análise - módulo 7 indicadores estruturais
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Análise - Módulo 7 Indicadores Estruturais
7.1. Indicadores Financeiros - 2013
Prof. MSc Wilter Furtado
Indicadores Financeiros
São chamados de Estruturais porque permitem analisar uma
posição financeira- patrimonial, e os efeitos das relações
existentes entre as estruturas das aplicações e das origens de
capitais.
Refletem uma situação estática presente/passada, porquanto,
sujeitos às limitações advindas deste tipo de informação. Nem
por isso deixam de ser importantes para projeções futuras e
tomada de decisões. As limitações podem ser reduzidas, se,
estabelecer séries históricas, que permitam definir padrões.
Entendendo a Estrutura
Ativo Circulante Passivo Circulante
Disponibilidades 18.600 Fornecedores 110.100
Contas a receber 93.550 Outras contas 142.300
Estoques 198.380 Financiamentos 100.000
Total ativo circulante 310.530 Total passivo circulante 352.400
Ativo não Circulante Passivo não circulante
Contas a receber 228.650 Financiamentos 162.300
Imobilizado 816.050 Outros 20.000
Total ativo não circul 1.044.700 Total passivo não circul 182.300
Patrimônio Liquido 820.530
Ativo total 1.355.230 Passivos + PL 1.355.230
Indicadores Financeiros Básicos
Endividamento TotalEstrutura do EndividamentoParticipações de Capitais
Liquidez ImediataLiquidez CorrenteLiquidez Real (Seca)Liquidez Geral
SolvênciaInsolvência Técnica
Capital de GiroCapital em GiroCapital Circulante Líquido
Liquidez – Conceitos e definições
Liquidez, é a capacidade que a organização possui de pagar
suas obrigações com base nos próprios recursos circulantes.
Refletem ações administrativas passadas e um presente estático, que
influenciam sobremodo nas decisões sobre o futuro da organização.
Possuem estreita correlação com os indicadores de endividamento ou
de alavancagem.
Solvência – Conceitos e definições
Solvência, é também a medição da capacidade que a empresapossui de pagar suas obrigações, aqui, entretanto, usando
todos recursos e não somente os recursos circulantes.
Mostra também, ações administrativas passadas e um presenteestático que influencia sobremodo nas decisões presentes, por setratar de análise do estado terminal da organização.
Indicadores de Liquidez - Finalidades
Servem como indicadores para:
1. Avaliar a capacidade de obter, conceder, pagar e receber créditos; definir limites de crédito
2. Medir a garantia de operações, medir riscos e revelar a saúde financeira da empresa, como por exemplo:a. Processos licitatóriosb. Processos periciais e de auditoria
3. Análise de investimentos, avaliações de empresas, etc.
4. Estabelecimento de padrões comparativos; realização de Benchmarking
Indicador de Solvência - Finalidades
Serve para as mesmas finalidades dos Indicadores de
liquidez.
A diferença é que é usado geralmente, em estados
terminais da organização (fusão, cisão, incorporação,
falência, concordata, dissolução).
Tipos de Indicadores de Liquidez
Liquidez Imediata
Liquidez Corrente
Liquidez Real (seca)
Liquidez Geral
Liquidez Imediata
É a capacidade imediata de pagar obrigações. É preciso ter
cuidado com as generalizações teóricas que são feitas a
respeito desta medida, pois possui limitações que devem ser
consideradas.
Disponibilidades = 18.600 = 0,052
Passivo circulante 352.400
Para cada R$ 1,00 de dívida, é capaz de pagar R$ 0,052 ou 5,2%.
Ressalva:
É provável que, nem todas as dívidas, possuam vencimento imediato, e
que não haja a garantia de que os recebimentos ocorram no mesmo
tempo
Liquidez Corrente
É a capacidade de pagar obrigações de curto prazo. É preciso ter
cuidado com as generalizações teóricas que são feitas a respeito desta
medida pois, possui variáveis e limitações que devem ser
consideradas. Exs: (realidade dos prazos, veracidade dos dados,
capacidade de realização, riscos, classificação contábil, finalidade da
análise, etc.).
Ativo circulante = 310.530 = 0,88
Passivo circulante 352.400
Para cada R$ 1 de dívida, é capaz de pagar R$ 0,88.
Liquidez Real (Seca)
Estuda também a capacidade de pagar obrigações de curto prazo com a
diferença que aqui, procura-se eliminar os fatores de risco. Aqui, os
cuidados com as generalizações teóricas, devem ser redobrados.
Além das limitações inerentes a realidade dos prazos, veracidade dos
dados, capacidade de realização, riscos, classificação contábil,
finalidade da análise, a exclusão dos estoques cria uma nova variável a
ser considerada, que é a capacidade de realizar tais estoques.
Ativo circulante - Estoques = 310.530 –198.380 = 112.150 = 0,31
Passivo circulante 352.400 352.400
Para cada R$ 1 de dívida, é capaz de pagar R$ 0,31
Capacidade de realizar estoques
Utilizando dos dados disponíveis na empresa:
1) Custo das Vendas = 1.399.9002) Estoques = 198.3803) Legendas = CDV = Capacidade diária de vender estoques
= CPD = Curto prazo definido pela empresa = 35 dias
= VPCP = Vendas possíveis no curto prazo = RIE = Risco com estoques.
CDV = Custo das vendas = 1.399.900 = 3.888 Período de vendas 360 d
VPCP = CDV x CPD = 3.888 x 35 = 136.100 RIE = Estoques – VPCP = 198.380 – 136.100 = 62.280
Tais dados mudariam o valor dos estoques a ser excluído na medidaque passaria a ser apenas 62.280, pois o restante seria vendido.
Liquidez geral
Agora se estuda a capacidade de pagar obrigações no longo
prazo. Com certeza os cuidados com as generalizações,
devem ser os mesmos.
Ativ Circul + Ativo N.Circul = 310.530+228.650 = 539.180= 1,01
Exigível Total 534.700 534.700
Para cada R$ 1 de dívida, é capaz de pagar R$ 1,01.
Solvência Estuda a capacidade de solver os passivos existentes na data do evento. É uma
medida que requer do analista, uma posição muito diferente pois a análise
dependerá fundamentalmente,da sua finalidade.
Portanto, não está isenta dos perigos com as generalizações conhecidas. Além
de todos os cuidados sugeridos pelas medidas anteriores, outros fatores,
principalmente relacionados com atualizações dos valores ATIVOS e PASSIVOS
à data, a preço de mercado e às disposições estatutárias são importantes.
Ativo total = 1.355.230 = 2,53
Exigível total 534.700
Os ativos da empresa são capazes de solver todas as dívidas com uma margem
de sobra de 153% = Para cada R$ 1 de passivo a empresa dispõe de R$ 2,53 em
ativos.
Insolvência técnica
É exatamente o oposto da solvência ou seja, estuda a incapacidade
de solver os passivos existentes na data do evento. Requer, portanto,
os mesmo cuidados. Revela o grau de insolvência se dá quando o
indicador é superior a 1,00
Exigível Total = 534.700 = 0,39
Ativo total 1.355.230
A empresa é solvente, pois possui um grau de insolvência inferior a
R$ 1,00. Isso quer dizer que suas dívidas representam apenas 39% de
sua capacidade de pagamento
Capital de giro, Capital em Giro e CCL
São indicadores importantes para complementar o trabalho
de analises, através dos indicadores financeiros. O uso de
tais indicadores depende fundamentalmente, da finalidade
do trabalho.
Capital de Giro e Capital em Giro
CAPITAL DE GIRO
São os capitais próprios, que efetivamente, estão disponíveis para
alimentar as próximas operações da empresa. Podem ser apurados de
duas formas:
Capital de Giro de Curto Prazo
AC – PC = 310.530 – 352.400 = (41.870)
Capital de Giro de Longo Prazo
(AC+ANC) – (Exigível total) = (310.530+228.650) – (534.700) = 4.480
CAPITAL EM GIRO
É a soma dos capitais aplicados na organização
Capital Circulante Líquido
É a mesma coisa do Capital de Giro de curto prazo. Difere
apenas pelo foco da análise.
AC - PC = 310.530 – 352.400 = (41.870)
O estudo da evolução do CCL (feito no fluxo de caixa) e é uma
informação importante para se saber a evolução financeira da
empresa entre dois ou mais períodos. Indica a alocação de
recursos para o seu capital de giro.
Indicadores de Endividamento –(Estrutura de Capital - alavancagem)
Fundamentalmente relacionam as fontes de fundos (capitais
próprios e de terceiros) entre si.
1. Endividamento Total – Participação de Capitais de Terceiros sobre os Recursos Totais.
2. Participação de Capitais
3. Endividamento de Curto Prazo (Estrutura do Endividamento)
Endividamento Total
Quociente de Participação de Capitais de Terceiros – Sobre osRecursos Totais – ( Debt Ratio)
Informa o grau de comprometimento total, do patrimônio daempresa.
Exigível Total 534.700 = 0,39Exigível Total + PL 1.355.230
Significa que de cada R$ 1 investidos na empresa, 39% originam-se de terceiros e que, logicamente, 61% são de origens próprias
Participações de Capitais
Informa a relação da participação de capitais na organização. De
certa forma, indica a dependência de recursos de terceiros.
Exigível Total 534.700 = 0,65
Patrimônio Líquido 820.530
Significa que para cada 1 R$ de capitais próprios investidos são
investidos também, R$ 0,65 de capitais de terceiros.
Endividamento de Curto PrazoEstrutura do Endividamento
Informa qual é a estrutura do endividamento, da organização.
Passivo Circulante 352.400 = 0,66
Exigível Total 534.700
Demonstra que das obrigações assumidas com terceiros, 66%
são de curto prazo e que, logicamente, 34% são de longo
prazo. É muito útil analisar a qualidade deste endividamento.
EBITDA- Lucro antes dos juros, impostos, depreciações e amortizações
“Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization”
1 + Lucro líquido final 3.010.040
2 + Depreciações 210.440
3 + Amortizações de investimentos
1.260.160
4 + Juros pagos 350.400 1.821.000
5 = EBITDA (1+......+4) 4.831.040
6 = Receita líquida do período 12.160.000
7 = Taxa da EBITDA (5:6) 39,7%
Muitíssimo utilizado, como indicador da capacidade da organização de gerar caixa, por isso enquadra-se também na linha de indicadores financeiros
Bibliografia RecomendadaBÁSICAASSAF NETO, Alexandre. Estrutura e análise de Balanços. Um enfoque Econômico Financeiro. 9 ª .São Paulo, Atlas,2010.
IUDÍCIBUS, Sérgio de. Análise de Balanços, 10ª ed.; São Paulo, Atlas, 2009
MARION, José Carlos. Análise das Demonstrações Contábeis: Contabilidade Empresarial. 4ª. São Paulo, Atlas, 2009. 298p.
COMPLEMENTARIUDÍCIBUS, Sérgio de. Análise de balanços: análise de liquidez e endividamento. 10ª ed. São Paulo: Atlas, 2010.
MARTINS, Eliseu; IUDICIBUS, Sérgio de; KANITZ, Stephen Charles. 11ª. Contabilidade Introdutória. São Paulo, Atlas.
MARION, José Carlos. Contabilidade Básica. 9ª. São Paulo, AtlasSÁ, Antonio Lopes de. Moderna Análise de Balanços ao Alcance de Todos. 2ª. Curitiba. Juruá, 2008.
RIBEIRO, Osni Moura. Estrutura e Análise de Balanços Fácil. 9ª ed. São Paulo, Atlas, 2012.
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