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Abril de 2011
BANCO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL – BNDES
PRESIDENTE
Luciano Galvão Coutinho
VICE-PRESIDENTE
Armando Mariante Carvalho Júnior
DIRETORES
João Carlos Ferraz
Luiz Eduardo Melin
Maurício Borges Lemos
Eduardo Rath Fingerl
Elvio Lima Gaspar
Luiz Fernando Linck Dorneles
ÁREA DE CRÉDITO
DEPARTAMENTO DE POLÍTICA E GESTÃO DE INSTRUMENTOS DE GARANTIA – DEPOG
SUPERINTENDENTE
Cláudia Pimentel Trindade Prates
CHEFE DE DEPARTAMENTO
Marcelo Porteiro Cardoso
3 FU ND O G AR AN T ID OR P A R A IN V E S T IM E N T OS
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO 6
1. INTRODUÇÃO 8
2. MECANISMOS DE GOVERNANÇA 9
3. AÇÕES DO ADMINISTRADOR 10
3.1. Projeto BNDES FGI no BNDES 10
3.2. Normatização 11
3.3. Aprovações em Assembléias 12
4. ESTRUTURA PATRIMONIAL E ADESÃO DE NOVOS COTISTAS 14
4.1. Posições Patrimoniais 14
4.2. Estrutura de Capital 15
5. CARTEIRA DE INVESTIMENTOS 15
5.1. Introdução 15
5.2. Ativos de Renda Fixa na Carteira do BNDES FGI 16
5.3. Ativos de Renda Variável na Carteira do BNDES FGI 19
5.4. Plano de Desinvestimento das Ações 21
6. OPERAÇÕES COM GARANTIA DO BNDES FGI EM 2010 22
6.1. Introdução 22
6.2. Perfil das Operações 23
6.2.1. Risco 23
6.2.2. Porte da Beneficiária 23
6.2.3. Agente Financeiro 24
6.2.4. Percentual Garantido da Operação 25
6.2.5. Programa/Linha 26
6.2.6. Prazo 26
6.2.7. Região 27
6.3. Limites Operacionais 28
6.4. Perspectivas para a Concessão de Garantias em 2011 28
7. RECEITAS E DESPESAS OPERACIONAIS DO BNDES FGI 29
7.1. Receitas 29
7.2. Despesas com Serviços 29
7.3. Despesas com Pagamento de Tributos 30
7.4. Despesas com Remuneração do Administrador 30
8. OUTROS FATOS RELEVANTES 32
9. EVENTOS SUBSEQUENTES 33
ANEXO 34
4 FU ND O G AR AN T ID OR P A R A IN V E S T IM E N T OS
ABREVIAÇÕES E SIGLAS
AGE - Assembleia Geral Extraordinária
AGOE – Assembleia Geral Ordinária e Extraordinária
BACEN – Banco Central do Brasil
BB – Banco do Brasil S.A.
BB DTVM – Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários do Banco do Brasil S.A.
BNB – Banco do Nordeste do Brasil
CMN – Conselho Monetário Nacional
CVM – Comissão de Valores Mobiliários
ECG – Encargo por Concessão de Garantia
FINAME – Agência Especial de Financiamento Industrial
IRF-M – Índice de Renda Fixa de Mercado
JCP – Juros sobre Capital Próprio
LTN – Letra do Tesouro Nacional
MPME – micro, pequenas e médias empresas (critério do Regulamento do BNDES FGI)
NTN-F – Nota do Tesouro Nacional, série F
PIB – Produto Interno Bruto
TMS – Taxa Média SELIC
5 FU ND O G AR AN T ID OR P A R A IN V E S T IM E N T OS
TABELAS E GRÁFICOS
Tabela 1 – Circulares BNDES sobre o BNDES FGI Divulgadas em 2010 12
Tabela 2 – Operações Efetuadas na Carteira de Renda Fixa 17
Tabela 3 – Composição da Carteira de Renda fixa 17
Tabela 4 – Rentabilidade Mensal da Carteira de Renda Fixa 18
Tabela 5 – Carteira de Renda Variável 19
Tabela 6 – Receita de Proventos em 2010 20
Tabela 7 – Operações por Classificação de Risco 23
Tabela 8 – Operações por Porte da Beneficiária 24
Tabela 9 – Operações por Agente Financeiro 24
Tabela 10 – Operações por Percentual Garantido 25
Tabela 11 – Operações por Programa/Linha 26
Tabela 12 – Operações por Prazo 26
Tabela 13 – Operações por Região 27
Tabela 14 – Receita Operacional com ECG em 2010 29
Tabela 15 – Remuneração do BNDES Pela Administração do BNDES FGI em 2010 31
Gráfico 1 – Evolução Mensal do Valor de Mercado dos Ativos de Renda Variável 20
Gráfico 2 – Valor Financiado e Garantido das Operações com Garantia do BNDES FGI 22
Gráfico 3 – Operações por Classificação de Risco 23
Gráfico 4 – Operações por Porte da Beneficiária 24
Gráfico 5 – Operações por Agente Financeiro 25
Gráfico 6 – Operações por Prazo 27
Gráfico 7 – Operações por Região 27
6 FU ND O G AR AN T ID OR P A R A IN V E S T IM E N T OS
APRESENTAÇÃO
Este Relatório da Administração do Fundo Garantidor para Investimentos – BNDES FGI
sintetiza um trabalho inovador e que somente foi possível graças à colaboração de todos os
cotistas. A Prestação de Contas do BNDES FGI referente a 2010 é composta, além deste
Relatório, pelo Parecer dos Auditores Independentes, elaborado pela Deloitte Touche
Tohmatsu, e pelas demonstrações contábeis do Fundo.
Como se sabe, o BNDES FGI foi disponibilizado aos agentes financeiros como um produto de
garantia para as operações de repasse do BNDES para micro, pequenas e médias empresas.
O BNDES FGI agrega para as instituições financeiras cotistas uma ferramenta valiosa para a
ampliação do acesso ao crédito em importantes produtos do BNDES voltados a esse
segmento, como o BNDES Finame, o BNDES Automático e o BNDES Exim, e em Programas
como o BNDES Procaminhoneiro e o Programa BNDES de Sustentação do Investimento -
BNDES PSI.
Seu projeto de implantação provê as soluções de tecnologia da informação que esse produto
requer, permitindo que as instituições financeiras parceiras tenham condições de desenvolver
suas plataformas de operação com a garantia do Fundo. Dessa forma, as bases de contratação
das operações já foram desenvolvidas e disponibilizadas aos agentes pelo BNDES, enquanto
que o Portal FGI, plataforma que permitirá o acionamento eletrônico da cobertura em caso de
inadimplência, está em fase final de implantação para homologação junto aos parceiros.
Além do eixo tecnológico, a administração do FGI também estrutura e organiza, interna e
externamente ao BNDES, todo o funcionamento do Fundo em termos de processos,
normatização, gestão das garantias e de seus recursos financeiros, assim como a gestão de
contratos de prestadores de serviços para o FGI, como por exemplo a custódia, liquidação e
escrituração de cotas e a auditoria contábil-financeira do Fundo.
É importante frisar que o BNDES sempre observa as boas práticas de governança e o princípio
da segregação, buscando a máxima transparência, aliada ao respeito à aplicação do sigilo.
Assim, toda a gestão do fundo pelo BNDES encontra-se centralizada na Área de Crédito, que
tem suas funções totalmente segregadas das Áreas Operacionais, e que utiliza a estrutura do
BNDES de acordo com as especializações requeridas para o desempenho das atividades
relativas ao Fundo.
7 FU ND O G AR AN T ID OR P A R A IN V E S T IM E N T OS
Os resultados consistentes que vêm sendo apresentados pelo BNDES FGI, em termos de
parcerias, volume de garantia e de melhoria do acesso ao crédito, apontam para a
consolidação e o crescimento acelerado desse produto, que permanecerá tendo espaço
progressivo dentro do portfólio do BNDES, provendo garantia para operações de repasse e,
futuramente, para operações de crédito livre originadas com fontes de mercado.
Agradeço aos cotistas e parceiros a confiança depositada na administração do BNDES,
permitindo a viabilização desse valioso instrumento para a ampliação do acesso ao crédito em
nosso país.
LUCIANO COUTINHO
PRESIDENTE DO BNDES
8 FU ND O G AR AN T ID OR P A R A IN V E S T IM E N T OS
1.
INTRODUÇÃO
O Fundo Garantidor para Investimentos – BNDES FGI é um fundo de natureza privada e com
recursos próprios, inscrito no CNPJ sob o número 10.993.128/0001-57. A Lei nº 12.087/2009
de 11.11.2009 permitiu sua criação e autorizou o aporte de recursos da União Federal no
Fundo. Seu objetivo é garantir parte do risco de operações de financiamento, facilitando o
acesso ao crédito a micro, pequenas e médias empresas, microempreendedores individuais e a
pessoas físicas do segmento de transporte rodoviário de cargas que contratem operações
destinadas à aquisição de bens de capital para sua atividade.
Sua criação foi motivada pelo fato de que a escassez de garantias é uma das principais
dificuldades das empresas para terem acesso ao crédito. É comum que projetos de
investimentos financeiramente viáveis não se concretizem simplesmente porque a empresa
não conseguiu oferecer garantias em valor suficiente para ter seu financiamento aprovado.
Este problema afeta ainda mais as empresas de menor porte, que são mais carentes de
garantias. Neste contexto, a atuação do BNDES FGI se dá no sentido de complementar
garantias, aumentando as possibilidades de acesso e melhorando as condições de crédito para
estas empresas.
O BNDES FGI iniciou suas operações em abril de 2010. Até o fim do ano foram contratadas
2.737 operações com a garantia do Fundo, que atualmente garante operações de repasse do
BNDES para MPME. Para 2011, prevê-se que a demanda por crédito continue aquecida,
mantendo também aquecida a demanda por garantias. Tal fato, somado a uma maior
disseminação do BNDES FGI, traz a perspectiva de que o número de operações aumente
consideravelmente em 2011.
Além desta Introdução, este Relatório contém mais oito seções. A seção seguinte apresenta os
mecanismos de governança do Fundo e a seção 3 descreve as ações do BNDES como
Administrador em 2010. Já a seção 4 apresenta a estrutura patrimonial do Fundo, enquanto a
seção 5 detalha como os recursos do Fundo foram aplicados. A seção 6 descreve a carteira de
operações contratadas com a garantia do Fundo. A seção 7 relaciona as receitas e despesas
do BNDES FGI ao longo do ano. A seção 8 menciona outros fatos relevantes e, por fim, a
seção 9 apresenta alguns eventos subsequentes à data de 31.12.2010.
9 FU ND O G AR AN T ID OR P A R A IN V E S T IM E N T OS
2.
MECANISMOS DE GOVERNANÇA
O BNDES FGI foi criado com estrutura de governança própria. Além de ter inscrição própria no
CNPJ e natureza privada, seu patrimônio é completamente segregado de seu Administrador e
dos demais cotistas, o que o faz um fundo independente, sem risco de contingenciamento
orçamentário.
O principio da segregação é previsto no Estatuto do BNDES FGI e se constitui a sua premissa
mais básica em relação à governança. Tal princípio se aplica não apenas ao seu patrimônio
mas também à sua estrutura de gestão. Neste sentido, o BNDES definiu uma estrutura de
gestão própria para o BNDES FGI na qual as suas funções como Administrador do Fundo e
como financiador são totalmente segregadas. Além disto, o BNDES utiliza sua estrutura para
realizar a administração do BNDES FGI, separando as responsabilidades de realização das
atividades necessárias entre suas diferentes áreas conforme o critério de competência. Como
resultado foi criado um abrangente e complexo projeto de implementação do BNDES FGI em
que foram envolvidas seis diferentes áreas do BNDES (Crédito, Operações Indiretas,
Financeira, Mercado de Capitais, Tecnologia da Informação e Planejamento).
Esta estrutura de governança torna o BNDES FGI um instrumento confiável para cumprimento
da proposta de mitigação do risco de crédito das operações de micro, pequenas e médias
empresas realizadas pelas instituições financeiras repassadoras do BNDES, estimulando um
maior acesso ao crédito por parte de empresas daquele porte.
Além da estrutura de gestão, o modelo de negócios desenhado para o BNDES FGI também
apresenta estrutura adequada de proteção contra o risco moral e a seleção adversa da
carteira, problemas que podem ocorrer com este tipo de instrumento.
Tais problemas são mitigados por mecanismo eficiente de Stop Loss, o qual visa proteger o
patrimônio do Fundo. Sua função consiste em limitar as perdas líquidas derivadas das operações
inadimplidas da carteira de cada agente financeiro coberta pelo BNDES FGI. Este honrará as
garantias prestadas até o limite de 7% de perda líquida da carteira garantida de cada agente
financeiro, por conjunto de operações contratadas a cada intervalo de três anos (cestas garantidas).
O agente financeiro que ultrapassar o índice de stop loss numa dada cesta garantida tem o
atendimento de novas solicitações de honra na respectiva cesta suspenso, até que retorne a
patamar igual ou inferior a 7%. Essa suspensão não afeta, contudo, a capacidade do agente de
contratar novas operações com garantia do Fundo, que permanece livre desde que atendidos os
limites operacionais estabelecidos no Estatuto e no Regulamento do Fundo. Tais limites, que tem
1 0 FU ND O G AR AN TI D OR P AR A I NV E S TIM E N T OS
por intuito evitar a concentração de risco na carteira de garantias do Fundo, preservando sua
sustentabilidade e abrangência de atuação, são melhor explicitados na subseção 6.3.
Ainda como forma de mitigar eventuais efeitos relacionados ao risco moral e à seleção
adversa, o BNDES, como Administrador do BNDES FGI, vem trabalhando na contratação de
assessoria especializada para desenvolvimento de modelo de credit score, contratação que já
foi aprovada pela Assembléia Geral de Cotistas do BNDES FGI no âmbito do Plano de
Contratação de Serviços previsto no Estatuto. Com este modelo funcionando, será possível a
convergência com os modelos das instituições financeiras cotistas, permitindo o monitoramento
do risco de crédito da carteira de garantias do BNDES FGI, assim como uma melhor
precificação das garantias outorgadas, entre outros avanços.
3.
AÇÕES DO ADMINISTRADOR
3.1. PROJETO BNDES FGI NO BNDES
Foi feito um abrangente e complexo trabalho por parte do BNDES no ano de 2009 para criar as
condições, estruturas e processos necessários para o perfeito funcionamento do Fundo. Neste
sentido, foi elaborado o projeto de implementação do BNDES FGI, o qual se caracteriza por um
processo de avanço contínuo e que exige a participação de diversas áreas do Banco, sendo a
Área de Crédito a gestora.
Em 2009, as questões essenciais (Tecnologia da Informação – TI, normativos, processos
gerenciais e outras) foram priorizadas com o intuito de definir a estrutura interna de gestão do
Fundo e os procedimentos operacionais de habilitação dos agentes financeiros no Fundo,
preparando inclusive as plataformas de sistemas necessárias para que estes pudessem contratar
operações com a sua garantia, em uma ampla gama de produtos, linhas e programas do BNDES
voltados para micro, pequenas e médias empresas.
Já em 2010, o projeto definiu os procedimentos e requisitos operacionais para a solicitação e
processamento de honra, comprovação da medida judicial para recuperação de crédito e o
processamento de recuperações de crédito, dentre outros. Para isto, participaram destas
definições diversas áreas especializadas do BNDES, sob a coordenação da Área de Crédito.
As definições destes processos operacionais possibilitaram ao BNDES o desenvolvimento da
primeira versão do portal web de processamento de operações com garantia do BNDES FGI
(Portal FGI), que servirá como interface tecnológica entre o BNDES FGI e os agentes
financeiros, com enfoque nos processos posteriores à contratação da garantia.
1 1 FU ND O G AR AN TI D OR P AR A I NV E S TIM E N T OS
3.2. NORMATIZAÇÃO
Conforme ocorriam os avanços do projeto, era também necessário um acompanhamento
normativo que permitisse que os procedimentos planejados fossem implementados. Em 2009,
a criação do BNDES FGI e o aporte inicial com recursos da União exigiram uma base
normativa que contou com a Medida Provisória nº 464/2009 de 09.06.2009, posteriormente
convertida na Lei nº 12.087/2009 de 11.11.2009, o Decreto nº 6.889/2009 de 29.06.2009, a
Portaria nº 361/2009 de 30.06.2009 do Ministério da Fazenda, a Circular BACEN nº 3.471/2009
de 16.10.2009, além da Resolução CMN nº 2.682/1999 de 21.12.1999.
Além de alterações na legislação e da emissão de normativos externos ao BNDES, o Banco,
no seu papel de Administrador do Fundo, também elaborou alguns normativos internos que
definiram o Estatuto do Fundo, o seu Regulamento de Operações e a lista de Produtos, Linhas
e Programas passíveis de outorga de garantia do BNDES FGI. Esses documentos, assim como
os procedimentos para habilitação dos agentes financeiros ao BNDES FGI, foram divulgados
por meio de diversas circulares ao longo de 2009.
Sendo assim, no início do ano de 2010, a base normativa do BNDES FGI (interna e externa ao
seu Administrador) já estava praticamente pronta, sendo necessária a manutenção dos
normativos atualizados. Restava apenas a elaboração de normatização complementar,
principalmente por meio de circulares, com intuito de divulgar aos agentes financeiros os
procedimentos que ainda não haviam sido detalhados como, por exemplo, solicitação de honra,
comprovação da medida judicial e recuperação de crédito. Todos estes procedimentos foram
definidos de forma detalhada ao longo do ano de 2010, de acordo com o andamento do Projeto
de TI de implementação do BNDES FGI no BNDES. Além disso, o projeto definiu que os
procedimentos mencionados serão realizados por meio do Portal FGI, que foi concluído e
entrou no ar para testes iniciais em 2010.
Assim, é apresentado na Tabela 1 o histórico de divulgação dos normativos do BNDES FGI em
2010, tanto para divulgação dos novos procedimentos quanto para atualização de normativos
anteriormente divulgados.
1 2 FU ND O G AR AN TI D OR P AR A I NV E S TIM E N T OS
T ABE L A 1 – C IR CU L ARE S S OB RE O B NDE S F GI D IV U LG AD AS E M 20 1 0
Nº DA CIRCULAR
BNDES
DATA DE
EMISSÃO
ASSUNTO DESCRIÇÃO
21/2010 06.05.2010 Regulamento de Operações Comunica aos agentes financeiros alteração no
Regulamento de Operações
22/2010 06.05.2010
Solicitação de honra de
garantia e comprovação do
ajuizamento da medida
judicial
Comunica os procedimentos para a solicitação
de honra de garantia e comprovação do
ajuizamento da medida judicial
29/2010 25.06.2010 Estatuto do BNDES FGI Comunica aos agentes financeiros a alteração no
estatuto do BNDES FGI
31/2010 30.06.2010 Regulamento de Operações Comunica aos agentes financeiros alteração no
Regulamento de Operações
34/2010 14.07.2010
Lista de Produtos, Linhas e
Programas passíveis de
cobertura do BNDES FGI
Atualização da Lista de Produtos, Linhas e
Programas passíveis de Outorga de Garantia
Direta pelo BNDES FGI
38/2010 19.07.2010 Recuperação de crédito e
prestação de informações
Comunica aos agentes financeiros os
procedimentos operacionais para a recuperação
de crédito e prestação de informações,
relacionados a operações com garantia do
BNDES FGI
40/2010 23.07.2010 Valor do Fator K
Comunica aos agentes financeiros a alteração do
fator K, para cálculo do ECG, em operações a
serem realizadas no âmbito do Programa
BNDES PER Alagoas e Pernambuco
46/2010 02.09.2010 Valor do Fator K
Comunica aos agentes financeiros a
alteração do fator K, para cálculo do ECG, em
operações a serem realizadas no âmbito do
Programa BNDES PER Alagoas e Pernambuco
49/2010 22.09.2010
Solicitação de honra de
garantia e comprovação do
ajuizamento da medida
judicial
Comunica aos agentes financeiros alterações
nos procedimentos para a solicitação de honra
de garantia e comprovação do ajuizamento da
medida judicial para recuperação do crédito
51/2010 29.09.2010 Estatuto do BNDES FGI Comunica aos agentes financeiros a alteração do
Estatuto do BNDES FGI
52/2010 29.09.2010 Regulamento de Operações Comunica aos agentes financeiros alteração no
Regulamento de Operações
Fonte: Área de Crédito do BNDES
3.3. APROVAÇÕES EM ASSEMBLEIAS
A Assembleia Geral de Cotistas é o órgão máximo de deliberação do BNDES FGI e cada
cotista tem representação na Assembleia proporcional à sua participação no Fundo. No ano de
2010 foram realizadas quatro Assembleias Gerais, sendo uma ordinária e três extraordinárias.
A Assembleia Geral Ordinária e Extraordinária (AGOE) foi realizada em 26.04.2010, com o
objetivo de deliberar sobre as demonstrações contábeis e financeiras do BNDES FGI e também
sobre seu Relatório da Administração referentes ao Ano de 2009. Tanto o Relatório da
Administração do BNDES FGI quanto as demonstrações contábeis e financeiras do BNDES
FGI foram aprovados, sem ressalvas, pela totalidade dos cotistas presentes, com a abstenção
do cotista BNDES.
1 3 FU ND O G AR AN TI D OR P AR A I NV E S TIM E N T OS
Posteriormente, foram realizadas mais duas Assembleias Gerais Extraordinárias (AGEs). A
primeira delas ocorreu no dia 24.06.2010 e deliberou sobre o Plano de Contratação de
Serviços proposto pelo Administrador e sobre uma alteração do Estatuto e sua posterior
consolidação. Essa alteração visava o alinhamento entre os limites definidos para a concessão
de garantias pelo BNDES FGI e os limites de porte de empresas utilizados pelo BNDES em
suas políticas direcionadas a micro, pequenas e médias empresas. Neste sentido, o Estatuto
do BNDES FGI foi atualizado para a nova classificação de média empresa do BNDES,
passando de R$ 60 milhões para R$ 90 milhões o limite máximo de receita operacional bruta
anual para as empresas poderem contratar operações com a garantia do Fundo. Tal alteração,
assim como a consolidação do Estatuto do BNDES FGI com a nova redação, foram aprovadas,
sem ressalvas, por todos os cotistas presentes.
O Plano de Contratação de Serviços apresentava a necessidade de contratação de cinco
serviços especializados e essenciais ao BNDES FGI a serem prestados por organizações
distintas do Administrador. São estes: agente de custódia, liquidação financeira e escriturador
de cotas; consultoria atuarial; assessoria em avaliação de risco de crédito; auditoria operacional
(procedimentos previamente acordados) e auditoria financeira e contábil para os Exercícios
2009 e 2010. O Plano foi aprovado, sem ressalvas, pela totalidade dos cotistas presentes, com
a abstenção do cotista BNDES. Os serviços efetivamente contratados em 2010 pelo BNDES
FGI serão detalhados em uma seção mais adiante.
Ainda em 2010, ocorreu a última AGE na data de 13.09.2010. na qual foram deliberadas cinco
alterações no Estatuto do BNDES FGI, além de sua consolidação após as alterações. A
primeira alteração buscava esclarecer que as regras definidas para as subscrições valiam tanto
para as primeiras subscrições de cada agente, feitas por meio do Contrato FGI e Boletim de
Subscrição, quanto para as subscrições posteriores, feitas apenas por Boletim de Subscrição.
Houve também três outras alterações que modificaram alguns prazos estatutários, adequando-
os à complexidade das respectivas atividades. Por fim, a última alteração deliberada visou
flexibilizar as exigências de contragarantias de forma a se adequar melhor à realidade de
alguns segmentos específicos, sem a perda de segurança para o patrimônio do Fundo. Um
exemplo destes segmentos é o de autônomos transportadores rodoviários de carga, para o
qual foi proposta a dispensa de garantia fidejussória em troca da exigência de alienação
fiduciária do bem adquirido, alinhando inclusive com a prática observada para as operações de
financiamento no âmbito do BNDES Procaminhoneiro. Todos estes pontos foram aprovados,
sem ressalvas, pela totalidade dos cotistas presentes.
1 4 FU ND O G AR AN TI D OR P AR A I NV E S TIM E N T OS
4.
ESTRUTURA PATRIMONIAL E ADESÃO DE NOVOS COTISTAS
4.1. POSIÇÕES PATRIMONIAIS
No fechamento do ano de 2009 (em 31.12.2009), o Patrimônio Líquido do BNDES FGI era de
R$ 688.164 mil, sendo o valor patrimonial da cota de R$ 1,18585895, e a União o único cotista.
Tal patrimônio se referia ao aporte que inaugurou o Fundo, realizado pela União em
11.08.2009 com ativos de renda variável, no valor de R$ 580.308 mil, sendo o valor inicial da
cota estipulado em R$ 1,00.
Já em 2010, o BNDES realizou o aporte institucional em cotas “Classe A”, classe de cotas que
também constitui lastro para as operações que serão garantidas pelo BNDES FGI e que não
oferece a possibilidade de contratar operações com a garantia do BNDES FGI a seus
detentores. O BNDES subscreveu o montante de R$ 100 milhões, em moeda corrente, na data
de 21.01.2010, integralizando o aporte no dia 01.02.2010.
Juntamente com o aporte do BNDES, se iniciaram os aportes em cotas “Classe B”, realizados
pelos agentes financeiros com o objetivo de se habilitarem a contratar operações com a
garantia do Fundo. Assim, em 2010, integralizaram suas cotas no Fundo os bancos Ribeirão
Preto, CNH Capital, Volvo, Fidis, Caixa RS – Agência de Fomento, Itaú Unibanco, Banco do
Brasil, Caixa Econômica Federal – CEF, Nossa Caixa Desenvolvimento – Agência de Fomento
do Estado de São Paulo, Bradesco, Scania, Rodobens e Banco Cooperativo Sicredi. Ainda
existem outros agentes financeiros que manifestaram a intenção de se tornarem cotistas e já
iniciaram o processo de habilitação no BNDES FGI, porém este não foi concluído em 2010.
Além destes aportes, em 2010 o BNDES FGI obteve receita com a valorização dos ativos de
renda fixa e também passou a receber a receita com ECG, em função do início das operações.
Ambas as receitas estão detalhadas na subseção 7.1. Considerando todos estes fatores, o
Fundo encerrou o ano de 2010 com o Patrimônio Líquido de R$ 800.137 mil, sendo o valor
patrimonial da cota de R$ 1,18541832, o que reflete uma leve desvalorização da cota de 0,04%
em relação ao fechamento do ano anterior e a uma valorização de 18,54% em relação ao valor
da cota no momento de criação do Fundo.
Não houve solicitações de honra na carteira de garantias do BNDES FGI no ano de 2010. Por
isso, os principais impactos no patrimônio do Fundo neste exercício, além dos aportes dos
novos cotistas descritos anteriormente, foram as despesas administrativas do Fundo e os
resultados das aplicações dos seus recursos, principalmente em renda variável. Ambas as
questões serão detalhadas adiante.
1 5 FU ND O G AR AN TI D OR P AR A I NV E S TIM E N T OS
4.2. ESTRUTURA DE CAPITAL
A estrutura de capital do BNDES FGI em 31.12.2010 caracterizava-se pela participação da
União com 85,97% de suas cotas, o BNDES com 12,50% e 1,53% distribuídos entre os demais
cotistas. Com esta estrutura, 98,47% do Fundo é composto por cotas “Classe A” e 1,53% por
cotas “Classe B”.
5.
CARTEIRA DE INVESTIMENTOS
5.1. INTRODUÇÃO
O BNDES FGI, sendo um fundo garantidor, tem como principal objetivo complementar
garantias a operações de financiamento e, para cumpri-lo, necessita de recursos que sirvam
como lastro confiável e líquido capaz de honrar as operações garantidas pelo Fundo que
vierem a inadimplir. Sendo assim, a gestão de seus recursos deve perseguir a manutenção da
rentabilidade, segurança e liquidez.
Com este intuito, a política de investimento do BNDES FGI, definida em seu Estatuto,
determina que as aplicações de seus recursos respeitem limites máximos de até 100% em
títulos públicos federais e cotas de fundos de investimentos de renda fixa, até 15% em ações
de companhias cotadas em bolsa de valores e até 15% em operações compromissadas. Como
será demonstrado nas próximas duas subseções, a carteira de renda fixa fechou o ano de
2010 com o valor de R$ 154.292 mil e a de renda variável com o valor de R$ 645.606 mil,
totalizando o montante de R$ 799.898 mil. Assim, os recursos em renda variável
representavam 80,7%, e os aplicados em renda fixa 19,3%.
É imprescindível ressaltar que esta composição da carteira de ativos não significa que o Fundo
esteja descumprindo o que define a sua política de investimentos. A regra prevista no artigo 29
do Estatuto do BNDES FGI, de que no máximo 15% dos recursos podem estar aplicados em
renda variável, não se aplica, dentro do prazo de três anos contados a partir da data da
integralização, às ações integralizadas no aporte da União (Artigo 32, § 2º do Estatuto do
BNDES FGI).
A política de investimento do BNDES FGI ainda define que as aplicações dos recursos devem
atingir uma rentabilidade mínima, que é atrelada ao índice Ibovespa, no caso da carteira de
ativos de renda variável, e equivalente a 92,5% do índice IRF-M, no caso da carteira de ativos
de renda fixa. A composição detalhada e a rentabilidade de cada carteira, assim como as
operações realizadas ao longo do ano de 2010, serão descritas nas próximas subseções.
1 6 FU ND O G AR AN TI D OR P AR A I NV E S TIM E N T OS
5.2. ATIVOS DE RENDA FIXA NA CARTEIRA DO BNDES FGI
Com exceção do aporte da União feito em ações ainda em 2009, todos os demais aportes foram
integralizados em moeda corrente ao longo de 2010. Esse fato explica por que o montante de
recursos do Fundo aplicado em renda fixa em 2010 registrou um crescimento tão expressivo em
comparação com 2009. O valor de mercado dos ativos de renda fixa do BNDES FGI na data de
fechamento em 31.12.2010 foi de R$ 154.301 mil, montante mais de 63 vezes maior do que o valor
de fechamento de 2009, que foi de R$ 2.414 mil.
Ocorreu que, em 2009, como não houve nenhum aporte em moeda corrente e nenhum
recebimento de ECG, todo o volume aplicado em renda fixa foi proveniente de receitas com
dividendos ou JCP das ações aportadas pela União. Já em 2010, todos os aportes descritos na
seção anterior foram realizados em moeda corrente, sendo então diretamente aplicados na carteira
de renda fixa. O principal fator responsável pelo elevado crescimento da carteira de renda fixa foi o
aporte do BNDES, realizado em fevereiro, no montante de R$ 100 milhões. Vale ressaltar que este
crescimento da carteira ainda não contempla o plano de monetização das ações integralizadas pela
União, o qual não foi iniciado em 2010 pela razão que será explicada adiante.
No ano de 2010, os recursos em renda fixa do BNDES FGI continuaram sendo aplicados no
fundo de investimento de renda fixa BB FGI FI RF, que foi constituído em outubro de 2009 por
meio de termo de adesão junto à BB DTVM S.A., responsável por sua gestão. Este fundo de
renda fixa possui regulamento próprio, que foi desenvolvido de acordo com a política de
investimento definida no Estatuto do BNDES FGI, a qual define como benchmark para este tipo
de aplicação um percentual do IRF-M. A administração das aplicações da carteira de renda
fixa, assim como a busca por este benchmark, são feitas pela Área Financeira do BNDES em
conjunto com a BBDTVM (contratada do BNDES FGI).
No período de 01.01.2010 até o aporte do BNDES de R$ 100 milhões em 01.02.2010, os
recursos permaneceram alocados em LFTs e operações compromissadas, em função do
patrimônio líquido reduzido, ficando impraticável a replicação do IRF-M. A partir de 01.02.2010,
foi iniciada pela Área Financeira do BNDES, em conjunto com a BBDTVM, a construção da
carteira, objetivando a aderência ao benchmark de 92,5% do IRF-M. A Tabela 2 elenca as
principais operações efetuadas.
1 7 FU ND O G AR AN TI D OR P AR A I NV E S TIM E N T OS
T ABE L A 2 – O P E R AÇ ÕE S E F E T U AD AS N A C AR TE I R A D E RE N D A F IX A
DATA OPERAÇÃO TÍTULO VENCIMENTO FINANCEIRO (R$ MIL)
03.02.2010 Compra LTN 01.01.2011 45.725
03.02.2010 Compra LTN 01.07.2011 12.935
04.02.2010 Compra NTN-F 01.01.2012 9.834
05.02.2010 Compra NTN-F 01.01.2013 9.611
08.02.2010 Compra NTN-F 01.01.2017 8.896
12.02.2010 Compra NTN-F 01.01.2014 2.362
12.02.2010 Compra NTN-F 01.01.2012 9.878
12.02.2010 Venda LTN 01.01.2011 9.175
15.03.2010 Compra LTN 01.07.2011 8.701
26.03.2010 Compra NTN-F 01.01.2021 871
12.04.2010 Compra NTN-F 01.01.2014 1.918
12.05.2010 Venda LTN 01.07.2011 4.396
20.05.2010 Compra LTN 01.07.2012 7.790
04.06.2010 Compra NTN-F 01.01.2014 979
04.06.2010 Compra LTN 01.07.2012 3.936
09.06.2010 Compra NTN-F 01.01.2017 500
08.07.2010 Compra NTN-F 01.01.2014 2.362
08.07.2010 Compra LTN 01.07.2012 3.986
14.07.2010 Compra NTN-F 01.01.2021 1.763
04.08.2010 Compra LTN 01.07.2012 4.038
12.08.2010 Compra NTN-F 01.01.2017 937
06.09.2010 Compra LTN 01.07.2012 2.455
09.09.2010 Compra NTN-F 01.01.2012 2.005
09.09.2010 Compra NTN-F 01.01.2014 488
10.09.2010 Compra LTN 01.04.2011 1.417
05.10.2010 Venda LTN 01.01.2011 9.758
06.10.2010 Compra LTN 01.01.2013 7.777
07.10.2010 Venda LTN 01.01.2011 9.765
08.10.2010 Compra NTN-F 01.01.2021 922
08.10.2010 Compra LTN 01.07.2011 9.276
03.12.2010 Compra NTN-F 01.01.2015 1.949
14.12.2010 Venda LTN 01.01.2011 9.944
17.12.2010 Compra LTN 01.04.2011 3.396
Fonte: Área Financeira do BNDES
Por ter o IRF-M como referência, a carteira foi construída de forma que quase a totalidade de
seus recursos é constituída de títulos públicos, como LTNs e NTNs-F. A Tabela 3 mostra a
composição da carteira em 31.12.2010.
T ABE L A 3 – C OM P OS IÇ ÃO D A C AR T E I R A DE R E N D A F IX A
DATA ATIVOS POSIÇÃO (R$ MIL) % DA CARTEIRA
31/12/2010 Títulos Públicos 142.133 92,12
Operações Compromissadas 12.159 7,88
Fonte: Área Financeira do BNDES
1 8 FU ND O G AR AN TI D OR P AR A I NV E S TIM E N T OS
Com relação à rentabilidade da carteira, esta apresentou, no período de 01.02.2010 a
10.02.2010 (período de construção da carteira), o resultado de 0,4364%, correspondente a
60,89% do benchmark. De 17.02.2010 até 31.12.2010, a rentabilidade acumulada foi de 9,48%,
equivalente a 105,3% do benchmark. A Tabela 4 fornece rentabilidade mensal da carteira e a
comparação com seu benchmark.
T ABE L A 4 – RE N T ABI L ID AD E M E N S AL D A C ART E I R A DE RE ND A F IX A
POSIÇÃO RENTABILIDADE
DO BB FGI RF
RENTABILIDADE
EM % DO BENCHMARK
Out/2009* 0,12% 56,4%
Nov/2009 0,06% 8,9%
Dez/2009 0,24% 29,5%
Acumulado em 2009 0,42% 24,9%
Jan/2010 0,62% 60,7%
Fev/2010** 0,58% 69,4%
Mar/2010 1,15% 103,8%
Abr/2010 0,21% 115,6%
Mai/2010 1,12% 104,4%
Jun/2010 0,89% 102,4%
Jul/2010 1,54% 101,9%
Ago/2010 1,35% 104,4%
Set/2010 0,51% 115,3%
Out/2010 0,97% 105,7%
Nov/2010 0,17% 152,7%
Dez/2010 1,13% 113,2%
Acumulado desde 07.10.2009* 11,19% 87,6%
Acumulado em 2010 10,72% 98,4%
Acumulado desde 17.02.2010** 9,48% 105,3%
* Aporte inicial no fundo em 07.10.2009 (rentabilidade nominal pró-rata) ** A partir de 17.02.2010, o aporte de R$ 100 milhões
possibilitou aderência à carteira teórica do IRF-M. Fonte: Área Financeira do BNDES
Como pode ser visto na Tabela 4, desde que foi possível replicar a carteira teórica do IRF-M, a
rentabilidade do Fundo de renda fixa tem ultrapassado o seu benchmark. Tal fato leva à
conclusão de que o benchmark estipulado não estava sendo atingido antes porque o pequeno
volume de recursos não permitia construir adequadamente a carteira. Portanto, o rendimento
do fundo um pouco abaixo da meta no acumulado de 2010 (98,4% do benchmark) não se
configura um problema pois o mesmo indicador acumulado atingiu a marca de 105,3% de sua
meta a partir da data em que a carteira teórica foi replicada.
Este bom desempenho do comportamento da carteira de renda fixa pode ser explicado por
uma análise dos segmentos de mercado em que se concentram seus ativos. Em 2010, para
conter a economia doméstica aquecida e garantir que a inflação não extrapolasse a meta, o
Banco Central do Brasil elevou a taxa básica de juros (Selic) de 8,75% a.a. para 10,75% a.a.
Entretanto, baseado nos dados que apontavam aumento da inflação ao longo do ano, o
1 9 FU ND O G AR AN TI D OR P AR A I NV E S TIM E N T OS
mercado estimou aumento da Selic ainda maior do que a alta que de fato ocorreu, embutindo
taxas mais elevadas e evidenciando uma estrutura a termo de taxa de juros premiada,
principalmente na ponta longa. Com isso, os papéis prefixados, que compõem quase a
totalidade da carteira de renda fixa, apresentaram retorno acima da Taxa Média Selic (TMS).
Em relação às perspectivas para 2011, levando-se em conta o cenário de recuperação da
economia americana e a robustez da demanda doméstica, a Área Financeira do BNDES
vislumbra aumento da Selic no curto prazo, numa tentativa de redução da pressão inflacionária.
Contudo, há indícios no mercado de que este aumento na curva de juros já vem precificado. No
longo prazo, continua a expectativa de queda da taxa de juros, favorecendo a rentabilidade dos
títulos pré-fixados integrantes da carteira. Nesse sentido, acredita-se que as carteiras de renda
fixa indexadas ao IRF-M podem apresentar melhor retorno que o projetado para a TMS, em
função principalmente da valorização dos ativos mais longos.
5.3. ATIVOS DE RENDA VARIÁVEL NA CARTEIRA DO BNDES FGI
A carteira de renda variável do BNDES FGI chegou ao fim de 2010 com praticamente a mesma
composição de ações do final de 2009. Ao longo de 2010, apenas uma operação foi feita nesta
carteira, que foi a conversão de 411.539 ações da Usiminas (USIM6.PNB) na mesma quantidade
de ações da Usiminas (USIM5.PNA). O objetivo desta conversão foi o de elevar a liquidez da
carteira, uma vez que a ação USIM5 possui boa liquidez se comparada à liquidez da ação USIM6.
Com exceção desta operação, a carteira foi inteiramente mantida. Não houve mais nenhum
aporte no Fundo em renda variável e nenhuma ação foi negociada dado que o plano de
desinvestimento da carteira não foi iniciado em 2010. O motivo de o plano não ter começado
no ano findo será explicado na próxima subseção. A Tabela 5 apresenta a composição da
carteira e o valor de mercado no fechamento de 2010, enquanto a Tabela 6 apresenta os
proventos recebidos ao longo de 2010.
T ABE L A 5 – C AR TE IR A DE R E ND A V A R I ÁV E L (P OS IÇ ÃO E M 3 1 . 12 . 20 1 0 )
ATIVO QTDE. DE PAPÉIS POSIÇÃO EM R$ MIL %
Banco do Brasil ON 7.500.000 235.650 36,5%
Coelce ON 41.724 1.181 0,2%
Coelce PNA 208.156 5.880 0,8%
Coelce PNB 45.637 1.232 0,2%
Eletrobrás PNB 8.750.000 234.063 36,3%
Gerdau ON 21.550 361 0,1%
Gerdau PN 367.398 8.329 1,3%
Petrobras ON 1.900.000 58.045 9,0%
Tractebel ON 3.100.000 85.095 13,2%
Usiminas PNA 823.078 15.770 2,4%
TOTAL 645.606 100,0%
Fonte: Área de Mercado de Capitais do BNDES
2 0 FU ND O G AR AN TI D OR P AR A I NV E S TIM E N T OS
T ABE L A 6 – RE C E I T A DE P R OV E N TO S E M 20 1 0 ( R $ M IL )
ATIVO DIVIDENDOS JUROS SOBRE CAPITAL PRÓPRIO
Banco do Brasil ON 7.275 8.029
Coelce ON 114 -
Coelce PNA 569 -
Coelce PNB 125 -
Eletrobrás PNB 1.606 14.716
Gerdau ON 3 11
Gerdau PN 51 182
Petrobras ON 253 1.635
Tractebel ON 3.401 1.966
Usiminas PNA 63 626
TOTAL 13.460 27.165
Fonte: Área de Mercado de Capitais do BNDES
Com relação à rentabilidade da carteira, esta apresentou resultado ligeiramente negativo no
fechamento de 2010. Os ativos de renda variável apresentaram queda de 5,93% em comparação
com o fechamento de 2009. Porém, se o mesmo volume de ativos for comparado ao montante no
momento da criação da carteira de renda variável do Fundo, ou seja, na data em que foi feito o
aporte inicial da União, tem-se uma rentabilidade positiva de 11,25%. Além disto, considerando os
R$ 40 milhões recebidos ao longo do ano em proventos advindos da carteira de ações (dividendos
e juros sobre capital próprio), o rendimento negativo se reduz a 0,1%. Tais proventos não constam
na carteira de renda variável porque são aplicados em renda fixa assim que ingressam na conta
corrente do BNDES FGI. O Gráfico 1 apresenta a evolução mensal do valor de mercado da carteira
de renda variável do BNDES FGI.
GR ÁF I CO 1 – E V O LU Ç ÃO M E NS AL D O V AL OR D E M E RC A DO D OS AT IV OS DE RE ND A V AR I ÁV E L
(C O T AÇ ÃO DE FE C H AM E N T O )
R$ 520.000,00
R$ 540.000,00
R$ 560.000,00
R$ 580.000,00
R$ 600.000,00
R$ 620.000,00
R$ 640.000,00
R$ 660.000,00
R$ 680.000,00
R$ 700.000,00
Valo
r (
R$ M
i)
Fonte: Área de Mercado de Capitais do BNDES
2 1 FU ND O G AR AN TI D OR P AR A I NV E S TIM E N T OS
O Gráfico 1 fornece uma boa visualização da volatilidade da carteira em análise. Como pode ser
observado, seu valor de mercado chegou a apresentar variação positiva de 18,3% em apenas 4
meses, conforme ocorreu entre ago/2009 e dez/2009. Porém, logo em seguida, apresentou queda
de 14,2%, quase retornando ao valor de mercado inicial da série 5 meses depois.
A carteira de renda variável do BNDES FGI é composta principalmente por ativos do setor
elétrico (51%) e do setor financeiro (37%). A conjuntura econômica do setor elétrico apresentou
dados de crescimento ao longo de 2010. De acordo com dados divulgados pela Empresa de
Pesquisa Energética (EPE), o consumo de energia elétrica no Brasil cresceu 7,8% no ano,
impulsionado pelo crescimento do PIB. Com relação à conjuntura econômica do setor
financeiro em 2010, de acordo com dados do Banco Central do Brasil, a expansão do volume
de crédito apresentou trajetória crescente no ano de 2010, permanecendo como importante
fator de estímulo para o crescimento da demanda. Em dezembro, o estoque de empréstimos e
financiamentos atingiu R$ 1.703 bilhões, representando um crescimento de 20,5% no ano, o
que fez com que a relação Crédito/PIB atingisse 46,6%, frente a 44,4% em dezembro de 2009,
refletindo uma melhora no nível de confiança sobre a economia.
Tendo em vista o fato de que ambos os setores, elétrico e financeiro, são voltados para o
mercado interno, pode-se afirmar que as expectativas da carteira de renda variável para 2011
são positivas. Tal expectativa está baseada nas seguintes premissas: (i) crescimento projetado
do PIB de 4,5% de acordo com a mediana das expectativas do relatório Focus do BC de 31 de
dezembro de 2010; (ii) elasticidade renda da demanda de energia elétrica em 1,16 para os
próximos anos, conforme estimada pela EPE; e (iii) expansão continuada do crédito bancário,
embora num ritmo mais moderado do que o observado nos últimos anos. Portanto,
considerando estas premissas e a composição da carteira de renda variável do Fundo, as
perspectivas para 2011 tendem a ser favoráveis para 88% dos ativos nela contidos.
5.4. PLANO DE DESINVESTIMENTO DAS AÇÕES
Conforme já mencionado, a política de investimento do Fundo visa fornecer lastro seguro para
assumir os compromissos relacionados à concessão de garantias. Para construir este lastro de
maneira adequada, é desejável que o patrimônio do Fundo esteja em sua maioria aplicado em
ativos de baixa volatilidade e com alto grau de liquidez.
Diante deste cenário, foi aprovado pela Diretoria do BNDES um Plano de Desinvestimento das
ações do BNDES FGI, objetivando recompor sua carteira de investimentos, influenciada pelo aporte
em ações da União, a fim de focar em ativos de renda fixa. O Plano aprovado determinou o
desinvestimento integral das ações até julho de 2012, porém permitindo que pudesse ocorrer
gradualmente de forma a se tentar aproveitar as melhores oportunidades do mercado.
A ideia original do Plano era de alienar parte das ações já ao longo de 2010. Porém, houve o
entendimento da Área de Mercado de Capitais do BNDES de aguardar momento mais propício,
2 2 FU ND O G AR AN TI D OR P AR A I NV E S TIM E N T OS
tendo em vista uma expectativa de maiores retornos para o mercado acionário em 2011, bem como
o tratamento tributário aplicável à alienação destas ações, o qual vem sendo objeto de discussões
junto às esferas competentes.
6.
OPERAÇÕES COM GARANTIA DO BNDES FGI EM 2010
6.1. INTRODUÇÃO
Para que se tornasse possível a contratação de operações com a garantia do BNDES FGI, foi
necessária a execução de alguns processos por parte da Área de Tecnologia da Informação (ATI) do
BNDES no sentido de inserir a possibilidade de contratação da garantia do Fundo dentro da
plataforma já existente de contratação de operações indiretas automáticas, onde está concentrada a
maior parte dos produtos do BNDES para MPME. Outro passo que precisou ser dado foi a criação do
Portal FGI para os procedimentos de pós-contratação, como a solicitação de honra, comprovação da
medida judicial, recuperação de crédito, consultas e envio de relatórios, Portal este atualmente em
fase de testes. Além das ações tomadas pelo BNDES, foram necessárias também ações por parte
dos agentes financeiros para adaptação de suas estruturas internas de TI, não só para a contratação
de operações com o BNDES FGI, mas também para estruturar o processo de fornecimento das
informações via Portal FGI, conforme definido pelo Administrador.
Em função do tempo necessário para se adaptar as plataformas internas de TI, tanto por parte
do BNDES quanto por parte dos agentes financeiros, as operações com o BNDES FGI se
iniciaram em abril de 2010 e atingiram um número mais expressivo a partir de novembro, como
mostra o Gráfico 2, em função da entrada em operação de bancos de varejo.
GR ÁF I CO 2 – V AL OR F I N ANC I AD O E G AR AN T ID O D AS OP E R AÇÕ E S C OM G AR AN TI A D O BN DE S FG I
(V AL O RE S ACUM U L AD OS )
0
100.000
200.000
300.000
400.000
500.000
600.000
Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro
Valor Financiado Valor Garantido
Fonte: Área de Crédito do BNDES
2 3 FU ND O G AR AN TI D OR P AR A I NV E S TIM E N T OS
6.2. PERFIL DAS OPERAÇÕES
Esta subseção objetiva exibir as estatísticas que mostram o perfil das operações que foram
contratadas com a garantia do BNDES FGI. Cada subitem mostra o conjunto da carteira de
operações sob um determinado aspecto. Os aspectos avaliados foram classificação de risco da
operação, porte da beneficiária, agente financeiro repassador, percentual de risco garantido
pelo BNDES FGI, programa, prazo e região geográfica.
6.2.1. Risco
T ABE L A 7 - O P E R AÇ ÕE S P O R C L AS S I F I C AÇ ÃO DE R IS C O
CLASSIFICAÇÃO
DE RISCO *
FINANCIADO
(R$ MIL)
% GARANTIDO
(R$ MIL)
% Nº DE
OPERAÇÕES
%
AA 13.290 2,6% 7.000 1,8% 77 2,8%
A 109.127 21,7% 75.401 19,8% 558 20,4%
B 76.892 15,3% 57.285 15,0% 345 12,6%
C 303.674 60,4% 242.142 63,4% 1.757 64,2%
TOTAL 502.983 100,0% 381.828 100,0% 2.737 100,0%
* De acordo com a Resolução do Conselho Monetário Nacional nº 2.682, de 21.12.1999.
Fonte: Área de Crédito do BNDES
GR ÁF I CO 3 – OP E R AÇ ÕE S P OR C L AS S I F I C AÇ ÃO DE R IS CO ( R $ M I L)
-
50.000
100.000
150.000
200.000
250.000
300.000
350.000
AA A B C
Financiado Garantido
Fonte: Área de Crédito do BNDES
Como pode ser observado, a maior parte do volume de operação com BNDES FGI tem
classificação de risco “C”, indicativo de que o Fundo está atingindo o seu objetivo de facilitar o
acesso ao crédito do BNDES para os beneficiários que teriam maior dificuldade de conseguir
aprovação de financiamentos.
6.2.2 – Porte da Beneficiária
Na mesma direção da evidência mencionada acima, os dados abaixo com a discriminação por
porte da beneficiária também sinalizam uma ampliação do acesso ao crédito para aquelas que em
2 4 FU ND O G AR AN TI D OR P AR A I NV E S TIM E N T OS
geral tem maior dificuldade, quais sejam, as microempresas e pessoas físicas. Vale destacar ainda
que aproximadamente 65% das operações com garantia do BNDES FGI foram realizadas com
beneficiários que acessaram o crédito do BNDES pela primeira vez.
T ABE L A 8 - O P E R AÇ ÕE S P O R P OR T E D A BE NE F IC I ÁRI A
* De acordo com o critério estabelecido no Regulamento de Operações do BNDES FGI.
Fonte: Área de Crédito do BNDES
GR ÁF I CO 4 - OP E R AÇ ÕE S P OR P OR TE D A BE NE FI C I ÁR I A (R $ M I L )
0
50.000
100.000
150.000
200.000
250.000
Micro Empresa Pequena Empresa Média Empresa Pessoa Física
Financiado Garantido
Fonte: Área de Crédito do BNDES
6.2.3. Agente Financeiro
T AB E L A 9 - OP E R AÇ ÕE S P OR AGE N TE F IN AN CE IR O
AGENTE
FINANCEIRO
FINANCIADO
(R$ MIL)
% GARANTIDO
(R$ MIL)
% Nº DE
OPERAÇÕES
%
Bradesco 311.868 62,0% 249.496 65,3% 1.848 67,4%
Banco do Brasil 63.806 12,7% 51.044 13,4% 330 12,1%
Caixa RS 41.280 8,2% 19.185 5,0% 59 2,2%
Fidis 33.057 6,6% 26.445 6,9% 204 7,5%
Volvo 27.373 5,4% 18.498 4,9% 148 5,3%
CEF 12.745 2,5% 10.196 2,7% 81 3,0%
Scania 7.323 1,5% 5.858 1,5% 29 1,1%
Bansicredi 5.531 1,1% 1.106 0,3% 38 1,4%
TOTAL 502.983 100,0% 381.828 100,0% 2737 100,0%
Fonte: Área de Crédito do BNDES
PORTE
DA BENEFICIÁRIA*
FINANCIADO
(R$ MIL)
% GARANTIDO
(R$ MIL)
% Nº DE
OPERAÇÕES
%
Microempresa 225.747 44,9% 177.693 46,6% 1.249 45,6%
Pequena Empresa 16.246 3,2% 9.652 2,5% 34 1,3%
Média Empresa 31.775 6,3% 15.237 4,0% 39 1,4%
Pessoa Física 229.215 45,6% 179.246 46,9% 1.415 51,7%
TOTAL 502.983 100,0% 381.828 100,0% 2.737 100,0%
2 5 FU ND O G AR AN TI D OR P AR A I NV E S TIM E N T OS
GR ÁF I CO 5 - OP E R AÇ ÕE S P OR AGE N TE F IN AN CE IR O (R $ M I L )
0
50.000
100.000
150.000
200.000
250.000
300.000
350.000
Financiado Garantido
Fonte: Área de Crédito do BNDES
Os dados por agente financeiro mostram ainda uma concentração das operações nos bancos
maiores, mais especificamente Bradesco e Banco do Brasil. Estes dois agentes apresentam
74,7% do valor aprovado das operações com BNDES FGI, em função do Programa
Procaminhoneiro. No entanto, espera-se que no decorrer de 2011 o Fundo passe a apresentar
maior diversificação, a partir da entrada de novos agentes em operação (que já são cotistas) e
da habilitação de novos produtos, linha e programas à operação dos agentes.
6.2.4. Percentual Garantido da Operação
T ABE L A 1 0 - OP E R AÇ ÕE S P OR P E RCE N TU AL G AR AN TI D O
Fonte: Área de Crédito do BNDES
Como mostram a Tabela 10 e o Gráfico 6, mais de 90% das operações foram solicitadas com
80% de cobertura do BNDES FGI. Essa proporção é um indicativo de que existe confiança dos
agentes na garantia do Fundo, o que é mais uma evidência de que o BNDES FGI está
cumprindo o seu papel adequadamente, complementando as garantias necessárias para a
ampliação do acesso ao crédito.
PERCENTUAL
GARANTIDO
FINANCIADO
(R$ MIL)
% GARANTIDO
(R$ MIL)
% Nº DE
OPERAÇÕES
%
20% 11.101 2,2% 2.220 0,6% 67 2,4%
30% 5.369 1,1% 1.611 0,4% 10 0,4%
40% 20.317 4,0% 8.127 2,1% 18 0,7%
50% 2.699 0,5% 1.350 0,4% 8 0,3%
60% 9.293 1,8% 5.576 1,5% 21 0,8%
70% 4.179 0,% 2.924 0,8% 7 0,3%
80% 450.025 89,5% 360.020 94,3% 2.606 95,2%
TOTAL 502.983 100,0% 381.828 100,0% 2.737 100,0%
2 6 FU ND O G AR AN TI D OR P AR A I NV E S TIM E N T OS
6.2.5. Programa/Linha
T ABE L A 1 1 - OP E R AÇ ÕE S P OR P R O GR A M A / L I NH A
PROGRAMA/LINHA
FINANCIADO
(R$ MIL)
% GARANTIDO
(R$ MIL)
% Nº DE
OPERAÇÕES
%
BNDES PROCAMINHONEIRO
(NOVO)
434.877 86,5% 342.173 89,6% 2.499 91,3%
BNDES BK AQUISIÇÃO 35.237 7,0% 16.083 4,2% 54 2,0%
BNDES PROCAMINHONEIRO
(USADO)
14.167 2,8% 10.342 2,7% 99 3,6%
BNDES PER - GIRO 11.553 2,3% 9.243 2,4% 79 2,9%
BNDES MPME
INVESTIMENTO
3.491 0,7% 1.570 0,4% 2 0,1%
BNDES PROGEREN 2.042 0,4% 1.226 0,3% 1 0,0%
BNDES PER – BK 1.106 0,2% 885 0,2% 1 0,0%
BNDES PSI-ÔNIBUS /
CAMINHÃO
510 0,1% 306 0,1% 2 0,1%
TOTAL 502.983 100,0% 381.828 100,0% 2.737 100,0%
Fonte: Área de Crédito do BNDES
A discriminação por Programa e Linha demonstra uma concentração da carteira do BNDES
FGI em operações do Procaminhoneiro. Para 2011, espera-se maior diversificação na
utilização dos Programas e Linhas pelos agentes. Dois motivos fundamentam esta projeção: (i)
o trabalho de fomento planejado pelo BNDES neste sentido; e (ii) a perspectiva de entrada em
operação de novos agentes e a finalização, pelos agentes habilitados já em operação, de
plataformas e sistemas específicos que deem suporte a outros Programas e Linhas.
6.2.6. Prazo
T ABE L A 1 2 - OP E R AÇ ÕE S P OR P R AZ O
PRAZO (EM MESES)
FINANCIADO
(R$ MIL) %
GARANTIDO
(R$ MIL) %
Nº DE
OPERAÇÕES %
0-24 2.566 0,5% 1.644 0,4% 5 0,2%
25-36 4.952 1,0% 3.962 1,1% 37 1,4%
37-48 12.467 2,5% 9.672 2,6% 100 3,7%
49-60 286.277 56,9% 225.410 59,0% 1.678 61,2%
61-72 104.354 20,7% 82.814 21,7% 580 21,2%
73-84 2.412 0,5% 1.612 0,4% 15 0,5%
85-96 56.313 11,2% 40.880 10,7% 246 9,0%
97-108 - 0,0% - 0,0% 0 0,0%
109-120 33.642 6,7% 15.834 4,1% 76 2,8%
TOTAL 502.983 100,0% 381.828 100,0% 2.737 100,0%
Fonte: Área de Crédito do BNDES
2 7 FU ND O G AR AN TI D OR P AR A I NV E S TIM E N T OS
GR ÁF I CO 6 - OP E R AÇ ÕE S P OR P R AZ O (V AL O R F IN AN CI AD O – E M R$ M I L )
0
50.000
100.000
150.000
200.000
250.000
300.000
0-24 25-36 37-48 49-60 61-72 73-84 85-96 97-108 109-120
Meses
Fonte: Área de Crédito do BNDES
A dimensão por prazo mostra concentração das operações financiadas entre 49 e 72 meses. Tal
resultado é influência direta da concentração em operações do Produto BNDES FINAME em que
grande parte das operações é financiada dentro deste intervalo de prazo.
6.2.7. Região
T ABE L A 1 3 - OP E R AÇ ÕE S P OR RE G I ÃO
REGIÃO
FINANCIADO
(R$ MIL) %
GARANTIDO
(R$ MIL) %
Nº DE
OPERAÇÕES %
Sul 254.981 50,7% 185.147 48,5% 1.262 46,1%
Sudeste 158.563 31,5% 125.887 33,0% 965 35,3%
Nordeste 46.932 9,3% 37.471 9,8% 284 10,4%
Centro-Oeste 33.498 6,7% 26.116 6,8% 176 6,4%
Norte 9.009 1,8% 7.207 1,9% 50 1,8%
TOTAL 502.983 100,0% 381.828 100,0% 2.737 100,0%
Fonte: Área de Crédito do BNDES
GR ÁF I CO 7 – OP E R AÇ ÕE S P OR RE G I ÃO ( D IS T RI BU IÇ ÃO DO V AL O R F IN ANC I AD O )
50,70%
31,50%
9,30%
6,70%1,80%
SUL
SUDESTE
NORDESTE
CENTRO-OESTE
NORTE
Fonte: Área de Crédito do BNDES
2 8 FU ND O G AR AN TI D OR P AR A I NV E S TIM E N T OS
Por fim, a discriminação da carteira por região geográfica evidencia maior participação das
regiões Sul e Sudeste, em função do maior peso destas regiões na economia brasileira. Há,
porém, uma inversão na representatividade entre tais regiões em relação ao que se observa
para a carteira total de operações indiretas do BNDES.
6.3. LIMITES OPERACIONAIS
O BNDES FGI possui um limite de alavancagem global que é de 12 vezes o seu Patrimônio
Líquido. Como já mencionado na subseção 3.1 deste Relatório, o BNDES FGI encerrou o ano
de 2010 com um PL de R$ 800,1 milhões, o que gera um limite de mais de R$ 9,6 bilhões para
o total da carteira de garantias. Considerando o valor de R$ 381,8 milhões em garantias já
concedidas, havia, no fechamento de 2010, o saldo de R$ 9,2 bilhões disponível para a
contratação de novas garantias.
Além disso, nenhum agente financeiro ultrapassou o limite de duas vezes o Patrimônio Líquido
do Fundo em garantia contratadas durante o ano de 2010. Também não houve nenhum agente
atingindo o limite de sua margem para operar com o BNDES FGI. Apenas um agente chegou
próximo de atingir seu limite de operação pelo número de cotas, porém realizou uma nova
subscrição antes de atingi-lo.
6.4. PERSPECTIVAS PARA A CONCESSÃO DE GARANTIAS EM 2011
A perspectiva para a atividade fim do BNDES FGI, a concessão de garantias, é bastante
positiva para 2011. Pelo lado da demanda, estima-se que continue bastante aquecida, em
função da expansão do crédito na economia. Além disto, passada a fase de criação e
estruturação do Fundo, será possível a canalização de esforços pelo Administrador no sentido
de divulgar o Fundo para o público-alvo de beneficiários, dando conhecimento sobre os
benefícios por ele trazidos e incentivando assim sua utilização. Dentre as ações planejadas e
em andamento, pode-se citar a preparação de material com informações direcionadas,
participação em feiras e eventos, campanhas de mídia, etc, afora os canais já ativos, como, por
exemplo, a página do FGI localizada no Portal do BNDES.
Pelo lado da oferta, o fato de muitos agentes financeiros já estarem contratando operações com o
BNDES FGI, dentre eles dois dos três maiores repassadores do BNDES, se configura como
principal indicativo da expansão da carteira de garantias em 2011. Paralelamente, outros agentes já
manifestaram interesse em se habilitar, havendo ainda outros já habilitados que atualmente se
encontram em fase final de adaptação de sistemas internos para permitir a entrada em operação.
Adicionalmente, há de se destacar que o plano de fomento preparado pelo Administrador envolve
também ações voltadas aos agentes financeiros, como treinamentos, fornecimento de material de
apoio, etc. Este plano, além de buscar expandir a carteira de operações dos agentes em volume,
2 9 FU ND O G AR AN TI D OR P AR A I NV E S TIM E N T OS
também tem por objetivo estimular a diversificação dos produtos, linhas e programas ofertados com
garantia do BNDES FGI pelos agentes.
Tomados em conjunto, estes fatores trazem uma perspectiva de crescimento na atuação do
BNDES FGI tanto em volume financeiro como em número de operações.
7.
RECEITAS E DESPESAS OPERACIONAIS DO BNDES FGI
7.1. RECEITAS
A receita advinda da cobrança do ECG é a única receita operacional do BNDES FGI. Com
relação a isto, cumpre destacar que, muito embora a contratação de operações com o Fundo
tenha se iniciado em abril de 2010, refletindo o fato de que o ECG é devido somente no
momento da primeira liberação do crédito contratado, o primeiro recebimento de ECG ocorreu
apenas em julho, conforme apresentado na Tabela 14.
T ABE L A 1 4 – RE CE I T A OP E R ACI O N AL C OM E C G E M 2 01 0
MÊS DE REFERÊNCIA VALOR (R$ MIL)
Julho 61
Agosto 131
Setembro 140
Outubro 81
Novembro 766
Dezembro 6.197
TOTAL 7.376
Fonte: Área de Crédito do BNDES
7.2. DESPESAS COM SERVIÇOS
Em 2010, foram realizadas contratações de alguns serviços especializados para o BNDES FGI
que, por questões técnicas ou legais, não poderiam ser desempenhados pelo seu
Administrador. O BNDES, nesta posição, realizou pesquisa de preços antes de efetuar a
contratação de cada serviço. Vale destacar que as contratações foram realizadas em
observância ao que determina a Lei nº 8.666/1993, de 21.06.1993, tendo sido enquadradas em
situações de inexigibilidade. A descrição dos serviços contratados, assim como o valor pago
por cada um deles, constam a seguir.
Como já mencionado, as aplicações de renda fixa do BNDES FGI encontram-se em um fundo
de investimento exclusivo do BNDES FGI (BB FGI FI RF). Pelo serviço de gestão, a BB DTVM
S.A. recebe uma taxa de administração que incide sobre o patrimônio líquido médio do FI
3 0 FU ND O G AR AN TI D OR P AR A I NV E S TIM E N T OS
BNDES FGI. Esta taxa era de 0,15% a.a., mas, a partir de 12.07.2010, passou a ser de 0,07%
a.a. A BB DTVM cobra pela realização deste serviço realizando desconto diretamente do
patrimônio do fundo de renda fixa gerido por ela. Os montantes cobrados por este serviço
serão detalhados na subseção 7.4.
Outro contrato de serviço firmado em 2010 foi com o Banco do Brasil como agente de custódia,
liquidação financeira e escrituração de cotas. O serviço foi contratado por um ano, podendo ser
prorrogado por até cinco anos, a um custo de R$ 444 mil para cada ano (valor nominal na data
da contratação). Essa contratação é necessária levando-se em conta a segregação de funções
e também pelo fato de que o BNDES não possui autorização da CVM para a prestação destes
serviços. A prorrogação deste contrato para 2011 já foi celebrada mediante aditivo.
Também foi contratada em 2010 a empresa Deloitte Touche Tohmatsu para prestar o serviço de
auditoria contábil-financeira e elaboração do parecer de auditores independentes para a Prestação
de Contas referente ao ano de 2009. Pela prestação deste serviço, o BNDES FGI pagou o valor de
R$ 25 mil. Esta mesma empresa foi contratada para desempenhar o mesmo serviço referente a
Prestação de Contas de 2010 e o valor correspondente neste caso é de R$ 26,8 mil.
Os serviços de auditoria operacional, assessoria em avaliação de risco de crédito e consultoria
atuarial, cujas contratações foram aprovadas em AGE de 24.06.2010 (como já mencionado na
subseção 3.3), não foram contratados em 2010, pois ainda estavam sendo finalizados os
processos de detalhamento da contratação.
7.3. DESPESAS COM PAGAMENTO DE TRIBUTOS
No ano de 2010, o BNDES FGI desembolsou o montante de R$ 3.576 mil em tributos. Vale
destacar que este valor inclui o recolhimento de ISS que, como será mais detalhado na seção
8, está sendo recolhido em juízo. Portanto, tal despesa está sendo contabilizada não como
despesa tributária, mas sim como despesa para contingência.
7.4. DESPESA COM A REMUNERAÇÃO DO ADMINISTRADOR
O serviço de administração do BNDES FGI é prestado pelo BNDES conforme determina o
Estatuto do Fundo. Também de acordo com o Estatuto, existem duas taxas diferentes relativas
à remuneração deste serviço, ambas pagas mensalmente. Uma taxa é cobrada pela
administração dos recursos financeiros do BNDES FGI, enquanto a outra se refere à gestão
das garantias.
A taxa de administração do BNDES é de 0,15% a.a. e incide sobre os recursos do Fundo que estão
aplicados em ativos financeiros. Até 12.07.2010, o BNDES efetuou a cobrança desta taxa apenas
sobre as aplicações em renda variável, pois a carteira de renda fixa, conforme colocado nas
subseções 5.2 e 7.2, constituída exclusivamente pelos recursos aplicados no fundo de investimento
3 1 FU ND O G AR AN TI D OR P AR A I NV E S TIM E N T OS
BB FGI FI RF, já sofria cobrança de uma taxa de administração de 0,15% a.a., descontada
diretamente pela BB DTVM S.A. Todavia, a partir daquela data, como resultado de uma negociação
entre o BNDES e a BB DTVM, esta reduziu para 0,07% a.a. sua cobrança de taxa de administração
sobre o fundo de renda fixa, passando o BNDES a perceber a diferença entre as taxas, pela co-
gestão da carteira, sem aumento da taxa final para o BNDES FGI.
Por sua vez, a taxa de gestão das garantias visa remunerar o BNDES pelas várias atividades
realizadas e também pela elaboração e disponibilização de estruturas que permitem ao BNDES
FGI desempenhar suas funções como fundo garantidor, tais como a plataforma de TI voltada
aos processos de concessão de garantias, solicitação das honras, recuperação de créditos
inadimplidos, dentre outras. Esta taxa é de 1% a.a. incidente sobre o total de ativos do Fundo,
sendo a base de cálculo o valor médio destes ativos.
Em 2009, o BNDES FGI pagou ao BNDES o montante de R$ 354 mil pela taxa de administração e
de R$ 2.324 mil pela taxa de gestão das garantias, totalizando a quantia de R$ 2.678 mil. No ano
de 2009, a incidência ocorreu apenas a partir de agosto, mês de constituição do Fundo.
Já em 2010, a incidência se deu em todos os meses do ano. Os pagamentos mensais das
taxas estão detalhados na Tabela 15.
T ABE L A 1 5 – R E M UNE R AÇ ÃO DO B ND E S P E L A A DM I N I S TR AÇ ÃO DO B NDE S F GI E M 2 01 0 ( R $ M I L )
Fonte: Área de Crédito do BNDES
MÊS TAXA DE ADMINISTRAÇÃO DOS RECURSOS TAXA DE GESTÃO
DAS GARANTIAS
(1% A.A.)
TOTAL
RENDA VARIÁVEL
(0,15% A.A.)
RENDA FIXA
(0,08% A.A.)
TOTAL
Janeiro 86,7 86,7 562,5 649,2
Fevereiro 79,1 79,1 525,9 605,0
Março 83,7 83,7 612,9 696,6
Abril 83,9 83,9 637,5 721,4
Maio 86,6 86,6 674,9 761,5
Junho 74,6 74,6 622,1 696,7
Julho 77,9 5,8 83,7 612,5 696,2
Agosto 77,9 9,0 86,9 634,8 721,7
Setembro 76,8 9,3 86,1 622,7 708,8
Outubro 78,0 10,0 88,0 649,0 737,0
Novembro 82,2 9,7 91,9 652,8 744,7
Dezembro 83,7 9,9 93,6 678,6 772,2
TOTAL 971,1 53,7 1.024,8 7.486,2 8.511,0
3 2 FU ND O G AR AN TI D OR P AR A I NV E S TIM E N T OS
8.
OUTROS FATOS RELEVANTES
Como se trata de um instrumento recente e inovador, os fundos garantidores estão submetidos a
um marco regulatório em consolidação, no qual algumas questões relevantes carecem ainda de
definição. Por isso, o BNDES, na posição de Administrador do BNDES FGI, vem atuando junto aos
órgãos responsáveis para que questões importantes para o Fundo e seus cotistas sejam definidas.
Neste sentido, em 2010, o BNDES decidiu propor ação judicial, representando o BNDES FGI, com
o objetivo de evitar a incidência de ISS sobre a sua atividade.
O Fundo e o BNDES juntos, em litisconsórcio ativo, propuseram a demanda para obter tutela
jurisdicional que declarasse a inexistência de relação jurídica tributária com o Município do Rio de
Janeiro, já que as atividades de concessão de garantia desempenhadas pelo BNDES FGI não são
passíveis de incidência do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISSQN.
Em breve síntese, sustenta-se, dentre outros fundamentos, que o BNDES FGI exerce função
acessória às operações de crédito realizadas com recursos do BNDES, o que permite aferir a
inexistência de prestação de serviço passível de incidência de ISSQN. Ademais, a exigência de
ISS sobre atividades de concessão de garantia desempenhadas pelo BNDES FGI é
inconstitucional, pois tais atividades constituem obrigações de dar e não de fazer.
Em 28 de julho de 2010 foi publicada decisão que deferiu medida liminar inaudita altera pars
para suspender a exigibilidade dos créditos tributários decorrentes das operações de
concessão de garantia pelo Fundo Garantidor para Investimentos – BNDES FGI e determinar
ao Município do Rio de Janeiro que se abstenha de praticar qualquer ato de cobrança de
ISSQN sobre operações de concessão de garantia no âmbito do Fundo Garantidor de
Investimentos.
O Município do Rio de Janeiro, por sua vez, apresentou contestação em que alega que o
BNDES não é imune à tributação e que instituições financeiras podem ser tributadas pelo ISS
caso prestem serviços previstos no rol taxativo da Lei Complementar n.º 116/2003,
fundamentos contraditados por meio de réplica do BNDES e BNDES FGI.
Por fim, vale destacar que o crédito das supostas obrigações tributárias está sendo depositado
judicialmente todo mês, a fim de suspender a exigibilidade e inibir os efeitos da mora em caso
de eventual reforma da decisão liminar.
3 3 FU ND O G AR AN TI D OR P AR A I NV E S TIM E N T OS
9.
EVENTOS SUBSEQUENTES
Em 03.03.2011, foi aprovada em AGE, por unanimidade entre os cotistas presentes, a
alteração do Estatuto do BNDES FGI no sentido de atender ao parágrafo 4º da Lei nº 12.087,
de 11.11.2009 e prever tratamento diferenciado na cobrança do ECG para os
microempreendedores individuais que sejam portadores de deficiência.
Cumpre mencionar ainda que, em fevereiro de 2011, houve a conclusão da revisão de
processos operacionais de solicitação de honra e recuperação de crédito, com emissão de
circulares comunicando alterações no regulamento do BNDES FGI e outros normativos, com o
objetivo de simplificar procedimentos e alinhar as práticas do Fundo às boas práticas de
mercado. No processo de revisão, o BNDES consultou os agentes financeiros habilitados junto
ao BNDES FGI e recebeu respostas amplamente favoráveis às propostas colocadas.
Em fevereiro de 2011, a Investe Rio – Agência de Fomento do Estado do Rio de Janeiro se
habilitou como agente financeiro do BNDES FGI, tendo integralizado seu aporte em
01.03.2011. Em 05.04.2011, o BNB - Banco do Nordeste do Brasil também se habilitou como
agente financeiro, tendo subscrito cotas do Fundo nesta data. A integralização, de acordo com
os normativos do BNDES FGI, deve ocorrer no primeiro dia útil do mês seguinte ao de
subscrição.
Em 29.03.2011, foi atingida a marca de mais de R$ 1 bilhão em financiamentos contratados
com a garantia do BNDES FGI, representando 5.481 operações.
3 4 FU ND O G AR AN TI D OR P AR A I NV E S TIM E N T OS
ANEXO
Produtos, Linhas e Programas passíveis de Cobertura pelo Fundo Garantidor para
Investimentos - BNDES FGI em operações de financiamento do BNDES e da FINAME por
intermédio de seus Agentes Financeiros, observados os dispositivos constantes do Estatuto e
do Regulamento de Operações do BNDES FGI, sendo vedadas, portanto, as linhas e
programas agrícolas e as operações indexadas em moeda estrangeira:
1) Linhas de financiamento BNDES Exim Pré-embarque, BNDES Exim Pré-embarque Ágil,
BNDES Exim Pré-embarque Especial e BNDES Exim Pré-embarque Empresa Âncora.
2) Produto BNDES Finame:
Linha Micro, Pequenas e Médias Empresas – Aquisição de Bens de Capital (MPME BK
– Modalidade de Financiamento à Compradora)
Linha Micro, Pequenas e Médias Empresas – Aquisição de Ônibus e Caminhões
(MPME ÔNIBUS E CAMINHÕES – Modalidade de Financiamento à Compradora)
Linha Bens de Capital – Produção de Bens de Capital (BK PRODUÇÃO)
3) Produto BNDES Automático:
Linha Micro, Pequenas e Médias Empresas – Investimento Fixo, Aquisição de
Equipamentos e Capital de Giro Associado (MPME INVESTIMENTO)
4) Programas:
BNDES PSI – Programa BNDES de Sustentação do Investimento (operações no
âmbito dos Produtos BNDES Finame e BNDES Automático e da Linha de
financiamento BNDES Exim Pré-embarque)
BNDES Finame Componentes – Programa BNDES Finame de Aquisição de Peças,
Partes e Componentes de Fabricação Nacional, por Fabricantes de Bens de Capital
BNDES Finame Modermaq – Programa BNDES Finame de Modernização da Indústria
Nacional e dos Serviços de Saúde
BNDES Finame-Moderniza BK – Programa BNDES Finame de Modernização de
Máquinas e Equipamentos instalados no país
BNDES Procaminhoneiro – Programa BNDES de Financiamento a Caminhoneiros
(somente as operações no âmbito do Produto BNDES Finame)
3 5 FU ND O G AR AN TI D OR P AR A I NV E S TIM E N T OS
BNDES Prosoft – Comercialização - Programa BNDES para o Desenvolvimento da
Indústria Nacional de Software e Serviços de Tecnologia da Informação
BNDES Prosoft – Exportação, no âmbito da linha BNDES Exim Pré-embarque
BNDES Profarma – Produção - Programa BNDES de Apoio ao Desenvolvimento do
Complexo Industrial da Saúde
BNDES Profarma – Exportação, no âmbito da linha BNDES Exim Pré-embarque
BNDES Progeren – Programa BNDES de Apoio ao Fortalecimento da Capacidade de
Geração de Emprego e Renda
BNDES PER Alagoas e Pernambuco – Programa BNDES Emergencial de
Recuperação dos Estados de Alagoas e Pernambuco
BNDES PER Rio de Janeiro – Programa BNDES Emergencial de Reconstrução do
Estado do Rio de Janeiro
A Lista de Produtos, Linhas e Programas passíveis de cobertura pelo BNDES FGI supracitada
foi divulgada através da Circular BNDES nº 11/2011, de 07.02.2011 e encontra-se vigente na
data de emissão do presente Relatório da Administração. A Lista atualizada pode ser
consultada no endereço eletrônico http://www.bndes.gov.br/apoio/fgi.html.
3 6 FU ND O G AR AN TI D OR P AR A I NV E S TIM E N T OS
BANCO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL
Av. República do Chile, 100
20031-917 Rio de Janeiro – RJ
Tel. (21) 2172-6064 Fax (21) 2172-6776
fgi@bndes.gov.br
http://www.bndes.gov.br/apoio/fgi.html
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