apresentação para décimo primeiro ano de 2012 3, aula 19-20

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"O autor de policiais mais original do nosso tempo.“

"Um dos maiores escritores norte-americanos do nosso tempo. Em White Jazz, Ellroy leva a forma ao rubro.“

"Mais negro que noir... faz parecer naïve a maioria dos outros policiais."

"De longe o seu melhor livro até ao momento.“

"O melhor policial de James Ellroy."

1.2.

Estas citações referem-se a White Jazz —Noites Brancas em termos encomiásticos, considerando-o um modelo do género policial.

• “um chato”• “grunho reacionário e pretensioso”• “poesia para quem nunca leu um poema”• “nem sequer um horror consegue ser”• “banda desenhada sem desenhos”• “cinema parado, com sucessão de fotografias

desligadas” • "um pesado"• “um acumulador de tiques e de

acontecimentos”• “[as suas obras são] migalhas de ação e

desabafos”

5. No subtítulo, considera-se que Ellroy «berra em vez de escrever». No parágrafo das ll. 56-62 retoma-se a mesma crítica aos autores «gritadores», que escreve-riam para ser ouvidos, mais do que para ser lidos. Estas metáforas devem querer realçar que a literatura não ganha em ser explicitamente violenta, demasiado ciosa de expressividade. Conseguem melhores resultados os escritores que permitem aos leitores inferir o que lhes querem inculcar.

4. Com efeito, o estilo de Ellroy, ao mesmo tempo que é explicitamente criticado pelo recenseador — «Escreve como quem bate nas teclas. Cheio de números. E paragens abruptas» —, vai sendo parodiado pelo uso de frases exageradamente curtas, que se percebe replicarem o que se destacara como negativo na escrita do autor americano. Por exemplo, «26 letras. Pensamentos para-dos» são caricaturais, pelo absurdo do que afirmam e pela assunção dos exatos tiques formais de White Jazz.

a. A obra tem como um dos seus aspetos positivos a originalidade narrativa.

b. De negativo, o crítico aponta-lhe um estilo demasiado descritivo.

Estilo é telegráfico.

c. James Ellroy transporta os leitores para um ambiente de submundo corrupto e violento.

d. A ação decorre nos anos 60 em Los Angeles.

Nos anos 50.

e. Neste livro, são os interesses de alguns políticos que se sobrepõem às forças sociais, fazendo delas verdadeiras marionetas.

f. White Jazz - Noites Brancas, obra publicada originalmente em 1992, é considerada uma das melhores obras do autor.

g. A personagem principal, o tenente Dave Klein, é destacada para investigar um assalto ligado ao carjaquim e ao fernando por esticão.

Ligado ao narcotráfico e ao crime desorganizado.

Lusíadas (Anaquim)

Este é o nosso triste fadoDo vamos andando e do pobre coitadoVelha canção em que a culpa é do estadoPor ser o espelho do reinado

E a história por mais do que uma vezFoi mais cruel que a de Pedro e InêsLevou-nos o que tanta falta nos fezSem deixar razões ou porquês

Temos fuga ao fisco, estradas de alto riscoTemos valiosos costumes e tradiçõesQue eu não percebo, se nos maldizemos, quais as razões?

Temos chico-espertos, burlas e protestosTemos tantos motivos p’ra sorrirQue eu nem imagino qual será a desculpa

que vem a seguir…

Gosto tanto deste paísSó não entendo o que o faz felizSe é rir da miséria de outros quando a vemosOu chorar da nossa própria quando a temos

Gosto tanto deste paísSó não entendo quando ele se dizSenhor de um futuro maturo, duro, mas seguroE eu juro que ainda não o vi

Os queixumes, sei-os de corEndereçados, a Nosso SenhorIntercalados, com suspiro ou dorDe um bom sofredor.

Dentro de momentos, seguem-se os lamentosNão há dinheiro p’rós medicamentosNão há dinheiro p’ra tanto sustentoTão longe vão outros tempos.

Gosto tanto deste paísSó não entendo o que o faz felizSe é rir da miséria de outros quando a vemosOu chorar da nossa própria quando a temos

Gosto tanto deste paísSó não entendo quando ele se dizSenhor de um futuro maturo, duro mas seguroEu juro que ainda não o vi.

Bocados de mim (Anaquim)

Eu gostava de ser dessas pessoas positivas que andam pela vida cheias de planos para amanhã

Que dizem frases feitas mas têm suas próprias manias

Que os outros gostam delas porque elas são mesmo assim

Eu gostava que, no fundo, o mundo fosse simples

Que o dia fosse um barco e a noite fosse um cais

Se tudo fosse sim ou não para mim era mais fácil

e eu não tinha que magoar as pessoas [de] que gosto mais

Eu gostava de ser mais ajuda para a famíliade aprender a fazer bolos em casa da minha avó

Porque ela me quer lá e até faz alguns petiscos com a minha mãe a ajudar para que ela não se sinta só

Eu gostava de me lembrar mais de algumas coisas que a vida foi levando em tratamento de choque

De me recordar de cheiros, de barulhos e dos discos com que a minha irmã me ensinou a ser alguém do rock

Mas ando pela vida feito placa de auto-estrada que ensina o caminho aos outros mas pouco sabe de si

Mas ando pela vida por ver andar meus amigose confesso que, por vê-los, nem me custa andar aí

Eu gostava de ser qualquer coisa mais peculiarcomo o blogue da Filipa e os textos que lá diz

Um assunto que tivesse algum efeito nas pessoas, como os poemas da Inês ou as anedotas do Luís

Eu gostava de me dedicar aos trocadilhosque me fazem perder tempo e não fazem rir ninguém

Porque há coisas que não são para rir, são só para ter pinta, já dizia o meu pai e eu só agora entendi bem

Mas ando pela vida cinzentão e esbatido,sem ter a coragem de convidar gente para dançar

Mas ando pela vida sem ter a lata do Hugo, que é capaz de fazer tudo para a malta se animar

Eu gostava de saber explicar bem o que sinto, não mentir como minto quando digo que estou bem

Porque todos temos dores e para cheirar as flores desbravamos os caminhos com a ajuda de quem vem

Eu gostava de ser qualquer coisa mais bonita,fosse o sorriso da Rita, fosse o carinho da Rute

De lutar cegamente por aquilo [em] que se acredita,porque há lutas que se perdem mas precisam que alguém lute

Mas ando pela vida às vezes sem ser sincero, issolá me vai pesando quando é hora de deitar

Finjo ser a pessoa que eu quero que os outros gostem, e acabo a não ser nada [de] que valha a pena gostar

São só bocados de mim, são só bocados de nós

São só bocados que eu, enfim, deixei ir na minha voz

TPC — Uma tarefa para vários tepecês: ler um livro. Nas pp. 24-25 do manual há algumas sugestões interessantes (ao lado de outras, parece-me, insensatas). Porém, eu defenderia que optassem por um policial, para o que, brevemente, darei mais indicações.

• policial

• obra lusófona

• obra de literatura universal

• livro de teatro

• contos sobre áreas específicas

• biografias

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