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1
Instruções para a Atribuição de Subsídio Regular aos Equipamentos
Sociais
Instituto de Acção Social
Maio de 2016
Compilação: Instituto de Acção Social do Governo da RAEM
Avaliação
局長
日期: /
/
2
ÍNDICE
I. .................................................................................................................................. 4
ANTECEDENTES ...................................................................................................... 4
II. ................................................................................................................................ 6
ESTRUTURA DO REGIME DE ATRIBUIÇ Ã O DE APOIO FINANCEIRO ..... 6
(1)ATRIBUIÇ Ã O DE SUBSÍDIO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
(2) TRATAMENTO DE RECEITAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
(3) LIQUIDAÇ Ã O . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
(4) SALDO ANUAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
(5) SALDOS DE ANOS ANTERIORES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
III. ............................................................................................................................. 17
REGIME FINANCEIRO E CONTABILÍSTICO ................................................. 17
(1) CONTABILIDADE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
(2) AUDITORIA EXTERNA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
(3)CONTROLO INTERNO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
( 4) VISTORIAS IN LOCO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
IV. .............................................................................................................................. 22
REMUNERAÇ Ã O E BENEFÍCIOS DO PESSOAL ............................................ 22
(1) DEFINIÇ Ã O DE REMUNERAÇ Ã O . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
(2)SEGURO MÉDICO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
(3) FORMAÇ Ã O . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
(4) TRATAMENTO DE DADOS PESSOAIS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
V. ............................................................................................................................... 27
MECANISMO DE GESTÃ O................................................................................... 27
(1) PRINCÍPIOS DE GESTÃ O E ADMINISTRAÇ Ã O DOS EQUIPAMENTOS SOCIAIS . . . . . . 27
(2) GESTÃ O DE RECURSOS HUMANOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
(3) GESTÃ O FINANCEIRA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
(4) GESTÃ O DA INTEGRIDADE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
3
Apêndice1 Instruções para pedido de subsídio para actividades eventuais
(instituições / associações)
Apêndice 2 Exemplo explicativo do saldo anual e devolução do subsídio (ao IAS)
Apêndice 3 Plano Geral de Contas
Apêndice 4 Modelo de Relatório Financeiro
Apêndice 5 Modelo de Relatório Financeiro
Apêndice 6 Modelo de Balanço
Apêndice7 Guia do Processo de Tratamento dos Activos Fixos dos Equipamentos
Subsidiados
Apêndice 8 Princípios e disposições para a aquisição de bens, aplicáveis às
instituições/associações subsidiadas regularmente pelo IAS
Apêndice 9 Instituições / Associações – pedido para abate de bens móveis
Apêndice 10 Mapa de pessoal dos equipamentos/serviços sociais
4
I. Antecedentes
De acordo com o Decreto-Lei nº 22/95 / M, de 29 de Maio, o Instituto de Acção
Social (adiante designado por IAS) atribui apoio financeiro e apoio técnico aos
equipamentos / serviços sociais (adiante designados por “Equipamentos Sociais”) para
a prestação de serviços de carácter social. Ao longo dos anos, o Regime de Atribuição
de Apoio Financeiro em vigor (adiante designado por Regime de Apoio Financeiro)
tem desempenhado um papel significativo e o seu valor é amplamente reconhecido.
Mas com as mudanças sociais e o desenvolvimento económico de Macau, os
Equipamentos Sociais tiveram de enfrentar o aumento dos custos de operação e a perda
de recursos humanos, tornando-se necessário optimizar o Regime de Apoio Financeiro
existente, a fim de criar melhores condições para manter a estabilidade do seu pessoal e
para lidar com as necessidades do sector de Serviços Sociais e também, naturalmente,
desenvolver este importante sector.
Assim, desde 2013, o IAS tem vindo a realizar estudos sobre a reforma do Regime
de Apoio Financeiro aplicável aos Equipamentos Sociais. O Grupo Especializado de
Reforma do Regime de Apoio Financeiro foi criado para formular um novo esquema
para o Regime de Apoio Financeiro, que adoptou o modelo de “combinação de custos
razoáveis” para atribuir apoio financeiro aos equipamentos sociais, de forma que lhes
permita ter um bom funcionamento e atender às necessidades exigidas para a prestação
de serviços. O apoio financeiro aplica-se a despesas com o pessoal, despesas correntes,
despesas administrativas e despesas com as actividades anuais.
Com a implementação do renovado Regime de Apoio Financeiro, em 1 de Julho de
2015, o IAS passou a arcar com as despesas necessárias para a prestação de serviços
pelos Equipamentos Sociais (incluídos na “combinação de custos razoáveis”). Este
contemplava apoio financeiro ao pessoal de serviço, que prestava diferentes tipos de
tarefas nos Equipamentos Sociais. Assim, passou a dar a estes um apoio mais
abrangente, possibilitando à sua entidade gestora mais recursos para actualizar e
melhorar as suas instalações, capacidades de funcionamento e qualidade de serviço.
Além disso, o governo de Macau goza agora de melhores condições para exercer um
acompanhamento mais abrangente dos Equipamentos Sociais, em termos financeiros e
dos serviços prestados. Por outro lado, a sociedade, nomeadamente os utentes dos
serviços, mantêm grandes expectativas em relação à melhoria contínua da qualidade e
optimização do serviço social. Por conseguinte, com base em condições objectivas, o
governo irá introduzir, gradualmente, requisitos para os outputs (rendimentos) de
5
serviço e o grau de qualidade do serviço, fortalecendo a gestão de desempenho e as
responsabilidades dos Equipamentos Sociais e as suas entidades de gestão.
Apesar de apoiados financeiramente pelo IAS, os Equipamentos Sociais podem
fazer uma alocação racional e uma utilização mais eficiente do apoio financeiro do
Governo, com base no seu modo de gestão dos recursos, tal como remunerar
funcionários, com diferentes tipos de tarefas específicas, de uma forma competitiva
em relação ao mercado, tomando em consideração a procura pelo seu tipo de trabalho
no mercado, e o seu horário laboral, qualificações e experiência. Além disso, os
Equipamento Sociais podem tentar obter e fazer bom uso de outros recursos sociais, a
fim de ampliar os seus serviços, maximizando a sua flexibilidade e vitalidade.
A fim de assegurar a utilização racional e adequada dos fundos públicos e
respeitar as premissas da melhoria da eficácia e reforço da transparência na utilização
do Apoio Financeiro por parte das entidades gestoras dos Equipamentos Sociais e
seus subordinados, o IAS compilou as “Instruções para a Atribuição do Subsídio
Regular aos Equipamentos Sociais” para explicitar melhor a estrutura do novo
Regime de Apoio Financeiro, oferecendo orientação e sugestões sobre a utilização do
apoio financeiro, gestão e administração, e bem assim a gestão financeira e do pessoal
para os Equipamentos Sociais subsidiados, a fim de ajudar a respectiva entidade
gestora a geri-los de forma mais eficiente, procurando optimizar de forma permanente
a sua qualidade de serviço e os seus padrões de gestão.
É natural que cada novo regime passe por uma fase de aperfeiçoamento e, por
isso, o IAS não tem poupado esforços na recolha de opiniões sobre o Regime de
Apoio Financeiro ao longo da sua fase de implementação e procurará optimizá-lo
constantemente para atender às mudanças sociais e novas exigências de serviço. O
IAS espera que o regime de Apoio Financeiro ora implementado possa atender à
procura do sector de serviço social, aliviando a escassez de recursos e do pessoal,
melhorando as condições de funcionamento dos Equipamentos Sociais, e bem assim
as remunerações e benefícios do seu pessoal, para se poder encontrar um equilíbrio
entre a utilização eficiente dos recursos públicos e a eficácia dos resultados. Todos
estes factores tendem a propiciar a prestação de um serviço social de qualidade, com
mais eficácia, responsabilidade e prestação de contas, contribuindo para o progresso
estável de Macau no campo do bem-estar social.
6
II. Estrutura do Regime de Apoio Financeiro
(1) Atribuição de Subsídio
Nesta secção apresenta-se o Regime de Apoio Financeiro, a sua estrutura,
método de atribuição do subsídio e princípio de flexibilidade.
1. Estrutura do Regime de Apoio Financeiro
O modelo “combinação por custos razoáveis” é a estrutura nuclear na
determinação da atribuição de subsídio regular aos Equipamentos Sociais, que
abrange apoio financeiro para despesas com Pessoal (P), para despesas
correntes (U), para despesas administrativas (H ) e para despesas com
actividades anuais (A). Além desses 4 itens, o IAS pode ainda dar Apoio
Financeiro a outros projectos independentes, com base na situação operacional
dos Equipamentos Sociais.
(1) Apoio Financeiro para despesas com pessoal (P)
O cálculo para atribuição de Apoio Financeiro para despesas com pessoal
baseia-se principalmente no “Mapa de Planeamento de Colocação de Pessoal
Estandardizado” (Adiante Designado por "Mapa de Colocação") e na “Folha de
Referência sobre Apoio Financeiro para Remuneração de Pessoal de
Equipamentos Sociais” (adiante designada por “Folha de Referência sobre
Apoio Financeiro para a Remuneração”).
O “Mapa de Colocação” contém o rácio de colocação de pessoal, definido
através de discussão com a entidade gestora dos Equipamentos Sociais,
considerando os seus tipos de serviço, a natureza do serviço, a quantidade de
utentes do serviço, a cota dos utentes do serviço, a população do bairro
(residencial) dos utilizadores do serviço e a zona servida pelos Equipamentos
Sociais. Este rácio (proporção) serve para garantir que os Equipamentos
Sociais possam manter um serviço adequado em conformidade com os
pré-requisitos especificados nos seus requisitos de licença e de serviços. A
partir deste rácio, ficam bem definidos o respectivo Quadro de Pessoal, os
cargos, número de trabalhadores em cada um dos cargos (funções) e as
qualificações exigidas, constituindo assim um Critério Uniformizado do Apoio
Financeiro ao Pessoal. Os Equipamentos Sociais do mesmo tipo e mesma
escala de operação passam a adoptar as mesmas normas e requisitos. O pessoal
7
listado no Mapa deve ser empregado a tempo inteiro, exercendo um único
cargo (função) e fornecendo serviços consistentes com esse cargo ou função.
A “Folha de Referência sobre o Apoio Financeiro à Remuneração” contém
informações derivadas de pesquisas anuais realizadas pela Direcção dos
Serviços de Estatística e Censos sobre a procura de recursos humanos e a
remuneração dos diferentes comércios e profissões, e também comparações
entre a Remuneração de Pessoal em cargos similares e o montante de Apoio
Financeiro definido pelo IAS e o montante de referência da Remuneração
mensal padrão dos diferentes cargos dos Equipamentos Sociais subsidiados,
obtidos a partir do cruzamento de dados e comparações entre as recentes
remunerações do pessoal dos Equipamentos Sociais. Tais referências servem
como base para determinar o montante de Apoio Financeiro a atribuir para
despesas com o pessoal.
Para garantir uma razoavel remuneração ao pessoal de Serviço Social, o
IAS atribui 30% do Apoio Financeiro adicional para cada cargo, além do
montante de referência da Remuneração mensal padrão, para os Equipamentos
Sociais utilizarem na promoção do pessoal, noutras remunerações fixas ou seus
ajustamentos.
De acordo com o acima mencionado, o cálculo para o montante de Apoio
Financeiro mensal atribuído para despesas com pessoal (P) é o seguinte: número
de pessoal de colocação listado no “Mapa de Colocação” x 【montante de
referência para remuneração de cargos referidos na "Folha de Referência do
Apoio Financeiro para Remunerações " x 1,3 vezes】. Datado do mês em que o
funcionário é admitido para exercer um cargo contemplado pela “Colocação de
Pessoal Estandardizado”, o montante de Apoio Financeiro a atribuir é igual ao
valor total do Apoio Financeiro atribuído para esse cargo, para esse mesmo mês.
O âmbito de Apoio Financeiro para despesas com pessoal cobre 4
categorias principais, a saber, chefias e supervisores de serviços, trabalhadores
de áreas profissionais, funcionários de apoio administrativo e pessoal auxiliar.
Utilizando como base de cálculo os cargos e o número de funcionários definido
no “Mapa de Colocação”, o Apoio Financeiro também é atribuído a pessoal em
transição, devidamente aprovada, que neste caso se refere a funcionários que,
temporariamente, não estão incluídos no "Mapa de Colocação" ou a
funcionários cujas habilitações académicas ou qualificações não cumprem os
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requisitos mas que estão autorizados a receber Apoio Financeiro até que
satisfaçam os requisitos, ou até que ocorra rotatividade de pessoal. As despesas
com o pessoal acima referido, listado no "Mapa de Colocação" são cobertas
pelos seguintes itens de despesa:
(a) Remuneração / salário básico mensal;
(b) Remuneração adicional (Remuneração de horas extraordinárias ou
trabalho por turnos);
(c) Subsídios do Pessoal (Subsídios fixos, incluídos na remuneração de
base);
(d) Compensação por desvinculação do serviço para efeitos de
aposentação;
(e) Fundo de Previdência e itens similares.
Todos os anos no mês de Dezembro, o IAS atribui um montante
adicional único para Equipamentos Sociais equivalente ao Apoio
Financeiro para o seu pessoal registado nesse mês (calculado com base no
número de funcionários já em serviço em 15 de Dezembro ou antes) para
servir como um “pagamento de bónus” para o pessoal listado no “Mapa de
Colocação”. Os Equipamentos Sociais podem, de acordo com a sua própria
tabela de salários e sistema financeiro, distribuir o bónus pelos respectivos
funcionários.
A desvinculação e ingresso de pessoal de substituição no “Quadro de
Pessoal Estandardizado” dos equipamentos sociais subsidiados pode
resultar numa quantidade de pessoal superior ao limite imposto pela cota de
pessoal habilitado a receber Apoio Financeiro, devido à transferência de
tarefas entre os antigos e novos funcionários. A este respeito, o IAS permite
a sobreposição de pessoal durante um mês, no máximo, para facilitar a
transferência de tarefas e responsabilidades. As despesas respeitantes a este
pessoal de sobreposição durante este período poderão ser reembolsadas
através do Apoio Financeiro, mas apenas referentes aos funcionários já em
funções nesse dado mês.
Respeitando o princípio da autonomia adoptado na gestão de
Equipamentos Sociais pelas suas entidades de gestão e de apoio à sua
política razoável de colocação de pessoal e formação de talentos, o IAS
permite que as entidades de gestão nomeiem funcionários com experiência
9
de chefia, sejam eles oriundos dos próprios Equipamentos Sociais ou de
projectos especializados em diferentes âmbitos de serviços, desde que as
entidades gestoras justifiquem adequadamente essa nomeação. Após a
aprovação da nomeação pelo IAS, os funcionários em causa podem ser alvo
de recolocação laboral horizontal e ocupar posições de chefia em outros
âmbitos de serviços, diferentes dos listados no “Mapa de Colocação”.
(2) Apoio Financeiro para despesas correntes (U), Apoio Financeiro
para despesas administrativas (M) e Apoio Financeiro para despesas com
actividades anuais (A)
A “percentagem do apoio financeiro” é o elemento-chave para
determinar o montante do apoio financeiro atribuído para despesas
correntes e despesas administrativas dos Equipamentos Sociais. Em
primeiro lugar, a percentagem de despesas correntes e despesas
administrativas incluídas nas despesas com pessoal é calculada através da
análise de dados das demonstrações financeiras fornecidas pelos
Equipamentos Sociais. A classificação e categorização dos Equipamentos
Sociais são feitas de acordo com o seu tipo de Serviço (indústria), para se
chegar a um valor médio para cada indústria. Em seguida, toma-se em
consideração a taxa de inflação anual, a dimensão operacional do
Equipamento Social, a especialidade do seu serviço e a situação corrente de
atribuição de Apoio Financeiro, para indexar finalmente, em termos
percentuais, as diferentes despesas de rotina (U + M) dos Equipamentos
Sociais ao Apoio Financeiro relativas às despesas com pessoal (P) no
“Quadro de Pessoal Estandardizado”. Esta percentagem determina o
montante do Apoio Financeiro atribuído para despesas correntes e despesas
administrativas incorridas pelos Equipamentos Sociais no seu
funcionamento diário. A “percentagem do apoio financeiro" tem de ser
analisada e revista em tempo útil.
Em relação ao Apoio Financeiro para despesas com actividades anuais
(A), deve ser incluído em "combinação por custo razoável" na próxima fase,
para atribuição do subsídio regular. Os Equipamentos Sociais e respectivas
entidades gestoras devem ser notificados sobre os respectivos regulamentos
e procedimentos operacionais em tempo útil.
(a) Apoio Financeiro para despesas correntes (consultar o Apêndice 3).
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O Apoio Financeiro para despesas correntes serve para financiar
gastos operacionais directos relacionados com o funcionamento
diário dos Equipamentos Sociais. Estes incluem despesas com
refeições e suplementos para as refeições dos utilizadores dos
serviços, bem como as contas de energia eléctrica e de água, custos
de telecomunicação, custos de combustível, taxas de administração
de imóveis, gastos com produtos de higiene e limpeza, material de
escritório e papelaria e bem assim os custos de manutenção de
activos dos Equipamentos Sociais.
O cálculo do montante do Apoio Financeiro atribuído para despesas
correntes é o seguinte: o limite máximo do Apoio Financeiro para
despesas com pessoal dos Equipamentos Sociais X percentagem do
Apoio Financeiro para despesas correntes de mesmo tipo / âmbito /
escala de Serviços.
(b) Apoio Financeiro para despesas administrativas (consultar o
Apêndice 3)
O Apoio Financeiro para despesas administrativas serve para
financiar a aquisição de serviços de contabilidade, jurídicos e de
consulta, formação do pessoal, pagamento de taxas de seguro e
aquisição de serviços necessários para a manutenção do
funcionamento diário dos Equipamentos Sociais.
O cálculo do montante do Apoio Financeiro atribuído para
despesas administrativas é: o limite máximo do Apoio Financeiro
para despesas com pessoal dos Equipamentos Sociais X a
percentagem de Apoio Financeiro para despesas administrativas do
mesmo tipo / âmbito / escala de serviços.
(c) Apoio Financeiro para despesas com actividades anuais (A)
(consultar o Apêndice 3)
Este Apoio Financeiro deverá ser lançado em 2017 e o seu valor
atribuído será determinado pelas Linhas de Acção Governativa
(LAG), dotação do Orçamento Financeiro e Plano de Actividades
desse mesmo ano.
Além do referido “Apoio Financeiro para despesas com atividades”
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coberto pela “combinação por custo razoável”, que será atribuído através do
subsídio normal mensal, o IAS irá também subsidiar actividades pontuais
organizadas pelos Equipamentos Sociais de acordo com a alínea b) do nº 1
do Artigo 4°, alínea c) do Artigo 8° e Artigo 11° do Decreto-Lei nº 22/95 / M
de 29 de Maio. Para mais detalhes, consultar o documento “Instruções para
Pedido de Subsídio para Actividades Pontuais” do IAS (ver Apêndice 1).
(d) Outros projectos subsidiados
O Apoio Financeiro para outros projectos dos Equipamentos Sociais
será concebido através de reembolso das despesas dos seus projectos
efectivos reportados ao IAS. Após a avaliação dos Pedidos de Apoio
Financeiro para estes projectos, apresentados pelos Equipamentos
Sociais, o IAS irá tomar em consideração, como critérios de avaliação,
a sua razoabilidade de realização, o saldo do Apoio Financeiro, o fluxo
de caixa geral e o saldo anual dos Equipamentos Sociais.
2. Método de atribuição do Apoio Financeiro
A atribuição de Apoio Financeiro a diferentes Equipamentos Sociais
é feita através de depósito em dinheiro, na respectiva conta bancária dos
Equipamentos Sociais, no dia 15 de cada mês.
3. Princípio da flexibilidade
Desenvolve-se a seguir a questão da adopção de princípio de
flexibilidade no estabelecimento do regime de atribuição de Apoio
Financeiro. Além da contabilidade e conta liquidação respeitantes à
utilização do Apoio Financeiro para despesas com o Pessoal deverem ser
feitas separadamente, o Apoio Financeiro atribuído para despesas correntes
e despesas administrativas pode ser utilizado de forma flexível entre os
dois.
Em relação à utilização do Apoio Financeiro para despesas com
pessoal, depois de assegurar que a remuneração mensal de base dos
funcionários do “Quadro de Pessoal Estandardizado” corresponde a, pelo
menos 80%, do montante de referência da remuneração para os cargos
correspondentes, os Equipamentos Sociais podem utilizar, de forma flexível,
o restante (montante de) Apoio Financeiro destinado a despesas com
12
pessoal para despesas relacionadas com o pessoal do “Quadro de Pessoal
Estandardizado” desse mesmo ano.
Considerando a situação actual da oferta de recursos humanos em
Macau, é necessário adoptar medidas especiais para lidar com a escassez de
mão-de-obra, de longa data, existente no mercado. No que respeita à (falta
de) terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas, terapeutas da fala e
enfermeiros, que são os cargos abrangidos pelo “Quadro de Pessoal
Estandardizado”, mediante a apresentação do pedido, discussão com o IAS
e obtenção do seu consentimento, o IAS procedeu à alteração do montante
de Apoio Financeiro atribuído para esses cargos. Os Equipamentos Sociais
podem realocar, de forma flexível, o Apoio Financeiro destinado para
despesas administrativas (M) para a contratação externa de pessoal a tempo
parcial para desempenhar os referidos cargos.
O saldo anual, calculado pelo método indicado e explicado na secção (3)
deste capítulo, será gerido pelos Equipamentos Sociais, que podem tratá-lo
como “ajustamento contabilístico” (ver Apêndice 6) na liquidação do ano
seguinte e utilizá-lo de forma flexível para o seu funcionamento, sem ter de
cumprir a exigência de contabilidade e conta liquidação separadas.
(2) Tratamento de Receitas
1. Rendimentos através do Apoio Financeiro
Os Equipamentos Sociais são obrigados a lidar com o Apoio Financeiro
atribuído e recebido em conformidade com o “Acordo de Cooperação”
assinado com o IAS, os documentos complementares do Acordo e bem assim
com as diferentes orientações dadas pelo IAS. Os Equipamentos Sociais têm
de escriturar de forma separada o montante de receitas recebidas através do
Apoio Financeiro atribuído pelo IAS das receitas obtidas de outras fontes.
2. Rendimentos gerados a partir da prestação de serviços
Os Equipamentos Sociais podem cobrar taxas pela prestação de serviços, de
acordo com o princípio da cobrança de taxas elaborado no item 4 desta
secção e obter receitas através de outros serviços (p.ex. Venda de produtos
acabados) incidental ao seu funcionamento ou através de serviços prestados
a outras instituições / entidades (incl. Serviços Públicos) pelo seu pessoal
13
subsidiado. Na execução de actividades geradoras de receitas, os
Equipamentos Sociais devem assegurar que a natureza dessas actividades
não colide com as metas e objectivos dos seus serviços nem afectará o seu
próprio funcionamento.
Iniciativas geradoras de rendimento a partir da prestação de um serviço:
Como a sociedade regista uma forte procura de vagas em creches e em
lares de idosos, este tipo de instalações pode gerar rendimentos mais
elevados e estáveis, em comparação com outros empreendimentos.
Considerando que o Governo já assumiu grande parte das despesas
cobertas pela “combinação por custo razoável”, o IAS definiu as
seguintes modalidades de rendimentos a receber por creches e lares de
idosos subsidiados:
(1) As creches são obrigadas a utilizar parte dos rendimentos obtidos a
partir da prestação de cuidados infantis para financiar as despesas com
pessoal do “Quadro de Pessoal Estandardizado”, podendo reservar o
restante para uso próprio. O cálculo do montante dos rendimentos
alocado para esta finalidade é o seguinte: lotação de utentes permitido
pela Licença da creche X taxa mensal de cuidados infantis de cada
criança X taxa média de cuidados infantis da indústria de creches (nível
de rendimento gerado) X 50%;
(2) Os lares de Idosos são obrigados a utilizar parte dos rendimentos obtidos
a partir da taxa residencial paga pelos utilizadores para financiar as
despesas com pessoal do “Quadro de Pessoal Estandardizado”,
podendo reservar o restante para uso próprio. O cálculo do montante
dos lucros alocado para essa finalidade é o seguinte: 95% do
rendimento total de camas pagas X taxa mensal de diferentes
categorias de camas X 50%.
O valor do rendimento utilizado para os referidos
empreendimentos será deduzido do montante mensal do Apoio
Financeiro atribuído para despesas com o pessoal.
14
Além das creches e lares de idosos, as condições destes
empreendimentos não se aplicam a receitas de outro tipo, geradas pelos
serviços dos Equipamentos Sociais.
3. Doações de terceiros
Os Equipamentos Sociais podem aceitar e manter todos os fundos
doados, mas são obrigados a arcar com as despesas associadas à sua
aceitação. Os fundos doados apenas podem ser utilizados para os fins
previstos pelos doadores no acto da doação.
4. Encargos e taxas
Ao definir para os utentes taxas de serviço e taxas para itens recém-nomeados
de serviços suplementares / suportados, os Equipamentos Sociais são
obrigados a notificar o IAS com antecedência sobre os custos desses itens de
serviços e novas taxas de serviço (os respectivos trâmites serão definidos por
documentos de orientação do IAS) além de afixar, de forma bem visível nas
suas instalações, a informação sobre os referidos artigos e taxas, para
conhecimento dos utentes do serviço
(3) Liquidação
Os Equipamentos Sociais subsidiados são obrigados a realizar uma liquidação
anual das suas despesas e receitas. Como estipulado pelo Regime de Apoio Financeiro,
o apoio financeiro para despesas com pessoal deve ser liquidado de forma independente,
enquanto para as despesas correntes, administrativas e com actividades anuais poderão
ser liquidadas em conjunto, excepto no que se refere às Actividades Específicas. O
montante máximo de saldo que podem reter é o equivalente a 25% da despesa anual
total do ano. O montante em excesso, sendo o saldo do apoio financeiro para despesas,
deverá ser devolvido ao IAS no decurso do primeiro trimestre do ano seguinte.
O método de cálculo para o anual saldo é o seguinte:
1. O saldo anual de Apoio Financeiro para despesas com o pessoal dos
Equipamentos Sociais subsidiados refere-se à diferença entre as suas receitas
totais anuais derivadas do Apoio Financeiro para despesas com pessoal e as
despesas totais anuais com os funcionários do “Quadro de Pessoal
Estandardizado”. No caso de haver um saldo, resultante do total de Apoio
Financeiro para despesas com pessoal e após liquidação das despesas de pessoal
do “Quadro de Pessoal Estandardizado", os Equipamentos Sociais podem retê-lo,
num montante máximo equivalente a 25% do total das despesas anuais com o
pessoal do “Quadro de Pessoal Estandardizado". O montante em excesso é o
saldo de Apoio Financeiro para despesas com o pessoal.
15
2. O saldo anual de Apoio Financeiro para despesas correntes, administrativas e
com actividades anuais dos Equipamentos Sociais subsidiados refere-se à
diferença entre as suas receitas anuais, provenientes desses apoios financeiros, e
as despesas anuais com tais itens. No caso de haver um saldo do total desses
apoios financeiros, após liquidação das despesas de tais itens, os Equipamentos
Sociais podem reter o saldo. O montante máximo do saldo que é permitido reter,
para cada item, é equivalente a 25% do total das despesas para esse item. O
montante em excesso é o saldo de Apoio Financeiro para cada item.
3. O saldo total anual dos Equipamentos Sociais subsidiados refere-se à diferença
entre as suas receitas e despesas anuais. No caso de haver um saldo, o montante
superior a 25% do total das despesas anuais será considerado o total do saldo
anual.
4. Quando o saldo mencionado no número 3) for maior do que a soma dos saldos
mencionados em 1) e 2), os Equipamentos Sociais só terão de devolver ao IAS
o saldo de 3). Caso contrário, terão que devolver os saldos de 1) e 2) ao IAS.
(4) Saldo anual
Os Equipamentos Sociais subsidiados são obrigados a realizar a liquidação das suas
despesas e receitas durante cada ano civil, em conformidade com os procedimentos
definidos na secção (3) do presente capítulo e, posteriormente, compilar o Relatório
Financeiro Anual.
Após a compilação do Relatório Financeiro Anual, os Equipamentos Sociais
subsidiados devem evitar, sempre que possível, a criação de uma conta suspensa para as
suas despesas. Caso tenham uma conta suspensa, devem liquidá-la antes de 31 de
Março para garantir a exactidão do saldo.
O saldo verificado derivado do ano anterior é discriminado como saldo inicial da
conta do ano em curso e será escriturado nas contas como “saldo anual a reter”.
O montante máximo do saldo anual a reter pelos Equipamentos Sociais subsidiados
do ano anterior é equivalente a 25% das despesas totais do ano anterior (Apêndice 2).
O montante excedente tem de ser devolvido ao IAS antes de 31 de Março do ano
seguinte, exceptuando o saldo anual do dinheiro proveniente de doações.
(5) Saldos de anos anteriores
Referem-se aos saldos acumulados pelos Equipamentos Sociais subsidiados
até 30 de Junho de 2015. Considerando que de 1 de Julho a 31 de Dezembro de
2015 é a fase inicial do período de transição do Regime de Atribuição de Apoio
16
Financeiro, os Equipamentos Sociais podem reter o valor total dos saldos
acumulados.
Os saldos de anos anteriores têm de ser utilizados para o funcionamento dos
Equipamentos Sociais, incluindo:
1. Possíveis perdas operacionais no futuro;
2. Despesas de renovação das instalações para melhoria das suas condições de
funcionamento;
3. Aquisição de instalações e equipamentos necessários;
4. Como reserva para compensação pecuniária para a desvinculação do serviço e
aposentação do seu pessoal;
5. Pagamento das remunerações dos funcionários contratados para além da quota
designada;
6. Financiamento de despesas similares, aprovadas pelo IAS.
Para facilitar a realização da liquidação anual, conforme exigida pelo regime de
atribuição de Apoio Financeiro, os Equipamentos Sociais subsidiados devem
transferir os saldos de anos anteriores para a conta de "Fundos Circulantes Gerais" em
1 de Janeiro de 2016. (Apêndice 2)
Quando tiverem que utilizar saldos de anos anteriores que totalizem
MOP500.000 ou mais, os Equipamentos Sociais devem apresentar ao IAS o
respectivo pedido, assinado pela sua entidade gestora e acompanhado por um plano,
detalhando a prevista utilização do montante. Após avaliação e posterior aprovação
pelo IAS, o montante poderá ser utilizado. Além disso, as demonstrações financeiras
mensais que apresentarem ao IAS devem conter detalhes sobre o uso do referido
montante, para além da apresentação dos documentos comprovativos e cópias de
facturas, assinados pela pessoa ou pessoas responsáveis. O respectivo processo de
execução será definido por documentos de orientação do IAS.
Quando o montante de saldos de anos anteriores a utilizar for inferior a
MOP500.000, os Equipamentos Sociais devem obter a aprovação prévia do plano pela
sua própria entidade gestora, para poderem utilizá-lo. Após a utilização do montante,
os Equipamentos Sociais devem realizar de imediato a sua contabilidade, apresentar
os documentos e conteúdo do plano relacionado com a utilização do montante
aprovado pela entidade gestora, bem como outras informações complementares, se as
houver, juntamente com as demonstrações financeiras, que devem apresentar ao IAS
durante o mês seguinte.
17
III. Regime financeiro e contabilístico
(1) Contabilidades
Esta secção descreve os requisitos básicos exigidos para a escrituração e
contabilidade, bem como as declarações financeiras dos Equipamentos Sociais
subsidiados:
1. Requisitos para a escrituração e contabilidade:
(1) A unidade de contabilidade é o Equipamento Social subsidiado;
(2) Deverá ser utilizada na escrituração a Contabilidade em regime de
acréscimo ou em regime de acréscimo modificado;
(3) O exercício deve ser definido como o período que vai de 1 de Janeiro a 31 de
Dezembro;
(4) Será utilizada a Pataca (MOP) como a moeda padrão para a conta de
manutenção;
(5) Todas as transações devem ser anotadas em livros de escrituração
apropriados e através de registos contábeis;
(6) A situação de todas as receitas e despesas deve ser correcta e totalmente
reflectida pelas respectivas contas e demonstrações financeiras;
(7) As contas devem ser organizadas de acordo com o Plano Geral de Contas, tal
como definido no Apêndice 3;
(8) O Relatório Financeiro deve ser redigido de acordo com o formato prescrito
pelo Apêndice 4.
2. Requisitos para as declarações financeiras
(1) Apresentar cópia original e arquivo electrónico das demonstrações
financeiras (Apêndice 5) do mês anterior, no dia 15 de cada mês
(incluindo Balanço, Demonstração dos Resultados e Mapa de
Depreciação de Activos Fixos);
(2) Apresentar demonstrações financeiras anuais (Apêndice 5) do ano
anterior, o inventário dos activos fixos em 31 de Dezembro e Mapa de
Balanço (Apêndice 6) durante o mês de Janeiro do ano corrente;
(3) Os documentos e mapas listados nos anteriores itens (1) e (2) devem ser
assinados pelo representante reconhecido da entidade gestora.
3. Requisitos para a conservação de livros de escrituração e contabilidade
(1) Conservar os livros de escrituração e contabilidade, correspondência,
documentação e justificativos referentes ao funcionamento do Equipamento
Social subsidiado devidamente ordenados, durante 10 anos, a contar do último
assento nos livros;
(2) Por uma questão de monitoramento do serviço, a pedido do IAS, os Equipamentos
Sociais subsidiados devem apresentar os seus Livros de Escrituração e
Contabilidade e informações relacionadas, ao pessoal do IAS dentro do prazo
18
designado para efeitos de auditoria, exames e verificação, desde que essas tarefas
não impeçam outras autoridades competentes de realizar os necessários exames e
verificações, incluindo o exame dos livros e documentos de contabilidade e bem
assim avaliação da sua gestão e das medidas de acompanhamento.
(2) Auditoria externa
A partir de 2017, os Equipamentos Sociais têm de apresentar ao IAS, antes de 30 de
Junho de cada ano, os seus Relatório Financeiro e Relatório de Exame referentes ao ano
anterior, preparados por auditores externos contratados. O conteúdo e o alcance da
auditoria deste último relatório devem cumprir os respectivos requisitos estabelecidos
pelo IAS.
Os auditores externos contratados e as empresas de auditoria têm que estar
registados na “Comissão de Registo dos Auditores e dos Contabilistas” e estar inscritos
na lista publicada no Boletim Oficial da RAEM, nos termos do Decreto-Lei nº 71/99 /
M, de 1 de Novembro.
Os auditores externos contratados têm de realizar um exame independente das
demonstrações financeiras anuais, de acordo com as “Normas de Auditoria” e “Normas
Técnicas de Auditoria” em vigor na RAEM.
Se os auditores detectarem insuficiência no controlo interno no decurso do exame,
devem fazer recomendações para a melhoria das Recomendações de Gestão,
documento este que os Equipamentos Sociais devem apresentar ao IAS, juntamente
com os relatórios exigidos.
Os Equipamentos Sociais têm de submeter ao IAS as demonstrações financeiras
anuais examinadas, os relatórios de auditoria independentes e, se disponível, as
Recomendações de Gestão elaboradas pelos auditores, no decurso do segundo trimestre
do ano seguinte, conforme exigido.
(3) Controlo interno
Para garantir uma gestão sólida e prudente e a manutenção de uma boa gestão
financeira interna, tal como recomendado na secção 3 do capítulo 5, os Equipamentos
Sociais subsidiados têm que seguir as prescrições do IAS sobre o estabelecimento de
procedimentos de controlo interno adequados e eficazes, ao passo que o seu respeito
pelas respectivas normas previstas será um dos factores a ter em conta para a atribuição
do Apoio Financeiro.
1. Conta bancária
Para receber o Apoio Financeiro atribuído pelo IAS e proceder à sua gestão
eficaz, os Equipamentos Sociais subsidiados têm de abrir uma conta livre de risco,
em patacas, num dos bancos legalmente constituídos na RAEM, para gerir
devidamente o recebimento, despesas e depósitos de todo o dinheiro não utilizado,
19
além de dinheiro em caixa e outros montantes de reserva. Os Equipamentos Sociais
também têm que depositar nesta conta bancária o total dos seus saldos de anos
anteriores.
Os Equipamentos Sociais devem definir um limite do montante de dinheiro
que cada um de seus funcionários está autorizado a movimentar desta conta
bancária, enquanto a respectiva entidade gestora deve instituir medidas de
segurança suficientes para garantir a segurança da caderneta, do cartão multibanco
e do livro de cheques referentes a esta conta.
Além de dinheiro de reserva, os Equipamentos Sociais subsidiados devem
depositar nesta conta bancária todo o dinheiro e cheques recebidos, estando
estritamente proibidos de investir o seu dinheiro em activos financeiros ou
depositá-lo em contas bancárias privadas.
2. Dinheiro de reserva
Os Equipamentos Sociais subsidiados podem determinar uma quantia fixa de
dinheiro de reserva, com base na natureza, dimensão e necessidades dos seus
serviços, cujo montante deverá ser igual ao somatório da quantia fixa que
funcionários autorizados podem movimentar, mais o montante total das despesas
pagas, justificadas por facturas / notas / comprovantes, ainda não reembolsados,
mais o dinheiro em mão.
Os comprovantes do dinheiro de reserva devem ser aprovados e assinados pelas
chefias dos Equipamentos Sociais subsidiados ou pessoa autorizada, com o
propósito do pagamento devidamente especificado. Todos os que receberem
dinheiro de reserva devem apresentar o comprovante de dinheiro de reserva e
assinar uma nota de recebimento. O pessoal que gere o dinheiro utilizará os
comprovantes como prova nos seus pedidos de reembolso.
3. Registos de receitas e despesas
Os Equipamentos Sociais têm de conservar, de forma organizada e segura,
facturas de despesas e recibos durante 10 anos, a contar do ano seguinte à
conclusão da respectiva operação e especificar claramente as seguintes
informações sobre os mesmos:
(1) Facturas e notas de despesa:
(a) Nome, tipo, modelo número e quantidade de itens comprados;
(b) Preço unitário real de cada item em patacas (MOP) ou através de
conversão de moeda estrangeira, percentagem de desconto, se
houver, e o preço unitário, após o desconto;
20
(c) Custo total das transações e valor efectivamente pago;
(d) Data das transações;
(e) Informações básicas de fornecedores, incluindo nome, endereço e
número de telefone.
(2) Recibos:
(a) Todos os recibos oficiais emitidos devem respeitar o formato
designado;
(b) Devem ser numerados sequencialmente e emitidos de acordo com
a sua ordem numérica;
(c) Montante recebido;
(d) Objectivo / finalidade do montante recebido;
(e) Data de recepção da quantia em dinheiro, informações para a
identificação do destinatário (por exemplo, número de
identificação do funcionário) e assinatura do destinatário;
(f) Quaisquer partes do documento modificadas ou alteradas após a
recepção devem ser rubricadas pelo destinatário;
(g) Guardar também os recibos registados que tenham sido
cancelados.
4. Activos fixos
Os Equipamentos Sociais tem que incluir no inventário dos bens os activos fixos
que lhes foram cedidos por serviços públicos, doados por particulares e bem assim
aqueles adquiridos por conta própria. Cada activo tem que posuir um número de
identificação, para efeitos de inventário periódico. Qualquer dano ou Cancelamento de
Registo de activo fixo deve ser comunicado ao IAS para o respectivo abate.
Para mais detalhes, consultar o “Guia do Processo de Tratamento dos Activos
Fixos dos Equipamentos Subsidiados” do IAS (Apêndice 7)..
5. Aquisição de bens
Tendo em atenção as suas próprias necessidades operacionais, os Equipamentos
Sociais tem que utilizar o Apoio Financeiro, as suas receitas ou saldos próprios, para
proceder à aquisição de bens e serviços. Para mais detalhes, consultar “Princípios e
Modalidades de Aquisição de Bens Aplicáveis a Instituições / Associações subsidiadas
regularmente pelo IAS”, do IAS (Apêndice 8)..
21
6. Destruição de Bens Móveis cedidos pelo IAS
Considerando o desenvolvimento e as necessidades dos Equipamentos
Sociais na prestação dos seus serviços, o IAS tem custeado integralmente a
compra de bens móveis, que lhes são entregues para uso, a título de cessão
gratuita. Estes bens móveis constituem, na realidade, activos do IAS.
Quando estes bens móveis já não podem ser utilizados ou se tornaram
desnecessários, os Equipamentos Sociais devem preencher o impresso
“Instituições / Associações – Pedido para abate de bens móveis" (Apêndice 9) e
apresentá-lo ao IAS, acompanhado de fotos dos respectivos bens móveis a
abater. Após avaliação pelo IAS do estado dos bens móveis em causa e
subsequente aprovação do pedido, o IAS remeterá uma carta oficial informando
os Equipamentos Sociais sobre a aprovação e enviará o seu pessoal para
remover os bens móveis em causa das suas instalações. Os Equipamentos
Sociais não estão autorizados a remover os bens móveis em causa das suas
instalações, destruí-los ou utilizá-los como troca por outros bens.
(4) Vistoria in loco
Para cumprir as obrigações legais, regras técnicas e melhorar o acompanhamento
dos Equipamentos Sociais subsidiados, o IAS pode realizar vistorias in loco nas suas
instalações quando considerar necessário e estes devem cooperar com o IAS durante a
vistoria e fornecer todas as informações e respostas requeridas.
A vistoria in loco consiste na inspecção no local, examinar registos de
contabilidade, facturas de transações e declarações, bens e materiais adquiridos com o
Apoio Financeiro, registos de assiduidade dos funcionários, informações sobre as suas
actividades, contas bancárias e outros documentos e informações sobre a utilização do
Apoio Financeiro e serviços prestados. Esta medida ajuda a verificar se os
Equipamentos Sociais utilizam o Apoio Financeiro em conformidade com as
finalidades indicadas no Acordo assinado e se a situação real condiz com as
informações apresentadas ao IAS.
Tal como estipulado pelo Artigo 3º da Lei nº 11/1999, as entidades que recebam
fundos públicos equivalentes a mais de metade da sua receita anual estão igualmente
sujeitas a auditorias por parte do Comissariado de Auditoria.
22
IV. Remuneração e benefícios do pessoal
(1) Definição de Remuneração
1. Remuneração do Pessoal
O IAS fornece Apoio Financeiro para despesas com o pessoal do “Quadro
de Pessoal Estandardizado”, que é criado através de consenso entre o IAS e os
Equipamentos Sociais sob o Regime de Atribuição de Apoio Financeiro. Estes
últimos podem alocar este Apoio Financeiro de forma flexível e utilizá-lo para
financiar a contratação de funcionários para o “Quadro de Pessoal
Estandardizado". Apesar da sua autonomia de gestão, devem garantir uma
remuneração mensal de base ao pessoal do “Quadro de Pessoal Estandardizado”
correspondente a, pelo menos, 80% do montante de referência da remuneração
para cargos similares. A percentagem poderá ser menor, desde que, com razões
válidas e prontamente, os Equipamentos Sociais notifiquem o IAS por escrito
sobre este ajuste para baixo. Tal como mencionado anteriormente, para
salvaguardar a remuneração do pessoal de serviço social sob o Regime de
Atribuição do Apoio Financeiro, o IAS atribui um Apoio Financeiro adicional
de 30% para cada cargo (função), para além do montante de referência da
remuneração mensal padrão, para ser utilizado nos acertos de remuneração
aquando da promoção de pessoal.
Exemplo:
Supondo que o IAS definiu o montante de referência de remuneração
mensal padrão para determinado cargo (função) como sendo de MOP 22.500, o
adicional de 30% do Apoio Financeiro será equivalente a MOP 6.750 (MOP
22.500 x 0,3), que somados à remuneração totalizam MOP 29.250. De notar que
não são os Equipamentos Sociais que têm necessariamente de pagar MOP
22.500, uma vez que este montante é apenas de referência. Com base nas suas
próprias tabelas salariais, o mínimo que têm de pagar é MOP 18.000, ou seja,
80% de MOP 22.500, até um máximo de MOP 29.250, que é 1,3 X MOP 22.500.
Em caso de necessidade, podem pagar mais e oferecer uma remuneração mais
competitiva em termos de mercado, correspondente às habilitações académicas,
qualificações e experiência do funcionário em causa.
Em relação a determinados cargos (funções), que sofrem de escassez de
mão-de-obra qualificada, nomeadamente terapeutas e enfermeiros, e que os
Equipamentos Sociais não conseguem contratar após um dado período de
tempo, estes podem, mediante aprovação pelo IAS, realocar, de forma flexível,
o Apoio Financeiro destinado a despesas com Pessoal (P) para ser utilizado em
despesas administrativas (M) sob a forma de contratação de pessoal a tempo
parcial para preencher esses cargos.
23
Os Equipamentos Sociais devem apresentar ao IAS informações sobre os
movimentos de pessoal (Apêndice 10) do mês anterior até ao dia 15 de cada mês.
É necessário listar o nome dos funcionários em funções, seus cargos e
categorias, remuneração, data de ingresso no serviço e promoções, além de
informação sobre os funcionários que tenham sido desvinculados.
2. Estabelecimento da tabela salarial
Os Equipamentos Sociais têm obrigação de definir a tabela salarial para
todos os seus funcionários e informar o IAS do seu conteúdo, e bem assim os
seus funcionários, para que estes saibam quais as suas perspectivas de
progressão na carreira. Os Equipamentos Sociais também são obrigados a
submeter relatórios periódicos ao IAS sobre o desempenho mensal dos
funcionários subsidiados e dados relativos às suas horas de trabalho e
remuneração. O IAS monitora as despesas dos Equipamentos Sociais com os
funcionários e com outros itens, através da revisão das contas sobre receitas e
despesas mensais e dos dados submetidos sobre a remuneração do pessoal. O
horário de trabalho, remuneração, benefícios e tabela salarial são definidos
pelos Equipamentos Sociais, com base nas suas próprias circunstâncias. No
entanto, a tabela salarial deve ser razoável e o pessoal possuir a qualificação
exigida. Os Equipamentos Sociais devem utilizar o Apoio Financeiro destinado
para despesas com pessoal, de acordo, tanto quanto possível, com a tabela
salarial estabelecida e os critérios definidos pelo IAS, e sobretudo para a
remuneração dos respectivos funcionários.
3. Pagamento em dobro (bónus)
Considerando que a melhoria da estabilidade no emprego do pessoal de
serviço social propicia a melhoria da qualidade do serviço, é atribuído Apoio
Financeiro para uma “remuneração em dobro” no 13º mês aos funcionários
abrangidos pelo Regime de Atribuição de Apoio Financeiro, o qual é
normalmente pago juntamente com o salário de Dezembro de cada ano.
4. Remuneração acessória
Determinado pela natureza específica dos diferentes serviços, como seja
trabalho nocturno tardio, actividades de extensão ao exterior (out-reach) que
envolvam risco considerável ou serviços de aconselhamento através de linha
aberta 24 horas, será atribuído aos turnos da noite um adicional de 10% a 20% da
remuneração, considerado como remuneração acessória de compensação.
5. Fundo de previdência
Sob o regime de atribuição de Apoio Financeiro, o IAS pretende subsidiar a
contribuição feita pelos Equipamentos Sociais (parte patronal) para o Fundo de
Previdência. O pagamento da contribuição será reembolsado mediante
apresentação de documento(s) comprovativo(s) do pagamento da contribuição.
Esta subvenção será implementada no decurso da fase seguinte e os respectivos
24
detalhes e procedimentos de execução serão anunciados oportunamente.
(2) Seguro médico
Sob o regime de atribuição de Apoio Financeiro, os Equipamentos Sociais
podem utilizar o Apoio Financeiro destinado para despesas administrativas para
comprar seguro médico, desde que cumpram os seguintes requisitos:
1. Os Equipamentos Sociais têm de solicitar cotações a, pelo menos, três empresas
de seguros que sejam reconhecidas pela Autoridade Monetária de Macau para
operar na área de seguros médicos colectivos em Macau e serem rigorosos e
atentos na selecção da modalidade de apólice de seguro que lhes for proposta,
devendo ter como critério principal da selecção o factor custo-eficácia. A
aquisição da apólice não deve ser efectuada através de serviços de intermediação
prestados por mediadores de seguros ou agências de seguros;
2. Os Equipamentos Sociais só estão autorizados a utilizar o Apoio Financeiro
destinado a despesas administrativas para a compra de “seguros médicos
colectivos" devendo evitar a compra de outros tipos de planos de seguros, em
especial se envolverem poupança;
3. A apólice de seguro e respectivas cláusulas, avisos de pagamento do prémio e
recibos carimbados emitidos pela companhia de seguros como comprovantes
devem ser guardados em lugar seguro;
Registar as despesas de compra de seguro médico sob a respectiva rubrica
contabilística.
(3) Formação
A formação de recursos humanos é uma das condições para a aprendizagem
contínua bem planificada e uma formação profissional em conformidade com os
objectivos de desenvolvimento organizacional dos Equipamentos Sociais e bem
assim do desenvolvimento pessoal dos seus funcionários. O objectivo é melhorar os
seus conhecimentos e aptidões, para que mantenham uma boa atitude no trabalho, de
modo a serem competentes no desempenho das suas funções. É também uma forma
de conservar talentos e melhorar a qualidade pessoal e profissional dos funcionários.
Sob o Regime de Atribuição de Apoio Financeiro, os Equipamentos Sociais têm
que respeitar, seguindo princípios da prudência ao organizar os seus programas de
formação / actividades de intercâmbio (adiante designadas por actividades de formação
e intercâmbio) com o Apoio Financeiro destinado para despesas administrativas:
1. As actividades de formação e intercâmbio destinadam-se a aumentar a eficácia
do trabalho e a qualidade de serviço do pessoal dos Equipamentos Sociais para
poderem dar resposta ao seu desenvolvimento e aos serviços sociais;
2. O conteúdo das acções de formação e actividades de intercâmbio deve ser
relevante para as tarefas desempenhadas pelo pessoal. Os Equipamentos Sociais
25
devem garantir que cada empregado goza de igualdade de oportunidades na
participação em tais actividades, e não será confinado ao desempenho de uma
única função (cargo);
3. Apenas os funcionários dos Equipamentos Sociais podem participar em tais
actividades;
4. Tais actividades devem ser organizadas de forma moderada, para assegurar que
o funcionamento normal do serviço não será afectado;
5. Os programas de formação devem ser Acções de Formação em Serviço e não
podem incluir programas para a obtenção de qualificação académica pessoal
(por exemplo, cursos do ensino superior);
6. Para as acções de formação e actividades de intercâmbio realizadas nos próprios
Equipamentos Sociais ou em instalações pertencentes à sua entidade gestora,
não será cobrada taxa de aluguer;
7. Taxas de instrutor e taxa de transporte devidas aos funcionários dos
Equipamentos Sociais que dão formação não serão cobertas pelo Apoio
Financeiro;
8. As actividades de intercâmbio devem evitar incluir muitas viagens e passeios no
seu itinerário, além de que “lembranças” e itens similares não estão abrangidos
pelo Apoio Financeiro;
9. Os Relatórios de Actividade devem ser compilados após a conclusão das
actividades de formação e intercâmbio, registando a data, hora e local da
realização das actividades, forma de actividade, o seu conteúdo e objectivos,
número de participantes, lista de participantes e lista de despesas com os
diferentes itens, juntamente com facturas de despesas, carimbadas pelos
fornecedores, e fotos das actividades realizadas;
10. Os Relatórios de Actividade devem ser devidamente guardados em lugar seguro
e estarem disponíveis para consulta pelo pessoal do IAS durante as vistorias in
loco;
11. Todas as despesas de actividades de formação devem condizer com a natureza
das actividades e ser reembolsadas através de apresentação de factura(s)
comprovativa(s) das despesas;
12. O Apoio Financeiro às actividades de formação não pode ser utilizado para
adquirir activos fixos.
(4) Tratamento de dados pessoais
Por respeito e protecção do direito à privacidade pessoal, os Equipamentos Sociais
têm de cumprir a Lei nº 8/2005 – Lei da Protecção de Dados Pessoais, na recolha e
tratamento de dados pessoais dos funcionários e seus familiares. Os Equipamentos
Sociais têm de informar as pessoas em causa sobre os objectivos e finalidade do
26
tratamento de dados pessoais e a possibilidade de transferência de dados pessoais (para
terceiros). Em caso de necessidade, têm que obter o respectivo consentimento das
pessoas em causa.
27
V. Mecanismo de gestão
Possuir bons padrões de gestão é fundamental para a prestação de um serviço de
qualidade por parte dos Equipamentos Sociais. Por isso devem procurar melhorar
constantemente as suas condições de operação e padrões de serviço, com o objectivo
final de beneficiar o bem-estar dos utentes do serviço. Seguem-se algumas sugestões
respeitantes a princípios de gestão, gestão de recursos humanos e gestão financeira,
propícias à boa gestão dos Equipamentos Sociais e para servirem como orientação de
referência para estes e bem assim todas as partes interessadas.
(1) Princípios de gestão
Os Equipamentos Sociais e sua entidade gestora devem dedicar-se constantemente
à melhoria de serviço, para atender às necessidades da sociedade e para que os utentes
do serviço possam desfrutar de um serviço de qualidade. As respectivas entidades
gestoras devem criar um Regulamento de Funcionamento Interno para os
Equipamentos Sociais que não são regulados pelo Decreto-Lei nº 90/88 / M de 27 de
Setembro e divulgá-lo para conhecimento dos seus funcionários, utentes dos serviços e
público em geral. O Regulamento de Funcionamento Interno deve conter o seguinte:
1. A finalidade e conteúdo do serviço do Equipamento Social;
2. Estrutura de funcionamento, horário administrativo e de funcionamento do
Equipamento Social e horário de trabalho dos seus funcionários;
3. Fluxo de funcionamento do serviço e respectivas orientações;
4. Descrição das funções desempenhadas pelo seu pessoal;
5. Condições e limitações para aceitar os utentes do serviço;
6. Direitos e Obrigações do Equipamento Social e dos utentes dos serviços;
7. Canais para sugestões e reclamações;
8. Outras condições de serviço e respectivas taxas.
Os Equipamentos Sociais e respectivas entidades gestoras devem comprometer-se
com os objetivos do serviço especificado no Regulamento de Funcionamento Interno e:
1. Criar mecanismos eficazes de recolha de opinião para facilitar a expressão de
opiniões sobre o seu desempenho por parte do seu pessoal, dos utentes dos
serviços e de outras partes interessadas, para assim poderem continuar a optimizar
as suas condições de serviço e padrões de processamento;
2. Respeitar os direitos dos utentes do serviço, respeitar o fluxo de funcionamento do
serviço e respectivas orientações, avaliar de forma eficaz e satisfazer as
necessidades dos utilizadores dos serviços, estabelecer mecanismos permanentes
de revisão e avaliação do desempenho dos serviços e guardar em lugar seguro os
respectivos registos.
(2) Gestão de Recursos Humanos
A essência subjacente à prestação de um bom serviço social é a
construção e manutenção de equipas de serviço estáveis, formadas por
28
profissionais experientes e entusiastas sobre o seu trabalho. Os
Equipamentos Sociais devem garantir que o padrão de remuneração dos
funcionários e equipas seja razoavelmente salvaguardado, sendo a sua
principal tarefa estabilizar a moral das equipas. Os Equipamentos
Sociais e respectivas entidades gestoras devem garantir:
1. Que o pessoal tenha uma compreensão clara sobre a sua tabela
salarial e sistema de promoções para facilitar seus planos de
progressão na carreira;
2. Implementar procedimentos eficazes de r ecrutamento,
desenvolvimento, formação e avaliação de desempenho do pessoal;
concentrar-se na formação de equipas de apoio talentosas, treinar
pessoal com potencial para ocupar cargos de gestão a diferentes
níveis, capacitando-o com os conhecimentos e aptidões em termos
de recursos humanos, práticas administrativas e gestão financeira;
formular planos de progressão pessoal na carreira, para dar
resposta à constante evolução das necessidades de serviço e dos
requisitos técnicos, bem como auxiliar os funcionários a melhorar
o seu desempenho e a melhorar a sua eficiência no trabalho;
3. Nos casos em que pessoal constante do “Mapa de Colocação” for
desvinculado, recrutar um substituto com antecedência ou logo
que possível para facilitar a transferência de tarefas, assegurando
assim o bom e regular funcionamento do Equipamento Social;
4. Criar canais de comunicação eficazes, nos dois sentidos, entre a
equipa de gestão e o pessoal, para facil itar o feedback em tempo
útil de opiniões e solicitações e reforçar a confian ça mútua e a
relação de cooperação, para que os funcionários se possam
destacar a fazer o que melhor sabem e assim garantir a prestação
de um serviço de qualidade.
(3) Gestão financeira
Uma boa gestão financeira é fundamental para a manutenção de um serviço
estável e de qualidade e, particularmente, para a melhoria da eficiência dos
Equipamentos Sociais e sua utilização eficaz dos recursos financeiros públicos. Os
Equipamentos Sociais e respectivas entidades gestoras devem formular, por escrito,
políticas e procedimentos, regulamentos para a gestão orçamental e de custos e fazer
uma utilização eficaz dos saldos financeiros, a fim de garantir uma utilização
adequada dos fundos públicos e bem assim a saúde das suas finanças. Devem também
assegurar:
1. Em conformidade com as Linhas de Acção Governativa da RAEM e seus
objectivos operacionais, desenvolver e executar planos e actividades anuais,
compilar orçamentos para os diferentes itens / projectos e realizar o controlo de
29
custos;
2. Desenvolver políticas e procedimentos conducentes a aumentar as vantagens
financeiras e um eficaz controlo de custos, para garantir uma gestão eficaz e a
utilização racional dos recursos financeiros.
(4) Gestão da integridade
Os Equipamentos Sociais devem implementar a Gestão da Integridade,
comprometendo-se com o princípio da utilização razoável dos recursos financeiros,
assegurando que:
1. Todas as pessoas que participam, incluindo funcionários, fornecedores e agentes,
não devem providenciar, solicitar ou aceitar qualquer montante em dinheiro,
presentes ou vantagens pessoais relacionadas com a execução das suas funções;
2. Estabelecer um código disciplinar para ser cumprido por todo o pessoal dos
Equipamentos Sociais, cujo conteúdo deve incluir:
(1) Proibir o pessoal de solicitar ou aceitar vantagem indevidas associadas às
suas funções;
(2) Restringir o pessoal de aceitar hospitalidade oferecida por fornecedores e
empreiteiros;
(3) Proibir o pessoal de providenciar oferta de vantagens ao pessoal do IAS;
(4) Criar um Regime para a Declaração e Gestão da Oferta de Vantagens;
(5) Formular e fazer aplicar um Código de Práticas para proteger dados confidenciais.
30
Estas Instruções para a Atribuição de Subsídio Regular estão sujeitas a alterações
pontuais, com base em desenvolvimentos recentes. A versão mais recente pode ser
descarregada a partir da página do IAS (http://www.ias.gov.mo).
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