dor em cirurgia definição – sensação desagradável localizada a uma parte do corpo...

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Dor em cirurgia

 Definição – sensação desagradável localizada a uma parte do

corpo (penetrante, queimadura, aperto...),

associada a reacção emocional (mal-estar, náusea, medo,

suores).

1 - Fisiopatologia

Mecanismos periféricos – (estímulos mecânicos térmicos e químicos)

- receptores dolorosos periféricos (nociceptor aferente primário): axónios com fibras mielinizadas finas A-delta (tacto)

desmielinizadas - fibras C (dor)

1 sensibilização – resposta inflamatória (bradiquinina, prostaglandinas e

leucotrienos) 2 activação e sensibilização dos receptores nociceptivos aferentes primários.

tacto

Nociceptoresaferentesprimários(receptor da dor)

Raiz dorsal da medula

Inervação visceral

Inervação somática

1 sensibilização – resposta

inflamatória

(bradiquinina, prostaglandinas e leucotrienos)

2 activação e sensibilização dos receptores nociceptivos aferentes primários **

Mecanismo central -

Gânglio da raiz dorsal da espinhal medula recebe informação convergente dos receptores cutâneos (inervação somática) e das vísceras (inervação visceral)

Dor referida. (irritação frénica - dor ombro; o nervo frénico acompanha as fibras aferentes dos dermátomos C3, C4 e C5) *

Transmissão da dor pelo feixe espino-talâmico contralateral (cortex somato-sensitivo)

Dor referida

Raiz dorsal da medula

sinapses

Modulação da dor –

Variabilidade subjectiva da intensidade dolorosa :

Transmissão da mensagem dolorosa ao tálamo (cortex somatosensitivo e frontal)

Modulação dos neurónios da raiz dorsal, pela via descendente

(com receptores de opióides)

Modulação da dorTransmissão mensagem dolorosa

Dor neuropática

Lesão dos nervos periféricos (diabetes, herpes zoster) ou do sistema nervoso central podem causar dor (tipo queimadura, choque eléctrico, formigueiro) despertada por pequeno estímulo (geralmente com um fundo de dor contínua).

Hiperactividade simpática após lesão de nervos periféricos pode explicar dor severa tipo queimadura dessa região.

(temperatura, sudação)

Inervação somática e visceral da cavidade e dos órgãos abdominais

- Peritoneu parietal com rica inervação somática desde as fibras C3 (diafragma) até S4 (escavação pélvica).

Localização da dor no local da inflamação e intensificação da dor com manobras de mobilização da superfície peritoneal.

- Peritoneu visceral e órgãos abdominais com inervação visceral predominantemente simpática;

Dor com localização imprecisa.

Sensação dolorosa provocada por distensão visceral, inflamação química ou bacteriana e também pela isquémia.

Inervaçãovisceral

Localização da dor (visceral) dependente da origem embriológica intestinal:

foregut (faringe, esófago, estômago e duodeno proximal) no epigastro,  midgut (4ª porção duodenal, intestino delgado até cólon tranverso; artéria mesentérica superior) na região periumbilical,  hindgut (cólon distal e recto; artéria mesentérica inferior) na região suprapúbica.

Foregut

Midgut

Hindgut

Dor visceral e origem embriológica

2 - História da dor

Dor espontânea ou dor provocada pela palpação

Localização

Início progressivo ou súbito; progressão contínua, flutuante , em regressão ou progressão;

2 - História da dor

Severidade – afecta a vida normal, sono; (escala 1-10)

Natureza e característica da dor – queimadura,

picadela, tipo facada, constritiva, tipo cólica

(semelhante a dor acompanhando diarreia, parto ...).

Duração.

Tipo de progressão

Desaparecimento da dor.

Factores que aliviam a dor.

Factores de agravamento da dor – alimentação e

movimento.

Irradiação (ulc. duod. post) e dor referida.

Causa da dor – a visão do doente

(diálogo com empatia)

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