiso o som acompanhado de vdeo.Na web temos o texto, a imagem esttica, ovdeo, o som, e temos o hiperlink que podeunir todos estes elementos entre si. Porqulimitarmo-nos a uma aplicao dos velhosmedia a um novo? Porqu manter a mesma

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  • 6 Joo Simo

    estrutura de escrita quando a leitura e a pos-sibilidade de escrita so to diferentes?

    Foi com base em todos os pressupostosj apresentados que surgiu o modelo usadono aKademia. Tendo em conta as prede-finies da base de dados usada pelo aKa-demia, o PHP NUKE, o jornal apresenta-secom uma estrutura base com as noticias pu-blicadas em blocos no centro do portal iden-tificadas com uma pequena imagem que asinsere dentro dum tema. Na primeira pginaencontram-se as 10 ultimas noticias publi-cadas. O esquema da pgina segue as con-venes tpicas da estrutura de um site: umcabealho onde est o logtipo do jornal;uma coluna de navegao direita [ou es-querda do webnauta] onde se encontram osdiferentes temas do jornal, mais os mdu-los de navegao e opes do site; ao centrona maior rea esto os blocos de notcias; nacoluna da esquerda [ou direita do webnauta]esto os mdulos interactivos, com o login eos inquritos que possibilitam tambm o co-mentrio.

    At aqui o aKademia mais no fez queusar as convenes tpicas de estrutura, nave-gao e funcionamento dum site. A grandeinovao do aKademia s pode ser vista nosblocos de notcias e na forma como a noticia escrita.

    Na tradicional imprensa escrita a estru-tura de uma notcia no varia muito de jor-nal para jornal. Assim uma notcia coma cabea completa tem um antetitulo, umttulo, um superlead, j no corpo da notciao primeiro paragrafo recebe o nome de leadquando apresenta os 7ws ou em portugus, oqu?, quem?, quando?, onde?, como?, por-qu?, para qu?, no necessariamente poresta ordem. H ainda duas formas para or-denar os factos da notcia dentro desta es-

    trutura. A mais usada, a pirmide invertidae ainda a construo por blocos. A Pir-mide Invertida tambm conhecida por "APform"coloca no lead o climax, a informaomais importante, diminuindo gradualmenteo interesse da aco noticiada. A este mo-delo esto anexadas vrias qualidades, a cap-tao de interesse, a facilidade de leitura e apoupana de tempo, j que no necessriaa total leitura do artigo para a compreensodo mesmo. A Construo por Blocos pra-tica um lead atractivo ao estilo da PirmideInvertida, mas neste caso no imperativoque esta seja o clmax da notcia, depoisseguido por uma discrio de outros elemen-tos que no seguem por ordem decrescentede importncia. A construo por blocos frequentemente usada em reportagens dedimenso mdia, relatos de cerimnias ofi-ciais...

    Para escrever e publicar uma notcia naweb podemos tirar lies das estruturas etcnicas de redaco usadas na imprensa es-crita mas seria um erro aplica-las sem ter emconta que no estamos a escrever para ser pu-blicado em papel mas sim na web. A notciana web no apenas um relato textual massim uma interaco de diferentes elementosmultimdia. Quando escrevemos uma web-notcia no estamos apenas a usar caracteresmas sim e ao mesmo tempo imagem, som,vdeo, animaes e claro caracteres. Destaforma e usando todos estes elementos alia-dos ao hiperlink uma webnotcia carece deuma estrutura e tcnicas prprias.

    H primeira vista a estrutura usada noaKademia apresenta para uma webnotciaparecer apenas o comeo de uma notciada imprensa escrita; ter um ttulo e umsuperlead/lead a que passaremos a chamarsuperlead alargado. O ttulo em nada di-

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  • aKademia, um modelo de webjornal 7

    fere de um ttulo usado nos jornais impres-sos, deve ser curto, informativo, apelativo,activo. . . Quanto ao superlead alargado este de grande importncia pois simultanea-mente a notcia e o ponto de partida paraesta. Ou seja, haver leitores que apenas fi-caro pela leitura deste superlead alargado,mas outros haver que desejaro mais infor-mao sobre o assunto. Para estes o super-lead alargado contm os links necessrios aoaprofundamento desejado do tema. Por ou-tras palavras, quem ler o superlead alargadodeve ficar a saber o que se passou, onde equando com quem. Se desejar saber o comoe porqu sinal da vontade de alargar a com-preenso do tema e para isso usar os linkspresentes no superlead alargado. Pode aindaqueres saber mais sobre o que se passou,onde quando e com quem usando os linksque esses elementos tambm disponibilizampermitindo assim um aprofundar da noticiaao gosto e necessidade do leitor bem comoescolhendo este a ordem que lhe interessar.

    No superlead alargado sero usados pe-quenos cones que funcionaro como linkspermitindo saber de imediato ao leitor a quese est a lincar, se a um outro texto, se a umaimagem ou mesmo a som ou vdeo. Estescones cumprem ainda a misso de chamara ateno do leitor para os elementos essen-ciais da notcia no deixando assim fugir aateno do leitor. Sabe-se que a leitura nomonitor mais lenta e que o leitor tem ten-dncia a no ler palavra por palavra, assimestes pequenos cones fixam o leitor not-cia. Desta forma o leitor escolhe a profun-didade de informao que quer bem como aordem pela qual acede aos elementos infor-mativos. Estes elementos informativos soblocos de texto, imagens, vdeos e sons.

    A forma de escrever com este modelo

    torna-se mais exigente e mais complexa umavez que a frase no acaba no ponto final hque contar com a informao do link. Den-tro da frase o link um carcter tal comouma letra mas com a especificidade de poderser um bloco de texto ou at uma imagem,vdeo ou um ficheiro udio. Quando se es-trutura a frase h que ter em conta esse ele-mento pela activa e pela passiva. Isto , sea informao da frase s fica completa como elemento lincvel temos de ter isso emateno e no repetir a informao desse ele-mento, no entanto, o leitor pode no activaro link, logo a frase deve conter a informaodo link sob pena de no se perceber a noti-cia ou se perder informao importante. com esta dificuldade e complexidade que omodelo de escrita usado pelo aKademia tevede lidar. Assim a frase deve ser um elementoautnomo com o significado essencial com-pleto e ao mesmo tempo ser completada comelemento lincvel, evitando a redundncia.

    5 Interactividade epersonalizao

    Pela construo que se prope da notcia estaj por si interactiva, pois o webnauta es-colhe a ordem e a profundidade da infor-mao a que quer aceder. Como o graude ateno que se exige mais elevado owebnauta torna-se mais exigente que um lei-tor convencional, querendo assim mais quesimplesmente ler.

    O comentrio livre uma caractersticanecessria e cada vez mais exigida por queml na web. Permite ainda enriquecer maisnotcia porque acrescenta dados novos e criauma esfera de discusso em torno do as-sunto, e uma notcia com mais comentrios

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  • 8 Joo Simo

    confere-lhe mais importncia, logo maislida.

    Oferecer a possibilidade de se enviar awebnotcia por e-mail a um amigo, aindaoutra forma de interactividade muito interes-sante e til. Sabe-se que embora o acesso Internet seja algo individual um webnautapertence por norma a uma comunidade vir-tual formada por pessoas cujo o nico con-tacto o e-mail, os chats e os fruns. Estascomunidades virtuais so muito participati-vas e interessadas. Se um membro encontraalgo que seja do interesse comum partilha-o com os outros membros. Assim ofere-cendo a ferramenta que possibilite o enviodirecto e instantneo da webnotcia estimula-se a interactividade e a participao, dadoque os outros membros da comunidade vir-tual lero a webnotcia e podero eventual-mente coment-la.

    Na actual sociedade, uma [. . . ] sociedadecom acesso a mltiplas fontes de informaoe com crescente esprito critico, a possibili-dade de interaco directa com o produtor denoticias ou opinies um forte trunfo a ex-plorar pelo webjornalismo.3 Deve ser dis-ponibilizado e e-mail do produtor da web-notcia ou opinio bem como um link quepermita uma conversa em tempo real sempreque o jornalista estiver on-line.

    No que respeita personalizao quem formembro registado pode escolher segundo osseus desejos e critrios certas partes da for-matao de modo a que o webjornal fiquemais de acordo com o que deseja. Assimpara alm de poder submeter notcias podeescolher tambm quais os temas que quer verna manchete da sua rea e at mesmo queaspecto grfico pretende. Pode ainda rece-

    3 Ibidem

    ber no seu e-mail o tal lead mais alagado,estando sempre actualizado.

    A possibilidade de submeter notcias fazcom que a comunidade que l o aKademiase interesse ainda mais pelos assuntos abor-dados e que seja ao mesmo tempo mais de-sperta para a realidade em que se insere. As-sim quem l desenvolve mais o seu espritocrtico passando tambm a comentar mais asnotcias e a ser de uma maneira geral maisinterventivo, no s no webjornal mas comona sociedade.

    Devido ao pouco tempo em que o novomodelo esteve on-line a comunidade emtorno do aKademia era relativamente pe-quena, comeava no entanto a ser mais parti-cipativa e a despertar o interesse pelo modeloe pelo tema.

    6 Bibliografia

    Bibliografia citada

    CANAVILHAS, Joo Messias; Web-jornalismo. Consideraes geraissobre jornalismo na web; BOCC[www.bocc.ubi.pt]

    Bibliografia de pesquisa

    BARBOSA, Elisabete; Interactividade: Agrande promessa do Jornalismo On-line; BOCC [www.bocc.ubi.pt]

    BARBOSA, Susana; Jornalismo on-line: dos sites noticiosos aosportais locais; Agora.Net#2[www.labcom.ubi.pt/agoranet]

    CANAVILHAS, Joo Messias;Texto inteligente e qualidde(quase) zero; Agora.Net#1[www.labcom.ubi.pt/agoranet]

    www.bocc.ubi.pt

  • aKademia, um modelo de webjornal 9

    FIDALGO, Antnio; E-publishig ou osaber publicar na Internet; BOCC[www.bocc.ubi.pt]

    FIDALGO, Antnio; Precepo e ex-perincia na Internet; BOCC[www.bocc.ubi.pt]

    MACHADO, Elias; O ciberespao comofonte para os jornalistas; BOCC[www.bocc.ubi.pt]

    PUCCININ, Fabiana; Jornalismo online eprtica profissional: Questionamentossobre a apurao e edio de noticiaspara web; BOCC [www.bocc.ubi.pt]

    www.bocc.ubi.pt

    HiperlinkElementos multimdiaPublicar ao segundoO modelo usado no aKademiaInteractividade e personalizaoBibliografia