algarve informativo #53

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ALGARVE INFORMATIVO #53 1 AUREA volta a deslumbrar com «Restart» CAMINHADAS NO AMEIXIAL MÃE SOBERANA ACADEMIA DE DANÇA DE ALBUFEIRA ALGARVE INFORMATIVO #53 WWW.ALGARVEINFORMATIVO.BLOGSPOT.PT

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Revista semanal de http://algarveinformativo.blogspot.pt/

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  • ALGARVE INFORMATIVO #531

    AUREA voltaa deslumbrarcom Restart

    CAMINHADAS NO AMEIXIALME SOBERANA

    ACADEMIA DE DANA DE ALBUFEIRA

    ALGARVE INFORMATIVO#53

    WWW.ALGARVEINFORMATIVO.BLOGSPOT.PT

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  • ALGARVE INFORMATIVO #53 4

    ALGARVE INFORMATIVO #53, 16 DE ABRIL, 2016

    38 - Aurea

    46 - Academia de Dana de Albufeira

  • ALGARVE INFORMATIVO #535

    SUMRIO

    18 - Caminhar pelo Ameixial

    8 -Me Soberana

    Daniel Pina 8 Paulo Cunha 28

    Paulo Bernardo 30 Jos Graa 32

    Bruno Incio 34 Mirian Tavares 36

  • ALGARVE INFORMATIVO #53 6

    O Facebook uma maravilha, nohaja dvidas disso, uma verdadeirajanela aberta para o mundo, comtodas as vantagens e desvantagens que daiadvm. E se muito se fala do impacto que amais famosa rede social do mundo teve navida dos artistas, dos polticos, dosdesportistas, enfim, das figuras ditasconhecidas, ela tambm veio mexer com avida dos prprios jornalistas e de quem vivedo jornalismo.

    Ainda me lembro quando me iniciei nestasandanas, em 1998. Ningum falava deFacebook, Twitter, Google Plus ou Instagram,nem sequer tinha aparecido ainda o Hi5. Omais parecido que existia era o velhinho Mirc,mas para conversar entre amigos, pouco ounada utilizado para fins profissionais. Por isso,o jornalista de imprensa fazia o seu trabalho, asua notcia, entrevista ou reportagem erapublicada num jornal ou revista, fosse dirio,semanal ou mensal, e a histria normalmenteacabava por ali.

    Palavras a elogiar o trabalho, como normalem Portugal, poucas ou nenhumas. Setivssemos cometido um pequeno erro,podamos receber um telefonema a alertarpara o facto. Se o erro fosse maior, otelefonema era mais vigoroso, ou tnhamosdireito a uma carta a reclamar, ou at mesmoa uma visita pessoal do ofendido. Mas, nagrande esmagadora dos casos, e acredito queos meus colegas jornalistas partilhem damesma opinio, no fazamos a mnima ideiade como o nosso trabalho estava a serrecebido pelo pblico final. Depois, se calhar,volvidas umas semanas, ou meses,encontrvamos algum conhecido que l diziaOlha, gostei muito daquele teu texto!.

    Assim era o Jornalismo Antes-Facebook.Depois, o Mark Zuckerberg lembrou-se deinventar o Facebook e entrmos na era doJornalismo Depois-Facebook. Como sabido, a generalidade dos rgos decomunicao social tm as suas prpriaspginas nesta rede social, na qual inseremos links das notcias que remetem osfacebookianos para os respetivos stios deinternet desses jornais e revistas, e numpice somos bombardeados com as reaesdos leitores quilo que escrevemos, svezes antes mesmo dos textos serempublicados nas verses em papel. So osgostos ou desgostos, as caras sorridentesou irritadas, as partilhas, os comentriospositivos ou negativos, as opinies edesabafos. Por vezes, os tais telefonemas aavisarem que est para ali alguma coisaerrada no texto.

    No meio disto tudo, o que me faz espcie que todos os facebookianos de repentese transformaram em cronistas epseudojornalistas, despejando na redesocial as suas opinies, desabafos, crticasao poder local, a este ou aquele governanteou empresrio. Umas vezes com textos queso um verdadeiro atentado lnguaportuguesa, com acordo ou sem acordoortogrfico. Outras vezes com opinies queultrapassam o bom-senso, ao ponto de setornarem ofensivas, porque sabem que amaneira mais rpida de transmitirem a suamensagem aos visados, desde presidentesde cmara municipal ou junta de freguesia,a secretrios de estados e ministros, at aosenhor administrador deste banco oudaquela empresa.

    Liberdade sim, mas com cabecinhaDaniel Pina

  • ALGARVE INFORMATIVO #537

    a tal liberdade de expresso, comorapidamente disparam quando algum lhessugere alguma moderao, algum tento nalngua, neste caso, nas palavras que escrevem.Esquecem-se, porm, que a liberdade deexpresso no serve de desculpa para tudo,alis, a liberdade de uma pessoasupostamente termina onde a liberdade daoutra comea, porque h que respeitar ovizinho. Mas como que se mete isso nacabea de uma pessoa que, de repente,descobriu a ferramenta perfeita paradesabafar ou discutir sobre tudo e maisalguma coisa, doa a quem doer?

    Mas o que mais me chateia quando seaproveitam das notcias publicadas noFacebook por rgos de comunicao socialpara dizerem de sua sentena e, quando soaconselhadas a moderarem a linguagem, lvm com a conversa da liberdade deexpresso ou, pior ainda, com acusaes decensura, de que os jornalistas so unsvendidos, que apagam comentrios que

    possam comprometer contratos depublicidade. Essa nunca foi, nem ser, apostura do Algarve Informativo e bastaacompanhar com ateno as notcias queso publicadas no Facebook para perceberque alguns presidentes de cmara devemandar regularmente com as orelhasquentes com esta ou aquela crtica.

    O jornalismo deve ser isento de questescomerciais e por esse valor que sempreme pautei. Agora, quando comeam emataques pessoais, com palavras ofensivas,com desabafos que, por vezes, so maisextensos que a prpria notcia, porqueaproveitam o tempo de antena para atacartudo e todos, para lavar roupa suja napraa pblica, a, sim, h que moderar, quetentar colocar algum bom-senso naspessoas. No , nem nunca ser, por estarpreocupado em perder ou ganhar algumcontrato de publicidade. , sim, por saberque a liberdade de uma pessoa terminaonde a liberdade da outra comea .

  • ALGARVE INFORMATIVO #53 8

  • ALGARVE INFORMATIVO #539

    descrita como a maior manifestao de f a sul de Ftima e, a avaliarpelas muitas pessoas que acorreram a Loul, a afirmao pode bem serverdade. A cidade assistiu, emocionada, s duas festas da sua MeSoberana (primeiro a Pequena, depois a Grande). Sempre por entremuitos Vivas!, muitas lgrimas e muitos gestos de pura devoo.

    Texto: Fotografia:

    Duas festas para umaMe apenas: a Soberana

  • ALGARVE INFORMATIVO #53 10

    27 DE MARO (FESTA PEQUENA)

    A passo largo, o andor vaidescendo a famosa ladeira.Atrs de si dezenas depessoas seguem, como sede um farol-guia setratasse, o trajeto daqueles homens que,em ombros, carregam a imagem deNossa Senhora da Piedade. berma daladeira so tambm muitos os homens emulheres que, de leno a esvoaar,louvam a imagem de Nossa Senhora daPiedade. Quis o calendrio que o dia emque a religio Catlica celebra a Pscoacoincidisse com a Festa Pequena daMe Soberana. O ambiente no podiaser, por conseguinte, mais religioso. Oforte calor que se faz sentir vai muitopara alm da meteorologia: h naqueladescida (e naquela festa) um calor muito

    peculiar que advm da devoo, daentrega e da f que as pessoasdepositam na Me Soberana.

    Como se do cu descesse terra,todos os anos a Me Soberanamuda de morada por duas semanas.Vem do alto da sua ermida (oSanturio da Nossa Senhora dePiedade) para o calor das suasgentes. Para a Igreja de So Francisco,no centro da cidade de Loul, maisconcretamente.

    Desde que se lembra que CatarinaRocheta vai Festa da Me Soberana,seja a Grande, seja a Pequena. Noabdico de vir aqui todos os anos. Vertanta gente junta movida pela f muito bonito. Principalmente na FestaGrande, onde so ainda mais pessoas.

  • ALGARVE INFORMATIVO #5311

    Jesus e a sua me vieram ao mundopara nos salvar e esta uma maneira delhes prestarmos homenagem, diz, entrelgrimas. Magra, de rugas bem salientesno rosto e com 89 anos, a natural de ValeJudeu, uma aldeia prxima da cidade deLoul, recorda tempos antigos da Festa:Quando eu era criana, nos dois dias daFesta havia, a toda a volta do Santurio,muitas pessoas pobres, descalas, apedir. uma imagem que guardo. Hojej no acontece isso, o que no significaque a Festa seja melhor. Acutilante nacrtica que faz, Catarina Rocheta explicaprontamente a sua opinio. O que noto que antigamente as pessoas erammais movidas pela f. Ela sentia-se maisna Festa. Hoje as pessoas perderam a f.Vm aqui s por vir, argumenta.

    O avano dos tempose a Me Soberana

    Junto a Catarina est o seu filho JosSimo. De mos dadas e com um olhar

    ternurento para com a me vaibebendo cada palavra que ela diz. Huma cumplicidade que transborda.Porm, este carinho no o inibe dediscordar com a me. Aos 60 anostambm j assistiu a dezenas deFestas da Me Soberana e deixa umrecado: Eu acho, sinceramente, quea Festa tem acompanhado os avanosdos tempos. A minha me disse quenota menos f nas pessoas, mas aminha opinio que a f no tem deser pesarosa. Antigamente as pessoaseram mais pesarosas. Mas no porandarmos mais tristes que temosmais f, entende.

    A Festa Pequena , como o prprionome indica, de menor dimensoaquando comparada com a Grande.Vm-se, no Santurio, da descida daladeira, e em todo o trajeto que oandor faz at Igreja de SoFrancisco, muitas pessoas, mas tal uma nfima parte do nmero de fiis

  • ALGARVE INFORMATIVO #53 12

  • ALGARVE INFORMATIVO #5313

    que acorrem a Loul na Festa Grande.Jos Simo v nisso uma explicao fcil:A Festa Grande como que umregresso a casa; depois das duassemanas em que a imagem da MeSoberana esteve junto das pessoas,todos se querem despedir, de formasimblica, acompanhando-a noregresso, conclui.

    10 DE ABRIL (FESTA GRANDE)

    Desde manh cedo que em Loul sesente que o dia de Festa. As ruas estocortadas ao trnsito, as lojas abertas (aum Domingo) e ouve-se, quase de hora ahora, um estridente barulho de foguetesque anunciam que o dia , de facto,especial para aquela cidade.

    Contudo, da parte da tarde que sevivem o centro das festividades. Nestesentido, o Lar da Santa Casa daMisericrdia de Loul o ponto de

    encontro para muitas pessoas antesda procisso at ao Santurio daNossa Senhora da Piedade. ali queos muito respeitados homens doandor se encontram para, juntos,seguirem at esttua dehomenagem ao Engenheiro DuartePacheco, onde celebrada uma missa,antes da procisso que levar a MeSoberana de volta sua casa.

    O vice-presidente da CmaraMunicipal de Loul, Hugo Nunes, uma dessas (muitas) pessoas que porali se concentram. De sorriso no rosto,vai distribuindo cumprimentos e pinsalusivos Me Soberana. Conhecedor,de uma maneira privilegiada, daspessoas para quem, diariamente,trabalha (os louletanos) identifica aFesta da Me Soberana como sendomuito mais do que uma festareligiosa. Esta festa j se misturamuito com a identidade louletana e

  • ALGARVE INFORMATIVO #53 14

    com a relao que os louletanos tmcom a sua cidade, sublinha.

    Nesse sentido, a autarquia tempromovido um conjunto de iniciativasentre Festas (a Pequena e a Grande).Ano aps ano temos tentandoenriquecer o programa durante as duassemanas entre Festas. H todo umconjunto de associaes e coletividadesque tambm tem ajudado a estarealidade. Este ano, por exemplo, tenhode destacar a sesso que houve comLdia Jorge, na Igreja de So Francisco,onde nos explicou a prpria relao queela tem com a Me Soberana. Tenho aforte expectativa de que, no futuro, aFesta se prolongue, comeando antes daFesta Pequena, e acabando j depois daGrande, antev.

    Porm, a verdade que a FestaPequena ainda tida como menossignificativa do que a Festa Grande.Tal, para Hugo Nunes, no tem umaexplicao nica, mas sim vrias. Amaior de todas ser a beleza adicionalque h na subida da ladeira. Overdadeiro sacrifcio e empenho doslouletanos na sua ligao para com apadroeira muito mais forte na FestaGrande, conclui.

    Nunca vi nada assimJunto esttua de homenagem ao

    Engenheiro Duarte Pacheco est tudo apostos. A missa j acabou; os homensdo andor j chegaram. Nada maisfalta para que a procisso at ao altodo Santurio de Nossa Senhora da

  • ALGARVE INFORMATIVO #5315

    Piedade comece. No espaoso largo daesttua os fiis aguardam pelo seu incio.H novos, velhos, brancos, negros,portugueses e estrangeiros.

    Wolfgang Buarst alemo, est devisita ao Algarve, e foi a Loul depropsito para a Festa Grande da MeSoberana. De bon na cabea, vaiolhando e sorrindo para toda aquelaenvolvncia. Tenho uns amigos, quemoram em Armao de Pera, que medisseram que tinha de vir aqui hoje.Estou-lhes muito agradecido.Sinceramente, nunca vi nada assim.

    Wolfgang no consegue esconder aemoo ao ver a procisso a sair rumoao Santurio. Os olhos azuis tornam-seainda mais claros. A devoo daspessoas toca-me. uma manifestaode crena enorme. Em Nuremberga, deonde sou natural, no h esta paixo.

    Aquele gesto com os lenos emocionante. O turista, de visita aLoul, refere-se, com efeito, aoabanar dos lenos, em sinal derespeito e devoo, para com a MeSoberana que vai sendo repetido pormuitas pessoas.

    Quem ouve Wolfgang facilmentepensa que o discurso de algummarcadamente catlico-romano.Surpresa das surpresas, o alemo ,de facto, catlico mas protestante.Mesmo no conseguindo perceber oque foi dito, quer na missa, quer noscnticos, sinto-me cheio de f. Paramim, o ser protestante apenas diferenos rituais da missa; a verdade queesta Festa uma manifestao de fenorme e isso o que importa. Umacoisa certa: esta foi a primeira vezque vim c, mas no ser, comcerteza, a ltima, conclui.

  • ALGARVE INFORMATIVO #53 16

    Um regresso em formade at logo

    Desde a esttua ao Engenheiro DuartePacheco, passando pela Avenida Jos daCosta Mealha e pela Igreja de SoFrancisco, muitos j foram os metrospercorridos com o andor em ombros.Ainda assim, a fora dos homens do andorno fraqueja. O momento mais esperadode toda a procisso est prestes a chegar:a subida da ladeira. Aqueles homens,firmes no seu trabalho, comeam, empasso acelerado, a subir aqueles ingremesmetros, que antecedem o Santurio. Afora aplicada naquele passo, quase emde corrida, que as flores de amendoeiraque embelezam o topo do andor vodando pequenos saltos.

    Ao longo de toda aquela ladeira h

    dezenas de pessoas que vo louvandoa sua Me Soberana. O cenrio nico. Atrs do andor segue, tambm,muita gente. Se verdade que o ditadoportugus diz que para baixo todos ossantinhos ajudam, ali so as pessoasque ajudam a Santa a subir. A voltar acasa. H cordes de pessoas que voajudando os homens do andor na suardua tarefa. Ouvem-se suspiros decansao e palavras de incentivo paraaqueles que vo comeando afraquejar. De repente, ouve-se umsilncio logo seguido de uma salva depalmas. Viva a Me Soberana!, grita-se a plenos pulmes.

    Depois da descida na Festa Pequena,e da subida na Festa Grande, NossaSenhora da Piedade voltou a casa. Aoseu Santurio .

  • ALGARVE INFORMATIVO #5317

  • ALGARVE INFORMATIVO #53 18

    A p pelos encantos

    O fim de semana prolongado do 25 de abril vai ser palco do 4. Festival deCaminhadas do Ameixial, quatro dias de caminhadas em plena Serra doCaldeiro, onde o Algarve encontra o Alentejo, e com a misteriosa Escrita doSudoeste como pano de fundo. Percursos e passeios temticos, workshopstcnicos, palestras, atividades para famlias, momentos musicais, provasgastronmicas e muita animao prometem fazer as delcias de quem quiserpassar uns dias diferentes, no interior do concelho de Loul.

    Texto: Daniel Pina | Fotografia: D.R.

    ALGARVE INFORMATIVO #53 18

    do Ameixial

  • ALGARVE INFORMATIVO #5319 ALGARVE INFORMATIVO #5319

  • ALGARVE INFORMATIVO #53 20

    Arranca no dia 22 deabril, prolongando-seat ao feriado do 25de abril, a quartaedio do Festival deCaminhadas de Ameixial, umainiciativa da responsabilidade daCmara Municipal de Loul e daQRER - Cooperativa Para oDesenvolvimento dos Territrios deBaixa Densidade, dinamizada pelaProactivetur e Projeto ESTELA, quepromete colocar num alvoroocompleto, no bom sentido, estafreguesia do interior algarvio, emplena Serra do Caldeiro, onde oAlgarve d lugar ao Alentejo. E sehoje as caminhadas esto na moda,este foi o primeiro festival do gneroa nascer na regio, com diversasatividades associadas ao contatocom a natureza e ao bem-estar. Noconcelho de Loul existem muitospercursos pedestres marcados e aProactivetur, como empresa viradapara o turismo responsvel e para oecoturismo, decidiu criar um eventoque reunisse as pessoas que gostamde caminhar pela natureza, tambmpara desenvolver um territrio queest bastante afastado do litoral eque no muito frequentado.Antigamente, o Ameixial era umazona de passagem, no entanto, coma construo da autoestrada e doIC1, a EN2 ficou completamenteabandonada, indica BrunoRodrigues.

    O certo que o Ameixial umterritrio riqussimo a nvel

    paisagstico, etnogrfico egastronmico, mas igualmentepela Escrita do Sudoeste, queserviu de mote de partida paraeste festival. uma das primeirasescritas existentes na PennsulaIbrica e, no Ameixial e no BaixoAlentejo, foram encontradasestelas com gravaes da Escritado Sudoeste, explica o gelogo eguia, reconhecendo que ascaminhadas esto na moda e soum gosto transversal a todas asidades, estratos sociais enacionalidades. H quatro anos,os praticantes de caminhadafaziam-no para descobrir novosterritrios, para conhecerbotnica e fazer observao deaves, ou simplesmente parausufruir um pouco do patrimnionatural que temos. Desde ento,as pessoas descobriram,felizmente, que existe um mundopara alm dos centros comerciais,onde se sentem bem e voreconhecendo as suas heranasculturais. No s para perderumas gordurinhas para o Vero,mas porque ganham uma paz deesprito muito grande, analisaBruno Rodrigues, ele prprio umfervoroso adepto das caminhadase do trail running.

    Caminhadas que acontecemnormalmente logo pela manh,esteja sol ou faa chuva, estejacalor ou frio, mas nada impedeestes apaixonados de percorreralguns quilmetros at aos locais

  • ALGARVE INFORMATIVO #5321 ALGARVE INFORMATIVO #5321

  • ALGARVE INFORMATIVO #53 22

    de partida para, depois, fazeremmais uns quilmetros a p. Aspessoas ficam completamenteviciadas e fazem uma programaoanual das caminhadas quepretendem realizar, com os festivaisde caminhadas e com o programaMarcha-Corrida do InstitutoPortugus do Desporto e Juventude.E no se importam de acordar sseis da manh de domingo paraisso. O comodismo est a sercolocado de parte e as pessoas,atualmente, mexem-se a caminhar emexem-se para caminhar, indica ofarense, lembrando que h umgrande nmero de rotas pelo pastodo e que os prprios concelhos asassociam a outros pontos deinteresse local, tudo para cativargrupos e excurses.

    Equipamentos desportivos quenos so fornecidos pela natureza, ao

    contrrio dos outros, construdospela mo do homem custa dedezenas de milhar, centenas demilhar ou milhes de euros, e queh que rentabilizar o mximopossvel. Contudo, estas atividadesno esto isentas de custos,esclarece Bruno Rodrigues. Amarcao dos percursos implicadespesas com a limpeza,delimitao e sinaltica, mas asveredas j existem, umaquesto de classific-las eorganiz-las, frisa.

    Muito maisdo que caminhar

    Claro que organizar um festivaldesta dimenso bem maiscomplicado do que promover umasimples caminhada que ocupeuma manh e parte da tarde, isto

  • ALGARVE INFORMATIVO #5323

    apesar de, no Ameixial, j existiremcinco percursos permanentes Cortede Ouro, Azinhal dos Mouros,Revezes, Besteiros e a ligao doAmeixial Via Algarviana. Mas nstemos mais de 30 percursos epasseios temticos e familiares elongas caminhadas e, para alm dasquestes logsticas, h quecoordenar todo o evento com apopulao local. Quem ganha maiscom este Festival so os habitantesdo Ameixial, que tm que sepreparar para receber algumascentenas de visitantes numa aldeiaonde vivem apenas algumasdezenas de pessoas, evidencia oentrevistado.

    Percebe-se, de facto, que a enormeafluncia que o Ameixial registanestes dias muda por completo odia-a-dia da aldeia, da que tudotenha que ser preparado com odevido cuidado. Exemplo disso acoordenao com os restaurantes esnack-bares para garantir menuspara as diferentes refeies atravsda aquisio prvia de senhas. Umrestaurante que est habituado aservir 15 ou 20 refeies por dia noest minimamente preparado paraservir 100 ou 150, por isso, necessria essa antecipao. Parapernoitar, est disponvel,gratuitamente, um parque deautocaravanas da Junta deFreguesia do Ameixial, o campo defutebol fica disponibilizado paraquem quiser acampar, combalnerios e tudo, e h um salotambm para quem optar pelo saco-

    cama, adianta Bruno Rodrigues.Mas h tambm quem possapernoitar de maneira diferente,revela o elemento da organizao,com trs tendas de glamping disposio de quem quiser maismordomias, quase como seestivessem num quarto de hotel,com a exceo da casa-de-banhoprivativa.

    A afluncia ao Festival deCaminhadas do Ameixial temvindo a crescer de ano para ano e,para a presente edio, soesperadas entre 400 a 500caminhantes, mas o nmero depessoas envolvidas nas diversasatividades pode chegar ao dobro.Atividades que so variadas e quearrancam com jornadas tcnicas

    O gelogo Bruno Rodrigues integra a organizaodo Festival de Caminhadas do Ameixial

  • ALGARVE INFORMATIVO #53 24

    sobre glamping e a inaugurao de umaexposio de fotografias sobre as trsedies anteriores, onde os participantesvo partilhar alguns dos momentos queregistaram para a posteridade. Os outrosdias comeam com uma sesso de yogana eira, com uma vista soberba. Depois,para alm dos percursos marcados,vamos ter caminhadas com um pastor,interpretativas de botnica e geologia,de observao de aves, do patrimniohistrico e arqueolgico, com a Escritado Sudoeste. A mais longa ser aproposta do penltimo setor dosCaminhos de Santiago do Sul/EixoCentral, entre Salir e o Ameixial, outraacontecer entre o Ameixial eAlmodvar, de 25 quilmetros cadauma, antev Bruno Rodrigues.

    As partes da tarde sero preenchidascom workshops tcnicos sobrequestes alimentares, segurana nascaminhadas, primeiros-socorros,material desportivo, o que levar nascaminhadas, umas ministradas porrepresentantes de lojas especializadas,outras por quem est habituado arealizar longas caminhadas emautonomia. Queremos mostrar osdois mundos. No s as lojas dizeremo que bom para ns, mas queaqueles que andam no terrenopartilhem as suas experincias, o quefunciona bem ou no, salienta,continuando a olhar para o extensoprograma do festival, onde se incluemdiversas atividades orientadas para as

    As artes tradicionais do interior algarvio fazem parte dos atrativos do Festival de Caminhadas do Ameixial

  • ALGARVE INFORMATIVO #5325 ALGARVE INFORMATIVO #5325

    famlias e iniciativas culturais.Temos uma instalao artstica daautoria da Sara Navarro que, nosbado noite, vai cozer obras embarro numa fogueira, volta da qualvamos tambm fazer umachurrascada. Tudo com msica edana mistura, para que aspessoas tenham um fim-de-semanaparticularmente rico e cheio deexperincias diferentes.

    Terminar comum sorriso nos lbios

    Pode-se dizer, assim, que estamosperante umas minifrias, no paragozar na praia, piscina ou parqueaqutico, mas em redor da naturezae Bruno Rodrigues assegura que himensas famlias seduzidas por estasofertas. A pensar nisso existem,inclusive, caminhadas mais pequenaspara que as crianas consigamparticipar. Queremos que oAmeixial seja um local de reuniofamiliar, entre amigos, entrepessoas que partilham o mesmogosto pelas caminhadas e pelanatureza. noite, sentamo-nostodos mesa para aproveitar asiguarias da gastronomia serrana, asmigas com carne de porco, os ovoscom ervilhas, o po caseiro, osqueijinhos e presunto, o repastoperfeito no final de umacaminhada, descreve.

    E a olhar para o programa decaminhadas, depressa se constata

    que h alternativas para osadeptos da caminhada pura, mastambm para quem gosta deconhecer todos os pormenoresdos locais por onde vo passando,os tais passeios interpretativos.Nenhuma caminhada, mesmo asmais longas, se esgota nocaminhar apenas de pensamentona meta, pelo que todos os guiastm formao e conhecimentopara fornecer informao sobre oque vo encontrando. Nascaminhadas maiores no h tantotempo para isso, apenas umapontamento ou outro sobre ahistria do percurso. Os passeiostemticos foram uma tentativa dediversificar o programa e de ir aoencontro daquilo que o pblicopretende, sublinha BrunoRodrigues. Sempre houvepessoas mais apaixonadas pelageologia, botnica, histria, pelasaves, e queremos corresponder sexpetativas de todos oscaminhantes. A magia do festivalpassa igualmente por nunca sesaber exatamente o que se vaiencontrar, pois esta altura do ano tima para a observao deaves e de plantas, acrescenta ogelogo.

    Uma magia que comea no dia22 de abril, mas o pensamentoest j na edio de 2017, admiteBruno Rodrigues, pois no terrenoque se comea logo a analisar ofeedback dos participantes, apensar em coisas novas, a fazer

  • ALGARVE INFORMATIVO #53 26

    contatos com outros guias. Ou seja, amoda parece estar a deixar de sermoda, as caminhadas vieram paraficar e o Festival do Ameixial, que foi oprimeiro da regio destes eventos,quer continuar a crescer de ano para

    ano. Dando sempre aquilo que aspessoas procuram, conhecimento,harmonia, bem-estar, de maneira aque saem do Ameixial felizes,satisfeitas e com boas memriaspara o futuro, conclui .

  • ALGARVE INFORMATIVO #5327

  • ALGARVE INFORMATIVO #53 28

    Se impossvel dissociar o 25 de abril dahistria da msica contemporneaportuguesa, tambm verdade quemuito do que originou a revoluo dos cravoscomeou a ser construdo com palavras e notasmusicais. Para alm das estrias que ajudaram aconstruir a histria de um pas que iniciou umarevoluo poltica com msica, de salientar aimportncia que muitos msicos de vriosquadrantes musicais tiveram e continuam a ter na consciencializao cvica e poltica de muitosque (ainda) teimam em fazer a vida acontecer.

    Se atentarmos nas grandes revolues,registamos que sempre houve escritores,msicos, pintores e escultores na sua gnese, aprovocar e estimular a conscincia para aceitar amudana. Fernando Namora, no cadernoSentados na Relva afirmou que "A arte era onosso veculo de protesto; impunha-se que osromances e os poemas que escrevamos fossema voz desses homens cujo grito no era ouvido,fossem o registo de uma realidade inqua queurgia denunciar e resgatar.".

    Em Portugal as canes da resistncia assumiram uma funo social e poltica desde oprincpio dos anos 60, nomeadamente com aecloso da Guerra Colonial em Angola,Moambique e Guin-Bissau. Muitos foram ospoetas/msicos que encontraram a palavra e amsica exata para esse momento. Mesmoaqueles que, aparentemente, no entraram nadenncia do regime, escreveram letras e msicasonde a revolta estava alegrica, subliminar emetaforicamente presente.

    As canes de resistncia ou canes deprotesto, consideradas aps a revoluo deabril de 1974 como canes de interveno,eram constitudas por poemas e msicas de

    denncia e surgiam como forma de lutar por ummundo melhor. Possuam uma mensagemuniversalista, livre de qualquer constrangimentosocial ou poltico.Na sua base estiveram, muitas vezes, poemasque exprimiam o sentimento de um povooprimido e maltratado, com esperana deliberdade e justia social. Noutros pases,constituram, sobretudo, cano de protesto demovimentos pacifistas e antibelicistas.

    Passadas as campanhas de dinamizaocultural, as manifestaes de engajamentopartidrio e o exacerbamento panfletrio, eis-nos chegados a um tempo em que falamos desteperodo da histria da msica portuguesa jdevidamente enquadrado no sculo passado.Mas estar a msica de interveno jarrumada numa das estantes da histriadestinada a ser periodicamente revisitadasempre que chega abril? Enquanto msico eprofessor tenho feito a minha quota-parte paraque tal no acontea! Sei tambm que por estepas fora, muitos pedagogos, professores,divulgadores, jornalistas e msicos de vriosgneros musicais imprimem s suas dissertaes,aes culturais, criaes e apresentaesmusicais, toda uma carga ideolgica e cvica queno indiferente a quem os escuta e com elesdesperta para outra realidade diferente daquelaque nos vendida por muitos.

    Continuo a pensar que enquanto houver ummsico/poeta que consiga juntar as 26 letras doalfabeto portugus e as 7 notas musicais com ointuito de lutar pela manuteno e preservaoda liberdade e da justia social, continuar ahaver msica de interveno em Portugal. Atporque: Msico de interveno aquele queintervm para alm da Msica! .

    Intervir musicalmente?... Sempre!Paulo Cunha

  • ALGARVE INFORMATIVO #5329

  • ALGARVE INFORMATIVO #53 30

    O mundo aos ziguezaguesPaulo Bernardo

    Por imperativos da crise tive que crescerpara fora de Portugal e isso obrigou-me apassar muito tempo longe da famlia, osprimeiros a sofrer com a ausncia e distncia, mas,como se diz, o que haveremos de fazer? Depois,tenho os amigos para os quais quase no tenhotempo, mas a vida.

    Mas a distncia e a mudana constante delatitude tem duas grandes vantagens: uma quemostra e prova que o que se faz em Portugal,naquilo que hoje apelidado de produtos daquarta revoluo industrial, tem valor no mercado,e isso deixa-me bastante contente; por outro lado,essa distncia tambm me d mais frieza para verque Portugal est a ser levado por um caminhoque no augura nada de bom.

    O que chega por aqui so discusses incuassobre se o ministro devia usar gravata ou no,como se o mrito se avaliasse pela gravata, ou se ocarto do cidado discriminatrio. Chama-se aisso fazer p, ou seja, tentar esconder asverdadeiras discusses com coisas que no levamo pas a lado nenhum.

    Assim, vamos ser apenas competitivos pelapobreza e pela desgraa dos outros. Comoexemplo temos os polticos a falarem de melhoresanos de sempre no turismo, sem referir que anossa concorrncia est quase morta e que ospreos em Portugal no sobem.

    Meus amigos, assim no vamos l.Se quisermos mudar de sistema, temos que

    pegar o boi pelos cornos e discutir, os impostos, onosso sistema produtivo, a fuga de capitais, ointerior do pas, a nossa agricultura de primores, aexplorao de petrleo, o ensino, o grandeproblema da justia. No vale a pena andar porLisboa a discutir o sexo dos anjos, que isso s nosleva para o enriquecimento de alguns, para a fuga

    de crebros e empreendedores, para a criao demais problemas e para o empobrecimento do pas.

    No isto que eu pretendo para o paraso quePortugal . Eu fao a minha parte, crio emprego nomeu pas e no pas dos outros que me acolhem,desenvolvo produtos de valor acrescentado, tenhoa empresa no Algarve que uma periferia,participo na vida poltica, na vida associativa,estou a dar o meu melhor. Assim, o que peo aquem tem responsabilidades que faa o mesmoe no ande apenas a governar-se, em vez de nosgovernar.

    Nota da semana: Vai para os Benfiquistas deMaputo, nunca tinha visto nada disto. O amor queesta populao sente por um clube que fica nooutro lado do mundo. Desde os midos maispequenos em que os pais fazem um esforoenorme para ter um equipamento oficial, at aovelhote que se lembra do senhor Coluna e doEusbio. No por ser benfiquista, mas que impressionante .

    Figura da semana: Joo Vasconcelos, secretriode Estado da Indstria. Conheo o Joo no sei jdesde quando, fez-me ir numa noite de chuva deFaro Marinha Grande para assistir a um eventona poca em que ele estava a coordenar a ANJEpor l.

    O ltimo desafio juntos foi o apoio aosrefugiados, em que aceitei o repto e conseguimobilizar alguns recursos no Algarve paraenviarmos em conjunto com o resto do pas. Porisso, Joo, faz o que sabes fazer por este Pas, elenecessita de pessoas como tu .

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    No sei se hoje faz sol como habitualmente ouse So Pedro resolveu propiciar-nos com umdos raros dias cinzentos de chuva que afligemos nossos citadinos, no sei nem me interessa muitopois a situao de seca tende a agravar-se,classificando-se como seca severa em mais de metadedo pas e extrema em um por cento no Algarve,existindo j dfice de humidade no solo. No este ocenrio atual, mas at poder ser nos tempos maisprximos

    Na Pscoa de 2012, sei que choveu de formapersistente ou espordica durante quatro dos cinco diasque demora a percorrer de bicicleta a Via Algarviana,comeando com um banho torrencial no Cabo de SoVicente e com alguns aguaceiros no troo final entreVaqueiros e Alcoutim. Mas, nos ltimos tempos, notem sido assim e bom que os algarvios e asinstituies que se gerem as questes hdricascomecem a preocupar-se com a forma como utilizamosa gua na regio

    Para o leitor que est defronte do seu computadorlendo estas linhas a conversa poder ser estranha,nunca lhe faltou gua na torneira e os dias de chuva souma chatice medonha, prejudicando gravemente acirculao automvel nas cidades e entre elas, criandouma incmodas poas de lama aqui e alm e,particularmente, levantando sempre srias dvidas naescolha do vesturio mais adequado para enfrentarcada jornada de trabalho. Pior, prometeram-lhe umainfinidade de dias solarengos e no tem ondeapresentar a sua reclamao!

    Contudo, a semana que agora termina foi coroadacom uma notcia que pode parecer insignificante, masque far toda a diferena no futuro prximo dosalgarvios e da nossa relao com a natureza. Para almda resoluo a mdio prazo dos problemas de poluioda Ria Formosa, a construo da nova estao detratamento de guas residuais (ETAR) Faro/Olho serum fator de promoo da qualidade das guasbalneares no Algarve Central e, last but not least,concorrer para o fecho da Ecovia do Litoral unindoestas duas cidades do Sotavento e criar umaverdadeira alternativa ciclvel s bermas de EN125.

    As Ecovias do Algarve so infraestruturasvocacionadas para a utilizao de bicicleta,preferencialmente, sendo constitudas por quatro eixosprincipais: Ecovia do Litoral, Ecovia do Guadiana, Ecoviada Costa Vicentina e Ecovia do Interior.

    A Ecovia do Litoral uma infraestrutura (quase)contnua, constituda por doze segmentos, que percorretodo o litoral da regio ao longo de 214 quilmetros,desde So Vicente ao cais fronteirio de Vila Real deSanto Antnio, por caminhos prximos do mar queatravessam doze dos dezasseis concelhos do Algarve

    Por seu lado, a Via Algarviana uma Grande RotaPedestre (GR13) com uma extenso de 300quilmetros, na sua maioria instalados na serra algarvioe o itinerrio atravessa onze concelhos do Algarve,registando-se a preocupao de aproximar a via doslocais de maior interesse natural e cultural, bem comode servios de alojamento e restaurao, incluindoempreendimentos de Turismo Rural, aldeias tpicas dointerior algarvio, etc.

    Na ltima Bolsa de Turismo de Lisboa, foi apresentadaa Grande Rota do Guadiana (GR15) com cerca de 65quilmetros entre Alcoutim e Vila Real de SantoAntnio, unindo as vias j referidas e visando aafirmao do territrio do Baixo Guadiana como umazona pedestrianismo e de turismo de natureza, tendocomo grandes trunfos a paisagem, patrimnio,etnografia, atividade fsica e ar puro que enquadram osprodutos tursticos de Cycling & Walking.

    Ainda longe dos padres europeus neste domnio, oAlgarve j comeou a dar passos importantes para odesenvolvimento sustentvel da oferta neste domniopermitindo cumprir um dos objetivos do programaALLGARVE: viver todo o Algarve ao longo de todo ano.Faa chuva ou faa sol, deixe esse computador e vdescobrir o segredo mais famoso da Europa! .

    NOTA Poder consultar os artigos anteriores sobreestas e outras matrias no meu blogue(www.terradosol.blogspot.com) ou na pginawww.facebook.com/josegraca1966

    Todo o Algarve, todo o ano!Jos Graa

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  • ALGARVE INFORMATIVO #53 34

    O mar, o turismo e as portagensBruno Incio

    Desafiado pelo incansvel Daniel Pinapara colaborar com o AlgarveInformativo, inauguro neste nmeroum conjunto de crnicas onde procurareidestacar e comentar a cada escrita, um nmero,um facto, uma pessoa e um local. Sempre com oAlgarve em pano de fundo, procurarei dar o meusingelo contributo para a discusso no planopblico e meditico regional, espao que tantasvezes nos parece uma miragem. Aos que mederem a honra de ler as linhas que escrevo,agradeo a pacincia e o interesse.

    7615

    Este o nmero de veculos que em mdiapassou por dia na A22 no ltimo trimestre de2015. Este valor mostra um aumento consolidadoda procura desta via desde o terceiro trimestre de2013. Este mais um bom argumento parapressionar o Governo a reduzir as tarifas deportagem da Via do Infante. Passados quase cincomeses de governao do novo executivo e quasesete das eleies, impem-se decises tendo emconta que todos os partidos que elegeramdeputados pelo Algarve, apresentaram nos seusprogramas eleitorais a reduo ou a extino dopagamento.

    Taxa Turstica

    O municpio de Vila Real de Santo Antnio vaiimplementar uma taxa turstica. Quer isto dizerque o turista pagar 1 euro por noite (at ummximo de 7 euros) sempre que ficar emalojamento qualificado. Esta medida retoma umimportante debate que deve ser feito: oinvestimento que as entidades pblicas,nomeadamente as autarquias, tm que fazer para

    garantir servios pblicos de qualidade ao longode todo o ano, que um destino turstico deexcelncia exige. Das duas, uma: ou o Estadocentral reconhece esta especificidade e a retratana lei das finanas locais ou outras autarquias voseguir este exemplo.

    Vilamoura

    Foi considerada a praia mais acessvel do Paspor um conjunto de organismos pblicosnacionais. Duas razes levam-me a fazer estareferncia. A primeira porque a atribuio desteprmio mostra que a consolidao de um destinoturstico exige hoje um conjunto de investimentoscada vez mais exigentes e multifacetados que vomuito alm das bsicas condies deacolhimento. Depois porque Vilamoura soube aseu tempo se posicionar e investir narequalificao pblica urbana, tendo-setransformado num verdadeiro exemplo a seguir.

    Ana Paula Vitorino

    A Ministra do novo Ministrio do Mar visitou oAlgarve e falou com intervenientes do sector queagora tutela. um bom sinal para a regio, cujodesenvolvimento centrado na economia do martantas vezes tem sido castrado pela falta depolticas publicas para o incentivar. Questescomo a descentralizao para os municpios dagesto das frentes de mar, permitindo assim a suarequalificao e qualificao turstica ou o reforodo financiamento para a investigao acadmica ea consequente transferncia de conhecimentopara a economia, so algumas das matrias ondese espera ao e no apenas um Ministrio paraAlgarvio ver .

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  • ALGARVE INFORMATIVO #53 36

    O Brasil no um pas para principiantesMirian Tavares

    Tom Jobim disse um dia, a propsitodesse imenso e complexo pascontinental, que o Brasil no paraprincipiantes. Nos ltimos dias, muitos amigosme tm perguntado o que se passa no e com oBrasil. E tenho confessado alguma ignorncia.Porque j no vivo l h tantos anos que serialeviano dizer que compreendo perfeitamente oatual momento. Mas na verdade percebo. Pelofacto de l ter nascido e vivido grande parte daminha vida, porque sempre me interessei pelosprocessos de construo, de desconstruo e dereconstruo do pas.

    Estava na universidade quando o PT dava osprimeiros passos. Vivi no estado que elegeu oprimeiro governador do partido. Estava em SoPaulo quando o PT elegeu Luiza Erundina para orgo mximo do municpio. Foram, sem dvida,grandes anos. Eu fazia Mestrado em So Paulo ea cidade fervilhava de opes culturais eartsticas distribudas de forma gratuita, oumuito acessvel, um pouco por todo o lado.

    Senti tambm na pele, sendo nordestina, opreconceito contra a Presidente do municpio por ser mulher, de esquerda e nascida numestado do Nordeste do Brasil. Naquela altura jeram muitas as vozes que bradavam absurdoscomo volte para sua terra, como se a terrafosse pertena de algum; sobretudo uma terraespoliada e habitada por dezenas de povos quese misturaram e criaram, de alguma forma, umanao cuja identidade mltipla esimultaneamente nica.

    S quem est imbudo da lgica do pas podeperceber as diferenas abissais entre os estadosdo Norte/Nordeste e do Sul/Sudeste. No soapenas diferenas de hbitos e de costumes,

    mas de modos de pensar. H um enormepreconceito da parte mais branca e rica contra aoutra, que os primeiros julgam mais mestia ounegra e pobre. H, na verdade, um enormedesconhecimento do que so os outros e dassuas realidades. E este desconhecimento, quegera preconceito, alimenta a ideia, difundidapelo escritor Gilberto Freyre, de que o pas dividido em casa grande e senzala.

    O que se passa, neste preciso instante, svsperas de uma deciso que , acima de tudo,inconstitucional, uma espcie de folie a deuxpartilhada por milhes: derrubar o governoDilma acabar com a corrupo e reinstaurar atal ordem e progresso que est inscrita nabandeira nacional. tambm correr com o PTque se tornou corrupto e corruptor aps mais de12 anos de governo. Mas h um subtexto, que osprincipiantes no chegam a perceber: por umlado, a Presidente no corrupta, apesar depoder ser incompetente e pouco carismtica;por outro, os representantes da lei e da ordemesto, quase todos, implicados em processos decorrupo.

    Se Dilma cair, o pas vai ser entregue aos donosda casa grande que pretendem que o resto dopas continue a ser uma senzala. Meu paisempre foi um homem de direita. E votou emLula. E nunca se arrependeu. Eu, que sempre fuide esquerda, no apoio a permanncia no poderde um partido que perdeu seu rumo. Mas noposso aceitar que os suspeitos do costumeapaream como salvadores da ptria. Que umamtria, matriz identitria de um povo queprecisa se conhecer melhor, se quiser, uma vezmais, se reerguer .

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  • ALGARVE INFORMATIVO #53 38ALGARVE INFORMATIVO #53 38

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    volta a deslumbrarcom Restart

    Quatro anos depois do lanamento de SoulNotes, Aurea entrou de rompante em 2016

    com o seu terceiro lbum, de nome Restart,saltou num pice para os tops nacionais e

    voltou a evidenciar todo o seu talento. J compresenas confirmadas na Semana Acadmicada Universidade do Algarve e no Festival do

    Marisco de Olho, com um tremendo prazerque a diva do soul portugus regressa sua

    regio para cantar, conforme revelou emconversa com o Algarve Informativo.

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    39 ALGARVE INFORMATIVO #53

  • ALGARVE INFORMATIVO #53 40

    Aurea saltou para aribalta, em setembro de2010, quando se estreouno meio musical comum lbum homnimo,tendo de imediato sido consideradacomo uma das melhores vozesportuguesas da atualidade. No foi deadmirar, por isso, que Aurea tenhadisparado para o nmero 1 dos topsnacionais de vendas e alcanado adupla platina, feito de invejar numa

    poca em que cada vez se vendemmenos discos de msica.

    Um ano depois, novo disco, destafeita ao vivo no Coliseu dosRecreios, que obteve o mesmosucesso, merc da voz poderosa esedutora desta algarvia de gema,bem como da sua beleza e simpatiadeslumbrantes. 2011 que foi, defacto, o ano de afirmao de Aurea,vencendo o Globo de Ouro demelhor Artista a Solo e

  • ALGARVE INFORMATIVO #5341

    conquistando o trofu de melhorArtista Portugus dos MTV MusicAwards, feito que repetiu em 2012.Uma senda vitoriosa que prosseguiucom o segundo disco, Soul Notes, aatuar em inmeros festivais, a dar voza filmes de animao, a ser jri deprogramas de televiso, inclusive aser o rosto de uma conceituadamarca de automveis.

    Depois, um interregno, momento derecarregar as baterias, at ressurgir,no incio de 2016, com Restart, e ahistria parece destinada a repetir-se,pois saltou diretamente para os topsnacionais. E l comeou novamente aazfama das entrevistas para ateleviso, rdios, jornais e revistas,no h tempo para descansar,enquanto se prepara igualmente parair para a estrada, para os concertos aovivo, aquilo que verdadeiramenteapaixona os artistas. Felizmente, aresposta do pblico est a serbastante positiva, tenho recebidoimensas mensagens de carinho,apoio e incentivo e espero poderandar a cantar as minhas msicas, denorte a sul de Portugal, para estarmais perto das pessoas, confirmaAurea.

    Curiosamente, a silvense at estavaapostada em seguir uma carreira narepresentao e chegou a iniciar ocurso na Universidade de vora,nunca imaginando que a sua vidapessoal e profissional pudesse sealterar de um dia para o outro. Eu ea minha equipa sempre fizemos o

    nosso trabalho com toda adedicao e empenho, com oobjetivo de dar ao pblico omelhor de ns, mas os prmiosforam uma enorme surpresa e umincentivo para continuarmos afazer cada vez mais e melhor,sublinha, revelando que o clique, omomento em que tudo setransformou por completo, foi terconhecido Rui Ribeiro. Elepercebeu que eu gostava decantar, comps uma msica paramim, gravamos e mostrou o temaa uma produtora com quem eletrabalhava na altura. Elesgostaram, chamaram-me eperguntaram-me se eu queriagravar um disco, recorda Aurea.

    Os passos seguintes foramcongelar a matrcula nauniversidade e mudar-se paraLisboa e o resto da histria maisou menos do conhecimentopblico. Mas o sucesso nunca foium dado adquirido, at porqueAurea interpreta um estilo a soulmusic que no tem grandestradies em Portugal, ao contrriodo que sucede do outro lado doAtlntico e em alguns pases doVelho Continente. A escolha tevea ver com o meu gosto pessoal,com aquilo que me sinto maisconfortvel a cantar, com o gnerocom que me identifico mais. No, de facto, o estilo mais bviopara se ter xito, assim comocantar em ingls, mas ns temosque seguir aquilo que o nosso

  • ALGARVE INFORMATIVO #53 42

    corao nos diz. Apaixonei-me logopelos temas que o Rui Ribeiro compse estava descoberto o caminho quequeria percorrer, indica Aurea.

    Ora, como os dinossauros da msicadizem frequentemente, ter um sucesso relativamente fcil para quem temboa voz, subir ao topo est ao alcancede qualquer um que apresente umtrabalho de qualidade, o mais

    complicado depois manter-se l, construir uma carreira slida elonga, fazer um segundo disco, eum terceiro, com a mesmaqualidade. E, ouvindo Restart,fica-se com a plena convico deque Aurea, com os seus 28 anos,tem todos os pergaminhos para serbem-sucedida. Apesar disso, ajovem assegura que no est, nemnunca esteve nas nuvens. Sou uma

  • ALGARVE INFORMATIVO #5343

    mulher com os ps muito bemassentes na terra e, na altura em quelancei o primeiro disco, com 23 anos,tambm era uma mida bastanteconsciente daquilo que me rodeava,do que estava a fazer e das coisascom que podia, ou no, contar.Realmente, nada certo, o que nosobriga a estar constantemente atrabalhar, a evoluir, a oferecer coisasnovas ao pblico. O prprio pblico

    tem necessidades diferentes como decorrer do tempo e quem meouvia no Aurea, provavelmenteagora gosta de ouvir outras coisas.Da mesma forma, h pessoas quepodem no se ter identificado como primeiro disco, e agora gostamdeste, analisa.

    Um regresso s origensO sucesso , assim, imprevisvel

    neste mundo supercompetitivo emque todos os dias aparecem edesaparecem artistas e Aurea tinhaa lio bem estudada, mas admiteque reconfortante ter assinadopor uma grande editora como aSONY, um reconhecimento do seutalento. Eles so maravilhosos,assim que ouviram as minhasprimeiras msicas, falaram logocomigo e mostraram interesse emtrabalharmos juntos. Acreditaramem mim e espero que esta ligaose mantenha por muitos anos,afirma, sorridente.

    De olhos postos no futuro, Aureareconhece, porm, que a vida dosprprios artistas deixou de seresumir a compor msicas, grav-las num disco e interpret-las aovivo, sobretudo desde o adventodas redes sociais, em que os fsquerem acompanhar a par e passoo quotidiano dos seus dolos. Euencaro o meu trabalho como outraprofisso qualquer, com a mais-valia de que fao aquilo que

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    realmente gosto de fazer e isso sacontece porque o pblico me d essapossibilidade. Claro que a vida deartista mais exposta e temos quesaber lidar com esse facto. Umas vezesestamos mais vontade com essaexposio, noutras, nem tanto, masfaz parte da nossa vida, entende aentrevistada, que sempre foi maisreservada antes de se tornar umapopstar.

    Fama que, convm dizer, no veioalterar a essncia de Aurea, os seusgostos pessoais, os seusrelacionamentos, apesar do tempodisponvel, como natural, ser maisreduzido. Nunca abdiquei daquiloque me faz feliz. Nunca deixei de ir aosmesmos stios, de falar e estar com asmesmas pessoas, fao exatamente omesmo de antes. A diferena que, svezes, saio rua e as pessoas vmfalar comigo, pedem para tirarmosuma fotografia juntas, aponta, umarotina a que a artista j se habituou eque a enche de satisfao. um sinalque tm carinho por mim e isso timo.

    Rotinas de estrela que, na hora daverdade, poucos algarvios tmconseguido conquistar. Basta pensarque, durante quase duas dcadas, doAlgarve apenas saltaram para a ribaltaos IRIS e os Entre-Aspas, depois comViviane a seguir uma carreira a solo.Hoje, j temos tambm a Aurea eDiogo Piarra, mas talento no falta,certamente, na regio. H que serrealista, as coisas normalmente giramem torno de Lisboa e nem todos os

    jovens tm meios para se puderemdeslocar para a capital, paraarriscarem e investirem numacarreira na msica. Mas j ouviimensos projetos algarvios e sei queexiste bastante talento no Algarve,e em todo o pas, de uma formageral, responde a entrevistada.

    Quanto ao ttulo do lbum em si,Restart, um recomeo, umregresso s origens, tem algumsignificado especial para Aurea,quisemos saber, com a conversa j acaminhar para o seu trmino.Desde o Soul Notes, em 2012,foram quatro anos cheios deexperincias, de viver emoesnovas, de passar por algumasdesiluses tambm. Fiz um balanoda minha vida, do que j fiz at data, e senti que estava a comearde novo, que ia partir outra vez dozero, explica, j ansiosa por semeter estrada, pelos concertos aovivo, com o espetculo da SemanaAcadmica da Universidade doAlgarve ao virar da esquina.Andamos em ensaios, a fazerarranjos especiais para as atuaesao vivo, a preparar osalinhamentos, onde estar o disconovo, mas tambm temas antigos.Vai ser, sobretudo, um espetculofresco, animado, porque estamoscheios de vontade de meter empalco este Restart. E regressar aoAlgarve faz-me sempre muito bem.Adoro acabar os concertos e irdormir a casa dos meus pais, vai sermaravilhoso, conclui Aurea .

  • ALGARVE INFORMATIVO #5345

  • ALGARVE INFORMATIVO #53 46

    Academia

    Depois de ter estado em destaque em mais um Festival de Artes Infantil eJuvenil de Albufeira, onde conquistou o primeiro prmio da categoria dos 12aos 17 anos, a Academia de Dana de Albufeira participou em mais concursose as suas alunas voltaram a encher de orgulho os professores AngelikaMakarova e Konstantin Makarov. Uma semana antes de novo trofu, destafeita nos Olhos dgua, o Algarve Informativo viajou at Albufeira paraconversar com estes antigos bailarinos profissionais.

    Texto: | Fotografia:

    de Danade Albufeiracoleciona prmios

  • ALGARVE INFORMATIVO #5347 ALGARVE INFORMATIVO #52ALGARVE INFORMATIVO #5347

  • ALGARVE INFORMATIVO #53 48

    Angelika Makarova eKonstantin Makarov soos fundadores daAcademia de Dana deAlbufeira e os grandesresponsveis por tantos jovens desteconcelho fazerem aquilo que maisgostam na vida danar ainda quemuito poucos depois sigam a carreirade bailarinos profissionais. O certo que prmios no faltam no currculodos cerca de 80 alunos desta duplarussa, a esmagadora maioriaraparigas, dos 4, 5 anos, at aos 17,18 anos. Nessa fase da vida, tm querumar universidade ou entrar no

    mercado do trabalho e,infelizmente, a dana fica para trs.So poucos os que, em Portugal,conseguem fazer disto a suaatividade profissional, mas osmomentos perduram na memriae saem desta academia melhoresseres humanos, mais responsveis,com maior capacidade deorganizao e gesto do tempo,at de se relacionarem uns com osoutros.

    Radicados no Algarve h mais deduas dcadas, Angelika eKonstantin trabalharam vrios

  • ALGARVE INFORMATIVO #5349

  • ALGARVE INFORMATIVO #53 50

    anos como bailarinos para os Casinos doAlgarve antes de criarem a Academia deDana de Albufeira, em 2005,vocacionada para a dana clssica,contempornea e sapateado. A

    clssica porque a base de todos osoutros tipos de dana, o sapateadoporque a especialidade doKonstantin, justifica Angelika,acrescentando que o nmero de alunos

  • ALGARVE INFORMATIVO #5351

    foi crescendo de ano para ano, face qualidade do trabalho queapresentavam. As pessoas acreditamem ns e temos, atualmente, novegrupos, de acordo com as idades e asdisciplinas em que andam. A escolaest aberta a todos os interessados emexperimentar, no fazemos audiespara escolher as crianas que entramou no, esclarece Konstantin.

    Grupos divididos por disciplinas eescales etrios, com menos horas detreino por semana para os mais novos,como normal, at porque, no incio, ascrianas e os pais tm que perceber se mesmo aquilo que desejam. Mes que,de tanto irem levar as filhas s aulas,

    acabaram por ficar com o bichinho,existindo, por isso, um grupotambm de adultos e que participaregularmente nos espetculos daAcademia de Dana de Albufeira.Dizem-nos que muito bom paraesquecerem os problemas dotrabalho e de casa durante umahora, a trabalhar o corpo, a danar, agastar energia, aponta Angelika,garantindo que no necessrio terum corpo de medidas perfeitas paraentrar para a escola, sejam adultosou crianas. No entanto, temosregras bem definidas e rigorosas e,ao fim de um ms ou dois, digo sque tm uns quilinhos a mais parafazerem uma dieta, admite.

  • ALGARVE INFORMATIVO #53 52

    Regras que so para cumprir, alis, origor, a disciplina, o enfoque para osresultados, so tradicionais na culturarussa. Os pais dos alunos isso mesmoreconhecem e a primeira preocupao que os filhos tenham uma atividadefsica saudvel, que ganhem outro bem-estar. Quando os filhos comeam aparticipar nos concursos de dana,levam mais a srio a vertente artstica.At reclamam quando o filho no escolhido para um espetculo, revelaKonstantin, consciente que muitasdestas raparigas no vo fazer disto oseu ganha-po. Isso no as impede,contudo, de continuarem a suacaminhada e o casal confirma quealgumas alunas esto na Academiapraticamente desde a sua fundao.

    Outras comearam h poucos dias evo ter mais dificuldade em entrarno grupo, em chegar ao mesmopatamar. Tm que se esforar mais,empenhar-se, porque eu no possoandar com as outras para trs,justifica o antigo bailarinoprofissional.

    Rigor, disciplinae vontade de vencer

    Ballet, dana contempornea, decarter, jazz e sapateado so asdisciplinas lecionadas na Academiade Dana de Albufeira, com hip-hop eoutros estilos a serem alvo apenas deworkshops com outros professores.Em qualquer estilo, as alunas sabem

  • ALGARVE INFORMATIVO #5353

  • ALGARVE INFORMATIVO #53 54

    que no h espao para distraes,para faltar quando a praia pisca o olho,ou quando se est mais cansada daescola. So bastante certinhas, comboas notas na escola, tm tudo muitobem programado. Temos, no mnimo,cinco espetculos por ano emAlbufeira, portanto, h objetivosconcretos para atingir. E a estessomam-se as participaes emconcursos e festivais e atuaesnoutras cidades do Algarve e do restodo pas, salientam Angelika eKonstantin.

    Em jeito de brincadeira, Angelikaavisa logo as suas alunas de que proibido ficarem doentes. JKonstantin diz que os prprios paismarcam as frias de famlia paraalturas em que prejudiquem o mnimo

    possvel os ensaios e espetculos,reflexo da seriedade com queencaram o trabalho desenvolvido naAcademia de Dana de Albufeira. Epara todo este sucesso contribui ofacto das aulas serem focadas emespetculos concretos e com datamarcada, no se anda ali apenas aaprender uns passos de dana. Ospais incutem nos filhos a noo deque o mais importante participar,que ganhar no fundamental,mas ns somos russos, temos umamentalidade vencedora, por isso,queremos fazer sempre o melhor ede olhos postos nos primeirosprmios, frisa Konstantin.

    No entanto, nem tudo so rosasneste ramo e Angelika lamenta quese abram tantas escolas de dana

  • ALGARVE INFORMATIVO #5355

    sem docentes profissionais a dar aulas.Ns fomos bailarinos profissionais,mas tambm temos diplomas deprofessores certificados pelaAcademia de Dana da Rssia,sabemos o que estamos a fazer. Comoisso no acontece em todas asescolas, normal que os seusresultados nem sempre sejam bons eque as nossas alunas estejam semprea ganhar prmios, salienta Angelika.Mesmo assim, quando chega a alturade selecionar os cursos, muitos paisdizem s filhas para escolherem outraprofisso, porque na dana difcilarranjar trabalho, o que verdade.Quando querem realmente serbailarinas ou professoras, tm quetomar essa deciso bem cedo e

    pensar logo numa escola superiorde dana.

    Tal no significa que os anospassados na Academia de Dana deAlbufeira sejam um desperdcio,antes pelo contrrio, por tudoaquilo que j se disse e muito mais.Estas raparigas aprendem cedo alidar com a presso, com horriosapertados, com objetivos rigorosos,a ter uma mentalidade vencedora,mas tambm convivem com acultura, interpretam todos os estilosde dana, ouvem msica durante asaulas. Mas Albufeira uma cidadedifcil para se criar bailarinos,porque os pais tm negcios nahotelaria e restaurao e nem

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    sempre fcil trazerem os filhos saulas. Depois, quando so maisvelhos, h muitos alunos quecontinuam no negcio de famlia,observa Konstantin.

    Seja que caminho decidirem seguir,os prmios, esses, ficam para aposteridade e ainda recentemente aAcademia de Dana de Albufeiraparticipou no Danarte com cincodanas de sapateado, tendo sado dofestival com o primeiro lugar noescalo dos 8-10 anos, o primeiro lugarem dueto 11-13 anos, o primeiro lugarem sapateado dos 14-16 anos,primeiro lugar em dueto 17-25 anos e

    um segundo lugar em sapateadodos 11-13 anos. Ou seja, em cinconmeros, quatro primeiros lugares eum segundo. E mais eventos estona agenda, o prximo j no dia 23de abril, um torneio de danas desalo nos Olhos dgua. Aulas quecontinuaro a ser apenas emAlbufeira, apesar das vriasabordagens para se estenderem aoutros concelhos do Algarve.Albufeira a nossa casa, estaacademia a nossa famlia, aquique queremos ficar, finalizamAngelika e Konstantin, j a olharpara o relgio porque iam arrancaras aulas deste dia .

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  • ALGARVE INFORMATIVO #53 58

    ATUALIDADE

    ALUNOS DE ALBUFEIRACOM NECESSIDADES ESPECIAISTM AULAS DE NATAO ADAPTADA

    O Municpio de Albufeira, o FutebolClube de Ferreiras e o Agrupamentode Escolas de Ferreiras firmaramum protocolo de colaborao com o objetivode criar uma turma de natao adaptada, nasPiscinas Municipais, dirigida aos alunos comnecessidades especiais. Duas vezes porsemana, este grupo de 20 jovens com idadescompreendidas entre os 6 e os 14 anos tem aoportunidade de ter contacto com a gua,quer atravs de aulas de adaptao ao meioaqutico quer de natao adaptada.

    Os alunos frequentam os estabelecimentosde ensino EB1 de Paderne, EB 1 de Ferreiras eEB 2,3 Professora Diamantina Negro e tmem comum o facto de possurem limitaessignificativas que os obrigam a ter umcurrculo especfico adaptado s suasnecessidades educativas especiais. Estasaulas esto integradas no plano educativo decada aluno com o intuito de ajud-los adesenvolver a sua autonomia, interaosocial, comunicao, entre muitas outras

    competncias, explica Maria ManuelGenelioux, professora responsvelpelo projeto.

    As aulas so dadas por Paulo Sousa,licenciado em Educao Fsica comespecialidade de Natao e Treinadorde Desporto para Deficientes que,desde 2015, integra a equipa deNatao do Futebol Clube deFerreiras. Pretendemosproporcionar aos jovens comnecessidades educativas especiais apossibilidade de terem contacto coma natao, ensin-los a nadar e

    oferecer-lhes uma atividadecomplementar ao currculo escolar,salienta Antnio Colao, presidente doFutebol Clube de Ferreiras. O dirigentedestaca o envolvimento de Snia Demtrio,responsvel pela modalidade de Nataodo clube e lder deste projeto, e tambm daAssociao de Solidariedade com asCrianas Carenciadas do Algarve (ACCA) edo Laranjal Golf Quinta do Lago, parceirosdo Futebol Clube de Ferreiras na rea daNatao Adaptada.

    A Cmara Municipal de Albufeira apoia oprojeto atravs da cedncia da utilizaodas Piscinas Municipais e do transporte dosalunos. Numa sociedade que se pretendejusta e desenvolvida, queremos que estesjovens tenham um tratamento que, sendodiferenciado, promove a igualdade detodos, defende Carlos Silva e Sousa,garantindo que a Cmara Municipal ir darcontinuidade ao programa que dignificaAlbufeira e os albufeirenses .

  • ALGARVE INFORMATIVO #5359

  • ALGARVE INFORMATIVO #53 60

    ATUALIDADE

    SERVIOS DA UMS DE ALCOUTIMVO SER MELHORADOS

    O Municpio de Alcoutim, representadopelo presidente, Osvaldo dos SantosGonalves, e a Administrao Regionalde Sade do Algarve (ARS Algarve),representada pelo presidente do ConcelhoDiretivo, Joo Moura Reis, assinaram, no dia 12de abril, um protocolo de colaborao que visamelhorar a prestao de cuidados de sade populao do concelho, designadamenteatravs da Unidade Mvel de Sade (UMS). Odocumento prev o alargamento dos serviosprestados pela UMS, nomeadamente com arealizao de consultas domicilirias, quermdicas quer de enfermagem, promovidas porprofissionais afetos ARS, assim como oalargamento do horrio dos servios prestadospor esta unidade de sade.

    Osvaldo Gonalves, presidente da autarquia,

    garante que o acordo agora assinado irpermitir uma melhoria dos servios de sadeprestados no territrio do concelho, face snecessidades diagnosticadas. O que sepretende , atravs da otimizao dosrecursos humanos, financeiros e materiais,proporcionar aos cidados o acesso aservios de sade de maior proximidade equalidade, frisa o autarca.

    A UMS est especialmente vocacionadapara a preveno, vigilncia de sade eauxlio na realizao de consultas mdicasdomiciliares programadas pelo mdico defamlia, bem como a prestao de cuidadosde enfermagem populao mais idosa ecom mais dificuldades de acesso aos serviosde sade .

  • ALGARVE INFORMATIVO #5361

  • ALGARVE INFORMATIVO #53 62

    ATUALIDADE

    FIDELIDADE DOOU SETE MIL EUROSAO MUNICPIO DE CASTRO MARIM

    A Fidelidade Companhia de SegurosS.A. atribuiu um donativo, no valor desete mil euros, ao Municpio de CastroMarim. O valor doado pela Seguradora aoMunicpio, ao abrigo do Estatuto dos BenefciosFiscais, foi este ano destinado ao mecenatocultural, que se traduziu na aquisio de novosinstrumentos para a Banda MusicalCastromarinense.

    A prioridade dada este ano ao mecenatocultural insere-se tambm na poltica social domunicpio, na rea da educao, em particularno papel da Banda Musical Castromarinenseenquanto motor de construo dapersonalidade dos jovens do concelho eformao de novos talentos. Os novosinstrumentos musicais permitiro BandaMusical Castromarinense a execuo de outraspautas, indo ao encontro das necessidades

    elencadas pela direo ao executivomunicipal.

    O ato de entrega do donativo decorreu, nodia 14 de abril, na Casa da Msica, em CastroMarim, local que serve de sede BandaFilarmnica e onde funciona a Escola deMsica. A Banda Musical Castromarinense a instituio cultural mais antiga do concelhode Castro Marim, com 91 anos de existncia,desempenhando um papel fundamental navida cultural do municpio e na formaomusical das crianas e jovens. FilomenaSintra, vice-presidente da Cmara Municipale vereadora do pelouro da Cultura,congratulou-se pelo apoio concedido,salientando a gratido do municpio a todosos que tm contribudo para o perdurar deanos desta atividade .

  • ALGARVE INFORMATIVO #5363

  • ALGARVE INFORMATIVO #53 64

    ATUALIDADE

    GUAS DO ALGARVE INVESTE QUASE 14MILHES DE EUROS NA ETAR FARO-OLHO

    Realizou-se em Faro, nodia 15 de abril, noedifcio sede da guasdo Algarve, SA com a presenado Secretrio de Estado doAmbiente, Carlos Martins, aassinatura do Contrato deEmpreitada para a Conceo Construo da ETAR de Faro-Olho, entre a guas do AlgarveSA (representada peloPresidente Joaquim Peres e aAdministradora Isabel Soares),e o Consrcio Oliveiras SA/Acciona Agua SA, (representadapor Carlos Simes e EmanuelCorreia), no valor de 13 milhese 900 mil euros. Presentes neste ato estiveramtambm os Presidentes das Cmaras Municipaisde Faro, Rogrio Bacalhau, Olho, Antnio Pinae de So Brs de Alportel, Vtor Guerreiro.

    Atualmente, na sua grande maioria as guasresiduais geradas na cidade de Faro so tratadasna ETAR de Faro Nascente, localizada a cerca de2,5 km a Este desta cidade e implantada emterreno localizado neste concelho. A atual ETARde Olho Poente localiza-se a cerca de umquilmetro a Oeste da cidade de Olho, noconcelho de Olho. As infraestruturas detratamento existentes encontram-sesubdimensionadas face s condies deafluncia (qualitativa e quantitativa) atuais eassentam em sistemas de lagunagem, que serevelam desadequados face aos nveis dequalidade agora exigidos para o efluentetratado a descarregar no meio recetor.

    Neste contexto, foi elaborado o Estudo Prviodo Sistema Intermunicipal de interceo etratamento de guas residuais de Faro e Olho,

    tendo-se concludo que a soluo tcnico-economicamente mais vantajosacorresponde construo de uma nica ETAR futura ETAR de Faro-Olho no local daatual ETAR de Faro Nascente, com aconsequente desativao das atuais ETAR deFaro Nascente e ETAR de Olho Poente eligao do subsistema de saneamento deOlho Poente nova ETAR. Assim, a futuraETAR de Faro-Olho ir situar-se no local daatual ETAR de Faro Nascente, no concelho deFaro, freguesia da S, a cerca de doisquilmetros a Este da cidade de Faro, numaparcela no local do Stio da Garganta, includana zona lagunar da ria Formosa.

    A nova infraestrutura assegurar otratamento dos efluentes produzidos noconcelho de Faro (freguesias Unio deFreguesias de Faro, Unio das Freguesias deConceio e Estoi), concelho de So Brs deAlportel (freguesia de So Brs de Alportel) ede Olho (freguesias de Olho, Pecho eQuelfes). Tratando-se de uma ETAR cujo

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    processo de tratamento ter de ser capaz deproduzir um efluente final de elevada qualidade,de acordo com os parmetros definidos peloNormativo de Descarga lhe foi imposto pelaDeclarao de Impacte Ambiental (DIA).

    Esta ETAR de Faro-Olho um projeto hmuito desejado, sendo o mesmo de elevadaimportncia, quer para os trs concelhosenvolvidos (Olho, Faro e So Brs de Alportel),quer para o meio ambiente. Enquadra-se aindanesta obra o projeto alusivo ao SistemaElevatrio de Olho, cujo valor acumulado(ETAR + Sistema Elevatrio) envolve uminvestimento total da guas do Algarve SA de 22milhes, 597 mil e 500 euros. A dimenso desteinvestimento na nossa regio permite contarcom o apoio de Fundos Comunitrios doPOSEUR no valor de 85 por cento.

    A decorrer a bom ritmo est igualmente aelaborao do projeto para lanamento doconcurso do Sistema Elevatrio de Olho eposterior Reabilitao das EstaesElevatrias de Faro e Olho. Para odimensionamento do Sistema e respetivasreabilitaes sero adotados os valoresestipulados no Estudo Prvio do SistemaIntermunicipal de Interceo e TratamentoDe guas Residuais de Faro e Olho. AEstao Elevatria do Sistema Elevatrio deOlho ser instalada na ETAR de OlhoPoente, situada a aproximadamente a umquilmetro a Oeste da cidade de Olho, maisconcretamente na Ilha da Lebre (Salinas doAfinco) .

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    ATUALIDADE

    ESTRADA ENTRE FALFOSAE SANTA BRBARA DE NEXEVAI SER REPAVIMENTADA

    Foi celebrado, no dia 14 de abril, mais umcontrato de execuo de uma obraintegrada do Faro Requalifica,programa municipal de melhoria da rede viriae de espaos pblicos da cidade e freguesias.Trata-se, desta vez, da empreitada derepavimentao da EM520, entre Falfosa eSanta Brbara de Nexe, com o objetivomelhorar as condies de segurana e confortoda ligao naquela via, a qual no recebiaqualquer melhoramento h mais de dez anos.Os trabalhos consistem na repavimentao enivelamento de todo o troo, no arranjo das

    bermas e na implementao de sinalizaohorizontal e vertical.

    Esta empreitada, uma das maissignificativas do programa, foi adjudicada aoconcorrente Candeias & Silva Lda., pelomontante de 120 mil e 286,85 euros, maisIVA taxa legal em vigor. A interveno, cujoinvestimento na totalidade da cmaramunicipal, vem dar resposta a reivindicaesantigas da populao da freguesia de SantaBrbara de Nexe, melhorando o acesso sdiversas localidades da freguesia .

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  • ALGARVE INFORMATIVO #53 68

    ATUALIDADE

    QUARTEIRA QUER LIGARPASSADO, PRESENTE E FUTURO

    Arrancou, no dia 13 de abril, o programacomemorativo do Centenrio daFreguesia de Quarteira que irapresentar, at 12 de abril de 2017, vrias aessubordinadas ao tema Da Histria Contemporaneidade construindo o territrio ereligando pessoas, numa iniciativa promovidapela Cmara Municipal de Loul, em parceriacom a Junta de Freguesia de Quarteira, e com oforte envolvimento da sociedade civil. Osobjetivos gerais deste programa passam porhomenagear os quarteirenses que, ao longo deum sculo, construram o territrio, aprofundaro conhecimento da histria local e perspetivar ofuturo de Quarteira para as prximas dcadas,alicerando num conhecimento real e fazendo-ode forma colaborativa e participativa.

    Para esse fim foi criada uma Comisso de

    Honra, composta por quarteirenses dediversos quadrantes sociais, quecontriburam, na sua rea, para odesenvolvimento da sua terra: Lusa Pontes(presidente da Comisso), professoraaposentada, ex-vereadora da CmaraMunicipal de Loul e profunda conhecedorada memria coletiva e da histria oral destaterra; Telmo Pinto, presidente da Junta deFreguesia; Gilberta Alambre, ligada reasocial de Quarteira; Hlder Rita, durantemuitos anos presidente da QUARPESCA epersonalidade representativa da comunidadepiscatria; Isidoro Correia, autarca local eamante e conhecedor da histria deQuarteira; Joo Soares, empresrio ligado aoturismo e proprietrio do Hotel D. Jos; JooFelizardo, homem ligado ao associativismodesportivo e social; Lus Guedes, operrio,

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    oriundo dos estratos mais populares; JooCarlos Santos, jovem promissor desta terra,interessado no estudo da histria de Quarteiracom obra publicada e membro da AssembleiaMunicipal de Loul; e Isolete Correia, diretorada Marina de Vilamoura e que est ligada aosprimeiros momentos de desenvolvimento doprojeto de Vilamoura.

    Apesar do programa ainda no estar fechado,de entre as aes a realizar ao longo de2016/2017 destacam-se os Laboratrios daMemria, espaos de partilha e de afetos quepretendem, atravs do recurso fotografia,contar a histria e as estrias das instituies dafreguesia; Ns ao Espelho, um programa deexposies temticas; O Longe Aqui, com aparticipao de msicos de fora a trabalhar comartistas de Quarteira; Dar Cor freguesia,com um programa de arte urbana com osartistas locais; Sou do bairro e convido-te a,programa de interseco entre as artes e osbairros sociais que permitir visitas aos bairros euma maior integrao dos bairros nacomunidade; Ser presidente de junta por umdia, programa para as escolas do 1. ciclo dafreguesia que possibilitar os vencedores depassarem um dia a ser eles os presidentes dejunta; Quarteira em 2027, um concursopara o 2. e 3. ciclos e ensino secundrio ondeas turmas vo concorrer com ideias a nvel deurbanismo para a freguesia e as vencedorassero expostas; Galeria de autarcas defreguesia, ao longo dos 12 meses serohomenageados, durante um ms, os executivosmunicipais desde 1916; Conversas volta doPoder local democrtico, ciclo de confernciassobre o poder local, com especialistas namatria de vrias universidades portuguesas;Quarteira em livros, edio de livros sobre afreguesia; Memria futura, trabalho devideomapping sobre a histria de Quarteira queser apresentado na noite de 12 para 13 de abrilde 2017.

    Pretende-se, ainda, que neste ano se inicie oCentro de Artes Contemporneo em Quarteira,que pretende ser um centro de criao artsticapor excelncia, ligado s artes performativas evisuais. Quanto s escolhas para integrar a

    Comisso, Vtor Aleixo considerou quemuitos outros teriam aqui lugar mas queestes nomes so bem representativos deQuarteira. Esta uma Comisso de genteprestigiada, que vai dar a cara por esteprojeto e que vai ter um papel muitoimportante nestas comemoraes,considerou o presidente da CmaraMunicipal de Loul.

    O autarca adiantou ainda que seroconvidados todos os antigos presidentes deJunta ainda vivos Bota Espadinha, FilipeViegas e Jos Coelho Mendes - paraparticiparem neste programa, bem como osdiretores de agrupamentos de escolas daFreguesia, um representante do Colgio deVilamoura, a Parquia de Quarteira e umrepresentante da Vilamoura World. Esteprograma um forte contributo para que aspessoas em Quarteira sintam que esto numMunicpio que coeso, que no deixaningum para trs, salientou.

    J Telmo Pinto, presidente da Junta deFreguesia de Quarteira, considerou que nofazia sentido fazer um dia de festa, e queseria importante haver muitas maisintervenes e procurar alguns nichos dasociedade para tentar demonstrar o querealmente Quarteira. Grande parte dapopulao no sabe o significado desta datapor isso no faria sentido um eventopontual, explicou. Vai ser um ano muitointeressante e com uma quantidade deeventos que vo demonstrar aquilo que foi, e que pode vir a ser a freguesia,acrescentou o autarca.

    Quanto a Lusa Pontes, que ir presidir Comisso, falou da importncia que estainiciativa ter, sobretudo nas escolas, j quea populao de Quarteira, embora jovem, descaracterizada e em muitos casosdesconhece a terra. Conhecedora das razesde Quarteira e das vrias fases da histriadesta antiga aldeia piscatria e agrcola atao grande centro turstico que hoje, LusaPontes garantiu que h muito trabalho afazer para o sucesso desta iniciativa .

  • ALGARVE INFORMATIVO #53 70

    ATUALIDADE

    BENEFICIAO DA REDE VIRIAAVANA NA FREGUESIA DE QUELFES

    A rede viria de Quelfes vai ser alvo, nosprximos tempos, de intervenes derepavimentao e beneficiaoprofundas no valor de cerca de 600 mil euros.Algumas intervenes j comearam e foirecentemente assinado o contrato deadjudicao de mais uma empreitada. Ambasso da responsabilidade da empresa Antnio &Jorge Almeida Construes S.A..

    No caso do troo do Caminho Municipal 516-3compreendido entre Olho, Brancanes e PooLongo, os trabalhos de beneficiao j tiveramincio e contemplam, para alm darepavimentao de uma faixa de rodagem decinco metros em toda a extensointervencionada, a criao de valetas marginais via sempre que seja possvel, para alm dareformulao das passagens hidrulicasexistentes, assim como a criao de novaspassagens em locais que se considerenecessrio. Os trabalhos esto orados em 300mil euros e estaro concludos em 90 dias.

    Uma outra vaga deintervenes comeartambm em breve, noCaminho do Buraco, noCaminho da Ponte Velhade Quelfes, no Caminhodo Europontal /Espanha e na travessiade Quelfes da EstradaNacional 398. Com umprazo de execuo de150 dias e um custo de300 mil euros, aempreitada contempla arepavimentao de todaa extenso

    intervencionada, para alm da respetivacriao de valetas e reformulao e criaode passagens hidrulicas. Em algumas zonas,a via ser alargada e as caladaspavimentadas. No Caminho da Ponte Velhade Quelfes, ser construda uma conduta deabastecimento de guas, em substituio daexistente.

    Com estas intervenes, a freguesia deQuelfes ver uma parte substancial da suarede viria completamente renovada. Trata-se de empreitadas prioritrias, no entenderdeste executivo, uma vez que dotaro estasartrias de condies de circulao muitomais seguras, quer para os automveis, querpara os prprios pees, sem esquecer,naturalmente, os benefcios que votambm ser feitos ao nvel dasinfraestruturas, considera o presidente daCmara Municipal de Olho, Antnio MiguelPina .

  • ALGARVE INFORMATIVO #5371

  • ALGARVE INFORMATIVO #53 72

    ATUALIDADE

    AUTARQUIA SO-BRASENSE ESTIMULADE APRENDIZAGEM DA MATEMTICA

    O Agrupamento de Escolas JosBelchior Viegas de So Brs deAlportel acolheu, no dia 14 de abril, asesso de entrega de 100 maletas pedaggicasAqui h Matemtica, para o uso de novosestmulos de aprendizagem da matemtica, uminvestimento da Cmara Municipal de So Brsde Alportel que revela uma vez mais aimportncia da educao na formao dascrianas e jovens so-brasenses. A aquisiodestes materiais integra o Projeto Aqui hmatemticano Museu, que explora amatemtica tendo por base o patrimnio local,nomeadamente o Museu do Trajo de So Brsde Alportel, e que ter continuidade pedaggicaatravs da utilizao destas maletas.

    O projeto teve o seu incio com umaformao, sob orientao das educadoras OlgaLudovico e Graa Bernardo, aos educadores deinfncia e professores do 1. ciclo do

    Agrupamento de EscolasJos Belchior Viegas, nosentido de daremcontinuidade estimulao daaprendizagem damatemtica e dopatrimnio de formadiferente e divertida. Deacordo com osdocumentos orientadoresda Educao Pr-Escolar eprograma do 1. CEB, odesenvolvimentomatemtico nos primeirosanos fundamental,dependendo o sucessodas aprendizagens futurasda qualidade das

    experincias proporcionadas s crianas.Estes pressupostos, a par da curiosidade e daapetncia natural das crianas para descobrire experimentar, justificaram a exploraoativa e ldica do Museu do Trajo de So Brsde Alportel, tendo em vista a explorao deconceitos matemticos e o conhecimento dopatrimnio.

    A conciliao destas reas numaabordagem diferente facilita a absoro deconceitos base, uma conquista que pretendeser fortificada com a aplicao no dia-a-diados contedos das maletas entregues. Esteinvestimento da autarquia reconheceigualmente o trabalho e dedicao de todosos profissionais de educao que, alm doprograma definido pelo Ministrio daEducao, investe na aplicao de novosmtodos de ensino .

  • ALGARVE INFORMATIVO #5373

  • ALGARVE INFORMATIVO #53 74

    ATUALIDADE

    FOI APRESENTADA A MARCASILVES: CAPITAL DA LARANJA

    O Castelo de Silves foi palco, no dia 9de abril, da apresentao da novamarca SILVES: CAPITAL DALARANJA, perante vrias dezenas deconvidados, entre entidades regionais, autarcase produtores do concelho. A marca, pertena daCmara Municipal de Silves e que poder serusada pelos produtores do concelho, surgecomo uma forma de reforar, no consumidorregional, nacional e internacional, o carcter eidentidade nicos deste produto emblemticodo concelho, vincando o posicionamentofavorvel do produto e associando-o ao nomeSilves.

    O reconhecimento da importncia desteproduto singular levou o atual executivocamarrio a promover a criao e registo damarca, que procurar promover o patrimnio eo territrio, associando o produto laranja suahistria, qualidades organolticas e importnciano mercado. O lanamento desta marca tem

    como objetivos daruma novavisibilidade enotoriedade a esteproduto, toemblemtico danossa terra e,atravs disso,contribuir para apromoo doterritrio e daprpria culturaagrcola,estimulando tudoaquilo que estassociado produo decitrinos, e

    promover a identificao de Silves laranja, explicou Rosa Palma, Presidente daCmara Municipal de Silves.

    O logotipo da marca Silves: Capital daLaranja composto por um cortetransversal de uma laranja (onde se podemidentificar com clareza os gomos), com umrecorte na sua parte inferior correspondenteao perfil do castelo da cidade, promovendo-se, assim, uma associao direta e imediataentre aquele que o elemento patrimonialde Silves mais conhecido - o castelo - e ofruto laranja. A marca servir ainda dechapu a diversas aes promocionais damarca e do produto ao longo do ano,nomeadamente aos Sunsets do Castelo, Fimde semana gastronmico com sabor aLaranja, provas desportivas, fruns dediscusso entre produtores e a um eventodedicado exclusivamente laranja, apromover em novembro prximo .

  • ALGARVE INFORMATIVO #5375

  • ALGARVE INFORMATIVO #53 76

    ATUALIDADE

    AUTARQUIA DE VILA DO BISPO CEDEESPAO ASSOCIAO DE MARISQUEIROS

    A Associao de Marisqueiros de Vila doBispo Costa Vicentina obteve, com oapoio tcnico da autarquia local, umacandidatura aprovada no mbito do PIC PROMAR,no valor de 140 mil e 730,29 euros, quecontemplou a aquisio de servios, material eequipamento especfico, para a implementaode aes de valorizao do percebe, atravs damelhoria de condies no processo da apanha,escolha, pesagem, embalamento, escoamento epromoo do mesmo. Tendo em conta que asede desta Associao no tinha condies paraarmazenar e laborar com o material eequipamento adquirido, uma vez que o mesmono pode funcionar numa zona habitacional, aCmara Municipal de Vila do Bispo cedeu umespao existente no Mercado Municipal, para

    colocao e laborao do equipamentoespecfico de escolha, pesagem eembalamento.

    Neste mbito, foi assinado um protocolo decolaborao, no dia 11 de abril, entre aautarquia, representada pelo seu presidente,Adelino Soares, e a Associao deMarisqueiros, representada pelo seupresidente, Paulo Barata, onde define ostermos da cedncia de utilizao daqueleespao municipal, designado como espao dearrecadao anexo ao Mercado de Vila doBispo com 14,38m2. Este espao destina-seexclusivamente ao desenvolvimento deatividades no mbito dos estatutos da referidaentidade .

  • ALGARVE INFORMATIVO #5377

  • ALGARVE INFORMATIVO #53 78

    ATUALIDADE

    PROJETO IMPETUS EST NO TERRENO

    A guas do Algarve, S.A. (AdA) viu seraprovado mais um projeto deInvestigao e Desenvolvimento, nombito do Programa LIFE 2014-2017,subprograma Environment. O Projetodenominado Improving current barriers forcontrolling pharmaceutical compounds in urbanwastewater treatment plants, com o acrnimoIMPETUS, tem como objetivo testar medidaspara melhorar a remoo de compostosfarmacuticos em ETAR de guas residuaisurbanas com sistemas de tratamentoconvencionais por lamas ativadas.

    O projeto, em que participaro oito entidades, coordenado pelo LNEC, tendo para alm daAdA a participao de EHS Environmental andRegional Development Consulting, Lda,EPAL/guas de Lisboa e Vale do Tejo, Faculdadede Cincias da Universidade de Lisboa,Faculdade de Farmcia da Universidade deLisboa e Universidade do Algarve. O projeto tera durao de trs anos e meio, tendo-se iniciado

    no passado ms de janeirode 2016 e findando em 30de junho de 2019.

    A AdA realizar ensaios escala piloto na ETAR deFaro Noroeste,previsivelmente em 2017,onde sero testados vriosprodutos qumicosadsorventes, produzidos apartir de resduosendgenos como aalfarroba e a cortia ebiopolmeros coagulantes,produzidos a partir deextratos de accia. Autilizao destes produtostem como principais

    premissas, para alm da sua eficincia naremoo de compostos farmacuticos, o seubaixo custo e a minimizao dos consumosenergticos associados, para alm de sepoder utilizar resduos como produto. Amonitorizao de compostos farmacuticos(cerca de 20 frmacos) exigir igualmente aadoo de mtodos analticos fiveis erobustos.

    O projeto tem um carter de demonstraoe visa que as tecnologias testadas comsucesso possam ser aplicadas noutrossistemas de tratamento a nvel europeu. Ooramento total do projeto de um milho,64 mil e 452 euros, tendo um apoiocomunitrio de 855 mil e 589 euros. Ooramento afeto AdA de 155 mil e 496euros, sendo 60 por cento dos custoselegveis financiados pelo programa LIFE .

  • ALGARVE INFORMATIVO #5379

  • ALGARVE INFORMATIVO #53 80

    ATUALIDADE

    MAR SHOPPING ALGARVE O NOME DONOVO CENTRO COMERCIAL DE LOUL

    MAR Shopping Algarve o nome dosegundo centro comercial da IKEACentres em Portugal, a inaugurarno vero de 2017, em Loul. A empresa doGrupo IKEA, que detm e gere 41 centroscomerciais e 25 retail parks em 14 pases,adota, assim, a marca MAR Shopping para osseus projetos no pas.

    Com oito anos de implementao no mercadoportugus, altura em que inaugurou o primeiroMAR Shopping, em Matosinhos, a IKEA Centresconsidera MAR o sinnimo do maiorpatrimnio histrico, cultural e emocional dopas. Nenhum outro pas tem um passado eum presente to intimamente ligados aoMAR. Dos descobrimentos, influncia nosucesso do turismo para a economia e projeode Portugal, poucos pases tm neste elementoum ativo to estratgico para o seudesenvolvimento futuro, afirma a diretora de

    marketing da IKEA Centres nomercado europeu.

    Ana Machado salienta ainda ofacto de este ser um nome quereflete o posicionamento do Grupo,que privilegia o envolvimento comos elementos naturais das regiesem que est implementado. Portodas estas razes, o nome para osnossos centros comerciais emPortugal s poderia ser MAR.Afinal, estamos num pas com umalinha de costa de 2.830 km,detentor da 11 maior ZonaEconmica Exclusiva do Mundo, amaior da Unio Europeia, justificaa responsvel.

    Localizado em Loul, o MAR ShoppingAlgarve faz parte de um complexo comercialalargado, de 82 mil metros quadrados, quetambm inclui o Designer Outlet Algarve gerido pela ROS Retail Outlet Shopping ,uma loja IKEA totalmente integrada, bemcomo uma rea de lazer ao ar livre. Com 220lojas e 3.500 lugares de estacionamento, onovo complexo comercial com orientaofamiliar (tal como j acontece com o MARShopping Matosinhos), assume um papel derelevo no desenvolvimento da regio. Nototal, o Grupo IKEA investe 200 milhes deeuros num projeto que permitir criar trsmil postos de trabalho diretos e indiretos. Aabertura do MAR Shopping Algarve e daprimeira fase do Designer Outlet Algarve estprevista para o vero de 2017. A loja IKEAdever abrir em abril do mesmo ano .

  • ALGARVE INFORMATIVO #5381

  • ALGARVE INFORMATIVO #53 82

    BUBBA BROTHERS REGRESSAMAONDE TUDO COMEOU

    Os Bubba Brothers, sem dvida uma dasduplas de DJs mais sui generis daatualidade, vo regressar s suasorigens, que como quem diz, onde comearama pr msica, no prximo dia 23 de abril,designadamente ao 2Beer or Not 2Beer, nafreguesia do Montenegro, concelho de Faro. Obar de Nuno Machado e Jorge Humbertocaminha a passos largos para festejar os doisanos de existncia, no dia 24 de junho, sempredirecionado para o pop/rock clssico e para umaclientela adulta, como verificamos numa visita aoespao numa destas noites. No queremos cmodernices, deixamos as quizombas para osoutros, apostamos numa clientela da nossaidade e que gosta de boa msica. Tambmdamos oportunidade a bandas novas para atuar

    ao vivo, normalmente aqui jovens da zona,explica Nuno Machado.

    Msica ao vivo e live acts de DJspreenchem, assim, as noites de fim desemana, com a vantagem dos artistastrazerem atrs de si novos clientes, os fs.Durante a semana, predomina a msicaambiente e os concertos ao vivo no grandeecr, tornando o 2Beer or Not 2Beer oespao ideal para desfrutar de bonsmomentos na companhia da cara-metade edos amigos, simplesmente a conversar ou devolta do snooker, setas, matraquilhos eflippers moda antiga. E em fim de semanaprolongado do 25 de abril, os Bubba Brothersforam os eleitos para animar as hostes na

    ATUALIDADE

  • ALGARVE INFORMATIVO #5383

    noite de sbado. Acaba por ser a preparaopara a grande festa do 2. aniversrio do bar,onde vo estar presentes, como bvio, poisfazem parte da famlia. uma festa para comeara seguir ao almoo e prolongar-se at demadrugada, antev Nuno Machado.

    Ser, ento, mais uma prestao da dupla DJ ECe MC Frog, ou Eliseu Correia e Justino Santos, oregresso ao bero dos Bubba Brothers. Foi aquique tudo comeou e a nossa ideia inicial erasimplesmente pr msica neste bar. A maltagostou, tornamo-nos quase DJs residentes do2Beer or Not 2Beer e depressa comearam asurgir convites para irmos atuar noutrosestabelecimentos do sul do pas, recorda Eliseu

    Correia. O passa-a-palavra foi sendo cada vezmaior, os Bubba Brothers percorreram a regiotoda e ainda recentemente foram cabeas decartaz da Pscoa da Trigonometria, na Quinta doLago, no corao do Tringulo Dourado doAlgarve.

    Voltar a casa , contudo, sempre especial, pormuito que todos os bares e discotecas sejamimportantes. Temos um carinho muito especialpor este bar, at porque somos os dois doMontenegro, esta a nossa terra, asseguraEliseu Correia, confirmando que a atuao do dia

    23 de abril ser apenas o aguar do apetite doque vai acontecer depois a 24 de junho. Aquijogamos literalmente em casa, diferente dequando vamos pr msica numa discotecacom 400 ou 500 pessoas e onde conhecemos10 por cento delas. Neste bar, todas as carasso familiares, fazem parte da nossa vida,destaca ainda o DJ EC.

    Entretanto, por se estar a recordar aRevoluo dos Cravos, Eliseu Correia e JustinoSantos vo fazer um pequeno tributo a ZecaAfonso no arranque do espetculo, seguindo-se os Bubba Brothers do habitual. Podemos irdos anos 60 at ao ltimo sucesso de ontem,dos blues ao rock. H clssicos como os Doors,

    Deep Purple, Led Zeppelin, Clash, Eric Clapton,Bob Marley que fazem parte do nossohistrico, de resto, tudo pode acontecer,promete Eliseu Correia, satisfeito pelassolicitaes serem maiores do que acapacidade de resposta da dupla. Temos anossa vida profissional, j h muitas datas quese cruzam, no Algarve e fora do Algarve e,infelizmente, temos que recusar algumasatuaes que outros DJs, se calhar, andamatrs delas meses a fio, finaliza EliseuCorreia.

  • ALGARVE INFORMATIVO #53 84

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