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Budget Watch
Miguel St. Aubyn, Manuela Arcanjo, Luís Teles Morais
Debate – ISEG – 23 de novembro de 2016
OE 2017 - Resultados Índice Orçamental IPP/ISEG
Sumário
1. Budget Watch 2017: apresentação global
2. Responsabilidade e sustentabilidade
3. Consumo público, Saúde e Segurança Social
4. Trade-offs de políticas setoriais e desigualdades
5. Investimento público, contratos e PPPs
6. Administração Regional e Local e Setor Público Empresarial
7. Transparência e processo orçamental
2
1. Budget Watch 2017: apresentação global
• Oitava edição do projeto Budget Watch: uma parceria ISEG, IPP e Deloitte
• Índice Orçamental ISEG-IPP (em apresentação) e Índice Deloitte Pro-Business (a apresentar)
O processo Budget Watch
3
3
Proposta de Lei do OE 2017
Relatório Budget Watch versão
preliminar
Análise pela equipa IPP/ISEG
Conselho Consultivo Científico responde a
Questionário
Equipa IPP/ISEG compila e analisa respostas
OUTPUT 1: Resultados
Índice IPP-ISEG
Revisão e reformulaçãopela equipa IPP/ISEG
OUTPUT 2: Relatório
Budget Watch:OE 2017
Apresentação pública do Budget Watch: OE 2017
Análise pelo Conselho Consultivo Científico
Feedback
O Conselho Consultivo Científico (CCC) do Budget Watch aprecia o OE quanto às seguintes dimensões:
1. Transparência, rigor e análise de sensibilidade
2. Responsabilidade política
3. Saldos orçamentais consistentes com o nível sustentável da dívida pública
4. Controlo das despesas de consumo público e da despesa com a Saúde
5. Controlo das despesas com a Segurança Social
6. Consideração dos trade-offs entre objectivos de política
7. Explicitação dos fluxos financeiros entre as administrações públicas e o sector público empresarial
8. Informação adequada sobre os projectos de investimento público, contractos e parceiras público-privadas
9. Solidariedade entre níveis de administração e subsectores da Administração Central
10. Incorporação de melhorias no processo orçamental
Não Satisfaz Insuficiente Satisfaz Muito Bom
0 - 2 3 - 4 5 - 7 8 - 10
4
4
1. Budget Watch 2017: apresentação global
5
1. Budget Watch 2017: apresentação global
Até ao momento, nenhum OE mereceu uma avaliação positiva por parte do CCC…
37,3 38,1
20,5
37,9 37,7 39,2
46,0 46,7
0
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50
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70
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2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Muito
Satisfaz
Insuficiente
Não Satisfaz
6
X.10.4. Dados da execução orçamental (-8,0)
X.2.4. Consolidação orçamental e respeito pelas regras europeias(Objetivo de Médio Prazo) (-8,2)
X.9.4. Informação sobre a “cargafiscal” ao nível autárquico (-10,0)
X.4.4. Incentivos para a melhoria da eficiência nos Hospitais EPE (+16,9)
X.4.1. Controlo das despesas de consumo público (+15,7)
X.4.3. Explicação de medidas para ganhos de eficiência nos hospitais(+14,5)
Maiores descidas
Maiores subidas
1. Budget Watch 2017: apresentação global
7
1. Budget Watch 2017: apresentação global
Os melhores
X.3.4. Coerência com o Programa de
Estabilidade (64,7)
X.10.4. Dados da execução orçamental
em t-1 (62,7)
X.5.5. Realismo das projeções da
Segurança Social (62,5)
X.1.2. Realismo do cenário
macroeconómico (61,9)
X.3.2. Défice consistente com
sustentabilidade da dívida (61,3)
Os piores
X.7.5. Explicações dos encargos futuros
com o SPE (23,8)
X.7.4. Explicações dos aumentos de
capital para o SPE (25,0)
X.8.2. Impacto futuro de projetos de
investimento (27,5)
X.4.5. Controlo da dívida dos Hospitais
(28,8)
X.1.1 Sumário executivo (29,4)
8
2. Responsabilidade e sustentabilidade
• Cenário macroeconómico aparenta ser prudente e está em linha com projeções internacionais
(exceto no consumo público) => previsão de um crescimento do PIB de 1,5%
• Necessária uma maior distinção da totalidade das medidas de despesa discricionária e não
discricionária e o impacto de cada grupo na evolução do saldo orçamental
9
2. Responsabilidade e sustentabilidade
2016 2017 Variação
Saldo global
Programa de Estabilidade 2016-2020 -2.2% -1.4% 0.8 p.p.
OE 2017 -2.4% -1.6% 0.9 p.p.
Fonte: Ministério das Finanças
• Estratégia orçamental mantém tendência de melhoria quanto ao cumprimento das regras europeias.
No entanto, tais evoluções levantam dúvidas => eficácia e insuficiência das medidas implementadas e
a implementar colocam fortes dúvidas sobre a viabilidade da meta para o saldo estrutural
• Necessário maior explicação referente à consolidação orçamental
2016 2017 Variação
Saldo estrutural primário
Programa de Estabilidade 2016-2020 2.7% 2.9% 0.2 p.p.
OE 2017 2.7% 3.2% 0.5 p.p.
Fonte: Ministério das Finanças
2016 2017 Variação
Saldo global
Programa de Estabilidade 2016-2020 -2.2% -1.4% 0.8 p.p.
OE 2017 -2.4% -1.6% 0.9 p.p.
Fonte: Ministério das Finanças
Critério de Maastricht: 3%
Melhor para avaliar esforço de consolidação. OE mais ambicioso que o
P. de Estabilidade?
Comissão. Europeia: 0 p.p.
10
2. Responsabilidade e sustentabilidade
Exercício de cenarização da dívida
pública admitindo 3 cenários para
a política orçamental:
• Cenário I (otimista): défice reduz-se
para 1,5% em 2017, 1% em 2018 e 0,5%
em 2019 e em diante
• Cenário II (pessimista): défice fixa-se
nos 3% em 2017, e 2,9% em 2018 e em
diante
• Cenário III (manutenção): défice reduz-
se para 1,5% em 2017 e em diante Fonte: ROE 2017, FMI (2016) e hipóteses próprias.
50%
60%
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30
cenário I cenário II cenário III
A opinião do Conselho Consultivo CientíficoNota
(0 a 100)Variação face a 2016
X.1.4. Existe uma distinção clara entre as componentes discricionárias e não discricionárias 38,1 1,1
X.2.4. As medidas a ser executadas contribuirão para a consolidação, na direção do definido no PEC 45,3 -8,2
X.3.2. O défice orçamental é consistente com um caminho de sustentabilidade da dívida 61,3 6,5
X.3.5. A variação do saldo estrutural primário está de acordo com previsões do PE 50,0 -1,3
11
3. Consumo público, Saúde e Segurança Social
• Consumo público:
o Destaca-se positivamente a crescente fundamentação das medidas de contenção
o Carece de informação relativamente à “problemática” das cativações => podem pôr em causa
evoluções e estimativas
o Estimativas globais aparentam ser, tal como no OE passado, prudentes (ligeiro aumento) =>
falta, no entanto, maior explicação sobre poupanças conseguidas com a regra “2 por 1”
2016 2017
OE2016 IPP OE2017 OE2017 Var. IPP Var. OE
Despesas com o pessoal 15.570 15.796 15.713
15.924 0,8% 1,3%
Aquisição de bens e serviços 8.618 8.554 8.292 9.024 5,5% 8,8%
Consumo público 24.188 24.349 24.005 24.948 2,5% 3,9%
Nota: valores em contabilidade pública, milhões de euros.
Fonte: MF, IPP e cálculos próprios
A opinião do Conselho Consultivo CientíficoNota
(0 a 100)Variação face a 2016
X.4.1. As despesas com consumo público estão controladas 56,3 15,7
12
• Saúde: previsões aparentam ser razoáveis => ligeiro aumento das dotações para o Serviço Nacional de
Saúde. Mas têm de ser enquadradas com evolução da dívida dos Hospitais… => Urgente
disponibilização de informação sobre planos para controlo da crescente dívida nos Hospitais EPE
3. Consumo público, Saúde e Segurança Social
• Segurança Social:
o Destaca-se positivamente a consistência e realismo das previsões
o Apesar de se reduzirem, persistem as previstas transferências extraordinários do OE (650 M€)
o Necessária maior distinção entre as medidas já implementadas e a implementar
A opinião do Conselho Consultivo CientíficoNota
(0 a 100)Variação face a 2016
X.5.1. Novas medidas de despesa são compensadas por cortes noutros programas 48,6 -3,2
X.5.2. A cobertura da despesa em prestações sociais pela receita de contribuições é adequada 57,3 -1,5
X.5.3. Existe desagravamento da pressão sobre a sustentabilidade do sistema de segurança social 50,0 -2,4
A opinião do Conselho Consultivo CientíficoNota
(0 a 100)Variação face a 2016
X.4.2. A dotação para o Serviço Nacional de Saúde é realista 48,0 12,4
X.4.5. Há controlo da dívida dos hospitais (SPA e EPE) 28,8 -7,0
13
4. Trade-offs entre políticas setoriais e desigualdades
• Melhoria na informação sobre as escolhas de política ao nível macroeconómico
• Necessária mais informação sobre as variações setoriais da despesa, com um quadro síntese da
despesa efetiva consolidada por setor
Reforma do processo orçamental Implementação efetiva de orçamentação por programas
• Diminuição da informação respeitante às principais medidas a implementar e o seu impacto social:
o Impacto das medidas sobre as famílias por camada de distribuição do rendimento; e
o Impacto global do OE na redução das desigualdades
A opinião do Conselho Consultivo CientíficoNota
(0 a 100)Variação face a 2016
X.6.1. Governo explicita como o OE se posiciona face aos trade-offs ao nível macroeconómico 56,9 1,0
X.6.2. Governo explicita as políticas setoriais a que quer dar mais e menos importância 41,3 -1,6
X.6.5. É apresentado impacto das medidas sobre as famílias por camada de distribuição do rendimento 35,6 -14,4
14
5. Investimento público, contratos e PPPs
• Número de ocorrências da expressão “investimento público” nos Relatórios do OE:
o 2015: 0 => 2016: 1 => 2017: 4
• Continua a faltar informação e a verificaram-se níveis historicamente baixos a nível de investimento
Nota: (e) estimativa; (p) – previsão. Contas nacionais (SEC 2010)
Fonte: INE, Ministério das Finanças, Comissão Europeia e cálculos próprios
4,6%
5,0%
4,6%4,4% 4,4%
4,1%
3,4%3,2%
3,7%
4,1%
5,3%
3,5%
2,5%2,2%
2,0% 2,3%1,9% 2,2%
0,0%
1,0%
2,0%
3,0%
4,0%
5,0%
6,0%
0,0
2,0
4,0
6,0
8,0
10,0
12,0
% d
o P
IBpm
Milh
ares
de
milh
ões
€
FBCF (10^9 €) FBCF (% PIBpm) Média 2000-2011 Média Euro (% PIBpm)
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5. Investimento público, contratos e PPPs
• Melhorias a nível de informação sobre os processos de renegociação dos contratos das PPPs
• Falta de esclarecimentos sobre as variações nas projeções de encargos para o mesmo horizonte
temporal
• Falta de informação sobre o risco de execução de garantias prestadas pelo Estado (e correspondente
problema de endividamento das empresas públicas), e eventuais garantias concedidas pelos restantes
subsetores
A opinião do Conselho Consultivo CientíficoNota
(0 a 100)Variação face a 2016
X.8.2. Existe informação adequada sobre o impacto futuro de projetos de investimento público 27,5 8,2
X.8.3. Existe informação adequada sobre os contratos de PPPs e o seu impacto plurianual 48,8 0,5
X.8.5. Existe informação adequada sobre as garantias prestadas pelo Estado 49,4 -1,8
16
16
6. Adm. Regional e Local e Setor Público Empresarial
• Setor Público Empresarial é historicamente das dimensões pior cotadas => Registaram-se
apenas ligeiras melhorias, informação continua a ser insuficiente
• Negativamente destaca-se a ausência de diversos quadros, nomeadamente o relativo às
indemnizações compensatórias
• UTAM poderá trazer melhorias nesta dimensão => mas tal pressupõe um reforço dos seus
recursos técnicos e humanos para um acompanhamento mais recorrente
A opinião do Conselho Consultivo CientíficoNota
(0 a 100)Variação face a 2016
X.7.1. São explicitados os encargos presentes e previstos com as indemnizações compensatórias 32,7 1,4
X.7.3. São explicitadas as justificações para as transferências de capital e empréstimos 34,7 2,9
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6. Adm. Regional e Local e Setor Público Empresarial
• ARL é, por tradição, das dimensões melhor cotadas. No entanto, este ano destaca-se a menor
informação presente sobre a carga fiscal.
• Positivamente observa-se uma maior partilha do esforço de contenção da despesa pública.
Administração Central
Administração Regional e Local
Segurança SocialAdministrações
Públicas
Variação (2016-2015) 3.214 354 1.049 3.992
Contributo para o aumento da despesa (%) 80,5% 8,9% 26,3% 100,0%
Variação (2017-2016) 305 -95 887 1.016
Contributo para o aumento da despesa (%) 30,0% -9,4% 87,3% 100,0%
Fonte: ROE 2017
A opinião do Conselho Consultivo CientíficoNota
(0 a 100)Variação face a 2016
X.9.1. Existe solidariedade entre níveis de contenção de despesa dos vários subsetores 46,0 -2,1
X.9.4. É explicitada informação sobre a "carga fiscal" ao nível autárquico 52,0 -10,0
X.9.5. É explicitada informação sobre a "carga fiscal" ao nível da Administração Regional 49,3 -5,3
• Destaca-se negativamente a ausência de um sumário executivo
• Incorporação de um “Prefácio” não isenta incorporação de um sumário
• Sumário executivo objetivo e imparcial é fundamental para um OE acessível (a par da publicação do Orçamento do Cidadão)
Fundamental nas
avaliações internacionais(OBS, FMI…)
25
18
6. Transparência e processo orçamental
Prefácio do Orçamento português Sumário executivo do Orçamento inglês
26
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7. Transparência e processo orçamental
• Positivamente continua-se a destacar o eficaz trabalho desempenhado pela UTAO, que
contribui e apoia o (curto) debate parlamentar => Necessidade de alterar calendário político
• Negativamente mantém-se falta de transparência relativamente:
o Estimativas de despesa plurianual;
o Informação respeitante às alterações no perímetro das Administrações Públicas;
o Execução orçamental…
A opinião do Conselho Consultivo CientíficoNota
(0 a 100)Variação face a 2016
X.1.1. Sumário executivo explicita os objetivos de política e principais medidas de forma rigorosa 29,4 -7,7
X.10.3. Efeitos da alteração do perímetro das Administrações Públicas são explícitos 52,7 3,3
X.10.5. Condições de apreciação, deliberação e debate do OE são satisfatórias 57,3 2,3
Nova LEO aprovadaCalendário de
implementaçãoCriação da Unidade de
Implementação
Ações concretas de melhoria nos vários
níveis
✓ ✓ ? ?
• O OE não tem abordado explicitamente a temática da transparência e do processo orçamental =>
seria importante e ajudaria no processo de responsabilização
• Este facto é ainda mais importante desde a implementação da nova Lei de Enquadramento
Orçamental já em 2015
• O Relatório do OE deveria ter uma secção dedicada ao processo e à transparência orçamentais.
27
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7. Transparência e processo orçamental
21
Obrigado
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