codigo de obras 4barras
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LEI COMPLEMENTAR Nº 4/2007
INSTITUI O CÓDIGO DE OBRAS MUNICIPAL, DEFINE RESPONSABILIDADES SOBRE AS
OBRAS REALIZADAS NO MUNICÍPIO, DEFINE PARÂMETROS CONSTRUTIVOS E DÁ
OUTRAS PROVIDÊNCIAS.
A Câmara Municipal de Quatro Barras, Estado do Paraná, aprovou, e eu,
ROBERTO ADAMOSKI, Prefeito Municipal, sanciono a seguinte Lei:
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º Esta Lei estabelece normas para a elaboração de projetos e
execução de obras e instalações, em seus aspectos técnicos, estruturais
e funcionais, bem como para os procedimentos administrativos para
aprovação de projetos expedição de alvarás de edificação e uso.
§ 1º Todos os projetos de obras e instalações deverão estar de acordo
com esta Lei, com a legislação vigente sobre Uso e Ocupação do Solo e
sobre Parcelamento do Solo, bem como com os princípios previstos na Lei
do Plano Diretor, em conformidade com o art. 182 da Constituição
Federal.
§ 2º Todos os projetos de obras e instalações deverão ainda atender as
Normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, Código de
Saúde do Paraná e o Código de prevenção de incêndios do Corpo de
Bombeiros da PMPR, que dispõe sobre a matéria.
Art. 2º As obras, de iniciativa pública ou privada, realizadas no
Município serão identificadas como construção, reforma, ampliação ou
demolição e somente poderão ser executadas após concessão do alvará
pelo órgão competente municipal, de acordo com as exigências contidas
nesta Lei e mediante a assunção de responsabilidade por profissional
legalmente habilitado.
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§ 1º Estarão isentas de apresentação de projeto as residências com até
70 m² (setenta metros quadrados), construídas em lote cujo proprietário
não possua outro imóvel no Município, e tenha renda mensal de até três
(03) salário mínimo nacional, mediante apresentação de documentação
aprovada pelo órgão competente da Prefeitura Municipal de Quatro
Barras.
§ 2º As obras a serem realizadas em construções integrantes do
patrimônio histórico municipal, estadual ou federal, deverão atender às
normas próprias estabelecidas pelo órgão de proteção competente.
Art. 3º Todos os logradouros públicos e edificações, exceto aquelas
destinadas à habitação de caráter permanente unifamiliar, deverão ser
projetados de modo a permitir o acesso, circulação e utilização por
pessoas deficientes e com mobilidade reduzida, seguindo as orientações
previstas em regulamento, obedecendo às normas técnicas da NBR
9050:2004 da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT a Lei
Federal nº 1098/2000 e o Decreto Federal nº 5296/2004.
Art. 4º Para efeito do presente Lei, são adotadas as definições
constantes do Anexo V, parte integrante desta Lei.
CAPÍTULO II
DOS DIREITOS E RESPONSABILIDADES
SEÇÃO I
DO MUNICÍPIO
Art. 5º Cabe ao Município a aprovação do projeto de arquitetura,
observando as disposições desta Lei, bem como os padrões urbanísticos
definidos pela legislação municipal vigente.
Art. 6º O Município licenciará e fiscalizará a execução e a utilização
das edificações.
§ 1º Compete ao Município fiscalizar as condições de segurança e
salubridade das obras e edificações.
§ 2º Os engenheiros e fiscais do Poder Executivo Municipal terão
ingresso a todas as obras mediante a apresentação de prova de
identidade, independentemente de qualquer outra formalidade.
§ 3º Os funcionários investidos em função fiscalizadora poderão,
observadas as formalidades legais, inspecionar bens e papéis de
qualquer natureza, desde que constituam objeto da presente legislação.
Art. 7º Em qualquer período da execução da obra, o órgão competente do
Poder Executivo Municipal poderá exigir que lhe sejam exibidas as
plantas, cálculos e demais detalhes que julgar necessário.
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Art. 8º O Município deverá assegurar, através do respectivo órgão
competente, o acesso dos munícipes a todas as informações contidas na
legislação municipal, pertinente ao imóvel a ser construído.
SEÇÃO II
DO PROPRIETÁRIO
Art. 9º O proprietário responderá pela veracidade dos documentos
apresentados, não implicando sua aceitação, por parte do Município, em
reconhecimento do direito de propriedade.
Art. 10 O proprietário do imóvel, ou seu sucessor a qualquer título, é
responsável pela manutenção das condições de estabilidade, segurança e
salubridade do imóvel, bem como pela observância das disposições desta
Lei e das leis municipais pertinentes.
SEÇÃO III
DO RESPONSÁVEL TÉCNICO
Art. 11 O responsável técnico pela obra assume perante o Município e
terceiros que serão seguidas todas as condições previstas nos projetos
aprovados de acordo com esta Lei.
Art. 12 Para efeito desta Lei somente profissionais habilitados
devidamente inscritos e quites com o Poder Executivo Municipal poderão
projetar, fiscalizar, orientar, administrar e executar qualquer obra no
Município.
Art. 13 Só poderão ser inscritos no Poder Executivo Municipal os
profissionais devidamente registrados e habilitados pelo conselho
profissional respectivo.
Art. 14 Se no decurso da obra o responsável técnico quiser dar baixa da
responsabilidade assumida por ocasião da aprovação do projeto, deverá
comunicar por escrito ao Poder Executivo Municipal essa pretensão.
Art. 15 É obrigação do responsável técnico a colocação da placa na
obra, cujo teor está estabelecido em regulamento do respectivo Conselho
Profissional.
CAPÍTULO III
DAS DIPOSIÇÕES ADMINISTRATIVAS E TÉCNICAS PARA APROVAÇÃO DE PROJETOS E
EXPEDIÇÃO DE ALVARÁS
SEÇÃO I
DA CONSULTA PRÉVIA
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Art. 16 Antes de solicitar a aprovação do projeto, o interessado deverá
efetivar a consulta prévia junto ao Poder Executivo Municipal.
§ 1º O interessado deverá prestar as seguintes informações:
I - nome, telefone e endereço do proprietário;
II - endereço da obra, lote e quadra;
III - destino da obra: residencial, comercial, industrial ou outro;
IV - matrícula atualizada do registro de imóveis ou comprovante legal
de propriedade do imóvel.
Art. 17 O Poder Executivo Municipal fornecerá uma Consulta Prévia
contendo informações sobre o uso e ocupação do solo, zoneamento e dados
cadastrais disponíveis.
Parágrafo Único - As consultas deverão ser fornecidas em, no máximo,
(48) quarenta e oito horas.
SEÇÃO II
DO ALVARÁ PARA CONSTRUÇÃO, REFORMA, AMPLIAÇÃO OU DEMOLIÇÃO
Art. 18 Após o fornecimento da Consulta Prévia, o requerente
apresentará o projeto para aprovação, composto e acompanhado de:
I - requerimento, solicitando o alinhamento predial, a aprovação do
Projeto Definitivo e a liberação do Alvará de Construção, Reforma,
Ampliação ou Demolição, assinado pelo proprietário ou representante
legal;
II - consulta prévia expedida pelo órgão municipal competente;
III - planta de situação na escala 1:500 (um para quinhentos), conforme
modelo definido pelo órgão municipal competente;
IV - planta baixa de cada pavimento não repetido, na escala 1:50 (um
para cinqüenta), contendo:
a) área total do pavimento;
b) as dimensões e áreas dos espaços internos e externos;
c) dimensões e áreas dos vãos de iluminação e ventilação;
d) finalidade de cada compartimento;
e) especificação dos materiais de revestimento de piso utilizados
internamente;
f) indicação das espessuras das paredes e dimensões externas totais da
obra;
g) os traços indicativos dos cortes longitudinais e transversais;
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h) localização dos muros e das lixeiras.
i) Central de GLP quando for o caso
V - cortes transversais e longitudinais na mesma escala da planta
baixa, com a indicação de:
a) pés-direitos;
b) altura das janelas e peitoris;
c) perfis do telhado;
d) especificação dos materiais de revestimento de parede e forros
utilizados internamente.
e) altura total da edificação.
VI - planta de cobertura com indicação dos caimentos e material
utilizado na escala 1:100 (um para cem;
VII - planta de implantação na escala 1:500 (um para quinhentos):
a) projeção da edificação ou das edificações dentro do lote, com a
respectiva taxa de ocupação e de impermeabilidade totais;
b)as dimensões das divisas do lote e os afastamentos da edificação em
relação às divisas;
c) orientação do Norte;
d)indicação do lote a ser construído, dos lotes confrontantes e da
distância do lote à esquina mais próxima;
e) indicação do destino do esgotamento sanitário e localização da caixa
de gordura, caso o Poder Executivo Municipal julgue necessário;
f) indicação dos acessos.
g) posição do meio fio e largura da calçada.
VIII - elevação das fachadas na mesma escala da planta baixa;
IX - projetos complementares, quando for o caso;
X - cálculos estruturais dos diversos elementos construtivos, assim
como desenhos dos respectivos detalhes, caso o Poder Executivo
Municipal julgue necessário;
XI - Anotação de Responsabilidade Técnica - ART de projeto e execução;
XII - Certidão atualizada de matrícula do imóvel, com data de emissão
de no máximo 60 (sessenta) dias antes da requisição do Alvará para
Construção, Reforma, Ampliação ou Demolição, ou comprovante legal de
propriedade do imóvel.
XIII - Certidão negativa de débitos municipais.
XIV - Visto do Corpo de Bombeiros em caso de obras de comércio,
indústria e habitação coletiva.
§ 1º Em casos especiais de projetos para construção, as escalas
mencionadas poderão ser alteradas, mediante consulta ao órgão
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competente municipal.
§ 2º Todas as plantas relacionadas nos itens anteriores, deverão ser
apresentadas, no mínimo em 4 (quatro) vias, duas (2) das quais será
arquivada no órgão competente do Poder Executivo Municipal e as outras
serão devolvidas ao requerente após a aprovação, contendo em todas as
folhas o carimbo "APROVADO" e as rubricas dos funcionários
encarregados.
§ 3º As escalas utilizadas nos projetos, não dispensarão a utilização
das cotas.
Art. 19 Dependerão, obrigatoriamente, de Alvará de Construção, Reforma,
Ampliação ou Demolição as seguintes obras:
I - construção de novas edificações;
II - reformas que determinem acréscimo ou decréscimo na área construída
do imóvel, ou alterem o projeto original, ou ainda que interfiram na
segurança, estabilidade e conforto das construções;
III - Obras de infraestrutura incluindo obras no subsolo ou espaço
aéreo que não sejam de responsabilidade da Prefeitura Municipal.
Art. 20 Estão isentas de Alvará de Construção, Reforma, Ampliação ou
Demolição as seguintes obras:
I - limpeza ou pintura interna e externa de edificações, que não exija
a instalação de tapumes, andaimes ou telas de proteção;
II - conserto nas calçadas dos logradouros públicos em geral;
III - construção de muros;
IV - construção de abrigos provisórios para operários ou depósitos de
materiais, no decurso de obras definidas já licenciadas.
Art. 21 O Alvará de Construção, Reforma, Ampliação ou Demolição será
concedido mediante requerimento dirigido ao órgão municipal competente,
juntamente com o projeto arquitetônico a ser aprovado e demais
documentos previstos em regulamento.
§ 1º As instalações prediais deverão ser aprovadas pelas repartições
competentes estaduais ou municipais, ou pelas concessionárias de
serviço público quando for o caso.
§ 2º O prazo máximo para análise do projeto é de 20 (vinte) dias a
partir da data de entrada do projeto definitivo no órgão municipal
competente.
§ 3º Após análise o órgão municipal competente deverá apontar
objetivamente os itens que deverão ser adequados ao código de obras e
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legislação pertinente, pelo responsável técnico.
§ 4º Após adequação do projeto, este deverá ser encaminhado para
segunda análise, dirigido novamente ao órgão municipal competente .
§ 5º O prazo máximo para segunda análise é de 10 (dez) dias a partir da
data de entrada do projeto adequado no órgão municipal competente.
§ 6º Não poderão ser apontados novos itens para adequação do projeto,
além dos definidos na primeira análise, que não apresentem relação
direta com esta Lei, com a legislação vigente sobre Uso e Ocupação do
Solo e sobre Parcelamento do Solo, com as Normas da Associação
Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, Código de Saúde do Paraná, Código
de prevenção de incêndios do Corpo de Bombeiros da PMPR.
§ 7º O órgão municipal competente deverá justificar objetivamente cada
item a ser adequado com base na legislação citada no parágrafo 6 do
presente artigo.
§ 8º Caso não aprovado nesta segunda análise, o projeto deverá ser
sucessivamente adequado e dirigido ao órgão municipal competente,
mantendo-se os prazos conforme parágrafo 5 do presente artigo.
Art. 22 No ato da aprovação do projeto será outorgado o Alvará de
Construção, que terá prazo de validade igual a 1 (um) ano, com
permissão para renovação por igual período.
§ 1º Decorrido o prazo definido no caput sem que a construção tenha
sido iniciada, considerar-se-á automaticamente revogado o alvará bem
como a aprovação do projeto.
§ 2º Para efeitos do presente artigo uma obra será considerada iniciada
quando suas fundações estiverem concluídas.
§ 3º O Poder Executivo Municipal poderá conceder renovação, mesmo não
cumprido o estabelecido no § 2º deste artigo, considerando as
características da obra a executar, desde que seja comprovada sua
necessidade através de cronogramas devidamente avaliados pelo órgão
municipal competente, no momento de aprovação do projeto de construção,
reforma, ampliação ou demolição.
Art. 23 Em caso de paralisação da obra, o responsável deverá informar o
Município.
§ 1º Para o caso descrito no caput deste artigo, mantém-se o prazo
inicial de validade do Alvará de Construção.
§ 2º A obra paralisada, cujo prazo do Alvará de Construção tenha
expirado sem que esta tenha sido reiniciada, dependerá de nova
aprovação de projeto.
Art. 24 É vedada qualquer alteração no projeto de arquitetura quanto
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aos elementos estruturais e de vedação da construção sem o prévio
consentimento do Município, sob pena de cancelamento de seu alvará.
Parágrafo Único - A execução de modificações em projetos de arquitetura
aprovados com alvará ainda em vigor, que envolva partes da construção
ou acréscimo de área ou altura construída, somente poderá ser iniciada
após a sua aprovação e mediante aprovação de projeto de reforma ou
ampliação.
Art. 25 Os documentos previstos em regulamento deverão ser mantidos na
obra durante sua construção, para permitir fácil acesso à fiscalização
do órgão municipal competente.
Art. 26 A demolição de edificação somente poderá ser efetuada mediante
comunicação prévia ao órgão competente do Município, que expedirá, após
vistoria, o Alvará para Demolição.
§ 1º Após a vistoria o Poder Executivo Municipal poderá exigir que o
proprietário apresente profissional legalmente habilitado, responsável
pela execução dos serviços.
§ 2º Qualquer edificação que esteja ameaçada de desabamento, com base
em laudo do conselho profissional competente, deverá ser estabilizada
ou demolida no prazo máximo de até 60 (sessenta) dias do recebimento da
notificação pelo proprietário.
§ 3º No caso de edifício que apresente valor histórico ou interesse
para o bem comum o mesmo deverá ser estabilizado, cumprindo a exigência
do artigo 19 da presente lei.
§ 4º Caso o proprietário, na situação descrita no parágrafo anterior,
recuse-se a proceder com a estabilização ou demolição, o Poder
Executivo Municipal providenciará a execução da estabilização ou
demolição cobrando do mesmo as despesas correspondentes, dentro do
prazo de 5 (cinco) dias, acrescido da taxa de 20% (vinte por cento) de
administração.
§ 5º O Alvará para Demolição será expedido juntamente com o Alvará de
Construção, quando for o caso.
SEÇÃO III
DAS ALTERAÇÕES EM PROJETOS APROVADOS
Art. 27 As alterações em projetos aprovados, de caráter estrutural,
como acréscimo ou decréscimo de área, alteração da volumetria estarão
sujeitas à substituição do alvará de construção, reforma, ampliação ou
demolição.
Parágrafo Único - Se as alterações do caput deste artigo não
acarretarem acréscimo de área, ficarão isentas de novas taxas.
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SEÇÃO IV
DO CERTIFICADO DE VISTORIA DE CONCLUSÃO DE OBRA - CVCO
Art. 28 Uma obra é considerada concluída quando tiver condições de
habitabilidade.
§ 1º É considerada em condições de habitabilidade a edificação que:
I - possuir todas as instalações previstas em projeto, funcionando à
contento;
II - não estiver em desacordo com as disposições desta Lei;
III - atender às exigências previstas nas normas do Corpo de Bombeiros
da Polícia Militar do estado do Paraná relativas às medidas de
segurança contra incêndio e pânico.
§ 2º Quando se tratar de residências com até 70 m² (setenta metros
quadrados) construídas em lote cujo proprietário não possua outro
imóvel no Município, será considerada em condições de habitabilidade a
edificação que:
I - garantir segurança a seus usuários e à população indiretamente a
ela afetada;
II - estiver de acordo com os parâmetros específicos para a zona onde
estiver inserida, definida na Lei de Uso e Ocupação do Solo.
Art. 29 Concluída a obra, o proprietário ou o responsável técnico
deverá solicitar ao Poder Executivo Municipal o Certificado de Vistoria
de Conclusão de Obra - CVCO da edificação, em documento-modelo expedido
pelo órgão competente municipal.
§ 1º Vistoria efetuada pelo órgão competente municipal deverá preceder
a solicitação descrita no caput deste artigo.
§ 2º Não havendo solicitação do proprietário ou do responsável técnico,
vencida a validade do alvará, o órgão municipal competente deverá
vistoriar o imóvel, expedindo o CVCO ou solicitando a regularização
necessária.
Art. 30 Por ocasião da vistoria, se for constatado que a edificação foi
construída, ampliada, reconstruída ou reformada em desacordo com o
projeto aprovado, o responsável técnico será notificado, de acordo com
as disposições desta Lei, e obrigado a regularizar o projeto, caso as
alterações possam ser aprovadas, ou fazer a demolição ou as
modificações necessárias para regularizar a situação da obra.
Art. 31 A vistoria deverá ser efetuada no prazo máximo de 15 (quinze)
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dias, a contar da data do seu requerimento, e o Certificado de Vistoria
de Conclusão de Obra - CVCO, concedido ou recusado dentro de outros 15
(quinze) dias.
Art. 32 Será concedido o Certificado de Vistoria de Conclusão de Obra -
CVCO parcial de uma edificação nos seguintes casos:
I - prédio composto de parte comercial e parte residencial utilizadas
de forma independente;
II - programas habitacionais de interesse social realizados em caráter
emergencial, desenvolvidos e executados pelo Poder Público ou pela
população beneficiada.
§ 1º O Certificado de Vistoria de Conclusão de Obra - CVCO parcial não
substitui o Certificado de Vistoria de Conclusão de Obra - CVCO que
deve ser concedido no final da obra.
§ 2º Para a concessão do Certificado de Vistoria de Conclusão de Obra -
CVCO parcial, fica o Poder Executivo Municipal sujeito aos prazos e
condições estabelecidas no art. 31 desta Lei.
SEÇÃO V
DA LICENÇA DE USO
Art. 33 O Poder Executivo Municipal fornecerá Licença de Uso
exclusivamente para os usos não residenciais, mediante apresentação dos
seguintes documentos:
I - requerimento assinado pelo proprietário ou representante legal;
II - consulta prévia expedida pelo órgão municipal competente;
III - projeto arquitetônico discriminando o novo destino de seus
compartimentos;
IV - registro de Imóveis atualizado, com data de emissão de no máximo
90 (noventa) dias antes da requisição da Licença de Uso;
V - certidão negativa de débitos municipais.
Parágrafo Único - Será objeto de pedido de Licença de Uso qualquer
alteração quanto à utilização de uma edificação que não implique
alteração física do imóvel, desde que verificada sua conformidade com a
legislação referente ao Uso e Ocupação do Solo.
Art. 34 O Poder Executivo Municipal fornecerá automaticamente a Licença
de Uso, no momento da expedição de alvará de construção, reforma ou
ampliação, exclusivamente para o fim a que se destina, constante no
projeto aprovado.
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SEÇÃO VI
DAS NORMAS TÉCNICAS DE APRESENTAÇÃO DO PROJETO
Art. 35 Os projetos de arquitetura para efeito de aprovação e outorga
do Alvará de Construção, Reforma, Ampliação ou Demolição somente serão
aceitos quando legíveis, de acordo com as normas da Associação
Brasileira de Normas Técnicas - ABNT e constando as seguintes
informações:
I - carimbo, com largura de 17,5cm (dezessete centímetros e meio)
ocupando o canto extremo direito e inferior da folha contendo o tipo de
projeto, o nome do profissional responsável, número da sua inscrição no
Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia - CREA, seção
Paraná, nome do proprietário, data de elaboração do projeto e com as
respectivas assinaturas;
II - estatística contendo a descrição da área do lote, áreas ocupadas
pela edificação já existente e da nova construção, reconstrução,
reforma, ampliação ou demolição, discriminadas por pavimento ou
edículas, taxa de ocupação, taxa de permeabilidade, coeficiente de
aproveitamento e número de pavimentos, altura total e extensão do muro
frontal;
III - espaço reservado à Prefeitura e demais órgãos competentes para
aprovação, observações e anotações, com altura de 6cm (seis
centímetros) e largura de 17,5cm (dezessete centímetros e meio), acima
do carimbo.
Parágrafo Único - Nos projetos de reforma, ampliação ou demolição,
deverá ser indicado o que será demolido, construído ou conservado de
acordo com convenções especificadas na estatística.
CAPÍTULO IV
DA EXECUÇÃO E SEGURANÇA DAS OBRAS
SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 36 A execução das obras somente poderá ser iniciada depois de
concedido o Alvará de Construção, Reforma, Ampliação ou Demolição.
Parágrafo Único - São atividades que caracterizam o início de uma
construção:
I - o preparo do terreno;
II - a abertura de cavas para fundações;
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III - o início de execução de fundações superficiais.
SEÇÃO II
DO CANTEIRO DE OBRAS
Art. 37 É proibida a permanência de qualquer material de construção nas
vias e logradouros públicos, bem como a utilização dos mesmos como
canteiro de obras ou depósito de entulhos.
§ 1º A não retirada dos materiais ou do entulho autoriza o Poder
Executivo Municipal a fazer a remoção do material encontrado em via
pública, dando-lhe o destino conveniente, e a cobrar dos executores da
obra a despesa da remoção e multa.
§ 2º A multa aplicada pela infração das disposições deste parágrafo
será de natureza grave.
SEÇÃO III
DOS TAPUMES E EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA
Art. 38 Enquanto durarem as obras, o responsável técnico deverá adotar
as medidas e equipamentos necessários à proteção e segurança dos que
nela trabalham, dos pedestres, das propriedades vizinhas e dos
logradouros e vias públicas, observando o disposto nesta Seção, na
Seção II deste Capítulo, e também os dispositivos estabelecidos na NR-
18 do Ministério do Trabalho.
Art. 39 Nenhuma construção, reforma, ampliação ou demolição poderá ser
executada no alinhamento predial sem que esteja obrigatoriamente
protegida por tapumes, salvo quando se tratar de execução de muros,
grades, gradis ou de pintura e pequenos reparos na edificação que não
comprometam a segurança dos pedestres.
Art. 40 Tapumes e andaimes não poderão ocupar mais do que a metade da
largura da calçada sendo que, no mínimo, 120 cm (cento e vinte
centímetros) serão mantidos livres para o fluxo de pedestres e deverão
ter, no mínimo, 2,00m (dois metros) de altura.
Parágrafo Único - O Município, através do órgão competente, poderá
autorizar a utilização do espaço aéreo da calçada desde que seja
respeitado um pé direito mínimo de 2,10m (dois metros e dez
centímetros) e desde que seja tecnicamente comprovada sua necessidade e
adotadas medidas de proteção para circulação de pedestres.
Art. 41 Nenhum elemento do canteiro de obras poderá prejudicar a
arborização da rua, a iluminação pública, a visibilidade de placas,
avisos ou sinais de trânsito e outras instalações de interesse público.
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Art. 42 Durante a execução da obra será obrigatória a colocação de
andaime de proteção do tipo "bandeja-salva-vidas", para edifícios de
três pavimentos ou mais, observando também os dispositivos
estabelecidos na norma NR-18 do Ministério do Trabalho.
Parágrafo Único - As "bandejas salva-vidas" constarão de um estrado
horizontal de 1,20m (um metro e vinte centímetros) de largura mínima,
com guarda-corpo até a altura de 1m (um metro).
Art. 43 No caso de emprego de andaimes mecânicos suspensos, estes
deverão ser dotados de guarda-corpo com altura de 1,20 m (um metro e
vinte centímetros) em todos os lados livres.
Art. 44 Após o término das obras ou no caso de paralisação por prazo
superior a 4 (quatro) meses, os tapumes deverão ser recuados e os
andaimes retirados.
Art. 45 A multa aplicada pela infração das disposições desta seção será
de natureza gravíssima.
CAPÍTULO V
DAS CONDIÇÕES GERAIS RELATIVAS ÀS EDIFICAÇÕES
SEÇÃO I
DAS ESCAVAÇÕES E ATERROS
Art. 46 Nas escavações e aterros deverão ser adotadas medidas de
segurança para evitar o deslocamento de terra nas divisas do lote em
construção ou eventuais danos às edificações vizinhas.
Art. 47 No caso de escavações e aterros de caráter permanente, que
modifiquem o perfil do lote, o responsável legal é obrigado a proteger
as edificações lindeiras e o logradouro público, com obras de proteção
contra o deslocamento de terra.
Art. 48 A execução de movimento de terra deverá ser precedida de
autorização do Poder Executivo Municipal nas seguintes situações:
I - movimentação de terra com mais de 500m³ (quinhentos metros cúbicos)
de material;
II - movimentação de terra com qualquer volume em áreas lindeiras a
cursos d`água, áreas de várzea e de solos hidromórficos ou alagadiços;
III - movimentação de terra de qualquer volume em áreas sujeitas à
erosão;
IV - alteração de topografia natural do terreno que atinja superfície
maior que 2.000m² (dois mil metros quadrados).
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Art. 49 O requerimento para solicitar a autorização referida no art. 48
deverá ser acompanhado dos seguintes elementos:
I - Matrícula do Imóvel;
II - levantamento topográfico do terreno em escala, destacando cursos
d`água, vegetação, edificações existentes e demais elementos
significativos;
III - memorial descritivo informando:
a) descrição da tipologia do solo;
b) volume do corte e/ou aterro;
c) volume do empréstimo ou retirada;
d) medidas a serem tomadas para proteção superficial do terreno;
e) indicação do local para empréstimo ou bota-fora.
IV - projetos contendo todos os elementos geométricos que caracterizem
a situação do terreno antes e depois da obra, inclusive sistema de
drenagem e contenção;
V - Anotações de Responsabilidade Técnica - ARTs da obra.
Parágrafo Único - As disposições deste artigo deverão ser igualmente
aplicadas no caso de construção de subsolos.
SEÇÃO II
DAS PAREDES
Art. 50 As paredes executadas em alvenaria de tijolos comuns, deverão
ter espessura mínima de 9 cm (nove centímetros) quando internas, e 15
cm (quinze centímetros) quando externas.
§ 1º Quando se tratar de paredes de alvenaria que constituírem divisões
entre habitações distintas ou se construídas na divisa do lote, deverão
ter espessura de 20 cm (vinte centímetros).
§ 2º Estas espessuras poderão ser alteradas quando forem utilizados
materiais de natureza diversa, desde que por comprovação técnica
possuam no mínimo os mesmos índices de resistência, impermeabilidade e
isolamento térmico e acústico adotados para a alvenaria de tijolos
comuns.
SEÇÃO III
DAS PORTAS, PASSAGENS OU CORREDORES
Art. 51 As portas de acesso às edificações, bem como as passagens ou
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corredores, devem ter largura suficiente para o escoamento dos
compartimentos ou setores da edificação a que dão acesso.
§ 1º Para atividades especiais são detalhadas exigências nos art. 124 e
127 respeitando-se:
I - quando de uso privativo a largura mínima será de 80 cm (oitenta
centímetros);
II - quando de uso coletivo, a largura livre deverá corresponder as
dimensões conforme ABNT referente a saídas de fuga de edifícios,
respeitando o mínimo de 1,10 m (um metro e dez centímetros).
§ 2º A fim de permitir o acesso, circulação e utilização por pessoas
portadoras de necessidades especiais, os logradouros públicos e
edificações, exceto aquelas destinadas à habitação de caráter
permanente unifamiliar, deverão seguir as orientações previstas em
regulamento, obedecendo a Norma Brasileira - NBR 9050 da Associação
Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, 2004, a Lei Federal nº 1098/2000
e o Decreto Federal nº 5296/2004.
SEÇÃO IV
DAS ESCADAS E RAMPAS
Art. 52 As escadas de uso comum ou coletivo deverão ter largura
suficiente para proporcionar o fluxo de pessoas que dela dependem,
devendo para atividades específicas serem detalhadas exigências no
corpo desta Lei, respeitando-se:
I - a largura mínima das escadas de uso comum ou coletivo será de 1,20
m (um metro e vinte centímetros);
II - as escadas de uso privativo ou restrito do compartimento, ambiente
ou local, poderão ter largura mínima de 80cm (oitenta centímetros);
III - as escadas deverão oferecer passagem com altura mínima nunca
inferior a 2,10m (dois metros e dez centímetros);
IV - somente serão permitidas escadas em leque ou caracol e do tipo
marinheiro quando interligar dois compartimentos de uma mesma
edificação de uso privativo;
V - ter um patamar intermediário, de pelo menos 1m (um metro) de
profundidade, quando o desnível vencido for maior que 2,80m (dois
metros e oitenta centímetros) de altura ou 15 (quinze) degraus;
VI - os degraus das escadas deverão apresentar:
VII - quando de uso privativo: altura máxima de 20cm (vinte
centímetros) e largura mínima de 25cm (vinte e cinco centímetros);
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VIII - quando de uso coletivo: altura máxima 18cm (dezoito centímetros)
e a largura mínima 27 cm (vinte e sete centímetros).
IX - Dispor de iluminação e ventilação que possibilite a circulação com
segurança.
Parágrafo Único - Além do disposto nos incisos deste artigo, as
atividades especiais deverão respeitar também o estabelecido pelos art.
124 a 127.
Art. 53 As escadas de uso comum ou coletivo terão obrigatoriamente
corrimão contínuo em um dos lados e corrimão intermediário quando a
largura for .
Art. 54 No caso de emprego de rampas, em substituição às escadas da
edificação, aplicam-se as mesmas exigências relativas ao
dimensionamento fixadas para as escadas.
§ 1º As rampas poderão apresentar inclinação máxima de 25% (vinte e
cinco por cento) para uso de veículos e de 8% (oito por cento) para uso
de pedestres.
§ 2º Se a inclinação das rampas exceder a 6% (seis por cento) o piso
deverá ser revestido com material antiderrapante.
§ 3º As rampas de acesso para veículos deverão ter seu início a partir
do alinhamento predial.
§ 4º A fim de permitir o acesso, circulação e utilização por pessoas
portadoras de necessidades especiais, os logradouros públicos e
edificações, exceto aquelas destinadas à habitação de caráter
permanente unifamiliar, deverão seguir as orientações previstas em
regulamento, obedecendo integralmente a Norma Brasileira - NBR 9050 da
Associação Brasileira de Normas Técnicas ABNT, 2004, a Lei Federal nº
1098/2000 e o Decreto Federal 5296/2004.
Art. 55 As escadas e rampas de uso comum ou coletivo deverão observar
todas as exigências do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado
do Paraná e NBR 9077:93
SEÇÃO V
DAS MARQUISES E SALIÊNCIAS
Art. 56 Os edifícios poderão ser dotados de marquises, quando
construídos no alinhamento predial obedecendo às seguintes condições:
I - serão sempre em balanço;
II - terão a altura mínima de 2,50 m (dois metros e cinqüenta
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centímetros);
III - a projeção da face externa do balanço deverá ser no máximo igual
a 50% (cinqüenta por cento) da largura da calçada e nunca superior a
1,20 m (um metro e vinte centímetros).
IV - Não interferir na sinalização, posteamento, arborização, redes de
infra-estrutura e outros elementos do mobiliário urbano.
Art. 57 As fachadas dos edifícios quando no alinhamento predial,
poderão ter floreiras, caixas para ar condicionado, saliências e
brises, somente acima de 2,50 m (dois metros e cinqüenta centímetros)
do nível da calçada e não poderão lançar água sobre o passeio.
§ 1º Os elementos mencionados no caput deste artigo poderão projetar-se
sobre o recuo frontal ou recuos laterais e de fundos a uma distância
máxima de 60 cm (sessenta centímetros).
§ 2º Os beirais com até 1,20 m (um metro e vinte centímetros) de
largura não serão considerados como área construída, desde que não
tenham utilização na parte superior, e deverão ser construídos de
maneira e não permitir o lançamento das águas pluviais sobre o terreno
adjacente ou sobre o logradouro público.
§ 3º As sacadas poderão projetar-se, em balanço, até 1,20 (um metro e
vinte centímetros) sobre o recuo frontal, não se admitindo o mesmo para
os recuos laterais e de fundos, quando estes estiverem no limite
mínimo.
SEÇÃO VI
DOS RECUOS
Art. 58 As edificações, inclusive muros, situados nos cruzamentos dos
logradouros públicos, serão projetadas de modo que os dois alinhamentos
sejam concordados por um chanfro de 2,50m (dois metros e cinqüenta
centímetros), no mínimo.
Art. 59 Os demais recuos das edificações construídas no Município
deverão estar de acordo com o disposto na Lei Municipal de Uso e
Ocupação do Solo.
SEÇÃO VII
DOS COMPARTIMENTOS
Art. 60 As características mínimas dos compartimentos das edificações
residenciais e comerciais estarão definidas nos Anexos II, III, IV e
Tabelas II, III e IV, respectivamente, partes integrantes e
complementares desta Lei.
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SEÇÃO VIII
DAS ÁREAS DE ESTACIONAMENTO DE VEÍCULOS
Art. 61 Os espaços destinados a estacionamentos ou garagens de veículos
podem ser:
I - privativos, quando se destinarem a um só usuário, família,
estabelecimento ou condomínio, constituindo dependências para uso
exclusivo da edificação;
II - coletivos, quando se destinarem à exploração comercial.
Art. 62 É obrigatória a reserva de espaços destinados a estacionamento
ou garagem de veículos vinculados às atividades das edificações, com
área e respectivo número de vagas calculadas de acordo com o tipo de
uso do imóvel, à exceção de outras determinações da Lei de Uso e
Ocupação do Solo, conforme o disposto no Anexo I - Tabela I, parte
integrante desta lei.
§ 1º Deverão ser reservadas vagas de estacionamento para os portadores
de necessidades especiais, identificadas para este fim, próximas da
entrada da edificação nos edifícios de uso público, atendendo o
estabelecido pela Norma Brasileira NBR 9050:2004 da Associação
Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, na seguinte proporção:
NUMERO TOTAL DE VAGAS..................................VAGAS RESERVADAS
Até 10........................................................facultado
De 11 a 100.....................................................1 (uma)
Acima de 100..........................................1% (um por cento)
§ 2º As atividades novas, desenvolvidas em edificações já existentes
com uso diferente do pretendido, também estarão sujeitas ao disposto
neste artigo.
Art. 63 Na área mínima exigida para estacionamento, cada vaga deverá
ter as dimensões mínimas de 2,40 m (dois metros e quarenta centímetros)
de largura e 4,5 m (quatro metros e cinqüenta centímetros) de
comprimento, livres de colunas ou qualquer outro obstáculo.
Art. 64 Estacionamentos em áreas descobertas sobre o solo deverão ser
arborizados e apresentar, no mínimo, uma árvore para cada 4 (quatro)
vagas.
Art. 65 Os acessos aos estacionamentos deverão atender às seguintes
exigências:
I - circulação independente para veículos e pedestres;
II - largura mínima de 3 m (três metros) para acessos em mão única e 5
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m (cinco metros) em mão dupla até o máximo de 7 m (sete metros) de
largura.
III - o rebaixamento ao longo do meio fio para a entrada e saída de
veículos poderá ter o comprimento do acesso mais 25% (vinte e cinco por
cento) até o máximo de 7 m (sete metros);
IV - para testada com mais de um acesso, o intervalo entre guias
rebaixadas não poderá ser menor que 4 m (quatro metros);
V - ter uma distância mínima de 5 m (cinco metros) do encontro dos
alinhamentos prediais na esquina, exceto quando se tratar de garagem ou
estacionamento com área superior a 2.000 m( (dois mil metros
quadrados), quando esta distância mínima passa a ser de 25 m (vinte e
cinco metros).
Art. 66 Para análise do espaço destinado ao estacionamento ou garagem
deverá ser apresentada planta da área ou pavimento com a demarcação das
guias rebaixadas, acessos, corredores de circulação, espaços de
manobra, arborização e vagas individualizadas, de acordo com o disposto
nesta Lei.
Art. 67 Nos casos em que o piso do estacionamento descoberto receber
revestimento impermeável deverá ser adotado um sistema de drenagem,
acumulação e descarga.
Art. 68 As dependências destinadas a estacionamento de veículos deverão
atender às seguintes exigências, além das relacionadas anteriormente:
I - ter pé-direito mínimo de 2,50 m (dois metros e cinqüenta
centímetros);
II - ter sistema de ventilação permanente;
III - ter demarcada área de manobra, em planta.
IV - Ter as vagas demarcadas
SEÇÃO IX
SUBSEÇÃO I
DAS CALÇADAS E ANTEPAROS
Art. 69 As calçadas serão executadas de acordo com as especificações
técnicas fornecidas pelo órgão competente municipal, que observará,
obrigatoriamente, o uso de material com superfície regular e
antiderrapante no seu leito, exceto os indispensáveis e de utilidade
pública, previstos oficialmente.
Parágrafo Único - Compete ao proprietário a construção, a reconstrução
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e a conservação das calçadas em toda a extensão das testadas do
terreno, edificados ou não.
Art. 70 Os lotes devem ter, nos alinhamentos, muros com altura de:
I - em lotes vazios entre 1,20m (um metro e vinte centímetros) e 1,80m
(um metro e oitenta centímetros).
II - em lotes construídos a altura máxima será de 3,00m (três metros),
salvo quando exigência técnica para integridade do terreno determinar
altura maior e, em qualquer caso, estando impedidas soluções
construtivas, acabamentos, equipamentos e instalações que ameacem a
segurança dos pedestres, dos terrenos adjacentes e das condições de
acessibilidade nas calçadas.
SUBSEÇÃO I
DO MEIO-FIO
Art. 71 As guias rebaixadas no meio-fio de ruas pavimentadas, só
poderão ser executadas mediante licença prévia do órgão competente,
quando requerido pelo proprietário ou representante legal, de acordo
com o disposto nesta lei e legislação específica.
Art. 72 O rebaixamento de guia é obrigatório, sempre que for necessário
o acesso de veículos aos terrenos ou prédios, através da calçada do
logradouro, sendo expressamente proibida a colocação de cunhas, rampas
de madeira ou outro material, fixas ou móveis, na sarjeta ou sobre a
calçada.
Art. 73 A multa aplicada pela infração das disposições desta seção será
de natureza gravíssima.
SEÇÃO X
DA ILUMINAÇÃO E VENTILAÇÃO
Art. 74 Deverão ser explorados o uso de iluminação natural e a
renovação natural de ar, sem comprometer o conforto térmico das
edificações.
Art. 75 Todos os compartimentos, de qualquer local habitável, para os
efeitos de insolação, ventilação e iluminação, terão abertura em
qualquer plano, abrindo diretamente para o logradouro público ou espaço
livre e aberto do próprio imóvel.
§ 1º As edificações deverão atender os parâmetros de recuo dispostos na
Lei Municipal de Uso e Ocupação do Solo.
§ 2º As distâncias mínimas serão calculadas perpendicularmente à
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abertura, da parede à extremidade mais próxima da divisa.
Art. 76 A área necessária para a insolação, ventilação e iluminação dos
compartimentos, encontra-se indicada nos Anexos II e IV, Tabelas II e
IV, respectivamente, partes integrantes desta Lei.
Art. 77 Os compartimentos de lavabos, ante-salas, corredores e "kit/
cozinha" poderão ter ventilação forçada feita por chaminé de tiragem,
observadas as seguintes condições:
I - serem visitáveis na base;
II - permitirem a inscrição de um círculo de 70 cm (setenta
centímetros) de diâmetro;
III - terem revestimento interno liso.
Art. 78 Os compartimentos sanitários, vestíbulos, corredores, sótãos,
lavanderias e depósitos, poderão ter iluminação e ventilação zenital ou
mecânica.
Art. 79 É vedada a abertura de vãos para a iluminação e ventilação em
paredes construídas sobre a divisa do terreno a menos de 1,50m (um
metro e cinqüenta centímetros) de distância da mesma.
CAPÍTULO VI
DAS INSTALAÇÕES EM GERAL
Art. 80 As instalações prediais deverão atender o estabelecido nesta
lei, no que couber, e o que dispõe as Normas da Associação Brasileira
de Normas Técnicas - ABNT, o Código de Saúde do Paraná e a legislação
aplicável.
Art. 81 Todas as instalações hidro-sanitárias, elétricas, telefônicas e
de segurança da edificação deverão atender aos padrões técnicos
definidos pelos órgãos competentes pela regulação e/ou prestação do
serviço.
SEÇÃO I
DAS INSTALAÇÕES DE ÁGUAS PLUVIAIS
Art. 82 O escoamento de águas pluviais do lote edificado para a sarjeta
será feito em canalização construída sob a calçada.
§ 1º Em casos especiais de inconveniência ou impossibilidade de
conduzir as águas às sarjetas, será permitido o lançamento dessas águas
nas galerias de águas pluviais, após aprovação pelo Poder Executivo
Municipal, de esquema gráfico apresentado pelo interessado.
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§ 2º As despesas com a execução da ligação às galerias pluviais
correrão integralmente por conta do interessado.
§ 3º A ligação será concedida a título precário, cancelável a qualquer
momento pela Poder Executivo Municipal caso haja qualquer prejuízo ou
inconveniência.
Art. 83 As águas pluviais provenientes de telhados, balcões e marquises
deverão ser captadas e conduzidas por calhas e condutores.
Parágrafo Único - Os condutores nas fachadas lindeiras à via pública
serão embutidos até a altura mínima de 2,50 m (dois metros e cinqüenta
centímetros), acima do nível da calçada.
Art. 84 Não é permitida a ligação de condutores de águas pluviais à
rede de esgotos.
Art. 85 É vedado o lançamento de águas pluviais sobre terreno adjacente
ou sobre o passeio público.
Art. 86 Sempre que couber, deve-se assegurar reserva de faixa de
terreno para passagem de canalização de águas pluviais e esgotos
provenientes de lotes situados à montante.
§ 1º Os terrenos em declive somente poderão esgotar as águas pluviais e
esgotos para os terrenos à jusante, quando não for possível o seu
encaminhamento para as ruas em que estão situados.
§ 2º Para o caso previsto no § 1º, as obras de canalização de águas
pluviais e esgoto ficarão a cargo do interessado, devendo o
proprietário do terreno à jusante permitir a sua execução.
SEÇÃO II
DAS INSTALAÇÕES HIDRÁULICO-SANITÁRIAS
Art. 87 Todas as edificações em lotes com frente para logradouros
públicos que possuam redes de água potável e de esgoto deverão,
obrigatoriamente, servir-se dessas redes e suas instalações.
§ 1º Deverão ser observadas as exigências da concessionária local
quanto à alimentação pelo sistema de abastecimento de água e quanto ao
ponto de lançamento para o sistema de esgoto sanitário.
§ 2º As instalações nas edificações deverão obedecer às exigências dos
órgãos competentes e estar de acordo com as prescrições da Associação
Brasileira de Normas Técnicas - ABNT.
Art. 88 Quando a rua não tiver rede de água, a edificação poderá
possuir poço adequado para seu abastecimento, devidamente protegido
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contra as infiltrações de águas superficiais.
Art. 89 Quando a rua não possuir rede de esgoto, a edificação deverá
ser dotada de fossa séptica cujo efluente será lançado em poço
absorvente (sumidouro ou poço anaeróbico), conforme a NBR 7229 da
Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, ou sistema indicado
pelo órgão concessionário.
Art. 90 Toda unidade residencial deverá possuir no mínimo um vaso
sanitário, um chuveiro, um lavatório e uma pia de cozinha, que deverão
ser ligados à rede de esgoto ou à fossa séptica.
Parágrafo Único - As pias de cozinha deverão, antes de ligadas à rede
pública, passar por caixa de gordura localizada internamente ao lote e
externa a construção, exceto para o caso de garagens e varandas, em
local de fácil acesso.
Art. 91 Os reservatórios de água deverão estar em local de fácil acesso
que permita visita e possuir:
I - cobertura que não permita a poluição da água;
II - torneira de bóia que regule, automaticamente, a entrada de água do
reservatório;
III - extravasor - ladrão, com diâmetro superior ao do tubo alimentar,
com descarga em ponto visível para a imediata verificação de defeito da
torneira de bóia;
IV - canalização de descarga para limpeza periódica do reservatório;
V - volume de reservação compatível com o tipo de ocupação e uso de
acordo com as prescrições da Norma Brasileira - NBR 5626 da Associação
Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, 1998.
Parágrafo Único - Os reservatórios poderão estar enterrados caso
mantenham afastamento de no mínimo 70cm entre as paredes de contenção
do solo e as paredes do reservatório para visita.
Art. 92 A declividade mínima dos ramais de esgoto será de 2% (dois por
cento).
Art. 93 Não será permitida a ligação de canalização de esgoto ou de
águas servidas às sarjetas ou galerias de águas pluviais.
Art. 94 Todas as instalações hidráulico-sanitárias deverão ser
executadas conforme especificações da Associação Brasileira de Normas
Técnicas - ABNT: NBR 5626, NBR 7198, NBR 8160 e NBR 7229.
SEÇÃO III
DAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
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Art. 95 É obrigatória a existência de instalações elétricas em todas as
edificações situadas em logradouros servidos por rede de distribuição
de energia.
Art. 96 As entradas aéreas e subterrâneas de luz e força de edifícios
deverão obedecer às normas técnicas exigidas pela concessionária local.
Art. 97 Os diâmetros dos condutores de distribuição interna serão
calculados de conformidade com a carga máxima dos circuitos e voltagem
de rede.
Art. 98 O diâmetro dos eletrodutos será calculado em função do número e
diâmetro dos condutores, conforme as especificações da NBR 5410 da
Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, 2004.
SEÇÃO IV
DAS INSTALAÇÕES DE GÁS
Art. 99 As instalações de gás nas edificações deverão ser executadas de
acordo com as prescrições das normas NBR 13103 e NBR 13523 da
Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, 2000 e 1995,
respectivamente e do Código de prevenção de incêndios do Corpo de
Bombeiros da PMPR.
SEÇÃO V
DAS INSTALAÇÕES PARA ANTENAS
Art. 100 Nos edifícios comerciais e habitacionais é obrigatória a
instalação de tubulação para antena de televisão em cada economia.
Parágrafo Único - Nos casos de instalações de antenas coletivas para
rádio e televisão deverão ser atendidas as exigências legais relativas
à matéria.
SEÇÃO VI
DAS INSTALAÇÕES DE PÁRA-RAIOS
Art. 101 Será obrigatória a instalação de pára-raios, de acordo com a
norma 5419 da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, 1970 -
nas edificações em que se reúnam grande número de pessoas, bem como em
torres e chaminés elevadas e em construções isoladas e muito expostas.
SEÇÃO VII
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DAS INSTALAÇÕES DE PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO
Art. 102 As edificações construídas, reconstruídas, reformadas ou
ampliadas, quando for o caso, deverão ser providas de instalações e
equipamentos de proteção contra incêndio, de acordo com as prescrições
da legislação específica do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do
Estado do Paraná e das normas da Associação Brasileira de Normas
Técnicas - ABNT: NBR 9077, NBR 9441, NBR 10636, NBR 10898 e NBR 11742.
SEÇÃO VIII
DAS INSTALAÇÕES TELEFÔNICAS
Art. 103 Todas as edificações deverão ser providas de tubulação para
rede telefônica de acordo com as normas técnicas exigidas pela empresa
concessionária.
SEÇÃO IX
DAS INSTALAÇÕES DE ELEVADORES
Art. 104 Será obrigatório a instalação de, no mínimo, 1 (um) elevador
nas edificações com 5 (cinco) ou mais pavimentos para o caso de
empreendimentos privados.
§ 1º O térreo conta como um pavimento, bem como cada pavimento abaixo
do nível do meio-fio.
§ 2º No caso de existência da sobreloja, a mesma contará como um
pavimento.
§ 3º Se o pé-direito do pavimento térreo for igual ou superior a 5 m
(cinco metros) contará como 2 (dois) pavimentos e a partir daí, a cada
2,50 m (dois metros e cinqüenta centímetros) acrescido a este pé-
direito, corresponderá a 1 (um) pavimento a mais.
§ 4º Os espaços de acesso ou circulação às portas dos elevadores
deverão ter dimensão não inferior a 1,50 m (um metro e cinqüenta
centímetros) medida perpendicularmente às portas dos elevadores.
§ 5º Os elevadores não poderão ser o único modo de acesso aos
pavimentos superiores de qualquer edificação.
§ 6º O sistema mecânico de circulação vertical - número de elevadores,
cálculo de tráfego e demais características, está sujeito às normas
técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT - NBR 13994
de 2000 e NBR 9077 de 1993, sempre que for instalado, e deve ter um
responsável legalmente habilitado.
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§ 7º Não será considerado para efeito da aplicação deste artigo, o
último pavimento, quando este for de uso exclusivo do penúltimo.
§ 8º Para o caso de edifícios públicos todos os andares deverão ser
acessíveis, com elevadores, plataformas ou rampas.
§ 9º Toda edificação de uso público ou coletivo, obrigada a dispor de
elevador, terá no mínimo um elevador adaptado ao uso para portadores de
necessidades especiais, conforme os padrões e Normas Brasileiras de
Acessibilidade.
SEÇÃO X
DAS INSTALAÇÕES PARA DEPÓSITO DE LIXO
Art. 105 As edificações deverão prever local para armazenagem de lixo,
onde o mesmo deverá permanecer até o momento da coleta.
§ 1º Excetuam-se as edificações de interesse de preservação histórico-
cultural, independente de sua localização no município.
§ 2º Nas instalações domiciliares multifamiliares, coletivas e
condomínios, nos prédios comerciais, industriais e de prestação de
serviços, deverá ser instalado abrigo fechado exclusivo para depósito
de resíduos sólidos e recicláveis, com acesso direto a partir do
logradouro público.
SEÇÃO XI
DOS TOLDOS
Art. 106 A instalação de toldos, móveis ou fixos e construídos junto ao
alinhamento predial, será permitida desde que satisfaçam as seguintes
condições:
I - a projeção da face externa do balanço deverá ser no máximo igual a
50% (cinqüenta por cento) da largura da calçada e nunca superior a 1,20
m (um metro e vinte centímetros).
II - não tenham no pavimento térreo nenhum dos seus elementos
constitutivos inferior a de 2,40m (dois metros e quarenta centímetros)
em relação ao nível do passeio;
III - não prejudiquem a arborização e a iluminação pública nem ocultem
placas denominativas de logradouros e/ou sinalização pública.
IV - Será permitida a colocação de toldos metálicos, desde que
satisfaçam às seguintes exigências:
V - o material utilizado deve ser indeteriorável, não sendo permitida a
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utilização de material quebrável ou estilhaçável;
VI - o mecanismo de inclinação deverá garantir perfeita segurança e
estabilidade ao toldo.
VII - É vedado fixar ou expor mercadorias nas armações dos toldos.
VIII - É vedado manter apoios verticais sobre o passeio.
CAPÍTULO VII
DAS EDIFICAÇÕES RESIDENCIAIS
Art. 107 Para cada compartimento das edificações residenciais são
definidos, de acordo com o Anexo II,Tabela II:
I - o diâmetro mínimo do círculo inscrito;
II - a área mínima;
III - a iluminação mínima;
IV - a ventilação mínima;
V - o pé direito mínimo.
Parágrafo Único - As edificações residenciais multifamiliares -
edifícios de apartamentos - deverão observar, além de todas as
exigências cabíveis, especificadas nesta Lei, as exigências do Anexo
III, Tabela III, no que couber, para as áreas comuns.
Art. 109 As residências poderão ter 2 (dois) compartimentos conjugados,
desde que o compartimento resultante tenha, no mínimo, a soma das
dimensões mínimas exigidas para cada um deles.
Art. 110 Os compartimentos das residências poderão ser ventilados e
iluminados através de aberturas para pátios internos, cujo diâmetro do
círculo inscrito deve atender aos recuos mínimos exigidos por lei.
SEÇÃO I
DAS RESIDÊNCIAS GEMINADAS
Art. 111 Consideram-se residências geminadas, duas unidades de moradias
contíguas, que possuam uma parede comum, com testada mínima de 5,50m
(cinco metros e cinqüenta centímetros) para cada unidade.
Parágrafo Único - O lote das residências geminadas só poderá ser
desmembrado quando cada unidade tiver as dimensões mínimas do lote
estabelecidas pela Lei de Uso e Ocupação do Solo e quando as moradias,
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isoladamente, estejam de acordo com esta Lei.
Art. 112 A Taxa de Ocupação e o Coeficiente de Aproveitamento são os
definidos pela Lei Municipal de Uso e Ocupação do Solo para a zona onde
se situarem.
SEÇÃO II
DAS RESIDÊNCIAS EM SÉRIE, PARALELAS AO ALINHAMENTO PREDIAL
Art. 113 Consideram-se residências em série as paralelas ao alinhamento
predial as situadas ao longo de logradouros públicos, geminadas ou não,
em regime de condomínio, independente do número de unidades de moradia.
Art. 114 As residências em série, paralelas ao alinhamento predial,
deverão obedecer às seguintes condições:
I - a testada da área do lote de uso exclusivo de cada unidade terá, no
mínimo 5,50m (cinco metros e cinqüenta centímetros);
II - a área mínima do terreno de uso privativo da unidade de moradia
não será inferior a 125 m( (cento e vinte e cinco metros quadrados).
§º 1º A taxa de ocupação e o coeficiente de aproveitamento são os
definidos pela Lei Municipal de Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo
para a zona onde se situarem, aplicando-se os índices sobre a área de
terreno privativo de cada unidade de moradia.
§º 2º Os afastamentos das divisas e recuo frontal aplicam-se ao terreno
de origem.
SEÇÃO III
DAS RESIDÊNCIAS EM SÉRIE, TRANSVERSAIS AO ALINHAMENTO PREDIAL
Art. 115 Consideram-se residências em série, transversais ao
alinhamento predial, geminadas ou não, em regime de condomínio, aquelas
cuja disposição exija a abertura de faixa de acesso, independente do
número de unidades.
Art. 116 As residências em série, transversais ao alinhamento predial,
deverão obedecer às seguintes condições:
I - até 4 (quatro) unidades, o acesso se fará por uma faixa com a
largura de no mínimo 4 m (quatro metros), sendo no mínimo 1m (um metro)
de calçada;
II - com mais de 4 (quatro) unidades, o acesso se fará por uma faixa
com a largura de no mínimo:
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a) 6 m (seis metros), quando as edificações estiverem situadas em um só
lado da faixa de acesso, sendo no mínimo 1m (um metro) de calçada;
b) 7m (sete metros), quando as edificações estiverem dispostas em ambos
os lados da faixa de acesso, sendo no mínimo 1m (um metro) de calçada
para cada lado.
III - quando houver mais de 4 (quatro) moradias no mesmo alinhamento,
deverá ser prevista e demarcada uma área de manobra para retorno dos
veículos;
IV - possuirá cada unidade de moradia uma área de terreno de uso
exclusivo, com no mínimo, 6 m (seis metros) de testada e área de uso
privativo de, no mínimo, 40% (quarenta por cento) do lote mínimo da
zona onde estiver situado e nunca inferior a 125 m( (cento e vinte e
cinco metros quadrados);
V - a taxa de ocupação e o coeficiente de aproveitamento são os
definidos pela Lei de Uso e Ocupação do Solo para a zona onde se
situarem, aplicando-se os índices sobre a área do terreno de origem;
VI - os afastamentos das divisas e recuo frontal aplicam-se ao terreno
de origem.
VII - Acima de 10 (dez) unidades, 10% (dez por cento) do total do
terreno será destinado para esporte e recreação dos moradores.
Art. 117 As residências em série, transversais ao alinhamento predial
somente poderão ser implantadas em lotes que tenham testada de no
mínimo 15 m (quinze metros) de frente para as vias oficiais de
circulação.
SEÇÃO IV
DOS EDIFÍCIOS DE APARTAMENTOS
(Seção acrescida pela Lei Complementar nº 1111/2010)
Art. 117 A - As edificações residenciais multifamiliares - edifícios de
apartamentos - deverão observar, além de todas as exigências cabíveis
especificadas nesta lei, as exigências do Anexo III, Tabela III, no que
couber para as áreas comuns e as exigências abaixo especificadas:
(Redação acrescida pela Lei Complementar nº 1111/2010)
I - a área útil de cada unidade não deverá ser inferior a 60,00m2
(sessenta metros quadrados); (Redação acrescida pela Lei Complementar
nº 1111/2010)
II - para cada unidade deverá ser reservada uma vaga de estacionamento
prevendo área de manobra de veículos; (Redação acrescida pela Lei
Complementar nº 1111/2010)
III - deverá ser prevista 10% (dez por cento) da área total do lote
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para áreas de recreação - play ground; (Redação acrescida pela Lei
Complementar nº 1111/2010)
IV - o lote deverá ter todo o seu perímetro com fechamento em gradil,
muro, cerca palito do concreto ou similar a ser aprovado pelo órgão
competente municipal; (Redação acrescida pela Lei Complementar nº
1111/2010)
V - o empreendimento deverá ter a rede pública como destino final do
esgoto; (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 1111/2010)
VI - o empreendimento deverá ter solução para abastecimento de água ou
energia elétrica; (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 1111/2010)
VII - a faixa de acesso e circulação interna do imóvel deverão ser
pavimentadas com revestimento aprovado pelo órgão municipal competente;
(Redação acrescida pela Lei Complementar nº 1111/2010)
Parágrafo Único - O empreendimento deverá estar situado das Zonas
Residenciais ZUC IV - APA e ZUC II - UTP e de acordo com a Lei nº
33/2000, que "Dispõe sobre o Zoneamento de Uso do Solo Urbano do
Município de Quatro Barras e dá outras providências" e aprovado pela
Secretaria Municipal de Planejamento Urbano e Obras. (Redação acrescida
pela Lei Complementar nº 1111/2010)
CAPÍTULO VIII
DAS EDIFICAÇÕES COMERCIAIS
SEÇÃO I
DO COMÉRCIO E SERVIÇO EM GERAL
Art. 118 As edificações destinadas ao comércio em geral deverão
observar os seguintes requisitos:
I - ter as dimensões mínimas conforme o Anexo IV, Tabela IV;
II - ter as portas gerais de acesso ao público com largura que esteja
na proporção de 1m (um metro) para cada 300m² (trezentos metros
quadrados) da área útil, sempre respeitando o mínimo de 1,50m (um metro
e cinqüenta centímetros);
III - o hall de entrada de edificações comerciais observará, além das
exigências contidas no Anexo IV,Tabela IV:
a. quando houver só um elevador, terá no mínimo 10m² (dez metros
quadrados) e diâmetro mínimo de 2,50 m (dois metros e cinqüenta
centímetros);
b. a área da entrada será aumentada em 30% (trinta por cento) por
elevador excedente;
c. quando os elevadores se situarem no mesmo lado da entrada, esta
poderá ter diâmetro mínimo de 2,00 m (dois metros).
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IV - ter dispositivo de prevenção contra incêndio de conformidade com
as determinações desta Lei e do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar
do Estado do Paraná;
V - todas as unidades das edificações comerciais deverão ter sanitários
que contenham cada um, no mínimo, 1 (um) vaso sanitário e 1 (um)
lavatório, adaptados segundo a NBR9050:2004, que deverão ser ligados à
rede de esgoto ou à fossa séptica;
VI - nos locais onde houver preparo, manipulação ou depósito de
alimentos, os pisos, os tetos, as paredes e divisórias deverão ser
revestidos com material liso, resistente, lavável, em cor clara e
impermeável;
VII - nas farmácias, os compartimentos destinados à guarda de drogas,
aviamento de receitas, curativos e aplicações de injeções, deverão
atender às mesmas exigências do inciso anterior e obedecer as normas
dos órgãos competentes;
VIII - atender as exigências quanto a acessibilidade para portadores de
necessidades especiais da norma NBR 9050 da Associação Brasileira de
Normas Técnicas - ABNT, 2004, da Lei Federal 1098/2000 e do Decreto
Federal 5296/2004.
IX - atender as exigências do Código de Saúde do Paraná.
X - nos locais onde a atividade exija a troca de roupa para uso de
uniforme ou similar, estes deverão ser dotados de local apropriado para
vestiário com armários individuais para uso dos funcionários, observada
a separação de sexo.
SEÇÃO II
DOS RESTAURANTES, BARES, CAFÉS, CONFEITARIAS, LANCHONETES E CONGÊNERES
Art. 119 As cozinhas, copas, despensas e locais de consumação não
poderão ter ligação direta com compartimentos sanitários ou destinados
à habitação.
Art. 120 Os estabelecimentos devem ter instalações sanitárias
independentes para ambos os sexos, com acesso independente.
I - As instalações sanitárias para homens devem ser providas de um vaso
sanitário, um mictório e um lavatório para cada 100m² (cem metros
quadrados) de área útil das salas;
II - As instalações sanitárias para mulheres devem ser providas de um
vaso sanitário e um lavatório para cada 100m² (cem metros quadrados) de
área útil das salas.
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§º 1º Na quantidade de sanitários estabelecida por este artigo, deverão
ser consideradas as exigências das normas para atendimento das pessoas
portadoras de necessidades especiais e com mobilidade reduzida, NBR
9050 da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, 2004 da Lei
Federal 1098/2000 e do Decreto Federal 5296/2004.
§º 2º Sobre as condições gerais relativas aos estabelecimentos em que
haja manipulação de alimentos deverão ser obedecidas as exigências do
Código de Saúde do Paraná.
SEÇÃO III
DO COMÉRCIO DE PRODUTOS PERIGOSOS
Art. 121 A instalação de postos de abastecimentos de veículos, bombas
de gasolina e depósitos de outros inflamáveis e de explosivos deverão
atender às diretrizes constantes do Plano Diretor, da Lei de Uso e
Ocupação do Solo e demais normas municipais, estaduais e federais
pertinentes.
Art. 122 Em todo depósito, armazém a granel ou qualquer outro imóvel
onde haja armazenamento de explosivos e inflamáveis deverá existir
instalações contra incêndio e extintores portáteis de incêndio, em
quantidade e disposição conforme normas da Associação Brasileira de
Normas Técnicas - ABNT e da legislação específica do Corpo de Bombeiro
da Polícia Militar do Estado do Paraná.
§ 1º Todas as dependências e anexos dos depósitos de explosivos ou
inflamáveis serão construídos com material incombustível.
§ 2º Junto à porta de entrada dos depósitos de explosivos ou
inflamáveis deverão ser pintados, de forma visível, os dizeres
INFLAMÁVEIS ou EXPLOSIVOS - CONSERVE O FOGO A DISTÂNCIA, com as
respectivas tabuletas e o símbolo representativo de perigo.
§ 3º Em locais visíveis deverão ser colocadas tabuletas ou cartazes com
o símbolo representativo de perigo e com os dizeres - PROIBIDO FUMAR.
§ 4º Aos varejistas é permitido conservar em cômodos apropriados, em
seus armazéns ou lojas, a quantidade fixada pelo Poder Executivo
Municipal, na respectiva licença, de material inflamável ou explosivo,
que não ultrapasse à venda provável de 30 (trinta) dias.
CAPÍTULO IX
DAS EDIFICAÇÕES INDUSTRIAIS
Art. 123 As edificações destinadas à indústria em geral, fábricas e
oficinas, além das disposições constantes na Consolidação das Leis do
Trabalho - CLT, deverão:
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I - ser de material incombustível, tolerando-se o emprego de madeira ou
outro material combustível conforme Código de prevenção de incêndios do
Corpo de Bombeiros da PMPR ;
II - ter os dispositivos de prevenção contra incêndio de conformidade
com as determinações do Código de prevenção de incêndios do Corpo de
Bombeiros da PMPR;
III - os seus compartimentos, quando tiverem área superior a 75m²
(setenta e cinco metros quadrados), deverão ter pé-direito mínimo de 3m
(três metros);
IV - quando os compartimentos forem destinados à manipulação ou
depósito de inflamáveis, os mesmos deverão localizar-se em lugar
convenientemente separados, de acordo com normas específicas relativas
à segurança na utilização de inflamáveis líquidos ou gasosos, ditados
pelos órgãos competentes e em especial, o Corpo de Bombeiros da Polícia
Militar do Estado do Paraná.
V - satisfazer as exigências do órgãos ambientais estadual e municipal.
VI - Dispor de instalações sanitárias separadas por sexo para o uso de
funcionários.
Parágrafo Único - Toda edificação industrial em que a atividade troca
de roupa ou uso de uniforme ou similar, será dotado de local especial
para vestiário com armários individuais para uso dos funcionários,
observado a separação do sexo.
Art. 124 Os fornos, máquinas, caldeiras, estufas, fogões ou qualquer
outro aparelho onde se produza ou concentre calor deverão obedecer as
normas técnicas vigentes e disposições do Corpo de Bombeiros da Polícia
Militar do Estado do Paraná, admitindo-se:
I - uma distância mínima de 1m (um metro) do teto, sendo esta distância
aumentada para 1,50m (um metro e cinqüenta centímetros), pelo menos,
quando houver pavimento superior oposto;
II - uma distância mínima de 1m (um metro) das paredes das divisas com
lotes vizinhos.
CAPÍTULO X
DAS EDIFICAÇÕES ESPECIAIS
SEÇÃO I
DAS ESCOLAS E ESTABELECIMENTOS CONGÊNERES
Art. 125 As edificações destinadas a escolas e estabelecimentos
congêneres, deverão obedecer as normas da Secretaria de Estado da
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Educação e da Secretaria Municipal de Educação, além das disposições
desta Lei no que lhes couber.
Parágrafo Único - A fim de permitir o acesso, circulação e utilização
por portadores de necessidades especiais, deverão seguir as orientações
previstas em regulamento, obedecendo a Norma Brasileira _ NBR 9050/2004
da Associação Brasileira de Normas - ABNT, a Lei Federal nº 1098/2000 e
o Decreto Federal nº 5296/2004.
SEÇÃO II
DOS ESTABELECIMENTOS HOSPITALARES E CONGÊNERES
Art. 126 As edificações destinadas a estabelecimentos hospitalares e
congêneres deverão estar de acordo com a RDC 50 de 2002 da Agência
Nacional de Vigilância Sanitária, o Código de Saúde do Paraná e demais
Normas Técnicas Especiais, além das demais disposições legais vigentes
no Município.
Parágrafo Único - A fim de permitir o acesso, circulação e utilização
por portadores de necessidades especiais, deverão seguir as orientações
previstas em regulamento, obedecendo a Norma Brasileira _ NBR 9050/2004
da Associação Brasileira de Normas - ABNT, a Lei Federal nº 1098/2000 e
o Decreto Federal nº 5296/2004.
SEÇÃO III
DAS HABITAÇÕES TRANSITÓRIAS
Art. 127 As edificações destinadas a hotéis e congêneres deverão
obedecer as seguintes disposições:
I - ter instalações sanitárias, na proporção de 1 (um) vaso sanitário,
1 (um) chuveiro e 1 (um) lavatório, no mínimo, para cada grupo de 4
(quatro) quartos, por pavimento, devidamente separados por sexo;
II - ter, além dos apartamentos e quartos, dependências para vestíbulo
e local para instalação de portaria e sala de estar;
III - ter pisos e paredes de copas, cozinhas, despensas e instalações
sanitárias de uso comum, até a altura mínima de 1,50 m (um metro e
cinqüenta centímetros), revestido com material lavável e impermeável;
IV - ter vestiário e instalação sanitária privativos para o pessoal de
serviço;
V - atender as exigências contidas no Código de Saúde do Paraná;
VI - ter os dispositivos de prevenção contra incêndio, de conformidade
com as determinações do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado
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do Paraná;
VII - Possuir 5% e no mínimo 01 do total de sanitários e banheiros
acessíveis a pessoas portadoras de necessidades especiais, e com
mobilidade reduzida de acordo com a NBR 9050/2004
VIII - obedecer as demais exigências previstas nesta Lei.
SEÇÃO IV
DOS LOCAIS DE REUNIÃO E SALAS DE ESPETÁCULOS
Art. 128 As edificações destinadas a lazer, cultura, esporte ou culto
religioso e usos similares, deverão atender às seguintes disposições:
I - ter instalações sanitárias nas proporções mínimas de 2 (dois) vasos
sanitários e 1 (um) lavatório para cada 100 (cem) lugares;
II - para efeito de cálculo do número de pessoas será considerado,
quando não houverem lugares fixos, a proporção de 2m² (dois metros
quadrados) por pessoa, referente à área efetivamente destinadas às
mesmas;
III - as portas deverão ter a mesma largura dos corredores sendo que as
de saída das edificações deverão ter a largura correspondente a 1cm (um
centímetro) por lugar, não podendo ser inferior a 1,5 m (um metro e
meio) e deverão abrir de dentro para fora, respeitado os recuos mínimos
previstos Lei Municipal de Uso e Ocupação de Solo;
IV - os corredores de acesso e escoamento, cobertos ou descobertos,
terão largura mínima de 2m (dois metros), o qual terá um acréscimo de
1cm (um centímetro) a cada grupo de 10 (dez) pessoas excedentes à
lotação de 150 (cento e cinqüenta) lugares;
V - as circulações internas à sala de espetáculos terão nos seus
corredores longitudinais e transversais, largura mínima de 1,50 m (um
metro e cinqüenta centímetros). Estas larguras mínimas serão acrescidas
de 1cm (um centímetro) por lugar excedente a 100 (cem) lugares;
VI - quando o local de reunião ou salas de espetáculos estiver situado
em pavimento que não seja térreo, serão necessárias 2 (duas) escadas,
no mínimo, que deverão obedecer as seguintes condições:
a) as escadas deverão ter largura mínima 1,50m (um metro e cinqüenta
centímetros) e serem acrescidas de 1cm (um centímetro) por lugar
excedente superior a 100 (cem) lugares;
b) sempre que a altura a vencer for superior a 2,80m (dois metros e
oitenta centímetros), devem ter patamares, os quais terão profundidade
de 1,20m (um metro e vinte centímetros);
c) as escadas não poderão ser desenvolvidas em leque ou caracol.
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VII - haverá obrigatoriamente sala de espera, cuja área mínima, deverá
ser de 20cm² (vinte centímetros quadrados) por pessoa, considerando a
lotação máxima;
VIII - as escadas poderão ser substituídas por rampas, com no máximo 8%
(oito por cento) de declividade; e deverão cumprir no que couber, o
estabelecido no Capítulo V, Seção IV desta Lei;
IX - ter os dispositivos de prevenção contra incêndio de conformidade
com as determinações do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado
do Paraná;
X - a fim de permitir o acesso, circulação e utilização por pessoas
portadoras de necessidades especiais, deverão seguir as orientações
previstas em regulamento, obedecendo a Norma Brasileira - NBR 9050:2004
da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT,2004, a Lei Federal
nº 1098/2000 e o Decreto Federal nº 5296/2004.
SEÇÃO V
DOS POSTOS DE ABASTECIMENTO DE COMBUSTÍVEIS E SERVIÇOS PARA VEÍCULOS
Art. 129 A autorização para construção de postos de abastecimento de
veículos e serviços será concedida com observância das seguintes
condições:
I - para a obtenção do Alvará de Construção ou Localização dos postos
de abastecimento junto ao Poder Executivo Municipal, será necessária a
análise de projetos acompanhado da licença prévia do órgão estadual
competente;
II - deverão ser instalados em terrenos com área igual ou superior a
900m2 (novecentos metros quadrados) e testada mínima de 25m (vinte e
cinco metros);
III - somente poderão ser construídos com raio de distanciamento mínimo
de 100m (cem metros) de equipamentos comunitários existentes ou
programados;
IV - somente poderão ser instalados em edificações destinadas
exclusivamente para este fim;
V - serão permitidas atividades comerciais junto aos postos de
abastecimento de combustíveis e serviço, somente quando localizadas no
mesmo nível dos logradouros de uso público, com acesso direto e
independente;
VI - as instalações de abastecimento, bem como as bombas de
combustíveis deverão distar, no mínimo, 8m (oito metros) do alinhamento
predial e 5m (cinco metros) de qualquer ponto das divisas laterais e de
fundos do lote;
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VII - no alinhamento do lote deverá haver um jardim para evitar a
passagem de veículo sobre os calçadas;
VIII - a entrada e saída de veículos será feita com largura mínima de 4
m (quatro metros) e máxima de 8m (oito metros), devendo ainda guardar
distância mínima de 2m (dois metros) das laterais do terreno. Não
poderá ser rebaixado o meio fio no trecho correspondente à curva da
concordância das ruas, e no mínimo a 5m (cinco metros) do encontro dos
alinhamentos prediais;
IX - para testadas com mais de 1 (um) acesso, a distância mínima entre
eles é de 5m (cinco metros);
X - a projeção horizontal da cobertura da área de abastecimento não
será considerada para aplicação da Taxa de Ocupação da zona,
estabelecida pela Lei de Uso e Ocupação do Solo, não podendo avançar
sobre o recuo do alinhamento predial;
XI - os depósitos de combustíveis dos postos de serviço e abastecimento
deverão obedecer as normas da Agência Nacional do Petróleo - ANP;
XII - deverão ainda atender as exigências legais do Corpo de Bombeiros
da Polícia Militar do Estado do Paraná e demais leis pertinentes;
XIII - a construção de postos que já possuam Alvará de Construção,
emitido antes da aprovação desta Lei, deverá ser iniciada no prazo
máximo de 30 (trinta) dias a contar da data da publicação desta Lei;
XIV - para a obtenção do Certificado de Vistoria de Conclusão de Obras
será necessária a vistoria das edificações quando da sua conclusão, com
a emissão do correspondente laudo de aprovação pelo órgão municipal
competente;
XV - todos os tanques subterrâneos e suas tubulações deverão ser
testados quanto a sua estanqueidade, segundo as normas da Associação
Brasileira de Normas Técnicas - ABNT e da Agência Nacional do Petróleo
- ANP, e aprovado pelo órgão ambiental competente;
XVI - poderão ser realizadas análises de amostras de água coletadas dos
poços de monitoramento, da saída do sistema de retenção de óleos e
graxas e do sistema de tratamento de águas residuais existentes nos
postos de abastecimento e congêneres, segundo parâmetros a serem
determinados pelo órgão competente.
Parágrafo Único - As medidas de proteção ambiental para armazenagem de
combustíveis, estabelecidas nesta Lei, aplicam-se a todas as atividades
que possuam estocagem de combustíveis.
Art. 130 As edificações destinadas a abrigar postos de abastecimento e
prestação de serviços de lavagem, lubrificação e mecânica de veículos
deverão obedecer as seguintes condições:
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I - ter área coberta capaz de comportar os veículos em reparo ou
manutenção;
II - ter pé-direito mínimo de 3m (três metros), inclusive nas partes
inferiores e superiores dos mezaninos ou de 4,50m (quatro metros e
cinqüenta centímetros) quando houver elevador para veículo;
III - ter compartimentos sanitários e demais dependências destinadas
aos empregados, de conformidade com as determinações desta Lei;
IV - ter os pisos, revestidos de material impermeável e resistente a
freqüentes lavagens, com sistema de drenagem independente do da
drenagem pluvial e ou de águas servidas, para escoamento das águas
residuais, as quais deverão passar por caixas separadoras de resíduos
de combustíveis antes da disposição na rede pública, conforme padrão
estabelecido pelas normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas -
ABNT e observadas às exigências dos órgãos estadual e municipal
responsável pelo licenciamento ambiental;
V - a área a ser pavimentada, atendendo a taxa de permeabilidade
definida na Lei de Uso e Ocupação do Solo, deverá ter declividade
máxima de 3% (três por cento), com drenagem que evite o escoamento das
águas de lavagem para os logradouros públicos.
Art. 131 As instalações para lavagem de veículos e lava - rápidos
deverão:
I - estar localizadas em compartimentos fechados em 2 (dois) de seus
lados, no mínimo, com paredes fechadas em 2,50 m (dois metros e
cinqüenta centímetros) de altura ou ter caixilhos fixos sem aberturas;
II - ter as partes internas das paredes revestidas de material
impermeável, liso e resistente a freqüentes lavagens até a altura de
2,50m (dois metros e cinqüenta centímetros), no mínimo;
III - ter as aberturas de acesso distantes 8m (oito metros) no mínimo,
do alinhamento predial e 5m (cinco metros) das divisas laterais e de
fundos do lote;
IV - ter os pisos revestidos de material impermeável e resistente a
freqüentes lavagens, com sistema de drenagem independente do da
drenagem pluvial e ou de águas servidas, para escoamento das águas
residuais, as quais deverão passar por caixas separadoras de resíduos
de combustíveis antes da disposição na rede pública, conforme padrão
estabelecido pelas normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas -
ABNT e observadas às exigências dos órgãos estadual e municipal
responsável pelo licenciamento ambiental.
Parágrafo Único - É proibido o uso de água da rede pública de
abastecimento para lavagem de veículos.
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CAPÍTULO XI
DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES
SEÇÃO I
DAS PENALIDADES
Art. 132 As infrações às disposições desta Lei serão punidas com as
seguintes penas:
I - embargo da obra;
II - multas;
III - demolição.
Art. 133 A obra em andamento será embargada se:
I - estiver sendo executada sem o alvará, quando este for necessário;
II - for construída, reformada ou ampliada em desacordo com os termos
do alvará;
III - não for observado o alinhamento;
IV - estiver em risco a sua estabilidade, com perigo para o público ou
para o pessoal que a constrói.
Art. 134 Ocorrendo um dos casos mencionados no artigo anterior, o
encarregado da fiscalização fará o embargo provisório da obra, por
simples comunicação escrita ao responsável técnico e ao proprietário,
dando imediata ciência do mesmo à autoridade superior.
Art. 135 Se o infrator desobedecer ao embargo, ser-lhe-á aplicada à
multa prevista conforme disposto no art. 142 desta Lei, de natureza
gravíssima.
Parágrafo Único - Será cobrado o valor da multa a cada reincidência das
infrações cometidas, previstas nos artigos anteriores, sem prejuízo a
outras penalidades legais cabíveis.
Art. 136 O auto será levado ao conhecimento do infrator para que o
assine e, em caso de recusa ou de não ser encontrado, publicar-se-á em
resumo no Edital do Poder Executivo Municipal, seguindo-se o processo
administrativo e a competente ação judicial, para suspensão da obra.
Art. 137 Se o embargo for procedente, seguir-se-á à demolição total ou
parcial da obra.
Parágrafo Único - Se, após a vistoria administrativa, constatar-se que
a obra, embora licenciada, oferece risco, esta será embargada.
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Art. 138 O embargo só será levantado depois de cumpridas as exigências
constantes dos autos.
SEÇÃO II
DA DEMOLIÇÃO
Art. 139 A demolição total ou parcial das construções será imposta pela
Poder Executivo Municipal, mediante intimação quando:
I - clandestina, ou seja, a que for feita sem a prévia aprovação do
projeto ou sem Alvará de Construção; for feita sem observância do
alinhamento ou em desacordo ao projeto aprovado;
II - constituírem ameaça de ruína, com perigo para os transeuntes.
Art. 140 A demolição, no todo ou em parte, será feita pelo
proprietário.
Art. 141 O proprietário poderá, às suas expensas, dentro de 48h
(quarenta e oito horas) que se seguirem à intimação, pleitear seus
direitos, requerendo vistoria na construção, a qual deverá ser feita
por 2 (dois) peritos habilitados, sendo um obrigatoriamente indicado
pelo Poder Executivo Municipal.
Art. 142 Intimado o proprietário do resultado da vistoria, seguir-se-á
o processo administrativo, passando-se à ação demolitória se não forem
cumpridas as decisões do laudo.
SEÇÃO III
DAS MULTAS
Art. 143 A multa será imposta pelo funcionário competente ao infrator,
mediante lavratura do auto.
Art. 144 As multas serão classificadas, quanto a sua natureza, como:
I - leves;
II - graves; e
III - gravíssimas.
Parágrafo Único - As multas serão aplicadas ao proprietário ou ao
responsável técnico, se houver, em valores determinados por órgão
competente municipal, a partir da classificação descrita neste artigo.
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SEÇÃO IV
DA DEFESA
Art. 145 O contribuinte terá o prazo de 15 (quinze) dias para
apresentar defesa contra a autuação, notificação ou embargo, contados
da data de seu recebimento.
Art. 146 Na hipótese do contribuinte não ter assinado o auto de
infração, será notificado por via postal, com aviso de recebimento, ou
caso de retorno da correspondência, a notificação será efetivada via
edital devidamente publicada no órgão oficial do município.
Art. 147 A defesa far-se-á por petição, facultada a juntada de
documentos, e será juntada ao processo administrativo iniciado pelo
órgão municipal competente.
SEÇÃO V
DA DECISÃO ADMINISTRATIVA
Art. 148 Decorrido o prazo para a apresentação da defesa, o processo
administrativo será imediatamente encaminhado ao titular do órgão
competente municipal para fiscalização de obras, ou a quem tiver esta
atribuição.
Parágrafo Único - Se entender necessário, a autoridade julgadora poderá
determinar a realização de diligência, para esclarecer questões
duvidosas, bem como solicitar o parecer da Procuradoria Geral do
Município, ou de quem tiver esta atribuição, delegada pelo Prefeito.
Art. 149 O autuando será notificado da decisão da primeira instância
por via postal.
SEÇÃO VI
DO RECURSO
Art. 150 Da decisão de primeira instância caberá recurso para Junta
Especial de Recurso, no prazo de 5 (cinco) dias úteis, sem efeito
suspensivo.
Art. 151 O recurso far-se-á por petição, facultada a juntada de
documentos.
Parágrafo Único - É vedado, em uma só petição, interpor recursos
referentes a mais de uma decisão, ainda que versem sobre o mesmo
assunto e alcancem o mesmo recorrente, salvo quando as decisões forem
proferidas em um único processo.
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Art. 152 Nenhum recurso será recebido se não estiver acompanhado de
comprovante de pagamento da multa aplicada, quando cabível.
SEÇÃO VI
DA JUNTA ESPECIAL DE RECURSO
Art. 153 A Junta Especial de Recurso será nomeada por ato próprio do
executivo municipal, contendo 5 membros do quadro de servidores, sendo
formada por 1 (um) presidente, 2 (dois) membros e 2 (dois) suplentes.
Art. 154 A Junta Especial de Recurso terá um prazo de 30 (trinta) dias
para julgamento dos recursos, devendo ser as decisões publicadas no
órgão oficial do município.
SEÇÃO VII
DOS EFEITOS DAS DECISÕES
Art. 155 A decisão definitiva, quando mantida a autuação, produz os
seguintes efeitos, conforme o caso:
I - autoriza a inscrição das multas em dívida ativa e subseqüente
cobrança judicial;
II - autoriza a demolição do imóvel;
III - mantém o embargo da obra ou a interdição da edificação, até o
esclarecimento da irregularidade constatada.
Art. 156 A decisão que tornar insubsistente a autuação, produz os
seguintes efeitos, conforme o caso:
I - autoriza o autuado a receber a devolução da multa paga
indevidamente, no prazo de 30 (trinta) dias após requerê-la;
II - suspende a demolição do imóvel;
III - retira o embargo da obra ou a interdição da edificação.
CAPÍTULO XII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 157 Os casos omissos, bem como as edificações existentes que
contrariam as disposições desta Lei, serão avaliados por Comissão
especialmente designada para este fim.
Art. 158 São partes integrantes desta Lei os seguintes quadros e
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anexos:
I - Anexo I - Tabela I - Vagas para Estacionamento ou Garagem;
II - Anexo II - Tabela II - Edificações Residenciais;
III - Anexo III - Tabela III - Edifícios Residenciais - Áreas Comuns de
Edificações Multifamiliares;
IV - Anexo IV - Tabela IV - Edifícios Comércio/Serviço;
V - Anexo V - Glossário.
VI - Índice Sistemático
Art. 158 Esta Lei entrará em vigor 90 (noventa) dias após sua
publicação, revogada a Lei Municipal nº 15151515/1978 e demais disposições em
contrário.
Quatro Barras, 8 de março de 2007.
Roberto Adamoski
Prefeito Municipal
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