assistência de enfermagem na coleta e transfusão de sangue

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Assistência de enfermagem na coleta e transfusão de sangue

História da Hemoterapia Na Grécia antiga os nobres bebiam o sangue dos gladiadores mortos na arena. 1492- O papa Inocêncio VIII ingeriu o sangue de três jovens em busca da cura. 1667 - Jean Baptiste Denis , médico do rei Luis XIV, infundiu sangue de carneiro em um doente mental . 1788 - Pontick e Landois realizaram transfusões entre animais da mesma espécie.

História da Hemoterapia 1818 - James Blundell transfundiu sangue humano em mulheres com hemorragia pós parto, ( primeira transfusão ). 1901 - Karl Landstainer descobre os grupos sanguíneos ABO . 1936 - Em Barcelona surgiu o primeiro banco de sangue, durante a guerra civil espanhola.Enfrentavam problemas relacionados a coagulação do sangue.

História da Hemoterapia 1940 - Levine descobre o fator Rh.

Após a II guerra mundial surgem no Brasil os primeiros bancos de sangue privados.

1970 - Implantação dos HEMOCENTROS, iniciando uma política do sangue.

Legislação RDC Nº 153 de 14 de julho de 2004 da ANVISA ( Agência Nacional da VigilânciaSanitária):www.anvisa.gov.brDetermina o regulamento técnico para os procedimentos hemoterápicos, incluindo coleta, processamento, testagem, armazenamento, transporte, controle de qualidade, transfusão de sangue e componentes obtidos de cordão umbilical e medula óssea.

Legislação

Resolução do COFEN - 200 /97.

Dispõe sobre a atuação dos profissionais de enfermagem em hemoterapia e transplante de medula óssea.

Doação de sangue Deve ser voluntária, anônima, não remunerada, direta ou indiretamente.

Todo candidato a doação deve assinar um termo de consentimento, no qual declara consentir em doar o seu sangue e consentir a realização de testes de laboratório.

Doação de SangueCritérios básicos para a doação de sangue

Apresentar documento de identidade oficial com foto. Ter entre 18 e 65 anos. Ter boa saúde. Ter peso igual ou superior a 50 kg. Intervalo das doações: Homens: a cada 60 dias Mulheres: a cada 90 dias

Pré Triagem Realizada pelo técnico de enfermagem, onde são verificados os seguintes dados:

Taxa de hemoglobina ou hematócrito : Realizada em amostra de sangue do candidato, obtida por punção digital e analisada por equipamento específico para esta leitura.

Pré Triagem Hemoglobina:Homens: Não deve ser inferior a 13,0 g/dl .Mulheres: Não deve ser inferior a 12,5 g/dl.

Hematócrito:Homens: Não deve ser inferior que 38%. Mulheres: Não deve ser inferior a 39%

Pré Triagem

Peso: Não deve ser inferior a 50 Kg . Pulso: Deve apresentar características normais, ser regular e a freqüência não deve ser menor e nem maior que 100 batimentos por minuto.

Temperatura: Não deve ser superior a 37ºC.

Pré Triagem

Pressão arterial: A pressão sistólica não dever ser maior que 180mmHg e nem inferior a 90 mmHg.A pressão diastólica não deve ser menor que 60mmHg e nem maior que 100mmHg.

Triagem Clínica Entrevista individual realizada por um profissional de saúde de nível superior, capacitado e conhecedor das normas, observando critérios que visam a proteção do doador e do receptor. Impedir a doação de sangue de pessoas que estão na janela imunológica. Esta avaliação deve ser realizada em ambiente que garanta a privacidade e o sigilo das informações prestadas.

Triagem Clínica Principais aspectos da entrevista clínica

Doenças atuais ou anteriores. Uso de medicamentos. Anemia e sinais vitais. Gravidez, lactação, aborto. Jejum e alimentação. Alergias. Alcoolismo. Imunizações.

Triagem Clínica Principais aspectos da entrevista clínica

Transfusões. Doenças infecciosas. Uso de drogas. Situações de risco acrescido ( múltiplos parceiros, DST, tatuagem, acidentes com material biológico..) Cirurgias e internações hospitalares.

Voto de Auto-exclusão

Recurso utilizado coma finalidade de garantir a qualidade do sangue, permitindo que doadores em situação de risco declarem que seu sangue não é seguro para a transfusão.

A auto-exclusão deverá ser confidencial.

Atuação da Enfermagem no Processo de Doação de Sangue

Cabe ao enfermeiro: O planejamento, organização, execução e avaliação das técnicas e atividades de enfermagem dirigidas a esta clientela específica. Planejar e ministrar treinamentos a equipe mantendo-a motivada, integrada e preparada para atender o doador. Realizar a triagem clínica.Participar de programas de estágio e de pesquisa.

Atuação da Enfermagem no Processo de Doação de Sangue

Cabe ao enfermeiro: Participar de comissões de pesquisa, qualidade, biossegurança e ética, como membro da equipe multiprofissional. Estabelecer, treinar e observar o cumprimento das normas de biossegurança. Manter o material e medicamentos de urgência em condições, quanto a validade e funcionamento, para o atendimento do doador.

Atuação da Enfermagem no Processo de Doação de Sangue

Cabe ao enfermeiro: Assistir e orientar o doador quando houverem reações adversas e intercorrências. Planejar a unidade de coleta , participando da definição de recursos humanos, aquisição de material e disposição de área física. Gerenciar a unidade de coleta, estabelecendo padrões de atendimento, protocolos técnicos, relatórios, indicadores de processo e demais dados estatísticos.

Atuação da Enfermagem no Processo de Doação de Sangue

Cabe ao técnico de enfermagem Participar de programas de treinamento e atualização. Verificar sinais vitais. Realizar a triagem hematológica. Cumprir as normas de biossegurança. Preparar e identificar o material utilizado para a coleta. Receber o doador e encaminhá-lo para a cadeira de coleta.

Atuação da Enfermagem no Processo de Doação de Sangue

Cabe ao técnico de enfermagem Realizar atividades de limpeza e desinfecção dos materiais e equipamentos, seguindo padrões da unidade. Participar do atendimento de urgências com os doadores. Cumprir rotinas de aferição dos equipamentos, preenchendo planilhas e comunicando a chefia os valores fora do padrão.

Atuação da Enfermagem no Processo de Doação de Sangue

Cabe ao técnico de enfermagem Realizar a técnica de punção para a coleta. Observar o doador durante todo o processo de coleta, comunicando qualquer alteração e tomando medidas conforme protocolo. Coletar amostras de sangue para exames sorológicos e de imunohematologia. Fazer o curativo após a coleta. Orientar verbalmente o doador sobre cuidados após a doação.

Atuação da Enfermagem no Processo de Doação de Sangue

Coleta O ambiente da sala de coleta deve ser tranqüilo, agradável e limpo, com temperatura monitorizada, podendo ser utilizado som ambiente. A coleta de sangue deverá ser realizada em condições assépticas, mediante uma só punção venosa, com um sistema fechado e estéril, em bolsas plásticas especialmente destinadas para este fim. A coleta de sangue deverá ser realizada por pessoal habilitado e capacitado, sob a supervisão do enfermeiro.

Atuação da Enfermagem no Processo de Doação de Sangue

Coleta A unidade de doação deve ser composta pelos seguintes materiais e equipamentos: Poltrona específica que possibilite a posição trendelemburg. Mesa de apoio. Homogeneizador, de preferência com painel digital que possibilite a monitorização da coleta pela equipe. Balança para determinar o peso coletado. Alicate de ordenha.

Atuação da Enfermagem no Processo de Doação de Sangue

Coleta Pinça hemostática e tesoura Mayo. Lixeira com tampa e com pedal. Recipiente rígido para o descarte de pérfuro cortante. Garrote, Solução antisséptica, álcool a 70%, papel toalha descartável, algodão, gazes, estante para tubos Luvas de procedimento. Bolsas plásticas ( duplas, triplas e quádruplas). Tubos de coleta com e sem EDTA. Etiquetas.

Atuação da Enfermagem no Processo de Doação de Sangue

Coleta A sala de coleta deverá ter: Dimensão de acordo com a demanda. Local para a higienização dos braços com sabão e papel toalha, de preferência com água quente. Sala de urgência com acesso direto para o atendimento ao doador. Ambiente limpo, bem ventilado, iluminado e agradável. Comunicação com a sala de lanche.

Atuação da Enfermagem no Processo de Doação de Sangue

Coleta Identificação da bolsas e dos tubos de ensaio: Deve ser feita por código de barras, através de sistema informatizado. O nome do doador não deve constar nas etiquetas das bolsas, é permitida somente a colocação das iniciais. Os tubos e as bolsas devem conter a mesma identificação, e antes da coleta, todo o material deverá ser conferido novamente, para evitar não conformidades.

Atuação da Enfermagem no Processo de Doação de Sangue

Coleta

Identificação das bolsas e dos tubos de ensaio: Os rótulos das bolsas devem conter: Nome e endereço da instituição coletora, identificação da doação ( código de barras ), horário de início e término da coleta, volume coletado. Se o processo for informatizado, alguns dados são lançados no sistema.

Atuação da Enfermagem no Processo de Doação de Sangue

Tipos de bolsas utilizadas para a coleta A escolha do tipo de bolsa deverá ser de acordo com a realidade do serviço, ou seja está diretamente relacionada com a necessidade de hemocomponentes.Bolsa simples: Para a coleta de sangue total.Bolsa dupla: Para concentrado de hemácias e plasma.Bolsa tripla: Para concentrado de hemácias, plasma, plaquetas ou crioprecipitado.Bolsa Quádrupla: Para concentrado de hemácias, plasma, plaquetas e crioprecipitado.

Atuação da Enfermagem no Processo de Doação de Sangue

Recepção e orientação ao doador Receber o doador com simpatia e cordialidade. Chamar o doador pelo nome completo. Dar assistência constante , propiciando um clima de segurança e conforto, para que ele se sinta bem e se torne um doador fidelizado. Informar os procedimentos a serem realizados, buscando reduzir a ansiedade e o medo. Indicar o local para que o doador faça a limpeza dos braços e após encaminhá-lo para a poltrona.

Atuação da Enfermagem no Processo de Doação de Sangue

Punção venosa Lavar as mãos. Calçar as luvas. Fazer um nó frouxo no tubo coletor da bolsa a mais ou menos 15 cm da agulha. Colocar a bolsa na bandeja do homogeneizador e programá-lo. Selecionar a veia no espaço anticubital optando por vasos de maior calibre , observando que a região a ser puncionada deve estar livre de lesões cutâneas.

Atuação da Enfermagem no Processo de Doação de Sangue

Punção venosa

Fazer a inspeção visual, garrotear o terço médio do braço, palpar e selecionar a veia. Fazer a antissepsia da pele na área a ser puncionada, com algodão e álcool 70%. Não palpar a veia após o preparo da pele. Respeitar se possível o braço de preferência do doador.

Atuação da Enfermagem no Processo de Doação de Sangue

Punção venosa

Realizar a punção com a agulha em um ângulo de 30 a 45º , com o bisel voltado para cima, reduzindo a inclinação agulha após perfurar a pele. Fixar a agulha no braço do doador com fita microporosa. Coletar as amostras com os tubos a vácuo no sítio coletor lateral da bolsa.

Atuação da Enfermagem no Processo de Doação de Sangue Monitorização da coleta

Observar o doador durante todo o procedimento a fim de detectar sinais e sintomas de reações adversas. Orientar ao doador para fazer movimentos lentos e contínuos de abrir e fechar a mão. Em caso de redução do fluxo, reposicionar agulha e observar o sistema para detectar coágulos. O tempo de coleta deve ser inferior a 15 minutos. Estar atento a sinais e alarmes dos equipamentos. Registrar todas as intercorrências.

Atuação da Enfermagem no Processo de Doação de Sangue

Término da coleta Fechar o nó do tubo coletor. Abrir o garrote, remover a agulha. Desprezar no coletor de pérfurocortantes a agulha e a parte distal do espaguete, cortando rente ao nó. Fazer compressão local com algodão por 3 minutos, mantendo o braço estendido. Ordenhar e pesar a bolsa , realizando os registros conforme a rotina. Fazer curativo no local da punção.

Atuação da Enfermagem no Processo de Doação de Sangue

Orientações pós-doação de sangue Deverá ser fornecido um folheto com recomendações que devem ser seguidas pelo doador.- Permanecer nas dependências da unidade por pelo menos, 15 minutos.- Ingerir bastante líquido.- Não fumar nos primeiros 30 min. após a doação.- Retirar o curativo após 4 hs.- Evitar esforços e/ou atividade física no dia da doação.- Se houver sangramento fazer compressão local.

Atuação da Enfermagem no Processo de Doação de Sangue

Encaminhar o doador para o lanche.

Agradecer ao doador pelo ato solidário e altruísta

Estimulá-lo a retornar para nova doação.

Atuação da Enfermagem no Processo de Doação de Sangue

Definição de volumes a serem coletados

Conforme a RDC 153: O volume de sangue coletado não poderá exceder a 8ml/Kg para as mulheres e 9ml/Kg para os homens.

Quem define o volume é o triador. São indicados volumes de 410 a 450ml.

Atuação da Enfermagem no Processo de Doação de Sangue

Problemas referentes ao procedimento de coleta

A punção não teve êxitoConduta: Interromper o procedimento. Fazer curativo. Se o doador autorizar repita o procedimento no outro braço, utilizando novo material.

Atuação da Enfermagem no Processo de Doação de Sangue

Problemas referentes ao procedimento de coleta

Punção arterial Conduta: Interromper o procedimento. Fazer compressão no local por pelo menos 10 minutos. Fazer curativo compressivo. Aplicar gelo no local por 15 minutos.

Atuação da Enfermagem no Processo de Doação de Sangue

Problemas referentes ao procedimento de coleta

Diminuição do fluxo sanguíneo Conduta: Verificar se não há dobras no tubo de coleta. Afrouxar o garrote. Manobrar cuidadosamente a agulha, tracionando e alinhando a agulha com a veia.

Atuação da Enfermagem no Processo de Doação de Sangue

Problemas referentes ao procedimento de coleta

Hematoma Conduta: Interromper o procedimento. Fazer curativo. Aplicar bolsa de gelo no local por 15 minutos.

Atuação da Enfermagem no Processo de Doação de Sangue

Reações adversas no doador Ansiedade e nervosismo

Conduta: Converse com o doador tentando distraí-lo e redobre a sua atenção. Náusea e vômito Interrompa o procedimento. Ofereça recipiente e papel toalha. Chame o médico e administre medicamento conforme prescrição médica SN.

Atuação da Enfermagem no Processo de Doação de Sangue

Reações adversas no doadorPalidez, sudorese e calor intenso

Conduta: Interrompa o procedimento. Afrouxe a roupa do doador para que ele se sinta confortável. Coloque-o em posição trendelemburg. Verifique a PA, pulso e respiração.

Atuação da Enfermagem no Processo de Doação de Sangue

Reações adversas no doadorTontura e perda da consciência

Conduta: Interrompa o procedimento.Coloque o doador em posição trendelemburg. Chame o médico. Verifique a PA, pulso e respiração.

Atuação da Enfermagem no Processo de Doação de Sangue

Reações adversas no doadorFreqüência respiratória aumentada

Conduta: Interrompa o procedimento e chame o médico. Ofereça um saco de papel para que o doador respire dentro dele.

Parada cardio-respiratória Chamar o médico. Iniciar os procedimentos de reanimação e encaminhá-lo ao serviço de emergência referenciado.

Atuação da Enfermagem no Processo de Doação de Sangue

Reações adversas no doadorContraturas musculares, convulsões

Conduta: Chame o médico e interrompa o procedimento. Coloque o doador em decúbito dorsal, de preferência no chão. Proteja a língua do doador com cânula de guedel. Mantenha a cabeça do doador em hiperextensão. Transfira o doador para a sala de recuperação. Administrar medicamentos, conforme prescrição.

Assistência de enfermagem em hemotransfusão

Hemotransfusão O ato transfusional é de responsabilidade médica e o processo tranfusional contempla uma assistência multidisciplinar em que cada um responde individualmente por suas ações.

O serviço que saúde que realizar transfusões, deve constituir um comitê transfusional, multidisciplinar que tem como função, o monitoramento da prática hemoterápica, bem como a notificação das reações transfusionais.

Hemotransfusão Sangue total: Atualmente a sua utilização se restringe à obtenção dos hemcomponentes. Hemocomponentes: São produtos obtidos a partir do Sangue Total por meio de Processos Físicos (centrifugação, congelamento).

Hemoderivados: Produtos obtidos a partir do Plasma por meio de Processos Físico-Químicos, geralmente produzido em escala industrial (albumina,, concentrados de fatores de coagulação).

HemotransfusãoHemocomponentes

Concentrado de hemácias: São os eritrócitos que permanecem na bolsa, depois da centrifugação e da extração do plasma, para uma bolsa satélite.Estocagem: 4 a 2ºCValidade: Depende da solução anticoagulante, pode variar de 21 a 42 dias.Indicação: Hemorragias, anemias.

HemotransfusãoHemocomponentes

Concentrado de plaquetas:Deve ser obtido a partir de uma unidade de sangue total, através de dupla centrifugação. Deve ser mantido sob agitação contínua.Estocagem: 22 a 2ºCValidade: De 3 a 5 dias.Indicação: Doenças neoplásicas, leucemias, procedimentos cirúrgicos e disfunção plaquetária.

HemotransfusãoHemocomponentes

Plasma fresco congelado:É congelado até 8 hs após a coleta:Estocagem: -20ºC com validade de 12meses. -30ºC com validade de 24 meses.Após descongelada a bolsa deverá ser consumida em no máximo 6hs.Indicação: Reposição de fatores de coagulação, onde não estão disponíveis ou indicados os fatores liofilizados, doenças hepáticas, hemorragias.

HemotransfusãoHemocomponentes

Plasma comum:É o plasma cujo congelamento se deu há mais de 8hs depois da coleta. Indicado para uso industrial.Não pode ser utilizado para transfusão.

HemotransfusãoHemocomponentes

Crioprecipitado:É a fração do plasma insolúvel em frio, obtida através do plasma fresco congelado.Estocagem: -20°C com validade de 12 meses. -30ºC com validade de 24 meses.Indicação: Deficiências de fibrinogênio, doença de Von Willebrand, deficiência de fatores de coagulação.

HemotransfusãoHemocomponentes

Hemocomponentes deleucotizados ( uso de filtros para remição dos leucocitos). Hemocomponentes irradiados. Concentrado de hemácias lavadas. Hemocomponentes fenotipados. Plaquetaférese.

hemácias lavadas é obtido após a lavagem com solução isotônica para remoção de plasma e leucócitos residuais.

Indicado para pacientes portadores de anticorpos dirigidos contra proteínas plasmáticas, especialmente anti-IgA, e em pacientes com repetidas reações alérgicas prévias decorrentes da transfusão sanguínea.

Não é equivalente a concentrado de hemácias leucoreduzido

HemotransfusãoTipos de transfusão

Programada: Para determinado dia e hora. Não urgente: A se realizar dentro das 24 hs. Urgente: A se realizar dentro das 3hs. De extrema urgência: Quando o retardo do início da transfusão coloque a vida do paciente em risco.

HemotransfusãoTransfusão autóloga

É aquela onde o binômio doador/receptor é constituído pelo mesmo indivíduo.

O procedimento de doação autóloga pré-operatória requer a autorização do médico.

Hemotransfusão Procedimentos para a administração do

sangue Requisição: Conferir rigorosamente todos os campos.São proibidos rasuras, abreviações ou uso de corretivos. Provas pré-transfusionais:Retipificação ABO e Rh da bolsa.Determinação do grupo ABO e fator Rh, prova reversa e PAI (PESQUISA DE ANTICORPOS IRREGULARES DO RECEPTOR).Prova cruzada

Assistência de Enfermagem em hemotransfusão

Fazer a identificação positiva do doador e através do prontuário. Manter o paciente em posição fowler. Conferir os dados do prontuário. Verificar a prescrição médica. Comunicar ao paciente o procedimento a ser executado. Verificar os SV, se alterados comunicar ao médico

Assistência de Enfermagem em hemotransfusão

Avaliar a rede venosa. Observar as condições do produto relativas a estocagem, aspecto, validade e liberação. Conferir os dados do produto que será infundido. Fazer a rechecagem de todos os dados. Inspecionar o equipo de infusão, quanto a validade e integridade. Montar o sistema transfusional.

Assistência de Enfermagem em hemotransfusão

O aquecimento do sangue antes da transfusão deve ser feito de forma controlada em aquecedores com termômetro visível e alarme sonoro. Proceder a punção venosa. O tempo de infusão de uma bolsa não deve exceder a 4hs. Determinar a velocidade de infusão pela condição clínica do paciente e pelo volume a ser infundido.

Assistência de Enfermagem em hemotransfusão

Monitorar os primeiros 10 minutos da infusão, para detectar alterações. Nenhum medicamento pode ser adicionado à bolsa do hemocomponente e nem ser infundido paralelo. Observar o paciente durante o transcurso do ato transfusional, para detectar precocemente as reações tranfusionais. Após o término do processo retirar a etiqueta da bolsa e afixá-la no prontuário.

Reações transfusionais Aproximadamente 10% dos receptores apresentam reações transfusionais. Toda a reação transfusional deve ser registrada e notificada.

Classificação: Agudas ou imediatas Tardias

Reações transfusionais agudas Hemolíticas imunes

Erro na identificação da amostra colhida.Erro na identificação da bolsa.Erro na identificação do paciente.

Febre, mal estar, agitação, dispnéia, náuseas, cefaléia, hipotensão, perda da consciência.

Reações transfusionais agudas Febris não hemolíticas

Pode ocorrer logo após o início da transfusão ou até 4hs após o término. Presença de anticorpos citotóxicos. Tremores, calafrio, cefaléia, náusea e vômitos, febre, calafrios, alterações respiratórias, como taquipnéia e ou dispnéia.

Reações transfusionais agudas Alérgicas e anafiláticas

Pode ocorrer após o início da transfusão ou até 2hs após o término. Anticorpos ou desconhecidas. Urticária, eritema, tosse, cefaléia, dispnéia, hipertensão, edema de glote e até o quadro de anafilaxia.

Reações transfusionais agudas Hipervolemia

Quando recebe infusão de grande volume de sangue ou a infusão é muito rápida. Pacientes com ICC ou insuficiência renal. Hipertensão, dispnéia, cianose, tosse, dor precordial e até edema pulmonar.

Reações transfusionais agudas Contaminação bacteriana

Bactérias que resistem às temperaturas de refrigeração. A gravidade depende do microorganismo contaminante e do estado geral do paciente. Febre, Vômito, hipotensão, dor abdominal, choque séptico.

Assistência de enfermagem nas reações transfusionais imediatas

Observar e considerar qualquer queixa ou sinal de anormalidade. Interromper imediatamente a transfusão ao observar qualquer anormalidade e manter o acesso venoso. Solicitar a presença do médico assistente. Conferir a identificação do paciente com o rótulo da bolsa e conservar todo o sistema.

Assistência de enfermagem nas reações transfusionais imediatas

Ter em mãos o material necessário para o atendimento de emergência.

Registrar todos os sinais e sintomas e volume transfundido.

Reações transfusionais tardias Reações hemolíticas tardias.

Podem aparecer de 3 a 7 dias após a transfusão.Ocorre em receptores sensibilizados, ocasionando a hemólise lenta do sangue transfundido. Febre.Anemia.Icterícia.

Reações transfusionais tardias Doenças infecciosas

Risco presente em toda a transfusão. Maior risco para: Hepatite B e C, AIDS, malária e citomegalovírus.

Hemovigilância Investigação de ocorrência de incidentes transfusionais tardios infecciosos.

Todo o processo deve permitir a rastreabilidade, permitindo a identificação do doador e do receptor do sangue.

Medidas de biossegurança Normas adotadas para promover a segurança e a saúde do trabalhador e do cliente. Utilizar material descartável. Todo o material biológico deve ser tratado como potencialmente contaminado. É obrigatório o uso de EPI: Avental de manga comprida, luvas, calça, sapatos fechados e óculos de proteção. Domínio e segurança na execução da técnica. Mudança de comportamento.

Referencial bibliográfico

1. BRASIL, Ministério da Saúde.ANVISA. RDC 153 de junho de 2004.2. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Biossegurança. Coordenação de Sangue e Hemoderivados.1999.3. MINISTÉRIO DA SAÚDE.Coleta de Sangue de Doadores. Coordenação de Sangue e hemoderivados. 1998.4. HEMOMINAS. Assistência de Enfermagem na coleta de sangue do doador e na hemotransfusão.2004

Referencial bibliográfico5. HEMOCENTRO. Procedimentos Operacionais Padrão. 2005.6. Resoluções do COREN. www.portalcoren-rs.gov.br7. História da Doação. www.prosangue.sp.gov.br8. Reações Transfusionais. www.saude.pr.gov.br/hemepar9. Procedimentos em Hemoterapia. www.anvisa.gov.br

OBRIGADO

¨ A VIDA É UM BEM SUPREMO, DESDE QUE EM QUALQUER IDADE, HAJA ESPAÇO PARA AFETOS E PROJETOS.¨

Lya Luft

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