desafio cotidiano da prÁtica pedagÓgica

Post on 23-Jun-2015

7.416 Views

Category:

Education

30 Downloads

Preview:

Click to see full reader

DESCRIPTION

DESAFIO COTIDIANO DA PRÁTICA PEDAGÓGICASilza Maria Pasello Valente

TRANSCRIPT

Silza Maria Pasello Valente

silzavalente@uol.com.br

AVALIAÇÃO

DESAFIO COTIDIANO DA PRÁTICA PEDAGÓGICA

Marcos MasettoMarcos Masetto

Espaço onde se constrói o conhecimento com Espaço onde se constrói o conhecimento com

a participação de todos e onde se buscam a participação de todos e onde se buscam

respostas para os problemas do meio onde respostas para os problemas do meio onde

vivemosvivemos

AULAAULA

EDUCAÇÃO:

DESAFIOS CONTEMPORÂNEOS

EDUCAÇÃO: DESAFIOS

CONTEMPORÂNEOS

- ERA DAS INCERTEZAS

- DESENVOLVIMENTO DA TECNOLOGIA

- GLOBALIZAÇÃO ECONÔMICA E CULTURAL

EDUCAÇÃO: DESAFIOS

CONTEMPORÂNEOS

- DESENVOLVIMENTO DA COMUNICAÇÃO E DA INFORMÁTICA

- GENERALIZAÇÃO DAS FONTES DE INFORMAÇÃO E DO ACESSO A ELAS

- INTERNET

EDUCAÇÃO: DESAFIOS

CONTEMPORÂNEOS

A Aprendizagem constitui-se em um processo contínuo e dinâmico em que se afirma, se constrói e se desconstrói.

Se faz na incerteza, com flexibilidade, aceitando novas dúvidas, comportando a curiosidade, a criatividade que perturba, que levanta conflitos.

Nesse cenário:

EDUCAÇÃO: DESAFIOS

CONTEMPORÂNEOS

DESAFIOS ÀS INSTITUIÇÕES

ESCOLARES

EDUCAÇÃO: DESAFIOS

CONTEMPORÂNEOS

DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS:

FORMAÇÃO DA CIDADANIA

APRENDER A CONHECERAPRENDER A CONVIVER

APRENDER A FAZERAPRENDER A SER

A cidadania não deve ser calcada em termos

vagos, marcados ideologicamente, tais como

desenvolver o espírito crítico, promover a

autodeterminação dos povos ou incentivar a

solidariedade internacional.

EDUCAÇÃO: DESAFIOS

CONTEMPORÂNEOS

A cidadania deve voltar-se, ao contrário, de

forma pragmática, para o nível local e

associar-se diretamente à melhoria da

qualidade de vida da cidade, do bairro ou até

mesmo de uma instituição.

(Guiomar Namo de

Mello)

EDUCAÇÃO: DESAFIOS

CONTEMPORÂNEOS

EDUCAÇÃO: DESAFIOS

CONTEMPORÂNEOS

FACE A ESTE PANORAMA

QUAL O PAPEL DA ESCOLA?

1º) compreender que o conhecimento se baseia 1º) compreender que o conhecimento se baseia

na busca de relações, que ajudem a na busca de relações, que ajudem a

compreender o mundo em que vivemos, a compreender o mundo em que vivemos, a

partir de uma dimensão de complexidadepartir de uma dimensão de complexidade

EDUCAÇÃO: DESAFIOS

CONTEMPORÂNEOS

Cabe à ela Cabe à ela

2º) Utilizar estratégias que superem a 2º) Utilizar estratégias que superem a

compartimentação disciplinar, para abordar compartimentação disciplinar, para abordar

e investigar problemas.e investigar problemas.

EDUCAÇÃO: DESAFIOS

CONTEMPORÂNEOS

Construir um novo olhar

Síntese

Análise

Transformação

Investigação

Documentação

Interpretação

Crítica

Ação

EDUCAÇÃO: DESAFIOS

CONTEMPORÂNEOS

EDUCAÇÃO: DESAFIOS

CONTEMPORÂNEOS

Planejar tendo como

alicerce os processos avaliativos

REALIDADE

MEDIDA

AVALIAÇÃO

JULGAMENTO

A AVALIAÇÃO DEVE PARTIR DA REALIDADE E A

ELA RETORNAR PARA TRANSFORMÁ-LA. SE

NÃO REALIZAR ESSE PROCESSO, NÃO PODE

SER CONSIDERADA COMO TAL. SUA RAZÃO

DE SER TERÁ DEIXADO DE EXISTIR

(Silza Valente)

AVALIAÇÃO

NÍVEIS DA AVALIAÇÃO

EDUCACIONAL

CONTEXTO MEGA

CONTEXTO MACRO

CONTEXTO MESO

CONTEXTO MICRO

AVALIAÇÃO

CONTEXTO MEGA

ABRANGÊNCIA INTERNACIONAL

AVALIAÇÃO

As avaliações são desenvolvidas com o propósito de comparar o desempenho dos estudantes de diversos países

Programa Internacional de Avaliação dos Alunos – PISAPrograma Mundial de Indicadores Educacionais - WEILaboratório Latino-Americano de Qualidade da Educação - LLECE

CONTEXTO MACRO

DIMENSÃO SÓCIO-POLÍTICO-ECONÔMICAABRANGÊNCIA NACIONAL/ESTADUAL

AVALIAÇÃO

LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL (LDB)

• SISTEMA NACIONAL DE AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR (SINAES)

• EXAME NACIONAL DE DESEMPENHO DO ESTUDANTE (ENADE)

• SISTEMA NACIONAL DE AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA (SAEB) /

PROVA BRASIL

• EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO (ENEM)

• AVA - AVALIAÇÃO DO RENDIMENTO ESCOLAR - PARANÁ

CONTEXTO MESO

ABRANGÊNCIA: INSTITUIÇÃO ESCOLAR

AVALIAÇÃO

• Legislação emanada dos Conselhos Estaduais de

Educação

• Características culturais do entorno social

• Experiência educacional da instituição

• (Re)Elaborações Curriculares - PP

PROJETO PEDAGÓGICO

Avaliação do espaço escolar

Avaliação

do(s) curso(s)

avaliação das

Disciplinas

Avaliação dos Professores

Avaliação dos funcionários

AVALIAÇÃO

CONTEXTO MESO

ABRANGÊNCIA: SALA DE AULA/CAMPO DE ESTÁGIO

MODALIDADES: DIAGNÓSTICA FORMATIVA SOMATIVA

AVALIAÇÃO

CONTEXTO MICRO

ENSINO E AVALIAÇÃO:

CAMINHOS CRUZADOS

Ensino x Avaliação

Pedagogia Tradicional Ensino → ênfase nos conteúdosAvaliação → Vigiar e punir.

Pedagogia Nova ou Renovada

Ensino → ênfase nos métodos Avaliação → acompanhar, acolher.

Pedagogia TecnicistaEnsino → ênfase nos objetivosAvaliação → verificação do alcance dos objetivos

Pedagogia Sócio-Cultural (Libertadora, Libertária, Histórico-crítica)

Ensino → ênfase no contextoAvaliação → Possibilitar a formação do cidadão crítico/transformador

Pedagogia das Competências

Ensino →ênfase no mundo do trabalhoAvaliação → verificar o desenvolvimento de competências

Ensino x Avaliação

DIFERENTES SIGNIFICADOS ATRIBUÍDOS À AVALIAÇÃO

Avaliar é ser justo/objetivo

Avaliar é acompanhar/amar

Ênfase Ratio

Modalidade: Somativa

Notas, testes, verificação, controle

Descrédito na nota, nas normas, no controle

Ênfase Pathos

Modalidade: Formativa

CONFLITOS SOBRE O SIGNIFICADO DA AVALIAÇÃO

CONFLITO DE CONFLITO DE CULTURASCULTURAS

INSTITUIÇÃOINSTITUIÇÃO

ESTADOESTADO

FAMÍLIAFAMÍLIA

ALUNOALUNO

PROFESSORPROFESSOR

SOCIEDADESOCIEDADE

DIMENSÕES DO PROCESSO AVALIATIVO

ABRANGENTE - alunos, professores, equipes

pedagógica e administrativa, estrutura física da

escola, entre outros

CONTÍNUO - acompanhamento do processo

(curricular, aprendizagem etc)

MULTIDIMENSIONAL – conteúdos factuais,

conceituais, procedimentais e atitudinais

DIAGNÓSTICO - decisões sobre as ações a serem

empreendidas

INCLUSIVO - possibilitar a superação dos aspectos

deficitários

AVALIAÇÃ0 JULGAMENTOJULGAMENTO

RAZÃORAZÃO SENSIBILIDADESENSIBILIDADE

ACOLHIMENTOACOLHIMENTO

RAZÃO

Instrumentos: entrevista, questionário, lista de checagem, portfólio, prova com questões dissertativas e/ou objetivas

DECISÕES:DECISÕES: Avaliação com referência a norma ou a critérios

Avaliação tendo como norte objetivos, competências ou conteúdos

Técnicas a serem utilizadas: observação, inquirição, testagem

Valores (conceitos? Notas?)

Elaboração das questões

De maneira geral a correção é mais severa ao final de uma série de correções do que no começo

EFEITOS DE ORDEM E CONTRASTE

A nota de uma prova ou trabalho depende em parte da nota atribuída anteriormente

NOTAELEMENTOS INTERVENIENTES

EFEITO DE CONTAMINAÇÃO Opinião dos colegas Histórico Escolar

EFEITO DE ESTEREOTIPIA Sistematização da opinião a respeito do aluno

NOTAELEMENTOS INTERVENIENTES

EFEITO DE HALO Vestimenta, verbalização, atitudes com relação à

instituição etc

SENSIBILIDADE

DESENVOLVIMENTO DO PROCESSO AVALIATIVO

Atitudes do professor e da administração

antes, durante e depois da aplicação dos

instrumentos de avaliação

AVALIAÇÃO DAS APRENDIZAGENS

CONTEÚDOS

• FACTUAIS- Perguntas orais e /ou escritas (prova)

• CONCEITUAIS- Observação e prova

• PROCEDIMENTAIS- Observação e perguntas escritas (no caso de procedimentos cognitivos)

• ATITUDINAIS- Observação

AVALIAÇÃO DAS APRENDIZAGENS

OBJETIVOS

Educação Infantil

Séries iniciais e finais do Ensino Fundamental

COMPETÊNCIAS E HABILIDADES

Ensino Médio

Ensino Superior

AVALIAÇÃO DAS APRENDIZAGENS

TÉCNICAS E INSTRUMENTOS

DE AVALIAÇÃO

TÉCNICAS E INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO

Técnicas Instrumentos

Listas de checagem Escalas de classificação Escala de atitudes

Questionário

Entrevista Inventário

Testes padronizados

Testes construídos pelo professor

Provas com I tens objetivos

Provas com I tens dissertativos

Observação

Inquirição

Testagem

EXEMPLOS DE INSTRUMENTOS PARA AVALIAÇÃO DAS APRENDIZAGENS

Auto-avaliação dos alunos Portfólio Diário Questões construídas pelos alunos Relatório (individual ou em grupo) Criação de exercícios pelos alunos Provas

PROVA

Dados de identificação: Institucionais Aluno

Seleção de conteúdos, objetivos ou competências e habilidades

Preparação da tabela de especificação Seleção de tipos e elaboração de questões Montagem da prova Elaboração de instruções e chave de correção Aplicação e correção da prova Revisão e análise das questões Comunicação dos resultados

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO

Tipos de Itens Objetivos

ESPÉCIES

Resposta curta

Resposta simples Completamento Falso-verdadeiro Associação

Múltipla escolha

Resposta única Resposta múltipla Associação Afirmação incompleta Lacuna Interpretação Asserção e razão

Testes de Múltipla Escolha

Normas para construção dos itens:Normas para construção dos itens:

• Redigir 4 ou 5 opções para cada questão

• Redigir todas as opções com a mesma extensão

• Fazer todas as opções plausíveis

• Evitar incluir, no enunciado, palavras como

“todo”, “nenhum”,”somente”,”nunca”

Testes de Múltipla Escolha

Normas para construção dos itens:Normas para construção dos itens:

• Não incluir nas opções corretas expressões como “às vezes, geralmente, muitas vezes, é provável”, pois sugerem, em geral, que a declaração é verdadeira

• Construir opções formalmente corretas do ponto de vista gramatical: concordância entre o tronco e as opções

• Padronizar a forma de início das opções

Elaborar questões que não contenham informações desnecessárias

Cobrar, em cada item, apenas uma parte ou aspecto do contexto

Incluir no suporte, o máximo de palavras, a fim de tornar as opções mais resumidas

Não usar opções sinônimas nem tampouco opções que abranjam outras alternativas

Testes de Múltipla Escolha

Não usar as alternativas “todas as respostas acima” ou “todas as respostas anteriores”

Fazer uso limitado da alternativa “nenhuma das respostas anteriores”

Destacar a negativa quando empregá-la no enunciado

Incluir no enunciado tudo o que a questão estiver pedindo

Testes de Múltipla Escolha

Itens Discursivos

Comparados aos objetivos, são de mais fácil elaboração

Dificultam a cola Apresentam reduzida possibilidade de acerto

por sorte

Pontos Positivos

Pontos Negativos São de difícil correção Desfavorecem o aluno que não sabe redigir bem Não permitem a cobrança de grande quantidade

de conteúdo numa mesma prova

Redigir o item, de tal forma que seu conteúdo fique delimitado com precisão, não usando expressões vagas como “comente”, “fale sobre”, “o que pensa de”, “escreva o que sabe”

Organizar, logo após sua elaboração, a chave de correção do item – feita com antecedência, possibilita identificar falhas de construção

Não incluir informações desnecessárias

Normas de Construção

Itens Discursivos

Organizar uma chave de correção (caso não tenha organizado previamente)

Corrigir questão por questão e não prova por prova. (Não interromper a correção antes de terminar a leitura de todas as questões iguais)

Fazer ajustes na chave de correção incluindo aspectos não antecipados e retirando os previstos, porém não abordados por ninguém

No caso de querer julgar as respostas pelo seu todo, agrupar, em relação à questão em pauta, as provas em ótimas, muito boas, boas, regulares, fracas e muito fracas

Normas de Correção

Itens Discursivos

Corrigir as provas sem identificar os autores

Quando as provas forem numerosas, reler, de quando em vez, uma das que já foram julgadas, para manter o mais hegemônico possível o critério de correção

Escrever pequenos comentários nas provas, a fim de estabelecer pontos de referência para a justificativa do critério de correção adotado

Normas de Correção

Itens Discursivos

UM DIA, NUMA AULA, A NOSSA PROFESSORA

ENSINOU-NOS QUE O VENTO

É SIMPLES MASSA DE AR.

E EU ACREDITEI. SE A PROFESSORA O DIZ ...

MAS NÃO COMPREENDI.

E PUS-ME A COGITAR ...

DE VOLTA PARA A ALDEIA, ONDE NINGUÉM ESTUDOU,

RESOLVI PERGUNTAR.

Autor Desconhecido

E DISSE O ZÉ MOLEIRO – O VENTO É PÓ DE TRIGO, SÃO VELAS A RODAR. O VENTO É UM AMIGO.

O LUÍS PESCADOR GRITOU, SEM SE CONTER:- O VENTO FAZ AS ONDAS E FEZ MEU PAI MORRER!O VENTO É ASSASSINO, O VENTO FAZ DOER.

- NEM SEMPRE, LEMBREI EU. LEVANTA OS PAPAGAIOS E FÁ-LOS SER ESTRELAS NUM CÉU AZUL DE SOL.

E GEMEU A VELHINHA, NUM CANTO DO PORTAL:

- O VENTO É DOR NOS OSSOS ...

- É ROUPA NO VARAL SEQUINHA NUM INSTANTE!

AFIRMOU MINHA MÃE

CORRENDO ATAREFADA, ENTRE CASA E QUINTAL.

MAS EXPLICOU UM VELHO JARDINEIRO:

- O VENTO, MEUS AMIGOS, DESTRUIU-ME AS ROSEIRAS

E FEZ CAIR AS FLORES DAS MINHAS TREPADEIRAS.

O VENTO É MUITO MAU.

UM POETA SORRIU ...

- O VENTO É A BELEZA, AS SEARAS SÃO MAR

SE O VENTO AS FAZ MOVER, NO CAMPO A ONDULAR.

ENTÃO SENTEI-ME À MESA E ESTUDEI A LIÇÃO.

JÁ SEI O QUE É O VENTO:

É DOR, É MEDO, É PÃO.

É BELEZA E CANÇÃO.

É A MORTE NO MAR.

E POR TRÁS DISSO TUDO

É UMA MASSA DE AR ...

E EU DISSE CÁ PARA MIMQUE A MINHA PROFESSORACOM TUDO QUE ESTUDOUNÃO SOUBE ENSINAR / AVALIARPORQUE NUNCA ESCUTOU.

Coimbra, Março de 1989

top related