brief transparência » revista semanal 109
Post on 25-Mar-2016
220 Views
Preview:
DESCRIPTION
TRANSCRIPT
REVISTA SEMANAL 109
DE 02-12-2013 A 08-12-2013
BRIEFING INTELI|CEIIA » TRANSPARÊNCIA || 2013
Revista de Imprensa09-12-2013
1. (PT) - Público, 03/12/2013, Combater a imagem do latino corrupto com um site 1
2. (PT) - i, 03/12/2013, Índice mundial mostra que a corrupção em Portugal não abranda 3
3. (PT) - i, 03/12/2013, DCIAP. Só 8,4% dos processos terminados deram acusação 5
4. (PT) - Correio da Manhã, 03/12/2013, 56 milhões de euros sob investigação 6
5. (PT) - Jornal de Notícias, 04/12/2013, Antero Henrique recorre da absolvição de Filipe Vieira 8
6. (PT) - Correio da Manhã, 04/12/2013, Reforça combate a crime económico 10
7. (PT) - Sábado, 05/12/2013, Os negócios em Angola de Ricardo Salgado 13
8. (PT) - Sábado, 05/12/2013, Kangamba comprou casa com 2 milhões de euros em notas 19
9. (PT) - Diário Económico, 05/12/2013, Só 28% das acusações de grande crime resultam em condenação 20
10. (PT) - Diário de Notícias, 05/12/2013, João Pinto contesta no Supremo 23
11. (PT) - Correio da Manhã, 05/12/2013, João Vieira Pinto vai recorrer 24
12. (PT) - Jornal de Notícias, 06/12/2013, Militar da GNR recebia dinheiro para esquecer multas 25
13. (PT) - Diário de Notícias, 06/12/2013, GNR detido por corrupção esteve em "lista negra" para sair da BT 26
14. (PT) - Correio da Manhã, 06/12/2013, GNR preso por corrupção 27
15. (PT) - i, 07/12/2013, Auditoria IGF. Câmara de Oeiras inflacionou receitas para poder fazer mais despesa 28
16. (PT) - Expresso - Economia, 07/12/2013, 33 é a posição... 30
17. (PT) - Expresso - Economia, 07/12/2013, "Até no Vaticano há corrupção" - Entrevista a João Gama Leão 31
18. (PT) - Público, 08/12/2013, Lei para que empresas não financiem partidos 35
A1
Tiragem: 38650
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 14
Cores: Cor
Área: 27,28 x 30,41 cm²
Corte: 1 de 2ID: 51120155 03-12-2013
Combatera imagem dolatino corruptocom um site
Um ano depois de ter sido criado, o simulador online que analisa os riscos de corrupção para as PME portuguesas torna-se bilingue. Com a bênção do Instituto Basileia
Passou quase um
ano desde que um
conjunto de oito
empresas lançou
no Centro Cultural
d e B e l é m , e m
Lisboa, o simula-
dor online Gestão
Transparente. Hoje,
o projecto torna-se
bilingue, com uma versão em in-
glês do site criado para ajudar à
internacionalização das empresas
portuguesas que pretendam inves-
tir no estrangeiro — sobretudo fora
da União Europeia — avaliando o
nível de risco de corrupção a que
estão expostas.
Foram cerca de 8700 euros in-
vestidos num ano numa página
electrónica diferente que chamou
a atenção do Instituto Basileia, a
mais de dois mil quilómetros. Ho-
je, Gretta Fenner, directora do Ins-
tituto, e Gemma Aiolfi , que lidera
a divisão de Governança Corpora-
tiva da mesma organização, estarão
no primeiro aniversário do projecto.
Para apoiar uma ideia “inovadora”
na área do combate à corrupção.
A mais-valia do projecto é o si-
mulador pensado para ser um
“instrumento prático, dando reco-
mendações e sugerindo medidas
adequadas ao perfi l da entidade
que consulta o site”, explica ao PÚ-
BLICO Gualter Crisóstomo, director
de Governança Corporativa do Cen-
tro para A Excelência e Inovação na
Indústria Automóvel (CEiiA).
De forma gratuita, qualquer em-
presa pode recorrer à pagina electró-
nica para ter um primeiro vislumbre
sobre os riscos que enfrenta ao ten-
tar a internacionalização. As empre-
sas inserem os mais variados dados,
sobre a sua área de actividade, o tipo
de empresa e a sua dimensão, país
onde tencionam investir, se existirá
relacionamento com a administra-
ção pública local, se ponderam ter
intermediários ou parceiros locais.
O simulador apresenta-lhes depois
um resultado que refl ecte todas as
variáveis em questão.
dar formas de colaborar no futuro
com as entidades responsáveis pelo
projecto.
A singularidade do simulador está
no facto de ser gratuito e de resultar
da conjugação de esforços de em-
presas privadas, mas validado por
entidades públicas como o Depar-
tamento Central de Investigação e
Acção Penal (DCIAP) e a Universi-
dade do Minho.
Gemma Aiolfi — que no passado
foi responsável pela aplicação de po-
líticas anticorrupção em entidades
como o banco suíço UBS ou a mul-
tinacional ABB — elogia o empenho
das empresas que criaram o projec-
to. Além da CEiiA, estão envolvidas
a EDP, Inteli, Microsoft, Siemens,
REN, MTS e EPAL. “É promovida
pelas empresas. São as empresas a
assumir as suas responsabilidades
perante os riscos que enfrentam,
não sendo imposto pelo Governo.
Isso torna-o mais credível perante
outras empresas”, destaca Aiolfi .
O alvo do site são as PME. Que ac-
tualmente são as menos preparadas
para enfrentar os riscos da corrup-
Crisóstomo não esconde o orgulho
de ter em Portugal duas representan-
tes daquela que é a “instituição de
referência a nível mundial que mais
trabalha em colective actions [inicia-
tivas promovidas por empresas]”.
Representando assim o reconheci-
mento internacional de um projecto
pensado para as pequenas e médias
empresas (PME) portuguesas por
uma entidade que “colabora com a
OCDE, o Banco Mundial e o G20”.
Afi nal, um site que custou me-
nos de dez mil euros, que resultou
do trabalho de cerca de 15 colabo-
radores, totalmente realizado em
Portugal, podia mostrar que, “em
Portugal, há também exemplos de
boas práticas” que no estrangeiro
querem replicar. Uma resposta para
os que, lá fora, “olham só para nós
como uns latinos corruptos”.
Gretta Fenner — com um currículo
construído como consultora inde-
pendente nas áreas da Governança
e do Combate à Corrupção — reco-
nhece que veio expressamente a
Lisboa para o primeiro aniversário
do GestãoTransparente e para estu-
ção no mercado global. “Empresas
com 30 ou 40 trabalhadores, que
não sabem fazer uma análise de
mercado, dos países e sectores”
onde tencionam investir, explica
Crisóstomo.
E que entram num mercado bem
diferente. “Se quer investir no ex-
terior é melhor estar preparado.
É um campeonato diferente”, diz
Fenner. “Aceitar pagar um suborno
no estrangeiro pode arranjar-lhes
problemas no seu país de origem.
Portugal já tem leis anticorrupção
que se aplicam a transacções no es-
trangeiro. E mesmo uma PME por-
tuguesa pode ter uma ligação a um
qualquer Estado-membro da OCDE
que tem as suas próprias leis, que
talvez as aplique de uma forma mais
veemente. Pode acontecer uma em-
presa portuguesa ver-se escrutinada
no Reino Unido por um negócio que
fez no Brasil. Esse conceito é novo e
o risco de tal acontecer é cada vez
maior”, acrescenta Aiolfi . Já há ca-
sos concretos que o confi rmam: “A
Alstom, uma empresa francesa, foi
acusada na Suíça por causa de negó-
Nuno Sá Lourenço
Página 1
Tiragem: 38650
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 15
Cores: Cor
Área: 27,35 x 30,26 cm²
Corte: 2 de 2ID: 51120155 03-12-2013
cios feitos na Letónia e na Malásia. E
eles foram multados em 31 milhões
de euros.”
Uma mudança de mentalidade
que vai sendo feita aos poucos nas
multinacionais. “O nível de cons-
ciencialização acerca dos riscos
do suborno aumentou. Tem mui-
to maior visibilidade mediática e
a expectativa dos accionistas e dos
investidores é que as empresas ne-
goceiem de forma ética. Já há pres-
são das organizações internacionais,
veja-se a lista negra do Banco Mun-
dial. Os riscos para as empresas são
cada vez mais elevados. E ninguém
quer ter de pagar 2500 milhões de
multa como a Siemens teve de fazer
há uns anos”, remata Aiolfi .
A julgar pelas estatísticas do site,
alguém no sector privado perce-
beu a mensagem. No seu primei-
ro ano foram feitas mais de 2300
simulações. Desse universo, mais
de 71% foram realizadas por PME.
Que testaram negócios, não só em
Portugal mas também em países
como Angola, Espanha, Brasil ou
Moçambique.
Crisóstomo assinala a semelhança:
“Se olharmos para a taxa de cresci-
mento das exportações, vemos que
esta casa com as consultas feitas. Foi
de encontro à economia real.”
O objectivo agora é exponenciar a
visibilidade do site, tornado-o aces-
sível a qualquer empresa do mundo.
directora do DCIAP, Maria Cândida
Almeida, durante uma conferência.
“Achámos que estava na altura de
parar com os diagnósticos e come-
çar a agir”, recorda Crisóstomo.
Curiosamente, o GestãoTranspa-
rente assinala o seu aniversário no
mesmo dia em que a Transparência
“Não vejo porque isso não poderá
acontecer. O projecto está defi nido
a partir dos padrões internacionais.
Qualquer empresa, esteja sediada
onde estiver, tem de ter em contas
estas regras”, defende Fenner, do
Instituto Basileia.
Tudo isto após o desafi o da então
Internacional torna público o Ín-
dice de Percepção da Corrupção
para 2013. Os dados compilados
a partir de uma miríade de relató-
rios de entidades internacionais
especializadas em Política, Eco-
nomia e Finanças, colocam Por-
tugal em 33.º lugar numa lista de
177 países.
O mesmo lugar obtido em 2012
permitiu ultrapassar a Espanha —
que caiu para o 40.º posto após
uma queda de 10 posições — e dei-
xando a Grécia bem longe, em 80.º
lugar. Mas, ainda assim, abaixo de
Chipre (em 31.º). E mais distante
da Irlanda, que num ano quase
chegou ao top 20, trepando 4 lu-
gares.
Numa primeira análise, o resul-
tado português parecer ter sido
negativamente infl uenciado por
uma variável em particular: o Guia
Internacional de Países em Risco,
da norte-americana Political Risk
Services, que quantifi cou de forma
mais severa o ambiente político em
Portugal e o seu impacto na econo-
mia e nas fi nanças do país.
Da mesma forma, o relatório
anual da Faculdade de Gestão
suíça IMD penalizou Portugal na
sua avaliação ao nível da compe-
titividade.
Crisóstomo acredita que a ges-
tão responsável é uma forma de
tornar as empresas portuguesas
mais competitivas a nível mundial.
“Se as indústrias nacionais apreen-
derem estes conceitos rapidamen-
te, podem, no futuro, apresentar
estas boas práticas como um ele-
mento diferenciador”, assegura,
antes de repetir um jargão politi-
camente correcto. “Nós acredita-
mos que clean businesses are good
businesses [negócios limpos são
negócios lucrativos].”
Gretta Fenner concorda, mas a
“longo prazo”. Para as empresas
ocidentais é um desafi o particu-
lar, pois vão ter de competir com
companhias de outras regiões do
mundo onde as exigências legais
não é tão elevada.
Ainda assim, o projecto foi anga-
riando mais aderentes. A cerimó-
nia de hoje assinalará a adesão de
11 novas entidades ao projecto. Em-
presas como a fabricante de lâm-
padas OSRAM/Portugal, a empresa
do Grupo Barraqueiro, Fertagus,
ou os dois poderosos escritórios
de advogados PLMJ e Cuatrecasas.
Que se comprometem a “recorrer
ao simulador e a promovê-lo jun-
to dos seus parceiros”, acrescenta
Crisóstomo.
Resta um sector de actividade
onde o director de Governança
Corporativa da CEiiA reconhece
não ter ainda chegado. “Olha-se
para os parceiros, para as entida-
des colaboradoras e para os obser-
vadores do projecto e não vemos a
banca. E não foi por falta de tenta-
tiva. Até faz falta ter a visão desse
sector.”
DANIEL ROCHA
MIGUEL MANSO
Gretta Fenner e Gemma Aiolfi, ambas directoras do Instituto Basileia, uma instituição de referência a nível mundial de combate à corrupção
Página 2
A3
Tiragem: 27259
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 6
Cores: Cor
Área: 14,88 x 29,23 cm²
Corte: 1 de 2ID: 51121334 03-12-2013
Página 3
Tiragem: 27259
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 7
Cores: Cor
Área: 5,73 x 29,95 cm²
Corte: 2 de 2ID: 51121334 03-12-2013
Página 4
A5
Tiragem: 27259
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 48
Cores: Cor
Área: 6,07 x 28,42 cm²
Corte: 1 de 1ID: 51121301 03-12-2013
Página 5
A6
Tiragem: 174397
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 13
Cores: Cor
Área: 21,50 x 24,47 cm²
Corte: 1 de 2ID: 51120425 03-12-2013
Página 6
Tiragem: 174397
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 1
Cores: Cor
Área: 2,99 x 2,72 cm²
Corte: 2 de 2ID: 51120425 03-12-2013
Página 7
A8
Tiragem: 86913
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 11
Cores: Cor
Área: 22,31 x 22,02 cm²
Corte: 1 de 2ID: 51143776 04-12-2013
Página 8
Tiragem: 86913
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 1
Cores: Cor
Área: 4,74 x 3,35 cm²
Corte: 2 de 2ID: 51143776 04-12-2013
Página 9
A10
Tiragem: 174397
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 6
Cores: Cor
Área: 26,94 x 35,87 cm²
Corte: 1 de 3ID: 51144288 04-12-2013
Página 10
Tiragem: 174397
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 7
Cores: Cor
Área: 26,82 x 16,65 cm²
Corte: 2 de 3ID: 51144288 04-12-2013
Página 11
Tiragem: 174397
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 1
Cores: Cor
Área: 7,26 x 5,58 cm²
Corte: 3 de 3ID: 51144288 04-12-2013
Página 12
A13
Tiragem: 100000
País: Portugal
Period.: Semanal
Âmbito: Interesse Geral
Pág: 58
Cores: Cor
Área: 19,69 x 25,80 cm²
Corte: 1 de 6ID: 51166553 05-12-2013
Página 13
Tiragem: 100000
País: Portugal
Period.: Semanal
Âmbito: Interesse Geral
Pág: 59
Cores: Cor
Área: 19,69 x 27,18 cm²
Corte: 2 de 6ID: 51166553 05-12-2013
Página 14
Tiragem: 100000
País: Portugal
Period.: Semanal
Âmbito: Interesse Geral
Pág: 60
Cores: Cor
Área: 19,69 x 27,18 cm²
Corte: 3 de 6ID: 51166553 05-12-2013
Página 15
Tiragem: 100000
País: Portugal
Period.: Semanal
Âmbito: Interesse Geral
Pág: 62
Cores: Cor
Área: 19,68 x 27,09 cm²
Corte: 4 de 6ID: 51166553 05-12-2013
Página 16
Tiragem: 100000
País: Portugal
Period.: Semanal
Âmbito: Interesse Geral
Pág: 64
Cores: Cor
Área: 19,32 x 26,38 cm²
Corte: 5 de 6ID: 51166553 05-12-2013
Página 17
Tiragem: 100000
País: Portugal
Period.: Semanal
Âmbito: Interesse Geral
Pág: 1
Cores: Cor
Área: 7,79 x 2,62 cm²
Corte: 6 de 6ID: 51166553 05-12-2013
Página 18
A19
Tiragem: 100000
País: Portugal
Period.: Semanal
Âmbito: Interesse Geral
Pág: 22
Cores: Cor
Área: 14,10 x 24,22 cm²
Corte: 1 de 1ID: 51166129 05-12-2013
Página 19
A20
Tiragem: 17566
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Economia, Negócios e.
Pág: 8
Cores: Cor
Área: 29,13 x 30,54 cm²
Corte: 1 de 3ID: 51165074 05-12-2013
Só 28% das acusações de grandecrime resultam em condenaçãoInês David Bastosines.bastos@economico.pt
O departamento do MinistérioPúblico que investiga a grandecriminalidade económica e fi-nanceira proferiu 63 acusaçõesnum total de 707 inquéritos ins-taurados, mas viu os tribunaisconfirmarem apenas 18 dessasacusações. Isto é, apenas menosde um terço (28,6%) dos argui-dos que o Departamento Centralde Investigação Penal (DCIAP)acusou e contra quem reuniuprovas pela prática de um crimegrave ou económico - como cor-rupção ou branqueamento decapitais - acabaram por ser con-denados em tribunal. Em relaçãoaos restantes, o tribunal enten-deu que não havia prova sufi-ciente para a condenação.
Estes dados constam do rela-tório anual da Procuradoria Ge-
ral da República referente a 2012.Números que revelam o que hámuito tem sido dito por váriosprocuradores e especialistas naárea da criminalidade organiza-da e económica: que estes sãocrimes de difícil prova.
Os mesmos dados revelamque no ano passado mais metadedas investigações que passarampelas mãos dos procuradores doDCIAP - departamento quecoordena a nível nacional asmega-investigações - não tive-ram fim, mantendo-se em in-quérito. Das 1353 investigaçõescoordenadas pelo departamen-to, 707 tiveram um fim e apenas63 resultaram em acusação, oque corresponde a 8,6% do to-tal, e 215 foram arquivados. Maisde 450 ficaram ‘pendurados’. AoDiário Económico, fonte da PGRexplicou que uma parte destesinquéritos foi “incorporada,
dada a sua conexão subjectivaou objectiva, em outro inquéri-to, que passa a ser o único pen-dente no DCIAP”. Outra partefoi remetida “a outros departa-mentos de investigação ou co-marcas por não serem da com-petência do DCIAP”.
Luís de Sousa, especialista noestudo da corrupção e dirigenteda associação cívica Transpa-
rência e Integridade, reagiu semsurpresa aos dados da PGR sobreinvestigações de corrupção. AoDiário Económico, o politólogolembra que estes crimes econó-micos e financeiros “são com-plexos ao nível da produção deprova”, o que leva ao arquiva-mento de muitos inquéritos e,em tribunal, à absolvição. Luísde Sousa explica que, no quetoca à corrupção, existe não sófalta de especialização dos pro-curadores que mexem com estarealidade, como uma deficienteformação. A pouca celeridadenas investigações é outro dosproblemas apontados: “A Justi-ça é lenta a recolher prova e nes-tes crimes - sobretudo de natu-reza financeira - a prova desma-terializa-se rapidamente”, ar-gumenta o especialista, lamen-tando a “falta de assertividade epositivismo” com que a grande
criminalidade económico-fi-nanceira é tratada, tanto nasuniversidades, como nos tribu-nais. “Falta robustez para prote-ger o que é público nestes pro-cessos”, acrescenta, referindo--se ao facto de menos de meioterço das acusações resultaremem condenações efectivas.
O DCIAP abriu em 2012 mais156 investigações que em 2011.Mas acabou o ano com mais de600 investigações pendentes.Entre os crimes investigados poreste departamento, cuja direcçãopassou das mãos de Cândida Al-meida para Amadeu Guerra, es-tão o branqueamento de capitaise a corrupção (peculato, partici-pação em negócio e tráfico de in-fluências), que deram lugar a al-guns dos processos mais mediá-ticos, envolvendo políticos. Casodo Freeport ou Face Oculta ouOperação Furacão. ■
Corrupção Dos 707 inquéritos findos em 2012, 63 deram acusação. E destes só 18 foram confirmados em tribunal.
Procuradora mudou o ano passadoa direcção do DCIAP. Tirou CândidaAlmeida e colocou Amadeu Guerra.
Paulo Alexandre Coelho
Dirigenteda Integridadee Transparênciadiz que ainda hápouca especializaçãoe formação, o queleva à dificuldade naprodução de prova.
Página 20
Tiragem: 17566
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Economia, Negócios e.
Pág: 9
Cores: Cor
Área: 5,90 x 28,42 cm²
Corte: 2 de 3ID: 51165074 05-12-2013
ACTIVIDADE DA PGR
Branqueamentode capitais
Crimesde corrupção
O número de suspensõesbancárias derivadas de suspeitasdo crime de branqueamentode capitais aumentou em 2012.Foram suspensas 50 operações.No total das investigações, estãona mira do DCIAP 56 milhõesde euros, mais 20 milhõesde euros do que a verba de 2011.
O ano passado, foram registadosno Departamento Central deInvestigação e Acção Penal 686novos inquéritos, mais 156doque no ano de 2011.A estes juntaram-se os processosque transitaram de 2011, peloque nas mãos dos procuradoresestiveram 1353 mega-processos.
1
2
Inquéritoscrescem ano a anoTodos os anos o númerode inquéritos abertos no DCIAPtem aumentado. Em 2008,o departamento tinha em mãos464 investigações, passandopara 1353 em 2012, o que equivalea um aumento de 889 inquéritos.A maior subida deu-se entreo ano de 2010 e 2011.
3
Investigaçõesde âmbito penalEm 2012, em todo o MinistérioPúblico, foram abertos 541.163inquéritos, menos 9.846do queem 2011, o que representauma diminuição da criminalidadeparticipada em cerca de 1,8%.Neste caso, são crimes de menosgravidade e complexidade,os que saem fora do DCIAP.
4
Página 21
Tiragem: 17566
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Economia, Negócios e.
Pág: 1
Cores: Cor
Área: 5,51 x 5,20 cm²
Corte: 3 de 3ID: 51165074 05-12-2013
Dos 707 investigações do MinistérioPúblico à criminalidade económica,apenas 63 chegaram a tribunal. ➥ P8
Justiça sóconseguecondenaçõesem 28% dasacusações
Página 22
A23
Tiragem: 33083
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 22
Cores: Cor
Área: 4,98 x 6,22 cm²
Corte: 1 de 1ID: 51165577 05-12-2013
Página 23
A24
Tiragem: 174397
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 48
Cores: Cor
Área: 8,15 x 4,91 cm²
Corte: 1 de 1ID: 51166546 05-12-2013
Página 24
A25
Tiragem: 84905
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 15
Cores: Cor
Área: 27,48 x 7,87 cm²
Corte: 1 de 1ID: 51189674 06-12-2013
Página 25
A26
Tiragem: 33083
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 18
Cores: Cor
Área: 27,26 x 9,80 cm²
Corte: 1 de 1ID: 51189776 06-12-2013
Página 26
A27
Tiragem: 174397
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 48
Cores: Cor
Área: 7,91 x 5,02 cm²
Corte: 1 de 1ID: 51188924 06-12-2013
Página 27
A28
Tiragem: 27259
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 26
Cores: Cor
Área: 24,85 x 32,28 cm²
Corte: 1 de 2ID: 51209485 07-12-2013
Página 28
Tiragem: 27259
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 27
Cores: Cor
Área: 24,39 x 31,36 cm²
Corte: 2 de 2ID: 51209485 07-12-2013
Página 29
A30
Tiragem: 106700
País: Portugal
Period.: Semanal
Âmbito: Informação Geral
Pág: 28
Cores: Cor
Área: 4,61 x 7,89 cm²
Corte: 1 de 1ID: 51208765 07-12-2013 | Economia
Página 30
A31
Tiragem: 106700
País: Portugal
Period.: Semanal
Âmbito: Informação Geral
Pág: 22
Cores: Cor
Área: 30,07 x 46,51 cm²
Corte: 1 de 4ID: 51208714 07-12-2013 | Economia
Página 31
Tiragem: 106700
País: Portugal
Period.: Semanal
Âmbito: Informação Geral
Pág: 23
Cores: Cor
Área: 30,19 x 44,39 cm²
Corte: 2 de 4ID: 51208714 07-12-2013 | Economia
Página 32
Tiragem: 106700
País: Portugal
Period.: Semanal
Âmbito: Informação Geral
Pág: 1
Cores: Cor
Área: 14,63 x 29,93 cm²
Corte: 3 de 4ID: 51208714 07-12-2013 | Economia
Página 33
Tiragem: 106700
País: Portugal
Period.: Semanal
Âmbito: Informação Geral
Pág: 2
Cores: Cor
Área: 5,07 x 2,64 cm²
Corte: 4 de 4ID: 51208714 07-12-2013 | Economia
Página 34
A35
Tiragem: 38650
País: Portugal
Period.: Diária
Âmbito: Informação Geral
Pág: 29
Cores: Cor
Área: 5,60 x 30,54 cm²
Corte: 1 de 1ID: 51217300 08-12-2013
O Governo espanhol quer proibir as
doações de empresas aos partidos po-
líticos. O novo pacote legislativo sur-
ge como uma resposta a escândalos
de corrupção, como o caso Bárcenas,
que envolve o Partido Popular (PP).
A alteração à lei de fi nanciamento
dos partidos vai incluir a proibição
de doações por pessoas colectivas,
ou seja, empresas. O presidente do
Governo, Mariano Rajoy, prevê apro-
var o projecto de lei em Dezembro,
segundo o diário El País, estando em
processo de discussão entre os gru-
pos parlamentares.
Acossado pelo escândalo que en-
volve o fi nanciamento do PP, Rajoy
quer fazer aprovar o novo diploma
para que “tal não volte a acontecer”.
Fontes da Moncloa, citadas pelo El País, não escondem que a proibição
das doações de empresas é uma res-
posta directa ao caso Bárcenas.
Uma investigação às contas do PP
revelou a existência de uma conta-
bilidade paralela, orquestrada pelo
ex-tesoureiro Luis Bárcenas, mas de
que teriam conhecimento dos líderes
do partido, e se incluíam doações de
empresas públicas, o que já era proi-
bido por lei.
O PP tem sido o principal benefi -
ciário das doações de empresas. Se-
gundo dados do Tribunal de Contas,
em 2011 — ano de eleições — os con-
servadores terão recebido 1,3 milhões
de euros, muito à frente dos 600 mil
que couberam à União Democrática
(partido da coligação catalã Conver-
gência e União) e dos 350 mil que o
PSOE recebeu.
O diploma deixa de fora as funda-
ções próximas dos partidos: pode-
rão continuar a receber doações de
empresas. O El País calcula que 70%
dos rendimentos destes organismos
fogem ao controlo fi scal. Existem de-
zenas destas entidades, que actuam
como think tanks de apoio aos par-
tidos — só o PSOE tem 11 que lhe são
próximas. Entre 2009 e 2011 regis-
taram, em conjunto, rendimentos
de 77 milhões de euros, dos quais
mais de 55 milhões não foram fi s-
calizados.
Em Portugal, a lei proíbe aos parti-
dos de receber donativos de empre-
sas nacionais ou estrangeiras.
Lei para que empresas não financiem partidos
Espanha
Reforma legislativa é vista como resposta ao caso Bárcenas, que envolve o Partido Popular. Fundações ficam de fora
Página 35
top related